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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CENTRO TECNOLÓGICO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
CRISTIANE BARBOSA GODOY
ANÁLISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DO CÁLCULO
PRESCRITIVO DO REGULAMENTO TÉCNICO DA
QUALIDADE PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE
EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E PÚBLICOS.
NITERÓI
2009
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1
CRISTIANE BARBOSA GODOY
ANÁLISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DO CÁLCULO PRESCRITIVO DO
REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE
EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E PÚBLICOS.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal Fluminense como requisito
parcial para obtenção do grau de Mestre em
Ciências (M. Sc.). Área de Concentração: Gestão
do Espaço Urbano.
Orientador: PROF.ª. Dra. LOUISE LAND BITTENCOURT LOMARDO
Niterói
2009
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FICHA CATALOGRAFICA A SER ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA ESCOLA
DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UFF
DADOS NECESSÁRIOS:
Nome: GODOY, Cristiane Barbosa.
Título: Análise Crítica da Metodologia do Cálculo Prescritivo do Regulamento Técnico da
Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos.
Palavras-chave:
1. Desenvolvimento Sustentável. 2. Certificação Ambiental 3. Conservação de Energia
3
CRISTIANE BARBOSA GODOY
ANÁLISE CRÍTICA DA METODOLOGIA DO CÁLCULO PRESCRITIVO DO
REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE
EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E PÚBLICOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal Fluminense como requisito
parcial para obtenção do grau de Mestre em
Ciências (M. Sc.). Área de Concentração: Gestão
do Espaço Urbano.
Aprovado em novembro de 2009.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Profª. Dra. LOUISE LAND BITTENCOURT LOMARDO
Universidade Federal Fluminense - UFF
______________________________________
Profª. Dra. PATRICIA FRAGA R. R.
Universidade Federal Fluminense - UFF
_______________________________________
Profª. Dra. CLAUDIA BARROSO-KRAUSE
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Niterói
2009
4
A toda minha família
5
AGRADECIMENTOS
Para se fazer um mestrado, você nunca faz sozinho, é um trabalho em equipe que tem rios
colaboradores, cada um fazendo a sua parte. Nunca me imaginei chegando tão longe, mas
agora sei que somente estou no início desta jornada. Gostaria de agradecer a equipe do
Laboratório de Conservação de Energia da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF. Ao
grupo de pesquisa que se formou e que foi especialmente importante para que eu concluísse o
meu trabalho. A amiga Adriana que me acompanhou desde o início da jornada, a Carla Rosa e
Rafaela Olegário, ao Paulo Nascimento que mesmo com seu jeito rebuscado de falar, sempre
soube me passar o seu conhecimento, ao Diego Caetano que trilhou boa parte do caminho ao
meu lado, se fazendo presente nas horas mais chatas do trabalho, ao Engenheiro Mecânico
Jairo que tornou possível a classificação do sistema de condicionamento de ar, a todos que de
certa forma colaboraram, e um agradecimento especial a minha orientadora Louise que
acreditou no meu potencial desde o início desta jornada. Aos professores da Pós-Graduação
da Universidade Federal Fluminense. Ao CNPq pelo incentivo a pesquisa através da
concessão de bolsa. Um agradecimento especial ao meu marido Fabiano, que sempre me
incentivou a trilhar os caminhos de minha escolha, com a paciência que soube ter nas horas
em que precisei, ao meu filho João Francisco, por ser toda a inspiração para que eu seja um
bom exemplo para sua vida. A minha querida e insubstituível mãe Berenice, que sempre
apoiou e me deu força para seguir os meus caminhos, ao meu pai Zeca, que por muitos anos
foi provedor de todos os recursos que me deram oportunidade de estudar e ao seu exemplo de
docência que me foi passado com tanta dignidade. A todos os meus amigos que de certa
forma colaboraram ajudando nas dificuldades ou me fazendo esquecer nas horas em que
precisei descansar. A professora Claudia Barroso-Krause por se fazer disponível para avaliar
o meu trabalho e a professora Patrícia Fraga, que para mim é um exemplo de vida. Agradeço
por último a Deus, mas não menos importante, pelo dom da vida.
6
RESUMO
O Regulamento Técnica da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de
Serviços e Públicos foi criado com o intuito de atender a Lei 10.295 de 17 de outubro de
2001, que tem como objetivo principal desenvolver a eficiência energética no país atendendo
a Política de Conservação e Uso Racional de Energia.
Esta dissertação tem como objetivo dar uma visão geral do cenário mundial em relação ao
consumo de energia elétrica e da certificação LEED, que foi criada em um país desenvolvido
com o intuito de frear o consumo desordenado de energia, e de avaliar a implementação do
Regulamento cnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de
Serviços e Públicos. O Regulamento será aplicado em uma edificação existente, sendo
assim analisados os seus pontos positivos e negativos, bem com sua funcionalidade e de
acordo com a realidade do edifício. Serão feitos posteriormente avaliações em cima dos
resultados obtidos, bem como as soluções necessárias para que esta edificação se encontre em
um nível bom de eficiência energética de acordo com a regulamentação.
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Certificação Ambiental. Conservação de
Energia.
7
ABSTRACT
The "Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais
de Serviços e Públicos" (Technical Quality Rules for Energy Efficience of Service,
Commercial Building and Public Buildings ) was created in order to meet the Law 10,295
of 17 October 2001, wich the main objective to improve energy efficiency in the country
serving Conservation Policy and Rational Use of Energy.
The objective of this paper is to provide a general vision of the global scenary related to
energy consumption and LEED certification, which was created in developed country with the
intent to slow down the disordely energy consumption, and evaluate the implementation of
the "Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais
de Serviços e Públicos" (Technical Quality Rules for Energy Efficience of Service,
Commercial Building and Public Buildings ) .The rules will be applied to one existing
building, where positive and negative data will be analysed, as well as its functionality
according to the building reality. Post evaluations will be based on the obtained results as
well as necessary solutions to provide the achievement of a good level building energy
efficiency according to the rules.
Keywords: Sustainable Development. Environmental Certification. Energy Conservation.
8
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... 5
RESUMO .............................................................................................................................. 6
ABSTRACT .......................................................................................................................... 7
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES .............................................................................................. 12
LISTAS DE FOTOS ............................................................................................................ 13
LISTAS DE TABELAS ....................................................................................................... 14
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 15
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................. 15
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 18
1.2.1 Geral: .................................................................................................................. 18
1.2.2 Específicos: ......................................................................................................... 18
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA .......................................................................... 18
1.4 METODOLOGIA ...................................................................................................... 20
1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ......................................................................... 21
2- AS CERTIFICAÇÕES .................................................................................................... 23
2.1 A IMPORTÂNCIA DAS CERTIFICAÇÕES ............................................................. 23
2.1.1 Panorama atual e a necessidade das certificações ................................................. 23
2.1.2 O papel do arquiteto frente à discussão da eficiência energética mediante o projeto
arquitetônico ................................................................................................................ 25
2.1.3 "Green buildings" ................................................................................................ 27
2.2 O SISTEMA LEED GREEN BUILDING RATING SYSTEM ................................... 28
2.2.1 Categorias e Pontuações do LEED ....................................................................... 32
2.2.2 LEED-NC ........................................................................................................... 37
3- O REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
DE EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E PÚBLICOS ......................................... 41
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................. 41
3.2 ESTRUTURA DO REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE....................... 43
3.3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 44
3.4 DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ............................................. 44
3.4.1 Requisitos para classificação ............................................................................... 45
3.4.2 Equações do método prescritivo .......................................................................... 46
3.4.2.1- Surgimento da equação da classificação da envoltória ................................. 46
3.4.2.2 Equação geral do nível de eficiência de classificação do edifício ................... 50
3.4.3 A simulação e as bonificações ............................................................................. 51
3.4.4 Os pré-requisitos gerais ...................................................................................... 52
3.4.5 Os pré-requisitos específicos............................................................................... 53
3.5 ENVOLTÓRIA .......................................................................................................... 53
3.5.1 Nível A ................................................................................................................ 53
9
3.5.1.1 Transmitância térmica ................................................................................... 53
3.5.1.2 Cores e absortância das superfícies ............................................................... 54
3.5.1.3 Iluminação zenital ......................................................................................... 55
3.5.2 Nível B ................................................................................................................ 55
3.5.2.1 Transmitância térmica ................................................................................... 55
3.5.2.2 Cores e absortância das superfícies ............................................................... 56
3.5.3 Níveis C e D ........................................................................................................ 56
3.5.4 Procedimento de determinação do nível de eficiência ......................................... 56
3.5.5 Cálculo do indicador de consumo ........................................................................ 60
3.5.6 Cálculo Ucobertura .............................................................................................. 61
3.5.7 Cálculo Uparede .................................................................................................. 62
3.5.8 Cálculo da absortância ......................................................................................... 63
3.5.9 Resultado final da classificação da envoltória ..................................................... 63
3.6 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ................................................................................. 63
3.6.1 Pré-requisitos específicos .................................................................................... 64
Apresentamos abaixo os pré-requisitos para o sistema de iluminação. .......................... 64
3.6.1.1 Divisão de circuitos ...................................................................................... 64
3.6.1.2 Contribuição da luz natural ........................................................................... 64
3.6.1.3 Desligamento automático do sistema de iluminação ...................................... 65
Para que se evite que ambientes desocupados fiquem com sua iluminação natural
ligada, o RTQ-C torna obrigatório a utilização de algum sistema de desligamento
automático da iluminação. Podem ser fornecidos três métodos. ................................ 65
3.6.2 Procedimento de determinação da eficiência ........................................................ 65
3.6.2.1 Determinação do índice de ambiente (K) ...................................................... 66
3.6.2.2 Determinação da densidade de potência de iluminação relativa limite (DPIRL)
................................................................................................................................. 67
3.6.2.3 Determinação da densidade de potência de iluminação relativa final (DPIRF)
................................................................................................................................. 68
3.7 SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR ........................................................ 68
3.7.1 Pré-requisitos ...................................................................................................... 69
3.7.2 Procedimento de determinação da eficiência ....................................................... 69
3.7.3 Condicionadores de ar do tipo janela e do tipo split ............................................ 69
3.7.3.1 Cálculo de carga térmica ............................................................................... 69
3.7.4 Sistema de condicionamento de ar central ............................................................ 69
3.7.5 Sistemas de condicionamento de ar não regulamentados pelo Inmetro ................. 70
3.7.5.1 Cálculo de carga térmica ............................................................................... 71
3.7.5.2 Controle de temperatura por zona ................................................................. 71
3.7.5.3 Automação ................................................................................................... 71
10
3.7.5.4 Isolamento de zonas ...................................................................................... 72
3.7.5.5 Controles e dimensionamento do sistema de ventilação ................................. 72
3.7.5.6 Recuperação de calor .................................................................................... 73
3.7.5.7 Controles e dimensionamentos dos sistemas hidráulicos ............................... 73
3.7.5.8 Equipamento de rejeição de calor .................................................................. 74
3.8 SIMULAÇÃO ....................................................................................................... 74
3.8.1 Pré-requisitos específicos ................................................................................... 74
3.8.1.1 Arquivo climático ......................................................................................... 75
3.8.1.2 Procedimentos para simulação ...................................................................... 75
3.8.1.3 Edifícios condicionados artificialmente ......................................................... 75
3.8.1.4 Edifícios naturalmente ventilados ou não condicionados ............................... 77
3.9 REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE – RAC-C ............... 78
3.9.1 ENCE geral e parcial ......................................................................................... 78
3.9.2. Processo de etiquetagem ..................................................................................... 79
3.9.3 Avaliação do projeto ............................................................................................ 80
3.9.4 Inspeção por amostragem do edifício ................................................................... 80
3.9.5. Documentos necessários ..................................................................................... 81
3.9.5.1
Método prescritivo ................................................................................... 81
3.9.5.2
Método de simulação ............................................................................... 82
4- ESTUDO DE CASO: ANDEF ......................................................................................... 83
4.1 AVALIAÇÃO SEGUNDO O MÉTODO PRESCRITIVO ..................................... 86
4.1.1 Cálculo da Envoltória .......................................................................................... 86
4.1.2 Cálculo da Iluminação ......................................................................................... 93
4.1.3 Cálculo do Sistema de Ar Condicionado .............................................................. 95
4.1.4 Cálculo da Pontuação Geral da Edificação ........................................................... 98
4.1.4 Considerações Finais ........................................................................................... 98
4.1.5 Soluções para a melhoria da edificação ................................................................ 99
5 - CONCLUSÃO .............................................................................................................. 100
5.1 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA ANDEF .................................................. 102
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 105
ANEXOS ........................................................................................................................... 108
Anexo 1 – Pontuações do LEED-NC .............................................................................. 109
Anexo 2 – Eficiência mínima de condicionadores de ar para classificação nos níveis A e B
...................................................................................................................................... 112
Anexo 3 – Eficiência mínima de resfriadores de líquidos para classificação nos níveis A e B
...................................................................................................................................... 113
Anexo 4 – Eficiência mínima de torres de resfriamento e condensadores para classificação
nos níveis A e B ............................................................................................................. 113
Anexo 5 – Eficiência mínima de condicionadores de ar para classificação no nível C ..... 114
11
Anexo 6 – Eficiência mínima de resfriadores de líquido para classificação no nível C .... 115
Anexo 7 – Eficiência mínima de torres de resfriamento e condensadores para classificação
no nível C ...................................................................................................................... 115
Anexo 8 – Eficiência mínima de resfriadores de líquido para classificação no nível D .... 116
Anexo 9 – Eficiência mínima de condicionadores de ar para classificação ...................... 117
Anexo 10 – Tabelas para preenchimento com dados de entrada ...................................... 118
Anexo 11 – Plantas de arquitetura ANDEF .................................................................... 126
Planta de Cobertura – sem escala ................................................................................... 126
Fachada norte – sem escala ............................................................................................ 126
Fachada sul – sem escala ................................................................................................ 126
Fachada leste – sem escala ............................................................................................. 127
Fachada oeste – sem escala ............................................................................................ 127
Fachada norte esquerda – sem escala Fachada norte direita – sem escala
...................................................................................................................................... 127
Corte transversal – sem escala ........................................................................................ 128
Corte longitudinal – sem escala ...................................................................................... 128
Anexo 12 – Tabelas de cálculo de K para todos os ambientes da edificação ................... 128
12
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Consumo faturado no Brasil – Representatividade do setor de edificações ......... 24
Na figura 2 abaixo apresentamos a participação relativa dos componentes de várias
certificações ambientais. Observamos que cada item tem uma importância diferenciada. ..... 25
Figura 02 – Distribuição dos créditos ambientais após normalização .................................... 25
Figura 03 – O Arquiteto como coordenador do processo ...................................................... 26
Figura 04 – Benefícios Green Building ................................................................................ 28
Figura 05 - Empreendimentos registrados por categoria. .................................................. 29
Figura 06 - Evolução dos empreendimentos registrados no Brasil ........................................ 29
Figura 07 - Mega Unidade Delboni Auriemo ....................................................................... 39
Figura 08 – Redução de impactos negativos nos prédios com certificação LEED ................. 40
Figura 09 – Histórico criação do RTQ-C ............................................................................. 42
Figura 10 – Etiqueta de classificação do edifício completo do RTQ-C ................................. 45
Figura 11 – Processo de criação da equação da classificação da envoltória ........................... 49
Figura 12 – Equação geral de classificação e suas variáveis ................................................. 50
Figura 13 – Fluxograma de escolha da equação de IC .......................................................... 58
Figura 14 – Cálculo de AHS ................................................................................................ 59
Figura 15 – Cálculo de AVS ................................................................................................ 59
Figura 16 – Ilustrações do cálculo de IC ............................................................................... 61
Figura 17 – Fluxograma do processo de avaliação da conformidade ..................................... 79
Figura 18 – Planta de Situação ANDEF ............................................................................... 84
Figura 19 – Planta Baixa 1º Pavto - ANDEF ........................................................................ 85
Figura 20 – Planta Baixa 2º Pavto - ANDEF ........................................................................ 85
Figura 21 - Iluminação 1º PAVTO ....................................................................................... 93
Figura 22 - Iluminação 2º PAVTO ....................................................................................... 93
13
LISTAS DE FOTOS
Foto 01 - U.S Bank Morgan Stanley ..................................................................................... 32
Foto 02 - Boulder Associates Inc. Office .............................................................................. 32
Foto 03 - Ventura Corporate Tower Torre leste .................................................................... 33
Foto 04 - Rochavera Corporate Tower Torre B .................................................................... 33
Foto 05 - Folder Sidwell Friends Middle School .................................................................. 34
Foto 06 - Pedra Branca ......................................................................................................... 35
Foto 08 - Edifício New Century ........................................................................................... 36
Foto 07 - Nova Sede Serasa ................................................................................................. 36
Foto 09 - Banco Real Agência Granja Viana ........................................................................ 39
Foto 10 – Sede da ANDEF ................................................................................................... 83
Foto 11 - ANDEF ................................................................................................................ 86
14
LISTAS DE TABELAS
Tabela 01 - Certificações ..................................................................................................... 17
Tabela 02- Classificações do LEED ..................................................................................... 31
Tabela 03 - pontuações para categorias LEED ...................................................................... 31
Tabela 04 – Pontuações para categoria LEED-CI ................................................................. 32
Tabela 05 - pontuações para categorias LEED-CS ................................................................ 33
Tabela 06 - pontuações para categorias LEED-School .......................................................... 34
Tabela 07 - pontuações para categorias LEED-ND ............................................................... 35
Tabela 08 - pontuações para categorias LEED-EB ............................................................... 36
Tabela 09 – custos adicionais nas construções com certificação LEED nos EUA ................. 38
Tabela 10 – Pré-requisitos e pontos LEED-NC .................................................................... 38
Tabela 11 – Equivalente numérico para cada nível de eficiência (EqNum) ........................... 51
Tabela 12 – Classificação geral ............................................................................................ 51
Tabela 13 – Tabela síntese dos pré-requisitos da envoltória .................................................. 53
Tabela 14 – Síntese das exigências para transmitância térmica máxima de paredes exteriores
............................................................................................................................................ 54
Tabela 15 – Limites de fator solar de vidros e de percentual de abertura zenital para
coberturas ............................................................................................................................ 55
Tabela 16 – Síntese de agrupamento das zonas bioclimáticas ............................................... 57
Tabela 17 – Fator de forma máximo e mínimo por zona bioclimática ................................... 57
Tabela 18 – Comparação de Parâmetros nas equações IC ..................................................... 60
Tabela 19 – Limites dos intervalos dos níveis de eficiência .................................................. 61
Tabela 20 – Resistência térmica superficial .......................................................................... 62
Tabela 21 – Limite máximo aceitável de densidade de potência de iluminação (DPIRL) para o
nível de eficiência pretendido. .............................................................................................. 67
Tabela 22 – Limite de potência dos ventiladores .................................................................. 72
Tabela 23 – Limite de potência dos ventiladores .................................................................. 76
Tabela 24 – Síntese das características do Modelo Real e do Modelo de Referência ............. 77
Tabela 25 – Equivalentes numéricos para ventilação natural ................................................ 78
Tabela 26 - Materiais da Envoltória ..................................................................................... 89
Tabela 27 – Cálculo de AVS- ângulo vertical de sombreamento .......................................... 90
Tabela 28 – Cálculo de AHS- ângulo horizontal de sombreamento ...................................... 90
Tabela 29 - Valores de IC .................................................................................................... 92
Tabela 30 - Classificação segundo o IC ................................................................................ 92
Tabela 31 - Resumo da classificação .................................................................................... 92
Tabela 32 - Resumo dos valores para se obter classificação de iluminação .......................... 94
Tabela 33 - Resumo dos valores para se obter classificação de iluminação .......................... 94
Tabela 34 - Descrição dos sistemas de condicionamento de ar ............................................. 95
Tabela 35 - Cálculo de eficiência por ambiente – AUDITÓRIO (térreo) .............................. 96
Tabela 36 - Cálculo de eficiência por ambiente – FISIOTERAPIA (térreo) .......................... 96
Tabela 37 - Cálculo de eficiência por ambiente – ADMINISTRAÇÃO (1º pavto) ................ 96
Tabela 38 - Cálculo de eficiência por ambiente – FISIOTERAPIA ...................................... 97
INFANTIL (1º pavto) .......................................................................................................... 97
Tabela 39 - Cálculo da eficiência da edificação .................................................................... 97
Tabela 40 - Dados para cálculo da classificação geral ......................................................... 98
15
1- INTRODUÇÃO
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O cenário mundial vem sofrendo grandes alterações em relação ao meio ambiente,
fazendo com que o ecossistema encontre-se em desequilíbrio e se tornando cada vez mais
imprevisível.
Desde a primeira crise do petróleo nos anos 70, começam a ocorrer vários fenômenos
ligados ao meio ambiente e suas condições. O mundo se torna globalizado, levando o homem
a ter conhecimento de todos os acontecimentos que estão, de certa forma, mudando o planeta
Terra, e começa a ficar mais atento e atuante na questão da eficiência energética, por causa da
atuação direta em relação ao meio ambiente.
Catástrofes, que no passado eram eventos espaçados, e crises energéticas a nível
nacional e mundial começam a ser freqüentes e noticiadas, sendo uma delas a crise de
abastecimento de energia elétrica do Brasil em 2001, quando os brasileiros foram obrigados a
fazer racionamento de energia elétrica e, outra quase crise que se anunciou em 2007 pela falta
de chuvas no período.
A questão da consciência ecológica é difundida e ganha espaço no cenário mundial.
Estudos e pesquisas vêm sendo feitos para que se consiga achar alternativas para que os
recursos não-renováveis sejam poupados, e que com isso se consiga promover fontes de
energia mais limpa para abastecimento das cidades. Surge então o conceito de
sustentabilidade ambiental.
A sustentabilidade não tem que estar relacionada somente ao meio ambiente mas sim
com uma sociedade sustentável, aonde se deve ter um desenvolvimento sustentável, que
consegue entender o valor da natureza. Pode-se definir a sustentabilidade segundo
BURSZTYN, (1993) como:
-Sustentabilidade Social: tem como meta construir uma sociedade com uma melhor
distribuição da renda e dos bens de consumo, de modo a reduzir a desigualdade entre pobres e
ricos;
16
- Sustentabilidade Econômica: tem como meta obter um gerenciamento mais eficiente
dos recursos de um governo, e fazer com que este seja distribuído de forma justa nos âmbitos
público e privado, beneficiando a sociedade como um todo;
- Sustentabilidade Ecológica: tem como meta fazer com que os recursos sejam
extraídos de forma consciente do meio ambiente, com o mínimo de danos, limitar o consumo
de combustíveis fósseis e de outros recursos e produtos que se esgotam com facilidade
substituindo-os por recursos ou produtos renováveis e/ou abundantes, reduzir o volume de
resíduos e de poluição através da conservação de energia e de recursos da reciclagem,
promover a auto limitação no consumo de materiais por parte dos países ricos e dos
indivíduos de todo planeta, intensificar as pesquisas para obtenção de tecnologias de baixo
teor de resíduos e eficientes no uso de recursos para o desenvolvimento, e definir normas para
uma adequada proteção ambiental;
- Sustentabilidade Espacial: obter uma configuração rural-urbana mais equilibrada,
reduzir a concentração nas áreas metropolitanas, promover a agricultura, explorar o potencial
da industrialização descentralizada, proteger a biodiversidade;
- Sustentabilidade Cultural: buscar um desenvolvimento que busca potencializar as
capacidades locais de certa região ou comunidade local para promover processos de
modernização e de sistemas agrícolas integrados.
Todas estas sustentabilidades descritas acima estão de certa forma, interligadas a
construção civil, pois podemos nos valer delas na hora de projetar e executar. Para a escolha
do pessoal podemos estar utilizando sempre indivíduos que estejam próximos às áreas
construídas, facilitando assim o seu transporte, atingindo a sustentabilidade econômica, dando
recursos a indivíduos melhorando também a sustentabilidade social. A sustentabilidade
ecológica é a que temos uma ligação direta, pois fala sobre os recursos e sua exploração de
deve ser feita de maneira totalmente consciente, a espacial se faz presente em o indivíduo
encontrar emprego perto de casa não precisando se deslocar de suas áreas, mesmo sendo em
pequenos centros para conseguir um emprego, e por último a cultural que tem como estar
sendo vinculada pela escolha de matéria prima que esteja disponível na região, agraciando
assim os produtores de maneira geral, sem estar somente comprando de grandes produtores ou
em grandes centros.
