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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO
COMPORTAMENTO
RELAÇÕES ORDINAIS SOB CONTROLE CONTEXTUAL EM
CRIANÇAS SURDAS
RUTH DAISY CAPISTRANO DE SOUZA
Belém- PA
Agosto/2008
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1
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO
COMPORTAMENTO
RELAÇÕES ORDINAIS SOB CONTROLE CONTEXTUAL EM
CRIANÇAS SURDAS
RUTH DAISY CAPISTRANO DE SOUZA
Tese de Doutorado apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do
Comportamento, na Universidade Federal do
Pará como parte dos requisitos para obtenção
do título de Doutor.
Área de Concentração: Psicologia
Experimental
Orientador: Prof. Dr. Grauben Assis.
Belém- PA
Agosto/2008
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2
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(Biblioteca de Pós-Graduação do IFCH/UFPA, Belém-PA)
Souza, Ruth Daisy Capistrano de
Relações ordinais sob controle contextual em crianças surdas / Ruth
Daisy Capistrano de Souza ; orientador, Grauben Assis. - Belém, 2008
Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e
Ciências
Humanas, Programa de Pós-Graduação em Teoria de Pesquisa do
Comportamento, Belém, 2008.
1. Psicologia da aprendizagem. 2. Testes de equivalência. 3. Estímulos
sensoriais. 4. Crianças surdas. 5. Matemática - Estudo e ensino. I. Título.
CDD - 22. ed. 153.15
3
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO
COMPORTAMENTO
4
“Sou livre à medida que controlo as
condições que me controlam”
B. F. Skinner
5
Ao João Lucas e à Maria Vitória, filhos
amados que embora ainda tão pequeninos,
encheram-me de coragem para vencer os
árduos desafios dessa vida.
6
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Grauben Assis, pela ousadia, paciência, seriedade e compromisso profissional,
minha eterna gratidão a você notável pesquisador e mestre.
Ao Prof. Dr. Olavo Galvão, pela amizade e importantíssimas contribuições nesse trabalho.
A Profª Dra. Olívia Kato, meu eterno agradecimento pelo respeito e valiosa ajuda na
modelagem do meu comportamento de Estudos Avançados. E aos demais professores deste
Programa, que direta ou indiretamente contribuíram na minha formação.
Aos Membros da Banca Examinadora Prof. Dr. Paulo Prado, Profª. Dra. Rosângela
Darwich, Prof. Dr. Carlos Souza, Prof. Dr. Marcelo Baptista, por terem aceito o convite e
pelas consideráveis contribuições.
À Mestranda Priscila Magalhães, amiga de todas as horas de coleta de dados, e pela
inestimável dedicação e compromisso. O meu muito obrigado também, pela paciência e
respostas silenciosas nos momentos de desespero.
À Profª Joaquina Nogueira da Silva, Diretora da Instituição que foi realizada a pesquisa
e à Profª Zaratrusta, Vice-diretora, que acreditam e investem na educação do surdo, abrindo
espaço para a realização de pesquisa que contribuir na aprendizagem do mesmo. E aos demais
profissionais da instituição que foram incansáveis na concretização dessa pesquisa.
7
Aos alunos que participaram desta pesquisa e aos seus pais, que autorizaram e se
predispuseram a contribuir no que fosse possível.
À Eliana Albuquerque, Diogo, Ana Letícia, Mariana, Paula, Joana, Ana Paula, Marilene,
Kátia, Neide, Viviane, kmila, Darcy e Gonzaga por todos os momentos de “interações
produtivas”.
Aos outros filhões amados: Abraão Jessé, Sulamita, Denise, Vanise, Claucy, a mãezona
Osvaldina, Paulo Costa (exemplo de luta pela vida) e tia Graça (minha musa batalhadora)
pelas mãos estendidas nesse momento tão delicado da minha vida. E aos demais familiares,
minha eterna gratidão.
8
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
.................................................................................................... xiii
LISTA DE TABELAS
................................................................................................... xviii
RESUMO
.......................................................................................................................
xxii
.................................................................................................................... xxiv
APRESENTAÇÃO
.........................................................................................................
01
CAPÍTULO 1..................................................................................................................
1.1 Do paradigma de equivalência de estímulos aos estudos de produção de
seqüências sob discriminação simples, sob controle condicional e contextual.
1.2 Produção de Seqüências: O Ensino de Relações ordinais.
04
MÉTODO
DO
EXPERIMENTO
...................................................................................
16
PROCEDIMENTO GERAL
16
Ambiente experimental......................................................................................................
17
Material e Equipamento................................................................................................... 18
Estímulos........................................................................................................................... 19
MÉTODO
DO EXPERI
MENTO
1
................................................................................
22
Participantes............................................................................................................
22
Procedimento Específico......................................................................................... 22
9
RESULTADOS
DO
E
XPERIMENTO
1
.......................................................................
32
DISCUSSÃO
DO
E
XPERIMENTO
1
........................................................................
41
MÉTODO
DO
E
XPERIMENTO
2
a
.............................................................................
44
Participantes...........................................................................................................
44
Ambiente experimental........................................................................................... 44
Material e Equipamento.......................................................................................... 44
Estímulos................................................................................................................ 45
Procedimento Específico........................................................................................ 45
RESULTADOS
DO
E
XPERIMENTO
2
a
.....................................................................
56
DISCUSSÃO
DO
E
XPERIMENTO
2
a
.........................................................................
67
MÉTODO
DO
E
XPERIMENTO
2
b
.............................................................................
69
Participantes...........................................................................................................
69
Ambiente experimental........................................................................................... 69
Material e Equipamento.......................................................................................... 69
Estímulos................................................................................................................ 69
Procedimento Específico........................................................................................ 69
RESULTADOS
DO
E
XPERIMENTO
2
b
.....................................................................
70
DISCUSSÃO
DO
E
XPERIMENTO
2
b
.........................................................................
81
MÉTODO
DO
E
XPERIMENTO 3
...............................................................................
83
10
Participantes...........................................................................................................
83
Ambiente experimental........................................................................................... 84
Material e Equipamento.......................................................................................... 84
Estímulos................................................................................................................ 84
Procedimento Específico........................................................................................ 85
RESULTADOS
DO
E
XPERIMENTO
3
..................................................................... 97
DISCUSSÃO
DO
E
XPERIMENTO
3
.........................................................................
112
DISCUSSÃO GERAL.
....................................................................................................
116
R
EFERÊNCIAS
.
.............................................................................................................
128
ANEXOS
..........................................................................................................................
129
Anexo 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido como disposto na Resolução CNS
196/96 e na Resolução CFP nº 016/2000
Anexo 2
Delineamento experimental do Experimento 1, com os procedimentos de ensino
por sobreposição, sonda, testes de transitividade, revisão de linha de base, teste
de conectividade, tipo de bloco e de tentativa em seqüência.
Anexo 3
Delineamento experimental do Experimento 2a, com os procedimentos de ensino
por sobreposição, sondas, testes de transitividade, revisão de linha de base e teste
de conectividade, estímulo condicional nas cores verde ou vermelha e tipo de
11
tentativa.
Anexo 4
Delineamento experimental do Experimento 2b, com os procedimentos de treino
por justaposição, sonda, testes de transitividade, revisão de linha de base e teste
de conectividade, estímulo condicional nas cores verde ou vermelha e tipo de
tentativa.
Anexo 5
Delineamento experimental do Experimento 3, com os procedimentos de ensino
por sobreposição, sonda, teste de transitividade, revisão de linha de base, teste de
conectividade, estímulo condicional nas cores verde ou vermelha, estímulo
contextual figuras geométricas e tipo de tentativa em seqüência.
12
LISTA DE FIGURAS
FIGURA
1
..............................................................................................................
Conjunto de estímulos que foram utilizados nos três Experimentos.
19
FIGURA 2
..............................................................................................................
Conseqüências para as respostas corretas usadas durante ensino.
20
FIGURA 3
..............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino, correta.
24
FIGURA 4
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino com time out.
26
FIGURA 5
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade em
que o participante respondeu de acordo com o programado.
28
FIGURA 6
..............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade em
que o participante respondeu diferente do programado.
28
FIGURA 7
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade em
que o participante respondeu de acordo com o programado.
29
FIGURA
8
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade em
que o participante respondeu diferente do programado.
30
13
FIGURA
9
.............................................................................................................
Fluxograma das fases do experimento. O critério adotado foi o de três acertos
em três tentativas (3/3) para o avanço de uma fase treino para a seguinte.
Desempenho inferior nas sondas e testes (< 2/2) levava ao retreino da linha de
base. O alcance do critério em todas as fases levava ao treino com uma nova
classe de estímulos.
31
FIGURA 10 ...........................................................................................................
Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 1 nas sondas e testes.
40
FIGURA 11
..............................................................................................................
Conjunto de estímulos utilizados na transferência de função ordinais.
45
FIGURA
1
2
............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em que
o participante respondeu com acerto.
48
FIGURA 1
3
...........................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle condicional da cor “verde” em que o participante respondeu
diferentemente do programado.
48
FIGURA 1
4
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle condicional da cor “vermelha” com estímulos do conjunto “A” em
que o participante respondeu com acerto.
49
14
FIGUR
A 1
5
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle condicional da cor “vermelha” em que o participante respondeu
diferentemente do programado.
50
FIGURA 1
6
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade sob
controle condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em que o
participante respondeu de acordo com o programado.
52
FIGURA 1
7
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade sob
controle condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em que o
participante respondeu diferente do programado.
52
FIGURA 1
8
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade
sob controle condicional da cor “vermelha” com estímulos dos conjuntos “A” e
“B” em que o participante respondeu de acordo com o programado.
54
FIGURA 1
9
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade
sob controle condicional da cor “vermelha” com estímulos dos conjuntos “A” e
“B” em que o participante respondeu diferente do programado.
54
FIGURA
20
.............................................................................................................
Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2a em cada fase
experimental, sob controle condicional da cor verde.
66
15
FIGURA
2
1
.............................................................................................................
Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2a em cada fase
experimental, sob controle condicional da cor vermelha.
66
FIGURA
2
2
.............................................................................................................
Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2b em cada fase
experimental, sob controle condicional da cor verde.
80
FIGURA
2
3
.............................................................................................................
Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2b em cada fase
experimental, sob controle condicional da cor vermelha.
80
FIGURA
2
4
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” com estímulos
do conjunto A” em que o participante respondeu de acordo com o
programado.
86
FIGURA
2
5
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” em que o
participante respondeu diferentemente do programado.
86
FIGURA
2
6
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle contextual do círculo e condicional da cor “vermelha” com
estímulos do conjunto “A” em que o participante respondeu de acordo com o
programado.
86
16
FIGURA
2
7
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle contextual do círculo e condicional da cor “vermelha” com
estímulos do conjunto “A” em que o participante respondeu diferente do
programado.
87
FIGURA
2
8
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle contextual do triângulo e condicional da cor “verde” com
estímulos do conjunto “A” em que o participante respondeu de acordo com o
programado.
89
FIGURA
2
9
.............................................................................................................
Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição
sob controle contextual do triângulo e condicional da cor “verde” em que o
participante respondeu diferentemente do programado.
89
17
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
.............................................................................................................
Relação dos participantes dos experimentos e idade cronológica.
19
TABELA
2
.............................................................................................................
Relação dos participantes, sexo, idade cronológica.
31
TABELA 3
.............................................................................................................
Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição e número de blocos
necessários para alcançar o critério de três seqüências corretas consecutivas.
33
TABELA 4
.............................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nas sondas.
34
TABELA 5
.............................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de transitividade.
36
TABELA 6
.............................................................................................................
Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base.
37
TABELA
7
............................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de conectividade.
39
TABELA 8............................................................................................................
Tabela 8 – Relação dos participantes, sexo, idade cronológica e perda auditiva.
44
18
TABELA
9
............................................................................................................
Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição.
57
TABELA
10
.........................................................................................................
TABELA 10 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nas sondas
58
TABELA
11
..........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de transitividade.
59
TABELA 1
2
..........................................................................................................
Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base.
61
TABELA 1
3
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de Conectividade.
62
TABELA 1
4
........................................................................................................
Desempenho dos cinco participantes nos Testes de Transferência de Função.
64
TABELA 1
5
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes nos testes de generalização.
65
TABELA 1
6
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição.
71
TABELA 1
7
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nas sondas.
72
19
TABELA 1
8
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de transitividade.
73
TABELA 1
9
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes na revisão de linha de base.
75
TABELA 20
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de conectividade, sob controle condicional.
76
TABELA
2
1
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada participante
nos testes de transferência de função.
78
TABELA
22
.........................................................................................................
Desempenho dos cinco participantes nos testes de generalização.
79
TABELA
23
.........................................................................................................
Relação dos participantes, sexo, idade cronológica.
84
TABELA
24
........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante no
ensino por sobreposição sob controle contextual com estímulo círculo.
98
TABELA
25
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição sob controle contextual do
estímulo triângulo.
99
TABELA
26
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante nas
sondas sob controle contextual do estímulo círculo.
100
20
TA
BELA
27
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante nas
sondas sob controle contextual do estímulo triângulo.
101
T
ABELA
28
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante nos
testes de transitividade sob controle contextual do círculo.
103
TABELA
29
.........................................................................................................
Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante nos
testes de transitividade sob controle contextual do triângulo.
104
TABELA
30
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base sob controle contextual
do estímulo círculo.
106
TABELA
31
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base sob controle contextual
do estímulo triângulo.
107
TABELA
32
.........................................................................................................
Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base sob controle contextual
do estímulo triângulo.
108
21
Souza, R. D. C. (2008). Relações ordinais sob controle contextual em crianças surdas. Tese
de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Universidade Federal do Pará. 160 páginas.
RESUMO
Dificuldades apresentadas por crianças surdas na aprendizagem da matemática têm conduzido
educadores ao desenvolvimento de procedimentos especiais de ensino. O paradigma de
equivalência tem sido útil na explicação de comportamentos complexos, como
comportamentos conceituais numéricos. Uma expansão desse paradigma envolve a formação
de classes de estímulos equivalentes em seqüência. A emergência de novas relações através do
responder ordinal foi documentada em estudos com contingências de reforçamento de três
termos. necessidade de verificar se esses resultados se mantém estáveis sob contingências
de quatro e cinco termos. Três experimentos foram programados com o objetivo de investigar
a emergência de relações ordinais com controle discriminativo simples, sob controle
condicional (sem e com randomização das tentativas) e sob controle contextual em crianças
surdas. No Experimento 1 participaram cinco crianças surdas, matriculadas numa Escola
Pública Especializada. Um microcomputador com um software (REL 4.0, utilizado nos
Experimentos 1, 2a e 2b e atualizado para a versão 5.0 no Estudo 3) foi utilizado. Nesse estudo
foi ensinado aos participantes seqüências de pares de estímulos sobrepostos. Em seguida,
foram realizados testes de transitividade e conectividade. Todos os participantes alcançaram o
critério de acerto e responderam aos testes. Os resultados replicaram estudos da literatura
confirmando a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos no
estabelecimento de relações ordinais. No Experimento 2a, quatro novos participantes e um
com história experimental, foram ensinados a selecionar estímulos, aos pares, na ordem
crescente na presença da cor “verde” e na ordem decrescente na presença da cor “vermelha”.
Foram aplicados testes de transitividade e conectividade sob controle condicional. Em seguida
foi conduzido um teste de generalização com estímulos do ambiente escolar. Todos os
participantes alcançaram o critério de acerto e responderam aos testes de transitividade e
conectividade. Nos testes de generalização, três participantes responderam consistentemente
aos novos estímulos, um respondeu parcialmente e um não respondeu ao teste. Os resultados
corroboraram a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos sob
controle condicional em crianças surdas. O Experimento 2b envolveu os mesmos participantes
do Experimento 1 com história experimental e a randomização das tentativas com os estímulos
condicionais. Todos os participantes alcançaram o critério de acerto. Nos testes demonstraram
um responder consistente com a linha de base. No Experimento 3 participaram três crianças
dos Experimento 1 e duas do Experimento 2a, que foram expostas ao procedimento de ensino
por pares sobrepostos sob controle contextual de duas formas “círculo” e “triângulo” e sob
controle condicional das cores “verde” e “vermelha” (ex. A1A2, na presença do círculo e da
cor “verde”; ou A2A1, na presença do círculo e da cor “vermelha”). Todos os participantes
alcançaram o critério de acerto e responderam aos testes de transitividade e conectividade. Os
resultados indicaram a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos
sob controle contextual, sugerindo que o ensino por contingências de reforçamento simples e
sob controle condicional foram pré-requisitos para a emergência de classes ordinais sob
controle contextual. Uma extensão deste estudo deve ampliar o número de membros na
seqüência e investigar a emergência de novas relações ordinais com seqüências mais longas, e
22
verificar se a ordem de treino em que a seqüência é ensinada interfere sobre o responder
ordinal.
Palavras-Chave: Relações Ordinais, Controle Condicional, Controle Contextual, Crianças
Surdas.
23
Souza, R. D. C. (2008). Ordinal relations under contextual control in Deaf Children. Doctoral
Thesis. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade
Federal do Pará. 160 pages.
ABSTRACT
Dificulties presented by deaf children in math learning has led educators to develop special
teaching procedures. The equivalence paradigm has been useful in explaining complex
behaviors such as numerical concepts. This paradigm has been expanded to evaluate the
formation of stumulus equivalence classes in sequence. The emergence of new relations
through ordinal responding has been documented in various studies involving three-term
reinforcement contingencies. It is also necessary to ascertain whether these results remain
stable under four- and five-term contingencies. Three experiments were planned in order to
investigate the emergence of ordinal relations with simple discriminative control under
conditional and contextual control (with and without cross-trial randomization) in deaf
children. In Experiment 1, five deaf children, enrolled in a special public school, served as
participants. A microcomputor containing software (REL 4.0, for experiments 1, 2a and 2b,
was updated to version 5.0 in Study 3) was used. In study, participants were taught
overlapping sequences of stimulus pairs. Aferwards, tests of transivity and connectivity were
administered. All of the participants reached the criterion for success. The results replicated
findings from independent studies, thereby confirming the efficacy of the overlapping stimulus
teaching procedure in establishing of ordinal relations. In Experiment 2a, four new
participants, and one with an experimental history were taught to select stimulus pairs in
increasing order, in the presence of a green shape, and in decreasing order when a red shape
appeared. Thereafter, tests of transivity and connectivity were administered. Following this, a
test of stimulus generalization for classroom enviornment was given. All participants attained
the criterion for correctness, and in response to the transivity and connectivity tests. On the
generalization test, three participants responded consistently to the new stimuli, one gave
partial responses, and one gave no response. The results confirmed the eficiency of the
overlapping stimulus teaching procedure under conditional control in deaf children. The
participants in Experiment 2b were the same as in Experiment 1, with randomized trials and
conditional control. All participants reached the correctness criterion. Test responses coincided
with baseline data. In Experiment 3, there were three children from Experiment 1, and two
from Experiment 2a, who were exposed to the overlapping pair under contextual control (e.g.
A1A2 in the presence of the circle + green color, or A2A1, in the presence of the circle +
red color). All of them reached the criterion for sucess and passed the tests for transivity and
connectivity. The efficiencey of the overlapping stimulus teaching procedure under stimulus
control was verified, suggesting that contingency instruction with simple reinforcement, under
conditional control, were prerequisites for the emergence of ordinal classes under contextual
control. This study may be extended by increasing the number of sequences, and investigating
the emergence of new ordinal realtions with longer sequences, and verify whether the order,
withing the teaching sequence inferferes with ordinal responding.
Key-words: Ordinal relations, conditional control, contextual control, deaf children.
24
APRESENTAÇÃO
Analistas do comportamento têm procurado organizar procedimentos de ensino
voltados para o estabelecimento de habilidades acadêmicas básicas, entre elas as habilidades
matemáticas.
Os operantes que o aluno emite durante a resolução de um problema aritmético são
verbais. Por exemplo, em uma operação de adição envolvendo quantidades de objetos, a
criança pode contar os objetos do conjunto que constitui a primeira parcela, contar os objetos
do conjunto que constitui a segunda parcela, juntar os dois conjuntos e contar quantos objetos
existem ao todo, chegando ao resultado da operação. Em cada resposta, são emitidas respostas
de tato e intraverbais (para uma descrição da taxonomia dos operantes verbais, consultar
Skinner, 1992), uma vez que a criança emite respostas sob controle de cada objeto (estímulo
não verbal) contado e sob controle do número falado anteriormente (estímulo verbal) que
evoca a emissão do próximo número na seqüência crescente (por exemplo, 1, 2, 3,...).
Assim, de acordo com Skinner (1972) o ensino da matemática implica colocar
respostas verbais sob controle de diversos estímulos: “as respostas são todas verbais.
Consistem em falar e escrever certas palavras, algarismos e sinais que, a grosso modo, se
referem aos números e operações da aritmética” (p.14).
Portanto, resolver uma operação aritmética é um comportamento complexo que
envolve pelo menos, uma série de discriminações simples. Pesquisadores como Ferster e
Hammer, Jr. (1966) afirmaram:
Qualquer instância dos comportamentos componentes de um repertório
aritmético envolve essencialmente discriminações muito simples (...). O
25
número de símbolos que são usados é muito pequeno, comparado com as
maneiras complexas em que eles podem ser arranjados, e os estímulos
adicionais, tais como a posição de dígitos, criticamente determinam qual de
várias respostas pode ser reforçada. Assim, na aritmética decimal, 2 é uma
resposta apropriada para 1 + 1, 0 + 2, ou 4 2; ou, dados os números 4 e 4,
a resposta correta é 16, 0, ou 8, dependendo de se um “X”, um “-” ou um
“+” aparece entre eles (p.635).
Portanto, há que se considerar que antes da invenção dos números, os primeiros
homens tiveram de desenvolver métodos para resolver problemas cotidianos, como localizar-
se no tempo e no espaço e para descrever e explicar o mundo ao seu redor. Eles foram capazes
de comparar, classificar e ordenar, medir, quantificar, inferir elementos fundamentais que a
tradição cultural ocidental chama de matemática.
A língua de sinais é completamente independente da língua falada. Segundo alguns
autores (Capovilla, Raphael & Macedo, 1998): “sua estrutura gramatical faz uso de
mecanismos próprios de natureza espacial para relacionar a forma ao significado” (p.17).
Assim, a língua de sinais opera em três dimensões: uma das mãos mantém-se em determinada
posição enquanto os dedos apresentam uma forma específica. Além dos gestos manuais,
movimentos da boca e do corpo, todos executados simultaneamente. Entre os organismos
humanos, os surdos precisaram desenvolver uma linguagem própria. “Por algum tempo houve
um considerável debate sobre se a linguagem de sinais era icônica ou simbólica” (Deacon,
1997, p. 72).
Este trabalho é uma continuidade da investigação conduzida pela autora ainda no
Mestrado, quando investigou a emergência de relações numéricas em surdos. Agora, o
26
objetivo é analisar a expansão das contingências de reforçamento envolvendo comportamentos
controlados por relações ordinais, em crianças com surdez congênita.
27
DO PARADIGMA DE EQUIVALÊNCIA AOS ESTUDOS DE PRODUÇÃO DE
SEQÜÊNCIAS COMPORTAMENTAIS COM DISCRIMINAÇÃO SIMPLES,
CONDICIONAL E CONTEXTUAL.
O modelo explicativo de relações entre estímulos utilizado neste trabalho para
investigar as variáveis de controle de relações ordinais, é uma expansão do modelo de
equivalência proposto por Sidman e Tailby (1982) e adotado por Green, Stromer e Mackay
(1993). Classes de equivalência foram definidas a partir das propriedades matemáticas de
equivalência, com base na teoria dos conjuntos: reflexividade, simetria e transitividade. Na
reflexividade, um estímulo está relacionado a ele mesmo. Em um teste de reflexividade
apresenta-se um estímulo como modelo e dois ou mais estímulos de comparação, um deles
semelhante ao modelo, e pede-se ao participante que aponte, dentre as comparações
disponíveis, qual a que mantém identidade com o modelo. Na simetria, a inversão das
funções de estímulo modelo e de comparação. Assim, se um dado estímulo a relaciona-se com
um estímulo b, a relação inversa também é válida, ou seja, b também se relaciona com a.
Portanto, a reversibilidade funcional é fundamental na emergência dessas relações entre
estímulos arbitrários. Na transitividade, uma nova relação é formada a partir de duas
anteriores nas quais um estímulo comum. Por exemplo, se a se relaciona com b e este se
relaciona com c, então pode-se prever que a relação a e c ocorra. À situação inversa, isto é, c
relaciona-se com a, Sidman e Tailby chamaram de relação simétrica da transitividade e a
consideraram como o teste final para verificar a formação de classes de estímulos
equivalentes.
O paradigma de equivalência tem sido amplamente usado em investigações
experimentais para verificar a formação da rede de relações numéricas equivalentes. Assim,
28
tem contribuído para a compreensão do comportamento conceitural numérico, produzindo
vários estudos, inclusive em pessoas com atraso no desenvolvimento cognitivo (Lockerbie,
Mahon, & Mackay, 2004; Lynch & Cuvo, 1995; Rossit & Goyos, 2005), pré-escolares
(Drachenberg, 1990; Monteiro & Medeiros, 2002), alunos do ensino fundamental (Donini, Del
Rey & Micheletto, 2006; Haydu, Costa & Pullin, 2006), sem fazer uso de qualquer mediação
verbal. Sidman (cf. 1994) tem sugerido que equivalência de estímulos pode ser um processo
comportamental básico, isto é, gerado pelas contingências de reforçamento e não redutível a
outros processos comportamentais.
Um estudo foi conduzido por Gast, VanBiervliet e Spradlin (1976) com sete crianças
que identificavam algarismos correspondentes ao número ditado pelo experimentador,
separavam subconjuntos de conjuntos maiores tanto a partir de números ditados como também
a partir de algarismos, identificavam algarismos correspondentes a quantidades, emitiam
respostas textuais a algarismos e contavam a quantidade de estímulos presentes em conjuntos.
A partir de um procedimento de emparelhamento com o modelo (matching-to-sample - MTS),
cada criança foi ensinada a relacionar a palavra impressa correspondente ao número ditado
pelo pesquisador, além de relacionar a palavra impressa correspondente à quantidade de
pontos de um conjunto, e emitir a resposta textual sob controle de palavra impressa. Os
resultados indicaram um elevado nível de acertos de todos os participantes, tanto nas tarefas
ensinadas como nas relações emergentes.
Um outro estudo clássico na área foi conduzido por Green (1993). A autora ensinou
dois estudantes com atraso no desenvolvimento cognitivo a estabelecerem diversas relações
entre algarismos hindu-arábicos, quantidades de bolinhas, nome falado dos números e novos
estímulos. A nomeação oral emergiu tanto para os algarismos como para as quantidades
29
correspondentes. Green (1993) aponta que a contagem não foi um repertório necessário para a
aquisição das relações numéricas.
