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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências
Instituto de Química
Wemerson Vieira de Paula
Avaliação do Copolímero de Acrilonitrila e 2-Vinil-2-Oxazolina na
Eficiência de Inibição de Corrosão Química
Rio de Janeiro
2010
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Wemerson Vieira de Paula
Avaliação do Copolímero de Acrilonitrila e 2-Vinil-2-Oxazolina na
Eficiência de Inibição de Corrosão Química
Dissertação apresentada, como
requisito parcial para obtenção do
título de Mestre, do Programa de
Pós-Graduação em Química, da
Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Área de concentração:
Polímeros
Orientadores: Prof.
Dr. Pedro Ivo Canesso Guimarães
Dr. José Luiz Mazzei da Costa
Rio de Janeiro
2010
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CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ/REDE SIRIUS/CTC/IQ
P324 Paula, Wemerson Vieira de
Avaliação do copolímero de acrilonitrila e 2-vinil-2-
oxazolina na eficiência de inibição de corrosão
química. / Wemerson Vieira de Paula. - 2010.
111 f.
Orientador: Pedro Ivo Canesso Guimarães
Orientador: José Luiz Mazzei da Costa.
Dissertação (mestrado) - Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, Instituto de Química
Bibliografia: f. 84-89.
1. Polímeros - Teses. 2. Poliacrilonitrila - Teses. 3.
2-Oxazolina - Teses. 4. Inibidor de corrosão - Teses. I
Guimarães, Pedro Ivo Canesso. II Costa, José Luiz
Mazzei da. III Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Instituto de Química. IV. Título.
CDU541.6
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial
desta dissertação.
______________________________ ________________
Assinatura Data
Wemerson Vieira de Paula
Avaliação do Copolímero de Acrilonitrila e 2-Vinil-2-Oxazolina na Eficiência de
Inibição de Corrosão Química
Dissertação apresentada, como
requisito para obtenção do
título de Mestre, do Programa
de Pós-Graduação em Química,
da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro. Área de
concentração: Polímeros
Aprovado em 30 de março de 2010.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Pedro Ivo Canesso Guimarães (Orientador)
DQO/IQ/UERJ
Dr. José Luiz Mazzei da Costa (Co-orientador)
IBRAG/UERJ
Prof. Dr. Fernando Benedicto Mainier
DEQP/EE/UFF
Prof. Dr. Luiz Claudio de Santa Maria
DQO/IQ/UERJ
Rio de Janeiro
2010
DEDICATÓRIA
Ao meu tio, José Baptista Vieira pelo seu
imenso carinho e companheirismo nas horas
difíceis.
AGRADECIMENTOS
· A Deus que sempre me deu muita força, determinação, e acima de tudo muita
saúde, para que eu pudesse atravessar todos os obstáculos de cabeça erguida, e
concluir esse objetivo com êxito.
· A meu tio, José Baptista Vieira, meu grande amigo, pelo carinho, dedicação e
todo apoio que precisei receber nos momentos mais difíceis, e ofereço também,
essa dissertação a ele como um troféu ao meu grande esforço e dedicação em
concluir mais essa etapa.
· Agradeço também a uma das professoras mais sensacionais que conheci até
hoje, um ícone do Instituto de Química da UERJ, a Professora Fernanda
Margarida Barbosa Coutinho (in memorian), pela sua atenção e carinho nos
momentos de um bate papo informal. Esteja onde estiver, o meu muito obrigado e
fique na paz.
· Aos meus orientadores, Pedro Ivo Canesso Guimarães e José Luiz Mazzei da
Costa, que souberam me orientar para que eu pudesse evoluir como pessoa e
profissional.
· A todos os professores do PPGQ que puderam passar suas informações com
muita sabedoria e profissionalismo, e que eu aprendi muito com eles.
· Ao suporte financeiro concedido pela CAPES, que foi essencial na minha vida
pessoal e acadêmica enquanto estive no mestrado.
· A Hallan Bruno de Matos Angueira Gomes pelos ensinamentos nos ensaios de
corrosão no início do meu mestrado.
· A todos da equipe da biblioteca do Instituto de Química da UERJ, que sempre me
receberam com muita atenção e carinho.
· Aos meus amigos que fizeram companhia no laboratório: Gabriela da Rocha
Pedro, Lidiane Dias da Silva, Paulo Osório de Bettencourt Pimenta, Raphael
Henrique Sanches de Carvalho e Silva e Wendel Rodrigues Cezário.
· A Rita Maria Pinho de pelas análises de espectroscopia na região do
infravermelho (FTIR).
· A Mônica Machado da Silva pelas análises termogravimétricas (TGA).
· E a todos que, de uma forma ou de outra, fizeram parte da minha trajetória e da
minha história enquanto passei pela UERJ.
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com
classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve....
a vida é muito para ser insignificante.
Charles Spenser Chaplin (1889-1977)
- Ator e diretor inglês -
RESUMO
PAULA, Wemerson Vieira de. Avaliação do copolímero de acrilonitrila e 2-vinil-2-
oxazolina na eficiência de inibição de corrosão química. 2010. 111 f. Dissertação
(Mestrado em Química) Instituto de Química Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
Polímeros heterocíclicos são macromoléculas de elevado desempenho que
incluem uma grande variedade de materiais, desde simples polímeros lineares
preparados a partir de monômeros do tipo heterocíclicos vinílicos, até polímeros
funcionalizados e reticulados. Neste trabalho realizou-se a modificação química da
poliacrilonitrila com a incorporação de grupos 2-vinil-2-oxazolina em diferentes
teores (10% e 20%). Os copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina obtidos
foram caracterizados por espectroscopia na região do infravermelho e o seu
comportamento térmico analisado por calorimetria diferencial de varredura e análise
termogravimétrica. Os copolímeros heterocíclicos foram avaliados como inibidores
de corrosão para aço-carbono em solução aquosa de HCl 10%, alcançando, em
alguns casos, uma eficiência de inibição superior a 75%, com diferença
estatisticamente significativa (P < 0,05, ANOVA) para a poliacrilonitrila não
modificada.
Palavras-chave: Corrosão. Inibidor de corrosão. 2-Oxazolina. Poliacrilonitrila
modificada.
ABSTRACT
Heterocyclic polymers are high-performance macromolecules that include a
variety of materials, from simple linear polymers which are prepared from
heterocyclic monomers like vinyl, to functionalized polymers or lattices. In this work
polyacrylonitrile was chemically modified with incorporation of 2-vinyl-2-oxazoline
groups at different contents (10% and 20%). Copolymers of acrylonitrile and 2-vinyl-
2-oxazoline were characterized by spectroscopy in the infrared region, differential
scanning calorimetry and thermogravimetric analysis. The synthesized heterocyclic
copolymers were evaluated as corrosion inhibitor on carbon steel against aqueous
solution of HCl 10%, and in some cases inhibition efficiencies more than 75% were
determined, with statistically significant difference (P < 0.05, ANOVA) to the
unmodified polyacrylonitrile.
Keywords: Corrosion. Corrosion inhibitors. 2-Oxazoline. Modified polyacrylonitrile.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Corrosão em materiais metálicos
21
Figura 2 - Formas de corrosão
24
Figura 3 - Síntese de sais de amônio quaternário
32
Figura 4 - Estruturas químicas de triazóis empregados como inibidores de
corrosão
33
Figura 5 - Estrutura química do inibidor de corrosão 3-fenil-5-tione-1,2,4-triazol
34
Figura 6 -
Estruturas químicas de tiadiazolinas empregadas como inibidores
de corrosão
35
Figura 7 - Estruturas químicas de tetrazóis estudados como inibidores de
corrosão
35
Figura 8 - Estruturas químicas de alguns imidazóis substituídos estudados
como inibidores de corrosão
37
Figura 9 - Estrutura química do inibidor de corrosão 2-mercapto-benzil-
imidazol
37
Figura 10 - Reação de modificação química da poliacrilonitrila com
etilenodiamina gerando um poli(vinil-imidazol)
39
Figura 11 - Síntese do monômero diamino-amina-quinona
40
Figura 12 - Estruturas químicas dos poli(vinil-imidazóis)
42
Figura 13 - Fórmulas estruturais das oxazolinas
44
Figura 14 - Síntese da 2-fenil-2-oxazolina a partir da benzonitrila
44
Figura 15
- Aparato para a modificação química da PAN
51
Figura 16
- Precipitação do polímero modificado em água gelada
52
Figura 17 - Solução polimérica PVO 10% sendo gotejada em HCl 10%
57
Figura 18 - Reação de modificação química da PAN
59
Figura 19 - Aspecto das amostras de PAN, PVO 10% e PVO 20%
60
Figura 20 - Espectros de FTIR da poliacrilonitrila e dos copolímeros de
acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina 10% e 20%
62
Figura 21 - Curva de DSC da PAN
63
Figura 22 - Curva de DSC do PVO 10%
64
Figura 23 - Curva de DSC do PVO 20%
64
Figura 24 - Análise termogravimétrica com registros TGA e DTG da PAN
67
Figura 25 - Análise termogravimétrica com registros TGA e DTG do PVO 10%
67
Figura 26 - Análise termogravimétrica com registros TGA e DTG do PVO 20%
68
Figura 27
- Gráficos de taxa de corrosão a hora em função dos teores dos
polímeros inibidores
75
Figura 28 - Gráficos das eficiências de inibição em função dos teores dos
polímeros inibidores
80
Figura I - Espectro de FTIR da PAN
90
Figura II - Espectro de FTIR do copolímero PVO 10%
90
Figura III - Espectro de FTIR do copolímero PVO 20% 91
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Taxa de corrosão para aço-carbono UNS-G4130 a 26°C em HCl
15% (m/v) na ausência e na presença de substâncias indicadoras
ácido-base (2% m/v)
30
Tabela 2 - Taxa de corrosão para aço carbono UNS-G4130 a 60°C em HCl
15% (m/v) na presença de 2% (m/v) de alaranjado de metila ou
fluoresceína
30
Tabela 3 - Taxa de corrosão para o aço carbono UNS-G4130 a 60°C em HCl
15% (m/v) na presença de fluoresceína, etanol e formaldeído
31
Tabela 4 - Taxa de corrosão de HNO
3
a 0,1 M sobre cobre após 72 h a 25ºC
na ausência e na presença de tetrazóis (0,001 M) e eficiência de
inibição
36
Tabela 5 - Condição das reações de modificação química da PAN com
etanolamina a 70ºC por 35 h
51
Tabela 6 - Ensaios de solubilidade da PAN e dos copolímeros PVO 10% e
20%
61
Tabela 7 – Resultados de DSC da PAN e dos copolímeros de acrilonitrila e
2-vinil-2-oxazolina
65
Tabela 8 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-
padrão] dos ensaios em quintuplicatas a 40ºC por 2 h
70
Tabela 9 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-
padrão] dos ensaios em quintuplicatas a 40ºC por 4 h
70
Tabela 10 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-
padrão] dos ensaios em quintuplicatas a 60ºC por 2 h
71
Tabela 11
- Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-
padrão] dos ensaios em quintuplicatas a 60ºC por 4 h
72
Tabela 12 – Efeito da concentração dos polímeros inibidores na saturação da
atividade anticorrosiva
74
Tabela 13 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) rela-
tivamente aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 40ºC
por 2 h
76
Tabela 14 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) rela-
tivamente aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 40ºC
por 4 h
76
Tabela 15 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) rela-
tivamente aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 60ºC
por 2 h
77
Tabela 16 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) rela-
tivamente aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 60ºC
por 4 h
78
Tabela 17 - Polímeros com diminuição estatisticamente significativa (P < 0,05)
(X) das eficiências nos ensaios a 60ºC comparativamente a 40ºC
79
Tabela I - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) + 50 mL (DMF)
a 40°C - branco
92
Tabela II - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
31ppm de poliacrilonitrila
93
Tabela III - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
31ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
93
Tabela IV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
31ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
94
Tabela V - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
63 ppm de poliacrilonitrila
94
Tabela VI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
63ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
95
Tabela VII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
63 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
95
Tabela VIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
375 ppm de poliacrilonitrila
96
Tabela IX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
375 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
96
Tabela X – Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
375 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
97
Tabela XI – Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
688 ppm de poliacrilonitrila
97
Tabela XII – Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
98
Tabela XIII – Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
98
Tabela XIV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1312 ppm de poliacrilonitrila
99
Tabela XV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
99
Tabela XVI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
100
Tabela XVII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1879 ppm de poliacrilonitrila
100
Tabela XVIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
101
Tabela XIX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
101
Tabela XX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) + 50 mL
(DMF) a 60°C – branco
102
Tabela XXI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
31 ppm de poliacrilonitrila
102
Tabela XXII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
31 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
103
Tabela XXIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
31 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
103
Tabela XXIV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
63 ppm de poliacrilonitrila
104
Tabela XXV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
63 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
104
Tabela XXVI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
63 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
105
Tabela XXVII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
375 ppm de poliacrilonitrila
105
Tabela XXVIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 375 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
106
Tabela XXIX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
375 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
106
Tabela XXX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
688 ppm de poliacrilonitrila
107
Tabela XXXI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
107
Tabela XXXII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
108
Tabela XXXIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 1312 ppm de poliacrilonitrila
108
Tabela XXXIV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)]
10%
109
Tabela XXXV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
109
Tabela XXXVI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 1879 ppm de poliacrilonitrila
110
Tabela XXXVII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)]
10%
110
Tabela XXXVIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC
com 1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)]
20%
111
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
· CP - Corpo de prova.
· DMF - N,N-dimetil-formamida.
· DMSO - Dimetil-sulfóxido.
· DSC - Calorimetria diferencial de varredura.
· DTG - Termogravimetria derivativa.
· FTIR - Espectroscopia na região do infravermelho com transformada de
Fourier.
· IR – Radiação infravermelha.
· PAN - Poliacrilonitrila.
· PPM – Parte por milhão.
· PVO - Poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] ou copolímero de acrilonitrila e
2-vinil-2-oxazolina.
· T
ciclização
– Temperatura de ciclização.
· T
g
– Temperatura de transição vítrea.
· TGA - Análise termogravimétrica.
· T
m
– Temperatura de fusão cristalina.
Parte dessa Dissertação foi apresentada nos seguintes eventos:
· 20ª UERJ Sem Muros / 18ºSemana de Iniciação Científica - Rio de Janeiro/RJ –
5 a 9 de outubro de 2009 Apresentação de trabalho sob o título: Estudo da
Ação Anticorrosiva de Copolímeros de Acrilonitrila e 2-Vinil-2-Oxazolina”.
· Colóquio Franco Brasileiro de Polímeros e Meio Ambiente - Rio de Janeiro/RJ
- 19 e 20 de novembro de 2009 – Apresentação de trabalho sob o título; Emprego
do Copolímero de Acrilonitrila e 2-Oxazolina na Proteção Anticorrosiva de Aço-
Carbono em Meio Ácido”.
Durante a realização da parte experimental desta Dissertação, o autor teve a
oportunidade de co-orientar o trabalho de Iniciação Científica (PIBIC/UERJ) do aluno
abaixo, ao qual agradece sua colaboração:
· Hallan Bruno de Matos Angueira Gomes, aluno do curso de Licenciatura em
Química do IQ/UERJ (agosto de 2008 a julho de 2009).
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
23
2.1. Corrosão 23
2.2. A prevenção da corrosão 26
2.3. Substâncias orgânicas como inibidores de corrosão 28
2.4. Polímeros heterocíclicos 38
2.5. Polímeros inibidores de corrosão 40
2.6. Polímeros contendo anéis 2-oxazolínicos 43
3. OBJETIVO
47
3.1. Objetivo 47
3.2. Metodologia 47
4. MATERIAIS E MÉTODOS 48
4.1. Produtos químicos 48
4.2. Equipamentos 50
4.3. Procedimentos 50
4.3.1. Reação de modificação química da PAN com grupos 2-oxazolina 50
4.3.2. Caracterização da PAN e dos copolímeros de acrilonitrila e
2-vinil-2-oxazolina
52
4.3.2.1. Espectroscopia na região do infravermelho 52
4.3.2.2. Calorimetria diferencial de varredura 53
4.3.2.3. Análise termogravimétrica 54
4.3.2.4. Estudo da solubilidade dos copolímeros de acrilonitrila e
2- vinil-2-oxazolina e da poliacrilonitrila
55
4.3.3. Preparação da solução HCl 10% para o ensaio de corrosão 55
4.3.4. Ensaios de corrosão 55
4.3.5. Análises estatísticas dos dados 58
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 59
5.1. Reação de modificação química da PAN 59
5.2. Estudo da solubilidade dos copolímeros de acrilonitrila e
2-vinil-2-oxazolina
61
5.3. Caracterização da poliacrilonitrila e dos copolímeros de acrilonitrila
e 2-vinil-2-oxazolina
62
5.3.1. Espectroscopia na região do infravermelho 62
5.3.2. Calorimetria diferencial de varredura 63
5.3.3. Análise termogravimétrica 66
5.4. Ensaios de corrosão 69
6. CONCLUSÕES 81
7. SUGESTÕES 83
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 84
ANEXO A - Espectros de FTIR da PAN e dos copolímeros modificados 90
ANEXO B - Ensaios de corrosão 92
21
1. INTRODUÇÃO
Quando se fala em corrosão logo se imagina uma superfície metálica
enferrujada por ação química ou eletroquímica. De uma forma geral, pode-se
considerar o fenômeno da corrosão como o sentido inverso do processo
metalúrgico”. Enquanto este último promove a produção do metal a partir do minério
na forma bruta, a corrosão leva à oxidação do metal, formando óxidos metálicos,
que muitas vezes, são semelhantes aos minérios que originaram o metal (Costa et
al., 2005). Em geral, essa deterioração causa prejuízos incalculáveis, fazendo com
que o material se torne inadequado ao uso (Gentil, 2007), como nos exemplos
mostrados na Figura 1.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 1 -
Corrosão em materiais metálicos: (a) corrente; (b) chapa de aço;
(c) dobradiça e (d) âncora
A deterioração envolvida na corrosão ocorre em diversos tipos de materiais,
sejam metálicos, como os aços ou ligas de cobre, ou não metálicos como plásticos,
cerâmicas ou concreto. Esses problemas são frequentes, devastadores e atingem os
22
mais diversos setores como as indústrias química, petrolífera, naval, de construção
civil e automobilística, além de atuarem na medicina (ortopedia), na odontologia e
nos meios de comunicação, como os sistemas de telecomunicação (Gentil, 2007).
Quanto mais avançado tecnologicamente é um país, maiores o os gastos
com a corrosão. Algumas pesquisas na década de 90, do século XX, mostraram que
30 bilhões de dólares poderiam ser economizados se fossem adotadas
determinadas medidas contra a corrosão (Gentil, 2007).
Dentre os diversos métodos de proteção contra o processo de corrosão em
superfícies metálicas, o uso de substâncias inibidoras, em concentrações
adequadas no meio, é uma ferramenta eficiente que reduz a corrosão ou elimina a
possibilidade de que a mesma ocorra. Esses inibidores de corrosão podem ser
substâncias orgânicas ou inorgânicas (Gentil, 2007).
Dentre os inibidores orgânicos, os heterocíclicos azóicos, como os imidazóis,
triazóis, tetrazóis e 2-oxazolinas têm se mostrado eficientes na proteção
anticorrosiva para diversos metais em meio ácido ou salino.
Alguns polímeros heterocíclicos também podem ser utilizados como
eficientes inibidores de corrosão, sendo os que possuem grupos azóicos pendentes
na cadeia polimérica os mais indicados na proteção anticorrosiva. Entretanto, pouco
se conhece sobre as propriedades anticorrosivas de polímeros contendo grupos
2-oxazolina em sua estrutura química. Assim faz-se necessário avaliar o potencial
de copolímeros contendo grupos 2-oxazolina na proteção de metais em meio ácido.
