Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
SELEÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PEPTÍDEOS MIMÉTICOS A
PROTEÍNAS TUMORAIS NO ESTADIAMENTO CLÍNICO-PATOLÓGICO
DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Patrícia Tieme Fujimura
Uberlândia MG
2010
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
II
Patrícia Tieme Fujimura
SELEÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PEPTÍDEOS MIMÉTICOS A
PROTEÍNAS TUMORAIS NO ESTADIAMENTO CLÍNICO-PATOLÓGICO
DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Orientador: Carlos Ueira Vieira
Co-orientador: Luiz Ricardo Goulart
Uberlândia MG
2010
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Uberlândia como requisito
parcial para obtenção do Título de Mestre
em Ciências da Saúde (Área Genética
Molecular).
Orientador: Prof. Dr. Carlos Ueira
Vieria
ads:
III
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
SELEÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PEPTÍDEOS MIMÉTICOS A
PROTEÍNAS TUMORAIS NO ESTADIAMENTO CLÍNICO-PATOLÓGICO
DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Patrícia Tieme Fujimura
Comissão Examinadora:
Orientador: Prof. Dr. Carlos Ueira Vieira
Examinadores Titulares: Dr. Guilherme Lino Rocha de Souza (UFG)
Dra. Cristiana Soares de Sousa (FUCAMP)
Dra. Maria Aparecida de Souza (UFU)
Data da Defesa: 23/02/2010
As sugestões da Comissão Examinadora e as Normas PGCS para o formato da
dissertação foram contempladas.
________________________________
Prof. Dr. Carlos Ueira Vieira
Uberlândia, 23/02
Uberlândia MG
IV
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
F961s
Fujimura, Patrícia Tieme, 1981-
Seleção e caracterização de peptídeos miméticos a proteínas tumo-
rais no estadiamento clínico-patológico do câncer de próstata [manus-
crito] / Patrícia Tieme Fujimura. - 2010.
95 f. : il.
Orientador: Carlos Ueira Vieira.
Co-orientador: Luiz Ricardo Goulart.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Progra-
ma des-Graduação em Ciências da Saúde.
Inclui bibliografia.
1.1 1. Próstata - Câncer - Teses. 2. Peptídios - Teses. I. Vieira, Carlos
Ueira. II. Goulart Filho, Luiz Ricardo, 1962- . III. Universidade Federal
2.1 de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. IV.
Título.
CDU: 616.65-006.6
Elaborado pelo Sistema de Bibliotecas da UFU / Setor de Catalogação e Classificação
V
DEDICATÓRIA
VI
VII
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Dr. Carlos Ueira, pela oportunidade,
confiança, e, principalmente, pelo exemplo de dedicação e de
vontade de fazer pesquisa;
Ao meu co-orinetador Luiz Ricardo Goulart, que me apoiou e
me disponibilizou o laboratório para a realização desta
pesquisa
Às minhas amigas, Carol Reis, Ana Paula Carneiro, Carol
Siqueroli, Juliana Franco, Fabys e Thaíse pelo carinho e pela
ajuda nos momentos difíceis da pesquisa;
Yara Cristina P. Maia, pela bela amizade e por ser
sempre paciente, graciosa e delicada comigo;
Ao Xiton, Rafael, Galber e Rone Cardoso, pela
amizade e carinho;
Ao Fausto Capparelli, pela amizade sincera e pela força
em momentos de fraqueza;
A Ângela Sena pela amizade, carinho, mas
principalmente, por ter doado parte de seu tempo para a
conclusão desse trabalho;
A todos os meus amigos de laboratório que me
proporcionaram momentos de alegria e distração;
Ao CNPQ que financiou esta pesquisa;
A UFU por oferecer um ensino e pesquisa de qualidade;
VIII
RESUMO
O câncer de próstata (CaP) tem sido considerado a segunda causa de óbitos por
tumor em homens, sendo superado apenas pelo câncer de pulmão. A investigação
clínica do CaP baseia-se no exame físico, através do toque retal, na ultrassonografia
transretal e no exame sorológico do PSA. No entanto, devido a altas taxas de falso-
positivo associado à hiperplasia benigna da próstata (HPB), têm estimulado muitos
pesquisadores a identificar novos antígenos ou genes específicos do câncer de próstata,
a estudar o reconhecimento molecular em câncer, além de buscar ferramentas
inovadoras de diagnósticos e prognósticos, que ao serem associados aos novos
biomarcadores, promovem o desenvolvimento de plataforma de detecção mais rápido
que auxilie a conduta clínica a terapias específicas. Neste trabalho, foram isolados
peptídeos reconhecidos por anticorpos purificados a partir do soro de pacientes com
câncer de próstata por meio da metodologia de Phage Display, e padronizou-se o
acoplamento dos fagos às microesferas para o desenvolvimento de uma plataforma de
diagnóstico. Para seleção dos peptídeos foi realizado um bioppaning subtrativo, seguida
de uma seleção positiva utilizando uma biblioteca de peptídeos Ph.D.-C7C expressa na
superfície do fago filamentoso M13. O DNA dos clones selecionados foi seqüenciado,
traduzido, e os diversos clones foram submetidos aos ensaios de ELISA e
bioinformática. A análise das seqüências de clones selecionados apresentou um motivo
comum FPWL os quais relacionavam com o estadiamento do tumor pT1 e pT2, e
especificamente com câncer associado à neoplasia intra-epitelial prostática. Um clone
com a seqüência diferente reconheceu as imunoglobulinas presente no estadiamento T4
nenhum para pT3. Em relação à bioinformática, o consenso gerado pelos peptídeos mais
reativos alinhou-se as proteínas do envelope do capsídeo viral do endovírus humano
(HERV), reforçando as hipóteses que infecção viral associado à inflamação pode estar
relacionada aos processos de tumorigênese. Já para o procedimento de acoplamento dos
clones nas microesferas utilizou-se diferentes tampões em diversos pHs, e verificou que
a conjugação foi eficiente, exceto para o tampão Fosfato de sódio 1,2M pH 10,2. Dessa
forma, explorar a resposta humoral diferencial (autoanticorpos) do ncer associado à
metodologia de Phage Display, pode nos fornecer potenciais alvos de tumorais, que
podem ser utilizados em diagnóstico, prognóstico e terapêutica da doença. Além disso,
o desenvolvimento de uma de metodologias novas de diagnóstico pode fornecer
resultados mais rápidos e com menor custo.
Palavras chaves: Phage Display, marcadores tumorais, etiologia do câncer,
microsesferas e plataformas de diagnósticos.
IX
ABSTRACT
Prostate cancer is the second cause of deaths by tumor in men, surpassed only to lung
cancer. Currently, PSA (prostate-specific antigen) is clinical test of choice for PCa
detection and treatment. However, the limitations of the PSA test such as large number
of false positive results and unnecessary biopsies indicate the need for other means of
screening for this neoplasm. Identification of new genes or antigens specific for prostate
cancer, study of molecular recognition, and innovation in cancer diagnostics, can
provide the development of new biomarkers, specific therapies, as well as provide faster
diagnostic to assist doctors. This work was performed a screening method based on
phage display to select peptides recognized by the repertoire of circulating tumor-
associated antibodies and standardized the coupling of the phages to microspheres for
the development of a diagnostic platform to obtain or biomarkers in the discovery of
new etiologies for the tumor. We isolated peptides recognized by purified antibodies
from serum of prostate cancer patients. For selection of peptides was performed a
subtractive bioppaning, followed by positive selection using a library of peptides Ph.D.-
C7C expressed on the surface of filamentous phage M13. The DNA from selected
phages was sequenced, translated, and the various clones were subjected to ELISA
assays and bioinformatics. Analysis of the sequences of selected clones had a common
reason FPWL, which were linked with tumor staging pT1 and pT2, and specifically to
cancer associated with prostatic intraepithelial neoplasia. One clone with a different
sequence recognized the tumor staging pT4 and none for pT3. Procedure for the
coupling of the phages used in the microspheres is different in different pH buffers and
found that the combination was effective, except for the sodium phosphate buffer 1.2 M
pH 10.2. Exploiting the differential humoral response to cancer through may identify
molecular markers and targets for diagnostic and therapeutic intervention. Furthermore,
the development of a new diagnostic methods can provide results faster and with less
cost.
Key words: Phage Display, tumor markers, cancer etiology, immunomagnetic beads,
diagnostic platforms.
X
LISTA DE ABREVIAÇÕES
AIP- Atrofia inflamatória proliferativa
BLASTp (Basic Local Alignment Search Tool), programa de busca por alinhamento.
BSA- (Bovine Serum Albumin), Soro Albumina Bovina
CEP/UFU- Cômite de Ética e Pesquisa da UFU
cDNA- DNA complementar
CaP- câncer de próstata
DAB- 3-3’ – (diaminobenzidine tetrahydrochloride), tetrahidrocloreto diaminobenzidina
DNA- Ácido desoribonucléico
DNA2PRO- Programa do RELIC destinado a tradução do DNA
ELISA- (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), Imunoensaio enzimático
EUA- Estados Unidos da América
HC- Hospital das Clínicas
HE- Hematoxilina e eosina
HPB- Hiplerplasia beningna da próstata
HRP- (Horse radish peroxidase), marcação com peroxidase
INCA- Instituto Nacional do Câncer
IPTG- (Isopropyl-beta-D-thiogalactopyranoside)
LB- Meio de cultura Luria-Bertani
MOTIF2- Programa disponível no RELIC para busca de motivos
NEG- Negativo
XI
NIP- neoplasia intra-epitelial prostática
OD- Densidade ótica
OPD- Orto-fenilenodiamina
pIII- Proteína três do capsídeo do fago
pVI- Proteína seis do capsídeo do fago
pVII- Proteína sete do capsídeo do fago
pVIII- Proteína oito do capsídeo do fago
pIX Proteína nove do capsídeo do fago
PBS- Tampão fosfato salino
pH- Potencial Hidrogeniônico
Ph.D.- C7C- Biblioteca comercial de Phage Display de 7 aminoácidos conformacionais
RELIC- (Receptor Ligands Contacts), site com programas disponíveis on-line para análise
de seqüências peptídicas
SEL- selvagem
T.A- Temperatura ambiente
TNM- Estadiamento: Tamanho do tumor (T); acometimento de nódulos (N); metástase à
distância (M)
TBS- Tampão Tris-Nacl
TBST Tampão Tris-Nacl com tween 20
UFU- Universidade Federal de Uberlândia
UNIPROT- (Universal Protein Resource)
XGal- 5-Bromo-4-cloro-3indolil- α-D-galactosídeo
XII
LISTA DE NOTAÇÕES
°C- Graus Celsius
dL- decilitro
g- gramas
M- Molar
mcg- micrograma
mg- miligrama
mim- minuto
mL- mililitro
mM- milimolar
mUI- miliunidades
N- normal
ng- nanogramas
pmol- picomol
rpm- rotações por minuto
μL- microlitro
μm- micrometro
XIII
Lista de Aminácidos:
Alanina
Ala
A
Arginina
Arg
R
Asparagina
Asn
N
Ácido aspártico
Asp
D
Cisteína
Cis
C
Ácido glutâmico
Glu
E
Glutamina
Gln
Q
Glicina
Gly
G
Histidina
His
H
Isoleucina
Ile
I
Leucina
Leu
L
Lisina
Lys
K
Metionina
Met
M
Fenilalanina
Fen
F
Prolina
Pro
P
Serina
Ser
S
Treonina
Thr
T
Triptofano
Trp
W
Tirosina
Tyr
Y
Valina
Val
V
XIV
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Fago filamentoso................................................................................................8
Figura 2. Ataque nucleofílico de amino primário ou secundário a microesfera
magnética.........................................................................................................................11
Figura 3. Estratégia para identificação de epítopos tumorais antigênicos usando
biblioteca de peptídeo randômico por Phage Display.....................................................20
Figura 4. Ensaio de beads-ELISA para o acoplamento de IgGs.....................................31
Figura 5. Ensaio de beads-ELISA para o teste de enriquecimento.................................33
Figura 6. Painel de pré-validação dos clones reconhecidos por IgG de pacientes com
CaP em diferentes estadiamento......................................................................................36
Figura 7. Análise do primeiro grupo de clones selecionados especificamente pelos
anticorpos dos diferentes tipos de pool de soro de pT1, pT2, pT3, pT4 de pacientes.....37
Figura 8. Análise de clones selecionados especificamente pelos anticorpos dos
diferentes tipos de pool de soro de pT1, pT2, pT3, pT4 de pacientes.............................38
Figura 9. Análise de clones selecionados especificamente pelos anticorpos dos
diferentes tipos de pool de soro de pT1, pT2, pT3, pT4 de pacientes.............................39
Figura 10. Ensaio de Beads-ELISA,com fagos e BSA acoplado nas microesferas........44
Figura 11. Teste de bloqueio da pIII...............................................................................45
XV
LISTA DE TABELAS
Tabela I. Caracterização clínica das amostras utilizadas.................................................17
Tabela II. Relação do tipo e da quantidade dos tampões utilizados versus o teste de
acoplamento do fago selecionado (F1 - CaP)..................................................................28
Tabela III. Seleção dos fagos com peptídeos ligantes aos anticorpos policlonais IgG
anti-CaP. Título obtido (pfu) no processo de seleção dos fagos por imunoafinidade.....32
Tabela IV. Freqüência dos clones de fagos seqüenciados em diferentes
estadiamentos...................................................................................................................34
Tabela V. Alinhamento dos peptídeos selecionados pelo Programa clustalW................40
Tabela VI. Alinhamento das seqüências consenso dos peptídeos selecionados,
mostrando as similaridades encontradas com as proteínas anotadas no banco de dados
do GeneBank pelo BLAST, com os números de acesso no Swissprot, e sua regiões de
prováveis epítopos antigênicos lineares feita de acordo com o programa
Bepipred...........................................................................................................................41
Tabela VII. Freqüência de pacientes positivos para o teste de ELISA sobre o valor total
de pacientes diagnosticado nos três clones......................................................................42
Tabela VIII. Comparação de dados estatísticos epidemiológicos entre o CaP geral e CaP
associado ao NIP.............................................................................................................43
Tabela IX. Quantificação dos beads em Câmara de Neubauer........................................44
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................1
1.1 Epidemiologia e etiologia do câncer de próstata................................................2
1.2 Aspectos Imunológicos.......................................................................................3
1.3 Aspectos moleculares.........................................................................................4
1.4 Detecção do câncer e Phage display...................................................................6
1.5 Plataforma tecnológica.......................................................................................9
2 OBJETIVO..........................................................................................................13
2.1 Objetivos Gerais...............................................................................................14
2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................14
3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................15
3.1 Obtenção das amostras e seleção das amostras................................................16
3.2 Acoplamento das IgGs nas microesferas proteína G........................................18
3.3 Seleção dos peptídeos recombinantes...............................................................19
3.3.1 Biopanning (Seleção de Fagos).....................................................................19
3.3.2 Titulações.......................................................................................................21
3.3.3 Análise de enriquecimento do panning: Teste Bead-ELISA.........................22
3.3.4 Extração de DNA de Fagos...........................................................................22
3.3.5 Sequenciamento.............................................................................................23
3.3.6 Pré-screening Phage-ELISA.........................................................................24
3.3.7 Screening dos fagos escolhidos com soros de pT1, pT2, pT3, pT4.............24
3.3.8 Análise de dados pela Bioinformática...........................................................25
3.3.9 Screening dos fagos escolhidos com soros individuais.................................26
3.4 Desenvolvimento de uma plataforma de diagnóstico.......................................27
3.4.1 Avaliação dos diferentes tampões para o teste de acoplamento....................27
3.4.2 Teste de Bead-ELISA : Certificação do acoplamento...................................28
3.4.3 Teste de Bloqueio da Região da pIII.............................................................29
3.5 Análise estatística.............................................................................................29
4 RESULTADOS...................................................................................................30
4.1 Acoplamento das IgGs nas microesferas proteína G........................................31
4.2 Seleção de peptídeos recombinantes................................................................31
4.2.1 Biopanning e Titulações................................................................................31
4.2.2 Análise do Enriquecimento: Teste Bead-ELISA...........................................33
4.2.3 Extração de DNA e Seqüenciamento dos Clones de Fagos..........................33
4.2.4 Pré-Validação de Mimetopos por Phage-ELISA..........................................35
4.2.5 Screening dos Fagos Selecionados com Soros de pT1, pT2, pT3, pT4........37
4.2.6 Bioinformática...............................................................................................40
4.2.7 Screening dos fagos escolhidos com soros individuais.................................42
4.3 Padronização da plataforma biotecnológica.....................................................43
4.3.1 Quantificação dos Beads na Câmara de Neubauer e Teste de Bead-ELISA
para a certificação do acoplamento.........................................................................43
4.3.2 Teste de bloqueio da pIII...............................................................................45
5 DISCUSSÃO.......................................................................................................46
6 CONCLUSÕES...................................................................................................54
7 REFERENCIAS...................................................................................................56
ANEXOS................................................................................................................76
________________________________1. INTRODUÇÃO
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
2
1.1Epidemiologia e etiologia do câncer de próstata
O câncer tem sido considerado um problema de saúde publica tanto em países
desenvolvidos como em países em desenvolvimento. De acordo com os dados da
American Cancer Society ocorreram mais de 12 milhões de casos novos em todo
mundo no ano de 2007, sendo que 5,4 milhões ocorreram em países economicamente
desenvolvidos e 6,7 milhões em países emergentes.
Em especial, o câncer de próstata, também conhecido como doença de idosos
(BRAWLEY, ANKERST, THOMPSON, 2009), é o tumor não-epitelial mais
comumente diagnosticado nos homens americanos (JEMAL, SIEGEL, WARD, et al,
2009). Em 2006, o câncer de próstata representou cerca de 20% dos cânceres não
cutâneo detectados em homens europeus, colocando-o no topo da lista dos cânceres
diagnosticados (FERLAY, AUTIER, BONIOL, et al, 2007). Estimou-se que, em
2009, 192.280 americanos iriam ser diagnosticados com câncer de próstata, e mais de
27.000 homens iriam morrer dessa doença, tornando-a o segundo causador de morte
por câncer em homens (JEMAL, SIEGEL, WARD, et al, 2009). No Brasil, esta
doença é a segunda patologia mais comum entre os homens, estimando cerca de
52.350 novos casos para 2010 (INCA, 2010).
Em relação à etiologia do câncer de próstata, esta permanece obscura e seus
tumores variam desde a forma indolente, com baixas taxas de evolução, para forma
extremamente agressiva, com rápidas taxas de crescimento (GIMBA, BARCINSKI,
2003). Algumas causas multifatoriais, tais como a interação entre fatores genéticos,
andrógenos (hormonais), alimentares e ambientais, podem estar relacionadas com o
desenvolvimento do tumor. Dentre os fatores de risco que amplamente associam ao
CaP estão a idade, etnia, a dieta e o estilo de vida (KLEIN, SILVERMAN, 2008).
Além disso, estudos epidemiológicos têm demonstrado aumento de risco ao
desenvolvimento do tumor associada às infecções sexualmente transmissíveis,
sugerindo que a inflamação pode estar relacionada com etiologia do câncer de
próstata, que células produzem numerosas substâncias oxidantes com potencial de
causar dano celular ou genômico na próstata. Estudos mais recentes relatam que, as
contribuições sobre conhecimento da malignância de agentes infecciosos, como
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
3
bactérias e vírus, tem sido útil na compreensão de como os processos celulares básicos
culminam no câncer (DENNIS et al, 2002; HAYES et al, 2000; PAGANO et al, 2004;
EISERICH et al, 1998).
1.2 Aspectos Imunológicos
Existem evidências que os diversos tipos de cânceres, como coloretal
(COOMBER, WARD, 2001), de testículo e próstata (FOSSA et al, 2004), pulmão
(BAZHIN et al, 2004; YAGIHASHI et al, 2005a), mama (MADRID, 2005;
YAGIHASHI et al, 2005b; CANELLE et al, 2006), carcinoma hepatocelular
(COVINI et al, 1997), melanoma (HOUGHTON et al, 2001) e cânceres ginecológicos
(KORNEEVA et al, 2000) têm a capacidade de estimular resposta imune humoral. E a
melhor compreensão do significado biológico dessa resposta pode ser benéfica para
pacientes com cânceres, que poderiam ser utilizados nos diagnóstico ou
classificação do tumor, no potencial terapêutico ou no uso no tratamento da doença
(FORRESTER et al, 2007). Além disso, o estudo da autoimunidade associada ao
tumor pode oferecer esclarecimentos não apenas na patogênese de doenças
autoimunes em geral, mas talvez até em eventos que direcionam alguns tipos de
cânceres (TAN, 2001).
