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DIETAS SUPLEMENTADAS COM ARGININA
PARA FÊMEAS SUÍNAS HIPERPROLÍFERAS
NO PERÍODO FINAL DA GESTAÇÃO E NA
LACTAÇÃO
DANIELE DE LIMA
2010
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DANIELE DE LIMA
DIETAS SUPLEMENTADAS COM ARGININA PARA FÊMEAS
SUÍNAS HIPERPROLÍFERAS NO PERÍODO FINAL DA
GESTAÇÃO E NA LACTAÇÃO
Dissertação apresentada à Universidade Federal de
Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias, área de
concentração em Ciências Veterinárias, para a obtenção
do título de Mestre.
Orientador
Prof. Dr. Luis David Solis Murgas
LAVRAS
MINAS GERAIS BRASIL
2010
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Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Lima, Daniele de.
Dietas suplementadas com arginina para fêmeas suínas
hiperprolíferas no período final da gestação e na lactação / Daniele
de Lima. Lavras : UFLA, 2010.
61 p. : il.
Dissertação (mestrado) Universidade Federal de Lavras, 2010.
Orientador: Luis David Solis Murgas.
Bibliografia.
1. Suinocultura. 2. Reprodução. 3. Aminoácido. 4. Nutrição. I.
Universidade Federal de Lavras. II. Título.
CDD 636.40852
DANIELE DE LIMA
DIETAS SUPLEMENTADAS COM ARGININA PARA FÊMEAS
SUÍNAS HIPERPROLÍFERAS NO PERÍODO FINAL DA
GESTAÇÃO E NA LACTAÇÃO
Dissertação apresentada à Universidade Federal de
Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias, área de
concentração em Ciências Veterinárias, para a obtenção
do título de Mestre.
APROVADA em 26 de fevereiro de 2010
Prof. Dr. Vinícius de Souza Cantarelli UFLA
Prof. Dr. Márcio Gilberto Zangerônimo UFLA
Dr. Antonio Marcos Souto Moita NUTRON Alimentos
Prof. Dr. Luis David Solis Murgas
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS BRASIL
A Deus, por ter iluminado meu caminho e me dado forças para chegar a esta
importante conquista.
OFEREÇO
Aos meus pais, Assis de Lima e Elisabete Conte de Lima, pelos
ensinamentos e exemplos de honestidade, humildade e simplicidade, jamais terei
como agradecê-los, pois vocês são os principais responsáveis por essa conquista.
Obrigada sempre pelo apoio e incentivo!
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Às minhas irmãs, Daniane e Denise de Lima, pelo companheirismo e
amizade e ainda ao amigo Carlos Vido, que foi sempre grande incentivador para
que eu chegasse até aqui.
À Universidade Federal de Lavras e ao Programa de Pós-Graduação em
Ciências Veterinárias, pela oportunidade de realização do mestrado.
À Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) pela
concessão da bolsa de estudos.
A Ajinomoto Biolatina, pelo financiamento deste trabalho.
Ao Prof. Luis David Solis Murgas, pela oportunidade, confiança e
incentivo durante toda minha formão profissional.
Ao Prof. Vinícius Cantarelli, pela co-orientação, confiança e conselhos
durante o experimento.
Ao Prof. Márcio Gilberto Zangerônimo, pela participação na banca e
pelos ensinamentos durante minha formação profissional na suinocultura.
Ao Dr. Antonio Marcos Souto Moita, pela participão na banca, pelos
conhecimentos transmitidos que enriqueceram este trabalho, pela amizade e pela
vontade em ajudar sempre.
Ao Dr. Glauber Souza Machado, pela co-orientação, principalmente pelo
auxílio na determinação do trabalho e pelo esforço na obtenção da granja para a
realização da fase experimental.
