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(Hu & Schlessinger, 1994). PI3K ativa PKB (Akt) e a fosforilação desta cinase está envolvida
em diversas funções celulares, como na progressão do ciclo celular, na angiogênese e no
processo de invasão e formação de metástases pela célula tumoral (Kim & Chung, 2002). A
utilização de inibidores farmacológicos de PI3K e p70
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cinase reproduzem o efeito
melanogênico do α-MSH ou da forskolina, sugerindo que a inibição da atividade dessas
cinases a partir do aumento de AMP cíclico intracelular é um evento chave na regulação da
melanogênese. Além de aumentar a melanogênese nos melanócitos, o AMP cíclico é capaz de
induzir a formação de dendritos nessas células. A linhagem de melanoma murino B16 quando
tratada com o inibidor LY294002 de PI3K tem, além da sua melanogênese aumentada, a
formação de inúmeros dendritos (Buscà et al., 1996). Buscà e colaboradores (1998)
observaram que essa alteração na concentração intracelular de AMP cíclico causado pela
inibição da atividade de PI3K, foi capaz de provocar a desorganização de filamentos de actina
em células B16. A proteína Rho, responsável pela organização de actina regulou a
melanogênese nessas células através de AMP cíclico. Quando Rho encontra-se inativa, os
níveis de AMP cíclico intracelular estão elevados, estimulando a transcrição e a expressão de
tirosinase. Esses efeitos foram revertidos quando as células apresentaram ativação constitutiva
de Rho (Busca et al., 1998).
Alguns trabalhos mostraram a participação de proteínas cinases ativadas por
mitógenos (MAPK) na regulação da melanogênese. MAPK ativa a fosforilação de resíduos
específicos de serina/treonina na proteína alvo, regulando ampla gama de respostas celulares.
Existem quatro vias de sinalização distintas que envolvem MAPK, denominadas de acordo
com o subgrupo das cinases envolvidas. Os quatro subgrupos são: cinases reguladas por sinais
extracelulares (ERK) (Sturgill & Ray, 1986; Boulton et al., 1991); cinases da região N-
terminal de c-jun (JNK), também conhecidas como cinases ativadas por estresse (SAPK1)
(Derijard et al., 1994; Kyriakis et al., 1994); P38 MAPK, também conhecida como SAPK 2-4
(Freshney et al., 1994; Han et al., 1994; Rouse et al., 1994) e ERK 5, também conhecida
como a grande MAPK (BMK) (Zhou et al., 1995 e Lee et al., 1995).
A diferença entre as vias de sinalização das MAPK reside nas atividades fisiológicas
que se encontram envolvidas. A via de ERK está envolvida na proliferação e diferenciação
celulares, enquanto a via de JNK e P38 estão envolvidas nas respostas ao estresse e na
apoptose. A via de ERK 5 parece transmitir sinais mitogênicos e de estresse. Porém, certas
funções de cada via são células e condições específicas: a via de sinalização de ERK pode
estar envolvida na resposta a apoptose sob certas condições (Bacus et al., 2001), enquanto a
via de JNK, na sobrevivência e proliferação celulares (Hess et al., 2002).