Pesquisas têm mostrado que o sistema imunológico pode ser eliciado por duas
vias, sendo a primeira em resposta contra os antígenos associados ao tumor (TAA), e a
segunda contra os antígenos específicos ao tumor (TSA) (FINN, 2008). Esses
antígenos tumorais, geralmente, são modificações na estrutura ou expressão de
proteínas próprias, as quais permitem o reconhecimento de epítopos associados a
tumores como estranhos (TAN, 2001).
O reconhecimento imunológico inicia-se quando pequenas quantidades de
antígenos tumorais, produzido pelos cânceres, são capturadas e processadas pelas
células apresentadoras de antígeno (APCs). Os fragmentos processados do antígeno
tumoral ligam-se às fendas de ligação dos peptídeos das moléculas do complexo
principal de histocompatibilidade (MHC) e este complexo de antígeno/MHC são
expressos na superfície das APCs. O complexo interage com o receptor de células T
auxiliares, permitindo uma resposta imune direcional a uma proteína específica, ao se
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
4
multiplicar e diferenciar-se. Além disso, as células T auxiliares antígeno específico
têm a capacidade de estimular os linfócitos B a se proliferarem e diferenciarem, pela
interação de moléculas co-estimulatórias (CD40 e CD40L) e citocinas. Uma vez
ativadas, as células B específicas, podem produzir e liberar autoanticorpos circulantes,
os quais podem servir como repórteres para identificar aberrações nos mecanismos
celulares durante a tumorigênese (WANG, 2008 e ABBAS, 2005).
A presença de autoanticorpos no soro de pacientes com câncer tem sido relatada
em infinidade de trabalhos tais como autoanticorpos contra p53 (CRAWFORD et al,
1982; COOMBER, WARD, 2001), fator de crescimento de fibroblasto (ZIMERING,
THAKKER-VARIA 2002), proteínas ribossomais (SCHEURLE, 2000), proteínas
heat shock (KORNEEVA et al, 2000), α-metilacetil CoA (SREEKUMAR et al, 2004),
mucina (VON MENSDORFF-POUILLY et al 2000), proteína HER2 (DISIS et al,
1997), estas duas últimas envolvidas na inibição da progressão tumoral. Em especial,
para câncer de próstata, vários trabalhos têm sido publicados (MINTZ et al, 2003,
FOSSA et al, 2004, WANG et al, 2005, BRADFORD et al, 2006, DUNPHY et al,
2006, LARSSON et al, 2006). Em 2006, Bradford et al. apresentaram um perfil
protéico aparentemente superior ao PSA após a seleção de 22 peptídeos sintéticos
imunorreativos contra autoanticorpos do soro de pacientes com câncer de próstata
com sensibilidade de 81.6% e especificidade de 88.2%. Assim, a detecção de
autoanticorpos no soro de pacientes com CaP pode fornecer uma forma menos
invasiva e mais precisa de diagnóstico, além de novas abordagens terapêuticas, como
por exemplo, o uso de triagem de autoanticorpos (CASIANO et al, 2006).
1.3 Aspectos moleculares
Estudos têm mostrado que existência de mais de 100 tipos de cânceres e
diversos subtipos, sendo que a maioria deles ou, praticamente todos, compartilham
alterações essenciais na fisiologia celular ou nas múltiplas vias que, em conjunto,
ditam o crescimento tumoral. Dentre as alterações que ocorrem têm-se a auto-
suficiência em sinais de crescimento, insensibilidade aos sinais de inibição de
crescimento, evasão a apoptose, potencial ilimitado de replicação, autonomia
angiogênica e capacidade para invadir tecidos e produzir metástases (HANAHAN,
WEINBERG, 2000).
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
5
O câncer de próstata é originado por aberrações genéticas que inativam genes
supressores de tumor e ativam proto-oncogenes (PORKKA, VISAKORPI, 2004).
Estas alterações desorganizam a homeostase tissular por aumentar desregradamente à
divisão celular ou por diminuir a apoptose, causando o aparecimento dos tumores
(GATTAS, 2003). A maioria das mutações é adquirida ao longo do desenvolvimento
do câncer (mecanismo da tumorigêneses), no entanto, algumas podem ser herdadas,
resultando na predisposição da patologia (PORKKA, VISAKORPI, 2004).
Por muito tempo atribuiu-se a origem do tumor prostático como determinada
apenas pela estimulação hormonal da testosterona, porém, atualmente se sabe que o
desenvolvimento tumoral é também regido por componentes genéticos e ambientais
(NWOSU et al, 2001), sendo em 10% dos casos por transmissão hereditária e os
demais por alterações genéticas esporádicas (GATTAS, 2003). Além disso, pesquisas
têm sugerido que a atrofia inflamatória da próstata (AIP) e a neoplasia intraepitelial
prostática (NIP) de alto grau sejam precursores para muitos carcinomas prostáticos,
que são altamente freqüentes nas próstatas com adenocarcinoma e por apresentarem
alterações genéticas em comum. Por essas e outras características, a NIP tem sido
relatada como doença precursora do CaP, entretanto, nenhuma evidencia convincente
tem mostrado ser a AIP um precursor para a NIP de alto grau e/ou carcinogênese
(BOSTWICK, 1999; JARMULOWICZ, 1999; DE MARZO et al. 2001).
Muitos esforços têm sido destinados ao melhor entendimento dos complexos
mecanismos moleculares envolvidos na ontogênese e progressão do CaP (GIMBA,
BARCINSKI, 2003) Além disso, a presença de modificações moleculares e e
moléculas alvo interessantes têm sido associadas à progressão do tumor prostático e
ao desenvolvimento de resistência a terapia (CAVARRETTA et al, 2005). Os métodos
que são usados para caracterizar as aberrações genéticas encontradas nessa doença
neoplásica incluem estudos familiares designados a mapear loci hereditários, estudos
cromossomais para a identificação de anomalias que possam localizar oncogenes ou
supressores de tumor e diversos estudos de expressão gênica (LI, NELSON, 2001;
KARAN et al, 2003).
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
6
Marcadores biológicos têm sido de grande importância para o diagnóstico e
tratamento do CaP por mais de 50 anos e a identificação de novos genes e novos
produtos envolvidos no processo tumoral tem crescido rapidamente. Novos produtos
gênicos têm sido identificados no sangue de pacientes com câncer de próstata por
técnicas proteômicas (BOK, SMALL, 2002). Proteínas biomarcadores presente no
soro oferecem grande promessa para detecção o invasiva, para a classificação, bem
como para o estadiamento do câncer de próstata. Arranjos de anticorpos parecem ser
adequados para a descoberta de marcadores sorológicos, pela possibilidade de
comparação da abundância relativa de centenas de proteínas (GIMBA, BARCINSKI,
2003).
1.4 Detecção do câncer e Phage display
Atualmente, o PSA (antígeno prostático-específico) é o teste clínico de escolha
para a detecção e prognóstico CaP. No entanto, as limitações do PSA, vinculado ao
excesso de resultados falso-positivos principalmente relacionados à hiperplasia
prostática benigna (HPB), indicam a necessidade de outros meios de rastreio para esta
neoplasia (BANEZ et al, 2003; FORD et al, 2005). HPB caracteriza-se por aumento
notório do componente acinar prostático em relação aos componentes intersticial e
capsular, acarretando, por conseqüência, aumento volumétrico da próstata. Esse
aumento benigno ocorre sempre após os 35 anos de idade, sendo responsável por
vários sintomas do trato urinário inferior em homens (STAMEY, MCNEIL, 1992;
CATALONA et al., 2002; KRUMHOLTZ et al., 2002; CATALONA, 2004). Câncer
de próstata e HPB, apesar de conferirem risco e prognósticos bastante diferentes aos
pacientes, incidem sobre a mesma faixa etária. A neoplasia prostática, em estágios
iniciais, apresenta alterações clínicas e laboratoriais semelhantes à hiperplasia
benigna, dificultando o diagnóstico preciso no caso de ambas as doenças coexistirem.
Esses fatos dificultam sensivelmente a diferenciação dessas patologias
(KRUMHOLTZ et al., 2002; CATALONA, 2004).
Além da dosagem do PSA, compõe ainda o rastreamento das anomalias prostáticas
o exame físico da próstata (toque retal), sendo que o diagnóstico final tanto do CaP
quanto da HPB são obtidos pelo exame patológico do material da biopsia da próstata.
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
7
O estadiamento (TNM- anexo I) é o desfecho mais utilizados em estudos sobre fatores
prognósticos clínicos em câncer de próstata. No entanto, o estadiamento clínico,
baseado em grande parte no toque retal, possui importantes limitações. Já o
estadimento patológico é realizado a partir da biopsia, sendo que este exame físico é
recomendado para todo paciente com toque retal duvidoso, independentemente do
valor do PSA, que 25% dos homens com CaP apresentam níveis de PSA abaixo do
suspeito (ARAGÃO, 2003). No entanto, a biopsia é um exame invasivo, com riscos de
infecção e extremamente desagradável para o paciente.
A identificação de novos antígenos ou genes específicos do câncer de próstata
pode prover novos biomarcadores e também fornecer instrumentos para o
desenvolvimento de novas modalidades de tratamento (BUSSEMARKERS et al.
1999), já que biomarcadores protéicos proporcionaram um grande impacto sobre
tratamento clínico de doenças humanas, especialmente câncer (WHITEAKER, 2007).
Peptídeos selecionados por Phage Display têm grande potencial para serem
utilizados como marcadores de tumores prostáticos e em diagnóstico do câncer de
próstata (LEINONEN et al. 2000). Essa metodologia consiste no princípio de que
polipeptídeos podem ser expressos na superfície de bacteriófagos filamentosos pela
inserção de um segmento de DNA codificante no genoma dos mesmos, de modo que o
peptídeo ou proteína expressado fique exposto na superfície da partícula viral
fusionado a uma proteína endógena, pIII ou pVIII conforme a Figura 1(BARBAS et
al, 2001).
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
8
Figura 1. Fago filamentoso. A) Composição do gene III, mostrando o sítio de ligação de
clonagem para introdução do gene adicional; B) Partícula viral com as proteínas pIII, pVI, pVII, pVIII
e pXI; C) Cristalografia dos domínios D1 e D2 da proteína III (Holliger e Williams, 1999), as alfa-
hélices estão coloridas em vermelho e as fitas β em ciânico
A biblioteca combinatória de peptídeos, Phage display, emergiu como um recurso
de triagem para a identificação de peptídeos ligantes em molécula alvo. Essa
tecnologia tem sido aplicada em vários estudos tais como interações de proteína
ligante; maturação de afinidade de peptídeos ligantes isolados previamente;
mapeamento epítopo ligantes em sítios e identificação de especificidade de enzima
substrato. Além disso, apresenta grande impacto na imunologia, biologia celular,
desenvolvimento de medicamentos e outros fármacos (AZZAZY, HIGHSMTH, 2002;
OHKUBO et al 2001; WILLATS, 2002).
Vários trabalhos têm relatado a identificação de peptídeos, por Phage Display, que
mimetizam biomoléculas específicas em diversos tipos de câncer, como por exemplo,
mama (HANSEN et al, 2001a; HANSEN et al, 2001b), hepatocarcinoma (DU et al,
2006), mieloma (DYBWAD et al, 2003), fibrosarcoma (POPKOV et al, 2000),
coloretal (COOMBER E WARD, 2001), câncer gástrico (HU et al, 2006), próstata e
testículo (FOSSA et al. 2004), entre outras. As aplicações dos peptídeos expressos em
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
9
bacteriófagos em câncer têm sido as mais variadas, dentre elas mapeamento da
diversidade tumoral (HANSEN et AL, 2001b, DYBWAD, 2003, LIU et al, 2004) a
seleção de peptídeos que inibem metástase (HU et al, 2006); peptídeos miméticos de
oncogenes (STEPHEN, 1995; MADRID, 2005); receptores vasculares (ZURITA, et
al, 2003; ARAP et a, 2002) e peptídeos relacionados a fatores de crescimento
(CAMPA et al, 2002; HETIAN et al, 2002).
A tecnologia de Phage Display tem sido largamente empregada no estudo do
câncer de próstata (ROMANOV et al, 2001, ZURITA et al, 2004, LIU et al, 2004,
KELLY et al, 2008, CONRAD et al, 2009). Esses trabalhos têm identificado peptídeos
relacionados com marcadores e proteínas prostáticas, como receptor de andrógeno AR
(HSU et al, 2003), PSA (WU et al, 2004, FERRIEU-WEISBUCH et al, 2006)
calicreína 2 (HEKIM et al, 2006), receptor α da interleucina 11 (ZURITA et al 2004).
Dessa forma, através desta metodologia é possível à identificação de proteínas capazes
de detectar o câncer anteriormente aos métodos tradicionais, predizer o estadio atual
do tumor, além de permitir o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes para o
câncer por meio de endereçamento vascular dos peptídeos (NILSSON et al, 2000) e de
alvos em imunoterapia (POPKOV, 2000).
1.5 Plataforma tecnológica
O desenvolvimento de ferramentas inovadoras de diagnóstico e prognóstico que
efetivamente exploram biomarcadores para a gestão dos cânceres humanos é uma
necessidade do mundo contemporâneo (CASSIANO, et al, 2006). Várias tecnologias
vêm sendo utilizadas na identificação e detecção desses biomarcadores através de
autoanticorpos como eletroforese em gel bi-dimensional (CANELLE et al 2006),
microarrays (PATWA et al, 2009), Ressonância Plasmônica de Superfície SPR-
(AVRAMIS et al, 2009), SEREX (WANG, 2009), biossensores (CONROY et al,
2009), e Phage Display (PASSARELLA, 2009).
Melhoria nas técnicas de microtecnologia abriu novos campos na bioquímica
analítica e no desenvolvimento de plataformas de detecção. A vantagem de explorar
técnicas de microreações é o uso de pequenos volumes de reagente, menor produção
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
10
de resíduos tóxicos, aumento do número de análises por unidade de volume, análises
mais rápidas e por fim uma boa relação custo-eficácia (HÄRMÄ et al., 2000).
Muitos ensaios e testes de diagnósticos têm utilizado partículas de tamanho
submicron ou microesferas (beads), em substratos ou suportes como base em reações
imunológicas para diagnóstico e pesquisa. Microesferas ou beads são partículas de
polímeros esféricos de diferentes tamanhos e compostas por diversos materiais tais
como poliestireno, sílica e magnéticas, dependendo da utilização. Por apresentarem
superfícies ativadas com diversos grupamentos químicos, tornam essas partículas
adequadas para a ligação de uma infinidade de substâncias. Depois de ativadas, podem
ser preparadas para o acoplamento de ligantes. A adsorção de um ligante é um
processo em que vários fatores físico-químicos estão envolvidos. A quantidade e
modo no qual o ligante é adsorvido dependem da natureza do mesmo, das
características da superfície sólida e das condições da solução tamponante (PEULA-
GARCIA et al., 2002).
A vantagem da utilização das microesferas é que, por apresentarem uma vasta
gama de tamanhos disponíveis comercialmente, variando de nanopartículas (50 nm)
para micropartículas (até 20 μm) podem ser utilizados em investigação de imunologia
celular (beads menores - 50 nm) e quando conjugados com anticorpos separam alvos
(beads maiores - 1-5 μm), a fim de melhorar o desempenho dos testes ELISA,
reforçando a sensibilidade e diminuindo o tempo de incubação (GUNDERSEN et al.,
1992; GEHRING et al., 2004).
Em especial, as microesferas magnéticas têm sido amplamente utilizadas em
diagnósticos e pesquisa básica para captura de biomoléculas e células. Tipicamente,
exibem propriedades superparamagnéticas em que magnetização apenas na
presença de um campo magnético, sem, contudo, permanecerem magnetizadas quando
a remoção do mesmo, característica única das escalas nanométricas (CAMILO,
2006).
A microesfera magnética de grupamento epóxi é caracterizada como um suporte
sólido com ampla variedade de separação e de manipulação biomagnética. A
superfície hidrofílica garante excelentes habilidades de dispersão e baixas interações
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
11
não-específicas. Por apresentarem um pequeno tamanho (2,8 µm) e uma ampla área de
superfície (2-5 m
2
/g), tornando-as particularmente adequadas para isolamento de
proteínas de uma amostra, para os bioensaios e para a seleção de ligantes de afinidade
(INVITROGEN, 2008).
A reação entre o grupamento epóxi e os ligantes de afinidade em geral, como
proteínas, ácidos nucléicos e várias pequenas moléculas, tem sido aplicado com
sucesso e ocorre pela via de adição nucleofílica de amino primário ou secundário e de
grupamento sulfidril no anel do grupamento epóxi (WHEATLEY; SCHMIDT JR,
1999).
o acoplamento do bacteriófago M-13 nos beads ocorre na região n-terminal da
proteína do capsídeo. De acordo com Straus (2007), o bacteriófago possui
aproximadamente 60Å de diâmetro e 1-2 micrômetros de comprimento (dependendo
da cepa). O capsídeo proteico é uma concha helicoidal formada por milhares de
subunidades de ~50 resíduos idênticos, formando a principal proteína que protege o
DNA central, sendo que a parte n-terminal encontra-se para fora do capsídeo e a c-
termimal para o interior do mesmo, interagindo com o material genético. O esquema
abaixo mostra o ataque da molécula nucleofílica à microesfera:
Figura 2. Esquema ilustrativo do ataque nucleofílico de amino primário ou secundário a
microesfera magnética (Fonte: Invitrogen)
Assim, a possibilidade de desenvolver múltiplas plataformas diagnósticas através
da interação entre antígenos, selecionados por Phage Display e conjugados a
___________________________________________________________________INTRODUÇÃO
12
microesferas, e anticorpos séricos, pode gerar resultados com rapidez, especificidade,
sensibilidade e baixo custo, características encontradas nos sensores biológicos. A
originalidade desta proposta está apoiada associação da técnica de Phage Display a
um sistema de beads na busca da inovação e validação de testes laboratoriais para a
detecção precoce do CaP.
______________________________________2. OBJETIVOS
_____________________________________________________________________OBJETIVOS
14
2.1 Objetivos Gerais
O presente trabalho teve como objetivo selecionar peptídeos miméticos de
proteínas tumorais prostáticas imunorreativos contra IgGs de pacientes com câncer de
próstata nos diferentes estadiamentos clínico-patológicos através da metodologia de
Phage Display e padronizar o acoplamento entres os peptídeos selecionados e
microesferas imunomagnéticas para desenvolver uma plataforma biotecnológica.
2.2 Objetivos Específicos
Estabelecer um serviço de vigilância junto aos setores de Urologia no Hospital
de Clínicas (UFU) para triagem dos pacientes e coleta do material biológico;
Selecionar peptídeos miméticos a proteínas tumorais ligantes a IgGs
circulantes dos diferentes estadiamentos clínico-patológicos de CaP, por Phage
Display;
Realizar um screening em soro para identificação de reatividade dos clones
com as amostras de pacientes com câncer em diferentes estadiamentos, doença
benigna e controle por meio da técnica de ELISA;
Realizar o alinhamento dos peptídeos com a bioinformática
Correlacionar o painel de marcadores selecionados com os dados clínicos dos
pacientes;
Padronizar o acoplamento de peptídeos miméticos expressos pela pIII dos
fagos as microsferas imunomagnéticas de grupamento epóxi para desenvolver um
diagnóstico de imunoensaio, o Beads-ELISA.
________________________3. MATERIAL E MÉTODOS
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
16
3.1 Obtenção e seleção das amostras
As amostras de câncer de próstata e controle foram coletadas no Hospital de
Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela equipe médica e ambulatorial
do setor de Urologia, mediante autorização dos pacientes, os quais assinaram um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo I). O procedimento de coleta
foi realizado no contexto da rotina do setor cirúrgico, sem causar desconforto
adicional aos pacientes. Após a coleta, as amostras (tecido e sangue) foram levadas
ao laboratório de Nanobiotecnologia da UFU, processadas, identificadas por seus
números de prontuários e armazenadas a -80°C. Este trabalho foi aprovado pelo
comitê de Ética em Pesquisa da UFU sob o processo n°005/2001 e todas as
técnicas de manipulação dos materiais biológicos seguiram normas do Código de
Ética em Pesquisa com Humanos (Resolução CNS N° 196/96).