À DB, pela disponibilidade da granja e a toda equipe da granja: Guará,
Adão Silva, Alex Souza (Bodin), André Martins, José Augusto Ferreira, Marta
Nascimento, Aparecida, Vandelha Silva, Jair Mascarenhas, Reduzina Oliveira,
Silvana Nascimento, Deigmar Medeiros (Zolina), Maria Margarida Oliveira
(Vânia), Frederico Souza (Tatico), Alvimar Nascimento, Sebastião Alves (Tião),
Lucemil Machado, Belchior Silva, Neimar Souza, Kleber Souza, Emerson
Teixeira, Edis Oliveira, Cleuber Oliveira, Eder Machado, Ronivon Souza, Maria
Aparecida das Dores, Maria Aparecida de Souza, Renato Santos, por atenderem
meus pedidos de socorro.
Ao Romário de Souza, Juliana, Sabrina e especialmente à Claudivânia
Claudinha, primeira ajudante e braço direito, pela ajuda imprescindível na fase
de campo.
Ao estagiário eterno, Evandro César Pereira Cunha, pela ajuda,
dedicação e companheirismo. Saiba que poderá sempre contar comigo!
Ao Gerente da granja, Wagner César Bragança e esposa Maria Dias
Bragança, pela amizade, compreensão e muita, mas muita paciência durante a
execução do trabalho. Ao Gustavo Henrique Bragança Tião, pelo carinho e
pela descontração durante a longa estadia na fazenda.
Ao colega, Rafael Mendes Mota, por ser motorista nos horários
inoportunos, pela paciência, pelos conselhos e momentos descontraídos diante
da monotonia da vida na fazenda. Muito obrigada mesmo!
Ao colega, Ivan Allaman, pela realização das análises estatísticas.
À Profa. Helena Emília Manso, pela ajuda e preocupação com este
trabalho.
Aos funcionários do DMV, William César Cortez e Marcos Antônio
Machado, pela amizade, ajuda e carinho durante toda minha graduação.
Ao Prof. Raimundo Vicente de Souza, pela amizade durante todo o curso
e pela disponibilidade em ajudar a qualquer momento.
Às integrantes da República Saia Justa: Aline Freitas, Júlia B. Lovate,
Aline (K-xumba), Bárbara Domingues, Camila Enoki (Vuada), lia Maria
Moreira, Isabela Matta (Piaba) e às primeiras sobrinhas, Gabriela L. Vieira
Campos e Bianca Barreto, pela amizade, companheirismo, paciência em me
aturar durante minha estadia em Lavras, principalmente com os meus dados e
pelas boas risadas, que muitas das vezes, foram importantes nos momentos
estressantes. Vocês estarão sempre no meu coração!.
Aos amigos, Tiago Teófilo, Leonardo Pereira, Ozana Zacaroni, Thaís
Schwarz, Daiane Moreira, Ana Luísa Alvarenga, Fernanda Pinheiro Lima,
André Campos Pitt e todos os companheiros do Laboratório de Fisiologia do
DMV.
Aos professores do Setor de Suínos da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Fernando Pandolfo Bortolozzo, Ivo Wentz, David Emílio
Barcellos e Mari L. Bernardi por terem me recebido e pelos conhecimentos
transmitidos durante minha jornada em Porto Alegre.
Aos colegas do Setor de Suínos da UFRGS por terem me recebido e
principalmente aos novos amigos Regislaine Souza, Renato Rosa, Diogo
Magnabosco, Mirian Almeida, Brenda Prado Marques, José Paulo Sato,
Henrique Fries, Giseli Heim, Oscar Morales e Andréa Panzardi, por toda a ajuda
e companheirismo.
À minha segunda mãe, Terezinha Scodro, por ter me recebido de braços
abertos na pensão em Porto Alegre, pelo carinho, cuidado e preocupação. Dona
Telezinha, a senhora estará sempre no meu coração!
Aos companheiros da pensão, Marta Gava, Marco Aurélio Cesco, Danilo
Carloto e à hermana Milagros Rolon, pelas risadas, pelos almoços e jantares e
ótimos momentos de convivência em Porto Alegre.
A todos aqueles que, de alguma forma ou outra, me ajudaram neste
longo período de residência em Lavras e na realização deste trabalho.