23
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Corrosão
De um modo geral, a corrosão é um processo resultante da ação do meio
sobre um determinado material, causando a deterioração deste. A primeira visão
que nos vem à mente quando falamos em corrosão é a ferrugem, uma camada de
cor marrom-avermelhada, ou até mesmo escura, que se forma em superfícies
metálicas. Apesar desse fenômeno apresentar estreita relação com os metais,
também ocorre em materiais não metálicos (Gentil, 2007).
A corrosão é um processo espontâneo, que transforma os materiais de modo
que sua durabilidade e utilização são diminuídas. Sem que se perceba, processos
corrosivos estão presentes no cotidiano, pois podem ocorrer em grades, automóveis,
eletrodomésticos, brinquedos e até em lugares menos esperados (Gentil, 2007). O
produto da corrosão de um metal está diretamente relacionado ao minério do qual é
originalmente extraído. Por exemplo, o óxido de ferro mais comumente encontrado
na natureza é a hematita, Fe
2
O
3
, e o Fe
2
O
3
hidratado (Fe
2
O
3
.nH
2
O). Este fenômeno
está presente na vida moderna e pode ocorrer em:
· Estruturas metálicas enterradas ou submersas, tais como minerodutos, oleodutos,
gasodutos, adutoras, cabos de comunicação, atracadouros de embarcações,
tanques de abastecimento de combustíveis, como de gasolina, álcool e de óleo
diesel.
· Meios de transporte como trens, navios, automóveis, caminhões e ônibus.
· Estruturas metálicas sobre o solo, ou reas como torres de linhas de
transmissão de energia elétrica, postes de iluminação, linhas telefônicas, tanques
de armazenamento, instalações industriais, viadutos, passarelas e pontes.
· Equipamentos eletrônicos, torres de transmissão de estações de TV, repetidoras
de radar, antenas, etc.
24
As perdas econômicas que atingem essas atividades podem ser classificadas
em diretas e indiretas (Gentil, 2007):
· São perdas diretas: os custos de reposição de peças ou equipamentos que
sofreram corrosão, incluindo energia e mão-de-obra, os custos e a manutenção
dos processos de proteção catódica, recobrimento, pinturas, etc.
· São perdas indiretas: as paralisações acidentais; perda de produto, como perdas
de óleo, soluções, gás ou água através de tubulações corroídas até se fazer o
reparo; perda de eficiência, contaminação de produtos, superdimensionamento
nos projetos.
A avaliação da forma de corrosão auxilia no esclarecimento do mecanismo e
na aplicação e escolha do tipo de proteção anticorrosiva. As diferentes formas de
corrosão são classificadas em: uniforme, por placas, alveolar, puntiforme ou por pite,
intergranular (ou intercristalina), intragranular (ou transgranular ou transcristalina),
filiforme, por esfoliação, grafítica, dezincificação, empolamento pelo hidrogênio ou
em torno da solda, como mostrado na Figura 2.
Figura 2 - Formas de corrosão (Gentil, 2007)
De acordo com o seu tipo, a corrosão pode ser classificada em: eletroquímica,
química e eletrolítica (Merçon et al., 2004).
25
a) Corrosão eletroquímica
A corrosão eletroquímica é um processo espontâneo, passível de ocorrer
quando o metal está em contato com um eletrólito, onde acontecem
simultaneamente, reações anódicas e catódicas. É mais frequente na natureza e se
caracteriza por ocorrer necessariamente na presença de água, na maioria das vezes
à temperatura ambiente e com a formação de uma pilha de corrosão (Merçon et al.,
2004).
Exemplo de semi-reação anódica (oxidação):
Fe ® Fe
2+
+ 2 e
-
Exemplo de semi-reação catódica (redução):
H
2
O + ½ O
2
+ 2 e
-
® 2 OH
-
Neste processo, os íons Fe
2+
e OH
¯
acumulam-se em uma região
intermediária entre a anódica e catódica, e a combinação destes íons forma o
hidróxido ferroso.
Fe
2+
+ 2 OH
-
® Fe(OH)
2
Em meio com baixo teor de oxigênio, o hidróxido ferroso sofre a seguinte
transformação:
6 Fe(OH)
2
+ O
2
® 2 Fe
3
O
4
+ 6 H
2
O
Caso o teor de oxigênio seja elevado tem-se:
2 Fe(OH)
2
+ H
2
O + ½ O
2
® 2 Fe(OH)
3
2 Fe(OH)
3
® Fe
2
O
3
.H
2
O + 2 H
2
O
26
Assim, o produto final da corrosão, ou seja, a ferrugem consiste nas
substâncias Fe
3
O
4
(coloração preta) e Fe
2
O
3
.H
2
O de coloração alaranjado ou
castanho-avermelhada (Merçon et al., 2004).
b) Corrosão química
A corrosão química, conhecida como seca, por não necessitar de água,
corresponde ao ataque de um agente químico diretamente sobre o material, sem
ocorrer à transferência de elétrons de uma área para outra (Merçon et al., 2004). O
processo consiste em uma reação química entre o meio corrosivo e o material
metálico, resultando na formação de um produto de corrosão sobre sua superfície.
Um exemplo desse processo é a corrosão de zinco metálico em presença de
ácido sulfúrico.
Zn + H
2
SO
4
® ZnSO
4
+ H
2
c) Corrosão eletrolítica
A corrosão eletrolítica se caracteriza por ser um processo eletroquímico, que
ocorre com a aplicação de corrente elétrica externa, ou seja, trata-se de uma
corrosão não espontânea. Esse fenômeno é provocado por correntes de fuga,
também chamadas de parasitas ou estranhas, e ocorre com frequência em
tubulações de petróleo e de água potável, em cabos telefônicos enterrados, em
tanques de postos de gasolina, etc. Geralmente, esse fenômeno acontece pela
ausência de isolamento ou de aterramento adequado. Esses fenômenos ocorrem
onde a corrente escapa para o solo (Merçon et al., 2004).
2.2. A prevenção da corrosão
A corrosão sempre foi e sempre será um desafio para o homem. Quanto mais
a ciência evolui e a tecnologia avança, mais ela encontra espaço e maneiras de
estar sempre em nosso meio (Merçon et al., 2004).
27
Muitas vezes, a reposição de uma peça corroída inviabiliza a sua reposição
pelo seu alto custo. Dessa forma, é necessário o emprego de uma cnica
anticorrosiva para poder minimizar o impacto que a corrosão provoca. Os processos
mais utilizados para a prevenção da corrosão envolvem a proteção catódica ou
anódica, os revestimentos e os inibidores de corrosão (Merçon et al., 2004).
A proteção catódica é a técnica que transforma em uma pilha artificial a
superfície metálica que se deseja proteger, evitando dessa forma que a estrutura se
oxide e deteriore. É por essa técnica, que a proteção catódica utilizada em
tubulações enterradas para o transporte de água, petróleo e gás operam com
segurança (Guimarães et al., 2005).
A proteção anódica se baseia na formação de uma película protetora nos
materiais metálicos, por aplicação de corrente anódica externa. Entretanto, a
possibilidade do emprego da proteção anódica não é devidamente considerada
devido ao fato de as correntes anódicas aumentarem a taxa de dissolução do metal
(Gentil, 2007).
Os revestimentos protetores geralmente são aplicados sobre superfícies
metálicas formando uma barreira protetora, entre o metal e o meio corrosivo,
impedindo dessa forma que o material seja atacado pela corrosão. As tintas, como
as epoxídicas e o zarcão, são tipos de revestimentos utilizados na proteção de
tubulações industriais, grades e portões. A galvanização é um método também muito
utilizado para proteger alguns metais da corrosão, onde esses metais são revestidos
por outros mais nobres (Merçon et al., 2004).
Os inibidores de corrosão são substâncias ou misturas de substâncias, que
quando presente em concentrações adequadas no meio corrosivo, reduzem, evitam
ou impedem a corrosão. Substâncias com essas características têm sido muito
utilizadas como inibidores, sendo este método de aplicação um dos melhores para
minimizar o avanço gradativo da corrosão (Gentil, 2007). Para que a utilização dos
inibidores seja eficiente é preciso considerar, fundamentalmente, alguns aspectos. O
primeiro corresponde às causas da corrosão no sistema, o que leva a identificar os
problemas que podem ser solucionados com o emprego de inibidores. O segundo
aspecto é o custo da sua utilização, verificando se excede ou não o das perdas
originadas pela corrosão (Gentil, 2007).
Existem diversas classificações para os inibidores, sendo as principais
baseadas na composição e na atividade:
28
· Quanto à composição: inibidores orgânicos e inorgânicos.
· Quanto à reatividade: inibidores oxidantes, não-oxidantes, anódicos, catódicos e
de adsorção (Gentil, 2007).
Os principais inibidores de corrosão orgânicos são: ácido propargílico, amino-
tiazol, 3-amino-1,2,4-triazol, 3,5-diamino-1,2,3-triazol, 2-mercapto-benzo-oxazol, di-
o-toluil-uréia e tiol-triazol (Gentil, 2007).
A eficiência de um inibidor de corrosão pode ser determinada pela equação
(Gentil, 2007):
0
0
100
C
CS
Eficiência .
-
=
Onde: Eficiência: eficiência de inibição (%);
S: taxa de corrosão sem uso de inibidor;
C: taxa de corrosão com uso de inibidor.
Sendo a taxa de corrosão expressa em medida de perda de espessura ou de
perda de massa por área superficial, por unidade de tempo.
2.3. Substâncias orgânicas como inibidores de corrosão
Algumas substâncias orgânicas são reconhecidas como bons inibidores de
corrosão para vários metais e ligas. No mercado, os inibidores de corrosão
orgânicos são de uma forma geral, sólidos ou líquidos dissolvidos em solventes
apolares com alto grau de toxicidade, como é o caso do benzeno (o mais xico),
tolueno ou querosene (Gentil, 2007).
Para um dado metal, a eficiência do inibidor depende da estabilidade do
complexo formado e da presença de centros ativos em sua molécula, que sejam
capazes de formar ligações com a superfície do metal via transferência de elétron.
Geralmente, uma forte ligação coordenada resulta em uma alta eficiência na inibição
(Wahbi et al., 2007). Não as substâncias orgânicas, como também os inibidores
29
anódicos devem ser utilizados em uma quantidade necessária a uma concentração
crítica em solução, acima da qual ocorrerá inibição. Se a concentração do inibidor for
abaixo dessa concentração crítica, o produto insolúvel não protegerá toda a
superfície do material, facilitando o ataque do meio corrosivo (Gentil, 2007). Em
geral, a adsorção de um inibidor na superfície do metal, depende da natureza e da
carga da superfície, do modo de adsorção, da estrutura química e do tipo de solução
eletrolítica (Wahbi et al., 2007).
A indústria do petróleo é um dos setores onde há grande incidência de
problemas associados a processos de corrosão, que podem ocorrer nas etapas de
extração do óleo e do gás, durante o transporte, em operações de refino e, também,
na estocagem dos produtos finais (Cardoso et al., 2005). No que se refere à etapa
de extração, destaca-se a operação de acidificação (acidificação de matriz),
realizada com o objetivo de promover a estimulação de poços de petróleo. Essa
estimulação deve-se à formação de depósito de substâncias sólidas que obstruem
parcialmente os espaços porosos e canais de matriz rochosa, diminuindo assim a
capacidade de produção do poço (Cardoso et al., 2005; Fink, 2003).
Na acidificação da matriz, uma solução ácida é usada para dissolver
parcialmente os minerais presentes na formação rochosa, recuperando ou
aumentando a permeabilidade da estrutura. O ácido clorídrico (HCl) em
concentração entre 15 e 28% (m/v) é usualmente empregado quando na presença
de rochas carbonáticas, sendo a mistura de HCl a 12% (m/v) e HF a 3% (m/v)
empregada em rochas contendo silicatos (Cardoso et al., 2005).
Consequentemente, o uso de inibidores de corrosão específicos é essencial
para preservação da integridade dos poços. O inibidor de corrosão deve ser eficiente
na proteção de todas as ligas com as quais o fluído entra em contato, garantindo um
valor limite de taxa de corrosão que não implique em dano significativo aos
componentes metálicos que integram a estrutura do poço. Um dos valores limites,
sugeridos pela literatura, situa-se em torno de 200 milésimos de polegada ao ano
(mils/ano), correspondendo a uma perda de espessura de 5,0 mm/ano, quando a
corrosão for de morfologia exclusivamente uniforme, e de 100 mils/ano,
correspondente a 2,5 mm/ano, quando a morfologia do processo corrosivo
apresentar componentes de corrosão localizada (Cardoso et al., 2005).
Cinco substâncias orgânicas comumente aplicadas como indicadores ácido-
base: fenolftaleína, fluoresceína, azul de metileno, alizarina S e alaranjado de metila,
30
foram avaliadas como potenciais inibidores de corrosão para o aço carbono UNS-
G4130, em solução de HCl a 15% (m/v). A eficiência de inibição desses indicadores
é mostrada na Tabela 1.
Tabela 1 - Taxa de corrosão para aço-carbono UNS-G4130 a 26°C em HCl 15%
(m/v) na ausência e na presença de substâncias indicadoras ácido-base
(2% m/v) (Cardoso et al., 2005)
Substância
Taxa de corrosão
(mils/ano)
Branco
1573
Alaranjado de metila 180
Alizarina S 328
Azul de metileno 276
Fenolftaleína 1137
Fluoresceína 102
Devido à baixa solubilidade em meio aquoso, os ensaios de perda de massa
a 60ºC foram realizados empregando-se apenas alaranjado de metila e fluoresceína.
Nessa nova condição de teste, nenhuma das condições apresentou taxa de
corrosão abaixo de 200 mils/ano, como mostrado na Tabela 2 (Cardoso et al., 2005).
Tabela 2 - Taxa de corrosão para aço carbono UNS-G4130 a 60°C em HCl 15%
(m/v) na presença de 2% (m/v) de alaranjado de metila ou fluoresceína
(Cardoso et al., 2005)
Substância
Taxa de corrosão
(mils/ano)
Branco
4800
Alaranjado de metila 769
Fluoresceína 217
O valor de 217 mils/ano obtido para taxa de corrosão em presença da
fluoresceína está próximo ao limite de aceitação, de modo que algumas
considerações devem ser levantadas, visando otimizar sua eficiência. Devido à
baixa solubilidade da fluoresceína em meio aquoso, uma etapa inicial de
solubilização em etanol foi testada, como mostrado na Tabela 3, assim como a
31
adição de formaldeído (0,6% m/v), apresentando um maior potencial de inibição do
processo corrosivo (Cardoso et al., 2005).
Tabela 3 - Taxa de corrosão para o aço carbono UNS-G4130 a 60°C em HCl 15%
(m/v) na presença de fluoresceína, etanol e formaldeído (Cardoso et al.,
2005)
Solução
Taxa de corrosão
(mils/ano)
Eficiência
(%)
Fluoresceína 1% (m/v) + etanol 182 96
Fluoresceína 1% (m/v) +
formaldeído 0,6% (m/v)
140 97
Fluoresceína 1% (m/v) + etanol +
formaldeído 0,6% (m/v)
143 97
Não esses indicadores orgânicos mostraram elevada eficiência na ação
contra a corrosão, como também várias outras substâncias orgânicas desempenham
um papel significante nos processos anticorrosivos.
Bons resultados na inibição contra a corrosão do cobre foram obtidos quando
se utilizou o 3-mercapto-propil-metoxi-silano (MPS) a uma concentração entre
1,0.10
-8
M e 1,0.10
-1
M. O eletrodo de cobre foi inserido em uma solução etanólica
de MPS por 30 min, para um pré-tratamento, e em seguida foi exposto a solução de
KCl 0,1 M por 1 h. Essa pesquisa feita por Tremont e colaboradores (2000) mostrou
que a concentração ideal para inibir o ataque da corrosão na superfície do cobre, a
temperatura ambiente, foi de 1,0.10
-4
M.
Sais de amônio quaternário têm sido largamente utilizados na prevenção
contra a corrosão de metais em meio ácido. Sua ação protetora se deve a carga
positiva do átomo de nitrogênio e a interação dos elétrons p do sistema aromático
com o metal. Essa atividade inibidora também foi demonstrada por algumas
substâncias carboniladas contendo radicais alquenila e sais de amônio quaternário
em sua estrutura química, cuja adsorção na superfície do metal envolve tanto os
átomos de oxigênio, quanto as insaturações ao longo da cadeia. A Figura 3 mostra a
síntese de um desses sais de amônio quaternário (Pisanenko & Pogrebova, 2002).
32
Cl
Cl
AlCl
3
O
Cl
N
O
N
O
Cl
Figura 3 - Síntese de sais de amônio quaternário (Pisanenko & Pogrebova, 2002)
Um complexo de ftalocianina com cobre também foi avaliado como inibidor de
corrosão para ambientes ácidos. O metal que foi empregado nesse estudo foi o aço
de alta resistência e baixa liga (HSLA) que é habitualmente usado em atmosferas
poluentes e em ambientes onde o intemperismo é mais intenso. Nessa investigação
verificou-se que essa substância agiu como eficiente inibidor anticorrosivo para o
sistema sob estudo. A alta eficiência desse complexo na superfície do metal foi
atribuída ao par de elétrons livres do heteroátomo presente na estrutura (Aoki et al.,
2002).
Bastidas e colaboradores (1997) estudaram a influência de grupos alquílicos
em n-alquil-aminas na inibição da corrosão do aço, bem como o mecanismo desse
processo. Esses pesquisadores mostraram que o grupo butila possui boas
propriedades para atuar na inibição da corrosão desse metal em meio ácido. Foi
verificado que aminas de menor massa molecular não são boas inibidoras da
corrosão e que para aminas aromáticas a substituição de hidrogênios do anel por
grupos do tipo −NH
2
, −NO
2
, −CHO ou −COOH acarretam em uma melhora
significativa da eficiência de inibição.
Os heterocíclicos são reconhecidos como eficientes inibidores de corrosão de
vários metais em diferentes meios corrosivos.
Wahbi e colaboradores (2007) avaliaram a ação inibidora de corrosão do
3-amino-1,2,4-triazol (ATA) e do 3-tiol-1,2,4-triazol (TAS) (Figura 4). Essas
substâncias contêm grupos do tipo amina (NH
2
) e tiol (SH), respectivamente, que
favorecem a formação de um filme protetor na superfície do material. Sherif e
colaboradores (2007) obtiveram bons resultados ao testarem o 5-fenil-3-tiol-1,2,4-
triazol (PTAT) (Figura 4) como inibidor de corrosão para o cobre, em ensaio estático
e sob agitação, em uma solução de NaCl a 3,5%, simulando um ambiente marinho.
33
N
N
N
H
H
TA
N
N
N
H
NH
2
A
T
A
DTA
N
N
N
H
NH
2
H
2
N
N
N
N
H
SH
TAS
N
N
N
H
SH
PTAT
Figura 4 - Estruturas químicas de triazóis empregados como inibidores de corrosão:
1,2,4-triazol (TA); 3-amino-1,2,4-triazol (ATA); 3,5-diamino-1,2,4-triazol
(DTA); 3-tiol-1,2,4-triazol (TAS); 5-fenil-3-tiol-1,2,4-triazol (PTAT) (Wahbi
et al., 2007; El Issame et al., 2007; Hammouti et al., 2007; Sherif et al.,
2007)
O efeito de inibição do TA, ATA e 3,5-diamino-1,2,4-triazol (DTA) (Figura 4),
sobre a corrosão de ligas de Cu/Zn 70:30 em meio ácido foi estudado e resultados
satisfatórios foram alcançados (El Issame et al., 2007). A eficiência de inibição de
corrosão desses heterocíclicos foi avaliada em função da sua estrutura química. O
átomo de hidrogênio ligado ao carbono na posição 3 do anel do TA foi substituído
por um grupo amina (NH
2
), originando a substância ATA. Esse por sua vez, teve seu
hidrogênio ligado ao carbono na posição 5 substituído por outro grupo amina,
obtendo-se o DTA. Foi verificado que a introdução desses grupos aminas melhorou
a eficiência de inibição dos heterocíclicos.