Paralelamente, Kahhale (1993) ensinou pré-escolares as relações entre numerosidades
de objetos e o nome falado dos números. Kahhale variou todas as possíveis dimensões
secundárias dos objetos, como tamanho, forma, cor, distribuição espacial, a fim de que
somente a dimensão relevante numerosidade passasse a controlar as respostas dos sujeitos.
Mais tarde, Prado (1995) propôs que o paradigma de relações equivalentes poderia ser
aplicado na avaliação de comportamento conceitual numérico em termos de seus
componentes. Prado e de Rose (1999) e Prado (2001; 2002) estenderam a proposta de 1995,
verificando experimentalmente a viabilidade de uma rede de ensino de repertórios numéricos.
Carmo (1997) seguiu a mesma linha de investigação quando ensinou a pré-escolares a
rede de relações numéricas, incluindo palavras escritas (nome escrito dos números) como um
dos estímulos componentes do comportamento conceitual numérico adotado pela comunidade
verbal. Note-se que a inclusão de palavras escritas é pertinente ao se observar que, na cultura
letrada, os nomes dos números não são apenas falados, mas também escritos. Por outro lado, a
definição matemática de numeral envolve qualquer símbolo usado na representação de número
(algarismos hindu-arábicos, algarismos romanos, bolinhas, sinais, nomes escritos dos
números, etc.).
Ainda sobre relações numéricas, um estudo pioneiro conduzido com surdos, utilizando
o procedimento de emparelhamento com o modelo, foi apresentado por Williams (2000), que
investigou a formação de classes numéricas a partir do ensino dos numerais de 1 a 6 na
Linguagem Americana de Sinais (ASL), estabelecendo a relação entre esses estímulos, os
numerais hindu-arábicos de 1 a 6, nomes escritos dos números e as quantidades
correspondentes. Segundo McCarty (2004), sem formas escritas, a linguagem de sinais não
30
permite um tipo de controle textual disponível para o falante. Por conta dessa modalidade
visual-gestual, a linguagem de sinais apresenta um conjunto específico de caracteres gráficos
para o desenvolvimento de formas escritas.
Williams (2000) também aponta para a possibilidade do ensino de comportamento
conceitual numérico a indivíduos surdos a partir do acréscimo de elementos próprios da
linguagem de sinais. Entretanto, nesse estudo não houve a formação de classes ordinais a
partir de suas propriedades relacionais: irreflexividade, assimetria, transitividade e
conectividade (descritas a seguir) e não houve substituição dos estímulos nas seqüências de
numerais e símbolos da língua de sinais.
PRODUÇÃO DE SEQÜÊNCIAS: O ENSINO DE RELAÇÕES ORDINAIS
O termo ordenação vem sendo usado na literatura para designar um tipo de responder
seqüencial na presença de um conjunto de estímulos apresentados simultaneamente (Assis,
1987; Assis & Costa, 2004; Galy, Camps, & Melan, 2003; Mackay & Brown, 1971; Sampaio
& Assis, 2005; Sidman & Rosenberger, 1967; Sigurdardottir, Green, & Saunders, 1990;
Terrace, 2005; Tomonaga & Matsuzava, 2000). A emergência de relações ordinais é
importante para a compreensão de seqüências complexas, como a organização de frases e
sentenças (ver Ribeiro, Assis, & Enumo, 2005) ou uma rede de relações numéricas
equivalentes (Carmo, 2002). Ribeiro e colaboradores também enfatizam que:
Pode-se examinar a emergência de classes de equivalência ou a
emergência de classes ordinais, pois ambas envolvem treino
discriminativo, seguido por transferência de funções de controle de
estímulo. Do ponto de vista teórico-metodológico, a formação de classes
de equivalência vem sendo avaliada nos estudos sobre formação de
31
conceitos (semântica). A análise de desempenhos emergentes, por sua
vez, favorece a compreensão de seqüências complexas, como a
organização de frases e sentenças (sintaxe), além de compor as relações
entre estímulos e estímulos e respostas envolvidas no comportamento
matemático. (p. 123).
A definição de classes ordinais baseia-se nas propriedades das relações de ordem. Na
interpretação de Green, Stromer e Mackay (1993), a análise de seqüências sob a abordagem
tradicional de encadeamento, na qual um estímulo exerce uma dupla função (reforçadora para
a resposta que o produziu e discriminativa para a resposta seguinte) como elo de ligação entre
os estímulos membros de uma cadeia de respostas; ou sob a abordagem do simples controle
condicional de estímulos deve ser evitada, uma vez que não seria suficiente para uma
explicação precisa acerca da produção de novas seqüências não ensinadas diretamente. A
proposta de Green e seus colaboradores (1993) expande o paradigma de equivalência (Sidman
& Tailby, 1982) para o estudo de relações entre estímulos em seqüências e entre seqüências
ensinadas separadamente, com testes comportamentais que avaliam se tais relações
apresentam as propriedades de uma relação ordinal (i.e: irreflexividade, assimetria,
transitividade e conectividade).
Green, Stromer e Mackay (1993) definiram essas propriedades, a partir da matemática,
proposta por Stevens (1951): Irreflexividade é a propriedade segundo a qual um dado
elemento da seqüência não se segue a ele mesmo, devido à posição ordinal por ele ocupada.
Assim, não é possível a relação A1 A1 (em que A1 representa um determinado elemento
ocupando um determinado lugar na seqüência). Assimetria que se caracteriza por uma relação
unidirecional; por exemplo, se A2 A3 (lê-se A2 é seguido por A3), então A3 A2 (lê-se
32
A3 é seguido por A2) não pode ser válida para a mesma seqüência. Transitividade quando, por
exemplo, A2 A3 e A3 A4, então A2 A4 (note-se que apenas pares de estímulos não
adjacentes dentro de uma série treinada podem servir como base para inferir esta propriedade).
Conectividade prevê relações entre todos os pares de estímulos dentro de uma seqüência e
entre seqüências ensinadas separadamente. Relações que exibem conectividade são
necessárias (mas não são suficientes) para o arranjo de estímulos dentro de um conjunto. Por
exemplo, se A1 A2A3, então A1A2, A1A3, e A2A3 (note que esta propriedade é
inferida se todos os pares são possíveis, pares adjacentes e não adjacentes).
Dessa forma, a emergência de classes ordinais pressupõe que todos os estímulos sejam
mutuamente substituíveis no controle de uma resposta, e que qualquer propriedade
controladora exercida por um membro da classe deva ser compartilhada por todos os outros
membros da mesma classe.
Portanto, a formação de classes ordinais, assim como na formação de classes de
equivalência proposta por Sidman e Tailby (1982), pressupõe relações arbitrárias entre
estímulos. Como sugerem Assis, Baptista e Souza (2006): “o controle do comportamento por
relações ordinais, com base em propriedades relacionais (por exemplo, acima, abaixo,
próximo, distante, antes de, depois de, adiantado, atrasado etc) é muito sutil e muito mais
definido pelas práticas da comunidade verbal do que por alguma medida física”.
Por outro lado, duas perguntas têm gerado investigações experimentais: 1) Quais
seriam as formas para o desenvolvimento de seqüências de comportamentos? 2) Classes
ordinais podem emergir a partir do ensino com diferentes seqüências? 3) Diferentes
seqüências podem intercambiar entre si seus membros fora do contexto de emparelhamento
com o modelo? Em relação à primeira questão, estudos têm demonstrado que a produção de
seqüências pode ser ensinada através de um treino por encadeamento de respostas.
33
Os princípios comportamentais usados no estabelecimento de cadeias comportamentais
são: 1) Apresentação sucessiva de cada membro, 2) Colocar cada membro sob controle
discriminativo, e 3) Uso de estímulos com dupla função de deixa discriminativa e reforçador
condicionado, para ligar cada membro com o próximo. Uma definição mais elegante foi
apresentada por Catania (1999), quando afirma: Seqüência como uma sucessão de operantes
diferentes, cada uma definida pela conseqüência reforçadora de produzir uma oportunidade
de emitir a próxima, até que a seqüência seja terminada por um reforçador”(p.142).
Para responder a segunda questão sobre se classes ordinais podem emergir a partir do
ensino com diferentes seqüências, Green e cols. (1993) apresentaram duas táticas de ensino
que têm sido utilizadas no estudo de relações ordinais entre estímulos em seqüências:
encadeamento e sobreposição de pares de estímulos. O encadeamento envolve ensinar os
participantes a produzir uma seqüência com apresentação sucessiva dos estímulos até a
formação da seqüência completa. No ensino por sobreposição, os estímulos são apresentados
aos pares e, à medida que um novo estímulo é adicionado na formação de uma nova
seqüência, o primeiro elemento da seqüência anterior é removido, de maneira que todos os
elementos que formam a seqüência completa nunca aparecem juntos. Por exemplo, na
seqüência A1A2, a próxima apresentação será A2A3 (Green et al., 1993; Stromer &
Mackay, 1992a e b).
Um estudo experimental conduzido por Maydak, Stromer, Mackay e Stoddard (1995)
documentou a formação de classes de seqüências equivalentes, o que possibilitou verificar a
formação de seqüências numéricas equivalentes. Nesse estudo, os autores investigaram a inter-
relação entre classes de estímulos e tarefas de produção de seqüência, isto é, o responder
seqüencial de acordo com uma ordem pré-determinada por exemplo: abcd;
1234, etc. Os participantes foram um homem e uma mulher de 30 e 40 anos de idade
34
cronológica (7 anos 9 meses e 3 anos 6 meses, através do Peabody Picture Vocabulary Test,
respectivamente). O experimento consistiu respectivamente, da formação de classes de
estímulos compostos por nomes de números ditados, numerais e numerosidades (conjuntos
formados por pontos). Subseqüentemente, foi realizado um treino de produção de seqüência
com as numerosidades de pontos de dois a cinco, no qual, dados conjuntos com esses números
de elementos, dispostos aleatoriamente, o sujeito devia selecioná-los partindo do menos para o
mais numeroso. Por meio de testes apropriados verificou-se, posteriormente, a emergência da
ordenação dos numerais dois a cinco.
Mackay, Kotlarchyk e Stromer (1997) ensinaram uma criança de 10 anos com lesão
cerebral a discriminar um conjunto de dígitos e palavras correspondentes. Enquanto o
professor ditava a palavra, por exemplo, “Two”, o participante era ensinado a construir a
palavra seqüencialmente (ensino por anagrama) com as letras “T”, “W”, “O” apresentadas na
tela de um computador. Após, cada tentativa, as letras mudavam de posição na tela. Em
seguida, a discriminação de outras palavras foi ensinada gradativamente em seqüência, até
completar nove palavras, todas correspondentes aos dígitos de 1 a 9. Os autores ainda
aplicaram um teste de nomeação oral (o professor apresentava um dígito ou uma palavra
correspondente e perguntava: “O que é isso?”). Em seguida, o participante foi submetido a
uma avaliação oral em que precisava responder seqüencialmente do menor para o maior, aos
números que apareciam na tela. Embora ele tenha falado em voz alta todos os gitos, os
autores concluíram que ele não foi capaz de ordená-los apropriadamente.
Em um outro estudo, com surdos, Souza, R. e Assis (2005) replicaram
sistematicamente os resultados obtidos com crianças e adultos sob controle condicional,
usando um procedimento de ensino informatizado com estímulos visuais, através do ensino
por encadeamento de respostas motoras. Os autores programaram um procedimento de ensino
35
por encadeamento de respostas com três conjuntos de estímulos: “A” nomes impressos dos
números, “B” – numerais em língua brasileira de sinais (LIBRAS), “C” – formas abstratas em
quantidades diferentes. Para os três tipos de estímulos os valores eram de 1 a 6. Cinco crianças
surdas eram submetidas ao mesmo procedimento de ensino, porém, o participante deveria
responder na presença da cor verde à seqüência A1A2A3 A4A5A6 e na presença
da cor vermelha à seqüência A6A5A4A3A2A1. Os resultados mostraram que os
participantes responderam prontamente, ou seja, com acerto. Os autores concluíram que o
procedimento era eficiente na aquisição de comportamentos conceituais numéricos e que a
emergência de classes de estímulos equivalentes também ocorre fora do formato de
emparelhamento com o modelo, mesmo em crianças surdas.
O tipo de procedimento de ensino parece ser uma variável importante em estudos sobre
formação de classes ordinais. Porém, o procedimento de sobreposição é o mais indicado
porque os membros de uma mesma seqüência ensinada nunca apareceram juntos na linha de
base (Holcomb, Stromer, & Mackay, 1997; Stromer & Mackay, 1993, Experimento 2)
permitindo a verificação de relações ordinais emergentes não ensinadas diretamente.
Verdu, Souza e Lopes Jr. (2006) investigaram o efeito do ensino de seqüências de dois
termos com sobreposição na emergência de relações ordinais com mais de dois estímulos.
Cinco estudantes do ensino fundamental foram expostos a duas seqüências diferentes com os
cinco estímulos de cada conjunto. Os participantes compuseram as relações ordinais ensinadas
e apresentaram relações ordinais emergentes com estímulos dos dois conjuntos. Os resultados
sugerem a formação de cinco classes de estímulos, cada uma consistindo de estímulos que
ocuparam a mesma função ordinal em diferentes seqüências. Entretanto, os autores sugerem
que alguns participantes podem ter respondido aos pares ordenados entre os estímulos e não às
relações ordinais. Segundo os autores: “A variabilidade nos dados também sugere a
36
possibilidade de que tenha ocorrido controle misto por outras variáveis, como a própria
história experimental”(p. 97).
Entretanto, uma seqüência de respostas ainda poderia estar sob controle condicional.
Por exemplo, na vida cotidiana poderia ser observado que: Carlos tem 10 anos e está na
série, Antônio tem 8 anos e está na série e Francisco de 7 anos está na 3 série do ensino
fundamental. Ou seja, os nomes dos alunos podem ser organizados dependendo da ordem de
nascimento ou do vel de escolaridade. Assim teríamos: Francisco, Antônio e Carlos, se o
critério de ordenar os nomes for pela idade do mais jovem ao mais velho, ou Antônio, Carlos e
Francisco, se o critério for o nível de escolaridade da primeira para a última série.
Para documentar esse tipo de relação experimentalmente, Lazar e Kotlarchick (1986)
apresentaram um estudo pioneiro envolvendo um controle condicional sobre o responder
seqüencial. Porém, os autores adotaram como característica metodológica o ensino de apenas
duas classes de estímulos (primeiros e segundos). Isso, entretanto, pode ter levado o
participante a responder por exclusão, eliminando aquele estímulo que fizesse parte do seu
repertório.
Os estudos de Stromer e Mackay (1992a; 1992b) estenderam esses resultados,
buscando estabelecer a transferência do controle condicional sem a necessidade do
estabelecimento de pré-requisitos para classes de equivalência, via treino de emparelhamento
com o modelo. Os resultados sugeriram que o ensino independente de várias seqüências pode
estabelecer classes de estímulos equivalentes fora do contexto de matching-to-sample.
Um estudo de Lopes Jr. e Agostini (2004) avaliou se a ordem de exposição à relações
ordinais estaria funcionalmente relacionada à emergência de inferência transitiva para crianças
com dificuldade no acompanhamento do ensino público fundamental. Foram realizados dois
experimentos com a utilização de um software que exibia os estímulos na tela do computador.
37
No Experimento 1, quatro crianças foram ensinadas a responder as seqüências A1A2 e
A2A3, e posteriormente foram testadas as relações A1A3, A1A2A3. Na fase 2 foram
ensinadas as relações B2B1 e B3B2, e em seguidda, testadas as relações B3B1,
B3B2B1. No Experimento 2, quatro outras crianças foram expostas ao ensino e aos testes
na ordem inversa à testada no experimento 1 (primeiramente as relações da fase 2 e depois, as
relações da fase 1, do experimeno 1). Os resultados demonstraram que o houve emergência
de relações ordinais em metade dos 8 participantes dos experimentos, o que destacou a
necessidade de revisão do procedimento. Os outros participantes, apresentaram maiores
dificuldades na aprendizagem das relações B2B1 e B3B2, o que confirma os dados da
literatura sobre as dificuldades no estabelecimento de controle condicional, investigado nesses
estudos, quando há reversibilidade das funções ordinais das relações ensinadas.
Portanto, o pesquisador precisa levar em conta alguns cuidados experimentais na
organização das contingências de ensino quando relações condicionais estão envolvidas. Isto
porque para se obter uma relação condicional, deve-se reforçar determinada resposta na
presença de um estímulo específico apenas se um outro estímulo estiver presente. Apenas na
presença dessa combinação de dois estímulos, as respostas são seguidas de reforço. Esta noção
de que é a relação entre dois estímulos (condicional e discriminativo) que controla a relação
entre determinada resposta e reforço, quando se estabelece uma discriminação condicional, é a
formulação mais rigorosa na proposta de Sidman e Tailby (1982).
A possibilidade de expansão das contingências de reforçamento para cinco termos,
apontada por Sidman (cf. 1986; 1992) está documentada amplamente na literatura em
trabalhos empíricos (cf. Assis & Galvão, 1996; Bush, Sidman & de Rose, 1989; Gatch &
Osborne, 1989; Lynch & Green, 1991; Lopes, Jr. & Matos, 1995) e explorada em trabalhos
conceituais (cf. Lopes Jr. & Matos, 1995; Sidman, 1994). Esta expansão permite uma função
38
controladora do ambiente de selecionar discriminações condicionais de um repertório
comportamental, ou seja, descreve variações nas relações entre estímulos condicionais e
discriminativos em função do contexto.
O exemplo do cotidiano apresentado anteriormente em relação ao critério de ordenar os
nomes dos alunos pela idade ou pelo nível de escolaridade poderia também ser útil neste
contexto: digamos que aqueles critérios (idade e escolaridade) fossem observados pelos
professores em escolas públicas, porém diferentes em escolas religiosas. Ou seja, os nomes
dos alunos podem ser organizados dependendo da ordem de nascimento ou do nível de
escolaridade, mas esse critério dependeria também da natureza da escola (pública ou
religiosa).
Apesar da importância de trabalhos com este tipo de controle experimental, nenhum
estudo examinou o paradigma de equivalência em classes ordinais, sob controle contextual,
não havendo dados na literatura que evidencie esse fenômeno com crianças surdas.
Considerando-se os dados obtidos nos estudos apresentados pela literatura sobre
relações ordinais, com o procedimento de sobreposição de estímulos, controle por estímulos
apenas visuais, além da escassez de resultados experimentais com surdos, três estudos foram
programados com o objetivo de verificar o controle do comportamento por relações ordinais
com discriminação simples, sob controle condicional e contextual em crianças surdas.
MÉTODO
PROCEDIMENTO GERAL
Para o recrutamento dos participantes foram realizados: contato com equipe técnica e
professora da turma para informar o período e o desenvolvimento do projeto de pesquisa e
também verificar o planejamento de ensino (Unidade de ensino) trabalhado naquele período.
39
Pré-testes foram aplicados para avaliar se os participantes discriminavam quantidade (foi
utilizado um conjunto de blocos lógicos da FUNBEC com peças de madeira coloridas em
diferentes formas, espessuras e tamanhos), nomes dos numerais e numerais em LIBRAS.
A comunicação entre experimentadora e participantes foi estabelecida através da
Comunicação Total e da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Houve inicialmente um
contato pessoal com os professores para conhecimento das dificuldades de aprendizagem dos
alunos na aquisição de conceitos matemáticos e para conhecimento do conteúdo que foi
desenvolvido junto aos participantes e se esse conteúdo iria interferir no repertório que se
pretende ensinar.
Realizou-se uma reunião com os responsáveis pelos participantes, na qual foi
explicitado: o objetivo da pesquisa, que no final de cada sessão experimental, os participantes
receberiam “brindes”, tais como: lanchinhos (foi verificado com a equipe técnica o que
poderia ser fornecido como lanche aos participantes, de forma a não interferir no tipo de
alimento de merenda programado pela escola), brinquedos e ou material escolar
independentemente do desempenho dos mesmos. E fornecidos também esclarecimentos para
que pudessem assinar com segurança, nos termos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional
de Saúde, um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ver anexo) aprovado pelo Comitê
de Ética da UFPA, autorizando a participação de cada aluno no Experimento.
Nos experimentos, o ensino das tarefas foi realizado através da Comunicação Total e
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Inicialmente foram aplicados pré-testes para verificar
os repertórios numéricos e de ordenação em cada participante.
AMBIENTE EXPERIMENTAL:
40
O ambiente experimental foi uma sala de informática, localizada na Instituição,
medindo aproximadamente 4,83 m x 4,83 m x 2,90 m. A sala possui no centro da parede
frontal à porta de acesso, uma ampla janela de madeira, medindo aproximadamente 2,38 m x
1,26 m, gradeada pelo lado de fora da sala. A sala é composta por uma bancada de madeira
que circunda a parede frontal e as duas paredes laterais à porta (formando um “C”), onde
ficam localizados 12 microcomputadores dispostos lado a lado. A sala é climatizada e
iluminada por duas lâmpadas fluorescentes.
O ambiente de coleta propriamente dito se compunha de um compartimento existente
na sala medindo 2 x 2 x 2 m
2
. O compartimento era separado da sala por divisórias
padronizadas para escritórios, em madeira, sendo que as duas divisórias ficavam junto a duas
paredes da sala, formando um cubículo, localizado no canto à direita da porta de entrada da
sala de informática. Uma das divisórias é toda em madeira e outra (frente aos
microcomputadores da sala) com a parte superior de vidro. Ao lado direito da porta do
cubículo, permanecia uma mesa na qual um microcomputador estava disponível para coleta
dos dados comportamentais.
MATERIAL E EQUIPAMENTO
No pré-teste de discriminação de quantidade foi utilizado um conjunto de blocos
lógicos de madeira, modelo da FUNBEC. O conjunto é constituído de 48 blocos em diferentes
formas (quadrado, triângulo, círculo, retângulo), cores (azul, amarela, vermelha), tamanhos
(grande, pequeno) e espessuras (grosso, fino). Além disso, foram utilizados cartões
plastificados com sinais em LIBRAS, nome impresso dos números e conjuntos com figuras
não usuais, todos nos valores de 01 a 05.
41
Nas etapas de treino e testes, apresentação dos estímulos, número de tentativas,
número de posições de cada estímulo na tela, registro de respostas corretas e incorretas foi
utilizado um software (REL 4.0 for windows) especialmente construído para esta pesquisa por
José Vicente Nascimento.
ESTÍMULOS
Além dos blocos gicos e cartões empregados no pré-teste, foram utilizados três
conjuntos de estímulos. O conjunto “A” (A1, A2, A3, A4, A5), formado por numerais
representados em LIBRAS (sinais). O conjunto “B” (B1, B2, B3, B4, B5), com quantidades
correspondentes de formas abstratas (figuras não-usuais) e o conjunto “C” (C1, C2, C3, C4,
C5), formado pelo nome escrito dos números.
A seguir, a Figura 1 apresenta os estímulos que foram usados no Experimento 1.
FIGURA 1 - Conjunto de estímulos que foram utilizados nos três Experimentos.
A1
A2
A3
A4
A5
B1
B2 B3 B4 B5
C1
UM
C2
DOIS
C3
TRÊS
C4
QUATRO
C5
CINCO
42
Para a apresentação dos estímulos, houve a divisão da tela do computador em duas
partes assim definidas: área de escolha” (parte inferior da tela), composta de oito quadrados,
sendo quatro em cima e quatro embaixo, cada um medindo aproximadamente 4,5 cm x 4,5
cm, onde os estímulos foram apresentados de forma aleatória, e a “área de construção” (parte
superior da tela do computador), consistia na formação completa da seqüência após o “tocar”
no estímulo que se encontrava na “área de escolha”, também composta de oito quadrados
medindo.aproximadamente 2,5 cm x 2,5 cm cada. E acima da “área de construção” havia uma
janela medindo aproximadamente 2,5 cm x 2,5 cm, com a palavra “TOQUE” dentro dela.
FIGURA 2 - Conseqüências para as respostas corretas usadas durante
ensino.
PARTICIPANTES
LEGAL
C
ERTO
MUITO BEM
43
Participaram no total nove alunos surdos, de uma classe de alfabetização, idade
variando entre seis e oito anos, matriculados na Unidade de Ensino Especializado “Prof.
Astério de Campos”. Fizeram parte do Experimento os participantes com perda auditiva acima
de 91 dB (surdez profunda), identificada a partir de exames audiométricos com laudo emitido
por médico especialista em otorrinolaringologia. Foi realizada a análise dos dossiês de todos
os participantes selecionados para verificar se todos apresentavam o mesmo nível de perda
auditiva. Os participantes não usavam prótese auditiva. A Tabela 1 mostra os participantes de
todos os experimentos e suas respectivas idades em cada um destes.
Tabela 1 – Relação dos participantes dos experimentos e idade cronológica.
Participante
Experimento 1
(Agosto 2006)
Experimento 2a
(Outubro 2006)
Experimento 2b
(Fevereiro 2007)
Experimento 3
(Setembro 2007)
AMN 6 anos e 10m 7 anos e 9m 7 anos e 4m -
JSO 6 anos e 6m - 7 anos e 1m 7 anos e 6m
PRS 7 anos - 7 anos e 7m 7 anos e 1m
KVM 7 anos e 11m - 8 anos e 6m 9 anos
JVG 7 anos e 11m - 8 anos e 5m -
ACS - 7 anos e 10m - 8 anos e 2m
CMM - 6 anos e 6m - -
DCS - 7 anos e 8m - 8 anos e 7m
JJA - 6 anos e 2m - -
A seguir serão apresentados os quatro experimentos, com seus respectivos métodos
(participantes e procedimento), resultados e discussão.
44
EXPERIMENTO 1
O Experimento 1 buscou generalizar os resultados obtidos por Verdu e colaboradores
(2006) com o ensino de discriminações simples sobre relações ordinais em crianças surdas.
MÉTODO
PARTICIPANTES
Tabela 2 – Relação dos participantes, sexo, idade cronológica.
PARTICIPANTE SEXO IDADE CRONOLÓGICA
AMN Masculino 6 anos e 10m
JSO Feminino 6 anos e 6m
PRS Masculino 7 anos
KVM Masculino 7 anos e 11m
JVG Masculino 7 anos e 11m
PROCEDIMENTO ESPECÍFICO
O delineamento experimental envolveu as seguintes fases: pré-testes, treinos, sondas,
testes de transitividade, revisão de linha de base, testes de conectividade e de generalização.
Ver resumo das fases experimentais do Experimento 1, em Anexo 2.
PRÉ-TESTES
45
Os pré-testes foram realizados para avaliar o repertório inicial dos participantes. Caso
o participante apresentasse em seu repertório as relações testadas, seria excluído do
Experimento.