A seleção dos pacientes deste estudo foi baseada nos seguintes critérios:
Critérios de inclusão: foram incluídos no estudo pacientes acima de 45
anos de idade com o exame de toque retal suspeito e/ou níveis séricos de
PSA 2.5 ng/mL que foram submetidos ao rastreamento ambulatorial
realizado pelo setor de Urologia do Hospital de Clínicas da UFU, como
prostatectomia radical ou transvesical no caso de câncer e HPB. O
rastreamento também considerou esses pacientes com ou sem história
familiar de câncer de próstata. Amostras de sangue periférico foram
coletadas em tubos vacuntainerTM contendo K2EDTA 7,2 mg. Um grupo
composto por 60 indivíduos voluntários saudáveis com idade média de 22
anos (mínima de 14 e máxima de 29 anos) foi utilizado como grupo
controle nas análises em sangue periférico.
Critérios de exclusão: foram excluídos do estudo pacientes que não
passaram pelo exame de prostectomia ou aqueles caso em que a doença não
pôde ser confirmada pelo exame clínico-patológico. No caso do grupo
controle, excluiu-se todos os homens acima de 30 anos.
Neste estudo foram utilizados 42 soros de pacientes com adenocarcinoma de
próstata (CaP) em diferentes estadiamentos; 32 soros de pacientes com hiperplasia
benigna da próstata (HPB) e 39 soros de sadios conforme a Tabela I.
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
17
Tabela I Caracterização clínica das amostras utilizadas
Pacientes diagnosticados clinica e/ou patologicamente com CaP
Número de pacientes
BIOPANNIG
20
ELISA
22
Idade média
Mínimo e máximo
64.1
55-76
63,2
54-75
Nível médio de PSA (ng/mL)
Mínimo e máximo (ng/mL)
10,31
2,5-24,3
11,2
2,5-22
Gleason
Porcentagem de n
amostral
Porcentagem de n
amostral
≤ 6
≥ 7
80%
20%
74%
26%
Estadiamento
Porcentagem de n
amostral
Porcentagem de n
amostral
pT1
pT2
pT3
pT4
30%
30%
30%
10%
18,18%
72,72%
9,09%
0
Pacientes diagnosticado clinica e/ou patologicamente como HPB
Número de pacientes
10
22
Idade média
Mínimo e máximo
67
57-76
63
55-73
Nível médio de PSA (ng/ml)
Mínimo e máximo (ng/mL)
22,57
2,5 66
21,2
2,5-36
Indivíduos controles
Número de pacientes
18
21
Idade média
Mínimo e máximo
22,94
19-30
20,3
19-30
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
18
3.2 Acoplamento das IgGs nas microesferas proteína G
A purificação de IgGs a partir do soro de pacientes com CaP de cada
estadiamento (pT1, pT2, pT3 e pT4), com HPB e do controle, foi feita por meio de
microesferas magnéticas (beads magnéticos) conjugadas a proteína G (Dynabeads-
Invitrogen) como plataforma.
Para cada 2x10
9
partículas (100ul do estoque), lavadas anteriormente três vezes
com tampão MES (0,1 M pH=5,0) para ativar as microesferas, adicionou-se 100uL
de pool de soro dos estádios do CaP (pT1, pT2, pT3 e pT4), de HPB e de controle,
seguida da incubação por 40 minutos sob agitação a temperatura ambiente (T.A).
As microesferas adsorvidas com anticorpos foram, então, lavadas novamente três
vezes com tampão MES (0,1 M pH=5,0) com a finalidade de retirar os anticorpos
não ligantes.
Para realizar a ligação covalente entre a microesfera e os anticorpos, o sistema
beads-anticorpo foi lavado duas vezes com 1ml de tampão trietanolamina (0,2M
pH=8,2) e, ressuspendido e 1mL de tampão de ligação covalente (20mM de dimetil
pimelinidato x 2HCl em tampão trietanolamina) por 30 minutos sob agitação a
T.A. A neutralização da reação da ligação covalente foi feita pela incubação do
sistema beads-anticorpos com 1mL de tampão Tris (50mM pH=7,5) por 15
minutos a temperatura ambiente. Em seguida, as miroesferas foram feitas as
lavadas com TBS-T 0,1% de tween e bloqueadas por 1hora a 37°C com a solução
de bloqueio (5% de BSA em TBS-T 0,05% de tween) e ressuspendidas em 200ul
de TBS.
Para certificar-se do acoplamento, 5ul de beads contendo IgG, dos diferentes
grupos, foram incubados por 1 hora a 37°C com anti-IgG (VH+ VL da Sigma)
humana diluído na proporção 1:5000 na solução de bloqueio e com anti-IgY na
proporção 1:5000 para o controle da reação. Após a incubação, os beads foram
lavados 3 vezes com TBS-Tween 0,1% e reveladas com substrato de
tetrametilbenzidina (TMB). A reação foi interrompida com ácido sulfúrico 2N e
efetuada a leitura a 450 nm em leitor de microplacas (Titertek Multiskan Plus, Flow
Laboratories, USA).
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
19
3.3 Seleção dos Peptídeos Recombinantes
3.3.1 Biopanning (Seleção de Fagos)
Foram utilizadas 10µL (1x10
11
partículas virais) de uma biblioteca randômica
de peptídeos fusionados em fagos (Ph.D.-C7C da NEW ENGLAND
BioLabs
®
Inc.), diluída em 190ul de TBS-Tween 0,1% para a seleção de ligantes de
IgG de pacientes de CaP nos quatros estadiamentos. A biblioteca é composta de 7
aminoácidos randômicos expresso na região da pIII do bacteriófagos, os quais são
flanqueados por um par de resíduos de cisteína, que quando oxidados durante a
montagem do fago formam uma ligação dissulfeto.
A seleção foi realizada com 20ul das microesferas de proteína G acopladas com
IgGs dos diferentes grupos. Para a seleção negativa, a biblioteca de Phage Display
foi incubada, por 30 minutos a T.A, com as microesferas acopladas com IgGs de
controles, e em seguida, as microesferas foram precipitadas por centrifugação e o
sobrenadante foi transferido a outro tubo contendo microsferas acopladas com IgGs
de outro grupo controle. Este procedimento foi realizado por 3 vezes com grupo
controle e 2 vezes com grupo de HPB.
Para a seleção positiva, o sobrenadante de fagos, previamente incubado com
IgGs de pacientes com HPB, foi transferido para um tubo contendo microsferas
acopladas com IgGs de pacientes com câncer do estadiamento pT1, e este foi
incubado por 30 minutos a T.A. Posteriormente, precipitou as microesferas e o
sobrenadante foi transferido para outro tubo contendo microsferas com IgG do
estadiamento pT2. As microsferas contendo o sistema beads-anticorpo do estádio
pT1 mais o fago foram lavadas 10 vezes com TBS-T 0,1%, e os fagos selecionados
foram eluídos com 500ul de glicina pH 2,0 e neutralizada com 75ul de Tris pH 9.
Esses passos foram repetidos para o estádios pT2, pT3 e pT4, conforme a Figura 3.
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
20
Figura 3. Estratégia para identificação de epítopos tumorais antigênicos usando biblioteca
de peptídeo randômico por Phage Display. Fonte: Hanash, S. Harnessing immunity for cancer
markers Discovery, Nature biotechnology. V. 21. 2003. .
Após a seleção, a amplificação dos fagos foi feita pela inoculação de um meio
Luria Bertani (LB- Triptona 10g/L, extrato de levedura 5g/L, NaCl 10g/L),
contendo tetraciclina, com uma colônia isolada de Escherichia coli da linhagem
ER2738. O meio foi incubado sob agitação a 37°C até a fase early-log (OD 600 ~
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
21
0,3). Ao atingir esta fase, a cultura bacteriana foi inoculada com 500ul dos eluatos
dos fagos e incubados a 37°C por 4-5 horas sob forte agitação.
Em seguida, a cultura foi centrifugada a 4°C a 10000rpm por 10 minutos e o
sobrenadante foram transferidos para um tubo esterilizado contendo uma solução
de PEG/NaCl (20% de Polietilenoglicol 8000 e 2,5 M de NaCl solução estéril) na
quantidade de 1/6 do volume do sobrenadante. A solução foi incubada por 12-16
horas a 4°C para a precipitação do fago e posteriormente, centrifugada a 10000 rpm
por 15 minutos a 4°C para descartar o sobrenadante. O precipitado foi, então,
suspendido em 1mL de TBS e reprecipitado com 1/6 do volume de PEG/NaCl, por
1hora no gelo. Centrifugou-se a 14000rpm por 10 minutos a 4°C e o sobrenadante
foi descartado. O precipitado foi ressuspendido em 200uL de TBS a 0.02% de
NaN3, obtendo-se então o eluato amplificado, posteriormente titulado e
armazenado a 4°C. A cada ciclo do bioppaning foi invertido a ordem de incubação
dos fagos ao estadiamentos do tumor, sendo que a estrigência das lavagens variou
de 0,1 a 1% em cada ciclo.
3.3.2 Titulações
A titulação é um procedimento utilizado para determinar a quantidade de
partículas virais durante entrada e saída de cada ciclo do Biopanning”. A solução
de fagos foi submetida a diluições seriadas crescentes exponenciais sob log10 em
meio LB. Para eluatos não amplificados de cada estadiamento foram utilizadas as
diluições de 10
-1
até 10
-4
e no caso das soluções com eluatos amplificados a faixa
de diluição utilizada foi entre 10
-8
10
-11
. Para cada diluição acrescentou-se 200μL
da cultura de ER2738 na fase mid-log (densidade óptica 600nm ~0,5) e a solução
foi agitada rapidamente e incubada por 5 minutos a temperatura ambiente. As
células bacterianas, agora infectadas, foram transferidas para tubos de cultura
contendo 3mL de Ágar-Top a 45°C e espalhadas sobre uma placa de Petri contendo
meio LB sólido, com IPTG/Xgal e tetracilina. As placas foram incubadas a 37°C,
durante 16 horas e após este período, as colônias formadas nas placas foram
contadas e quantificadas, multiplicando-se cada valor obtido de colônias nas placas
LB sólido pelo fator de diluição com intuito de obter o título dos fagos.
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
22
3.3.3 Análise de Enriquecimento do Panning: Teste Beads-ELISA
Para verificar o enriquecimento dos clones dos estadiamentos (pT1, pT2, pT3 e
pT4) a cada ciclo do Bioppaning”, foi realizado um teste de imunoensaio
enzimático (beads-ELISA) tendo os beads como plataforma adotada. Em uma
placa de microtitulação de 96 poços não carregada foi depositado em triplicada 1ul
de microesferas acopladas com as imunoglobulinas G de cada estadiamento. Em
seguida, fez-se a diluição de 1x10
11
dos fagos eluídos não amplificados de cada
ciclo na solução de BSA 5% diluído em TBS-T 0,05%, os quais foram incubados
com as microesferas por 1 hora sob agitação a T.A . Com um aparato magnético, as
microesferas foram precipitadas, lavadas 6 vezes com TBS-T 0,5% e incubadas
com o anticorpo monoclonal anti-M13 conjugado com peroxidase (GE Healthcare)
na diluição de 1:5000 em BSA 5% diluído em TBS-T 0,5%, por 1hora a
temperatura ambiente sob agitação. As microesferas foram novamente precipitadas,
lavadas 6 vezes e reveladas com tampão orto-fenilenodiamina (OPD) a 1mg/mL
acrescida de 3% de água oxigenada (H
2
O
2
). A reação foi interrompida pela adição
de ácido sulfúrico 4N. A reatividade foi obtida em leitor de placas (Titertek
Multiskan Plus, Flow Laboratories, USA) pela leitura a 492nm.
3.3.4 Extração de DNA de Fagos
As colônias, oriunda das placas tituladas dos e ciclos do biopanning,
foram isoladas e transferidas para poços de placas de cultura (tipo deepwell),
contendo 1,2mL de cultura de ER2738 em fase early-log (OD 600 ~ 0,3) para a
extração do DNA dos fagos. Nos poços da primeira linha da placa foram
adicionadas colônias dos fagos pT1, nos poços da segunda linha, fagos pT2 e,
assim, sucessivamente. A placa foi, então, vedada com um adesivo perfurado e
incubada a 37°C, por 24 horas, sob vigorosa agitação (250 rpm). Para isolar os
fagos das bactérias, as placas foram centrifugadas a 3700 rpm, a 20°C, durante 30
minutos. Então, 800μL do sobrenadante foram transferidos para outra placa e
incubados, por 10 minutos, com 350μL de PEG/NaCl. Após o período de
incubação, a placa foi centrifugada a 3700 rpm, a 20°C, durante 40 minutos para
precipitação dos fagos. Em seguida, o sobrenadante foi descartado e 100μL de
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
23
Tampão iodeto (10mM de Tris-HCl pH 8,0, 1mM de EDTA e 4M de NaI) foram
adicionados aos fagos precipitados. As placas foram agitadas vigorosamente por 40
segundos e 250μL de etanol absoluto foi acrescentado. Após uma incubação de 10
minutos, à temperatura ambiente, as placas foram centrifugadas (3700 rpm, 20°C,
10 minutos) e o sobrenadante descartado. O DNA dos fagos foi lavado com 500μL
de etanol a 70% e recentrifugado nas mesmas condições. Finalmente, o DNA
precipitado remanescente foi diluído em 20μl de água Milli-Q. A qualidade do
DNA fita simples foi verificada pela corrida eletroforética em gel de agarose 0,8%
corado com solução de brometo de etídeo.
3.3.5 Sequenciamento
Na reação de sequenciamento, foram utilizados 500ng de DNA molde, 5pmol
do primer -96 gIII (5’-OH CCC TCA TAG TTA GCG TAA CG-3’ - Biolabs) e
Premix (DYEnamic ET Dye Terminator Cycle Kit. Amersham Biosciences). A
reação de 35 ciclos foi realizada em um Termociclador de placas (MasterCycler-
Eppendorf) nas seguintes condições: Desnaturação (a 95°C por 20 segundos);
anelamento do primer (a 50°C por 15 segundos) e extensão (a 60°C por um
minuto). A precipitação do DNA sequenciado foi feito com L de Acetato de
Amônio e 27,5μL Etanol. Posteriormente, a placa foi centrifugada por 45 minutos,
a 3700 rpm e o sobrenadante descartado. Adicionou-se 150μL de Etanol 70% ao
DNA precipitado e centrifugou-se por 15 minutos, a 3700 rpm. A solução de
Etanol foi descartada, a placa permaneceu invertida sobre um papel toalha e nesta
posição foi pulsada a 800 rpm, durante um segundo. A placa foi coberta por papel
alumínio e permaneceu em repouso durante 5 minutos para evaporar o etanol
remanescente. Os precipitados resultantes foram ressuspendidos em 10ul do
tampão de diluição (DYEnamic ET Dye Terminator Cycle Kit. Amersham
Biosciences). A leitura do sequenciamento foi realizada no sequenciador
automático MegaBace 1000 (Amersham Biosciences) no Laboratório de
Nanobiotecnologia (UFU).
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
24
3.3.6 Pré-Screening Phage-ELISA
Para analisar a reatividade dos clones às IgGs dos pacientes com CaP, HPB e
negativo, foi realizado o ensaio de ELISA. As placas de microtitulação (NUNC
Maxisorp) carregadas foram sensibilizadas com 100μg/poço de anticorpo
monoclonal anti-M13 (GE Healthcare) sem marcação diluído em tampão carbonato
50mM pH 9,6 por 16 horas a 4°C. Decorrido o tempo de sensibilização, as placas
foram bloqueadas com tampão de bloqueio (TBS-T 0,05% suplementado com 5%
de leite desnatado) por 1 hora a 37ºC. As placas foram lavadas três vezes com
TBS-Tween a 0,5% e incubadas com 100μL/poço de cultura dos fagos selecionado
de cada estadiamento e de cultura de fago selvagem (fago que não expressa
nenhuma proteína exógena) para controle das reações por 1 hora a 37°C.
Posteriormente, as placas foram lavadas cinco vezes e os clones miméticos as
proteínas tumorais de cada estádios foram incubadas por 1 hora a 37°C com o
respectivo pool de soro CaP de cada estadiamento, HPB e sadios (controle
negativo) na concentração de 1:500, diluídos em tampão de bloqueio.
Após este período, as placas foram lavadas cinco vezes e incubadas com anti-
IgG humana conjugado com peroxidase (Sigma) diluído 1:5000 em TBS-T 0,05%
suplementado com 5% de leite desnatado, durante 1 hora a 37°C. Após 5 lavagens
com TBS-T 0,5%, a ligação antígeno/anticorpo foi detectada pela adição de tampão
orto-fenilenodiamina (OPD) a 1mg/mL acrescida de 3% de água oxigenada (H
2
O
2
).
A reação foi interrompida pela adição de ácido sulfúrico 4N. A reatividade foi
obtida em leitor de placas (Titertek Multiskan Plus, Flow Laboratories, USA) pela
leitura a 492nm.
3.3.7 Screening dos Fagos Escolhidos com Soros de pT1, pT2, pT3, pT4
Os fagos mais reativos do ELISA pré-screenig foram amplificados e testados
com os pool de soro CaP pT1, pT2, pT3 e pT4, HPB e negativo para analisar se os
clones são capazes de discriminar os estádios clínico-patologico doença e manter
uma reatividade baixa quanto incubados com o soro de HPB e negativo.
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
25
As placas de microtitulação foram sensibilizadas com 40μg/poço de anticorpo
monoclonal anti-M13(GE Healthcare) sem marcação diluído em tampão carbonato
50mM pH 9,6 por 16 horas a 4°C. Após a sensibilização, descartou-se o
sobrenadante, e as mesmas foram bloqueadas com PBS-T 0,05% suplementado
com 5% de leite desnatado por 1 hora a 37°C. Em seguida, lavou-se as placas três
vezes com PBS-T 0,5% de tween e diluíu os fagos a 10
11
/poço em PBS-T 0,05%
suplementado com 5% de leite desnatado e incubou por 1 hora a 37°C. Lavou-se,
novamente, três vezes com PBS-T 0,5% de tween, e incubou com pool de soro dos
pT1, pT2, pT3 e pT4, além de HPB e controle, na proporção de 1:500 diluído em
PBS -T 0,05% suplementado com 5% de leite desnatado por 1 hora a 37°C. Lavou-
se a placa cinco vezes com PBS-T 0,5% de tween e, em seguida, incubou-as com
anti-IgG humana conjugado com peroxidase (Sigma) diluído 1:5000 em PBS-T
0,05% suplementado com 5% de leite desnatado, durante 1 hora a 37°C. Lavou-se,
novamente, cinco vezes com PBS-T 0,5% e a ligação antígeno/anticorpo foi
detectada pela adição de tampão orto-fenilenodiamina (OPD) a 1mg/mL acrescida
de 3% de água oxigenada (H
2
O
2
). A reação foi interrompida pela adição de ácido
sulfúrico 4N. A reatividade foi obtida em leitor de placas (Titertek Multiskan Plus,
Flow Laboratories, USA) pela leitura a 492nm.
3.3.8 Análise de Dados pela Bioinformática
Após o sequenciamento e a determinação dos fagos específicos para cada
estadiamento, as seqüências de DNA foram traduzidas pelo programa
DNA2PRO12. Este programa é designado para tradução de seqüências de insertos
tanto de bibliotecas da New England Biolabs (Ph.D.-12TM or Ph.D.-C7CTM)
quanto de outras bibliotecas de interesse que contiverem as seqüências inicial e
final do vetor, no caso o bacteriófago M13. O programa automaticamente localiza a
posição do inserto, traduz o mesmo e indica qualquer erro possível na seqüência,
tais como códons inesperados ou erros na seqüência próxima
(http://relic.bio.anl.gov/dna2pro12.aspx).
O alinhamento dos peptídeos selecionados foi testado utilizando os programas
CLUSTAL W2 (http://www.ebi.ac.uk/Tools/clustalw2/index.html/). O programa
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
26
CLUSTAL W2 inclui ainda na análise a formulação da seqüência consenso. As
similaridades entre os peptídeos selecionados e as proteínas depositadas foram
realizadas utilizando a ferramenta BLAST (Basic Local Alignment Search Tool), um
conjunto de programas que comparam (alinham) as seqüências a serem
investigadas com todas as depositadas nos bancos de dados de ácidos nucléicos e
proteínas (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/blast). Dentro do Blast a busca foi
realizada no Protein blast utilizando como database o swissprot protein
sequences (swissprot), algoritmo - blastp (protein-protein BLAST) e restrita a
humanos (human - taxid: 9606).
