informar adequadamente, pois, nos últimos dez anos, houve maior quantidade de
empresas utilizando o tema nas campanhas, a partir do aparecimento do Instituto
Ethos. Ou seja, supõe-se que esse jovem é muito melhor informado do que já foi
qualquer outra geração sobre o assunto. Sarlo (2008) apud Rocha explica que “a
juventude não é uma idade, e sim uma estética da vida cotidiana” (SARLO, 1997, p.36),
motivada e alterada também pela forma como se consome. Rocha explica:
O consumo, por sua vez, participa ativamente na articulação desta produção
de si. Afinal, [se] todo um ciclo de produção e reprodução social aí se efetiva,
também é prudente investigar como, neste cenário, a lógica do capital
interfere na produção de subjetividades e, igualmente, como sujeitos são
capazes de intervir nos mecanismos característicos deste ciclo (ROCHA,
2008).
O consumo como parte integrante da vida do jovem vai se caracterizar,
principalmente a partir dos anos 70, quando a propaganda começa a assumir
claramente o foco nesse público. Rocha (2008) diz
Se, inicialmente, nos anos 60 e início dos 70, o importante era quebrar
esteticamente e politicamente com a ordem tradicional, com o passar do
tempo a “juventude” vai gradualmente se integrando ao mainstream enquanto
se segmenta em “tribos” cada vez mais díspares: no Brasil, na segunda
metade dos anos 70, temos as tribos metaleira, disco, ska, rasta, new wave,
funk black, surfista etc. (ROCHA, 2008).
É, portanto, desse jovem que se fala no trabalho, jovem que se constitui,
provavelmente, assumindo os discursos midiáticos que tanto participam de sua vida,
seja via televisão, seja via internet, mais recentemente. Uma de suas características
parece ser embandeirar-se para a sustentabilidade, como se verá no decorrer do
trabalho, assim como o fazem as tribos citadas por Rocha, em suas zonas de
interesse.
Também foram pesquisados os professores dos universitários para um ponto
de reflexão maior sobre o tema, pois esses profissionais, a partir das distintas
profissões, supõe-se, seriam bem informados sobre o assunto e aumentariam a
multiplicação dos conhecimentos sobre o tema, tão recente e instigante, na mídia
em geral e na propaganda.
Como objetivo geral, pretende-se saber o que jovens universitários e
universitárias, com até 30 anos, entendem como sustentabilidade. Supostamente, as
pessoas mais jovens já tiveram bastante contato com o assunto na escola e também