Pré-Teste 1. Discriminação de numerosidade
Participante e experimentadora sentavam-se juntos a uma pequena mesa, um em frente
ao outro. Na mesa eram disponibilizados todos os blocos lógicos à esquerda do participante. A
experimentadora retirava uma determinada quantidade de peças do bloco lógico, previamente
definido e os empilhava-as em frente ao participante. Após isso, a experimentadora
perguntava através da Comunicação Total ou de LIBRAS: “quantos têm?”, apontando para a
pilha de blocos. A tarefa do participante era sinalizar através da Comunicação Total ou da
LIBRAS, a quantidade de blocos apontada pela experimentadora. As respostas do sujeito
foram anotadas em folha própria. Neste teste a dimensão relevante, que deveria controlar o
responder do sujeito, era a numerosidade. Três tentativas foram programadas. A quantidade de
blocos que foram formados, a cada tentativa, era aleatória, variando em torno de seis blocos.
Pré-Teste 2. Discriminação das propriedades “muito” e “pouco”
Após cada tentativa do teste anterior, a experimentadora separava em dois um conjunto
de blocos, colocando-os um ao lado do outro, à frente do participante, e perguntava: “Qual
tem muito?” e “Qual tem pouco?”. A tarefa do participante era apontar qual conjunto tinha
muitos blocos e qual tinha poucos blocos. Após isso e independentemente da resposta do
sujeito, a experimentadora retirava um dos conjuntos e fazia a pergunta do teste anterior
(“Quantos têm?”). Houve três tentativas para o teste de discriminação de “muito” e de
46
“pouco” e para o de quantidade. A quantidade de blocos em cada conjunto era aleatória e
variava em torno de seis, dependendo da tentativa em vigor no primeiro teste.
Pré-Teste 3. Relação Sinal Numérico-Nome Impresso Correspondente
Neste teste, a experimentadora apresentava, através da língua de sinais, o sinal
correspondente a um numeral (ver Figura 1, Conjunto A) e solicitava ao participante para
apontar o nome impresso do número correspondente (ver Figura 1, conjunto C). Estava
previsto um bloco de dezoito tentativas, sendo três tentativas para cada numeral. A ordem de
apresentação das palavras escritas era aleatória.
Pré-Teste 4. Relação dos Numerais em LIBRAS Impressos e Gestual
Na presença de três ilustrações de numerais em Libras (ver Figura 1, conjunto A), a
experimentadora apresentava um numeral através da língua de sinais. A tarefa do participante
era apontar qual ilustração de numeral correspondia ao sinal em Libras. Tal como no teste
anterior, havia um bloco de dezoito tentativas, três para cada valor, sendo aleatória a ordem de
apresentação dos estímulos.
Ensino por sobreposição com os estímulos do conjunto “A”
Experimentadora e participante sentavam-se em frente ao microcomputador, lado a
lado. A experimentadora, utilizando-se de sinais em LIBRAS, mostrava a tela do computador
e fornecia as instruções necessárias ao participante quanto aos procedimentos iniciais. A tela
era dividida horizontalmente em duas áreas denominadas, respectivamente, “área de escolha”
e “área de construção” respectivamente abaixo e acima da divisão. Acima da “área de
construção” permanecia uma “janela” com a palavra “toque”. O participante era instruído a
tocar levemente nessa janela que produzia a apresentação dos estímulos na “área de escolha”.
A “área de escolha”, era constituída de oito janelas (quatro acima e quatro abaixo) dispostas
47
lado a lado, medindo aproximadamente 2,5 x 2,5cm. Na “área de escolha” dois estímulos eram
apresentados simultaneamente e o participante deveria tocar em um estímulo e em seguida no
outro, por exemplo: tocar A1 e em seguida A2. Após cada tentativa, os estímulos eram
reapresentados em janelas aleatórias, nessa área. Ao responder tocando à figura, esta se
deslocava da área de escolha para a “área de construção” situada na parte superior da tela, com
seis janelas dispostas lado a lado (medindo aproximadamente 4,5 x 4,5cm).
Depois de completar a seqüência, as figuras permaneciam nas “janelas” da “área de
construção” da esquerda para a direita, na ordem de escolha, por 1s. Caso o participante
respondesse corretamente na seqüência programada, após o desaparecimento das figuras, uma
animação gráfica era apresentada na tela por 5s, e paralelamente, sinais em LIBRAS eram
emitidos pela experimentadora, indicando “legal”, “muito bem”, “certo”. Caso a seqüência
fosse qualquer outra, a conseqüência após a última escolha era o escurecimento da tela por 3s
e a mesma configuração de estímulos (procedimento de correção) era reapresentada na “área
de escolha”. Durante esse time out de 3s qualquer resposta na tela não produzia conseqüência.
Ver exemplo:
Figura 3 – Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino, correta.
48
Figura 4 – Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino com time out.
Para cada participante estava previsto o ensino de cada seqüência três vezes
consecutivas, sem erro (critério de acerto), ou até dez vezes com erro, no máximo. Portanto,
uma tentativa consistia em apontar corretamente a seqüência programada, ou seja, atingido o
critério de três acertos consecutivos, avançava-se à fase seguinte. Quando o participante não
alcançava o critério de acerto e pedia para continuar na sessão, permitia-se uma pausa de
aproximadamente dez minutos, caso esta fosse encerrada, o retorno seria no dia seguinte, com
o participante sendo re-exposto à revisão da seqüência anteriormente programada. O tipo de
procedimento utilizado foi o de sobreposição, que consiste na apresentação de pares de
estímulos. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todas as fases de ensino
(1, 3, 5 e 7) com os estímulos do conjunto “A”, sendo que, nas fases de ensino (10, 12, 14 e
16) com os estímulos dos conjuntos “B” foram apresentadas formas abstratas e nas fases de
ensino (21, 23, 25 e 27) com o conjunto “C” os nomes dos números, todos nos valores de um a
cinco.
Sonda com os estímulos do conjunto “A”
Foram apresentados na área de escolha os estímulos do Conjunto “A”, distribuídos
aleatoriamente, e após o apontar na seqüência em que foram apresentados, eram deslocados
para a “área de construção”. Caso o participante não respondesse corretamente à primeira
tentativa, os estímulos eram re-apresentados numa nova configuração na tela, aleatoriamente.
49
Portanto, em todas as sondas programadas, o participante tinha apenas uma segunda
oportunidade para responder. Essa sonda tinha como objetivo verificar se o participante
aprendeu a ordenar um conjunto de estímulos sem conseqüência diferencial. Os parâmetros
descritos anteriormente eram utilizados para todas as fases de sonda (2, 4, 6 e 8), com os
estímulos do conjunto “A” sendo que, nas fases de sonda (11, 13, 15 e 17) com os estímulos
dos conjuntos “B” foram apresentadas formas abstratas e nas fases de sonda (22, 24, 26 e 28)
com o conjunto “C” os nomes dos números, todos nos valores de um a cinco.
Teste de transitividade com os estímulos do conjunto “A”
Foram apresentados, na área de escolha, pares de estímulos a cada tentativa, por
exemplo, A1 e A3. Se o participante apontasse na seqüência correta A1A3, outro par era
apresentado, até que todos os pares desta seqüência fossem apresentados, sucessivamente.
Caso o participante não consiguisse responder corretamente à primeira tentativa, os estímulos
re-apareciam numa nova configuração e o participante poderia responder novamente. O
objetivo deste teste era verificar se as relações eram transitivas. Os parâmetros descritos
anteriormente eram utilizados para todos os testes de transitividade com os estímulos do
conjunto “A” (fase 9), sendo que, nos testes de transitividade com os estímulos dos conjuntos
“B” (fase 18) foram apresentadas formas abstratas e com o conjunto “C” (fase 29) os nomes
dos números, todos nos valores de um a cinco. Ver exemplo de uma tentativa na Figura 5:
50
Figura 5– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade em que
o participante respondeu de acordo com o programado.
Figura 6– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade em que
o participante respondeu diferente do programado.
Revisão da linha de base com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C”.
Apareciam na “área de escolha”, primeiramente dois estímulos que deveriam ser
apontados na ordem anteriormente ensinada. Caso o participante respondesse corretamente
por três vezes consecutivas, sem erro, um animação gráfica era apresentada na tela e a
experimentadora refoçamente verbalmente em LIBRAS. Em seguida, uma nova configuração
era apresentada na tela. Os demais estímulos eram introduzidos gradativamente, devendo o
participante apontar um estímulo e em seguida o outro, em seqüência. Esse treino foi usado
para revisar as duas seqüências ensinadas independentemente.
51
As revisões de linha de base eram realizadas sempre com dois conjuntos de estímulos,
antes de cada teste de conectividade envolvendo estes conjuntos de estímulos. Portanto, foram
realizadas duas revisões de linha de base: com os estímulos dos conjuntos “A” e “B” (fase 19)
e posteriormente, com os estímulos dos conjuntos “B” e “C” (fase 30).
Teste de Conectividade com os estímulos dos conjuntos A/B e B/A; B/C e C/B:
Nesse teste, os estímulos dos dois conjuntos “A” e “B”; “B” e “C” eram apresentados
na “área de escolha”, randomizados, por exemplo, A1B2; B2C3 e o participante deveria
tocar nas figuras numa ordem crescente. Caso a resposta fosse incorreta, havia apenas mais
uma re-exposição, sendo que, não havia conseqüência para o acerto ou erro. Neste teste, o
objetivo era verificar se novas relações emergiriam sem qualquer treino adicional e se os
estímulos seriam intercambiáveis funcionalmente. Os parâmetros descritos anteriormente eram
utilizados para todos os testes de conectividade com os estímulos do conjunto “A” e “B” (fase
20), “B” e “C” (fase 31). Ver exemplo a seguir:
Figura 7 – Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade em que
o participante respondeu de acordo com o programado.
52
Figura 8 – Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade em que
o participante respondeu diferente do programado.
O Fluxograma da Figura 9, a seguir, apresenta um sumário dos procedimentos de
ensino e testes do estudo.
53
Figura 9. Fluxograma das fases do experimento. O critério adotado foi o de três acertos em
três tentativas (3/3) para o avanço de uma fase treino para a seguinte. Desempenho inferior nas
sondas e testes (< 2/2) levava ao retreino da linha de base. O alcance do critério em todas as
fases levava ao treino com uma nova classe de estímulos.
RESULTADOS
54
A Tabela 3 apresenta o resultado dos cinco participantes durante o ensino por
sobreposição. Observou-se que os participantes JSO e JVG alcançaram o critério de acerto
adotado (três tentativas consecutivas na seqüência programada, sem erros). Os demais
participantes precisaram de mais exposições aos tipos de tentativas para atingir o critério de
acerto. Sendo que o participante AMN precisou ser exposto novamente a nove dos doze tipos
de tentativas; o participante PRS precisou de re-exposição em onze dos doze tipos de
tentativas; e o participante KVM foi re-exposto a sete dos doze tipos de tentativas.
Além disso, pode-se observar que no ensino por sobreposição com os estímulos do
conjunto “A” (Sinais em LIBRAS), os cinco participantes precisaram ser expostos novamente
em pelo menos dois dos quatro tipos de tentativas, sendo que, no primeiro tipo de tentativa
(seqüência A1A2) todos os participantes precisaram de re-exposição. Já no ensino por
sobreposição com os estímulos do conjunto “B” (formas não-usuais), com exceção dos
participantes PRS e KVM, os participantes atingiram o critério de acerto em pelo menos dois
tipos das quatro tentativas. No ensino por sobreposição com os estímulos do conjunto “C”
(nomes dos números) os participantes KVM e JVG atingiram o critério de acerto em
respectivamente três de dois tipos das quatro tentativas. Os outros participantes precisaram ser
expostos novamente a pelo menos três tipos das quatro tentativas.
TABELA 3 Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição e número de blocos
necessários para alcançar o critério de três seqüências corretas consecutivas.
55
AMN
JSO PRS KVM JVG
3/3 Participante alcançou o critério de acerto na primeira exposição à tentativa
3/4 Participante alcançou o critério de acerto na segunda exposição à tentativa.
4/6 – 5/6 Participante alcançou o critério de acerto na quarta exposição à tentativa.
5/7 – 6/9 Participante alcançou o critério de acerto na quinta exposição à tentativa.
6/10 Participante alcançou o critério de acerto na oitava exposição à tentativa.
A Tabela 4 apresenta os resultados dos cinco participantes nos testes de Sonda.
Verificou-se que os participantes JSO, KVM e JVG responderam de acordo com o
programado, isto é, atingiram o critério de acerto, a todas as seqüências programadas para os
testes de sonda. Os participantes AMN e PRS responderam de acordo com o programado em
sete e onze dos doze tipos de tentativas, respectivamente. Observou-se também que três das
cinco respostas diferentes do programado apresentadas pelo participante AMN ocorreram nas
seqüências B1B2, B2B3 e B3B4, e que a única resposta em que o participante PRS
Tipo de Tentativa Participantes
A1A2
5/7 6/10 6/10 6/10 6/9
A2A3
3/3 5/7 5/7
3/3 3/4
A3A4
6/10
3/3 3/4 3/3 3/4
A4A5
5/7
3/3 3/4
5/7
3/3
B1B2
3/4
3/3 3/4 3/4 3/3
B2B3
3/4
3/3
3/3
3/4
3/4
B3B4 3/3
3/4
3/4 3/4 3/3
B4B5 3/3 3/3 3/4 3/4 3/3
C1C2 3/4 3/3
3/4
3/4
3/4
C2C3 3/4 3/4
6/9
3/3
5/7
C3C4 3/4 3/4 3/4 3/3 3/3
C4C5
6/10
3/4 3/4 3/3 3/3
Total
46/63
41/51 44/61 41/68 41/50
56
respondeu diferente do programado ocorreu na seqüência B3B4, em ambos os casos foram
seqüências pertencentes ao Conjunto “B” (formas não-usuais).
TABELA 4 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nas sondas.
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferente do programado
Na Tabela 5 são apresentados os resultados dos cinco participantes nos testes de
transitividade em que estes foram expostos a seqüências de pares não-adjacentes. Pode-se
observar que os participantes PRS e KVM responderam de acordo com o programado em
dezessete dos dezoito tipos de tentativas, enquanto que, os participantes AMN, JSO e JVG
responderam de acordo com o programado em 14, 13 e 11 dos dezoito tipos de tentativas,
respectivamente.
Nos testes de transitividade com os pares de estímulos do conjunto A (Sinais em
LIBRAS) os participantes PRS e KVM responderam de acordo com o programado em todos
Tipo de Tentativa
Participantes
AMN
JSO PRS KVM JVG
A1A2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
A2A3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
A3A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
A4A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
B1B2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
B2B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
B3B4 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
B4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C4C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 12/17 12/12 12/13 12/12 12/12
57
os tipos de tentativas programadas. Os participantes AMN e JVG responderam de acordo com
o programado em cinco dos seis tipos de tentativas e o participante JSO em quatro dos seis
tipos de tentativas.
Nos testes de Transitividade com os estímulos do Conjunto ‘B” (formas não-usuais)
observou-se que o participante PRS respondeu de acordo com o programado em todos os tipos
de tentativas, enquanto que os demais participantes responderam de acordo com o programado
em pelo menos três dos seis tipos de tentativas.
Os resultados dos testes de transitividade com os estímulos do Conjunto “C” (nomes
dos números) mostram que os participantes AMN e KVM, responderam de acordo com o
programado em todos os tipos de tentativas, e os participantes JSO e PRS responderam de
acordo com o programado em cinco dos seis tipos de tentativas e o participante JVG em três
dos seis.
TABELA 5 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de transitividade.
58
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferente do programado
A Tabela 6 apresenta os resultados dos cinco participantes nos testes de Revisão de
Linha de Base. Verificou-se que os participantes KVM e JVG atingiram o critério de acerto
em todos os tipos de tentativas dos três conjuntos de estímulos “A”, “B” e “C”. Os
participantes AMN e JSO atingiram o critério de acerto em oito de doze e seis de doze tipos
de tentativas, respectivamente. Enquanto que, o participante PRS precisou de duas exposições
em sete dos doze tipos de tentativas.
Além disso, observou-se que na de revisão de Linha de Base com os estímulos do
Conjunto A (Sinais em LIBRAS) os três participantes precisaram de duas exposições em pelos
menos um dos quatro tipos de tentativas. Já nos testes com os estímulos do Conjunto B
Tipo de Tentativas
Participantes
AMN JSO PRS KVM JVG
A1A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
A1A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
A1A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
A2A4 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
A2A5 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
A3A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
B1B3 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
B1B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
B1B5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
B2B4 1/2 1/2 1/1 1/1 1/2
B2B5 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
B3B5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
C1C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C1C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C1C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C2C4 1/1 1/2 1/1 1/1 1/2
C2C5 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
C3C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Total 18/22 18/23 18/19 18/19 18/25
59
(formas não-usuais) e C (nomes dos números) os três participantes atingiram o critério de
acerto em pelo menos dois dos quatro tipos de tentativas.
TABELA 6Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base.
Tipo de Tentativas
Participantes
AMN
JSO PRS KVM JVG
A1A2 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
A2A3 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
A3A4 1/2 1/2 1/2 1/1 1/1
A4A5 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
B1B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
B2B3 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
B3B4 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
B4B5 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
C1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C2C3 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
C4C5 1/2 1/2 1/2 1/1 1/1
Total 12/16 12/18 12/19 12/12 12/12
1/1 Participante alcançou o critério de acerto na primeira tentativa
1/2 Participante alcançou o critério de acerto na segunda tentativa
A Tabela 7 apresenta os resultados dos cinco participantes nos testes de Conectividade.
Observou-se que todos os participantes responderam de acordo com o programado em pelo
menos onze dos dezesseis tipos de tentativas. Nos tipos de blocos de tentativas A/B, nos quais
os estímulos dos Conjuntos “A” e “B” encontravam-se mesclados, os participantes KVM e
JVG responderam de acordo com o programado em todos os tipos de tentativas programados.
Os participantes AMN, JSO e PRS responderam de acordo com o programado em três dos
quatro tipos de tentativas programados para este bloco.
Nos testes de Conectividade do tipo de Bloco B/A, mesclando-se estímulos dos
Conjuntos “B” e “A”, o participante JVG respondeu de acordo com o programado em todos os
tipos de tentativas programados, os participantes AMN, PRS e JKV responderam de acordo
60
com o programado em três dos quatro tipos de tentativas programados e o participante JSO em
dois dos quatro tipos de tentativas.
nos testes de Conectividade do tipo de Bloco B/C, mesclando-se estímulos dos
conjuntos “B” e “C”, os participantes AMN, JSO e JVG responderam de acordo com o
programado em todos os tipos de tentativas programados, enquanto que, KVM e PRS
responderam de acordo com o programado em três e dois dos quatro tipos de tentativas,
respectivamente.
Nos testes de Conectividade do tipo de Bloco C/B, mesclando-se estímulos dos
conjuntos “C” e “B”, os participantes JSO e KVM responderam de acordo com o programado
em todos os tipos de tentativas programados, enquanto que, os demais participantes
responderam de acordo com o programado em pelo menos dois dos quatro tipos de tentativas
programados.
61
TABELA 7 - Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de conectividade.
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferente do programado
Tipo de Bloco Tipo de Tentativa
Participantes
AMN JSO PRS KVM JVG
A/B
A1B2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
A2B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
A3B4
1/1
1/2 1/1 1/1 1/1
A4B5
1/1
1/1 1/1 1/1 1/1
B/A
B1A2 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
B2A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
B3A4 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
B4A5 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
B/C
B1C2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
B2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
B3C4 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
B4C5 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
C/B
C1B2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
C2B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
C3B4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
C4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 16/20 16/19 16/20 16/18 16/18
62
A Figrua 10 abaixo apresenta a porcentagem de acertos dos participantes em cada fase
experimental. Pode-se observar que, em todas as fases experimentais, a porcentagem de acerto
foi acima de 60% para todos os participantes. Sendo que, nos testes o percentual de acerto foi
acima de 70% para todos os participantes, o que demonstra um responder consistente com a
fase de ensino.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
S onda T rans itividade C onectividade
F ases
Porcentagem de acerto
AMN
J S O
P R S
K V M
J V G
Figura 10-Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 1nas sondas e testes.
63
DISCUSSÃO
O presente Experimento teve por objetivo verificar o efeito de um procedimento de
ensino por sobreposição de estímulos sobre relações ordinais em crianças surdas. Portanto,
estende os resultados obtidos em outros estudos (Holcomb, Stromer & Mackay, 1997; Stromer
& Mackay, 1993, Experimento 2), o procedimento adotado nessa pesquisa mostrou-se
eficiente na produção de desempenhos emergentes, a partir do ensino com três seqüências de
estímulos arbitrários.
No ensino por sobreposição, pelo menos em algumas tentativas, os participantes
precisaram ser expostos mais de uma vez para que pudessem atingir o critério de acerto de três
respostas consecutivas, sem erro. Nesse tipo de procedimento, os estímulos são apresentados
aos pares e cada apresentação de um novo par, supressão do primeiro elemento do par da
seqüência anterior, pois os elementos que formam a seqüência completa nunca aparecem
juntos. Portanto, diferentemente dos estudos que adotaram o ensino por encadeamento (por
exemplo, Souza e Assis, 2005), o responder aqui parece ter sido mais econômico (o responder
é sempre ao par de estímulos).
Uma possibilidade para os resultados no ensino do presente experimento, nas tentativas
em que precisaram ser re-espostos, pode ser que tenha ocorrido um fraco controle de estímulos
ou uma topografia de controle de estímulos deficiente. Para McIlvane (1998), a topografia de
controle de estímulos, refere-se às caraterísticas físicas, estruturais e às propriedades
controladoras do estímulo discriminativo. Portanto, possíveis falhas devem ser atribuídas “(...)
à especificação inadequada das topografias de controle de estímulos da resposta do sujeito, por
parte do experimentador” (p.188).
Entretanto, nas fases de sonda, inseridas entre as tentativas de ensino, o desempenho
dos participantes foi recuperado, o que corrobora a proposta teórica da coerência da topografia
64
de controle de estímulos, que exige a necessidade de programar testes inseridos entre
tentativas de linha de base para que os testes não produzam controle por variáveis não
planejadas (Mcllvane, 1998; McIlvane, Serna, Dube, & Stromer, 2000).
Os participantes responderam prontamente na maioria das tentativas dos testes de
transitividade e conectividade. Os dados corroboram o estudo de Stromer et al. (1993) que
consideram as relações derivadas do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos
como relações verdadeiramente transitivas porque, diferentemente do procedimento por
encadeamento, os estímulos que eram a base para os testes de transitividade e de
conectividade nunca aparecem juntos nas tentativas de ensino por sobreposição.
A partir do ensino de ordenar unidirecionalmente os estímulos em pares adjacentes
sobrepostos em primeiros e segundos, emergem novas relações ordinais com base na
propriedade da transitividade. Todos os participantes responderam de acordo com o
programado à maioria das tentativas, ou seja, foram capazes de produzir novas seqüências de
dois elementos (com pares não-adjacentes) sem qualquer ensino adicional. Pode-se considerar
que as contingências de ensino em vigor foram a base para o desenvolvimento de relações
transitivas entre estímulos, as quais foram inferidas a partir dos resultados obtidos com a
emergência de novas seqüências (Holcomb, Stromer & Mackay, 1997; Stromer & Mackay,
1993, Experimento 2).
Nas relações que tiveram por base a propriedade da conectividade, os participantes
apresentaram um responder de acordo com o programado na maioria das tentativas. Ou seja, a
partir de relações de seqüências ensinadas com pares de estímulos sobrepostos, houve
emergência de novas classes ordinais. Verificou-se também relações entre estímulos que
ocuparam posições ordinais correspondentes em diferentes seqüências, tornando-os
funcionalmente equivalentes (Stromer & Mackay, 1993).
65
Segundo Lima e Assis (2003): “a verificação de classes ordinais pressupõe que todos
os estímulos na classe sejam mutuamente substituíveis no controle de um mesmo desempenho,
e que qualquer propriedade controladora adquirida por um membro da classe deva ser
compartilhada por todos os outros membros” (p.82). Tais resultados confirmam a emergência
de classes ordinais.
No estudo de Verdu e colaboradores (2006), uma característica importante do
procedimento, além do ensino aos pares, parece ter sido o procedimento de correção, com
conseqüência imediata para erros. Durante o ensino, se o participante selecionasse um
estímulo incorretamente, a tela do computador escurecia por 2s e mesma tentativa era
apresentada com os estímulos na mesma posição.
Esse experimento trouxe contribuições para as investigações sobre a emergência de
relações ordinais com crianças surdas, pois segundo Lopes Jr. e Agostini (2004): “A análise
funcional de fenômenos comportamentais definidos pelo estabelecimento de relações ordinais
poderia viabilizar melhor compreensão do estabelecimento de relações sintáticas, bem como
da aprendizagem de conceitos matemáticos” (p.97).
Apesar do responder dos participantes confirmarem dados apresentados na literatura,
embora com outra população, considera-se que há uma lacuna na literatura sobre a produção
do responder ordinal através do procedimento de ensino por sobreposição sobre relações
ordinais, sob controle condicional, além da ausência de testes para verificar a generalização de
estímulos.
EXPERIMENTO 2a
No Experimento 2a, pretendeu-se investigar os efeitos do procedimento de ensino por
sobreposição sobre relações ordinais, sob controle condicional, com cinco participantes com
66
surdez congênita e testar a transferência de funções ordinais para novos estímulos, além de
verificar sua generalização para o ambiente escolar do participante.
MÉTODO
PARTICIPANTES
Participaram do presente Experimento cinco alunos surdos. Um participante (AMN)
tinha uma história experimental de exposição ao procedimento de ensino por sobreposição de
estímulos no Experimento 1. Os demais não apresentavam história experimental (ver Tabela a
seguir):
Tabela 8 – Relação dos participantes, sexo, idade cronológica e perda auditiva.
PARTICIPANTE SEXO IDADE CRONOLÓGICA
ACS Feminino 7 anos e 3 meses
AMN Masculino 7 anos e 9 meses
CMM Feminino 6 anos e 6 meses
DCS Masculino 7 anos e 8 meses
JJA Masculino 6 anos e 2 meses
AMBIENTE EXPERIMENTAL
O presente Experimento foi desenvolvido na mesma sala do Experimento 1.
MATERIAL E EQUIPAMENTO
O mesmo utilizado no Experimento 1.
ESTÍMULOS
Foram utilizados os três conjuntos de estímulos do Experimento 1. O conjunto “A”
(Numerais em LIBRAS), o conjunto “B” (quantidades) e o conjunto “C” (nome escrito dos
números). Ver Figura 1 (Experimento 1). Além disso, o conjunto “D”, formado por formas
67
abstratas foi adicionado na fase pós-experimental para verificar a transferência de função para
novos estímulos (Figura 8). As cores verde e vermelha foram utilizadas como estímulos
condicionais.
FIGURA 11– Conjunto de estímulos utilizados na transferência de função ordinais.
PROCEDIMENTO ESPECÍFICO
O delineamento experimental envolveu as seguintes fases: pré-testes, treinos, sondas,
testes de transitividade, revisão de linha de base, testes de conectividade, teste de transferência
de função e de generalização. Ver resumo das fases experimentais do Experimento 2a, em
Anexo 3.
