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coreanas - Hapkidô, Taekwondô, e suas antecessoras Taekkyon, Hwarang-
do, Bikak-sool, Sool-sool, Soo-bakki (MIELI, 1995, p. 59).
Ainda entre as lutas asiáticas, destacam-se as tailandesas - Muay
Thai, Krabi-krabong, Lerdrit, Chuparsp, Thaiplum, Kemier, Thaiyuth
(GREEN, 2001, p. 350); Bokator, Bandô, Banshay, Lethwei, Naban de
Mianmar; Pradal Serey do Cambodja, Angampora do Sri Lanka, Kateda,
tibetano, Vo Vi Nam e Qwan Ki Do, vietnamitas, Kuntao e Silat indonésios,
Bersilat da Malásia e o Kali (Arnis) filipino (GREEN, 2001, p. 538-550).
No Paquistão encontra-se o milenar Pehlwani (PEABODY, 2004); no
Uzbequistão a Kurashi, na Islândia a Glima (DEL’VECCHIO &
FRANCHINI, 2006, p. 100); na Rússia há o Sambo (GREEN, 2001, p.
507) e Systema (video 002).
Das ilhas do Pacífico se conhece as lutas usadas pelos guerreiros
nativos do Havaí, como uma forma de pugilato chamada mokomoko e
Lua (“a arte de quebrar ossos”) que era disfarçada na dança hula, além da
arte marcial contemporânea chamada Lima Lama; e na Nova Zelândia
existe a luta Mau, e Tewhatewha em Samoa (GREEN, 2001, p. 403-409).
Nos diversos momentos históricos do ocidente, também há
citações de atividades marciais. Os cavaleiros medievais podem ser
considerados equivalentes aos samurais japoneses e dedicavam boa parte
de suas vidas ao treinamento de lutas. Os famosos Cavaleiros da Távola
Redonda, os Cruzados, os Templários, os Cântaros, os Albigenses, os
Condottieri italianos e os Cavaleiros Teutônicos tinham uma enorme
perícia na utilização de “armas brancas” e desenvolveram diversos
métodos de combate corpo a corpo, como o Borzaghino dos cavaleiros
italianos e a associação inglesa do antigo pugilato ao Kick, uma antiga
técnica de combate corporal que usa os pés (TORRES, 2005).
Os plebeus europeus também desenvolviam suas técnicas de
defesa organizadas, como Savate (SOET, 1991, p. 47), Gouren na França,
a Galhofa em Portugal e o Backhold na Inglaterra (DEL’VECCHIO &
FRANCHINI, 2006, p.100); o Hopak ucraniano, a luta corsa
(WIKIPEDIA, 2010), o Bataireacht irlandês - usado nas brigas entre
gangues retratadas nas telas do cinema no filme indicado ao Oscar de
Martin Scorsese, “Gangues de Nova York” (2002) - que também era
conhecido como Uisce Beatha Bata Rince (Dança Irlandesa do Uísque),
para disfarçar sua essência como luta (DISCOVERY CHANNEL, 2009),
entre outras. A inda na Europa, a Península Ibérica foi o berço do Baratero,
a luta dos ciganos espanhóis (LORIEGA, 2005) e do Jogo do Pau
português (OLIVEIRA, 1972).