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lingüísticos (com exceção dos textos de uma só palavra como “Socorro”;
“Fogo”), embora a sua extensão máxima seja indeterminada.
De acordo com Isasenko, (apud Fávero e Koch, p. 19, 1965), A frase
precedente constitui o contexto mínimo ao qual está ligada a estrutura
gramatical da frase subseqüente. Contudo, as tentativas de desenvolver a
lingüística textual como uma lingüística da frase estendida foram sendo
repudiadas, devido a sua má adequação, e o texto passou a ser visto como
uma série de signos verbais sistematicamente ordenados.
Uma outra corrente teórica (bottom up and top down), de Rumelhart
(1980, p. 06), distingue dois processos de ativação do conhecimento durante o
processamento da leitura: Bottom up, que seria o processo linear ascendente,
sintético e indutivo - parte das unidades menores do texto – níveis gráfico-
fonêmicos, morfêmico, sintático, semântico, para chegar ao todo, e o Top-
down, que seria o processo não-linear, descendente, analítico e dedutivo -
parte do todo para chegar às unidades constitutivas do texto. Este novo estilo
leva à implicação metodológica de que a análise de elementos isolados, como
frases, palavras, apenas é possível se as condições de seu afastamento do
conjunto do texto forem analisadas simultaneamente. Isto nos remete ao que
Chomsky já comentava em relação às estruturas superficiais e às estruturas
profundas dos textos.
De acordo com Brinkman (apud, Fávero e Koch, p. 20. 1971),
É discutível, no âmbito da lingüística textual, se, dentro do
texto, a unidade frase deve ou não ter um estatuto especial.
Há concordância, porém, em admitir que muitos elementos
estruturadores do texto atuam como conectores além da
fronteira da frase; ou , de maneira retroativa, sobre a
informação anterior do contexto já enunciado (anafóricos), ou,
de maneira projetiva, sobre a informação a ser veiculada no
contexto subseqüente (catafóricos). Esses conectores tanto
podem ser acréscimos (juntores, redudâncias, dêiticos etc.),