17
Com as discussões em torno do aquecimento global houve um grande aumento no
interesse pelo tema do desenvolvimento sustentável, ajudando assim a despertar um maior
número de pessoas que se utilizam dos métodos construtivos não convencionais e de baixo
impacto ambiental. Isso traz um grande beneficio em relação ao impacto que um edifício
pode causar. A adoção de tecnologias como a geração própria de energia também pode
representar uma enorme economia.
Surgem inicialmente normas visando melhorar a eficiência de edifícios nos países
temperados e desenvolvidos que se expande, tendo como objetivo avaliar/comparar o grau de
sustentabilidade de um edifício. O Leeds, um sistema americano faz classificações nas
edificações se utilizando de vários parâmetros para isto, é um dos mais difundidos e
conhecidos. O HQE - Haute Qualité Environnemental, ou Alta Qualidade Ambiental
elaborada na França também faz classificações levando em consideração vários elementos de
um processo construtivo, serve de base para o Referencial Técnico de Certificação de
Edifícios do setor de serviços – Processo Aqua para escritórios e edifícios escolares de
outubro de 2007, que foi traduzido pela Fundação Vanzolini
1
e se encontra disponível no
mercado brasileiro, sendo este de caráter voluntário.
O Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos, objeto desta pesquisa, é o único que foi feito levando-se
em consideração as condições climáticas do Brasil, e é restrito a análise da eficiência
energética dos edifícios, não considerando os demais aspectos da sustentabilidade ambiental.
Segue abaixo na tabela 01 alguns exemplos de certificações existentes:
Tabela 01 - Certificações
País / Região Método / Sistema Ano
Reino Unido BREEAM (Building Research Estabkish Environmenmental
Assessment Method)
1990
Canadá BEPAC (Building Environmental Performance Assessment
Criteria)
1993
França HQE (Haute Qualité Environnemetal) 1993
Consorcio
Internacional
GBC (Green Building Challenge) 1995
1
Fundação Vanzolini: instituição privada, sem fins lucrativos, criada, mantida e gerida pelos professores do
Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
18
(iniciado no Canadá)
Estados Unidos LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) 1999
Japão CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building
Environmental Efficiency)
2002
FONTE: Zambrano, 2004
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1 Geral:
- Analisar a aplicação do método prescritivo de cálculo do Regulamento Técnico da
Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos e todos
os seus critérios;
1.2.2 Específicos:
- Fazer uma abordagem sobre o LEED.
- Citar os passos do caçulo do método prescritivo para aplicação do Regulamento Técnico da
Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos;
- Avaliar sua aplicabilidade no sistema de projeto brasileiro;
- Realizar um estudo de casos para edificações pré-existentes, utilizando o método prescritivo
de etiquetagem do Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos como referencial;
- Descrever alternativas para melhorar a classificação da edificação avaliada.
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
As mudanças climáticas, e outros problemas globais mais enfocados a partir da década
de 90 trazem novos rumos ao mundo globalizado. Os ecossistemas encontram-se cada vez
mais ameaçados, e para que sejam amenizados os danos causados ao meio ambiente é
necessário que se faça um uso racional dos recursos para que estes consigam se renovar, não
se esgotem ou causem o mínimo impacto possível na atmosfera.
19
Questões que envolvem o desenvolvimento sustentável vêm cada vez mais, ganhando
espaço e importância no cenário mundial. O Protocolo de Kyoto
2
é um exemplo da
preocupação internacional com as modificações globais, entre elas a do clima.
Algumas empresas, em função deste novo cenário, em áreas diferentes de atuação,
vem buscando melhorar os seus processos, implementando as certificações de suas
organizações e/ou produtos, conseguindo alcançar melhorias que muitas vezes são refletidas
externamente de uma maneira positiva no meio ambiente.
O setor da construção civil é um grande gerador de impactos ambientais que se
iniciam na extração da matéria-prima, muitas vezes não-renovável, até a fase da eliminação de
grande quantidade de resíduos gerados no processo de construção, que costumam ser
despejados em lugares inadequados no meio ambiente. Esses impactos são tanto maiores,
quanto menor for a preocupação e consideração a conceitos de desenvolvimento sustentável
que o arquiteto ou engenheiro considerar nas etapas iniciais de concepção do projeto em si.
Em alguns países do primeiro mundo, a concepção de projeto mais sustentável já é
muito praticada. Edifícios recebem classificações de acordo com os órgãos responsáveis por
esta avaliação, fazendo com que o mesmo venha a agregar ao seu produto não somente uma
boa edificação em relação à sua implantação, mas também levando em consideração o
marketing positivo que a edificação vai obter sendo um prédio eficiente, com um maior
potencial para se alcançar melhores preços na venda ou aluguel de uma unidade no mesmo.
A adoção de princípios de sustentabilidade na indústria da construção civil, ainda o
se encontra bastante difundida, nos países ditos em desenvolvimento. Tenha visto o Brasil
onde, por exemplo, se produz um grande número de resíduos que são descartados todos os
dias pelos milhares de canteiros de obras espalhados por todo o país.
Muitas alternativas de redução de consumo de insumos da construção civil, desde as
primeiras etapas até o uso da edificação, não são de custo elevado, tendo apenas que serem
bem dimensionadas e aplicadas de forma contínua dentro de uma instituição que se propõe a
fazer uma arquitetura dita sustentável.
2
Protocolo de Kyoto: tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão de gases
que provocam o efeito estufa.
20
O Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos veio para auxiliar na concepção de uma construção que
possua um sistema de uso da energia mais consciente, implementado pelo empreendedor.
Com isso, futuramente o mesmo poderá estar sendo usado em grande escala, fazendo com que
as edificões consigam reduzir o seu consumo de energia, ajudando ao meio ambiente.
O LEED será citado, pois é uma certificação reconhecida internacionalmente com
grande abrangência no mercado da construção civil. É uma certificação mais abrangente do
que o RTQ-C, pois trata de um maior número de elementos não considerando somente a
eficiência energética.
Os benefícios de uma construção sustentável são vistos em todas as etapas do processo
de concepção, construção e principalmente no pós-ocupação. A satisfação do cliente final
pode ser vista na valorização de um empreendimento que possui um novo valor no mercado
imobiliário, na conservação de energia que muitas vezes é um requisito básico a ser
implantado em uma edificação sustentável bem como o ganho do meio ambiente que é visto
desde o início do processo.
O LABCECA (Laboratório de Conservação de Energia), junto ao CNPq, esta
estudando o regulamento na Zona Bioclimática 5, a qual a cidade de Niterói esta inclusa. A
pesquisa tem como objetivo principal a aplicação do regulamento em uma edificação nesta
zona. A ANDEF foi escolhida como objeto de estudo primeiramente por fazer parte da ZB5,
por se tratar de uma edificação sem fins lucrativos a qual pretendemos entregar um relatório
sobre os resultados da avaliação, bem como propor algumas alternativas que ajudem a
edificação a se tornar mais eficiente, e por termos tido uma ótima aceitação da direção da
Associação que se mostrou totalmente a favor deste estudo. Como temos que ter acesso a
todas as áreas, esta colaboração se torna parte primordial para escolha da edificação.
1.4 METODOLOGIA
Para esta dissertação o método de pesquisa adotado foi a aplicada com estudo de caso.
A pesquisa aplicada objetiva um resultado prático visível em termos econômicos ou de outra
utilidade que não seja somente para o próprio conhecimento. (Schwartzman, 1979).
21
O estudo de caso tem o objetivo de analisar profundamente uma unidade, visando
evidenciar a mesma e suas características, tem um forte cunho descritivo.
A metodologia aplicada tem o intuito de mostrar quais são os procedimentos
necessários para aplicar o RTQ-C. Para a análise da edificação foi escolhido fazer o processo
de avaliação da edificação mediante o uso do método prescritivo de cálculo, que nos oferece a
facilidade de utilização de um manual, que descreve todos os passos necessários para que seja
feita esta avaliação.
Etapas:
- Revisão da bibliografia visando estudar a estrutura de certificações de avaliação da
qualidade ambiental;
- Apresentar de forma breve o LEED;
- Estudar o Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos em detalhes;
- Aplicar o Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos a um estudo de caso segundo descrito a seguir:
* escolha de uma edificação
* levantamento arquitetônico da edificação;
* levantamento fotográfico;
* levantamento dos métodos construtivos da edificação;
* aplicar o regulamento nesta edificação;
- Analisar a usabilidade deste processo, frente à realidade Brasileira;
- Analisar o resultado obtido relacionado à edificação checando os itens avaliados;
- Concluir expondo os aspectos relevantes no que tange ao uso e aos resultados do
Regulamento cnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de
Serviços e Públicos
1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
O trabalho foi subdividido nos seguintes capítulos:
22
Capítulo 1: Introdução. Abordam-se aqui as considerações iniciais, os objetivos gerais
e específicos da pesquisa, a justificativa e relevância do tema, bem como a metodologia
adotada e os meios para a concretização do trabalho.
Capítulo 2: As Certificações. Abordam-se aqui as certificações no cenário mundial
relacionando o sistema Leeds e seus vários tipos de classificação.
Capítulo 3: O Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de
Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos. Aborda-se a configuração do regulamento, seus
objetivos e procedimentos para sua aplicação.
Capítulo 4: Estudo de Caso - ANDEF. Neste capítulo temos a aplicação da norma na
edificação da Associação Niteroiense de Deficientes Físicos em suas três classificações, sendo
elas: a envoltória, a iluminação e o ar condicionado. São apresentados os resultados obtidos
na classificação da edificação feita pelo método prescritivo. Apresentação da análise do
estudo de casos bem como sugestões para melhora da Eficiência Energética nesta edificação.
Capítulo 5: Considerações Finais.
23
2- AS CERTIFICAÇÕES
2.1 A IMPORTÂNCIA DAS CERTIFICAÇÕES
2.1.1 Panorama atual e a necessidade das certificações
Os prédios coorporativos são responsáveis por grande parte do consumo de energia
elétrica. Os arquitetos, que passaram pelo período no qual a adequação da edificação ao
clima era indispensável, e foram pouco a pouco perdendo esta necessidade devido à evolução,
que trouxe com sigo o surgimento do aço e do concreto armado e de novas tecnologias, se
cada vez mais voltando à necessidade de interagir com o meio ambiente, e projetar de forma
que o uso racional dos recursos seja feito desde a etapa de concepção do projeto até a entrega
do mesmo, podendo ser pensando também em uma macro escala, considerando assim o ciclo
de vida total de uma edificação, juntando todas as etapas de concepção a o seu descarte
quando o mesmo se tornar obsoleto o for necessário demoli-lo.
Com os sistemas de iluminação e climatização sendo utilizados hoje em larga escala,
torna-se cada vez mais necessário aumentar a eficiência no uso de energia e em outros
componentes de uma edificação. Segundo Geller, (1994, apud Lamberts, Dutra e Pereira,
1997, 19) “é mais barato economizar energia do que fornecê-lá , Podemos assim minimizar
os custos gastos com o setor público, podendo transferir estes recursos aos fabricantes de
equipamento para que estes consigam produzir produtos mais eficazes em relação ao consumo
de energia e com preços acessíveis e aos consumidores de forma geral.
Com o crescimento da necessidade de se utilizar energia elétrica cada vez em maior
escala nas edificações, torna-se interessante a implementação das certificações nas
edificações, trazendo benefícios o somente ao empreendedor que consegue aumentar o
valor de venda do seu imóvel mas também ao usuário que tem a sua produtividade aumentada
nos casos em que se consegue aumentar o conforto ambiental do local. O apelo de marketing
também é uma das vantagens que este tipo de edificação traz mostrando todas as vantagens de
um prédio eficiente.
Os edifícios comerciais, residenciais e blicos são responsáveis pelo consumo de
44,7% da energia elétrica produzida no país, e tem sua distribuição como ilustrado na figura 1
Figura 01
Consumo faturado no Brasil
Os países desenvolv
idos, devido
elétrica
eficiência energética. O Brasil, assim como
outros, fazia parte da lista de países que não possuíam nenhum tipo de normatização
relação ao consumo desenfreado, e
que vem sendo estudada por grupos de pesquisadores no país todo, com o intuito de sua
implementação a nível nacional.( Lamberts, Dutra e Pereira, 1997)
São necessários vários processos para se conseg
avalie o desempenho de uma edificação em relação
seja utilizável e eficaz sendo eles:
-
desenvolvimento de normas ligadas à edificação e aos equipamentos responsáveis
pelo uso final da energia;
-
treinamentos e atualizações periódicas dos profissionais que serão os responsáveis
pelo desenvolvimento do processo de certificação para que sejam capacitados para o
cumprimento da norma.
FONTE:
Consumo faturado no Brasil
Representatividade do setor de edificaçõe
idos, devido
à crise de energia e a
o alto consumo
no setor de edificações tiveram a nece
s
sidade da implementação de normas de
eficiência energética. O Brasil, assim como
Bangladesh, Botsuana, Índia
e
outros, fazia parte da lista de países que não possuíam nenhum tipo de normatização
relação ao consumo desenfreado, e
p
assando a ter desde 2007 a sua primeira regulamentação,
que vem sendo estudada por grupos de pesquisadores no país todo, com o intuito de sua
implementação a nível nacional.( Lamberts, Dutra e Pereira, 1997)
São necessários vários processos para se conseg
uir chegar a uma certificação
avalie o desempenho de uma edificação em relação
à
conservação de energia,
seja utilizável e eficaz sendo eles:
desenvolvimento de normas ligadas à edificação e aos equipamentos responsáveis
treinamentos e atualizações periódicas dos profissionais que serão os responsáveis
pelo desenvolvimento do processo de certificação para que sejam capacitados para o
FONTE:
EPE 2009, apud Estefânia Melo, 2009
24
Representatividade do setor de edificaçõe
s
o alto consumo
de energia
sidade da implementação de normas de
e
Nicarágua, entre
outros, fazia parte da lista de países que não possuíam nenhum tipo de normatização
em
assando a ter desde 2007 a sua primeira regulamentação,
que vem sendo estudada por grupos de pesquisadores no país todo, com o intuito de sua
uir chegar a uma certificação
que
conservação de energia,
que realmente
desenvolvimento de normas ligadas à edificação e aos equipamentos responsáveis
treinamentos e atualizações periódicas dos profissionais que serão os responsáveis
pelo desenvolvimento do processo de certificação para que sejam capacitados para o
25
Na figura 2 abaixo apresentamos a participação relativa dos componentes de rias
certificações ambientais. Observamos que cada item tem uma importância diferenciada.
Figura 02 – Distribuição dos créditos ambientais após normalização
FONTE: Gomes, 2007
Ilustração: Diego Caetano
2.1.2 O papel do arquiteto frente à discussão da eficiência energética mediante o projeto
arquitetônico
O arquiteto além de projetar a edificação, torna-se responsável em fazer projetos que
consigam alcançar um nível satisfatório de conservação de recursos não renováveis,
possibilitando assim a execução de edificações eficientes, que façam o uso racional de energia
e forneçam o conforto necessário a seus usuários. É o profissional responsável pela
concepção do projeto e pelo papel de integrar e interagir com os profissionais responsáveis
pelos projetos técnicos, fazendo a interface entre todos os profissionais para se possuir no
final um processo único e integrado. Ele tem que possuir um conhecimento básico de todos os
conceitos relativos ao desempenho energético de edificações e tornar possível e eficiente a
multidisciplinaridade de seu projeto, conforme ilustração esquemática da figura 3.
Figura 03
Para se ter uma edificação sustentável, d
serem utilizados, aproveitamento de forma abrangente do clima do local, se valendo das
orientações solares, paisagismo,
sombreamento. Além disso, o arquiteto tem que ter
mesma seja feita da melhor forma possível, devendo seguir fidedignamente os projetos
apresentados anteriormente, garantindo assim o bom desempenho desta edificão.
Os profissionais que estarão de certa forma envolv
engenheiros mecânicos
e elétricos, devem ter conhecimento necessários para dimensionarem
de certa forma adequada seus sistemas, para que se evitem desperdícios de energia.
As variáveis climáticas, humanas e arquitetônicas se f
de forma correta e ponderada, serão responsáveis pelo sucesso absoluto de um processo
equilibrado, que acarretará em um edifício com grande potencial de eficiência energética,
podendo assim ser certificado.
FONTE:
O Arquiteto como coordenador do processo
Para se ter uma edificação sustentável, d
eve ser levada
em consideração os materiais a
serem utilizados, aproveitamento de forma abrangente do clima do local, se valendo das
orientações solares, paisagismo,
localização de aberturas e vãos e dos d
sombreamento. Além disso, o arquiteto tem que ter
a preocupação com a execução para que a
mesma seja feita da melhor forma possível, devendo seguir fidedignamente os projetos
apresentados anteriormente, garantindo assim o bom desempenho desta edificação.
Os profissionais que estarão de certa forma envolv
idos no processo, bem como
e elétricos, devem ter conhecimento necessários para dimensionarem
de certa forma adequada seus sistemas, para que se evitem desperdícios de energia.
As variáveis climáticas, humanas e arquitetônicas se f
orem levadas em consideração,
de forma correta e ponderada, serão responsáveis pelo sucesso absoluto de um processo
equilibrado, que acarretará em um edifício com grande potencial de eficiência energética,
podendo assim ser certificado.
FONTE: Zambrano, 2004:71
FONTE:
Lamberts, Dutra e Pereira, 1997
Ilustração: Diego Caetano
26
em consideração os materiais a
serem utilizados, aproveitamento de forma abrangente do clima do local, se valendo das
localização de aberturas e vãos e dos d
ispositivos de
a preocupação com a execução para que a
mesma seja feita da melhor forma possível, devendo seguir fidedignamente os projetos
apresentados anteriormente, garantindo assim o bom desempenho desta edificação.
idos no processo, bem como
e elétricos, devem ter conhecimento necessários para dimensionarem
de certa forma adequada seus sistemas, para que se evitem desperdícios de energia.
orem levadas em consideração,
de forma correta e ponderada, serão responsáveis pelo sucesso absoluto de um processo
equilibrado, que acarretará em um edifício com grande potencial de eficiência energética,
27
2.1.3
"
Green buildings
"
No mundo existem diversas instituições que são responsáveis pelos processos de
certificações que são aplicados atualmente em edificações sustentáveis de acordo com seus
próprios parâmetros.
Os edifícios que conseguem esta certificação são chamados de Green Building, isto é,
edifícios verdes que são edificações nas quais foram aplicadas em suas técnicas construtivas e
procedimentais que buscam o aumento de sua eficiência em todos os sentidos, principalmente
do que se diz respeito à utilização de recursos, para que se possa reduzir os impactos
ambientais. Este processo é feito por meio de análise do ciclo de vida completo da edificação.
Os edifícios construídos considerando estes processos objetivam alcançar melhorias
em sua eficiência energética, no uso de água, na reutilização de materiais, participando de
forma ativa na redução do impacto ambiental, das emissões de carbono e dos custos
operacionais. Estes prédios podem possuir uma melhor qualidade do seu ambiente interno
causando assim uma maior satisfação dos seus usuários, uma redução dos problemas de saúde
dos usuários, uma maior produtividade, oferecendo uma educação ambiental aos mesmos. Em
muitos casos visa-se uma associação da marca, do proprietário ou do construtor, ao conceito
de sustentabilidade objetivando-se um marketing favorável. Segundo o GBC Brasil, “edifícios
verdes” podem contribuir para:
- escolas: 20% de melhora nas provas
- hospitais: pacientes deixam o hospital mais cedo
- escritórios: aumento de produtividade de 2 a 16%.
- manufaturas: aumento na produção
- comércio: aumento de vendas por metro quadrado.
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
28
Oberva-se que como existem várias formas de se classificar os edifícios, nem sempre
um tipo de classificação (da envoltória e parte central do edifício como por exemplo), irão
garantir os resultados apresentados esquematicamente na figura a seguir.
Figura 04 – Benefícios Green Building
Elaboração própria
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
2.2 O SISTEMA LEED GREEN BUILDING RATING SYSTEM
O sistema Leadership in Energy and Environmental Design, mais conhecido como
LEED, tem como objetivo principal a disseminação dos conceitos de
Green Building e com que as metas a serem alcançadas para a obtenção da certificação
LEDD-NC, isto é Novas Construções ou grandes projetos de reforma, seja difundida, sendo
apresentados detalhadamente todos os requisitos e pré-requisitos, sua forma de apresentação
para obtenção dos pontos para ser certificado, são avaliados os seguintes aspectos:
- a localização,
-o uso da água,
-a energia,
-a qualidade ambiental,
-os materiais utilizados e
-as inovações e processos.
CUSTOS
OPERACIONAIS
MAIS BAIXOS
REDUÇÃO
DO
CONSUMO
DE
ENERGIA
BENEFÍCIO
TOTAL
PARA O
MEIO
AMBIENTE
BENEFÍCIOS
DA SAÚDE
VALOR
PROMOCIONAL
E DE
MARKETING
MAIOR
PRODUTIVIDADE
29
O LEED Green Building Rating System é um sistema que certifica ou ratifica um
edifício que se propõe a utilizar os conceitos de sustentabilidade em seus processos fazendo
com que haja uma grande redução nos impactos ambientais. Foi criado pelo USGBC
3
- US
Green Building Council, isto é, uma organização não governamental reconhecida
internacionalmente que tem como foco principal a sustentabilidade de edificações e
empreendimentos imobiliários, foi criada em 1993 e hoje esta presente em 41 países. A
primeira versão do LEED foi lançada em janeiro de 1999 e hoje em dia já se encontra em sua
terceira revisão. No Brasil o LEED é representado oficialmente pelo GBC Brasil.
O LEED então contribui para diminuir a poluição, economizar energia, racionalizar o
uso da água, favorecer a utilização de materiais alternativos ou que sejam menos agressivos.
Objetiva o desenvolvimento de edifícios de alto desempenho e sustentáveis. Os critérios de
avaliação foram elaborados pelo USGBC.
O LEED tem sido bastante aplicado no mundo, sendo cerca de 1253 empreendimentos
que foram certificados no mundo, 38055 profissionais habilitados mundialmente e 19 no
Brasil, contando com 10.000 membros no USGBC, como pode ser visto nos gráficos a seguir.
(FONTE: Green Building Council Brasil,2009)
3
Organização não governamental com foco em sustentabilidade de edificações e empreendimentos imobiliários,
criado em 1993 nos Estados Unidos.
Figura 06
-
Evolução dos
empreendimentos registrados no Brasil
Figura 05 - Empreendimentos
registrados por categoria.
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
LEGENDA
NC- Novas Construções
CS- Envoltória e parte central
CI – Projetos de interiores
EB- Edifícios existentes
30
A representatividade de profissionais credenciados, no Brasil ainda é pequena, sendo
maior em São Paulo, seguido do Rio de Janeiro e Porto Alegre com uma demanda de mercado
muito grande. Os empreendimentos registrados vêm crescendo desde 2004 quando foi
certificado o primeiro empreendimento com um número aproximado de 75 em 2008. Os
registros também podem ocorrer em sigilo, o que resguarda o empreendedor de publicitar um
fracasso na obtenção desta certificação.
Hoje em dia existem 10 empreendimentos certificados no Brasil sendo eles:
Ag. Granja Viana Banco Real – Cotia – LEED NC 2.2 Silver
Laboratório Delboni Auriemo – São Paulo – LEED NC 2.2 Silver
Edifício Cidade Nova – Rio de Janeiro – LEED CS 2.0 Certified
Eldorado Business Tower – São Paulo – LEED CS 2.0 Platinum
Morgan Stanley Bank – São Paulo – LEED CI Silver
Rochavera Corporate Towers
Torre B
São Paulo
LEED CS 2.0
Gold
Ventura Corporate Towers Torre Leste
Rio de Janeiro
LEED CS 2.0
LEED Gold
WT Nações Unidas 1 e 2 – São Paulo – LEED CS 2.0 Silver
Centro de Distribuição BOMI – Itapevi – SP – LEED Silver
RIV – Bertioga – SP – LEED Certified
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Existem mais de 50 empreendimentos registrados LEED, o sigilosos no Brasil. O
processo de certificação pode ser sigiloso ou não. Quando o mesmo encontra-se em processo
de sigilo, não aparece na página do GBC Brasil na internet, o processo todo corre sem o
conhecimento de todos, podendo o prédio não ser certificado, e não ter sido divulgado este
processo.
Quando o registro não é sigiloso, podemos encontrar o nome dos empreendimentos na
página, sendo divulgado o seu registro, na parte de certificação da página.
31
O LEED é dividido em 8 categorias sendo elas vistas nas tabelas 02 e 03 a seguir.