As proteínas que apresentaram similaridade com as seqüências dos peptídeos
foram pesquisadas no banco de dados UniProtKB Swiss-Prot
(http://www.expasy.org/) para identificação do seu número de acesso e obtenção de
maiores informações sobre as mesmas.
Para identificar possíveis epítopos antigênicos lineares, foi verificado se os
alinhamentos fornecidos pelo programa blast-p prediz com uma possível região
estimuladora na produção de anticorpos, utilizando-se o programa de predição de
epítopos antigênico lineares Bepipred (http://www.cbs.dtu.dk/services/BepiPred).
Essas predições são feitas através de métodos que utilizam uma escala de
tendências como estrutura secundária, hidrofilicidade, acessibilidade,
randomicidade, e assim dão valores para cada aminoácido.
3.3.9. Screening dos Fagos Escolhidos com Soros individuais
Após a triagem dos fagos mais reativos com os estadiamento do câncer, os
clones SPLFPWL, LFPWLGS, NLLFPWL foram testados com soros individuais
de pacientes com CaP, HPB e negativo para analisar o valor preditivo positivo,
negativo, sensibilidade especificidade e odds ratio. Para isso, as placas de
microtitulação foram sensibilizadas com 40μg/poço de anticorpo anti-M13(GE
Healthcare) sem marcação diluído em tampão carbonato 50mM pH 9,6 por 16
horas a 4°C. Após a sensibilização, descartou-se o sobrenadante, e as mesmas
foram bloqueadas com PBS-T 0,05% suplementado com 5% de leite desnatado por
1 hora a 37°C. Em seguida, lavou-se as placas três vezes com PBS-T 0,5% de
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
27
tween e diluíu os fagos a 10
11
/poço em PBS-T 0,05% suplementado com 5% de
leite desnatado e incubou por 1 hora a 37°C Lavou-se, novamente, três vezes com
PBS-T 0,5% de tween, e incubou com de soro de pacientes individuas CaP, de
HPB e controle, na proporção de 1:500 diluído em -T 0,05% suplementado com
5% de leite desnatado por 1 hora a 37°C. Lavou a placa cinco vezes com PBS-T
0,5% de tween e, em seguida, incubou com anti-IgG humana conjugado com
peroxidase (Sigma) diluído 1:5000 em PBS-T 0,05% suplementado com 5% de
leite desnatado, durante 1 hora a 37°C. Lavou-se, novamente, cinco vezes com
PBS-T 0,5% e a ligação antígeno/anticorpo foi detectada pela adição de tampão
orto-fenilenodiamina (OPD) a 1mg/mL acrescida de 3% de água oxigenada (H
2
O
2
).
A reação foi interrompida pela adição de ácido sulfúrico 4N. A reatividade foi
obtida em leitor de placas (Titertek Multiskan Plus, Flow Laboratories, USA) pela
leitura a 492nm.
3.4 Desenvolvimento de uma Plataforma de Diagnóstico
3.4.1 Avaliação dos diferentes tampões para o teste de acoplamento
A padronização do acoplamento dos peptídeos selecionados por Phage Display
aos beads (microesfera magnética) foi realizado com intuíto de desenvolver uma
plataforma de diagnóstico. O procedimento de acoplamento do fago selecionado
baseou-se no protocolo (Dynal ®). Utilizou-se a proporção de 10
7
beads/ ml
(Dynabeads M-270 Epoxy - Dynal cat. N. 143.02, solução estoque a 3mg/ml) para
3µg de fago (2,4.10
11
de partículas virais) e para a solução de 5ug/ml de BSA como
controle de reação.
A realização do procedimento de acoplamento foi feito pela combinação dos
diferentes tampões (fosfato de sódio 0,1M pH 7,4; fosfato de sódio 1,2M pH 10,2 e
sulfato de amônio 3M pH 7,4) durante cinco ensaios. No primeiro ensaio de
acoplamento utilizou-se 30µL de beads, os quais foram incubados com o fago
selecionado em 30 µL de tampão fosfato de Na pH 7,4, 0,1M e 30 µL de sulfato de
amônio 3M, sob agitação a 37ºC por 24 horas. Em seguida, os beads foram lavados
três vezes com 200 µL de solução PBS e ressuspendidos em 60 µL de tampão
fosfato. Do segundo ao quinto ensaios realizou-se os mesmos procedimentos porém
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
28
variando os tampões, bem como a sua quantidade (Tabela II). Os beads controles
com BSA também foram submetidos aos mesmo cinco ensaios.
Tabela II Relação do tipo e da quantidade dos tampões utilizados versus o teste de acoplamento do
fago selecionado (F1 - CaP).
Ensaios
Tampões
Sulfato de amônio
3M pH 7,4
Fosfato de sódio
0,1M pH 7,4
Fosfato de sódio
1,2M pH 10,2
30µL
30µL
-
60µL
-
-
45µL
-
15µL
-
-
60µL
45µL
15µL
-
Para verificar se houve perda de beads além de padronização da quantidade de
beads a serem utilizados nos futuros testes, foi realizada a contagem das
microesferas na câmara de neubauer. Diluíu-se, primeiramente, 10 ul de beads em
990ul de água destilada. Posteriormente, pipetou-se 10ul da solução e colocou na
câmara de neubauer para realizar as contagens. Contou-se os quatro quadrantes e
calculou a quantidade de microesfera por mL através da seguinte fórmula:
Beads/mL: média dos quatro quadrantes x fator de correção (10) x diluição
x 1000mL
3.4.2 Teste de Beads-ELISA : Certificação do acoplamento
Para analisar se os fagos foram acoplados ao beads, foi feito um teste de beads-
ELISA. Em uma placa de microtitulação não carregada foi depositado 1ul de beads
acoplado com os fagos nos diversos tampões, sendo que para cada acoplamento foi
feito 6 repetições. O beads-BSA acoplado nos diferentes tampões foi repetido
também 6 vezes e utilizado como controle da reação. Posteriormente, os beads
acoplados foram incubados com 100ul de anti-M13 marcado com peroxidase (GE
Healthcare) diluído em 1:5000 em solução de PBS-BSA 5% por 1 hora a
___________________________________________________________MATERIAL E MÉTODOS
29
temperatura ambiente sob agitação. Lavou-se três vezes os beads com PBS-Tween
0,1% e a revelação foi executada com orto-fenilenodiamina (OPD) a 1mg/mL
acrescida de 3% de água oxigenada (H
2
O
2
). A reação foi interrompida pela adição
de ácido sulfúrico 4N, enquanto a reatividade foi obtida em leitor de placas
(Titertek Multiskan Plus, Flow Laboratories, USA) pela leitura a 492nm.
3.4.3 Teste de Bloqueio da Região da pIII
Para verificar se o bloqueio da região pIII quando o acoplamento ocorre
na região n-terminal, os fagos acoplados aos beads foram titulados. Primeiramente,
os beads foram submetidos a diluição seriada de 10 vezes. Então, 1ul de beads foi
diluído de 10
-1
a 10
-2
. A diluição 10
-2
foi acrescida de 200μL da cultura de
ER2738 na fase mid-log (OD600 ~0,5) e incubada por 15 minutos a temperatura
ambiente. As células bacterianas foram transferidas para tubos de cultura contendo
3mL de Ágar-Top a 45°C e espalhadas sobre a placa de Petri, contendo meio LB
sólido, com IPTG/Xgal e tetracilina. As placas foram incubadas a 37°C, durante 16
horas. Após este período, verificou-se se houve a formação de colônias azuis.
3.5 Análise Estatística
As análises estatísticas foram feitas para verificar o acoplamento dos anticorpos
e fagos nas diferentes microesferas, bem como, a positividade e especificidades dos
clones reativos ao CaP. O teste utilizado foi ANOVA seguido de pós-teste
Bonferroni, com intervalo de confiança 95%. Para o teste de sensibilidade,
especifidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e odds ratio foi
realizado Teste Exato de Fisher. As análises e os gráficos foram realizados pelo
software estatístico GraphPad Prism 4.0, assumindo significância quando p <0,05.
________________________________4. RESULTADOS
______________________________________________________________________RESULTADOS
31
4.1 Acoplamento das IgGs nas microesferas proteína G
Para quantificar e verificar a eficiência do isolamento dos anticorpos dos pacientes
com CaP (pT1, pT2, pT3 e pT4), com HPB e do controle por meio de microesferas
magnéticas (beads magnéticos) proteína G, foi realizado o teste de beads ELISA.
Como pode ser visto na Figura 4, o acoplamento das IgGs mostrou-se significativo
quando comparou-se os dados com o controle.
Neg 1
Neg 2
Neg 3
HPB 1
HPB 2
pT1
pT2
pT3
pT4
Controle
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
*
D.O a 450nm
Figura 4. Ensaio de beads-ELISA para o acoplamento de IgGs: O eixo Y representa a leitura
média da absorbância a 450nm e no eixo X representa os diferentes grupos em que os anticorpos foram
acoplados no beads e testado tanto com anti-IgG humana quanto com anticorpo irrelevante como
controle da reação. * representa o valor de p<0,05 quando compara-se o acoplamento dos IgGs dos
diferentes grupos com o controle da reação. A barra superior em cada coluna representa o desvio
padrão de N=2.Teste estatístico utilizado para análise foi ANOVA um critério com pós teste de
Bonferroni, Software GraphPadPrisma versão 4.0.
Além disso, não houve diferença significativa entre os valores da absorbância dos
acoplamentos dos grupos Negativos, HPBs e CaPs.
4.2 Seleção de Peptídeos Recombinantes
4.2.1 Biopanning e Titulações
Para a seleção dos peptídeos ligantes aos anticorpos policlonais IgGs dos
diferentes estadiamento do câncer de próstata, a especificidade dos peptídeos foi
assegurada por três passos de subtrações negativas com o grupo controle e das duas
subtrações com HPB, utilizando IgGs purificadas acoplada a microesferas proteína-G.
a eluição ácida possibilitou a seleção positiva dos fagos ligantes a IgGs de
pacientes com CaP .
_________________________________________________________________________RESULTADOS
32
A quantidade de fagos selecionados durante os quatro ciclos de seleção foi
estimada pela titulação dos eluatos amplificados e não amplificado de cada ciclo,
(Tabela III). Os títulos de entrada dos fagos no biopanningforam sempre maiores
que os títulos de saída, pois os fagos com maior afinidade aos anticorpos contra o
tumor ficam ligados as IgGs tumorais por interação peptídeo/anticorpo e o restante
dos fagos com baixa ou sem afinidade foi removido durante as lavagens. Nas
amplificações ocorre o inverso, indicando a eficiência do processo.
Tabela III. Seleção dos fagos com peptídeos ligantes aos anticorpos policlonais IgG anti-CaP. Título
obtido (pfu) no processo de seleção dos fagos por imunoafinidade
Ciclos
Número de Partículas de Fagos
Entrada
Saída
1º Ciclo de
seleção
Biblioteca
original
1x10
11
pT1
7x10
7
pT2
5x10
3
pT3
2x10
3
pT4
6x10
3
2º Ciclo de
seleção
Pool de fagos
1x10
11
pT1
5x10
3
pT2
3x10
3
pT3
1x10
3
pT4
5x10
3
3º Ciclo de
seleção
Pool de fagos
1x10
11
pT1
1x10
5
pT2
1,6x10
5
pT3
4x10
4
pT4
7x10
4
4º Ciclo de
seleção
Pool de fagos
1x10
11
pT1
3x10
4
pT2
8x10
4
pT3
1x10
4
pT4
3x10
4
_________________________________________________________________________RESULTADOS
33
4.2.2 Análise do Enriquecimento: Teste Beads-ELISA
Para verificar o enriquecimento do pool de mimetopos de CaP selecionados
durante os ciclo do bioppaning , utilizou-se a estratégia de beads ELISA. No quarto
ciclo, pôde-se observar um enriquecimento significativo dos fagos com afinidade aos
anticorpos presentes no soro de pacientes com CaP, principalmente, entre o e
ciclo e o 2° e 4° ciclo (p ≤ 0,001) (Figura 5).
pT1
pT2
pT3
pT4
0
1
2
round round round round
a
a
b
b
c
c
c
a
a, b
c
a
b
a, b
a, b
a, b
b
Estadiamento clínico
Abs. 492nm
Figura 5. Ensaio de beads-ELISA para o teste de enriquecimento: O eixo Y representa a leitura
média da absorbância feita no espectrofotômetro a 490nm e no eixo X representa os diferentes grupos
de anticorpos acoplado no beads testado com pool de fagos do primeiro, segundo, terceiro e quarto
ciclo (C). As letras indicam os grupos em que houveram diferença significativa nos estadiamentos
tumorais pelo teste de ANOVA um critério, com pós teste de correção de Bonferroni no software
GraphPad Prisma 4.0. c- 4°ciclo vs 3°,e 1° ciclos com p<0,001; b- 3° ciclo vs 1° ciclo com valor de
p<0,01.
Quando comparado com os outros grupos do teste de enriquecimento, o
estadiamento pT3 foi aquele que menor teve um enriquecimento significativo.
4.2.3 Extração de DNA e Seqüenciamento dos Clones de Fagos
Dentre os 196 clones seqüenciados, 81 apresentaram seqüências válidas (sem erros
de seqüenciamento), e apenas 43 seqüências apresentaram-se diferentes. A Tabela IV
mostra a freqüência de cada clone nos diferentes estadiamentos.
_________________________________________________________________________RESULTADOS
34
Tabela IV . Freqüência dos clones de fagos seqüenciados em diferentes estadiamentos.
Peptídeos
Frequência
dos peptídeos
Freqüência absoluta
pT1
pT2
pT3
pT4
SPLFPWL
12/81
4
2
6
0
LPTRTSH
7/81
1
2
1
3
SSIFPWL
5/81
1
3
1
0
NLSSSWI
5/81
1
3
0
1
NLLFPWL
4/81
1
2
1
0
SSGPPHS
3/81
2
0
1
0
LGAPFSR
3/81
0
0
0
3
GLYSFSK
2/81
0
0
0
2
SSAGSLF
2/81
0
0
0
2
LFPWLGS
2/81
1
1
0
0
SALFPWL
2/81
0
2
0
0
PSLFPWL
2/81
0
2
0
0
LFPWLSS
2/81
0
2
0
0
LFPLLPG
1/81
0
0
1
0
GFPLPHL
1/81
0
0
1
0
ESSCFLG
1/81
0
0
1
0
DVFPWLP
1/81
0
0
0
1
VPAWNPH
1/81
0
0
0
1
LSSSASL
1/81
0
0
0
1
CSFSASC
1/81
0
0
0
1
TTLSPHL
1/81
0
0
0
1
TTMSPLL
1/81
0
0
0
1
LGLPFSN
1/81
0
0
0
1
LGHPFLR
1/81
0
0
0
1
LFPWLAP
1/81
0
0
0
1
STLAPSL
1/81
0
0
0
1
STLLPQL
1/81
0
0
0
1
SVLFPWL
1/81
1
0
0
0
PLLSITA
1/81
1
0
0
0
TSRLGHL
1/81
1
0
0
0
VSICSVD
1/81
0
1
0
0
_________________________________________________________________________RESULTADOS
35
EATRPAT
1/81
0
1
0
0
NPVFPWL
1/81
1
0
0
0
LFPWLPG
1/81
1
0
0
0
SSLFPWL
1/81
1
0
0
0
PPSSRPS
1/81
1
0
0
0
PSPASSF
1/81
1
0
0
0
HALFPWL
1/81
0
1
0
0
NTSPLHQ
1/81
1
0
0
0
QPSSHSL
1/81
0
1
0
0
SPIFPWL
1/81
1
0
0
0
SPDSSAL
1/81
0
0
1
0
LFPWLPD
1/81
0
1
0
0
TOTAL
81
21
24
14
22
4.2.4 Pré-Validação de Mimetopos por Phage-ELISA
Os fagos eluídos do terceiro e quarto ciclo de cada estadiamento do biopanning
foram submetidos ao ensaio de Phage-ELISA com pool de soro de pacientes com CaP
para verificar a reatividade ao alvo. A normalização da quantidade de partículas virais
entre os clones a serem testados foi feita pela sensibilização do anticorpo anti-M13 na
placas de microtitulação. Utilizou-se o fago selvagem como controle negativo de
reação, além de indivíduos sadios.
A Figura 6 demonstra a reatividade dos anticorpos anti-CaP presentes nos soros
dos pacientes contra os clones. Os clones que obtiveram uma absorbância média
superior ao controles saudáveis e ao fago selvagem foram selecionados como os
prováveis mimetopos de câncer.
36
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
pT 1.1
pT 1.2
pT 1.3
pT 1.4
pT 1.5
pT 1.6
pT 1.7
pT 1.8
pT 1.9
pT 1.10
pT 1.11
pT 1.12
pT 1.13
pT 1.14
pT 1.15
pT 1.16
pT 1.17
s el
C lon es pT 1
OD 490nm
Neg
HP B
C aP
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
pT 2.1
pT 2.2
pT 2.3
pT 2.4
pT 2.5
pT 2.6
pT 2.7
pT 2.8
pT 2.9
pT 2.10
pT 2.11
pT 2.12
pT 2.13
pT 2.14
s el
C lon es pT 2
OD 490nm
Neg
HP B
C aP
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
pT 3.1
pT 3.2
pT 3.3
pT 3.4
pT 3.5
pT 3.6
pT 3.7
pT 3.8
pT 3.9
s el
C lon es pT 3
OD 490n m
Neg
HP B
C aP
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
pT 4.1
pT 4.2
pT 4.3
pT 4.4
pT 4.5
pT 4.6
pT 4.7
pT 4.8
pT 4.9
pT 4.10
pT 4.11
pT 4.12
pT 4.13
pT 4.14
pT 4.15
pT 4.16
s el
C lon es T 4
OD 490nm
Neg
HP B
C aP
Figura 6. Painel de pré-validação dos clones reconhecidos por IgG de pacientes com CaP em diferentes estadiamento. Os clones foram capturados por anticorpo anti-
M13 e incubados com soros de pacientes com ncer, HPB e indivíduos saudáveis. Para comparação, o fago selvagem foi submetido às mesmas condições. Os 11clones do
pT1(A), 8 fagos do pT2 (B), 2 fagos pT3 (C), e 1 fago pT4 (D) selecionados mostraram uma alta afinidade de ligação, quando comparado ao selvagem. Totalizando, desse modo, 22
fagos, sendo que 16 são diferentes.
A
B
C
D
A
A
B
C
D
________________________________________________________________________RESULTADOS
37
4.2.5 Screening dos Fagos Selecionados com Soros de pT1, pT2, pT3, pT4
Após selecionar os 16 fagos distintos, os mesmos foram submetidos ao teste Phage-
ELISA para verificar se os mimetopos apresentam reatividade cruzada entre os quatros
tipos de sorológico do CaP (pT1, pT2, pT3, pT4), além de HPB e controle. Além disso,
o teste possibilitou analisar a predominância de um peptídeo específico a cada
estadiamento. As Figuras 7-9 mostram a reatividade dos 16 peptídeos selecionados no
screening nos diferentes estadiamentos.
splfpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
,b
*
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
svlfpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
,a,d
,d
*
*
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
salfpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
,b
*
,g
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
spifpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
ssifpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
*
,g
*
grupos analisados
Abs 492nm
Figura 7. Análise do primeiro grupo de clones selecionados especificamente pelos anticorpos dos
diferentes tipos de pool de soro de pT1, pT2, pT3, pT4 de pacientes. Os clones foram agrupados de
acordo com as similaridades químicas dos aminoácidos. A escala no eixo y mostra a absorbância a
492nm correspondente aos fagos ligantes. Os dados estão representados pela média ± desvio padrão. As
letras e símbolos representam os valores positivos para as diferenças de médias e os valores significativos
para o ncer, e letras iguais mostram grupos em que não houveram diferenças. α - pT1 vs pT3, pT4,
HBP, NEG, selvagem, com p <0.001; a-pT1 vs; pT4, NEG, com p <0,01; b - pT2 vs pT1, com p <0,01; β
- pT2 vs pT3, pT4, HPB, NEG, selvagem com p <0.001; g- pT4 vs pT3, NEG com p<0,05; γ-pT4 vs pT3,
HPB, NEG, sel com p<0,05, ε- pT4 vs pT3 com p< 0,01. O teste estatístico utilizado foi ANOVA um
critério, com pós teste de correção de Bonferroni feito pelo software GraphPad Prism versão 4.0.