SUMÁRIO
RESUMO..........................................................................................................i
ABSTRACT.....................................................................................................ii
1INTRODUÇÃO.................................................................................................1
2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................3
2.1 Hiperprolificidade e suas implicações na suinocultura ..............................3
2.1.1 Implicações da hiperprolificidade na gestação suína.............................. 4
2.2 Eficiência placentária....................................................................................5
2.3 Lactação de fêmeas suínas hiperprolíferas..................................................7
2.4 Metabolismo e catabolismo da arginina ......................................................8
2.5 Arginina na reprodução de suínos............................................................. 16
2.6 Arginina no desenvolvimento e crescimento de leitões .......................... 18
3 MATERIAL E MÉTODOS......................................................................... .21
3.1 Local de realização do experimento ......................................................... 21
3.2 Animais e instalações................................................................................ .21
3.3 Delineamento experimental....................................................................... 22
3.4 Dietas experimentais..................................................................................23
3.5 Procedimento experimental....................................................................... 26
3.5.1 Período Gestacional................................................................................26
3.5.2 Período Lactacional ................................................................................27
3.6 Análises estatísticas ................................................................................... 28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................. 31
4.1 Período Gestacional ...................................................................................31
4.2 Período Lactacional.................................................................................... 35
5 CONCLUSÕES.............................................................................................44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................45
ANEXOS........................................................................................................53
i
RESUMO
LIMA, Daniele de. Dietas suplementadas com arginina para fêmeas suínas
hiperprolíferas no período final da gestação e na lactação. 2010. 61p.
Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias)-Universidade Federal de
Lavras, Lavras, MG.*
O experimento foi conduzido na granja da empresa de genética DanBred
(DB) localizada em Morada Nova de Minas MG, com o objetivo de avaliar
níveis de suplementação com arginina em dietas de fêmeas suínas
hiperprolíferas a partir de 90 dias de gestação e durante a lactação sobre os
parâmetros reprodutivos. Foram selecionadas 120 matrizes entre segunda e
sétima ordem de parição da genética DB, com número de nascidos nos partos
anteriores superior a 12 leitões. O experimento foi dividido em dois períodos,
sendo o primeiro iniciado aos 90 dias de gestação aa parição, e o segundo a
partir do parto ao desmame (22 dias). O delineamento foi em blocos
casualizados (ordem de parição), com quatro tratamentos (níveis de inclusão de
arginina - 0; 0,5; 1,0 e 1,5%) e três blocos com média de 40 fêmeas cada. O
mero total de leitões nascidos, leitões nascidos vivos, mumificados,
natimortos, peso total da leitegada, peso da leitegada nascida viva, peso médio
do leitão nascido e do leitão vivo, peso da placenta e eficiência placentária não
foram influenciados pelos níveis de arginina. Observou-se efeito quadrático
significativo do peso da leitegada e ganho de peso diário do leitão na primeira
semana de lactação, sendo que estes foram 11% superiores com a suplementação
de 1,0% de arginina em relação ao controle. Ao desmame, as matrizes que
receberam este nível de arginina desmamaram um leitão a mais. Houve efeito
quadrático dos níveis de arginina sobre o peso da leitegada aos 22 dias, sendo
12% maior também com a suplementação de 1%. Conclui-se que a
suplementação de dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com arginina é
importante para melhorar os índices reprodutivos do plantel. A adiçao de 1,0%
deste aminoácido em rações contendo milho, farelo de soja e farelo de trigo a
partir de 90 dias de gestação e durante a lactação aumenta o mero de leitões
desmamados/fêmea.
____________________
Comitê de Orientação: Prof. Luis David Solis Murgas UFLA (Orientador),
Prof. Vinícius de Souza Cantarelli UFLA, Glauber de Souza Machado
Integrall Consultoria.
ii
ABSTRACT
LIMA, Daniele de. Supplementation of hiper-prolific sows in late pregnancy
and during lactation with different levels of arginine. 2010. 61p. Dissertation
(Master of Veterinary Science)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.*
The experiment was conducted at the pig farm of DanBred (DB)
breeding company located in Morada Nova de Minas - MG, aiming to evaluate
levels of arginine supplementation in diets of hiper-prolific sows from 90 days
of gestation and during lactation on reproductive parameters. Were selected one
hundred and twenty sows between second and seventh parity order (genetic DB),
with number of born pigs in previous farrowing of more than 12 piglets. The
experiment was divided into two periods: the first begun at 90 days of gestation
to farrowing, and second from birth to weaning (22 days). The design was
randomized blocks (parity order) with four treatments (inclusion of levels of
arginina 0; 0,5; 1,0 and 1,5%) and three blocks with an average of 40 sows
each. The total number of piglets born, piglets born alive, mummified, stillborn,
litter weight born, litter weight born alive, piglet weight born and live, placental
weight and placental efficiency were not affected by different levels of arginine.
Significant quadratic effect of litter weight and daily weight gain piglet in the
first week of lactation were observed, 11% higher with supplementation of 1,0%
arginine as control diet. At weaning, the sows that received this level of arginine
presented one weaned piglet more. It was observed a quadratic effect of arginina
levels on litter weight at 22 days, being 12% higher also with supplementation of
1%. In conclusion, the supplementation of diets for hiper-prolific sows with
arginine is important for improving the reproductive efficiency of breeding. The
addition of 1.0% of this amino acid in diets containing corn, soybean meal and
wheat bran from 90 days of gestation and during lactation increases the number
of piglets weaned per sow.
_____________________
Guidance Committee: Prof. Luis David Solis Murgas - UFLA (Major Professor),
Prof. Vinícius de Souza Cantarelli UFLA and Glauber de Souza
Machado - Integrall Consultoria.
1
1 INTRODUÇÃO
A suinocultura é uma atividade caracterizada pelo dinamismo produtivo,
visto a utilizão de animais geneticamente melhorados para maior produção de
carne e principalmente a busca por linhagens de fêmeas hiperprolíferas,
possibilitando desmame de 30 a 32 leitões por fêmea/ano.
A maximização reprodutiva destas fêmeas tem gerado aspectos
negativos como a redução no peso dos leitões nascidos, o aumento de leitões
com baixa viabilidade (peso < 1,0 Kg), maior mortalidade na fase de
maternidade e menor peso dos desmamados.
A fêmea suína moderna, apesar de apresentar alto potencial reprodutivo,
não é selecionada e melhorada pelos geneticistas quanto aos aspectos
fisiológicos como maior capacidade uterina na mesma proporção que a
hiperprolificidade, sendo assim, a vantagem em se produzir leitegadas
numerosas está acompanhada de leitões com baixo peso ao nascer e também alta
variabilidade dentro das leitegadas.
Como em todo o sistema de produção animal, a eficiência reprodutiva é
uma importante meta econômica, sendo assim, pesquisas têm sido feitas para se
entender as interações entre nutrição e reprodução e, que consequentemente,
melhorem a fertilidade e o desempenho dos leitões.
Muitas pesquisas envolvendo a nutrição desses animais m sendo
feitas, na tentativa de buscar alternativas viáveis na solução dos problemas
relacionados à hiperprolificidade, sendo a utilização de aminoácidos como a
arginina durante a gestação e a lactação de fêmeas hiperprolíferas de diferentes
ordens de parto, ainda pouco estudada.
2
Dessa forma, a suplementação com o aminoácido arginina,
principalmente na fase final de gestação de fêmeas suínas hiperprolíferas, parece
ser uma alternativa na redução da variabilidade das leitegadas ao nascimento,
minimizando os custos com o manejo diferenciado necessário aos denominados
leitões de baixa viabilidade e também diminuindo os índices de mortalidade na
fase de lactação. O benefício da utilização da arginina em dieta para fêmeas
gestantes pode ser importante no período lactacional, visto que o óxido nítrico
atua na angiogênese, possibilitando melhor desenvolvimento da glândula
mamária e, consequentemente, maior produção de leite durante a lactação.
Assim, a suplementação nutricional dessas fêmeas com arginina durante
o período de lactação ou imediatamente antes pode aumentar o fluxo
sanguíneo no tecido mamário, principalmente na primeira semana de vida dos
leitões, período considerado crítico para o desenvolvimento desses,
desencadeando leitegadas mais uniformes ao desmame e melhorando o
desempenho desses animais nas fases de recria e terminação.
Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar diferentes níveis de
suplementação com arginina em dietas de fêmeas suínas hiperprolíferas na fase
final de gestação (a partir de 90 dias) e durante lactação sobre parâmetros
reprodutivos.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Conceito de hiperprolificidade e suas implicações na suinocultura
Os programas de seleção genética utilizados na suinocultura tecnificada
buscam fêmeas de alta prolificidade. A hiperprolificidade caracteriza-se pela
produção de leitegadas numerosas, as quais estão associadas às mudanças no
manejo que possibilitaram o aumento do índice leitões desmamados/fêmea/ano,
passando de uma média de 21 a 23 leitões até índices próximos de 30 leitões
(Antunes, 2007).
Essas mudanças crescentes na suinocultura moderna vêm
proporcionando melhor produtividade e maiores ganhos econômicos na
atividade, principalmente pelo maior número de suínos destinados ao abate.
Este cenário é bem evidente, sendo observado quase uma década,
quando o número de leitões nascidos vivos ao parto no período de 1992 a 2001,
aumentou de 10,9 para 12,2, ou seja, aproximadamente 12% (Gondret et al.,
2006), enquanto que Smits et al. (2006) relataram que o aumento do tamanho
médio da leitegada nascida atingiu o índice de 13,7 leitões.
Em relação aos leitões leves, houve redução do peso médio ao
nascimento de 1,590Kg para 1,260 Kg com o aumento da leitegada de 11 para
16 leitões, ou seja, o acréscimo de um leitão ao nascimento representou redução
de 35 gramas no peso de cada leitão (Quiniou et al., 2002), justificando assim o
baixo peso dos leitões descendentes de fêmeas hiperprolíficas.
Já alta variabilidade representada pelo coeficiente de variação do peso ao
nascer dentro da leitegada oscilou de 18 a 25% (Leenhouwers et al., 1999), e
leitegadas tiveram até 20% de leitões com peso inferior a 1,2Kg (Pinheiro &
Machado, 2007).
Essa alta variabilidade dentro das leitegadas e elevadas percentagens de
leitões leves podem ser decorrentes do posicionamento do concepto no útero ou
4
até mesmo por deficiências nutricionais durante a gestação. O desempenho de
leitões leves ao nascimento pode ser agravado ainda, pela baixa ingestão de leite
e colostro, visto que esses disputam a mamada menos efetivamente ao
competirem com leitões maiores pelos melhores tetos (Gondret et al., 2006).
Outro aspecto a ser considerado é a produção insuficiente de leite,
devido à nutrição inadequada da fêmea suína durante o período lactacional,
principalmente em casos de leitegadas numerosas, exigindo assim maior atenção
na formulação das dietas para atender as exigências dos animais.
Conforme Quiniou et al. (2002), estudos anteriores revelaram maiores
índices de mortalidade peri e s-natal, principalmente de leitões pequenos
devido a baixa reserva energética, maior susceptibilidade ao frio, menor
habilidade para conseguir os melhores tetos e efetivar a primeira mamada e, por
conseguinte, baixa ingestão de colostro e menor imunidade passiva adquirida.
Outro ponto citado na literatura mostra que leitões leves apresentam
reduzida formação e desenvolvimento de fibras musculares durante a vida
uterina, resultando num reduzido ganho de peso após o nascimento. Leitões
leves apresentam pior desempenho no período lactacional e pós-desmame, com
redução de 8% no ganho de peso diário, menores pesos ao desmame e na saída
de creche (67 dias de idade), além da idade ao abate superior a 12 dias para
atingirem o peso adequado exigido pelos frigoríficos e mercado consumidor. Há
também maior deposição de gordura na carcaça e pior qualidade de carne
(Gondret et al., 2006).
2.1.1 Implicações da hiperprolificidade na gestação suína
A gestação é uma das fases de maior importância para a melhoria da
eficiência reprodutiva. A partir do desempenho da gestação pode-se prever o
potencial econômico e/ou produtivo de uma granja, pois a fêmea suína
reprodutora passa dois terços da vida útil em fase de gestação, demonstrando,
5
assim, a importância do manejo nesta fase quando se visa aumentar a
produtividade (Hashimoto et al., 2004).
Alguns pesquisadores concluíram que o crescimento pré-natal de
mamíferos placentários é afetado direta e indiretamente pela nutrição materna
durante toda a gestação (Rehfeldt et al., 2004). Por isso, atenção especial deve
ocorrer principalmente no terço final da gestação, período em que pode haver
grandes variações de peso entre os leitões pela fase de rápido crescimento, já que
existem diferenças no posicionamento dos fetos no útero, favorecendo alguns
em detrimento de outros.
Outro fato a ser considerado é que, ao final da gestação, após 90-95 dias,
a continuidade do processo de hipertrofia e maturação musculares dos fetos;
logo, a nutrição materna, e o fluxo de nutrientes e oxigênio pela placenta o
importantes e afetam o peso ao nascimento dos leitões (Almeida, 2009).
Segundo Varley (1995), o terço final da gestação é a fase em que ocorre
o maior desenvolvimento da glândula mamária, sendo crítico para os tecidos
secretores de leite e também para o rápido crescimento dos leitões, sendo
importante então o fornecimento de dietas com maiores níveis proteicos, além de
suprimento adequado de aminoácidos.
Kim et al. (2005) afirmaram que, a partir de 70 dias de gestação,
grande deposição protéica no organismo dos leitões, como no caso da lisina em
que agrega-se 5,56g/dia, ao contrário da fase inicial em que a deposição é de
apenas 0,17g/dia. Diante disso, pode-se inferir que a fase final é caracterizada
por intenso desenvolvimento e elevadas demandas de nutrientes. O mesmo
ocorre com a glândula mamária, em que a deposição de lisina de 0,14g/dia é
elevada a 3,41g/dia a partir de 80 dias de gestação.
2.2 Eficiência placentária
6
A nutrição dos fetos é determinada pela quantidade de nutrientes
transferida pela mãe, a qual depende tanto do tamanho da placenta como do
fluxo sanguíneo, sendo esta última dependente do número de fetos. uma alta
correlação entre tamanho da placenta (r=0,73) e o fluxo sanguíneo na placenta
(r=0,83) com o peso dos fetos (Roth & Bisaillon, 1980). Segundo Pere et al.
(1996), leitões de leitegadas numerosas são leves porque o fluxo sanguíneo
uterino por feto decresce com o número de fetos.
Knol et al. (2002) afirmaram que o peso ao nascer é altamente
dependente da quantidade de nutrientes fornecidos através da placenta, e
também pelo tamanho (massa e superfície) e fluxo sanguíneo da mesma,
características relacionadas à eficiência placentária (EP).
A eficiência placentária é um índice obtido a partir da divisão do peso ao
nascimento pelo peso de sua placenta. Quando a EP é elevada, as placentas
menores seriam capazes de manter o desenvolvimento e a viabilidade fetal. A
baixa eficiência da placenta é a principal responsável por grandes taxas de
mortalidade pré-natal, ocasionando maior número de natimortos e mumificados
ao parto (Wilson et al., 1998).
As placentas mais eficientes na disponibilizão de nutrientes para o feto
são decorrentes de maior fluxo sanguíneo, como observado nas fêmeas da raça
chinesa Meishan, as quais desenvolvem placentas menores ocupando reduzido
espaço uterino, porém há intensa proliferação de vasos sanguíneos na membrana
cório-alantoide, possibilitando maior sobrevivência embrionária, leitegadas
numerosas e mais homogêneas (Wilson et al., 1998), além de baixo percentual
de natimortos e alta taxa de sobrevivência do nascimento ao desmame (Haley et
al. 1995).
A adequada angiogênese da placenta é crítica para o estabelecimento da
circulação placentária e manutenção de fluxo sanguíneo uterino e umbilical
adequados para o crescimento normal dos fetos. Fatores que influenciam os
7
aspectos de desenvolvimento e função da vascularização da placenta podem ter
efeito marcante no crescimento fetal e, portanto, com consequências na
sobrevivência e crescimento neonatal.
