Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA
ALTERAÇÕES METABÓLICAS INDUZIDAS PELO CONSUMO DE DIETAS
HIPERLIPÍDICAS OU HIPERGLICÍDICAS ASSOCIADAS À
HIDROCLOROTIAZIDA: POSSÍVEL PAPEL PROTETOR DO
DISSELENETO DE DIFENILA EM RATOS
MARINEI CRISTINA PEREIRA RIBEIRO CAMARGO
Orientador: Prof. Dr. João Batista Teixeira da Rocha
Tese apresentada ao curso de Pós-graduação em Ciências Biológicas
Bioquímica, como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Bioquímica.
Porto Alegre
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
II
Dedico esta tese a minha família,
pelo amor, compreensão e apoio.
ads:
III
"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o
errado em outra. A vida é um todo indivisível"
(Mahatma Gandhi)
“A coisa mais importante no mundo não é tanto onde nós chegamos,
como em qual direção estamos nos movendo”.
(Oliver Wendall Holmes)
IV
AGRADECIMENTOS
A Deus, digno de toda a honra e louvor, por ser minha fortaleza e meu escudo nos
momentos difíceis, por ser meu mais e fiel amigo de todas as horas. A Ele, minha eterna
gratidão.
Aos grandes amores da minha vida, meu marido e minha filhinha. Ao Potiguara
pelo amor, carinho, amizade, compreensão, paciência, apoio e palavras de incentivo para
continuar o trabalho nas horas de alegria e também de dificuldade. A minha filha, que
durante a gestação me oferece força, amor, compreensão e tem participação ativa na
elaboração dessa tese.
Aos meus amados pais e irmão, Aldomiro, Zaíra e Robson, pelo ensinamento e
cultivo dos verdadeiros valores da vida, pelo apoio, compreensão e amor incondicional.
Não há palavras para agradecer...
Ao prof. João Batista, pela oportunidade de participar do seu grupo, continuar
desenvolvendo a pesquisa e aprender com sua experiência.
Um agradecimento muito especial a Nilda, pela grande ajuda na realização de todos
os meus trabalhos, pelas importantes sugestões e também pela amizade.
Aos colegas de laboratório que participaram da realização deste estudo: Roger,
Lutiane, Daiana, Nilda, Viviane, Danúbia, Andreza, Robson, Gustavo, Verônica, Vanderlei,
Juliano, Tiele e Marta.
Ao pessoal dos laboratórios dos professores João, Cristina e Gilson, pela troca de
experiências científicas e pronta colaboração na solução das dificuldades que surgiram.
Agradeço os bons momentos em que a amizade, companheirismo e alegria fizeram parte do
nosso dia a dia no laboratório.
V
Aos queridos colegas do Serviço de Hemoterapia pelo auxílio, prestatividade,
companheirismo e os inesquecíveis momentos de descontração.
Aos professores Maria Rosa Chitolina Schetinger, Andreza Fabro de Bem, Luiz
Fernando Royes, Lisiane de Oliveira Porciúncula e Liane Nanci Rotta pela disponibilidade
de fazer a leitura desta tese e compor sua comissão examinadora.
A Cléia, pela ajuda, eficiência e palavras de conforto e amizade.
A UFRGS e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica
pela oportunidade de continuar aprendendo e desenvolvendo a pesquisa.
Aos colegas, professores e funcionários do Setor de Bioquímica da UFSM, pelo
apoio para a concretização deste estudo.
Enfim, a todos aqueles que com seus conhecimentos, comentários, sugestões e
apoio tornaram possível a realização deste trabalho.
ÍNDICE
PARTE I
RESUMO...............................................................................................................................1
ABSTRACT ..........................................................................................................................3
LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................5
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................7
1. Dietas hiperlipídicas e hiperglicídicas ........................................................................7
2. Diabetes Mellitus ........................................................................................................11
2.1 Histórico ................................................................................................................11
2.2. Fisiopatologia .......................................................................................................12
2.3. Etiologia e Classificação......................................................................................13
2.4. Prevalência ...........................................................................................................20
3. Diuréticos tiazídicos....................................................................................................22
3.1. Hidroclorotiazida (HCTZ)..................................................................................24
4. Estresse oxidativo .......................................................................................................25
5. A enzima Na
+
K
+
-ATPase ...........................................................................................27
6. Selênio..........................................................................................................................28
6.1. Disseleneto de difenila (PhSe)
2
............................................................................29
OBJETIVOS .......................................................................................................................30
PARTE II
CAPÍTULO 1 – Artigo publicado.....................................................................................33
CAPÍTULO 2 – Manuscrito 1. ..........................................................................................40
CAPÍTULO 3 – Manuscrito 2. ..........................................................................................66
PARTE III
DISCUSSÃO .....................................................................................................................108
CONCLUSÕES.................................................................................................................118
PERSPECTIVAS..............................................................................................................120
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................121
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................148
LISTA DE TABELAS......................................................................................................150
1
RESUMO
As dietas suplementadas com lipídios e/ou frutose têm sido associadas com o
estresse oxidativo, a resistência à insulina e ao desenvolvimento da Síndrome Metabólica.
Os diuréticos tiazídicos, como a hidroclorotiazida (HCTZ) são, frequentemente, usados por
pacientes com esses distúrbios para o tratamento da hipertensão, mas também podem
exacerbar essas alterações metabólicas. Então, com intenção de desenvolver um modelo
animal para o estudo dos efeitos adversos da HCTZ, o objetivo desse trabalho foi investigar
se a associação entre uma dieta hiperlipídica (HF) ou hiperglicídica (HFD) e o tratamento
com hidroclorotiazida (HCTZ) produz uma influência sinérgica negativa na homeostase da
glicose e em outros parâmetros bioquímicos associados ao desenvolvimento do Diabetes
Mellitus (DM) tipo 2. Além disso, também foi avaliado se o disseleneto de difenila (PhSe)
2
,
um composto orgânico de selênio com propriedades antioxidantes, poderia reduzir as
alterações metabólicas induzidas pelo consumo crônico da dieta hiperglicídica e/ou HCTZ.
No modelo animal de alterações metabólicas induzidas pela dieta HF e/ou HCTZ, os ratos
foram alimentados por 16 semanas com uma dieta controle ou com uma dieta HF, ambas
suplementadas com diferentes doses de HCTZ (0,4; 1,0 e 4,0 g/kg de dieta). A HCTZ
associada com uma dieta HF causou um aumento nos níveis de glicemia, frutosamina e
também na peroxidação lipídica no tecido hepático e cerebral. Além disso, a ingestão da
dieta HF foi associada com um aumento nos níveis de peroxidação lipídica cerebral,
vitamina C e grupos tióis não-protéico (NPSH). Houve um aumento nos níveis de vitamina
C e NPSH nos grupos tratados com HCTZ (1,0 e 4,0 g/kg) e HCTZ associada com dieta
HF. A atividade da Na
+
-K
+
-ATPase foi inibida no rebro dos animais tratados com HCTZ
(4,0 g/kg) e HCTZ associada com a dieta HF. A ingestão de HCTZ e dieta HF produziram
uma redução nos níveis de magnésio e potássio, bem como um aumento na peroxidação
lipídica e vitamina C no gado. Nesse contexto, a associação de HCTZ com a dieta HF
causou uma exacerbação nos parâmetros bioquímicos relacionados à homeostase da glicose
(particularmente, uma acentuada redução de magnésio) e um maior aumento no estresse
oxidativo hepático e cerebral. Os dados indicam que a ingestão crônica de doses elevadas
de HCTZ (4,0 g/kg) ou de uma dieta HF altera os índices bioquímicos de estresse oxidativo
no cérebro de ratos. Assim, os resultados sugerem que a ingestão crônica de HCTZ ou dieta
HF causa alterações metabólicas relacionadas à homeostase da glicose e que a associação
de uma dieta HF com o tratamento com HCTZ pode exacerbar algumas dessas alterações
bioquímicas. Portanto, pode-se sugerir que este modelo experimental pode ser usado para o
estudo dos efeitos adversos da HCTZ. No modelo experimental de alterações bioquímicas
causadas pela ingestão de dieta hiperglicídica e/ou HCTZ, os ratos foram alimentados com
uma dieta controle (CT) ou com uma dieta enriquecida com frutose (HFD), ambas
suplementadas com HCTZ (4,0 g/kg) e/ou (PhSe)
2
(3 ppm) durante 18 semanas. A HFD
causou um aumento nos níveis de glucose, frutosamina, triglicerídios e colesterol dos
animais, os quais não foram restaurados ao nível do controle pela suplementação com
(PhSe)
2
ou potencializado pela HCTZ. No entanto, os níveis de colesterol e triglicerídios
foram menores nos grupos que receberam HFD ou HCTZ suplementados com (PhSe)
2
. A
ingestão de HCTZ causou uma redução na atividade da catalase (CAT) hepática e da
superóxido dismutase (SOD) renal, as quais foram restauradas pela suplementação com
(PhSe)
2
. No fígado, o (PhSe)
2
também foi efetivo no aumento dos níveis de vitamina C
reduzidos pela ingestão de HFD e HFD associada a HCTZ. Além disso, o (PhSe)
2
2
aumentou per se a atividade de SOD hepática e renal e reduziu a oxidação de lipídios e
proteínas causada pela HCTZ associada ou não com a ingestão de HFD. A associação entre
HFD e HCTZ causou uma redução nos níveis de potássio e exacerbou a hipomagnesemia e
a hipertrigliceridemia induzidas pela HCTZ. Esses resultados sugerem que algumas
alterações bioquímicas podem ser potencializadas pela ingestão simultânea de HCTZ e
HFD. Esses dados também demonstraram que a suplementação com (PhSe)
2
reduz os
distúrbios metabólicos relacionados com o estresse oxidativo e que esse composto pode ser
considerado um agente promissor para o tratamento dos distúrbios metabólicos induzidos
pela HFD e pela HCTZ devido às suas propriedades antioxidantes.
3
ABSTRACT
High fat and/or high fructose diets have been associated with oxidative stress,
insulin resistance and Metabolic Syndrome development. Thiazide diuretics, such as
hydrochlorothiazide (HCTZ) are frequently used by patients with these disorders for
treatment of hypertension, but they also can exacerbate these metabolic disturbances. Thus,
in an attempt to develop a rodent model to study the adverse effects of HCTZ, the objective
of this work was to investigate whether an association between a high fat (HF) or high-
fructose diet (HFD) and HCTZ treatment produces a negative synergic influence on glucose
homeostasis and in other biochemical parameters associated to type 2 Diabetes Mellitus
(DM) development. Moreover, also was evaluated whether dietary diphenyl diselenide
(PhSe)
2
, a organoselenium compound with antioxidant properties, could reduce the
metabolic alterations induced by chronic consumption of diets enriched with fructose
and/or HCTZ. In animal model of metabolic alterations induced by HF diet and/or HCTZ,
rats were fed for 16 weeks with a control diet or with an HF, both supplemented with
different doses of HCTZ (0.4, 1.0, and 4.0 g/kg of diet). HCTZ associated with an HF diet
caused an increase in blood glucose, fructosamine and lipid peroxidation levels in hepatic
and cerebral tissues. In addition, HF ingestion was associated with an increase in cerebral
lipid peroxidation, vitamin C and non-protein thiol groups (NPSH) levels. There was an
increase in vitamin C as well as NPSH levels in HCTZ (1.0 and 4.0 g/kg of diet) and HF
plus HCTZ groups. Cerebral Na
+
-K
+
-ATPase activity of HCTZ (4.0 g/kg of diet) and
HCTZ plus HF-fed animals was inhibited. The intake of HCTZ and HF diet produced a
reduction in magnesium and potassium levels as well as an increase in lipid peroxidation
and vitamin C in liver. Importantly, the association of HCTZ with HF diet caused
additional worsening of biochemical parameters related to glucose homeostasis
(particularly accentuated magnesium depletion) and further increase in oxidative stress in
hepatic and cerebral tissues. The data indicate that chronic intake of a high dose of HCTZ
(4.0 g/kg of diet) or HF change biochemical indexes of oxidative stress in rat brain. Thus,
results suggest that chronic intake of HCTZ or HF diet causes metabolic changes related to
glucose homeostasis and that the association of HF diet and HCTZ treatment can
exacerbate some of these biochemical alterations. Therefore, we can suggest that this
experimental model can be used for studying the adverse effects of HCTZ. On experimental
models of biochemical alterations caused by fructose and\or HCTZ intake, rats were fed
with a control diet (CT) or with a high fructose diet (HFD), both supplemented with HCTZ
(4.0 g/kg) and/or diphenyl diselenide (3 ppm) for 18 weeks. HFD diets caused an increase
in the levels of glucose, fructosamine, triglycerides and cholesterol of animals, which were
not restored to control levels by (PhSe)
2
supplementation or potentiated by HCTZ.
However, the levels of cholesterol and triglycerides were lower in the groups that received
HFD or HCTZ diet supplemented with (PhSe)
2
. The ingestion of HCTZ caused a decrease
in hepatic catalase (CAT) and renal superoxide dismutase (SOD) activities, which were
restored by (PhSe)
2
supplementation. In liver, diphenyl diselenide was also effective in
increasing vitamin C levels reduced by HFD and HFD plus HCTZ intake. Indeed, the
compound increased per se hepatic and renal SOD activity and reduced the oxidation of the
lipids and proteins caused by HCTZ associated or not with HFD intake. Furthermore, the
association between HFD and HCTZ caused a decrease in potassium levels and aggravated
the hypomagnesemia and the hypertriglyceridemia HCTZ-induced. Theses findings suggest
4
that some biochemical changes can be aggravated by ingestion simultaneous of HCTZ and
HFD diet. In addition, data also demonstrate that (PhSe)
2
supplementation reduces
metabolic disorders linked to oxidative stress and that this compound can be considered a
promising agent for treatment of metabolic disturbances HFD and HCTZ-induced, via its
antioxidant properties.
5
LISTA DE ABREVIATURAS
ADA: American Diabetes Association
ANOVA: Análise de variância
CAT: Catalase
DM: Diabetes mellitus
EROs: Espécies reativas de oxigênio
HCTZ: Hidroclorotiazida
HDL: Lipoproteína de alta densidade
HF: High fat
HFD: High fructose diet
LDL: Lipoproteína de baixa densidade
MDA: Malondialdeído
(PhSe)
2
: Disseleneto de difenila
Se: Selênio
NPSH: Tióis não protéicos
SOD: Superóxido dismutase
TBARS: Espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico
6
APRESENTAÇÃO
Esta tese apresenta os resultados sob a forma de artigo publicado (capítulo 1) e
manuscritos submetidos à publicação (capítulos 2 e 3).
O item Discussão apresenta interpretação e comentários gerais dos resultados
obtidos em todos os artigos que compõem esse trabalho.
O item Conclusões apresenta as conclusões finais do trabalho, considerando os
artigos científicos (capítulos 1, 2 e 3).
As Referências Bibliográficas referem-se somente às citações que são apresentadas
nos itens Introdução e Discussão.
7
INTRODUÇÃO
1. Dietas hiperlipídicas e hiperglicídicas
As dietas suplementadas com elevado teor de lipídios, elevado teor de carboidratos
ou ambos estão associadas com intolerância à glicose, obesidade, doenças cardiovasculares,
Diabetes Melitus (DM) tipo 2 (Feskens et al., 1991; Hill et al., 1992; Barnard et al., 1998;
Liu & Manson, 2001), hipertensão e estresse oxidativo (Roberts et al., 2000; Girard et al.
2005; Roberts et al., 2005).
A nutrição e os tipos de dietas têm um papel muito importante nas alterações
metabólicas relacionadas ao desenvolvimento do DM tipo 2, porém os fatores dietéticos
específicos não estão claramente definidos. Ainda existem muitas controvérsias sobre a
relação entre o risco de DM e a quantidade e os tipos de lipídios e de carboidratos que
devem compor uma dieta adequada. No entanto, prevalece as recomendações dietéticas que
sugerem dietas com baixas quantidades de lipídios e carboidratos para a prevenção do DM,
doenças cardíacas e outras doenças crônicas (National Research Council, 1989; U. S.
Department of Agriculture, 2000). Contudo, os lipídios e os carboidratos não são moléculas
homogêneas, portanto diferentes tipos de lipídios e carboidratos têm efeitos diferenciados
sobre a homeostase da glicose e a sensibilidade à insulina.
A obesidade está associada com a resistência à insulina e é um dos fatores mais
importantes para o desenvolvimento do DM tipo 2 (Reaven, 1988; Pi-Sunyer, 1993), porém
os ácidos graxos da dieta podem afetar a ação da insulina independente da existência de
obesidade (Storlien et al., 1996). Nesse contexto, acredita-se que os efeitos dos ácidos
graxos da dieta são mediados pela composição dos lipídios das membranas celulares (Pan
8
et al., 1995; Storlien et al., 1996; Vessby, 2000). O perfil específico dos lipídios nas
membranas celulares pode influenciar a ação da insulina por vários mecanismos potentes,
incluindo uma alteração na ligação ou na afinidade dos receptores de insulina e
influenciando a permeabilidade a íons e a sinalização celular (Vessby, 2000). Assim, é o
percentual de gordura saturada que parece ter maior importância, uma vez que a resistência
à insulina está associada a uma maior proporção de gorduras saturadas e, a uma menor
porcentagem de gorduras poliinsaturadas (Pan et al., 1995; Storlien et al., 1996).
A origem e o mecanismo das alterações metabólicas induzidas pela dieta não estão
completamente esclarecidos na literatura (McDonald, 1995; Busserolles et al., 2002;
Flanagan et al., 2008). No entanto, evidências de que a ingestão crônica de dietas com
alto teor de glicídios ou lipídios está associada com o dano oxidativo (McDonald, 1995;
Folmer et al., 2002; Folmer et al., 2003; Brito et al., 2007), uma vez que essas dietas podem
diminuir as defesas antioxidantes (Rayssiguier et al., 1981; Rayssiguier et al., 1993; Folmer
et al., 2003; Brito et al, 2007) e causar um aumento na produção de espécies reativas ao
oxigênio (EROs) (Rayssiguier et al., 1981; Rayssiguier et al., 1993; Folmer et al., 2002;
Folmer et al., 2003, Fachineto et al., 2005; Brito et al., 2007). Neste contexto, estudos
sugerem que a quantidade e os tipos de lipídios na dieta afetam a sensibilidade das células à
peroxidação lipídica e ao dano oxidativo (Thomas & Rudel, 1996). Há evidências na
literatura de que os ácidos graxos poliinsaturados podem sofrer oxidação e resultar em
produtos que podem ser tóxicos às células (Halliwell & Chirico, 1993) e que os ácidos
graxos saturados demonstram menor suscetibilidade à oxidação do que ácidos graxos
insaturados (Nanji et al., 1995; Varghese & Oommen, 2000). Enfim, a composição da dieta
em relação aos ácidos graxos pode afetar a composição da membrana celular (Sprecher,
1989) e, conseqüentemente alterar a suscetibilidade dessas células a agentes pró-oxidantes.
9
De acordo com isso, o trabalho realizado por Farina el al. (2003) mostrou que o efeito
protetor do selenito contra a peroxidação lipídica induzida pelo mercúrio depende da
saturação de gordura na dieta.
Vários estudos sobre a hiperinsulinemia e a hiperglicemia sugerem um efeito
prejudicial da gordura saturada (Feskens & Kromhout, 1990; Maron et al., 1991; Parker et
al., 1993; Feskens et al., 1994; Feskens et al., 1995; Marshall et al., 1997) e um efeito
benéfico da gordura polinsaturada (Trevisan et al.,1990; Feskens et al., 1994; Salmeron et
al., 2001). No entanto, outros estudos não confirmam esses resultados (Mayer et al., 1993;
Mooy et al., 1995; Mayer-Davis et al., 1997). Assim, em estudos animais, ambos os tipos e
quantidades de lipídios têm mostrado efeito na sensibilidade à insulina (Storlien et al.,
1991). Em geral, os estudos relatam que o elevado teor de lipídios na dieta aumenta o
ganho de peso, a intolerância à glicose e a resistência à insulina (Alsaif & Duwaihy, 2004).
De acordo com a literatura, algumas das inconsistências nos resultados podem ter ocorrido
pela falta de ajuste na composição da dieta ou ainda, por fatores de risco para o DM que
não estejam relacionados à dieta. As divergências entre os resultados observados em
diferentes populações podem ter ocorrido, porque os efeitos da dieta com alto teor de
lipídio pode variar de acordo com as características da população estudada, tais como
idade, sexo, índice de massa corporal e atividade física, que estão associados com
sensibilidade à insulina (Paolisso et al., 1995; Ferrannini et al., 1997; Mayer-Davis et al.,
1998).
Semelhante aos lipídios, os carboidratos não são homogêneos no que diz respeito à
estrutura química e às funções biológicas, assim diferentes tipos de lipídios e carboidratos
apresentam diferentes efeitos na homeostase da glicose e na resistência à insulina (Hu et al.,
2001). Os carboidratos são classificados em simples ou complexos com base nas estruturas
10
químicas. As recomendações dietéticas têm enfatizado o uso de carboidratos complexos ou
amidos e a limitação de carboidratos ou açúcares simples baseado na crença de que os
carboidratos simples seriam digeridos e absorvidos mais rapidamente e, portanto, iriam
induzir uma resposta mais rápida à glicemia pós-prandial. No entanto, numerosos estudos
contestam essa opinião, pois é reconhecido que muitos alimentos amiláceos, como batatas
cozidas e pão branco podem produzir respostas glicêmicas mais elevadas do que os
carboidratos simples (Kalergis et al., 1998). Portanto, as recomendações dietéticas para a
prevenção das alterações metabólicas associadas ao DM tipo 2 investem mais na qualidade
dos lipídios e carboidratos do que, somente na quantidade e ainda, no balanceamento da
energia total ingerida para evitar o sobrepeso e a obesidade (Hu et al., 2001).
Há vários modelos experimentais que utilizam animais para o estudo do DM. O DM
tipo 1 pode ser induzido em animais por uma pancreatectomia parcial ou pela
administração de drogas diabetogênicas. As drogas mais usadas para a indução de DM em
roedores são o Aloxano e a estreptozotocina, as quais destroem seletivamente as células β
das ilhotas de Langerhans no pâncreas (Oberley, 1988). Na literatura, também diversos
modelos experimentais para o estudo do DM tipo 2, incluindo a utilização de dietas
suplementadas com elevadas quantidades ou tipos diferentes de carboidratos e/ou lipídios
(Folmer et al., 2002, Folmer et al., 2003, Brito et al., 2007, Ribeiro et al., 2009). Nesse
sentido, quantidades elevadas de sacarose e frutose têm sido usadas em modelos animais
para induzir alterações metabólicas observadas na Síndrome Metabólica, uma desordem
caracterizada por resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia e alta incidência de
doenças cardiovasculares (Reaven, 1988). Similarmente, as dietas com elevadas
quantidades de lipídios têm sido muito utilizadas para o estudo dos processos que envolvem
11
a resistência à insulina e para investigação dos efeitos anti-obesidade e anti-diabetogênicos
de algumas drogas. O modelo de ingestão de dietas suplementadas com lipídios é útil para o
estudo da resistência à insulina branda porque ele é mais parecido com os animais normais
do que com os animais diabéticos. Assim, se a ingestão calórica for controlada
cuidadosamente para evitar a obesidade, esse modelo não exibe hiperglicemia mesmo
depois de muitas semanas submetidos à dieta (Kraegen et al., 1986; Storlien et al., 1986).
Portanto, a resistência à insulina desenvolve-se dentro de poucas semanas com
hiperinsulinemia associada à intolerância à glicose, mas o desenvolvimento de
hiperglicemia franca demora mais tempo.
2. Diabetes Mellitus
2.1 Histórico
O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico, cuja existência e sintomatologia são
relatadas mais de 20 séculos. O papiro de Ebers, um dos documentos médicos mais
antigos e importantes que se conhece e que foi escrito no antigo Egito, em data aproximada
de 1550 a.C. relata uma doença caracterizada por micção freqüente, sintoma mais comum
da DM. No ano 70 (d.C.), após estudos relacionados aos sintomas e ao quadro clínico
apresentados pelos pacientes, o dico Areteu da Capadócia denominou “Diabetes”,
palavra grega que significa sifão, ao conjunto de sintomas constituído por polidipsia,
poliúria e polifagia (Dinsmoor, 1996). Durante muitos anos a pesquisa pouco avançou no
estudo do Diabetes, portanto somente em 1670, o médico Thomas Wills observou que a
12
urina dos pacientes diabéticos tinha sabor adocicado (Dinsmoor, 1996). Em 1815, o médico
Michel Chevreul confirmou que o açúcar específico presente na urina dos pacientes
diabéticos tratava-se de glicose (Dinsmoor, 1996). Portanto, a partir dessa descoberta a
doença passou a ser denominada “Diabetes Açucarada” ou “Diabetes Mellitus”. Em estudos
realizados em 1869, Paul Langerhans observou que o pâncreas continha dois grupos
distintos de células, as células acinares, que secretam enzimas digestivas, e as células
agrupadas em ilhas ou ilhotas, as quais poderiam ter função endócrina. Em 1889, essa
função endócrina foi confirmada por dois médicos pesquisadores, Oskar Minkowski e
Joseph Von Mering, após a realização de experimentos com cães pancreatomizados que
desenvolveram uma síndrome semelhante ao DM nos seres humanos. Entre 1916 e 1920,
Nicolas Paulesco demonstrou que extratos pancreáticos reduziam a glicemia e as cetonas
urinárias. Em 1921, Frederick G. Banting e seu colaborador Charles H. Best descobriram a
insulina (Banting et al., 1922; Minkowski, 1989). Esse achado rendeu ao mesmo o prêmio
Nobel de Medicina e uma melhor qualidade de vida aos pacientes com DM.
2.2. Fisiopatologia
O DM é um grupo de doenças metabólicas caracterizado por hiperglicemia
resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina, ou ambos. A hiperglicemia
crônica do diabetes está associada a danos que ocorrem ao longo do tempo, disfunção e
falência de vários órgãos, especialmente os olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos
(ADA, 2008). Os sintomas dessa acentuada hiperglicemia são poliúria, polidipsia, perda de
peso, polifagia, visão desfocada e aumento de risco para infecções (ADA, 2008; Hall &
Davies, 2008). No entanto, a ausência dos mesmos é comum em muitos pacientes com DM
13
e não descarta a possibilidade de que exista um grau de hiperglicemia suficiente para causar
alterações funcionais ou patológicas antes que o diagnóstico seja estabelecido.