Tabela 02- Classificações do LEED
LEED NC Novos edifícios comerciais e grandes projetos de renovação
LEED EB Edifícios existentes
LEED CI Projetos de interiores e edifícios comerciais
LEED CS Projetos da envoltória e parte central do edifício
LEED H Residências
LEED ND Desenvolvimento de bairros (localidades)
LEED Schools Escolas em desenvolvimento
LEED Retail Lojas em desenvolvimento
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
As pontuações necessárias para se conseguir cada categoria do LEED podem ser
resumidas na tabela 3.
Tabela 03 - pontuações para categorias LEED
PONTOS NECESSÁRIOS
CERTIFICADO PRATA OURO PLATINA
LEED NC 26 a 32 – 38% 33 a 38 – 48% 39 a 51 – 56% 52 a 69 – 75%
LEED EB 32 a 39 – 38% 40 a 47 – 47% 48 a 63 – 56% 64 a 85 – 75%
LEED CI 21 a 26 – 37% 27 a 31 – 47% 32 a 41 – 56% 42 a 57 – 74%
LEED CS 23 a 27 – 38% 28 a 33 – 46% 34 a 44 – 56% 45 a 61 – 74%
LEED H 45 a 59 – 35% 60 a 74 – 46% 75 a 89 – 58% 90 a 130 – 69%
LEED ND 40 a 49 – 38% 50 a 59 – 47% 60 a 79 – 57% 80 a 106 – 75%
LEED Schools 29 a 36 – 37% 37 a 43 – 47% 44 a 57 – 56% 58 a 79 – 73%
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
O processo de certificação do LEED se por pontuações que são alcançadas de
acordo com a categoria a ser atendida, sendo que para isto é necessário que se atenda
primeiramente aos pré-requisitos, isto é, requisitos mínimos a serem atendidos, para que o
mesmo tenha direito a acumulação de pontos. A pontuação é variada e a partir de um número
mínimo de pontos a construção poderá ser certificada podendo ser: certificada, prata, ouro ou
platina.
32
2.2.1 Categorias e Pontuações do LEED
As categorias e pontuações necessárias para se obter cada uma delas segue nas tabelas
4, 5, 6, 7 e 8.
LEED-CI (Projetos de Interiores e Edifícios Comerciais)
Tabela 04 – Pontuações para categoria LEED-CI
Os exemplos das fotos 1 e 2 são de duas edificações certificadas LEED-CI nos EUA.
CATEGORIAS
PRÉ-REQUISITOS PONTOS POSSÍVEIS
ESPAÇO SUSTENTÁVEL (SS) 0 7
EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA (WE) 0 2
ENERGIA E ATMOSFERA (EA) 3 12
MATERIAIS E RECURSOS (MR) 1 14
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (EQ) 2 17
INOVAÇÃO E PROCESSOS 0 05
TOTAL 6 57
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Foto
02
-
Boulder Associates Inc. Office
Certificado LEED-CI Gold- outubro 2005
Cidade: Boulder,
Colorado.
Foto
01
-
U.S Bank Morgan Stanley
Certificado LEED-CI Silver – agosto 2008
Cidade: Washington DC
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
LEED-
CS (Projetos de Envoltória e Parte Central do Edifício)
Tabela
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Os exemplos das fotos 3 e 4 são de edificações certificadas LEED
uma na cidade de
São Paulo e outra na cidade do Rio de Janeiro.
CATEGORIAS
ESPAÇO SUSTENTÁVEL (SS)
EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA (WE)
ENERGIA E ATMOSFERA (EA)
MATERIAIS E RECURSOS (MR)
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (EQ)
INOVAÇÃO E PROCESSOS
TOTAL
Foto
Certificado em LEED
Foto
Certificado em LEED
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
CS (Projetos de Envoltória e Parte Central do Edifício)
Tabela
05 - pontuações para categorias LEED-CS
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Os exemplos das fotos 3 e 4 são de edificações certificadas LEED
-
CS no Brasil, sendo
São Paulo e outra na cidade do Rio de Janeiro.
PRÉ-REQUISITOS
PONTOS POSSÍVEIS
ESPAÇO SUSTENTÁVEL (SS)
1
EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA (WE)
0
ENERGIA E ATMOSFERA (EA)
3
MATERIAIS E RECURSOS (MR)
1
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (EQ)
2
INOVAÇÃO E PROCESSOS
0
7
Foto
03
-
Ventura Corporate Tower Torre leste
Certificado em LEED
-CS 2.0 Gold – agosto 2009
Cidade: Rio de Janeiro - RJ
Foto
04 - Rochavera Corporate Tower Torre B
Certificado em LEED
-CS 2.0 Gold – setembro 09
Cidade: São Paulo - SP
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
33
CS (Projetos de Envoltória e Parte Central do Edifício)
CS no Brasil, sendo
PONTOS POSSÍVEIS
15
5
14
11
11
05
61
34
LEED-School (Escolas)
Tabela 06 - pontuações para categorias LEED-School
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Como o Brasil ainda não possui uma escola certificada, o exemplo abaixo é da cidade
de Washington, USA.
CATEGORIAS
PRÉ-REQUISITOS PONTOS POSSÍVEIS
ESPAÇO SUSTENTÁVEL (SS) 2 16
EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA (WE) 0 7
ENERGIA E ATMOSFERA (EA) 3 17
MATERIAIS E RECURSOS (MR) 1 13
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (EQ) 3 20
INOVAÇÃO E PROCESSOS 0 05
TOTAL 9 79
Foto 05 - Folder Sidwell Friends Middle School
Certificado em LEED SCHOOL Platinum março 2007
Cidade:
Washington
D.C.
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
LEED-ND
(Desenvolvimento de Bairro
Tabela
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
O Bairro Palhoça encontra
processo de certificação, segue abaixo fotos do mesmo.
DIVERSÃO
CATEGORIAS
ARTICULAÇÃO E LOCALIZAÇÃO (AES)
ESTRATÉGICA
BAIRRO E PROJETO PADRÃO (BPP)
TECNOLOGIA: ENERGIA, MATERIAIS
(TEMA) E ÁGUA
INOVAÇÃO E PROCESSOS
TOTAL
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
(Desenvolvimento de Bairro
- localidades - piloto
)
Tabela
07 - pontuações para categorias LEED-ND
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
O Bairro Palhoça encontra
-
se em processo de registro para poder participar do
processo de certificação, segue abaixo fotos do mesmo.
DIVERSÃO
MORADIA
TRABALHO
ESTUDO
PRÉ-REQUISITOS
PONTOS POSSÍVEIS
ARTICULAÇÃO E LOCALIZAÇÃO (AES)
6
BAIRRO E PROJETO PADRÃO (BPP)
2
TECNOLOGIA: ENERGIA, MATERIAIS
1
INOVAÇÃO E PROCESSOS
0
9
Foto
06
-
Pedra Branca
Cidade: Palhoça – SC
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
35
)
se em processo de registro para poder participar do
PONTOS POSSÍVEIS
30
39
31
6
106
36
LEED-EB (Edifícios Existentes)
Tabela 08 - pontuações para categorias LEED-EB
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Segue exemplos de prédios registrados LEED-EB e que esperam processo de
certificação, os dois encontram-se na cidade de São Paulo.
CATEGORIAS
PRÉ-REQUISITOS PONTOS POSSÍVEIS
ESPAÇO SUSTENTÁVEL (SS) 2 14
EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA (WE) 2 5
ENERGIA E ATMOSFERA (EA) 3 23
MATERIAIS E RECURSOS (MR) 3 16
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (EQ) 4 22
INOVAÇÃO E PROCESSOS 0 05
TOTAL 14 85
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Foto 08 - Edifício New Century
Registrado LEED-EB O&M
Cidade:
São Paulo
SP
Foto 07 - Nova Sede Serasa
Registrado LEED-EB
Cidade:
São Paulo
37
2.2.2 LEED-NC
O LEED-NC é a categoria mais completa de avaliação, com a análise de todas as
etapas de um empreendimento desde a escolha do local a a fase de ocupação.
Para se obter a certificação é necessária a apresentação basicamente de três tipos de
documentos:
- template ou declaração padrão LEED assinada por projetista responsável;
- plantas e memoriais descritivos de projetos e sistemas;
- cálculos (parte desenvolvida na própria declaração padrão ou fornecida como anexos).
Estas declarações tem que estar de acordo com as normas, o cumprimento do quesito
é feito pelo que for mais rígido, sendo este o da norma ou a solicitação do LEED, não
desobedecendo às normas de construção que são regidas pelo local da construção deste
empreendimento. Não é necessário o fornecimento de plantas com títulos em inglês, mas os
cálculos e memoriais de projetos e sistemas têm que estar. O processo de certificação é feito
da seguinte forma:
- registro do projeto;
- coleta de informações pelo time de projetos;
- cálculos e preparação de memoriais e plantas;
- envio da primeira fase (projetos);
- coleta e preparação de documentos da 2ª fase;
- envio da fase (construção final);
- treinamento para ocupação (obrigatório);
- pré-operação e pós-entrega (acompanhamento de 10 meses);
- análise para certificação (auditorias finais).
O custo para se fazer uma certificação é de:
- registro de projeto junto ao USGBC – U$ 600,00
4
- análise de projeto - U$ 1.500,00 até 5.000m
U$ 0,03
/
m
²
até 50.000m
U$ 15.000,00 mais de 50.000m
²
4
Dólar comercial R$ 1,71 em 16/11/2009
38
- certificação da obra - U$ 750,00 até 5.000m
²
U$ 0,015
/
m
²
até 50.000m
²
U$ 7.500,00 mais de 50.000m
²
- consultoria (não obrigatória) - aproximadamente 1% do custo.
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
É recomendada a contratação de um consultor que seja treinado e qualificado junto ao
LEED para poder fazer a tramitação de toda a documentação junto ao conselho. Segue abaixo,
na tabela 09, o aumento de custo sofrido na obra para certificar um empreendimento, e na
tabela 10, os pré-requisitos e pontos para se conseguir classificação LEED-NC.
Tabela 09 – custos adicionais nas construções com certificação LEED nos EUA
ESTIMATIVA DE ACRÉSCIMO NOS CUSTOS DE CONSTRUÇÃO
Certificated De 0,5 a 1,0 %
Silver De 1,0 a 2,0%
Gold De 2,0 a 4,0%
Platinum De 4,0 a 7,0%
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Tabela 10 – Pré-requisitos e pontos LEED-NC
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
CATEGORIAS
PRÉ
-
REQUISITOS
PONTOS POSSÍVEIS
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (EQ) 02 15
MATERIAIS E RECURSOS (MR) 01 13
ENERGIA E ATMOSFERA (EA) 03 17
ESPAÇO SUSTENTÁVEL (SS) 01 14
EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA (WE) 00 05
INOVAÇÃO E PROCESSOS 00 05
TOTAL 07 69
26
32
38
51
69
PONTOS
38% 48% 56% 75%
CERTIFICADO
PRATA OURO PLATINA
No Brasil existem dois empreendimentos certificados LEED
como exemplo.
Foto
Certificado LEED
Figura
Certificado LEED
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
No Brasil existem dois empreendimentos certificados LEED
-
NC que seguem abaixo
Foto
09
-
Banco Real Agência Granja Viana
Certificado LEED
-NC Silver – junho 2007
Cidade:
São Paulo
SP
Figura
07 - Mega Unidade Delboni Auriemo
Certificado LEED
-NC Silver – junho 2008
Cidade:
São Paulo
SP
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
39
NC que seguem abaixo
40
Segundo as informações divulgadas pelo GBC redução de vários tipos de impactos
ambientais nos prédios certificados. Salienta-se a informação da figura 08, que reflete uma
estimativa genérica, e que cada edifício tem um resultado específico e que não se pode,
generalizar os resultados.
Figura 08 – Redução de impactos negativos nos prédios com certificação LEED
FONTE: Green Building Council Brasil, 2009
Os edifícios registrados o os que ainda estão em processo para se certificar no
LEED. Durante o ano, o Green Building Council abre um período para que prédios que se
interessem em se certificar tenham a oportunidade de entregar todos os documentos
necessários para tal, após este o que a edificação passa por uma avaliação na qual serão
auditados todos os documentos e sua conformidade com a obra. Caso haja plena
compatibilidade e número de pontos suficientes, a edificação recebe a sua certificação
compatível com seu desempenho. Para ser certificada tem que ter sido registrada dentro dos
prazos estabelecidos pelo GBC Brasil. Após o cumprimento desta primeira etapa, a mesma
será auditada para ver a compatibilidade entre todos os documentos entregues e a execução da
obra. Caso a mesma esteja conforme, com todos os documentos necessários e compatíveis,
executado e projetado, a mesma passará por um processo de preenchimento de planilhas, que
após serem analisadas, dão uma pontuação, que dará a classificação final da edificação dentro
dos critérios estipulados pelo LEED.
ENERGIA
30%
USO DE
ÁGUA
30-50%
RESÍDUOS
50-90%
EMISSÕES
CO2
35%
41
3- O REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
DE EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E PÚBLICOS
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
5
O PROCEL- Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica do governo
federal, vinculado ao Ministério das Minas e Energia e executado pela Eletrobrás, foi criado
em 1985 com o intuito de articular o setor elétrico e a sociedade, visando o uso eficiente da
energia elétrica e apoiar pesquisas ligadas a este tema beneficiando assim a própria sociedade
com o objetivo de:
Combater o desperdício de energia elétrica;
Estimular o uso eficiente e racional de energia elétrica;
Fomentar e apoiar a formulação de leis e regulamentos voltados para as
praticas de eficiência energética;
Aumentar a competitividade do país;
Reduzir os impactos ambientais;
O RTQ-C Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de
Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos - foi criado com o intuito de atender a Lei nº
10.295, de 17 de outubro de 2001, que estabelece a Política Nacional de Conservação e uso
Racional de Energia visando desenvolver a eficiência energética no país, e o Decreto nº 4059,
de 19 de dezembro de 2001 que regulamenta a Lei citada acima e considera:
- a necessidade de zelar pela eficiência energética dos edifícios comerciais, de serviços
e públicos;
- a necessidade de se estabelecer requisitos mínimos de desempenho para os edifícios
comerciais, de serviços e públicos;
- a necessidade de estabelecer regras equânimes e de conhecimento publico para os
segmentos de projeto e construção de edifícios comerciais, de serviços e públicos.
5
Todas as considerações a respeito do RTQ foram baseadas no mesmo, tendo a autora feito uma análise e optado
por colocar esta observação do que colocar referências ao longo do texto.
O RTQ-
C procura através do estímulo e avalização dos projetos eficientes
energeticamente vencer as diversas barreiras existentes para a multiplicação desses edifícios
tais como:
Deficiência nos códigos de obras
Inadequações de projeto frente ao clima local
Ausência de simulação energética na fase de projeto
Pouco aproveitament
Má escolha de materiais construtivos na fase de execução
Utilização de equipamentos não eficientes
Falta de integração entre os profissionais envolvidos
Pouca especialização da mão de obra utilizada na construção civil
-
Dificuldades de financiamento
Com o surgimento do RTQ
eficiência energética de suas edificações.
O regulamento tem um caráter voluntário, para classificar edificações. Pode ser feito
através do método prescritivo, que leva em consideração pré
C procura através do estímulo e avalização dos projetos eficientes
energeticamente vencer as diversas barreiras existentes para a multiplicação desses edifícios
Deficiência nos códigos de obras
Inadequações de projeto frente ao clima local
Ausência de simulação energética na fase de projeto
Pouco aproveitament
o de energia renovável
Má escolha de materiais construtivos na fase de execução
Utilização de equipamentos não eficientes
Falta de integração entre os profissionais envolvidos
Pouca especialização da mão de obra utilizada na construção civil
Dificuldades de financiamento
.
Com o surgimento do RTQ
-C,
o Brasil entra para o grupo de países que classificam a
eficiência energética de suas edificações.
Segue abaixo o esquema de sua criação:
Figura 09 – Histórico criação do RTQ-C
FONTE: MELLO, 2009.
O regulamento tem um caráter voluntário, para classificar edificações. Pode ser feito
através do todo prescritivo, que leva em consideração pré
-
requisitos técnicos, que são
42
C procura através do estímulo e avalização dos projetos eficientes
energeticamente vencer as diversas barreiras existentes para a multiplicação desses edifícios
Má escolha de materiais construtivos na fase de execução
Pouca especialização da mão de obra utilizada na construção civil
o Brasil entra para o grupo de países que classificam a
Segue abaixo o esquema de sua criação:
O regulamento tem um caráter voluntário, para classificar edificações. Pode ser feito
requisitos técnicos, que são
43
fundamentais para se obter a classificação de edifícios comerciais, de serviços e públicos
quanto a sua eficiência energética e pode ser simulado quando houver necessidade.
Os edifícios que forem submetidos a este regulamento, devem atender a todas as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT- vigentes e aplicáveis.
3.2 ESTRUTURA DO REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE
O RTQ-C fornece a classificação de uma edificação através da determinação da
eficiência energética de três sistemas:
- envoltória
- iluminação
- condicionamento de ar
A etiqueta do edifício poderá ser realizada em diferentes situações onde a edificação a
ser analisada seja nova ou uma edificação pré-existente que esteja passando por um processo
de retrofit. Para as edificações novas, o prazo máximo para que a mesma consiga sua
certificação, é de três meses a partir do habite-se da edificação.
A edificação pode ser etiquetada em quatro partes, sendo elas:
- envoltória
- sistema de iluminação
- sistema de condicionamento de ar
- e a edificação como um todo (ou parte dela).
Os três itens mais bonificações são reunidos em uma equação geral de classificação do
nível de eficiência do edifício. Quando não forem analisados os três itens a etiqueta será
concedida parcialmente perante os itens analisados.
A classificação da envoltória é definida através das características físicas do edifício,
levando em consideração os componentes opacos e dispositivos de iluminação zenital, aonde
são levadas em consideração pré-requisitos e avaliação das aberturas através de equações pré-
determinadas que são usadas de acordo com a zona bioclimática de cada edificação e sua área.
44
A iluminação é determinada calculando a densidade de potência instalada pela
iluminação interna, de acordo com as diferentes atividades que são exercidas pelos usuários
em cada ambiente a ser analisado. O RTQ-C segue a norma NBR 5413 que trata de
iluminação em ambientes levando se em consideração uso e potência necessária para cada
setor.
A classificação da eficiência do sistema de condicionamento de ar pode dividida em
duas diferentes classes, sendo elas:
- sistemas individuais e split (que já possuem classificação do INMETRO);
- sistemas centrais de condicionamento de ar.
3.3 OBJETIVOS
O objetivo principal do RTQ é criar condições para a etiquetagem do nível de
eficiência energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos.
3.4 DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Para que a edificação seja regulamentada é preciso que a mesma possua uma área total
útil mínima de 500m² e/ou com tensão de abastecimento superior ou igual a 2,3W (subgrupos
A1, A2, A3, A3a, A4 e A5), incluindo edifícios condicionados, parcialmente condicionados e
não condicionados. Cabem a estes os edifícios de uso misto, tanto de uso residencial e
comercial, como de uso residencial e de serviços ou de uso residencial e publico.
O grupo A indica edificações que possuem o seu abastecimento de energia elétrica
feita por alta tensão, cujo limite é 2,3W, limite este estabelecido pelo RTQ-C. Seus subgrupos
indicam os seguintes limites de tensões:
- A1: igual ou superior a 230KV
- A2: de 88 a 138 KV
- A3: para 69KV
- A3a: de 30 a 44KV
- A4: de 2,3 a 25KV
- AS: para rede de abastecimento subterrâneo.
45
Para a avaliação de edifícios de uso misto, podendo ser residencial e comercial ou
serviços em uma mesma edificação, terão suas parcelas de uso calculadas separadamente,
sendo que estar parcelas terão que ter no mínimo área útil igual ou superior a 500m
²
.
3.4.1 Requisitos para classificação
Os grupos principais que estabelecem os requisitos para classificação é a envoltória, a
iluminação e o sistema de ar condicionado, que após serem analisados e classificados
separadamente, obtendo-se níveis de eficiência parciais, são colocados em uma equação geral
na qual obtemos a classificação geral da edificação. A cinco níveis de eficiência, tanto para a
classificação parcial como para geral, sendo elas de A (mais eficiente), B, C, D e E (menos
eficiente). As classificações parciais permitem a classificação parcial dos sistemas (envoltória,
iluminação e condicionamento de ar), e a classificação geral inclui todos os sistemas citados
acima mas as bonificações que a edificação possuir. As etiquetas parciais referem-se à
eficiência dos sistemas separadamente, e a etiqueta global é definida por uma equação que
contem pesos para balancear fazendo assim a relação entre todos os sistemas e suas
proporções, dando um valor geral de pontos de classificação do edifício completo. Segue na
figura 10, a representação da etiqueta utilizada para a classificação:
Figura 10 – Etiqueta de classificação do edifício completo do RTQ-C
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
46
A classificação parcial pode ser obtida através da análise do sistema de iluminação e o
de ar condicionado, que podem ser avaliados para um pavimento em específico ou para parte
do prédio conforme a solicitação feita. A classificação da envoltória só poderá ser feita para o
prédio como um todo, devendo ser solicitada pelo construtor ou incorporador do
empreendimento ou pelo condomínio. Deve ser feita a total disponibilização do local para
visitas dos avaliadores para que os mesmos possam adentrar todos os locais da edificação.
3.4.2 Equações do método prescritivo
3.4.2.1- Surgimento da equação da classificação da envoltória
O consumo de energia de uma edificação depende tanto da envoltória, do sistema de
iluminação, do sistema de ar condicionado, dos equipamentos e da forma de utilização da
edificação pelos usuários. Para se avaliar as variáveis devem ser conhecidas.
O sistema construtivo brasileiro não possui informações consolidadas das
características físicas e de uso. Sendo assim foi feito um estudo de campo para se conhecer
estas tais características que possuem parâmetros físicos que influenciam diretamente no
consumo de energia.
Vários pesquisadores brasileiros, em diferentes Universidades do País, contribuíram
para a formação de um banco de dados a respeito de edificações comerciais nas 8 regiões
bioclimáticas brasileiras através de projeto apoiado pelo CNPq, coordenado pela UFSC.
O levantamento fotográfico foi feito através de coleta de fotografias de edificações em
cinco cidades distintas: Florianópolis, Salvador, São Paulo, Recife e Belo Horizonte,
conseguindo-se assim volumetrias típicas para algumas atividades comerciais e outras
características relacionadas a parte exterior das edificações.
Posteriormente foi feito o levantamento in loco, que recolheu dados das características
internas. Foram gerados modelos representativos de edificações que puderam ser
disponibilizados para avaliações energéticas ou para simulação computacional do
desempenho térmico energético de edificações de uso comercial.
47
Após a escolha dos modelos foram feitas visitas para se recolher os seguintes dados:
- cargas internas dos equipamentos;
- iluminação e ocupação;
- padrões de uso da edificação;
- espessura e componentes de paredes e componentes de cobertura.
Foi solicitado as contas de consumo de energia elétrica das edificações selecionadas,
pelo período de dois anos, junto as concessionárias elétricas locais, a fim de avaliar o seu
consumo de energia. Através de uma lista de 450 edificações do grupo tarifário A4 da
CELESC, elas foram divididas segundo suas atividades e duas de cada foram selecionadas. Os
dados externos como percentual de área de janela de fachada, dimensões de proteções solares
e número de pavimentos forma conferidos no local. Alguns dados técnicos foram estimados.
Outros dados conseguidos através de entrevistas com os proprietários.
O estudo de campo forneceu bases para se modelar os protótipos de edificações para
simulação que obtêm dados para o desempenho energético com diferentes características.
Foram criados protótipos representativos e também protótipos ineficientes. As medidas
simuladas para variações paramétricas são:
- percentual de área de janela na fachada, PJF;
- fator solar dos vidros, FS;
- ângulo vertical de sombreamento, AVS;
- ângulo horizontal de sombreamento, AHS;
- transmitância térmica da cobertura, Ucob;
- transmitância térmica das paredes externas, Upar.
Foram simulados os protótipos com menor custo da energia conservada, foram geradas
equações de regressão linear multivariada. O programa utilizado foi o Energy Plus. Os
modelos foram simulados, alguns parâmetros sofreram alterações para valores pré-
estabelecidos, tanto para os eficientes quanto para os ineficientes. Foram utilizados três
indicadores para avaliar o custo de implementação de medidas que economizam energia
sendo eles:
- MCE: medida de conservação de energia;
- CEC: custo de energia conservada
- CCV: custo do ciclo de vida
48
- pay-back: retorno do investimento.
O processo de simulação é composto por ciclos de simulações contendo cada um cerca
de 5 a 6 blocos. Alguns fatores são alternados para cada mesmo bloco. A simulação forneceu
dados de consumo de energia os quais foram utilizados para o desenvolvimento das equações.