Além do ATA e do DTA, o pirazol, também inibiu a corrosão do cobre em
solução de HCl a 0,1 M em várias temperaturas. O uso do cobre em ensaios de
corrosão está diretamente relacionado às suas boas propriedades mecânicas e à
excelente condutividade elétrica (Hammouti et al., 2007).
Estudos mostraram que a eficiência de heterocíclicos como inibidores de
corrosão está baseada na sua ação quelante e à formação de um filme adsorvido à
superfície do metal, servindo como uma barreira e prevenindo a corrosão. Entre as
moléculas com essas características se destacam: o benzotriazol, benzil-imidazol e
os tetrazóis. O fator negativo verificado nessas substâncias é a perda da eficiência
frente a altas temperaturas devido à evaporação (Chang et al., 2001).
Segundo Qafsaoui e colaboradores (2000), o benzotriazol (BTAH) é bem
conhecido pela sua ação inibidora para o cobre e suas ligas. A molécula de
benzotriazol age por meio de um complexo [Cu
+
−BTA
-
]
n
envolvendo a ligação Cu−N
para a formação de um filme insolúvel. Mas, para esses autores, a formação desse
34
filme ocorre em uma superfície limpa. Substâncias do tipo bi-triazol e amino-
triazol também podem ser utilizadas na presença de soluções de cloretos e ligas de
cobre-níquel. Essas pesquisas indicaram que o amino-triazol foi o melhor inibidor
nos testes realizados.
Dermaj e colaboradores (2007) desenvolveram um estudo sobre a inibição da
corrosão no bronze (Cu/Sn 8:92) por um derivado de triazol, o 3-fenil-5-tione-1,2,4-
triazol (Figura 5) em uma solução de NaCl a 3%, obtendo bons resultados.
Figura 5 - Estrutura química do inibidor de corrosão 3-fenil-5-tione-1,2,4-triazol
(Dermaj et al., 2007)
Na literatura existem trabalhos relatando que heterocíclicos que contêm tanto
átomos de nitrogênio e enxofre em sua estrutura química são os mais eficazes na
eficiência da inibição da corrosão do que aqueles que apresentam somente
nitrogênio ou enxofre. Quraishi e Sardar (2003) investigaram a ação anticorrosiva de
tiadiazolinas na proteção de aço imerso em soluções aquosas de HCl 1 M e de
H
2
SO
4
0,5 M. Dentre as tiadiazolinas estudadas destacam-se: 3-anilino-5-imino-4-
fenil-1,2,4-tiadiazolina (AIPT), 3-anilino-5-imino-4-tolil-1,2,4-tiadiazolina (AITT) e
3-anilino-5-imino-4-(4’-cloro-fenil)-1,2,4-tiadiazolina (AICT). A Figura 6 mostra as
estruturas químicas dessas tiadiazolinas.
Outros diferentes heterocíclicos foram avaliados por Müller e Kubitzki (2000)
como inibidores de corrosão para o zinco em meio alcalino. Segundo esses
pesquisadores os inibidores mais eficientes foram: 1-H-benzotriazol, 2-(5-amino-
pentil)-benzoimidazol, 2-mercapto-benzo-oxazol, 2-5-dimercapto-1,3,4-tiadiazol,
2-mercapto-benzotiazol e o ácido 2-mercapto-benzotiazoil-succínico.
35
Figura 6 - Estruturas químicas de tiadiazolinas empregadas como inibidores de
corrosão: 3-anilino-5-imino-4-fenil-1,2,4-tiadiazolina (AIPT), 3-anilino-5-
imino-4-tolil-1,2,4-tiadiazolina (AITT) e 3-anilino-5-imino-4-(4’-cloro-
fenil)-1,2,4-tiadiazolina (AICT) (Quraishi & Sardar, 2003)
1-Fenil-5-mercapto-1,2,3,4-tetrazol (PMT) também foi estudado na inibição da
corrosão do cobre em solução de HNO
3
a 0,1 M, em comparação com: 1,2,3,4-
tetrazol (TTZ), 5-amino-1,2,3,4-tetrazol (AT), e 1-fenil-1,2,3,4-tetrazol (PT) (Figura 7).
As amostras de cobre usadas nesses ensaios foram analisadas quanto à presença
de outros metais como: Zn (0,04%), Fe (0,03%) e Al (0,03%). Todos os
experimentos foram realizados por 72 h, sendo usada a concentração 0,001
M para
os inibidores de corrosão (Mihit et al., 2006). A Tabela 4 mostra as taxas de corrosão
determinadas nesse estudo.
Figura 7 - Estruturas químicas de tetrazóis estudados como inibidores de corrosão:
1,2,3,4-tetrazol (TTZ); 5-amino-1,2,3,4-tetrazol (AT); 1-fenil-1,2,3,4-
tetrazol (PT); 1-fenil-5-mercapto-1,2,3,4-tetrazol (PMT) (Mihit et al., 2006)
36
Tabela 4 - Taxa de corrosão de HNO
3
a 0,1 M sobre cobre após 72 h a 25ºC na
ausência e na presença de tetrazóis (0,001 M) e eficiência de inibição
(Mihit et al., 2006)
Inibidor de corrosão
Taxa de corrosão
(µg. h
-1
.
cm
-2
)
Eficiência
(%)
Branco
3,65
-
1,2,3,4-Tetrazol (TTZ) 2,50 31,5
5-Amino-1,2,3,4-tetrazol (AT) 1,51 56,4
1-Fenil-1,2,3,4-tetrazol (PT) 0,20 94,5
1-Fenil-5-mercapto-1,2,3,4-tetrazol (PMT) 0,09 97,5
Segundo Mihit e colaboradores (2006), a eficiência da inibição de corrosão
dos tetrazóis seguiu a sequência: TTZ < AT < PT < PMT. A eficiência da inibição de
corrosão do PMT diminuiu quando a temperatura aumentou de 25 a 50°C. Foi
observado também que a taxa de corrosão e a eficiência de inibição dependeu do
tempo de imersão.
Substâncias à base de imidazol e seus derivados também têm sido utilizados
como eficientes inibidores de corrosão para o cobre e suas ligas. Os derivados do
imidazol inibem a adsorção do oxigênio do ar na superfície do cobre, através de um
complexo formado entre a superfície do metal e o nitrogênio presente no anel do
imidazol (Kim & Jang, 1998). Lisac e colaboradores (1999) avaliaram a eficiência de
derivados do imidazol como inibidores de corrosão atmosférica. Esses inibidores
foram testados para cobre na indústria de eletrônicos, e em particular, em processos
tecnológicos para confecção de placas de circuitos impressos. Os inibidores
avaliados foram: 5-hidroxi-4-metil-imidazol (HI), 5-(hidroxi-metil)-4-metil-imidazol
(HMI) e 5-acetil-4-metil-imidazol (CEI) (Figura 8). Baixos valores da energia livre da
adsorção de imidazol, em uma faixa de -14 a -16 KJ.mol
-1
, indicaram que essas
moléculas são fisicamente adsorvidas na superfície do cobre.
Popova e colaboradores (2007) testaram derivados do benzimidazol dentre
alguns heterocíclicos como inibidores de corrosão de aço-carbono em solução de
HCl 1 M. Dentre os heterocíclicos estudados podem ser citados: indol, benzimidazol,
1-benzotiazol, benzotriazol e 2,1,3-benzotiadiazol. Bons resultados foram obtidos
para a maioria dos heterocíclicos utilizados.
37
N
N
H
HO
N
N
H
HO
N
N
H
O
O
HMI
HI
CEI
Figura 8 - Estruturas químicas de alguns imidazóis substituídos estudados como
inibidores de corrosão: 5-hidroxi-4-metil-imidazol (HI); 5-(hidroxi-metil)-4-
metil-imidazol (HMI); 5-acetil-4-metil-imidazol (CEI) (Kim & Jang, 1998;
Lisac et al., 1999)
Em um estudo recente, o imidazol foi testado como inibidor de corrosão para
o cobre em uma solução de HCl 0,1 M, empregando-se curvas de polarização
(Issame et al., 2007). Esse estudo revelou a formação do CuCl cristalizado na
superfície do cobre em ausência de inibidor. A presença de CuCl retardou o
fenômeno da quimissorção do imidazol testado.
Zhang e colaboradores (2003) estudaram a ação do 2-mercapto-benzil-
imidazol (MBI) e KI na inibição da corrosão em uma solução aerada de H
2
SO
4
0,5 M.
Nesse estudo verificou-se que a eficiência melhorou com o aumento da
concentração de MBI, chegando a uma eficiência de inibição de 74,2%. Entretanto,
quando o MBI e íons iodeto foram usados juntos para prevenir a corrosão na
solução ácida, a eficiência alcançou 95,3%. O efeito sinérgico foi atribuído à
adsorção dos ânions iodeto na superfície do cobre, que então facilitou a adsorção do
MBI e a formação de um filme protetor. A estrutura química do 2-mercapto-benzil-
imidazol é mostrada na Figura 9.
Figura 9 - Estrutura química do inibidor de corrosão 2-mercapto-benzil-imidazol
(MBI) (Zhang et al., 2003)
Outros pesquisadores testaram substâncias orgânicas do tipo triacetoxi-vinil-
silano e trietoxi-silano como precursores para o tratamento de superfície de alumínio
38
e cobre em meio aquoso. Para melhorar a resistência à corrosão desses metais
foram usados agentes à base de silano no preparo de uma solução com efeitos
anticorrosivos. Esses pesquisadores também estudaram ação anticorrosiva do
trietoxi-silano e verificaram que os grupos vinil-hidrofóbicos não demonstraram muita
eficiência de inibição, como o triacetoxi-vinil-silano (Li et al., 2008).
Heterocíclicos com enxofre em sua estrutura química como 2,5-dimercapto-
1,3,4-tiadiazol foram recomendados para a inibição da corrosão de alguns metais
galvanizados como o aço (Müller & Kubitzki, 2000).
Alguns derivados de tiazol foram testados como inibidores de corrosão para o
aço carbono em meio de HCl a 2 M. O desempenho de alguns cátions (Cu
2+
, Ni
2+
,
Co
2+
e Ca
2+
) na inibição da corrosão do aço carbono e seus efeitos sinégicos
também foram avaliados (Al Sarawy et al., 2008).
Raicheva e Sokolova (2006) estudaram a eficiência de inibição de algumas
substâncias das classes dos azóis e aminas, utilizados para bronze em uma solução
de HCl a 1 M. Durante os últimos anos, esses pesquisadores investigaram a ação
anticorrosiva de mais de 60 substâncias, que foram sintetizadas com esse propósito.
As substâncias investigadas incluem aminas, diazóis, cátions de amônio quaternário,
compostos contendo enxofre e oxigênio, quinonas e quinolinas.
Popova e colaboradores (2007) avaliaram a eficiência de inibição do brometo
de amônio quaternário de heterocíclicos nitrogenados para o aço em solução HCl e
H
2
SO
4
a
1 M, obtendo bons resultados. A eficiência dos heterocíclicos na inibição foi
melhorada predominantemente pelo aumento da área superficial molecular e por
posições específicas dos grupos substituintes na estrutura molecular. As
propriedades de adsorção também são função da estrutura eletrônica molecular.
2.4. Polímeros heterocíclicos
Polímeros heterocíclicos incluem uma grande variedade de materiais, desde
simples polímeros lineares, preparados a partir de monômeros do tipo heterocíclicos
vinílicos, até polímeros altamente funcionalizados e reticulados, em que o
heterocíclico foi gerado durante a polimerização ou reação de reticulação.
Tecnicamente, polímeros heterocíclicos são quaisquer macromoléculas que contêm
39
unidades heterocíclicas repetidas na cadeia principal, na cadeia lateral ou na
terminação do polímero. A síntese desses polímeros heterocíclicos pode ser dividida
em três categorias: a partir de monômeros heterocíclicos; quando os grupos
heterocíclicos se formam durante a polimerização ou quando esses grupos são
produzidos por uma modificação química (Katritzky & Rees 1984 a, 1984b).
Nos anos 60, polímeros heterocíclicos aromáticos foram introduzidos na
indústria aeroespacial devido à estrutura rígida conjugada com alta temperatura de
transição vítrea (Tg) e ligações fortes, produzindo boa resistência em ambientes que
necessitam de uma alta estabilidade (Sillion, 1999).
Em geral, os polímeros heterocíclicos o materiais de alta performance que
se destacam por serem usados em ambientes onde ocorre troca de temperatura
brusca, mantendo a integridade estrutural e excelente combinação das propriedades
química, física e mecânica (Hamciuc et al., 2006).
De acordo com Annand e colaboradores (1970), alguns polímeros
heterocíclicos vinílicos podem ter na cadeia principal, um grupo pendente do tipo
imidazol, tetrazol, triazol ou 2-oxazolina, dentre outros heterocíclicos. Esses
poli(vinil-heterocíclicos) podem ser obtidos pela modificação química da
poliacrilonitrila em uma reação de ciclização do grupo ciano com uma molécula
difuncional, como mostrado na Figura 10.
CN
n
H
2
N
NH
2
m
N
N
H
Figura 10 - Reação de modificação química da poliacrilonitrila com etilenodiamina
gerando um poli(vinil-imidazol) (Annand et al., 1970)
Outra rota para produzir esses polímeros é pela reação de modificação
química da poliacrilonitrila com uma cíclico-amidina, formando a poliamina, que é
capaz de gerar um imidazol ou uma tetra-hidropiramidina (Annand et al., 1970).
O poli(vinil-imidazol) (PVI) é um polímero fácil de trabalhar devido a sua
estrutura química e a uma síntese relativamente simples. O ponto negativo do PVI e
de outros imidazóis é que são sensíveis à umidade. Para evitar esse inconveniente
40
foi desenvolvido o copolímero de vinil-imidazol-trimetoxi-silano modificado, que é
mais resistente a esse tipo de intempérie. Além disso, esse copolímero pode ser
aplicado como cobertura anticorrosiva, agente de cura, resina de troca iônica e
sensor de umidade (Chang et al., 2001).
2.5. Polímeros inibidores de corrosão
Assim como as substâncias orgânicas não poliméricas, alguns polímeros
heterocíclicos podem ser utilizados como eficientes inibidores de corrosão.
O emprego de polímeros contendo anéis heterocíclicos pendentes em sua
cadeia principal se baseia nas propriedades específicas do heterocíclico e na
possibilidade da interação deste com outros grupos reativos presentes em outras
moléculas, levando as aplicações em várias áreas, inclusive como inibidores de
corrosão. O uso de polímeros como inibidores de corrosão é uma área que
recentemente vem recebendo muita atenção.
Polímeros contendo o grupo funcional 2,5-diamino-1,4-benzoquinona vêm
despertando muito interesse para aplicação como inibidores por apresentar uma
forte afinidade com a superfície do metal e por proteger o metal contra a corrosão
(Han et al., 2000). O efeito da inibição foi atribuído à abundância dos elétrons p e os
elétrons presentes no átomo de nitrogênio, que podem interagir com os orbitais d do
metal para formar a ligação coordenada. A Figura 11 mostra a síntese do monômero
diamino-amina-quinona.
Figura 11 - Síntese do monômero diamino-amina-quinona (Han et al., 2000)
41
Uma outra classe de polímeros utilizados como inibidores de corrosão são as
poli-imidas aromáticas que têm sido desenvolvidas desde 1960, e têm atraído
grande interesse científico por ser um polímero que apresenta uma alta
performance, excelente estabilidade térmica, boas propriedades mecânicas e
elétricas (Han et al., 2000).
Kim e Jang (2000) avaliaram a eficiência de poli-imidas modificadas com
silanos, usadas como inibidores anticorrosivos para cobre. As poli-imidas podem ser
aplicadas em microcircuitos eletrônicos e em compósitos. Esses polímeros também
oferecem alta estabilidade térmica, boas propriedades mecânicas, baixa absorção
de umidade, baixa constante dielétrica e boa resistência química.
Outros dois polímeros hidrossolúveis que foram estudados como inibidores de
corrosão foram: o poli(álcool vinílico) e o poli(glicol etilênico). Esses polímeros foram
utilizados como inibidores de corrosão para aço, em uma solução de H
2
SO
4
entre
30-60°C. Verificou-se que a eficiência de inibição cresceu com o aumento da
concentração do polímero no meio e da temperatura de ensaio (Wei et al., 1995). O
mecanismo de inibição foi elucidado por meio de ensaios eletroquímicos, como a
polarização e espectroscopia de impedância. O uso de polímeros solúveis como
inibidores de corrosão tem sido alvo de atenção por apresentarem baixo custo e
serem estáveis para materiais metálicos em ambiente ácido.
Novos polímeros-amida, com grupos ricos em elétrons, têm sido preparados e
avaliados como inibidores de corrosão para a proteção do aço, como por exemplo,
polímeros de o-, m- e p-itaconil-fenileno-amida, polímero de itaconil-o-tolidina-amida
e polímero de maleil-fenileno-amida. Os polímeros não tóxicos com grupos amida
foram obtidos e incorporados em formulações de tintas, agindo como inibidores de
corrosão para o aço (Youssef, 2004).
em outros estudos realizados por Ozyilmaz e colaboradores (2008)
avaliou-se a aderência de filmes de poli(o-anisidina) em ligas de Cu/Zn, contendo
0,1 M de o-anisidina em uma solução de oxalato de sódio. Suas propriedades
anticorrosivas foram investigadas por técnicas espectroscópicas de impedância,
polarização anódica e por curva de potencial de circuito aberto em uma solução
contendo 3,5% de NaCl.
Outros polímeros que também foram avaliados como inibidores de corrosão
foram: poli(vinil-imidazol), poli(vinil-pirrolidona), poli(4-vinil-piridina), polietilenoimina,
42
poliamina alifática, poli(vinil-piridina) e polianilina (Umoren et al., 2006 & Abed et al.,
2001).
Dentre esses se destaca a polianilina, que apresenta boas propriedades
eletroquímicas e excelente condutividade elétrica. Na literatura, há vários relatos dos
efeitos da polianilina eletroativa contra a corrosão.
Segundo Popovic e Grgur (2004) a polianilina apresentou bons resultados na
proteção anticorrosiva do aço em soluções aquosas de H
2
SO
4
ou NaCl, ambas na
concentração de 0,5 M. Suas propriedades de resistência mecânica, condutividade
elétrica e de estabilidade elétrica fazem desse polímero um bom material para ser
utilizado em diversas aplicações como: baterias recarregáveis, displays eletrônicos,
sensores eletroquímicos e capacitores, além de serem protetores corrosivos
eficientes.
Bhandari e colaboradores (2008) estudaram o uso de copolímeros
derivados da polianilina e da poli(2-isopropil-amina) como inibidores de corrosão. A
pesquisa relatou o efeito sinérgico de grupos substituintes como o isopropil, sendo
também avaliadas as propriedades elétricas e térmicas do material. A presença de
substituinte afetou não somente o comportamento redox eletroquímico da polianilina,
como também, as propriedades óptica e eletrônica. Pelos resultados dessa pesquisa
verificou-se que tanto os homopolímeros como os copolímeros apresentaram uma
eficiência na inibição de 69 a 80%, dependendo da composição do copolímero.