Pré-Teste 1. Discriminação de cores “verde” e “vermelha”
Inicialmente a experimentadora ensinava o sinal da cor “verde” e o da cor “vermelha”.
Em seguida eram disponibilizadas sobre a mesa, peças dos blocos lógicos com cores
diferentes. Conforme os sinais que indicavam Qual cor?”, emitidos pela experimentadora, o
participante deveria apontar a peça com a cor correspondente ao sinal “verde” ou “vermelho”.
Pré-Teste 2. Discriminação de numerosidade.
O mesmo procedimento utilizado no Experimento 1.
Pré-Teste 3. Discriminação das propriedades “muito” e “pouco”
Inicialmente foram feitos dois montes (pilhas) de blocos e feitas as seguintes
perguntas, com a utilização da língua de sinais: “Qual tem muito?” e “Qual tem pouco?”. A
D1
D2 D3 D4
D5
68
tarefa do participante era apontar qual conjunto tinha muitos blocos e qual tinha poucos
blocos. Após isso e independentemente da resposta do sujeito, a experimentadora retirava um
dos conjuntos e fazia a pergunta do teste anterior (“Quantos têm?”). Houve três tentativas para
o teste de discriminação de “muito” e de “pouco” e para o de quantidade. A quantidade de
blocos em cada conjunto, era distribuída aleatoriamente a cada tentativa.
Pré-Teste 4. Relação Sinal Numérico-Nome Impresso Correspondente
O mesmo utilizado no Experimento 1.
Pré-Teste 5. Relação dos Numerais em LIBRAS
O mesmo utilizado no Experimento 1.
Após a realização dos pré-testes iniciou-se o procedimento experimental propriamente
dito com as seguintes fases: Ensino por Sobreposição do conjunto A; Sonda do conjunto A;
Teste de transitividade com os estímulos do conjunto “A”; Ensino por Sobreposição do
conjunto “B”; Sonda do Conjunto “B”; Teste de transitividade com os estímulos do conjunto
“B”; Revisão de linha de base dos estímulos dos conjuntos “A” e “B”; Teste de conectividade
A/B e B/A; Ensino por Sobreposição conjunto “C”; Sonda do Conjunto “C”; Teste de
transitividade com os estímulos do conjunto “C”; Revisão de linha de base de A e C; Teste de
conectividade A/C e C/A; Revisão de linha de base de B” e “C”; Teste de conectividade B/C
e C/B. Nesse xperimento, nas fases de ensino, sonda e revisão de linha de base os blocos de
pares de estímulos apresentados eram compostos por tentativas com os estímulos condicionais
verde ou vermelho, sendo um par de estímulos sob controle condicional da cor verde, em
seguida, um par de estímulos sob controle condicional da cor vermelha e assim por diante. Em
cada fase de teste, primeiramente, eram apresentados os blocos com os pares de estímulos sob
controle condicional da cor verde e, em seguida, eram apresentados os blocos com os pares de
estímulos sob controle condicional da cor vermelha. A seguir a descrição das fases de ensino:
69
Ensino por Sobreposição, com os estímulos dos conjuntos A”, “B” e C” na
presença da cor verde.
Após sentarem-se em frente ao microcomputador, a experimentadora ficava à frente do
participante para que o mesmo pudesse ter boa visualização dos sinais emitidos. A
experimentadora fornecia a seguinte instrução mínima ao participante (através da LIBRAS),
referente ao olhar, prestar atenção, e tocar na cor. Após o “toque” na janela central, contendo a
cor verde, os estímulos apareciam na “área de escolha” aos pares, e atingido o critério de tocar
o par na seqüência correta três vezes consecutivas, passava-se à fase seguinte. A
experimentadora solicitava ao participante para tocar a figura e em seguida na outra (esta se
deslocava para o primeiro quadrado à esquerda da “área de construção”). Caso a resposta
estivesse correta, uma animação gráfica era apresentada na tela e paralelamente, sinais em
LIBRAS pela experimentadora, tais como as frases: “Muito Bem”, “Certo” e “Legal” (ver
Figura 2 do Experimento 1). Tais instruções eram fornecidas até a apresentação da última
figura disponível na “área de escolha”. Caso a resposta fosse qualquer outra, a tela escurecia
por dois segundo e uma nova configuração de estímulos aparecia na “área de escolha”. Os
parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todas as fases de ensino (1, 7, 9 e 15)
na presença da cor verde com os estímulos do conjunto “A”, sendo que nas fases de ensino
(20, 22, 26 e 32) com os estímulos dos conjuntos “B” foram apresentadas formas abstratas e
nas fases de ensino (37, 39, 45 e 51) com o conjunto “C” os nomes dos números, todos nos
valores de um a cinco. Ver exemplos das configurações de tela a seguir:
70
as figuras na seguinte ordem: A1A2, na presença da cor verde:
Figura 12– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em que o participante
respondeu com acerto.
Figura 13– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle condicional da cor “verde” em que o participante respondeu diferentemente do
programado.
Ensino por Sobreposição, com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na
presença da cor vermelha.
Foram utilizados os mesmos parâmetros do Ensino por Sobreposição com os
estímulos do Conjunto “A”, na presença da cor verde, à exceção do estímulo condicional que
passou a ser a cor vermelha, que consistiu no participante tocar a figura que estava na “área de
escolha”, numa ordem inversa, por exemplo: A2A1. Os parâmetros descritos anteriormente
eram utilizados para todas as fases de ensino (3, 5, 11 e 13) na presença da cor vermelha com
os estímulos do conjunto “A”, sendo que, nas fases de ensino (18, 24, 28 e 30) com os
estímulos dos conjuntos “B” foram apresentadas formas abstratas e nas fases de ensino (41,
43, 47 e 49) com o conjunto “C” os nomes dos números, todos nos valores de um a cinco. Ver
exemplo da figura a seguir:
71
Figura 14– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle condicional da cor “vermelha” com estímulos do conjunto “A” em que o participante
respondeu com acerto.
Figura 15– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle condicional da cor “vermelha” em que o participante respondeu diferentemente do
programado.
Sonda com os estímulos do conjunto “A”, “B” e “C” na presença da cor verde:
A experimentadora solicitava que o participante tocasse na cor verde. Em seguida as
figuras eram apresentadas na “área de escolha”, aleatoriamente, aos pares. Após cada resposta,
a figura se deslocava para a “área de construção”. Caso a resposta de tocar um estímulo não
72
fosse conforme o programado, a tela escurecia por dois segundos e apenas mais uma tentativa
ocorria. Este teste de sonda teve como objetivo verificar se o participante tinha aprendido a
tocar numa ordem crescente um par de estímulos, sem conseqüência reforçadora, na presença
da cor verde. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todas as fases de
sonda(2, 8, 10 e 16) na presença da cor verde com os estímulos do conjunto A”, sendo que,
nas fases de sonda (21, 23, 27 e 33) com os estímulos dos conjuntos “B” foram apresentadas
formas abstratas e nas fases de sonda (38, 40, 46 e 52) com o conjunto “C” os nomes dos
números, todos nos valores de um a cinco.
Sonda com os estímulos do conjunto “A”, “B” e “C” na presença da cor vermelha:
Foram utilizados os mesmos parâmetros da sonda com os estímulos do Conjunto “A”,
na presença da cor verde, à exceção do estímulo condicional que passou a ser a cor vermelha,
que consistiu no participante tocar a figura que estava na “área de escolha”, numa ordem
inversa, por exemplo: A2A1. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para
todas as fases de sonda (4, 6, 12 e 14) na presença da cor vermelha com os estímulos do
conjunto “A”, sendo que nas fases de sonda (19, 25, 29 e 31) com os estímulos dos conjuntos
“B” foram apresentadas formas abstratas e nas fases de sonda (42, 44, 48 e 50) com o
conjunto “C” os nomes dos números, todos nos valores de um a cinco.
Teste de transitividade com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “Cna presença
da cor verde.
A experimentadora pedia ao participante que tocasse na cor verde, em seguida
apareciam na “área de escolha” os pares de estímulos a cada tentativa, numa ordem crescente,
73
por exemplo, A1A3. O participante tinha apenas uma tentativa nos testes, sendo que, não
havia conseqüência para o acerto ou erro. Os parâmetros descritos anteriormente eram
utilizados para todos os testes de transitividade na presença da cor verde com os estímulos do
conjunto “A” (fase 17), sendo que, nos testes de transitividade com os estímulos dos conjuntos
“B” (fase 34) foram apresentadas formas abstratas e com o conjunto “C” (fase 53) os nomes
dos números, todos nos valores de um a cinco.
Figura 16– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade sob
controle condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em que o participante
respondeu de acordo com o programado.
Figura 17– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade sob
controle condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em que o participante
respondeu diferente do programado.
Testes de Transitividade com os pares de estímulos do conjunto A, na presença da cor
vermelha.
74
Nesta fase, foram seguidas as mesmas orientações da fase anterior, com a diferença no
tipo de estímulo condicional “cor vermelha”, que consistia em o participante, na presença da
cor vermelha, responder numa ordem decrescente, por exemplo A5A3, até que o bloco de
tentativas fosse concluído. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todos
os testes de transitividade na presença da cor verde com os estímulos do conjunto “A” (fase
17), sendo que, nos testes de transitividade com os estímulos dos conjuntos “B” (fase 34)
foram apresentadas formas abstratas e com o conjunto “C” (fase 53) os nomes dos números,
todos nos valores de um a cinco.
Revisão de linha de base dos estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença da
cor verde.
Nesta fase, quando o participante tocava na cor verde os estímulos eram apresentados
na “área de escolha”, e deveriam ser tocados numa ordem crescente. Quando o participante
respondia corretamente, três vezes consecutivas, outro par de estímulos era apresentado,
devendo o participante tocar um estímulo e em seguida o outro, em seqüência. Caso não
respondesse corretamente, a tela escurecia por dois segundos e os estímulos reapareciam mais
uma vez, randomizados, na tela.
As revisões de linha de base foram realizadas sempre com dois conjuntos de estímulos,
antes de cada teste de conectividade envolvendo estes conjuntos de estímulos. Portanto, foram
realizadas três revisões de linha de base: com os estímulos dos conjuntos A” e B” (fase 35),
posteriormente, com os estímulos dos conjuntos “A” e “C” (fase 54) e, por último, com os
estímulos dos conjuntos “B” e “C” (fase 58).
Revisão de linha de base dos estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença da
cor vermelha. Também foram seguidos os mesmos passos da revisão anterior, sendo que, o
participante deveria tocar os estímulos na ordem inversa.
75
Teste de conectividade A/B e B/A; A/C e C/A; B/C e C/B na presença da cor verde.
Nesse teste, os estímulos dos dois conjuntos (A e B; A e C; B e C) apareciam na “área
de escolha”, randomizados, por exemplo, A1B2; A2C3; B4C5, o participante deveria
tocar nas figuras numa ordem crescente. Caso a resposta fosse incorreta, havia apenas mais
uma re-exposição, sendo que, não havia conseqüência para acerto ou erro. Neste teste, o
objetivo era verificar se novas relações emergiriam sem treino adicional e se os estímulos
seriam intercambiáveis funcionalmente (ver Figura 12). Os parâmetros descritos anteriormente
foram utilizados para todos os testes de conectividade na presença da cor verde com os
estímulos do conjunto “A” e “B” (fase 36), “A” e “C” (fase 56) e “B” e “C” (fase 60).
Ver exemplo:
Figura 18– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade sob
controle condicional da cor “vermelha” com estímulos dos conjuntos “A” e “B” em que o
participante respondeu de acordo com o programado.
76
Figura 19– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade sob
controle condicional da cor “vermelha” com estímulos dos conjuntos “A” e “B” em que o
participante respondeu diferente do programado e.
Teste de conectividade A/B e B/A; A/C e C/A; B/C e C/B na presença da cor vermelha.
Nesta fase, foram seguidas as mesmas orientações do teste anterior, com a diferença no
tipo de estímulo condicional, cor vermelha, em que o participante deveria tocar os estímulos
na ordem decrescente, por exemplo, B5A4, A4C3, B2C1. Os parâmetros descritos
anteriormente foram utilizados para todos os testes de conectividade na presença da cor
vermelha com os estímulos do conjunto A” e “B” (fase 36), “A” e “C” (fase 56) e “B” e “C”
(fase 60).
Para uma visualização geral do procedimento do Experimento II, descrito, ver anexo 3
com o sumário deste delineamento experimental.
Teste de Transferência de função de estímulos na presença da cor verde e da cor
vermelha.
O Teste consistia em apresentar tentativas com os estímulos do conjunto D (Estrelas),
nas quais o participante deveria responder seqüencialmente e condicionalmente aos pares de
estímulos, ou seja, na presença da cor verde, o participante deveria responder na seqüência do
menor para o maior, e na presença da cor vermelha, a resposta prevista era responder na
seqüência inversa. Nesta fase não havia conseqüência diferencial para as respostas do
participante. O objetivo deste teste foi verificar se as funções ordinais se transfereriam para os
novos estímulos.
Teste de Generalização.
77
Foram disponibilizados sobre uma mesa, três conjuntos de objetos exatamente iguais:
cinco borrachas, cinco copos plásticos e cinco lápis. A experimentadora utilizava quantidades
diferentes em cada tentativa, solicitando ao participante que apontasse ao numeral
correspondente em LIBRAS, dispostos sobre a mesa. As tentativas eram conduzidas com os
mesmos elementos de um conjunto de objetos, separadamente, e com elementos de diferentes
conjuntos de objetos. Neste teste, objetivou-se verificar se o participante responderia a
propriedade de numerosidade fora da situação experimental, com estímulos do ambiente
escolar.
RESULTADOS
No Ensino por Sobreposição três dos cinco participantes (ACS, AMN E CMM)
atingiram o critério de acerto na maioria das tentativas. Sendo que nas tentativas com a cor
verde, quatro dos cinco participantes (ACS, AMN, CMM E JJA) obtiveram mais acertos. Nas
tentativas com o conjunto “A”, todos os participantes precisaram de um número maior de re-
exposições (Conjuntos “B” e “C” houve melhor desempenho).
78
TABELA 9Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição.
3/3 Participante alcançou o critério de acerto na primeira exposição à tentativa
3/4 Participante alcançou o critério de acerto na segunda exposição à tentativa.
3/5 Participante alcançou o critério de acerto na terceira exposição à tentativa
4/6 Participante alcançou o critério de acerto na quarta exposição à tentativa.
5/7 Participante alcançou o critério de acerto na quinta exposição à tentativa.
Cores Tipo de Tentativa
Ensino por Sobreposição
ACS
AMN CMM DCS JJA
Verde
A1A2
3/3
3/3 3/3 3/4
3/3
Vermelho A2A1 3/4 3/4 3/4 3/4 3/5
Verde A2A3 3/4 3/3 3/3 3/4 3/3
Vermelho A3A2 3/3 3/3 3/3 3/3 3/4
Verde A3A4 3/3 3/3 3/3 3/4 3/5
Vermelho A4A3 3/3 3/4 3/3 3/4 3/3
Verde A4A5 3/4 3/4 3/3 3/4 3/4
Vermelho A5A4 3/4 3/3 3/3 3/4 5/7
Verde B1B2 3/3 3/3 3/3 4/6 3/4
Vermelho B2B1 3/4 3/3 3/3 3/4 3/4
Verde B2B3 3/3 3/3 3/3 3/5 3/3
Vermelho B3B2 3/3 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde B3B4 3/3 3/4 3/3 3/4 3/4
Vermelho B4B3 3/3 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde B4B5 3/4 3/3 3/3 3/3 3/3
Vermelho B5B4 3/4 3/3 3/3 3/3 3/4
Verde C1C2 3/3 3/3 3/3 3/4 3/3
Vermelho C2C1 3/3 3/4 3/3 3/3 3/4
Verde C2C3 3/3 3/3 3/3 3/3 3/5
Vermelho C3C2 3/3 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde C3C4 3/3 3/3 3/3 3/3 3/4
Vermelho C4C3 3/3 3/3 3/3 3/3 3/4
Verde C4C5 3/3 3/3 3/3 3/5 3/3
Vermelho C5C4 3/4 3/3 3/3 3/3 3/4
Total 72/80 72/77 72/73 73/89 74/92
79
Nas Sondas quatro dos participantes (ACS, AMN, CMM e JJA) responderam de
acordo com o programado na maioria das tentativas. Sendo que nas tentativas com a cor verde,
três dos cinco participantes (ACS, AMN, CMM e JJA) tiveram mais acertos.
TABELA 10 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nas sondas
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Cores Tipo de Tentativa
Sonda
ACS
AMN CMM DCS JJA
Verde
A1A2
1/1
1/1 1/1
1/2
1/1
Vermelho A2A1 1/2 1/2 1/2 1/2 1/1
Verde A2A3 1/2 1/1 1/1
1/2
1/1
Vermelho A3A2 1/1 1/1 1/1
1/1
1/1
Verde A3A4 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
Vermelho A4A3 1/1 1/2 1/1 1/2 1/1
Verde A4A5 1/2 1/2 1/1 1/2 1/1
Vermelho A5A4 1/2 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde B1B2
1/1
1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho B2B1
1/2
1/1 1/1 1/2 1/1
Verde B2B3 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho B3B2 1/1 1/1 1/1
1/1
1/1
Verde B3B4 1/1
1/2
1/1
1/2
1/1
Vermelho B4B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4B5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C2 1/1 1/1 1/1
1/2
1/1
Vermelho C2C1 1/1
1/2
1/1 1/1 1/1
Verde C2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C4C5 1/1 1/1 1/1
1/2
1/1
Vermelho C5C4
1/2
1/1 1/1 1/1 1/1
Total
24/40
24/34 24/26 24/50 24/28
80
Nos testes de transitividade todos os participantes responderam de acordo com o
programado na maioria das tentativas. Sendo que três dos participantes (AMN, CMM e DCS)
apresentaram desempenhos de acordo com o programado na maioria das tentativas na
presença da cor verde.
TABELA 11 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de transitividade.
TABELA 11 (Continuação)
Cores Tipo de Tentativas
ACS
AMN CMM DCS JJA
Verde A1A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A5A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde A1A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A5A2 1/2 1/2 1/1 1/2 1/1
Verde A1A5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho A5A1 1/2 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde A2A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A2 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde A2A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A1 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde A3A5 1/2 1/1 1/1 1/2 1/2
Vermelho A3A1 1/1 1/1 1/2 1/2 1/2
Verde B1B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B1B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B2 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
Verde B1B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho B4B2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B5 1/2 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho B4B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde B3B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho B3B1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
81
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Na Revisão de Linha de Base quatro participantes (AMN, CMM, DCS e JJA)
responderam de acordo com o programado na maioria das tentativas. Sendo que quatro dos
participantes (ACS, AMN, CMM e DCS) tiveram melhor desempenho nas tentativas com a
cor verde.
TABELA 12Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base.
Cores Tipo de Tentativas
ACS
AMN CMM DCS JJA
Vermelho C5C3
1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C4
1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho C5C2
1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde C1C5
1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Vermelho C5C1
1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde C2C4
1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C2
1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2C5
1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C1
1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C5
1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho C3C1
1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Total
36/45 36/41 36/41 36/45 36/44
82
Cores Tipo de Tentativas
ACS
AMN CMM DCS JJA
Verde A1A2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho A5A4 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde A2A3 1/2 1/1 1/1 1/2 1/2
Vermelho A4A3 1/2 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde A3A4 1/1 1/1 1/2 1/2 1/2
Vermelho A3A2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A4A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A2A1 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde B1B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B3B4 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho B2B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho C5C4 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
Verde C2C3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho C3C2 1/1 1/2 1/2 1/2 1/1
Verde C4C5 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho C2C1 1/2 1/2 1/1 1/1 1/2
Total 24/32 24/27 24/30 24/29 24/31
1/1 Participante alcançou o critério de acerto na primeira tentativa
1/2 Participante alcançou o critério de acerto na segunda tentativa
Nos testes de Conectividade todos os participantes responderam de acordo com o
programado na maioria das tentativas e apresentaram melhor desempenho na presença da cor
vermelha.
Cores Tipo de Bloco Tipo de Tentativa
ACS
AMN CMM DCS JJA
83
TABELA 13 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de Conectividade.
TABELA 13 (Continuação)
Verde
A/B
A1B2 1/2 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho
A2B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
A2B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho
A3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
A3B4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho
A4B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
A4B5 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho
A5B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
B/A
B1A2 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Vermelho
B2A1 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde
B2A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho
B3A2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
B3A4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho
B4A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde
B4A5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho
B5A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Cores Tipo de Bloco Tipo de Tentativa
ACS
AMN CMM
DCS JJA
84
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de Transferência de Função de estímulos um participante (ACS)
respondeu de acordo com o programado na maioria das tentativas, dois participantes (CMM e
JJA) responderam de acordo com o programado em 67% das tentativas e dois (AMN e DCS)
Verde
B/C
B1C2 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Vermelho B2C1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde B2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho B3C2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B3C4 1/2 1/2 1/1 1/1 1/2
Vermelho B4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4C5 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho B5C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
C/B
C1B2 1/1 1/2 1/1 1/2 1/1
Vermelho C2B1 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde C2B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho C3B2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho C4B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 32/42 32/34 32/36 32/38 32/47
85
responderam de acordo com o programado em 72% das tentativas. Sendo que três (ACS e
AMN) dos cinco participantes apresentaram melhor desempenho na presença da cor vermelha.
TABELA 14 Desempenho dos cinco participantes nos Testes de Transferência de
Função.
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de Generalização quatro participantes (ACS, AMN, CMM e DCS)
responderam com acerto à contagem dos objetos nas tentativas e, um participante (JJA) não
respondeu com acerto a nenhuma das tentativas.
TABELA 15Desempenho dos participantes nos testes de generalização.
Cores Tipo de Tentativa
Teste de Transferência de Função
ACS
AMN CMM DCS JJA
Verde D1D2 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho D5D4 1/1 1/2 1/1 1/2 1/2
Vermelho D3D2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde D3D4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho D2D1 1/2 1/1 1/1 1/2 1/2
Verde D4D5 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
Verde D2D3 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho D4D3 1/2 1/2 1/2 1/1 1/1
Total 8/10 8/11 8/12 8/11 8/12
86
PARTICIPANTES OBJETOS RESPOSTAS
ACS
1 lápis *
1 lápis e 1 copo *
1 lápis e 1 copo e 1 borracha *
2 lápis, 1 copo e 1 borracha *
2 lápis, 2 copos e 1 borracha *
AMN
1 borracha *
1 borracha e 1 copo *
1 lápis e 1 copo e 1 borracha *
2 lápis, 1 copo e 1 borracha *
2 lápis, 1 copos e 2 borrachas *
CMM
1 copo *
1 borracha e 1 copo *
1 lápis e 1 copo e 1 borracha *
2 copos, 1 lápis e 1 borracha *
2 lápis, 1 copos e 2 borrachas *
DCS
1 copo *
1 borracha e 1 copo *
1 lápis e 1 copo e 1 borracha *
2 copos, 1 lápis e 1 borracha -
2 lápis, 1 copos e 2 borrachas -
JJA
1 copo
-
1 borracha e 1 copo
-
1 lápis e 1 copo e 1 borracha
-
2 copos, 1 lápis e 1 borracha
-
2 lápis, 1 copos e 2 borrachas
-
* Participante respondeu de acordo com o programado
- Participante respondeu diferentemente do programado
87
As Figuras 20 e 21 abaixo apresentam as porcentagens de acerto dos participantes em
cada fase experimental sob controle condicional das cores “verde” e “vermelha”,
respectivamente. Pode-se observar que, em ambos os casos, em todas as fases experimentais, a
porcentagem de acerto foi acima de 50% para todos os participantes. Sendo que, nos testes o
percentual de acerto foi acima de 67% para todos os participantes.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
S onda Trans itividade C onectividade TTF
F as es
Porcentagem de acerto
AC S
AMN
C MM
DC S
J J A
Figura 20- Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2a em cada fase experimental,
sob controle condicional da cor verde.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
S onda Trans itividade C onec tividade T T F
F as es
Porcentagem de acerto
AC S
AMN
C MM
D C S
J J A
Figura 21- Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2a em cada fase experimental,
sob controle condicional da cor vermelha.
DISCUSSÃO
88
O procedimento de ensino adotado mostrou-se eficiente na produção de relações
ordinais emergentes sob controle condicional, gerando classes de estímulos funcionalmente
equivalentes, em crianças com desenvolvimento típico (Stromer & Mackay, 1992a; 1992b),
conforme documentado na literatura. Porém, através de um procedimento por
encadeamento. Assim, pode-se afirmar que o presente Experimento amplia os estudos com
sobreposição de estímulos para contingências mais complexas, sugerindo que equivalência de
estímulos seqüenciais pode ocorrer mesmo sob controle condicional em crianças surdas.
No ensino de seqüências com pares de estímulos sobrepostos, três participantes
responderam de acordo com o programado à maioria das tentativas, sendo que, houve
necessidade de maior re-exposição no conjunto “A” para todos os participantes. O número
maior de exposição a algumas tentativas pode ter ocorrido em função do procedimento de
ensino por sobreposição ter como característica a variação das funções ordinais dos estímulos,
ora como primeiro, ora como segundo. Portanto, o responder pode ter ocorrido por exclusão,
nesse caso.
Nos testes de transitividade os participantes demonstraram eficiência no responder aos
pares de estímulos não-adjacentes, corroborando os resultados obtidos na literatura (Holcomb,
Stromer & Mackay, 1997; Stromer & Mackay, 1993 - Experimento 2), em que as relações
transitivas entre estímulos foram observadas sem qualquer ensino adicional.
A emergência de novas seqüências, sob controle condicional, a partir do ensino com
três seqüências diferentes, envolvendo pares de estímulos sobrepostos, demonstra que a
posição ocupada pelos estímulos exerceu uma função relevante na produção de relações
ordinais. Esses resultados com surdos replicam àqueles apresentados pela literatura em
crianças com desenvolvimento típico (Stromer & Mackay, 1993-Experimento 2).
89
Nos testes de generalização, três participantes foram capazes de responder ao número
correspondente em LIBRAS às quantidades, mesmo com estímulos do ambiente natural,
corroborando os dados de Ribeiro, Assis & Enumo (2007) que usaram esse tipo de teste com
população de alto risco.
Os resultados sugerem a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de
estímulos na emergência de relações ordinais. Quanto à produção do responder ordinal sob
controle condicional, observou-se na fase de ensino que três participantes atingiram o critério
de acerto na maioria das tentativas e que houve melhor desempenho nas tentativas sob
controle condicional da cor verde. Entretanto, esse responder pode ter ocorrido sem que
houvesse um rigoroso controle da alternância das tentativas com estímulos condicionais
“verde” e “vermelho”. Em função disso, organizou-se um procedimento de ensino com
randomização das tentativas com os estímulos condicionais para verificar com maior acurácia
a produção de seqüências.