Dois grupos de variáveis foram utilizadas, as características primárias que consistem nos
parâmetros globais analisados e as secundárias que compõem o envoltório.
As variáveis com maior influência no processo de economia de energia foram
selecionadas para serem avaliadas em regressões múltiplas. Foram criados modelos de
referência cuja eficiência é conhecida e a partir da análise de suas características visando o
desenvolvimento da equação foram indicados os seguintes parâmetros a serem incluídos:
- densidade de carga interna
- padrão de uso
- volumetria
- medidas de conservação de energia.
As variáveis, mais explicativas do consumo de energia elétrica, foram selecionados
para compor a equação. Duas equações foram produzidas levando-se em consideração a área
construída, considerando então a área de projeção da edificação, para edificações com área
menor que 500m
²
e para área maior que 500m
²
, visto que seus resultados de simulação
apresentavam diferenças importantes. Apresentamos nas rmulas 1 e 2, as equações dos
índices de consumo para as zonas bioclimáticas 2 e 3:
Para Ape
≤ 500m²:
ICenv= -175,30 . (Apcob/Atot)-212,79. (Aenv/Vtot)+21,86. PAFt + 5,59 . FS – 0,19. AVS + 0,15
. AHS + 275,19. (Apcob/Atot). (Vtot/Aenv)+ 213,35 . (Apcob/Atot). (Aenv/Vtot)-0,04PAFt . FS
. AVS – 0,45. PAFt . AHS + 190,42
Formula 1
Para Ape > 500m²:
ICenv: - 14,14 . (Apcob/Atot)-113,94.(Aenv/Vtot)+50,82 . PJF + 4,86.FS-0,32.AVS + 0,26 . AHS-
1,76.Ucob-35,75. (Vtot/Aenv)-0,54.PJF.AHS+280,46
Formula 2
49
Onde:
IC : indicador de consumo (adimensional);
Ape: área de projão da edificação (m²);
Atot: área total de piso (m²);
Aenv: área do envoltório (m²);
AVS: ângulo vertical de sombreamento (graus);
AHS: ângulo horizontal de sombreamento (graus);
PJF: percentual de área de janela na fachada (adimensional, para uso na equação);
Ucob: transmitância térmica da cobertura (W/m²K);
Vtot: volume total da edificação (m³).
As regressões multivariacionais também foram desenvolvidas para as outras zonas
bioclimáticas, utilizando-se como parâmetro o Zoneamento Bioclimático Brasileiro. Os
resultados encontrados por essas regressões, foram utilizados como coeficientes dos
diversos parâmetros das mesmas, para as 8 regiões bioclimáticas e para 2 dimensões de
edificações.
Figura 11 – Processo de criação da equação da classificação da envoltória
FONTE: CARLO, 2008
LEVANTAMENTO
FOTOGRÁFICO
MODELOS
REPRESENTATIVOS
PROTÓTIPOS
REPRESENTATIVOS
SIMULAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
PRIMÁRIAS
LEVANTAMENTO IN
LOCO
PROTÓTIPOS
INEFICIENTES
SIMULAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
SECUNDÁRIAS
EQUAÇÕES
INDICADOR DE CONSUMO
CEC
CCV
PAY
-
BACK
BENCHMARKING DA
ENVOLTÓRIA
50
3.4.2.2 Equação geral do nível de eficiência de classificação do edifício
A equação geral do método prescritivo é composta do equivalente numérico de cada
sistema analisado mediante uma relação de peso (estabelecidos por usos finais) sendo estes
pesos:
- envoltória 30%
- iluminação 30%
- condicionamento de ar 40%
Para se utilizar na equação geral o equivalente numérico será sempre um número
inteiro, que é obtido através de uma tabela para a envoltória, sendo que para o caso da
iluminação e do ar condicionado este equivalente poderá ter números com casas decimais.
Figura 12 – Equação geral de classificação e suas variáveis
PT=
0,30{(EqnumEnv . AC)+(APT. 5 + ANC. EqNumV)}+0,30(EqNumDPI)+0,40.{(EqNumCA. AC) (APT.5+ANC.EqNumV)}+b
1
0
AU AU AU AU AU AU
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Onde:
EqNumEnv é o equivalente numérico da envoltória;
EqNum DPI é o equivalente numérico do sistema de iluminação, identificado pela sigla DPI,
de Densidade de Potência de Iluminação;
EqNumCA é o equivalente numérico de ambientes não condicionados e
/
ou ventilados
naturalmente;
APT é a área de piso dos ambientes de permanência transitória, desde que não condicionados;
ANC é a área de piso dos ambientes não condicionados de permanência prolongada;
AC é a área de piso dos ambientes condicionados;
Peso
Bonificações
Equivalente
Numérico
Equivalente
Numérico
para nível A
Fração não
condicionada-
longa
Equivalente
Numérico
Equivalente
Numérico
Fração não
condicionada-
curta permanência
Fração
condicionada
do edifício
Peso Peso
51
Au é a área útil;
b é a pontuação obtida pelas bonificações, que varia de zero a 1.
Segue abaixo a tabela de equivalente numérico utilizada para a substituição na
equação geral:
Tabela 11 – Equivalente numérico para cada nível de eficiência (EqNum)
A 5
B 4
C 3
D 2
E 1
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
O número de pontos obtidos na equação PT acima dará o valor que irá definir a
classificação geral da edificação que será comparado com a tabela abaixo.
Tabela 12 – Classificação geral
PT Classificação Final
≥4,5 a 5
A
≥3,5 a <4,5
B
2,5 a
<
3,5
C
1,5 a
<
2,5
D
<
1,5
E
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
3.4.3 A simulação e as bonificações
O método que envolve a simulação é utilizado para casos mais complicados e
/
ou que
necessitem de flexibilidade em sua avaliação. É indicado para se conseguir:
- avaliar um projeto que possua vários elementos que deixem o método prescritivo com
cálculos duvidosos;
- avaliar a incorporação de inovações tecnológicas;
52
- avaliar edifícios não-condicionados ou parcialmente condicionados que necessitem deste
método;
- incorporação de soluções que não façam parte do RTQ-C e que precisam ser comprovadas.
As bonificações são referentes aos pontos que a edificação possa obter extra, após o
cálculo da equação geral, podendo ganhar um ponto a mais neste resultado caso possua:
- sistemas e equipamentos de racionalização da água;
- sistemas e fontes renováveis de energia;
- co-geração, gerando uma economia de no mínimo 30% anualmente;
- inovações tecnológicas ou sistemas que aumentes a eficiência da edificação.
3.4.4 Os pré-requisitos gerais
Os pré-requisitos são necessários para que o edifício consiga ser classificado nas
categorias A, B, ou C. Devem ser analisados e mesmo que a classificação após o cálculo
esteja dando A, este não conseguirá manter por não ter atendido a algum ou mais pré-
requisitos. São eles:
- possuir circuito elétrico com possibilidade de medição centralizada por uso final, sem este
item o nível de eficiência a ser atingido poderá ser no máximo C;
Exceções:
- hotéis, desde que possuam um desligamento automático para seus quartos;
- edificações com múltiplas unidades autônomas de consumo;
- edificações cuja data de construção seja anterior à publicação deste regulamento.
- requisitos mínimos para que um edifício possua classificação A:
- se houver demanda utilização de sistema de aquecimento de água eficiente isto é,
aquecimento solar, a gás, bombas de calor ou por reuso do calor;
- no aquecimento solar utilizar o máximo de área dentro do possível para instalação
dos coletores;
- controle de Inteligência para prédios que possuírem mais de um elevador para uma
mesma função;
- no caso de utilização de bombas de água centrífuga, as mesmas devem fazer parte do
PBE
/
Inmetro.
53
3.4.5 Os pré-requisitos específicos
Além dos pré-requisitos gerais, cada parte da avaliação envoltória, iluminação,
condicionamento de ar e simulação devem cumprir os seus pré-requisitos específicos de
acordo com os critérios de cada item.
3.5 ENVOLTÓRIA
A envoltória, isto é, planos externos da edificação, compostos por fachadas, empenas,
cobertura, brises, marquises, aberturas, assim como quaisquer elementos que os compõem,
deve ser classificada levando-se em consideração vários aspectos, ela deve atender aos pré-
requisitos específicos, sendo que quanto mais alta for sua classificação, mais restritivos são os
requisitos a serem atendidos como podemos ver na tabela 13.
Tabela 13 – Tabela síntese dos pré-requisitos da envoltória
Nível de
Eficiência
Transmitância térmica da
cobertura e paredes exteriores
Cores e absortância
de superfícies
Iluminação
Zenital limitada a 5%
A X X X
B X X
C e D X
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
3.5.1 Nível A
3.5.1.1 Transmitânciarmica
DA COBERTURA: Para qualquer zona bioclimática, a transmitância térmica da
cobertura de ambientes condicionados artificialmente não deve ultrapassar 1,0W
/
m
²
K e para
ambientes não condicionados, não deve ultrapassar 2,00W
/
m
²
K. Os pisos que não possuírem
fechamentos laterais, mas que estejam localizados sobre ambientes de permanência
prolongada devem atender aos pré-requisitos de transmitância de coberturas, isto é pilotis,
varandas cuja área de piso seja superior a 25% da Ape.
54
DA PAREDE: Para se atender o desempenho para classificação A as paredes
exteriores foram divididas em dois agrupamentos por zonas bioclimáticas. Para as zonas
bioclimáticas 7 e 8, o limite de transmitância térmica varia de acordo com a capacidade do
térmica material, e são zonas aonde a inércia térmica apresenta efeito significativo no
desempenho térmico das edificações. Segue abaixo a síntese para a classificação.
Tabela 14 – Síntese das exigências para transmitância térmica máxima de paredes
exteriores
Zonas Bioclimáticas Transmitância térmica máxima
ZB 1 a 6
3,7 W
/
m
²
K
ZB 7 e 8
2,5 W
/
m
²
K para paredes com
capacidade térmica máxima de
80KJ
/
M
²
K
3,7 W
/
m
²
K para paredes com
capacidade térmica máxima de
80 KJ
/
M
²
K
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
3.5.1.2 Cores e absortância das superfícies
A cor de uma edificação faz com que a mesma possua uma capacidade maior de
reflexão ou de absorção da radiação solar transformando-a em calor interno. Quanto mais
escura for a cor utilizada, maior quantidade de calor será transformada em calor aquecendo
mais o ambiente interno.
São obrigatórios os seguintes pré-requisitos para as Zonas Bioclimáticas 2 a 8:
- utilização de materiais de revestimento externo de paredes com absortância solar
baixa,
α<
0,4 (cores claras);
- para coberturas não aparentes a absortância solar também é de 0,4, exceto para
coberturas de teto-jardim ou de telhas cerâmicas não esmaltadas.
As coberturas aparentes podem possuir absortâncias maiores que 0,4 por fazerem parte da
composição da fachada do edifício.
55
3.5.1.3 Iluminação zenital
A iluminação zenital é uma grande aliada para que se utilize menos iluminação
artificial nos ambientes, mas ao mesmo tempo em que ela proporciona este tipo de economia,
ela pode causar uma elevação da carga térmica pela radiação solar, causando assim a
necessidade de se utilizar um meio de condicionamento de ar artificial para que se consiga
equilibrar a temperatura de um ambiente, acarretando em uma economia por um lado e um
gasto maior por outro.
Com a alta qualidade de vidros existentes hoje no mercado, esta restrição da
iluminação zenital do RTQ-C faz-se possível, podendo assim continuar com a utilização de
iluminação natural.
Para que o projeto seja classificado como A, o mesmo deve possuir uma iluminação
zenital de no máximo 5% do percentual de abertura zenital o PAZ, caso a abertura seja
superior a este valor, para se conseguir a classificação A, é necessário que se utilize a
simulação computacional. Segue abaixo a tabela com os limites de fator solar de vidro e
percentual de abertura zenital para as coberturas.
Tabela 15 – Limites de fator solar de vidros e de percentual de abertura zenital para
coberturas
PAZ O a 2% 2,1 a 3% 3,1 a 4% 4,1 a 5%
FS 0,87 0,67 0,52 0,30
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
3.5.2 Nível B
3.5.2.1 Transmitânciarmica
DA COBERTURA: Para qualquer zona bioclimática, a transmitância térmica da
cobertura de ambientes condicionados artificialmente não deve ultrapassar a 1,5W
/
m
²
K, e
para ambientes não condicionados, o deve ultrapassar 2,05W
/
m
²
K. Os pisos de ares sem
fechamentos laterais localizados sobre ambientes de longa permanência devem atender aos
pré-requisitos de transmitância de coberturas.
56
DA PAREDE: a transmitância térmica das paredes externas não deve ultrapassar os
limites citados acima na tabela 24, sendo assim utilizados os mesmos requisitos da
classificação A.
3.5.2.2 Cores e absortância das superfícies
As exigências em relação às cores e absortância para o nível B são idênticas às do
nível A.
3.5.3 Níveis C e D
Os pré-requisitos para envoltória dos níveis C e D deve atender a exigência da
transmitância térmica máxima de 2,0 W
/
m
²
K para coberturas de qualquer tipo de ambiente,
não tendo que ver ambientes condicionados e não- condicionados separadamente. Os limites
para a transmitância térmica das paredes são iguais as dos níveis A e B, e para classificação C
e D não se tem pré-requisito para absortância de superfícies.
3.5.4 Procedimento de determinação do nível de eficiência
O Procedimento de determinação da eficiência da envoltória determina o método de
classificação da mesma baseado em um indicador de consumo obtido através de uma equação.
Casa zona bioclimática possui duas equações, sendo elas uma para edifícios com área de
projeção menor do que 500m
² e outra para área de projeção menor ou igual a 500m².
O cálculo do indicador de consumo o IC, tem como objetivo ver como a envoltória de
uma edificação vai impactar no seu consumo de energia, identificando assim envoltórias
mais eficientes na conservação de energia. A envoltória tem como objetivo proteger o
interior de uma edificação, fazendo assim com que as trocas térmicas ocorram de maneira
correta, sem que se ganhe muito calor no período mais quente do ano e nem que no
período mais frio esta troca ocorra muito rápido fazendo com que o ambiente se torne
desconfortável.
57
O Brasil por ser um pais com grandes áreas, foi dividido em zonas bioclimáticas que
tentam retratar para cada uma delas as características do clima local. Para o RTQ-C algumas
zonas foram agrupadas, pois no processo de criação das equações, não foram vistas
diferenças significativas nos resultados encontrados. Segue abaixo a tabela com as zonas
agrupadas para o estudo e as não agrupadas.
Tabela 16 – Síntese de agrupamento das zonas bioclimáticas
Zona bioclimática não agrupada Zona bioclimatica agrupada
ZB1
ZB2 e ZB3
ZB4 e ZB5
ZB7
ZB6 e ZB8
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Para cada uma destas equações, há limites máximos e mínimos para o Fator de Forma,
isto é a razão entre a área da envoltória sobre o Volume total. Estes valores podem ser vistos
abaixo na tabela 17, que relaciona os mesmos com as zonas bioclimáticas e os fatores de
forma aceitáveis.
Tabela 17 – Fator de forma máximo e mínimo por zona bioclimática
Zona bioclimática
Ape
<
500m
²
Fator de forma máximo
Ape
500m
²
Fator de forma máximo
1 0,60 0,17
2 e 3 0,70 0,15
4 e 5 0,75 Livre
6 e 8 0,48 0,17
7 0,60 0,17
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Segue a representação esquemática dos passos a serem seguidos para a escolha da
equação apropriada do Índice de Consumo para cada edificação:
58
Figura 13 – Fluxograma de escolha da equação de IC
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Para se iniciar o cálculo do Indicador de Consumo é necessário calcular as seguintes
variáveis:
Ape: área de projeção do edifício (m
²
);
Atot: área total de piso (m
²
);
Aenv: área da envoltória (m
²
);
AVS: ângulo vertical de sombreamento, entre 0 e 45º(graus);
AHS: ângulo horizontal de sombreamento, entre 0 e 45º (graus);
FF= (Aenv
/
Vtot), Fator de Forma;
FA= (Apcob
/
Atot), Fator de Altura;
FS= fator solar;
PAFt: percentual de abertura na fachada total (adimensional, para uso na equação);
Vtot: volume total da edificação (m
³
).
Determinar ZB do edifício
Determinar equação IC para a
ZB do edifício
Determinar Ape do edifício
A
pe
500m
²
A
pe
500m
²
Determinar
Fator de Forma
Determinar
Fator de Forma
Se FF
<
FF max
Utilizar FF
Se FF
>
FF max
Utilizar FF max
Se FF
<
FF min
Utilizar FF min
Se FF
>
FF min
Utilizar FF
59
O cálculo de AVS e AHS é feito levando-se em consideração os elementos que fazem
sombreamento tanto vertical quanto horizontal sobre a edificação, incluindo o auto-
sombreamento. Após a verificação de todos os ângulos é necessário se fazer uma média
ponderada pelas áreas dos elementos sombreados achando assim o ângulo dio que será
utilizado na equação.
Figura 14 – Cálculo de AHS
Figura 15 – Cálculo de AVS
Após a obtenção de todas as variáveis, o cálculo do IC é feito de três formas
diferentes, é calculado o ICenv, o ICmax e o ICmin. O ICenv é calculado utilizando os dados
obtidos a partir da análise do projeto do edifício, a não ser quando AVS e/ou AHS são
maiores que 45º, sendo assim utilizado este valor e o o encontrado. O Fator de Forma
também poderá sofrer alterações se o valor encontrado exceder o valor máximo ou mínimo
permitido, tendo assim que ser substituído conforme fluxograma acima.
FONTE: própria. Ilustração Diego Caetano, 2009
FONTE: própria. Ilustração Diego Caetano, 2009
60
Com o cálculo do ICenv pronto o próximo passo é o calculo do ICmax que
corresponde ao limite entre o nível D e E, e posteriormente o cálculo do ICmin. Tanto para o
cálculo do ICmax como o do ICmin quatro parâmetros são alterado conforme os valores
indicados nas tabelas a seguir:
Tabela 18 – Comparação de Parâmetros nas equações IC
ICenv ICmax ICmin
Ape IGUAL IGUAL
Apcob IGUAL IGUAL
Atot IGUAL IGUAL
Aenv IGUAL IGUAL
Vtot IGUAL IGUAL
FA IGUAL IGUAL
FF IGUAL IGUAL
PAFt Alterar para 0,60 Alterar para 0,05
FS Alterar para 0,61 Alterar para 0,87
AVS Alterar para 0 Alterar para 0
AHS Alterar para 0 Alterar para 0
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Os valores ICmax e ICmin representam respectivamente o consumo máximo e mínimo
para aquela volumetria em estudo. Com os valores obtidos o próximo passo é o calculo dos
limites dos níveis de eficiência para o edifício, que variam de edifício para edifício e são
calculados caso a caso.
3.5.5 Cálculo do indicador de consumo
Com a determinação dos limites máximo e mínimo obtidos, é obtido o valor do
intervalo (i) que define a mudança do nível de eficiência. O valor de i e de seus múltiplos é
subtraído de ICmáx formando assim os quatro intervalos de classificação. O valor de i é
obtido com a equação:
i= (ICmax – Icmin)
4
Segue a tabela com os intervalos dos níveis de eficiência e sua respectiva classificação
61
Tabela 19 – Limites dos intervalos dos níveis de eficiência
Eficiência A B C D E
Lim Mín
-
ICmax
3i+0,01
ICmax
2i+0,01
ICmax
i+0,01
ICmax + 0,01
Lim Máx
ICmax – 3i ICmax –2i
ICmax – i
ICmax
-
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Figura 16 – Ilustrações do cálculo de IC
i i i i
A B C D E
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Após a obtenção de todos os valores da tabela, é comparado o valor do ICenv para ver
em qual intervalo o mesmo se encaixa, dando assim a classificação da edificação.
3.5.6 Cálculo Ucobertura
Para elementos opacos que compõem um fechamento de uma edificação, a uma
transmissão de calor que acontece pela diferença de temperatura entre as superfícies internas e
externas, sendo que o sentido do fluxo de calor será sempre da superfície mais quente para a
mais fria.
Cada elemento opaco possui uma capacidade de absorção deste calor que é expressa
pela sua absortividade, que corresponde a quantidade de calor que será absorvida por ele e a
quantidade de calor que este mesmo material esta refletindo para o meio.
Com a elevação de uma temperatura externa a esta cobertura, haverá uma diferença de
temperatura entre a superfície interna e externa deste elemento que se traduzira em uma troca
ICmin
ICmax
-
3i
ICmax
-
2i
ICmax
-
i
ICmin
62
de calor que dependeda condutibilidade térmica (
λ
) de cada material. Além desta variável
a espessura do fechamento também é importante para o calculo da resistência térmica (R).
Para se obter a transmitância térmica da cobertura é necessário saber quais os
elementos compõem a mesma, suas espessuras e a condutibilidade térmica de cada material.
Após este levantamento é feito o cálculo utilizando a formula da resistência dos materiais que
se da por:
R(resistência) =______e (espessura do material)_______
Λ
(condutibilidade térmica do material)
Depois de feito o calculo de todas as resistências dos materiais que compõem a
cobertura é feito o calculo da resistência total da mesma somando todas as resistências dos
materiais encontrados com a resistência térmica superficial interna e externa do local que são
chamadas de RSi e Ser e estão representadas na tabela 20.
Tabela 20 – Resistência térmica superficial
Rsi (m².K/W) Rse (m².K/W)
Direção do fluxo de calor Direção do fluxo de calor
horizontal ascendente descendente horizontal ascendente descendente
0,13 0,10 0,17 0,04 0,04 0,04
FONTE: Lamberts, Dutra e Pereira, 1997
Com a obtenção da resistência total da cobertura inserimos o valor na equação
da transmitância térmica que se da por:
U(transmitância térmica) =________1________
RT (resistência total)
3.5.7 Cálculo Uparede
O calculo da transmitância rmica da parede e feito igualmente ao calculo da
transmitância térmica da cobertura, levando-se em consideração transmitâncias dos materiais,
espessuras e dimensões. Também é utilizada as resistências Rsi e Rse para o calculo da
63
resistência total que será inserida da formula da transmitância rmica obtendo assim o seu
valor.
Após os cálculos são avaliados todos os pré-requisitos para se encontrar a classificação
correta da mesma, sendo que mesmo que o valor for A e não atender a qualquer pré-requisito
este valor será igual a do pré-requisito atendido.
3.5.8 Cálculo da absortância
O cálculo da absortância é feito através do calculo de áreas que possuem a mesma cor
multiplicados respectivamente pela absortância para radiação de ondas curtas de cada cor.
Depois de obtido os valores separadamente, os mesmos são inseridos em uma formula para se
fazer uma média ponderada que será o resultado geral da absortância da parede da edificação.
3.5.9 Resultado final da classificação da envoltória
O resultado final da classificação da envoltória é obtido através da analise de todos os
resultados encontrados na análise da envoltória, sendo eles:
- transmitância térmica da cobertura;
- transmitância térmica da parede;
- absortância
- índice de consumo da envoltória.
O resultado se dará pela pior classificação obtida nos itens citados acima.
3.6 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
A iluminação artificial se faz necessárias para edificações, possibilitando que a mesma
seja utilizada mesmo em locais que não possuam iluminação natural ou no período noturno.
Para que seja feita uma boa iluminação é necessário que se utilize a NBR 5413 que define
níveis mínimos de iluminância necessários para diferentes tipos de atividades.
64
O sistema de iluminação é responsável por uma parte considerável de consumo de
uma edificação. O consumo pode ser direto, utilizando a eletricidade e o indireto decorrente
do calor gerado nesse processo. Surge assim a importância de um sistema eficiente que possa
oferecer a iluminância desejada para cada tarefa e que consuma menos energia. Os sistemas
eficientes são definidos através da densidade de potencia instalada do sistema de iluminação.
E para a avaliação do RTQ-C também são levados em consideração pré-requisitos que devem
ser atendidos.
3.6.1 Pré-requisitos específicos
Apresentamos abaixo os pré-requisitos para o sistema de iluminação.
3.6.1.1 Divisão de circuitos
Cada ambiente que possuir um fechamento por paredes ou divisória piso-teto deve
possuir pelo menos um dispositivo de acionamento do sistema de iluminação independente.
Para ambiente com área maior que 250m², cada dispositivo de controle instalado deve
controlar:
- uma área de até 250m² para ambientes até 1000m²;
- uma área de até 1000m² para ambientes maiores do que 1000m².