O poli(N-vinil-imidazol) e o poli(5-vinil-imidazol) (Figura 12) o descritos na
literatura como dois novos agentes anticorrosivos poliméricos utilizados para
proteger o cobre (Eng & Ishida, 1986). Esses dois polímeros demonstraram ser
muito eficientes na ação corrosiva, principalmente a altas temperaturas. Uma das
vantagens de se utilizar esses polímeros é que eles são solúveis em água e fáceis
de aderir na superfície do metal.
N
n
N
n
N
N
H
poli(N-vinil-imidazol)
poli(5-vinil-imidazol)
Figura 12 - Estruturas químicas dos poli(vinil-imidazóis) (Eng & Ishida, 1986)
43
Segundo Kim e colaboradores (1997), o poli(vinil-imidazol) (PVI) evitou a
oxidação da superfície do cobre em temperaturas acima de 200ºC. Para
complementar esse estudo, uma substância com grupos silano foi utilizada como
agente de acoplamento no poli(vinil-imidazol) para melhorar a adesão entre o filme
polimérico e a superfície do cobre (Jang et al., 1995).
Kim e Jang (1998) investigaram o efeito da composição de copolímeros de
vinil-silano modificados com poli(vinil-imidazol) na proteção contra a corrosão do
cobre a altas temperaturas. Bons resultados também foram obtidos quando esses
pesquisadores avaliaram o copolímero de vinil-imidazol e vinil-trimetoxi-silano como
inibidores de corrosão e como promotores de adesão para o cobre. As razões
molares empregadas para os respectivos copolímeros foram: 100:0, 70:30, 30:70 e
0:100, sendo que o copolímero produzido com a razão molar em 30:70 se mostrou o
mais eficiente (Kim e Jang, 2000).
Merece também destaque o efeito dos biopolímeros utilizados como eficientes
inibidores contra a corrosão. A quitosana, um derivado da quitina, é um
polissacarídeo da acetilamina, que está presente no exoesqueleto do corpo e no
apêndice de artrópodes e moluscos. A quitosana é largamente usada na indústria
devido à sua formação como filme de características gelatinosas, prevenindo a
corrosão. Estudos demonstraram que esses biopolímeros apresentaram valores de
inibição de corrosão de 20 a 93% (Waanders et al., 2002).
Recentemente Costa (2007) mostrou a ação anticorrosiva de poli[acrilonitrila-
co-(5-vinil-tetrazol)] na proteção de aço-carbono em meio ácido (HCl 10% - m/v), que
alcançou uma eficiência de inibição de até 80%.
2.6. Polímeros contendo anéis 2-oxazolínicos
As oxazolinas estão entre os mais versáteis sistemas heterocíclicos
conhecidos. Oxazolinas são compostos heterocíclicos de 5 membros derivados do
1,3-oxazol, tendo em sua estrutura química um átomo de nitrogênio, um de oxigênio
e uma ligação dupla. A posição dessa ligação dupla pode variar, gerando três
diferentes sistemas oxazolínicos, como mostrado na Figura 13 (Oliveira et al., 1999).
44
N O
N O
N O
H
2-oxazolina
3-oxazolina
4-oxazolina
Figura 13 - Fórmulas estruturais das oxazolinas (Frump, 1971; Guimarães, 1995)
Entre as oxazolinas, as 2-substituídas o os monômeros mais importantes.
As 2-oxazolinas podem reagir com grupos do tipo ácido carboxílico, anidridos,
aldeídos, epóxidos, aminas, hidróxidos dentre outros. Entretanto, apresentam baixa
reatividade frente a reagentes de Grignard, hidreto de alumínio e lítio; se oxidam
com trióxido de crômio, meio básico e levemente ácido. Baseado em sua atividade
química, matrizes poliméricas com 2-oxazolina são largamente usadas (Cao et al.,
2008).
A 2-oxazolina é conhecida desde 1884 e seu método de preparação mais
simples envolve a reação entre um ácido carboxílico e um β-amino-álcool sob
aquecimento e remoção de água. Pelo fato de trabalhar com altas temperaturas,
essa rota sintética apresenta muitas limitações, como no caso de amino-álcoois mais
voláteis ou funções químicas mais sensíveis a temperaturas elevadas. Dessa forma
utiliza-se uma rota sintética que parte de nitrilas como mostrado na Figura 14.
Figura 14 - Síntese da 2-fenil-2-oxazolina a partir da benzonitrila (Guimarães, 1995)
As 2-oxazolinas possuem várias aplicações comerciais, tais como:
revestimento de superfícies, agentes de superfície ativa, inibidores de corrosão,
anestésicos, agentes terapêuticos, agentes antiespuma, lubrificantes e
condicionadores para fibras têxteis, fármacos, adesivos, sensibilizadores
fotográficos, reguladores de crescimento de plantas, ingrediente na preparação de
cosméticos, tintas acrílicas e plastificantes (Frump, 1971; Guimarães, 1995).
45
A 2-heptadecenil e a 2-hepta-decil-4-4-bis-(hidroxi-metil)-2-oxazolina, na
concentração de 100 ppm, se mostraram eficientes inibidores em ensaios de
corrosão estáticos para o ferro em uma solução de HCl 2 M (Frump, 1971).
A combinação de 4,4-dimetil-2-heptadecenil-2-oxazolina e fosfato de dilaurila
com sulfonato de dio evitaram incrustações no aço, em atmosfera úmida ou água
salina. Produtos com excelente ação inibidora contra a corrosão de metais foram
obtidos pelo tratamento de uma 2-alquil-2-oxazolina com CrO
3
. Sais de ácidos
orgânicos constituídos de 2-oxazolina formam um filme protetor contra a corrosão do
aço-carbono e o ferro (Frump, 1971).
Saddys e colaboradores (2003) avaliaram a inibição da corrosão utilizando
três diferentes 2-oxazolinas: a 2-benzil-4-4-di-hidroxi-metil-2-oxazolina, 2-hepta-
decenil-4-4-bis-(estearoil-oxi-metil)-2-oxazolina e 2-hepta-decenil-4-4-di-hidroxi-metil-
2-oxazolina. Essas oxazolinas foram dissolvidas em óleo a 70ºC em diferentes
concentrações. Os resultados mostraram que o 2-hepta-decenil-4-4-di-hidroximetil-2-
oxazolina em 1% em peso, obteve o melhor resultado como inibidor de corrosão do
aço. Isto ocorreu devido aos grupos oxazolínicos e os dois grupos hidroxi-metil que
foram capazes de formar um filme protetor por adsorção na superfície do metal.
A versatilidade das 2-oxazolinas 2-substituídas permite a síntese de uma
variedade de macromoleculas como: homopolímeros, copolímeros e polímeros
funcionalizados.
É relatada na literatura a síntese e a caracterização de uma grande variedade
de poli(2-oxazolinas) (Kempe et al., 2009). Técnicas de polimerização como
polimerização catiônica e aniônica viva, e radicalar possibilitam a preparação de
polímeros com composição definida e distribuição de massa molecular estreita, além
de permitir obter diferentes arquiteturas como: a linear, a em estrela e a produção de
diferentes copolímeros grafitizados.
A poli(2-vinil-2-oxazolina) é um polímero amorfo, que exibe boa solubilidade
tanto em solventes orgânicos como em água. O material também apresenta
excelente estabilidade rmica, é de fácil obtenção, baixa toxicidade, além de ser
miscível com outros termoplásticos usuais (Sung & Lee, 2001).
Formulações à base de poli(2-vinil-2-oxazolina) foram testadas com bom
desempenho na inibição da corrosão de aço-carbono, imerso em soluções salinas
contendo H
2
S e CO
2
(Jones & Asperger, 1979).
46
Ensaios preliminares, realizados por Guimarães e colaboradores (1993 a,
1993 b, 1995) mostraram que a poli(2-vinil-2-oxazolina), obtida pela total
modificação da poliacrilonitrila, teve uma eficiência de 88% para a inibição da
corrosão do aço-carbono em solução aquosa de HCl 10%. A poli[acrilonitrila-co-(2-
vinil-2-oxazolina)] com diferentes teores do heterocíclico incorporado também
apresentou ação anticorrosiva para aço-carbono em solução aquosa 1 M de HCl
(Silva, 2007; Guimarães et al., 2005 a, 2005 b, 2005 c).
47
3. OBJETIVO
3.1. Objetivo
O principal objetivo dessa Dissertação de Mestrado foi avaliar a contribuição
da modificação de poliacrilonitrila com 10 e 20% de grupos 2-oxazolinas pendentes
sobre a eficiência de inibição na corrosão de solução aquosa de HCl a 10% (m/v)
sobre aço-carbono, comparando com a eficiência de inibição do polímero original.
3.2. Metodologia
A metodologia adotada nesta Dissertação de Mestrado seguiu as seguintes
etapas:
· Reação química de modificação da poliacrilonitrila (PAN) com etanolamina para a
incorporação teórica de 10% ou 20% de grupos 2-oxazolina pendentes na cadeia
polimérica.
· Caracterização dos polímeros modificados por espectroscopia na região do
infravermelho (FTIR), calorimetria de varredura diferencial (DSC), análise
termogravimétrica (TGA) e solubilidade.
· Determinação da taxa de corrosão e eficiência de inibição da poli[acrilonitrila–co-
(2-vinil-2-oxazolina)] como inibidor de corrosão polimérico para aço-carbono em
meio ácido (HCl 10% - m/v).
48
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Produtos químicos
Os principais reagentes e solventes utilizados na elaboração desta
Dissertação são listados a seguir:
· Acetato de cádmio di-hidratado - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de
pureza: P. A., usado como recebido.
· Acetato de etila - procedência: Reagen - Quimibrás Indústrias Químicas S. A.,
grau de pureza: P. A., usado como recebido.
· Acetona - procedência: Reagen - Quimibrás Indústrias Químicas S. A., grau de
pureza: P. A., usada como recebida.
· Acetonitrila - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A., usada
como recebida.
· Ácido acético - procedência: Reagen - Quimibrás Indústrias Químicas S. A., grau
de pureza: P. A., usado como recebido.
· Ácido clorídrico - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A.,
usado como recebido.
· Bórax cristalino - procedência: Merck do Brasil S. A., grau de pureza: P. A., usado
como recebido.
· Brometo de potássio - procedência: Merck do Brasil S. A., grau de pureza: para
espectroscopia, usado como recebido.
· Cloreto de antimônio III - procedência: Merck do Brasil S. A., grau de pureza:
P. A., usado como recebido.
· Cloreto estanoso - procedência: Merck do Brasil S. A., grau de pureza: P. A.,
usado como recebido.
· Cloreto de zinco - procedência: Reagen - Quimibrás Indústrias Químicas S. A.,
grau de pureza: P. A., usado como recebido.
· Cloreto de sódio - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A.,
usado como recebido.
· Clorofórmio - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A.,
usado como recebido.
49
· Dimetil-sulfóxido (DMSO) procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de
pureza: P. A., usado como recebido.
· 1,4-Dioxano - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A.,
usado como recebido.
· Etanol - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A., usado
como recebido.
· Éter etílico - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A., usado
como recebido.
· Etanolamina - procedência: Reagen - Quimibrás Indústrias Químicas S. A., grau
de pureza: P. A., usada como recebida.
· N,N-Dimetil-formamida (DMF) - procedência: Grupo Química Ltda., grau de
pureza: P. A., usada como recebida.
· Hexano - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A., usado
como recebido.
· Hidróxido de sódio - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza:
P. A., usado como recebido.
· Isopropanol - procedência: Vetec Química Fina Ltda., grau de pureza: P. A.,
usado como recebido.
· Isopropilamina - procedência: Reagen - Químibrás Indústrias Químicas S. A., grau
de pureza: P. A., usada como recebida.
· Metanol - procedência: Qhemis Indústrias Químicas Ltda., grau de pureza: UV/
HPLC, usado como recebido.
· Óxido de antimônio procedência: Merck S. A., grau de pureza: indicador, usado
como recebido.
· Poliacrilonitrila procedência: Sudamericana de Fibras Brasil Ltda., grau de
pureza: comercial, usada como recebida. Massa molar viscosimétrica média
determinada: 69.000 g/mol (Costa, 2007).
· Vermelho de metila procedência: Merck S. A., grau de pureza: indicador, usado
como recebido.
50
4.2. Equipamentos
Além dos equipamentos e vidrarias tradicionais usados em laboratório, foram
utilizados nesta Dissertação os seguintes aparelhos:
· Analisador termogravimétrico (TGA), TA, modelo Q50.
· Balança analítica Mettler Toledo, modelo AB 204-S.
· Balança analítica Mettler Toledo, modelo AG 204.
· Balança Marte, modelo AS2000C.
· Bomba de alto vácuo ILMLabor, Veb Labortechnik, modelo 2DS8 conectada a
sistema para alto vácuo (manifold).
· Calorímetro diferencial de varredura Perkin Elmer, modelo Pyris 1 DSC.
· Espectrofotômetro de infravermelho com transformada de Fourier Perkin Elmer,
modelo Spectrum One.
· Estufa Biomatic, modelo 305.
· Estufa para esterelização e secagem Icamo, modelo 0.
· Misturador magnético com aquecimento Original Labinco, modelo L82.
· Misturador magnético com aquecimento Original IKA, modelo RH-KT C.
· Sistema para circulação de água de refrigeração Fluxo Tecnologia, com
capacidade para 35 L.
· Transformador variador de voltagem (tipo Variac) STP, modelo ATV-215M.
4.3. Procedimentos
4.3.1. Reação de modificação química da PAN com grupos 2-oxazolina
CN CN
N O
n
n-m
m
Cd(OAc)
2
H
2
N
OH
Em um balão de fundo redondo tritubulado de 1 L foram adicionados 500 mL
de DMSO e 10,00 g (0,19 mol) de poliacrilonitrila, sendo o sistema mantido sob
51
agitação magnética e a temperatura ambiente por 24 h. Ao término desse período,
acoplaram-se ao balão um termômetro, um condensador de refluxo e um banho
termostático. O sistema foi aquecido em banho de óleo de silicone a uma
temperatura constante de 70ºC (Figura 15). Para uma incorporação de 20% de
grupos 2-oxazolina foram adicionados 1,15 mL (19,20 mmol) de etanolamina e
1,00 g (4,30 mmol) de acetato de cádmio. O balão reacional foi mantido sob agitação
magnética na temperatura reacional por 35 h. Ao término da reação, o sistema foi
resfriado até a temperatura ambiente. O produto da reação foi transferido para um
funil de decantação e lentamente gotejado sobre 900 mL de água gelada contida em
um Becher de 2 L (Figura 16). O sistema foi deixado em repouso a 4ºC por 48 h.
Após esse período, o polímero foi filtrado a vácuo. A purificação do polímero obtido
foi feita por sua solubilização em DMSO e nova recipitação em água gelada (por três
vezes). Após essa purificação, o polímero foi filtrado a vácuo e o sólido obtido seco a
50ºC em uma estufa com circulação de ar por 24 h (Silva, 2007).
As condições empregadas na transformação dos grupos nitrila da PAN no
anel 2-oxazolínico são mostradas na Tabela 5.
Tabela 5 - Condição das reações de modificação química da PAN com etanolamina
a 70ºC por 35 h
Reação
DMSO
(mL)
PAN
(g)
Catalisador
(g)
Etanolamina
(mL)
Grau de
incorporação teórico
(%)
PVO 10% 500 10 1,00 1,15 10
PVO 20% 500 10 1,00 2,30 20
Figura 15 - Aparato para a modificação química da PAN
52
Figura 16 - Precipitação do polímero modificado em água gelada
4.3.2. Caracterização da PAN e dos copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina
4.3.2.1. Espectroscopia na região do infravermelho
A chamada radiação infravermelha (IR) corresponde à parte do espectro
eletromagnético situada entre as regiões do visível e das micro-ondas. O princípio
fundamental do método é baseado na variação da quantidade de energia, detectado
pelo aparelho quando essa passa por uma amostra, cobrindo a faixa de número de
ondas de 400 a 4.000 cm
-1
.
Embora o espectro de absorção no infravermelho seja característico da
molécula como um todo, certos grupos de átomos dão origem a bandas que ocorrem
mais ou menos na mesma frequência, independentemente da estrutura molecular. É
justamente a presença destas bandas características de grupos que permite a
obtenção de informações estruturais úteis. Quando as radiações de infravermelho
atingem a amostra, ocorrem movimentos vibracionais e rotacionais em determinada
porção da estrutura molecular. Esses movimentos fazem com que absorvam
energia, e a queda na quantidade de energia transmitida gera uma curva,
representada pela percentagem de transmitância (%T) versus número de onda
(cm
-1
). Assim, cada declínio da transmitância em dado número de onda representa
as vibrações de determinado grupamento molecular (Silverstein et al., 2007).
Todos os copolímeros obtidos, bem como a PAN comercial foram analisados
por espectroscopia na região do infravermelho, utilizando-se um espectrômetro com
transformada de Fourier (FTIR), modelo Perkin Elmer Spectrum One FTIR. As
amostras, todas sólidas, foram maceradas e misturadas com brometo de potássio
53
espectrofotométrico padrão anidro. A mistura sólida foi prensada e, as pastilhas,
imediatamente analisadas no equipamento. As massas de KBr empregadas na
confecção das pastilhas (1,3 mg), assim como a pressão exercida (10
5
Pa), foram
constantes em todas as análises.
As análises de FTIR foram realizadas nas seguintes condições:
· Tipo de análise: pastilha de KBr.
· Resolução: 4,0 cm
-1
.
· Acumulação: 4.
· Tipo de feixe: normal.
· Detector: Mir TGS.
4.3.2.2. Calorimetria diferencial de varredura
Quando uma substância sofre uma mudança física ou química, observa-se
uma variação correspondente na entalpia. Se o processo for promovido por uma
variação controlada de temperatura, isto constitui a base das técnicas conhecidas
como análise térmica diferencial (DTA) e calorimetria diferencial de varredura (DSC).
DSC mede as mudanças de energia calorífica em uma substância quando a
mesma é submetida a um programa pré-determinado de temperatura. É possível
detectar e medir transições físicas e reações químicas que são acompanhadas de
variação na energia calorífica.
Três tipos de transformações podem ser observados:
Transições de primeira ordem: ð Fusão: Processo endotérmico
ð Cristalização: Processo exotérmico
Transições de segunda ordem: ð Transições vítreas
O comportamento térmico dos copolímeros foi avaliado utilizando um
calorímetro diferencial de varredura da Perkim Elmer, modelo Pyris 1 DSC, que
permite avaliar a temperatura de fusão cristalina (T
m
) e as entalpias envolvidas na
fusão cristalina (ΔH
f
) como na ocorrência da reação exotérmica de ciclização
54
(ΔH
ciclização
). O comportamento rmico tanto do homopolímero de partida como dos
copolímeros de acrilonitrila-co-2-vinil-2-oxazolina em função dos diferentes teores de
incorporação foram avaliados por esta técnica.
As análises de DSC foram realizadas nas seguintes condições:
· Atmosfera: nitrogênio.
· Temperatura inicial: 50ºC.
· Temperatura final: 395ºC.
· Velocidade de aquecimento: 60ºC/min.