Uma outra possibilidade para a variabilidade dos resultados é a ausência de uma
história experimental dos participantes ao procedimento envolvendo discriminação simples
(exceto para AMN). Pode-se, portanto, prevê a exposição dos participantes à contingências de
reforçamento mais simples seria uma condição necessária e suficiente para a obtenção de
resultados consistentes com uma linha de base mais segura (Lopes, Jr. & Matos, 1999).
Além disso não houve uma randomização das tentativas que assegurasse um responder
em função do modelo presente (cores verde ou vermelha), garantindo que houvesse um
controle efetivo pela condicionalidade.
Para isso, planejou-se um experimento que garantisse essa condicionalidade,
randomizando as tentativas para produzir um responder condicional mais efetivo.
90
EXPERIMENTO 2b
O Experimento 2b verificou se os resultados obtidos no Experimento 1 se manteriam
estáveis sob contingências de ensino e de testes com quatro termos, envolvendo os mesmos
participantes (KVM, JSO, PRS, AMN e JVG). Nesse Experimento, a apresentação dos blocos
com pares de estímulos sob controle condicional (cores verde ou vermelha) foi randomizada.
Verificou-se ainda a transferência de funções ordinais.
MÉTODO
PARTICIPANTES
Participaram os mesmos cinco alunos surdos dos Experimentos 1.
AMBIENTE EXPERIMENTAL
O presente Experimento foi desenvolvido na mesma sala dos Experimentos 1 e 2a.
MATERIAL E EQUIPAMENTO
O mesmo utilizado nos Experimentos 1 e 2a.
ESTÍMULOS
Foram utilizados os quatro conjuntos de estímulos do Experimento 2a.
PROCEDIMENTO ESPECÍFICO
Nos pré-testes foram seguidos os mesmos procedimentos dos Experimentos 1 e 2a.
91
O procedimento experimental adotou a mesma seqüência de ensino e testes do
Experimento 2a: Porém, nesse Experimento, nas fases de ensino, sonda e revisão de linha de
base, os blocos de pares de estímulos apresentados eram compostos por tentativas
randomizadas com os estímulos condicionais verde ou vermelho. Por exemplo, ao apresentar
uma tentativa A1A2 na presença da cor verde, em seguida, apresentava-se uma tentativa
A3A2 na presença da cor vermelha. Ou ainda, eram apresentadas tentativas consecutivas
sob controle condicional de uma mesma cor. Nos testes, os pares de estímulos eram alternados
entre as tentativas sob controle condicional da cor verde ou da cor vermelha. Ver resumo das
fases experimentais do Experimento 2b, em Anexo 4.
RESULTADOS-EXPERIMENTO 2b
No ensino por sobreposição três dos cinco participantes (JSO, KVM e JVG)
atingiram o critério de acerto na maioria das tentativas. Nas tentativas com a cor verde, em que
os elementos deveriam ser escolhidos na seqüência “para frente” três (JSO, KVM e JVG) dos
cinco participantes obtiveram mais acertos. Nas tentativas com o conjunto “A”, três (AMN,
PRS e JVG) dos cinco participantes precisaram de um número maior de re-exposições
(Conjuntos “B” e “C” houve melhor desempenho).
TABELA 16Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição.
92
Verde C1C2
4/5
3/4 3/4 3/3 3/4
Verde C2C3
3/3
3/4 4/6 4/5 3/3
Vermelho C2C1
3/3
3/3 3/4 3/3 5/6
Vermelho C3C2
3/3
3/4 3/4 3/4 4/5
Verde C3C4
3/3
3/3 3/5 3/3 3/3
Vermelho C4C3
3/4
3/4 3/4 3/3 3/3
Vermelho C5C4
3/3
3/4 3/4 3/3 3/3
Verde C4C5
3/4
3/3 3/3 3/4 3/3
Total 85/106 72/77 77/91 73/84 78/86
3/3 Participante alcançou o critério de acerto na primeira exposição à tentativa
3/4 - 4/5 Participante alcançou o critério de acerto na segunda exposição à tentativa.
3/5 Participante alcançou o critério de acerto na terceira exposição à tentativa
4/6 – 5/6 Participante alcançou o critério de acerto na quarta exposição à tentativa.
5/7 Participante alcançou o critério de acerto na quinta exposição à tentativa.
6/10 Participante alcançou o critério de acerto na oitava exposição à tentativa.
Nas sondas, todos os participantes responderam de acordo com o programado na
maioria das tentativas. Dois participantes (JSO e PRS) responderam de acordo com o
programado em todas as tentativas e os participantes AMN, KVM e JVG responderam,
respectivamente, de acordo com o programado em 22 de 24, 21 de 24 e 23 de 24 tentativas.
Cores Tipo de Tentativa
Ensino por Sobreposição
AMN
JSO PRS KVM JVG
Verde
A1A2
3/3
3/3 5/6 3/4 3/3
Vermelho A2A1
3/4
3/3 3/4 3/3 3/3
Vermelho A3A2
3/3
3/4 3/3 3/3 3/3
Verde A2A3
3/3
3/3 3/3 3/4 3/4
Verde A3A4
6/10
3/3 5/6 3/3 3/3
Vermelho A4A3
5/7
3/3 3/4 3/3 3/4
Vermelho A5A4
3/3
3/4 3/3 3/4 3/4
Verde A4A5
4/6
3/3 3/4 3/4 3/4
Vermelho B2B1
4/5
3/3 3/3 3/3 3/4
Verde B1B2 5/7 3/3 3/4 3/4 3/3
Verde B2B3
5/7
3/3 3/3 3/4 3/3
Vermelho B3B2
5/6
3/4 3/4 3/3 3/3
Verde B3B4 3/4 3/3 3/4 3/4 3/3
Vermelho B4B3
3/3
3/3 3/3 3/4 4/6
Vermelho B5B4
5/7
3/3 3/3 3/3 5/6
93
TABELA 17Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nas sondas.
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de transitividade, todos os participantes responderam corretamente na
maioria das tentativas. Três dos participantes (JSO, PRS e KVM) apresentaram na maioria das
tentativas, na presença da cor vermelha, desempenhos de acordo com o programado. Os outros
dois (AMN e JVG) apresentaram melhor desempenho na maioria das tentativas na presença da
cor verde (ver Tabela 17).
Cores Tipo de Tentativa
Sonda
AMN
JSO PRS KVM JVG
Verde
A1A2
1/1
1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A2A1 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
Vermelho A3A2
1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A3A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A3 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho A5A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A4A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2B1 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde B1B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B3B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2C1
1/2
1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C4C5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Total
24/26
24/24 24/24 24/27 24/25
94
TABELA 18Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de transitividade.
TABELA 18 (Continuação)
Cores Tipo de Tentativas
AMN
JSO PRS KVM JVG
Verde
A1A3 1/1 1/2 1/2 1/1 1/2
Verde A1A5 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A1 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Verde A2A5 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Vermelho A3A1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2A4 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho A5A3 1/1 1/2 1/1 1/1 1/2
Vermelho A4A2 1/2 1/1 1/2 1/2 1/1
Verde A1A4 1/2 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde A3A5 1/2 1/2 1/1 1/1 1/2
Vermelho A5A2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho A5A1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde B2B4 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho B3B1 1/2 1/1 1/1 1/2 1/2
Verde B2B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B2 1/2 1/2 1/1 1/2 1/1
Verde B1B5 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde B3B5 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Cores Tipo de Tentativas
AMN
JSO PRS KVM JVG
Vermelho B4B2 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde B1B3 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
Vermelho B5B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde B1B4 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
95
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Na revisão de linha de base quatro participantes (AMN, JSO, KVM e JVG)
responderam de acordo com o programado na maioria das tentativas. Três dos participantes
(AMN, JSO e KVM) tiveram melhor desempenho nas tentativas com a cor verde (ver Tabela
19).
TABELA 19Desempenho dos participantes na revisão de linha de base.
Cores
Tipo de Tentativas
AMN
JSO PRS KVM JVG
Verde A3A4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A2A1 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho A3A2 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde A4A5 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde A1A2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2C5 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde C1C5 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Vermelho C3C1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5C2 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde C1C4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C3 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C5 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5C1 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho C5C3 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Total 36/52 36/48 36/43 36/46 36/43
96
Vermelho A4A3 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
Vermelho A5A4 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
Verde A2A3 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Vermelho B4B3 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde B4B5 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde B2B3 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
Vermelho B5B4 1/1 1/2 1/2 1/1 1/2
Vermelho B2B1 1/2 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde B3B4 1/1 1/2 1/1 1/2 1/1
Vermelho B3B2 1/1 1/1 1/2 1/2 1/1
Verde B1B2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C2 1/2 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho C5C4 1/2 1/2 1/2 1/1 1/1
Vermelho C4C3 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde C4C5 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho C3C2 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde C3C4 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde C2C3 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho C2C1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 24/35 24/32 24/38 24/30 24/25
1/1 Participante alcançou o critério de acerto na primeira tentativa
1/2 Participante alcançou o critério de acerto na segunda tentativa
Nos testes de conectividade todos os participantes responderam de acordo com o
programado acima de 70% das tentativas. Três participantes (AMN, KVM e JVG)
apresentaram melhor desempenho na presença da cor vermelha (ver Tabela 20).
TABELA 20 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de conectividade, sob controle condicional.
Cores Tipo de Bloco
Tipo de Tentativa
AMN
JSO PRS KVM
JVG
Verde A1B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
97
TABELA 20 (Continuação)
Vermelho
A/B
A2B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A3B4 1/2 1/2 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4B3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A4B5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A5B4 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
Verde
B/A
B1A2 1/1 1/2 1/2 1/2 1/1
Vermelho B2A1 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde B2A3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3A2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde B3A4 1/2 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho B4A3 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Verde B4A5 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho B5A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Verde
A/C
A2C1 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2C3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4C3 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A3C2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A5C4 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho A4C5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde
C/A
C1A2 1/1 1/2 1/1 1/2 1/2
Vermelho C3A2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5A4 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
Verde C2A1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2A3 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde C4A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Cores Tipo de Bloco
Tipo de Tentativa
AMN
JSO PRS KVM JVG
Vermelho
C/B
C4B3 1/1 1/1 1/1 1/2 1/2
Verde C3B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho C1B2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde C5B4 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho C2B3 1/2 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde C2B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3B2 1/1 1/2 1/1 1/2 1/1
Verde C4B5 1/1 1/2 1/1 1/1 1/1
98
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de transferência de função ordinais um participante respondeu de acordo
com o programado na maioria das tentativas. Um participante (AMN) respondeu de acordo
com o programado em seis das oito tentativas previstas. Dois participantes (JSO e KVM)
responderam de acordo com o programado em cinco das oito tentativas. Os demais
participantes responderam prontamente a quatro das oito tentativas previstas.
TABELA 21 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas de cada
participante nos testes de transferência de função.
Verde
B/C
B1C2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Vermelho B3C4 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B5C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3C2 1/2 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4C5 1/2 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho B4C3 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
Verde B2C1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 48/66 48/54 48/61 48/53 48/58
99
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
1/2 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de generalização, três participantes (JSO, PRS, e JVG) responderam
corretamente à contagem dos objetos, sendo que, dois participantes (AMN e KVM)
responderam a menos de 80% das tentativas (ver Tabela 22).
TABELA 22 - Desempenho dos cinco participantes nos testes de generalização.
Objeto Quantidade
Participantes
AMN
JSO PRS KVM JVG
Borrachas
1 - * * - *
2 - * - * *
3 - * * * *
4 * * * * *
5 - * - * *
Cores Tipo de Tentativa
Teste de Transferência de Função
AMN
JSO PRS KVM JVG
Verde D1D2 1/1 1/1 1/1 1/2 1/1
Vermelho D5D4 1/1 1/2 1/1 1/2 1/2
Vermelho D3D2 1/1 1/1 1/2 1/1 1/1
Verde D3D4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/2
Vermelho D2D1 1/2 1/1 1/1 1/2 1/2
Verde D4D5 1/1 1/2 1/2 1/1 1/1
Verde D2D3 1/1 1/1 1/2 1/1 1/2
Vermelho D4D3 1/2 1/2 1/2 1/1 1/1
Total 8/10 8/11 8/12 8/11 8/12
100
Lápis
1 * * * - *
2 * * * * *
3 * * * - *
4 * * * - *
5 - * - * *
Copos
1 - * * - *
2 - * - - *
3 * * * * *
4 * * * * *
5 - * * * *
1 Lápis 1 - * * * *
1 copo e 1
borracha
2 * * * * *
1 copo, 1 Lápis e 1
borracha
3 * * * * *
2 copos, 1 Lápis e
1 borracha
4 * * * * *
3 Lápis e 2
borrachas
5 - * * * *
* Participante respondeu ao número correspondente
- Participante respondeu a outro número.
101
As Figuras 22 e 23 abaixo apresentam a porcentagem dos acertos dos participantes em
cada fase experimental sob controle condicional das cores “verde” e “vermelha”,
respectivamente. Pode-se observar que, em ambos os casos, nas fases de treino, a porcentagem
de acerto foi acima de 75% para todos os participantes e nos testes o percentual de acerto foi
acima de 60% para todos os participantes.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
S onda T rans itividade C onectivida de T T F
F as es
Porcentagem de acerto
AMN
J S O
P R S
K V M
J V G
Figura 22- Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2b em cada fase
experimental, sob controle condicional da cor verde.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
S onda T rans itividade C onectividade T T F
F as es
Porcentagem de acerto
AMN
J S O
P R S
K V M
J V G
Figura 23- Porcentagem de acerto dos participantes do Estudo 2b em cada fase
experimental, sob controle condicional da cor vermelha.
102
DISCUSSÃO
Os resultados evideciam a emergência de relações ordinais através da formação de
classes de estímulos funcionalmente equivalentes. Além disso, amplia os estudos sob
contingências mais complexas, sugerindo que equivalência de estímulos seqüenciais sob
controle condicional pode ocorrer mesmo com a modalidade apenas visual.
Na fase de ensino, foi observado que o responder dos participantes teve melhor
desempenho na presença da “cor verde”, que foi a ordem ensinada primeiro, o que confirma os
resultados de Lopes Jr. e Agostini (2004) sobre as dificuldades apresentadas na aprendizagem
de relações ordinais quando há reversão das funções dos estímulos. Os autores também
sugeriram que essas dificuldades seriam mais acentuadas se fossem utilizados os mesmos
conjuntos de estímulos diante da reversibilidade das funções ordinais condicionadas, como
apresentado neste estudo.
Nos testes de transitividade, os participantes demonstraram um responder consistente
com a linha de base, corroborando os resultados obtidos por Holcomb, Stromer e Mackay
(1997).
Nos testes de conectividade houve a emergência de relações entre estímulos
funcionalmente equivalentes, sugerindo a formação de classes ordinais em que os estímulos
ocupavam a mesma posição em diferentes seqüências, inferindo-se as propriedades de
transitividade e conectividade, sugerindo a formação de relações ordinais em que os estímulos
ocupavam a mesma posição em diferentes seqüências (Green, Stromer & Mackay, 1993).
Nos testes de generalização quatro participantes (JSO, PRS, KVM e JVG) foram
capazes de responder prontamente às propriedades de numerosidade com estímulos do
ambiente natural.
103
Os dados apresentados nos dois estudos experimentais são consistentes com a
litertatura. A partir de relações ensinadas diretamente através do procedimento de ensino por
sobreposição de estímulos, emergiram novas relações ordinais, sob controle condicional
(Experimento 2), sem qualquer ensino adicional. Além disso, replicou-se os resultados
apresentados pela literatura sobre o procedimento de ensino por sobreposição de estímulos
(Holcomb, Stromer & Mackay, 1997; Lopes Jr. & Agostini, 2004; Stromer & Mackay, 1993 -
Experimento 2; Verdu, Souza, D. & Lopes Jr, 2006).
Na fase de ensino, os participantes tiveram algumas dificuldades em responder
ordinalmente, principalmente quando submetidos ao primeiro conjunto de estímulos. Uma
possibilidade para estes resultados talvez esteja no controle de estímulos deficiente. Segundo
McIlvane (1998), as discriminações devem ser verificadas e o participante deve estar adaptado
a configurações novas de estímulo antes dos testes. Entretanto, nas fases de sonda, inseridas
entre as tentativas de ensino, o desempenho dos participantes foi recuperado, o que corrobora
a proposta teórica da coerência da topografia de controle de estímulos, que exige a
necessidade de programar sondas inseridas entre tentativas de linha de base para que os testes
não produzam controle por variáveis não planejadas.
Entretanto, os participantes foram capazes de responder de acordo com o programado
na maioria das tentativas dos testes de transitividade e conectividade, isto é, houve emergência
de novas relações ordinais. Verificou-se que os desempenhos produzidos apresentavam as
propriedades definidoras de uma relação ordinal: irreflexividade, assimetria, transitividade e
conectividade (Green e cols, 1993).
Outro dado bastante promissor neste experimento foi a consistência dos resultados nos
testes de transferência de funções ordinais e de generalização para objetos do cotidiano escolar
dos participantes.
104
Esses dados mostram o pioneirismo do Experimento e a importância da utilização do
procedimento de ensino por sobreposição de estímulos sob controle condicional, em crianças
com surdez congênita. Portanto, o próximo Experimento deverá expandir a unidade de análise
das contingências de reforçamento envolvendo um controle contextual com a introdução de
figuras geométricas como o quinto termo da contingência.
EXPERIMENTO 3
O objetivo do Experimento 3 foi de estender os resultados dos Experimentos
anteriores, ampliando as contingências de ensino e de testes com controle contextual e
analisando as contingências de reforçamento sobre relações ordinais com crianças surdas.
MÉTODO
PARTICIPANTES
Participaram do Experimento, cinco alunos com deficiência auditiva e os critérios
utilizados para a seleção dos participantes foram os mesmos dos Experimentos anteriores, na
mesma unidade especializada de ensino. Três participantes (KVM, JSO e PRS) haviam sido
expostos aos Experimentos 1 e 2b. Dois participantes (ACS e DCS) participaram do
Experimento 2a.
105
TABELA 23 - Relação dos participantes, sexo, idade cronológica.
PARTICIPANTE SEXO IDADE CRONOLÓGICA
ACS Feminino 8 anos e 2 meses
KVM Masculino 9 anos
JSO Feminino 7 anos e 6 meses
DCS Masculino 8 anos e 7 meses
PRS Masculino 8 anos e 1 mês
AMBIENTE EXPERIMENTAL
O presente Experimento foi conduzido na mesma sala dos Experimentos 1 e 2.
MATERIAL E EQUIPAMENTO
Os materais utilizados nos pré-testes foram os mesmos dos Experimentos 1 e 2.
Nas etapas de treino e testes foi utilizado um microcomputador para coleta dos dados
comportamentais através do programa (REL versão 5.0 for Windows - Santos, Silva, Baptista
& Assis, 1997) elaborado em linguagem Java desenvolvido especialmente para esta pesquisa.
O software apresentava os estímulos, números de tentativas e as posições que cada estímulo
na tela, além de registrar as respostas corretas e incorretas.
ESTÍMULOS
Foram utilizados os mesmos estímulos dos experimentos 1 e 2 com a adição do
estímulo contextual: duas figuras geométricas, círculo ou triângulo, dependendo da condição
experimental, que permanecia numa “janela central” medindo aproximadamente 2,5 cm x 2,5
cm, acima da “área de construção”.
106
PROCEDIMENTO ESPECÍFICO
O delineamento experimental envolveu as seguintes fases: pré-testes, treinos, sondas,
testes de transitividade, revisão de linha de base, testes de conectividade. Ver resumo das fases
experimentais do Experimento 3, em Anexo 5.
Ensino por sobreposição com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença
do círculo e da cor verde ou vermelha.
Na janela central ficava a figura “círculo” (contextual). O participante deveria “tocar”
na figura e em seguida ao toque na figura, aparecia outra janela central abaixo, com a cor
verde. Tocando esses estímulos “cor” (condicional), os dois estímulos de escolha apareciam na
“área de escolha”. Atingido o critério de três acertos consecutivos, outros pares de estímulos
apresentados. A experimentadora solicitava ao participante para tocar em uma figura (esta se
deslocava para o primeiro quadrado à esquerda da “área de construção”) e, em seguida, na
outra, caso a resposta fosse correta, uma conseqüência (animação gráfica) era apresentada no
vídeo, a experimentadora conseqüenciava em LIBRAS, as frases: “Muito Bem”, “Certo” e
“Legal” (ver Figura 2 do Experimento 1). Tais instruções eram fornecidas até o término da
última figura disponível na “área de escolha”. Quando a resposta era qualquer outra, a tela
escurecia por um segundo e uma nova configuração de estímulos aparecia na “área de
escolha”. Por exemplo, deveria responder à tentativa A1A2, na presença da cor verde. Os
parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todas as fases de ensino (1, 5, 9 e 13)
na presença do círculo e da cor verde com os estímulos do conjunto “A”, sendo que, nas fases
de ensino (35, 39, 43 e 47) com os estímulos dos conjuntos “B” foram apresentadas formas
abstratas e nas fases de ensino (73, 77, 81 e 85) com o conjunto “C” os nomes dos números,
107
todos nos valores de um a cinco. Quando o estímulo condicional era a cor vermelha os
estímulos deveriam ser selecionados na ordem inversa. Ver exemplos a seguir:
Figura 24– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A” em
que o participante respondeu de acordo com o programado.
Figura 25– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” em que o participante respondeu
diferentemente do programado.
Figura 26– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “vermelha” com estímulos do conjunto “A”
em que o participante respondeu de acordo com o programado.
108
Figura 27– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob controle
contextual do círculo e condicional da cor “vermelha” com estímulos do conjunto “A” em que o
participante respondeu diferente do programado
Sonda com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença do círculo e da cor
verde:
Figura 20– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “vermelha” em que o participante respondeu
diferentemente do programado.
A experimentadora solicitava que o participante tocasse na figura “círculo” e em
seguida na cor verde, todas as figuras eram apresentadas na “área de escolha”, aleatoriamente.
Após cada resposta, a figura se deslocava para a “área de construção”. O participante era
informado através de sinais em LIBRAS que a animação desapareceria; ou seja, que não
haveria conseqüência programada. Caso o participante emitisse uma resposta de tocar um
estímulo que não fosse o correto havia apenas mais uma tentativa. Este teste tinha como
objetivo verificar se o participante aprendeu a tocar numa ordem crescente um conjunto de
estímulos, sem conseqüência reforçadora na presença da figura “círculo” e da cor verde, até
que o bloco de tentativas fosse concluído. Os parâmetros descritos anteriormente eram
utilizados para todas as fases de sonda (2, 6, 10 e 14) na presença do círculo e da cor verde
com os estímulos do conjunto “A”, sendo que, nas fases de sonda (36, 40, 44 e 48)com os
estímulos dos conjuntos “B” foram apresentadas formas abstratas e nas fases de sonda (74, 78,
109
82 e 86) com o conjunto “C” os nomes dos números, todos nos valores de um a cinco. Quando
o estímulo condicional era a cor vermelha os estímulos deveriam ser selecionados na ordem
inversa.
Teste de transitividade com os estímulos dos conjuntos A”, “B” e “C” na presença
do círculo e da cor verde ou da cor vermelha.
A experimentadora solicitava ao participante que tocasse no círculo e em seguida na
cor verde. Em seguida, apareciam na área de escolha” os pares de estímulos a cada tentativa,
numa ordem crescente, por exemplo, A1A3. Caso o participante não consiguisse responder
com acerto, a tela escurecia e uma nova configuração aparecia, sendo que o participante era
re-exposto apenas mais uma vez ao bloco de tentativa. Não havia conseqüência reforçadora.
Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todos os testes de transitividade na
presença do círculo da cor verde com os estímulos do conjunto “A” (fase 17), sendo que, nos
testes de transitividade com os estímulos dos conjuntos “B” (fase 51) foram apresentadas
formas abstratas e com o conjunto “C” (fase 89) os nomes dos números, todos nos valores de
um a cinco. Quando o estímulo condicional era a cor vermelha os estímulos deveriam ser
selecionados na ordem inversa.
Ensino por Sobreposição com os estímulos dos Conjuntos “A”, “B” e C” na
presença do triângulo e da cor verde.
Os mesmos parâmetros utilizados no ensino por sobreposição com os estímulos dos
conjuntos “A”, “B” e “Cna presença do círculo e da cor verde foram os da presente fase, à
exceção do estímulo contextual “triângulo” em que o participante deveria tocar a figura que
ficava na “área de escolha”, numa decrescente, por exemplo: A2A1 até A5A4até que o
bloco de tentativas fosse concluído. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados
para todas as fases de ensino (18, 22, 26 e 30) na presença do triângulo e da cor verde com os
110
estímulos do conjunto “A”, sendo que, nas fases de ensino (35, 39, 43 e 47) com os estímulos
dos conjuntos “B” foram apresentadas formas abstratas e nas fases de ensino (52, 56, 60 e 64)
com o conjunto “C” os nomes dos números, todos nos valores de um a cinco. Quando o
estímulo condicional era a cor vermelha os estímulos deveriam ser selecionados na ordem
inversa.
Figura 28– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do triângulo e condicional da cor “verde” com estímulos do conjunto “A”
em que o participante respondeu de acordo com o programado.
Figura 29– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do triângulo e condicional da cor “verde” em que o participante respondeu
diferentemente do programado.
111
Figura 30– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do triângulo e condicional da cor “vermelha” em que o participante
respondeu de acordo com o programado.
Figura 31– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de ensino por sobreposição sob
controle contextual do triângulo e condicional da cor “vermelha” em que o participante
respondeu diferentemente do programado.
Sonda com os estímulos dos conjuntos A”, “B” e “C” na presença do triângulo e
da cor verde:
Os mesmos parâmetros utilizados na sonda com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e
“C” na presença do círculo e da cor verde foram os da presente fase, com exceção do estímulo
contextual que era a figura de um “triângulo”, em que o participante deveria tocar a figura que
ficava na “área de escolha”, numa ordem decrescente, até que o bloco de tentativas fosse
112
concluído. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todas as fases de sonda
(19, 23, 27 e 31) na presença do triângulo e da cor verde com os estímulos do conjunto “A”,
sendo que, nas fases de sonda (53, 57, 61 e 65 ) com os estímulos dos conjuntos “B” foram
apresentadas formas abstratas e nas fases de sonda (91, 95, 99 e 103) com o conjunto “C” os
nomes dos números, todos nos valores de um a cinco. Quando o estímulo condicional era a cor
vermelha os estímulos deveriam ser selecionados na ordem inversa.
Teste de Transitividade com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e C” na presença
do triângulo e da cor verde.
Nesta fase, foram seguidas as mesmas orientações do teste de transitividade com os
estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença do círculo e da cor verde, com a
diferença no tipo de estímulo contextual que passou a ser o triângulo, que consistia em o
participante responder numa ordem decrescente, por exemplo, A3A1; A5A3 até que o
bloco de tentativas fosse concluído. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados
para todos os testes de transitividade na presença do triângulo e da cor verde com os estímulos
do conjunto “A” (fase 34), sendo que, nos testes de transitividade com os estímulos dos
conjuntos “B” (fase 68) foram apresentadas formas abstratas e com o conjunto “C” (fase 106)
os nomes dos números, todos nos valores de um a cinco.Quando o estímulo condicional era a
cor vermelha os estímulos deveriam ser selecionados na ordem inversa.