3.6.1.2 Contribuição da luz natural
Quando um ambiente iluminado artificialmente possuir entrada de luz natural,
podendo ser esta por janelas voltadas para o exterior da edificação ou para átrio não coberto,
ou possuir cobertura translúcida e com mais de uma fileira de luminárias paralelas à(s)
janela(s), estas devem possuir um controle para o seu acionamento independente, propiciando
o seu desligamento independente das outras luminárias, para que possam ser desligadas em
certos horários aproveitando assim a iluminação natural do ambiente.
65
3.6.1.3 Desligamento automático do sistema de iluminação
Para que se evite que ambientes desocupados fiquem com sua iluminação natural
ligada, o RTQ-C torna obrigatório a utilização de algum sistema de desligamento automático
da iluminação. Podem ser fornecidos três métodos.
- sistemas automáticos que desliguem a iluminação em horários pré-determinados com
uma área limite de 2500m²;
- sensor de presença que desligue a iluminação 30 minutos após a saída de todos os
ocupantes;
- um sinal de um outro controle ou sistema de alarme que indique que a área esta
desocupada.
A aplicação de um destes métodos torna-se obrigatória para ambientes com área
superior a 250m² para se obter nível A.
3.6.2 Procedimento de determinação da eficiência
A determinação da classificação do sistema de iluminação de uma edificação,
ambiente ou pavimento é dada pela densidade de potência de iluminação relativa final (DPI
RF
)
que é calculada e depois relacionada com o seu equivalente numérico. A partir dos
equivalentes numéricos e da ponderação pelas suas áreas, é feita a determinação de um
equivalente numérico único que condiz com a classificação final do sistema de iluminação.
Para se determinar a densidade de potencia de iluminação relativa final deve-se seguir
os passos descritos abaixo:
- o índice de ambiente (K);
- a densidade de potência de iluminação relativa limite (DPI
RL
);
- a iluminação de projeto (Ep), através da NBR 5413 – iluminação de interiores;
- a iluminação final, através do projeto luminotécnico (Ef);
- a densidade de potência relativa final (DPI
RF
).
66
3.6.2.1 Determinação do índice de ambiente (K)
O índice de ambiente (K) é utilizado para classificar diferentes ambientes utilizando
suas áreas, sob o ponto de vista luminotécnico, considerando uma distribuição padronizada
das luminárias.
K=
At + Apt
Ap
Onde:
K: indice de ambiente (adimensional);
At: área de teto, (m²);
Apt: área do plano de trabalho, (m²);
Ap: área de parede entre o plano iluminante e plano de trabalho, (m²).
A partir do K, determina-se o Fator de Utilização (Fu), que é fornecido nos catálogos
dos fabricantes. A equação de K pode mudar para diferentes ambientes. Para ambientes
retangulares com iluminação direta podemos utilizar a seguinte equação:
K= __C x L__
H (C+L)
Onde:
K= índice de ambiente, iluminação direta, (adimensional);
C= comprimento total do ambiente, (m);
L= largura total do ambiente, (m);
H= altura entre a superfície de trabalho e o plano das luminárias no teto, (m).
Para ambientes com iluminação semi-direta ou indireta:
K= __3x C x L__
2 x h(C-L)
Onde:
K= índice de ambiente, iluminação semi-direta e indireta, (adimensional);
67
C= comprimento total do ambiente, (m);
L= largura total do ambiente, (m);
h= altura entre a superfície de trabalho e o teto, (m).
OBS: Para o calculo de K, existem alguns casos que apresentam alguma diferenciação.
Ambientes com vários níveis e mezaninos, ou ambientes com setorização de usos com
necessidades de iluminação diferentes, necessitam de cuidados maiores tanto para a confecção
do projeto quanto para o calculo de K. No caso de várias atividades em um mesmo ambiente,
calcula-se um K para cada setor, utilizando o projeto luminotécnico para fazer esta
setorização.
3.6.2.2 Determinação da densidade de potência de iluminação relativa limite (DPIRL)
Após a definição do valor do índice do ambiente (K), o próximo passo é a
identificação deste valor na tabela de limite máximo aceitável de densidade de potencia de
iluminação (DPI
RL
) para o nível de eficiência pretendido. A tabela apresenta somente quatro
níveis que são classificados em A, B, C e D, sendo que o RTQ-C determina cinco níveis de
classificação, desta forma quando o valor ultrapassar os da tabela a classificação do ambiente
vai direto para E. Segue abaixo a tabela.
Tabela 21 – Limite máximo aceitável de densidade de potência de iluminação
(DPIRL) para o nível de eficiência pretendido.
classificação
Nível A Nível B Nível C vel D
índice de
ambiente
densidade
de potência
de
iluminação
relativa
W/m²/100lux
densidade
de potência
de
iluminação
relativa
W/m²/100lux
densidade
de potência
de
iluminação
relativa
W/m²/100lux
densidade
de potência
de
iluminação
relativa
W/m²/100lux
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
2,00 1,88 2,53 2,77 3,57
2,50 1,83 2,38 2,57 3,31
3,00 1,76 2,27 2,46 3,17
4,00 1,73 2,16 2,33 3,00
5,00 1,71 2,09 2,24 2,89
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
68
Caso o valor não se encontre na tabela o mesmo terá que ser interpolado linearmente.
Para valores menores que 0,6 considerar o valor de K mais baixo da tabela e para valores
maiores que 5 considerar o valor de K mais alto da tabela.
3.6.2.3 Determinação da densidade de potência de iluminação relativa final (DPIRF)
Com os valores de DPI
RL
obtidos, seguimos para a determinação de DPI
A
que é a
razão entre o número de luminárias do setor ou ambiente, vezes a potencia total da luminária
sobre a área do ambiente estudado. E o valor de DPI
RF
é obtido através da equação abaixo:
DPI
RF =
DPI
A
x 100
Ef
Onde:
DPI
RF
= densidade de potencia relativa limite, (W/m²/100lx);
DPI
A
= densidade de potencia absoluta, (W/m²);
Ef= iluminância final (lx).
Identificar o nível de eficiência energética para cada zona de iluminação que compõem
o ambiente e achar os valores de EqNumDPI que serão posteriormente ponderador por pelas
áreas dos ambientes calculados. Após este calculo identificar o cumprimento ou não dos pré-
requisitos para assim dar a classificação final do ambiente.
3.7 SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR
Os sistemas de condicionamentos de ar são avaliados no RTQ-C por dois métodos,
sendo eles os condicionadores que possuem avaliação do PBE/INMETRO ou não. Para os
aparelhos que já possuem esta classificação como os condicionadores de janela e split, o
classificados através do vel de eficiência que o INMETRO atribuiu a cada modelo. Para os
aparelhos sem esta classificação, estes são avaliados através do seu desempenho em relação a
certos níveis fornecidos pelo RTQ-C. O sistema de classificação do ar condicionado bem
como o de iluminação, permite uma classificação parcial, podendo ser esta de um único
ambiente, um andar inteiro ou mais de um de uma edificação ou da edificação toda.
69
3.7.1 Pré-requisitos
Para o sistema de ar condicionado obter classificação A, os condicionadores tipo de
janela ou unidades condensadoras de condicionadores tipo
split
devem estar sombreadas
permanentemente e com ventilação adequada para o interferir em sua eficiência. Este pré-
requisito é avaliado para cada ambiente separadamente. Caso não esteja atendendo a este pré-
requisito o nível do equipamento mesmo sendo A classificado pelo INMETRO, cairá para B.
3.7.2 Procedimento de determinação da eficiência
Para a classificação do nível de eficiência, é obrigatório que os sistemas de
condicionamento de ar utilizados na edificação possuam eficiência conhecida. No caso de
haver mais de um sistema independente de condicionamento de ar no edifício, os níveis de
eficiência de cada sistema separadamente deve ser avaliado e obtido o seu equivalente
numérico, que posteriormente terá o seu valor ponderado pelas áreas de cada ambiente, a fim
de se obter o equivalente numérico final que estará envolvendo todos os sistemas de
condicionamento de ar. Todos os sistemas de condicionamento de ar devem atender a norma
da ABNT NBR 16401 em relação a propiciar a adequada qualidade do ar interno.
3.7.3 Condicionadores de ar do tipo janela e do tipo split
3.7.3.1 Cálculo de carga térmica
As cargas térmicas de projeto devem ser calculadas de acordo com as normas e
manuais de engenharia de comprovada aceitação nacional ou internacional
3.7.4 Sistema de condicionamento de ar central
Para cargas térmicas superiores a 350KW deve-se adotar um Sistema de
condicionamento de ar central ou provar que os sistemas individuais consomem menos
energia. Para se achar as classes de eficiência energética com os requisitos mínimos de
eficiência de cada categoria deve se procurar na página eletrônica do Inmetro
(http:www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp).
70
Para o uso no RTQ-C deve se considerar sempre a última versão disponibilizada pelo órgão
que esteja publicada em sua página eletrônica citada acima.
3.7.5 Sistemas de condicionamento de ar não regulamentados pelo Inmetro
Os sistemas de condicionamento de ar não regulamentados pelo Inmetro deverão ser
classificados de acordo com os níveis e requisitos a seguir:
- vel A: os condicionadores de ar devem atender aos requisitos nimos de eficiência
apresentados na tabela 32, os resfriadores de líquido devem atender aos requisitos mínimos de
eficiência da tabela 33; os condensadores e torres de arrefecimento devem atender aos
requisitos mínimos da tabela 34 e todo o sistema de condicionamento de ar deve atender os
requisitos estabelecidos nos itens a seguir.
- vel B: os condicionadores de ar devem atender aos requisitos mínimos de eficiência
apresentados na tabela 32, os resfriadores de líquido devem atender aos requisitos mínimos de
eficiência apresentados na tabela 33, os condensadores e torres de arrefecimento devem
atender aos requisitos mínimos de eficiência da tabela 34.
- vel C: os condicionadores de ar devem atender aos requisitos mínimos de eficiência
apresentados na tabela 35, os resfriadores de líquido devem atender aos requisitos mínimos de
eficiência apresentados na tabela 36, os condensadores e torres de arrefecimento devem
atender aos requisitos mínimos de eficiência da tabela 37.
- vel D: os condicionadores de ar devem atender aos requisitos nimos de eficiência
apresentados na tabela 39, os resfriadores de líquido devem atender aos requisitos mínimos de
eficiência apresentados na tabela 38.
- Nível E: quando o sistema não se enquadrar nos níveis acima.
Segue em anexo as tabelas para classificação dos sistemas de condicionamento de ar
que não possuem classificação pelo Inmetro.
71
3.7.5.1 Cálculo de carga térmica
As cargas térmicas de projeto do sistema de aquecimento e resfriamento de ar devem
ser calculadas de acordo com normas e manuais de engenharia de aceitação geral pelos
profissionais da área.
3.7.5.2 Controle de temperatura por zona
- GERAL: Cada zona térmica deverá ter sua temperatura controlada por um termostato
individual. No caso de zonas térmicas que incluam um sistema perimetral, o mesmo deverá
ter o seu controle individualizado, este deverá ter uma distancia máxima de 15m entre eles.
- FAIXA DE TEMPERATURA DE CONTROLE: é utilizada em sistemas que atuam
com resfriamento e aquecimento, e é estabelecida para que os sistemas não se sobreponham.
É feito um intervalo mínimo de 3º, chamado
deadband,
isto é, uma faixa de temperatura de
controle, que garante que os sistemas sejam ativados ou desligados automaticamente de
acordo com a necessidade de cada ambiente.
- AQUECIMENTO SUPLEMENTAR: é utilizado para auxiliar a bomba de calor que
tem sua capacidade de utilização diminuída com o caimento da temperatura externa. Neste
caso é utilizada junto a bomba de calor uma resistência elétrica.
- AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO SIMULTÂNEO: é utilizado um sistema de
automação quando os equipamentos de aquecimento e resfriamento cobrem a mesma zona
térmica para que se evite o aquecimento e o resfriamento simultaneamente.
3.7.5.3 Automação
Para que o sistema de condicionamento de ar funcione sem desperdício deve-se adotar
pelo menos um dos sistemas de automação citados no RTQ-C, sendo eles:
- controles de automação com programação para que o sistema funcione de maneira
planejada, podendo ser a mesma diária, ou para até sete dias de programação, capazes de reter
72
esta programação e permitir ajustes durante falta de energia por pelo menos 10 horas, e incluir
um controle manual que permita o seu acionamento por até duas horas;
- utilização de sensores de presença que possuam a capacidade de desligamento do
sistema quando o ambiente estiver vazio por um período de 30 minutos;
- fazer o desligamento automático do sistema de ar condicionado quando for acionado
o sistema de segurança da edificação.
3.7.5.4 Isolamento de zonas
O sistema de ar condicionado deve ter ser servido de diferentes zonas térmicas para
que não sejam alimentadas áreas vazias de uma edificação quando a mesma estiver vazia. As
zonas devem ser agrupadas em áreas que não ultrapassem 2.300m², e não incluindo mais que
um pavimento por sistema.
3.7.5.5 Controles e dimensionamento do sistema de ventilação
Sistemas de condicionamento de ar com potência total de ventilação superior a 4,4kW
devem atender aos limites de potência dos ventiladores descritos na tabela 22:
Tabela 22 – Limite de potência dos ventiladores
Volume de insuflamento
de ar
Potência nominal (de placa) aceitável para o motor
Volume constante Volume variável
< 9.400 l/s 1,9 kW/1000 l/s 2,7 kW/1000 l/s
9.400 l/s 1,7 kW/1000 l/s 2,4 kW/1000 l/s
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
- Controles de sistema de ventilação para áreas com altas taxas de ocupação: áreas que
possuem uma capacidade de ocupação superior a 100 pessoas por 100 m², deve ter um
sistema para reduzir ou aumentar a vazão de ar de acordo com a ocupação do local.
- Ciclo economizador: é um sistema que controla a vazão de tomada externa do ar
desligando o sistema de condicionamento de ar, quando o ar externo possuir temperatura
73
menor do que o ambiente a ser climatizado. Deve ser feito o seu estudo de viabilidade técnica
e econômica antes de ser adotado, a razão custo beneficio deve ser de RCB0,80.
- Sistemas de exaustão: deve possuir
dumpers
motorizado ou controle por gravidade,
que possuem o fechamento automático do sistema quando o mesmo não estiver em uso.
- Acionamento otimizado: para os sistemas de ventilação com capacidade nominal
maior do que 5.000l/s, deve possuir um sistema de automação que corte os ventiladores que
não sejam necessário em determinadas horas do dia.
3.7.5.6 Recuperação de calor
Para os sistemas que possuírem ventiladores com capacidade individuais de
insuflamento de ar nominal maior que 2400 l/s, deve se utilizar um recuperador de calor que
faça a troca de calor entre o ar de renovação e o ar de exaustão.
3.7.5.7 Controles e dimensionamentos dos sistemas hidráulicos
Sistemas de condicionamento de ar com sistema hidráulico com bombas superior a 7,5
kW devem atender aos seguintes requisitos:
- Sistema de vazão de líquido variável: os sistemas de bombeamento de água ou do
líquido refrigerante do sistema devem possuir a capacidade de redução da vazão dos líquidos
em a50% quando necessário da vazão de projeto, atingindo todos os pontos necessários do
sistema.
- Isolamento de bombas: quando existir mais de um resfriador de líquido em uma
central única de água gelada, deve se assegurar o desligamento de uma das bombas quando a
vazão necessária para funcionamento do sistema for reduzida.
- Controles de reajuste da temperatura de água gelada e quente: controles das
temperaturas gelada e quente devem ser instalados no sistema para aumentar a eficiência do
mesmo e reduzir as perdas de calor nas tubulações.
74
3.7.5.8 Equipamento de rejeição de calor
Os equipamentos tais como condensadores a ar, torres de resfriamento abertas,
torres de resfriamento com circuito fechado e condensadores evaporativos devem atender as
tabelas dos aparelhos sem classificação do Inmetro. Nestes sistemas os ventiladores acionados
por motor com potência igual ou superior a 5,6 KW devem poder operar em carga parcial que
reduz significativamente o consumo de energia.
3.8 SIMULAÇÃO
O processo de certificação realizado através da simulação serve para provar que certos
projetos que não alcancem os parâmetros exigidos pelo RTQ-C podem ser eficientes e possuir
uma boa classificação. A simulação não descarta o método prescritivo.
3.8.1 Pré-requisitos específicos
Para se fazer a simulação o programa computacional deve atender as seguintes
características:
- ser um programa de análise de consumo de energia em edifícios;
- ser validado pela ASHRAE Standard 140;
- modelar 8760 horas;
- modelar variações horários de ocupação, potência de iluminação e equipamentos e sistemas
de ar condicionado, definidos separadamente para cada dia da semana e feriados;
- modelar efeitos de inércia térmica;
- permitir a modelagem de multi-zonas térmicas;
- para edifícios naturalmente ventilados ou não condicionados, deve ter capacidade de simular
as estratégias bioclimáticas adotadas no projeto;
- para edifícios com sistema de condicionamento de ar, o programa deve permitir modelar
todos os sistemas de condicionamento de ar listados no apêndice G da ASHRAE 90.1;
- determinar a capacidade solicitada pelo sistema de condicionamento de ar;
- produzir relatórios do uso final da energia.
75
3.8.1.1 Arquivo climático
O arquivo climático utilizado deve possuir no mínimo as seguintes características:
- fornecer todos os valores necessários para se rodar o programa de simulação bem como
temperatura e umidade, direção e velocidade do vento e radiação solar;
- os dados climáticos utilizados devem corresponder a zona bioclimática aonde o projeto foi
proposto, sendo que caso a região não possua este arquivo climático, deve-se utilizar dados
climáticos de uma região próxima que possua as mesmas características climáticas do local a
ser implantado a edificação;
- devem ser utilizados os arquivos climáticos fornecidos no site
U.S. Department of Energy
(TRY, TMY, SWEC, CTZ2...). Caso contrário o arquivo deve ser enviado ao laboratório para
conseguir sua aprovação antes da utilização.
3.8.1.2 Procedimentos para simulação
O processo de simulação de uma edificação utiliza dois modelos do edifício, sendo um
o modelo real com todas as características do modelo avaliado, e um modelo de referência,
similar ao modelo real mas com as características de acordo com a classificação a que se
pretende alcançar. O modelo de referência deverá passar pelo método prescritivo, para
determinação de alguns parâmetros deste modelo.
A partir da determinação dos dois modelos, ambos serão submetidos ao programa de
simulação, utilizando o mesmo arquivo climático. Os resultados serão comparados para ver se
o modelo real tem um consumo maior ou menor que o modelo de referência.
3.8.1.3 Edifícios condicionados artificialmente
Os edifícios condicionados artificialmente podem ser classificados através da
simulação. Dois modelos serão comparados, o real e o de referência, onde o modelo real deve
ser desenvolvido de acordo com a etiqueta desejada, isto é, geral ou parcial. Os dois modelos
devem ser simulados no mesmo programa, utilizando o mesmo arquivo climático.
76
Os modelos do edifício real e de referência possuem algumas características que são
iguais, permitindo assim sua comparação, possibilitando a avaliação dos sistemas. Ambos os
modelos devem ser simulados usando:
- mesmo programa de simulação;
- mesmo arquivo climático;
- mesma geometria;
- mesma orientação com relação ao Norte Geográfico;
- mesmo padrão de uso e operação dos sistemas; o padrão de uso deve ser o mesmo do
edifício real;
- os equipamentos devem possuir a mesma DCI (densidade de carga instalada) mesma
potência instalada, assim como o padrão de uso, freqüência com que estes são
utilizados, e horas de uso;
- mesmo padrão de uso de pessoas, com o mesmo valor de calor dissipado;
- mesmo sistema de condicionamento de ar, utilizando o COP estabelecido no modelo
de referência de acordo com o nível de eficiência permitido.
Tabela 23 – Limite de potência dos ventiladores
Etiqueta Modelo real
Envoltória Iluminação Condicionamento
de ar
ENCE Geral Características do
Ed. Proposto
Características do
Ed. Proposto
Características do
Ed. proposto
ENCE Parcial – Envoltória Características do
Ed. Proposto
Igual ao modelo
de referência
Igual ao modelo
de referência
ENCE Parcial envoltória e
sistema de iluminação
Características do
Ed. Proposto
Características do
Ed. Proposto
Igual ao modelo
de referência
ENCE Parcial envoltória e
sistema de ar condicionado
Características do
Ed. Proposto
Igual ao modelo
de referência
Características do
Ed. proposto
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
O modelo do edifício real deve apresentar todas as características da edificação
proposta, com todos os seus parâmetros construtivos, e com os sistemas a serem avaliados. A
envoltória deve possuir as mesmas características do edifício real, como transmitâncias, PAFt,
PAZ, ângulos de sombreamento e outros parâmetros.Devem ser representados todos os
77
sistemas de condicionamento de ar existentes. O sistema de iluminação deve ter a mesma DPI
que o edifício em análise.
O modelo do edifício de referência serve como base para a comparação com o modelo
real, deve apresentar as características para se obter o nível de eficiência desejado par ao
edifício proposto. Sendo assim, pode se tornar necessário o desenvolvimento de quatro
modelos de referências, um para cada nível de eficiência, A, B, C, e D.
Tabela 24 – Síntese das características do Modelo Real e do Modelo de Referência
Características do edifício Modelo de referência Modelo real
Geometria – dimensões Igual ao edifício proposto Igual ao edifício proposto
Orientação Igual ao edifício proposto Igual ao edifício proposto
Carga interna (DCI) Igual ao edifício proposto Igual ao edifício proposto
Padrão de uso: equipamentos
e pessoas
Igual ao edifício proposto Igual ao edifício proposto
Sistema de condicionamento
de ar
Igual ao edifício proposto com
COP mín. do nível desejado
Igual ao edifício proposto
Envoltória
PAZ
PAFt
AVS e AHS
Tipo de Vidro
Se existe no real
PAZ = 2%
Calcular através do IC
AVS = AHS = 0
Vidro simples, 3mm
FS= 0,87
Máx. para eficiência desejada
Máx. para eficiência desejada
Igual ao edifício proposto
DPI máx. para eficiência
desejada
Igual ao edifício proposto
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
3.8.1.4 Edifícios naturalmente ventilados ou não condicionados
Para edifícios naturalmente ventilados ou que possuam áreas o condicionadas com
longa permanência, é obrigatório comprovar a zona de conforto destes ambientes durante um
percentual das horas ocupadas. A tabela abaixo indica o equivalente numérico a ser usado na
equação de classificação geral da edificação, que pode variar de acordo com o percentual de
78
horas ocupadas em conforto (POC) que foi alcançada na simulação. Pode-se utilizar mais que
um EqNumV para diferentes ANC (área de piso de ambientes de permanência prolongada não
condicionados) podem ser usados na equação.
Tabela 25 – Equivalentes numéricos para ventilação natural
Percentual de horas
ocupadas em conforto
EqNumV Classificação final
POC
80% 5 A
70%
POC < 80% 4 B
60%
POC < 70% 3 C
50%
POC < 60% 2 D
POC < 50% 1 E
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
Na documentação apresentada para a etiquetagem, deve ser especificado qual a
hipótese de conforto adotada (ASHRAE 55, ISSO 7730, etc.), bem como o atendimento às
normas da ABNT de conforto acústico vigentes.
3.9 REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE – RAC-C
O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) apresenta parâmetros de eficiência energética de
edifícios, e para se fazer a sua classificação é necessário seguir alguns passos que são
descritos no Regulamento de Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência Energética
de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RAC-C)
3.9.1 ENCE geral e parcial
A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, ENCE, pode ser dada para o edifício
como um todo, ENCE geral, ou pode ser dada para uma parcela do edifício que foi analisada.
A classificação geral indica o nível de eficiência energética do edifício como um todo, isto é,
foi feita a análise da envoltória, da iluminação e do sistema de ar condicionado, somados as
bonificações que a edificação possa ter.
79
Para as classificações parciais temos o nível de eficiência de somente um, dois,
ou mesmo três sistemas independentes do edifício, sem uma classificação geral que integre os
três para considerar o nível de eficiência geral do edifício.
3.9.2. Processo de etiquetagem
Figura 17 – Fluxograma do processo de avaliação da conformidade
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
PROPRIETÁRIO
LABORATÓRIO DE INSPEÇÃO
INMETRO
Documentação
necessária para a
avaliação de projeto
Complementa a
documentação faltante
Verifica se a documentação
esta completa
Completa ?
Aplicar o RTQ
ENCE projeto
para registro
Registra a
ENCE projeto
Expede a ENCE
projeto
ENCE projeto
Documentação
necessária à avaliação do
edifício construído
Verifica se a
documentação esta
completa
Completa ?
