20
Pierre Lévy (1996, p. 44) indaga:
Essa nova forma de escrita oportunizada pela net pode alterar a
consciência e a cognição?" e prossegue, chamando-nos à atenção para
"as mudanças nas formas de ler e escrever operadas pelo hipertexto
digital. Não é mais o leitor que se desloca fisicamente nas operações de
leitura de um texto, virando páginas, procurando volumes entre estantes de
livrarias ou bibliotecas, mas é "um texto móvel e caleidoscópico, que
apresenta suas facetas, gira, desdobra-se à vontade diante do leitor.
Mesmo considerando que um leitor diante de um computador e de um mouse
com seu teclado não está imóvel, executando diversas operações, nem por isso as
observações de Lévy são menos pertinentes.
Sérgio Roberto Costa (2006, p. 37) completa:
Os (hiper) textos, produzidos/construídos sem fronteiras nítidas misturam
formas, processos e funções da oralidade, da leitura e da escrita. Leitor e
autor/escritor se cruzam, on-line, no esforço de releitura, correção e re-
criação de um texto, participando da edição do texto que lêem e escrevem.
Nesse ciberespaço, leitor e escritor deparam-se com novos conceitos, novo
léxico, novos gêneros discursivos, novas formas de linguagem, novo
código, novo estilo de ler, escrever e conversar.
O hipertexto possibilita ao leitor viagens nas quais leva um texto a outro, que
leva a outro, e assim sucessivamente; ele não possui uma forma fixa, padronizada.
Vale lembrar que os hipertextos podem ser típicos da internet, bem como uma
réplica fiel de textos e livros de origem impressa. O hipertexto também possibilita ao
leitor a oportunidade de expressar sua opinião diante do que lê, não sendo mais
submisso às informações que pesquisam e recebem a todo o instante, porém os
usuários da construção do texto virtual precisam estar atentos às normas
ortográficas. Um dos recursos do hipertexto é a presença de sons, imagens,
gráficos, animações, entre outros.
Apesar da infinidade de informações de que a rede dispõe através de seus textos,
hipertextos, etc. é preciso ter paciência e sorte para encontrar o que realmente
precisa.
De acordo com as idéias de Rogério da Costa (2003, pág. 9,43) milhares de
pesquisadores, professores e estudantes, etc. de todo o planeta apostam na Internet
como fator tecnológico na evolução do ensino presencial e principalmente à
distância. Completa: “Daí nasce a necessidade do filtro de informação, o que