113
Figura 32– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” em que o participante respondeu
de acordo com o programado.
Figura 33– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de transitividade sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” em que o participante respondeu
diferente do programado.
Revisão de linha de base com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença
do círculo e da cor verde ou do círculo e da cor vermelha.
Nesta fase, quando o participante tocava na cor verde os estímulos eram apresentados
na “área de escolha”, e deveriam ser selecionados numa ordem crescente. Quando o
participante respondia corretamente, três vezes consecutivas, outro par de estímulos era
apresentado, devendo o participante tocar um estímulo e em seguida o outro, em seqüência.
Caso não respondesse corretamente, a tela escurecia por dois segundos e os estímulos
reapareciam mais uma vez, randomizados, na tela. Quando o estímulo condicional era a cor
vermelha os estímulos deveriam ser selecionados na ordem inversa.
As revisões de linha de base eram realizadas sempre com dois conjuntos de estímulos,
antes de cada teste de conectividade envolvendo estes conjuntos de estímulos. Portanto, foram
realizadas três revisões de linha de base na presença do círculo e das cores verde ou vemelha:
com os estímulos dos conjuntos “A” e “B” (fase 69), posteriormente, com os estímulos dos
114
conjuntos “A” e “C” (fase 107) e, por último, com os estímulos dos conjuntos “B” e “C” (fase
111).
Revisão de linha de base com os estímulos dos conjuntos “A”, “B” e “C” na presença
do triângulo e da cor verde ou do triângulo e da cor vermelha.
Nesta fase, quando o participante tocava na cor verde os estímulos eram apresentados
na “área de escolha”, e deveriam ser selecionados numa ordem decrescente. Quando o
participante respondia corretamente, três vezes consecutivas, outro par de estímulos era
apresentado, devendo o participante tocar um estímulo e em seguida o outro, em seqüência.
Caso não respondesse corretamente, a tela escurecia por dois segundos e os estímulos
reapareciam mais uma vez, randomizados, na tela. Quando o estímulo condicional era a cor
vermelha os estímulos deveriam ser selecionados na ordem inversa.
As revisões de linha de base eram realizadas sempre com dois conjuntos de estímulos,
antes de cada teste de conectividade envolvendo estes conjuntos de estímulos. Portanto, foram
realizadas três revisões de linha de base na presença do triângulo e das cores verde ou
vemelha: com os estímulos dos conjuntos “A” e “B” (fase 71), posteriormente, com os
estímulos dos conjuntos “A” e “C” (fase 109) e, por último, com os estímulos dos conjuntos
“B” e “C” (fase 114).
Teste de Conectividade A/B e B/A; A/C e C/A; B/C e C/B na presença do círculo e da
cor verde ou do círculo e da cor vermelha.
Neste teste, na presença do estímulo contextual círculo, os estímulos de dois conjuntos
(“A” e “B”; “A” e “C”; “B” e “C”) apareciam na “área de escolha”, randomizados, e deveriam
ser selecionados numa ordem crescente na presença do estímulo condicional cor verde, por
exemplo, A1B2, B2A3, A3B4, B4A5. Quando na presença do estímulo condicional
cor vermelha a ordem era inversa, por exemplo, B5A4, A4B3, B3A2, A2B1, sendo
115
que, havia apenas uma tentativa para cada par de estímulos apresentado, independente de
acerto ou erro. Neste teste, o objetivo era verificar se novas relações emergiriam sem qualquer
treino adicional e se os estímulos eram intercambiáveis funcionalmente. Os parâmetros
descritos anteriormente eram utilizados para todos os testes de conectividade na presença do
círculo e da cor verde ou vermelha com os estímulos do conjunto A” e “B(fase 70), “A” e
“C” (fase 108) e “B” e “C” (fase 113).
Figura 34– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” em que o participante respondeu de
acordo com o programado.
Figura 35– Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade sob
controle contextual do círculo e condicional da cor “verde” em que o participante respondeu
diferente do programado.
Teste de Conectividade A/B e B/A; A/C e C/A; B/C e C/B na presença do triângulo e da
cor verde ou do triângulo e da cor vermelha.
116
Neste teste, na presença do estímulo contextual triângulo, os estímulos de dois
conjuntos (“A” e “B”; “A” e “C”; “B” e “C”) apareciam na “área de escolha”, randomizados, e
deveriam ser selecionados numa ordem decrescente na presença do estímulo condicional cor
verde, por exemplo, B5A4, A4B3, B3A2, A2B1. Quando na presença do estímulo
condicional cor vermelha a ordem era inversa, por exemplo, A1B2, B2A3, A3B4,
B4A5, sendo que, havia apenas uma tentativa para cada par de estímulos apresentado,
independente de acerto ou erro. Neste teste, o objetivo era verificar se novas relações
emergiriam sem qualquer treino adicional e se os estímulos eram intercambiáveis
funcionalmente. Os parâmetros descritos anteriormente eram utilizados para todos os testes de
conectividade na presença do triângulo e da cor verde ou vermelha com os estímulos do
conjunto “A” e “B” (fase 72), “A” e “C” (fase 110) e “B” e “C” (fase 117).
Figura 36 Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade sob
controle contextual do triângulo e condicional da cor “vermelha” em que o participante
respondeu de acordo com o programado.
117
Figura 37 Exemplo de configuração de tela de uma tentativa de teste de conectividade sob
controle contextual do triângulo e condicional da cor “vermelha” em que o participante
respondeu diferente do programado.
RESULTADOS
No Ensino por sobreposição sob controle contextual “círculo”, todos os cinco
participantes atingiram o critério de acerto, na primeira exposição à tentativa, acima de 80%
destas. Nas tentativas na presença do “círculo” e da cor vermelha, em que os estímulos
deveriam ser selecionados na ordem “decrescente” três dos cinco participantes (obtiveram
mais acertos. Nas tentativas com o conjunto “Ae “C”, os participantes apresentaram melhor
desempenho.
118
TABELA 23 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante
no ensino por sobreposição sob controle contextual com estímulo círculo.
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de Tentativa
Ensino por Sobreposição
ACS
KVM JSO DCS PRS
C
Í
R
C
U
L
O
Verde A1A2 3/3 3/4 4/5 3/3 3/4
Vermelho A2A1 3/3 3/3 5/6 4/6 3/3
Verde A2A3 3/3 3/3 3/3 3/4 3/4
Vermelho A3A2 3/4 3/3 3/4 3/3 3/3
Verde A3A4 3/3 3/3 3/3 3/3 3/4
Vermelho A4A3 3/3 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde A4A5 3/4 3/4 3/3 3/3 3/4
Vermelho A5A4 4/5 3/3 3/3 3/3 3/4
Verde B1B2 3/4 3/3 3/4 3/3 3/4
Vermelho B2B1 3/3 3/4 3/3 3/3 3/3
Verde B2B3 3/4 3/4 3/3 3/4 3/4
Vermelho B3B2 3/4 3/4 3/3 3/4 3/3
Verde B3B4 3/3 3/3 3/3 3/3 5/7
Vermelho B4B3 3/4 3/3 3/3 3/3 4/5
Verde B4B5 3/4 5/7 3/4 3/3 3/4
Vermelho B5B4 3/4 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde C1C2 3/3 3/3 3/3 3/4 3/3
Vermelho C2C1 3/3 3/3 3/3 3/4 3/4
Verde C2C3 3/3 3/3 3/3 3/4 3/4
119
3/3 Participante alcançou o critério de acerto na primeira exposição à tentativa
3/4 - 4/5 Participante alcançou o critério de acerto na segunda exposição à tentativa.
3/5 Participante alcançou o critério de acerto na terceira exposição à tentativa
4/6 – 5/6 Participante alcançou o critério de acerto na quarta exposição à tentativa.
5/7 Participante alcançou o critério de acerto na quinta exposição à tentativa.
6/10 Participante alcançou o critério de acerto na oitava exposição à tentativa.
No ensino por sobreposição sob controle contextual “triângulo”, todos os cinco
participantes atingiram o critério de acerto, na primeira exposição à tentativa, acima de 74%
destas. Nas tentativas na presença do “triângulo” e da cor vermelha, em que os estímulos
deveriam ser selecionados na ordem “decrescente” três dos cinco participantes obtiveram mais
acertos. Nas tentativas com o conjunto “A” os participantes apresentaram melhor desempenho.
TABELA 24Desempenho dos participantes no ensino por sobreposição sob controle
contextual do estímulo triângulo.
Vermelho C3C2 3/4 6/10 3/3 3/3 3/3
Verde C3C4 3/3 3/4 3/3 3/3 3/3
Vermelho C4C3 3/4 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde C4C5 3/3 3/3 3/3 3/3 3/3
Vermelho C5C4 3/4 3/3 3/3 3/4 3/3
Total 73/85 77/89 75/80 73/82 75/88
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de
Tentativa
Ensino por Sobreposição
ACS
KVM JSO DCS PRS
T
R
I
Â
N
G
U
Verde
A5A4 3/4 3/3 3/4 3/3 3/3
Vermelho A4A5 3/3 5/6 3/4 3/3 3/3
Verde A4A3 3/4 5/6 3/3 3/4 3/3
Vermelho A3A4 3/4 3/3 3/4 3/3 3/4
Verde A3A2 5/8 3/4 3/3 3/3 3/4
Vermelho A2A3 3/3 3/3 3/3 3/3 3/3
Verde A2A1 4/5 3/5 3/3 3/4 3/3
Vermelho A1A2 3/3 3/4 3/3 3/3 3/3
Verde B5B4 3/3 3/3 3/4 3/4 3/3
Vermelho B4B5 5/7 3/3 3/4 3/3 3/3
Verde B4B3 3/3 3/4 3/4 3/3 3/4
Vermelho B3B4 4/7 5/6 3/3 3/4 3/4
120
3/3 Participante alcançou o critério de acerto na primeira exposição à tentativa
3/4 - 4/5 Participante alcançou o critério de acerto na segunda exposição à tentativa.
3/5 Participante alcançou o critério de acerto na terceira exposição à tentativa.
4/6 - 5/6 Participante alcançou o critério de acerto na quarta exposição à tentativa.
4/7 - 5/7 Participante alcançou o critério de acerto na quinta exposição à tentativa.
6/10 Participante alcançou o critério de acerto na oitava exposição à tentativa.
L
O
Verde B3B2 4/5 3/4 3/4 3/3 3/3
Vermelho B2B3 5/7 4/5 3/3 3/3 3/4
Verde B2B1 4/6 3/3 3/4 3/4 3/3
Vermelho B1B2 5/7 3/4 3/3 3/3 3/4
Verde C5C4 3/4 3/3 3/4 3/3 4/5
Vermelho C4C5 3/5 3/4 3/3 4/6 3/3
Verde C4C3 3/4 3/4 3/3 3/3 3/3
Vermelho C3C4 3/3 3/3 3/3 3/3 4/6
Verde C3C2 3/4 3/3 3/4 3/4 3/3
Vermelho C2C3 3/4 3/3 3/3 3/4 3/4
Verde C2C1 5/7 3/3 3/4 3/4 3/3
Vermelho C1C2 3/3 3/3 3/3 3/4 3/3
Total 84/113
79/92 72/83 73/84 74/84
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de Tentativa
Sonda
ACS
KVM JSO DCS PRS
C
Í
Verde
A1A2 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A2A1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A3A2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A3A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A4A5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A5A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B1B2 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
121
Nas sondas sob controle contextual “círculo”, todos os participantes responderam de
acordo com o programado na maioria das tentativas. Três participantes (JSO, DCS e PRS)
responderam de acordo com o programado em todas as tentativas e os participantes ACS e
KVM responderam, respectivamente, de acordo com o programado em 21 de 24 e 20 de 24
tentativas.
TABELA 25 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante
nas sondas sob controle contextual do estímulo círculo.
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
0/1 Participante respondeu diferentemente do programado
Nas Sondas sob controle contextual “triângulo”, quatro dos cinco participantes
responderam de acordo com o programado em todas as tentativas. Um participante (ACS)
respondeu de acordo com o programado em 21 das 24 tentativas, sendo duas tentativas sob
controle contextual do “triângulo” e condicional da cor “vermelha” e uma sob controle
contextual do “triângulo” e condicional da cor “verde”.
R
C
U
L
O
Vermelho B2B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B3B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4B3 0/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4B5 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B4 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2C1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2C3 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C4C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 21/24 20/24 24/24 24/24 24/24
Estímulo Estímulo Tipo de Sonda
122
TABELA 26 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante
nas sondas sob controle contextual do estímulo triângulo.
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
0/1 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de Transitividade sob controle contextual “círculo”, todos os participantes
responderam de acordo com o programado a maioria das tentativas. Nas tentativas na presença
do “círculo” e da cor “verde”, em que os estímulos deveriam ser selecionados na ordem
“crescente” todos os participantes obtiveram mais acertos. Três participantes (KVM, JSO,
DCS) apresentaram melhor desempenho nas tentativas com o conjunto “B”. Sendo que, os
participantes KVM e JSO também apresentaram um bom desempenho nas tentativas com os
ACS
KVM JSO DCS PRS
T
R
I
Â
N
G
U
L
O
Verde
A5A4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A5 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A4A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A3A4 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A3A2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A2A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2A1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A1A2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B5B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3B4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B3B2 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B1B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C5C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2C1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Total 21/24 24/24 24/24 24/24 24/24
123
conjuntos “C” e “A”, respectivamente. E o participante ACS apresentou melhor desempenho
nas tentativas com o conjunto “A” e o participante PRS, nas tentativas com o conjunto “C”.
TABELA 27 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante
nos testes de transitividade sob controle contextual do círculo.
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de
Tentativas
ACS KVM JSO DCS PRS
C
Í
R
C
U
L
O
Verde A1A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A5A3 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Verde A1A4 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho A1A5 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Verde A5A1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A4A2 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde A2A4 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho A4A1 0/1 1/1 1/1 0/1 0/1
Verde A2A5 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Vermelho A5A2 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
124
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
0/1 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de transitividade sob controle contextual “triângulo”, quatro dos cinco
participantes, responderam de acordo com o programado a maioria das tentativas (KVM, JSO,
DCS e PRS). Nas tentativas na presença do “círculo” e da cor “vermelha”, em que os
estímulos deveriam ser selecionados na ordem “crescente” três participantes (ACS, KVM e
DCS) obtiveram mais acertos. Os outros dois participantes tiveram melhor desempenho nas
tentativas sob controle contextual do “triângulo” e da cor “verde”. Dois participantes (DCS e
PRS) apresentaram melhor desempenho nas tentativas com os conjuntos “B” e “C”. Outro dois
participantes (ACS e JSO) apresentaram um bom desempenho nas tentativas com os conjuntos
Verde A3A5 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho A3A1 1/1 0/1 1/1 1/1 0/1
Verde B1B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B3 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde B1B4 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B1 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Verde B1B5 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4B2 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Verde B2B4 0/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho B4B1 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B2B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5B2 0/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Verde B3B5 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho B3B1 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Verde C1C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5C3 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Verde C1C4 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Vermelho C5C1 0/1 1/1 0/1 0/1 0/1
Verde C1C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C2 0/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Verde C2C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4C1 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5C2 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde C3C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3C1 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Total 28/36 32/36 24/36 28/36 24/36
125
“C”. E o participante KVM apresentou melhor desempenho nas tentativas com o conjunto
“B”.
TABELA 28 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por
participante nos testes de transitividade sob controle contextual do triângulo.
TABELA 28 (Continuação)
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de
Tentativas
ACS
KVM JSO DCS PRS
T
R
I
Â
N
G
U
L
O
Verde A5A3 0/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho A1A3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde A5A1 1/1 0/1 1/1 0/1 1/1
Vermelho A1A4 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Verde A4A2 0/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Vermelho A1A5 0/1 0/1 0/1 0/1 0/1
Verde A4A1 0/1 0/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho A2A4 1/1 0/1 1/1 1/1 0/1
Verde A5A2 1/1 0/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho A2A5 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Verde A3A1 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho A3A5 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde B5B3 0/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B1B3 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde B5B1 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B1B4 0/1 1/1 0/1 0/1 0/1
Verde B4B2 0/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B1B5 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Verde B4B1 0/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho B2B4 1/1 0/1 1/1 0/1 0/1
Verde B5B2 0/1 1/1 0/1 0/1 0/1
Vermelho B2B5 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde B3B1 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Vermelho B3B5 0/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Verde C5C3 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho C1C3 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde C5C1 1/1 0/1 1/1 0/1 0/1
Vermelho C1C4 1/1 0/1 0/1 1/1 0/1
Verde C4C2 1/1 0/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho C1C5 1/1 1/1 1/1 0/1 0/1
Verde C4C1 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2C4 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
126
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
0/1 Participante respondeu diferentemente do programado
Na Revisão de linha de base sob controle contextual “círculo”, todos os participantes
responderam de acordo com o programado a maioria das tentativas. Dois participantes (KVM
e JSO) obtiveram mais acertos nas tentativas na presença do “círculo” e da cor “verde”. Dois
participantes (DCS e PRS) tiveram melhor desempenho nas tentativas na presença do
“círculo” e da cor “vermelha” e o participante ACS teve desempenho similar sob controle
contextual do “círculo” diante de ambas as cores. De um modo geral, os participantes
apresentaram melhor desempenho nas tentativas com os conjuntos “B” e “C”.
Verde C5C2 1/1 0/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho C2C5 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde C3C1 1/1 0/1 1/1 0/1 0/1
Vermelho C3C5 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Total 25/36 21/36 18/36 23/36 20/36
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de
Tentativa
Revisão de linha de base
ACS
KVM JSO DCS PRS
C
Í
R
C
U
Verde
A1A2 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Vermelho A5A4 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde A2A3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho A4A3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde A3A4 2/2 1/2 1/2 2/2 2/2
Vermelho A3A2 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Verde A4A5 2/2 2/2 2/2 2/2 1/2
Vermelho A2A1 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde B1B2 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho B5B4 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde B2B3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho B4B3 2/2 1/2 2/2 2/2 2/2
127
TABELA 29 Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base sob controle
contextual do estímulo círculo.
1/1 Participante alcançou o critério de acerto na primeira tentativa
1/2 Participante alcançou o critério de acerto na segunda tentativa
Na Revisão de linha de base sob controle contextual “triângulo”, todos os participantes
responderam de acordo com o programado a maioria das tentativas. Dois dos cinco
participantes (JSO e PRS) obtiveram mais acertos nas tentativas na presença do “triângulo” e
da cor “verde”, em que os estímulos deveriam ser selecionados na ordem “decrescente”. Dois
participantes (ACS e JSP) tiveram melhor desempenho nas tentativas na presença do
“triãngulo” e da cor “vermelha” e o participante KVM teve desempenho similar sob controle
contextual do “triângulo” e condicional diante de ambas as cores. Todos os participantes
apresentaram bom desempenho nas tentativas com o conjunto “C”, sendo que, dois
participantes (JSO e PRS) tiveram bom desempenho também nas tentativas com o conjunto
“B”.
TABELA 30 Desempenho dos participantes na Revisão de Linha de Base sob controle
contextual do estímulo triângulo.
L
O
Verde B3B4 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho B3B2 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde B4B5 1/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho B2B1 1/2 2/2 1/2 2/2 2/2
Verde C1C2 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho C5C4 2/2 1/2 1/2 2/2 2/2
Verde C2C3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho C4C3 1/2 2/2 1/2 2/2 2/2
Verde C3C4 1/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Vermelho C3C2 2/2 2/2 1/2 2/2 2/2
Verde C4C5 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho C2C1 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Total 44/48 45/48 43/48 45/48 47/48
Estímulo Estímulo Tipo de Revisão de linha de base
128
1/1 Participante alcançou o critério de acerto na primeira tentativa
1/2 Participante alcançou o critério de acerto na segunda tentativa
contextual condicional Tentativa
ACS
KVM JSO DCS PRO
T
R
I
Â
N
G
U
L
O
Verde
A5A4 2/2 1/2 2/2 1/2 2/2
Vermelho A1A2 2/2 1/2 1/2 2/2 1/2
Verde A4A3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho A2A3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde A3A2 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho A3A4 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Verde A2A1 1/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho A4A5 2/2 1/2 2/2 2/2 2/2
Verde B5B4 1/2 1/2 2/2 1/2 2/2
Vermelho B1B2 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Verde B4B3 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Vermelho B2B3 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Verde B3B2 1/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho B3B4 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde B2B1 1/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho B4B5 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde C5C4 2/2 2/2 2/2 1/2 2/2
Vermelho C1C2 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde C4C3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho C2C3 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde C3C2 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho C3C4 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Verde C2C1 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Vermelho C4C5 2/2 2/2 2/2 2/2 2/2
Total 44/48 44/48 47/48 41/48 47/48
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de
Bloco
Tipo de
Tentativa
ACS
KVM
JSO DCS PRS
129
Nos testes de Conectividade sob controle contextual “círculo”, todos os participantes
responderam de acordo com o programado a maioria das tentativas. Dois dos cinco
participantes (KVM e PRS) obtiveram mais acertos nas tentativas na presença do “círculo” e
da cor “verde”, em que os estímulos deveriam ser selecionados na ordem “crescente”. Dois
participantes (ACS e JSO) tiveram melhor desempenho nas tentativas na presença do “círculo”
e da cor “vermelha” e o participante DCS teve desempenho similar sob controle contextual do
“círculo” diante de ambas as cores. De um modo geral, os participantes apresentaram bom
desempenho nas tentativas “B/C”, sendo que, dois participantes (ACS e PRS) tiveram bom
desempenho também nas tentativas “A/B” e “C/B”.
TABELA 31 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante
nos testes de conectividade sob controle contextual do estímulo círculo.
C
Í
R
C
U
L
O
Verde
A/B
A1B2 1/1 0/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho A5B4 1/1 0/1 1/1 0/1 1/1
Verde A2B3 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho A4B3 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Verde A3B4 0/1 0/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho A3B2 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde A4B5
1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho A2B1 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Verde
B/A
B1A2 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2A1 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Verde B2A3 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3A2 1/1 0/1 1/1 0/1 0/1
Verde B3A4 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Vermelho B4A3 0/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Verde B4A5 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho B5A4 0/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde B/C
B1C2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B5C4
1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde B2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4C3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
130
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
0/1 Participante respondeu diferentemente do programado
Nos testes de conectividade sob controle contextual “triângulo”, todos os participantes
responderam de acordo com o programado a maioria das tentativas. Quatro dos cinco
participantes (ACS, JSO, DCS e PRS) obtiveram mais acertos nas tentativas na presença do
“triângulo” e da cor “verde”, em que os estímulos deveriam ser selecionados na ordem
“decrescente”. Um participante (KVM) teve desempenho similar sob controle contextual do
“triângulo” e diante de ambas as cores. O participante PRS apresentou bom desempenho nas
tentativas “A/B, B/A e C/B”, os participantes (KVM e JSO) tiveram bom desempenho nas
tentativas “B/C” e o participante ACS apresentou melhor desempenho na tentativa A/B.
TABELA 32 Número de respostas corretas pelo número total de tentativas por participante
nos testes de conectividade sob controle contextual do estímulo triângulo.
Verde B3C4 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho B3C2 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4C5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2C1 1/1 0/1 0/1 1/1 1/1
Verde
C/B
C1B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C5B4 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde C2B3 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C4B3 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde C3B4 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho C3B2 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde C4B5 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2B1 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Total 25/32
23/32
20/32
24/32
29/32
Estímulo
contextual
Estímulo
condicional
Tipo de
Bloco
Tipo de
Tentativa
ACS
KVM
JSO DCS PRS
T
Verde A5B4 1/1 0/1 0/1 1/1 1/1
131
1/1 Participante respondeu de acordo com o programado
0/1 Participante respondeu diferentemente do programado
As Figuras 38 e 39 abaixo apresentam as porcentagens de acerto dos participantes em
cada fase experimental sob controle contextual do círculo e do triângulo, e condicional das
cores “verde” e “vermelha”, respectivamente. Pode-se observar que, em ambos os casos, nas
R
I
Â
N
G
U
L
O
Vermelho
A/B
A1B2 1/1 0/1 1/1 0/1 1/1
Verde A4B3 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A2B3 1/1 0/1 1/1 0/1 1/1
Verde A3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho A3B4 1/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Verde A2B1 1/1 0/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho A4B5 1/1 0/1 1/1 1/1 0/1
Verde
B/A
B5A4 1/1 0/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho B1A2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Verde B4A3 0/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2A3 0/1 0/1 1/1 1/1 0/1
Verde B3A2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B3A4 0/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Verde B2A1 0/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Vermelho B4A5 0/1 0/1 0/1 1/1 1/1
Verde
B/C
B1C2 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B2C1 1/1 1/1 1/1 0/1 0/1
Verde B2C3 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho B3C2 0/1 1/1 0/1 0/1 0/1
Verde B3C4 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho B4C3 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Verde B4C5 1/1 1/1 1/1 1/1 0/1
Vermelho B5C4 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde
C/B
C5B4 1/1 0/1 0/1 0/1 1/1
Vermelho C1B2 1/1 0/1 1/1 1/1 1/1
Verde C4B3 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C2B3 0/1 1/1 0/1 0/1 1/1
Verde C3B2 1/1 1/1 1/1 1/1 1/1
Vermelho C3B4 1/1 1/1 0/1 1/1 1/1
Verde C2B1 1/1 1/1 1/1 0/1 1/1
Vermelho C4B5 1/1 1/1 0/1 1/1 0/1
Total 25/32
20/32
19/32
21/32
25/32
132
fases de treino, a porcentagem de acerto foi acima de 75% para todos os participantes e nos
testes o percentual de acerto foi acima de 50% para todos os participantes.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
S onda T ransitivida de C onectivida de
F as es
Porcentagem de acerto
AC S
K VM
J S O
D C S
P R S
Figura 38- Porcentagem de acerto dos participantes do Experimento 3 em cada fase
experimental, sob controle contextual do círculo e condicional das cores “verde” e
“vermelha”.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
S onda T rans itividade C onectividade
F as es
Porcentagem de acerto
AC S
K V M
J S O
DC S
P R S
Figura 39- Porcentagem de acerto dos participantes do Experimento 3 em cada fase
experimental, controle contextual do triângulo e condicional das cores “verde” e
“vermelha”.
DISCUSSÃO
Os resultados do presente experimento ampliaram consideralmente o controle de
estímulos sobre o responder ordinal, envolvendo um quinto termo à contingências de
reforçamento. Esses resultados consolidam a proposta apresentada por Green e seus
colaboradores (1993) sobre a produção de seqüências, mesmo em indivíduos com severas
133
limitações de controle de estímulos. A emergência de relações ordinais com a formação de
classes de estímulos funcionalmente equivalentes, confirmou os resultados de estudos
apresentados pela literatura da área (Holcomb, Stromer & Mackay, 1997; Stromer & Mackay,
1993).
