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Para a carga 3,049 g
DQO
.L
-1
.d
-1
, foi possível observar uma produção mais elevada
para o reator com relação diâmetro:comprimento 1:3, 0,770 L
biogás
.g
DQO
-1
, enquanto que para
o reator com relação diâmetro:comprimento 1:6 a produção foi de 0,591 L
biogás
.g
DQO
-1
,
conforme apresentado na Tabela 7.
No entanto, ao elevarmos as cargas aplicadas aos reatores para 3,813; 4,347 e
4,708 g
DQO
.L
-1
.d
-1
, é possível observar novamente uma igualdade na produção de biogás em
função da DQO consumida para os dois reatores, conforme demonstrado pelo teste de
Tukey apresentado na Tabela 7, e, para a última carga aplicada, 5,601 g
DQO
.L
-1
.d
-1
, foi
possível verificar que o reator com relação diâmetro:comprimento 1:6 apresentou resultado
superior com relação ao reator 1:3, sendo as produções 0,559 e 0,419 L
biogás
.g
DQO
-1
,
respectivamente.
Analisando o comportamento dos reatores para as três últimas cargas aplicadas, foi
possível observar, através da Tabela 7, uma tendência à manutenção da produção de
biogás em função da DQO removida.
Para esta variável resposta foi possível observar novamente uma redução nos
resultados obtidos ao aplicarmos a carga de 3,813 g
DQO
.L
-1
.d
-1
, conforme já observado para
as demais variáveis, devido a uma redução e aumento repentino de carga, o qual pode ter
ocasionado desestabilização aos reatores.
Colin et al. (2006), ao trabalhar com o tratamento anaeróbio da manipueira em
reator com meio suporte de bambu e volume útil de 6,52 litros, obtiveram produções de
0,54, 0,39, 0,51, 0,44, 0,40, 0,33 e 0,36 L
biogás
.g
DQO
-1
, utilizando um reator anaeróbio com
meio suporte em bambu para o tratamento da manipueira com as cargas diárias de
abastecimento de 1,1; 2,3; 3,8; 5,3; 7,3; 9,6 e 11,8 g.L
-1
d
-1
, sendo algumas das cargas
trabalhadas pelos autores semelhantes à s aplicadas no presente trabalho.
Boonapatcharoen et al. (2006), trabalhando com reator anaeróbio de leito fixo no
tratamento de efluente de processamento de mandioca, obtiveram produções de biogás de
0,25, 0,22, 0,24, 0,33, 0,35 e 0,32 L
biogás
.g
DQO
-1
para as cargas diárias de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 g.L
-
1
d
-1
.
Barana e Cereda (2000), avaliando um sistema de digestão anaeróbia de duas
fases para o tratamento da manipueira, alcançaram produções de 0,88, 0,53, 0,67, 0,52 e
1,04 L
biogás
.g
DQO
-1
, para as cargas diárias de 0,33; 1,10; 2,5; 5,24 e 8,48 g.L
-1
d
-1
,
respectivamente.
Kuczman et al. (2007), ao avaliar um reator monofásico tipo fluxo contínuo para o
tratamento da manipueira, obtiveram produções de 0,48, 0,81 e 0,605 L
biogás
.g
DQO
-1
e 0,77,
1,25 e 1,79 L
biogás
.g
SV
-1
para as cargas de 1,28, 1,57 e 2,96 g.L
-1
d
-1
, respectivamente, sendo
2,96 g.L
-1
.d
-1
a carga máxima suportada pelo sistema.
Comparando os resultados obtidos no presente trabalho com os dados de literatura
acima citados, é possível observar uma produção de biogás em função do consumo de