4.3.2.3. Análise termogravimétrica
A termogravimetria ou análise termogravimétrica é um ramo da análise
térmica que examina mudanças na massa de uma amostra como função da
temperatura (no modo de varredura) ou como função do tempo (no modo
isotérmico). O equipamento que foi utilizado para esta análise foi o analisador
termogravimétrico (TGA), TA, modelo Q50. A amostra pode ser aquecida ou
resfriada a uma razão de aquecimento selecionada ou pode ser mantida
isotermicamente a uma temperatura fixa. na técnica de termogravimetria
derivativa (DTG), o parâmetro medido é a variação de massa da amostra em função
do tempo, que também pode ser descrito como velocidade ou taxa de variação de
massa. Tanto a PAN como os copolímeros derivados foram avaliados por esta
técnica.
As análises de TGA/DTG foram realizadas nas seguintes condições:
· Atmosfera: nitrogênio.
· Temperatura inicial: 50ºC.
· Temperatura final: 800ºC.
· Velocidade de aquecimento: 20ºC/min.
55
4.3.2.4. Estudo da solubilidade dos copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina e
da poliacrilonitrila
Em um tubo de ensaio, colocaram-se 3,0 mL do solvente e em seguida
adicionou-se 0,1 g do polímero em pequenas porções. Depois de cada adição de
solvente, agitou-se vigorosamente o tubo de ensaio (Shriner et al., 1980).
A solubilidade dos polímeros modificados com diferentes graus de
incorporação de grupos 2-oxazolina foi avaliada nos seguintes solventes: água,
etanol, isopropanol, acetonitrila, acetato de etila, DMSO, DMF, acetona, 1,4-dioxano,
clorofórmio e hexano.
4.3.3. Preparação da solução HCl 10% para o ensaio de corrosão
O preparo da solução do HCl 10% foi feito a partir do ácido clorídrico
comercial 37% P. A. A diluição foi realizada a partir desse ácido comercial para
uma concentração de 20,2 %, pois nessas condições esta solução estoque se
comporta como uma solução azeotrópica. O ácido a 20,2% foi levado para a
concentração de 10% imediatamente antes do ensaio de corrosão. A solução ácida
foi padronizada por titulação ácido-base utilizando-se solução de rax (tetraborato
de sódio, Na
2
B
4
O
7
0,09 N) e 4 gotas de uma solução a 0,15% de vermelho de metila
como indicador (Alexéev, 1983). As concentrações das soluções foram ajustadas
quando necessário.
4.3.4. Ensaios de corrosão
O método utilizado nos ensaios de corrosão foi desenvolvido através de uma
adaptação da norma técnica NBR 6210 de maio de 1987 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece condições exigíveis para o preparo
dos corpos de prova (CP) para remoção dos produtos de corrosão e para a
avaliação da taxa de corrosão (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1987).
56
Foram selecionados corpos de prova de aço-carbono com uma massa na
faixa de 2,17 a 2,47 g.
Os corpos de prova foram decapados (limpeza química) por imersão por
2 min na solução de Clarke sob agitação magnética. A solução de Clarke consiste
em uma mistura de 5 g de óxido de antimônio III (Sb
2
O
3
); 12,5 g de cloreto estanoso
(SnCl
2
) e 250 mL de HCl concentrado (P.A). Em seguida, os CP foram
imediatamente imersos em água destilada e limpos com papel absorvente e então
lavados com éter etílico, e por fim secos ao ar. As medições da massa dos CP foram
realizadas em uma balança analítica. Paralelamente em um Erlenmeyer de 250 mL
contendo 50 mL de DMF, foi adicionado o polímero inibidor na concentração
apropriada, e o sistema foi mantido sob agitação magnética durante 24 h. Ao término
desse tempo, essa solução foi gotejada lentamente sobre 750 mL de solução
aquosa de HCl 10% e agitada por 12 h (Figura 17). As concentrações finais dos
polímeros inibidores na solução ácida foram de 31, 63, 375, 688, 1312 e 1879 ppm.
Após esse processo, o corpo de prova limpo foi colocado no recipiente de ensaio e
adicionaram-se em seguida 50 mL da solução ácida com o polímero, sendo o
sistema mantido a uma temperatura de 40°C ou 60°C, em banho-maria, pelo tempo
de ensaio (2 ou 4 h). Ao fim do ensaio, o frasco foi aberto cuidadosamente e os
corpos de prova removidos com o auxílio de uma pinça. Após a remoção dos
produtos da corrosão, os CP foram limpos da mesma forma que antes do ensaio.
Após essa lavagem final, as massas dos CP foram medidas imediatamente em
balança analítica.
Com o objetivo de avaliar a contribuição do anel heterocíclico na ação
anticorrosiva, foram realizados ensaios de corrosão, seguindo o mesmo
procedimento, utilizando-se a poliacrilonitrila sem modificação química.
Os ensaios de corrosão dos brancos foram realizados da mesma forma, mas
sem a presença do polímero inibidor de corrosão.
A área de contato do CP foi calculada a partir de suas dimensões e com uma
aproximação de 0,01 cm
2
.
57
Figura 17 - Solução polimérica PVO 10% sendo gotejada em HCl 10%
Os cálculos da Taxa de Corrosão (TC) dos CP e da Eficiência do Inibidor de
Corrosão foram realizados com base na norma técnica NBR 9880 de 1987 da ABNT.
· Cálculo da Taxa de Corrosão (T) - perda de massa/área total - (mg/cm
2
)
.1000
A
FI
T
-
=
Onde:
I – massa do CP antes do ensaio, em g.
F – massa do CP após o ensaio, em g.
A – área total do CP, em cm
2
.
· Cálculo da eficiência do inibidor de corrosão (%)
%100.
S
CS
Eficiência
-
=
Onde:
S – taxa de corrosão - perda de massa por unidade de área - (mg/cm
2
) dos CP
na solução sem inibidor.
C – taxa de corrosão - perda de massa por unidade de área - (mg/cm
2
) dos CP
na solução com inibidor.
58
4.3.5. Análises estatísticas dos dados
O teste Q de Dixon (National and Kapodistrian University of Athens, 2008) e o
critério de Chauvenet (Taylor, 1997) foram aplicados com nível de significância de
5% para identificar os resultados singulares dentre as réplicas que deveriam ser
rejeitados e substituídos por dados de novo ensaio.
Para avaliar os efeitos de cada parâmetro (tempo de ensaio, teor de inibidor,
grau de incorporação e temperatura) nos resultados de corrosão, as significâncias
das diferenças entre os resultados médios foram avaliadas estatisticamente por
análise de variância (ANOVA) fator único, considerando as diferenças com 95%
(P < 0,05) e 99% (P < 0,01) de significância. O teste de hipótese nula (P < 0,05) foi
aplicado para verificar os valores nulos de eficiência de inibição.
59
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Reação de modificação química da PAN
As reações de modificação química da poliacrilonitrila foram realizadas em
solução. Após deixar a PAN e o solvente DMSO sob agitação magnética durante
24 h, a fim de garantir a total solubilidade do polímero no meio, foram adicionados o
2-amino-etanol e, por fim, o catalisador (acetato de cádmio). Somente a partir do
instante em que o meio reacional tornou-se homogêneo, iniciou-se o aquecimento
até temperatura constante de 70
º
C (Figura 18).
Figura 18 - Reação de modificação química da PAN
O procedimento empregado na obtenção dos copolímeros teve como base o
trabalho de pesquisa desenvolvido por Silva (2007). O solvente empregado nessas
reações de modificação química foi o DMSO, que é um bom solvente para a
poliacrilonitrila segundo a literatura (Brandrup et al., 1999). Inicialmente os
copolímeros poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] foram obtidos em pequena
escala (empregando-se 2,0 g de PAN) como forma de testar e otimizar a reação. Em
modificações químicas posteriores utilizaram-se quantidades maiores de PAN, de
cerca de 10 g, para a obtenção dos copolímeros que foram testados como inibidores
de corrosão.
Após as reações, as soluções dos copolímeros em DMSO foram gotejadas
em água gelada. Ao contrário do procedimento descrito por Silva (2007), que
adicionou 10 g de NaCl à mistura reacional e água para auxiliar a precipitação dos
copolímeros (efeito salting out), na metodologia utilizada, não foi necessário
nenhuma adição de sal para ajudar na precipitação dos copolímeros. Os PVOs em
contato com a água gelada precipitaram com facilidade. Entretanto, para garantir a
60
máxima precipitação do material polimérico, os Becheres contendo os copolímeros
produzidos em água gelada foram mantidos sob refrigeração durante 48 h. Ao fim
desse tempo, os copolímeros foram filtrados a vácuo e secos em estufa à
temperatura constante (50
o
C).
Na superfície da solução, após 48 h de refrigeração, foi observada a formação
de uma fina camada de um sólido, correspondente à parte do copolímero em
suspensão. Entretanto, a maior parte do copolímero obtido precipitou no fundo do
recipiente. Tanto o sólido precipitado quanto o em suspensão apresentaram uma
coloração castanha.
Foi observado que o copolímero com maior grau de incorporação (PVO 20%)
apresentou uma coloração um pouco mais intensa que o de menor grau de
incorporação (PVO 10%). A cor desses copolímeros difere totalmente da cor da
poliacrilonitrila, que apresenta uma coloração branca, o que indica que a reação de
modificação química provavelmente foi bem sucedida. A 2-metil-2-oxazolina não
possui coloração, mas a 2-fenil-2-oxazolina apresenta uma coloração levemente
amarelada devido à interação entre o anel oxazolínico e o aromático, o que favorece
a absorção de energia em determinados comprimentos de onda, devido à formação
de grupos cromóforos (Guimarães, 1995). A coloração observada nas diversas
poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] provavelmente se deve a incorporação dos
anéis oxazolínicos sequenciados na PAN, que gera grupos cromóforos. A Figura 19
mostra a diferença de cor entre os copolímeros obtidos e a PAN.
(a) (b) (c)
Figura 19 - Aspecto das amostras de: (a) PAN, (b) PVO 10% e (c) PVO 20%
61
5.2. Estudo da solubilidade dos copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-
oxazolina
Verificou-se a solubilidade da PAN e dos copolímeros obtidos em diferentes
solventes, como pode ser observado na Tabela 6.
Tabela 6 - Ensaios de solubilidade da PAN e dos copolímeros PVO 10% e 20%
Solvente PAN
PVO 10%
PVO 20%
Água I I I
Etanol I I I
Isopropanol I I I
Acetonitrila I P P
Acetato de etila I P P
DMSO S S S
DMF S S S
Acetona I P P
Clorofórmio I I P
1,4-Dioxano I I I
Hexano I I I
S: solúvel; I: insolúvel; P: parcialmente solúvel.
A poliacrilonitrila foi solúvel somente em DMSO e DMF, como descrito na
literatura (Brandrup et al., 1999). Entretanto, os copolímeros produzidos foram
solúveis nesses solventes e parcialmente solúveis em solventes de polaridade
média, como: acetonitrila, acetato de etila e acetona. O PVO 20% também foi
parcialmente solúvel em clorofórmio. Esse comportamento, provavelmente ocorreu
devido ao aumento da polaridade da cadeia polimérica pela incorporação dos anéis
oxazolínicos, que possuem heteroátomos com pares de elétrons livres.
O estudo de solubilidade indicou que o DMSO e o DMF foram os melhores
solventes para os copolímeros obtidos considerando fatores como custo e
disponibilidade. Sendo fatores negativos para o DMSO e o DMF a grande toxicidade
e elevado ponto de ebulição que apresentam esses solventes.
62
5.3. Caracterização da poliacrilonitrila e dos copolímeros de acrilonitrila e 2-
vinil-2-oxazolina
5.3.1. Espectroscopia na região do infravermelho
A PAN e os copolímeros de acrilonitila e 2-vinil-2-oxazolina foram analisados
qualitativamente por FTIR. Os espectros de FTIR da poliacrilonitrila e dos
copolímeros PVO 10% e 20 % são mostrados na Figura 20.
4000.0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 450.0
cm-1
%T
PAN
PVO 10%
PVO 20%
Figura 20 - Espectros de FTIR da poliacrilonitrila e dos copolímeros de acrilonitrila e
2-vinil-2-oxazolina 10% e 20%
Ao analisar os espectros da Figura 20, observou-se que há absorções em
comprimentos de onda semelhantes para os copolímeros com diferentes graus de
incorporação (PVO 10% e PVO 20%). Nesses espectros, verificou-se a existência de
uma banda intensa em 1.680 cm
-1
, referente ao estiramento da ligação -C=N-, que
não é encontrada na PAN, e outra banda em 1.236 cm
-1
que correspondemente ao
estiramento da ligação -CH
2
-O-; essas duas ligações são características do anel
2-oxazolínico. Além dessas bandas, estão presentes as bandas de 2.939 cm
-1
e
63
2.244 cm
-1
, referentes às ligações C-H de metileno e CºN do grupo nitrila, também
comuns ao espectro da poliacrilonitrila (PAN). Mesmo que presente na PAN, a
banda em torno de 1.068 cm
-1
é importante na caracterização do estiramento
assimétrico do grupo C-O-C cíclico e pode ser encontrada nos copolímeros.
Nesses espectros também foi observado o aparecimento de bandas de
absorção características de ligação OH na região de 3453 cm
-1
, que indica a
possível presença de umidade nos polímeros analisados.
Portanto, através da análise de FTIR dos copolímeros, principalmente na
identificação da banda em 1.680 cm
-1
, é possível verificar a efetivamente da reação
de modificação química da PAN.
O Anexo I mostra os espectros de FTIR da PAN e dos copolímeros obtidos.
5.3.2. Calorimetria diferencial de varredura
A PAN e os copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina foram submetidos
à análise por calorimetria diferencial de varredura. As Figuras 21, 22 e 23 mostram
as curvas de DSC para PAN, PVO 10% e PVO 20%, respectivamente.
Figura 21 - Curva de DSC da PAN
64
Figura 22 - Curva de DSC do PVO 10%
Figura 23 - Curva de DSC do PVO 20%
65
A Tabela 7 mostra que a elevação do teor de incorporação do heterocíclico na
PAN resultou em um aumento da entalpia de fusão das amostras (H
fusão
). Esses
resultados sugerem que a incorporação dos grupos oxazolínicos na PAN faz com
que os copolímeros tendam a se tornar mais semicristalinos.
Tabela 7 Resultados de DSC da PAN e dos copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-
oxazolina
Polímeros
∆H
fusão
(J/g)
T
m
(
o
C)
∆H
ciclização
(J/g)
T
ciclização
(
o
C)
PAN
15,7 292 - 338 348
PVO 10%
21,1 276 - 288 307
PVO 20%
38,6 153 - 440 300
Ao comparar a temperatura de fusão (T
m
) da PAN com a dos copolímeros,
verificou-se que ocorreu uma redução dessa temperatura à medida que os
copolímeros apresentaram um maior grau de incorporação de grupos oxazolínicos.
Essa diminuição na T
m
possivelmente se deve ao impedimento estérico provocado
pelos anéis de 2-oxazolina que afastam as cadeias poliméricas e consequentemente
diminuem a força intermolecular entre as macromoléculas.
A temperatura de ciclização (T
ciclização
) dos copolímeros também sofreu
diminuição à medida que o teor de grupos oxazolínicos na cadeia polimérica
aumentou. Esse comportamento provavelmente ocorreu devido à presença dos
anéis heterocíclicos na cadeia polimérica, que são muito reativos e que a
temperaturas elevadas podem abrir e interagir entre si, gerando produtos de
ciclização. Segundo Sazonov e colaboradores (2003), em geral, a temperatura de
ciclização e o início da degradação da PAN, começam por volta de 268ºC e este
processo é acompanhado por um forte efeito exotérmico.
Assim, embora a ciclização limite a faixa de temperatura de utilização dos
copolímeros obtidos, não compromete a sua aplicação como inibidor de corrosão,
que os ensaios de corrosão podem ser realizados em diversas faixas de
temperaturas, desde que inferiores a 300
o
C. Além disso, a reação de ciclização
foi observada durante a realização da análise térmica, que as temperaturas
empregadas na obtenção do copolímero (70ºC) e nos procedimentos de ensaio de
corrosão (40 e 60ºC) foram bem inferiores à de ciclização.
66
5.3.3. Análise termogravimétrica
Os resultados das análises termogravimétricas (TGA) geralmente são
mostrados sob a forma de gráfico em que o eixo da abscissa contém os registros de
temperatura (ou do tempo) e o da ordenada, a porcentagem de ganho ou de perda
de massa do material (Lucas et al., 2001). Ao sofrer degradação, o polímero que
está sendo analisado perde massa originando produtos voláteis. Dessa forma, o
sensor do equipamento registra essas variações de massa e ilustra tais perdas
percentuais através de um gráfico em que se podem identificar pelo menos duas
temperaturas consideráveis (Lucas et al., 2001). A primeira temperatura representa
a menor temperatura em que se observa o início da variação de massa da amostra,
que é chamado onset”. A outra temperatura é a menor temperatura que indica que
o processo de variação da amostra foi concluído (Lucas et al., 2001). Alguns
instrumentos equipados com computador permitem acompanhar as alterações
sofridas pela amostra por técnica de derivatização da curva de TGA (DTG). A curva
de DTG é muito útil nos casos em que o TGA apresenta sobreposições relacionadas
ao tipo de amostra e condições experimentais, fornecendo dessa forma, estágios de
degradação que não seriam perceptíveis numa curva que não tivessem utilizado
esse tipo de recurso (Lucas et al., 2001).
A PAN e os dois PVOs com diferentes teores de incorporação foram
analisados por TGA e DTG. As Figuras 24, 25 e 26 mostram as análises
termogravimétricas da PAN, PVO 10% e PVO 20%, respectivamente.
67
Figura 24 - Análise termogravimétrica com registros TGA e DTG da PAN
Figura 25 - Análise termogravimétrica com registros TGA e DTG do PVO 10%
68
Figura 26 - Análise termogravimétrica com registros TGA e DTG do PVO 20%
Analisando-se as curvas referentes ao TGA dos copolímeros e à PAN,
verificou-se que seus onsetsforam de fácil visualização. É nítida a presença de
dois estágios em diferentes temperaturas nos copolímeros, sendo que o primeiro
pode corresponder aos grupos da PAN uma vez que um onset” pode ser observado
no polímero próximo aos valores encontrados para os copolímeros. Assim, o
segundo pode ser associado à incorporação do grupo 2-vinil-2-oxazolina. Os dois
copolímeros (PVO 10% e PVO 20%) apresentaram pequena perda de massa
também por volta de 100ºC, que indica a presença de água de umidade.
O comportamento térmico desses materiais pode ser avaliado a partir das
suas curvas de DTG. Tomando como referência a primeira derivada, foi observado
que os copolímeros começam a perder massa na mesma temperatura entre si,
sendo esta mais baixa que a PAN, porém a velocidade com que os copolímeros
perdem massa é muito inferior à encontrada para a PAN. Os dois copolímeros
apresentaram praticamente as mesmas temperaturas de ciclização.
69
5.4. Ensaios de corrosão
A reação de modificação química realizada neste trabalho buscou incorporar
grupos do tipo 2-vinil-2-ozazolina na estrutura do homopolímero de partida (PAN)
para obter o copolímero de acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina. A estrutura do
heterocíclico incorporado é baseada em dois heteroátomos, um nitrogênio e um
oxigênio, que dispõem de pares de elétrons livres. Estas estruturas foram
incorporadas porque podem interagir quimicamente via ligação coordenada de
partes da cadeia, onde apareça o heterocíclico, com a superfície do metal,
favorecendo a formação de uma película protetora sobre o metal contra o ataque
corrosivo.
Assim, essa pesquisa buscou analisar a eficiência dos copolímeros de
acrilonitrila de 2-vinil-2-oxazolina nos ensaios anticorrosivos, comparando com a
eficiência do homopolímero de partida. Para tanto, foram determinadas as taxas de
corrosão da solução aquosa a 10% de ácido clorídrico sobre corpos de prova (CP)
do tipo aço-carbono.