________________________________________________________________________RESULTADOS
38
lfpwlpd
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
*
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
lfpwlss
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
,c
*
*,
grupos analisados
Abs 492nm
lfpwlgs
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
,a,
*
,
grupos analisados
Abs 492nm
lfpwlpg
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
*, ,d
*,d
,e
d,e
grupos analisados
Abs 492nm
nllfpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
grupos analisados
Abs 492nm
npvfpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
halfpwl
pT1
pT2
pT3
pT4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
*
*
*
*
*
grupos analisados
Abs 492nm
Figura 8. Análise de clones selecionados especificamente pelos anticorpos dos diferentes tipos
de pool de soro de pT1, pT2, pT3, pT4 de pacientes. Os clones foram agrupados de acordo com as
similaridades químicas dos aminoácidos em A e B. A escala no eixo y mostra a absorbância a 492nm
correspondente aos fagos ligantes. Os dados estão representados pela média ± desvio padrão As letras e
símbolos representam os valores positivos para as diferenças de médias e os valores significativos para o
câncer, e letras iguais mostram grupos em que não houveram diferenças. .α - pT1 vs pT3, pT4, HPB,
NEG, selvagem, com p <0.001; a- pT1 vs NEG com p<0,01, - pT1 vcs HPB ou vs pT4 e NEG com
p<0,05, β - pT2 vs pT3, pT4, HPB, NEG, selvagem com p <0.001; c- pT2 vs pT1 com p<0,05; γ-pT4 vs
pT3, HPB, NEG, sel com p<0,05. O teste estatístico utilizado foi ANOVA um critério, com pós teste de
correção de Bonferroni feito pelo software GraphPad Prism versão 4.0.
A
B
A
B
________________________________________________________________________RESULTADOS
39
pspassf
pT1
pT2
pT3
T4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
grupos analisados
Abs 492nm
ppssrps
pT1
pT2
pT3
T4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
grupos analisados
Abs 492nm
tsrlghl
pT1
pT2
pT3
T4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
,c
grupos analisados
Abs 492nm
lgapfsr
pT1
pT2
pT3
T4
HPB
NEG
SEL
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
grupos analisados
Abs 492nm
Figura 9. Análise de clones selecionados especificamente pelos anticorpos dos diferentes tipos
de pool de soro de pT1, pT2, pT3, pT4 de pacientes. Os clones foram agrupados de acordo com as
similaridades químicas dos aminoácidos. A escala no eixo y mostra a absorbância a 492nm
correspondente aos fagos ligantes. Os dados estão representados pela média ± desvio padrão. As letras e
símbolos representam os valores positivos para as diferenças de médias e os valores significativos para o
câncer. β-pT2 vs pT1, pT3, pT4, NEG, Sel com p<0,001, C- pT2 vs HPB, p<0,05; α- pT4 vs outros
grupos com p<0,001.O teste estatístico utilizado foi ANOVA um critério, com pós teste de correção de
Bonferroni, feito pelo software GraphPad Prisma versão 4.0.
Como pode ser observado nas Figuras 8-10, os fagos foram separados em painéis de
acordo com a semelhança química do aminoácido. Nestas figuras, todos os clones que
apresentaram o motivo FPWL foram significativamente reativos para IgG do soro de
pacientes com câncer de próstata, especialmente para os estadiamento pT1 e pT2,
quando comparada a outros grupos com o valor de p variando de 0,05 a 0,001.
Embora muitos clones tenham apresentado diferença significativa em favor de
tumor do estadiamento pT2, dois (NPVFPWL e HALFPWL) clones não mostram
diferença significativa quando foram comparados ao pT1. Em contraste, os clones
TSRLGHL e LGAPFSR mostraram reatividade significativa apenas com os estádios
pT2 e pT4, respectivamente, enquanto os clones PSPASSF e PPSSRPS demonstraram
________________________________________________________________________RESULTADOS
40
baixa reatividade para todos os grupos (Figura 10) e nenhum fago foi encontrado para o
estadiamento pT3 apesar de alguns clones terem sido selecionados durante o
bioppaning.
4.2.6 Bioinformática
Com intuito de identificar uma região conservada ou um motivo comum nos
peptídeos selecionados, realizou-se o múltiplo alinhamento pelo programa clustal w
(http://www.ebi.ac.uk/Tools/clustalw2/index.html). O programa possibilitou, também, a
formulação de um consenso, criando uma seqüência peptídica (Tabela V).
Tabela V . Alinhamento dos peptídeos selecionados pelo Programa clustalW.
Clones
Alinhamento pelo clustal W
pT1.5; pT2.6; pT3.9
---LFPWLSS
pT1.5
---LFPWLGS
pT1.10
-SPIFPWL--
pT1.6; pT2.7; pT3.9
-SSIFPWL--
pT1.11; pT2.11; pT3.6
-SPLFPWL--
pT1.1
-SVLFPWL--
pT2.12
-SALFPWL--
pT2.13
-HALFPWL--
pT1.14
---LFPWLPG
pT2.9
---LFPWLPD
pT1.12
-NPVFPWL--
pT1.11; pT2.5; pT3.7
-NLLFPWL--
pT4.15
-TSRLGHL--
pT1.4
LGAPFSR---
Consenso
-S+LFPWLPS
Para a identificação de possíveis epítopos lineares foi realizada uma busca no
BLAST (blastp), utilizando a seqüência consenso de peptídeo gerado pelo programa
clustal w e o banco de dados de seqüências de proteínas Swissprot, restrito a proteínas
________________________________________________________________________RESULTADOS
41
humanas. As proteínas que se alinharam foram submetidas ao ensaio in silico Bepipred
de predição de epítopos antigênico lineares, com o objetivo de saber se as regiões
alinhadas correspondiam às regiões preditas, ou seja, regiões que por método
matemático poderiam gerar a produção de anticorpos. A última coluna da Tabela VI
mostra as regiões de prováveis epítopos antigênico lineares dos peptídeos selecionados
alinhado com a proteína.
Tabela VI Alinhamento das seqüências consenso dos peptídeos selecionados, mostrando as similaridades
encontradas com as proteínas anotadas no banco de dados do GeneBank pelo BLAST, com os números de
acesso no Swissprot, e sua regiões de prováveis epítopos antigênicos lineares feita de acordo com o
programa Bepipred.
Peptídeo
consenso
Alvos
Potenciais
Swissprot
Alinhamento
E
Value
Provável
região
antigênica
S+LFPW
LPS
HERV-
R(b)_3p24.3
provirus
ancestral Env
polyprotein
P60509
Query 1 S--LFPWLPS 9
SL+PWLPS
Sbjct274 SPNLWPWLPS 283
18
276 a 283
HERV-
H_19p13.11
provirus
ancestral Env
polyprotein
P61549
Query 1 SLFPWLPS 8
SL PWLPS
Sbjct 223 SLHPWLPS 230
5.5
228-230
HERV-
H_2q24.1
provirus
ancestral Env
polyprotein
Q9N2J8
Query 1 SLFPWLPS 8
SL PWLPS
Sbjct 237 SLHPWLPS 244
5.5
242-244
Como pode ser observado pela Tabela VI, o peptídeo consenso mostrou similaridade
com as proteínas retrovirais e o seu alinhamento apresentou como uma possível região
antigênica avaliado pelo programa Bepipred.
________________________________________________________________________RESULTADOS
42
4.2.7 Screening dos Fagos Escolhidos com Soros individuais
Para analisar o comportamento dos fagos individuais, bem como testar a
sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo risco relativo (VPP E
VPN), e odds ratio, testou os clones (SPLFPWL, LFPWLGS, NLLFPWL) que
apresentavam um motivo em comum. Para o teste de ELISA foram comparados 22
pacientes com CaP, 22 pacientes com HPB e 21 pacientes negativos. Dos 22 pacientes
com câncer, 4 pacientes analisados apresentavam, neoplasia intra-epitelial prostática
(NIP)
A Tabela VII demonstra o número de pacientes que apresentaram Índice ELISA
(I.E) maior que 1 (pacientes positivos par o teste) para os 3 clones e se houve diferença
significativa para o teste de Fisher:
Tabela VII .Freqüência de pacientes positivos para o teste de ELISA sobre o valor total de pacientes
diagnosticado nos três clones.
SPLFPWL*
(Positivo/ total)
LFPWLGS
(Positivo/ total)
NLLFWL+
(Positivo/ total)
CaP
5/22
5/22
5/22
CaP NIP
3/ 4
2/4
3/ 4
HPB
2/22
4/22
0/22
NEG
0/21
0/21
1/21
*valor de p<0.04; +valor de p<0.02 para o teste de Fisher tanto para o CaP geral como CaP NIP
Para o teste de sensibilidade, os clones apresentaram a mesma porcentagem de 23%,
porém a especificidade bem como o risco relativo, odds ratio, VPP, VPN. Porém ao
calcular os dados de sensibilidade, especificidade, odds ratio, risco relativo, VPP e
VPN, para o caso de câncer associado à NIP, o fago LFPWLGS diferenciou nos
resultados como mostra a Tabela VIII.
________________________________________________________________________RESULTADOS
43
Tabela VIII- Comparação de dados estatísticos epidemiológicos entre o CaP geral e CaP associado ao
NIP
SPLFPWL*
(CaP geral/ CaP
NIP)
LFPWLGS
(CaP geral/ CaP
NIP)
NLLFWL+
(CaP geral/ CaP
NIP)
Risco relativo
2.44/10,2
1,9/3,4
2,84/10,2
Odds ratio
6,03/24
3,01/5,0
12,1/24
Sensibilidade
23%/75%
23%/50%
23%/75%
Especificidade
95%/98%
91%/83%
98%/98%
VPP
71%/60%
56%/40%
83%/60%
VPN
71%/94,1%
71%/88%
71%/94,1%
*valor de p<0.04; +valor de p<0.02 para o teste de Fisher tanto para o CaP geral como CaP NIP
Valores gerados pelo programa Prisma cálculo de Contingência
4.3 Padronização da Plataforma Biotecnológica
4.3.1 Quantificação dos Beads na Câmara de Neubauer e Teste de beads ELISA para
a certificação do acoplamento
Após a seleção do fago ligante a IgG de pacientes com câncer de próstata, acoplou
o fago na microsfera de grupamento epóxi para o desenvolvimento de uma nova
plataforma de diagnóstico. Para verificar se houve perda de microesferas durante o
acoplamento e as lavagens, as mesmas foram contadas pela câmara de Neubauer, visto
que os beads possuem um tamanho semelhante a uma célula (2,8 um). A Tabela IX
mostra quantificação das microesferas.
________________________________________________________________________RESULTADOS
44
Tabela IX. Quantificação dos beads em Câmara de Neubauer.
Beads-
BSA
Unidades
/ml
Beads-
fago
Unidades/
ml
Beads-
sel
Unidades/
ml
2,75x 10
7
1,49 x 10
7
2,58 x 10
7
2,53x 10
7
1,9 x 10
7
1,15 x 10
7
2,3 x 10
7
2,13 x 10
7
1,65 x 10
7
2,53x 10
7
2,3 x 10
7
2,53 x 10
7
2,65x 10
7
2,33 x 10
7
2,30 x 10
7
Os dados apresentados pela Tabela IX mostram que não houve perda relevante entre
os diferentes alvos acoplados (BSA, fago selecionado e selvagem) e nem entre os
diferentes tampões.
Para analisar se os fagos foram acoplados ao beads, foi feito um teste de beads-
ELISA. Conforme observado na Figura 11, houve uma diferença significativa (p<0,001)
entre a absorbância média do fago acoplado no beads quando comparado com o beads
controle (BSA), porém, não foi observada nenhuma diferença significativa entre os
diferentes tampões.
1° ensaio
2° ensaio
3 °ensaio
4° ensaio
5 ° ensaio
0
1
2
Fago BSA
Ensaios realizados
Abs. 492nm
Figura 10. Ensaio de beads-ELISA,com fagos e BSA acoplado na microesfera. O eixo Y
representa a leitura média da absorbância a 492nm e no eixo X apresentam os diferentes ensaios de
acoplamento. Colunas representam a média (n = 6); barras mostram o desvio-padrão O teste estatístico
ANOVA dois ou mais critério, com pós teste de correção de Bonferroni, mostra a diferença estatística de
p <0,001 entre o fago acoplado e o controle.
________________________________________________________________________RESULTADOS
45
4.3.3 Teste de bloqueio da pIII
Com a certificação do acoplamento dos fagos aos beads, realizou-se uma titulação
destes para verificar se ocorria o bloqueio da região da pIII do fago, região onde está
inserido o mimetopo. Como pode ser observado pela Figura 12, houve a formação de
colônias azuis, demonstrando que a proteína III do fago não se encontra bloqueada.
Figura 11. Teste de bloqueio da pIII . Formação de colônias azuis mostra a capacidade
infectiva do fago na bactéria. Letras representam as titulações dos fagos acoplados no beads na diluição
a 10
-2
em diferentes tampões. A - fago acoplado no tampão sulfato de amônio 3M pH 7,4 e fosfato de
sódio 0,1M pH 7,4 na proporção 1:1(ensaio 1), B- fago acoplado no tampão sulfato de amônio 3M pH 7,4
(ensaio 2), C - fago acoplado no tampão sulfato de amônio 3M pH 7,4 e fosfato de sódio 1,2 M pH 10,2
na proporção 3:1 (ensaio 3), D - fago acoplado no tampão fosfato de sódio 1,2 M pH 10,2 (ensaio 4), E-
fago acoplado no tampão sulfato de amônio 3M pH 7,4 e fosfato de sódio 0,1M pH 7,4 na proporção 3:1,
F- Controle da reação.
Quando se compara as placas dos diferentes ensaios verifica-se que ocorre uma
maior formação de colônias nos ensaios 1, 2, 3 e 5 (Figuras 12A, B, C, E),
demonstrando que o 4 ensaio, não seja adequado para o acoplamento de fago, visto que
houve menor formação de colônias (Figura 12D). A Figura 12F representa o ensaio
controle, indicando que os beads acoplados ao BSA não apresentam poder de
infectividade ou contaminação.
A
B
C
D
E
F
_____________________________________5. DISCUSSÃO
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
47
A identificação de antígenos tumorais, que eliciam a produção de anticorpos a partir
da resposta imune, pode ser útil na detecção do câncer bem como em imunoterapia
(HANASH, 2003). Muitos pesquisadores têm verificado que pacientes com câncer
podem produzir autoanticorpos (SAHIN et al, 1995; CHEN et al, 1998; STOCKERT et
al, 1998; BRICHORY et al, 2001, MINENKOVA, 2003), e atualmente, há um crescente
entusiasmo para a aplicação de técnicas proteômicas para a identificação de marcadores
biológicos na fase inicial da doença, além do desenvolvimento de plataformas para
diagnóstico não invasivo do ncer e monitoramento da progressão do tumor
(CASIANO et al, 2006)
Com o intuito de encontrar novos alvos reativos ao sistema imune, este estudo
propôs a identificação de antígenos tumorais a partir de autoanticorpos em pacientes de
câncer de próstata de diferentes estádios através da técnica de Phage Display. Além
disso, padronizou-se o acoplamento dos peptídeos antigênico, expresso em fagos, em
microesfera de grupamento epóxi para o desenvolvimento de plataforma de imuno-
ensaio enzimático baseado em micropartículas.
A seleção de epítopos miméticos ao adenocarcinoma foi feita utilizando uma
biblioteca conformacional de peptídeos de sete aminoácidos (New England Biolabs,
Ph.D.-C7C). Escolheu-se essa biblioteca porque se supõe que o reconhecimento das
IgGs de CaP por peptídeos conformacionais seria melhor do que peptídeos lineares.
Pesquisas m demonstrado que peptídeos, que incorporam algumas características
conformacionais, têm implicações importantes no desenvolvimento de vacinas e no
reconhecimento dos anticorpos (DAKAPPAGARI et al, 2005; SUNDARAM et al,
2004). Bukawa H et al 1995 e Cabezas et al. 2000 investigaram o uso de epítopos
conformacionais do vírus de imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) para estudar as
respostas dos anticorpos específicas ao vírus. Eles demonstraram que a conformação do
peptídeo V3 e V5 da glicoproteína gp120 foram capazes de provocar uma resposta
imune, diferentemente do epítopo linear. Além disso, apenas os peptídeos com loops
obtiveram anticorpos neutralizadores de vírus em coelhos vacinados.
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
48
O panning em fase de solução em partículas magnéticas de proteína G foi a escolha
do procedimento metodológico e a plataforma, a qual foi dividido em dois passo o
acoplamento dos anticorpos e a seleção de peptideos.
A captura de IgG pela microesfera mostrou-se eficiente visto que houve alta
absorbância apresentada pelo reconhecimento do anti-IgG aos anticorpos acoplado no
beads, comparado ao controle (reconhecimento do anticorpo irrelevante ao IgG-beads).
Além disso, a baixa absorbância do controle mostra a eficiência do bloqueio, garantindo
uma boa seleção de mimetopos de câncer de próstata. A escolha do beads proteín-G
como plataforma foi devido à correta orientação, que a proteína-G, favorece ao
anticorpo, potencializando o seu uso (HÄRMÄ et al, 2000), da baixa ligação
inespecífica e baixa contaminação das micropartículas (WHITEAKER et al, 2007),
além da diminuição do impedimento estérico entre o anticorpo e o antígeno (KIM et al,
2009), quando se compara às seleções feitas em placas de poliestireno.
Já para a panning, utilizou-se a estratégia de seleção negativa para aumentar a
seleção de peptídeos ligantes a IgG associado ao tumor. Este tipo de seleção, já tem sido
desenvolvido por Mikhail Popkov et al. 2004, com o objetivo de remover a reação
cruzada com antígenos de clones comum em Phage Display, em pesquisas de neurônios
de rato (HOU et al, 2004), de carcinoma hepatocelular metastática (JIA, 2006) e de
câncer de próstata (MINTZ et al, 2003).
Durante os ciclos de seleção, verificou-se o aumento esperado do título de fago,
que os clones, que apresentam maior imuno-afinidade, ficaram retidos aos anticorpos
para subseqüente eluição e amplificação para o ciclo seguinte, enquanto que os fagos
com baixa ou sem afinidade aos anticorpos são lavados e removidos. Apesar da maioria
dos fagos com baixa afinidade serem removidos durante as lavagens dos ciclos, o
excesso de anticorpo presente no beads e o excesso de fagos podem favorecer a ligação
inespecífica, ou ainda esses clones podem interagir diretamente com a microesfera,
sendo necessário o aumento da estringência (Tween-20), o qual variou de 0,1 a 1%.
O resultado de Beads-ELISA mostrou que o enriquecimento dos pools de fagos
específicas do terceiro e quarto ciclo do panning exibiram ligação significativa a IgG do
câncer , quando comparados com o pool de fago do primeiro e segundo ciclo. Este
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
49
enriquecimento sugestiona alta reatividade de ligação e consequentemente o sucesso do
panning. McCafferty, 1996, relatou que dois fatores, a afinidade e o nível de exibição,
afetam diretamente a eficiência da seleção. A existência de ligantes que expõe peptídeos
com grande afinidade em biblioteca de Phage Display melhora seu enriquecimento
mesmo se o nível de exposição seja baixo.
No ensaio de Phage-ELISA, dos 16 fagos selecionados no ELISA pré-validação, 14
clones apresentavam alta afinidade de ligação especificamente com IgG de CaP. Desses
14, 12 peptídeos continham aminoácidos análogos e exibiam imuno-reatividade
similares, isto é, estes clones eram reconhecidos especificamente pelos anticorpos
presentes no estadiamento tumoral pT1 e pT2, sugerindo que o motivo compartilhado
FPWL mimetizam a mesma região da proteína. Além disso, a não reatividade dos
PSPASSF e PPSSRPS reforça a idéia de que o motivo foi realmente selecionado
positivamente. Interessantemente, para o estádio pT3 nenhum clone foi reconhecido,
enquanto que para o estádio pT4, o clone LGAPFSR exibiu reatividade exclusiva. A
importância de selecionar alvos tumorais em diferentes estádios é que esses alvos
ajudariam a determinar o melhor tratamento, bem como o prognóstico (CHO-CHUNG,
2006). Além disso, a detecção precoce, com estágio I e II, em câncer de próstata,
continua a ser a abordagem mais promissora para melhorar a sobrevivência em longo
prazo dos pacientes com câncer (OTT et al, 2009).