A hiperglicemia crônica do DM é caracterizada por complicações que incluem
retinopatia com perda potencial de visão, nefropatia levando à insuficiência renal,
neuropatia periférica com risco de úlceras dos pés, amputações e danos nas articulações, e
ainda neuropatia autonômica causando sintomas gastrointestinais, geniturinários e
cardiovasculares (ADA, 2008). Os pacientes diabéticos têm uma incidência aumentada de
doença cardíaca coronária, doença vascular cerebral e doença vascular periférica, que
representam a principal causa de morbidade e mortalidade entre esses pacientes (ADA,
2008; Hall & Davies, 2008). Essas patologias ocorrem em uma idade muito mais jovem
comparado com a população não diabética (Adisakwattana, 2005; Hall & Davies, 2008). A
hipertensão e anormalidades no metabolismo de lipoproteínas também são complicações,
freqüentemente, encontradas em pacientes diabéticos (Ferrannini et al., 1997; Hayden &
Sowers, 2006; ADA, 2008).
2.3. Etiologia e Classificação
Segundo o “Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes” da
“American Diabetes Association” (ADA, 2008), a classificação etiológica do DM é a
seguinte: DM tipo 1, DM tipo 2, outros tipos específicos de DM e DM gestacional. Na
maioria dos casos os pacientes podem ser clinicamente, classificados como portadores de
DM tipo 1 ou tipo 2. Os critérios da American Diabetes Association (ADA) para o
diagnóstico de diabetes incluem os sintomas clássicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia
e perda de peso inexplicada) e a concentração plasmática de glicose casual superior a 200
14
mg/dL (11,1 mmol), concentração plasmática de glicose em jejum igual ou superior a 126
mg/dL (7,0 mmol) ou concentração plasmática de glicose igual ou superior a 200 mg/dL
(11,1 mmol/dL) dentro de 2 horas após a ingestão de uma carga de glicose oral (The Expert
Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes, 2003; ADA, 2008).
2.3.1. Diabetes Mellitus tipo 1
No DM tipo 1, a causa é uma deficiência absoluta da secreção de insulina (ADA,
2008), provocada por uma redução na massa das células β do pâncreas. Assim, uma
destruição das células β pancreáticas pode ocorrer por intermédio de três mecanismos que
parecem estar interligados: suscetibilidade genética, ataque auto-imune e algum tipo de
agressão ambiental (Bach, 1994). Os indivíduos que apresentam maior risco de desenvolver
este tipo de diabetes podem ser identificados por intermédio de evidências sorológicas de
um processo patológico auto-imune que ocorre nas ilhotas pancreáticas, e também por
marcadores genéticos (ADA, 2008). Portanto, o DM tipo 1 pode ser classificado em:
Diabetes Mellitus tipo 1 (causa imunológica): Esse tipo de DM representa apenas 5
a 10 % dos casos de DM, denominado, anteriormente, diabetes dependente de insulina,
diabetes tipo I, ou diabetes de início juvenil e resulta de uma autodestruição das células β
do pâncreas. Neste tipo de diabetes, a taxa de destruição das células β é bastante variável,
sendo rápida em algumas pessoas (principalmente bebês e crianças) e lenta em outros
(principalmente adultos). Alguns pacientes, principalmente crianças e adolescentes, podem
apresentar a cetoacidose como primeira manifestação da doença. Outros apresentam
modesta hiperglicemia em jejum que pode mudar rapidamente para hiperglicemia grave
15
e/ou cetoacidose na presença de infecção ou de outro estresse. Outros ainda, sobretudo
adultos, podem apresentar uma função residual das células β suficiente para impedir
cetoacidose durante muitos anos. Esses indivíduos, eventualmente, tornam-se dependente
de insulina para sobreviver e estão em risco de cetoacidose. Neste último estágio da doença,
pouca ou nenhuma secreção de insulina. O DM causado por características
imunológicas, geralmente, manifesta-se na infância e adolescência, mas pode ocorrer em
qualquer idade. A autodestruição das células β tem múltiplas predisposições genéticas e
está relacionada a fatores ambientais que ainda não estão bem definidos. Devido ao DM,
esses pacientes tornam-se mais susceptíveis a outros distúrbios imunológicos. Os pacientes
que apresentam esse tipo de DM, raramente, são obesos, mas a presença de obesidade não é
incompatível com o diagnóstico.
Diabetes Mellitus tipo 1 (causa idiopática): Algumas formas de DM tipo 1 não
apresentam etiologia conhecida. Alguns destes doentes têm permanente insulinopenia e são
propensos à cetoacidose, mas não apresentam evidências de auto-imunidade. Poucos
pacientes m DM tipo 1 que se enquadra nesta categoria, e dentre eles, a maioria são
africanos ou de ascendência asiática. Os indivíduos com esta forma de DM sofrem com
episódios de cetoacidose e apresentam diferentes graus de deficiência de insulina entre os
episódios. Essa forma de DM está associada com características hereditárias, mas faltam
evidências imunológicas para a auto-imunidade de células β.
2.3.2. Diabetes Mellitus tipo 2
Esse tipo de diabetes, que representa aproximadamente 90% dos pacientes
diabéticos, denominado, anteriormente, diabetes não dependente de insulina, diabetes tipo
16
II ou diabetes de início adulto, abrange indivíduos que têm resistência à insulina e,
geralmente possuem relativa (e não absoluta) deficiência de insulina. Inicialmente, e muitas
vezes ao longo da sua vida útil, estes indivíduos não necessitam de tratamento com insulina
para sobreviver. Há provavelmente muitas causas diferentes para essa forma de diabetes.
Apesar de não se conhecer as etiologias específicas, a destruição auto-imune das células β
não ocorre, e os pacientes não apresentam outras causas de diabetes que sejam conhecidas,
atualmente.
A maioria dos pacientes com este tipo de diabetes é obeso, e a obesidade por si
causa algum grau de resistência à insulina. Pacientes que não são obesos, segundo o critério
tradicional para o peso, podem apresentar um aumento da percentagem de gordura corporal
distribuída, predominantemente, na região abdominal. Nesse tipo de diabetes, a cetoacidose
raramente ocorre, espontaneamente, mas quando ocorre, geralmente está associada com o
estresse de outra doença como uma infecção. Este tipo de diabetes, freqüentemente não é
diagnosticado por muitos anos, devido à hiperglicemia evoluir gradualmente e, em estágios
iniciais da diabetes, pode não ser suficientemente grave para que o paciente perceba algum
sintoma clássico de diabetes. No entanto, essa hiperglicemia provoca alterações patológicas
e funcionais em diversos tecidos (Baynes & Thorpe, 1996) e, esses pacientes apresentam
maior risco de desenvolver complicações microvasculares e macrovasculares (Hu &
Tuomilehto, 2007).
A resistência à insulina pode ser beneficiada por redução do peso e/ou tratamento
farmacológico da hiperglicemia, mas raramente é restaurada ao valor normal. O risco de
desenvolver este tipo de diabetes aumenta com a idade, obesidade e a falta de atividade
física. Ocorre mais, freqüentemente, em mulheres com DM gestacional prévia e em
17
indivíduos com hipertensão arterial ou dislipidemia, e sua freqüência varia entre os
diferentes subgrupos étnicos raciais. Além disso, pode ser associado à predisposição
genética. No entanto, as características genéticas dessa forma de diabetes são complexas e
não estão claramente definidas.
2.3.3. Outros tipos Específicos de Diabetes
Nessa classificação são incluídos os defeitos genéticos da função das células β, os
defeitos genéticos na ação da insulina, doenças exócrinas do pâncreas, endocrinopatias,
indução por agentes químicos ou drogas, infecções, formas não comuns de diabetes
mediadas por características imunológicas e outras síndromes genéticas associadas com o
diabetes (ADA, 2008).
A indução de DM por agentes químicos ou drogas tem um importante significado
para o nosso estudo, uma vez que usamos a hidroclorotiazida, um diurético tiazídico, em
nosso modelo experimental. Nesse contexto, muitas drogas podem prejudicar a secreção de
insulina, visto que estas não causam o DM, por si, mas podem precipitar o DM em
indivíduos com resistência à insulina (ADA, 2008). Assim, estudos sugerem que os
pacientes que desenvolvem o DM após o tratamento com diuréticos tiazídicos,
provavelmente tinham a doença, a qual foi exacerbada pela droga, pois o uso de
diuréticos tiazídicos, raramente provoca hiperglicemia grave (ADA, 2008).
18
2.3.4. Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
O DM G é definido como qualquer grau de intolerância à glicose com início ou
identificação durante a gravidez (ADA, 2008). Essa definição é aplicada,
independentemente do uso de insulina ou de apenas uma modificação na dieta para
tratamento ou ainda, se a condição persistir após a gravidez. A intolerância à glicose ocorre
normalmente durante a gravidez, especialmente no terceiro mês de gestação (ADA, 2008).
O nível de glicose em jejum com resultado de 126 mg/dL (7,0 mmol/L) ou uma
glicose plasmática aleatória com resultado de 200 mg/dL (11,1 mmol/L) significa que essa
gestante encontra-se no limiar para o diagnóstico de diabetes
É recomendado que se realize uma triagem para o DMG em todas as gestações. A
avaliação para o risco de desenvolvimento de DMG deve ser realizada na primeira consulta
do pré-natal. Após, as mulheres com características clínicas compatíveis com um elevado
risco para o DMG (obesidade, história pessoal de DMG, glicosúria ou uma história familiar
de DM) devem fazer um teste de tolerância à glicose, ou seja, a gestante ingere 75g de
glicose em jejum e, após são realizadas coletas de sangue em intervalos de tempo de 1 hora
para a realização de dosagens de glicemia. Para as três primeiras coletas os valores
máximos esperados são os seguintes: 95 mg/dL (jejum), 180 mg/dL (1h) e 155 mg/dL (2h)
(ADA, 2008).
Intolerância à glicose e glicemia em jejum alterada
O Comitê de Peritos sobre o Diagnóstico e Classificação de Diabetes Mellitus
(Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus, 1997, 2003)
reconhece um grupo de indivíduos cuja glicemia, embora não corresponda aos critérios
19
para a diabetes, é elevada para ser considerada normal. Este grupo apresenta nível de
glicemia de jejum superior ou igual a 100 mg/dL (5,6 mmol/L), mas inferior a 126 mg/dL
(7,0 mmol/L) ou concentração plasmática de glicose dentro de 2 horas após a ingestão de
uma carga de glicose oral, no teste de tolerância a glicose superior a 140 mg/dL (7,8
mmol/dL), mas inferior a 200 mg/dL (11,1 mg/dL). Então, as categorias dos valores de
glicose em jejum são as seguintes:
1. Normal: glicemia de jejum inferior a 100 mg/dL (5,6 mmol/L).
2. Tolerância à glicose diminuída: glicose de jejum apresenta valores de 100 125
mg/dL (5,6 – 6,9 mmol/L).
3. Diagnóstico provisório de diabetes: glicemia de jejum superior a 126 mg/dL (7,0
mmol/L).
O diagnóstico provisório é confirmado pelo teste de tolerância oral a glicose que
apresenta as seguintes categorias:
1. Tolerância a glicose normal: concentração plasmática de glicose dentro de 2 horas
após a ingestão de uma carga de glicose oral apresenta valores inferiores a 140
mg/dL (7,8 mmol/L).
2. Intolerância a glicose: concentração plasmática de glicose dentro de 2 horas após a
ingestão de uma carga de glicose oral entre 140 - 199 mg/dL (7,8 -11,1 mmmol).
3. Diagnóstico provisório de diabetes: concentração plasmática de glicose dentro de 2
horas após a ingestão de uma carga de glicose oral apresenta valores superiores a
200 mg/dL (11,1 mg/dL).
20
2.4. Prevalência
O DM é um distúrbio metabólico crônico que tem um impacto significativo sobre a
saúde, a qualidade de vida e a expectativa de vida dos pacientes, bem como sobre o Sistema
de Saúde. A prevalência do diabetes para todas as faixas etárias em nível mundial foi
estimada em 2,8% para o ano de 2000 e 4,4% para 2030 (Wild et. al., 2004), isso significa
que 171 milhões de pessoas têm diabetes e que este valor, provavelmente, seja maior do
que o dobro em 2030 (Wild et al., 2004). No mundo, cerca de 2,9 milhões de mortes no ano
de 2000 foram atribuídas às complicações do diabetes, isso equivale a 5,2% de todas as
mortes (Roglic et al., 2005).
Embora de caráter controlável, o diabetes vem despontando como uma epidemia de
proporções graves. A sua prevalência está aumentando assustadoramente, como resultado
do crescimento e envelhecimento da população, da urbanização e das alterações negativas
no estilo de vida, como prevalência da obesidade e da inatividade física (Wild et al., 2004;
Sicree & Shaw, 2007). De fato, em alguns países têm se divulgado a existência de uma
epidemia de DM tipo 2, sendo a obesidade um dos principais fatores que contribui para
aumentar a incidência dessa patologia (Wild et al., 2004; Sicree & Shaw, 2007). Por outro
lado, embora a prevalência da obesidade se mantenha estável até 2030, o que parece
improvável, é previsível que o número de pessoas com diabetes irá aumentar mais do que o
dobro do mero de diabéticos existentes, atualmente, como conseqüência do
envelhecimento populacional e da urbanização (Wild et al., 2004; Sicree & Shaw, 2007).
Portanto, a partir do aumento na prevalência da obesidade em muitos países do mundo e da
importância da obesidade como fator de risco para o diabetes, o número de casos de
diabetes em 2030 poderá ser superior a previsão dos estudos epidemiológicos (Wild et al.,
21
2004). Nesse contexto, as intervenções efetivas para a redução da prevalência do diabetes,
incluindo mudanças na dieta, exercícios físicos ou tratamentos farmacológicos poderiam
representar importantes fatores de prevenção.
A prevalência do diabetes é maior em homens do que em mulheres, mas existem
mais mulheres do que homens com diabetes (Wild et al., 2004). uma projeção que
revela que a população urbana, em países em desenvolvimento, apresentará no ano de 2030
o dobro da população existente no ano de 2000 (Wild et al., 2004). No entanto, a alteração
demográfica mais importante para a prevalência do diabetes em todo o mundo parece ser o
aumento na proporção de pessoas com mais de 65 anos de idade (Wild et al., 2004), uma
vez que o DM tipo 2 é mais comum em idosos (Peter et al., 2006).
No Brasil, a diabetes atingiu cerca de 4,6 milhões de brasileiros no ano de 2000,
ocupando o oitavo lugar entre os dez países com maior prevalência no mundo. O número
estimado de diabetes em indivíduos adultos para o ano de 2030 é de, aproximadamente,
11,3 milhões (Malerbi & Franco, 1992; King & Rewers, 1993; King & Aubert, 1998; Wild
et al., 2004). É notável que, aproximadamente, 40% dos indivíduos com DM desconhecem
que possuem a doença e 90% deles são portadores de DM tipo 2 (Malerbi & Franco, 1992;
King & Rewers, 1993; King & Aubert, 1998).
Alguns dados epidemiológicos relatam que o DM ocorre em cerca de 10% dos
pacientes hospitalizados em qualquer unidade hospitalar no mundo, em cerca de 29% dos
pacientes submetidos a cirurgia cardíaca e que a hiperglicemia ocorre em,
aproximadamente, 38% dos pacientes hospitalizados, o que leva a maior tempo de
internação e uma maior taxa de admissão na Unidade de Tratameto Intensivo (UTI) e,
conseqüentemente, maior custo (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2008). Portanto, uma
iniciativa global é necessária para tratar a epidemia do DM.
22
3. Diuréticos tiazídicos
Os diuréticos aumentam o fluxo urinário e a excreção de sódio e são utilizados para
ajustar o volume e/ou a composição dos líquidos corporais em uma variedade de situações
clínicas, incluindo hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, síndrome
nefrótica e cirrose. O mecanismo exato envolvido na redução da pressão arterial pelos
diuréticos tiazídicos ainda não está totalmente elucidado. No entanto, estudos relatam que
esses fármacos diminuem o volume extracelular através de sua interação com um co-
transportador de Na-Cl sensível a tiazidas no rim. A depleção dos estoques de cloreto de
sódio (NaCl) no corpo reduz a pressão arterial e o débito cardíaco. Entretanto, o efeito
hipotensor é mantido durante a terapia a longo prazo, devido à redução da resistência
vascular. Após algumas semanas, o débito cardíaco retorna aos valores anteriores ao
tratamento (Goodman & Gilman, 2006; Parekh et al., 2008) e o volume extracelular retorna
quase a seu valor normal, em conseqüência de respostas compensatórias, como a ativação
do sistema renina-angiotensina (Goodman & Gilman, 2006). Não se sabe como esse
processo ocorre, todavia os diuréticos tiazídicos promovem vasodilatação em vasos
isolados de animais de laboratório e seres humanos (Goodman & Gilman, 2006).
Embora considerados seguros e eficazes, a sua utilização está associada com
alterações metabólicas, incluindo dislipidemia, hiperglicemia, intolerância à glicose e um
risco aumentado de desenvolvimento de DM tipo 2 (Wilcox, 1999; Huen & Goldfarb,
2007). Além disso, dados da literatura mostram que o uso de diuréticos tiazídicos também
está associado com hiponatremia, hipocalemia e hipomagnesemia (Carlsen et al., 1999;
Verdecchia et al., 2004). Portanto, tem sido questionada a segurança dos diuréticos para os
diabéticos hipertensos.
23
O mecanismo pelo qual os diuréticos tiazídicos causam alteração na tolerância à
glicose não está bem esclarecido, mas parece envolver uma redução da secreção de
insulina, bem como alterações no metabolismo da glicose (Bonner, 1994). Nesse contexto,
os efeitos dos diuréticos tiazídicos na secreção ou na sensibilidade à insulina podem ser
responsáveis pela alteração no perfil lipídico, uma vez que a insulina ativa a lipoproteína
lipase, a qual hidrolisa os triglicerídios em lipoproteínas de baixa densidade (LDL) (Grimm
et al., 1981). Portanto, os diuréticos tiazídicos podem induzir aumento nos níveis séricos de
colesterol total, triglicerídeos e LDL (Grimm et al., 1981; Perez-Stable & Carilis, 1983),
além de alterações no metabolismo dos carboidratos, com conseqüente hiperglicemia. Mas
esses efeitos adversos, em geral são dependentes da dose. Além disso, a redução da dose,
além de modificações na dieta e do aumento da atividade física é suficiente, na maioria dos
casos, para controlar tais alterações (Jones & Sands, 1994). Então, uma vez que os
diuréticos tiazídicos, em doses baixas, não costumam produzir tais efeitos adversos (Huen
et al., 2007), torna-se crescente a recomendação para o uso cada vez mais intenso desse
fármaco, porém em doses cada vez menores.
Na literatura, evidências de que os efeitos adversos dos diuréticos tiazídicos nos
níveis de lipídios e na tolerância à glicose são, em parte, conseqüência da depleção de
potássio (Helderman et al., 1983; Andersson et al., 1991), pois esses efeitos diminuem
quando é administrado potássio simultaneamente com esses diuréticos (Wilcox et al.,
1999). Por outro lado, a hiperglicemia na ausência de um bom controle metabólico, bem
como a terapia com diuréticos tiazídicos podem aumentar a excreção urinária de magnésio
(Barbagallo & Dominguez, 2007). O magnésio intracelular desempenha um papel
fundamental na regulação da ação da insulina, na captação de glicose mediada pela insulina
e no tônus vascular, portanto a insulina e a glicose são importantes reguladores do
24
S
NH
NCl
O
S
O
H
2
N
OO
H
metabolismo do magnésio (Barbagallo & Dominguez, 2007). Assim, a hipomagnesemia
pode resultar em defeito na atividade da tirosina quinase no receptor de insulina,
comprometimento da ação da insulina e desenvolvimento ou piora da resistência à insulina
(Paolisso & Barbagallo, 1997; Barbagallo & Dominguez, 2007). Então, a deficiência de
magnésio tem sido proposta como um possível mecanismo para o desenvolvimento da
resistência à insulina causada pelos diuréticos tiazídicos. Neste contexto, o DM tipo 2 é
caracterizado por deficiência celular e extracelular de magnésio, que é um importante co-
fator para mais de trezentas reações enzimáticas. Evidências sugerem que a deficiência de
magnésio está associada com um controle metabólico deficiente, aumento de dano tecidual
oxidativo dependente de radicais livres e crônicas complicações em pacientes com DM tipo
2 (Rayssiguier et al., 1993; Lourdes et al., 1998; Gums, 2004).
3.1. Hidroclorotiazida (HCTZ)
A Hidroclorotiazida (HCTZ) (Figura 1) e seus similares (tiazídicos) são os
diuréticos mais utilizados em todo o mundo para o controle da hipertensão arterial. A
hidroclorotiazida (6-cloro-3, 4-dihidro-2H-1, 2, 4-benzotiadiazina-7-sulfonamida 1, 1-
dióxido) é um diurético, derivado sulfonamida representante da classe das benzotiadiazinas,
comumente conhecido como tiazida (Dollery, 1998).
Figura 1. Estrutura química da Hidroclorotiazida
25
Vários estudos relatam a eficácia e segurança dos diuréticos tiazídicos na redução da
morbidade e da mortalidade em pacientes hipertensos (The ALLHAT Study Group, 2002;
Turnbull, 2003), uma vez que esses diuréticos têm demonstrado eficácia em diminuir a
pressão arterial e uma comprovada capacidade de prevenir acidente vascular cerebral,
infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva (McInnes, 1992; The ALLHAT
Study Group, 2002; Turnbull, 2003). Como resultado, os tiazídicos, assim como a HCTZ
são recomendados como terapia de primeira linha para a hipertensão arterial (The
ALLHAT Study Group, 2002). No entanto, o seu uso tem sido associado com
anormalidades metabólicas, tais como distúrbios eletrolíticos, hiperlipidemia e
comprometimento do metabolismo da glicose (Plavinik et al., 1992; Franse et al., 2000;
Punzi & Punzi, 2004; Verdecchia et al., 2004). Portanto, esses efeitos adversos podem
causar o desenvolvimento ou exacerbação de distúrbios metabólicos e DM tipo 2 (Reungjui
et al., 2007), uma vez que muitos pacientes com hipertensão arterial apresentam algum tipo
de distúrbio metabólico.
4. Estresse oxidativo
Um radical livre é qualquer átomo, grupo de átomos ou moléculas capaz de existir
sob a forma independente e que contém um ou mais elétrons desemparelhados (Del
Maestro, 1980; Southorn & Powis, 1988; Bergendi et al., 1999; Halliwell, 2006b; Halliwell
& Gutteridge, 2006). O termo “Espécies Reativas de Oxigênio” (ROS) inclui os radicais de
oxigênio pouco reativos como o O
2
-
e os radicais altamente reativos, como o HO
(todos
são radicais que contém um ou mais elétrons desemparelhados), e alguns não-radicais (sem
elétrons desemparelhados), que são agentes oxidantes e/ou são facilmente convertidos em
26
radicais, como por exemplo, HOCl, HOBr, O
3
, ONOO
-
,
1
O
2
e H
2
O
2
. Portanto, todos os
radicais de oxigênio são ROS, mas nem todas as ROS são radicais de oxigênio (Halliwell,
2006a). Há também as Espécies Reativas de Nitrogênio (RNS), termo que inclui as espécies
radicais como NO
e NO
2
,
bem como espécies não-radicais como HNO
2
e N
2
O
4
(Halliwell,
2006a).
As EROs são produtos do metabolismo normal das células (Valko et al., 2007). No
entanto, um aumento na produção destas espécies reativas ou uma diminuição das defesas
antioxidantes pode levar ao estresse oxidativo, que está relacionado com a etiologia ou
progressão de diversas doenças (Halliwell & Gutteridge, 2006; Valko et al., 2007). O
excesso de produção de EROs pode causar dano em lipídios, proteínas e no ácido
desoxirribonucléico (DNA) inibindo a sua função normal (Valko et al., 2007).
Os seres vivos dispõem de mecanismos protetores para evitar o acúmulo de EROs e
de seus efeitos deletérios (Halliwell, 2006). Esses sistemas de defesa podem ser de origem
enzimática ou não-enzimática. As principais enzimas antioxidantes são a superóxido
dismutase, a catalase e a glutationa peroxidase. Essas enzimas evitam o acúmulo de radical
superóxido, peróxido de hidrogênio e a conseqüente produção de radical hidroxil. As
defesas não enzimáticas incluem os antioxidantes lipofílicos (tocoferóis, carotenóides e
bioflavonóides) e hidrofílicos (glutationa e ascorbato) (Heffner & Repine, 1989; Cao et al.,
1997; Halliwell, 2006; Halliwell & Gutteridge, 2006).
Os mecanismos moleculares que levam às complicações patológicas do diabetes não
estão completamente esclarecidos na literatura, mas envolvem a participação de EROs
(Maritim et al., 2003) devido à hiperglicemia crônica (Baynes & Thorpe, 1996). A elevada
produção de EROs pode ocorrer em conseqüência da auto-oxidação da glicose, glicação
27
não-enzimática de proteínas e formação de produtos terminais de glicação avançada
(PTGAs), então os níveis elevados de EROs e a redução simultânea nos mecanismos de
defesa antioxidantes podem causar danos em organelas celulares, desenvolvimento de
resistência à insulina (Maritim et al., 2003), alterações nas estruturas das proteínas,
inativação de enzimas e aumento nos níveis de peroxidação lipídica em vários tecidos (Jain
et al., 2001; Rosen et al., 2001; Folmer et al., 2002; Morgan et al., 2002; Maritim et al.,
2003). Essa peroxidação lipídica leva à destruição oxidativa de ácidos graxos poli
insaturados que constituem a membrana celular (Esterbauer et al., 1992; Cheeseman &
Slater, 1993).