Completa a
documentação faltante
Realiza a avaliação do
edifício construído
Edifício esta conforme
projeto etiquetado?
Diferenças de impacto
na eficiência?
ENCE para
registro
Registra a ENCE
Expede a ENCE
ENCE
sim não
sim
não
não
sim
não
sim
80
O fluxograma acima tem a finalidade de apresentar as etapas a cumprir pelo
proprietário, pelo laboratório de inspeção e pelo Inmetro, para que o edifício consiga a sua
ENCE, passando pelas etapas desde o pedido de avaliação até a sua classificação final. Tanto
edifícios novos quanto existentes podem ser submetidas ao RTQ-C, sendo que os mesmos
devem atender as especificações do regulamento para o nível de eficiência desejado, com
exceção das edificações existentes e construídas até o ano da publicação do RTQ-C (2009)
que não precisam atender ao pré-requisito geral de divisão de circuitos por uso final.
A edificação tem que ser avaliada tanto na fase de projeto quanto após sua execução
nos laboratórios designados pelo Inmetro.
3.9.3 Avaliação do projeto
A avaliação do projeto deve ser feita por um laboratório de inspeção para autorização
de uso da ENCE de projeto, após ser solicitada por seu proprietário. O laboratório de inspeção
é responsável pela avaliação da conformidade do projeto, com base na documentação e
projetos recebidos, de acordo com o método solicitado pelo proprietário.
Após esta avaliação o laboratório informa qual foi o nível de eficiência alcançado pelo
projeto para expedição de uma autorização para o uso da ENCE de projeto e o edifício é
incluído na lista de prédios etiquetados na pagina eletrônica do Inmetro.
3.9.4 Inspeção por amostragem do edifício
A inspeção do edifício é feita após a finalização da obra e obtenção do alvará de
conclusão da mesma. È feita uma visita através de um profissional habilitado do Laboratório
de Inspeção, que verifica se todos os itens previstos em projeto foram executados tal como
projeto avaliado. A inspeção é solicitada pelo proprietário que deve indicar o local e entregar
os documentos necessários listados no RAC-C. Caso hajam modificações relevantes em
relação a fase inicial de avaliação a mesma deverá ser refeita com os novos projetos, estas
modificações são indicados no
as built.
Caso as modificações não seja relevantes o processo
de avaliação terá continuidade.
81
O proprietário deverá disponibilizar algum responsável que conheça o edifício para
acompanhar a inspeção do mesmo, todas as áreas devem ter livre acesso para visitação. Caso
haja alguma diferença de execução da obra, o proprietário se notificado da não
conformidade e o processo deverá retornar a etapa de avaliação de projeto para identificar o
novo nível de eficiência do projeto com as modificações e conseqüentemente do edifício.
Após a aprovação da auditoria feita no edifício, será expedida a ENCE com a
classificação do edifício, esta deverá ser fixada em local visível para o público em geral.
3.9.5. Documentos necessários
Para se avaliar a edificação é necessário que se tenham os seguintes documentos:
- formulário de solicitação de etiquetagem assinado pelo proprietário;
- planilhas com dados de entrada que resuma as principais informações do edifício;
- quadro resumo com a relação de todos os documentos.
3.9.5.1
Método prescritivo
* projeto arquitetônico
- planta localização;
- plantas baixas de todos os pavimentos;
- planta de cobertura;
- cortes longitudinal e transversal;
- fachadas (todas);
- quadro de áreas;
- memorial descritivo e especificações de projeto arquitetônico.
* projeto de esquadrias;
* projeto elétrico e luminotécnico
* projeto hidrossanitário
* projetos especiais
* memorial de cálculo e especificações de projeto
* memorial de cálculo de projeto hidrossanitário
* memorial e especificações de projeto de condicionamento de ar
82
* declaração dos responsáveis técnicos pelo projetos de que cumpriram as normas técnicas
vigentes.
3.9.5.2
Método de simulação
Edifícios condicionados artificialmente, por completo ou em parte:
*Formulário de pedido de avaliação;
* Arquivos de entrada do modelo do edifício real e dos modelos de simulação;
* Toda a documentação para a avaliação do método prescritivo;
* Fotografias e desenhos técnicos das edificações vizinhas que façam parte da simulação;
* Programas de simulação que façam parte da Ashrae Standart 140 (BESTEST);
* Arquivo climático adotado;
* Planilhas com características de entrada do modelo do edifício real;
* Planilha com os resultados finais obtidos na simulação;
* Dados de saída geométricos;
* Dados de saída com os relatórios gerados.
Edifícios ou ambientes naturalmente ventilados, para o modelo do edifico real:
*Memorial indicando a existência de sistemas mecânicos de ventilação e sua especificação;
* Programa computacional de simulação;
* Arquivo climático;
* Planilha de ocupação por horas anual;
* Dados de saída da geometria do modelo do edifício real;
* Dados de saída com os relatórios gerados;
* Especificação das trocas de ar ocorridas no prédio;
* Dados de saída de temperatura em planilhas eletrônicas;
* Dados de saída dos graus-hora das temperaturas internas nos ambientes onde serão
avaliados para o ano completo.
83
4- ESTUDO DE CASO: ANDEF
A Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, ANDEF é uma organização não-
governamental fundada em 1981, sem fins lucrativos que faz o trabalho de inserção de
pessoas com deficiência na sociedade e pela garantia de seus direitos. Possui um
reconhecimento nacional e internacional como uma das maiores entidades de representação
no segmento que atua.
Trabalha com ações concretas para a melhoria da auto-estima e do nível de autonomia
dos participantes. Faz um trabalho social e inclui tanto a ajuda na parte física com fisioterapia,
terapia, nutricionista e médicos como na inserção no esporte de maneira significativa.
Trabalha com recursos próprios desde 1989, conseguindo ajudar em torno de 600
deficientes por mês, tendo o título de utilidade pública em níveis municipal, estadual e
federal. Com um investimento de cinco milhões de reais, construiu um Centro Social e
Esportivo em Niterói.
Foto 10 – Sede da ANDEF
Cidade: Niterói - RJ
FONTE: Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, 2009
Sede
Administrativa
84
Figura 18 – Planta de Situação ANDEF
Edificação do complexo
ANDEF a ser avaliada
para o Regulamento
Técnico da Qualidade do
Nível de Eficiência
Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e
Públicos.
85
Figura 19 – Planta Baixa 1º Pavto - ANDEF
Figura 20 – Planta Baixa 2º Pavto - ANDEF
4.1
AVALIAÇÃO SEGUNDO O
A edificação escolhida dentro do complexo da ANDEF
administrativa aonde são realizados os trabalhos de fisioterapia, consultórios, recepção,
escritórios e auditório.É uma edificação de dois andares, com as fachadas tendo uma grande
quantidade de vidro, tem um telhado que fica escondido por uma p
tijolo com argamassa, construídos no método convencional.
dentro do complexo por atender as exigências para ser etiquetada pelo regulamento.
levantamento in loco levou aos valores que estarão sendo
prescritivo de avaliação da edificação.
4.1.1 Cálculo da Envoltória
Cálculo U
cobertura
Dados:
Tipologia da Cobertura: Telha
ABNT NBR 15220-4 Parte 3
Zoneamento Bioclimático Brasileiro e Diretrizes Construtivas para Habitações
familiares de Interesse Social
FOTO: Cristiane Godoy, 2009
AVALIAÇÃO SEGUNDO O
MÉTODO PRESCRITIVO
A edificação escolhida dentro do complexo da ANDEF
administrativa aonde são realizados os trabalhos de fisioterapia, consultórios, recepção,
escritórios e auditório.É uma edificação de dois andares, com as fachadas tendo uma grande
quantidade de vidro, tem um telhado que fica escondido por uma p
latibanda e suas paredes de
tijolo com argamassa, construídos no método convencional.
Foi escolhida esta edificação
dentro do complexo por atender as exigências para ser etiquetada pelo regulamento.
levantamento in loco levou aos valores que estarão sendo
usados no cálculo do método
prescritivo de avaliação da edificação.
Tipologia da Cobertura: Telha
fibrocimento com forro e laje mista.
Zoneamento Bioclimático Brasileiro e Diretrizes Construtivas para Habitações
Foto
11
-
ANDEF
Cidade:Niterói - RJ
FOTO: Cristiane Godoy, 2009
86
A edificação escolhida dentro do complexo da ANDEF
foi a sede
administrativa aonde são realizados os trabalhos de fisioterapia, consultórios, recepção,
escritórios e auditório.É uma edificação de dois andares, com as fachadas tendo uma grande
latibanda e suas paredes de
Foi escolhida esta edificação
dentro do complexo por atender as exigências para ser etiquetada pelo regulamento.
O
usados no cálculo do método
Zoneamento Bioclimático Brasileiro e Diretrizes Construtivas para Habitações
Uni
87
Espessura telha = 0,7cm
Espessura laje = 12,0cm
Rtlaje = 0,09 (m²K/W)
Ctlaje = 95kJ (m²K)
Rsi = [m²K/W] – Direção do Fluxo de Calor (Descendente)
Rsi = 0,17
Rse = [m²K/W] – Direção do Fluxo de Calor (Descendente)
Rse = 0,04
U = [W/(m²K)]
U = 1,93
Rtotal = Rsi + 1/U + Rse Fórmula 1
Onde:
Rtotal = 0,17 + 1/1,93 + 0,04 = 0,72
Utotal = 1 =
1,37
W/(m²K)
0,72
A transmitância rmica da cobertura Utotal encontrada foi de 1,37 W/(m²K). Sendo
superior ao pré-requisito de áreas condicionadas para nível A. Contudo ele é inferior ao valor
limite de 1,5 W/(m²K) para o nível B. Como a iluminação zenital PAZ é maior que 5% não
se pode dar classificação A mesmo que o valor esteja dentro dos pré-requisitos, para isto é
obrigatória a simulação . Assim, a classificação é B.
Cálculo Uparede
Dados:
Tipologia da Parede: Parede de tijolos cerâmicos de seis furos rebocados em ambas as faces.
Resistência térmica do tijolo (Rtijolo)
A1= 0,01 x 0,32 = 0,0032 m²
R1 = e cerâmica = 0,10 = 0,1111(m²K)/W
λ
cerâmica
Seção 2 (tijolo + câmara de ar + tijolo + câmara de ar + tijolo)
A2= 0,04 x 0,32 = 0,0128 m²
R2 = e cerâmica + Rar + e cerâmica + Rar + e cerâmica
λ
cerâmica
λ
cerâmica
λ
cerâmica
R2 = 0,015 + 0,16+ 0,01 + 0,16 + 0,015 = 0,3644 (m²K)/W
0,90 0,90 0,90
88
Portanto a resistência do tijolo será:
R
tijolo
= 4 x A1 + 3 x A2 = 4 x 0,0032 + 3 x 0,0128 = 0,0512
4 x A1 + 3 x A2 4 x 0,0032 + 3 x 0,0128 0,2206
R1 R2 0,1111 0,3644
R
tijolo
= 0,231 (m²K)/W
Resistênciarmica da parede (Rt)
Seção A (reboco + argamassa + reboco)
Aa = 0,01 x 0,32 + 0,01 x 0,17 = 0,0049 m²
Ra = e reboco + e argamassa + e reboco
λ
reboco
λ
argamassa
λ
reboco
Ra = 0,02 + 0,10 + 0,02 = 0,1217 (m²K)/W
1,15 1,15 1,15
Seção B (reboco + tijolo + reboco)
Ab = 0,16 x 0,32 = 0,0512 m²
Rb = e reboco + R tijolo + e reboco
λ
reboco
λ
reboco
Rb = 0,02 + 0,2321+ 0,02 = 0,2669 (m²K)/W
1,15 1,15
Portanto a resistência da parede será:
Rt = Aa + Ab = 0,0049 + 0,0512 = 0,0561
Aa + Ab 0,0049 + 0,0512 0,2321
Ra Rb 0,1217 0,2669
Rt = 0,2417 (m²K)/W
Resistênciarmica total
Rt = Rsi + Rt + Rse = 0,13 + 0,2417 + 0,04 = 0,4117 (m²K)/W
Transmitância Térmica
U = 1 = 1 .
Rt 0,4117
U = 2,43 W/m²K
Portanto, a transmitância térmica da parede é inferior a 3,7W/m²K, logo sob esse
aspecto o prédio poderia ser classificado como A.
Cálculo da Absortância
Cobertura
Dados:
Área de Telha de fibrocimento - 329,97 m²
Área de Concreto aparente - 287,12 m²
Absortância da Telha fibrocimento – 0,80
Absortância do Concreto Aparente – 0,80
Fonte: ABNT NBR 15220-2, 2005.
89
Como os dois elementos possuem a mesma absortância, não será necessária a ponderação.
Absortância das cores:
Absortância da cor Azul Claro – 0,35
6
Absortância da cor Azul Escuro – 0,73
Acob = (área telha fibrocimento x absort. fibrocim) + (área concreto apar. X absortância conc)
área telha fibrocimento + área concreto aparente
Acob = (329,97 x 0,80) + (287,12 x 0,80) = 263,98 + 229,70
329,97 + 287,12 617,09
Acob = 0,80
Cálculo da Absortância
Parede
Tabela 26 - Materiais da Envoltória
Envoltória
Material Norte
Sul Leste
Oeste
Total
Vidro Cristal Refletivo Verde 6mm 217,38
93,97 46,40
46,07
403,81
Parede de Alvenaria Simples e=15cm
azul claro
12,86 118,96
47,77
47,28
226,87
Pilar em Concreto d=20cm concreto 3,55 39,03 17,74
17,74
78,06
Platibanda em Concreto e=15cm azul claro
48,72 45,86 29,83
29,83
154,23
FONTE: Elaboração Própria, 2009
Apar = (parede alv simples + platibanda) x abs. azul claro + (pilar em concreto x abs azul es)
Área parede alv simples + área platibanda + área pilar em concreto
Apar = (226,87 + 154,23) x 0,35 + (78,06 x 0,73) = 133,39 + 56,98
226,87 + 154,23 + 78,06 459,16
Apar = 0,41
Área de Projeção do Edifício
Ape = 549,10 m
Área Total de Piso
Atot = 549,10 x 2
Atot = 1098,20 m²
Área da Envoltória (m²)
Aenv = 403,81 + 226,87 + 78,06 + 154,23
Aenv = 862,97 m²
Volume total (m²)
Vtot = 549,10 x 6
Vtot = 3294,60 m³
6
Fonte: Dornelles, Roriz - artigo
90
Segue abaixo os cálculos de AVS e AHS.
Tabela 27 – Cálculo de AVS- ângulo vertical de sombreamento
Áreas em m2 dos vãos
Ângulo (º) norte sul leste oeste total
1,8
8,93 8,93
4,9
8,93 8,93
7,3
10,41 10,41
10,4
5,85 5,85
12,3
5,61
5,61
13,8
36,99
36,99
16,5
2,60
2,60
17,5
10,20 10,20 20,40
18
35,02 35,02
19,4
91,74 16,05 17,55 125,34
25,9
35,10 35,10
33
47,89
47,89
36,6
17,55
17,55
35,10
47,1
0,77
0,77
FONTE: Elaboração Própria, 2009
Tabela 28 – Cálculo de AHS- ângulo horizontal de sombreamento
Áreas em m2 dos vãos
Ângulo (º) norte sul leste oeste total
13,4
5,85 5,85
13,7
11,7 11,70
20,1
11,7 11,70
21
47,89 47,89
22,5
1,53
1,53
26,6
47,89
47,89
36,2
11,7 11,70
38,3
4,08 4,08
FONTE: Elaboração Própria, 2009
A ponderação do ângulo vertical de sombreamento é apresentada abaixo:
AVS
= (1,8 x 8,93) + (4,9 x 8,93) + (7,3 x 10,41) + (10,4 x 5,85) + (12,3 x 5,61) + (13,8 x
36,99) + (16,5 x 2,6) + (17,50 x 20,40) + (18 x 35,02) + (19,4 x 125,34) + (25,9 x 35,10) +
(33 x 47,89) + (36,6 x 35,1) + (47,10 x 0,77)/(8,93 + 8,93 + 10,41 + 5,85 + 5,61 + 36,99 + 2,6
+ 20,40 + 35,02 + 125,34 + 35,10 + 47,89 + 35,10 + 0,77) = 8047,96/378,92 = 21,24º
91
A ponderação do ângulo horizontal de sombreamento é apresentada abaixo:
AHS
= (13,4 x 5,85) + (13,7 x 11,7) + (20,1 x 11,7) + (21 x 47,89) + (22,5 x 1,53) + (26,6 x
47,89) + (36,2 x 11,7) + (38,3 x 4,08)/(5,85 + 11,7 + 11,7 + 47,89 + 1,53 + 47,89 + 11,7 +
4,08) = 3367,45/142,33 = 23,66º
AVS = 21,24º
AHS = 23,66º
FS (Fator Solar do Vidro) = 40%
Vidro Cristal Refletivo Verde 6mm
Fonte: Características técnicas de vidros monolíticos reflexivos (www.cebrace.com.br)
Catálogo ReflectaFloat, página 22.
O cálculo do percentual de abertura da fachada total PAFT foi calculado como
mostrado abaixo:
PAFt = Avidro = 403,81
Aenv 862,97
PAFt = 0,47 %
PAFt Fachada Oeste
PAFto = 46,07
140,92
PAFto = 0,33
O fator de forma que indica a proporção total da área de fachada pelo volume interno
do prédio é calculada a seguir:
FF = Aenv = 862,97
Vtot 3294,60
FF = 0,26
FA = Ape = 549,10
Atot 1098,20
FA = 0,50
O cálculo do Indicador de Consumo foi calculado pela fórmula:
Cálculo do IC
env
(Indicador de Consumo da Envoltória)
IC
env
= 511,12 x FA + 0,92 x FF – 95,71 x PAFt – 99,79 x FS – 0,52 x AVS – 0,29 x AHS
380,83 x FA x FF + (4,27/FF) + 729,20 + PAFt x FS + 77,15
ICenv = (511,12 x 0,50) + (0,92 x 0,26) – (95,71 x 0,47) – (99,79 x 0,40) – (0,52 x 21,24)
(0,29 x 23,66) – (380,83 x 0,5 x 0,26) + (4,27/0,26) + (729,20 x 0,47 x 0,40) + 77,15
ICenv = 255,56 + 0,24 – 44,98 – 39,92 – 11,04 – 6,86 – 49,51 + 16,42 + 137,09 + 77,15
ICenv = 334,15
92
Onde:
FA: fator de altura AVS: ângulo vertical de sombreamento
FF: fator de forma AHS: ângulo horizontal de sombreamento
PAFt: % de área de abertura da fachada total FS: fator solar
Na tabela 29 são mostrados os índices de consumo Icenv que foram calculados
segundo o RTQ-C.
Tabela 29 - Valores de IC
Zona Bioclimática 05
ICenv
ICmáxD
ICmin
i
357,96
447,97
239,49
52,12
Na tabela 30 abaixo, mostramos os limites máximos e mínimos para cada nível de
classificação da envoltória.
Tabela 30 - Classificação segundo o IC
Classificação
Eficiência A B
C
D E
Lim Mín - 291,62
343,74
395,86
447,98
Lim Máx 291,61
343,73
395,85
447,97
-
Classificação
-
-
C
-
-
A classificação máxima segundo o IC será C, como mostra a tabela 31.
Tabela 31 - Resumo da classificação
Índice Resultado Classificação
U
cobertura
1,37
[W/(m²K)]
B
U
parede
2,43 [W/(m²K)]
A
Absortância
parede
0,41 E
Absortância
cobert
0,80 E
ICenv 334,15 C
Avaliação Final da Envoltória:
O Indicador de Consumo da envoltória (IC) de 357,96 leva a uma classificação C.
Contudo, a edificação possui um Absortância da parede 0,41, que excede o valor máximo
admitido, neste caso o prédio é então classificado segundo a envoltória como
E
.
CLASSIFICAÇÃO FINAL DA ENVOLTÓRIA
EqNumENV
NIVEL E
93
4.1.2 Cálculo da Iluminação
O cálculo da iluminação foi feito a partir de uma setorização dos espaços. Esta foi
definida pela divisão dos ambientes, tomando como referência a altura dos planos e trabalho,
para a qual foram calculados os índices do ambiente (K). O cálculo de cada potência de
iluminação foi feito separadamente. Para o nível de eficiência final foi feita uma ponderação
com os resultados obtidos por setor, como mostramos nas tabelas 32 e 33.
Figura 21 - Iluminação 1º PAVTO
Figura 22 - Iluminação 2º PAVTO
Elaboração própria, 2009
94
Tabela 32 - Resumo dos valores para se obter classificação de iluminação
AMBIENTE
C L h K POT QUANT
P
TOT. ÁREA DPIA EQ DPIRF
NIVEL
CLASS.
k01
4,10 1,90 1,75 0,74 40 2 80 7,79 10,27
300 3,42
B
4
k02
2,80 2,50 1,75 0,75
40 1 40 7,00 5,71 300 1,90 A
5
k03
4,00 3,50 2,50 0,75
20 2 40 14,00 2,86 200 1,43 A
5
k04
5,00 4,45 2,07 1,14
40 2 80 22,25 3,60 300 1,20 A
5
k05
3,00 4,45 1,66 2,07
40 2 80 13,35 5,99 300 2,00
B
4
k06
2,00 2,00 1,90 0,53
40 1 40 4,00 10,00
300 3,33
B
4
k07
2,00 2,00 1,90 0,53
40 1 40 4,00 10,00
300 3,33
B
4
k08
2,00 2,00 1,90 0,53
40 1 40 4,00 10,00
300 3,33
B
4
k09
4,45 8,35 2,07 1,40
40 3 120 37,16 3,23 300 1,08
A
5
k10
8,20 4,00 1,75 1,54
20 4 80 32,80 2,44 200 1,22 A
5
k11
6,20 6,00 2,35 1,30
20 4 80 37,20 2,15 250 0,86 A
5
k12
1,65 4,60 2,50 0,49
20 3 60 7,59 7,91 250 3,16
B
4
k13
6,20 6,00 2,50 1,22
20 4 80 37,20 2,15 250 0,86 A
5
k14
8,20 4,00 2,50 1,08 20 4 80 32,80 2,44 200 1,22 A
5
k15
2,00 2,00 1,75 0,57 20 3 60 4,00 15,00
500 3,00
B
4
k16
12,60
8,20 1,75 2,84 40 9 360 103,32
3,48 150 2,32
A
5
k17
4,00 8,20 1,45 1,85 40 3 120 32,80 3,66 500 0,73 A
5
Elaboração própria, 2009
Tabela 33 - Resumo dos valores para se obter classificação de iluminação
AMBIENTE
C L h K POT QUANT
P
TOT. ÁREA DPIA EQ DPIRF
NIVEL
CLASS.
k18
4,10 4,13 2,35 0,88 40 1 40 16,95
2,36 300 0,79 A
5
k19
4,10 4,13 1,75 1,18 40 1 40 16,95
2,36 500 0,47 A
5
k20
4,10 4,13 2,35 0,88 40 1 40 16,95
2,36 300 0,79 A
5
k21
4,10 2,55 1,75 0,90 40 1 40 10,46
3,83 300 1,28 A
5
k22
8,30 2,35 2,50 0,73 20 2 40 19,51
2,05 250 0,82 A
5
k23
3,70 3,20 1,60 1,07 40 1 40 11,84
3,38 300 1,13 A
5
k24
4,10 4,10 1,60 1,28 40 2 80 16,81
4,76 300 1,59 A
5
k25
4,10 2,55 1,60 0,98 40 1 40 10,46
3,83 300 1,28 A
5
k26
2,95 3,20 2,50 0,61 40 1 40 9,44 4,24 300 1,41 A
5
k27
6,20 4,10 1,60 1,54 40 1 40 25,42
1,57 300 0,52 A
5
k28
4,10 5,65 1,75 1,36 40 1 40 23,17
1,73 500 0,35 A
5
k29
2,00 2,60 1,75 0,65 40 1 40 5,20 7,69 500 1,54 A
5
k30
2,00 2,60 2,50 0,45 20 1 20 5,20 3,85 500 0,77 A
5
k31
1,40 4,60 2,50 0,43 20 1 20 6,44 3,11 250 1,24 A
5
k32
1,70 4,60 3,95 0,31 20 1 20 7,82 2,56 250 1,02 A
5
k33
6,20 1,85 2,50 0,57 20 2 40 11,47
3,49 250 1,39 A
5
k34
2,80 4,60 3,95 0,44 21 1 21 12,88
1,63 250 0,65 A
5
k35
6,20 1,85 2,50 0,57 20 2 40 11,47
3,49 250 1,39 A
5
k36
8,25 4,10 1,60 1,71 120 2 240 33,83
7,10 500 1,42 A
5
95
k37
4,10 4,10 1,75 1,17 120 1 120 16,81
7,14 500 1,43 A
5
k38
4,10 4,10 1,60 1,28 120 1 120 16,81
7,14 500 1,43 A
5
k39
4,15 8,30 1,60 1,73 120 2 240 34,45
6,97 500 1,39 A
5
k40
4,15 4,15 1,60 1,30 120 1 120 17,22
6,97 500 1,39 A
5
k41
4,15 4,15 1,75 1,19 40 1 40 17,22
2,32 500 0,46 A
5
k42
6,20 4,10 1,75 1,41 140 1 140 25,42
5,51 500 1,10 A
5
k43
4,10 6,15 1,75 1,41 40 2 80 25,22
3,17 500 0,63 A
5
k44
2,00 2,10 1,75 0,59 20 1 20 4,20 4,76 250 1,90 A
5
k45
1,95 1,90 2,50 0,38 20 1 20 3,71 5,40 200 2,70 A
5
Elaboração própria, 2009
CLASSIFICAÇÃO FINAL DA ILUMINAÇÃO
EqNumDPI
4,95 NIVEL B
4.1.3 Cálculo do Sistema de Ar Condicionado
O prédio é atendido por vários sistemas independentes usando condicionadores de ar
de expansão direta do tipo doméstico (aparelhos de janela) e aparelhos divididos (split
system), atendendo a diversos ambientes conforme tabela abaixo:
Tabela 34 - Descrição dos sistemas de condicionamento de ar
pavimento
ambiente
atendido
Área
condicionador de ar
etiqueta PBE
configuração fabricante modelo potência*
térreo auditório 132,3
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
split Carrier Tempstar 30000
não
etiquetado
split Carrier Tempstar 30000
não
etiquetado
térreo fisioterapia 117,5
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
1º pav. presidência
28,4
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
1º pav. administração 90,5
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
ap. de janela Carrier Silentia 19000 A
1º pav. sala 01
16,0
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
1º pav. sala 02
16,2
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
1º pav. sala 03
32,8
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
1º pav. atend. médico 27,9 split De Longhi CP30226 12000
não
etiquetado
1º pav. serv social/ rh
27,6
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
1º pav. sala gerente
5,2
ap. de janela Electrolux Maximus 7500 A
1º pav. salas 01/02
20,5
ap. de janela Carrier Innovare 18000 B
1º pav.
fisioterapia
infantil
48,8
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
ap. de janela Carrier Mundial 18000 B
FONTE: Elaboração própria, 2009
96
Legenda
* Unidade em Btu/h
N / A Equipamento não avaliado pelo INMETRO
Apresentamos nas tabelas 35, 36, 37 e 38 os cálculos dos níveis de classificação do ar
condicionado para cada ambiente, ponderando-se os resultados parciais das máquinas por suas
respectivas potências, uma vez que estes ambientes possuem máquinas de diferentes níveis.