O uso da metodologia de Phage Display para encontrar alvos ou ligantes tumorais
tem tido resultados promissores entre os pesquisadores. Zhong et al (2008), verificou
que a combinação de três tipos de peptídeos expressos pelos fagos apresentavam 80%
de sensibilidade e 100% especificidade na predição do estado da amostra, enquanto o
cada um separadamente prediziam 77,0% de sensibilidade e especificidade de 82,8%
entre 87 amostras de pacientes e 87 amostras de controle. Tong et al (2008) encontrou
fagos ligantes a autoanticorpos em cacinoma e Ran et al (2008) relatou que auto-
anticorpos contra antígenos expressos phage-derivadas de tecidos de câncer poderiam
ser utilizados como marcadores do soro para detecção de câncer de cólon.
Uma abordagem alternativa para a identificação de ligantes e de identificação de
alvos em potencial através de programas de bioinformática é a busca de seqüências
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
50
consenso entre os clones selecionados. Pelo programa clustal w foi encontrado um
consenso (S+LFPWLPS) que continham tanto o motivo como a presença de alguns
aminoácidos presentes em outros fagos mais não na maioria. O consenso compartilha
similaridade de seqüência com uma variedade de proteínas humanas, especialmente
com as proteínas de retrovírus endógenos humanos (HERV-provírus poliproteínas Env
ancestral), já que houve repetição de subtipos do endovírus no alinhamento e do total de
8 aminoácido do consenso, 7 são alinhado.
Muitos estudos têm mostrado a relação entre o vírus e o câncer, por exemplo, as
proteínas E6 e E7 de papilomavírus humano oncogênico (HPV) se ligam e inativam
proteínas celulares supressor de tumor (PAGANO, et al 2004). Em outros casos, os
vírus podem indiretamente causar câncer induzindo a destruição crônica de
compensação e substituição de células, como Hepatite B e vírus C, que podem criar um
ambiente celular inflamatória, onde produzem numerosas substâncias oxidantes com
potencial de causar dano celular ou genoma da célula (MÜNGER, HOWLEY, 2002;
KLEIN, 2008). Devido a isso, o vírus pode ser candidato para marcador sorológico, ou
agente etiológico do câncer de próstata.
As proteínas com seqüências compartilhadas com retrovírus endógeno humano
(HERV) são muito interessantes, que relacionam com a etiologia da CaP e outros
cânceres, como os de ovário (WANG-JOHANNING et al, 2006), de mama (WANG-
JOHANNING et al, 2001), testicular (GOEDERT et al, 1999) , câncer gastrointestinal
(WENTZENSEN et al, 2007) . Retrovírus endógeno humano (HERVs) são
descendentes de retrovírus exógenos que se tornaram genes celulares pela integração as
células da linhagem germinal (LEIB-MOSCH, 1990). Embora se tenha verificado que
os genomas HERV geralmente estão com defeito, eles representam um reservatório de
genes virais que podem ser ativados de forma espontânea, por eventos de recombinação,
ou pela radiação e agentes químicos. A função biológica dos retrovírus humanos
relacionados com seqüências permanece desconhecida, mas há especulações de que eles
desempenham papel na carcinogênese, autoimunidade, e imunossupressão em seres
humanos (BOESE et al, 2000; TAMURA et al 1994; KERSHAW et al, 2001; YANG;
PERRY-LALLEY, 2000; MANGENEY et al, 2001).
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
51
No caso da relação entre o desenvolvimento do câncer e os retrovirus endógenos, os
HERVs podem produzir partículas retrovirais competentes para a replicação, os quais
são capazes de formar novas inserções proviral que induzem tumores por mutagênese de
inserção (ou seja, integração de provírus com seus potentes elementos promotores e
potenciadores próximo a um protooncogene), ou que promovam o crescimento do
tumor por imunossupressão. Especialmente, neste último caso, a expressão dos
antígenos em células tumorais podem provocar uma resposta imunológica antitumoral
envolvendo, entre outros, os anticorpos e células T citotóxicas (CTL). Idealmente, as
respostas imunes antitumorais resultam na eliminação das células cancerosas. No
entanto, a expressão das proteínas imunossupressoras do envelope de retrovírus
endógenos nas células do tumor pode levar a um aumento da população de células T
reguladoras (Treg), promovendo a supressão da atividade antitumoral de células
citotóxicas, o que leva à fuga de células tumorais da imunovigilância (escape do tumor)
e conseqüentemente invasões do crescimento do câncer. (RUPRECHT et al 2008).
Além disso, verificou-se também que RNAsel defectivo pode permitir maior infecção
viral que este gene é efetor de resposta inata via interferon gama, via degradação de
partículas virais e apoptose celular (URISMAN et al, 2006).
Em concordância a bioinformática, a baixa sensibilidade dos fagos SPLFPWL,
LFPWLGS, NLLFWL aos pacientes individuais com CaP em geral era esperada,
visto que, a associação entre o desenvolvimento do tumor e o vírus é também pequena.
De acordo com os resultados da pesquisa de Wang-Johanning et al (2006) verificou-se
que somente 55% dos pacientes com câncer de ovário apresentaram títulos positivos
para o anticorpo contra a proteína de superfície HERV-K, 40% foram positivo para o
anti-HERV-E e 30% foram positivos para anticorpos contra EV3. o trabalho de
Ishida et al (2008) mostrou que a proteína NGO-Pr-54, homólogo ao HERV-K,
identificado pela metodologia de SEREX, apresentou resposta imune de somente de
5,1% em pacientes com câncer de bexiga, 4,1% em câncer de fígado, 3,4% em câncer
de pulmão, 5,6% em câncer de ovário e 4,2% em câncer de próstata. Apesar de a
resposta humoral ser baixa, a importância do estudo da associação entre o vírus e o
desenvolvimento do tumor está na busca de novas etiologias ou no reforço das
pesquisas já existentes sobre infecção e câncer. No entanto, ao relacionar a sensibilidade
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
52
dos fagos com o câncer de próstata associado à neoplasia intra-epitelial prostática,
verifica-se que a sensibilidade sobe para 50% a 75%, reforçando a hipótese que a
infecção por vírus pode levar a inflamação e consequentemente o desenvolvimento do
tumor. Klein et al (2008) relatou que as infecções podem levar a inflamação crônica, e
estas gerarem espécies reativas a oxigênio (ROS), o que lesa as células e promove a
atrofia inflamatória proliferativa (AIP) e a neoplasia intra-epitelial prostática (NIP). A
hiperproliferação, e as rápidas divisões podem levar ao acumulo de mutações,
promovendo o aparecimento do tumor.
Mediante disso, verifica-se que existem muitas etiologias para o câncer de próstata,
e o desenvolvimento de biomarcadores associado a plataformas eficientes de
diagnóstico torna-se necessário. Com relação ao desenvolvimento de plataformas de
detecção, os imunoensaios são extremamente vitais para diagnósticos clínicos, análises
ambientais e estudos bioquímicos.
No diagnóstico clínico, existe uma demanda para a análise rápida que auxilie no
diagnóstico preciso e tratamento da doença de um paciente ou condições do prejuízo.
Atualmente, imunoensaios enzimáticos (ELISA), realizado em placa de microtitulação é
a técnica mais comum utilizada para os imunoensaios. No entanto, com a demanda por
menor tempo de análise, menor volume de amostra e maior sensibilidade, outras
técnicas estão sendo exploradas para executar imunoensaios (LIMA et al, 2007).
Neste ponto, os sistemas de diagnósticos baseado em beads oferecem alternativa
atrativa para detecção de auto-anticorpos em soro humano, quando estes são acoplados
com epitopo antigênico (KOURILOV, STEINITZ, 2002).
No teste Beads-ELISA para a verificação do acoplamento do fago nos beads houve
uma diferença significativa entre o controle e o fago acoplado nos diversos tampões,
certificando-se a imobilização do clone selecionado a microesfera, mas a não
observação de diferença de acoplamento entre os tampões, permite analisar que por esse
teste não é possível avaliar o melhor tampão. De modo geral, imobilização dos alvos é
dependente da superfície da estrutura da partícula, bem como das condições da solução
tais como pH, temperatura, estringência iônica e outros (KAWAGUCHI, 2000).
__________________________________________________________________________DISCUSSÃO
53
Para o teste de bloqueio da pIII, verificou-se que a formação de colônia azul permite
concluir que a ligação do n-terminal do fago com o grupamento epóxi, não ocorre via
pIII, mas com maior probabilidade pela via da pVIII. A região da pIII contém três
domínios (N1, N2, CT), sendo que N1 e N2 (n-terminal) estão envolvidos com a
infecção do vírus na Ecoli ER2738 e o do CT na estabilidade do fago. Assim, o
bloqueio da pIII, via reação com o grupamento epóxi, seria prejudicial no
desenvolvimento de diagnóstico via microesfera, visto que é nessa região é que se
encontra o epítopo mimético às regiões antigênicas do câncer.
Ao se comparar as placas dos diferentes ensaios, pode-se verificar que o ensaio 4 foi
a placa que menor produziu colônias azuis, sugerindo que esse tampão não seja
adequado para esse tipo de acoplamento. Apesar de ser o tampão mais básico, visto que
imobilização de pequenas moléculas em grupamentos epóxi ativados é geralmente
acompanhada de valores alto de pH, de 9 a 11, devido ao desprotonamento do grupo
amino (WHEATLEY, SCHMIDT, 1999), a menor concentração salina durante o
acoplamento (outros tampões apresentaram uma molaridade salina superior a 1,5), pode
ter influenciado, haja vista que alta molaridade salina concentra grupos nucleofílicos da
molécula perto dos sítios ativos do grupamento epóxi do suporte (WHEATLEY, 1991;
WHEATLEY, et al., 1996).
___________________________________6. CONCLUSÕES
55
Os resultados da seleção e caracterização de peptídeos em diferentes estadiamentos
clínico-patológicos do câncer de próstata permitiram concluir que:
Por meio da tecnologia de Phage Display foi possível selecionar peptídeos
imunorreativos contra os anticorpos circulantes em pacientes com câncer de
próstata em diferentes estadiamentos, apresentando baixa reação cruzada
com outras IgGs tais como HPB e controles saudáveis.
Foi possível encontrar peptídeos especificamente para o estadiamento do
tumor precoce (pT1 e pT2) e para a fase avançada do tumor pT4, sendo que
nenhum peptídeo foi relevante para o estadiamento pT3.
A semelhança entre o peptídeo consenso e as proteínas do capsídeo viral
HERVs fornecida pela bioinformática, sugere que o endovírus humano
poderia estar envolvido na etiologia do câncer, e por conseguinte, ser um
provável marcador tumoral ou ser utilizado em vacina de peptídeos, já que o
HERVs são de interesse como o potencial patógeno indutor da doença.
A identificação dos fagos com a associação do câncer de próstata com NIP
possibilita a reafirmar as hipóteses que, através de infecções ocorre
processos inflamatórios que podem estar envolvidos no desenvolvimento do
tumor. Mas será importante avaliar a reatividade dos peptídeos
selecionados com maior número de pacientes com CaP, e incluir nas
análises outras doenças como a prostatite, doenças auto-imunes, e outros
câncer.
Paralelamente, o desenvolvimento de uma nova plataforma que utiliza
microesferas magnéticas e peptídeos expressos pela pIII do fago, permite
um menor tempo do diagnóstico e um menor custo.
__________________________________7. REFERÊNCIAS
________________________________________________________________________REFERENCIAS
57
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Imunidade contra tumors. In:_________________.
Imunologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Elsevier. Cap. 17, p. 401-421, 2005
ARAGÃO, A. J. O exame físico na avaliação do câncer de próstata. In:
WROCLAWSKI, E. R.; BENDHACK, D. A.; DAMIÃO, R.; ORTIZ, V. Guia Prático
de Urologia. São Paulo: Segmento. cap. 130, p. 437-438, 2003.
ARAP, W.; KOLONIN, M. G.; TREPEL, M.; LAHDENRANTA, J.; CARDO-VILA,
M.; GIORDANO, R. J.; MINTZ, P. J.; ARDELT, P. U.; YAO, V. J.; VIDAL, C. I.;
CHEN, L.; FLAMM, A.; VALTANEN, H.; WEAVIND, L. M.; HICKS, M. E.;
POLLOCK, R. E.; BOTZ, G. H.; BUCANA, C. D.; KOIVUNEN, E.; CAHILL, D.;
TRONCOSO, P.; BAGGERLY, K. A.; PENTZ, R. D.; DO, K. A.; LOGOTHETIS, C.
J.; PASQUALINI, R. Steps toward mapping the human vasculature by phage display.
Nat Med. New York. v. 8 n. 2 p. 121-127. Fev. 2002.
AVRAMIS, V. I.; AVRAMIS, E. V.; HUNTER, W.; LONG, M. C. Immunogenicity of
Native or Pegylated E. coli and Erwinia Asparaginases Assessed by ELISA and Surface
Plasmon Resonance (SPR-Biacore) Assays of IgG Antibodies (Ab) in Sera from
Patients with Acute Lymphoblastic Leukemia (ALL). Anticancer Research. Attiki. v.
29. n. 1. p. 299-302. Jan. 2009.
AZZAY, H. M. E.; HIGHSMITH, W. E. Phage display technology: clinical
applications and recent inNovations. Clin Biochem, Canada. v.35. n. 6. p.425-445, Set.
2002.
BANEZ, L. L.; P. PRASANNA, L. SUN, A. ALI, Z. ZOU, B.L. ADAM, D.G.
MCLEOD, J.W. MOUL, S. SRIVASTAVA. Diagnostic potential of serum proteomic
patterns in prostate cancer. Journal of Urology. Hagerstown. v. 170. n. p. 442-446.
Ago. 2003.
BARBAS, C.F.III, BURTON, D.R., SCOTT, J.K., SILVERMAN, G.J. Phage Display:
A Laboratory Manual. Plain View, NY: Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2001.
BAZHIN, A. V.; SAVCHENKO, M. S.; SHIFRIN, O. N.; DEMOURA, S.A.;
CHIKINA, S. Y.; JAQUES, G.; KOGAN, E. A.; CHUCHALIN, A. G.; PHILIPPOV,
________________________________________________________________________REFERENCIAS
58
P.P. Recoverin as a paraneoplastic antigen in lung cancer: the occurrence of anti-
recoverin autoantibodies in sera and recoverin in tumors. Lung Cancer. Oxford. v. 44.
p. 193-198. Maio. 2004.
BOESE, A.; SAUTER, M.; GALLI, U.; BEST, B.; HERBST, H.; MAYER, J.;
KREMMER, E.; ROEMER, K.; MUELLER-LANTZSCH N. Human endogenous
retrovirus protein cORF supports cell transformation and associates with the
promyelocytic leukemia zinc finger protein. Oncogene. Basingstoke. v. 19. n. 38. p.
43284336. Set. 2000.
BOK, R. A.; SMALL, E. J. Bloodborne biomolecular Markers in prostate cancer
development and progression. Nature Reviews Cancer. London. v. 2, n. 12. p. 918-
926, Dez. 2002.
BOSTWICK, D. G. Prostatic intraepithelial neoplasia. In: KAISARY, A. V.,
MURPHY, G. P., DENIS, L., GRIFFITHS, K. Textbook of prostate cancer: Pathology,
Diagnosis and Treatment. London: Martin Dunitz, cap. 3, p. 35-50, 1999.
BRADFORD, T. J.; WANG, X.; CHINNAIYAN, A. M. Cancer immunomics: Using
autoantibody signatures in the early detection of prostate cancer. Urologic Oncology:
Seminars and Original Investigations. Nova York. v. 24. n. 3. p. 237242, Mai./Jun.
2006.
BRAWLEY, O. W.; ANKERST, D. P.; THOMPSON, I. M. Screening for prostate
cancer. CA Cancer J. Clin, Atlanta, v. 59, n. 3, p. 264-273, Maio/Jun. 2009.
BRICHORY, F. M.; MISEK, D. E.; YIM, A. M.; KRAUSE, M. C.; GIORDANO, T. J.;
BEER, D. G.; HANASH, S. M. An immune response manifested by the common
occurrence of annexins I and II autoantibodies and high circulating levels of IL-6 in
lung cancer. Proc. Natl. Acad .Sci. U.S.A. Washington. v. 98. n. 17. p. 9824-9829.
Ago. 2001.
BUKAWA, H.; FUKUSHIMA, J.; HAMAJIMA, K.; KIMURA, M.; TSUJI, T.; XIN,
K. Q.; OKUDA, K. Antibody responses raised against a conformational V3 loop
________________________________________________________________________REFERENCIAS
59
peptide of HIV-1. Microbiology and immunology. Tokyo. v. 39. n. 8. p. 607-614.
1995.
BUSSEMAKERS, M. J.; BOKHOVEN, A.; VAN VERHAEGH, G. W.; SMITH, F. P.;
KARRTHAUS, H. F.; SCHALKEN, J. A.; DEBRUYNE, F. M.; RU, N.; ISAACS, W.
B. DD3:A new prostate-specific gene, highly overexpressed in prostate cancer. Cancer
Research, Philadelphia. v. 59. n. 23. p. 5975-5979. Dez. 1999.
CABEZAS, E.; WANG, M.; PARREN, P. W.; STANFIELD, R. L.; SATTERTHWAIT,
A. C. A structure-based approach to a synthetic vaccine for HIV-1. Biochemistry.
Washington. v. 39. n. 47. p. 1437714391. Nov. 2000.
CAMILO, R. L, Síntese e caracterização de nanopartículasmagnéticas de ferrita de
cobalto recobertas por3-aminopropiltrietoxissilano para uso comomaterial híbrido
em nanotecnologia. São Paulo (Doutorada em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear
Materiais)-Universidade de São Paulo, 2006. 187p.
CAMPA. M. J.; SERLIN, S. B.; PATZ Jr.; E.F. Development of Novel tumor imaging
agents with phage-display combinatorial peptide libraries. Acad Radiol. New York. v.
9. n. 8. p. 927-932. Ago. 2002.
CANELLE, L.; BOUSQUET, J.; PIONNEAU, C.; HARDOUIN, J.; CHOQUET-
KASTYLEVSKY, G.; JOUBERT-CARON, R.; CARON, M. A proteomic approach to
investigate potential bioMarkers directed against membrane-associated breast cancer
proteins. Electrophoresis. Weinheim. v. 27. n. 8. p. 1609-1616. Abr. 2006.
CANELLE, L.; BOUSQUET, J.; PIONNEAU, C.; HARDOUIN, J.; CHOQUET-
KASTYLEVSKY, G.; JOUBERT-CARON, R.; CARON, M. A proteomic approach to
investigate potential bioMarkers directed against membrane-associated breast cancer
proteins. Electrophoresis. Weinheim. v. 27. n. 8. P. 1609-1616. Abr. 2006.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
60
CASIANO, C. A.; MEDIAVILLA-VARELA, M.; TAN, E. M.. Tumor-associated
Antigen Arrays for the Serological Diagnosis of Cancer. Molecular & Cellular
Proteomics. Bethesda. v. 5. n. 10. p. 1745-1759. Mai. 2006.
CASIANO, C.A.; MEDIAVILLA-VARELA, M.; TAN, E.M. Tumor-associated antigen
arrays for the serological diagnosis of cancer. Mol Cell Proteomics, Nova York, v. 5,
n.10. p. 1745-1759. Maio. 2006.
CATALONA, W. J. Prostate Cancer Screening. British Journal Of Urology
International. Irlanda. v. 94, n. 7, p. 964-966, 2004.
CATALONA, W.J.; ANTENOR, J.A.; ROEHL, K.A.; MOUL, J.W. Screening For
Prostate Cancer In High Risk Populations. The Journal Of Urology. Baltimore. v. 168.
n. 5. p. 1.980-1.984. Nov. 2002.
CAVARRETTA, I. T. R.; CULIG, Z.; KLOCKER, H.; EDER, I. E. Novel Experimental
Therapeutic Approaches for Prostate Cancer. EAU Update Series. Canada. v. 3. n. 4. p.
227-239. Dez. 2005.
