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níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC
(paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida
entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice,
que varia de zero a um.
Já o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico – IDESE, criado pela
Fundação de Economia e Estatística do RS – FEE/RS, é um índice sintético,
inspirado no IDH, que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e
econômicos classificados em quatro blocos temáticos: Educação, Renda,
Saneamento e Domicílios, Saúde. Tem por objetivo mensurar e acompanhar o
nível de desenvolvimento do Estado, de seus municípios e Coredes
17
,
informando a sociedade e orientando os governos (municipais e estadual) nas
suas políticas sócio-econômicas. O IDESE varia de zero a um e, assim como o
IDH, permite que se classifique o Estado, os municípios ou os Coredes
2
em
três níveis de desenvolvimento: baixo (índices até 0,499), médio (entre 0,500 e
0,799) ou alto (maiores ou iguais que 0,800).
Também foi considerada a Receita própria per capita, elaborada a partir
de dados da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul
– FAMURS e SIOPS
18
, que consta da soma da dotação atualizada da receita
com impostos, Fundo de Participação dos Municípios e Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.
17
Conselhos Regionais de Desenvolvimento: órgãos legalmente instituídos no Estado do Rio
Grande do Sul para discutir estratégias e propor políticas e ações voltadas ao desenvolvimento
regional, também conhecidos pelas siglas CRD ou COREDES. Em 17 de outubro de 1994,
através da Lei Estadual nº 10.283, foram criados oficialmente 22 Conselhos Regionais de
Desenvolvimento, abrangendo todo o Estado nesta nova regionalização político-administrativa,
com objetivos bem específicos: promover o desenvolvimento regional harmônico e sustentável,
integrar os recursos e as ações do governo na região, melhorar a qualidade de vida da
população, distribuir de forma equitativa a riqueza produzida, estimular a permanência da
população em sua região e preservar e recuperar o meio ambiente. Em 2004 o número de
COREDES oficialmente instalados no Rio Grande do Sul subiu para 24, com a criação de mais
dois Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Alto da Serra do Botucaraí e Jacuí-Centro),
que se desmembraram de outros já existentes.
18
O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde/SIOPS teve origem no
Conselho Nacional de Saúde em 1993. O SIOPS foi institucionalizado no âmbito do Ministério
da Saúde pela Portaria Conjunta MS/ Procuradoria Geral da República nº 1163, de 11 de
outubro de 2000, posteriormente retificada pela Portaria Interministerial nº 446, de 16 de março
de 2004, sendo, atualmente, coordenado pelo Departamento de Economia da Saúde/DES, da
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos/ SCTIE . O banco de dados do
SIOPS é alimentado pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. Um dos
indicadores gerados é o do percentual de recursos próprios aplicados em ações e serviços
públicos de saúde. Os dados do SIOPS têm a credibilidade de ser o instrumento de
acompanhamento, fiscalização e controle da aplicação dos recursos vinculados em ações e
serviços públicos de saúde.