Este Experimento se caracterizou pela introdução de um quinto elemento à
contingência e é, portanto, uma ampliação da unidade básica de análise do comportamento, em
que as relações entre estímulos condicionais e discriminativos estão sob controle do contexto,
conforme proposto por Sidman (1986; 1994).
Tanto no ensino por sobreposição sob controle contextual “círculo” quanto no ensino
sob controle contextual “triângulo”, todos os participantes atingiram o critério de acerto,
embora tenham sido re-expostos em algumas tentativas. Nas tentativas com a cor vermelha,
em que os estímulos deveriam ser selecionados na ordem “decrescente” diante do estímulo
contextual “círculo”, a maioria dos participantes obteve mais acertos. Nos estudos
experimentais que avaliam o estabelecimento de relações ordinais sob controle condicional,
têm-se verificado que as dificuldades no ensino podem estar relacionadas a reversões ordinais
ensinadas e testadas com os mesmos conjuntos de estímulos. Como destacaram Lopes Jr. e
Agostini (2004):
Considerando as relações ordinais treinadas, as reversões impostas ao
controle condicional, quando utilizado um mesmo conjunto de
estímulos, acarretam alterações das funções ordinais exercidas pelos
estímulos comuns às relações treinadas. Dificuldades no treino do
controle condicional sobre relações ordinais tanto quanto a obtenção
do critério de aprendizagem nesse treino, mas, a emergência de
relações ordinais distintas das previstas usualmente, remetem às
134
discussões para análises sobre as exigências discriminativas impostas
pelas contingências de treino e teste do controle condicional. (p. 120).
Apesar da varabilidade comportamental em algumas tentativas, apresentadas por
alguns participantes, houve emergência de relações ordinais. Os participantes demonstraram a
emergência de relações transitivas ao responderem à pares de estímulos não-adjacentes,
permitindo a verificação de relações não ensinadas diretamente, corroborando os resultados
obtidos por Holcomb, Stromer e Mackay, 1997; Stromer e Mackay, 1993 (Experimento 2).
Ainda, no presente experimento, pode-se dizer que os resultados apresentados pelos
participantes apontam avanços quanto à demonstração empírica da emergência de novas
relações, sob controle contextual.
Os resultados apresentados pelas relações de conectividade são consistentes com a
linha de base e indicam a emergência de relações entre estímulos funcionalmente equivalentes
por posição, sugerindo a formação de classes ordinais em que os estímulos ocupavam a
mesma posição em diferentes seqüências (Green, Stromer & Mackay, 1993).
O desempenho dos participantes tanto nos testes de transitividade quanto nos testes de
conectividade pode ter sido facilitado pela aplicação de tentativas de sondas, inseridas entre as
tentativas de ensino, o que corrobora a proposta teórica da coerência da topografia de controle
de estímulos de McIlvane (1998) quando afirma que as discriminações devem ser verificadas e
o participante deve estar adaptado a configurações novas de estímulo antes dos testes.
Portanto, necessidade de programar testes inseridos entre tentativas de linha de base para
que os testes não produzam controle por variáveis não planejadas.
Verificou-se que os desempenhos produzidos apresentavam as propriedades
definidoras de uma relação ordinal: irreflexividade, assimetria, transitividade e conectividade
135
(Green e cols, 1993). Destaca-se ainda, que a inferência desta propriedade pode ser feita se
todos os pares possíveis (adjacentes e não-adjacentes) de elementos dentro da seqüência e
inter-seqüências forem arranjados em uma ordem consistente, assim como, foi apresentado
nos testes de transitividade e de conectividade.
Os dados obtidos neste experimento indicam ainda a eficiência do tipo de
procedimento de ensino na emergência de classes ordinais sob controle contextual,
considerando-se a exposição dos participantes aos Experimentos 1 (discriminação simples), 2a
(discriminação condicional sem randomização das tentativas com os pares de estímulos) e 2b
(discriminação condicional com randomização). Essa seqüência de exposição às
contingências de reforçamento parecer ser suficiente e necessária como pré-requisitos para o
estabelecimento do controle contextual. Os achados experimentais deste experimento,
corroboram com alguns autores (Bush, Sidman & de Rose, 1989; Lopes, Jr. & Matos, 1999;
Lynch & Green, 1991), sobre a necessidade de uma história com contingências mais simples
no estabelecimento deste tipo de relação.
Ainda corroborando o estudo de Lynch e Green (1991), salienta-se que os autores
apontararam que para ocorrer um verdadeiro controle condicional de segunda ordem é preciso
que as relações condicionais sejam ensinadas sem a presença de estímulos contextuais, para
depois serem introduzidos estímulos contextuais.
136
DISCUSSÃO GERAL
Neste trabalho, três Experimentos foram programados com o objetivo de verificar a
emergência de relações ordinais com estímulos visuais sob discriminação simples, sob
controle condicional e contextual em crianças surdas. A literatura na área tem utilizado
especialmente estímulos nas modalidades auditivo-visual.
Nos três Experimentos, a produção de novos desempenhos ordinais sem qualquer
treino adicional, por sobreposição de estímulos sob controle discriminativo simples,
condicional e contextual foi consistente com o ensino apresentado na linha de base. Isso
corrobora com os dados apresentados sobre a produção de seqüências (Holcomb, Stromer &
137
Mackay, 1997; Stromer & Mackay, 1993, Experimento 2) e ampliam os resultados destes
experimentos para contingências mais complexas.
Uma característica comum nos resultados dos três experimentos, refere-se a
emergência gradual de relações ordinais. Quanto a isso, Green e Saunders (1998) afirmaram
que “a emergência gradual durante os testes pode ser influenciada pela ordem de apresentação
dos mesmos” (p.253). O contato do participante com a contingência de teste muitas vezes foi
adiada após longas tentativas de treino. Isto pode ter contribuído para essa emergência gradual
de algumas relações ordinais. No presente Experimento exigiu-se uma resposta de observação
ao apontar inicialmente para a cor no alto da tela. Uma questão empírica que precisa ser mais
bem investigada é se emergiria um responder distinto se, por exemplo, topografias de
respostas diferentes (verbais ou não) fossem programadas na presença dessas cores.
Segundo autores como Holcomb et al., (1997), o procedimento de sobreposição de
estímulos envolvendo fading (esvanecimento) foi eficaz se comparado aos de tentativa-e-erro,
trazendo novos achados para a área de inferência transitiva. Os procedimentos adotados nesses
estudos (Holcomb e cols., 1997; Stromer & Mackay, 1993 - Experimento 2) têm em comum o
uso do fading de diferentes intensidades servindo como estímulo facilitador durante o ensino
de pares de estímulos não-adjacentes.
Nos experimentos aqui relatados, houve emergência de relações entre estímulos
funcionalmente equivalentes entre diferentes seqüências de estímulos, sob controle
condicional, inferindo-se as propriedades de transitividade e conectividade, sugerindo a
formação de relações ordinais em que os estímulos ocupavam a mesma posição em diferentes
seqüências (cf. Green e cols., 1993).
Esses dados mostram o pioneirismo do Experimento e a importância da utilização do
procedimento de ensino por sobreposição de estímulos na emergência de relações ordinais
138
com pares de estímulos não-adjacentes, sob controle condicional, em crianças com surdez
congênita. Entretanto, esses resultados não tão consistentes parecem corroborar com as
palavras de Green (1990) que enfatiza a relação do ensino na modalidade auditiva-visual para
aprendizagem de comportamentos complexos.
Green (1990) relatou que as relações de equivalência derivadas de relações
condicionais estabelecidas entre conjuntos de estímulos auditivo-visuais foram aprendidas
mais rapidamente do que entre conjuntos exclusivamente visuais. Esses resultados são
importantes por suas implicações para o ensino de indivíduos deficientes auditivos. Ao usar
estímulos auditivos, no entanto, duas variáveis se combinam: a própria natureza dos estímulos,
e a experiência que os indivíduos ouvintes tinham do mesmo. Ou seja, a conclusão de Green
(1990) pode ter sido confundida pela ação conjunta das duas variáveis. Além disso, os estudos
nesta área investigam se realmente os estímulos contextuais seriam realmente estímulos
condicionais de segunda ordem ou se simplesmente formam estímulos compostos com
estímulos condicionais propriamente ditos. A plena compreensão deste quarto nível de análise
é fundamental para serem descritas interações mais complexas como aquelas que ocorrem ao
nível da linguagem.
A literatura da análise do comportamento apresenta dois estudos com essa população
(Souza & Assis 2005; Williams, 2000), que apontam para a importância da revisão da
metodologia de ensino no âmbito escolar, visando a superação de métodos tradicionais que
tem conduzido ao fracasso escolar, fazendo o(a) aluno(a) permanecer por dois a três anos na
mesma série, elevando o índice de repetência. Em relação a essa questão, Williams (2000)
afirmou que:
Especificamente, crianças surdas têm mostrado dificuldades
significativas no desempenho de operações aritméticas básicas
139
(Zboetekova, 1993), as quais podem mostrar dificuldade através de
relações de número-quantidade. Além do mais, adolescentes
parcialmente surdos tem demonstrado atraso acadêmico com respeito
ao avanço da matemática
1
.
No Experimento 1, o procedimento de ensino por sobreposição de estímulos sob
controle discriminativo simples mostrou-se eficiente na produção de desempenhos emergentes
pelas cinco crianças surdas, a partir das seqüências com os três conjuntos de estímulos
ensinados. Estes resultados somam-se aos encontrados na literatura com participantes ouvintes
(Holcomb, Stromer & Mackay, 1997; Stromer & Mackay, 1993 -Experimento 2).
Ainda no Experimento 1, verificou-se que os participantes responderam de acordo com
o programado na maioria das tentativas dos testes de transitividade e conectividade,
corroborando o estudo de Stromer e Mackay (1993) que consideram as relações derivadas do
procedimento de ensino por sobreposição de estímulos como relações verdadeiramente
transitivas porque, diferentemente do procedimento por encadeamento, os estímulos que eram
a base para os testes de transitividade e de conectividade nunca aparecem juntos nas tentativas
de ensino por sobreposição, portanto, através do ensino de seqüenciar unidirecionalmente,
emergem relações transitivas.
O Experimento 2a, ampliou a investigação do procedimento por sobreposição de
estímulos (Holcomb, Stromer & Mackay, 1997; Stromer & Mackay, 1993 - Experimento 2)
para contingências mais complexas, sugerindo que equivalência de estímulos seqüenciais pode
ocorrer mesmo sob controle condicional em crianças surdas.
1
Williams (Specifically, deaf have been shown to have significant difficult performing basic arithmetic
operations (Zbortekova,1993), wich may Stern form inadequade number-quantity relations. Further, hearing-
impaired adolescets have been shown to have similar academic delays with respect to advanced mathematics,
p.5”).
140
Quanto à produção de controle condicional derivado deste procedimento foi observado,
na fase de ensino, que a maioria dos participantes atingiu o critério de acerto na maioria das
tentativas e que houve melhor desempenho nas tentativas sob controle condicional da cor
verde. Pode-se inferir que o responder pode ter ocorrido sob controle da alternância das
tentativas com estímulos condicionais (“verde” ou “vermelho”) e não sob controle condicional
na produção de diferentes seqüências. Outra possibilidade é a ausência de uma história de
exposição dos participantes ao procedimento experimental envolvendo discriminação simples.
Isso poderia ser um pré-requisito para a produção de novas seqüências sob controle
condicional. Ainda, outra questão seria a dificuldade que as crianças surdas apresentam na
aquisição de relações de oposição (Barham, & Bishop, 1991).
Diante das dificuldades apresentadas pelos participantes na aprendizagem de relações
ordinais em uma situação complexa (discriminação condicional), sugere-se um (re)
planejamento de atividades que possam garantir um treino em que o aluno possa apresentar
um comportamento produtivo. O que levaria as seguintes indagações no contexto da
aprendizagem em sala de aula: A aprendizagem matemática estaria sendo dificultada por falta
de pré-requisitos? Os procedimentos adotados pelo professor seriam insuficientes para
aprendizagem do aluno surdo? Haveriam outras variáveis concorrentes? O comportamento
previsto do aluno estaria sendo modelado adequadamente? Então, como destacaram Panetta,
Wang, Kurokawa e Banaco (2006).
Um dos grandes problemas da educação escolar é fato de que os
reforçadores positivos serem muito remotos. Aquilo que é ensinado
em sala de aula não é imediatamente reforçado. Quase sempre um
aluno aprende através de descrições de contingências, raramente seu
aprendizado é modelado por contingências de reforço planejadas.
141
Uma queixa, bastante difundida entre os alunos, é que a educação, em
geral, é difícil de ser obtida e irrelevante para a vida prática.
Questionamentos quanto à dificuldade e relevância da educação é um
dos efeitos da aprendizagem por decrições de contingências com
liberação atrasada e intermitente de reforçadores. (p. 333).
A afirmação desses autores parece coerente quando Zanotto, Moroz e Gióia (2000)
destacaram: “(...) a importância de o professor ser um cuidadoso observador da relação
comportamento-conseqüência” (p. 226), para que se tenha a oportunidade de verificar e
garantir as relações funcionais no comportamento acadêmico.
Portanto, para reduzir possíveis variáveis concorrentes presentes no Experimento 2a,
decidiu-se pela utilização de um procedimento de ensino com a randomização das tentativas
com os estímulos condicionais e a utilização de participantes com história de treino de
responder ordinalmente sob discriminação simples para verificar com maior precisão a função
do controle condicional na produção de diferentes seqüências.
No Experimento 2b, conduzido a partir dessas sugestões acima descritas, na fase de
ensino, foi observado melhor desempenho dos participantes nas tentativas sob controle da “cor
verde”, que foi a ordem ensinada primeiro, o que confirma os resultados de Lopes Jr. e
Agostini (2004) sobre as dificuldades apresentadas na aprendizagem de relações ordinais
quando reversão da ordem de escolha. Os autores também sugerem que essas dificuldades
seriam mais acentuadas se fossem utilizados os mesmos conjuntos de estímulos diante da
reversibilidade das funções ordinais condicionadas, como apresentado neste Experimento. Os
autores ainda afirmaram que:
142
As contingências de treino do controle condicional sobre relações
ordinais impõem ao menos duas habilidades: o estabelecimento de
relações seriais independente das funções ordinais exercidas pelos
estímulos comuns às relações treinadas e a manifestação dessa primeira
habilidade com um mesmo conjunto de estímulos. (p. 120).
Portanto, pode-se inferir que no Experimento 2b, as dificuldades na aquisição do
responder ordinal sob controle condicional pode ter ocorrido tanto em função das reversões
impostas pelo controle condicional quanto pela exposição a pares de estímulos ora exercendo
a função de segundo, ora de primeiro, o que caracteriza o procedimento de sobreposição de
estímulos. Também, cabe fazer os seguintes questionamentos: O responder com maior acerto
na presença da cor verde ocorreu em função da história dos participantes no Experimento 1? O
responder estaria ocorrendo em função da história de treino na ordem crescente? Ou pelo fato
de que no cotidiano, os participantes ocuparem a maior parte do seu tempo em tarefas que
exijem um comportamento seqüencial crescente?
Uma extensão deste Experimento poderia verificar se a ordem de treino em que a
seqüência é ensinada interfere sobre o responder ordinal.
Independentemente das variabilidades apresentadas em algumas tentativas por alguns
participantes, no ensino de relações ordinais sob controle condicional, houve emergência de
novas relações ordinais. Essas evidências experimentais constituem avanços em relação ao
estudo de Verdu, Souza e Lopes, Jr. (2006), em que o ensino pode ter estabelecido apenas
pares ordenados entre os estímulos e não relações ordinais.
143
A estabilidade dos resultados nesse estudo, levou a autora introduzir mais um termo à
contingência de reforçamento, refinando o procedimento do ensino de relações ordinais sob
controle contextual.
No Experimento 3, os resultados evidenciam a emergência de classes ordinais sob
controle contextual, considerando-se a exposição de três participantes (KVM, JSO e PRS) nos
Experimentos 1 e 2b e de dois participantes (ACS e DCS) no Experimento 2a. Constatou-se
que essa história experimental foi pré-requisito para o estabelecimento do controle contextual,
confirmando os achados da literatura sobre a importância de uma história com contingências
mais simples no estabelecimento deste tipo de relação (Bush, Sidman & de Rose, 1989; Lopes,
Jr. & Matos, 1999; Lynch & Green, 1991).
Além disso, os resultados do Experimento 3 confirmam os dados do estudo de Lynch e
Green (1991) em que se discute que para ocorrer um verdadeiro controle condicional de
segunda ordem é preciso que as relações condicionais sejam ensinadas sem estímulos
contextuais, para depois serem estabelecidas com estímulos contextuais.
Para Kennedy e Laitinen (1988) a exposição, primeiro, às contingências com quatro
termos e depois às contingências com cinco termos, contribui para a emergência de relações
transitivas; assim como, a ordem inversa de treino dessas relações dificultaria essa
emergência, como afirmaram:
Efeitos da ordem foram evidentes na determinação da emergência de
relações transitivas em condições de contingências de cinco termos.
(...) quando contingências de cinco termos foram aprendidas antes de
contingências de quatro termos as relações transitivas não emergiram.
Contudo, quando as contingências de quatro termos foram aprendidas
144
antes de contingências de cinco termos, ambas relações transitivas e
simétricas emergiram após ambas condições das contingências. (p.
444).
Considera-se importante citar ainda que a emergência de comportamentos sob controle
contextual pode ocorrer sem um treino prévio de controle discriminativo simples e
condicional; no entanto, quando se segue uma hierarquia através deste treino prévio, a
emergência do comportamento sob controle contextual parece ser facilitada.
Assim, Lopes Jr. e Matos (1995) afirmaram:
Em significativa parcela da literatura, os treinos e testes do controle
contextual sobre relações condicionais foram precedidos pela
exposição aos treinos (e, eventualmente testes) de relações
condicionais simples, malgrado a inexistência de investigações
sitemáticas e metodologicamente satisfatórias atestando ser esta
ordem de treino a mais efetiva. Além disso, vale mencionar que a
mera exposição a uma contingência de cinco termos não se constitui
em condição suficiente para o desenvolvimento do controle
contextual. (p. 38).
Também é relevante destacar que o responder sob controle condicional de segunda
ordem pode apontar para a composição do controle exercido pelos estímulos contextual e
145
condicional. Como afirmaram Debert, Matos e Andery (2006): “(...) a definição de
discriminação condicional deveria preferencialmente apenas postular que combinações de
estímulos, e não um estímulo unitário, sinalizaria a contingência de reforçamento em vigor”
(p.51).
Os resultados do experimento 3, contribuem para literatura sobre produção de
seqüências sob controle contextual, escassa com crianças surdas e não evidenciada
experimentalmente. Outro aspecto é a importância do procedimento de ensino por
sobreposição de estímulos sob controle contextual para uma análise efetiva do processo
ensino-aprendizagem e, ainda, a relevância social para esta população. Além disso, confirma
dados da literatura sobre a verificação empírica de que relações de equivalência podem
emergir de discriminações condicionais de segunda ordem e que a função adquirida por um
estímulo tranfere-se para todos os membros das classes de equivalência condicional, sem
ensino direto (Wulfert & Hayes, 1988).
Green et al. (1993) apontaram para a possibilidade de emergência de novas relações,
mesmo fora do formato de emparalhemento com o modelo:
Contingências que estabelecem a produção de seqüências de
estímulos podem também estabelecer relações estímulo-estímulo que
conduzem a produção de seqüências que não são explicitamente
treinadas. Classes de estímulos baseadas sobre posições ordinais
comuns podem também emergir de treinos que estabelecem várias
seqüências separadas. (p. 612).
146
Os resultados dos três Experimentos apresentados aqui corroboram com essa afirmação
de Green e seus colaboradores (1993) e confirmam que os desempenhos produzidos tiveram as
propriedades de uma relação ordinal: irreflexividade, assimetria, transitividade e
conectividade, verificadas através dos testes realizados nestes experimentos. Constatou-se
também a emergência de classes ordinais, como apontado por Lima e Assis (2003):
“(...) a verificação de classes ordinais pressupõe que todos os
estímulos na classe sejam mutuamente substituíveis no controle de
um mesmo desempenho, e que qualquer propriedade controladora
adquirida por um membro da classe deva ser compartilhada por todos
os outros membros” (p.82).
Esta nova proposta de análise de desempenhos emergentes pode contribuir para o
desenvolvimento de tecnologias de ensino econômicas em que a partir do ensino de alguns
seqüências (ou sentenças), outros comportamentos são produzidos, sem qualquer ensino
adicional.
Além disso, Experimentos que envolvem a formação de seqüências podem se constituir
em uma forma alternativa de ensinar comportamentos humanos complexos, como por
exemplo, comportamentos conceituais numéricos. Esses Experimentos também podem resultar
no desenvolvimento de métodos eficientes para o ensino de conceitos matemáticos e podem
vir a contribuir para o desenvolvimento de procedimentos para instalação de comportamentos
em pessoas com atraso no desenvolvimento.
147
Barham e Bishop (1991) descreveram algumas dificuldades em matemática
apresentadas por alunos surdos e identificaram características dessa população e da
matemática que contribuem para estas dificuldades. Os autores afirmam que a matemática é
um assunto muito complexo para crianças surdas. Afirmam ainda que, a linguagem
matemática faz uso de muitos símbolos e requer abstração.
Dentre as dificuldades matemáticas, Barham e Bishop (1991) destacam que essa
população tem mais dificuldades em adquirir a noção de oposição do que a noção de
similaridade, bem como dificuldades na produção de seqüências, quando a tarefa envolve
colocar objetos ou números em uma dada ordem.
Portanto, a realização destes experimentos apontam para a importância do
procedimento de ensino por sobreposição de estímulos sob controle discriminativo simples,
condicional e contextual na contribuição para análise efetiva do processo de ensino-
aprendizagem e, ainda, a contribuição quanto a relevância social junto ao surdo. E sugere-se
que outras pesquisas sejam realizadas a fim de investigar outras variáveis que controlam o
responder ordinal em contingências simples e complexas.
148
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160
ANEXOS
161
ANEXO 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO COMO DISPOSTO NA
RESOLUÇÃO CNS 196/96 E NA RESOLUÇÃO CFP Nº 016/2000
Ilustríssimos Senhores Pais (ou Responsáveis),
Pesquisas sobre a aprendizagem têm sido desenvolvidas na Universidade Federal do
Pará, sob coordenação e supervisão do(a) professor(a):
______________________________________________________________________
visando fornecer aos educadores e pais métodos eficazes de ensino da matemática. Esta
pesquisa visa investigar os fatores que facilitam e/ou dificultam a aprendizagem de conceitos
matemáticos e desenvolver procedimentos eficientes de ensino.
Os participantes poderão beneficiar-se dos métodos empregados, ampliando ou
aperfeiçoando seus repertórios de matemática ou diminuindo suas dificuldades nessa mesma
disciplina. A situação de ensino não proporcionará nenhum risco às crianças. Nas experiências
anteriores, observou-se que os participantes ficaram muito satisfeitos durante sua participação
e que não produz nenhuma interferência negativa no desempenho escolar e familiar. Tem sido
observado um aumento na sua disposição para aprender e nas suas relações sociais.
Os participantes serão ensinados a relacionar números a figuras de palavras escritas e a
quantidades de objetos; e a formarem seqüências numéricas por meio do computador. Cada
sessão de ensino ou teste terá a duração de 20 a 30 minutos, no máximo e o participante
poderá participar das sessões diariamente ou 3 dias por semana, sempre no mesmo horário,
conforme sua disponibilidade. Durante a sessão, seu filho(a) será confortavelmente
acomodado em uma cadeira em frente ao computador em uma sala da escola, cuidadosamente
preparada para a sessão com iluminação e ventilação adequada e o experimentador
permanecerá ao lado durante toda a sessão. Os pais ou responsáveis poderão solicitar a
qualquer momento informação sobre a pesquisa.
Ao final de cada sessão, como forma de agradecimento pela participação do
participante, ele(a) poderá escolher um simples brinquedo, lanche ou material escolar. Será
aplicado uma avaliação das habilidades matemáticas no início e no final de sua participação.
162
Esclarecemos, ainda, que os dados e resultados de cada participante sejam
confidenciais e sua identidade não será revelada na divulgação do trabalho em reuniões
científicas ou publicações.
Estamos, então, comunicando-lhe que seu filho (a)
………………………………………………………….foi escolhido (a) para participar da
presente pesquisa. Neste sentido, solicitamos sua colaboração autorizando a participação de
seu filho (a). Você tem todo o direito de não autorizar e em qualquer momento da pesquisa seu
filho (a) poderá interromper sua participação, devendo somente avisar o pesquisador da sua
desistência.
Caso concorde, solicitamos a gentileza de concretizar sua concordância, assinando este
termo de consentimento livre e esclarecido.
Belém, _____ de _______ de _______________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
Nome: Ruth Daisy Capistrano de Souza;
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do
Comportamento;
Endereço: Laboratório de Psicologia, Universidade Federal do Pará.
Fone: 3233-1761 e-mail: ruthcapistrano@yahoo.com.br
R.G:
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Declaro que li as informações acima sobre a pesquisa, que me sinto perfeitamente
esclarecido(a) sobre o conteúdo da mesma, assim como seus riscos e benefícios. Declaro ainda
que, por minha vontade, aceito participar da pesquisa cooperando com a coleta de material
para exame.
Belém, ___/____/____
___________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa ou do responsável
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade
Federal do Pará (CEP/ICS/UFPA) - Complexo de Sala de Aula/ CCS - sala 13 - Campus
Universitário, 1, Guamá CEP: 66075-110 - Belém-Pará. Tel./fax 3201-7735. E-mail:
ANEXO 2 - EXPERIMENTO 1
163
A Figura a seguir apresenta o sumário do delineamento experimental no Experimento 1,
com os procedimentos de ensino por sobreposição, sonda, testes de transitividade, revisão de
linha de base, teste de conectividade, tipo de bloco e de tentativa em seqüência.
Fase Tipo de Bloco
Tipo de Tentativa em
Seqüência
11 Sonda B1B2
Fase Tipo de Bloco
Tipo de tentativa em
seqüência
1 Ensino por Sobreposição do conjunto A
A1A2
2 Sonda
A1A2
3 Ensino por Sobreposição do conjunto A
A2A3
4 Sonda
A2A3
5 Ensino por Sobreposição do conjunto A
A3A4
6 Sonda
A3A4
7 Ensino por Sobreposição do conjunto A
A4A5
8 Sonda
A4A5
9
Teste de transitividade com os estímulos do
conjunto “A”
A1A4
A2A5
A1A5
A3A5
A2A4
A1A3
10 Ensino por Sobreposição do conjunto B B1B2
164
12 Ensino por Sobreposição do conjunto B B2B3
13 Sonda B2B3
14 Ensino por Sobreposição do conjunto B B3B4
15 Sonda B3B4
16 Ensino por Sobreposição do conjunto B B4B5
17 Sonda B4B5
18
Teste de transitividade com os estímulos do
conjunto B
B1B4
B2B4
B1B5
B3B5
B1B3
B2B5
19
Revisão de linha de base com os estímulos dos
conjuntos “A” e “B”
A1A2
A2A3
A3A4
A4A5
B1B2
B2B3
B3B4
B4B5
165
Fase Tipo de Bloco
Tipo de Tentativa em
Seqüência
20
Teste de conectividade
A/B
B/A
A1B2
A2B3
A3B4
A4B5
B1A2
B2A3
B3A4
B4A5
21 Ensino por Sobreposição conjunto “C” C1C2
22 Sonda C1C2
23 Ensino por Sobreposição dconjunto “C” C2C3
24 Sonda C2C3
25 Ensino por Sobreposição conjunto “C” C3C4
26 Sonda C3C4
27 Ensino por Sobreposição conjunto “C” C4C5
28 Sonda C4C5
29
Testes de transitividade com os estímulos do
conjunto “C”
C1C5
C3C5
C1C3
C2C4
C1C4
C2C5
166
Fase Tipo de Bloco
Tipo de Tentativa em
Seqüência
30
Revisão de linha de base com os estímulos dos
conjuntos “B” e “C”
B1B2
B2B3
B3B4
B4B5
C1C2
C2C3
C3C4
C4C5
31
Teste de conectividade
B/C
C/B
B1C2
B2C3
B3C4
B4C5
C1B2
C2B3
C3B4
C4B5
FIGURA 27 - Sumário dos procedimentos de ensino e de testes, tipo e número de tentativas
do Experimento 1.
167
ANEXO 3 - EXPERIMENTO 2a
A Figura abaixo apresenta um sumário do delineamento experimental do Experimento
2a, com os procedimentos de ensino por sobreposição, sondas, testes de transitividade, revisão
de linha de base e teste de conectividade, estímulo condicional nas cores verde ou vermelha e
tipo de tentativa.
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
1
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERDE A1A2
2 Sonda
VERDE A1A2
3
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERMELHA
A2A1
4 Sonda VERMELHA
A2A1
5
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERDE
A2A3
6 Sonda
VERDE
A2A3
7
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERMELHA
A3A2
168
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
8
Sonda VERMELHA
A3A2
9
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERDE
A3A4
10 Sonda
VERDE A3A4
11
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERMELHA
A4A3
11 Sonda VERMELHA
A4A3
12
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERDE
A4A5
13 Sonda
VERDE
A4A5
14
Ensino por
Justaposição do
conjunto A
VERMELHA
A5A4
15 Sonda VERMELHA
A5A4
169
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
16
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “A”
VERDE
A1A3
VERMELHA
A5A3
VERDE A1A4
VERMELHA
A5A2
VERDE A1A5
VERMELHA
A5A1
VERDE A2A4
VERMELHA
A4A2
VERDE A2A5
VERMELHA
A4A1
VERDE A3A5
VERMELHA
A3A1
17
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERDE
B1B2
18 Sonda
VERDE
B1B2
19
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA
B2B1
170
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
20 Sonda
VERMELHA
B2B1
21
Ensino por
Justaposição do
conjunto B
VERDE B2B3
22 Sonda VERDE B2B3
23
Ensino por
Justaposição do
conjunto B
VERMELHA
B3B2
24 Sonda
VERMELHA
B3B2
25
Ensino por
Justaposição do
conjunto “B”
VERDE B3B4
26 Sonda VERDE B3B4
27
Ensino por
Justaposição do
conjunto “B”
VERMELHA
B4B3
28 Sonda
VERMELHA
B4B3
171
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
29
Ensino por
Justaposição do
conjunto “B”
VERDE B4B5
30 Sonda VERDE B4B5
31
Ensino por
Justaposição do
conjunto “B”
VERMELHA
B5B4
32 Sonda
VERMELHA
B5B4
33
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “B”
VERDE B1B3
VERMELHA
B5B3
VERDE B1B4
VERMELHA
B5B2
VERDE B1B5
VERMELHA
B5B1
VERDE B2B4
VERMELHA
B4B2
VERDE B2B5
VERMELHA
B4B1
VERDE B3B5
VERMELHA
B3B1
172
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
34
Revisão de linha
de base dos
estímulos dos
conjuntos A e B
VERDE
A1A2
VERMELHA
A5A4
VERDE A2A3
VERMELHA
A4A3
VERDE A3A4
VERMELHA
A3A2
VERDE A4A5
VERMELHA
A2A1
VERDE B1B2
VERMELHA
B5B4
VERDE B2B3
VERMELHA
B4B3
VERDE B3B4
VERMELHA
B3B2
VERDE B4B5
VERMELHA
B2B1
173
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativas em
seqüência
35
Teste de
conectividade A/B
e B/A
VERDE
VERMELHA
A1B2
A2B3
A3B4
A4B5
A5B4
A4 B3
A3B2
A2B1
VERDE
VERMELHA
B1A2
B2A3
B3A4
B4A5
B5A4
B4A3
B3A2
B2A1
36
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERDE
C1C2
37 Sonda
VERDE
C1C2
38
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERMELHA
C2C1
39 Sonda
VERMELHA
C2C1
40
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERDE
C2C3
174
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
41 Sonda VERDE C2C3
42
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERMELHA
C3C2
43 Sonda
VERMELHA
C3C2
44
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERDE C3C4
45
Sonda VERDE C3C4
46
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERMELHA
C4C3
47
Sonda
VERMELHA
C4C3
48
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERDE
C4C5
49 Sonda VERDE C4C5
50
Ensino por
Justaposição do
conjunto C
VERMELHA
C5C4
175
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
51 Sonda
VERMELHA
C5C4
52
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “C”
VERDE C1C3
VERMELHA
C5C3
VERDE C1C4
VERMELHA
C5C2
VERDE C1C5
VERMELHA
C5C1
VERDE C2C4
VERMELHA
C4C2
VERDE C2C5
VERMELHA
C4C1
VERDE C3C5
VERMELHA
C3C1
53
Revisão de linha
de base dos
estímulos dos
conjuntos A e C
VERDE
A1A2
VERMELHA
A5A4
VERDE A2A3
VERMELHA
A4A3
176
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
53
Revisão de linha
de base dos
estímulos dos
conjuntos A e C
VERDE A3A4
VERMELHA
A3A2
VERDE A4A5
VERMELHA
A2A1
VERDE C1C2
VERMELHA
C5C4
VERDE C2C3
VERMELHA
C4C3
VERDE C3C4
VERMELHA
C3C2
VERDE C4C5
VERMELHA
C2C1
54
Teste de
conectividade A/C
e C/A
VERDE
VERMELHA
A1C2
A2C3
A3C4
A4C5
A5C4
A4C3
A3C2
A2C1
177
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
54
Teste de
conectividade A/C
e C/A
VERDE
VERMELHA
C1A2
C2A3
C3A4
C4A5
C5A4
C4A3
C3A2
C2A1
55
Revisão de linha
de base dos
estímulos dos
conjuntos B e C
VERDE
B1B2
VERMELHA
B5B4
VERDE B2B3
VERMELHA
B4B3
VERDE B3B4
VERMELHA
B3B2
VERDE B4B5
VERMELHA
B2B1
VERDE C1C2
VERMELHA
C5C4
VERDE C2C3
VERMELHA
C4C3
178
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de tentativa em
seqüência
56
Revisão de linha
de base dos
estímulos dos
conjuntos B e C
VERDE C3C4
VERMELHA
C3C2
VERDE C4C5
VERMELHA
C2C1
57
Teste de
conectividade B/C
e C/B
VERDE
VERMELHA
B1C2
B2C3
B3C4
B4C5
B5C4
B4C3
B3C2
B2C1
VERDE
VERMELHA
C1B2
C2B3
C3B4
C4B5
C5B4
C4B3
C3B2
C2B1
58
Teste de
Transferência de
Funções Ordinais
VERDE
VERMELHA
D1D2
D2D3
D3D4
D4D5
D5D4
D4D3
D3D2
D2D1
179
59
Teste de
generalização com
estímulos
tridimensionais
-----
5 Lápis
5 Copos
5 Borrachas
FIGURA 28 Sumário dos procedimentos de ensino e testes, tipo e número de tentativa do
Experimento 2a.
180
ANEXO 4 - EXPERIMENTO 2b
A Figura abaixo apresenta um sumário do delineamento experimental do Experimento 2b,
com os procedimentos de treino por justaposição, sonda, testes de transitividade, revisão de
linha de base e teste de conectividade, estímulo condicional nas cores verde ou vermelha e tipo
de tentativa.
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
1
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERDE A1A2
2 Sonda
VERDE
A1A2
3
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA
A2A1
4 Sonda
VERMELHA A2A1
5
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA
A3A2
6
Sonda
VERMELHA A3A2
7
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERDE
A2A3
8 Sonda
VERDE A2A3
9
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERDE
A3A4
10 Sonda
VERDE A3A4
11
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA A4A3
12 Sonda
VERMELHA A4A3
13
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA A5A4
181
14 Sonda
VERMELHA
A5A4
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
15
Ensino por Sobreposição do
conjunto A
VERDE A4A5
16 Sonda
VERDE A4A5
17
Teste de transitividade com os
estímulos do conjunto “A”
VERDE A1A3
VERDE A1A5
VERMELHA A4A1
VERDE A2A5
VERMELHA A3A1
VERDE A2A4
VERMELHA A5A3
VERMELHA A4A2
VERDE A1A4
VERDE A3A5
VERMELHA A5A2
VERMELHA A5A1
18
Ensino por Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA B2B1
19 Sonda VERMELHA B2B1
20
Ensino por Sobreposição do
conjunto B
VERDE B1B2
21 Sonda VERDE B1B2
22
Ensino por Sobreposição do
conjunto B
VERDE B2B3
23 Sonda VERDE B2B3
24
Ensino por Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA B3B2
25 Sonda VERMELHA B3B2
26
Ensino por Sobreposição do
conjunto “B”
VERDE B3B4
182
27 Sonda VERDE B3B4
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
28
Ensino por Sobreposição do
conjunto “B”
VERMELHA B4B3
29 Sonda VERMELHA B4B3
30
Ensino por Sobreposição do
conjunto “B”
VERMELHA B5B4
31 Sonda VERMELHA B5B4
32
Ensino por Sobreposição do
conjunto “B”
VERDE B4B5
33 Sonda VERDE B4B5
34
Teste de transitividade com os
estímulos do conjunto “B”
VERDE B2B4
VERMELHA B3B1
VERMELHA B2B5
VERDE B4B1
VERMELHA B5B2
VERDE B1B5
VERDE B3B5
VERMELHA B5B1
VERMELHA B4B2
VERDE B1B3
VERMELHA B5B3
VERDE B1B4
35
Revisão de linha de base dos
estímulos dos conjuntos A e B
VERDE A3A4
VERMELHA A2A1
VERMELHA A3A2
VERDE A4A5
VERDE A1A2
VERMELHA A4A3
VERMELHA A5A4
VERDE A2A3
VERMELHA B4B3
VERDE B4B5
183
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
35
Revisão de linha de base dos
estímulos dos conjuntos A e B
VERDE B2B3
VERMELHA B5B4
VERMELHA B2B1
VERDE B3B4
VERMELHA B3B2
VERDE B1B2
36
Teste de conectividade A/B e
B/A
VERDE A1B2
VERMELHA A2B1
VERDE A2B3
VERMELHA A3B2
VERDE A3B4
VERMELHA A4B3
VERDE A4B5
VERMELHA A5B4
VERDE B1A2
VERMELHA B2A1
VERDE B2A3
VERMELHA B3A2
VERDE B3A4
VERMELHA B4A3
VERDE B4A5
VERMELHA B5A4
37
Ensino por Sobreposição do
conjunto C
VERDE C1C2
38 Sonda VERDE C1C2
39
Ensino por Sobreposição do
conjunto C
VERDE C2C3
40 Sonda VERDE C2C3
41
Ensino por Sobreposição
doconjunto C
VERMELHA C2C1
42 Sonda VERMELHA C2C1
184
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
43
Ensino por Sobreposição
doconjunto C
VERMELHA C3C2
44 Sonda VERMELHA C3C2
45
Ensino por Sobreposição do
conjunto C
VERDE C3C4
46 Sonda VERDE C3C4
47
Ensino por Sobreposição do
conjunto C
VERMELHA C4C3
48 Sonda VERMELHA C4C3
49
Ensino por Sobreposição do
conjunto C
VERMELHA C5C4
50 Sonda VERMELHA C5C4
51
Ensino por Sobreposição do
conjunto C
VERDE C4C5
52 Sonda VERDE C4C5
53
Teste de transitividade com os
estímulos do conjunto “C”
VERMELHA C4C1
VERDE C2C5
VERDE C1C5
VERMELHA C3C1
VERMELHA C5C2
VERDE C1C4
VERDE C1C3
VERMELHA C4C2
VERDE C3C5
VERMELHA C5C1
VERMELHA C5C3
VERDE C2C4
54
Revisão de linha de base dos
estímulos dos conjuntos A e C
VERDE A4A5
VERDE A2A3
185
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
54
Revisão de linha de base dos
estímulos dos conjuntos A e C
VERMELHA A4A3
VERMELHA A3A2
VERDE A1A2
VERMELHA A5A4
VERMELHA A2A1
VERDE A3A4
VERDE C1C2
VERMELHA C5C4
VERMELHA C4C3
55
Revisão de linha de base dos
estímulos dos conjuntos C e A
VERDE C4C5
VERMELHA C3C2
VERDE C3C4
VERDE C2C3
VERMELHA C2C1
56
Teste de conectividade A/C e
C/A
VERMELHA A2C1
VERDE
A3C4
VERDE
A2C3
VERMELHA
A4C3
VERDE
A1C2
VERMELHA
A3C2
VERMELHA
A5C4
VERMELHA
A4C5
VERDE C1A2
VERMELHA
C3A2
VERDE
C3A4
VERMELHA
C5A4
VERMELHA
C2A1
VERDE
C2A3
VERDE
C4A5
VERMELHA
C4A3
186
Fase Tipo de Bloco
Estímulo Condicional
“CORES”
Tipo de
tentativa em
seqüência
57
Revisão de linha de base dos
estímulos do conjuntos B e C
VERDE B2B3
VERMELHA B5B4
VERMELHA B2B1
VERDE B3B4
VERDE B1B2
VERMELHA B4B3
VERDE B4B5
VERMELHA B3B2
VERMELHA C2C1
VERDE C3C4
VERDE C4C5
VERMELHA C3C2
VERDE C1C2
VERDE C2C3
VERMELHA C4C3
VERMELHA
C5C4
58 Teste de conectividade B/C e C/B
VERDE
B1C2
VERDE
B3C4
VERMELHA
B5C4
VERMELHA
B3C2
VERDE
B4C5
VERMELHA
B4C3
VERMELHA
B2C1
VERDE
B2C3
VERDE C3B4
VERDE
C1B2
VERMELHA C5B4
VERDE C2B3
VERMELHA C2B1
VERMELHA C3B2
VERDE C4B5
VERMELHA C4B3
187
FIGURA 29 - Sumário dos procedimentos de ensino e testes, tipo e número de tentativa no
Experimento 2b.
ANEXO 5 - EXPERIMENTO 3
A Figura abaixo apresenta um sumário do delineamento experimental do Experimento
3, com os procedimentos de ensino por sobreposição, sonda, teste de transitividade, revisão de
linha de base, teste de conectividade, estímulo condicional nas cores verde ou vermelha,
estímulo contextual figuras geométricas e tipo de tentativa em seqüência.
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
1
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERDE A1A2
2
Sonda VERDE A1A2
3
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERMELHA A2A1
4
Sonda VERMELHA A2A1
5
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERDE A2A3
6
Sonda VERDE A2A3
7
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERMELHA A3A2
8
Sonda VERMELHA A3A2
188
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
9
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERDE A3A4
10
Sonda VERDE A3A4
11
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERMELHA A4A3
12
Sonda VERMELHA
A4A3
13
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERDE A4A5
14
Sonda
VERDE A4A5
15
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto A
VERMELHA A5A4
16
Sonda VERMELHA A5A4
17
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “A”
VERDE A1A3
VERMELHA A5A3
VERDE A1A4
VERMELHA A5A1
VERDE A1A5
VERMELHA A4A2
VERDE A2A4
VERMELHA A4A1
VERDE A2A5
VERMELHA A5A2
VERDE A3A5
VERMELHA A3A1
189
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
18
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERDE A5A4
19 Sonda VERDE A5A4
20
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA A4A5
21 Sonda VERMELHA A4A5
22
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERDE A4A3
23 Sonda VERDE A4A3
24
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA A3A4
25 Sonda VERMELHA A3A4
26
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERDE A3A2
27 Sonda VERDE A3A2
28
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA A2A3
29 Sonda VERMELHA A2A3
30
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERDE A2A1
31 Sonda VERDE A2A1
190
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
32
Ensino por
Sobreposição do
conjunto A
VERMELHA A1A2
33 Sonda VERMELHA A1A2
34
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “A”
VERDE A5A3
VERMELHA A1A3
VERDE A5A1
VERMELHA A1A4
VERDE A4A2
VERMELHA A1A5
VERDE A4A1
VERMELHA A2A4
VERDE A5A2
VERMELHA A2A5
VERDE A3A1
VERMELHA A3A5
35
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERDE B1B2
36 Sonda VERDE B1B2
37
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA B2B1
38 Sonda
VERMELHA B2B1
191
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
39
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERDE
B2B3
40 Sonda
VERDE B2B3
41
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA B3B2
42 Sonda
VERMELHA B3B2
43
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERDE B3B4
44 Sonda
VERDE B3B4
45
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA B4B3
46 Sonda
VERMELHA B4B3
47
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERDE B4B5
48
Sonda
VERDE B4B5
49
Ensino por
Sobreposição do
conjunto B
VERMELHA B5B4
50
Sonda
VERMELHA B5B4
51
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “B”
VERDE B1B3
VERMELHA B5B3
192
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
51
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “B”
VERDE B1B4
VERMELHA B5B1
VERDE B1B5
VERMELHA B4B2
VERDE B2B4
VERMELHA B4B1
VERDE B2B5
VERMELHA B5B2
VERDE B3B5
VERMELHA B3B1
52
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERDE B5B4
53 Sonda
VERDE
B5B4
54
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERMELHA B4B5
55 Sonda
VERMELHA B4B5
56
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERDE B4B3
57 Sonda
VERDE B4B3
193
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
58
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERMELHA B3B4
59 Sonda
VERMELHA B3B4
60
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERDE B3B2
61
Sonda
VERDE B3B2
62
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERMELHA B2B3
63
Sonda
VERMELHA B2B3
64
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERDE B2B1
65 Sonda
VERDE
B2B1
66
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto B
VERMELHA B1B2
67 Sonda
VERMELHA
B1B2
68
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “B”
VERDE B5B3
VERMELHA B1B3
VERDE B5B1
VERMELHA B1B4
194
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
68
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “B”
VERDE B4B2
VERMELHA B1B5
VERDE B4B1
VERMELHA B2B4
VERDE B5B2
VERMELHA B2B5
VERDE B3B1
VERMELHA B3B5
69
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e B
VERDE A1A2
VERMELHA A5A4
VERDE A2A3
VERMELHA A4A3
VERDE A3A4
VERMELHA A3A2
VERDE A4A5
VERMELHA A2A1
VERDE B1B2
VERMELHA B5B4
VERDE B2B3
VERMELHA B4B3
195
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
69
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e B
VERDE B3B4
VERMELHA B3B2
VERDE B4B5
VERMELHA B2B1
70
Teste de
Conectividade A/B e
B/A
VERDE
A1B2
A2B3
A3B4
A4B5
B1A2
B2A3
B3A4
B4B5
VERMELHA
B5A4
B4A3
B3A2
B2A1
A5B4
A4B3
A3B2
A2B1
71
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e B
VERDE A5A4
VERMELHA A1A2
VERDE A4A3
VERMELHA A2A3
VERDE A3A2
VERMELHA A3A4
196
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
71
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e B
VERDE A2A1
VERMELHA A4A5
VERDE B5B4
VERMELHA B1B2
VERDE B4B3
VERMELHA B2B3
VERDE B3B2
VERMELHA B3B4
VERDE B2B1
VERMELHA B4B5
72
Teste de
Conectividade de
A/B e B/A
VERDE
A5B4
A4B3
A3B2
A2B1
B5A4
B4A3
B3A2
B2A1
VERMELHA
A1B2
A2B3
A3B4
A4B5
B1A2
B2A3
B3A4
B4A5
197
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
73
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERDE
C1C2
74 Sonda
VERDE
C1C2
75
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERMELHA
C2C1
76 Sonda
VERMELHA
C2C1
77
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERDE
C2C3
78 Sonda
VERDE
C2C3
79
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERMELHA
B3B2
80 Sonda
VERMELHA
B3B2
81
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERDE
C3C4
82
Sonda
VERDE C3C4
83
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERMELHA C4C3
84
Sonda
VERMELHA C4C3
198
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
85
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERDE C4C5
86 Sonda
VERDE C4C5
87
Ensino por
Sobreposição do
conjunto C
VERMELHA C5C4
88 Sonda
VERMELHA C5C4
89
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “C”
VERDE C1C3
VERMELHA C5C3
VERDE C1C4
VERMELHA C5C1
VERDE C1C5
VERMELHA C4C2
VERDE C2C4
VERMELHA C4C1
VERDE C2C5
VERMELHA C5C2
VERDE C3C5
VERMELHA C3C1
199
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
90
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto C
VERDE C5C4
91 Sonda
VERDE C5C4
92
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto C
VERMELHA C4C5
93 Sonda
VERMELHA C4C5
94
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
Conjunto C
VERDE C4C3
95
Sonda
VERDE
C4C3
96
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
Conjunto C
VERMELHA C3C4
97 Sonda
VERMELHA C3C4
98
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto C
VERDE C3C2
99 Sonda
VERDE C3C2
200
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
100
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto C
VERMELHA C2C3
101 Sonda
VERMELHA C2C3
102
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto C
VERDE C2C1
103 Sonda
VERDE C2C1
104
Ensino por
Sobreposição com
estímulos do
conjunto C
VERMELHA C1C2
105 Sonda
VERMELHA C1C2
106
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “C”
VERDE C5C3
VERMELHA C1C3
VERDE C5C1
VERMELHA C1C4
VERDE C4C2
VERMELHA C1C5
VERDE C4C1
VERMELHA C2C4
201
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
106
Teste de
transitividade com
os estímulos do
conjunto “C”
VERDE C5C2
VERMELHA C2C5
VERDE C3C1
VERMELHA C3C5
107
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e C
VERDE A1A2
VERMELHA A5A4
VERDE A2A3
VERMELHA A4A3
VERDE A3A4
VERMELHA A3A2
VERDE A4A5
VERMELHA A2A1
VERDE C1C2
VERMELHA C5C4
VERDE C2C3
VERMELHA C4C3
VERDE C3C4
VERMELHA C3C2
VERDE C4C5
VERMELHA C2C1
202
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
108
Teste de
conectividade A/C
VERDE
A1C2
A2C3
A3C4
A4C5
C1A2
C2A3
C3A4
C4 A5
VERMELHA
A5C4
A4C3
A3C2
A2A1
C5A4
C4A3
C3A2
C2A1
109
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e C
VERDE A5A4
VERMELHA A1A2
VERME A4A3
VERMELHA A2A3
VERDE A3A2
VERMELHA A3A4
VERDE A2A1
VERMELHA A4A5
VERDE C5C4
VERMELHA C1C2
VERDE C4C3
203
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
109
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos A e C
VERMELHA C2C3
VERDE C3C2
VERMELHA C3C4
VERDE C2C1
VERMELHA C4C5
110
Teste de
conectividade A/C e
C/A
VERDE
A5C4
A4C3
A3C2
A2C1
C5A4
C4A3
C3A2
C2A1
VERMELHA
A1C2
A2C3
A3C4
A4C5
C1A2
C2A3
C3A4
C4C5
111
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos B e C
VERDE B1B2
VERMELHA B5B4
VERDE B2B3
VERMELHA B4B3
VERDE B3B4
VERMELHA B3B2
204
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
111
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos B e C
VERDE B4B5
VERMELHA B2B1
VERDE C1C2
VERMELHA C5C4
VERDE C2C3
VERMELHA C4C3
VERDE C3C4
VERMELHA C3C2
VERDE C4C5
VERMELHA C2C1
112
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos C e B
VERDE C1C2
VERMELHA C5C4
VERDE C2C3
VERMELHA C4C3
VERDE C3C4
VERMELHA C3C2
VERDE C4C5
VERMELHA C2C1
VE B1B2
VERMELHA B5B4
205
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
112
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos C e B
VERDE B2B3
VERMELHA B4B3
VERDE B3B4
VERMELHA B3B2
VERDE B4B5
VERMELHA B2B1
113
Teste de
Conectividade de
B/C e C/B
VERDE
B1C2
B2C3
B3C4
B4C5
C1B2
C2B3
C3B4
C4B5
VERMELHA
B5C4
B4C3
B3C2
B2C1
C5B4
C4B3
C3B2
C2B1
114
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos B e C
VERDE B5B4
VERMELHA B1B2
VERDE B4B3
VERMELHA B2B3
206
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
114
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos B e C
VERDE B3B2
VERMELHA B3B4
VERDE B2B1
VERDE B4B5
VERDE C5C4
VERMELHA C1C2
VERDE C4C3
VERMELHA C2C3
VERDE C3C2
VERMELHA C3C4
VERDE C2C1
VERMELHA C4C5
115
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos C e B
VERDE C5C4
VERMELHA C1C2
VERDE C4C3
VERMELHA C2C3
VERDE C3C2
VERMELHA C3C4
VERDE C2C1
VERMELHA C4C5
VERDE B5B4
VERMELHA B1B2
207
Fase Tipo de Bloco
Estímulo
Contextual
Figuras
Geométricas
Estímulo
Condicional
“CORES”
Tipo de
Tentativa
em
Seqüência
115
Revisão de linha de
base dos estímulos
dos conjuntos C e B
VERDE B4B3
VERMELHA B2B3
VERDE B3B2
VERMELHA B3B4
VERDE B2B1
VERMELHA B4B5
116
Teste de
Conectividade de
B/C e C/B
VERDE
B5C4
B4C3
B3C2
B2C1
C5B4
C4B3
C3B2
C2B1
VERMELHA
B1C2
B2C3
B3C4
B4C5
C1B2
C2B3
C3B4
C4B5
FIGURA 13 Sumário dos procedimentos de treinos, testes, tipo e número de tentativa no
Experimento 3.
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