5. A enzima Na
+
K
+
-ATPase
A Na
+
-K
+
-ATPase (EC 3.6.1.37) é uma enzima que está incorporada na membrana
das células e é responsável pelo transporte ativo de íons sódio (Na
+
) e potássio (K
+
) no
sistema nervoso. Este processo regula a concentração celular de Na
+
/K
+
e,
conseqüentemente, os seus gradientes através da membrana plasmática, os quais são
necessários para as funções vitais, tais como co-transporte pela membrana, regulação do
volume celular e excitabilidade da membrana (Jorgensen, 1986; Doucet, 1988). Esta
enzima dimérica existe em várias isoformas no cérebro e consome cerca de 40-50% do
ATP gerado nesse tecido (Erecinska & Prata, 1994). A inativação de Na
+
-K
+
-ATPase
conduz à despolarização parcial da membrana, permitindo a entrada excessiva de Ca
2+
nos
neurônios com conseqüente produção de eventos neurotóxicos (Beal, 1993). A Na
+
-K
+
-
ATPase pode ser sensível à oxidação causada por agentes oxidantes (Carfagna et al., 1996;
28
Folmer et al., 2004), uma que possui grupos sulfidrilas, os quais são, altamente, suscetíveis
ao estresse oxidativo (Yufu et al, 1993; Folmer et al., 2004).
Estudos mostram que o consumo crônico de dietas com grande quantidade de
lipídios ou carboidratos pode promover o desenvolvimento de estresse oxidativo associado
à hiperglicemia em vários tecidos, o que pode conduzir à inibição de enzimas como a δ-
aminolevulinato desidratase (Folmer et al., 2002; Folmer et al., 2003) e a Na
+
-K
+
-ATPase
(Morgan et al., 2002, Folmer et al., 2004). Nesse contexto, dados da literatura têm indicado
que a atividade da Na
+
-K
+
-ATPase em eritrócitos pode ser inibida após exposição in vitro a
altas concentrações de glicose (Jain & Lim, 2001). No entanto, estudos relativos aos efeitos
de modelos experimentais de alterações metabólicas induzidas pela dieta ou por diuréticos
tiazídicos, na atividade da Na
+
-K
+
-ATPase no tecido cerebral, são raros na literatura.
6. Selênio
O selênio é um elemento químico que foi descoberto em 1817 por Berzelius e está
localizado no grupo VI da tabela periódica. Na forma de selenocisteína, este micronutriente
encontra-se presente no sítio ativo de diversas enzimas que desempenham atividades
antioxidantes nos sistemas biológicos como a glutationa peroxidase e a fosfolipídio
hidroperóxido glutationa peroxidase (Flohe et al., 1973; Rotruck et al., 1973; Urisini et al.,
1985).
O selênio em baixas concentrações é um elemento traço essencial aos mamíferos
(Navarro-Alarcón & Lopes-Martinez, 2000; Rayman, 2000). No entanto, estudos mostram
que altas concentrações de compostos de selênio ornico ou inorgânico podem causar
efeitos tóxicos e pró-oxidantes devido a sua habilidade de catalisar a oxidação de tióis e
29
produzir EROs (Nogueira et al., 2004; Schiar et al., 2009). Por outro lado, a deficiência de
selênio na dieta está relacionada com a gênese e/ou progressão de diversas patologias como
doenças cardiovasculares, disfunções imunológicas, câncer, diabetes e anormalidades
metabólicas (Combs & Gray, 1998; Navarro-Alárcon & Lopez-Martinez, 2000; Rayman,
2000; Barbosa et al., 2006; Barbosa et al., 2008). Além disso, dados da literatura relatam
que alguns compostos de selênio m sido estudados em modelos clínicos e experimentais
de diabetes (Bonnefont-Rousselot, 2004; Faure et al., 2007; Barbosa et al., 2008) e parecem
ter efeitos benéficos na sensibilidade à insulina e na prevenção de lesão degenerativa
vascular (Faure et al., 2007).
A atividade antioxidante exibida pelo selênio parece ser responsável pela sua
eficácia no tratamento e prevenção das patologias que têm o estresse oxidativo como
processo central no seu desenvolvimento. Assim, nas últimas décadas tem crescido muito o
interesse em investigar o papel de compostos de selênio como possíveis agentes
terapêuticos no tratamento de diversas patologias. No entanto, a dose de selênio a ser
administrada constitui um fator crítico na atividade biológica do elemento, uma vez que a
quantidade requerida, nutricionalmente é muito próxima da quantidade tóxica.
6.1. Disseleneto de difenila (PhSe)
2
Se
Se
Figura 2. Estrutura química do Disseleneto de Difenila
30
O disseleneto de difenila (Figura 2) é um composto orgânico sintético de selênio
que reage, eficientemente, com hidroperóxidos e peróxidos orgânicos através de reação
similar a catalisada pela glutationa peroxidase (GPx). Vários estudos do nosso grupo de
pesquisa têm demonstrado que o (PhSe)
2
apresenta importantes propriedades
farmacológicas como antioxidante, anti-inflamatória, analgésica, neuroprotetora e anti-
aterogênicas (Ghisleni et al. 2003; Nogueira et al., 2004; Zasso et al., 2005; Barbosa et al.,
2006, Barbosa et al., 2008, Bem et al., 2008a; Bem et al., 2008b). Recentemente, dados do
nosso laboratório mostraram que o tratamento crônico com (PhSe)
2
reduziu a hiperglicemia
e outras alterações bioquímicas relacionadas ao estresse oxidativo em ratos tratados com
estreptozotocina (Barbosa et al., 2006). No entanto, o efeito do (PhSe)
2
em alterações
metabólicas induzidas por outros fatores como dietas suplementadas com carboidratos e/ou
lipídios associadas ao tratamento com HCTZ não está disponível na literatura.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
O presente estudo visa entender melhor como o estresse oxidativo contribui para o
estabelecimento do diabetes em modelos animais. Nesse trabalho também abordamos a
análise dos efeitos toxicológicos relacionados à dose de HCTZ e a possível interação
sinérgica entre a ingestão de dietas hiperlipídicas ou hiperglicídicas associadas ao
tratamento com HCTZ, dois fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes. Além
disso, procuramos desenvolver um modelo animal para o estudo da toxicidade da HCTZ
31
associada aos sintomas bioquímicos do Diabetes Mellitus tipo 2 e avaliar o uso de (PhSe)
2
,
organocalcogênio antioxidante, como possível agente terapêutico nesse modelo animal.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Capítulo 1
- Investigar a possível interação sinérgica entre a ingestão crônica de uma dieta
hiperlipídica e o tratamento com HCTZ pela avaliação dos parâmetros bioquímicos
relacionados ao estresse oxidativo no cérebro.
- Avaliar os efeitos toxicológicos de HCTZ no cérebro durante uma suplementação
oral com diferentes doses desse anti-hipertensivo.
Capítulo 2
- Investigar se a associação entre uma dieta hiperlipídica e o tratamento com HCTZ
apresenta uma influência sinérgica negativa na homeostase da glicose e nos parâmetros
bioquímicos relacionados ao desenvolvimento de hiperglicemia, bem como investigar a
possível relação entre essas alterações com o estresse oxidativo.
- Estudar os efeitos toxicológicos de HCTZ no fígado, pela avaliação dos
parâmetros bioquímicos e marcadores de estresse oxidativo, durante uma suplementação
oral com diferentes doses desse anti-hipertensivo.
- Desenvolver um modelo animal para o estudo da toxicidade da HCTZ associada
aos sintomas bioquímicos do DM tipo 2.
32
Capítulo 3
- Estudar os efeitos da associação de uma dieta hiperglicídica com o tratamento com
HCTZ nos parâmetros bioquímicos relacionados ao estresse oxidativo e aos marcadores
bioquímicos de desenvolvimento de DM tipo 2, a fim de investigar se a HCTZ poderia
exacerbar as alterações bioquímicas induzidas pela dieta hiperglicídica, uma vez que esses
distúrbios são comuns em pacientes com hipertensão.
- Avaliar se a ingestão crônica de (PhSe)
2
pode prevenir e/ou reduzir as alterações
bioquímicas causadas pela ingestão de uma dieta enriquecida com frutose e/ou
hidroclorotiazida.
33
CAPÍTULO 1 – Artigo publicado.
High-fat diet and hydrochlorothiazide change biochemical indexes of oxidative stress
in brain of rats
Marinei Cristina Pereira Ribeiro, Nilda Berenice de Vargas Barbosa, Roger Monteiro,
Lutiane Mozzaquatro Parcianello, Verônica Bidinotto Brito, Juliano Perottoni, Daiana Silva
de Ávila, João Batista Teixeira Rocha.
Cell Biochemistry & Function, 27: 473-478, 2009.
34
35
36
37
38
39
40
CAPÍTULO 2 – Manuscrito 1.
Hydrochlorothiazide with a high fat diet hampers glucose homeostasis and increases
oxidative stress in rats
Marinei Cristina Pereira Ribeiro, Roger Monteiro, Lutiane Mozzaquatro Parcianello,
Daiana Silva de Ávila, Nilda Berenice de Vargas Barbosa e João Batista Teixeira Rocha.
Submetido à Life Sciences.
41
Hydrochlorothiazide with a high fat diet hampers glucose homeostasis and
increases oxidative stress in rats
Marinei Cristina Pereira Ribeiro
a,b
*, Roger Monteiro
b
,
Lutiane Mozzaquatro Parcianello
b
, Daiana Silva Ávila
b
, Nilda Berenice de Vargas
Barbosa
b
and João Batista Teixeira Rocha
b,
*
a
Hospital Universitário de Santa Maria,
Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil
b
Departamento de Química, Centro de Ciências Naturais e Exatas,
Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil
*
Corresponding author: Marinei Cristina Pereira Ribeiro or João Batista Teixeira da Rocha
Hospital Universitário de Santa Maria
Universidade Federal de Santa Maria
97105-900 Santa Maria, RS, Brazil
Tel.: +55 55 3220 8513; fax: +55 55 3220 8005
E-mail: mcpribeiro@yahoo.com.br or [email protected]
42
Abstract
Aims: This study was designed to investigate whether an association between a high fat (HF)
diet and hydrochlorothiazide (HCTZ) produces a negative synergic influence on glucose
homeostasis and in other biochemical parameters associated to hyperglycemia development.
Main methods: Rats were fed for 16 weeks with a control diet (CT) or with an HF diet
supplemented or not with different doses of HCTZ (0.4, 1.0 and 4.0 g/kg of diet).
Key findings: In experimental trials, HCTZ associated with an HF diet caused a significant
increase in blood glucose and fructosamine levels. The intake of HCTZ and HF diets
produced a significant reduction in magnesium and potassium levels as well as an increase in
lipid peroxidation and vitamin C in liver. Importantly, the association of HCTZ with HF diet
caused additional worsening of biochemical parameters related to glucose homeostasis
(particularly accentuated magnesium depletion) and further increase in hepatic oxidative
stress.
Significance: Our results suggest that chronic intake of HCTZ or HF diet causes metabolic
changes related to glucose homeostasis and that the association of HF diet and HCTZ
treatment can exacerbate some of these biochemical alterations. Therefore, we can suggest
that this experimental model can be used for studying the adverse effects of HCTZ.
Keywords: High fat diet, hydrochlorothiazide, hyperglycemia, oxidative stress, magnesium.
43
Introduction
Hydrochlorothiazide (HCTZ) is a diuretic that belongs to the thiazide class of
compounds and is widely used for the treatment of hypertension (George et al. 1995). HCTZ
safety and efficacy in reducing morbidity and mortality in hypertensive patients have been
attested by numerous studies (JAMA 1991, BMJ 1992, Grossman and Messerli 2006),
however, its use can be associated with the development of metabolic abnormalities such as
hyperglycemia and type 2 diabetes mellitus (Weir and Moser 2000, Zee et al. 2005).
Therefore, the intake of this class of diuretic in diabetic hypertensive patients has been
questioned (Grossman 2006).
Similarly to HCTZ treatment, chronic intake of diets with a high proportion of fat
can promote the appearance of hyperglycemic state, which ultimately leads to an increased
risk of developing type 2 diabetes mellitus (Kamgang et al. 2005, Messier et al. 2007).
Consequently, high fat diets have been commonly used in rodent to mimic experimentally
human type 2 diabetes mellitus (Han et al. 1997, Hansen et al. 1998, Tremblay et al. 2001,
Folmer et al. 2003, Kamgang et al. 2005, Shih et al. 2008).
Hyperglycemia, the primary clinical manifestation of diabetes mellitus, is associated
with non enzymatic glycation of proteins and free radical generation (Maiese et al 2007).
These processes can cause permanent chemical alterations in proteins and increase lipid
peroxidation in a variety of tissues (Folmer et al. 2002, Brito et al. 2007, Maiese et al. 2007).
In this context, excessive production of reactive oxygen species (ROS) or inadequate
antioxidant protection facilitates the development and progression of diabetes and its
complications (Rosen et al. 2001, Maritim et al. 2003).
Liver is one of the primary insulin-responsive organs and has a central role in
modulating normal glucose homeostasis (Maiese et al. 2007). Literature reports have
44
demonstrated that hepatic damage induced by ROS can disrupt cellular homeostasis and
aggravate metabolic syndrome features (Kohen and Nyska 2002, Raval et al. 2006). Thus, in
an attempt to develop a rodent model to study the adverse effects of HCTZ, the main
objective of this work was to investigate whether an association between HF diet and HCTZ
could have a negative synergic influence on glucose homeostasis and on other biochemical
parameters related to hyperglycemia development. Moreover, a possible relationship between
these changes with oxidative stress was also investigated.
Materials and Methods
Chemicals
Casein (technical grade), comassie brilliant blue G, 2,4-dinitrophenylhydrazine,
HCl, sodium sulphate dodecyl (SDS), heptane, acetate, ethanol, reduced glutathione, ouabain,
malondialdehyde (MDA) and thiobarbituric acid (TBA) were obtained from Sigma, (St.
Louis, MO., USA). Mono and dibasic potassium phosphate, acetic acid, ascorbic acid, ortho-
phosphoric acid, tris buffer (tris[hydroxymethyl]aminomethane) and trichloroacetic acid were
obtained from Merck (Rio de Janeiro, Brasil). Hydrochlorothiazide, cornstarch, lard, bone
meal, wheat bran, soybean oil, vitamin and mineral complex were obtained from various
commercial sources.
Animals and diets
Adult male Wistar rats (2 months old), weighing 250-300 g were used for the
experiments. The animals were kept on a 12 h light/12 h dark cycle, in a room with the
temperature regulated to 21-25 ºC and humidity at roughly 56% and with free access to food
45
and water. Animals were used according to the guidelines of the Committee on Care and Use
of Experimental Animal Resources of the Federal University of Santa Maria, Brazil.
Rats were randomly divided in eight experimental groups with five animals per
group and fed for 16 wk with: (1) control diet (CT); (2) CT plus HCTZ (0.4 g/kg of diet); (3)
CT plus HCTZ (1.0 g/kg of diet); (4) CT plus HCTZ (4.0 g/kg of diet); (5) high fat diet (HF);
(6) HF plus HCTZ (0.4 g/kg of diet); (7) HF plus HCTZ (1.0 g/kg of diet) and (8) HF plus
HCTZ (4.0 g/kg of diet). The composition of the diets is shown in Table 1. Diets were
prepared weekly and stored at 4ºC. The food intake and the body weight of animals were
measured daily and every week, respectively.
Blood samples and tissue preparation
At the end of the experimental period, after 12 h of fasting, the animals were
sacrificed under mild ether anesthesia and blood was collected by cardiac puncture in
heparinized tubes for vitamin C determination. A blood fraction was collected in tubes with
sodium fluoride to determine glucose concentration. In addition, a parallel blood fraction was
collected without anticoagulant for magnesium, potassium and fructosamine determination.
The samples of liver were quickly removed, rinsed with saline, weighed, placed on ice and
homogenized in 10 volumes (w/v) in cold 50 mM Tris-HCl pH 7.4. The homogenate was
centrifuged at 4,000 x g at 4ºC for 10 min to yield low-speed supernatant fraction (S1) that
was used for biochemical assays, except for measurement of protein carbonyl content (PCO),
which was determined in samples of the homogenate. In addition, total adipose tissue
deposits (total weight of perirenal, mesenteric, epididymal and subcutaneous fat-pads)
content was also determined.
46
Biochemical analysis
Plasma glucose concentration was measured as previously described by Bergmeyer
(1984) and fructosamine concentration was determined as described by Baker et al. (1985).
The levels of magnesium were estimated according to the method of Bohuon (1962) and
potassium levels were measured as previously described by Kavanagh and Mills (1997).
Lipid peroxidation (LPO) levels
Lipid peroxidation was estimated by measuring thiobarbituric acid reactive
substances (TBARS) and was expressed in terms of malondialdehyde (MDA) content,
according to the method of Ohkawa et al. (1979), in which MDA, an end product of fatty acid
peroxidation, reacts with thiobarbituric acid (TBA) to form a colored complex. In brief,
samples were incubated at 100ºC for 60 min in acid medium containing 0.45% sodium
dodecyl sulfate, 1.27 mol/L acetic acid/270 mmol/L HCl, pH 3.5 and 0.8% thiobarbituric
acid. TBARS produced were measured at 532 nm and the absorbance was compared with the
standard curve using malondialdehyde.
Protein carbonyl (PCO) content
The PCO content was determined as described by Levine et al. (1989) with some
modifications. Briefly, homogenates were diluted to 750-800 µg/mL of protein in each
sample, and 1 mL aliquots were mixed with 0.2 mL of 2,4-dinitrophenylhydrazine (DNPH,
10 mM) or 0.2 mL HCl (2 M). After incubation at room temperature for 1h in a dark ambient,
0.6 mL of denaturing buffer (150 mM sodium phosphate buffer, pH 6.8, containing 3%
SDS), 1.8 mL of heptane (99.5%) and 1.8 mL of ethanol (99.8%) were sequentially added,
47
mixed with vortex agitation for 40 sec and centrifuged for 15 min. The protein isolated from
the interface was washed two times with 1 mL of ethyl acetate/ethanol 1:1 (v/v) and
suspended in 1 mL of denaturing buffer. Each DNPH sample was read at 370 nm in a
spectrophotometer against the corresponding HCl sample (blank), and total carbonylation
calculated using a molar extinction coefficient of 22,000M
-1
cm
-1
. Protein was measured by
method of Bradford (1976) using bovine serum albumin as standard.
Vitamin C levels
Total content of vitamin C (ascorbic acid) in plasma and liver was determined by
the method of Jacques-Silva et al. (2001). Proteins of plasma and liver were precipitated with
1 vol. of a cold 10% trichloroacetic acid followed by centrifugation. An aliquot of 300 µL of
the supernatants was mixed with 2,4-dinitrophenylhydrazine (4.5 mg/mL), CuSO
4
(0.075
mg/mL) and trichloroacetic acid 13.3% (final volume 1 mL) and incubated for 3 h at 37ºC.
Then, 1 mL of H
2
SO
4
65% (v/v) was added to the medium. Ascorbic acid levels were
measured spectrophotometrically at 520 nm and calculated using a standard curve (1.5-4.5
µmol/L ascorbic acid freshly prepared in sulfuric acid).
Statistical analysis
All values obtained are expressed as mean ± standard error. Data were analyzed by
one-way, two-way or three-way ANOVA analyses of variance followed by Duncan’s
multiple range tests when appropriate. Differences between groups were considered to be
significant when p < 0.05.
48
Results
Body weight, organ weight and total adipose tissue deposit weight
Three-way ANOVA (2 diets x 4 HCTZ x 16 sampling times) revealed significant
HCTZ x time interaction (Fig. 1A and 1B, p < 0.05), indicating that HCTZ treatment caused
a reduction in body weight gain rate (Table 2). Two-way ANOVA of total adipose tissue
weight revealed a significant main effect of HCTZ [F(3,32)=10.75, p < 0.05], indicating that
HCTZ treatment decreased total adipose tissue deposits (Table 2). However, the proportion
of lipid to body weight was significantly higher in the high fat diet group that was fed with
4.0 kg HCTZ than in other groups (data not shown).
Blood glucose levels
Two-way ANOVA of blood glucose levels revealed a significant main effect of the
diet [F(1,32)=9.74, p < 0.05] and a significant main effect of the HCTZ treatment
[F(3,32)=4.73, p < 0.05. HCTZ and HF treatment tended to increase blood glucose; however,
post-hoc comparisons indicated that a significant increase in glucose levels occurred only
after simultaneous ingestion of HF and HCTZ (1.0 and 4.0 g/kg; Table 3).
Fructosamine levels
Two-way ANOVA for fructosamine data revealed a significant main effect of the
diet (F(1,32)=32.23, p < 0.05). In fact, the ingestion of the HF diet increased fructosamine
levels in all groups (Table 3).
49
Magnesium and potassium determination
Two-way ANOVA of magnesium levels revealed a significant main effect of the
diet [F(1,32)=17,23, p < 0.05] and a significant main effect of HCTZ [F(3,32)=8.34, p <
0.05]. Post-hoc treatment by Duncan’s multiple range tests revealed that HF diet caused a
significant reduction in magnesium level. Analyses also demonstrated that HCTZ caused
further decrease in magnesium level in control and HF diets (Table 3). Of particular
importance, negative correlations were found between the magnesium and glucose levels (r =
- 0.51, p < 0.05) as well as between magnesium and fructosamine levels (r = - 0.37, p < 0.05).
Two-way ANOVA of potassium levels revealed a significant main effect of the diet
(F(1,32)= 20.8. p < 0.05) and of the HCTZ treatment [F(3,32)=10,99, p < 0.05] and a
tendency for significant diet x HCTZ interaction [F(3,32)=2.44, p < 0.10]. Post-hoc
comparisons indicated that HCTZ and HF caused a significant decrease in potassium levels
when compared to CT group (Table 3). In addition, positive correlation was found between
the potassium and magnesium levels (r = 0.62, p < 0.05).
Lipid peroxidation levels
Two-way ANOVA of LPO levels revealed a significant diet x HCTZ interaction
[F(3, 32)=45,93, p < 0.05]. Post-hoc comparisons indicated that HCTZ caused a significant
increase in hepatic TBARS levels that was higher in the HF + HCTZ (4.0 g/kg) group (Table
4) than in the corresponding CT group.
Protein carbonyl group content
No significant difference was observed in PCO levels in liver of animals (Table 4, p
> 0.05).
50
Vitamin C levels
Two way ANOVA revealed that the intake of the HF diet [F(1,32)=50.96, p < 0.05]
and HCTZ treatment [F(3,32)=21.16, p < 0.05] caused a significant increase in the vitamin C
levels in liver of animals. However, the increase was proportionally higher in the HF groups
treated simultaneously with HCTZ as evidenced by a significant interaction diet x HCTZ
treatment [F(3,32)=8.85, p < 0.05] (Table 4). No significant difference was observed in
vitamin C levels in plasma of animals (Table 4, p > 0.05).
Discussion
It has been shown that long-term consumption of HF diet as well as HCTZ
treatment are important factors for the appearance of some metabolic changes related to
hyperglycemia. In this way, in the present study we observed that HF supplemented with
HCTZ caused an increase in blood glucose levels and, that HF diet, associated or not with
HCTZ, enhanced the fructosamine levels, which are compatible with the development of
hyperglycemic state. Thus, we can observe that the experimental model, with certain
limitations, mimics the epidemiological data from literature and may indicate that
simultaneous ingestion of high fat diets and the use of thiazides as diuretics for the treatment
of hypertension could potentiate the adverse effects of this class of drug.
Literature data have reported that chronic intake of a HF diet (Folmer et al. 2003) as
well as the hyperglycemia condition is linked to oxidative stress generation (Maiese et al.
2007, Lopes et al. 2008). However, data about the potential facilitating effects of HCTZ on
these parameters in animal models are scarce or lacking in literature. In this context, we
observed that chronic HF consumption caused a significant increase in hepatic TBARS levels
that was potentialized by HCTZ treatment. The fact that PCO levels were not modified
51
indicates that the hepatic oxidative stress caused by HCTZ chronic intake was more restricted
to biomembranes than proteins. In this way, HF diet produced an increase in glucose and
fructosamine that triggered oxidative stress in hepatic tissue which was potentiated by HCTZ.
In general, the non enzymatic glycation of proteins generates highly reactive products that
could explain the relationship between hyperglycemia and lipid peroxidation (Lopes et al.
2008).
Another aspect that must be considered is that the treatment with HCTZ alone or in
combination with HF diet increased vitamin C levels; a fact that could have occurred as a
mechanism of protection against lipid peroxidation. Accordingly, an increase on the
antioxidant defense systems has been observed in a variety of experimental models of
pathologies possibily as a compensatory response of the tissues to the presence of oxidative
insults (Barbosa et al. 2006, 2008).
It has been suggested that the depletion of potassium levels by thiazide is likely to
have a role in impaired glucose metabolism (Rowe et al. 1980) and, that potassium
supplementation can attenuate glucose intolerance induced by thiazides (Helderman et al.
1983). Intracellular magnesium also seems to play a key role in modulating glucose uptake
(Barbagallo et al. 2003, Sontia and Touyz 2007). In fact, studies have evidenced a
relationship between low magnesium levels with metabolic diseases such as type 2 diabetes
mellitus, hypertension (Ma et al. 1995, Sontia and Touyz 2007) and with increased levels of
free radical dependent-oxidative tissue damage (Lourdes 1998, Gums 2004). Accordingly,
here we found a significant decrease in plasmatic magnesium and potassium levels as well as
an increase in hepatic lipid peroxidation in rats fed with HF diet, associated or not with
HCTZ. It is important to emphasize that the association of the HF diet with HCTZ (4.0 g/kg
of diet) potentiated magnesium depletion and increased lipid peroxidation. Moreover, it has
52
been reported that a diet rich in saturated fats hinders magnesium absorption (Johnson 2001).
In this context, we suggest that someone who eats a diet with high fat content may present
loss of magnesium and potassium; a fact that may contribute to diabetes and oxidative stress
development. Furthermore, the use of HCTZ by these patients may accelerate the
development of diabetes and its complications. In this vein, the results here presented may
indicate that magnesium and potassium play an important role in the adverse effects of
HCTZ. Besides, the association of HCTZ and HF diet caused additional loss of magnesium,
which may indicate that this element has a more fundamental role in HCTZ toxicity than
potassium. Since biochemical changes were exacerbated by the combined consumption of
HCTZ and HF diet, we can suppose that magnesium loss may have a central role in the
adverse effects of HCTZ associated with high fat intake in rats. These results are in
agreement with literature which indicates that intracellular magnesium plays a central role in
glucose metabolism (Paolisso and Barbagallo 1997, Barbagallo 2000, 2001, 2003, 2007). Of
particular importance, epidemiological studies have indicated that type 2 diabetes and
hypertension can be associated with lowered intracellular magnesium (Paolisso and
Barbagallo 1997, Barbagallo et al. 2000, 2001).
