29
2.4.2.2 - Concretos estruturais
As propriedades mecânicas dos concretos são mais variáveis que as dos aços. PHAN e
CARINO apud WANG (2002) desenvolveram um estudo das propriedades mecânicas
de concretos em altas temperaturas (incluindo-se concretos de alta resistência) e
observaram que os valores apresentados no EN 1994-1-2:2005 podem ser considerados
como um limite inferior para vários ensaios de concretos com resistências usuais.
O EN 1994-1-2:2005 apresenta a degenerescência da resistência à compressão uniaxial
(
f
c
), representada pelo fator k
c,
θ
, e a deformação correspondente à resistência à
compressão uniaxial (
ε
cu
) para os concretos de densidade normal (NC) e para os
concretos leves (LC) com o aumento da temperatura, conforme a TAB.2.3.
TABELA 2.3 – Fatores de redução para os concretos estruturais
c
c
c
f
f
k
θ
θ
,
,
=
c
c
Ec
E
E
k
θ
θ
,
,
=
θ
,cu
Temperatura
θ
(ºC)
NC LC NC LC NC
20 1,000 1,000 1,000 1,000 0,0025
100 1,000 1,000 0,625 0,625 0,0040
200 0,950 1,000 0,432 0,455 0,0055
300 0,850 1,000 0,304 0,357 0,0070
400 0,750 0,880 0,188 0,220 0,0100
500 0,600 0,760 0,100 0,127 0,0150
600 0,450 0,640 0,045 0,064 0,0250
700 0,300 0,520 0,030 0,052 0,0250
800 0,150 0,400 0,015 0,040 0,0250
900 0,080 0,280 0,008 0,028 0,0250
1000 0,040 0,160 0,004 0,016 0,0250
1100 0,010 0,040 0,001 0,004 0,0250
1200 0,000 0,000 0,000 0,000 0,0250
Nota: O símbolo NC denota o concreto de densidade normal e LC o concreto leve.
Segundo o EN 1994-1-2:2005, o módulo de Young do concreto em altas temperaturas
(
E
c,
θ
) e o módulo secante (E
c,sec,
θ
) podem ser obtidos pelas expressões:
θ
θ
θ
ε
,
,
,
2
3
cu
c
c
f
E =
(2.7)
θ
θ
θ
ε
,
,
sec,,
cu
c
c
f
E =
(2.8)