74
inespecífica encontraram valores de flexão pélvica variando entre 23,2°
e 23,4° (0,1°) e de flexão sacral na altura de S2 variando de 24,9° a
25,3° (0,5°) e na altura de L3 variando de 26,8° a 27,2° (0,4°) ao longo
do ciclo de pedalada para os ciclistas saudáveis. Já para os ciclistas com
dor lombar estes valores variaram, respectivamente entre 15° e 16,1°
(1,1°), manteve-se em 38,6° (0°) e 18,9° e 19,3° (0,4°). Em relação a
rotação, para os ciclistas saudáveis, encontraram valores de rotação
pélvica variando entre 5,6° e 6,4° (0,9°), rotação sacral na altura de S2
variando entre 1,6° e 2,2° (0,6°) e na altura de L3 variando entre 3,4° e
7,8° (4,4°) ao longo do ciclo de pedalada. Para os ciclistas com dor estes
valores variaram, respectivamente entre 5,2° e 8,1° (2,9°), manteve-se
em 3,4° (0°) e entre 5,1° e 5,3° (0,2°). Estes achados mostram que a
cinemática da coluna para ambos os grupos manteve-se estável ao longo
do ciclo de pedalada (sem diferenças estatisticamente significativas).
Estes dados apresentaram amplitudes menores às encontradas nos
estudos de Usabiaga et al. (1997), Kleinpaul (2007) e Kleinpaul et al. (2008) e
também no presente estudo. A utilização de uma bicicleta desajustada
pode provocar a ocorrência de desconfortos e dores corporais, dentre
elas, dor lombar, pélvica e cervical que podem ser agravadas devido à
prática continuada (MARTINS et al., 2006a) e, devido a ocorrência de
desconforto ou dor, ocorrem ações antecipatórias que limitam a
amplitude de movimento (CALLAGHAN; PATLA; MCGILL, 1999).
White e Panjabi (1978b) apresentam as amplitudes dos segmentos
da coluna nas três direções. A maior flexão-extensão em L1-L2 foi de
12°, aumentando para 19° em L5-S1, a inclinação lateral variou, mas
diminuiu em direção a S1 e a rotação apresentou as menores amplitudes,
sendo que em S1 ocorreu a maior rotação (4°). Deve ser notado que,
embora a coluna toraco-lombar ser considerada uma única estrutura, o
movimento no plano sagital origina-se primeiramente na região lombar,
enquanto que a mobilidade neste plano geralmente diminui na
extremidade inferior da coluna lombar comparada às regiões torácicas
superiores (WHITE e PANJABI, 1978b). No presente estudo, os valores de
flexão também aumentaram na porção inferior, só que apresentaram
valores menores (2,9° em L4-L5 na situação ajustada e de 2,7º em L5-
S1 na situação desajustada) (Figuras 16 e 17), a inclinação lateral
também diminuiu em direção a L5-S1 em ambas as situações, só que
apresentaram valores maiores (19° na situação ajustada e 15º na situação
desajustada em L1-L2) (Figuras 18 e 19), enquanto que as maiores
amplitudes de rotação ocorreram em L2 e L5 em ambas as situações
(11º ajustado e 8º desajustado) (Figuras 20 e 21).
No estudo de Van Herp et al. (2000) avaliando a cinemática 3D de