Os tempos de ensaio empregados foram de 2 ou 4 h, nas temperaturas de
40ºC ou 60ºC. Utilizaram-se como inibidores de corrosão a poliacrilonitrila e os
copolímeros de acrilonitrila e 2-vinil-2-oxazolina com grau teórico de incorporação
10% e 20% em diferentes concentrações no meio de ensaio (31, 63, 375, 688, 1312
e 1879 ppm). Um branco sem a solução inibidora também foi realizado para
comparações.
As taxas de corrosão foram determinadas pelo método gravimétrico medindo
a perda de massa dos CP antes e após a imersão na solução inibidora em
quintuplicatas para as mesmas condições.
As Tabelas de 8 a 11 mostram as taxas de corrosão por hora, em média e
desvio padrão, para cada condição de temperatura e tempo de imersão.
70
Tabela 8 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-padrão] dos
ensaios em quintuplicatas a 40ºC por 2 h
Branco
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0 ppm
4,20 ± 0,88
¾ ¾ ¾
31 ppm
¾
4,33 ± 0,58 3,08 ± 1,04 4,02 ± 0,91
63 ppm
¾
2,50 ± 0,44 2,96 ± 0,48 3,13 ± 0,71
375 ppm
¾
1,33 ± 0,18 2,32 ± 0,72 1,50 ± 1,09
688 ppm
¾
3,06 ± 0,87 1,93 ± 1,04 1,05 ± 0,40
a
1312 ppm
¾
1,47 ± 1,15 1,52 ± 0,80 1,42 ± 0,22
1879 ppm
¾
2,75 ± 1,72 1,38 ± 0,13 1,68 ± 0,74
a
Valores estatisticamente diferentes da PAN (P < 0,05) por análise de variância (ANOVA).
Não houve diferenças estatisticamente significativas (P > 0,05) entre os 2 copolímeros.
Analisando os valores da Tabela 8 pode ser observado claramente que as
taxas de corrosão, empregando os inibidores poliméricos, ficaram abaixo do branco,
com exceção da PAN na concentração de 31 ppm, confirmando dessa forma, que os
três polímeros foram eficientes na inibição a 40ºC por 2 h. Os menores valores de taxa
de corrosão na presença dos inibidores foram os observados nas concentrações entre
375 e 1879 ppm, independente da composição do polímero, com poucas exceções. O
PVO 20% a 688 ppm apresentou a menor taxa de corrosão, e o seu valor foi o único
dentre os copolímeros que teve diferença estatisticamente significativa (P < 0,05) para
o ensaio com PAN. Em concentrações mais baixas (31 e 63 ppm) dos três polímeros,
e também excepcionalmente para a PAN a 688 ppm, foram observadas altas taxas de
corrosão [acima de 3,00 mg/(cm
2
.h)].
Tabela 9 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-padrão] dos
ensaios em quintuplicatas a 40ºC por 4 h
Branco
PA
N
PVO 10%
PVO 20%
0 ppm
4,12 ± 0,86
¾ ¾ ¾
31 ppm
¾
3,45 ± 0,41 2,10 ± 0,84
a
3,06 ± 0,41
63 ppm
¾
2,22 ± 0,92 2,40 ± 0,93 2,40 ± 0,45
375 ppm
¾
1,53 ± 0,82 1,72 ± 0,88 1,69 ± 0,33
688 ppm
¾
1,93 ± 0,82 2,10 ± 0,68 1,28 ± 0,55
1312 ppm
¾
1,34 ± 0,28 1,38 ± 0,40 1,66 ± 1,08
1879 ppm
¾
2,73 ± 0,52 1,32 ± 0,54
a
1,51 ± 0,61
a
a
Valores estatisticamente diferentes da PAN (P < 0,05) por análise de variância (ANOVA).
Não houve diferenças estatisticamente significativas (P > 0,05) entre os 2 copolímeros.
71
A Tabela 9 mostra mais uma vez que os valores das taxas de corrosão dos
polímeros foram bem inferiores ao do branco, confirmando que nas condições de 40ºC
e 4 h, todos os polímeros foram eficientes na inibição da corrosão, com destaque às
maiores concentrações da PAN e do PVO 10% a concentração de 1312 ppm. Mais
uma vez, as maiores taxas foram observadas para os inibidores poliméricos nas
concentrações de 31 e 63 ppm, com exceção da PAN a 1879 ppm, que apresentou
uma taxa de corrosão igual a 2,73 mg/(cm
2
.h). Já as menores taxas de corrosão foram
para as concentrações entre 375 a 1879 ppm. A menor taxa de corrosão encontrada
nas condições empregadas foi para o copolímero de PVO 20% a 688 ppm, que atingiu
o valor de 1,28 mg/(cm
2
.h). Os ensaios com ambos os copolímeros a 1879 ppm
apresentaram taxas de corrosão significantemente (P < 0,05) abaixo do valor da taxa
encontrada para a PAN.
A Tabela 10 apresenta os resultados a 60ºC e 2 h e verifica-se que o único
valor de taxa de corrosão que ficou acima do branco foi para o polímero PAN na
concentração de 31 ppm, não sendo eficiente nessas condições na ação anticorrosiva.
Observou-se que as menores taxas de corrosão obtidas foram para os copolímeros de
PVO 10% e PVO 20% em concentrações entre 63 e 1879 ppm. Nas condições
usadas, as maiores taxas de corrosão foram da PAN em todas as concentrações, e
ambos os copolímeros apresentaram atividade anticorrosiva significantemente
maiores (P < 0,05) que a PAN nas concentrações de 63, 688, 1312 (somente PVO
20%) e 1879 ppm.
Tabela 10 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-padrão] dos
ensaios em quintuplicatas a 60ºC por 2 h
Branco
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0 ppm
12,38± 3,46
¾ ¾ ¾
31 ppm
¾
12,73 ± 2,99
10,48 ± 1,84 9,96 ± 2,25
63 ppm
¾
10,60 ± 1,21
6,86 ± 2,80
a
6,94 ± 2,72
a
375 ppm
¾
6,30 ± 0,94
5,38 ± 1,52 6,32 ± 1,34
688 ppm
¾
8,24 ± 0,24
6,47 ± 0,85
a
5,70 ± 1,62
a
1312 ppm
¾
8,40 ± 1,29
7,15 ± 0,66 5,08 ± 1,28
a
,
b
1879 ppm
¾
8,40 ± 0,66
4,88 ± 1,20
a
4,52 ± 1,96
a
a
Valores estatisticamente diferentes da PAN (P < 0,05) por análise de variância (ANOVA).
b
Valores estatisticamente diferentes (P < 0,05)entre os polímeros modificados.
72
Tabela 11 - Taxas de corrosão por hora [mg/(cm
2
.h) em média e desvio-padrão] dos
ensaios em quintuplicatas a 60ºC por 4 h
Branco
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0 ppm
10,42 ± 1,30
¾ ¾ ¾
31 ppm
¾
8,82 ± 1,42
8,32 ± 1,12 8,51 ± 0,90
63 ppm
¾
8,41 ± 2,03
8,44 ± 0,67 8,04 ± 1,15
375 ppm
¾
6,48 ± 1,48
5,63 ± 1,12 5,05 ± 0,99
688 ppm
¾
6,69 ± 0,63
5,18 ± 1,44 7,09 ± 1,30
1312 ppm
¾
7,72 ± 0,86
5,96 ± 0,74
a
5,33 ± 0,86
a
1879 ppm
¾
8,66 ± 0,96
5,64 ± 1,40
a
4,44 ± 0,64
a
a
Valores estatisticamente diferentes da PAN (P < 0,05) por análise de variância (ANOVA).
Não houve diferenças estatisticamente significativas (P > 0,05) entre os dois copolímeros.
Nas condições avaliadas na Tabela 11 (60ºC e 4 h), todos os polímeros
também apresentaram taxas de corrosão abaixo do branco, mostrando mais uma vez
que houve sucesso na inibição. Os menores valores para a taxa de corrosão estão
entre 375 e 1879 ppm, com exceção para a PAN na concentração de 1879 ppm, com
um valor de 8,66 mg/(cm
2
.h). Os dois copolímeros apresentaram atividades
anticorrosivas significativamente (P < 0,05) mais intensas que a PAN nas
concentrações mais altas (1312 e 1879 ppm). As taxas de corrosão mais elevadas
foram observadas nas menores concentrações (faixa de 31 e 63 ppm),
independentemente da composição do polímero.
Pode-se inferir algumas análises a todas os dados obtidos de taxa de
corrosão (Tabelas 8 a 11). Ficou evidente que todos os polímeros testados nas
condições empregadas foram eficientes nos ensaios anticorrosivos, mostrando valores
abaixo do branco para concentrações a partir de 63 ppm. Observou-se que os
menores valores das taxas de corrosão ficaram entre 375 e 1879 ppm em todas as
condições empregadas com exceção para a PAN a 1879 ppm a 60ºC e 4 h. Os
resultados mostraram que as taxas de corrosão mais elevadas ocorreram nas
menores concentrações dos polímeros em solução, como por exemplo, a 31 e
63 ppm, independentemente da suas composições. Uma exceção a esse
comportamento foi a PAN na concentração de 1879 ppm (Tabela 9), que mais uma
vez mostrou uma taxa de corrosão alta. Isso mostra claramente os efeitos
significativos da concentração de inibidores quando igual ou acima de 375 ppm sobre
a taxa de corrosão do HCl a 10% (m/v) em corpos de prova tipo aço-carbono.
73
Para uma visualização comparativa, os gráficos com todos os dados
apresentados nas Tabelas 8 a 11, de taxas de corrosão em função dos teores de cada
polímero inibidor, são mostrados na Figura 27.
Análise de variância (ANOVA) dos dados de taxas de corrosão/hora nos
ensaios sem inibidor indicou que não houve diferenças estatisticamente significante
(P > 0,05) entre os valores obtidos em 2 e em 4 h, e que os dados são
significantemente diferentes (P < 0,01) entre 40ºC e 60ºC. Assim, o efeito do tempo de
ensaio de 2 para 4 h nos testes com inibidores pôde ser avaliado por ANOVA entre
ensaios com mesmos inibidores nos mesmos teores e na mesma temperatura, sendo
encontradas diferenças estatisticamente diferentes (P < 0,05) apenas nos testes com
PAN a 31 ppm tanto a 40ºC como a 60ºC, com PAN a 688 ppm a 60ºC e com PVO
10% a 1312 ppm a 60ºC. Nota-se que os valores de taxas de corrosão/hora dos
ensaios com PAN a 31 ppm não foram estatisticamente diferentes das taxas nos
ensaios em branco, excetuando apenas a 60ºC e 4 h. Portanto, entre os 36 pares (2 e
4 h) de ensaios comparados, apenas os últimos 2 pares descritos acima foram
estatisticamente diferentes.
ANOVA também foi aplicada na comparação dos ensaios com diferentes
teores, para os mesmos polímeros inibidores às mesmas temperaturas e tempo de
execução. Os dados de taxas de corrosão/hora com valores sem diferenças
estatisticamente significativas (P > 0,05) entre os diferentes teores são apresentados
na Tabela 12.
Como se verifica na Tabela 12, apenas nos ensaios com PVO 20% a 60ºC
por 4 h houve diferença significativa entre todos os teores aplicados. Nos demais
ensaios, os altos teores a partir de 688 ppm (incluindo 1312 e 1879 ppm),
apresentaram resultados sem diferenças significativas o que evidencia uma
"saturação" do sistema a partir desta composição. A composição onde ocorre o início
da "saturação", em que as taxas foram estatisticamente semelhantes, dependeu do
ensaio. Apenas a PAN a 60ºC por 2 h saturou a partir de 688 ppm e a PVO 10% a
40ºC por 4 h a partir de 31 ppm. A maioria dos ensaios indicou que a "saturação" do
meio começou entre 63 e 375 ppm, mantendo a taxa indiferente para concentrações
mais altas.
74
Tabela 12 Efeito da concentração dos polímeros inibidores na saturação da
atividade anticorrosiva
Polímero
Tempo
Temperatura
Concentração do polímero no meio (ppm)
31 63 375 688 1312 1879
PAN
2 h
40ºC
60ºC
4 h
40ºC
60ºC
PVO 10%
2 h
40ºC
60ºC
4 h
40ºC
60ºC
PVO 20%
2 h
40ºC
60ºC
4 h
40ºC
60ºC
As Tabelas de 13 a 16 apresentam as médias e desvios-padrão calculados
das eficiências de inibição determinadas em porcentagem a partir dos valores de
taxas de corrosão na presença de cada polímero inibidor em relação aos respectivos
valores dos ensaios em branco.
75
0
1
2
3
4
5
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Taxa de corroo (mg/(cm
2
.h))
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0
1
2
3
4
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Taxa de corrosão (mg/(cm
2
.h))
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Taxa de corrosão (mg/(cm
2
.h))
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0
2
4
6
8
10
12
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Taxa de corrosão (mg/(cm
2
.h))
PAN
PVO 10%
PVO 20%
Figura 27 - Gráficos de taxa de corrosão a hora em função dos teores dos polímeros inibidores
60ºC
2 h
60ºC
4 h
40ºC
2 h
40ºC
4 h
76
Tabela 13 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) relativamente
aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 40ºC por 2 h
PAN
PVO 10%
PVO 20%
31 ppm
-3,1 ± 25,6
*
26,7 ± 29,1 4,3 ± 29,5
*
63 ppm
40,5 ± 16,3 29,5 ± 18,7 25,5 ± 23,0
375 ppm
68,3 ± 7,9 44,8 ± 20,7 64,3 ± 27,0
688 ppm
27,1 ± 25,7 54,0 ± 26,6 75,0 ± 10,9
1312 ppm
65,0 ± 28,3 63,8 ± 20,5 66,2 ± 8,8
1879 ppm
34,5 ± 43,2
*
67,1 ± 7,5 60,0 ± 19,5
*Valores sem diferenças estatisticamente significativas para o valor nulo
de eficiência (P > 0,05, n = 10), pelo teste da hipótese nula.
Analisando as eficiências da Tabela 13, foi observado que as menores
eficiências foram para a concentração de 31 ppm. A 31 ppm de PAN e do PVO 20%
não houve eficiência, uma vez que os valores obtidos não são estatisticamente
diferentes de um valor nulo (eficiência igual a zero). Em 688 e 1879 ppm para a PAN,
a eficiência apresentou valores baixos não condizendo com concentrações altas,
sendo uma das piores eficiências entre essas concentrações. As maiores eficiências
de inibição ficaram entre 375 e 1879 ppm, sendo que o PVO 20% em uma
concentração de 688 ppm foi o mais eficiente (75%).
Tabela 14 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) relativamente
aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 40ºC por 4 h
PAN
PVO 10%
PVO 20%
31 ppm
16,3 ± 20,1
*
49,0 ± 23,0 25,7 ± 18,4
63 ppm
46,1 ± 25,0 41,7 ± 25,6 41,7 ± 16,3
375 ppm
62,9 ± 21,4 58,3 ± 23,1 59,0 ± 11,7
688 ppm
53,2 ± 22,2 49,0 ± 19,6 68,9 ± 14,8
1312 p
pm
67,5 ± 9,6 66,5 ± 12,0 59,7 ± 27,5
1879 ppm
33,7 ± 18,7 68,0 ± 14,7 63,3 ± 16,7
*Valores sem diferenças estatisticamente significativas para o valor nulo
de eficiência (P > 0,05, n = 10), pelo teste da hipótese nula.
Na Tabela 14, verifica-se que os menores valores na eficiência foram para a
PAN e PVO 20%. A mesma análise que foi observada para 40ºC e 2 h, pode ser
observado para 40ºC e 4 h, a eficiência de PAN a 31 ppm também não foi
estatisticamente significativa nessas condições. As menores eficiências foram
verificadas nas concentrações mais baixas dos polímeros. As maiores eficiências
foram encontradas para o PVO 10% e 20%, nas concentrações de 688 e 1879 ppm,
atingindo valores de 68%. A PAN na concentração de 1879 ppm apresentou uma
77
eficiência de inibição de apenas 33,7%, que foi um dos piores resultados obtidos. Isto
ocorreu devido à camada passivadora que não cobriu toda a superfície metálica do
corpo de prova, deixando algumas regiões desprotegidas, o que facilitou o ataque
corrosivo e consequentemente acarretou em uma diminuição da eficiência.
Tabela 15 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) relativamente
aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 60ºC por 2 h
PAN
PVO 10%
PVO 20%
31 ppm
-2,8 ± 37,5
*
15,3 ± 27,9
*
19,5 ± 28,9
*
63 ppm
14,4 ± 25,8
*
44,6 ± 27,4 43,9 ± 27,0
375 ppm
49,1 ± 16,1 56,5 ± 17,3 48,9 ± 17,9
688 ppm
33,4 ± 18,7 47,7 ± 16,1 54,0 ± 18,4
1312 ppm
32,1 ± 21,6 42,2 ± 17,0 59,0 ± 15,4
1879 ppm
32,1 ± 19,7 60,6 ± 14,7 63,5 ± 18,8
*Valores sem diferenças estatisticamente significativas para o valor nulo
(P > 0,05, n = 10), pelo teste da hipótese nula.
Verifica-se na Tabela 15 que as menores eficiências de inibição se
encontraram numa faixa de 31 e 63 ppm. Nesse caso, a 60ºC por 2 h, ambos os
copolímeros e a PAN não apresentaram eficiência de inibição estatisticamente
significativa a 31 ppm. O mesmo comportamento foi verificado para a PAN a 63 ppm,
indicando que há um efeito da temperatura para a perda de eficiência nas
concentrações mais baixas em ensaios por 2 h, uma vez que para 40ºC apenas os
polímeros à concentração de 31 ppm não apresentaram eficiência de inibição
estatisticamente significativa.
Os maiores valores observados para as eficiências foram para a PAN a
375 ppm. Já o PVO 10% e PVO 20% obtiveram uma eficiência considerável entre 375
a 1879 ppm. O PVO 20% a concentração de 1879 ppm apresentou o maior valor de
eficiência de inibição (63,5%) de todos os polímeros utilizados nesse ensaio. O
polímero que mostrou a menor eficiência foi a PAN numa faixa de 688 a 1879 ppm,
ficando com uma média na eficiência de 32,5%.
78
Tabela 16 - Eficiência de inibição (média e desvio-padrão percentuais) relativamente
aos ensaios sem polímeros (branco + DMF) a 60ºC por 4 h
PAN
PVO 10%
PVO 20%
31 ppm
15,4 ± 17,2 20,2 ± 14,7 18,3 ± 13,4
63 ppm
19,3 ± 21,9 19,0 ± 12,0 22,8 ± 14,6
375 ppm
37,8 ± 16,2 46,0 ± 12,7 51,5 ± 11,3
688 ppm
35,8 ± 10,0 50,3 ± 15,1 32,0 ± 15,1
1312 ppm
25,9 ± 12,4 42,8 ± 10,1 48,8 ± 10,4
1879 ppm
16,9 ± 13,9 45,9 ± 15,0 57,4 ± 8,1
A Tabela 16 mostra que em baixas concentrações, como as de 31 e 63 ppm,
não se obtiveram resultados satisfatórios na eficiência da inibição para os três
polímeros empregados, apesar dos resultados terem sido estatisticamente
significativos. Os maiores valores de eficiência de inibição foram para o PVO 10% e
PVO 20% nas concentrações de 375, 688 e 1879 ppm, atingindo eficiência de 51,5%,
50,3% e 57,4%, respectivamente. A PAN numa faixa de 375 a 1879 ppm e o PVO
20% a 688 ppm, apresentaram valores baixos comparados aos dos copolímeros de 10
e 20% numa faixa de 375 a 1879 ppm. A menor eficiência observada foi para a PAN
na concentração de 1879 ppm, tendo praticamente a mesma eficiência da
concentração de 63 ppm.
Algumas análises referentes aos valores de eficiência obtidos (Tabelas 13 a
16) podem ser feitas. As menores eficiências se concentram nas mais baixas
concentrações, como por exemplo, de 31 e 63 ppm. Na concentração de 31 ppm
numa condição de 40ºC e 60ºC por 2 h a PAN não apresentou eficiência alguma. As
maiores eficiências estão em 688 e 1879 ppm respectivamente, indo de valores de
57,4% a 75,0%. O que mais chama a atenção de todas essas Tabelas analisadas é
que a eficiência se mostra mais nítida nos copolímeros de PVO 10% e PVO 20%,
numa faixa que vai de 375 a 1879 ppm. O melhor resultado foi a do PVO 20% a
688 ppm na condição empregada de 40ºC por 2 h, que atingiu uma eficiência de 75%.
Para uma visualização comparativa, os gráficos com todos os dados
apresentados nas Tabelas 13 a 16, de eficiências de inibição em função dos teores de
cada polímero inibidor, são mostrados na Figura 28.
Na Figura 28 fica visualmente claro a diminuição da eficiência dos polímeros
na temperatura de 60ºC em comparação com os valores obtidos a 40ºC. Uma análise
de variância foi aplicada na comparação dos ensaios com diferentes temperaturas,
para os mesmos polímeros inibidores nas mesmas concentrações e tempo de
79
execução. Os dados de eficiência de inibição com diferenças estatisticamente
significativas (P < 0,05) entre as duas temperaturas ensaiadas são apresentados na
Tabela 17. Como pode se verificar, cerca de metade dos ensaios apresentou menor
eficiência estatisticamente significativa (P < 0,05) a 60ºC, e preferencialmente após
4 h. Em algumas condições, obteve-se a 60ºC, menos da metade da eficiência que a
40ºC. Assim pode-se concluir que a temperatura empregada de 60ºC não foi ideal
para alcançar resultados satisfatórios na inibição, principalmente para a PAN.
Tabela 17 - Polímeros com diminuição estatisticamente significativa (P < 0,05) (X)
das eficiências nos ensaios a 60ºC comparativamente a 40ºC
PAN
PVO 10%
PVO 20%
2 h
4 h
2 h
4 h
2 h
4 h
31 ppm
¾ ¾ ¾
X
*
¾ ¾
63 ppm
X
*
X
*
¾
X
*
¾
X
375 ppm
X X
¾ ¾ ¾ ¾
688 ppm
¾
X
¾ ¾
X X
*
1312 ppm
X
*
X
*
X X
¾ ¾
1879 ppm
¾
X
*
¾
X
¾ ¾
*Eficiência a 60ºC menor que a metade obtida a 40ºC.
Após as análises ficou evidente que os graus de incorporação teóricos
obtiveram resultados satisfatórios, tanto nas Tabelas que mostraram as taxa de
corrosão quanto, e principalmente, nas Tabelas que mostraram as eficiências dos
copolímeros. Isso mostra que os copolímeros de PVO 10% e PVO 20% foram
inibidores de corrosão eficazes na ação anticorrosiva e em muitas vezes
comparativamente mais eficientes que a PAN.
Portanto, a presença de grupos azóicos, como a 2-oxazolina, na estrutura
polimérica, contribuiu para a ação anticorrosiva, permitindo o emprego desses
polímeros como inibidores de corrosão para aço-carbono em meio ácido nas
condições de ensaio empregadas. Esse comportamento provavelmente se deve à
ação dos heteroátomos do anel oxazolínico que possuem elétrons livres promovendo
sua melhor adsorção na superfície do corpo de prova, formando um filme protetor
contra a corrosão, o que levou a resultados positivos na eficiência da inibição.
Os resultados, individuais das réplicas, dos ensaios de corrosão para todos os
polímeros e brancos são apresentados no Anexo II.
80
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Eficiência (%)
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Eficiência (%)
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Eficiência (%)
PAN
PVO 10%
PVO 20%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
31 63 375 688 1312 1879
ppm
Eficiência (%)
PAN
PVO 10%
PVO 20%
Figura 28 - Gráficos das eficiências de inibição em função dos teores dos polímeros inibidores
Os valores significativamente (P > 0,05) nulos são indicados (*)
60ºC
2 h
60ºC
4 h
40ºC
2 h
40ºC
4 h
*
*
*
*
*
*
*
*
81
6. CONCLUSÕES
De acordo com os resultados obtidos, são apresentadas as seguintes
conclusões:
· A reação de modificação química da poliacrilonitrila com a incorporação de
grupos 2-vinil-2-oxazolina foi efetiva, gerando os copolímeros de acrilonitrila e
2-vinil-2-oxazolina, como comprovado pelas análises de FTIR, DSC e TGA.
· Pelos ensaios de corrosão realizados, verificou-se que tanto a PAN, quanto os
copolímeros obtidos com diferentes graus de incorporação de grupos 2-vinil-2-
oxazolina, atuaram como inibidores de corrosão para aço-carbono em meio ácido
nas condições empregadas, apresentando taxas de corrosão inferiores ao do
branco para concentrações acima de 63 ppm.
· As concentrações acima de 688 ppm, apresentaram resultados sem diferenças
significativas o que indica uma possível "saturação" do sistema. Apenas nos
ensaios com PVO 20% a 60ºC por 4 h houve diferença significativa entre todas
as concentrações testadas.
· As eficiências de inibição, tanto para a PAN quanto para os copolímeros,
demonstraram que não houve variação entre 2 e 4 h de ensaio, indicando que a
modificação do homopolímero com os grupos oxazolínicos não afetou a
estabilidade da propriedade inibidora até o tempo máximo testado, com poucas
exceções.
· Ocorreu a diminuição da eficiência dos polímeros na temperatura de 60ºC
comparativamente aos valores obtidos a 40ºC.
· As eficiências foram mais altas para o PVO 10% e PVO 20% nas concentrações
entre 375 a 1879 ppm. A melhor eficiência de inibição foi de 75%, alcançada pelo
PVO 20% na concentração de 688 ppm no ensaio realizado a 40ºC por 2 h.
82
· Pelo apresentado ficou evidente que o grupo 2-oxazolina incorporado na cadeia
polimérica, em seus diferentes graus de incorporação teóricos, contribuiu para
alcançar resultados satisfatórios, para as eficiências de inibição. Isso indica que
os copolímeros de PVO 10% e PVO 20% foram inibidores de corrosão eficazes
na proteção do aço-carbono em meio ácido, sendo na maioria das vezes mais
eficientes que a PAN.
83
7. SUGESTÕES
· Realizar outros ensaios de corrosão com esses copolímeros em diferentes meios
corrosivos, temperaturas e utilizando outros metais como corpos de prova.
· Realizar ensaios de corrosão dinâmicos, como forma de verificar se esses
copolímeros podem ou não obter resultados mais satisfatórios que os estáticos.
· Sintetizar o polímero poli(2-vinil-2-oxazolina) mediante a substituição de 100%
dos grupos nitrilas da PAN por grupos 2-vinil-2-oxazolina e avaliar a sua
eficiência como inibidor de corrosão.
· Verificar o efeito provocado pela solução ácida sob as superfícies dos corpos de
prova por microscopia eletrônica e comparar esses resultados com os dos corpos
de prova que tiveram contato com os inibidores.
84
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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90
ANEXO A - Espectros de FTIR da PAN e dos copolímeros modificados
4000.0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 450.0
45.4
48
50
52
54
56
58
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
80
82
84
85.8
cm-1
%T
PAN (PI)
3436
2941
2244
1739
1627
1454
1372
1237
1073
772
537
Figura I - Espectro de FTIR da PAN
4000.0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 450.0
30.0
35
40
45
50
55
60
65
70
75
76.5
cm-1
%T
PVO-W (PI) 10%
3453
2939
2244
1738
1679
1627
1453
1374
1236
1040
951
857 772
606
538
Figura II - Espectro de FTIR do copolímero PVO 10%
91
4000.0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 450.0
36.2
40
45
50
55
60
65
70
75
78.7
cm-1
%T
PVO-W (PI) 20%
3452
2939
2244
1738
1680
1627
1453
1374
1236
1068
857 772
607
538
Figura III - Espectro de FTIR do copolímero PVO 20%
92
ANEXO B - Ensaios de corrosão
· Área do corpo de prova circular de aço-carbono (CP): 6,7117 cm
2
.
· Cálculo da taxa de corrosão (mg/cm
2
): Taxa de corrosão = Δmassa (g) / área do
corpo CP (cm
2
) x 1.000.
· Cálculo da eficiência de inibição (%): Eficiência= {[(taxa de corrosão do CP sem
inibidor) (taxa de corrosão do CP com inibidor)] / taxa de corrosão do CP sem
inibidor} x 100%.
Tabela I - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) + 50 mL (DMF) a 40°C
- branco
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
WO 261
2
2,3448 2,2791 0,0657 9,79
8,38
± 1,76
4,20
± 0,88
WO 262
2,3582 2,2864 0,0718 10,70
WO 263
2,2457 2,1952 0,0505 7,52
WO 264
2,3709 2,3264 0,0445 6,63
WO 265
2,2707 2,2219 0,0488 7,27
WO 266
4
2,2415 2,1451 0,0964 14,36
16,46
± 3,44
4,12
± 0,86
WO 267
2,3811 2,2451 0,1360 20,26
WO 268
2,2926 2,1572 0,1354 20,17
WO 269
2,2543 2,1616 0,0927 13,81
WO 270
2,2760 2,1840 0,0920 13,71
93
Tabela II - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 31 ppm
de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 51
2
2,3880 2,3206 0,0674 10,00
8,66
± 1,16
4,33
± 0,58
-3,1
± 25,6
WO 52
2,2969 2,2370 0,0599 8,92
WO 53
2,3748 2,3117 0,0631 9,40
WO 54
2,3572 2,3068 0,0504 7,51
WO 55
2,2510 2,2012 0,0498 7,42
WO 56
4
2,2817 2,2017 0,0800 11,90
13,81
± 1,65
3,45
± 0,41
16,3
± 20,1
WO 57
2,3358 2,2403 0,0955
14,20
WO 58
2,3626 2,2662 0,0964 14,40
WO 59
2,3422 2,2584 0,0838 12,50
WO 60
2,3159 2,2080 0,1079 16,10
Tabela III - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 31 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 281
2
2,2924 2,2571 0,0353 5,26
6,15
± 2,09
3,08
± 1,04
26,7
± 29,1
WO 282
2,3736 2,3215 0,0521 7,76
WO 283
2,3497 2,3119 0,0378 5,63
WO 284
2,3506 2,3276 0,0230 3,43
WO 285
2,3453 2,2871 0,0582 8,67
WO 286
4
2,2606 2,1999 0,0607 9,04
8,42
± 3,34
2,10
± 0,84
49,0
± 23,0
WO 287
2,3625 2,3230 0,0395 5,89
WO 288
2,3245 2,2941 0,0304 4,53
WO 289
2,2680 2,2035 0,0645 9,61
WO 290
2,3364 2,2490 0,0874 13,02
94
Tabela IV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 31 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 61
2
2,3768 2,3035 0,0733 10,90
8,04
± 1,83
4,02
± 0,91
4,3
± 29,5
WO 62
2,3361 2,2781 0,0580 8,64
WO 63
2,3127 2,2622 0,0505 7,52
WO 64
2,2495 2,2059 0,0436 6,50
WO 65
2,2701 2,2258 0,0443 6,60
WO 66
4
2,3404 2,2591 0,0813 12,10
12,26
± 1,64
3,06
± 0,41
25,7
± 18,4
WO 67
2,2871 2,2105 0,0766 11,40
WO 68
2,2842 2,2063 0,0779 11,60
WO 69
2,2342 2,1600 0,0742 11,10
WO 70
2,3767 2,2753 0,1014 15,10
Tabela V - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 63 ppm
de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 31
2
2,3227 2,2972 0,0255 3,80
4,99
± 0,88
2,50
± 0,44
40,5
± 16,3
WO 32
2,2037 2,1711 0,0326 4,86
WO 33
2,2573 2,2238 0,0335 4,99
WO 34
2,3560 2,3138 0,0422 6,29
WO 35
2,3602 2,3267 0,0335 4,99
WO 36
4
2,2754 2,2574 0,0180 2,68
8,89
± 3,68
2,22
± 0,92
46,1
± 25,0
WO 37
2,3579 2,2822 0,0757 11,30
WO 38
2,3754 2,2955 0,0799 11,90
WO 39
2,2369 2,1783 0,0586 8,73
WO 40
2,2691 2,2031 0,0660 9,83
95
Tabela VI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 63 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 291
2
2,2722 2,2376 0,0346 5,16
5,93
± 0,95
2,96
± 0,48
29,5
± 18,7
WO 292
2,3535 2,3183 0,0352 5,24
WO 293
2,3774 2,3300 0,0474 7,06
WO 294
2,3797 2,3335 0,0462 6,88
WO 295
2,3720 2,3363 0,0357 5,32
WO 296
4
2,2639 2,2083 0,0556 8,28
9,62
± 3,72
2,40
± 0,93
41,7
± 25,6
WO 297
2,3244 2,2541 0,0703 10,47
WO 298
2,3697 2,3382 0,0315 4,69
WO 299
2,2826 2,2177 0,0649 9,67
WO 300
2,3193 2,2189 0,1004 14,96
Tabela VII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 63 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do
CP
(g)
Massa
final do
CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência de
Inibição
(%)
WO 41
2
2,2880 2,2352 0,0528 7,87
6,26
± 1,42
3,13
± 0,71
25,5
± 23,0
WO 42
2,2875 2,2368 0,0507 7,55
WO 43
2,3391 2,2982 0,0409 6,09
WO 44
2,2730 2,2411 0,0319 4,75
WO 45
2,2634 2,2296 0,0338 5,04
WO 50
-
2*
4
2,3693 2,3146 0,0547 8,15
9,62
± 1,80
2,40
± 0,45
41,7
± 16,3
WO 47
2,3276 2,2739 0,0537
8,00
WO 49
-
2*
2,3622 2,3010 0,0612 9,10
WO 49
2,3399 2,2692 0,0707
10,50
WO 50
2,3332 2,2507 0,0825 12,30
* Ensaios que substituíram ensaios afastados da média pelo teste de Dixon.
96
Tabela VIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
375 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do
CP
(g)
Massa
final do
CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência de
Inibição
(%)
WO 15
-
2*
2
2,2596 2,2456 0,0140 2,09
2,66
± 0,36
1,33
± 0,18
68,3
± 7,9
WO 12
2,2666 2,2460 0,0206 3,07
WO 13
2,3740 2,3563 0,0177 2,64
WO 14
2,3797 2,3611 0,0186 2,77
WO 15
2,3726 2,3544 0,0182 2,71
WO 16
4
2,3632 2,2841 0,0791 11,79
6,12
± 3,28
1,53
± 0,82
62,9
± 21,4
WO 17
2,2659 2,2326 0,0333 4,96
WO 18
2,3492 2,3111 0,0381 5,68
WO 20
-
2
2,3662 2,3443 0,0219 3,28
WO 20
2,3510 2,3186 0,0324 4,83
* Ensaio que substituiu ensaio afastado da média pelo teste de Dixon.
