Capítulo 1
O cenário da tecnologia de freqüências ultra-elevadas
1.1 Introdução
É cada vez mais necessário o acúmulo de informações em sistemas de alta
capacidade. A quantidade cresce na medida em que se exigem novos serviços e
resulta em um grande volume de dados trafegando nos meios de conexão. Um
exemplo é o aumento nos sistemas de telefonia celular. O foco não é mais o da
comunicação de voz e sim dos serviços agregados, tais como o envio de fotos, de
textos curtos, de arquivos via internet, e, recentemente, de informações na
transmissão da TV digital.
Outro fator é a facilidade de o usuário poder se interligar a uma fonte de
dados, bastando ligar seu equipamento. A idéia é prover a capacidade de conectar o
seu sistema à rede mundial de computadores, à impressora, ao telefone, aos controles
da sua casa automatizada, etc., a qualquer momento, desprovidos das conexões
cabeadas, empregando a conexão sem fio (wireless) [1][2]. Com as modernas
técnicas de processamento de dados, injetam-se grandes quantidades de bits por
segundo em um canal de comunicação. Assim, com o aumento do trafego de
informações, aumenta a necessidade de utilização do espectro com largura de banda
maior. Uma das tecnologias utiliza dispositivos que operem em uma faixa de
freqüências ultra-elevadas (UWB - ultra-wideband), de baixa potência e conexão sem
fios. Esta tecnologia está sendo desenvolvida para aplicações comerciais.
A FCC (Federal Communications Commission), entidade de regulamentação
do governo americano, e a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), no
Brasil, definem os usos da UWB em radar, em sistemas automotivos, na automação
doméstica, em comunicações, entre outros. A aplicação em radar é de elevada
precisão e permite a detecção através de alguns obstáculos. Esta tecnologia é
empregada em resgates de pessoas em desabamentos, na procura de encanamentos,
fiações elétricas e outras instalações em edifícios [3]. No campo da medicina,