CHEN, Y.T.; GURE, A.O.; TSANG, S.; STOCKERT, E.; JÄGER, E. Identification of
multiple cancer/testis antigens by allogeneic antibody screening of a melanoma cell line
library. Proc. Natl. Acad. Sci U.S.A. Washington. v. 95. n. 12. p. 6919-23. Jun. 1998.
CHO-CHUNG, Y. S. Autoantibody biomarkers in the detection of cancer. Biochim.
Biophys. Acta. Amsterdam. v. 1762. n. 6. p. 587-591. Jun. 2006.
CONRAD, F.; ZHU, X .; ZHANG, X.; CHALKLEY, R. J.; BURLINGAME, A. L.;
MARKS, J. D.; LIU, B. Human antibodies targeting cell surface antigens
overexpressed by the hormone refractory metastatic prostate cancer cells: ICAM-1 is a
tumor antigen that mediates prostate cancer cell invasion. Journal of Molecular
Medicine. Berlim. v. 87. n. 5. p. 507-514. Mai. 2009.
CONROY, P. J.; HEARTY, S.; LEONARD, P.; O’KENNEDY, R. J. Antibody
production, design and use for biosensor-based applications. Seminars in Cell &
Developmental Biology. Amsterdan. v. 20. n. 1. p. 1026. Fev. 2009.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
61
COOMBER, D.W.; WARD, R.L. Isolation of human antibodies against the central
DNA binding doMain of p53 from an individual with colorectal cancer using antibody
phage display. Clin Cancer Res. Philadelphia. v. 7. n. 9. p- 2802-2808. Set. 2001.
COVINI, G.; VON MTIHLEN, C.A.; PACCHETTI, S.; COLOMBO, M.; GHAN, E. K.
L. Diversity of antinuclear antibody responses in hepatocellular carcinoma. J Hepatol.
New York. v. 26. n. 6. p.1255-1265. Jun. 1997.
CRAWFORD, L.V.; PIM, D.C.; BULBROOK, R.D. Detection of antibodies against the
cellular protein p53 in sera from patients with breast cancer. Int J Cancer, Weinheim.
v. 30. n. 4. p. 403-408. Out. 1982.
DAKAPPAGARI, N. K.; LUTE, K. D.; RAWALE, S.; STEELE, J. T.; ALLEN, S. D.;
PHILLIPS, G.; REILLY, R. T.; KAUMAYA, P. T. P. Conformational HER-2/neu B-
cell Epitope Peptide Vaccine Designed to Incorporate Two Native Disulfide Bonds
Enhances Tumor Cell Binding and Antitumor. Activities J. Biol. Chem. Bethesda. v.
280. n. 1. p. 54 63. Jan. 2005.
DE MARZO, A. M., PUTZI, M. J., NELSON, W. G. New concepts in the pathology of
prostatic epithelial carcinogenesis. Urology. v. 57(Suppl. A4), p. 103-114. 2001.
DENNIS, L. K.; DAWSON, D. V. Meta-analysis of measures of sexual activity and
prostate cancer. Epidemiology. Philadelphia. v. 13. n. 1. p. 7279. Jan. 2002.
DISIS, M. L.; PUPA, S. M.; GRALOW, J. R.; DITTADI, R.; MENARD, S.;
CHEEVER, M. A. High-titer HER-2/neu protein-specific antibody can be detected in
patients with early-stage breast cancer. J Clin Onco., Baltimore. v. 15. n. 11. p. 3363-
3367. Nov. 1997.
DU, B.; QIAN, M.; ZHOU, Z.; WANG, P.; WANG, L.; ZHANG, X.; WU, M.;
ZHANG, P.; MEI, B. In vitro panning of a targeting peptide to hepatocarcinoma from a
phage display peptide library. Biochem Biophys Res Commun. San Diego. v. 342. n.
3. p. 956-962. Abr. 2006.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
62
DUNPHY, E. J.; JOHNSON, L.E.; OLSON, B.M.; FRYE, T.P.; MCNEEL, D.G. New
approaches to identification of antigenic candidates for future prostate cancer
immunotherapy. Update on Cancer Therapeutics. Canada. v. 1, n. 2, p. 273-284, Jun.
2006.
DYBWAD, A.; LAMBIN, P.; SIOUD, M.; ZOUALI, M. Probing the specificity of
human mieloma proteins with a random peptide phage library. Scand J Immunol,
Oxford. v. 57, n. 6, p. 583-590, Jun. 2003.
EISERICH, J. P.; HRISTOVA, M.; CROSS, C. E.; JONES, A. D.; FREEMAN, B. A.;
HALLIWELL, B.; VLIET, A. V. D. Formation of nitric oxide-derived inflammatory
oxidants by myeloperoxidase in neutrophils. Nature. Cambridge. v. 391. p. 393-397.
Jan. 1998.
FERLAY, J.; AUTIER, P.; BONIOL, M.; HEANUE, M.; COLOMBET, M.; BOYLE, P.
Estimates of the cancer incidence and mortality in Europe in 2006. Ann Oncol. Canada,
v. 18, n. 3, p. 58192, Fev. 2007.
FERRIEU-WEISBUCH, C.; MICHEL, S.; COLLOMB-CLERC, E.; POTHION, C.;
DELEAGE, G.; JOLIVET-REYNAUD, C. Characterization of prostate-specific antigen
binding peptides selected by phage display technology. J Mol Recognit. Chichester.
v.19. n.1. p.10-20. Jan-Fev. 2006.
FINN, J. O. Cancer Imunology. N England of J of Medicine, Nova York. v. 358, n. 25,
p. 2704-2715. Jun. 2008.
FORD, M. E.; HAVSTAD, S. L.; DEMERS, R..; JOHNSON, C. C.. Effects of false-
positive prostate cancer screening results on subsequent prostate cancer screening
behavior. Cancer Epidemiol. BioMarkers Prev. Philadelphia. v. 14. n. 1. p. 190-194.
Jan. 2005.
FORRESTER, S.; QIU, J.; MANGOLD, L.; PARTIN, A.; MISEK, D.; PHINNEY, B.;
WHITTEN, D.; ANDREWS, P.; DIAMANDIS,
E.; OMENN, G. S.; HANASH, S.;
HAAB, B. B. An experimental strategy for quantitative analysisof the humoral
________________________________________________________________________REFERENCIAS
63
immune response to prostate cancer antigens using natural protein microarrays.
Proteomics. Weinheim. v. 1. n. 5. p. 494-505. Abr. 2007.
FOSSA, A.; ALSOE, L.; CRAMERI, R.; FUNDERUD, S.; GAUDERNACK, G.;
SMELAND, E.B. Serological cloning of cancer/testis antigens expressed in prostate
cancer using cDNA phage surface display. Cancer Immunol Immunother,.
Heidelberg. v. 53. n. 5. p. 431-438. Jan. 2004.
GARCIA, M.; JEMAL, A; WARD, E. M.; CENTER, M. M.; HAO, Y.; SIEGEL, R. L.;
THUN, M. J.; Global Cancer Facts & Figures 2007. Atlanta, GA: American Cancer
Society, 2007. Disponível em:<
http:/www.cancer.org/downloads/STT/Global_Facts_and_Figures_2007_rev2.pdf>
Acesso em: 20 Jan. 2010.
GATTAS, N. Genética e câncer de próstata. In: WROCLAWSKI, E. R.; BENDHACK,
D. A.; DAMIAO, R.; ORTIZ, V. Guia Prático de Urologia. São Paulo: Segmento, cap.
128, p. 433-434, 2003.
GEHRING, A. G.; IRWIN, P. L.; REED, S. A.; TU, S. I.; ANDREOTTI, P. E.;
AKHAVAN-TAFTI, H.; HANDLEY, R. S. Enzyme-linked immunomagnetic
chemiluminescent detection of Escherichia coli O157: H7. J. Immunol. Methods.
Amsterdam. v. 293. n. 1-2. p. 97-106. Out. 2004.
GIMBA, E. R. P.; BARCINSKI, M. A. Molecular aspects of prostate cancer:
implications for future directions, Int. braz j urol. Rio de Janeiro. v. 29. n. 5. p. 401-
411. Set./Out. 2003.
GOEDERT, J .J.; SAUTER, M. E.; JACOBSON, L. P.; VESSELLA, R. L.;
HILGARTNER, M. W.; LEITMAN, S. F.; FRASER, M. C.; MUELLER-LANTZSCH,
N. G. High Prevalence of Antibodies against HERV-K10 in Patients with Testicular
Cancer but not with AIDS1. Cancer Epidemiol. Biomarkers Prev. Philadelphia. v. 8.
n. 4. p. 293-296. Nov. 1999.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
64
GUNDERSEN, S. G.; HAAGENSEN, I.; JONASSEN, T. O.; FIGENSCHAU, K. J.;
DE JONGE, N.; DEELDER, A. M.. Magnetic beads antigen capture enzyme-linked
immunoassay in microtitre trays for rapid detection of schistosomal circulating anodic
antigen. J. Immunol.Methods. Amsterdam. v. 148. n.1-2. p. 1-8. Abr. 1992.
HANAHAN D.; WEINBERG, R.A. The hallMarks of cancer. Cell, Nova York. v. 100,
n. 1. p. 57-70. Jan. 2000.
HANASH, S. Harnessing immunity for cancer marker discovery. Nat Biotechnol. New
York. v. 21. n. 1. p. 37-38. Jan. 2003.
HANSEN, M. H.; OSTENSTAD, B.; SIOUD, M. Antigen-specific IgG antibodies in
stage IV long-time survival breast cancer patients. Molecular Medicine. Nova York. v.
7, n. 4, p. 230-239, Abr. 2001a.
HANSEN, M. H.; OSTENSTAD, B.; SIOUD, M. Identification of immunogenic
antigens using a phage-displayed cDNA library from an invasive ductal breast
carcinoma tumor. Int J Oncol, Grecia. v. 19, n. 6, p. 1303-1309, Dez. 2001b.
HÄRMÄ, H.; TARKKINEN, P.; SOUKKA, T.; LÖVGREN, T.; Miniature Single-
Particle Immunoassay for Prostate-specific Antigen in Serum Using Recombinant Fab
Fragments. Clinical Chemistry. Washington. v. 46. n. 1. p. 1755-1761. Nov. 2000.
HAYES, R. B.; POTTERN, L. M.; STRICKLER, H.; RABKIN, C.; POPE, V.;
SWANSON, G. M.; GREENBERG, R. S.; SCHOENBERG, J. B.; LIFF, J.;
SCHWARTZ, A. G.; HOOVER, R. N.; FRAUMENI JR, J. F. Sexual behaviour, STDs
and risks for prostate cancer. Br. J. Cancer. London. v. 82. n. 3 p. 718725. Fev. 2000.
HEKIM, C.; LEINONEN, J.; NARVANEN, A.; KOISTINEN, N.; ZHU, L.;
KOIVUNEN, E.; VA¨ ISANEN, V.; STENMAN, U. H. Novel Peptide Inhibitors of
Human Kallikrein 2. The Journal of Biological Chemistry. Bethesda. v. 281. n. 18. p.
1255512560. Mai. 2006.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
65
HETIAN, L.; PING, A.; SHUMEI, S.; XIAOYING, L.; LUOWEN, H.; JIAN, W.; LIN,
M.; MEISHENG. L.; JUNSHAN, Y.; CHENGCHAO, S. A Novel peptide isolated from
a phage display library inhibits tumor growth and metastasis by blocking the binding of
Vascular endothelial growth factor to its kinase doMain receptor. J Biol Chem.
Bethesda. v. 277. n. 45. p. 43137-43142. Ago. 2002.
HOU, T. S.; DOVE, M.; ANDERSON, J. Z.; ZHANG, J.; MACKENZIE, C.;
Identification of polypeptides with selective affinity to intact mouse cerebellar granule
neurons from a random peptide-presenting phage library. J. Neurosci. Methods.
Amsteram. v. 138. n. 1-2. p. 39-44. Set. 2004.
HOUGHTON, A.N.; GOLD, J.S.; BLACHERE, N.E. Immunity against cancer: lessons
learned from melanoma. Current Opinion in Immunology. New York. v. 13. p.134
140. Abril. 2001.
HSU, C. L.; CHEN, Y. L.; YEH, S.; TING, H. J.; HU, Y. C.; LIN, H.; WANG, X.;
CHANG, C. The use of phage display technique for the isolation of androgen receptor
interacting peptides with (F/W)XXL(F/W) and FXXLY new signature motifs. J Biol
Chem. Bethesda. v. 278. n. 26. p. 23691-23698. Jun. 2003.
HU, S.; GUO, X.; XIE, H.; DU, Y.; PAN, Y.; SHI, Y.; WANG, J.; HONG, L.; HAN,
S.; ZHANG, D.; HUANG, D.; ZHANG, K.; BAI, F.; JIANG, H.; ZHAI, H.; NIE, Y.;
WU, K.; FAN, D. Phage display selection of peptides that inhibit metastasis ability of
gastric cancer cells with high liver-metastatic potential. Biochem Biophys Res
Commun, San Diego. v. 341, n. 4, p. 964-972, Março. 2006.
Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. O câncer de
próstata: consenso do Ministério Nacional da Saúde. Rio de Janeiro: INCA, Janeiro, 02,
2010. Disponível
em:<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/prostata/defini
cao> Acesso em: 07 de Janeiro de 2009.
INVITROGEN Dynabeads® Protein G. Disponível:
<http://www.invitrogen.com/content/sfs/manuals/100.03D04D_Dynabeads_Protein_G_
(rev004).pdf>. Acesso em 20 de Jun. de 2008.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
66
ISHIDA, T. ; OBATA, Y. , OHARA, N.; MATSUSHITA, H. ; SATO, S. ;
UENAKA, A. ; SAIKA, T.; MIYAMURA, T.; CHAYAMA, K.; NAKAMURA, Y.;
WADA, H.; YAMASHITA, T.; MORISHIMA, T.; OLD, L.J.; NAKAYAMA, E.
Identification of the HERV-K gag antigen in prostate cancer by SEREX using
autologous patient serum and its immunogenicity. Cancer Immun. New York. v. 8. n.
15. p. 1-10. Nov. 2008.
JARMULOWICZ, M. R. The role of pathology in biopsy, diagnosis and management
of prostate cancer. In: KAISARY, A. V., MURPHY, G. P., DENIS, L., GRIFFITHS,
K. Textbook of prostate cancer: Pathology, Diagnosis and Treatment. London:
Martin Dunitz, 1999.
JEMAL, A.; SIEGEL, R.; WARD, E.; HAO, Y.; XU, J.; THUN, M. J. Cancer statistics.
CA Cancer J. Clin. Atlanta, v. 59, n. 3, p. 225-249, Maio/Jun. 2009.
JIA, W. D.; SUN, H. C.; ZHANG, J. B.; XU, Y.; QIAN, Y. B.; PANG, Y. B.; WANG,
L.; QIN, L. X.; LIU, Y. K. N.; TANG, Z. Y. A novel peptide that selectively binds
highly metastatic hepatocellular carcinoma cell surface is related to invasion and
metastasis. Cancer Lett. Irlande. v. 247. n. 2. p. 234-242. Jun. 2006.
KARAN, D.; LIN, M. F.; JOHNSSON, S. L.; BATRA, S. K. Current status of the
molecular genetics of human prostatics adenocarcinomas. Int J Cancer. Nova York. v.
103. n. 3. p. 285-293. Jan. 2003.
KAWAGUCHI, H.; Functional polymer microspheres, Prog. Polym. Sci. Oxford. v. 25.
n. 8. p-1171-1210. Out. 2000.
KELLY, K. A.; SETLUR, S. R.; ROSS, R.; ANBAZHAGAN, R.; WATERMAN, P.;
RUBIN, M. A.; WEISSLEDER, R.. Detection of Early Prostate Cancer Using a Hepsin-
Targeted Imaging Agent. Cancer Research. Philadelphia. v. 68. n. 7. p. 2286-2291.
Abr. 2008.
KERSHAW, M. H.; HSU, C.; MONDESIRE, W.; PARKER, L. L.; WANG, G.;
OVERWIJK, W. W.; LAPOINTE, R.; YANG, J. C.; WANG, R. F.; RESTIFO, N. P.;
________________________________________________________________________REFERENCIAS
67
HWU, P. Immunization against endogenous retroviral tumor-associated antigens.
Cancer Res. Philadelphia. v. 61. n. 21. p. 79207924. Nov. 2001.
KIM, H. J.; AHN, K. C.; TECHERA, A. G.; SAPIENZA, G. G. G.; GEE, S. J.;
HAMMOCKA, B. D. Magnetic beads-based phage anti-immunocomplex assay
(PHAIA) for the detection of the urinary biomarker 3-phenoxybenzoic acid to assess
human exposure to pyrethroid insecticides. Analytical Biochemistry. San Diego. v.
386. n. 1. p. 45-52. Mar. 2009.
KLEIN, E. A.; SILVERMAN, R. Inflammation, infection, and prostate cancer. Current
Opinion in Urology. London. v.18. n. 3. p. 315319. Mai. 2008.
KORNEEVA, I.; BONGIOVANNI, A.M.; GIROTRA, M.; CAPUTO, T.A.; WITKIN,
S.S. Serum antibodies to the 27-kd heat shock protein in women with gynecologic
cancers. Am J Obstet Gynecol, New York. v. 183. n. 1. p. 18-21. Julho. 2000.
KOURILOV, V.; STEINITZ, M. Magnetic-beads enzyme-linked immunosorbent assay
verifies adsorption of ligand and epitope accessibility. Analytical biochemistry. San
Diego. v. 311. n. 2. p. 166-170. Dez. 2002.
KRUMHOLTZ, J. S.; CARVALHAL, G. F. RAMOS, C.G.; SMITH, D.S.; THORSON,
P.; YAN, Y. HUMPHREY, P.A.; ROEHL, K.A.; CATALONA, W.J. Prostate specific
antigen cutoff of 2.6 ng/ml for prostate cancer screening is associated with favorable
pathologic tumor features. Urology. Nova York. v. 60, n. 3, p. 469-474, Set. 2002.
LARSSON, A.; RONQUIST, G.; WULFING, C.; ELTZE, E.; BETTENDORF, O.;
CARLSSON, L.; NILSSON, B.O.; SEMJONOW, A. Antiprostasome antibodies:
possible serum Markers for prostate cancer metastasizing liability. Urol Oncol, Nova
York. v. 24, n. 3, p. 195-200, Maio-Junho. 2006.
LEIB-MOSCH, C.; BRACK-WERNER, R.; WERNER, T.; BACHMANN, M.; FAFF,
O.; ERFLE, V.; HEHLMANN, R. Endogenous retroviral elements in human DNA.
Cancer Res. Philadelphia. v. 50. n. 17. p. 5636s-5642s. Set. 1990.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
68
LEINONEN, J., WU, P., KOIVUNEN, E., NARVANEN, A., STENMAN, U.H.
Development of novel peptide ligands modulating the enzyme activity of prostate-
specific antigen. Scand J Clin Lab Invest Suppl, v. 233, p. 59-64, 2000.
LI, P. E.; NELSON, P. S. Prostate cancer genomics. Cur. Urol Rep. London. v. 2. n. 1.
p. 70-78. Fev. 2001.
LIMA, C. T.; ZHANG, Y. Beads-based microfluidic immunoassays: The next
generation. Biosensors and Bioelectronics. Amsterdam. v. 22. n. 7. p. 1197-1204. Fev.
2007.
LIU, B.; CONRAD, F.; COOPERBERG, M. R.; KIRPOTIN, D. B.; MARKS, J. D.
Mapping Tumor Epitope Space by Direct Selection of Single-Chain Fv Antibody
Libraries on Prostate Cancer Cells. Cancer Research, Philadelphia v. 64. n. 2 p. 704
710. Jan. 2004.
MADRID, F.F. Autoantibodies in breast cancer sera: candidate bioMarkers and
reporters of tumorigenesis. Cancer Letters, Heidelberg. v. 230. n. 2. p. 187-198. Dez.
2005.
MANGENEY, M.; DE PARSEVAL, N.; THOMAS, G.; HEIDMANN, T. The full-
length envelope of an HERV-H human endogenous retrovirus has immunosuppressive
properties. J Gen Virol. England. v. 82. n. 10. p. 25152518. Out. 2001.
MCCAFFERTY, J. Phage display: factors affecting panning efficiency. In: B.K. Kay, J.
Winter, J. McCafferty, (Eds), Phage Display of Peptides and Proteins: A Laboratory
Manual. Academic Press Inc., San Diego, CA, 1996, pp. 261276.
MINENKOVA, O.; PUCCI, A.; PAVONI, E.; DE TOMASSI, A.; FORTUGNO, P.;
GARGANO, N.; CIANFRIGLIA, M.; BARCA, S.; DE PLACIDO, S.;
MARTIGNETTI, A.; FELICI, F.; CORTESE, R.; MONACI, P. Identification of tumor-
associated antigens by screening phage-displayed human cDNA libraries with sera from
tumor patients. Int. J. Cancer. New York. v. 106. n. 4. p. 534-44. Set. 2003.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
69
MINTZ, P.J.; KIM, J.; DO, K.A.; WANG, X.; ZINNER, R.G.; CRISTOFANILLI, M.;
ARAP, M.A.; HONG, W.K. TRONCOSO, P.; LOGOTHETIS, C.J.; PASQUALINI, R.;
ARAP, W. Fingerprinting the circulating repertoire of antibodies from cancer patients.
Nat Biotechnology. Nova York. v. 21, n.1, p. 57-63. Jan. 2003.
MÜNGER, K.; HOWLEY, P. M. Human papillomavirus immortalization and
transformation functions. Virus Res. Irlande. v. 89. n. 2. p. 213-228. Nov. 2002.
NILSSON, F.; TARLI, L.; VITI, F.; NERI, D. The use of phage display for the
development of tumor targeting agents. Adv Drug Deliv Rev. Irlande. v. 43. n. 2-3.
p.165-196. Set. 2000.
NWOSU, V.; CARPTEN, J.; TRENT, J. M.; SHERIDAN, R. Heterogeneity of genetic
alterations in prostate cancer: evidence of the complex nature of the disease. Human
Molecular Genetics. Oxford. v. 10 n. 20. p. 2313-2318. Out. 2001.
OHKUBO, S.; MIYADERA, K.; SUGIMOTO, Y.; MATSUO, K.; WIERZBA, K.;
YAMADA, Y. Substrate phage as a tool to identify Novel substrate sequences of
proteases. Comb Chem High Throughput Screen. Bussum. v. 4. n. 7. p. 573-83. Nov.
2001.
OTT, J. J.; ULLRICH, A.; MILLER, A. B. The importance of early symptom
recognition in the context of early detection and cancer survival. European Journal of
Cancer. Oxford. v. 45. n. 16. p. 2743-2748. Nov. 2009.
PAGANO, J. S.; BLASER, M.; BUENDIA, M. A.; DAMANIA, B.; KHALILI, K.;
RAAB-TRAUB, N.; ROIZMAN, B. Infectious agents and cancer: criteria for a causal
relation. Semin. Cancer Biol. Amsterdam. v. 14. n. 6. p. 453-471. Dez. 2004
________________________________________________________________________REFERENCIAS
70
PASSARELLA, R. J.; ZHOU, L.; PHILLIPS, J. G.; WU, H.; HALLAHAN, D. E.;
DIAZ, R. Recombinant Peptides as BioMarkers for Tumor Response to Molecular
Targeted Therapy. Clin Cancer Res. Philadelphia, v. 15. n. 20. P. 6421-6429. Out.
2009.
PATWA, T. H.; LI, C.; POISSON, L. M.; KIM, H. Y.; PAL, M.; GHOSH, D.;
SIMEONE, D. M.; LUBMAN, D. M. The identification of phosphoglycerate kinase-1
and histone H4 autoantibodies in pancreatic cancer patient serum using a natural protein
microarray. Eletrophoresis. Weinheim. v. 30. n. 12. p. 2215 2226. Jun. 2009.
PEULA-GARCIA, J. M.; MOLINA-BOLIVAR, J. A.; VELASCO, J.; ROJAS, A.;
GALISTEO-GONZÁLEZ, F. Interaction of Bacterial Endotoxine (Lipopolysaccharide)
with Latex Particles: Application to Latex Agglutination Immunoassays. Journal of
Colloid and Interface Science. San Diego. v. 245. n. 2. p. 230236. Jan. 2002.
POPKOV, M.; RADER, C.; BARBAS, C. F. Isolation of human prostate cancer cell
reactive antibodies using phage display technology. Journal of Immunological
Methods. Amsterdam. v. 291. n. 1-2. p. 137-151. Ago. 2004.
POPKOV, M.; SIDRAC-GHALI, S.; ALAKHOV, V.; MANDEVILLE, R. Epitope-
specific antibody response to HT-1080 fibrosarcoma cells by mimotope immunization.
Clin Cancer Res, Philadelphia. v. 6, n. 9, p. 3629-35, Set. 2000.
PORKKA, K. P.; VISAKORPI, T. Molecular mechanisms of prostate cancer.
European Urology. Nova York, v. 45. n. 6.; p. 683-691. Jun. 2004.
RAN, Y.; HU, H.; ZHOU, Z.; YU, L.; SUN, L.; PAN, J.; LIU, J.; YANG, Z. Profiling
Tumor-Associated Autoantibodies for the Detection of Colon Cancer. Clin Cancer
Res. Philadelphia. v. 14. n. 9. p. 2696-700. Mai. 2008.
ROMANOV, V. I.; DURAND, D. B.; PETRENKO, V. A. Phage display selection of
peptides that affect prostate carcinoma cells attachment and invasion. The Prostate.
New Tork. v. 47. n. 4. p. 239-251. Jun. 2001.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
71
RUPRECHT, K.; MAYER, J.; SAUTER, M.; ROEMER, K.; MUELLER-LANTZSCH
N. Endogenous retroviruses and cancer. Cellular and molecular life sciences.
Heidelberg. v. 65, n. 21, p. 3366-3382. Nov. 2008.
SAHIN, U.; TURECI, O.; SCHMITT, H.; COCHLOVIUS, B.; JOHANNES, T.;
SCHMITS, R.; STENNER, F.; LUO, G.; SCHOBERT, I.; PFREUNDSCHUH, M.
Human neoplasms elicit multiple specific immune responses in the autologous host.
Proc. Natl. Acad .Sci. U.S.A. Washington. v. 92. n. 25. p. 11810-11813. Dez. 1995.
SCHEURLE, D.; DEYOUNG, M.P.; BINNINGER, D.M.; PAGE, H.; JAHANZEB, M.;
NARAYANAN, R. Cancer gene discovery using digital differential display. Cancer
Res, Philadelphia. v. 60, n. 15, p. 4037-4043. Ago. 2000.
SREEKUMAR, A.; LAXMAN, B.; RHODES, D. R.; BHAGAVATHULA, S.;
HARWOOD, J.; GIACHERIO, D.; GHOSH, D.; SANDA, M. G.; RUBIN, M. A.;
CHINNAIYAN, A.M. Humoral immune response to alpha-methylacyl-CoA racemase
and prostate cancer. J Natl Cancer Inst, Oxford. v. 96. n. 11. p. 834843. Jun. 2004.
STAMEY, T. A.; MCNEIL, J. E. Adenocarcinoma of the prostate. Campbell’s
Urology. 6 ed. Edited by Walsh P C; Retik AB Stamey T A; Vaughan Jr. E D.
Philadelphia Saunders Co.; v. 2, p. 1.159-1.221, 1992.
STEPHEN, C. W.; HELMINEN, P.; LANE, D. P. Characterisation of epitopes on
human p53 using phage-displayed peptide libraries: insights into antibody-peptide
interactions. J Mol Biol. Oxford. v. 248. n. 1. p. 58-78. Abr. 1995.
STOCKERT, E.; JAGER, E.; CHEN, Y. T.; SCANLAN, M. J.; GOUT, I.; KARBACH,
J.; ARAND, M.; KNUTH, A.; OLD, L. J. A survey of the humoral immune response of
cancer patients to a panel of human tumor antigens. J. Exp. Med. New York. v. 187. n.
8. p. 1349-54. Abri. 1998.
STRAUSS, S. K; SCOOT, W. R. P; SYMMOUNS, M. F; MARVIN, D. A, On the
structures of filamentous bacteriophage Ff (fd, f1, M13), Eur Biophys J, v. 37, p-521-
527, 2007.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
72
SUNDARAM, R.; LYNCH, M .P.; RAWALE, S. V.; SUN, Y.; KAZANJI, M.;
KAUMAYA, P. T. P. De Novo Design of Peptide Immunogens That Mimic the Coiled
Coil Region of Human T-cell Leukemia Virus Type-1 Glycoprotein 21 Transmembrane
Subunit for Induction of Native Protein Reactive Neutralizing Antibodies. J. Biol.
Chem. Bethesda. v. 279. n. 23. p. 24141-24151. Jun. 2004.
TAMURA, N.; SUZUKI, K.; IWASE, A.; YAMAMOTO, T.; KIRA, S. Retroviral
infection as a putative pathogen for sarcoidosis. Nippon Rinsho. Tokyo.v. 52. n. 6. p.
15031507. Jun. 1994.
TAN, E. M. Autoantibodies as reporters identifying aberrant cellular mechanisms in
tumorigenesis. J Clin Invest, Michigan. v. 108. n. 10. p. 1411-1415. Nov. 2001.
TONG, Y. Q.; ZHANG, Z. J.; LIU, B.; HUANG, J.; LIU, H.; LIU, Y.; GUO, F. J.;
ZHOU, G. H.; XIE, P. L.; LI, Y. H.; ZUO, C. H.; HU, J. Y.; LI G. C. Autoantibodies as
potential biomarkers for nasopharyngeal carcinoma. Proteomics. Weinheim. v. 8. n. 15.
p. 3185-3193. Ago. 2008.
URISMAN, A.; MOLINARO, R. J; FISCHER, N.; PLUMMER, S. J; CASEY, G.;
KLEIN, E. A.; MALATHI, K.; MAGI-GALLUZZI, C.; TUBBS, R. R; GANEM, D.;
SILVERMAN, R. H; DERISI, J. Identification of a novel Gammaretrovirus in prostate
tumors of patients homozygous for R462Q RNASEL variant. PLoS pathogens. San
Francisco. v. 2. n. 3. p. 0211-0225. Mar. 2006.
VON MENSDORFF-POUILLY, S.; VERSTRAETEN, A. A.; KENEMANS, P.;
SNIJDEWINT, F. G.; KOK, A.; VAN KAMP, G. J.; PAUL, M. A.; VAN DIEST, P. J.;
MEIJER, S.; HILGERS, J. Survival in early breast cancer patients is favorably
influenced by a natural humoral immune response to polymorphic epithelial mucin. J
Clin Oncol, Baltimore. v. 18. n. 3. p. 574-583. Fev. 2000.
WANG, K.; XU, X.; NIE, Y.; DAI, L.; WANG, P.; ZHANG, J. Identification of tumor-
associated antigens by using SEREX in hepatocellular carcinoma. Cancer Letters.
Irlande. v. 281. n. 2. p. 144-150. Ago. 2009.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
73
WANG, X.; YU, J.; SREEKUMAR, A.; VARAMBALLY, S.; SHEN; R.;
GIACHERIO, D.; MEHRA, R.; MONTIE, J. E.; PIENTA, K. J.; SANDA, M. G.;
KANTOFF, P. W.; RUBIN, M. A.; WEI, J. T.; GHOSH, D.; CHINNAIYAN, A. M.
Autoantibody Signatures in Prostate Cancer. N Engl J Med. Boston. v. 353. n. 12. p.
1224-1235. Set. 2005.
WANG, X. Autoantibody Biomarkers in Prostate Cancer. Lab Med. Nova York. v. 39.
n. 3. p. 165-171. Mar. 2008.
WANG-JOHANNING, F.; FROST, A. R.; JOHANNING, G. L.; KHAZAELI, M. B.;
LOBUGLIO, A. F.; SHAW, D. R.; STRONG, T. V. Expression of human endogenous
retrovirus k envelope transcripts in human breast cancer. Clin. Cancer Res.
Philadelphia. v. 7. n. 6. p. 1553-1560. Jun. 2001.
WANG-JOHANNING, F.; LIU, J.; RYCAJ, K.; HUANG, M.; TSAI, K..; ROSEN, D.
G.; CHEN, D. T.; LU, D. W.; BARNHART, K. F.; JOHANNING, G. L. Expression of
multiple human endogenous retrovirus surface envelope proteins in ovarian cancer. Int.
J. Cancer. New York. v. 120. n. 1. p. 81-90. Jan. 2006.
WENTZENSEN, N.; COY, J. F.; KNAEBEL, H. P.; LINNEBACHER, M.; WILZ, B.;
GEBERT, J.; VON KNEBEL DOEBERITZ, M. Expression of an endogenous retroviral
sequence from the HERV-H group in gastrointestinal cancers. Int. J. Cancer. New
York.Irlande. v. 121. n. 7. p. 1417-1423. Out. 2007.
WHEATLEY, J. B.; JR SCHMIDT , D. E..; Salt-induced immobilization of affinity
ligands onto epoxide activated supports. J Chromatography A. Amsterdam. v. 849.
n.1. p- 112. Jul. 1999.
WHEATLEY, J. B; LYTTLE, M. H; HOCKER, M. D, SCHMIDT, D. E. JR., Salt-
induced immobilizations of DNA oligonucleotides on an epoxide-activated high-
performance liquid chromatographic affinity support. J Chromatography A.
Amsterdam.v. 726. n. 1-2. p. 77-90. Mar. 1996.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
74
WHEATLEYA, J. B. Effect of antigen size on optimal ligand density of immobilized
antibodies for a high-performance liquid chromatographic support, J Chromatography
A. Amsterdam. v. 548. n. 1-2. p. 243-253. Jul. 1991.
WHITEAKER, J. R.; ZHAO, L.; ZHANG, H. Y.; FENG, L. C.; PIENING, B. D.;
ANDERSON, L.; PAULOVICH, A. G. Antibody-based enrichment of peptides on
magnetic beads for mass-spectrometry-based quantification of serum biomarkers.
Analytical Biochemistry. San Diego. v. 362. n. 1. p. 44-54. Mar. 2007.
WHITEAKER, J. R.; ZHAO, L.; ZHANG, H. Y.; FENG, L.; PIENING, B. D.;
ANDERSON, L.; PAULOVICH, A. G. Antibody-based enrichment of peptides on
magnetic beads for mass-spectrometry-based quantification of serum bioMarkers.
Analytical Biochemistry. San Diego. v. 362. n. 1. p. 4454. Mar. 2007.
WILLATS, W. G. Phage display: practicalities and prospects. Plant Mol Biol.
Dordrecht. v. 50. n. 6. p. 837-54. Dez. 2002.
WU, P.; ZHU, L.; STENMAN, U. H.; LEINONEN, J. Immunopeptidometric assay for
enzymatically active prostate-specific antigen. Clin Chem. Washington. v. 50. n. 1. p.
125-129. Jan. 2004.
YAGIHASHI, A.; ASANUMA, K.; KOBAYASHI, D.; TSUJI, N.; SHIJUBO, Y.;
ABE, S.; HIROHASHI, Y.; TORIGOE, T.; SATO, N.; WATANABE, N. Detection of
autoantibodies to livin and survivin in Sera from lung cancer patients. Lung Cancer.
Irlande. v. 48. n. 2. p. 217-221. Maio. 2005b.
YAGIHASHI, A.; OHMURA, T.; ASANUMA, K.; KOBAYASHI, D.; TSUJI, N.;
TORIGOE, T.; SATO, N.; HIRATA, K.; WATANABE, N. Detection of autoantibodies
to survivin and livin in sera from patients with breast cancer. Clin Chim Acta. Irlande.
v. 362. n. 1-2. p. 125-130. Dez. 2005a.
YANG, J. C.; PERRY-LALLEY, D. The envelope protein of an endogenous murine
retrovirus is a tumor-associated T-cell antigen for multiple murine tumors. J
Immunother. Hagerstown. v. 23. n. 2. p. 177183. Abri. 2000.
________________________________________________________________________REFERENCIAS
75
ZHONG, L.; GE, K..; ZU, J. C.; ZHAO, L. H.; SHEN, W. K.; WANG, J. F.; ZHANG,
X. G.; GAO, X.; HU, W.; YEN, Y.; KERNSTINE, K. H. Autoantibodies as potential
biomarkers for breast cancer. Breast Cancer Res. United Kingdom v. 10. n. 3. p. 2-8.
Mai. 2008.
ZIMERING, M. B.; THAKKER-VARIA, S. Increased fibroblast growth factor-like
autoantibodies in serum from a subSet of patients with cancer-associated
hypercalcemia. Life Sciences. Amesterdan v. 71. n. 25. p. 29392959. Nov. 2002.
ZURITA, A. J.; ARAP, W.; PASQUALINI, R. Mapping tumor vascular diversity by
screening phage display libraries. J Control Release. Amsterdan. v. 91. n. 1-2. p. 183-
186. Ago. 2003.
_________________________________________ ANEXOS
Anexo 1 Estadiamento, classificação TNM para o câncer de próstata.
Estadiamento e classificação TNM para o câncer de próstata (fonte: Brasil.
Ministério da Saúde, 2000 ).
T - Tumor Primário (a classificação patológica é idêntica à clínica com exceção à
inexistência de pT1).
TX O tumor primário não pode ser avaliado.
T0 Não há evidência de tumor primário.
T1 Tumor não diagnosticado clinicamente, não palpável ou visível por meio de
exame de imagem.
T1a Achado histológico incidental em 5% ou menos de tecido ressecado.
T1b Achado histológico incidental em mais de 5% de tecido ressecado.
T1c Tumor identificado por biópsia por agulha (p.ex., devido a PSA de rastreamento
elevado).
T2 Tumor confinado à próstata.
T2a Tumor que envolve uma metade de um dos lobos ou menos.
T2b Tumor que envolve mais da metade de um dos lobos, mas não ambos os lobos.
T2c Tumor que envolve ambos os lobos.
T3 Tumor que se estende através da cápsula prostática.
T3a Extensão extracapsular (uni- ou bilateral).
T3b Tumor que invade vesícula(s) seminal(ais).
T4 Tumor está fixo ou invade outras estruturas adjacentes, que não as vesículas
seminais: colo vesical, esfíncter externo, reto, músculos elevadores do ânus, ou
parede pélvica.
N - Linfonodos Regionais.
NX Os linfonodos regionais não podem ser avaliados.
N0 Ausência de metástase em linfonodo regional.
N1 Metástase em linfonodo regional.
M - Metástase à Distância.
MX A presença de metástase à distância não pode ser avaliada.
M0 Ausência de metástase à distância.
M1 Metástase à distância.
M1a Linfonodo(s) não regional(ais).
M1b Osso(s).
M1c Outra(s) localização(ões).
Anexo II
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE GENÉTICA E BIOQUÍMICA
Termo de Consentimento
O Laboratório de Nanotecnologia dirigido pelo Prof. Dr. Luiz Ricardo Goulart Filho
juntamente com o Serviço de Urologia, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de
Uberlândia, estão realizando um estudo genético relacionado ao Câncer de Próstata. O
projeto consiste no estudo da Biologia Molecular do Câncer de Próstata. Para realização dos
exames laboratoriais será necessária a coleta de 10 ml de sangue periférico, e biópsias de
tecido normais e tumores da próstata. Cabe ressaltar, que todo material utilizado será estéril
e descartável, e no caso das biópsias, serão realizadas juntamente com os procedimentos
rotineiros do centro cirúrgico do Hospital de Clínicas, sem qualquer desconforto adicional
ao paciente. O material coletado será enviado ao laboratório de Genética Molecular da
Universidade Federal de Uberlândia, onde serão realizados os exames de RNA e DNA. É
direito do paciente em pedir esclarecimentos a respeito da finalidade da pesquisa, destino do
material coletado e resultados dos exames realizados. Espera-se que, com este estudo seja
possível detectar em que estágio de desenvolvimento se encontra a doença no paciente, bem
como definir os possíveis biomarcadores a serem utilizados na detecção precoce, auxiliando
o tratamento. Almeja-se com isso, estabelecer um programa de tratamento precoce e
integrado do paciente, a fim de prevenir o desenvolvimento da doença.
Os pacientes e contatos familiares que concordam em participar da pesquisa poderão
desistir de fazê-lo a qualquer momento, sem que haja nenhum prejuízo próprio. Pelos
presentes termos apresentados por este documento, Eu, concordo em colaborar com a
pesquisa, declarando estar ciente dos riscos, benefícios e direitos.
Assinatura____________________________________________________________
Testemunhas____________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo