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COSTA & HOKOÇ, 2000; FRANCO et al., 2000; FRANCO, 2002; Aotus: OGDEN, 1975;
FRANCO et al., 2000; SILVEIRA et al., 2001b; FRANCO, 2002;), morfologia das células
horizontais da retina (Cebus: dos REIS et al., 2002; Aotus: dos SANTOS, 2002; dos SANTOS
et al., 2005), morfologia das células bipolares (Cebus: SILVEIRA et al., 1998, 2003;
LAMEIRÃO, 2003; Aotus: SILVEIRA et al., 2001b), distribuição das células ganglionares
(Alouatta: SILVEIRA et al., 2004c; Cebus: SILVEIRA et al., 1989, 2001b; Aotus:
SILVEIRA et al., 1993, 2001b), morfologia das células ganglionares M e P (Cebus:
SILVEIRA et al., 1994; YAMADA, 1995; YAMADA et al., 1996a, b; Aotus: SILVEIRA et
al., 1994; YAMADA, 1995; YAMADA et al., 1996a, 2001), distribuição das células
ganglionares M (Cebus e Aotus: de LIMA, 1993; de LIMA et al., 1993, 1996) e morfologia
das células ganglionares biestratificadas de campo pequeno (Cebus: YAMADA, 1995;
SILVEIRA et al., 1999). Além disso, numa série de trabalhos recentes, foram investigados
diversos aspectos da eletrofisiologia das células M e P desses primatas, assim como das
células biestratificadas de campo dendrítico pequeno do Cebus, estas últimas conhecidas
eletrofisiologicamente como células azul – on / amarelo – off (Cebus: LEE et al., 1996, 2000,
SILVEIRA et al., 1998; Aotus: SILVEIRA et al., 2000).
Os resultados desses trabalhos, tanto anatômicos quanto eletrofisiológicos,
podem ser sumariados da seguinte maneira. Existem poucos estudos anatômicos sobre o
sistema visual do Alouatta quando comparado com esses outros platirríneos. Foi reportado
que o Alouatta apresenta uma densidade maior de fotorreceptores na região central da retina
do que os outros primatas platirríneos, com uma respectiva diminuição de diâmetro do
fotorreceptor na região foveal (FRANCO et al., 2000). Entretanto, esse aumento de densidade
na retina central é compensado por uma baixa densidade nas regiões periféricas da retina, de
modo que o número total de fotorreceptores do Alouatta é alometricamente condizente para
um primata do seu tamanho. Similarmente a essa alta densidade dos fotorreceptores centrais,
uma densidade elevada de células ganglionares foi encontrada na retina central do Alouatta,
porém acompanhada por uma diminuição proporcional na densidade de células ganglionares
nas regiões periféricas da retina (SILVEIRA et al., 2004b).
A retina de Cebus é muito semelhante à de Macaca e, por conseguinte, à do
homem, em quase todos os aspectos qualitativos e quantitativos até agora investigados, com a
exceção do fato de que as células P de Cebus dicromatas não apresentam oponência verde –
vermelha (Lee et al., 2000). A retina de Aotus, por outro lado, embora tenha quase todas as
classes celulares encontradas nos antropóides diurnos, apresenta diferenças quantitativas
importantes, seja em tamanho do campo dendrítico, seja em densidade celular, quando