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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
DESEMPENHO DE POEDEIRAS COMERCIAIS
SUBMETIDAS A DIFERENTES MÉTODOS DE MUDA DE
PENAS SOB DIFERENTES TEMPERATURAS
Sarah Sgavioli
Zootecnista
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Fevereiro de 2010
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
DESEMPENHO DE POEDEIRAS COMERCIAIS
SUBMETIDAS A DIFERENTES MÉTODOS DE MUDA DE
PENAS SOB DIFERENTES TEMPERATURAS
Sarah Sgavioli
Orientador: Prof. Dr. Otto Mack Junqueira
Co-orientadora: Profª. Drª. Silvana Martinez Baraldi-Artoni
Dissertação apresentada à banca como parte
das exigências para a obtenção do título de
Mestre em Zootecnia (Produção animal) na
faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias -
Unesp, Campus de Jaboticabal.
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Fevereiro de 2010
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Sgavioli, Sarah
S523d
Desempenho de poedeiras comerciais submetidas à
diferentes métodos de muda de penas sob diferentes
temperaturas / Sarah Sgavioli. – – Jaboticabal, 2010
VIII, 83f. ; 28 cm
Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias
- UNESP, Campus de Jaboticabal
para mestrado em Zootecnia, 2010
Orientador: Otto Mack Junqueira
Banca examinadora: Lúcio Francelino Araújo, Marcos
Macari
Bibliografia
1. Aves - bem-estar. 2. Poedeiras - estresse
calórico. 3. Poedeiras - ovário. I. Título. II. Jaboticabal -
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU : 636.5
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da
Informação Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação UNESP, Câmpus de
Jaboticabal.
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
SARAH SGAVIOLI - filha de Denise Bonateli Sgavioli e Mirko José Sgavioli,
nasceu em Itapuí/SP, no dia 18 de junho de 1984. Em 2003 ingressou no curso de
Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP de
Jaboticabal/SP, completando em 2007. Sob orientação do professor Dr. Otto Mack
Junqueira, foi bolsista de iniciação cientifica pelo CNPq por dois anos e pela
Fapesp por um ano, durante a graduação. Na referida instituição iniciou o
Mestrado em 2008 no programa de Zootecnia (Produção Animal), foi bolsista da
Fapesp durante o Mestrado. Defendeu sua dissertação no dia 26 de fevereiro de
2010.
“A bondade cresce por meio do exercício, tornando-se um hábito de vida ou
desaparecendo por falta de ação. Em tudo e em todos jazendo a presença de
Deus, é necessário saber descobrir neles a bondade que expressa a sua
essência, a sua origem, igualmente presente em todas as vidas.”
(Joana de Ângelis)
“Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem
milagres e a outra é que tudo é um milagre.”
(Albert Einstein)
“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração...”
(Vinícius de Moraes)
OFEREÇO
Ao meu filho Gabriel
Pelo brilho de seus olhos, pelo seu sorriso, por me fazer acreditar que sou
capaz! Por me fazer acreditar que existem pessoas e pessoas.
Você me faz sorrir, parte da minha vida, razão do meu viver, alegria dos
meus dias.
Nunca imaginei que seria tão importante em minha vida.
Posso dizer que só agora sou feliz.
DEDICO
Ao Otto por ter sido meu pai durante estes seis anos. Tenho certeza que os
méritos desta minha conquista são em grande parte do senhor, não por ter me
orientado em minha pesquisa e em meus estudos, mas principalmente, por estar
ao meu lado nos momentos difíceis que enfrentei durante meu mestrado,
realmente desempenhou um papel de pai em minha vida.
À minha família, em especial aos meus pais, Mirko e Denise e ao meu
irmão Danilo, por terem me ajudado a vencer esta etapa da minha vida.
À Deus, por ter me dado saúde, inteligência, força, pessoas com quem
aprendi muito e acima de tudo por ter me dado fé para passar por meus
obstáculos e nunca pensar em desanimar e sempre lembrar que existe um Deus
que tudo pode e tudo faz para aquele que confia nele.
AGRADECIMENTOS
À Unesp Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias, pela oportunidade oferecida para a realização do curso.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP) pela bolsa de mestrado e pelo auxílio pesquisa concedidos.
Aos funcionários do Setor de Avicultura e Fábrica de Ração: Robson,
Vicente, “seu” Izildo, seu” João (em memória), Sandra, Sr. Osvaldo e Helinho,
pela ajuda e dedicação durante todo o período experimental.
À banca examinadora, Dr. Lúcio Francelino Araújo e Dr. Marcos Macari,
pelas colaborações.
À minha co-orientadora, Silvana Martinez Baraldi Artoni, por tanta ajuda e
apoio e por ser esta pessoa tão feliz e espontânea.
Ao PP e a Mel, por cada ajuda e cada palavra de conforto e amizade.
À Farofa por todo apoio, carinho e motivação.
Aos amigos de trabalho, Carla, Juan, Maíra, Bárbara, Reginaldo, Pintado,
Karabina, Adriana, Leonardo, Lívia, Suedy, Diana e Murphy por me ajudarem a
superar minhas limitações.
À Meire que mesmo distante, sempre esteve preocupada comigo.
À minhas amigas de Itapuí Mariana e Fabiana, por todos os momentos
inesquecíveis e pela felicidade compartilhada.
As meninas da República Axa-vascas (Carla, Lolla, Fuxica e Black) pelo
tempo de convivência, amizade e ajuda e por serem um espetáculo de amigas.
Aos meus amigos da pós-graduação pela convivência nestes dois anos,
em especial à Novilha, Mama-qui, Bago, Passivo, Vurto, Mala, Dunga, Vanessa,
Viviane, Marcus, Jefferson, Sandra, Íris, Liliana, Tulipa e Faiado.
Ao Guilherme, por ser esta pessoa tão especial que surgiu em minha vida.
À Gretchen por ser uma estrela em minha vida, com sua amizade, carinho e
respeito pelas minhas idéias (nem sempre tão certas). Sua alegria de viver ilumina
os lugares por onde passa.
São pessoas assim tão maravilhosas que me ajudaram a superar todos
meus obstáculos e todas minhas dificuldades.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente colaboraram com a realização
deste trabalho, meus sinceros agradecimentos.
Enfim, agradeço a todos que estão ou que estiveram em minha vida
durante este período, agradeço até mesmo as pessoas que me fizeram passar por
grandes dores, pois com cada decepção, cresci e me fortaleci.
i
SUMÁRIO
Página
RESUMO...........................................................................................................
ii
SUMMARY........................................................................................................
iii
ÍNDICE DE TABELAS.......................................................................................
iv
ÍNDICE DE FIGURAS....................................................................................... viii
I. INTRODUÇÃO............
...................................................................................
01
II. REVISÃO DA LITERATURA.........................................................................
04
III. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................
14
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................
27
1. Muda...........................................................................................................
27
2. Descanso....................................................................................................
32
3. Segundo ciclo de produção........................................................................
43
4. Abates........................................................................................................ 46
V. CONCLUSÕES.............................................................................................
61
VI. REFERÊNCIAS............................................................................................
62
APÊNDICE A.....................................................................................................
75
ii
DESEMPENHO DE POEDEIRAS COMERCIAIS SUBMETIDAS A DIFERENTES
MÉTODOS DE MUDA DE PENAS SOB DIFERENTES TEMPERATURAS
RESUMO Um experimento foi realizado na Unesp, Campus de
Jaboticabal, com o objetivo de avaliar o desempenho, a qualidade dos ovos e o
peso relativo dos órgãos de poedeiras comerciais submetidas a diferentes
métodos de muda forçada em três condições de temperatura. Foram distribuídas
600 aves em um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x3
(métodos de muda forçada x temperaturas), com cinco repetições de oito aves
cada. Os métodos de muda forçada testados foram rações com inclusão de alfafa,
em 90%, 70% e 50%, dieta com 2.800 ppm de zinco e método com jejum
alimentar. As temperaturas utilizadas foram ± 20º C, ± 25º C e ± 35º C. Durante o
processo de muda e descanso foram avaliadas características de desempenho
das aves. No segundo ciclo de produção ao final de cada período foram avaliadas
características de desempenho e qualidade dos ovos. Ao final de cada período
(muda forçada, descanso e segundo ciclo de produção) foram avaliados os pesos
relativos dos órgãos das aves (ovário, oviduto, fígado, pró-ventrículo e moela). Os
dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo programa SAS ® e as
médias comparadas por meio de contrastes ortogonais e polinomiais. O método
de muda tradicional (jejum alimentar) apresentou resultados satisfatórios quanto
ao desempenho das aves. No entanto, como o objetivo do presente estudo foi o
de encontrar um método alternativo ao de jejum alimentar, o com maior nível de
inclusão de alfafa (90% de alfafa e 10% de ração), demonstrou ser eficiente,
quando comparado com os demais métodos, independente da temperatura.
Palavras-chave: bem-estar, estresse calórico, ovário, qualidade dos ovos
iii
PERFORMANCE OF LAYING HENS BY DIFFERENT METHODS OF FEATHER
MOLT BY DIFFERENT TEMPERATURES
SUMMARY One experiment was conducted to evaluate the performance,
egg quality and organ weights of laying hens subjected to different methods of molt
in three temperature conditions. 600 birds were distributed in a completely
randomized experimental design using 15 treatments and 5 replications of 8 birds
each, according 5x3 factorial (methods of molt x temperature. The diets by molt
were: 90%, 70% and 50% inclusion of alfalfa: addition of 2,800 ppm zinc and last
group was a total feed restriction. The temperatures were: ± 20 º C, ± 25 º C and ±
35 º C. The performance was evaluated during the molt and bird’s rest. In the
second cycle of production, and at the end of each period were evaluated the
performance and egg quality. At the end of each period (molt, rest, and second
cycle) were evaluated relative weights of organs (ovary, oviduct, liver,
proventriculus and gizzard). The data were subjected to analysis of variance using
SAS ® and the means were compared by orthogonal polynomial contrasts. The
traditional method o molt (feed restrition) shown satisfactory results. However, the
objective of the study was looking for an alternative method to the traditional also
the highest level of inclusion of alfalfa (90% alfalfa and 10% of basal diet) proved to
be efficient compared than other methods, independent of the temperature.
Keywords: egg quality, heat stress, ovary, welfare
iv
ÍNDIDE DE TABELAS
Tabela 1 - Composição percentual das rações experimentais nas diferentes
fases do experimento........................................................................................
19
Tabela 2 - Composição nutricional das rações experimenta
is nas diferentes
fases do experimento. ......................................................................................
20
Tabela 3 - Composição nutricional do feno de alfafa. ......................................
21
Tabela 4 Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de
variância e dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos
de regressão
para as características de desempenho das aves, durante o período de
muda..................................................................................................................
28
Tabela 5 Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de
variância e dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características de desempenho das aves, durante o período de
descanso...........................................................................................................
33
Tabela 6 - Médias das características de desempenho das aves, valores de
F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as
características de desempenho que tiveram interação significativa durante o
período de descanso.........................................................................................
36
Tabela 7 Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes
de variação, valores de F da análise de variância para as características de
qualidade dos ovos durante o período de descanso.........................................
39
v
Tabela 8 - Médias das características de qualidade dos ovos das aves,
valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características de qualidade dos ovos que tiveram interação
significativa durante o período de descanso. ...................................................
40
Tabela 9 Médias das características de desempenho das aves,
coeficientes de variação, valores de F da análise de variância e dos
contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as
características de desempenho das aves durante o segundo ciclo de
produção............................................................................................................
43
Tabela 10 Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes
de variação, valores de F da análise de variância e dos contrastes
ortogonais e polinomiais e os efeitos de regressão para as características de
qualidade dos ovos durante o segundo ciclo de
produção............................................................................................................
45
Tabela 11 - Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de
variância e dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características dos pesos relativos dos órgãos das aves do abate
após o período de muda....................................................................................
47
Tabela 12
Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de
variância e efeitos de regressão para as características dos pesos relativos
dos órgãos das aves do abate após o período de descanso............................
51
Tabela 13 - Desdobramento das interações entre métodos de muda (MD) e
temperaturas (T), médias das características dos pesos relativos dos órgãos
das aves, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de
regressão para as características dos pesos relativos dos órgãos das aves
52
vi
que tiveram interação significativa para o abate após o período de
descanso...........................................................................................................
Tabela 14
Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de
variância e efeitos de regressão para as características dos pesos relativos
dos órgãos das aves do abate após os quatro períodos do segundo ciclo de
produção............................................................................................................
55
Tabela 15 - Desdobramento das interações entre métodos de muda (MD) e
temperaturas (T), médias das características dos pesos relativos dos órgãos
das aves, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de
regressão para as características dos pesos relativos dos órgãos das aves
que tiveram interação significativa para o abate após os quatro períodos do
2º ciclo de produção..........................................................................................
56
Tabela 1A Médias das características de desempenho das aves,
coeficientes de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e
polinomiais e efeitos de regressão para as características de desempenho
das aves durante o segundo ciclo de produção (para o primeiro
período).............................................................................................................
76
Tabela 2A –Médias das características de qualidade dos ovos,
coeficientes
de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os
efeitos de regressão para as características de qualidade dos ovos durante
segundo ciclo de produção (para o primeiro período).......................................
77
Tabela 3A Médias das características de desempenho das aves,
coeficientes de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e
polinomiais e feitos de regressão para as características de desempenho
das aves durante o segundo ciclo de produção (para o segundo período)......
78
vii
Tabela 4A –Médias das características de qualidade dos ovos,
coeficientes
de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os
efeitos de regressão para as carac
terísticas de qualidade dos ovos durante o
segundo ciclo de produção (para o segundo período)......................................
79
Tabela 5A Médias das características de desempenho das aves,
coeficientes de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e
polinomiais e efeitos de regressão para as características de desempenho
das aves durante o segundo ciclo de produção (para o terceiro
período).............................................................................................................
80
Tabela 6A –Médias das características de qualidade dos ovos,
coeficientes
de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os
efeitos de regressão para as características de qualidade dos ovos durante o
segundo ciclo de produção (para o terceiro período)........................................
81
Tabela 7A Médias das características de desempenho das aves,
coeficientes de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e
polinomiais e efeitos de regressão para as caracte
rísticas de desempenho
das aves durante o segundo ciclo de produção (para o quarto período)..........
82
Tabela 8A –Médias das características de qualidade dos ovos,
coeficientes
de variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os
efei
tos de regressão para as características de qualidade dos ovos durante o
segundo ciclo de produção (para o quarto período)..........................................
83
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Temperaturas utilizadas durante o período de muda p
ara a
câmara com temperatura fria............................................................................
16
Figura 2 - Temperaturas utilizadas durante o período de muda para a
câmara com temperatura termoneutra..............................................................
16
Figura 3 - Temperaturas utilizadas durante o período de muda para a
câmara com temperatura quente......................................................................
17
Figura 4 - Temperaturas utilizadas durante o período de descanso para a
câmara com temperatura fria............................................................................
17
Figura 5 - Temperaturas utilizadas durante o período de descanso para a
câmara com temperatura termoneutra..............................................................
18
Figura 6 - Temperaturas utilizadas durante o período de descanso para a
câmara com temperatura quente......................................................................
18
1
I. INTRODUÇÃO
À medida que a poedeira envelhece, uma queda na produção e na qualidade
“interna e externa” dos ovos. Com o avançar da idade da poedeira, ao final do primeiro
ciclo de postura, a casca dos ovos perde espessura e resistência, justamente quando o
peso dos ovos é maior. Um manejo economicamente viável para solucionar esse
problema é a muda, um conjunto de práticas realizadas com a finalidade de provocar
estresse nas aves, que levará a uma pausa na produção e muda de penas (ROLAND &
BRAKE, 1982). O objetivo desta técnica é fazer o sistema reprodutivo da ave repousar
por um período, regenerar a capacidade produtiva e aumentar a vida útil da poedeira
por mais 25 a 30 semanas, além de melhorar a qualidade dos ovos e reduzir o nível de
perdas com baixa qualidade de casca (RODRIGUES, 2005). A aplicação deste método
tem sido utilizado com sucesso desde a década de 60 (BUHR & CUNNINGHAM, 1994).
A grande vantagem da muda é o rápido retorno econômico, pois em quatro ou
cinco semanas as aves submetidas a esta técnica retornam a produção, atingindo o
pico de postura por volta de dez a doze semanas após a muda (MIYANO, 1993).
Existe uma grande diversidade de métodos de muda que vão desde o jejum
alimentar e de água, restrição de luz, à utilização de agentes químicos (óxido de zinco),
associados à alteração de fotoperiodismo, gerando mudanças em várias funções
endócrinas que serão os determinantes do mecanismo da muda. Existem também
técnicas que são menos utilizadas, provavelmente devido à falta de praticidade, porém,
com resultados satisfatórios, incluem a utilização de hormônios da tireóide (KUENZEL
et al., 2005) e drogas tais como a progesterona (SHAFNER, 1982). A retirada da ração
dos comedouros durante 10 a 12 dias é o método mais simples de induzir a muda em
poedeiras.
Métodos de muda que causem menos estresse as aves, com a inclusão de fibras
insolúveis têm sido pesquisados, devido à grande ênfase atual dada ao bem-estar
animal, já que o método mais utilizado, de jejum alimentar, apesar de conseguir
resultados satisfatórios e ser de fácil aplicação, é muito agressivo.
2
Como uma segunda opção, pode-se citar o uso de fibras insolúveis tais como
feno de alfafa (DONALSON et al., 2005; LANDERS et al., 2005; KWON et al., 2001),
pomacia de uva (KESHAVARZ & QUIMBY, 2002), farelo de algodão (DAVIS et al.,
2002), farelo de trigo (SEO et al., 2001) e farinha de jojoba (VERMAUT et al., 1997;
ARNOUTS et al., 1993).
Os estudos relativos aos métodos alternativos de muda têm freqüentemente
encontrado resultados conflitantes, devido à variação nas respostas das aves em
diferentes condições ambientais.
As variáveis ambientais tanto podem ter efeitos positivos ou negativos sobre a
produção. Assim, altas temperaturas, por exemplo, reduzem o consumo de alimento
prejudicando o desempenho. Já baixas temperaturas, podem melhorar a produção, mas
à custa de uma elevada conversão alimentar. Dessa forma a temperatura ambiente
deve ser manejada, na medida do possível, para evitar efeitos negativos sobre o
desempenho produtivo. Assim, para a obtenção de desempenho produtivo satisfatório,
deve-se ficar atento para a interação entre o animal e o ambiente (alta temperatura e
alta umidade dentro da instalação), a fim de que o custo energético dos ajustes
fisiológicos sejam os menores possíveis, não sendo limitante para uma ótima
produtividade (FURLAN & MACARI, 2002).
Dentre os fatores ambientais, as condições térmicas representadas pela
temperatura, umidade e movimentação do ar, são aquelas que afetam diretamente as
aves, pois comprometem a manutenção da homeotermia (TINÔCO, 1995).
A alta temperatura do meio ambiente, acima da temperatura superior crítica
(aproximadamente
28
o
C) e abaixo da letal (maior que 40
o
C), afeta a boa nutrição da
poedeira (SMITH & OLIVER, 1971). A criação de poedeiras em regiões de clima tropical
ou mesmo subtropical tem sua limitação baseada na baixa tolerância ao estresse pelo
calor na ave. Assim, grandes perdas econômicas ocorrem no verão, especialmente
durante as chamadas ondas de calor (OLIVEIRA, 1994).
Acima de 30
o
C, o consumo decresce rapidamente e as exigências energéticas
aumentam, devido à necessidade das aves em eliminar calor. Portanto, esse menor
consumo de alimento e o gasto de energia para manutenção da homeostase térmica,
3
levam a uma redução no desempenho das aves criadas em altas temperaturas
(FURLAN & MACARI, 2002).
Dentro do contexto exposto, o presente trabalho teve como objetivo, avaliar o
desempenho, a qualidade dos ovos e as alterações do peso relativo dos órgãos de
poedeiras comerciais submetidas a diferentes métodos de muda de penas em três
condições de temperatura, determinando um método aceitável tanto para a indústria de
ovos como para o bem-estar animal.
4
II. REVISÃO DA LITERATURA
Muda
As poedeiras comerciais iniciam a sua fase produtiva por volta de 18 – 20
semanas de idade, atingindo o pico de postura em torno de 24 semanas de idade, e
após esse período de pico apresentam uma queda gradativa na produção e qualidade
dos ovos (RODRIGUES, 2005).
Normalmente as poedeiras comerciais são exploradas até a idade de 72
semanas, quando então a produção de ovos começa a declinar e os problemas com a
qualidade dos ovos aumentam, devido ao aumento no tamanho dos ovos, e não é
mantida a qualidade da espessura da casca. Essas aves são normalmente descartadas
em virtude de apresentarem produção economicamente inviável. Isto ocorre porque
algumas aves já iniciaram o processo de muda natural, com a conseqüente pausa de
postura, resultando em baixa produção do lote. Entretanto a muda natural é um
processo demorado que não ocorre simultaneamente em todas as aves (OLIVEIRA,
1994).
A muda é um conjunto de práticas realizadas com a finalidade de provocar
estresse nas aves, o que levará uma pausa na produção e muda de penas (ROLAND &
BRAKE, 1982).
A prática de muda é uma técnica adotada desde a década de 1960, e que no
Brasil ganhou ênfase na década de 1980 com o advento da economia inflacionária,
visando à exploração da ave por mais um ano, estimando em mais de 20 milhões de
poedeiras a serem submetidas ao processo de muda de penas em todas as linhagens,
idades e estágios de postura (OLIVEIRA, 1993).
Especialmente em situações de baixos preços dos ovos, alto custo de ração e
frangas, a muda de poedeiras pode ser utilizada como um programa para prolongar a
vida produtiva das aves, caracterizando-se pela interrupção da postura durante
semanas, o que leva a renovação de penas. Após isso, a produção de ovos é reiniciada
para um segundo período de produção, porém a um nível menor quando comparado ao
5
primeiro ciclo. Além disso, a qualidade dos ovos será melhorada, se comparada com a
qualidade dos ovos no final do ciclo de produção e o custo de reposição de frangas,
anualmente, será evitado, levando também a uma otimização do uso das instalações
(OLIVEIRA, 1994).
A técnica da muda tem sido reconhecida como uma ferramenta na melhora do
desempenho e aproveitamento de poedeiras velhas (ROLON et al., 1993). O
procedimento mais usual consiste em um curto período de jejum alimentar, o qual
resulta em cessação na produção de ovos, involução do trato reprodutivo e perda de
penas (BRAKE, 1993). O decréscimo na atividade dos órgãos reprodutores propicia
indiferenciação das glândulas da mucosa uterina (MEHNER, 1969).
Em criações comerciais, o uso deste manejo tem sido utilizado como forma de se
retardar, em 25 a 30 semanas, a reposição do lote de poedeiras, evitando-se assim,
gastos com a compra de pintainhas e despesas com criação das mesmas até o início
da produção e coleta de ovos para a venda. Sendo assim, esta é uma prática adotada
em situações de crise econômica (RAMOS et al. 1999).
Estudos revelam que além da substituição de penas, o processo de muda
provoca um significativo incremento da taxa de metabolismo, aumento da síntese de
algumas proteínas, osteoporose, perda de gordura e supressão do sistema imune
(KUENZEL, 2003).
Segundo WEBSTER (2003), as aves respondem ao período de jejum em três
fases. A primeira fase é curta, e nela ocorrem ajustes fisiológicos e comportamentais
que reduzem o catabolismo de proteína e o gasto energético. A segunda fase é mais
longa, e nela a proteína é poupada e os lipídeos são catabolizados para fornecerem
energia. A terceira fase se inicia quando o catabolismo protéico é acelerado.
Métodos de muda
Vários métodos têm sido utilizados para induzir a muda. Esses métodos incluem
as dietas com baixo nível de cálcio (BREEDING et al., 1992), o jejum hídrico por 2 dias
(NORTH & BELL, 1990), o jejum alimentar por 10 dias (CHRISTMAS et al., 1985), as
dietas com baixo nível de sódio e as dietas com altos níveis de zinco (BERRY &
6
BRAKE, 1985). Para que o processo seja eficaz há necessidade de perda de peso
corporal e interrupção da postura (SHIPPEE et al., 1979).
O uso do óxido de zinco como um mecanismo para induzir a muda tem sido
investigado por vários pesquisadores (McCORMICK & CUNNINGHAM, 1987; BERRY &
BRAKE, 1985; SHIPPEE et al., 1979). Trabalhos têm demonstrado que quantidades
moderadas de zinco (2.800 ppm), fornecidos na ausência de cálcio, têm um efeito
supressivo no sistema reprodutivo independente da anorexia (JOHNSON & BRAKE,
1992).
Entretanto, tais dietas não renderam resultados consistentes, com elevados
custos, além de causarem comportamentos negativos, como o canibalismo (BIGGS et
al., 2004; WEBSTER, 2003). Experimentos envolvendo dietas com baixas
concentrações em cálcio também não resultaram em regressão do ovário e do oviduto a
um estado não produtivo, e a produção não cessou completamente (WEBSTER, 2003).
ALBUQUERQUE et al. (1999) trabalhando com diferentes métodos de muda
(jejum alimentar, dietas com excesso de zinco, com baixo sódio e elevado iodo
dietético), concluíram que os métodos de jejum alimentar e o de fornecimento de dieta
com excesso de zinco, durante a muda, propiciaram os melhores resultados de
desempenho das aves no segundo ciclo de produção.
Existem também técnicas que são menos utilizadas provavelmente devido à falta
de praticidade, porém, com resultados satisfatórios. Essas técnicas incluem a utilização
de hormônios da tireóide (KUENZEL et al. 2005) e drogas tais como a progesterona
(SHAFNER, 1982).
A retirada da ração dos comedouros durante 10 a 12 dias é o método mais
simples de induzir a muda em poedeiras. Nos primeiro dias, a produção de ovos declina
até suspensão completa da postura em torno do ou dia do início do jejum (SILVA
& SANTOS, 2000). Embora a retirada da ração seja considerada um método fácil de
aplicação da muda, e seus resultados sejam os melhores, o uso dessa técnica tem sido
questionado quanto ao bem estar da ave (WEBSTER, 2003). Por isso, estudos estão
sendo realizados com o intuito de reduzir ou até mesmo eliminar o uso de programas
7
que requerem o jejum alimentar. Para tanto, os métodos alternativos a estes programas
estão sendo considerados.
Como uma outra opção, podemos citar o uso de fibras insolúveis tais como feno
de alfafa (DONALSON et al., 2005; LANDERS et al., 2005; KWON et al., 2001), pomace
de uva (KESHAVARZ & QUIMBY, 2002), farinha de algodão (DAVIS et al., 2002), farelo
de trigo (SEO et al., 2001) e farinha de jojoba (VERMAUT et al., 1997; ARNOUTS et al.,
1993).
Pesquisas foram realizadas com o objetivo de determinar o papel da fibra na
nutrição de o ruminantes (SCHULZE et al., 1994). A maior parte dos resultados
concluiu que a fração fibra dietética é responsável, pela redução da digestibilidade dos
nutrientes das rações. As dietas fibrosas podem promover alterações na taxa de
absorção dos nutrientes, especialmente da proteína, aminoácidos e minerais, e/ou
ainda na excreção de nitrogênio endógeno (KING & TAVERNER, 1975).
A fração fibra dietética pode ainda afetar a taxa de ingestão alimentar (VAREL et
al., 1984). POND (1981) concluíram que o oferecimento de ração contendo 35% de
farinha de alfafa, para suínos em crescimento, deprimiu a taxa de ganho de peso e
piorou a conversão alimentar; entretanto, promoveu carcaças com menor deposição de
gordura subcutânea (espessura de toucinho), condição esta atualmente desejada pelo
mercado consumidor.
A fibra pode ser um componente crítico em rações de animais não-ruminantes de
ceco simples como as aves e suínos, pois quando presente em grande quantidade
pode limitar a produtividade animal, especialmente quando fornecida
indiscriminadamente a categorias animais não aptas a receber tal componente.
DONALSON et al. (2005) ao trabalharem com diferentes níveis de inclusão de
alfafa em uma dieta basal, puderam observar que no tratamento com 90% de inclusão
de alfafa as aves cessaram a produção de ovos no 6
o
dia do período de muda. Para os
tratamentos com 100% de alfafa e com inclusão de 70% de alfafa as aves cessaram a
produção no 8
o
dia de muda. Os autores observaram que as aves do tratamento
controle e do tratamento com inclusão de 70% de alfafa tiveram uma produção
8
significativamente mais baixa quando comparadas com os demais tratamentos (com
100% de alfafa e com inclusão de 90% de alfafa) durante o segundo ciclo de produção.
A alfafa consiste em uma proteína prontamente disponível. Devido ao seu alto
teor de fibra quando ingerida em grandes quantidades provoca no animal uma
sensação de saciedade, além de possuir uma dos mais lentos tempos de trânsito
intestinal (GARCIA et al., 2000; SIBBALD, 1979; MATSUSHIMA, 1972). A alfafa é
balançeada em aminoácidos e rica em vitaminas, bem como em carotenóides e
xantofilas, que dão a carcaça das aves e a gema dos ovos sua cor amarela (PONTE et
al., 2004; SEN et al., 1998). A alfafa possui níveis elevados (2 a 3% de matéria seca) de
saponinas, que demonstram ter propriedades de baixar os níveis de colesterol,
anticancerigena, antiflamatória, e antioxidante (PONTE et al., 2004; KLITA et al., 1996).
É extremamente vantajosa devido às propriedades de fermentação pela microbiota
cecal que são capazes de limitar o crescimento in vitro de Salmonella typhimurium
(DONALSON et al., 2004a, b).
Além da aplicação dos métodos de muda, em alguns casos, em conjunto é feito
o jejum hídrico por 2 dias, com o objetivo de aumentar o estresse nas aves e melhorar
os resultados. No entanto, casos de privação de acesso à água trazem complicações
fisiológicas que podem levar à morte. Além disso, o jejum hídrico também pode levar as
situações de hipovolemia (redução no volume sangüíneo) e aumento na concentração
do volume celular sangüíneo (BRUNO & MACARI, 2002).
Efeitos da muda sobre características de qualidade dos ovos.
Um dos pontos que deve ser focado quando a muda é realizada é a qualidade da
casca, que pode ser melhorada (KOELKEBECK et al., 1992; DOUGLAS et al., 1989;
CHRISTMAS et al., 1985).
ZOLLISH et al. (1996) e TANOR et al. (1984), observaram que ao final do
primeiro ciclo, inicialmente cai a qualidade do ovo (a gema e o ovo diminuem de peso, a
casca fica mais fina) e finalmente, a produção de ovos cessa.
Segundo HOSSAIN et al. (1994), a produção começa a declinar e os problemas
com a qualidade do ovo aumentam após 54 a 56 semanas de postura, contudo SOUZA
9
et al. (1994) demostraram que quando as aves retornam à produção, após a muda seus
ovos melhoram em qualidade.
GARLICH et al. (1984), avaliando as características de qualidade de casca dos
ovos em poedeiras de primeiro ciclo e segundo ciclo de produção, relataram que
uma redução da produção ao final do primeiro ciclo de postura, a qual é recuperada
parcialmente após a muda. Os autores relataram ainda que o peso da casca foi melhor
para os ovos postos logo após a muda, quando comparado com o peso da casca dos
ovos postos no final do primeiro ciclo de postura.
Existem diversas teorias que explicam a perda de qualidade da casca dos ovos
de aves no final dos ciclos de produção. A primeira teoria, segundo ROLAND et al.
(1975), seria que o aparecimento de ovos de casca mole e sem casca, no final do ciclo
de postura, ocorre por incapacidade de utilização do cálcio no processo de calcificação
da casca. Portanto, segundo os autores, a restauração e o rejuvenescimento do
sistema reprodutivo pela muda capacitam à ave a produzir ovos com melhor qualidade
e por mais tempo.
Como uma segunda teoria, tem-se que esta queda de qualidade da casca do
ovo, tem relação com a absoão intestinal do cálcio que é gradativamente diminuída
até o final do 1º ciclo, ocorrendo, portanto, uma inabilidade de absorção e transporte de
cálcio para o sangue, ossos ou útero. Como resultados m-se o maior índice geral de
quebra de ovos (ALVES, 1986). E, portanto, parte da melhoria na qualidade da casca
pode ser explicada pelo aumento no consumo de ração e, conseqüentemente, no maior
consumo de cálcio após a muda (ROLAND & BRAKE, 1982).
Além destas duas teorias apresentadas acima, pode-se citar uma 3º, de acordo
com a qual o declínio da qualidade da casca do ovo em galinhas velhas é o aumento do
tamanho dos ovos (ROLAND & BRAKE, 1982). Segundo OLIVEIRA (1992), as aves
após o processo de muda produzem mais de 85% de ovos tipo grande e extra, contra
70% dos do primeiro ciclo. A quantidade de cálcio depositada nos ovos permanece
mais ou menos constante durante todo o ciclo de postura, enquanto que o ovo aumenta
em até 20% do seu tamanho, o que determina menos cálcio por superfície de casca, e
conseqüentemente, diminuição na resistência da casca (BAIÃO & CANÇADO, 1997). O
10
aumento no tamanho dos ovos favorece a redução na qualidade da casca, pois a taxa
do aumento do peso de ovo é superior à taxa de aumento no volume da casca com o
avançar da idade das aves (ADAMS & BELL, 1998).
Efeitos da muda sobre o peso dos órgãos e a perda de peso corporal de galinhas
poedeiras.
É de amplo conhecimento que o desempenho das aves pode ser influenciado
pela ocorrência de alterações fisiológicas no seu desenvolvimento, resultando em
várias mudanças nas características corporais durante o período de crescimento,
devido à aplicação de certas estratégias de alimentação durante a criação (KWAKKEL,
1999).
A muda, através do método do jejum, induz perda de peso nas poedeiras ao
redor de 25%, sendo que um quarto deste efeito é atribuído diretamente à diminuição
do peso do fígado, ovário e oviduto. (BRAKE & THAXTON, 1979b). Poedeiras com
percentagem de postura menor, antes da muda, apresentam mudanças mais
significativas, como redução no peso do ovário, oviduto, peso corporal e gordura, e
aumento da concentração de colesterol e proteína no plasma, do que aves com maior
índice de produção (ROLAND & BRAKE, 1982).
O bloqueio do desenvolvimento folicular é o fator mais importante para a indução
da muda, pois a sua perda de peso está relacionada com todo o processo do bloqueio
do desenvolvimento dos folículos e da atresia folicular.. A redução do peso do ovário
depende inicialmente da duração do jejum e da percentagem de perda de peso
corporal. A perda do suporte das gonadotrofinas durante o jejum resulta na regressão
do ovário (ARAÚJO, 2005)
A regressão do oviduto ocorre após a perda do suporte dos hormônios
esteróides do ovário. A regressão do oviduto se mais pelo remodelamento deste
tecido do que pela diminuição no tamanho das células ou mesmo sua contração
(HERYANTO et al., 1997).
Em experimento realizado por ARAÚJO (2005), observou-se que durante o
período da muda e posterior descanso não houve diferença significativa das
11
características avaliadas (percentagem do ovário e oviduto), o mesmo ocorreu para o
abate realizado após o segundo ciclo de produção.
DONALSON et al. (2005) ao trabalharem com inclusão de diferentes níveis de
alfafa para induzirem a muda, relataram que em todos os tratamentos o peso do ovário
e do oviduto das aves diminuíram em torno de 1,5 a 2,5% durante o período de muda,
quando comparado com as aves que não passaram pela muda (tratamento controle).
Nos tratamentos com menor inclusão de alfafa (inclusão de 70% de alfafa) observaram
uma menor perda de peso corporal das aves, em torno de 18,9%, enquanto que para
os demais tratamentos com 100% de alfafa e com inclusão de 90% de alfafa as aves
tiveram uma perda de peso vivo em torno de 25,8%.
Impactos da temperatura
O ambiente pode ser definido como interação dos agentes biológicos, químico e
físicos e constitui um dos responsáveis pelo sucesso ou fracasso do empreendimento
avícola. Isso porque, na maioria dos casos, as aves domésticas são confinadas,
proporcionando pouca margem para reajustes comportamentais necessários para a
manutenção da homeostase rmica. Portanto, considerando que, na maioria dos
sistemas de produção de aves da América Latina, os fatores climáticos são pobremente
manipulados e gerenciados, o microambiente para a produção e bem-estar das aves
nem sempre é compatível com as necessidades fisiológicas das mesmas (FURLAN &
MACARI, 2002).
Os estudos relativos aos métodos alternativos de muda têm freqüentemente
encontrado resultados em decorrência da variação nas respostas das aves devido à
diferentes fatores ambientais.
O ajuste da temperatura é papel do sistema homeostático de controle da ave e,
quando acionado, deverá manter a temperatura central dentro dos limites toleráveis de
temperatura, permitindo a constância do meio interno e o perfeito funcionamento dos
sistemas. No caso das galinhas, esse ajuste permitirá melhor desempenho produtivo, o
que envolve maior anabolismo e, conseqüentemente maior produção. À medida que a
temperatura corporal se eleva, durante o estresse calórico, processos fisiológicos são
12
ativados com a finalidade de aumentar a dissipação de calor, sendo que o resfriamento
evaporativo respiratório constitui-se em um dos mais importantes meios de perda de
calor das aves em temperaturas elevadas (FURLAN & MACARI, 2002).
Isso é possível porque as aves possuem a capacidade de aumentar a freqüência
respiratória em até 10 vezes e dessa forma, aumentar a perda de calor no trato
respiratório, podendo gerar, entretanto, quadros indesejáveis como a alcalose
respiratória. Outro mecanismo de dissipação de calor é a redução da produção
metabólica de calor. Já, durante o frio, é observado efeito oposto, com redução na
dissipação de calor e aumento na produção do mesmo.
KESHAVARZ & FULLER (1989), estudando a variação de temperatura ambiente,
verificaram que o ganho de peso corporal foi menor para aves mantidas em
temperatura quente.
Pode-se definir conforto térmico (zona de conforto) como sendo uma faixa de
temperatura ambiente na qual a taxa metabólica é mínima e a homeotermia é mantida
com menos gasto energético, assim a fração de energia utilizada para termogênese é
mínima e a energia de produção é máxima, traduzindo em um melhor ganho de peso,
conversão alimentar e produção e ovos.
Segundo SILVA (1995), a zona de conforto dos animais está relacionada com um
ambiente térmico ideal, onde, a amplitude, ou seja, a diferença entre as temperaturas
máximas e mínimas, é bem estreita e, dentro das quais os animais encontram
condições perfeitas para expressar suas melhores características produtivas. Este autor
afirma que a maior incidência de altas amplitudes térmicas está relacionada tanto com a
época do ano, como com a localização geográfica das instalações.
Outro fator importante, e que interage juntamente com a temperatura, é a
umidade relativa do ar. A umidade relativa em ambientes é limitante para a maioria dos
homeotermos adultos, quando a temperatura supera a marca dos 24
o
C, e mais
pronunciadamente quando ultrapassa o valor de 30
o
C (MÜLLER, 1982).
SILVA (2005) afirma que a umidade relativa passa a ter importância no conforto
térmico das aves, quando a temperatura ambiental atinge 25
o
C. Altas taxas de
umidade relativa associadas a temperaturas altas fazem com que menos umidade seja
13
removida das vias aéreas, tornando a respiração cada vez mais ofegante. A ave pode
não ter capacidade suficiente para manter uma freqüência respiratória alta o bastante
para remover o excesso de calor interno, causando hipertermia, seguida de prostação e
morte.
O termo “estresse por calor” é geralmente usado para definir a reposta das aves
ao calor ambiental, situação em que uma resposta fisiológica anormal é observada
(LEESON, 1986). A criação de poedeiras em regiões de clima tropical ou mesmo
subtropical tem sua limitação baseada na baixa tolerância ao estresse pelo calor na
ave. Assim, grandes perdas econômicas ocorrem no verão, especialmente durante as
chamadas ondas de calor (OLIVEIRA, 1994).
As galinhas poedeiras são afetadas por alterações no equilíbrio ácido-básico
(alcalose respiratória) durante períodos de altas temperaturas, que desencadeia um
desequilíbrio eletrolítico e mineral, que pode resultar em ovos pequenos e de casca
fina. Isso ocorre, principalmente, porque a alcalose afeta a concentração de cálcio no
sangue (FURLAN, 2005).
A alta temperatura do meio ambiente, acima da temperatura superior crítica
(aproximadamente
28
o
C) e abaixo da letal (maior que 40
o
C), afeta a boa nutrição da
poedeira (SMITH & OLIVER, 1971). As aves, como outras espécies, são animais
homeotérmicos, ou seja, mantêm a temperatura corporal dentro de limites bem estreitos
(40,5 a 41,5
o
C) e, com isso, preservam a homeostasia térmica, ou seja, o equilíbrio da
temperatura interna (ETCHES et al., 1995).
14
III. MATERIAL E MÉTODOS
Local, período do experimento, aves, instalações e manejo
O experimento foi conduzido no setor de avicultura da Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Unesp, Campus de Jaboticabal, o experimento compreendeu
as fases de pré-muda, muda, descanso e segundo ciclo de produção (conjunto de
quatro períodos de 28 dias cada).
Para a seleção das aves para o início do experimento, por um período de duas
semanas a produção foi controlada individualmente, além da produção, as aves foram
selecionadas de acordo com seu peso corporal. Aproximadamente 10% do lote foi
pesado e utilizou-se apenas as aves dentro de um intervalo de 10% acima e abaixo da
média encontrada, com a finalidade da uniformização do lote e distribuição dos
tratamentos.
Foram utilizadas 600 poedeiras comerciais da linhagem Isa Brown com 72
semanas de idade, distribuídas em 75 parcelas. Durante o período de pré-muda,
descanso e ciclo de produção as aves receberam ração “ad libitum”, com um regime
de iluminação de 17 horas de luz/dia. Para o período de muda oi adotado o regime de
iluminação de 12 horas de luz/dia e durante o descanso a luz foi aumentada
gradativamente, 15 minutos/dia até alcançar o desejado (17 horas de luz/dia).
As aves permaneceram em três câmaras climáticas, com as temperaturas
estabelecidas, durante o período de muda (14 dias) e o período de descanso (28 dias),
as temperaturas máximas e as mínimas no interior das câmaras foram medidas duas
vezes ao dia em termohigrômetros digitais, em conjunto com o valor máximo e mínimo
da umidade relativa no interior da mara. A umidade relativa do ar não foi controlada,
sendo apenas mensurada durante o período experimental.
Durante o período de pré-muda e no segundo ciclo de produção as aves foram
alojadas em um galpão convencional de postura. As máximas e mínimas da
temperatura e umidade relativa foram medidas, no entanto a temperatura não foi mais
controlada.
15
Tratamentos
Os tratamentos que foram utilizados para indução de muda são descritos a
seguir:
Tratamento 1 (MD -1)
dieta com 90% de alfafa moída e 10% de uma ração
experimental (RE) durante 14 dias e RE do 15
o
ao 42
o
dia;
Tratamento 2 (MD -2)
dieta com 70% de alfafa moída e 30% da RE, durante
14 dias e RE do 15
o
ao 42
o
dia;
Tratamento 3 (MD – 3)
dieta com 50% de alfafa moída e 50% da RE, durante
14 dias e RE do 15
o
ao 42
o
dia;
Tratamento 4 (MD 4)
RE, adicionando-se 2.800 ppm de zinco durante 14
dias e RE do 15
o
ao 42
o
dia;
Tratamento 5 (MD 5)
jejum alimentar para indução da muda, durante 14
dias e RE do 15
o
ao 42
o
dia;
Portanto, para os tratamentos MD 1, MD 2, MD 3 e MD - 4 foi utilizada a
RE, no entanto para os três primeiros tratamentos com inclusão de diferentes níveis de
alfafa e para o tratamento MD – 4 com inclusão de óxido de zinco (70% de zinco).
RE: 17% de proteína bruta, 0,683% de metionina + cistina digestível, 1% de
cálcio e 0,375% de fósforo disponível, 0,05% de sódio. No entanto no período de
descanso (15º ao 42º dia do experimento), a RE teve seu nível de sódio modificado,
este passou de 0,05% para 0,23%, com a finalidade de evitar canibalismo entre as
aves.
Durante o período de descanso todas as aves receberam uma mesma ração
(RE, com 0,23% de sódio). Para o segundo ciclo de produção todas as aves receberam
uma mesma ração, formulada utilizando-se as recomendações de ROSTAGNO et al.,
(2005).
As temperaturas utilizadas foram:
Temperatura fria (TF): ± 20º C;
Temperatura termoneutra (TN): ± 25º C;
Temperatura quente (TQ): ± 35º C.
16
Através da Figura 1, puderam-se visualizar as temperaturas utilizadas durante o
período de muda para a câmara com temperatura fria.
Câmara TF durante a muda
0
5
10
15
20
25
30
1 3 5 7 9 11 13
dias
temperatura
temperatura
mínima
temperatura
máxima
Figura 1 - Temperaturas utilizadas durante o período de muda para a câmara com
temperatura fria.
Através da Figura 2, puderam-se visualizar as temperaturas utilizadas durante o
período de muda para a câmara com temperatura termoneutra.
Câmara TN durante a muda
0
10
20
30
40
1 3 5 7 9 11 13
dias
temperatura
temperatura
mínima
temperatura
máxima
Figura 2 - Temperaturas utilizadas durante o período de muda para a câmara com
temperatura termoneutra.
17
Através da Figura 3, puderam-se visualizar as temperaturas utilizadas durante o
período de muda para a câmara com temperatura quente.
Câmara TQ durante a muda
0
10
20
30
40
1 3 5 7 9 11 13
dias
temperatura
temperatura
mínima
temperatura
máxima
Figura 3 - Temperaturas utilizadas durante o período de muda para a câmara com
temperatura quente.
Através da Figura 4, puderam-se visualizar as temperaturas utilizadas durante o
período de descanso para a câmara com temperatura fria.
Câmara TF durante o descanso
0
5
10
15
20
25
30
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
dias
temperaturas
temperatura
mínima
temperatura
máxima
Figura 4 - Temperaturas utilizadas durante o período de descanso para a câmara com
temperatura fria.
18
Através da Figura 5, puderam-se visualizar as temperaturas utilizadas durante o
período de descanso para a câmara com temperatura termoneutra.
Câmara TN durante o descanso
0
10
20
30
40
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
dias
temperaturas
temperatura
mínima
temperatura
máxima
Figura 5 - Temperaturas utilizadas durante o período de descanso para a câmara com
temperatura termoneutra.
Através da Figura 6, puderam-se visualizar as temperaturas utilizadas durante o
período de descanso para a câmara com temperatura quente.
Câmara TQ durante o descanso
0
10
20
30
40
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
dias
temperaturas
temperatura
mínima
temperatura
máxima
Figura 6 - Temperaturas utilizadas durante o período de descanso para a câmara com
temperatura quente.
19
Dietas experimentais
A composição percentual das rações formuladas para a muda, descanso e
segundo ciclo de produção são apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Composição percentual das rações experimentais nas diferentes fases do
experimento.
Ingredientes(%) Muda Descanso
2º ciclo de
produção
Milho moído 72,79 72,21 59,65
Farelo de soja 45% 23,60 23,71 26,07
Calcário 1,54 1,54 9,80
Fosfato bicálcico 1,43 1,43 1,46
Suplemento Mineral Vitamínico* 0,50 0,50 0,50
Sal comum 0,020 0,493 0,497
DL-metionina 0,113 0,114 0,129
Óleo de soja - - 1,90
Total 100 100 100
*Enriquecimento por quilograma de ração: 1562500 UI vitamina A, 625000 UI vitamina D
3
, 3125 mg vitamina E, 245 mg vitamina
K
3
, 370 mg vitamina B
1
, 850 mg vitamina B
2
, 247,5 mg vitamina B
6
, 5000 mcg vitamina B
12
, 61,75 mg ácido fólico, 25 mg biotina,
2475 mg niacina, 12,5 mg pantotenato de cálcio, 1875 mg cobre, 162,5 mg iodo, 11437,5 mg manganês, 15057 mg zinco, 57 mg
selênio, 60 g cloreto de colina 50%, 350 g metionina, 12500 mg promotor de crescimento, 100 mg antioxidante.
Na Tabela 2 são apresentadas as composições nutricionais das rações
experimentais, para os diferentes tratamentos utilizados durante a muda, e para a ração
utilizada durante o descanso e durante o segundo ciclo de produção.
20
Tabela 2 - Composição nutricional das rações experimentais nas diferentes fases do experimento.
Muda
Descanso
2ºciclo de
produção
MD
-
1
MD
-
2
MD
3
MD
-
4
Energia metab. (kcal/kg) 1.184 1.592 2.000 3.025 3.008 2.800
Proteína bruta (%) 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00
Fibra Bruta (%) 22,82 18,45 14,09 - - -
Cálcio (%) 1,270 1,210 1,150 1,020 1,020 4,200
Fósforo disponível (%) 0,110 0,170 0,230 0,380 0,380 0,380
Fósforo total (%) 0,267 0,341 0,415 0,603 0,602 0,591
Sódio (%) 0,077 0,071 0,065 0,050 0,230 0,230
Lisina total (%) 0,796 0,808 0,820 0,855 0,856 0,892
Lisina dig. (%) 0,595 0,645 0,695 0,816 0,818 0,859
Metionina total (%) 0,264 0,292 0,320 0,389 0,390 0,399
Met.dig. (%) 0,218 0,254 0,290 0,376 0,377 0,390
Met+Cist. total (%) 0,466 0,518 0,570 0,698 0,698 0,698
Met.+Cist.dig. (%) 0,428 0,484 0,540 0,680 0,680 0,680
Treonina total (%) 0,733 0,718 0,703 0,658 0,658 0,658
Treon. dig. (%) 0,630 0,490 0,350 0,570 0,570 0,572
Triptofano total (%) 0,258 0,234 0,210 0,151 0,151 0,166
Trip. dig. (%) 0,230 0,210 0,190 0,137 0,137 0,150
21
O feno de alfafa foi moído em peneira fina, para facilitar sua ingestão pelas aves
e para facilitar a mistura com a ração de muda. A composição nutricional do feno de
alfafa utilizado nos tratamentos, durante a muda esta descrito na Tabela 3.
Tabela 3 - Composição nutricional do feno de alfafa*.
Feno de alfafa
Energia metab. (kcal/kg) 980
Proteína bruta (%) 17,00
Fibra Bruta (%) 25,00
Cálcio (%) 1,30
Fósforo disponível (%) 0,08
Fósforo total (%) 0,23
Sódio (%) 0,08
Lisina total (%) 0,79
Lisina dig. (%) 0,57
Metionina total (%) 0,25
Met.dig. (%) 0,20
Met+Cist. total (%) 0,44
Met.+Cist.dig. (%) 0,40
Treonina total (%) 0,74
Treon. dig. (%) 0,07
Triptofano total (%) 0,27
Trip. dig. (%) 0,24
* Ministério da Agricultura.
Delineamento experimental e análise estatística
Foram distribuídas 600 aves em um delineamento inteiramente casualizado, em
esquema fatorial 5x3 (5 métodos de muda x 3 temperaturas), com cinco repetições,
totalizando 15 tratamentos em 75 parcelas de oito aves cada. Considerando-se os
abates após a muda e após o descanso, o experimento na segunda fase de produção,
foi conduzido com quatro repetições de oito aves cada.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância através do
procedimento General Linear Model (GLM) do programa SAS ® (SAS Institute, 2002) e
as médias comparadas por meio de contrastes ortogonais e polinomiais. Quando a
análise de variância dos dados indicou efeito significativo, a comparação de médias foi
22
realizada a 5% de probabilidade através dos contrastes ortogonais e polinomiais
(ROBBINS et al., 1979):
C1 – comparação entre a soma das médias dos métodos de MD-1, MD-2 e MD -
3 versus a soma das médias dos métodos de MD-4 e MD-5;
C2 – efeito linear para os níveis de alfafa;
C3 – efeito quadrático para os níveis de alfafa;
C4 - comparação entre a média dos métodos de MD-4 e MD-5;
C5 – efeito linear para as temperaturas;
C6 – efeito quadrático para as temperaturas.
As equações não foram apresentadas, pois tanto para os tratamentos de muda,
como para as temperaturas, apenas três pontos foram marcados. No decorrer da
disssertação, serão expostas as tendências para os modelos de regressão.
Características avaliadas
Na pré-muda, a produção de ovos quantificada durante duas semanas, a fim de
avaliar o desempenho pré-muda.
Durante o processo de muda, foram avaliadas características de desempenho
das aves (consumo de ração, consumo de energia metabolizável, perda de peso
corporal no terceiro, décimo dias e no período total de muda, produção de ovos, dias
para cessar a postura e viabilidade criatória).
No período de descanso também foram avaliadas características de
desempenho das aves (consumo de ração, peso médio de ovos, massa de ovos,
conversão alimentar, recuperação do peso corporal, produção de ovos, dias para
retorno da postura, dias para a postura do primeiro e do décimo ovo e viabilidade
criatória) e qualidade dos ovos (percentagem e espessura de casca).
No segundo ciclo de produção, ao final de cada período (quatro períodos de 28
dias cada), foram avaliadas características de desempenho (consumo de ração,
produção de ovos, peso médio de ovos, massa de ovos e conversão alimentar) e
qualidade dos ovos (unidades Haugh, percentagem e espessura de casca e gravidade
específica).
23
Durante todo o período experimental foram feitos três abates, o primeiro foi após
o processo de muda, o segundo após o descanso e o terceiro no final dos quatro
períodos do segundo ciclo de produção. Em cada abate quatro aves de cada
tratamento foram sacrificadas para a avaliação do peso relativo do ovário, peso relativo
do oviduto, peso relativo do fígado, peso relativo do pró-ventrículo e peso relativo da
moela. A mortalidade foi anotada diariamente em todos os períodos.
Características de desempenho das aves
a) Consumo de ração (g/ave/dia): a ração fornecida a cada parcela foi pesada e
acondicionada em recipientes plásticos com tampa, ao final da muda, descanso e a
cada período de 28 dias do segundo ciclo de produção, as sobras foram pesadas e o
consumo de ração calculado e expresso em gramas de ração por ave por dia.
b) Consumo de energia metabolizável (kcal/kcal): devido à diferença entre as
rações fornecidas para as aves, quanto a energia metabolizável, calculou-se o consumo
de ração kg/ave durante a muda, e este consumo por foi multiplicado pela energia
metabolizável (kcal/kg), da ração que a ave teve acesso durante o período de muda.
b) Produção relativa de ovos (%): a produção de ovos foi registrada diariamente
e o cálculo realizado no final do processo de pré-muda, muda, descanso e a cada
período de 28 dias, com base na percentagem de ovos produzidos por ave por dia.
c) Peso médio dos ovos (g): para a determinação do peso médio dos ovos foram
feitas pesagens da produção diária de cada parcela nos dois últimos dias dos períodos
de 28 dias, de forma que o peso médio dos ovos foi obtido pelo peso do total de ovos
produzidos dividido pelo número de ovos obtidos na parcela. O peso total dos ovos, por
sua vez, foi obtido pela multiplicação do número de ovos pelo peso médio dos mesmos.
Este Característica também foi avaliado no período de descanso, onde a produção
diária de cada parcela foi pesada no sexto e no décimo dia do período e os cálculos
realizados foram semelhantes aos descritos acima.
d) Massa de ovos (g/ave/dia): a massa de ovos, em grama por ave por dia, foi
obtida através da multiplicação do percentual de produção pelo respectivo peso médio
dos ovos nos últimos dois dias de cada período de 28 dias do segundo ciclo de
24
produção e no sexto e décimo dia do período de descanso.
f) Índice de conversão alimentar (kg de ração/kg de ovo): foi calculado através da
divisão do consumo alimentar (kg) pelo peso total (kg) dos ovos produzidos também
nos últimos dois dias de cada período de 28 dias e no sexto e décimo dia do período de
descanso.
g) Índice de conversão alimentar (kg de ração/dúzia de ovo): foi calculado
através da divisão do consumo alimentar (kg) pelo número de dúzias produzidas, nos
últimos dois dias de cada período de 28 dias.
h) Número de dias para cessar a produção de ovos após o início da indução da
muda e número de dias para retorno da produção de ovos após o início do descanso: o
número de dias para cessar a produção de ovos foi quantificado durante a muda e
somente foi considerado quando a ave além de cessar a produção deu continuidade a
este estado. O retorno à produção foi determinado no período de descanso, através dos
dias necessários para que as aves alcançassem de maneira linear/constante 50% da
produção de ovos.
i) Número de dias para a postura do primeiro e do décimo ovo durante o período
de descanso: através das anotações realizadas, observou-se o número de dias
necessário para que cada parcela tenha sua primeira postura e para que cada parcela
acumulasse dez ovos.
j) Avaliação da variação do peso corporal: no início e no final da muda e no
início e final do descanso as parcelas de aves foram pesadas e através do peso médio
de cada parcela foi calculada a perda de peso corporal durante a muda e a recuperação
do peso corporal durante o descanso. Durante a muda no terceiro, décimo e
quadragésimo dias, foi feita a pesagem de duas aves por parcela, anteriormente
marcadas, com a finalidade de acompanhar a redução do peso corporal.
l) Viabilidade criatória: a mortalidade foi anotada diariamente durante todo
período experimental, no período de muda e descanso, estes dados foram utilizados
para calcular a viabilidade criatória, através da seguinte fórmula: n° total de aves (n°
aves mortas durante a muda)/ total de aves x 100 . Além disto, a mortalidade foi
utilizada para a correção do consumo de ração e da conversão alimentar, de acordo
25
com a data em que a ave morreu.
Características de qualidade dos ovos
As características relativas à qualidade dos ovos foram avaliadas durante os dois
últimos dias de cada período do segundo ciclo de produção, com exceção da
percentagem e espessura de casca, que também foram avaliadas no período de
descanso, com os ovos coletados no sexto e décimo dia.
a) Gravidade específica (g/cm
3
): a característica de gravidade específica foi
obtido com todos os ovos de cada repetição, através do procedimento de soluções de
NaCl, de acordo com recomendação de MORENG & AVENS (1990), entre as soluções
a densidade variou de 1,065 a 1,100 g/cm
3
com gradiente de 0,005 entre as medidas.
b) Unidades de Haugh: três ovos foram quebrados sobre uma superfície plana de
vidro para a obtenção da altura de albúmen com um micrômetro de mesa. Para a
obtenção das unidades de Haugh, foi utilizada a seguinte fórmula:
UH = 100 log (h + 7,57 – 1,7 W
0,37
), onde:
UH = unidades Haugh
h = Altura do albúmen em milímetros
W = Peso do ovo em gramas
e) Espessura de casca (mm): as cascas foram mergulhadas em água e o
albúmen que ficou aderido à membrana externa foi cuidadosamente retirado com o
polegar.
Com as devidas identificações, as cascas foram secas em temperatura ambiente
por 72 horas para depois serem pesadas. Após a pesagem das mesmas, as cascas
tiveram sua espessura determinada através de medidas em três pontos distintos da
região mediana, com um micmetro digital.
f) Percentagem de casca: através da pesagem das cascas com as devidas
identificações, a percentagem foi dada pela relação entre o peso da casca e o peso do
ovo.
26
Peso relativo do ovário, oviduto, fígado, pró-ventrículo e moela.
Em cada abate quatro aves de cada tratamento foram sacrificadas para a
avaliação das características morfofisiológicas. As aves foram sacrificadas após jejum
alimentar, recebendo apenas uma dieta drica, por aproximadamente 8 horas. Para
calcular o peso relativo dos órgãos as aves foram pesadas antes do abate e o peso
relativo dos órgãos calculado com relação ao peso corporal das aves e expresso em
percentagem.
27
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. Muda
Desempenho das aves
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre as características de desempenho das aves (consumo de ração, produção
relativa de ovos, perda de peso corporal no 3º, 10º e no 14º dia de muda, dias para
cessar a postura e viabilidade criatória), durante o período de muda encontram-se na
Tabela 4.
28
Tabela 4 – dias, coeficientes de variação, valores de F da análise de variância e dos contrastes ortogonais e
polinomiais e efeitos de regressão para as características de desempenho das aves, durante o período de muda.
Tratamentos
2
Características Avaliada
s
1
CR CEM PR PPC3º PPC10º
PPC DCP VC
(g/ave/dia)
(kcal/kg) (%/ave/dia)
(%) (%) (%) (dia) (%)
Métodos de
Muda
(MD)
MD -1 1,97 33 5,09 12,92 25,64 29,26 3,67 97,48
MD -2 7,75 173 5,31 12,11 24,11 26,30 3,67 98,15
MD -3 11,29 316 6,32 13,94 22,54 25,08 4,22 90,74
MD -4 4,62 196 6,57 12,16 26,11 29,30 3,89 94,37
MD -5 - - 6,02 12,79 27,31 30,26 3,44 100,00
Temperaturas (T)
TF 6,40 174 5,45 3,52 26,26 28,26 3,47 95,00
TN 8,07 225 5,40 1,91 25,18 27,22 2,73 95,56
TQ 5,66 165 6,73 2,91 23,99 28,65 5,13 98,47
Valores de F para a análise
de variância
MD 31,52* 26,70* 0,31
NS
0,91
NS
8,51* 7,61* 0,17
NS
2,06
NS
T 3,08
NS
2,01
NS
0,72
NS
1,80
NS
5,38* 1,40
NS
4,91* 0,95
NS
Interação MD x T 1,15
NS
0,96
NS
0,85
NS
1,71
NS
0,69
NS
0,87
NS
1,53
NS
1,45
NS
CV(%)
30,09 33,00 58,68 18,30 7,56 8,64 56,91 7,69
Valores de F para os
contrastes
3
C1 - ALf vs DM - - - - 20,32
*
15,55
*
- -
C2 - EF LIN ALF 80,81* 79,60* - - 11,92
*
13,42
*
- -
C3 - EF QUAD ALF 1,89
NS
0,00
NS
- - 0,00
NS
0,76
NS
- -
C4 - Dentro DM - - - - 1,80
NS
0,71
NS
- -
C5 - EF LIN T - - - - 10,76* - 4,51* -
C6 - C6 - EF QUA T - - - - 0,01
NS
- 5,31* -
NS
não significativo, *P< 0,05.
1
CR=consumo de ração, PR=produção relativa de ovos, PPC3º=perda de peso corporal no dia de muda, PPC10º=perda de peso
corporal no 10º dias de muda forçada, PPC=perda de peso corporal durante o período de muda, DCP=dias para cessar a postura e VC=viabilidade criatória,
1
MD
1=90 % de alfafa e 10 % ração, MD–2=70% de alfafa e 30% de ração, MD–3=50% de alfafa e 50% de ração, MD–4=ração com óxido de zinco e MD–5=jejum
alimentar, TF=temperatura fria, TN=temperatura termoneutra e TQ=temperatura quente.
3
C1–ALF vs DM = alfafa versus demais, C2 - EF LIN ALF = efeito linear
para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático para os níveis de inclusão da alfafa, C4 – Dentro DM = dentro dos demais métodos de
muda (óxido de zinco e jejum alimentar), C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as temperaturas.
29
Para o consumo de ração o aumento da inclusão de alfafa, resultou em um
comportamento linear (P<0,05) decrescente (Tabela 4). Este resultado estava previsto,
pois a inclusão de fibras insolúveis na dieta das aves deprime o consumo de ração,
principalmente a fibra da alfafa, que possui tempo de trânsito intestinal mais lento,
quando comparado com diversos alimentos, deixando as aves com uma sensação de
saciedade e, portanto, diminuindo o consumo de ração (SIBBALD, 1979). Além disso, a
alfafa apresenta saponinas e taninos, que são componentes antinutricionais, que
afetam a ação das enzimas reduzindo a digestibilidade dos nutrientes, além de diminuir
a palatabilidade do alimento.
Dados similares foram observados por DONALSON et al. (2005), segundo os
quais galinhas poedeiras tratadas com 100% de alfafa, 90% de alfafa e 10 % ração
basal e 70% de alfafa e 30% de ração basal, tiveram um consumo de ração linear e
crescente, de 82 gramas/ave, 272,4 gramas/dia e 409,4 gramas/dia, respectivamente.
Para o consumo de energia metabolizável, o aumento da inclusão de alfafa,
resultou em um comportamento linear (P<0,05) decrescente (Tabela 4). Portanto,
através da análise das médias para o consumo de energia metabolizável das aves,
observou-se que a alfafa (fibra insolúvel), foi a principal responsável pela queda no
consumo de ração das aves. O consumo de ração das aves submetidas aos métodos
de muda 1 e 2, foram 17,45% e 31,35%, inferiores quando comparado com o consumo
de ração das aves submetidas ao método de muda 1 (Tabela 4). No entanto, o
consumo de energia metabolizável das aves submetidas aos métodos de muda 1 e 2,
foram 89,56% e 54,75%, inferiores quando comparado com o consumo de ração das
aves submetidas ao método de muda 1 (Tabela 4). Estes resultados ressaltam a
eficácia da alfafa com relação à saciedade das aves, pois apesar do déficit enérgico, as
aves submetidas aos métodos de muda 1 e 2, não foram capazes de consumir uma
quantidade de ração maior.
Não foi possível testar o contraste ortogonal 1 e o 4, para o consumo de ração e
para o consumo de energia metabolizável, pois no método de MD 5 não houve o
fornecimento de ração.
30
A perda de peso corporal esta relacionada diretamente com o desempenho que
as aves irão demonstrar no segundo ciclo de produção. Para um melhor desempenho
no segundo ciclo de produção, as aves devem perder durante a muda de 25 a 30% de
seu peso corporal, para que ocorra uma regressão eficiente de seu ovário (BACKER et
al., 1983). Aproximadamente 25% da perda de peso corporal são atribuídas às perdas
de peso do fígado e dos órgãos reprodutivos das aves (BERRY & BRAKE, 1985).
Para a perda de peso corporal até o 10º dia de muda, observou-se efeito
significativo do C1 (P<0,05), onde a média para os tratamentos com inclusão de alfafa
(25,67%), foi menor a média para os tratamentos com o óxido de zinco e jejum
alimentar (26,71%). O mesmo foi observado para a perda de peso corporal durante
toda a muda, onde a média para os tratamentos com inclusão de alfafa (26,88%),
também foi menor que a média para os tratamentos com o óxido de zinco e jejum
alimentar (29,78%). Portanto, os tratamentos onde se utilizou a inclusão de alfafa para
a indução da muda demonstraram pior eficiência, quando comparados com os demais
tratamentos. Os métodos de MD 2 e MD 3, com maiores inclusões de RE, foram os
responsáveis por estes resultados. O fornecimento de maiores níveis de nutrientes na
dieta das aves submetidas a estes métodos, podem ser os responsáveis por esta
ineficiência na perda de peso corporal.
Entre os tratamentos com inclusão de alfafa, observou-se para perda de peso
corporal no 10º dia e durante todo o período de muda um comportamento linear
(P<0,05) decrescente, para estas características, ou seja, o aumento dos níveis de
inclusão de alfafa determinou uma menor perda de peso corporal. Assim, as aves que
tiveram um maior consumo de ração (MD 3), dentre os métodos com inclusão de
alfafa, tiveram uma menor perda de peso corporal. Portanto, apesar do alto conteúdo
de fibra da alfafa provocar no animal uma sensação de saciedade, a inclusão de 50%
de RE no método de MD – 3 forneceu as aves um aporte de nutrientes e como
resultado observou-se uma ineficiência para a perda de peso corporal das aves.
O mesmo foi o observado por DONALSON et al. (2005), em experimento com
diferentes métodos de muda (jejum alimentar, 100% de alfafa, 90% de alfafa e 10% de
ração basal e 70% de alfafa e 30% de ração basal), durante nove dias. Os autores
31
observaram que as aves submetidas ao método de jejum alimentar, tiveram uma maior
perda de peso corporal, quando comparadas com as aves submetidas ao tratamento
com 70% de alfafa e 30% de ração basal, de 25,1% e 18,9%, respectivamente.
WOODWARD et al. (2005), induziram a muda com fornecimento normal de ração
para aves, jejum alimentar e fornecimento de 100% de alfafa para as aves, durante
nove dias. Os autores observaram que a perda de peso corporal foi maior nas aves
submetidas a jejum alimentar, quando comparada com as aves alimentadas com 100%
de alfafa. O mesmo foi observado por LANDERS et al. (2005b), os quais, comparando
aves submetidas a jejum alimentar e aves alimentadas com 100% de alfafa durante o
período de muda, observaram maior perda de peso corporal nas primeiras.
Para a perda de peso corporal no 10º dia de muda, observou-se um
comportamento linear (P<0,05) decrescente quanto ao aumento das temperaturas
(Tabela 4). Constatou-se que com o aumento da temperatura, houve uma menor perda
de peso corporal no 10º dia de muda. SCOTT & BALNAVE (1988), observaram que o
peso corporal de galinhas poedeiras diminuiu com o aumento da temperatura. Esta
perda de peso esta relacionada principalmente ao menor consumo de ração. No
entanto, no presente estudo as aves mantidas em TF e TQ, tiveram seu consumo de
ração similar (Tabela 4).
Para a característica dias para cessar a postura, observou-se um efeito
quadrático (P<0,05) para as temperaturas, onde o ponto mínimo foi observado (Tabela
4), para a TN. Portanto, as aves mantidas em TN cessaram mais rapidamente sua
postura, quando comparado com as aves mantidas nas demais temperaturas. Este
resultado se deve principalmente a perda de peso corporal satisfatória para aves
mantidas na TN (Tabela 4).
As aves submetidas ao método de MD -1 e MD - 2 cessaram a postura em 3,67
dias, enquanto que as aves submetidas ao método de MD - 3 cessaram a postura com
aproximadamente 4,22 dias, apesar de não apresentar diferença significativa.
Quanto mais breve as aves cessarem a produção de ovos no período de muda,
mais rapidamente elas irão retornar à produção no período de descanso e durante o
segundo ciclo de produção será necessário um menor período para estas alcançarem
32
seu pico de produção, que deve ocorrer dentro de um mês (NORTH & BELL, 1990),
com a produção máxima de 75 a 85% (BELL, 2003).
DUNKLEY et al. (2007) em experimento semelhante a este, observaram que as
aves cessaram a postura com 6 dias de muda. BIGGS et al. (2004), observaram que as
aves tratadas com farelo de trigo, cessaram a postura em 6 dias. KESHAYARZ &
QUIMBY (2002), utilizando pomace de uva para induzir a muda, observaram que as
aves cessaram a produção em 4 dias. SEO et al. (2001), forneceram as aves
alimentação semelhante ao estudo anterior (com pomacia de uva), e verificaram que as
aves cessaram a postura em 7 dias.
Para as características de produção relativa de ovos, perda de peso corporal no
dia de muda e viabilidade criatória, não se observou efeitos significativos dos
tratamentos de muda e das temperaturas aplicadas (P>0,05).
Dentre os métodos de muda utilizados no presente estudo, o método com jejum
alimentar demonstrou os melhores resultados (Tabela 4), principalmente com relação a
perda de peso corporal. No entanto, como o objetivo do estudo foi o de determinar um
método alternativo ao de jejum alimentar, o com maior inclusão de alfafa (MD -1),
determinou os melhores resultados (Tabela 4) durante o período de muda,
independente da temperatura aplicada.
2. Descanso
Desempenho das aves
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre as características de desempenho das aves (consumo de ração, produção
relativa de ovos, peso médio dos ovos, massa dos ovos, conversão alimentar (kg/dz e
kg/kg), dias para o retorno da postura, dias para a postura do 1º e do 10º ovo,
recuperação corporal e viabilidade criatória), durante o período de descanso
encontram-se na Tabela 5.
33
Tabela 5 – dias, coeficientes de variação, valores de F da análise de variância e dos contrastes ortogonais e
polinomiais e efeitos de regressão para as características de desempenho das aves, durante o período de descanso.
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
CR PR PO MO CA CA DRP DP1º DP10º
RPC VC
g/ave/dia
%/ave/dia
(g) (g/dia)
(kg/dz)
(kg/kg)
(dias) (dias) (dias) (%) (%)
Métodos de
Muda
(
MD
)
MD -1 91,32 19,17 63,47 12,53 6,46 7,73 14,11 9,78 19,33 27,24 100,00
MD -2 90,08 19,26 63,39 12,34 5,88 8,11 14,33 10,22 18,56 23,29 97,63
MD -3 97,48 18,29 65,53 12,31 7,33 8,49 11,44 8,56 18,67 26,31 100,00
MD -4 86,44 19,96 65,81 14,34 5,77 6,46 17,11 12,78 17,78 23,94 97,53
MD -5 91,64 16,80 65,09 11,07 6,74 8,35 16,56 9,44 17,78 27,14 100,00
Temperaturas (T)
TF 100,45 18,10 66,40 13,32 7,51 8,04 16,87 11,40 19,27 25,85
98,52
TN 95,15 17,46 66,06 11,82 6,49 7,96 16,80 10,87 18,73 23,10
100,00
TQ 78,57 20,52 61,52 12,41 5,31 7,49 10,47 8,20 17,27 27,85
98,58
Valores de F para a análise de variância
MD 0,85
NS
0,27
NS
0,89
NS
0,79
NS
0,69
NS
1,24
NS
3,11
*
4,19
*
0,24
NS
0,82
NS
1,62
NS
T 11,62
*
0,80
NS
8,33
*
0,54
NS
3,37
*
0,28
NS
13,80
*
8,13
*
1,00
NS
1,48
NS
1,08
NS
Interação MD x T 0,96
NS
1,28
NS
2,31
*
1,33
NS
1,10
NS
0,90
NS
1,48
NS
1,85
NS
0,49
NS
5,51
*
2,43
*
CV(%)
14,19 37,44 5,66 31,54 36,11 28,11 26,05 22,93 21,76 22,29 3,15
Valores de F para os
contrastes
C1 - ALf vs DM - - - - - - 9,20
*
5,05
*
- - -
C2 - EF LIN ALF - - - - - - 2,18
NS
1,24
NS
- - -
C3 - EF QUAD ALF - - - - - - 0,99
NS
1,23
NS
- - -
C4 - Dentro DM - - - - - - 0,09
NS
9,22
*
- - -
C5 - EF LIN T 21,35* - - - 6,73* - 20,91* 14,16*
- - -
C6 - EF QUA T 1,89
NS
- - - 0,01
NS
- 6,68
NS
2,10
NS
- - -
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
CR = consumo de ração, PR = produção relativa de ovos, PO = peso de ovos, MO = massa de ovos, CA = conversão alimentar,
DRP = dias para o retorno da postura, DP1º = dias para a postura do ovo, DP10º = dias para a postura do 10º, RPC = recuperação do peso corporal e VC =
viabilidade criatória.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 = 70% de alfafa e 30% de ração, MD – 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com
óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF = temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
34
Para o consumo de ração, observou-se um comportamento linear (P<0,05)
decrescente, para as temperaturas à que as aves foram mantidas. Este resultado
estava previsto, pois com o aumento da temperatura, a primeira resposta
comportamental das aves é a restrição no consumo de ração (HURWITZ et al., 1980).
Redução do consumo de ração em aves mantidas em altas temperaturas foi registrado
por KIRUNDA et al., (2001); MCKEE et al., (1997); MUIRURI & HARRISON, (1991);
SCOTT & BALNAVE, (1988); ANDRADE et al., (1977).
Para a conversão alimentar (kg/dúzia), com o aumento na temperatura, houve
uma melhor eficiência em converter a ração fornecida em dúzia de ovos. Isto ocorreu
porque aves mantidas em TQ consumiram uma menor quantidade de ração, no
entanto, numericamente, tiveram uma melhor produção relativa de ovos (Tabela 5).
Com relação aos dias para o retorno da postura, observou-se efeito significativo
do C1 (P<0,05), onde a média para os tratamentos com inclusão da alfafa (13,29 dias),
foi menor que a média para os tratamentos com o óxido de zinco e jejum alimentar
(16,83 dias). Portanto, os tratamentos onde se utilizou a alfafa para a indução da muda
demonstraram melhor eficiência, quando comparados com os demais tratamentos. O
mesmo pode ser observado para a característica dias para a postura do ovo, onde a
média para os tratamentos com inclusão da alfafa (9,52 dias), também foi inferior a
média para os tratamentos com o óxido de zinco e jejum alimentar (11,11 dias),
reforçando assim a eficiência da inclusão de alfafa como método de muda, com relação
a esta característica. O requerimento de energia para mantença das aves expostas a
diferentes temperaturas ambientes não foi alterado (P>0,05).
No presente estudo, as aves submetidas ao método de MD - 1 e as aves
submetidas ao método de MD - 2, retornaram a postura com 14,11 dias e 14,33 dias,
respectivamente. Estes dados estão de acordo com DONALSON et al. (2005) e com
LANDERS et al. (2005b), os autores relataram que as aves alimentadas com os
maiores níveis de inclusão da alfafa, retornaram a postura em 14,8 dias e 14 dias,
respectivamente.
Ainda para a característica dias para a postura do ovo, observou-se efeito
significativo para o C2 (P<0,05), o método de MD – 5 apresentou uma melhor eficiência
35
para esta característica, quando comparado com o MD 4 (9,44 dias e 12,78 dias,
respectivamente).
DONALSON et al. (2005), em experimento com diferentes métodos de muda
(jejum alimentar, 100% de alfafa, 90% de alfafa e 10% de ração basal e 70% de alfafa e
30% de ração basal), não observaram diferenças significativas entre os tratamentos,
para as seguintes características: dias para a postura do ovo, dias para a postura do
10º ovo e dias para o retorno da postura (50 – 60% de produção de ovos).
O aumento da temperatura resultou em um comportamento linear (P<0,05)
decrescente, para os dias para o retorno da postura. Com o aumento da temperatura,
houve uma melhora para esta característica, com um número menor de dias para as
aves retornarem a postura. O mesmo foi observado para a característica dias para a
postura do 1º ovo.
Para as características de produção relativa de ovos, massa de ovos, conversão
alimentar (kg/kg) e dias para a postura do 10º ovo, o se observaram efeitos
significativos dos tratamentos de muda e das temperaturas (P>0,05).
Apesar da característica produção relativa de ovos não ter apresentado efeito
significativo (P>0,05) dos tratamentos aplicados, devido provavelmente ao seu
coeficiente de variação, numericamente as aves que foram submetidas ao jejum
alimentar e as aves submetidas aos demais tratamentos de muda, tiveram uma
produção 12,34% menor durante o descanso. Portanto, esta diferença do ponto de vista
prático se torna significativa, levando-se em consideração os lucros do produtor.
Para as características peso de ovos, recuperação de peso corporal e viabilidade
criatória, observaram-se interações significativas (P<0,05) entre os métodos de muda e
as temperaturas a que as aves foram submetidas. No entanto para a característica
viabilidade criatória o grau de resíduo foi muito baixo, pois, na maioria das parcelas, no
momento do desdobramento, a viabilidade criatória foi de 100%, portanto não foi
possível analisar o desdobramento.
Os resultados dos desdobramentos das interações entre os métodos de muda
aplicados e as temperaturas, sobre as características de desempenho das aves que
36
apresentaram interação significativa (peso médio dos ovos e recuperação corporal),
durante o período de descanso encontram-se na Tabela 6.
Tabela 6 - Médias das características de desempenho das aves, valores de F dos
contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as características de
desempenho que tiveram interação significativa durante o período de descanso.
PO (g)
2
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 65,28 66,75 58,40 64,47 3,35
NS
2,27
NS
MD -2 68,96 65,28 55,94 63,39 7,70* 0,48
NS
MD -3 66,75 63,30 66,54 65,53 0,01
NS
4,12
NS
MD -4 66,58 67,93 62,92 65,81 4,72
NS
7,74
NS
MD -5 64,42 67,07 63,78 65,09 0,20
NS
5,90
NS
Média 66,40 66,06 61,52 64,66
C1 - ALf vs DM 2,23
NS
0,70
NS
4,84
NS
C2 - EF LIN ALF 0,90
NS
0,60
NS
14,30*
C3 - EF QUAD ALF 4,81
NS
0,00
NS
12,25*
C4 - Dentro DM 1,95
N
S
0,04
NS
0,16
NS
RPC (%)
2
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 29,94 17,39 31,12 27,24 0,03
NS
3,82
NS
MD -2 27,09 26,90 12,15 23,29 28,00* 10,24*
MD -3 18,85 21,93 35,66 26,31 26,94* 4,16
NS
MD -4 25,75 14,96 31,12 23,94 0,86
NS
7,21*
MD -5 25,28 32,41 22,03 27,14 0,70
NS
7,77*
Média 25,85 23,10 27,85 25,60
C1 - ALf vs DM 0,02
NS
0,42
NS
0,00
NS
C2 - EF LIN ALF 20,00* 1,19
NS
0,42
NS
C3 - EF QUAD ALF 1,82
NS
4,63
NS
9,19*
C4 - Dentro DM 0,04
NS
21,86* 1,35
NS
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente. C1 ALF vs DM = lfafa versus demais,
C2 - EF LIN ALF = efeito linear para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático para os
níveis de inclusão da alfafa, C4 Dentro DM = dentro dos demais métodos de muda (óxido de zinco e jejum
alimentar), C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as temperaturas, C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as
temperaturas,
2
PO = peso de ovos e RPC = recuperação do peso corporal.
Dentro das temperaturas, quando as aves foram mantidas em TQ, observou-se
tendência quadrática (P<0,05) para os métodos de muda com inclusão de alfafa, para a
característica peso de ovos. Quando as aves foram mantidas em TQ e submetidas ao
método de MD – 3, observou-se o melhor resultado (66,54g), para o peso dos ovos. No
entanto, este método foi ineficiente para a perda de peso corporal durante o período de
37
muda (Tabela 4). Portanto, as aves submetidas a este método não sofreram totalmente
os efeitos da muda e por isso, o peso dos ovos foram maiores em comparação com os
demais métodos, já no período de descanso.
Dentro dos métodos de muda, quando as aves foram submetidas ao método de
MD 2 em diferentes temperaturas, o peso dos ovos resultou em um comportamento
linear decrescente (P<0,05), com o melhor resultado (68,96g), para a TF.
Para a característica recuperação de peso corporal, observou-se efeito linear
decrescente (P<0,05) para os métodos de muda com inclusão de alfafa, para as aves
mantidas em TF, onde o método de MD 3 resultou na menor recuperação de peso
corporal (18,85%). Este resultado é reflexo da menor perda de peso corporal durante o
período de muda (Tabela 4), para este método.
Para as aves mantidas em TN, observou-se efeito para o C2 (P<0,05) entre os
métodos MD 4 e MD 5, com uma melhor recuperação corporal para o método de
MD 5 (jejum alimentar) de 32,41%. Para a TQ, observou-se tendência quadrática
(P<0,05) para as aves submetidas aos métodos de muda com diferentes níveis de
inclusão de alfafa, onde o melhor resultado para a característica, foi para os métodos
de MD 1 e MD - 3, com uma recuperação de peso corporal de 31,12% e 35,66%,
respectivamente.
Dentro dos métodos de muda, somente para o método de MD 3 observou-se
tendência linear crescente (P<0,05), para a recuperação de peso corporal, com relação
às temperaturas à que as aves foram mantidas. Portanto, com o aumento da
temperatura houve uma melhora na recuperação corporal das aves submetidas ao
método de MD – 3.
Para os demais métodos de muda observou-se tendência quadrática (P<0,05)
para a recuperação de peso corporal, com relação às temperaturas à que as aves
foram mantidas. Para o método de MD 2, quando as aves foram mantidas em TF e
TN, a recuperação de peso corporal foi semelhante, de 27,09% e 26,90%,
respectivamente e melhor quando comparada com as aves mantidas em TQ. Para o
método de MD 4 a TQ resultou em uma melhor recuperação de peso corporal.
38
Enquanto que para o método de MD – 5, o melhor resultado foi observado para as aves
mantidas em TN.
Estes resultados mostram que para as aves submetidas ao MD 2 a melhor
temperatura é a TF, para as aves submetidas ao método de MD 3 a melhor
temperatura é a TQ. Para o método de jejum alimentar, a melhor temperatura é a TN.
Estudos que demonstrem as interações entre métodos de muda e temperaturas
são escassos na literatura, portanto, pesquisas que comprovem os resultados obtidos
no presente trabalho são de extrema importância. Uma vez que em nosso país é
observada uma grande amplitude de temperaturas entre as regiões de criação de
galinhas poedeiras.
39
Qualidade dos ovos
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre as características de qualidade dos ovos (percentagem e espessura de casca),
durante o período de descanso encontram-se na Tabela 7.
Tabela 7 Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes de variação,
valores de F da análise de variância para as características de qualidade dos ovos
durante o período de descanso.
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
PC EC
(%) (mm)
Métodos de
Muda
(
MD
)
MD -1 6,51 0,248
MD -2 6,40 0,265
MD -3 6,70 0,276
MD -4 6,50 0,258
MD -5 6,94 0,281
Temperaturas (T)
TF 6,63 0,265
TN 6,43 0,265
TQ 6,78 0,267
Valores
de F para a análise de variância
MD 2,23
NS
4,55
*
T 2,51
NS
0,05
NS
Interação MD x T 3,60
*
3,30
*
CV(%)
6,52 6,98
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
PC = percentagem de casca e EC = espessura de casca.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa
e 10 % ração, MD2 = 70% de alfafa e 30% de ração, MD – 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD4 = ração com
óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF = temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura
quente.
Para as características percentagem e espessura de casca, observaram-se
interações significativas (P<0,05) entre os métodos de muda e as temperaturas a que
as aves foram submetidas.
Os resultados dos desdobramentos das interações entre os métodos de muda
aplicados e as temperaturas, sobre as características de qualidade dos ovos que
apresentaram interação significativa (percentagem e espessura de casca), durante o
período de descanso encontram-se na Tabela 8.
40
Tabela 8 - Médias das características de qualidade dos ovos das aves, valores de F
dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as características
de qualidade dos ovos que tiveram interação significativa durante o período de
descanso.
PC (%)
2
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 6,94 5,80 6,80 6,51 0,36
NS
26,79*
MD -2 6,29 6,39 6,53 6,40
0,21
NS
0,00
NS
MD -3 6,98 6,92 6,19 6,70
5,81
NS
1,39
NS
MD -4 5,96 6,39 7,16 6,50 10,51* 0,30
NS
MD -5 6,98 6,64 7,21 6,94 1,63
NS
8,80*
Média 6,63 6,43 6,78 6,61
C1 - ALf vs DM 1,02
NS
0,35
NS
16,99*
C2 - EF LIN ALF 0,01
NS
8,85* 5,57*
C3 - EF QUAD ALF 3,68
NS
0,01
NS
0,03
NS
C4 - Dentro DM 6,38* 0,45
NS
0,03
NS
EC (mm)
2
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 0,256 0,230 0,258 0,248 0,21
NS
37,03*
MD -2 0,258 0,286 0,251 0,265
0,07
NS
1,99
NS
MD -3 0,297 0,277 0,253 0,276 12,48* 0,04
NS
MD -4 0,242 0,256 0,276 0,258 4,65
NS
0,04
NS
MD -5 0,271 0,277 0,295 0,281 10,98* 0,94
NS
Média 0,265 0,265 0,267 0,266
C1 - ALf vs DM 1,17
NS
0,05
NS
27,90*
C2 - EF LIN ALF 4,25
NS
10,73* 0,29
NS
C3 - EF QUAD ALF 1,20
NS
6,56* 0,37
NS
C4 - Dentro DM 2,08
NS
2,01
NS
4,10
NS
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente. C1 – ALF vs DM = alfafa versus demais,
C2 - EF LIN ALF = efeito linear para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático para os
níveis de inclusão da alfafa, C4 Dentro DM = dentro dos demais métodos de muda (óxido de zinco e jejum
alimentar), C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as temperaturas, C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as
temperaturas,
2
PC = percentagem de casca e EC = espessura de casca.
Dentro das temperaturas, quando as aves foram mantidas em TF, observou-se
efeito para o C2 (P<0,05), entre os métodos MD 4 e MD 5, com uma melhor
percentagem de casca para o método de MD – 5 (jejum alimentar) de 6,98%.
Quando as aves foram mantidas na TN, observou-se tendência linear crescente
(P<0,05) para as aves submetidas aos métodos de muda com inclusão de alfafa, para a
percentagem de casca. Portanto, com a diminuição da inclusão de alfafa houve uma
melhora para a percentagem de casca.
41
Para as aves mantidas em TQ, observou-se efeito do C1 (P<0,05), onde a média
para os tratamentos com inclusão da alfafa (6,51%), foi inferior a média para os
tratamentos com o óxido de zinco e jejum alimentar (7,19%). Ainda para a TQ,
observou-se tendência linear decrescente (P<0,05) para as aves submetidas aos
métodos de muda com inclusão de alfafa, para a percentagem de casca. Portanto com
a diminuição da inclusão de alfafa houve uma piora para a percentagem de casca.
Dentro dos métodos de muda, observou-se tendência quadrática (P<0,05) para
as aves submetidas aos métodos de MD 1 e MD 5, com relação às temperaturas a
que as aves foram mantidas. Os pontos máximos para a percentagem de casca,
puderam ser observados para as aves mantidas em TF e TQ, para ambos os métodos
de muda.
Para o método de MD - 4 observou-se tendência linear crescente (P<0,05), para
a percentagem de casca, com relação às temperaturas à que as aves foram mantidas.
Portanto com o aumento da temperatura houve uma melhora na percentagem de casca
das aves submetidas ao método de MD – 4.
Para a característica espessura de casca, dentro das temperaturas, quando as
aves foram mantidas em TN, observou-se tendência quadrática (P<0,05) para as aves
submetidas aos métodos de muda com inclusão de alfafa. O ponto máximo para a
espessura de casca, foi observado para as aves submetidas ao MD – 2.
Para as aves mantidas em TQ, observou-se efeito do contraste 1 (P<0,05), onde
a média para os tratamentos com inclusão da alfafa (0,254mm), foi inferior a média para
os tratamentos com o óxido de zinco e jejum alimentar (0,286mm). Resultado
semelhante foi observado para a percentagem de casca.
Dentro dos métodos de muda, observou-se tendência quadrática (P<0,05) para
as aves submetidas ao método de MD 1, com relação às temperaturas a que as aves
foram mantidas. Os pontos máximos para a percentagem de casca, puderam ser
observados para as aves mantidas em TF e TQ. O mesmo foi observado para a
percentagem de casca.
Para o método de MD - 3 observou-se tendência linear decrescente (P<0,05),
para a espessura de casca, com relação às temperaturas à que as aves foram
42
mantidas. Portanto com o aumento da temperatura houve uma piora na espessura de
casca dos ovos das aves submetidas ao método de MD – 3.
Aves submetidas ao estresse calórico têm a espessura da casca de seus ovos
menor, devido à relação entre a absorção de cálcio e o estresse calórico (LIN et al.,
2004).
De acordo com FURLAN et al. (2002), as galinhas poedeiras são afetadas por
alterações no equilíbrio ácido-básico (alcalose respiratória) durante períodos de altas
temperaturas, que pode resultar em ovos pequenos e de casca fina. Isso ocorre,
principalmente, porque a alcalose afeta a concentração de cálcio que aparece no
sangue (cálcio ligado à proteína; cálcio complexado com ácidos orgânicos e cálcio na
forma livre ou ionizado, também chamado de difusível, sendo este último a forma
utilizada pelas aves para ser depositado na casca do ovo). Durante o estresse calórico,
o aumento do pH resulta em uma diminuição do cálcio difusível, devido à baixa
dissociação de íons cálcio ligados às proteínas.
No entanto, para o método de MD - 5 observou-se tendência linear crescente
(P<0,05), para a espessura de casca, com relação às temperaturas à que as aves
foram mantidas. Portanto com o aumento da temperatura houve uma melhora na
espessura de casca dos ovos das aves submetidas ao método de MD – 5.
Apesar de problemas freqüentes quanto à qualidade da casca dos ovos de
galinhas poedeiras submetidas ao estresse calórico, no presente estudo os métodos de
MD 1, MD 4, MD 5, tiveram os melhores resultados quanto a percentagem de
casca e a espessura de casca quando realizados em TQ. Para os métodos de MD – 2 e
MD 3, os melhores resultados puderam ser observados para as aves mantidas em
TN.
Os resultados dos desdobramentos das interações para as características de
desempenho das aves (Tabela 6) e para qualidade de ovos (Tabela 8), durante o
período de descanso, não demonstraram um resultado claro quanto ao melhor método
de muda a ser aplicado nas diferentes temperaturas estudas.
43
3. Segundo ciclo de produção
Desempenho das aves
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre as características de desempenho das aves (consumo de ração, produção
relativa de ovos, peso médio dos ovos, massa dos ovos e conversão alimentar (kg/dz e
kg/kg)), durante o 2º ciclo de produção encontram-se na Tabela 9.
Tabela 9 Médias das características de desempenho das aves, coeficientes de
variação, valores de F da análise de variância e dos contrastes ortogonais e polinomiais
e efeitos de regressão para as características de desempenho das aves durante o
segundo ciclo de produção.
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
CR PR PO MO CA CA
(g/ave/dia) (%/ave/dia)
(g) (g/dia) (kg/dz)
(kg/kg)
Métodos de
Muda
(
MD
)
MD -1 110,10 73,73 71,33 52,43 1,80 2,12
MD -2 109,03 67,89 71,54 48,51 2,03 2,36
MD -3 114,85 74,83 71,25 53,36 1,87 2,20
MD -4 111,82 75,21 72,81 54,75 1,81 2,08
MD -5 112,93 77,38 70,01 54,06 1,79 2,13
Temperaturas (T)
TF 112,99 77,22 71,65 55,41 1,79 2,09
TN 113,66 75,03 72,00 53,94 1,86 2,16
TQ 108,58 69,17 70,51 48,52 1,92 2,28
Valores de F para
a análise de variância
MD 0,98
NS
1,03
NS
0,67
NS
1,01
NS
1,91
NS
1,87
NS
T 2,35
NS
2,34
NS
0,68
NS
3,68
*
1,45
NS
2,32
NS
Interação MD x T 0,85
NS
1,05
NS
0,28
NS
1,08
NS
1,45
NS
1,39
NS
CV(%)
6,24 14,28 5,11 13,93 11,39 11,18
Valores de F para os
contrastes
3
C5 - EF LIN T - - - 6,64* - -
C6 - C6 - EF QUA T - - - 0,73
NS
- -
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
CR = consumo de ração, PR = produção relativa de ovos, PO = peso médio de
ovos, MO = massa de ovos, CA = conversão alimentar.
2
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de
alfafa e 30% de ração, MD – 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum
alimentar, TF = temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
3
C5 - EF. LIN. T. = efeito
linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as temperaturas.
44
Para a massa de ovos, observou-se um comportamento linear (P<0,05)
decrescente, para as temperaturas a que as aves foram mantidas, no período de muda
e descanso. Portanto, o efeito da temperatura à que as aves foram submetidas
previamente, resultaram em uma menor massa de ovos, em decorrência da queda na
produção relativa de ovos e peso dos ovos. À medida que a temperatura aumenta,
ocorrem impactos sobre o consumo de alimento, conversão alimentar e produção de
ovos (TEETER, 1989).
YAHAV et al. (1995) observaram que aves permanentemente estressadas a 35
º
C
tiveram pior desempenho que as aves submetidas a ciclos de temperaturas quentes e
termoneutras. Segundo os autores os melhores resultados foram obtidos com as aves
criadas em condições de 15ºC ou 25
º
C.
O menor peso de ovos tem relação direta com o menor consumo de ração
(ANDRADE et al., 1976). As respostas quanto ao desempenho de galinhas poedeiras
submetidas ao estresse calórico, são uma queda na produção e peso dos ovos (NJOYA
& PICARD, 1994; MASHALY et al., 2004), quando comparadas com aves mantidas sob
o conforto térmico.
Para as demais características estudadas, não se observou efeito significativo
dos tratamentos de muda e das temperaturas aplicadas (P>0,05).
Apesar de não se ter observado diferença significativa para o C1, para a
produção relativa de ovos, no segundo ciclo de produção (Tabela 9), a média para os
tratamentos com inclusão da alfafa foi menor (72,15%), quando comparada com a
média para os tratamentos com o óxido de zinco e jejum alimentar (76,30%). Portanto,
os tratamentos onde se utilizou a alfafa para a indução da muda demonstraram pior
eficiência, quando comparados com os demais tratamentos.
O aumento na produção de ovos está relacionado com o aumento dos lucros
para o produtor. Uma pequena variação para a característica de produção de ovos,
pode resultar em uma variação muito grande para o produtor. Assim sendo, apesar de
não ser significativo, este resultado representa para o produtor uma grande diferença
quanto aos lucros da produção.
45
Qualidade dos ovos
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre as características de qualidade dos ovos (unidade de Haugh, percentagem de
casca, espessura de casca e gravidade específica), durante o 2º ciclo de produção
encontram-se na Tabela 10.
Tabela 10 Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes de
variação, valores de F da análise de variância e dos contrastes ortogonais e polinomiais
e os efeitos de regressão para as características de qualidade dos ovos durante o
segundo ciclo de produção.
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
UH PC EC GE
(%) (mm) (g/cm
3
)
Métodos de
Muda
(
MD
)
MD -1 86,42 8,74 0,348 1,084
MD -2 83,58 8,61 0,345 1,083
MD -3 83,10 8,81 0,348 1,083
MD -4 86,44 8,79 0,355 1,085
MD -5 85,44 8,60 0,344 1,082
Temperaturas (T)
TF 84,73 8,71 0,344 1,083
TN 86,05 8,69 0,349 1,084
TQ 84,21 8,73 0,351 1,084
Valores de F para
a análise de variância
MD 2,95
*
0,60
NS
0,67
NS
1,42
NS
T 1,77
NS
0,04
NS
1,02
NS
1,91
NS
Interação MD x T 1,42
NS
1,25
NS
0,80
NS
1,34
NS
CV(%)
3,24 4,40 4,39 0,24
Valores de F para os
contrastes
3
C1 - ALf vs DM 3,54
NS
- - -
C2 - EF LIN ALF 6,58* - - -
C3 - EF QUAD ALF 1,10
NS
- - -
C4 - Dentro DM 0,59
NS
- - -
NS
– não significativo, * P< 0,05.
1
UH = unidade de Haugh, PC = percentagem de casca, EC = espessura de casca e
GE = gravidade específica.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 = 70% de alfafa e 30% de ração, MD – 3
50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF = temperatura fria,
TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
3
C1 ALF vs DM = alfafa versus demais, C2 - EF LIN
ALF = efeito linear para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático para os níveis de
inclusão da alfafa, C4 – Dentro DM = dentro dos demais métodos de muda (óxido de zinco e jejum alimentar).
46
A inclusão de alfafa resultou em um comportamento linear (P<0,05) decrescente,
para a unidade Haugh. Com a diminuição dos veis de inclusão de alfafa, houve uma
piora linear para esta característica. O mesmo não foi observado por DONALSON et al.
(2005), em experimento com diferentes métodos de muda (jejum alimentar, 100% de
alfafa, 90% de alfafa e 10% de ração basal e 70% de alfafa e 30% de ração basal), que
observaram que com a diminuição dos níveis de inclusão da alfafa a altura de albúmen
(característica diretamente relacionada com a unidade de Haugh), portanto, melhorou a
qualidade interna dos ovos das aves submetidas ao tratamento com 70% de alfafa e
30% de ração basal, foi superior quando comparada com os demais tratamentos.
Para as características de percentagem de casca, espessura de casca e
gravidade específica, não se observou efeitos significativos dos tratamentos de muda e
das temperaturas (P>0,05).
4. Abates
Abate após o período de muda
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre o peso relativo dos órgãos das aves (peso relativo do ovário, oviduto, aparelho
reprodutor, fígado, moela e pró-ventrículo), sacrificadas após o período de muda
encontram-se na Tabela 11.
47
Tabela 11 Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de variância e
dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as características
dos pesos relativos dos órgãos das aves do abate após o período de muda.
Tratamentos
1
Características
Avaliadas
Ovário
Oviduto
Ap.
reprodutor
Fígado Moela
Pró-
ventrículo
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Métodos de
Muda
(
MD
)
MD -1 0,63 1,46 2,09 1,23 2,53 0,45
MD -2 0,83 2,07 2,93 1,48 2,45 0,43
MD -3 0,96 1,93 2,73 1,38 2,66 0,43
MD -4 0,59 1,37 1,96 1,49 2,63 0,53
MD -5 0,66 1,55 2,21 1,25 2,26 0,40
Temperaturas (T)
TF 0,59 1,37 1,96 1,36 2,57 0,49
TN 0,60 1,72 2,32 1,43 2,50 0,44
TQ 1,02 1,94 2,87 1,32 2,45 0,42
Valores de F para a análise de variância
MD 1,40
NS
3,46* 2,86* 1,04
NS
3,22* 3,82*
T 5,71* 5,02* 5,68* 0,38
NS
0,76
NS
3,00
NS
Interação MD x T 0,50
NS
0,57
NS
0,26
NS
1,07
NS
2,20
NS
1,06
NS
CV(%)
44,33 24,25 25,61 19,90 8,73 14,23
Valores de F para os
contrastes
2
C1 - ALf vs DM - 5,71* 4,76* - 1,73
NS
1,37
NS
C2 - EF LIN ALF - 3,99
NS
3,29
NS
- 1,00
NS
0,10
NS
C3 - EF QUAD ALF - 3,58 2,88
NS
- 1,72
NS
0,03
NS
C4 - Dentro DM - 0,58 0,52
NS
- 8,42* 13,77*
C5 - EF LIN T 8,71* 9,89* 11,18* - - -
C6 - EF QUA T 2,72
NS
0,16 0,17
NS
- - -
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente,
2
C1 ALF vs DM = alfafa versus
demais, C2 - EF LIN ALF = efeito linear para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático
para os níveis de inclusão da alfafa, C4 Dentro DM = dentro dos demais métodos de muda (óxido de zinco e jejum
alimentar), C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as
temperaturas.
Para o peso relativo do ovário e o peso relativo do oviduto e peso relativo do
aparelho reprodutor (ovário + oviduto), o aumento da temperatura, resultou em um
comportamento linear (P<0,05) crescente (Tabela 11). Para todas as características
citadas acima, as aves mantidas em menor temperatura (TF), tiveram um peso relativo
destes órgãos menor.
48
A perda de peso do ovário ocorre simultaneamente com a perda de peso
corporal, este processo está diretamente relacionado com o rejuvenescimento do
aparelho reprodutor das aves, durante o período de muda (BRAKE, 1993). No entanto,
no presente estudo, para a perda de peso corporal durante os 14 dias de muda,
verificou-se que a perda de peso corporal foi semelhante nas diferentes temperaturas
avaliadas (Tabela 4).
Estes resultados podem ser explicados com a perda de peso corporal no 1de
muda (Tabela 4), onde as aves mantidas em TQ tiveram uma menor perda de peso
corporal, portanto, a relação entre os órgãos em questão e o peso corporal das aves foi
maior.
Para o peso relativo do oviduto e peso relativo do aparelho reprodutor, observou-
se efeito significativo do contraste 1 (P<0,05). A média para os tratamentos com
inclusão da alfafa (1,82% e 2,58% respectivamente), foi maior que a média para os
tratamentos com o óxido de zinco e jejum alimentar (1,46% e 2,09% respectivamente).
Estes resultados explicam a menor perda de peso corporal das aves submetidas
aos métodos de muda com inclusão de alfafa, ao 10º dia de muda e durante os 14 dias
do período de muda (Tabela 4). Portanto as aves dos tratamentos com alfafa, tiveram
uma menor perda de peso devido a menor perda de peso do aparelho reprodutor.
A regressão do ovário é o fator mais importante para a indução da muda, pois a
sua perda de peso está relacionada com todo o processo de rejuvenescimento
(ARAÚJO et al., 2007). A perda do suporte das gonadotrofinas durante o jejum resulta
na regressão do ovário. A redução no peso do ovário depende inicialmente da duração
do jejum e da percentagem do peso corporal. Segundo BERRY (2003), ocorrendo 25%
de perda do peso corporal da ave, o ovário regride completamente.
As aves submetidas aos métodos de muda com inclusão de alfafa tiveram um
menor peso relativo do aparelho reprodutor (Tabela 11) e, uma menor perda de peso
corporal durante a muda (Tabela 4). No entanto, durante o descanso, os dias para o
retorno da postura e para a postura do ovo destas aves foram menores, destacando
uma melhor eficiência dos métodos com inclusão com alfafa, quando comparados com
o jejum alimentar e com o óxido de zinco. Portanto, a maior perda de peso corporal e a
49
maior regressão do aparelho reprodutor das aves durante o processo de muda (Tabela
11), pode não ser um indicativo de ótimos resultados no período de descanso (Tabela
5) e segundo ciclo de produção (Tabela 9).
O mesmo foi observado para as temperaturas a que as aves foram mantidas.
Apesar do peso relativo do ovário, oviduto e aparelho reprodutor das aves mantidas em
TQ terem sido maior (Tabela 11), pôde-se observar que as aves mantidas em TQ
durante o período de descanso, retornaram a postura e tiveram a postura do ovo
durante o descanso, mais cedo quando comparadas com as aves mantidas em TF
(Tabela 5).
WOODWARD et al. (2005), conduziram experimentos semelhantes, com os
seguintes tratamentos para induzir a muda: fornecimento normal de ração para aves,
jejum alimentar e fornecimento de 100% de alfafa para as aves. As aves foram
submetidas a estes métodos de muda durante nove dias. Os autores observaram que
em todos os experimentos tanto o método de jejum alimentar como o fornecimento de
100% de alfafa as aves, promoveram uma perda de peso do ovário semelhante. O
mesmo foi observado por LANDERS et al. (2005b), quando os autores compararam
aves submetidas a jejum alimentar e aves alimentadas com 100% de alfafa durante o
período de muda, a perda de peso do ovário foi semelhante.
Não se observaram diferenças significativas para o C4. O mesmo foi observado
por ARAÚJO et al. (2007), quando os autores conduziram um experimento com
diferentes métodos de muda (método Califórnia, dieta com alto teor de zinco, dieta com
baixo cálcio e com baixo sódio) e, avaliaram a biometria do oviduto no início do
experimento, no 28° dia e em três períodos subseqüe ntes à realização da muda.
Analisando-se o peso corporal da ave, a percentagem do oviduto e do ovário, o número
de pregas do magno e do istmo e o comprimento das diferentes partes que compõem o
oviduto, os autores não observaram influência dos tratamentos estudados sobre as
características.
Resultados semelhantes foram observados por PARK et al. (2004), que
trabalhando com diferentes fontes de zinco e com o método de jejum alimentar, não
50
encontraram diferenças para o peso do ovário após a muda entre os tratamentos
avaliados.
Para o peso relativo da moela e peso relativo do pró-ventrículo, observou-se
efeito significativo do C4 (P<0,05). As médias para o peso relativo da moela e para o
peso relativo do pró-ventrículo, para as aves do tratamento com óxido de zinco, foram
de 2,63% e 0,53%, respectivamente. Estas médias foram superiores as médias para as
aves do tratamento de jejum alimentar, 2,26% e 0,40%, respectivamente. Estes
resultados ressaltam a eficiência do jejum alimentar como método para induzir a muda,
pois no tratamento com jejum alimentar, o menor peso relativo da moela e do pró-
ventrículo (Tabela 11), resultou na postura do ovo durante o descanso mais breve,
para este tratamento (Tabela 5).