Tabela 35 - Cálculo de eficiência por ambiente – AUDITÓRIO (térreo)
TÉRREO - AUDITÓRIO
unidade
potencia
eficiência
numérica
equivalente
numérico
coeficiente
ponderado
resultado
ponderado
1 18000 B 4 0,19 0,75
2 18000 B 4 0,19 0,75
3 30000 E 1 0,31 0,31
4 30000 E 1 0,31 0,31
CLASSIFICAÇÃO NÍVEL D 2,12
FONTE: elaboração própria, 2009
Tabela 36 - Cálculo de eficiência por ambiente – FISIOTERAPIA (térreo)
TÉRREO - FISIOTERAPIA
unidade
potencia
eficiência
numérica
equivalente
numérico
coeficiente
ponderado
resultado
ponderado
1 18000 B 4 0,33 1,33
2 18000 B 4 0,33 1,33
3 18000 B 4 0,33 1,33
CLASSIFICAÇÃO NÍVEL B 3,99
FONTE: elaboração própria, 2009
Tabela 37 - Cálculo de eficiência por ambiente – ADMINISTRAÇÃO (1º pavto)
1º PAVTO - ADMINISTRAÇÃO
unidade
potencia
eficiência
numérica
equivalente
numérico
coeficiente
ponderado
resultado
ponderado
1 18000 B 4 0,49 1,95
2 19000 A 5 0,51 2,57
CLASSIFICAÇÃO NÍVEL A 4,51
FONTE: elaboração própria, 2009
97
Tabela 38 - Cálculo de eficiência por ambiente – FISIOTERAPIA
INFANTIL (1º pavto)
1º PAVTO - FISIOTERAPIA INFANTIL
unidade
potencia
eficiência
numérica
equivalente
numérico
coeficiente
ponderado
resultado
ponderado
1 18000 B 4 0,50 2,00
2 18000 B 4 0,50 2,00
CLASSIFICAÇÃO NÍVEL B 4,00
FONTE: elaboração própria, 2009
Apresentamos abaixo a tabela que contém a ponderação por área para a classificação
final da edificação para o condicionamento de ar. Para isso foi se utilizado todas as
ponderações feitas anteriormente que fizeram com que ambientes que possuíam mais de um
aparelho de condicionamento de ar, possuíssem uma única classificação segundo a
ponderação feita por potência dos aparelhos e apresentada nas tabelas. A ponderação geral da
classificação foi feita se utilizando a metragem quadrada dos ambientes.
Tabela 39 - Cálculo da eficiência da edificação
ambiente área (m²)
eficiência da
unidade
equivalente
numérico
coeficiente de
ponderação
resultado
ponderado
auditório
132,30 D 2 0,23 0,47
fisioterapia 117,50 B 4 0,21 0,83
presidência 28,40 B 4 0,05 0,20
administração 90,50 A 5 0,16 0,80
sala 01
16,00 B 4 0,03 0,11
sala 02
16,20 B 4 0,03 0,11
sala 03
32,80 B 4 0,06 0,23
atendimento médico 27,90 E 1 0,05 0,05
serviço social 27,60 B 4 0,05 0,20
sala gerente 5,20 A 5 0,01 0,05
salas 01 e 02 20,50 B 4 0,04 0,15
fisioterapia infantil 48,80 B 4 0,09 0,35
563,70 TOTAL 3,55
FONTE: elaboração própria, 2009
CLASSIFICAÇÃO FINAL DO SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR
EqNumCA
3,55 NIVEL B
98
4.1.4 Cálculo da Pontuação Geral da Edificação
A pontuação da edificação é caculada, segundo o RTQ-C, de acordo com a equação
para o lculo da classificação geral da edificação – PT- , apresentada abaixo.
PT= 0,30{(EqnumEnv . AC/AU)+(APT/AU. 5 + ANC/AU.
EqNumV)}+0,30(EqNumDPI)+0,40.{(EqNumCA. AC/AU) + (APT/AU.5+ANC/AU
EqNumV)}+b
1
0
Onde:
Tabela 40 - Dados para cálculo da classificação geral
FONTE: Elaboração própria, 2009
Substituindo:
PT= 0,30{(1 x 652/1100)+(206/1100 x 5 + 448/1100 x 1)}+0,30 x 4 +0,40.{(4 x 652 /1100)
+ (206/1100 x5+448/1100 x 1)}+ 1
PT= 0,30 x {(0,59+0,94+0,41)}+ 1,2 +0,40 x {(2,37+0,936+0,407}+1
PT= (0,30 x 1,94) + (0,30 x 4) + (0,4 x 3,71) + 1
PT= 4,267
CLASSIFICAÇÃO FINAL DA EDIFICAÇÃO
PT 4,27 NIVEL B
4.1.4 Considerações Finais
A ANDEF teve sua classificação geral como B por ter tido uma bonificação de 1
ponto por ter todo o abastecimento de água quente do complexo feito através do uso de
coletores térmicos.
EqNum Env
Equivalente numérico envoltória E = 1
EqNumDpi
Equivalente numérico iluminação B = 4
EqNumCA
Equivalente numérico ar condicionado B = 4
EqNumV Equivalente numérico ventilação natural E = 1
Bonificação Pontuação obtida pela bonificações 1
Apt Área do piso de ambientes de permanência
transitória
206,00 m
²
AC Área de piso dos ambientes condicionados
652,00 m
²
Anc Área de piso dos ambientes de permanência
prolongada
448,00 m
²
AU Área útil
1100,00 m
²
99
Mesmo a classificação tendo sido B, a edificação apresenta algumas deficiências que
podem ser melhoradas, com o objetivo de melhorar a sua eficiência energética e
conseqüentemente a sua classificação pelo RTQ-C.
4.1.5 Soluções para a melhoria da edificação
Envoltória:
- utilizar um isolamento térmico sobre a laje (sob o telhado), diminuindo assim a
transmitância térmica global da cobertura, conseqüentemente diminuindo a carga térmica
absorvida e final, diminuindo o consumo de energia elétrica desta edificação;
- substituir a cor das paredes e da cobertura por cores mais claras (menor absortância) e com
isso reduzir a carga rmica, reduzindo assim o consumo de energia elétrica e em paralelo
aumentando a classificação da edificação;
- utilizar um vidro com melhor fator solar
Iluminação:
- utilizar reatores com maior eficiência
- diminuir a Iluminância em ambientes com pequenas áreas
Condicionamento de ar:
- prever um brise externo na fachada W para reduzir a carga devido à insolação nos ambientes
localizados naquela parte do prédio.
- calcular a carga térmica do ambiente segundo processos de aceitação universal,
considerando a injeção de ar exterior conforme normas e legislação vigentes; em função desse
cálculo alguns equipamentos poderão ser substituídos e/ou remanejados.
- substituir os equipamentos sem etiqueta PBE por equipamentos regulamentados na faixa de
classificação A do INMETRO.
- instalar sistemas de ventilação para injeção de ar exterior nos ambientes condicionados.
- prever proteções para os condensadores das unidades garantindo sombreamento e ventilação
adequados.
100
5 - CONCLUSÃO
O RTQ-C tem como principal objetivo a redução do consumo de energia de uma
edificação, bem como estimular o uso de inovações tecnologias que ajudem neste processo e
construtores e incorporadores a aderirem aos conceitos de eficiência energética. A
etiquetagem baseia-se na avaliação da edificação em duas fases, de projeto e construída.
Avalia a envoltória, o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento de ar.
Grandes modificações permeiam o universo da construção civil desde a
implementação das certificações ligadas a esta área, com o objetivo de estimular construtores
e incorporadores a se utilizarem de conceitos do desenvolvimento sustentável em seus
empreendimentos.
Países como EUA, França, Japão e outros já possuem suas certificações. O Brasil
desde a 1ª crise de abastecimento de energia elétrica em 2000, criou a política de conservação
de energia que deu um grande passo em 2007 com a criação do Regulamento Técnico que tem
como objetivo etiquetar as edificações comerciais, públicas e de serviço com caráter
voluntário mas que poderá futuramente passar a vigorar como lei.
Uma das grandes dificuldades da implementação de empreendimentos eficientes
energeticamente é o custo da obra que segundo Luiz Henrique Ceotto, diretor de construção e
projetos da Tishman Speyer do Brasil, gira em torno de 5% a 7% a mais no custo da
construção de edificações que se submetam a etiquetagem do Procel nível A, sobretudo com a
facilidade de acesso as tecnologias com esse objetivo, seria alcançado uma economia de 40%
no pós-ocupação, que pagaria este custo no prazo máximo de três anos.
As edificações representam quase metade do consumo de energia do País, consumindo
segundo o Ministério de Minas e Energia 42% de toda energia elétrica produzida, sendo o
maior vilão o sistema de condicionamento de ar com 48% do consumo de energia elétrica
seguido pelo sistema de iluminação com 24%. Com a etiqueta, o Ministério de Minas e
Energia acredita em uma redução significante nestes números.
101
Mas até que ponto as certificações são realmente responsáveis pela redução do
impacto causado por uma edificação? Qual a veracidade de um processo de avaliação de uma
edificação que tem como ponto principal o preenchimento de planilhas?
O sistema de avaliação LEED de caráter voluntário, inclusive na construção
internacional, esta rapidamente se expandindo no Brasil. Este sistema tem como principal
fonte de informação as planilhas preenchidas que avaliam a edificação segundo seus dados
recolhidos quanto ao terreno de implantação da edificação e seu entorno, o uso de água, o
consumo de energia, a adoção de materiais, na qualidade do ambiente interno e no uso de
inovações de projeto. Mas e estes dados, são realmente avaliados para ver se atendem ou não
a demanda desta edificação? E não levar em consideração o tipo de material utilizado na
edificação, e somente suas diretrizes, ajuda a realmente diminuir os custos de operação desta
edificação mantendo um nível aceitável de conforto ambiental?
O Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos, nasce respaldado por uma pesquisa por amostragem com
modelos reais edificados que foram estudadas, levando-se em consideração sua localização
bioclimática, formas edificadas, materiais de composição bem como especificações técnicas
dos materiais utilizados em todo o processo. Foi feito a partir de um estudo feito com a
colaboração de várias universidades do país, o que contribuiu para a veracidade das
regressões a quais são usadas para se fazer o processo de etiquetagem com a utilização do
método prescritivo.
A etiqueta deverá trazer impactos ao modo de projetar dos arquitetos e engenheiros
projetos brasileiros, que terão a preocupação de estar coerentes com as solicitações do
regulamento. Isto não impedirá a liberdade de projeto, pois o mesmo poderá ser etiquetado
pelo processo de simulação, retirando assim da edificação a necessidade de cumprir todos os
pré-requisitos, desde que seja comprovado por meio de simulação térmica e energética, que a
solução apresentada estará proporcionando uma eficiência maior ou igual à norma exige.
A etiquetagem de uma edificação existente é trabalhosa e muitas vezes incapaz de
ser feita. Informações importantes que são necessárias para serem realizados os cálculos
referentes à envoltória, à iluminação e ao sistema de ar condicionado não são passados para o
proprietário, dificultando assim o desenvolvimento do processo. Os projetos arquitetônicos,
102
de iluminação e de condicionamento de ar, bem como informações adicionais são exigidas
pelo laboratório responsável pela etiquetagem, e o indispensáveis para os cálculos que se
baseiam em suas formas construtivas e parâmetros de projeto. Um novo comportamento
quanto à metodologia de produção e entrega do projeto ao proprietário esta sendo induzido
por este regulamento, restando saber se efetivamente essa prática se manterá daqui pra frente.
A edificação existente, com construção anterior a data de criação do regulamento,
provavelmente não terá todas as informações necessárias para se fazer a etiquetagem, muitos
projetos não são entregues ou não possuem informações suficientes para se analisar os
mesmos.
5.1 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA ANDEF
O processo de avaliação da ANDEF, por estar de comum acordo com a diretoria da
Associação, correu muito bem em relação ao acesso as informações que a diretoria possuía
sobre a edificação. Informações estas que tiveram que ser complementadas com várias visitas
em campo para que fossem feitos levantamentos que esclareceram grande parte das dúvidas
que surgiram durante o processo de etiquetagem.
A edificação que teve sua conclusão em 2002, teve a preocupação de se utilizar de
coletores solares que fazem o aquecimento de toda a água utilizada na sede administrativa da
Associação, bem como toda a parte do alojamento dos atletas que se hospedam. É uma
edificação de dois andares, com a fachada frontal totalmente envidraçada e com uma grande
abertura zenital a qual nos impede de classificar a edificação com nível A sem que a mesma
seja submetida ao processo da simulação. É constituída por dois andares com um sistema de
condicionamento de ar independente para cada setor.
Toda a parte relativa ao processo de avaliação do sistema de iluminação e o de
condicionamento de ar, foi feito por levantamento in loco, o que dificulta muito pois vários
equipamento já o possuem mais sua identificação. As técnicas construtivas foram avaliadas
segundo o seu processo construtivo e informações verbais. Muitos equipamentos de
condicionamento de ar, podem não estar sofrendo uma manutenção adequada, o que
103
inviabiliza a classificação alcançada, pois a mesma se baseia nos dados do ar condicionado
que possua todas as suas características preservadas.
A maior dificuldade encontrada foi a avaliação da edificação por levantamento, e a
não existência dos projetos para que se fossem validadas as informões coletadas.
O Regulamento Técnico é uma forma de avaliação que leva em consideração vários
pré-requisitos e quesitos que dão margem ao surgimento de dúvidas pela grande variedade de
tipologias construtivas existentes em nosso País. A parte de cálculo gera também
divergências. O cálculo da iluminação torna-se difícil de ser feito mediante a não existência
do projeto de iluminação, pois o mesmo deve ser analisado segundo a divisão feita pelo
projetista. O sistema de condicionamento de ar, no caso de equipamentos não classificados, é
a parte mais difícil de ser analisada, pois possui em suas exigências, grande parte de
informações que normalmente não são tratadas por arquitetos.
Para a melhoria da classificação da edificação e conseqüentemente do seu potencial
energético, poderíamos adotar as seguintes medidas citadas a seguir:
Envoltória:
- utilizar um isolamento térmico sobre a laje (sob o telhado), diminuindo assim a
transmitância térmica global da cobertura, conseqüentemente diminuindo a carga térmica
absorvida e final, diminuindo o consumo de energia elétrica desta edificação;
- substituir a cor das paredes e da cobertura por cores mais claras (menor absortância) e com
isso reduzir a carga rmica, reduzindo assim o consumo de energia elétrica e em paralelo
aumentando a classificação da edificação;
- utilizar um vidro com melhor fator solar
Iluminação:
- utilizar reatores com maior eficiência
- diminuir a Iluminância em ambientes com pequenas áreas
Condicionamento de ar:
- prever um brise externo na fachada W para reduzir a carga devido à insolação nos ambientes
localizados naquela parte do prédio.
104
- calcular a carga térmica do ambiente segundo processos de aceitação universal,
considerando a injeção de ar exterior conforme normas e legislação vigentes; em função desse
cálculo alguns equipamentos poderão ser substituídos e/ou remanejados.
- substituir os equipamentos sem etiqueta PBE por equipamentos regulamentados na faixa de
classificação A do INMETRO.
- instalar sistemas de ventilação para injeção de ar exterior nos ambientes condicionados.
- prever proteções para os condensadores das unidades garantindo sombreamento e ventilação
adequados.
105
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Fluminense.
- 9.ed.rev.ampl. por Estela dos Santos Abreu e José Carlos Abreu Teixeira.
Niterói: Ed. UFF, 2007.
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Brasília. 1993.
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Desenvolvimento de Metodologia de Avaliação da Eficiência Energética do
Envoltório de Edificações Não-residenciais
Tese de Doutorado UFSC, Florianópolis
SC, 2008.
- CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica. Centro de Referência para Energias Solar e
Eólica Sérgio de Salvo Brito
Coletânea de Artigos: Energias Solar e Eólica
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Janeiro, CRESESB, 2003.
- CEPINHA, E; RODRIGUES, M.
Sistema de Avaliação na Construção Sustentável
:
Edifício do Instituto do
Ambiente. Instituto Superior Técnico. 2003. Disponível em www.meteo.ist.utl.pt.
- CURSO GREEN BUILDING. Rio de Janeiro, 2008.
- DORNELLES, K; RORIZ, M. –
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.
Capacitação Sobre o Método Prescritivo do Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de
Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos, palestra preferida no
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Referencial Técnico de certificação “Edifícios do setor de
serviços – Processo AQUA”
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Atualização e Desenvolvimento Profissional
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www.gbcbrasil.org.br. Acesso em: Setembro/ 2009.
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106
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Janeiro/ Berlim: InWent, 2003.
- LABEE, PROCEL, ELETROBRÁS, INMETRO
Etiquetagem de Eficiência Energética
de Edificações
.
2009
- LABEE, PROCEL, ELETROBRÁS, INMETRO
Manual para Aplicação dos
Regulamentos: RTQ-C e RAC-C
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2009
- LABEE, PROCEL, ELETROBRÁS, INMETRO
Regulamento de Avaliação da
Conformidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviço e
Públicos
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2009
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Alta Qualidade Ambiental Aplicada a Rehabilitação de uma
Residência Urbana em Clima Tropical Úmido: A Ecohouse
Urca. Dissertação de Mestrado
em Arquitetura – FAU/ PROARQ/ UFRJ, Rio de Janeiro, 2006.
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Consumo de Energia em Grandes Prédios Comerciais: Estudo de
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- MCKIBBEN, Bill.
O Fim da Natureza
, Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 1990.
- NBR 15220-1
Desempenho Técnico de Edificações Parte 1: Definições, Símbolos e
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. ABNT, 2005.
- NBR 15220-2
Desempenho Técnico de Edificações Parte 2: Métodos de Cálculos da
Transmitância Térmica, da Capacidade Térmica, do Atraso Térmico e do Fator Solar de
Elementos e Componentes de Edificações
. ABNT, 2005.
- NBR 15220-3
Desempenho Técnico de Edificações Parte 3: Zoneamento Bioclitico
Brasileiro e Diretrizes Construtivas para Habitações Unifamiliares de Interesse
Social.
ABNT, 2005.
- NBR 54-13 –
Iluminância de Interiores
. ABNT, 1992.
107
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para Minimizar os impactos Ambientais de uma Construção Residencial
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- RESENDE, F e CARDOSO, F.F.
Identificação de Aspectos Relevantes Para a
Sustentabilidade de Processos Construtivos
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: atividades em desenvolvimento
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- SCHWARTZMAN, S.
Pesquisa Acadêmica, Pesquisa Básica e Pesquisa Aplicada em
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http://www.schwartzman.org.br/simon/acad_ap.htm Acesso em: Dezembro/ 2009.
- SILVA, L. D. J. D. D;
A Adoção de Princípios da Sustentabilidade Ambiental na
Produção de Edifício Multifamiliar: estudo de caso na cidade de Belém-Pará
. Dissertação
de Mestrado – UFRJ/PROARQ/ Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, 2007.
- SILVA, V. G.;
Avaliação da Sustentabilidade de Edifícios de Escritórios Brasileiros:
Diretrizes e Base Metodológica
. Tese de Doutorado, USP, São Paulo – SP, 2003.
- UFSC
Regulamentação para Etiquetagem Voluntária de Nível de Eficiência Energética
de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
. 2007
- U.S.DEPARTMENT OF ENERGY
Energy Efficiency & Renewable Energy
. Disponível
em: http://www.eere.energy.gov Acesso em: Setembro/ 2009.
108
ANEXOS
109
Anexo 1 – Pontuações do LEED-NC
YES ? NO
0 0 0
SUSTENTABILIDADE DO ESPAÇO
14 PONTOS
Y
Pré-requisito 1
Prevenção da poluição na atividade da Construção,
Controle da erosão
e sedimentação para período da construção
P.R.
0 0
Crédito 1
Seleção do Terreno,
Diminuir o impacto da locação do prédio no terreno
1
0
Crédito 2
Densidade Urbana e Conexão com a Comunidade,
Infra-estrutura exit.
1
0
Crédito 3
Remediação de áreas contaminadas,
Áreas recuperadas ou recuperar
1
0
Crédito 4.1
Alternativa de Transporte,
Acesso ao Transporte público
1
0
Crédito 4.2
Alternativa de Transporte,
Bicicletário e Vestiário
1
0
Crédito 4.3
Alternativa de Transporte,
Uso de Veículos de Baixa emissão
1
0
Crédito 4.4
Alternativa de Transporte,
Redução área de estacionamento
1
0
Crédito 5.1
Desenvolvimento do espaço,
Proteção e restauração do Habitat
1
0
Crédito 5.2
Desenvolvimento do espaço,
Maximizar espaços abertos
1
0
Crédito 6.1
Controle da Enxurrada,
Controle da quantidade
1
0
Crédito 6.2
Controle da Enxurrada,
Controle da qualidade
1
0
Crédito 7.1
Redução da ilha de calor,
Áreas cobertas
1
0
Crédito 7.2
Redução da ilha de calor,
Áreas descobertas
1
0
Crédito 8
Redução da Poluição Luminosa,
Reduzir o índice luminotécnico
1
YES ? NO
0 0 0
USO RACIONAL DA AGUA
05 PONTOS
0 0
Crédito 1.1
Uso eficiente de água no paisagismo
, Redução de 50%
1
0
Crédito 1.2
Uso eficiente de água no paisagismo
, Uso de água não potável ou sem
irrigação
1
0
Crédito 2
Tecnologias Inovadoras para águas servidas,
Máximizar a eficiência
1
0
Crédito 3.1
Redução do consumo de água
, 20% Redução
1
0
Crédito 3.2
Redução do consumo de água
, 30% Redução
1
YES ? NO
0 0 0
INOVAÇÃO E PROCESSO DO PROJETO
05 PONTOS
0
Crédito 1.1
Inovação no Projeto:
Insira o título
1
0
Crédito 1.2
Inovação no Projeto:
Insira o título
1
0
Crédito 1.3
Inovação no Projeto:
Insira o título
1
0 0
Crédito 1.4
Inovação no Projeto:
Insira o título
1
0
Crédito 2
Profissional Acreditado LEED®
1
110
0 0 0
ENERGIA E ATMOSFERA
17 PONTOS
Y
Pré-requisito 1
Comissionamento dos sistemas de energia,
Verificar os sistemas e
projetos relacionados com energia instalados, calibrados e desempenho
P.R.