Tabela IX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 375 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 301
2
2,3777 2,3539 0,0238 3,55
4,64
± 1,44
2,32
± 0,72
44,8
± 20,7
WO 302
2,3780 2,3419 0,0361 5,38
WO 30
3
2,3447 2,3195 0,0252 3,75
WO 304
2,3015 2,2556 0,0459 6,84
WO 305
2,3459 2,3213 0,0246 3,67
WO 306
4
2,3681 2,2865 0,0816 12,16
6,88
± 3,49
1,72
± 0,87
58,3
± 23,1
WO 307
2,3527 2,3363 0,0164 2,44
WO 308
2,3598 2,3197 0,0401 5,97
WO 309
2,2507 2,2068 0,0439 6,54
WO 310
2,3417 2,2927 0,0490 7,30
97
Tabela X - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 375 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do
CP
(g)
Massa
final do
CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 21
2
2,2935 2,2576 0,0359 5,35
2,99
± 2,18
1,50
± 1,09
64,3
± 27,0
WO 22
2,3727 2,3372 0,0355 5,29
WO 23
2,2653 2,2585 0,0068 1,01
WO 24
2,3183 2,3037 0,0146 2,18
WO 25
2,2486 2,2412 0,0074 1,10
WO 26
4
2,2860 2,2442 0,0418 6,23
6,77
± 1,33
1,69
± 0,33
59,0
± 11,7
WO 27
2,3160 2,2622 0,0538 8,02
WO 28
2,3776 2,3278 0,0498 7,42
WO 29
2,2330 2,2015 0,0315 4,69
WO 30
2,3783 2,3281 0,0502 7,48
Tabela XI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 688 ppm
de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 71
2
2,2996 2,2525 0,0471 7,02
6,13
± 1,74
3,06
± 0,87
27,1
± 25,7
WO 72
2,3793 2,3205 0,0588 8,76
WO 73
2,3553 2,3197 0,0356 5,30
WO 74
2,2814 2,2484 0,0330 4,92
WO 75
2,3733 2,3422 0,0311 4,63
WO 76
4
2,2711 2,2187 0,0524 7,81
7,71
± 3,29
1,93
± 0,82
53,2
± 22,2
WO 77
2,3747 2,2919 0,0828 12,3
WO 78
2,2630 2,2409 0,0221 3,29
WO 79
2,3987 2,3552 0,0435 6,48
WO 80
2,3765 2,3187 0,0578 8,61
98
Tabela XII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com 688 ppm
de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 201
2
2,3080 2,2861 0,0219 3,26
3,86
± 2,08
1,93
± 1,04
54,0
± 26,6
WO 202
2,3840 2,3611 0,0229 3,41
WO 20
3
2,3672 2,3413 0,0259 3,86
WO 204
2,3179 2,2694 0,0485 7,23
WO 205
2,3623 2,3521 0,0102 1,52
WO 206
4
2,2981 2,2132 0,0849 12,65
8,39
± 2,74
2,10
± 0,68
49,0
± 19,6
WO 207
2,2777 2,2340 0,0437 6,51
WO 208
2,2917 2,2268 0,0649 9,67
WO 209
2,2465 2,2030 0,0435 6,48
WO 210
2,3672 2,3225 0,0447 6,66
Tabela XIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 81
2
2,3105 2,2946 0,0159 2,37
2,11
± 0,81
1,05
± 0,40
75,0
± 10,9
WO 82
2,3442 2,3277 0,0165 2,46
WO 83
2,3587 2,3511 0,0076 1,13
WO 84
2,2700 2,2490 0,0210 3,13
WO 85
2,3349 2,3252 0,0097 1,45
WO 86
4
2,3896 2,3358 0,0538 8,02
5,10
± 2,19
1,28
± 0,55
68,9
± 14,8
WO 87
2,3675 2,3310 0,0365 5,44
WO 88
2,2372 2,2037 0,0335 4,99
WO 89
2,3060 2,2935 0,0125 1,86
WO 90
2,3726 2,3379 0,0347 5,17
99
Tabela XIV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1312 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 101
2
2,3755 2,3561 0,0194 2,89
2,95
± 2,31
1,47
± 1,15
65,0
± 28,3
WO 102
2,3529 2,3517 0,0012 0,18
WO 103
2,3758 2,3316 0,0442 6,59
WO 104
2,3732 2,3548 0,0184 2,74
WO 105
2,3706 2,3549 0,0157 2,34
WO 106
4
2,3691 2,3338 0,0353 5,26
5,36
± 1,14
1,34
± 0,28
67,5
± 9,6
WO 107
2,1667 2,1404 0,0263 3,92
WO 108
2,3809 2,3376 0,0433 6,45
WO 109
2,3770 2,3331 0,0439 6,54
WO 110
2,2778 2,2466 0,0312 4,65
Tabela XV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 211
2
2,2406 2,2334 0,0072 1,07
3,05
±1,61
1,52
± 0,80
63,8
± 20,5
WO 212
2,3356 2,3149 0,0207 3,08
WO 213
2,3423 2,3218 0,0205 3,05
WO 214
2,3139 2,2768 0,0371 5,53
WO 215
2,2088 2,1920 0,0168 2,50
WO 216
4
2,2755 2,2200 0,0555 8,27
5,54
± 1,60
1,38
± 0,40
66,5
± 12,0
WO 217
2,3806 2,3516 0,0290 4,32
WO 218
2,2815 2,2487 0,0328 4,89
WO 219
2,3766 2,3390 0,0376 5,60
WO 220
2,2964 2,2653 0,0311 4,63
100
Tabela XVI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 111
2
2,3475 2,3312 0,0163 2,43
2,85
± 0,44
1,42
± 0,22
66,2
± 8,8
WO 112
2,3666 2,3487 0,0179 2,67
WO 11
3
2,3549 2,3311 0,0238 3,55
WO 114
2,3478 2,3276 0,0202 3,01
WO 115
2,3787 2,3613 0,0174 2,59
WO 116
4
2,2971 2,2849 0,0122 1,82
6,62
± 4,34
1,66
± 1,08
59,7
± 27,5
WO 117
2,3579 2,3191 0,0388 5,78
WO 118
2,3776 2,2886 0,0890 13,3
WO 119
2,3893 2,3609 0,0284 4,23
WO 120
2,3688 2,3150 0,0538 8,02
Tabela XVII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1879 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 121
2
2,3844 2,3311 0,0533 7,94
5,50
± 3,45
2,75
± 1,72
34,5
± 43,2
WO 122
2,3225 2,3035 0,0190 2,83
W
O 123
2,3733 2,3203 0,0530 7,90
WO 124
2,3693 2,3641 0,0052 0,78
WO 125
2,3818 2,3277 0,0541 8,06
WO 126
4
2,3741 2,2937 0,0804 12,00
10,91
± 2,09
2,73
± 0,52
33,7
± 18,7
WO 127
2,2718 2,2108 0,0610 9,09
WO 128
2,3890 2,2972 0,0918 13,70
WO 129
2,3509 2,2759 0,0750 11,20
WO 130
2,2527 2,1949 0,0578 8,61
101
Tabela XVIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 221
2
2,2489 2,2311 0,0178 2,65
2,76
± 0,26
1,38
± 0,13
67,1
± 7,5
WO 222
2,3635 2,3452 0,0183 2,73
WO 223
2,3010 2,2839 0,0171 2,55
WO 224
2,3541 2,3325 0,0216 3,22
WO 225
2,2617 2,2439 0,0178 2,65
WO 226
4
2,2451 2,2120 0,0331 4,93
5,26
± 2,14
1,32
± 0,54
68,0
± 14,7
WO 227
2,3707 2,3133 0,0574 8,55
WO 228
2,2386 2,2052 0,0334 4,98
W
O 229
2,2057 2,1702 0,0355 5,29
WO 230
2,3525 2,3354 0,0171 2,55
Tabela XIX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 40ºC com
1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 131
2
2,3456 2,3267 0,0189 2,82
3,35
± 1,47
1,68
± 0,74
60,0
± 19,5
WO 132
2,3216 2,3138 0,0078 1,16
WO 13
3
2,3715 2,3399 0,0316 4,71
WO 134
2,3119 2,2807 0,0312 4,65
WO 135
2,3231 2,3002 0,0229 3,41
WO 136
4
2,3791 2,3217 0,0574 8,55
6,03
± 2,43
1,51
± 0,61
63,3
± 6,7
WO 137
2,2967 2,2621 0,0346 5,16
WO 138
2,2578 2,2187 0,0391 5,83
WO 139
2,2688 2,2146 0,0542 8,08
WO 140
2,3125 2,2955 0,0170 2,53
102
Tabela XX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) + 50 mL (DMF) a
60°C - branco
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
WO 271
2
2,2535 2,0917 0,1618 24,11
24,77
± 6,92
12,38
± 3,46
WO 272
2,3850 2,1877 0,1973 29,40
WO 273
2,3661 2,2785 0,0876 13,05
WO 274
2,2858 2,0865 0,1993 29,69
WO 275
2,3556 2,1704 0,1852 27,59
WO 276
4
2,2878 2,0666 0,2212 32,96
41,70
± 5,20
10,42
± 1,30
WO 277
2,2680 1,9815 0,2865 42,69
WO 278
2,2806 1,9654 0,3152 46,96
WO 279
2,1936 1,9069 0,2867 42,72
WO 280
2,3557 2,0660 0,2897 43,16
Tabela XXI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com 31 ppm
de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 311
2
2,2953 2,1650 0,1303 19,41
25,46
± 5,98
12,73
± 2,99
- 2,8
± 37,5
WO 312
2,4076 2,2614 0,1462 21,78
WO 313
2,3807 2,2121 0,1686 25,12
WO 314
2,3697 2,1343 0,2354 35,07
WO 315
2,3389 2,1650 0,1739 25,91
WO 316
4
2,3668 2,1522 0,2146 31,97
35,27
± 5,69
8,82
± 1,42
15,4
± 17,2
WO 317
2,3843 2,1967 0,1876 27,95
WO 318
2,3941 2,1361 0,2580 38,44
WO 319
2,2632 2,0264 0,2368 35,28
WO 320
2,3584 2,0719 0,2865 42,69
103
Tabela XXII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
31 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 341
2
2,2165 2,0985 0,1180 17,58
20,96
± 3,69
10,48
± 1,84
15,3
± 27,9
WO 342
2,2663 2,1495 0,1168 17,40
WO 34
3
2,3717 2,1990 0,1727 25,73
WO 344
2,3579 2,1991 0,1588 23,66
WO 345
2,3318 2,1947 0,1371 20,43
WO 346
4
2,3426 2,0794 0,2632 39,22
33,26
± 4,50
8,32
± 1,12
20,2
± 14,7
WO 347
2,2668 2,0207 0,2461 36,67
WO 348
2,2528 2,0455 0,2073 30,89
WO 349
2,3655 2,1749 0,1906 28,40
WO 350
2,2637 2,0549 0,2088 31,11
Tabela XXIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
31 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 371
2
2,1729 2,0640 0,1089 16,23
19,92
± 4,50
9,96
± 2,25
19,5
± 28,9
WO 372
2,3622 2,1803 0,1819 27,10
WO 373
2,3470 2,2092 0,1378 20,53
WO 374
2,2742 2,1415 0,1327 19,77
WO 375
2,3438 2,2365 0,1073 15,99
WO 376
4
2,2784 2,0860 0,1924 28,67
34,03
± 3,58
8,51
± 0,90
18,3
± 13,4
WO 377
2,3370 2,0849 0,2521 37,56
WO 378
2,4188 2,1862 0,2326 34,66
WO 379
2,3009 2,0826 0,2183 32,53
WO 380
2,3712 2,1247 0,2465 36,73
104
Tabela XXIV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
63 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 321
2
2,2654 2,1492 0,1162 17,31
21,21
± 2,43
10,60
± 1,21
14,4
± 25,8
WO 322
2,3138 2,1539 0,1599 23,82
WO 3
23
2,3376 2,1931 0,1445 21,53
WO 324
2,3778 2,2276 0,1502 22,38
WO 325
2,3331 2,1921 0,1410 21,01
WO 326
4
2,3461 2,1849 0,1612 24,02
33,64
± 8,13
8,41
± 2,03
19,3
± 21,9
WO 327
2,3580 2,1065 0,2515 37,47
WO 328
2,2998 2,0940 0,2058 30,66
WO 329
2,3596 2,0547 0,3049 45,43
WO 330
2,2028 1,9974 0,2054 30,60
Tabela XXV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
63 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 351
2
2,3120 2,2468 0,0652 9,71
13,73
± 5,61
6,86
± 2,80
44,6
± 27,4
WO 352
2,3098 2,1710 0,1388 20,68
WO 35
3
2,3422 2,2817 0,0605 9,01
WO 354
2,3421 2,2148 0,1273 18,97
WO 355
2,3840 2,3151 0,0689 10,27
WO 356
4
2,2551 2,0585 0,1966 29,29
33,77
± 2,68
8,44
± 0,67
19,0
± 12,0
WO 357
2,3385 2,0952 0,2433 36,25
WO 358
2,3752 2,1411 0,2341 34,88
WO 359
2,3718 2,1376 0,2342 34,89
WO 360
2,3150 2,0899 0,2251 33,54
105
Tabela XXVI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
63 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 381
2
2,3508 2,2470 0,1038 15,47
13,86
± 5,45
6,94
± 2,72
43,9
± 27,0
WO 382
2,2816 2,1639 0,1177 17,54
WO 3
83
2,3834 2,2493 0,1341 19,98
WO 384
2,3239 2,2723 0,0516 7,69
WO 385
2,3467 2,2887 0,0580 8,64
WO 386
4
2,3478 2,1515 0,1963 29,25
32,17
± 4,60
8,04
± 1,15
22,8
± 14,6
WO 387
2,3042 2,1050 0,1992 29,68
WO 388
2,3565 2,0921 0,2644 39,39
WO 389
2,2890 2,0981 0,1909 28,44
WO 390
2,3375 2,1087 0,2288 34,09
Tabela XXVII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
375 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 331
2
2,3731 2,2974 0,0757 11,28
12,61
± 1,86
6,30
± 0,93
49,1
± 16,1
WO 332
2,3586 2,2808 0,0778 11,59
WO 333
2,3448 2,2597 0,0851 12,68
WO 334
2,3501 2,2716 0,0785 11,70
WO 335
2,3612 2,2552 0,1060 15,79
WO 336
4
2,3031 2,0660 0,2371 35,33
25,91
± 5,91
6,48
± 1,48
37,8
± 16,2
WO 337
2,2246 2,0760 0,1486 22,14
WO 338
2,3793 2,1898 0,1895 28,23
WO 339
2,3503 2,2037 0,1466 21,84
WO 340
2,2424 2,0946 0,1478 22,02
106
Tabela XXVIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
375 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 361
2
2,2952 2,2220 0,0732 10,91
10,75
± 3,03
5,38
± 1,52
56,5
± 17,3
WO 362
2,3820 2,2997 0,0823 12,26
WO 36
3
2,3489 2,3093 0,0396 5,90
WO 364
2,3000 2,2285 0,0715 10,65
WO 365
2,2550 2,1608 0,0942 14,04
WO 366
4
2,2583 2,1281 0,1302 19,40
22,52
± 4,50
5,63
± 1,12
46,0
± 12,7
WO 367
2,3145 2,1609 0,1536 22,89
WO 368
2,3859 2,2660 0,1199 17,86
WO 369
2,3602 2,1619 0,1983 29,55
WO 370
2,3294 2,1757 0,1537 22,90
Tabela XXIX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
375 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 391
2
2,3662 2,2937 0,0725 10,80
12,65
± 2,69
6,32
± 1,34
48,9
± 17,9
WO 392
2,3724 2,2680 0,1044 15,55
WO 39
3
2,2194 2,1483 0,0711 10,59
WO 394
2,3039 2,2324 0,0715 10,65
WO 395
2,3766 2,2717 0,1049 15,63
WO 396
4
2,3639 2,2476 0,1163 17,33
20,20
± 3,95
5,05
± 0,99
51,5
± 11,3
WO 397
2,3673 2,2353 0,1320 19,67
WO 398
2,2320 2,1117 0,1203 17,92
WO 399
2,3539 2,2262 0,1277 19,03
WO 400
2,3916 2,2099 0,1817 27,07
107
Tabela XXX - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
688 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 141
2
2,2615 2,1548 0,1067 15,90
16,48
± 0,48
8,24
± 0,24
33,4
± 18,7
WO 142
2,3722 2,2570 0,1152 17,16
WO 143
2,2472 2,1351 0,1121 16,70
WO 144
2,2956 2,1861 0,1095 16,31
WO 145
2,2043 2,0949 0,1094 16,30
WO 146
4
2,2692 2,0947 0,1745 26,00
26,75
± 2,51
6,69
± 0,63
35,8
± 10,0
WO 147
2,3545 2,1877 0,1668 24,85
WO 148
2,3712 2,2055 0,1657 24,69
WO 149
2,3346 2,1279 0,2067 30,80
WO 150
2,2389 2,0550 0,1839 27,40
Tabela XXXI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 231
2
2,2700 2,1905 0,0795 11,84
12,94
± 1,70
6,47
± 0,85
47,7
± 16,1
WO 232
2,1853 2,1072 0,0781 11,64
WO 233
2,3207 2,2279 0,0928 13,83
WO 234
2,2693 2,1897 0,0796 11,86
WO 235
2,3369 2,2326 0,1043 15,54
WO 236
4
2,3118 2,1679 0,1439 21,44
20,71
± 5,74
5,18
± 1,44
50,3
± 15,1
WO 2
37
2,2921 2,1207 0,1714 25,54
WO 238
2,2428 2,1035 0,1393 20,75
WO 239
2,2981 2,2234 0,0747 11,13
WO 240
2,3461 2,1803 0,1658 24,70
108
Tabela XXXII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
688 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO
151
2
2,3314 2,2482 0,0832 12,40
11,42
± 3,25
5,70
± 1,62
54,0
± 18,4
WO 152
2,3028 2,2631 0,0397 5,92
WO 153
2,3564 2,2585 0,0979 14,59
WO 154
2,1941 2,1129 0,0812 12,10
WO 155
2,2767 2,1953 0,0814 12,13
WO 156
4
2,3729 2,1972 0,1757 26,18
28,37
± 5,19
7,09
± 1,30
32,0
± 15,1
WO 157
2,3620 2,1699 0,1921 28,62
WO 158
2,3670 2,1577 0,2093 31,18
WO 159
2,3010 2,1597 0,1413 21,05
WO 160
2,3436 2,1101 0,2335 34,79
Tabela XXXIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
1312 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 161
2
2,3069 2,1684 0,1385 20,64
16,80
± 2,58
8,40
± 1,29
32,1
± 21,6
WO 162
2,2110 2,1031 0,1079 16,08
WO 163
2,3443 2,2531 0,0912 13,59
WO 164
2,3623 2,2540 0,1083 16,14
WO 165
2,2946 2,1766 0,1180 17,58
WO 166
4
2,2624 2,0743 0,1881 28,03
30,88
± 3,45
7,72
± 0,86
25,9
± 12,4
WO 167
2,2959 2,0963 0,1996 29,74
WO 168
2,3717 2,1394 0,2323 34,61
WO 169
2,2680 2,0831 0,1849 27,55
WO 170
2,3985 2,1670 0,2315 34,49
109
Tabela XXXIV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 241
2
2,3835 2,2804 0,1031 15,36
14,30
± 1,31
7,15
± 0,66
42,2
± 17,0
WO 242
2,3718 2,2662 0,1056 15,73
WO 243
2,3940 2,2985 0,0955 14,23
WO 244
2,3355 2,2518 0,0837 12,47
WO
245
2,2909 2,1990 0,0919 13,69
WO 246
4
2,3668 2,2241 0,1427 21,26
23,85
± 2,94
5,96
± 0,74
42,8
± 10,1
WO 247
2,3088 2,1409 0,1679 25,02
WO 248
2,3590 2,2022 0,1568 23,36
WO 249
2,3716 2,2285 0,1431 21,32
WO 250
2,3760 2,1860 0,1900 28,31
Tabela XXXV - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
1312 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δ Massa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 171
2
2,3657 2,2903 0,0754 11,23
10,18
± 2,55
5,08
± 1,28
59,0
± 15,4
WO 172
2,3870 2,3107 0,0763 11,37
WO 173
2,3171 2,2793 0,0378 5,63
WO 174
2,2569 2,1793 0,0776 11,56
WO 175
2,2728 2,1984 0,0744 11,09
WO 176
4
2,2710 2,1516 0,1194 17,79
21,31
± 3,45
5,33
± 0,86
48,8
± 10,4
WO 177
2,3896 2,2445 0,1451 21,62
WO 178
2,3841 2,2102 0,1739 25,91
WO 179
2,2766 2,1554 0,1212 18,06
WO 180
2,4192 2,2638 0,1554 23,15
110
Tabela XXXVI - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
1879 ppm de poliacrilonitrila
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 181
2
2,2563 2,1536 0,1027 15,30
16,78
± 1,31
8,40
± 0,66
32,1
± 19,7
WO 182
2,3622 2,2453 0,1169 17,42
WO 183
2,3959 2,2711 0,1248 18,59
WO 184
2,2748 2,1688 0,1060 15,79
WO 185
2,3434 2,2307 0,1127 16,79
WO 186
4
2,3741 2,1505 0,2236 33,31
34,63
± 3,82
8,66
± 0,96
16,9
± 13,9
WO 187
2,3608 2,0844 0,2764 41,18
WO 188
2,3524 2,1299 0,2225 33,15
WO 1
89
2,3846 2,1548 0,2298 34,24
WO 190
2,3535 2,1436 0,2099 31,27
Tabela XXXVII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 10%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 251
2
2,2649 2,1919 0,0730 10,88
9,75
± 2,40
4,88
± 1,20
60,6
± 14,7
WO 252
2,2673 2,1918 0,0755 11,25
WO 253
2,2942 2,2573 0,0369 5,50
WO 254
2,2969 2,2255 0,0714 10,64
WO 255
2,3651 2,2946 0,0705 10,50
WO 256
4
2,3681 2,1970 0,1711 25,49
22,56
± 5,58
5,64
± 1,40
45,9
± 15,0
WO 257
2,2908 2,1681 0,1227 18,28
WO 258
2,3219 2,2016 0,1203 17,92
WO 259
2,3657 2,1580 0,2077 30,95
WO 260
2,2585 2,1231 0,1354 20,17
111
Tabela XXXVIII - Ensaios de corrosão em solução de HCl 10% (m/v) a 60ºC com
1879 ppm de poli[acrilonitrila-co-(2-vinil-2-oxazolina)] 20%
CP
Tempo
de ensaio
(h)
Massa
inicial do CP
(g)
Massa
final do CP
(g)
Δmassa
(g)
Taxa de
corrosão
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média
(mg/cm
2
)
Taxa de
corrosão
média/hora
(mg/cm
2
.h)
Eficiência
de Inibição
(%)
WO 191
2
2,2714 2,2107 0,0607 9,04
9,05
± 3,93
4,52
± 1,96
63,5
± 18,8
WO 192
2,3047 2,2726 0,0321 4,78
WO 193
2,2794 2,1885 0,0909 13,54
WO 194
2,3062 2,2232 0,0830 12,37
WO 195
2,2501 2,2131 0,0370 5,51
WO 196
4
2,3282 2,2142 0,1140 16,99
17,72
± 2,56
4,44
± 0,64
57,4
± 8,1
WO 197
2,3868 2,2372 0,1496 22,29
WO 198
2,2706 2,1597 0,1109 16,52
WO 199
2,3655 2,2545 0,1110 16,54
WO 200
2,3639 2,2546 0,1093 16,28
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