Para o peso relativo do gado, não se observou efeito significativo dos
tratamentos de muda e das temperaturas (P>0,05).
DONALSON et al. (2005), em experimento com diferentes métodos de muda
(jejum alimentar, 100% de alfafa, 90% de alfafa e 10% de ração basal e 70% de alfafa e
30% de ração basal), abateram as aves após o período de muda, para a coleta dos
órgãos, e observaram que o peso relativo do fígado foi maior para os tratamentos com
90% de alfafa e 10% de ração basal e para o com 70% de alfafa e 30% de ração basal,
quando comparados com o método de jejum alimentar.
Abate após o período de descanso
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre o peso relativo dos órgãos das aves (peso relativo do ovário, oviduto, aparelho
reprodutor, fígado, moela e pró-ventrículo), sacrificadas após o período de descanso
encontram-se na Tabela 12.
51
Tabela 12 Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de variância e
efeitos de regressão para as características dos pesos relativos dos órgãos das aves do
abate após o período de descanso.
Tratamentos
1
Características
Avaliadas
Ovário Oviduto
Ap.
reprodutor
Fígado Moela
Pró-
ventrículo
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Métodos de
Muda
(MD)
MD-1 0,97 1,81 2,77 0,33 0,98 1,15
MD-2 1,32 2,08 3,40 0,33 1,17 1,23
MD-3 1,41 2,13 3,55 0,41 1,26 1,17
MD-4 1,50 2,11 3,61 0,35 1,17 1,17
MD-5 1,35 2,09 3,44 0,31 1,30 1,15
Temperaturas (T)
TF 1,46 2,01 3,47 0,31 1,23 1,19
TN 1,24 2,13 3,37 0,37 1,19 1,26
TQ 1,23 1,99 3,22 0,35 1,11 1,07
Valore
s de F para a análise de variância
MD 7,74* 1,84
NS
10,39* 4,53* 1,43
NS
0,42
NS
T 5,10* 1,14
NS
2,50
NS
4,71* 0,63
NS
7,14*
Interação MD x T 6,93* 2,69* 9,10* 3,24* 0,85
NS
2,54
NS
CV(%)
13,80 11,60 7,56 13,26 21,27 10,01
Valores de F para os contra
stes
2
C5 - EF LIN T - - - - - 5,74*
C6 - EF QUA T - - - - - 8,53*
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
2
C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as
temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as temperaturas.
Para as temperaturas em que as aves foram mantidas, observou-se um efeito
quadrático (P<0,05), para a característica peso relativo do pró-ventrículo, onde o ponto
máximo foi observado para a TN (Tabela 12).
Para o peso relativo da moela, não se observou efeito significativo dos
tratamentos de muda e das temperaturas (P>0,05).
Para o peso relativo do ovário, peso relativo do oviduto, peso relativo do aparelho
reprodutor e peso relativo do fígado, observou-se interação significativa (P<0,05) entre
os métodos de muda e as temperaturas.
Os resultados dos desdobramentos das interações entre os métodos de muda
aplicados e as temperaturas, sobre o peso relativo dos órgãos das aves que
52
apresentaram interação significativa (peso relativo do ovário, oviduto, aparelho
reprodutor e fígado), sacrificadas após o período de descanso encontram-se na Tabela
13.
Tabela 13 - Desdobramento das interações entre métodos de muda (MD) e
temperaturas (T), médias das características dos pesos relativos dos órgãos das aves,
valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as
características dos pesos relativos dos órgãos das aves que tiveram interação
significativa para o abate após o período de descanso.
Ovário (%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD – 1 1,35 1,28 0,28 0,97 395,16* 105,68*
MD -2 1,52 1,25 1,19 1,32 1,37
NS
0,19
NS
MD -3 1,48 1,39 1,37 1,41 0,23
NS
0,03
NS
MD -4 1,50 1,22 1,79 1,50 3,53
NS
10,12*
MD -5 1,46 1,05 1,53 1,35 1,15
NS
54,68*
Média 1,46 1,24 1,23 1,31
C1 - ALf vs DM 0,05
NS
5,26
NS
61,83*
C2 - EF LIN ALF 0,33
NS
0,90
NS
59,73*
C3 - EF QUAD ALF 0,26
NS
0,72
NS
8,93*
C4 - Dentro DM 0,02
NS
2,15
NS
3,27
NS
Oviduto(%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 1,87 2,26 1,31 1,81 6,58
NS
12,88*
MD -2 1,85 1,97 2,41 2,08 4,53
NS
0,52
NS
MD -3 2,17 2,14 2,09 2,13 0,25
NS
0,01
NS
MD -4 2,01 2,23 2,07 2,11 0,15
NS
2,07
NS
MD -5 2,17 2,07 2,03 2,09 0,14
NS
0,01
NS
Média 2,01 2,13 1,99 2,04
C1 - ALf vs DM 0,36
NS
0,09
NS
0,76
NS
C2 - EF LIN ALF 0,85
NS
0,63
NS
15,33
NS
C3 - EF QUAD ALF 0,32
NS
3,07
NS
16,84*
C4 - Dentro DM 0,23
NS
1,19
NS
0,03
NS
Ap. reprodutor (%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 3,21 3,53 1,59 2,77 93,10* 61,04*
MD -2 3,37 3,22 3,61 3,40 1,05
NS
1,75
NS
MD -3 3,65 3,52 3,47 3,55 0,38
NS
0,02
NS
MD -4 3,51 3,45 3,86 3,61 11,09* 6,07
NS
MD -5 3,63 3,12 3,57 3,44 0,02
NS
2,05
NS
Média 3,47 3,37 3,22 3,35
C1 - ALf vs DM 0,58
NS
1,51
NS
29,54
NS
C2 - EF LIN ALF 1,82
NS
0,00
NS
63,65*
C3 - EF QUAD ALF 0,04
NS
3,96
NS
27,75*
C4 - Dentro DM 0,15
NS
3,64
NS
1,51
NS
53
Fígado (%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 0,27 0,42 0,29 0,33 0,54
NS
60,50*
MD -2 0,49 0,29 0,39 0,33 8,11
NS
3,27
NS
MD -3 0,41 0,45 0,37 0,41 0,70
NS
2,52
NS
MD -4 0,27 0,43 0,37 0,35 2,45
NS
4,58
NS
MD -5 0,31 0,28 0,34 0,31 0,26
NS
0,78
NS
Média 0,31 0,37 0,35 0,34
C1 - ALf vs DM 1,25
NS
2,07
NS
0,00
NS
C2 - EF LIN ALF 7,06* 0,78
NS
2,79
NS
C3 - EF QUAD ALF 1,17
NS
24,17* 2,01
NS
C4 - Dentro DM 0,62
NS
19,40* 0,24
NS
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente. C1 – ALF vs DM = alfafa versus demais,
C2 - EF LIN ALF = efeito linear para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático para os
níveis de inclusão da alfafa, C4 Dentro DM = dentro dos demais métodos de muda (óxido de zinco e jejum
alimentar), C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as
temperaturas.
Para a característica peso relativo do ovário, dentro das temperaturas, quando as
aves foram mantidas em TQ, observou-se um efeito para o C1 (P<0,05) entre a média
dos métodos de muda com alfafa e a média dos demais métodos, com um peso relativo
do ovário de 0,95% e 1,66%, respectivamente. Portanto para os métodos com inclusão
com alfafa o peso relativo do ovário foi menor quando comprado com os demais
métodos de muda.
A inclusão de diferentes níveis de alfafa resultou em tendência quadrática
(P<0,05) para a TQ, com um menor peso relativo do ovário para o método de MD – 1. O
mesmo foi observado para o peso relativo do oviduto e para o aparelho reprodutor.
Dentro dos métodos de muda, para as aves submetidas a MD 1, houve uma
tendência quadrática das temperaturas (P<0,05), com um menor peso relativo do ovário
para as aves mantidas em TQ. O mesmo foi observado para o peso relativo do oviduto
e para o peso relativo do aparelho reprodutor.
Ainda para os métodos de muda, quando as aves foram submetidas aos
métodos de MD 4 e MD 5, em diferentes temperaturas, o peso relativo do ovário,
resultou em tendência quadrática (P<0,05). Com um menor peso relativo do ovário para
a as aves mantidas em TN (1,22% e 1,05%, respectivamente).
54
Para a característica peso relativo do aparelho reprodutor, quando as aves foram
submetidas ao método de MD 4, em diferentes temperaturas, o peso relativo do
aparelho reprodutor, teve um comportamento linear crescente (P<0,05), com o menor
peso relativo para as aves mantidas em TF.
Portanto, de acordo com os dados apresentados acima, é possível concluir que
mesmo após 28 dias da aplicação dos tratamentos, os métodos de muda tiveram efeito
sobre as características dos pesos relativos dos órgãos das aves.
De acordo com o desdobramento das interações para o peso relativo do ovário,
peso relativo do oviduto e peso relativo do aparelho reprodutor, verificou-se que os
métodos de muda com a inclusão de alfafa são mais eficientes para as aves mantidas
em TQ, principalmente para as aves submetidas ao método de MD -1. Os demais
métodos (óxido de zinco e jejum alimentar) foram mais eficientes quantos as
características destacadas, para as aves mantidas na TF e TN.
Quanto ao peso relativo do fígado, observou-se efeito linear crescente (P<0,05)
para o aumento dos níveis de inclusão de alfafa, para as aves mantidas em TQ, onde o
método de MD - 1 resultou no menor peso relativo do fígado. Para as aves mantidas em
TN, observou-se tendência quadrática (P<0,05) para as aves submetidas aos diferentes
níveis de inclusão de alfafa. As aves submetidas ao método de MD – 2 tiveram o menor
peso relativo do fígado. Ainda para as aves mantidas em TN, observou-se efeito para o
C4 (P<0,05) entre os métodos MD – 4 e MD – 5, com um menor peso relativo do fígado
para o método de MD – 5 (jejum alimentar).
Dentro dos métodos de muda, somente para o método de MD 1 observou-se
tendência quadrática (P<0,05), para o peso relativo do fígado, com relação às
temperaturas a que as aves foram mantidas. Os menores pesos relativos do fígado
foram observados para a TF e para a TQ.
Abate após os quatro períodos do 2º ciclo de produção
Os resultados dos métodos de muda, aplicados em diferentes temperaturas,
sobre o peso relativo dos órgãos das aves (peso relativo do ovário, oviduto, aparelho
55
reprodutor, fígado, moela e pró-ventrículo), sacrificadas após os quatro períodos do
ciclo de produção encontram-se na Tabela 14.
Tabela 14 Médias, coeficientes de variação, valores de F da análise de variância e
efeitos de regressão para as características dos pesos relativos dos órgãos das aves do
abate após os quatro períodos do segundo ciclo de produção.
Tratamentos
1
Características
Avaliadas
Ovário Oviduto
Ap.
reprodutor
Fígado Moela
Pró-
ventrículo
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Métodos de
Muda
(
MD
)
MD -1 1,73 3,80 5,53 1,52 1,69 0,49
MD -2 1,78 3,30 5,08 1,57 1,80 0,56
MD -3 2,07 4,10 6,17 1,70 1,80 0,50
MD -4 2,19 3,79 5,97 1,72 2,04 0,56
MD -5 2,27 3,70 5,96 1,81 1,83 0,53
Temperatura (T)
TF 2,15 3,73 5,88 1,59 1,85 0,53
TN 1,91 3,66 5,57 1,79 1,88 0,52
TQ 1,96 3,82 5,78 1,61 1,77 0,54
Valores de F para a análise de variância
MD 4,67* 3,53* 4,24* 3,34* 2,76
NS
0,73
NS
T 2,03
NS
0,48
NS
0,89
NS
4,91* 0,89
NS
0,10
NS
Interação MD x T 5,19* 6,61* 8,85* 7,27* 1,58
NS
0,57
NS
CV(%)
13,57 10,11 9,11 9,43 10,40 17,80
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
Para o peso relativo da moela e peso relativo do pró-ventrículo, não se observou
efeito significativo dos tratamentos de muda e das temperaturas (P>0,05).
Para o peso relativo do ovário, peso relativo do oviduto, peso relativo do aparelho
reprodutor e peso relativo do fígado, observou-se interação significativa (P<0,05) entre
os métodos de muda e as temperaturas.
Os resultados dos desdobramentos das interações entre os métodos de muda
aplicados e as temperaturas, sobre o peso relativo dos órgãos das aves que
apresentaram interação significativa (peso relativo do ovário, oviduto, aparelho
reprodutor e fígado), sacrificadas após os quatro períodos do ciclo de produção
encontram-se na Tabela 15.
56
Tabela 15 - Desdobramento das interações entre métodos de muda (MD) e
temperaturas (T), médias das características dos pesos relativos dos órgãos das aves,
valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão para as
características dos pesos relativos dos órgãos das aves que tiveram interação
significativa para o abate após os quatro períodos do 2º ciclo de produção.
Ovário (%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média
C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD – 1 2,17 1,67 1,35 1,73 3,41
NS
0,07
NS
MD -2 2,12 1,88 1,34 1,78 365,04* 18,00*
MD -3 1,89 1,67 2,64 2,07 92,47* 76,30*
MD -4 2,29 1,75 2,51 2,19 0,87
NS
10,46*
MD -5 2,25 2,60 1,95 2,27 0,80
NS
2,97
NS
Média 2,15 1,91 1,96 2,01
C1 - ALf vs DM 0,65
NS
11,99* 22,95*
C2 - EF LIN ALF 0,50
NS
0,99
NS
77,41*
C3 - EF QUAD ALF 0,06
NS
1,53
NS
27,02*
C4 - Dentro DM 0,01
NS
18,64* 14,70*
Oviduto (%)
1
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
TF TN TQ Média
C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 4,11 3,89 3,41 3,80 4,45
NS
0,19
NS
MD -2 3,70 3,63 2,57 3,30 10,12* 2,54
NS
MD -3 4,11 3,30 4,91 4,10 72,95* 218,85*
MD -4 3,41 3,30 4,65 3,79 3,37
NS
1,58
NS
MD -5 3,33 4,18 3,58 3,70 3,61
NS
41,89*
Média 3,73 3,66 3,82 3,74
C1 - ALf vs DM 23,00* 0,37
NS
2,09
NS
C2 - EF LIN ALF 0,00
NS
2,82
NS
8,31*
C3 - EF QUAD ALF 5,96
NS
0,01
NS
12,45*
C4 - Dentro DM 0,17
NS
6,39
NS
4,23
NS
Ap. reprodutor (%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média
C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 6,29 5,55 4,77 5,53 8,51
NS
0,00
NS
MD -2 5,82 5,01 3,91 5,08 23,26* 3,48
NS
MD -3 6,00 4,97 7,55 6,17 101,73* 182,92*
MD -4 5,71 5,01 7,16 5,97 3,01
NS
3,63
NS
MD -5 5,58 6,78 5,53 5,96 0,01
NS
9,17
NS
Média 5,88 5,57 5,78 5,74
C1 - ALf vs DM 1,80
NS
3,36
NS
5,47
NS
C2 - EF LIN ALF 0,40
NS
1,44
N
S
20,13*
C3 - EF QUAD ALF 0,68
NS
0,33
NS
17,48*
C4 - Dentro DM 0,08
NS
12,72* 6,90*
57
Fígado (%)
Temperaturas (T)
1
Muda (MD)
1
TF TN TQ Média
C5-EF LIN T C6-EF QUA T
MD - 1 1,43 1,65 1,47 1,52 0,05
NS
1,02
NS
MD -2 1,35 1,81 1,55 1,57 16,67* 72,00*
MD -3 1,51 1,69 1,90 1,70 342,06* 1,56
NS
MD -4 2,09 1,47 1,61 1,72 16,53* 13,71*
MD -5 1,55 2,33 1,53 1,81 0,01
NS
16,16
NS
Média 1,59 1,79 1,61 1,66
C1 - ALf vs DM 17,32* 3,07
NS
0,46
NS
C2 - EF LIN ALF 0,38
NS
0,04
NS
6,71*
C3 - EF QUAD ALF 0,90
NS
1,02
NS
0,94
NS
C4 - Dentro DM 13,41* 29,28* 0,18
NS
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de ração,
MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente. C1 – ALF vs DM = alfafa versus demais,
C2 - EF LIN ALF = efeito linear para os níveis de inclusão da alfafa, C3 - EF. QUA. ALF. = efeito quadrático para os
níveis de inclusão da alfafa, C4 Dentro DM = dentro dos demais métodos de muda (óxido de zinco e jejum
alimentar), C5 - EF. LIN. T. = efeito linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as
temperaturas.
Para a característica peso relativo do ovário, dentro das temperaturas, quando as
aves foram mantidas em TN e TQ, observou-se um efeito para o contraste 1 (P<0,05),
entre a média dos métodos de muda com alfafa e a média dos demais métodos. A
perda de peso relativo do ovário foi de 1,74% e 2,18%, respectivamente, para as aves
mantidas em TN e de 1,78% e 2,23%, respectivamente, para as aves mantidas em TQ.
Ainda dentro das temperaturas, observou-se efeito para o contraste 2 (P<0,05)
entre os métodos MD – 4 e MD – 5, com um menor peso relativo do ovário para as aves
mantidas em TN para o método de MD – 4 (óxido de zinco) e para as aves mantidas em
TQ observou-se um menor peso para as aves submetidas ao método de MD 5 (jejum
alimentar).
Para as aves mantidas em TQ observou-se tendência quadrática (P<0,05), para
o peso relativo do ovário, para os métodos de muda com inclusão de alfafa. Os
melhores resultados foram observados para os métodos de MD – 1 e MD – 2.
Para os métodos de muda, quando as aves foram submetidas aos métodos de
MD 2, MD - 3 e MD 4, em diferentes temperaturas, o peso relativo do ovário,
resultou em tendência quadrática (P<0,05). Para os métodos de MD 2 o melhor
resultado foi observado para as aves mantidas em TQ e para o método de MD -4, para
58
as aves mantidas em TN. Para o MD 3 os melhores resultados foram observados
para as aves mantidas em TF e TN.
Para a característica peso relativo do oviduto, dentro das temperaturas, quando
as aves foram mantidas em TF, observou-se um efeito para o contraste 1 (P<0,05),
entre a média dos métodos de muda com alfafa e a média dos demais métodos, com
uma perda de peso do oviduto de 3,97% e 3,37%, respectivamente. Ainda dentro das
temperaturas, observou-se que quando as aves foram mantidas em TQ, a inclusão de
diferentes níveis de alfafa resultou em tendência quadrática (P<0,05), onde o método
de MD – 2 resultou no melhor resultado para o peso relativo do oviduto.
Para os métodos de muda, quando as aves foram submetidas aos métodos de
MD 3 e MD - 5, em diferentes temperaturas, o peso relativo do oviduto, resultou em
tendência quadrática (P<0,05). Para o MD 3 o melhor resultado foi observado para as
aves mantidas em TN, enquanto, que para o método de MD 5, os melhores
resultados foram observados para as aves mantidas em TF e TQ.
Para o método de MD 2 observou-se um comportamento linear decrescente
(P<0,05), quando as aves foram mantidas em diferentes temperaturas, com o melhor
resultado, portanto, para as aves mantidas na TQ, para o peso relativo do oviduto.
Para a característica peso relativo do aparelho reprodutor, dentro das
temperaturas, quando as aves foram mantidas em TN, observou-se efeito para o
contraste 2 (P<0,05) entre os métodos MD 4 e MD 5, com um menor peso relativo
do aparelho reprodutor para o método de MD 4 (óxido de zinco). Ainda dentro das
temperaturas, observou-se que quando as aves foram mantidas em TQ, a inclusão de
diferentes níveis de alfafa resultou em tendência quadtica (P<0,05), onde as aves
submetidas aos métodos de MD -2 e MD 1 tiveram os melhores resultados, para o
peso relativo do aparelho reprodutor. As aves mantidas em TQ, também tiveram efeito
significativo do contraste 2 (P<0,05), entre os métodos MD – 4 e MD – 5, no entanto, ao
contrário do que se pôde observar para as aves mantidas em TN. As aves da TQ
tiveram um menor peso relativo do aparelho reprodutor para o método de MD – 5 (jejum
alimentar).
59
Para os métodos de muda, quando as aves foram submetidas ao método de MD
2, observou-se um comportamento linear decrescente (P<0,05), para as diferentes
temperaturas, com o melhor resultado, portanto, para as aves mantidas na TQ, o
mesmo foi observado para o peso relativo do oviduto.
Para as aves submetidas ao método de MD - 3, em diferentes temperaturas, o
peso relativo do aparelho reprodutor, resultou em tendência quadrática (P<0,05), onde
o melhor resultado foi observado para a TN.
Para o abate após os seis períodos do segundo ciclo de produção, foram
observados resultados conflitantes para as interações entre os todos de muda e as
temperaturas em que as aves foram mantidas. No entanto, alguns resultados refletiram
os resultados apresentados no abate após o período de descanso (Tabela 12). Os
métodos de muda com inclusão de alfafa tiveram resultados positivos para as aves
mantidas em TQ, para as características de peso relativo do ovário, peso relativo do
oviduto e peso relativo do aparelho reprodutor.
Para a característica peso relativo do fígado, dentro das temperaturas, quando
as aves foram mantidas em TF e TN, observou-se efeito para o contraste ortogonal
(P<0,05) entre os métodos MD 4 e MD 5, com um menor peso relativo do fígado
para o método de MD 5 (jejum alimentar) para a TF e um menor peso relativo do
fígado para o método de MD – 4 (óxido de zinco) TN.
Ainda dentro das temperaturas, quando as aves foram mantidas em TF
observou-se um efeito para o contraste 1 (P<0,05) entre a média dos métodos de muda
com alfafa e a média dos demais métodos, com um peso relativo do fígado de 1,43% e
1,82%, respectivamente.
Para a TQ observou-se que o aumento nos níveis de inclusão de diferentes
níveis de alfafa resultou em tendência linear crescente (P<0,05), onde o método de MD
– 1 resultou no melhor resultado, para o peso relativo do fígado.
Para os métodos de muda, quando as aves foram submetidas ao método de MD
2 e MD - 4, em diferentes temperaturas, o peso relativo do fígado, resultou em
tendência quadrática (P<0,05). Para o método de MD – 2, os melhores resultados foram
observados para as TF e TQ (1,35% e 1,55%, respectivamente) e para o método de MD
60
4, os melhores resultados foram observados para as TN e TQ (1,47% e 1,61%,
respectivamente).
Para o método de MD – 3 observou-se um comportamento linear crescente
(P<0,05), quando as aves foram submetidas á diferentes temperaturas, com o melhor
resultado, portanto, para as aves mantidas na TF.
61
V. CONCLUSÕES
De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, conclui-se que:
O método de muda tradicional (jejum alimentar), apesar de ser o mais
agressivo, apresentou resultados satisfatórios quanto ao desempenho das aves durante
o período de muda, descanso e segundo ciclo de produção.
No entanto, como o objetivo do presente estudo foi o de encontrar um
método alternativo ao método de jejum alimentar, o método com maior nível de inclusão
de alfafa (90% de alfafa e 10% de ração), demonstrou ser eficiente, quando comparado
com os demais métodos, independente da temperatura.
Os maiores valores para a regressão do aparelho reprodutor e a perda de
peso corporal não resultaram nos melhores resultados de desempenho das aves
durante o descanso.
As interões entre os métodos de muda e as temperaturas a que as aves
foram mantidas não demonstraram um resultado claro com relação aos melhores
métodos de muda de acordo com a região/clima do país.
62
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75
ANDICE A
76
Tabela 1A Médias das características de desempenho das aves, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características de desempenho das aves durante o segundo ciclo de produção
(para o primeiro período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
CR PR PO MO CA CA
(g/ave/dia)
(%/ave/dia)
(g) (g/dia) (kg/dz)
(kg/kg)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 117,28 72,55 70,42 50,99 1,96 2,32
MD – 2 112,96 68,76 73,10 50,11 2,01 2,29
MD – 3 117,82 74,15 72,10 53,57 1,93 2,24
MD – 4 115,07 72,13 72,54 52,31 1,91 2,21
MD - 5 120,89 75,60 70,26 53,08 1,94 2,31
Temperatura (T)
TF 118,46 75,34 72,83 54,91 1,90 2,19
TN 119,90 74,32 72,00 53,48 1,96 2,26
TQ 112,05 68,25 70,21 47,65 1,99 2,36
Valores de F
MD 1,31
NS
0,55
NS
0,93
NS
0,31
NS
0,29
NS
0,30
NS
T 4,24
*
2,03
NS
1,69
NS
3,72
*
0,59
NS
1,50
NS
Interação MD x T 0,61
NS
0,98
NS
0,61
NS
0,61
NS
1,11
NS
0,61
NS
CV(%)
6,71 14,34 5,55 14,86 11,34 12,12
Valores de F para os contrastes
3
C5 - EF LIN T 5,01* -
-
6,62* -
-
C6 - EF QUA T 3,49
NS
-
-
0,81
NS
-
-
NS
– não significativo, * P< 0,05.
1
CR = consumo de ração, PR = produção relativa de ovos, PO = peso dos ovos, MO
= massa dos ovos, CA = conversão alimentar.
2
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e
30% de ração, MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum
alimentar, TF = temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
3
C5 - EF. LIN. T. = efeito
linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as temperaturas.
77
Tabela 2A Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os efeitos de
regressão para as características de qualidade dos ovos durante o segundo ciclo de
produção (para o primeiro período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
UH PC EC GE
(%) (mm) (g/cm
3
)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 90,50 8,96 0,345 1,086
MD – 2 85,82 8,79 0,340 1,084
MD – 3 85,83 8,77 0,341 1,086
MD – 4 88,95 9,02 0,349 1,087
MD - 5 84,19 8,66 0,333 1,083
Temperatura (T)
TF 87,99 8,82 0,339 1,084
TN 87,86 8,94 0,346 1,086
TQ 87,14 8,76 0,340 1,086
Valores de F
MD 1,56
NS
1,11
NS
1,27
NS
1,57
NS
T 0,13
NS
0,70
NS
0,94
NS
0,72
NS
Interação MD x T 0,98
NS
0,95
NS
1,02
NS
1,12
NS
CV(%)
5,59 4,70 4,56 0,33
NS
não significativo,
1
UH = unidade de Haugh, PC = percentagem de casca, EC = espessura de casca e GE =
gravidade específica.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 = 70% de alfafa e 30% de ração, MD – 3 50%
de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF = temperatura fria, TN
= temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
78
Tabela 3A Médias das características de desempenho das aves, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características de desempenho das aves durante o segundo ciclo de produção
(para o segundo período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
CR PR PO MO CA CA
(g/ave/dia)
(%/ave/dia)
(g) (g/dia)
(kg/dz)
(kg/kg)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 112,00 81,35 71,25
57,83 1,68 1,97
MD – 2 114,21 77,65 71,34
55,30 1,77 2,07
MD – 3 118,64 79,80 71,74
57,34 1,81 2,11
MD – 4 115,40 84,26 73,11
61,42 1,66 1,89
MD - 5 114,40 79,56 70,50
55,85 1,75 2,06
Temperatura (T)
TF 116,06 81,53 71,28
58,25 1,73 2,03
TN 116,00 80,71 73,00
58,77 1,75 1,99
TQ 112,73 79,33 70,48
55,62 1,73 2,04
Valores de F
MD 0,86
NS
0,47
NS
0,47
NS
1,01
NS
0,75
NS
1,50
NS
T 0,89
NS
0,16
NS
1,40
NS
0,83
NS
0,04
NS
0,18
NS
Interação MD x T 0,48
NS
0,60
NS
0,75
NS
0,91
NS
0,71
NS
1,10
NS
CV(%)
6,79 14,40 5,89 12,47 12,37 10,91
NS
– não significativo,
1
CR = consumo de ração, PR = produção relativa de ovos, PO = peso dos ovos, MO = massa
dos ovos, CA = conversão alimentar.
2
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e 30% de
ração, MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD5 = jejum alimentar, TF =
temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
79
Tabela 4A Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os efeitos de
regressão para as características de qualidade dos ovos durante o segundo ciclo de
produção (para o segundo período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
UH PC EC GE
(%) (mm) (g/cm
3
)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 85,20 8,71 0,359 1,086
MD – 2 86,10 8,76 0,365 1,084
MD – 3 82,90 8,75 0,353 1,084
MD – 4 86,89 8,73 0,367 1,084
MD - 5 84,67 8,85 0,362 1,085
Temperatura (T)
TF 1,73 2,03 0,359 1,084
TN 1,75 1,99 0,361 1,084
TQ 1,73 2,04 0,365 1,086
Valores de F
MD 1,39
NS
0,08
NS
0,52
NS
0,88
NS
T 0,13
NS
0,42
NS
0,29
NS
2,22
NS
Interação MD x T 1,19
NS
0,65
NS
0,54
NS
1,57
NS
CV(%)
4,54 6,33 6,09 0,27
NS
– não significativo, * P< 0,05.
1
UH = unidade de Haugh, PC = percentagem de casca, EC = espessura de casca e
GE = gravidade específica.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 = 70% de alfafa e 30% de ração, MD – 3
50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF = temperatura fria,
TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
80
Tabela 5A Médias das características de desempenho das aves, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características de desempenho das aves durante o segundo ciclo de produção
(para o terceiro período).
Tratamentos
2
Características
Avaliada
s
1
CR PR PO MO CA CA
(g/ave/dia)
(%/ave/dia)
(g) (g/dia)
(kg/dz)
(kg/kg)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 106,74 71,78 71,75 51,30 1,78 2,08
MD – 2 104,85 62,59 71,73 44,91 2,24 2,60
MD – 3 114,63 75,26 71,18 53,51 1,87 2,18
MD – 4 110,03 73,32 72,65 53,35 1,83 2,10
MD - 5 111,42 76,33 68,74 52,41 1,77 2,16
Temperatura (T)
TF 109,96 75,42 71,89 54,37 1,78 2,07
TN 111,45 73,49 71,26 52,21 1,92 2,24
TQ 107,20 66,66 70,47 46,72 1,99 2,36
Valores de F
MD 1,77
NS
1,50
NS
1,15
NS
1,28
NS
2,61
NS
2,54
NS
T 0,92
NS
1,77
NS
0,44
NS
2,60
NS
1,28
NS
2,00
NS
Interação MD x T 1,48
NS
1,20
NS
0,49
NS
1,39
NS
1,50
NS
1,75
NS
CV(%)
7,93 18,64 5,80 18,53 19,00 18,08
NS
– não significativo, * P< 0,05.
1
CR = consumo de ração, PR = produção relativa de ovos, PO = peso dos ovos, MO
= massa dos ovos, CA = conversão alimentar.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 = 70% de alfafa e 30%
de ração, MD – 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF
= temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
81
Tabela 6A Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os efeitos de
regressão para as características de qualidade dos ovos durante o segundo ciclo de
produção (para o terceiro período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
UH PC EC GE
(%) (mm) (g/cm
3
)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 85,69 8,59 0,342 1,081
MD – 2 83,61 8,30 0,335 1,078
MD – 3 83,02 8,75 0,352 1,081
MD – 4 83,43 8,81 0,356 1,082
MD - 5 84,23 8,45 0,340 1,078
Temperatura (T)
TF 83,10 8,49 0,336 1,079
TN 85,61 8,56 0,345 1,080
TQ 83,29 8,69 0,353 1,081
Valores de F
MD 0,46
NS
1,55
NS
1,90
NS
2,51
NS
T 1,38
NS
0,56
NS
3,01
NS
1,44
NS
Interação MD x T 0,51
NS
0,96
NS
1,49
NS
1,19
NS
CV(%)
5,48 5,94 5,54 0,32
NS
não significativo.
1
UH = unidade de Haugh, PC = percentagem de casca, EC = espessura de casca e GE =
gravidade específica.
3
MD = métodos de muda e T = temperatura.
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 =
70% de alfafa e 30% de ração, MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD 5
= jejum alimentar, TF = temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
82
Tabela 7A Médias das características de desempenho das aves, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e efeitos de regressão
para as características de desempenho das aves durante o segundo ciclo de produção
(para o quarto período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
CR PR PO MO CA CA
(g/ave/dia)
(%/ave/dia)
(g) (g/dia)
(kg/dz)
(kg/kg)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 104,36 69,26 71,92
49,62 1,79 2,09
MD – 2 104,09 62,56 69,98
43,73 2,08 2,48
MD – 3 108,30 70,09 70,00
49,02 1,90 2,26
MD – 4 106,78 71,13 72,93
51,92 1,86 2,13
MD - 5 105,01 78,02 70,53
54,90 1,69 2,01
Temperatura (T)
TF 107,47 76,61 70,60
54,12 1,76 2,08
TN 107,31 71,60 71,74
51,31 1,84 2,14
TQ 102,34 62,43 70,88
44,08 1,99 2,36
Valores de F
MD 0,30
NS
1,26
NS
0,82
NS
1,37
NS
2,47
NS
2,67
NS
T 1,33
NS
3,58
*
0,28
NS
3,60
*
2,68
NS
2,73
NS
Interação MD x T 1,01
NS
1,11
NS
0,56
NS
1,10
NS
1,62
NS
1,38
NS
CV(%)
9,28 20,98 6,10 21,21 14,80 15,46
Valores de F para
os contrastes
3
C5 - EF LIN T - 6,95* - 6,77* - -
C6 - EF QUA T - 0,20
NS
- 0,43
NS
- -
NS
não significativo, * P< 0,05.
1
CR = consumo de ração, PR = produção relativa de ovos, PO = peso dos ovos, MO
= massa dos ovos, CA = conversão alimentar,
2
MD 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD 2 = 70% de alfafa e
30% de ração, MD 3 50% de alfafa e 50% de ração, MD 4 = ração com óxido de zinco e MD 5 = jejum
alimentar, TF = temperatura fria, TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
3
C5 - EF. LIN. T. = efeito
linear para as temperaturas e C6 - EF. QUA. T. = efeito quadrático para as temperaturas.
83
Tabela 8A Médias das características de qualidade dos ovos, coeficientes de
variação, valores de F dos contrastes ortogonais e polinomiais e os efeitos de
regressão para as características de qualidade dos ovos durante o segundo ciclo de
produção (para o quarto período).
Tratamentos
2
Características
Avaliadas
1
UH PC EC GE
(%) (mm) (g/cm
3
)
Métodos de
Muda
(MD)
MD – 1 84,30 8,70 0,345 1,085
MD – 2 83,14 8,59 0,341 1,085
MD – 3 80,63 8,64 0,344 1,084
MD – 4 86,49 8,58 0,347 1,084
MD - 5 85,69 8,44 0,341 1,084
Temperatura (T)
TF 83,10 8,61 0,341 1,083
TN 85,26 8,57 0,342 1,084
TQ 83,79 8,61 0,348 1,085
Valores de F
MD 2,12
NS
0,35
NS
0,22
NS
0,10
NS
T 0,81
NS
0,03
NS
0,62
NS
0,35
NS
Interação MD x T 1,48
NS
1,58
NS
1,53
NS
0,95
NS
CV(%)
5,65 5,72 5,26 0,34
NS
– não significativo, * P< 0,05.
1
UH = unidade de Haugh, PC = percentagem de casca, EC = espessura de casca e
GE = gravidade específica
2
MD – 1 = 90 % de alfafa e 10 % ração, MD – 2 = 70% de alfafa e 30% de ração, MD3
50% de alfafa e 50% de ração, MD – 4 = ração com óxido de zinco e MD – 5 = jejum alimentar, TF = temperatura fria,
TN = temperatura termoneutra e TQ = temperatura quente.
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