Y
Pré-requisito 2
Performance Mínima de Energia,
nível mínimo de eficiência energética
para os sistemas no espaço dos locatários
P.R.
Y
Pré-requisito 3
Não uso de CFC´s,
Redução da destruição da camada de ozônio na
atmosfera, assim como o aquecimento global
P.R.
NOTAS PARA EAc1: Todos LEED para Nova Construção de projetos registrados após 26 de junho de
2007, são necessários alcançar pelo menos, dois (2) pontos sob EAc1.
0 0 0
Crédito 1
Otimização do desempenho no uso de energia
1 a 10
10.5% Prédios novos ou 3.5% Prédios reformados 1
14% Prédios novos ou 7% Prédios reformados 2
17.5% Prédios novos ou 10.5% Prédios reformados 3
21% Prédios novos ou 14% Prédios reformados 4
24.5% Prédios novos ou 17.5% Prédios reformados 5
28% Prédios novos ou 21% Prédios reformados 6
31.5% Prédios novos ou 24.5% Prédios reformados 7
35% Prédios novos ou 28% Prédios reformados 8
38.5% Prédios novos ou 31.5% Prédios reformados 9
42% Prédios novos ou 35% Prédios reformados 10
0 0 0
Crédito 2
Geração local de energia renovável
1 a 3
2.5% Energia Renovável 1
7.5% Energia Renovável 2
12.5% Energia Renovável 3
0
Crédito 3
Melhoria no comissionamento,
Revisão do comissionamento
1
Crédito 4
Melhoria no uso de gases refrigerantes,
Adesão ao protocolo de Montreal
1
0 0
Crédito 5
Medições e Verificações,
Garantir a performance do sistema
1
Crédito 6
Energia Verde,
Promover o uso de energias renováveis
1
YES ? NO
0 0 0
MATERIAIS E RECURSOS
13 PONTOS
Y
Pré-requisito 1
Depósito e Coleta de materiais recicláveis,
Evitar o envio de materiais a
aterros sanitários
P.R.
0
Crédito 1.1
Reuso de Materiais
, Manutenção 75% Paredes, Forros e Coberturas
1
0
Crédito 1.2
Reuso de Materiais
, Manutenção 100% Paredes, Forros e Coberturas
1
0
Crédito 1.3
Reuso de Materiais
, Manutenção 50% dos elementos interiores não
estruturais
1
0
Crédito 2.1
Gestão de Resíduos da Construção
, Destinar 50% para reuso
1
0 0
Crédito 2.2
Gestão de Resíduos da Construção
, Destinar 75% para reuso
1
0
Crédito 3.1
Reuso de Materiais
, 5%
1
0
Crédito 3.2
Reuso de Materiais
,10%
1
0
Crédito 4.1
Conteúdo Reciclado,
20% (pós-consumo + ½ pré-consumo)
1
0
Crédito 4.2
Conteúdo Reciclado,
10% (pós-consumo + ½ pré-consumo)
1
0 0
Crédito 5.1
Materiais Regionais
, 10% Extraído, Processado e Fabricado
Regionalmente
1
0
Crédito 5.2
Materiais Regionais
, 20% Extraído, Processado e Fabricado
Regionalmente
1
0
Crédito 6
Materiais de Rápida renovação,
Utilizar este tipo de material
1
0
Crédito 7
Madeira Certificada,
Encorajar o gerenciamento florestal responsável
1
Objetivo: Alcançar aumentos
nos níveis de conservação de
energia através de normas
referidas para redução dos
impactos ambientais
Objetivo: Promover a
utilização de fontes de
energias renováveis.
111
YES ? NO
0 0 0
QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA
14 PONTOS
Y
Pré-requisito 1
Desempenho Mínimo da Qualidade do Ar Interno,
Melhorar a qualidade
do ar no espaço dos ocupantes, melhor conforto e bem estar dos mesmos
P.R.
Y
Pré-requisito 2
Controle do fumo
,
Prevenir ou minimizar a exposição dos ocupantes do
espaço de locação, superfícies internas e sistemas a fumaça de cigarro no
ambiente
P.R.
0
Crédito 1
Monitoração do Ar Externo,
Capacidade de monitoração do sistema
1
0
Crédito 2
Aumento da Ventilação,
Promover ventilação adicional de ar externo
1
0
Crédito 3.1
Plano de Qualidade do Ar,
Durante a Construção
1
0 0
Crédito 3.2
Plano de Qualidade do Ar,
Antes da ocupação
1
0
Crédito 4.1
Materiais de Baixa Emissão,
Adesivos e Selantes
1
0
Crédito 4.2
Materiais de Baixa Emissão,
Tintas e Vernizes
1
0
Crédito 4.3
Materiais de Baixa Emissão,
Carpetes
1
0 0
Crédito 4.4
Materiais de Baixa Emissão,
Madeiras Compostas e Agrofibras
1
0
Crédito 5
Controle interno de poluentes e produtos químicos
1
0
Crédito 6.1
Controle de Sistemas,
Iluminação
1
0
Crédito 6.2
Controle de Sistemas,
Conforto Térmico
1
0 0
Crédito 7.1
Conforto Térmico
, Projeto
1
0
Crédito 7.2
Conforto Térmico
, Verificação
1
0
Crédito 8.1
Iluminação Natural e Paisagem
, Para 75% dos espaços
1
0
Crédito 8.2
Iluminação Natural e Paisagem
, Para 90% dos espaços
YES ? NO
0 0 0
TOTAL PONTOS (Pré-Certificação estimativas)
69 PONTOS
Certificado:
26
-
32
p
t
Prata:
33
-
38 pontos
Ouro:
39
-
51 pontos
Platina:
52
-
69 pontos
FONTE:www.cursosgreenbulding.com.br
112
Anexo 2 – Eficiência mínima de condicionadores de ar para classificação nos níveis A e B
Tipo de
aquecimento
Capacidade Tipo de
aquecimento
Subcategoria
ou condição de
classificação
Eficiência
mínima
Procedimento
de teste
Condicionadores
de ar resfriados
a ar
<19 KW
Todos Split 3,52 SCOP
ARI 210/240
Unitário 3,52 SCOP
19 KW
e < 40
Resistência
elétrica
Split e
unitário
3,02 COP
ARI 340/360
Outros Split e
unitário
2,96 COP
40 KW
e < 70
Resistência
elétrica
Split e
unitário
2,84 COP
Outros Split e
unitário
2,78 COP
70 KW
e < 223
Resistência
elétrica
Split e
unitário
2,78 COP
2,84 IPLV
Outros Split e
unitário
2,72 COP
2,78 IPLV
223 KW
Resistência
elétrica
Split e
unitário
2,70 COP
2,75 IPLV
Outros Split e
unitário
2,64 COP
2,69 IPLV
Condicionadores
de ar resfriados
a água
<19 KW
Todos Split e
unitário
3,35 COP
ARI 210/240
19 KW
e < 40
Resistência
elétrica
Split e
unitário
3,37 COP
ARI 340/360
Outros Split e
unitário
3,31 COP
40 KW
e < 70
Resistência
elétrica
Split e
unitário
3,22 COP
Outros Split e
unitário
3,16 COP
70 KW
Resistência
elétrica
Split e
unitário
2,70 COP
3,02 IPLV
Outros Split e
unitário
2,64COP
2,96 IPLV
FONTE: ASHRAE(2004) – ASHRAE Standart 90.1-2004
113
Anexo 3 – Eficiência mínima de resfriadores de líquidos para classificação nos níveis A e B
Tipo de equipamento Capacidade Eficiência mínima Procedimento de
teste
Condensação a ar
com condensador
Todas
2,80 COP
3,05 IPLV
ARI 550/590
Condensação a ar
sem condensador
Todas
3,10 COP
3,45 IPLV
Condensação a água
(compressor
alternativo)
Todas
4,20 COP
5,05 IPLV
Condensação a água
(compressor do tipo
parafuso e scroll)
<528 KW
4,45 COP
5,20 IPLV
528 KW e
< 1055KW
4,90 COP
5,60 IPLV
≥ 1055 KW
5,50 COP
6,15 IPLV
Condensação a água
(compressor
centrifugo)
<528 KW
5,00 COP
5,25 IPLV
528 KW e
< 1055KW
5,55 COP
5,90 IPLV
≥ 1055 KW
6,10 COP
6,40 IPLV
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
Anexo 4 – Eficiência mínima de torres de resfriamento e condensadores para classificação nos
níveis A e B
Tipo de
equipamento
Subcategoria ou condição de
classificação
Desempenho
requerido
Procedimento
de teste
Torres de
resfriamento com
ventiladores
helicoidais ou
axiais
Temperatura da água na entrada= 35ºC
Temperatura de água na saída= 29ºC
TBU do ar externo= 24ºC
3,23 l/s.KW
CTI ATC-105
114
Torres de
resfriamento com
ventiladores
centrífugos
Temperatura da água na entrada= 35ºC
Temperatura de água na saída= 29ºC
TBU do ar externo= 24ºC
1,70 l/s.KW
CTI ATC-105
Condensadores
resfriados a ar
Temperatura de condensação= 52ºC
Fluido de teste R-22
Temperatura de entrada do gás= 88ºC
Sub-resfriamento= 8ºC
TBS na entrada= 35ºC
69 COP
ARI 460
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
Anexo 5 – Eficiência mínima de condicionadores de ar para classificação no nível C
Tipo de
equipamento
capacidade Tipo de
aquecimento
Subcategoria ou
condição de
classificação
Eficiência
mínima
Procedimento
de teste
Condicionadores
de ar resfriados a
ar
<
19 KW
Todos Split
2,93 SCOP
ARI 210/240
unitário
2,84 SCOP
19 KW e
< 40 KW
Todos Split e unitário
2,61 COP
40 KW e
< 70 KW
Todos Split e unitário
2,494 COP
ARI 340/360
70 KW e
< 223 KW
Todos Split e unitário
2,49 COP
2,20 IPLV
223 KW
Todos Split e unitário
2,40 COP
2,2 IPLV
Condicionadores
de ar resfriados a
água
<
19 KW
Todos Split e unitário
2,72 COP
ARI 210/240
19 KW e
< 40 KW
Todos Split e unitário
3,08 COP
40 KW e
< 70 KW
Todos Split e unitário
2,81 COP
ARI 340/360
223 KW
Todos Split e unitário
2,81 COP
2,64 IPLV
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
115
Anexo 6 – Eficiência mínima de resfriadores de líquido para classificação no nível C
Tipo de equipamento capacidade Eficiência mínima
Procedimento de
teste
Condensação a ar, com
condensador
< 528 KW
2,70 COP
2,80 IPLV
ARI550/590
528 KW
2,50 COP
2,50 IPLV
Condensação a ar, sem
condensador
Todas
3,10 COP
3,20 IPLV
Condensação a água
(compressor alternativo)
todas
3,80 COP
3,90 IPLV
Condensação a água
(compressor do tipo
parafuso e scroll)
< 528 KW
3,80 COP
3,90 IPLV
528 KW e
< 1.055 KW
4,20 COP
4,50 IPLV
1.055 KW
5,20 COP
5,30 IPLV
Condensação a água
(compressor centrifugo)
< 528 KW
3,80 COP
3,90 IPLV
528 KW e
< 1.055 KW
4,20 COP
4,50 IPLV
1.055 KW
5,20 COP
5,30 IPLV
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
Anexo 7 Eficiência mínima de torres de resfriamento e condensadores para classificação no
nível C
Tipo de
equipamento
Subcategoria ou condição de
classificação
Desempenho
requerido
Procedimento
de teste
Torres de
resfriamento com
ventiladores
helicoidais ou
axiais
Temperatura da água na entrada= 35ºC
Temperatura de água na saída= 29ºC
TBU do ar externo= 24ºC
3,23 l/s.KW
CTI ATC-105
e CTI STD-
201
116
Torres de
resfriamento com
ventiladores
centrífugos
Temperatura da água na entrada= 35ºC
Temperatura de água na saída= 29ºC
TBU do ar externo= 24ºC
1,70 l/s.KW
CTI ATC-105
e CTI STD-
201
Condensadores
resfriados a ar
Temperatura de condensação= 52ºC
Fluido de teste R-22
Temperatura de entrada do gás= 88ºC
Sub-resfriamento= 8ºC
TBS na entrada= 35ºC
69 COP
ARI 460
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
Anexo 8 – Eficiência mínima de resfriadores de líquido para classificação no nível D
Tipo de equipamento Capacidade Eficiência mínima Procedimento de
teste
Condensação a ar, com
condensador
< 528 KW
2,60 COP
2,60 IPLV
ARI 550-86
ARI 590-86
CTI 201-86
528 KW
2,40 COP
2,40 IPLV
Condensação a ar, sem
condensador
Todas 3,00 COP
3,00 IPLV
Condensação a água,
(compressor do tipo
parafuso e scroll)
< 528 KW
3,70 COP
3,80 IPLV
528 KW e
< 1.055 KW
3,70 COP
3,80 IPLV
1.055 KW
4,60 COP
4,70 IPLV
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
117
Anexo 9 – Eficiência mínima de condicionadores de ar para classificação
Tipo de
equipamento
capacidade Tipo de
aquecimento
Subcategoria ou
condição de
classificação
Eficiência
mínima
Procedimento
de teste
Condicionadores
de ar resfriados a
ar (no modo de
resfriamento)
<
19 KW
Resistência
elétrica
Split e unitário
8,4 EER
7,4 IPLV
ARI 210/240
ARI 240-81
ARI
210/240-84
outros Split
8,9 SEER
Unitário
8,6 SEER
19 KW e
< 40 KW
Todos Split e unitário
8,3 EER
7,3 IPLV
Condicionadores
de ar resfriados a
ar (no modo de
aquecimento)
<
19 KW
Resistência
elétrica
Split e unitário
2,8 COP
outros Split e unitário
6,4 HSPF
19 KW e
< 40 KW
Todos Split e unitário
2,8 COP
Condicionadores
de ar resfriados a
ar
40 KW e
< 70 KW
Todos unitário
8,2 EER
ARI 360-86
70 KW
todos unitário
8,0 EER
Condicionadores
de ar resfriados a
água
<
19 KW
Todos unitário
9,0 EER
8,0 IPLV
ARI 210/240
19 KW e
< 40 KW
Todos unitário
9,5 EER
ARI 360-86
CTI 201-86
40 KW
Todos unitário
9,4 EER
8,5 IPLV
FONTE: ASHRAE (2004)-ASHRAE Standard 90.1-2004
118
Anexo 10 – Tabelas para preenchimento com dados de entrada
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
119
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
120
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
1
21
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
122
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
123
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
124
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
125
FONTE: LabEEE, Procel, Eletrobrás, Inmetro, 2009
126
Anexo 11 – Plantas de arquitetura ANDEF
Planta de Cobertura – sem escala
Fachada norte – sem escala
Fachada sul – sem escala
127
Fachada leste – sem escala
Fachada oeste – sem escala
Fachada norte esquerda – sem escala Fachada norte direita – sem escala
128
Corte transversal – sem escala
Corte longitudinal – sem escala
Anexo 12 – Tabelas de cálculo de K para todos os ambientes da edificação
K01
4,10 1,90 1,75 0,74
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,74 2,60 4,13 4,64 5,98
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 2 80
7,79 10,27 300 3,42
NIVEL B
4
PONTOS
K02
2,80 2,50 1,75 0,75
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,75 2,59 4,09 4,58 5,91
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
129
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
7,00 5,71 300 1,90
NIVEL A
5
PONTOS
k03
4,00 3,50 2,50 0,75
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,75 2,59 4,09 4,58 5,91
0,8 2,50 3,86 4,32 5,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 2 40
14,00 2,86 200 1,43
NIVEL A
5
PONTOS
K04
5,00 4,45 2,07 1,14
A B C D
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,14 2,19 3,17 3,53 4,55
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 2 80
22,25 3,60 300 1,20
NIVEL A
5
PONTOS
K05
3,00 4,45 1,66 2,07
A B C D
2,00 1,88 2,53 2,77 3,57
2,07 1,87 2,51 2,74 3,53
2,50 1,83 2,38 2,57 3,31
130
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 2 80
13,35 5,99 300 2,00
NIVEL B
4
PONTOS
K06
2,00 2,00 1,90 0,53
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
4,00 10,00 300 3,33
NIVEL B
4
PONTOS
K07
2,00 2,00 1,90 0,53
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
4,00 10,00 300 3,33
NIVEL B
4
PONTOS
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
4,00 10,00 300 3,33
NIVEL B
4
PONTOS
K09
4,45 8,35 2,07 1,40
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,4 2,02 2,85 3,14 4,06
1,5 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 3 120
37,16 3,23 300 1,08
NIVEL A
5
PONTOS
K08
2,00 2,00 1,90 0,53
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
131
K10
8,20 4,00 1,75 1,54
A B C D
1,50 1,95
2,75
3,00
3,90
1,54 1,94
2,73
2,98
3,87
2,00 1,88
2,53
2,77
3,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 4 80
32,80 2,44 200 1,22
NIVEL A
5
PONTOS
K11
6,20 6,00 2,35 1,30
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,30 2,09 2,95 3,27 4,23
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 4 80
37,20 2,15 250 0,86
NIVEL A
5
PONTOS
K12
1,65 4,60 2,50 0,49
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 3 60
7,59 7,91 250 3,16
NIVEL B
4
PONTOS
K13
6,20 6,00 2,50 1,22
A B C D
1,00 2,27
3,38
3,77
4,86
1,22 2,14
3,05
3,39
4,38
1,25 2,12
3,00
3,34
4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 4 80
37,20 2,15 250 0,86
NIVEL A
5
PONTOS
132
K14
8,20 4,00 2,50 1,08
A B C D
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,08 2,22 3,26 3,63 4,68
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 4 80
32,80 2,44 200 1,22
NIVEL A
5
PONTOS
K15
2,00 2,00 1,75 0,57
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 3 60
4,00 15,00 500 3,00
NIVEL B
4
PONTOS
K16
12,60 8,20 1,75 2,84
A B C D
2,50 1,83 2,38 2,57 3,31
2,84 1,78 2,31 2,50 3,21
3,00 1,76 2,27 2,46 3,17
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 9 360
103,32 3,48 150 2,32
NIVEL A
5
PONTOS
k17
4,00 8,20 1,45 1,85
A B C D
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
1,85 1,90 2,60 2,84 3,67
2,00 1,88 2,53 2,77 3,57
133
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 3 120
32,80 3,66 500 0,73
NIVEL A
5
PONTOS
k18
4,10 4,13 2,35 0,88
A B C D
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
0,88 2,41 3,67 4,10 5,29
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
16,95 2,36 300 0,79
NIVEL A
5
PONTOS
k19
4,10 4,13 1,75 1,18
A B C D
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,18 2,16 3,11 3,46 4,46
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
16,95 2,36 500 0,47
NIVEL A
5
PONTOS
k20
4,10 4,13 2,35 0,88
A B C D
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
0,88 2,41 3,67 4,10 5,29
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
16,95 2,36 300 0,79
NIVEL A
5
PONTOS
134
k21
4,10 2,55 1,75 0,90
A B C D
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
0,90 2,39 3,62 4,05 5,22
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
10,46 3,83 300 1,28
NIVEL A
5
PONTOS
k22
8,30 2,35 2,50 0,73
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,73 2,62 4,18 4,69 6,04
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 2 40
19,51 2,05 250 0,82
NIVEL A
5
PONTOS
k23
3,70 3,20 1,60 1,07
A B C D
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,07 2,23 3,27 3,65 4,71
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
11,84 3,38 300 1,13
NIVEL A
5
PONTOS
k24
4,10 4,10 1,60 1,28
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,28 2,10 2,97 3,30 4,26
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
135
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 2 80
16,81 4,76 300 1,59
NIVEL A
5
PONTOS
k25
4,10 2,55 1,60 0,98
A B C D
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
0,98 2,29 3,43 3,83 4,93
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
10,46 3,83 300 1,28
NIVEL A
5
PONTOS
k26
2,95 3,20 2,50 0,61
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,61 2,82 4,72 5,32 6,85
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
9,44 4,24 300 1,41
NIVEL A
5
PONTOS
k27
6,20 4,10 1,60 1,54
A B C D
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
1,54 1,94 2,73 2,98 3,87
2,00 1,88 2,53 2,77 3,57
POT
QUANT
P
TOTAL
ÁREA
DPI
A
EQ
DPIR
F
40 1 40
25,42 1,57 300 0,52
NIVEL A
5
PONTOS
136
k28
4,10 5,65 1,75 1,36
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,36 2,05 2,89 3,19 4,13
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
23,17 1,73 500 0,35
NIVEL A
5
PONTOS
k29
2,00 2,60 1,75 0,65
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
0,65 2,76 4,54 5,11 6,58
0,80 2,50 3,86 4,32 5,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
5,20 7,69 500 1,54
NIVEL A
5
PONTOS
k30
2,00 2,60 2,50 0,45
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 1 20
5,20 3,85 500 0,77
NIVEL A
5
PONTOS
k31
1,40 4,60 2,50 0,43
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 1 20
6,44 3,11 250 1,24
NIVEL A
5
PONTOS
137
k32
1,70 4,60 3,95 0,31
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 1 20
7,82 2,56 250 1,02
NIVEL A
5
PONTOS
k33
6,20 1,85 2,50 0,57
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 2 40
11,47 3,49 250 1,39
NIVEL A
5
PONTOS
k34
2,80 4,60 3,95 0,44
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
21 1 21
12,88 1,63 250 0,65
NIVEL A
5
PONTOS
k35
6,20 1,85 2,50 0,57
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 2 40
11,47 3,49 250 1,39
NIVEL A
5
PONTOS
138
k36
8,25 4,10 1,60 1,71
A B C D
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
1,71 1,92 2,66 2,90 3,76
2,00 1,88 2,53 2,77 3,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
120 2 240
33,83 7,10 500 1,42
NIVEL A
5
PONTOS
k37
4,10 4,10 1,75 1,17
A B C D
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,17 2,17 3,12 3,48 4,49
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
120 1 120
16,81 7,14 500 1,43
NIVEL A
5
PONTOS
k38
4,10 4,10 1,60 1,28
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,28 2,10 2,97 3,30 4,26
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
120 1 120
16,81 7,14 500 1,43
NIVEL A
5
PONTOS
k39
4,15 8,30 1,60 1,73
A B C D
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
1,73 1,92 2,65 2,89 3,75
2,00 1,88 2,53 2,77 3,57
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
120 2 240
34,45 6,97 500 1,39
139
NIVEL A
5
PONTOS
k40
4,15 4,15 1,60 1,30
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,30 2,09 2,95 3,27 4,23
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
120 1 120
17,22 6,97 500 1,39
NIVEL A
5
PONTOS
k41
4,15 4,15 1,75 1,19
A B C D
1,00 2,27 3,38 3,77 4,86
1,19 2,16 3,09 3,44 4,44
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 1 40
17,22 2,32 500 0,46
NIVEL A
5
PONTOS
k42
6,20 4,10 1,75 1,41
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
1,41 2,01 2,84 3,12 4,05
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
140 1 140
25,42 5,51 500 1,10
NIVEL A
5
PONTOS
k43
4,10 6,15 1,75 1,41
A B C D
1,25 2,12 3,00 3,34 4,31
140
1,41 2,01 2,84 3,12 4,05
1,50 1,95 2,75 3,00 3,90
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
40 2 80
25,22 3,17 500 0,63
NIVEL A
5
PONTOS
k44
2,00 2,10 1,75 0,59
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 1 20
4,20 4,76 250 1,90
NIVEL A
5
PONTOS
k45
1,95 1,90 2,50 0,38
A B C D
0,60 2,84 4,77 5,37 6,92
POT QUANT
P
TOTAL ÁREA DPI
A
EQ DPIR
F
20 1 20
3,71 5,40 200 2,70
NIVEL A
5
PONTOS
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