Conclusion
The data presented in this study show that the chronic intake of HCTZ or HF diet
causes metabolic changes related to glucose homeostasis and that the association of the HF
diet with HCTZ treatment can exarcebate some of these biochemical alterations. Besides, we
can suggest that our experimental model can be used to study the adverse effects of HCTZ.
Furthermore, in view of the fact that HF ingestion aggravated the effects of HCTZ, it would
be important to investigate whether the incidence of type 2 diabetes by use of HCTZ is more
53
frequent in hypertensive patients who eat diets with high levels fat.
Acknowledgements
The financial support by FINEP Research Grant ‘‘Rede Instituto Brasileiro de
Neurociência (IBN-Net)’’ # 01.06.0842-00, FAPERGS, CAPES/SAUX, VITAE Fundation
and CNPq is gratefully acknowledged. J.B.T.R. is the recipient of CNPq fellowships.
References
Barbagallo M, Gupta R, Dominguez LJ, Resnick LM. Cellular ionic alterations with aging:
relation to hypertension and diabetes. Jounal of the American Geriatrics Society 48, 1111-
1116, 2000.
Barbagalo M, Dominguez LJ, Bardicef O, Resnick LM. Altered cellular magnesium
responsiveness to hyperglycemia in hypertensive subjects. Hypertension 38, 612-615, 2001
Barbagallo M, Dominguez LJ, Galioto A, Ferlisi A, Cani C, Malfa L, Pineo A, Busardo A,
Paolisso G. Role of magnesium in insulin action, diabetes and cardio-metabolic syndrome X.
Molecular Aspects of Medicine 24, 39-52, 2003.
Barbagallo M, Dominguez LJ. Magnesium metabolism in type 2 diabetes mellitus, metabolic
syndrome and insulin resistance. Archives of Biochemistry and Biophysics 458, 40-47, 2007.
Baker JR, Metcalf PA, Johnson RN, Newman D, Rietz P. Use of protein-based standards in
automated colorimetric determinations of fructosamine in serum. Clinical Chemistry 31,
1550-1554, 1985.
Barbosa NBV, Rocha JBT, Wondracek DC, Perottoni J, Zeni G. Nogueira, CW. Diphenyl
diselenide reduces temporarily hyperglycemia: Possible relationship with oxidative stress.
Chemico-Biological Interactions 163, 230-238, 2006.
54
Barbosa NBV, Rocha JBT, Soares JCM, Wondracek DC, Gonçalves JF, Schetinger MRC,
Nogueira CW. Dietary diphenyl diselenide reduces the STZ-induced toxicity. Food and
Chemical Toxicology 46, 186-194, 2008.
Bergmeyer HU. Methods of Enzimatic Analisys, 3ed, Deerfield Beach: Veriag Chemie, 6,
163-172, 1984.
Bohuon C. Microdetermination of magnesium in biological fluids. Clinica Chimica Acta 7,
811-817, 1962.
Bradford MM. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram quantities of
protein utilizing the principle of protein-dye binding. Analytical Biochemistry 72, 248-254,
1976.
Brito VB, Folmer V, Soares JCM, Silveira ID, Rocha, JBT. Long-term sucrose and glucose
consumption decreases the δ-aminolevulinate dehydratase activity in mice. Nutrition 23, 818-
826, 2007.
Folmer V, Soares JCM, Rocha JBT. Oxidative stress in mice is dependent on the free glucose
content in the diet. The International Journal of Biochemistry & Cell Biology 34, 1279-1285,
2002.
Folmer V, Soares JCM, Gabriel D, Rocha BTR. A high fat diet inhibits δ-aminolevulinate
dehydratase and increases lipid peroxidation in mice (Mus musculus). The Journal of
Nutriton 133, 2165-2170, 2003.
George JD, Price CJ, Tyl RW, Marr MC, Kimmerl CA. The evaluation of the developmental
toxicity of hydrochlorothiazide in mice and rats. Fundamental and applied toxicology 26,
174-180, 1995.
55
Grossman E, Messerli FH. Long-term safety of antihypertensive therapy. Progress in
Cardiovascular Diseases 49, 16-25, 2006.
Gums JG. Magnesium in cardiovascular and other disorders. American Journal of Health-
System Pharmacy 61, 1569-1576, 2004.
Han D-H., Hansen, PA, Host HH, Holloszy JO. Insulin resistance of muscle glucose transport
in rats fed a high-fat diet: a reevaluation. Diabetes 46, 1761-1767, 1997.
Hansen PA, Dong HH, Marshall BA, Nolte LA, Chen MM, Mueckler M, Holloszy JO. A
high fat diet impairs stimulation of glucose transport in muscle: Functional evaluation of
potential mechanisms. The Journal of Biological Chemistry 273, 26157-26163, 1998.
Helderman JH, Elahi D, Andersen DK, Raizes GS, Tobin JD, Shocken D, Andres R.
Prevention of the glucose intolerance of thiazide diuretics by maintenance of body potassium.
Diabetes 32, 106-111, 1983.
Jacques-Silva MC, Nogueira CW, Broch LC, Flores EM, Rocha JBT. Diphenyl diselenide
and ascorbic acid changes deposition of selenium and ascorbic acid in liver and brain of
mice. Pharmacology & Toxicology 88, 119-125, 2001.
Johnson S. The multifaceted and widespread pathology of magnesium deficiency. Medical
Hypotheses 56, 163-170, 2001.
Kamgang R, Mboumi RY, N’dille´ GPRM, Yonkeu JN. Cameroon local diet-induced
glucose intolerance and dyslipidemia in adult Wistar rat. Diabetes Research and Clinical
Practice 69, 224-230, 2005.
Kavanagh K, Mills JN. Measuring electrolytes: An evaluation of the IDEXX Vetlyte ion
selective electrode method. Australian Veterinary Practice. 27, 97-102, 1997.
56
Kohen R, Nyska A. Oxidation of biological systems: oxidative stress phenomena,
antioxidants, redox reactions, and methods for their quantification. Toxicologic Pathology 30,
620-650, 2002.
Levine RL, Garland D, Oliver CN, Amici A, Climent I, Lenz A, Ahn B, Shaltiel S, Stadtman
ER. Determination of carbonyl content in oxidatively modified proteins. Methods in
Enzymology 186, 464-478, 1989.
Lopes JP, Oliveira SM, Soares Fortunato J. Oxidative stress and its effects on insulin
resistance and pancreatic beta-cells dysfunction: relationship with type 2 diabetes mellitus
complications. Acta Médica Portuguesa 213, 293-302, 2008.
Lourdes LM, Crua T, Pousada JC, Rodrigues LE, Barbosa K, Canguru V. The effect of
magnesium supplementation in increasing doses on the control of type 2 diabetes. Diabetes
Care 21, 682-686, 1998.
Ma J, Folsom AR, Melnick SL, Eckfeldt JH, Sharrett AR, Nabulsi AA, Hutchinson RG,
Metcalf PA. Associations of serum and dietary magnesium with cardiovascular disease,
hypertension, diabetes, insulin and carotid arterial wall thickness: the ARIC study. Journal of
Clinical Epidemiology 48, 927-940, 1995.
Maiese K, Morhan SD, Chong ZZ. Oxidative stress biology and cell injury during type 1 and
type 2 diabetes mellitus. Current Neurovascular Research 4, 63-71, 2007.
Maritim AC, Sanders RA, Watkins III JB. Diabetes, oxidative stress, and antioxidants: a
review. Journal of Biochemical and Molecular Toxicology 17, 24-38, 2003 .
Medical Research Council trial of treatment of hypertension in older adults: Principal results.
MRC working party. BMJ 304, 405-412, 1992.
57
Messier C, Whately K, Liang J, Du L, Puissant D. The effects of a high-fat, high-fructose,
and combination diet on learning, weight, and glucose regulation in C57BL/6 mice.
Behavioural Brain Research 178, 139-145, 2007.
Ohkawa H, Ohishi H, Yagi K. Assay for lipid peroxide in animal tissues by thiobarbituric
acid reaction. Analytical Biochemistry 95, 351-358, 1979.
Paolisso G, Barbagallo M. Hypertension, diabetes mellitus, and insulin resistance: the role of
intracellular magnesium. American Journal of Hypertension 10, 346-355, 1997.
Prevention of stroke by antihypertensive drug treatment in older persons with isolated
systolic hypertension. Final results of the Systolic Hypertension in the Elderly Program
(SHEP). SHEP cooperative research group. JAMA: the journal of the American Medical
Association 265, 3255-3264, 1991.
Raval J, Lyman S, Nitta T, Mohuczy D, Lemasters JJ, Kim JS, Behrns KE. Basal reactive
oxygen species determine the susceptibility to apoptosis in cirrhotic hepatocytes. Free
Radical Biology & Medicine 41, 1645-1654, 2006.
Rosen P, Nawroth PP, King G, Moller W, Tritschler HJ, Packer L. The role of oxidative
stress in the onset and progression of diabetes and its complications: a summary of a congress
series sponsored by UNESCO-MCBN, the American Diabetes Association, and the German
Diabetes Society. Diabetes/Metabolism Research and Reviews 17, 189-212, 2001.
Rowe JW, Tobin JD, Rosa RM, Andres R. Effect of experimental potassium deficiency on
glucose and insulin metabolism. Metabolism 29, 498-502, 1980.
Shih C, Lin C, Lin W. Effects of Momordica charantia on insulin resistance and visceral
obesity in mice on high-fat diet. Diabetes Research and Clinical Practice 81, 134-143, 2008.
Sontia B, Touyz RM. Role of magnesium in hypertension. Archives of Biochemistry and
Biophysics 458, 33-39, 2007.
58
Tremblay F, Lavigne C, Jacques H, Marette A. Defective insulin-induced GLUT4
translocation in skeletal muscle of high fat-fed rats is associated with alterations in both
Akt/protein kinase B and atypical protein kinase C (zeta/lambda) activities. Diabetes 50,
1901-1910, 2001.
Weir MR, Moser M. Diuretics and β-blockers: Is there a risk for dyslipidemia? American
Heart Journal 139, 174-184, 2000.
Zee AM, Turner ST, Schwartz GL, Chapman AB, Klungel OH, Boerwinkle E. Demographic,
environmental, and genetic predictors of metabolic side effects of hydrochlorothiazide
treatment in hypertensive subjects. American Journal of Hypertension 18, 1077-1083, 2005.
59
Figure legends
Figure 1A: Effect of control diet supplemented with hydrochlorothiazide on body weight.
Data are expressed as means ± S.E.M. of five animals.
Figure 1B: Effect of high fat diet supplemented with hydrochlorothiazide on body weight.
Data are expressed as means ± S.E.M. of five animals. * Denoted p < 0.05 as compared to
the HF group. (ANOVA/Duncan, p < 0.05).
60
Figure 1A
61
Figure 1B
62
Table 1: Composition of the diets (g/kg).
Components High fat diet Control diet
Sucrose 200 200
Cornstarch - 280
Casein 180 180
Albumin 22 22
Lard 280 -
Soybean Oil 20 20
Bone's flour 60 60
Wheat bran 188 188
Mineral mixture
1
40 40
Vitamin mixture
2
10 10
1
The mineral mixture contained (g/kg): bone meal (449); NaCl (38); KCl (134.2); MgSO
4
(20); ZnCl
2
(0.4); CuSO
4
(0.175); MnSO
4
(1.2); FeSO
4
(2), and cornstarch (355).
2
The vitamin mixture (mg or IU/g) was composed of Vitamin A, 2000 IU; Vitamin D 200
IU; tocopherol, 10 IU; menadione, 0.5 mg; choline, 200 mg; folic acid, 0.2 mg; p-
aminobenzoic acid, 1.0 mg; inositol, 10 mg; calcium D-panthotenate, 4.0 mg; riboflavin,
0.8 mg; thiamin-HCl, 0.5 mg; pyridoxine-HCl, 0.5 mg; niacinamide, 0.3 mg; and biotin,
0.04.
63
Table 2: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fat diet on body weight, organ weight and total adipose tissue deposits weight.
CT
CT + HCTZ
(0.4 g/kg)
CT + HCTZ
(1.0 g/kg)
CT + HCTZ
(4.0 g/kg)
HF
HF + HCTZ
(0.4 g/kg)
HF + HCTZ
(1.0 g/kg)
HF + HCTZ
(4.0 g/kg)
Initial body
weight (g)
270.0±0.8 276.6±3.9 268.0±12.4 273.0±12.4 266.0±0.8 261.0±6.6 259.0±19.5 269.6±14.4
Final body
weight (g)
418.6±17.3
a,b
399.0±10.2
a,b
383.0±18.5
a,b
353.0±21.9
a,c
444.2±17.3
b
384.6±22.1
a,b
397.0±31.3
a,b
298.6±39.1
c
Body weight
gain (g)
148.5±16.4
a,b
122.5±7.9
a,b
115.0±26.2
a,b
80.0±14.1
a,c
178.2±17.7
b
123.5±15.5
a,b
138.0±35.6
a,b
29.0±28.3
c
Liver (g)
11.2±0.2
11.2±0.4 10.3±0.5 10.7±0.8 11.3±0.3 11.6±0.5 10.8±1.3 10.0±0.5
Total adipose
tissue
deposits (g)
1
5.1±0.1
a
5.6±0.1
a
5.1±0.2
a
4.2±0.4
b
5.4±0.3
a
5.6±0.1
a
5.1±0.1
a
4.8±0.1
b
1
The total weight of perirenal, mesenteric, epididymal and subcutaneous fat-pads.
Data are expressed as means ± S.E.M. of five animals.
abc
Mean values within a row not sharing a common superscript letter were significantly different, p < 0.05.
64
Table 3: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fat diet on biochemical parameters.
CT
CT + HCTZ
(0.4 g/kg)
CT + HCTZ
(1.0 g/kg)
CT + HCTZ
(4.0 g/kg)
HF
HF + HCTZ
(0.4 g/kg)
HF + HCTZ
(1.0 g/kg)
HF + HCTZ
(4.0 g/kg)
Glucose *
70.8±0.5
a
70.8±13.1
a
90.0±8.3
a,b
89.2±5.8
a,b
76.6±4.8
a
95.8±10.0
a,b
119.2±11.2
b
114.0±14.4
b
Fructosamine **
0.99±0.13
a
1.0±0.01
a
1.1±0.02
a
1.0±0.07
a
1.62±0.07
b
1.32±0.06
b
1.43±0.04
b
1.40±0.2
b
Magnesium *
1.4±0.13
a
1.3±0.06
a,b
1.1±0.02
b,c,d
1.1±0.04
b,c,d
1.2±0.11
b,c
1.0±0.08
c,d
0.9±0.03
d
0.9±0.04
d
Potassium *
6.8±0.16 5.2±0.22
a
5.2±0.29
a
5.3±0.38
a
5.3±0.12
a
4.7±0.28
a
4.5±0.21
a
4.8±0.11
a
Data are expressed as means ± S.E.M. of five animals.
abcd
Mean values within a row not sharing a common superscript letter were significantly different, p < 0.05.
* Data of glucose, magnesium and potassium levels are presented as mg/dL.
** Data of fructosamine levels are presented as mmol/L.
65
Table 4: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fat diet on TBARS, PCO and vitamin C levels.
CT
CT+ HCTZ
(0.4 g/kg)
CT+ HCTZ
(1.0 g/kg)
CT + HCTZ
(4.0 g/kg)
HF
HF + HCTZ
(0.4 g/kg)
HF + HCTZ
(1.0 g/kg)
HF + HCTZ
(4.0 g/kg)
TBARS *
Liver
68.7±0.9
a
75.2±0.2
b,c
77.4±0.3
c
73.3±0.7
b
75.1±0.4
b,c
75.3±1.6
b,c
76.0±1.2
b,c
90.5±0.1
d
Protein
carbonylation **
Liver
23.2±1.3
18.8±2.3
20.1±0.6
20.7±2.4
17.7±1.0
19.1±0.7
19.1±0.4
19.5±1.0
Vitamin C
#
Liver
Plasma
498.0±20.0
a
5.3±0.8
717.6±32.4
b,c
5.8±0.2
721.1±55.7
b,c
5.5±0.8
696.0±50.9
b
5.4±0.4
684.0±17.4
b
5.9±0.4
811.4±69.1
b,c
7.1±0.6
842.8±59.7
c
7.0±0.2
1198.8±15.6
d
6.0±0.5
Data are expressed as means ± S.E.M. of five animals.
abcd
Mean values within a row not sharing a common superscript letter were significantly different, p < 0.05.
* TBARS is expressed as nmol/g tissue. TBARS: Thiobarbituric acid reactive substances.
** Protein carbonylation is expressed as nmol/mg protein.
#
Vitamin C is expressed as µg ascorbic acid/g tissue.
66
CAPÍTULO 3 – Manuscrito 2.
Diphenyl diselenide supplementation reduces biochemical alterations associated to
oxidative stress in rats fed with fructose and hydrochlorothiazide
Marinei Cristina Pereira Ribeiro, Roger Monteiro, Daiana Silva Ávila, Nilda Berenice de
Vargas Barbosa, Viviane Patrícia Pires Schiar, Danúbia Bonfanti dos Santos, Marta Maria
Medeiros Frescura Duarte, Robson Puntel e João Batista Teixeira Rocha.
Submetido à Chemico-Biological Interactions
67
Diphenyl diselenide supplementation reduces biochemical alterations
associated to oxidative stress in rats fed with fructose and
hydrochlorothiazide
Marinei Cristina Pereira Ribeiroa,b *, Roger Monteirob, Daiana Silva Ávila
b
, Nilda
Berenice de Vargas Barbosa
b
, Viviane Patrícia Pires Schiar
b
, Danúbia Bonfanti dos Santos
b
,
Marta Maria Medeiros Frescura Duarte
b
, Robson Puntel
c
and João Batista Teixeira Rocha
b
a
Hospital Universitário de Santa Maria,
Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil
b
Departamento de Química, Centro de Ciências Naturais e Exatas,
Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil
c
Universidade Federal do Pampa, Campus Uruguaiana,
97500-970, Uruguaiana, RS, Brasil
* Corresponding author: Marinei Cristina Pereira Ribeiro or João Batista Teixeira da Rocha
Hospital Universitário de Santa Maria
Universidade Federal de Santa Maria
97105-900 Santa Maria, RS, Brazil
Tel.: +55 55 3220 8513, fax: +55 55 3220 8005
68
ABSTRACT
High fructose diets have been associated with oxidative stress, insulin resistance and
metabolic syndrome development. Thiazides, such as hydrochlorothiazide (HCTZ), are
frequently used by patients with these disorders for the treatment of hypertension; however
they also can exacerbate metabolic disturbances. This study evaluated whether dietary
diphenyl diselenide (PhSe)
2
, a simple synthetic organoselenium compound with antioxidant
properties, could reduce the biochemical alterations induced by chronic consumption of
diets enriched with fructose and/or HCTZ. Rats were fed with a control diet (CT) or with a
high fructose diet (HFD), both supplemented with HCTZ (4.0 g/kg) and/or (PhSe)
2
(3 ppm)
for 18 weeks. HFD diet caused a significant increase in the levels of glucose, fructosamine,
triglycerides and cholesterol of animals, which were not restored to control levels by
(PhSe)
2
supplementation or potentiated by HCTZ. However, the levels of cholesterol and
triglycerides were lower in the groups that received HFD or HCTZ diet supplemented with
(PhSe)
2
. The ingestion of HCTZ caused a decrease in hepatic catalase (CAT) and renal
superoxide dismutase (SOD) activities, which were restored by (PhSe)
2
supplementation. In
liver, (PhSe)
2
was also effective in increasing vitamin C levels reduced by HFD and HFD
plus HCTZ intake. Indeed, the compound increased
per se
hepatic and renal SOD activity
and reduced the oxidation of the lipids and proteins caused by HCTZ associated or not with
HFD intake. Furthermore, the association between HFD and HCTZ caused a decrease in
potassium levels and aggravated the hypomagnesemia and the hypertriglyceridemia HCTZ-
induced. Our findings suggest that some biochemical changes can be aggravated by
ingestion simultaneous of HCTZ and HFD diet. In addition, our data also demonstrate that
(PhSe)
2
supplementation reduces metabolic disorders linked to oxidative stress and that this
69
compound can be considered a promising agent for treatment of metabolic disturbances
HFD and HCTZ-induced, via its antioxidant properties.
Keywords: High fructose diet, hydrochlorothiazide, diphenyl diselenide, oxidative stress.
70
1. INTRODUCTION
High fructose diets have been commonly used in animal models to induce metabolic
changes as those observed in metabolic syndrome, a disorder characterized by insulin
resistance, hypertension and dyslipidemia, which are risk factors for cardiovascular
diseases and type 2 diabetes mellitus [1,2]. The origin and mechanisms involved on
detrimental consequences fructose-induced in animal models are not completely
established; however, there are points of evidence that chronic fructose feeding is
associated with oxidative damage [3]. In line with this, literature data indicate that high
fructose intake can decrease antioxidant defenses and cause an overproduction of reactive
oxygen species (ROS) [4,5].
Hydrochlorothiazide (HCTZ) is a diuretic, representative of the benzothiadiazine
class of sulfonamide derivatives, usually known as thiazides [6]. The use of HCTZ is
beneficial to patients with hypertension because it reduces both morbidity and mortality
process [7,8]. In fact, this diuretic prevents strokes, myocardial infarction and congestive
heart failure by its blood pressure-lowering efficacy [7-9]. Consequently, thiazides are
frequently recommended as the first-line therapy for hypertension [8]. However, HCTZ can
cause several adverse effects, such as electrolyte disorders (hypokalemia, hyponatremia,
and hypomagnesemia), hyperlipidemia, and impairment of glucose metabolism [10-12].
Moreover, these adverse effects can result in the development or exacerbation of metabolic
syndrome and type 2 diabetes, since many patients with hypertension have metabolic
disturbances [13].
Selenium is a nutritionally essential trace element to mammals [14,15]. Importantly,
selenium plays a crucial role as an integral component of several enzymes with antioxidant
properties, including glutathione peroxidase isoforms [16-18]. In addition, its deficiency
71
has been linked to an increase in the incidence of cardiovascular diseases, immune
dysfunctions, cancer, diabetes and metabolic abnormalities [14,15,19]. Of particular
importance, literature reports have indicated that some selenium compounds can attenuate
diabetes complications via its insulin-mimetic and anti-glycating properties [20,21].
Furthermore, selenium compounds have been documented as pharmacological agents in
insulin sensitivity dysfunctions and vascular degenerative lesions in both experimental and
clinical diabetes [22,23].
The interest on chemistry and biochemistry of organoselenium compounds have
increased in the last three decades mainly due the antioxidant activity exhibited by several
selenium organic forms [16]. In this context, diphenyl diselenide (PhSe)
2
, the simplest of
the synthetic diaryl diselenides, has glutathione peroxidase-like activity and other
antioxidant properties [24]. Importantly, this compound also displays neuroprotective, anti-
nociceptive, anti-hipercolesterolemic and anti-inflammatory activities in different
experimental models of human pathologies [16,25-29]. Regarding to metabolic disorders,
recent data from our group have demonstrated that chronic treatment with (PhSe)
2
reduces
hyperglycemia and biochemical changes associated to oxidative stress in streptozotocin-
treated rats [26,30]. However, the effect of (PhSe)
2
in metabolic disturbances induced by
other factors as diets enriched with carbohydrates and/or by HCTZ treatment is not
available in literature. Hence, the present study was designed to evaluate whether (PhSe)
2
supplementation could prevent or reduce biochemical alterations caused by fructose and\or
HCTZ intake. Furthermore, we were interested to know whether thiazides consumption
could exacerbate these features, since metabolic disorders are common in patients with
hypertension.
72
2. MATERIALS AND METHODS
2.1. Chemicals
Casein (technical grade), coomassie brilliant blue G, 2,4-dinitrophenylhydrazine,
HCl, sodium sulphate dodecyl, heptane, acetate, ethanol, malondialdehyde (MDA) and
thiobarbituric acid (TBA) were obtained from Sigma, (St. Louis, MO., USA). Mono and
dibasic potassium phosphate, acetic acid, ascorbic acid, ortho-phosphoric acid, tris buffer
(tris[hydroxymethyl]aminomethane), fructose and trichloroacetic acid were obtained from
Merck (Rio de Janeiro, Brazil). Diphenyl diselenide compound was synthesized by method
described by Paulmier [31]. Analysis of the
1
H NMR and
13
C NMR spectra showed
analytical and spectroscopic data in full agreement with its assigned structure. The
chemical purity of (PhSe)
2
(99.9%) was determined by GC/HPLC. All other chemicals
were of analytical grade and obtained from standard commercial suppliers.
2.2 Animals and diets
Adult male Wistar rats (2 months old), weighing 250-300 g were used for the
experiments. The animals were kept on a 12 h light/12 h dark cycle, in a room with the
temperature regulated to 21-25 ºC and humidity at roughly 56% with free access to food
and water. Animals were used according to the guidelines of the Committee on Care and
Use of Experimental Animal Resources of the Federal University of Santa Maria, Brazil.
Rats were fed for 18 wk and randomly divided into eight experimental groups
(n=6): (1) control (CT); (2) CT + HCTZ (4.0 g/kg); (3) CT + (PhSe)
2
(3 ppm); (4) CT +
HCTZ + (PhSe)
2
; (5) high fructose diet (HFD); (6) HFD + HCTZ; (7) HFD + (PhSe)
2
and
(8) HFD + HCTZ + (PhSe)
2
. The composition of the diets is shown in Table 1. Diphenyl
diselenide was dissolved in soybean oil and mixed in the diet with a food mixer to insure
73
uniform distribution. This diet provided 3 µg selenium/g of diet/per day, which is
considered acceptable amount for this element [23]. The diets were prepared weekly and
stored at 4 ºC.
2.3. Blood samples and tissue preparation
At the end of the experimental period, rats were fasted 12 h, anesthetized with ether
and sacrificed by decapitation. A blood fraction was collected without anticoagulant and
was centrifuged at 4000 × g for 10 min to yield serum samples that were used for
fructosamine, total cholesterol, triglycerides, magnesium, potassium, urea and creatinine
determination. A parallel blood fraction was collected in tubes with sodium fluoride to
determine glucose concentration.
The samples of the tissues were quickly removed, rinsed with saline, weighted,
placed on ice and homogenized in 10 volumes (w/v) in cold 50 mM Tris-HCl pH 7.4. The
homogenate was centrifuged at 4000 x g at 4ºC for 10 min to yield low-speed supernatant
fraction (S1) that was used for biochemical assays, except for measurement of protein
carbonylation, which was determined in samples of the homogenates. In addition, adipose
tissue deposit (total weight of perirenal, mesenteric, epididymal and subcutaneous fat-pads)
content was also determined.
2.4. Measurements
Food and water consumption were measured daily at the same time (9:00 to 10:00
h). The body weights were determined once a week.
74
2.5. Biochemical analysis
Plasma glucose concentration was measured as previously described by Bergmeyer
[32] and fructosamine concentration was determined as described by Baker et al. [33].
Serum total cholesterol concentration was measured as previously described by Alain et al.
[34] and triglycerides concentration was measured as described by Bucolo and David [35].
The levels of magnesium were estimated according to the method of Bohuon [36] and
potassium levels were measured as previously described by Kavanagh and Mills [37]. In
addition, serum urea and creatinine were determined by method of Bergmeyer [38] and,
Yatzidis [39], respectively. The biochemical assays were done using a Johnson &
Johnson:Vitros 750XRC chemistry analyzer
.
2.6. Lipid peroxidation (LPO) levels
Lipid peroxidation was estimated by measuring thiobarbituric acid reactive
substances (TBARS) and expressed in terms of malondialdehyde (MDA) content,
according to the method of Ohkawa et al. [40], in which MDA, an end product of fatty acid
peroxidation, reacts with thiobarbituric acid (TBA) to form a colored complex. In brief,
samples were incubated at 100ºC for 60 min in acid medium containing 0.45% sodium
dodecyl sulfate, 1.27 mol/L acetic acid/270 mmol/L HCl, pH 3.5 and 0.8% thiobarbituric
acid. TBARS produced were measured at 532 nm and the absorbance was compared with
the standard curve using malondialdehyde.
2.7. Protein carbonyl (PCO) content
The PCO content was determined as described by method of Levine et al. [41] with
some modifications. Briefly, homogenates were diluted to 750-800 µg/mL of protein in
75
each sample, and 1 mL aliquots were mixed with 0.2 mL of 2,4-dinitrophenylhydrazine
(DNPH, 10 mM) or 0.2 mL HCl (2 M). After incubation at room temperature for 1h in a
dark ambient, 0.6 mL of denaturing buffer (150 mM sodium phosphate buffer, pH 6.8,
containing 3% SDS), 1.8 mL of heptane (99.5%) and 1.8 mL of ethanol (99.8%) were
sequentially added, and mixed with vortex agitation for 40 sec and centrifuged for 15 min.
The protein isolated from the interface was washed two times with 1 mL of ethyl
acetate/ethanol 1:1 (v/v) and suspended in 1 mL of denaturing buffer. Each DNPH sample
was read at 370 nm in a spectrophotometer against the corresponding HCl sample (blank),
and total carbonylation calculated using a molar extinction coefficient of 22,000M
-1
cm
-1
.
Protein was measured by method of Bradford [42] using bovine serum albumin as standard.
2.8. Vitamin C levels
Hepatic and renal vitamin C (ascorbic acid) levels were determined by method of
Jacques-Silva et al. [43]. Proteins of liver and kidney were precipitated with 1 vol. of a cold
10% trichloroacetic acid followed by centrifugation. An aliquot of 300 µL of the
supernatants were mixed with 2,4-dinitrophenylhydrazine (4.5 mg/mL), CuSO
4
(0.075
mg/mL) and trichloroacetic acid 13.3% (final volume 1 mL) and incubated for 3 h at 37ºC.
Then 1 mL of H
2
SO
4
65% (v/v) was added to the medium. Ascorbic acid levels were
measured spectrophotometrically at 520 nm and calculated using a standard curve (1.5-4.5
µmol/L ascorbic acid freshly prepared in sulfuric acid).
2.9. Catalase (CAT) activity
The measurement of CAT activity from liver and kidney was determined as
described by method of Aebi [44]. Samples of S1 from liver and kidney were added to a
76
cuvette and the reaction was started by the addition of 70 µL of freshly prepared 300 mM
H
2
O
2
in phosphate buffer (50 mM, pH 7.0; total volume of incubation: 1 mL). The rate of
H
2
O
2
decomposition was measured spectrophotometrically at 240 nm during 120 s. One
unit of the enzyme is considered as the amount of enzyme which decomposes 1 µmol
H
2
O
2
/min at pH 7.0.
2.10. Superoxide dismutase (SOD) activity
Hepatic and renal SOD activity in S1 was determined as described by Misra and
Fridovich [45]. This method is based on the capacity of SOD in inhibiting autoxidation of
adrenaline to adrenochrome. The color reaction was measured at 480 nm. One unit of
enzyme was defined as the amount of enzyme required to inhibit the rate of epinephrine
autoxidation by 50% at 26°C. The S1 was diluted 1:10 (v/v) for determination of SOD
activity in the test day. Aliquots of supernatant were added in a glycine buffer 50 mM pH
10.3. Enzymatic reaction was started by adding of epinephrine. One unit of enzyme was
defined as the amount of enzyme required to inhibit the rate of epinephrine autoxidation by
50% at 26°C. The enzymatic activity was expressed as Units U/mg protein.
2.11. Statistical analysis
All values obtained are expressed as mean ± standard error. Data were analyzed by
one-way, two-way or three-way ANOVA analysis of variance, followed by Duncan’s
multiple range tests when appropriate. Differences between groups were considered to be
significant when p < 0.05.
77
3. RESULTS
3.1. Body weight, organ weight and total adipose tissue deposits weight
The data of table 2 show that the intake of HFD, HCTZ or (PhSe)
2
alone did not
modify neither body weight gain nor final body weight of the rats when compared to
control group (Table 2, p > 0.05). On the other hand, three-way ANOVA (2 diets (CT or
HFD) x 2 (CT or HCTZ) x 2 (CT or (PhSe)
2
) revealed significant HCTZ x HFD interaction,
indicating that HCTZ plus HFD caused a reduction in final body weight (Table 2, p < 0.05).
The consumption of (PhSe)
2
diet caused a significant increase in the organ weight
for liver and kidney when compared to control group (Table 2, p < 0.05).
HCTZ caused
per se
a significant reduction in total adipose tissue deposits weight
when compared to control group (Table 2, p < 0.05), that were not restored by (PhSe)
2
supplementation or modified in HCTZ plus HFD group.
3.2. Water and food consumption
Water consumption of animals fed with HFD or HCTZ alone was significantly
greater than animals fed with control diet (Table 3, p < 0.05). Moreover, three-way
ANOVA (2 diets (CT or HFD) x 2 (CT or HCTZ) x 2 (CT or (PhSe)
2
) revealed significant
HCTZ x HFD interaction (Table 3, p < 0.05), showing that HCTZ and HFD caused a
increase in water consumption. The animals supplemented with HFD diet also had a
significant reduction in food consumption when compared to control groups (Table 3, p <
0.05).
78
3.3. Blood glucose and fructosamine levels
The results of table 4 demonstrate that HCTZ and (PhSe)
2
intake did not change the
levels of glucose and fructosamine of rats. Different, HFD consumption caused a
significant increase in blood glucose and fructosamine contents of animals when compared
to values found in control group (Table 4, p < 0.05). However, (PhSe)
2
supplementation
was not effective in restoring the levels of glucose and fructosamine enhanced by HFD
intake (Table 4, p > 0.05).
3.4. Total cholesterol and triglycerides levels
The animals fed with HFD diets had a significant increase in total cholesterol levels
when compared to values found in control group (Table 4, p < 0.05). Statistical analysis
revealed again that the intake of HCTZ and HFD diets caused a significant increase in the
levels of triglycerides and that this enhance was proportionally higher in the HFD groups.
The data of table 4 also demonstrate that triglycerides and cholesterol levels were lower in
the groups that received HFD and HCTZ diet supplemented with (PhSe)
2
.
3.5. Magnesium and potassium levels
HCTZ intake caused a significant decrease in magnesium levels, which were not
prevented by (PhSe)
2
supplementation when compared to control group (Table 4, p < 0.05).
Furthermore, the reduction in magnesium levels HCTZ-induced was higher in the groups
that received HCTZ associated to HFD. However, in this reduction in the magnesium levels
did not modify by (PhSe)
2
supplementation. Similarly, the animals fed with HCTZ plus
HFD had an decrease in the content of potassium, which were not prevented by (PhSe)
2
supplementation when compared to values found in control group (Table 4, p < 0.05). In
79
these parameters, three-way ANOVA (2 diets (CT or HFD) x 2 (CT or HCTZ) x 2 (CT or
(PhSe)
2
) revealed a significant HCTZ x HFD interaction (Table 4, p < 0.05), indicating that
HCTZ plus HFD caused a reduction in magnesium and potassium levels. Of particular
importance, negative correlations were found between the magnesium and glucose levels (r
= - 0.18, p < 0.05); magnesium and fructosamine levels (r = - 0.09, p < 0.05), as well as
potassium and glucose levels (r = - 0.18, p < 0.05) and between potassium and
fructosamine levels (r = - 0.05, p < 0.05). Indeed, positive correlation was found between
the potassium and magnesium levels (r = 0.42, p < 0.05).
3.6. Urea and creatinine levels
No significant difference was observed in the levels of urea and creatinine of groups
(Table 4, p > 0.05).
3.7. Lipid peroxidation (LPO) levels
HFD, HCTZ and HFD plus HCTZ intake caused a significant increase on hepatic
and renal lipid peroxidation (Fig. 1A and 1B). Moreover, three-way ANOVA of LPO levels
in liver and kidney revealed a significant HFD x HCTZ interaction (p < 0.05). In both
tissues, (PhSe)
2
supplementation was effective in reducing the LPO induced by
consumption of HFD plus HCTZ diet (Fig. 1A and 1B, p < 0.05).
3.8. Protein carbonyl content
HCTZ, HFD and HCTZ plus HFD intake caused a significant increase in hepatic
and renal protein oxidation (Fig. 2A and 2B, p < 0.05), which were restored to control
levels by (PhSe)
2
supplementation (Fig. 2A and 2B, p < 0.05).
80
3.9. Vitamin C levels
The data of figure 3A show that HCTZ, HFD and HCTZ plus HFD intake caused a
significant decrease in hepatic vitamin C levels, which were restored to control levels by
(PhSe)
2
supplementation only in HFD-fed rats (Fig. 3A, p < 0.05). In liver, three-way
ANOVA of vitamin C levels revealed a significant HFD x HCTZ interaction (p < 0.05).
Contrary, no significant difference was observed in renal vitamin C content between groups
(Fig. 3B, p > 0.05).
3.10. Catalase and SOD activities
HCTZ and HCTZ plus HFD diet caused a significant reduction in hepatic catalase
activity that was restored to control levels by (PhSe)
2
supplementation (Fig. 4A, p < 0.05).
Different, no change was observed in renal catalase activity of groups (Fig. 4B, p > 0.05).
The consumption of HCTZ, HFD or HCTZ plus HFD did not modify hepatic SOD
activity (Fig. 5A, p < 0.05). On the other hand, all groups supplemented with (PhSe)
2
had
an increase in SOD activity of liver. In kidney, HCTZ alone or associated to HFD caused a
significant decrease in renal SOD activity of rats that was restored to control values by
(PhSe)
2
supplementation (Fig. 5B, p < 0.05).
4. DISCUSSION
Thiazide diuretics are frequently used in patients with metabolic disorders as well as
in type 2 diabetes for treatment of hypertension. However, the chronic use of thiazides also
may exacerbate theses metabolic alterations [7-13]. Indeed, literature data have reported
that long-term consumption of HFD as well as HCTZ treatment are important factors for
the appearance of some metabolic changes related to type 2 diabetes [46-49]. According, in
81
the present study we observe that HFD intake, associated or not with HCTZ, increased
glucose, fructosamine, total cholesterol and triglycerides levels, which are factors related
with the development of insulin resistance. Thus, we can suggest that the experimental
protocol used in this work, with certain limitations, mimics the epidemiological data from
literature and may indicate that simultaneous ingestion of HFD and thiazides as diuretics
for the treatment of hypertension potentiates the adverse effects of this class of drug.
It has been suggested that the oxidative stress is partly responsible for metabolic
disorders induced by diets enriched with carbohydrates and that antioxidants are potential
therapeutic agents by preventing or reducing the oxidative damage [46-49]. In this way,
numerous studies have showed that selenium supplementation increase antioxidant
defenses; decrease lipid peroxidation levels and up-regulated mRNA expression for
antioxidant enzymes in patient and animal diabetics [50-52]. In line with this, our results
showed that (PhSe)
2
supplementation provided a protective effect against the alterations in
antioxidant defenses induced by HFD and HCTZ intake. In fact, the long-term (PhSe)
2
intake restored the decrease in hepatic vitamin C levels caused by association between
HCTZ and HFD as well as reduced the lipids and proteins oxidation in liver and kidney of
animals fed with HCTZ associated or not with HFD. Indeed, (PhSe)
2
dietary was able on
reversing the reduction in CAT (liver) and SOD activities (kidney) HCTZ-induced. The
antioxidant potential of (PhSe)
2
can be explained, at least in part, by its glutathione
peroxidase-like activity [24]. Interestingly, this compound increased
per se
hepatic and
renal SOD activity.
Another point that we have observed was that (PhSe)
2
intake did not attenuate the
increase of glycemia induced by HFD consumption. The lack of anti-hyperglycemic
activity of compound in this protocol model can be related with the route used. This
82
hypothesis is supported by studies showing that chronic administration of (PhSe)
2
, via
subcutaneous, promotes a significant decrease in plasma glucose levels of streptozotocin-
induced diabetic rats [26].
The chronic intakes of an HFD as well as hyperglycemia condition are linked to
oxidative stress generation and increased levels of ROS with the development of insulin
resistance [3,4,53]. In this context, fructose is considered a potent agent involved in the
glycoxidation process, therefore may intensify oxidative stress [54]. In general, the
nonenzymatic glycation of proteins has been postulated to explain the relationship between
hyperglycemia and oxidant events as lipid peroxidation [55]. This process generates
radicals and highly reactive oxidants from the glycated proteins under physiologic
conditions [55]. However, data about the potential facilitating effects of HCTZ in
promoting insulin resistance and oxidative stress in animal models is scarce or lacking in
literature. Regarding to, our results suggest that HFD associated or not with HCTZ elevates
glucose and fructosamine levels, which can trigger oxidative damage in hepatic and renal
tissues, since TBARS and protein carbonylation were enhanced in these tissues.
It has been showed that long-term treatment with thiazide diuretics may impair
glucose tolerance and decrease insulin sensitivity and thereby accelerate the development
of diabetes mellitus [56]. In addition, diuretic therapy has been associated with increases in
serum total cholesterol and LDL-cholesterol of up to 10% of baseline levels. Moreover,
triglyceride concentrations can increase by 5% to 15% [57]. Different, here we observed an
increase in the total cholesterol levels only when HCTZ was associated with HFD in rats.
Furthermore, our results demonstrated that HCTZ caused an increase in triglycerides levels
that was aggravated by association between HFD and HCTZ. Moreover, (PhSe)
2
intake
83
attenuated the increase of triglycerides and cholesterol levels caused by HFD or HCTZ
intake.
It is important to emphasize that HCTZ caused a decrease in magnesium levels and
that the association between HFD and HCTZ aggravated the hypomagnesemia condition.
Through these data we can suggest that hypertensive patients that use HCTZ and eat a diet
with high fructose content may present loss of magnesium, a fact that may contribute to
metabolic disorders and oxidative stress development. Furthermore, the use of HCTZ by
these patients could precipitate further the onset of diabetes and its complications. In fact,
several studies suggest that intracellular magnesium may play a key role in modulating
insulin-mediated glucose uptake and vascular tone [58,59]. Accordingly, points of evidence
indicate an association between low magnesium levels and metabolic diseases, including
the type 2 diabetes mellitus, hypertension [58,59] and increased free radical dependent-
oxidative tissue damage [59]. In addition, has been reported that hypokalemia may be an
important factor in hyperglycemia, hyperinsulinemia, and insulin resistance in patients
receiving HCTZ, because these features can be restored with potassium supplements [13].
Our results also show that potassium depletion is significantly associated with exacerbation
of hyperglycemia as well as hypomagnesemia. Thus, we can suggest that the model
experimental developed in this work can be used for further studies regarding HCTZ
toxicity, as well as to clarify the role of magnesium and potassium in insulin resistance
associated with HCTZ treatment and high fructose ingestion. Besides, this model may also
allow the investigations whether the incidence of metabolic disturbances as well as type 2
diabetes HCTC-induced is more frequent in hypertensive patients who eat diets with high
fructose content. Indeed we suggest that the reduction in electrolytes is related with HCTZ,
since the animals treated with fructose or (PhSe)
2
did not show these changes.
84
5. CONCLUSIONS
In conclusion, the results obtained in this study suggest that some biochemical
changes can be aggravated by ingestion simultaneous of HCTZ and HFD diet. In addition,
our data demonstrate that (PhSe)
2
supplementation reduces metabolic disorders linked to
oxidative stress and that this compound can be considered a promising agent for treatment
of metabolic disturbances by antioxidant therapy. Nevertheless, it will be important to
determine whether similar protection can be provided by this way in humans.
Acknowledgements
The financial support by FINEP Research Grant ‘‘Rede Instituto Brasileiro de
Neurociência (IBN-Net)’’ # 01.06.0842-00, FAPERGS, CAPES/SAUX, VITAE Fundation
and CNPq is gratefully acknowledged. J.B.T.R. is the recipient of CNPq fellowships.
REFERENCES
[1] G.M. Reaven, Banting lecture. Role of insulin resistance in human disease, Diabetes 37
(1988) 1595-1607.
[2] G.M. Reaven, A. Laws, Insulin resistance, compensatory hyperinsulinaemia and
coronary heart disease, Diabetologia 37 (1994) 948-952.
[3] R.B. McDonald, Influence of dietary sucrose on biological aging, Am. J. Clin. Nutr. 62
(1995) 284-293.
[4] Y. Rayssiguier, E. Gueux, D. Weiser, Effect of magnesium deficiency on lipid
metabolism in rats fed a high carbohydrate diet, J. Nutr. 111 (1981) 1876-1883.
85
[5] V.B. Brito, V. Folmer., J.C.M. Soares, I.D. Silveira, J.B.T. Rocha, Long-term sucrose
and glucose consumption decreases the δ-aminolevulinate dehydratase activity in
mice, Nutrition 23 (2007) 818-826.
[6] C. Dollery, Therapeutic Drugs, 2
nd
ed., Churchill Livingstone, 1998.
[7] F. Turnbull, Effects of different blood-pressure-lowering regimens on major
cardiovascular events: Results of prospectively-designed overviews of randomized
trials, Lancet 362 (2003) 1527-1535.
[8] The ALLHAT Study Group, Major outcomes in high-risk hypertensive patients
randomized to angiotensin-converting enzyme inhibitor or calcium-channel blocker
vs. diuretic, JAMA 288 (2002) 2981-2997.
[9] G.T. McInnes, W.W. Yeo, L.E. Ramsey, M. Moser, Cardiotoxicity and diuretics: much
speculation-little substance, J. Hypertens. 10 (1992) 317-335.
[10] F.L. Plavinik, C.I. Rodrigues, M.T. Zanella, A.B. Ribeiro, Hypokalemia, glucose
intolerance, and hyperinsulinemia during diuretic therapy, Hypertension 19 (1992)
1126-1129.
[11] H.A. Punzi, C.F. Punzi, Antihypertensive and Lipid-Lowering Heart Attack Trial
Study; Trinity Hypertension Research Institute: Metabolic issues in the
Antihypertensive and Lipid-Lowering Heart Attack Trial Study, Curr. Hypertens.
Rep. 6 (2004) 106-110.
[12] P. Verdecchia, G. Reboldi, F. Angeli, C. Borgioni, R Gattobigio, L Filippucci, S.
Norgiolini, C. Bracco, C. Porcellati, Adverse prognostic significance of new diabetes
in treated hypertensive subjects, Hypertension
43 (2004) 963-969.
86
[13] S. Reungjui, C.A. Roncal, W. Mu, T.R. Srinivas, D. Sirivongs, R.J. Johnson, T.
Nakagawa, Thiazide Diuretics Exacerbate Fructose-Induced Metabolic Syndrome, J.
Am. Soc. Nephrol. 18 (2007) 2724-2731.
[14] M. Navarro-Alarcón, M.C. Lopes-Martinez, Essentiality o selenium in the human
body: relationship with di
erent diseases, Sc. Total Environ. 249 (2000) 347-371.
[15] M.P. Rayman,. The importance of selenium to human health, Lancet 356 (2000) 233-241.
[16] C.W. Nogueira, G. Zeni, J.B.T. Rocha, Organoselenium and organotellurium
compounds: toxicology and pharmacology, Chem. Rev. 104 (2004) 6255-6285.
[17] L. Flohe, W.A. Gunzler, H.H. Schock, Glutathione peroxidase: a selenoenzyme,
FEBS. Lett. 32 (1973) 132-134.
[18] J.T. Rotruck, A.L. Pope, H.E. Ganther, A.B. Swanson, D.G. Hafeman, W.G. Hoekstra,
Selenium: biochemical role as a component of glutathione peroxidase, Science 179
(1973) 588-590.
[19] G.F. Combs, P.G. Gray, Chemopreventive agents: selenium, Pharmacol. Ther. 79
(1998) 179-192.
[20] O. Ezaki, The insulin-like effects of selenate in rat adipocytes J. Biol. Chem. 265
(1990) 1124-1130.
[21] J.A. Vinson, T.B. Howard, Inhibition of protein glycation and advanced glycation end
products by ascorbic acid and other vitamins and nutrients, J. Nutr. Biochem. 7
(1996) 659-663.
[22] D. Bonnefont-Rousselot, The role of antioxidant micronutrients in the prevention of
diabetic complications, Treat. Endocrinol. 3 (2004) 41-52.
87
[23] P. Faure, D. Barclay, M. Joyeux-Faure, S. Halimi, Comparison of the effects of zinc
alone and zinc associated with selenium and vitamin E on insulin sensitivity and
oxidative stress in high-fructose-fed rats, J. Trace Elem. Med. Biol. 21 (2007) 113-
119.
[24] S.R. Wilson, P.A. Zucker, R.R.C. Huang, A. Spector, Development of synthetic
compounds with glutathione peroxidase activity, J. Am. Chem. Soc. 111 (1989) 5936-
5939.
[25] G. Ghisleni, L.O. Porciuncula, H. Cimarostia, J.B.T. Rocha, C.G. Salbego, D.O.
Souza, Diphenyl diselenide protects rat hippocampal slices submitted to oxygen-
glucose deprivation and diminishes inducible nitric oxide synthase immunocontent,
Brain Res. 986 (2003) 196-199.
[26] N.B.V. Barbosa, J.B.T. Rocha, D.C. Wondracek, J. Perottoni, G. Zeni, C.W. Nogueira,
Diphenyl diselenide reduces temporarily hyperglycemia: Possible relationship with
oxidative stress, Chem. Biol. Interact. 163 (2006) 230-238.
[27] F.B. Zasso, C.E.P. Gonçales, E.A.C. Jung, D. Araldi, G. Zeni, J.B.T. Rocha, C.W.
Nogueira, On the mechanisms involved in antinociception induced by diphenyl
diselenide, Environ. Toxicol. Pharmacol. 19 (2005) 283-289.
[28] A.F. de Bem, M. Farina, R.L. Portella, C.W. Nogueira, T.C.P. Dinis, J.A.N.
Laranjinha, L.M. Almeida, J.B.T. Rocha, Diphenyl diselenide, a simple glutathione
peroxidase mimetic, inhibits human LDL oxidation in vitro, Atherosclerosis 201
(2008) 92-100
[29] A.F. de Bem, R.L. Portella, E. Colpo, M.M.M.F. Duarte, A. Frediane, P.S. Taube,
C.W. Nogueira, M. Farina, E.L. Silva, J.B.T. Rocha, Diphenyl Diselenide Decreases
88
Serum Levels of Total Cholesterol and Tissue Oxidative Stress in Cholesterol-fed
Rabbits, Basic Clin. Pharmacol. Toxicol. 105 (2008) 17-23.
[30] N.B.V. Barbosa, J.B.T. Rocha, J.C.M. Soares, D.C. Wondracek, J.F. Gonçalves,
M.R.C. Schetinger, C.W. Nogueira, Dietary diphenyl diselenide reduces the STZ-
induced toxicity, Food Chem. Toxicol. 46 (2008) 186-194.
[31] C. Paulmier, Selenium Reagents and Intermediates in Organic Synthesis, Pergamon
Books, Oxford, UK, 1986.
[32] H.U. Bergmeyer, Methods of Enzimatic Analisys, 3ed, Deerfield Beach:Veriag
Chemie, 6 (1984) 163-172.
[33] J.R. Baker, P.A. Metcalf, R.N. Johnson, D. Newman, P. Rietz, Use of protein-based
standards in automated colorimetric determinations of fructosamine in serum, Clin.
Chem. 31 (1985) 1550-1554.
[34] C.C. Allain, L.S. Poon, C.S.G. Chan, W. Richmond, P.C. Fu. Enzymatic determination
of total serum-cholesterol Clin. Chem. 20 (1974) 470-475.
[35] G. Bucolo, H. David, Quantitative-determination of serum triglycerides by use of
enzymes, Clin. Chem. 19 (1973) 476-482.
[36] C. Bohuon, Microdetermination of magnesium in biological fluids, Clin. Chim. Acta 7
(1962) 811-817.
[37] K. Kavanagh, J.N. Mills, Measuring electrolytes: An evaluation of the IDEXX Vetlyte
ion selective electrode method, Aust. Vet. Pract. 27 (1997).97-102.
[38] H.U. Bergmeyer, Methods of Enzymatic Analisys, 3 ed, Deerfield Beach, 8 (1985)
444-449.
[39] H. Yatzidis, New method for direct determination of true creatinine, Clin. Chem. 20
(1974) 1131-1134.
89
[40] H. Ohkawa, H. Ohishi, K. Yagi, Assay for lipid peroxide in animal tissues by
thiobarbituric acid reaction, Anal. Biochem. 95 (1979) 351-358.
[41] R.L. Levine, D. Garland, C.N. Oliver, A Amici, I. Climent, A. Lenz, B. Ahn, S.
Shaltiel, E.R. Stadtman, Determination of carbonyl content in oxidatively modified
proteins, Methods Enzymol. 186 (1989) 464-478.
[42] M.M. Bradford, A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram
quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding, Anal. Biochem. 72
(1976) 248-254.
[43] M.C. Jacques-Silva, C.W. Nogueira, L.C. Broch, E.M. Flores, J.B.T. Rocha, Diphenyl
diselenide and ascorbic acid changes deposition of selenium and ascorbic acid in liver
and brain of mice, Pharmacol. Toxicol. 88 (2001) 119-125.
[44] H. Aebi, Catalase ‘‘in vitro’’, Methods Enzymol. 105 (1984) 121-127.
[45] H.P. Misra, I. Fridovich, A peroxide-dependent reduction of cytochrome-
C
by NADH,
Biochim. Biophys. Acta 3 (1972) 815-824.
[46] S.S. Reddy, P. Ramatholisamma, R. Karuna, D. Saralakumari, Preventive effect of
Tinospora cordifolia against high-fructose diet-induced insulin resistance and
oxidative stress in male Wistar rats, Food Chem. Toxicol. 47 (2009) 2224-2229.
[47] E. Ho, N. Quan, Y.H. Tsai, W. Lai, T.M. Bray, Dietary zinc supplementation inhibits
NF-kappa B activation and protects against chemically induced diabetes, Exp. Biol.
Med. 226 (2001) 103-111.
[48] P.N. Chander, O. Gealekman, S.V. Brodsky, S. Elitok, A. Tojo, M. Crabtree, S.S.
Gross, S. Goligorsky, Nephropathy in zucker diabetic fat rat is associated with
oxidative and nitrosative stress: prevention by chronic therapy with a peroxynitrite
scavenger ebselen, J. Am. Soc. Nephrol. 15 (2004) 2391-2403.
90
[49] M. Miranda, M. Muriach, J. Roma, F. Bosh-Morell, J.M. Genoves, J. Barcia, J. Araiz,
M. Diaz-Llospis, F.J. Romero, Oxidative stress in a model for experimental diabetic
retinopathy: the utility of peroxinitrite scavengers, Arch. Soc. Esp. Oftalm. 81 (2006)
27-32.
[50] M. Naziroglu, M. Cay, Protective role of intraperitoneally administered vitamin E and
selenium on the antioxidative defense mechanisms in rats with diabetes induced by
streptozotocin, Biol. Trace Elem. Res. 79 (2001) 149-159.
[51] P. Faure, Protective effects of antioxidant micronutrients (vitamin E, zinc and
selenium) in type 2 diabetes mellitus, Clin. Chem. Lab. Med. 41 (2003) 995-998.
[52] P. Faure, O. Ramon, A. Favier, S. Halimi, Selenium supplementation decreases
nuclear factor-kappa B activity in peripheral blood mononuclear cells from type 2
diabetic patients, Eur. J. Clin. Invest. 7 (2004) 475-481.
[53] K. Maiese, S.D. Morhan, Z.Z. Chong, Oxidative stress biology and cell injury during
type 1 and type 2 diabetes mellitus, Curr. Neurovasc. Res. 4 (2007) 63-71.
[54] C.J. Mullarkey, D. Edelstein, M. Brownlee, Free radical generation by early glycation
products: a mechanism for accelerated atherogenesis in diabetes, Biochem. Biophys.
Res. Commun. 173 (1990) 932-939.
[55] J.P. Lopes, S.M. Oliveira, J.S. Fortunato, Oxidative stress and its effects on insulin
resistance and pancreatic beta-cells dysfunction: relationship with type 2 diabetes
mellitus complications, Acta Med. Port. 213 (2008) 293-302.
[56] G. Bonner, Hyperinsulinemia, insulin resistance, and hypertension, J. Cardiovasc.
Pharmacol. 24 (1994) 39-49.
[57] P. Weidmann, M. Courten, P. Ferrari, Effects of diuretics on the plasma lipid profile,
Eur. Heart J. 13 (1992) 61-67.
91
[58] M. Barbagallo, L.J. Dominguez, A. Galioto, A. Ferlisi, C. Cani, L. Malfa, A. Pineo, A.
Busardo, G. Paolisso, Role of magnesium in insulin action, diabetes and cardio-
metabolic syndrome X, Mol. Aspects Med. 24 (2003) 39-52.
[59] L.M. Lourdes, T. Crua, J.C. Pousada, L.E. Rodrigues, K. Barbosa, V. Canguru, The
effect of magnesium supplementation in increasing doses on the control of type 2
diabetes, Diabetes Care 21 (1998) 682-686.
92
Figures legends
Figure 1. Thiobarbituric acid-reactive species content in the liver (A) and kidney (B) of
diphenyl diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake. Data are expressed as
means ± SEM of six animals.
abcd
Mean values that do not share a common superscript
letter were significantly different, p < 0.05 (ANOVA/Duncan). CT, control; HFD, high
fructose diet; HCTZ, hydrochlorothiazide; Se, diphenyl diselenide; MDA,
malondialdehyde.
Figure 2. Protein carbonylation levels in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl
diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake. Data are expressed as means ±
SEM of six animals.
abc
Mean values that do not share a common superscript letter were
significantly different, p < 0.05 (ANOVA/Duncan). CT, control; HFD, high fructose diet;
HCTZ, hydrochlorothiazide; Se, diphenyl diselenide.
Figure 3. Vitamin C levels in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl diselenide-fed rats
associated to fructose and HCTZ intake. Data are expressed as means ± SEM of six
animals.
abcd
Mean values that do not share a common superscript letter were significantly
different, p < 0.05 (ANOVA/Duncan). CT, control; HFD, high fructose diet; HCTZ,
hydrochlorothiazide; Se, diphenyl diselenide.
Figure 4. Catalase activity in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl diselenide-fed rats
associated to fructose and HCTZ intake. Data are expressed as means ± SEM of six
animals.
a
Mean values that do not share a common superscript letter were significantly
93
different, p < 0.05 (ANOVA/Duncan). CT, control; HFD, high fructose diet; HCTZ,
hydrochlorothiazide; Se, diphenyl diselenide.
Figure 5. Superoxide dismutase activity in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl
diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake. Data are expressed as means ±
SEM of six animals.
abc
Mean values that do not share a common superscript letter were
significantly different, p < 0.05 (ANOVA/Duncan). CT, control; HFD, high fructose diet;
HCTZ, hydrochlorothiazide; Se, diphenyl diselenide.
94
Figures
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
Tables
Table 1 - Composition of the diets (g/kg)
Components
Control diet
Diet enriched with fructose
Fructose - 600
Casein 150 150
Soybean Oil 50 50
Lard 50 50
Wheat flour 105 105
Cornstarch 600 -
Mineral mixture
1
35 35
Vitamin mixture
2
10 10
1
The mineral mixture contained (g/kg): bone meal (449); NaCl (38); KCl (134.2); MgSO
4
(20); ZnCl
2
(0.4); CuSO
4
(0.175); MnSO
4
(1.2); FeSO
4
(2), and cornstarch (355).
2
The vitamin mixture (mg or IU/g) was composed of Vitamin A, 2000 IU; Vitamin D 200
IU; tocopherol, 10 IU; menadione, 0.5 mg; choline, 200 mg; folic acid, 0.2 mg; p-
aminobenzoic acid, 1.0 mg; inositol, 10 mg; calcium D-panthotenate, 4.0 mg; riboflavin, 0.8
mg; thiamin-HCl, 0.5 mg; pyridoxine-HCl, 0.5 mg; niacinamide, 0.3 mg; and biotin, 0.04.
Diphenyl diselenide (3 ppm) was dissolved in soybean oil and mixed in the diet in a food
mixer to insure uniform distribution.
Wheat flour (4g/kg of diet) was substituted by HCTZ.
105
Table 2. Body weight, organ weight and total adipose tissue deposits (g) changes in diphenyl diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ
intake.
Groups
Parameters
Control
HCTZ
Se
Se + HCTZ
HFD
HFD + HCTZ
HFD + Se
HFD + HCTZ +Se
Initial body
weight
254.0±18.4
259.3±19.8
254.7±17.4
258.7±19.0
264.0±11.8
256.7±15.6
251.3±21.2
257.3±18.6
Final body
weight
357.3±13.1 a
359.3±5.1 a
355.3±3.6 a
340.0±17.2 a
330.7±8.8 a,b
271.3±2.2 c
306.3±10.3 b
277.3±8.4 c
Body weight
gain
103.3±31.2 a
100.0±17.2 a
100.7±20.7 a
81.3±29.7 a,b
66.7±6.6 a,b,c
14.7±13.5 c
54.7±10.9 a,b,c
20.0±24.0 b,c
Liver
8.8±0.3 a,b
8.9±0.2 a,b
10.5±0.1 c
8.6±0.2 a,b
8.9±0.2 a,b
8.2±0.2 a
8.9±0.3 a,b
9.2±0.4 b
Kidney
2.0±0.03 a,b
1.9±0.03 a
2.3±0.04 d
2.1±0.06 b,c
2.2±0.02 b,c,d
2.1±0.02 b,c
2.2±0.05 c,d
2.3±0.03 d
Total adipose
tissue
deposits
*
6.7±0.3 a
4.6±0.1 b,c
5.9±0.8 a,b
5.3±0.7 a,b,c
5.9±0.4 a,b
3.7±0.6 c
5.2±0.7 a,b,c
4.2±0.7 b,c
Data are expressed as means ± S.E.M. of six animals per group.
abcd
Mean values within a row not sharing a common superscript letter were significantly different, p < 0.05.
*
The total weight of perirenal, mesenteric, epididymal and subcutaneous fat-pads.
106
Table 3. Water and food consumption (months) changes in diphenyl diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake.
Groups
Parameters
Control
HCTZ
Se
HCTZ + Se
HFD
HFD + HCTZ
HFD + Se
HFD + HCTZ + Se
Water
consumption
1
2
3
4
15.1±1.6
23.9±1.3 a,b
21.9±1.3 a
22.9±0.9 a
23.7±1.4 a
31.8±1.3 c
31.0±2.3 b,c
35.6±1.7 c
14.6±1.1
21.6±1.3 a
22.7±1.3 a
22.9±2.1 a
18.5±0.3
23.8±1.7 a,b
22.7±1.5 a
20.9±1.9 a
26.3±1.5 a
33.9±0.8 c
28.6±1.8 b,c
31.7±1.4 b,c
23.9±1.1 a
35.4±0.9 c
33.9±1.9 c
32.9±2.5 b,c
25.7±2.1 a
27.5±2.0 b
27.9±1.6 b
29.2±2.3 b
22.9±1.9 a
26.4±0.8 b
29.9±2.0 b,c
29.5±0.5 b
Food
consumption
1
2
3
4
22.9±0.9 a
18.9±0.9 a
19.3±0.7
16.9±0.9
22.2±0.5 a
20.6±0.8 a
18.7±1.0
16.6±0.9
22.9±0.8 a
20.4±0.9 a
18.4±0.7
17.4±0.9
21.0±0.8 a
20.9±0.8 a
18.5±0.6
15.5±0.6
12.9±0.8 b
12.9±0.6 b
12.9±0.4 a
11.7±0.6 a
11.3±0.6 b,c
12.4±0.5 b,c
12.7±0.6 a
10.5±0.4 a
11.2±0.6 b,c
12.3±0.7 b,c
11.5±0.4 a
11.1±0.4 a
10.8±0.6 c
10.7±0.5 c
12.2±0.6 a
10.9±0.5 a
Data are expressed as means ± S.E.M. of six animals per group.
abc
Mean values within a row not sharing a common superscript letter were significantly different, p < 0.05.
Data of water and food consumption are presented as months.
107
Table 4. Effect of diphenyl diselenide supplementation on biochemical parameters associated to fructose and HCTZ intake.
Groups
Parameters
Control
HCTZ
Se
HCTZ + Se
HFD
HFD + HCTZ
HFD + Se
HFD + HCTZ + Se
Glucose
84.4±1.5 a
84.3±0.8 a
85.6±0.3 a,b
89.2±2.9 a,b,c
92.0±3.2 c
93.3±1.1 c
91.0±2.9 b,c
93.2±0.4 c
Fructosamine
100.7±0.9 a
98.5±0.8 a
97.2±3.1 a
102.5±4.1 a,b
113.0±1.3 c
108.5±1.6 b,c
107.8±2.4 b,c
108.5±0.5 b,c
Cholesterol
94.3±1.2 a
91.2±2.2 a
89.7±3.4 a
88.3±3.0 a
151.3±3.3 c
102.3±1.4 b
101.2±2.1 b
101.7±0.4 b
Triglycerides
86.3±1.9 a
110.0±1.2 b,c
96.0±7.7 a,b
103.0±4.8 a,b,c
144.7±3.1 d
141.7±9.1 d
117.7±0.3 c
140.8±9.5 d
Magnesium
2.6±0.12 a
2.1±0.06 b,c,d
2.4±0.10 a,b
2.1±0.08 c,d
2.6±0.15 a
1.6±0.03 e
2.3±0.07 b,c
1.9±0.05 d
Potassium
6.9±0.20
6.8±0.07
6.7±0.21
6.9±0.16
6.9±0.16
5.8±0.55 a
6.7±0.10
5.6±0.47 a
Urea
48.3±0.3
49.7±1.0
44.6±3.7
45.2±3.1
49.7±2.5
44.0±1.2
44.2±1.4
44.4±0.4
Creatinine
0.8±0.02
0.7±0.01
0.9±0.07
0.7±0.05
0.9±0.03
0.7±0.06
0.8±0.04
0.8±0.04
Data are expressed as means ± S.E.M. of six animals per group.
abcd
Mean values within a row not sharing a common superscript letter were significantly different, p < 0.05.
Data of glucose, fructosamine, cholesterol, triglycerides, magnesium, potassium, urea and creatinine levels are presented as mg/dL.
108
DISCUSSÃO
O consumo crônico de dietas hiperlipídicas e/ou hiperglicídicas (Folmer et al., 2002;
Folmer et al., 2003; Brito et al., 2007; Faure et al., 2007), assim como o tratamento com o
anti-hipertensivo, HCTZ (Pepine & Cooper-DeHoff, 2004) são fatores importantes para o
aparecimento de algumas alterações metabólicas relacionadas ao DM tipo 2. A partir dessas
evidências, associou-se a HCTZ com modelos de distúrbios metabólicos relacionados ao
desenvolvimento de DM tipo 2 induzidos pelas dietas hiperlipídicas e hiperglicídicas, uma
vez que essas desordens metabólicas são comuns em pacientes com hipertensão e, portanto
seria importante determinar se os diuréticos tiazídicos poderiam exacerbar esses alterações
metabólicas. Dessa maneira, um dos objetivos desta pesquisa foi avaliar o efeito de uma
dieta hiperlipídica suplementada com diferentes concentrações de hidroclorotiazida, em
ratos, com a intenção de investigar uma possível interação sinérgica desses dois fatores de
risco para o desenvolvimento do DM tipo 2 sobre os parâmetros bioquímicos relacionados
ao estresse oxidativo. Os resultados obtidos nesse trabalho mostram que altas doses de
HCTZ associadas com dietas hiperlipídicas causaram um aumento nos níveis de glicose
sangüínea (artigo 1 e manuscrito 1), e que a dieta hiperlipídica, associada ou não com a
HCTZ, aumentou os níveis de frutosamina (manuscrito 1), fatos que são compatíveis com o
desenvolvimento de resistência à insulina. Então, pode-se sugerir que a ingestão simultânea
de dietas hiperlipídicas e o uso de HCTZ como diurético para o tratamento da hipertensão
pode potencializar o aumento da glicemia causada por essa classe de drogas. O mecanismo
pelo qual os diuréticos tiazídicos induzem aumento na glicemia e intolerância à glicose não
está bem esclarecido. No entanto, algumas evidências da literatura sugerem esses diuréticos
109
causam uma redução na secreção de insulina pelas células β do pâncreas e uma diminuição
na sensibilidade à insulina pelos tecidos (Grossman & Messerli, 2006).
estudos que relatam que os diuréticos tiazídicos, em doses baixas e médias, são
eficazes na redução da pressão sanguínea e causam mínimos efeitos colaterais. Porém,
quando a dose é aumentada, uma pequena contribuição é observada em relação ao controle
da pressão arterial, enquanto é significativo o aumento de efeitos colaterais (Pepine &
Cooper-DeHoff, 2004; Zee et al., 2005; Grossman & Messerli, 2006). De fato, trabalhos
prévios indicaram uma clara correlação entre a dose de HCTZ e o aumento nas
concentrações de glicemia em jejum (Carlsen et al., 1990) e, que a HCTZ, em dose média
de 40 mg/dia, causou hiperglicemia (Pollare, 1989). Recentes dados têm indicado que o
tratamento prolongado de pacientes hipertensos com uma dose baixa de HCTZ (12,5
mg/dia) melhora a elasticidade arterial, mas o em pacientes com DM tipo 2 ou com
glicemia de jejum alterada. Além disso, esses estudos demonstraram que o tratamento com
uma dose de 25 mg/dia de HCTZ agravou os parâmetros metabólicos e a rigidez arterial
(Zimlichman et al., 2004). De acordo com essas considerações, as doses testadas nesse
trabalho foram maiores do que aquelas, comumente, utilizadas para o tratamento da
hipertensão, no entanto, são inferiores às do Nível sem Efeito Adverso Observado
(NOAEL) para HCTZ em ratos (George et al., 1995) e pode indicar que uma extrapolação
direta de doses tóxicas de ratos para humanos não é possível.
Dados da literatura m relatado que a ingestão crônica de uma dieta hiperlipídica
(Folmer et al., 2003; Fachineto et al., 2005), bem como a hiperglicemia estão ligados à
produção de estresse oxidativo e que o aumento dos níveis de EROs estão envolvidas no
desenvolvimento de resistência à insulina (Folmer et al., 2002; Aksoy et al., 2003; Brito et
110
al., 2007; Maiese et al., 2007) e neuropatia diabética (McCall, 1992; Greene et al., 1999;
Baydas et al., 2003; Baydas et al., 2004). Entretanto, dados sobre os efeitos da HCTZ na
promoção da resistência à insulina e estresse oxidativo em modelos animais são raros na
literatura.
Vários pesquisadores relataram que as EROs podem causar degeneração celular,
especialmente no cérebro (Baydas et al., 2003; Baydas et al., 2004), uma vez que é
particularmente vulnerável ao estresse oxidativo, devido à sua limitada capacidade
antioxidante (Shulman et al., 2004). Por outro lado, o fígado é o órgão que apresenta papel
central na modulação da homeostase da glicose (Maiese et al., 2007). Assim, estudos
demonstraram que o dano hepático induzido pelas EROs pode prejudicar a homeostase
celular e potencializar as características da Síndrome Metabólica (Kohen & Nyska, 2002;
Raval et al., 2006). Em nosso trabalho, constatou-se que o consumo crônico da dieta
hiperlipídica produziu um aumento na glicose (artigo 1 e manuscrito1) e na frutosamina
(manuscrito 1), as quais provocaram estresse oxidativo nos tecidos cerebral e hepático,
evidenciado pelo aumento dos níveis de peroxidação, estes que foram exacerbados pelo
tratamento com HCTZ (artigo 1 e manuscrito 1). Em consonância com este resultado,
dados da literatura m indicado que a hiperglicemia provoca uma excessiva glicação não
enzimática de proteínas, com acentuada inativação de enzimas, aumento na peroxidação
lipídica e alterações no sistema de defesa antioxidante (Morgan et al., 2002; Aksoy et al.,
2003). Em geral, a glicação não enzimática de proteínas gera produtos altamente reativos,
fato que poderia explicar a relação entre a hiperglicemia e a peroxidação lipídica (Lopes et
al., 2008).
Neste estudo, observou-se um significativo aumento nos níveis de vitamina C, no
tecido hepático e cerebral, dos ratos alimentados com doses elevadas de HCTZ, quando
111
foram administradas isoladamente ou em combinação com a dieta hiperlipídica (artigo 1 e
manuscrito 1). Da mesma forma, os níveis de grupos tiol não-protéico (NPSH) foram
aumentados em animais tratados com 1,0 e 4,0 g/kg de HCTZ e o aumento foi,
proporcionalmente, maior nos ratos alimentados com a dieta hiperlipídica (artigo 1). De
acordo com esses resultados, um aumento nos sistemas de defesa antioxidante foi
observado em uma variedade de modelos experimentais de patologias, possivelmente como
uma resposta compensatória dos tecidos à presença de danos oxidativos (Barbosa et al.,
2006; Barbosa et al., 2008).
Neste estudo, observou-se uma inibição significativa da atividade da Na
+
-K
+
-
ATPase no cérebro dos animais tratados com altas doses de HCTZ. A inibição dessa
enzima induzida pela HCTZ pode estar associada a um aumento no estresse oxidativo, o
qual pode acelerar a desnaturação da Na
+
-K
+
-ATPase (Thevenod & Friedmann, 1999). De
fato, os grupos -SH da enzima são altamente suscetíveis ao estresse oxidativo (Yufu et al.,
1993) e a agentes oxidantes (Carfagna et al., 1996). Além disso, os dados obtidos nesse
estudo indicaram uma interação entre os efeitos da dieta hiperlipídica e da HCTZ na
atividade da Na
+
-K
+
-ATPase no cérebro. Assim, torna-se razoável sugerir que simultânea
ingestão de uma dieta hiperlipídica com o co-tratamento com HCTZ pode causar efeitos
pró-oxidativos adicionais a este órgão com inibição da atividade da Na
+
-K
+
-ATPase. No
entanto, mais estudos o necessários para entender o mecanismo envolvido nos efeitos
interativos da dieta e hidroclorotiazida na atividade da Na
+
K
+
-ATPase. A significativa
correlação positiva entre o TBARS cerebral e a glicemia, assim como a correlação negativa
entre Na
+
-K
+
-ATPase e níveis de glicose sanguínea podem indicar um papel potencial para
a hiperglicemia, pelo menos em parte, nas alterações neuroquímicas após a exposição à
HCTZ e/ou uma dieta hiperlipídica (artigo 1).
112
evidências de que a diminuição dos níveis de potássio causada pelos diuréticos
tiazídicos pode ter um papel importante no metabolismo da glicose (Rowe et al., 1980), e
que uma dieta suplementada com potássio pode atenuar a intolerância à glicose induzida
pelas tiazidas (Helderman et al., 1983). Neste contexto, o magnésio intracelular, também
parece desempenhar um papel fundamental no metabolismo da glicose (Paolisso &
Barbagallo, 1997; Barbagallo et al., 2000; Barbagallo et al., 2001; Barbagallo et al., 2003,
Barbagallo & Dominguez, 2007; Sontia & Touyz 2007), uma vez que estudos
epidemiológicos têm indicado que as doenças metabólicas, tais como o DM tipo 2 e a
hipertensão podem ser associados com a redução do magnésio intracelular (Ma et al., 1995;
Paolisso & Barbagallo, 1997; Barbagallo et al., 2000; Barbagallo et al., 2001; Sontia &
Touyz, 2007) e aumento no dano oxidativo em vários tecidos (Lourdes, 1998; Gums,
2004). Assim, os dados obtidos no manuscrito 1 mostram uma diminuição significativa nos
níveis de magnésio e potássio plasmáticos, bem como um aumento na peroxidação lipídica
hepática em ratos alimentados com uma dieta hiperlipídica associada ou não à HCTZ. É
importante ressaltar que a associação da dieta hiperlipídica com a HCTZ (4,0 g/kg de
ração) potencializou a depleção de magnésio e aumentou a peroxidação lipídica. Então,
considerando que as dietas suplementadas com gorduras saturadas dificultam a absorção de
magnésio (Johnson, 2001), sugere-se que indivíduos que ingerem uma dieta suplementada
com lipídios do tipo saturado podem apresentar perda de magnésio e potássio, fato que
pode contribuir para o desenvolvimento de diabetes e estresse oxidativo. Nesse sentido, os
resultados apresentados nesse trabalho podem indicar que o magnésio e o potássio
desempenham um papel importante nos efeitos adversos da HCTZ e, uma vez que as
alterações bioquímicas foram exacerbadas pelo consumo combinado de HCTZ com uma
dieta hiperlipídica, pode-se supor que a perda de magnésio pode ter um papel central nos
113
efeitos adversos da hidroclorotiazida associada com a ingestão de dietas hiperlipídicas em
ratos.
Enfim, os dados apresentados no artigo 1 e no manuscrito 1, indicam que a ingestão
crônica de doses elevadas de HCTZ ou dieta hiperlipídica provoca alterações metabólicas
relacionadas com a homeostase da glicose e com o estresse oxidativo no tecido cerebral e
hepático. Além disso, os resultados também sugerem que a associação da dieta hiperlipídica
com o tratamento com HCTZ pode exacerbar algumas destas alterações bioquímicas.
Assim, podemos sugerir que o nosso modelo experimental pode ser usado para o estudo dos
efeitos adversos da HCTZ.
Atualmente, tem sido intensa a procura por compostos naturais ou sintéticos
efetivos no tratamento da diabetes e suas complicações. Assim, compostos com
propriedades antioxidantes e hipoglicemiantes são usados com relativo sucesso no controle
da hiperglicemia e do estresse oxidativo. Nesse contexto, nas últimas três décadas, os
estudos químicos e bioquímicos dos compostos de selênio têm aumentado, principalmente
devido ao fato de que uma variedade de formas orgânicas de selênio possui atividade
antioxidante (Andersson et al., 1994; Nogueira et al., 2004). Similarmente, a suplementação
com formas inorgânicas de selênio como o selenito e selenato de sódio, são bastante usadas
no tratamento de pacientes e de animais com diabetes por apresentarem estas propriedades
(Berg et al., 1995; Mukherjee et al., 1998; Stapleton, 2000; Faure, 2004). Baseando-se
nestas evidências e pelo fato de que não existem dados na literatura que avaliem o efeito de
compostos de selênio sobre as alterações metabólicas induzidas por outros fatores como
dietas suplementadas com carboidratos e/ou tratamento com HCTZ, os objetivos do
manuscrito 2 foram avaliar se o (PhSe)
2
poderia evitar ou reduzir as alterações bioquímicas
provocadas pela ingestão de uma dieta hiperglicídica e/ou HCTZ, bem como investigar se o
114
consumo de tiazidas poderia exacerbar essas alterações, uma vez que esses distúrbios
metabólicos são comuns em pacientes com hipertensão.
Os resultados obtidos no manuscrito 2 demonstraram que a ingestão da dieta
hiperglicídica, associada ou não com a HCTZ, causou aumento na glicemia, frutosamina,
colesterol total e triglicerídios, que são fatores relacionados com o desenvolvimento da
resistência à insulina. Assim, pode-se sugerir que a ingestão simultânea de dietas
hiperglicídicas com o tratamento com tiazidas potencializa os efeitos adversos desta classe
de drogas.
Vários estudos sugerem que o estresse oxidativo é parcialmente responsável por
distúrbios metabólicos induzidos por dietas suplementadas com carboidratos e que os
antioxidantes são agentes terapêuticos efetivos para prevenir ou reduzir esse dano oxidativo
(Ho et al., 2001; Chander et al., 2004; Di Leo et al., 2004; El-Dermerdasch et al., 2005;
Miranda et al., 2006). De acordo com essas evidências, os dados obtidos no manuscrito 2
mostram um efeito protetor da suplementação com (PhSe)
2
contra as alterações nas defesas
antioxidantes induzidas pela dieta hiperglicídica e pelo tratamento com a HCTZ. De fato, o
(PhSe)
2
restaurou a diminuição dos níveis de vitamina C hepática causada pela associação
entre HCTZ e dieta hiperglicídica, bem como reduziu a oxidação de lipídios e proteínas no
fígado e rins de animais tratados com HCTZ associada ou não com a dieta hiperglicídica.
Além disso, o (PhSe)
2
foi capaz de reverter a redução das atividades da catalase (fígado) e
da superóxido dismutase (SOD) (rim) induzidas pela HCTZ. De particular importância, este
composto também causou um aumentou
per se
na atividade da SOD hepática e renal. Esses
resultados estão de acordo com outros estudos que mostram que a suplementação com
selênio aumenta as defesas antioxidantes, diminui os níveis de peroxidação lipídica e
incrementam a expressão de RNAm para as enzimas antioxidantes em pacientes diabéticos
115
e modelos animais (Naziroglu & Cay, 2001; Faure, 2003; Faure et al., 2004; El-
Dermerdasch et al., 2005). Pode-se sugerir que o potencial antioxidante do (PhSe)
2
pode ser
explicado, pelo menos em parte, pela sua atividade mimética a glutationa peroxidase
(Wilson et al., 1989).
Nesse trabalho (manuscrito 2) observou-se que a ingestão de (PhSe)
2
não atenuou o
aumento da glicemia induzida pelo consumo da dieta hiperglicídica. Portanto, sugere-se
que a falta de atividade anti-hiperglicemiante desse composto neste modelo experimental
pode estar relacionado com a via de administração utilizada, uma vez que estudos
mostrando que a administração crônica de (PhSe)
2
, via subcutânea, promove uma
diminuição significativa nos níveis plasmáticos de glicose em ratos diabéticos (Barbosa et
al., 2006).
A ingestão crônica de uma dieta hiperglicídica, bem como a hiperglicemia está
associada à geração de estresse oxidativo e com o desenvolvimento da resistência à insulina
(Rayssiguier et al., 1981; Rayssiguier et al., 1993; McDonald, 1995; Maiese et al., 2007).
Neste estudo, observou-se que a dieta hiperglicídica associada ou não com a HCTZ (que
provoca um efeito
per se
) elevou os níveis de glicose e frutosamina, fato que pode ter
causado danos oxidativos nos tecidos hepático e renal, uma vez que os níveis de
peroxidação lipídica e carbonilação de proteínas foram aumentados nesses tecidos.
Há evidências de que o tratamento crônico com diuréticos tiazídicos pode prejudicar
a tolerância à glicose e diminuir a sensibilidade à insulina e, assim, acelerar o
desenvolvimento de DM (Bonner, 1994). Além disso, a terapia com diuréticos tem sido
associada com o aumento nos níveis de colesterol e triglicerídios. Neste trabalho, observou-
se um aumento nos níveis de colesterol total, somente quando a HCTZ foi associada com a
dieta hiperglicídica. Além disso, também foi observado um aumento nos níveis de
116
triglicerídios causado pela HCTZ, o qual foi exacerbado pela associação entre a dieta
hiperglicídica e HCTZ. Nesse aspecto, a ingestão de (PhSe)
2
atenuou o aumento dos
triglicerídios causados por HCTZ e o aumento dos níveis de colesterol e triglicerídios
causados pela ingestão da dieta hiperglicídica.
É importante enfatizar que a HCTZ causou uma diminuição nos níveis de magnésio
(manuscritos 1 e 2) e que a associação entre a dieta hiperglicídica e a HCTZ agravou a
condição de hipomagnesemia (manuscrito 2). Esse resultado sugere que os pacientes
hipertensos que usam HCTZ e ingerem dietas hiperlipídicas e hiperglicídicas podem
apresentar perda de magnésio, fato que pode contribuir para o desenvolvimento de
distúrbios metabólicos e dano oxidativo. Além disso, pode-se sugerir que o uso de HCTZ
por esses pacientes pode ainda precipitar o aparecimento do diabetes e suas complicações.
Os resultados dos manuscritos 1 e 2 mostram que a redução nos níveis de potássio
foi, significativamente, associada com o aumento da hiperglicemia e da hipomagnesemia,
fato que indica que os modelos experimentais desenvolvido neste trabalho podem ser usado
para o estudo dos efeitos adversos da HCTZ e para esclarecer o papel do magnésio e do
potássio na resistência à insulina associada com a ingestão de dietas hiperlipídicas ou
hiperglicídicas associadas à HCTZ. Além disso, com o uso deste modelo pode-se também
investigar se a incidência de distúrbios metabólicos como DM tipo 2, pelo uso de HCTZ é
mais freqüente em pacientes hipertensos que consomem esses tipos de dieta.
Os resultados obtidos no manuscrito 2 sugerem que algumas alterações bioquímicas
induzidas pela ingestão de dietas hiperglicídicas pode ser agravada pelo uso simultâneo de
HCTZ. Além disso, outro aspecto muito importante desse estudo foi evidenciado pela
capacidade do (PhSe)
2
contribuir para a prevenção das alterações metabólicas relacionadas
ao estresse oxidativo. Assim, sugere-se que este composto pode ser considerado um agente
117
promissor para o tratamento de distúrbios metabólicos pela terapia antioxidante. Baseado
nessas considerações, os resultados obtidos neste estudo contribuem para um melhor
entendimento das bases toxicológicas e farmacológicas da aplicabilidade clínica do
(PhSe)
2
. Neste contexto pode-se inferir que o (PhSe)
2
é um composto com atrativas
propriedades farmacológicas relacionada à atividade anti-diabetogênica.
118
CONCLUSÕES
De acordo com os resultados apresentados nesse trabalho pode-se concluir que:
Capítulo 1
A ingestão crônica de doses altas de HCTZ ou de uma dieta hiperlipídica altera os
índices bioquímicos de estresse oxidativo, fato que demonstra a possível contribuição do
aumento da glicemia para o dano cerebral. Além disso, o consumo de dietas hiperlipídicas e
o tratamento com HCTZ apresentam efeitos interativos no cérebro, indicando que, à longo
prazo, a ingestão crônica dessas dietas pode acentuar a toxicidade da HCTZ.
Capítulo 2
A ingestão crônica de HCTZ ou dieta hiperlipídica causa alterações metabólicas
relacionadas à homeostase da glicose e a associação entre a dieta hiperlipídica e o
tratamento com HCTZ pode exacerbar algumas dessas alterações bioquímicas. Portanto,
pode-se sugerir que este modelo experimental pode ser usado para estudos dos efeitos
toxicológicos da HCTZ.
Capítulo 3
A ingestão crônica de uma dieta hiperglicídica exacerbou algumas alterações
bioquímicas causadas pela HCTZ, nesse modelo experimental. Portanto, esse trabalho foi
validado como modelo viável para o estudo das interações entre desordens metabólicas e o
tratamento com HCTZ, droga usada para a terapia anti-hipertensiva, mas que em
determinadas concentrações e condições patológicas individuais pode causar sérios danos
119
aos pacientes. Assim, esse estudo é também importante para auxiliar a saúde e bem estar
desses pacientes. Além disso, os resultados deste trabalho sugerem que a suplementação
com (PhSe)
2
contribui para a prevenção e/ou redução de alterações metabólicas
relacionadas ao estresse oxidativo e, que este composto pode ser considerado um agente
promissor para o tratamento de distúrbios metabólicos pela terapia antioxidante.
120
PERSPECTIVAS
A partir dos promissores resultados obtidos nesta tese, poderíamos aprofundar ainda
mais esses estudos pela concretização dos seguintes objetivos:
- Investigar o mecanismo envolvido nos efeitos interativos das dietas hiperlipídicas
ou hiperglicídicas associadas à HCTZ nos parâmetros bioquímicos relacionados ao estresse
oxidativo.
- Investigar se a incidência de DM tipo 2, pelo uso de HCTZ é mais freqüente em
pacientes hipertensos que consomem dietas hiperlipídicas e/ou hiperglicídicas.
- Testar a HCTZ em via de administração e tempo de tratamento diferente associada
com dietas hiperlipídicas ou hiperglicídicas, a fim de investigar os efeitos toxicológicos
desse anti-hipertensivo.
- Investigar os efeitos de dietas hiperlipídicas e/ou hiperglicídicas associadas ao
tratamento com a HCTZ na população humana.
- Testar o (PhSe)
2
em concentrações, via de administração e tempo de tratamento
diferentes, a fim de comparar a sua efetividade e estabelecer uma dose/resposta.
- Procurar identificar o metabólito responsável pelo efeito farmacológico do
(PhSe)
2
, uma vez que a via de administração modifica a eficácia do tratamento.
- Testar outros compostos orgânicos de selênio com o propósito de desenvolvimento
de novos fármacos com ação antioxidantes para o uso na terapêutica de alterações
metabólicas relacionadas à DM (e talvez de outras doenças que envolvam espécies reativas
de oxigênio e nitrogênio).
121
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADA, American Diabetes Association. Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus.
Diabetes Care, 31, 55-60, 2008.
Adisakwattana, S.; Roengsamran, S.; Hsu, W. H.; Yibchok-anun, S. Mechanisms of
antihyperglycemic effect of
p
-methoxycinnamic acid in normal and streptozotocin-induced
diabetic rats. Life Sci. 78, 406-412, 2005.
Aksoy, N.; Vural, H.; Sabuncu, T.; Aksoy, S. Effects of melatonin on oxidative-
antioxidative status of tissues in streptozotocin-induced diabetic rats. Cell Biochem. Funct.
21, 121-125, 2003.
Alsaif, M. A.; Duwaihy, M. M. S. Influence of dietary fat quantity and composition on
glucose tolerance and insulin sensitivity in rats. Nutr. Res. 24, 417-425, 2004.
Andersson, C. M.; Hallberg, A.; Linden, M.; Brattsand, R.; Moldeus, P.; Cotgreave, I.
Antioxidant activity of some diarylselenides in biological-systems. Free Radic. Biol. Med.
16, 17-28, 1994.
Andersson, O. K.; Gudbrandsson, T.; Jamerson, K. Metabolic adverse effects of thiazide
diuretics: the importance of normokalaemia. J. Intern. Med. Suppl. 735, 89-96, 1991.
122
Anonymous. Propranolol or hydrochlorothiazide alone for the initial treatment of
hypertension. IV. Effect on plasma glucose and glucose tolerance. Veterans Administration
Cooperative Study Group on Antihypertensive Agents. Hypertension 7, 1008-1016, 1985.
Bach, J. F. Insulin-dependent diabetes mellitus as an autoimmune disease. Endocr. Rev.
15, 516-542, 1994.
Banting, F. G.; Best, C. H.; Collip, J. B.; Campbell, W. R.; Fletcher, A. A. Pancreatic
extracts in the treatment of diabetes mellitus. Can. Med. Assoc. J. 12, 141-146, 1922.
Barbagallo, M.; Dominguez, L. J. Magnesium metabolism in type 2 diabetes mellitus,
metabolic syndrome and insulin resistance. Arch. Biochem. Biophys. 458, 40-47, 2007.
Barbagalo, M.; Dominguez, L. J.; Bardicef, O.; Resnick, L. M. Altered cellular magnesium
responsiveness to hyperglycemia in hypertensive subjects. Hypertension 38, 612-615,
2001.
Barbagallo, M.; Dominguez, L. J.; Galioto, A.; Ferlisi, A.; Cani, C.; Malfa, L.; Pineo, A.;
Busardo, A.; Paolisso, G. Role of magnesium in insulin action, diabetes and cardio-
metabolic syndrome X. Mol. Aspects Med. 24, 39-52, 2003.
Barbagallo, M.; Gupta, R.; Dominguez, L. J.; Resnick, L. M. Cellular ionic alterations with
aging: relation to hypertension and diabetes. J. Am. Geriatr. Soc. 48, 1111-1116, 2000.
123
Barbosa, N. B. V.; Rocha, J. B. T.; Soares, J. C. M.; Wondracek, D. C.; Gonçalves, J. F.;
Schetinger, M. R. C.; Nogueira, C. W. Dietary diphenyl diselenide reduces the STZ-
induced toxicity. Food Chem. Toxicol. 46, 186-194, 2008.
Barbosa, N. B. V.; Rocha, J. B. T.; Wondracek, D. C.; Perottoni, J.; Zeni, G.; Nogueira, C.
W. Diphenyl diselenide reduces temporarily hyperglycemia: Possible relationship with
oxidative stress. Chem. Biol. Interact. 163, 230-238, 2006.
Barnard, R. J.; Roberts, C. K.; Varon, S. M.; Berger, J. J. Diet-induced insulin resistance
precedes other aspects of the metabolic syndrome. J. Appl. Physiol. 84, 1311-1315, 1998.
Baydas, G.; Donder, E.; Kiliboz, M.; Sonkaya, E.;Tuzcu, M.; Yasar, A.; Nedzvetskii, V. S.
Neuroprotection by a-lipoic acid in streptozotocin-induced diabetes. Biochemistry Mosc.
69, 1001-1005, 2004.
Baydas, G.; Reiter, R. J.; Yasar, A.; Tuzcu, M.; Akdemir, I.; Nedzvetskii, V. S. Melatonin
produces glial reactivity in the hippocampus, cortex, and cerebellum of treptozocin-induced
diabetic rats. Free Radic. Biol. Med. 35, 797-804, 2003.
Baynes, J. W. Thorpe, S. R. The role of oxidative stress in diabetic complications. Curr.
Opin. Endocrinol. 3, 277-284, 1996.
124
Beal, M. F.; Hyman, B. T.; koroshetz, W. Do defects in mitochondrial energy metabolism
underlie the pathology of neurodegenerative diseases. Trends Neurosci. 16, 125-131,
1993.
Bem, A. F.; Farina, M.; Portella, R. L.; Nogueira, C. W. ; Dinis, T. C. P. ; Laranjinha, J. A.
N. ; Almeida, L. M. Rocha, J. B. T. Diphenyl diselenide, a simple glutathione peroxidase
mimetic, inhibits human LDL oxidation in vitro. Atherosclerosis 201, 92-100, 2008a.
Bem, A. F.; Portella, R. L.; Colpo, E.; Duarte, M. M. M. F.; Frediane, A.; Taube, P. S.;
Nogueira, C. W.; Farina, M.; Silva, E. L.; Rocha, J. B. T. Diphenyl Diselenide Decreases
Serum Levels of Total Cholesterol and Tissue Oxidative Stress in Cholesterol-fed Rabbits.
Basic Clin. Pharmacol. Toxicol. 105, 17-23, 2008b.
Berg, E. A.; Wu, J. Y.; Campbell, L.; Kagey, M.; Stapleton, S. R. Insulin-like of vanadate
and selenate on the expression of glucose 6- phosphate dehydrogenase and fatty acid
synthase in diabetic rats. Biochimie 77, 919-924, 1995.
Bergendi, L.; Benes, L.; Durackova, Z; Ferencik, M. Chemistry, physiology and pathology
of free radicals. Life Sci. 65, 1865-1874, 1999.
Bonnefont-Rousselot, D. The role of antioxidant micronutrients in the prevention of
diabetic complications. Treat. Endocrinol. 3, 41-52, 2004.
125
Bonner, G. Hyperinsulinemia, insulin resistance, and hypertension, J. Cardiovasc.
Pharmacol. 24, 39-49, 1994.
Brito, V. B., Folmer, V., Soares, J.C.M., Silveira, I.D., Rocha, J.B.T. Long-term sucrose
and glucose consumption decreases the δ-aminolevulinate dehydratase activity in mice.
Nutrition 23, 818-826, 2007.
Busserolles, J.; Zimowska, W.; Rock, E.; Rayssiguier, Y.; Mazur, A. Rats fed a high
sucrose diet have altered heart antioxidant enzyme activity and gene expression. Life Sci.
71, 1303-1312, 2002.
Cao, G.; Sofic, E.; Pryor, R. L. Antioxidant and prooxidant behavior of flavonoids:
structure-activity relationships. F. Radic. Biol. Med. 22, 749-760, 1997.
Carfagna, M. A.; Ponsler, G. D.; Muhoberac, B. B. Inhibition of ATPase activity in rat
synaptic plasma membranes by simultaneous exposure to metals. Chem. Biol. Interact.
100, 53-65, 1996.
Carlsen, J. E.; Kober, L.; Torp-Pedersen, C.; Johansen, P. Relation between dose of
bendrofluazide, antihypertensive effect, and adverse biochemical effects. Br. Med. J. 300,
975-978, 1990.
126
Chander, P. N.; Gealekman, O.; Brodsky, S. V.; Elitok, S.; Tojo, A.; Crabtree, M.; Gross,
S. S.; Goligorsky, S. Nephropathy in zucker diabetic fat rat is associated with oxidative and
nitrosative stress: prevention by chronic therapy with a peroxynitrite scavenger ebselen. J.
Am. Soc. Nephrol. 15, 2391-2403, 2004.
Cheeseman, K. H.; Slater, T. F. An introduction to free radical biochemistry. Br. Med.
Bull. 49, 481-493, 1993.
Combs, G.F.; Gray, P.G. Chemopreventive agents: selenium. Pharmacol. Ther. 79, 179-
192, 1998.
Del Maestro, R. F. An approach and to free radicals in medicine and biology. Acta
Physiol. Scand. 492, 153-167, 1980.
Di Leo, M. A. S.; Santinim, S. A.; Gentiloni, N.; Giardina, B.; Franconi, F.; Ghirlanda, G.
Long-term taurine supplementation reduces mortality rate in streptozotocin-induced
diabetic rats. Amino Acids 27, 187-191, 2004.
Dinsmoore, R. The history of Diabetes. Publicado em C.F.K. Magazine Fall, 1996
(informação disponível na internet na seguinte página: http:/www.jdf.org/kids.
Dollery, C. Therapeutic Drugs, 2
nd
ed., Churchill Livingstone, 1998.
127
Doucet, A. Function and control of Na
+
-K
+
-ATPase in single nephron segments of the
mammalian kidney. Kidney Int. 34, 749-760, 1988.
El-Dermerdasch, F. M.; Yousef, M. I.; Abou El-Naga, N. I. Biochemical study on the
hypoglycemic effects of onion and garlic in alloxan-induced diabetic rats. Food Chem.
Toxicol. 43, 57-63, 2005.
Erecinska, M.; Silver, I.A. Ions and energy in mammalian brain. Prog. Neurobiol. 16, 37-
71, 1994.
Esterbauer, H.; Waeg, G.; Puhl, H.; Dieber-Rotheneder, M.; Tatzber, F. Inhibition of LDL
oxidation by antioxidants. EXS 62, 145-157, 1992.
Fachinetto, R.; Burger, M. E.; Wagner, C.; Wondraceka, D. C.; Brito, V. B.; Nogueira, C.
W.; Ferreira, J.; Rocha, J. B. T. R. High fat diet increases the incidence of orofacial
dyskinesia and oxidative stress in specific brain regions of rats. Pharmacol. Biochem.
Behav. 81, 585-592, 2005.
Farina, M.; Soares, F. A.; Feoli, A.; Roehring, C.; Brusque, A.M.; Rotta, L.; Perry, M. L.;
Souza, D. O.; Rocha, J. B. T. In Vitro Effects of Selenite and Mercuric Chloride on Liver
Thiobarbituric Acid–Reactive Substances and Non-Protein Thiols From Rats: Influences of
Dietary Cholesterol and Polyunsaturated and Saturated Fatty Acids. Nutrition 19, 531-535,
2003.
128
Faure, P. Protective effects of antioxidant micronutrients (vitamin E, zinc and selenium) in
type 2 diabetes mellitus. Clin. Chem. Lab. Med. 41, 995-998, 2003.
Faure, P.; Barclay, D.; Joyeux-Faure, M.; Halimi, S. Comparison of the effects of zinc
alone and zinc associated with selenium and vitamin E on insulin sensitivity and oxidative
stress in high-fructose-fed rats. J. Trace Elem. Med. Biol. 21, 113-119, 2007.
Faure, P.; Ramon, O.; Favier, A.; Halimi, S. Selenium supplementation decreases nuclear
factor-kappa B activity in peripheral blood mononuclear cells from type 2 diabetic patients.
Eur. J. Clin. Invest. 7, 475-481, 2004.
Ferrannini, E.; Natali, A.; Bell, P.; Cavallo-Perin, P.; Lalic, N.; Mingrone, G. Insulin
resistance and hypersecretion in obesity: European Group for the Study of Insulin
Resistance (EGIR). J. Clin. Invest. 100, 1166-1173, 1997.
Feskens, E.; Bowles, C. H.; Kromhout, D. Inverse association between fish intake and risk
of glucose intolerance in normoglycemic elderly men and women. Diabetes Care 14, 935-
941, 1991.
Feskens, E. J.; Kromhout, D. Habitual dietary intake and glucose tolerance in euglycaemic
men: the Zutphen Study. Int. J. Epidemiol. 19, 953-959, 1990.
Feskens, E. J.; Loeber, J. G.; Kromhout, D. Diet and physical activity as determinants of
hyperinsulinemia: the Zutphen Elderly Study. Am. J. Epidemiol. 140, 350-360, 1994.
129
Feskens, E. J.; Virtanen, S. M.; Rasanen, L.; Tuomilehto, J.; Stengård, J.; Pekkanen, J.;
Nissinen, A.; Kromhout, D. Dietary factors determining diabetes and impaired glucose
tolerance: a 20-year follow-up of the Finnish and Dutch cohorts of the Seven Countries
Study. Diabetes Care 18, 1104-1112, 1995.
Flanagan, A. M.; Brown, J. L.; Santiago, C. A.; Aad, P. Y.; Spicer, L. J.; Spicer, M. T.
High-fat diets promote insulin resistance through cytokine gene expression in growing
female rats. J. Nutr. Biochem. 19, 505-513, 2008.
Flohe, L.; Gunzler, W. A.; Schock, H. H. Glutathione peroxidase: a selenoenzyme. FEBS.
Lett. 32, 132-134, 1973.
Folmer, V.; Santos, F.W.; Savegnago, L.; Brito, V.B.; Nogueira, C.W.; Rocha, J.B.T. High
sucrose consumption potentiates the sub-acute cadmium effect on Na+-K+-ATPase but not
on and δ- aminolevulinate dehydratase in mice. Toxicol. Lett. 153, 333-341, 2004.
Folmer, V.; Soares, J. C. M.; Gabriel, D.; Rocha, J. B. T. A High Fat Diet Inhibits δ -
Aminolevulinate Dehydratase and Increases Lipid Peroxidation in Mice (
Mus musculus).
J.
Nutr. 133, 2165-2170, 2003.
Folmer, V.; Soares, J. C. M.; Rocha, J. B. T. Oxidative stress in mice is dependent on the
free glucose content of the diet. Int. J. Biochem. Cell Biol. 34, 1279-1285, 2002.
130
Franse, L. V.; Pahor, M.; Di Bari, M.; Shorr, R. I.; Wan, J. Y.; Somes, G. W.; Applegate,
W. B. Serum uric acid, diuretic treatment and risk of cardiovascular events in the Systolic
Hypertension in the Elderly Program. J. Hypertens. 18, 1149-1154, 2000.
George, J. D.; Price, C. J.; Tyl, R. W.; Marr, M. C.; Kimmerl, C. A. The evaluation of the
developmental toxicity of hydrochlorothiazide in mice and rats. Fundam. Appl. Toxicol.
26, 174-180, 1995.
Ghisleni, G.; Porciuncula, L. O.; Cimarostia, H.; Rocha, J. B. T.; Salbego, C. G.; Souza, D.
O. Diphenyl diselenide protects rat hippocampal slices submitted to oxygen-glucose
deprivation and diminishes inducible nitric oxide synthase immunocontent. Brain Res.
986, 196-199, 2003.
Girard, A.; Madani, S.; El Boustani, E. S.; Belleville, J.; Prost, J. Changes in lipid
metabolism and antioxidant defense status in spontaneously hypertensive rats and Wistar
rats fed a diet enriched with fructose and saturated fatty acids. Nutrition 21, 240-248,
2005.
Goodman, L. S.; Gilman, A. As bases farmacológicas da terapêutica, 11ª edição. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2006.
Greene, D. A.; Stevens, M. J.; Obrosova, I.; Feldman, E. L. Glucose-induced oxidative
stress and programmed cell death in diabetic neuropathy. Eur. J. Pharmacol. 375, 217-
223, 1999.
131
Grimm, R. H. Jr.; Leon, A. S.; Hunninghake, D. B.; Lenz, K.; Hannan, P.; Blackburn, H.
Effects of thiazide diuretics on plasma lipids and lipoproteins in mildly hypertensive
patients: a double-blind controlled trial. Ann. Intern. Med. 94, 7-11, 1981.
Grossman, E.; Messerli, F. H. Long-term safety of antihypertensive therapy. Prog.
Cardiovasc. Dis. 49, 16-25, 2006.
Gums, J. G. Magnesium in cardiovascular and other disorders. Am. J. Health Syst.
Pharm. 61, 1569-1576, 2004.
Hall, A. P.; Davies, M.J. Assessment and management of diabetes mellitus. Found. Years
4, 224-229, 2008.
Halliwell, B. Phagocyte-derived reactive species: salvation or suicide? TRENDS in
Biochem. Sci. 31, 509-515, 2006a.
Halliwell, B. Reactive Species and Antioxidants. Redox Biology Is a Fundamental Theme
of Aerobic Life. Plant Physiol. 141, 312-322, 2006b.
Halliwell, B.; Chirico, S. Lipid peroxidation: its mechanism, measurement, and
significance. Am. J. Clin. Nutr. 57, 715-724, 1993.
Halliwell, B. & Gutteridge, J. M. C. Free Radic. Biol. Med., 4
a
ed., Claredon Press, 2006.
132
Hayden, M. R.; Sowers, J. R. Hypertension in Type 2 Diabetes Mellitus. Insulin, 1, 22-37,
2006.
Heffner, J. E. & Repine, J. E. Pulmonary strategies of antioxidant defense. Am. Rev.
Respir. Dis. 140, 531-554, 1989.
Helderman, J. H.; Elahi, D.; Andersen, D. K.; Raizes, G. S.; Tobin, J. D.; Shocken, D.;
Andres, R. Prevention of the glucose intolerance of thiazide diuretics by maintenance of
body potassium. Diabetes 32, 106-111, 1983.
Hill, J. O.; Lin, D.; Yakubu, F.; Peters, J. C. Development of dietary obesity in rats:
influence of amount and composition of dietary fat. Int. J. Obes. Relat. Metab. Disord.
16, 321-333, 1992.
Ho, E.; Quan, N.; Tsai, Y. H.; Lai, W.; Bray, T. M. Dietary zinc supplementation inhibits
NF-kappa B activation and protects against chemically induced diabetes. Exp. Biol. Med.
226, 103-111, 2001.
Hu, F. B.; van Dam, R. M.; Liu, S. Diet and risk of Type II diabetes: the role of types of fat
and carbohydrate. Diabetologia, 44, 805-817, 2001.
Hu, G.; Tuomilehto, J. Lifestyle and outcome among patients with type 2 diabetes. Int.
Congr. Ser. 1303, 160-171, 2007.
133
Huen, S. C. & Goldfarb D. S. Adverse Metabolic Side Effects of Thiazides: Implications
for Patients With Calcium Nephrolithiasis. J. Urol. 177, 1238-1243, 2007.
Jain, S. K.; Lim, G. Pyridoxine and pyridoxiamine inhibits superoxide radicals and prevents
lipid peroxidation, protein glycosylation, and (Na
+
K
+
)-ATPase activity reduction in high
glucosetreated human erythrocytes. Free Radic. Biol. Med. 30, 232–237, 2001.
Johnson, S. The multifaceted and widespread pathology of magnesium deficiency. Med.
Hypotheses 56, 163-170, 2001
Jones, D. W.; Sands, C. D. Lack of effect of hydrocholorthiazide on total cholesterol. Clin.
Exp. Hypertens. 16, 675-689, 1994.
Jorgensen, P. L. Structure, function and regulation of Na
+
-K
+
-ATPase in the kidney.
Kidney Int. 29, 10-20, 1986.
Kalergis, M.; Pacaud, D.; Yale, J-F. Attempts to control the glycemic response to
carbohydrate in diabetes mellitus: Overview and practical implications. Can. J. Diabetes
Care 22, 20-29, 1998.
King, H.; Aubert, R. E.; Herman, W. H. Global burden of diabetes, 1995-2025: prevalence,
numerical estimates, and projections. Diabetes Care 21, 1414-1431, 1998.
134
King, H.; Rewers, M. Global estimates for prevalence of diabetes mellitus and impaired
glucose tolerance in adults. WHO Ad Hoc Diabetes Reporting Group. Diabetes Care 16,
157-177, 1993.
Kohen, R.; Nyska, A. Oxidation of biological systems: oxidative stress phenomena,
antioxidants, redox reactions, and methods for their quantification. Toxicol. Pathol. 30,
620-650, 2002.
Kraegen, E. W.; James, D. E.; Storlien, L. H.; Burleigh, K. M.; Chisholm, D. J. In vivo
insulin resistance in individual peripheral tissues of the high fat fed rat: assessment by
euglycaemic clamp plus deoxyglucose administration. Diabetologia 29, 192-198, 1986.
Liu, S.; Manson, J. E. Dietary carbohydrates, physical inactivity, obesity, and the
‘metabolic syndrome’ as predictors of coronary heart disease. Curr. Opin. Lipidol. 12,
395-404, 2001.
Lopes, J. P.; Oliveira, S. M.; Fortunato, J. S. Oxidative stress and its effects on insulin
resistance and pancreatic beta-cells dysfunction: relationship with type 2 diabetes mellitus
complications. Acta Med. Port. 213, 293-302, 2008.
Lourdes, L. M.; Crua, T.; Pousada, J.C.; Rodrigues, L.E.; Barbosa, K.; Canguru, V. The
effect of magnesium supplementation in increasing doses on the control of type 2 diabetes.
Diabetes Care 21, 682-686, 1998.
135
Ma, J.; Folsom, A. R.; Melnick, S. L.; Eckfeldt, J. H.; Sharrett, A. R.; Nabulsi, A. A.;
Hutchinson, R. G.; Metcalf, P. A. Associations of serum and dietary magnesium with
cardiovascular disease, hypertension, diabetes, insulin and carotid arterial wall thickness:
the ARIC study. J. Clin. Epidemiol. 48, 927-940, 1995.
Maiese, K.; Morhan, S. D.; Chong, Z. Z. Oxidative stress biology and cell injury during
type 1 and type 2 diabetes mellitus. Curr. Neurovasc. Res. 4, 63-71, 2007.
Malerbi, D. A.; Franco, L. J. Multicenter study of the prevalence of diabetes mellitus and
impaired glucose tolerance in the urban Brazilian population aged 30-69 yr. The Brazilian
Cooperative Group on the Study of Diabetes Prevalence. Diabetes Care 15, 1509-1516,
1992.
Maritim, A. C.; Sanders, R. A.; Watkins, J. B. Diabetes, Oxidative Stress, and
Antioxidants: A Review. J. Biochem. Mol. Toxicol. 17, 24-38, 2003.
Maron, D. J.; Fair, J. M.; Haskell, W. L. Saturated fat intake and insulin resistance in men
with coronary artery disease: the Stanford Coronary Risk Intervention Project Investigators
and Staff. Circulation 84, 2020-2027, 1991.
Marshall, J. A.; Bessesen, D. H.; Hamman, R.F. High saturated fat and low starch and fibre
are associated with hyperinsulinaemia in a non-diabetic population: the San Luis Valley
Diabetes Study. Diabetologia 40, 430-438, 1997.
136
Mayer-Davis, E. J.; D’Agostino, R. Jr.; Karter, A. J.; Haffner, S. M.; Rewers, M. J.; Saad,
M.; Bergman, R. N. Intensity and amount of physical activity in relation to insulin
sensitivity: the Insulin Resistance and Atherosclerosis Study. JAMA 279, 669-674, 1998.
Mayer-Davis, E. J.; Monaco, J. H.; Hoen, H. M.; Carmichael, S.; Vitolins, M. Z.; Rewers,
M. J.; Haffner, S. M.; Ayad, M. F.; Bergman, R. N.; Karter, A. J. Dietary fat and insulin
sensitivity in a triethnic population: the role of obesity: the Insulin Resistance
Atherosclerosis Study (IRAS). Am. J. Clin. Nutr. 65, 79-87, 1997.
Mayer, E. J.; Newman, B.; Quesenberry, C. P. Jr.; Selby, J. V. Usual dietary fat intake and
insulin concentrations in healthy women twins. Diabetes Care 16, 1459-1469, 1993.
McCall, A. L. The impact of diabetes on the CNS. Diabetes 41, 557-570, 1992.
McDonald R. B. Influence of dietary sucrose on biological aging. Am. J. Clin. Nutr. 62,
284-293, 1995.
McInnes, G. T.; Yeo, W. W.; Ramsey, L. E.; Moser, M. Cardiotoxicity and diuretics: much
speculation-little substance. J. Hypertens. 10, 317-335, 1992.
Ministério da Saúde/SVS. URL:http://www.datasus.gov.br. Acessado em setembro de
2009.
137
Minkowski, O. Historical development of the theory of pancreatic diabetes (introdution and
translation by Rachimiel Levine). Diabetes 38, 1-6, 1989.
Miranda, M.; Muriach, M.; Roma, J.; Bosh-Morell, F.; Genoves, J. M.; Barcia, J.; Araiz,
J.; Diaz-Llospis, M.; Romero, F. J. Oxidative stress in a model for experimental diabetic
retinopathy: the utility of peroxinitrite scavengers. Arch. Soc. Esp. Oftalm. 81, 27-32,
2006.
Mooy, J. M.; Grootenhuis, P. A.; de Vries, H.; Valkenburg, H. A.; Bouter, L. M.; Kostense,
P. J.; Heine, R. J. Prevalence and determinants of glucose intolerance in a Dutch Caucasian
population: the Hoorn Study. Diabetes Care 18, 1270-1273, 1995.
Morgan, P. E.; Dean, R. T.; Davies, M. J. Inactivation of cellular enzymes by carbonyls and
protein-bound glycation glycoxidation products. Arch. Biochem. Biophys. 403, 259-269,
2002.
Mukherjee, B.; Anbazhagan, S.; Roy, A.; Ghosh, R.; Chatterjee, M.; Novel implications of
the potential role of selenium on antioxidant status in streptozotocin-induced diabetic mice.
Biomed. Pharmacother. 52, 89-95, 1998.
Nanji, A. A.; Sadrzadeh, S. M.; Yang, E. K.; Fogt, F.; Meydani, M.; Dannenberg, A. J.
Dietary saturated fatty acids: a novel treatment for alcoholic liver disease.
Gastroenterology 109, 547-554, 1995.
138
National Research Council - Committee on diet and Health. Diet and Health: Implications
for Reducing Chronic Disease Risk. National Academy Press, Washington, 1989.
Navarro-Alarcón, M.; Lopes-Martinez, M. C. Essentiality o selenium in the human body:
relationship with di
erent diseases. Sc. Total Environ. 249, 347-371, 2000.
Naziroglu, M.; Cay, M. Protective role of intraperitoneally administered vitamin E and
selenium on the antioxidative defense mechanisms in rats with diabetes induced by
streptozotocin. Biol. Trace Elem. Res. 79, 149-159, 2001.
Nogueira, C. W.; Zeni, G.; Rocha, J. B. T. Organoselenium and organotellurium
compounds: toxicology and pharmacology. Chem. Rev. 104, 6255-6285, 2004.
Oberley, L. W. Free radicals and diabetes. Free Radic. Biol. Med. 5, 113-124, 1988.
Pan, D. A.; Milner, M. R.; Lillioja, S.; Storlien, L. H. Muscle lipid composition is related to
body fatness and insulin action in humans. Int. J. Obes. 19, 213-117, 1995.
Paolisso, G.; Barbagallo, M. Hypertension, diabetes mellitus, and insulin resistance: the
role of intracellular magnesium. Am. J. Hypertens. 10, 346-355, 1997.
Paolisso, G.; Scheen, A.; Lefevre, P. Glucose handling, diabetes and ageing. Horm. Res.
43, 52-57, 1995.
139
Parekh, S. A.; Pudageb, A.; Joshib, S. S.; Vaidyaa, V. V.; Gomes, N. A.; Kamata, S. S.
Simultaneous determination of hydrochlorothiazide, quinapril and quinaprilat in human
plasma by liquid chromatography-tandem mass spectrometry. J. Chromatogr. B Analyt.
Technol. Biomed. Life Sci. 873, 59-69, 2008.
Parker, D. R.; Weiss, S. T.; Troisi, R.; Cassano, P. A.; Vokonas, P. S.; Landsberg, L.
Relationship of dietary saturated fatty acids and body habitus to serum insulin
concentrations: the Normative Aging Study. Am. J. Clin. Nutr. 58, 129-136, 1993.
Pepine, C. J.; Cooper-DeHoff, R. M. Cardiovascular therapies and risk for development of
diabetes. J. Am. Coll. Cardiol. 44, 509-512, 2004.
Perez-Stable, E.; Caralis, P. V. Thiazide-induced disturbances in carbohydrate, lipid, and
potassium metabolism. Am. Heart J. 106, 245-251, 1983.
Peter, P.; Martin, U.; Sharma, A. Effect of treatment with nebivolol on parameters of
oxidative stress in type 2 diabetics with mild to moderate hypertension. J. Clin. Pharm.
Ther. 31, 153-159, 2006.
Pi-Sunyer, F. X., Medical hazards of obesity. Ann. Intern. Med. 119, 655-660, 1993.
Plavinik, F. L.; Rodrigues, C.I.; Zanella, M. T.; Ribeiro, A.B. Hypokalemia, glucose
intolerance, and hyperinsulinemia during diuretic therapy, Hypertension 19, 1126-1129,
1992.
140
Pollare, T.; Lithell, H.; Berne, C. A comparison of the effect of hydrochlorothiazide and
captopril on glucose and lipid metabolism in patients with hypertension. N. Engl. J. Med.
321, 868-873, 1989.
Punzi, H.A.; Punzi, C.F. Antihypertensive and Lipid-Lowering Heart Attack Trial Study;
Trinity Hypertension Research Institute: Metabolic issues in the Antihypertensive and
Lipid-Lowering Heart Attack Trial Study. Curr. Hypertens. Rep. 6, 106-110, 2004.
Raval, J.; Lyman, S.; Nitta, T.; Mohuczy, D.; Lemasters, J. J.; Kim, J. S.; Behrns, K. E.
Basal reactive oxygen species determine the susceptibility to apoptosis in cirrhotic
hepatocytes. Free Radic. Biol. Med. 41, 1645-1654, 2006.
Rayman, M. P. The importance of selenium to human health. Lancet 356, 233-241, 2000.
Rayssiguier, Y.; Durlach, J.; Gueux, E.; Rock, E.; Mazur, A. Magnesium and ageing:
experimental data importance of oxidative damage. Magnes. Res. 6, 369-378, 1993.
Rayssiguier, Y.; Gueux, E.; Bussière, L.; Mazur, A. Copper deficiency increases the
susceptibility of lipoproteins and tissues to peroxidation in rats. J. Nutr. 123, 1343-1348,
1993.
Rayssiguier, Y.; Gueux, E.; Weiser, D. Effect of magnesium deficiency on lipid
metabolism in rats fed a high carbohydrate diet. J. Nutr. 111, 1876-1883, 1981.
141
Reaven, G. M. Role of insulin resistance in human disease. Diabetes 37, 1595-1607, 1988.
Reungjui, S.; Roncal, C. A.; Mu, W.; Srinivas, T. R.; Sirivongs, D.; Johnson, R. J.;
Nakagawa, T. Thiazide Diuretics Exacerbate Fructose-Induced Metabolic Syndrome. J.
Am. Soc. Nephrol. 18, 2724-2731, 2007.
Ribeiro, M. C. P.; Barbosa, N. B. V.; Parcianello, L. M.; Perottoni, J.; Ávila, D.S.; Rocha,
J. B. T. High-fat diet and hydrochlorothiazide increase oxidative stress in brain of rats. Cell
Biochem. Funct. 27, 473-478, 2009.
Roberts, C. K.; Barnard, R. J.; Sindhu, R. K.; Jurczak, M.; Ehdaie, A.; Vaziri, N. D. A
high-fat, refined-carbohydrate diet induces endothelial dysfunction and oxidant/antioxidant
imbalance and depresses NOS protein expression. J. Appl. Physiol. 98, 203-210, 2005.
Roberts, C. K.; Vaziri, N. D.; Wang, X. Q.; Barnard, R. J. Enhanced NO Inactivation and
Hypertension Induced by a High-Fat, Refined-Carbohydrate Diet. Hypertension 36, 423-
429, 2000.
Roglic, G.; Unwin, N.; Bennett, P. H.; Mathers, C.; Tuomilehto, J.; Nag, S.; Connolly, V.;
King, H. The Burden of Mortality Attributable to Diabetes - Realistic estimates for the year
2000. Diabetes Care 28, 2130-2135, 2005.
142
Rotruck, J. T.; Pope, A. L.; Ganther, H. E.; Swanson, A. B.; Hafeman, D. G. Hoekstra, W.
G. Selenium: biochemical role as a component of glutathione peroxidase. Science 179,
588-590, 1973.
Rosen, P.; Nawroth, P. P.; King, G.; Moller, W.; Tritschler, H. J.; Packer, L. The role of
oxidative stress in the onset and progression of diabetes and its complications: a summary
of a congress series sponsored by UNESCO-MCBN, the American Diabetes Association,
and the German Diabetes Society. Diabetes Metab. Res. Rev. 17, 189-212, 2001.
Rowe, J. W.; Tobin, J. D.; Rosa, R. M.; Andres, R. Effect of experimental potassium
deficiency on glucose and insulin metabolism. Metab. 29, 498-502, 1980.
Salmeron, J.; Hu, F. B.; Manson, J. E.; Stampfer, M. J.; Colditz, G. A.; Rimm, E. B.;
Willett, W. C. Dietary fat intake and risk of type 2 diabetes in women. Am. J. Clin. Nutr.
73, 1019-1026, 2001.
Sarafidis, P. A.; Bakris, G. L. The antinatriuretic effect of insulin: an unappreciated
mechanism for hypertension associated with insulin resistance? Am. J. Nephrol. 27, 44-54,
2007.
Schiar, V. P. P. ; Santos, D. B. ; Paixão, M.W., Nogueira, C. W. ; Rocha, J.B.T.; Zeni, G.
Human erythrocyte hemolysis induced by selenium and tellurium compounds increased by
GSH or glucose: A possible involvement of reactive oxygen species. Chem. Biol. Interact.
177, 28-33, 2009.
143
Shulman, R. G.; Rothman, D. L.; Behar, K. L.; Hyder, F. Energetic basis of brain activity:
implications for neuroimaging. Trends Neurosci. 27, 489-495, 2004.
Sicree, R.; Shaw, J. Type 2 diabetes: An epidemic or not, and why it is happening.
Diabetes Metab. Syndr. Clin. Res. Rev. 1, 75-81, 2007.
Sociedade Brasileira de Diabetes. URL: http://www.diabetes.org.br. Acessado em
setembro de 2009.
Sontia, B.; Touyz, R. M. Role of magnesium in hypertension. Arch. Biochem. Biophys.
458, 33-39, 2007.
Southorn, P. A. & Powis, G. Free radicals in medicine I. Chemical nature and biologic
reactions. Mayo Clin. Proc. 63, 381-389, 1988.
Sprecher, H. Interactions between the metabolism of n-3 and n-6 fatty acids. J. Intern.
Med. 225, 5-9, 1989.
Stapleton, S. R. Selenium: an insulin-mimetic. Cell. Mol. Life Sci. 57, 1874-1879, 2000.
Storlien, L. H.; Baur, L. A.; Kriketos, A. D.; Pan, D. A.; Clooney, G. J.; Jenkins, A. B.;
Calvert, G. D.; Campbell, L. V. Dietary fats and insulin action. Diabetologia 39, 621-631,
1996.
144
Storlien, L. H.; James, D. E.; Burleigh, K. M.; Crisholm, D. J.; Kraegen, E. W. Fat feeding
causes widespread in vivo insulin resistance, decreased energy expenditure, and obesity in
rats. Am. J. Physiol., 251, 576-583, 1986.
Storlien, L. H.; Jenkins, A. B.; Chisholm, D. J.; Pascoe, W. S.; Khouri, S.; Kraegen, E. W.
Influence of dietary fat composition on development of insulin resistance in rats.
Relationship to muscle triglyceride and omega-3 fatty acids in muscle phospholipid.
Diabetes 40, 280-289, 1991.
The ALLHAT Study Group, Major outcomes in high-risk hypertensive patients randomized
to angiotensin-converting enzyme inhibitor or calcium-channel blocker vs. diuretic. JAMA
288, 2981-2997, 2002.
The Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus: Follow-up
report on the diagnosis of diabetes mellitus. Diabetes Care 26, 3160-3167, 2003.
The Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus: Report of
the Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes
Care 20, 1183-1197, 1997.
Thevenod, F.; Friedmann, J. M. Cadmium-mediated oxidative stress in kidney proximal
tubule cells induces degradation of Na
+
/K
+
-ATPase through proteasomal and endo-
/lysosomal proteolytic pathways. FASEB J. 13, 1751-1761, 1999.
145
Thomas, M. J.; Rudel, L. L. Dietary fatty acids, low density lipoprotein composition and
oxidation and primate atherosclerosis. J. Nutr. 126, 1058-1062, 1996.
Trevisan, M.; Krogh, V.; Freudenheim, J.; Blake, A.; Muti, P.; Panico, S.; Farinaro, E.;
Mancini, M.; Menotti, A.; Ricci, G. Consumption of olive oil, butter, and vegetable oils and
coronary heart disease risk factors: the Research Group ATS-RF2 of the Italian National
Research Council. JAMA 263, 688-692, 1990.
Turnbull, F. Effects of different blood-pressure-lowering regimens on major cardiovascular
events: Results of prospectively-designed overviews of randomized trials. Lancet 362,
1527-1535, 2003.
U. S. Department of Agriculture - U. S. Department of Health and Human Services.
Nutrition and your health: Dietary guidelines for Americans. Homes Gard. Bull., No. 232,
U. S. Printing Office, Washington, 2000.
Valko, M.; Leibfritz, D.; Moncol, J.; Cronin, M. T. D.; Mazur, M.; Telser, J. Free radicals
and antioxidants in normal physiological functions and human disease. Int. J. Biochem.
Cell Biol. 39, 44-84, 2007.
Varghese, S.; Oommen, O.V. Long-term feeding of dietary oils alters lipid metabolism,
lipid peroxidation, and antioxidant enzyme activities in a teleost (
Anabas estudineus
Bloch). Lipids 35, 757-762, 2000.
146
Verdecchia, P. ; Reboldi, G.; Angeli, F.; Borgioni, C. ; Gattobigio, R.; Filippucci, L.;
Norgiolini, S.; Bracco, C.; Porcellati, C. Adverse prognostic significance of new diabetes in
treated hypertensive subjects. Hypertension
43, 963-969, 2004.
Vessby, B. Dietary fat and insulin action in humans. Br. J. Nutr. 83, 91-93, 2000.
Wilcox C. Metabolic and adverse effects of diuretics. Semin. Nephrol. 19, 557-568, 1999.
Wild, S.; Roglic, R.; Green, A.; Sicree, R.; King, H. Global Prevalence of Diabetes -
Estimates for the year 2000 and projections for 2030. Diabetes Care 27, 1047-1053, 2004.
Wilson, S. R.; Zucker, P. A.; Huang, R. R. C.; Spector, A. Development of synthetic
compounds with glutathione peroxidase activity. J. Am. Chem. Soc. 111, 5936-5939,
1989.
Yufu, K.; Itho, T.; Edamatsu, R.; Mori, A.; Hirakawa, M. Effect of hyperbaric oxygenation
on the Naþ-Kþ-ATPase and membrane fluidity of cerebrocortical membranes after
experimental subarachnoid hemorrhage. Neurochem. Res. 16, 1033-1039, 1993.
Zasso, F. B.; Gonçales, C.E.P.; Jung, E. A. C.; Araldi, D. ; Zeni, G.; Rocha, J. B. T.;
Nogueira, C. W.On the mechanisms involved in antinociception induced by diphenyl
diselenide. Environ. Toxicol. Pharmacol. 19, 283-289, 2005.
147
Zee, A. M.; Turner, S. T.; Schwartz, G. L.; Chapman, A. B.; Klungel, O. H.; Boerwinkle,
E. Demographic, environmental, and genetic predictors of metabolic side effects of
hydrochlorothiazide treatment in hypertensive subjects. Am. J. Hypertens. 18, 1077-1083,
2005.
Zimlichman, R.; Shargorodsky, M.; Wainstein, J. Prolonged treatment of hypertensive
patients with low dose HCTZ improves arterial elasticity but not if they have NIDDM or
IFG. Treatment with full dose HCTZ (25 mg/d) aggravates metabolic parameters and
arterial stiffness. Am. J. Hypertens. 17, 138, 2004.
148
LISTA DE FIGURAS
INTRODUÇÃO
Figura 1: Estrutura química da hidroclorotiazida.
Figura 2: Estrutura química do disseleneto de difenila.
ARTIGO 1
Figura 1: Effect of co-treatment with hydrochlorothiazide and control or high fat diet on
glucose blood levels.
Figura 2: Thiobarbituric acid reactive substance levels in rats co-treated with
hydrochlorothiazide and with control or high fat diets.
Figura 3: Vitamin C levels in rats co-treated with hydrochlorothiazide and with control or
high fat diets.
Figura 4: Non-protein thiol groups levels in rats co-treated with hydrochlorothiazide and
with control or high fat diets.
Figura 5: Effect of co-treatment with hydrochlorothiazide and with control or high fat diet
on Na
+
-K
+
-ATPase activity.
MANUSCRITO 1
Figura 1A: Effect of control diet supplemented with hydrochlorothiazide on body weight.
Figura 1B: Effect of high fat diet supplemented with hydrochlorothiazide on body weight.
149
MANUSCRITO 2
Figura 1: Thiobarbituric acid-reactive species content in the liver (A) and kidney (B) of
diphenyl diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake.
Figura 2: Protein carbonylation levels in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl
diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake.
Figura 3: Vitamin C levels in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl diselenide-fed rats
associated to fructose and HCTZ intake.
Figura 4. Catalase activity in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl diselenide-fed rats
associated to fructose and HCTZ intake.
Figura 5. Superoxide dismutase activity in the liver (A) and kidney (B) of diphenyl
diselenide-fed rats associated to fructose and HCTZ intake.
150
LISTA DE TABELAS
ARTIGO 1
Tabela 1: Composition of the diets (g/kg).
MANUSCRITO 1
Tabela 1: Composition of the diets (g/kg).
Tabela 2: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fat diet on body
weight, organ weight and total adipose tissue deposits weight.
Tabela 3: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fat diet on
biochemical parameters.
Tabela 4: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fat diet on TBARS,
PCO and vitamin C levels.
MANUSCRITO 2
Tabela 1: Composition of the diets (g/kg).
Tabela 2: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fructose diet on
body weight, organ weight and total adipose tissue deposits weight.
Tabela 3: Effect of hydrochlorothiazide associated with control or high fructose diet on
biochemical parameters.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo