é esse acordo entre essa Instituição e a UNESP-Assis e de outras formas de efetivar o estágio,
não somente no ambiente escolar.
O estágio prático realizei na Legião Mirim, tinha uma turma de legionários,
onde, durante nossos encontros desenvolveríamos temas relacionados à
ética, cidadania, família, trabalho infantil, drogas, sexualidade, enfim, eram
reuniões que se realizaram planejadas e geralmente preparadas utilizando
textos, filmes, dinâmicas, para que os adolescentes pudessem interagir e
participar com suas críticas, sugestões dos encontros. Não desenvolvi temas
especificamente relacionados com o conteúdo de História, o estágio foi
pensado para que o meu projeto pudesse oferecer aos adolescentes da
Legião Mirim atividades que ocupassem o seu tempo quando não estivessem
em horário de aula. Embora minha atuação não tenha se verificado numa
escola, acredito que o projeto foi bem recebido pelos adolescentes e foi feito
por mim com satisfação. (Professor A2/2003)
Pesquisas, como a de Molina, Almeida e Cainelli (1997) e de Amaral e Iwaya (2005),
têm mostrado preocupação em possibilitar aos seus alunos de História a busca por outras
propostas de estágio. Amaral e Iwaya, por exemplo, devido à especificidade de sua formação
entendem que, na etapa de observação da realidade escolar, o estagiário possa buscar
conhecer e compreender elementos pouco explorados por profissionais de outra área, como o
arquivo morto da escola, o acervo fotográfico, a mobília, os rituais, o cotidiano, enfim,
aspectos que podem oferecer a ele uma compreensão histórica e sociológica da instituição.
Segundo as autoras, esse modo de estágio é necessário, porque instiga o “[...] aluno-estagiário
a enxergar a escola como construção sócio-histórica e como local de pesquisa.” (AMARAL;
IWAYA, 2005, p.324). Finalizam, mostrando que foi positiva essa outra proposta de estágio,
visto que parte dos alunos aceitou o desafio
de romper com as formas pré-formatadas de estágio, que pouco acrescentam
a sua formação, uma vez que planejar aulas, seguindo o planejamento
elaborado por outro professor e depois aplicá-las a turmas quase
desconhecida, torna-se uma atividade somente formal, geradora de ansiedade
e de poucos elementos para a reflexão [...] a atividade de estágio nestes
moldes acabar por gerar apenas críticas e acomodação.(2005, p. 325)
A possibilidade de realização do estágio em forma de pesquisa é uma estratégia, um
método uma possibilidade de formação do estagiário como futuro professor. Salientam
Pimenta e Lima (2004)
A pesquisa no estágio, como método de formação de futuros professores, se
traduz, de um lado, na mobilização de pesquisas que permitam a ampliação e
analise dos contextos onde os estágios se realizam; por outro lado, e em
especial, se traduz na possibilidade de os estagiários desenvolverem postura
e habilidades de pesquisador a partir das situações de estágio, elaborando