Uma boa vascularização é imprescindível para a suplementação
adequada de aminoácidos aos fetos, que é favorecida pela vasodilatação de veias
placentárias e pela angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos a partir de
vasos pré-existentes) na parede endometrial a partir do aumento da demanda de
substratos para os tecidos.
Segundo Gagnon (2003), a vascularização insuficiente na placenta e o
menor fluxo sanguíneo ocasionam em diminuição da transferência
transplacentária de oxigênio e nutrientes aos fetos, resultando no crescimento
intra-uterino retardado (CIUR), que compromete o desenvolvimento e
crescimento de embriões/fetos ou de seus órgãos, sendo comum em fêmeas
hiperprolíficas, pela intensa disputa uterina entre os fetos.
Os leitões acometidos pelo CIUR possuem órgãos menores
principalmente fígado, coração e bo, com exceção do cérebro, que por ser um
órgão vital não tem seu desenvolvimento afetado, devido ao brain sparing effect,
e com isso esses animais apresentam menor sobrevida, além de haver seqüelas
permanentes que poderão comprometer parâmetros zoocnicos como conversão
alimentar, composição corporal, qualidade da carne e desempenho reprodutivo
(Almeida, 2009).
Sendo assim, a maior vascularização da placenta possibilitaria aumento
na sua eficiência, importante na proteção e desenvolvimento do feto diante do
limitado tamanho placentário em fêmeas de alta prolificidade.
2.3 Lactação de fêmeas suínas hiperprolíferas
A fêmea suína possui uma alta demanda de nutrientes durante o período
de lactação, portanto, a necessidade de uma dieta convenientemente
8
balanceada para este estágio de produção. A quantidade de nutrientes ingerida
durante o período de lactação da matriz, afeta a produtividade total do rebanho
pela influência na produção de leite, assim como no peso do leitão ao desmame,
no desempenho de crescimento até o abate, e ainda o desempenho reprodutivo
subsequente da fêmea (Tokach et al., 1992).
Este fato é muito importante com o advento de leitegadas numerosas, no
qual fêmeas suínas modernas devem apresentar grande capacidade de produzir
leite, visto que é a principal fonte de nutrientes aos leitões. Entretanto, as fêmeas
selecionadas quanto à hiperprolificidade possuem baixa capacidade de ingestão
de alimento durante a lactação (Kim et al., 2005), resultando em produção de
leite insuficiente, reduzido desempenho reprodutivo subsequente e, ainda,
refugagem precoce de leitões.
Outro ponto a ser ressaltado, refere-se ao leite da fêmea suína que
poderia ser considerado como ideal no fornecimento de quantidades necessárias
de nutrientes, atendendo a demanda para o crescimento do leitão neonatal.
Porém, estudos recentes demonstraram que o leite é deficiente em alguns
aminoácidos como a arginina, podendo comprometer o desenvolvimento dos
leitões (Wu & Knabe, 1994; Wu et al., 2004a).
Como alternativa ao baixo consumo de ração durante a lactação e
deficiências na composição láctea, tem-se sugerido a manipulação da dieta
materna, com a suplementação de aminoácidos, como a arginina, que pode
alterar o perfil de rios componentes nutritivos do leite e proporcionar eficiente
crescimento potencial dos leitões.
2.4 Metabolismo e catabolismo da arginina
A arginina, denominada quimicamente como ácido 2-amino-5-
guanidinovalérico, foi isolada pela primeira vez em 1886 a partir da planta
tremoço. Posteriormente, em 1895, a arginina foi identificada como constituinte
9
em proteínas de origem animal, sendo encontrado, em 1924, como o principal
aminoácido em proteínas básicas do men de peixes. Muitos estudos foram
realizados entre os anos de 1950 e 1970, resultando na primeira classificação da
arginina como amincido o-essencial para humanos adultos saudáveis, mas
essencial para mamíferos jovens e em crescimento (Wu & Morris, 1998).
Em 1981 foi observado que no intestino de ratos adultos era produzida a
citrulina, a qual seria substrato para a síntese endógena de arginina. No ano de
1983, conheceu-se a rota metabólica para a síntese intestinal de citrulina a partir
da glutamina/glutamato via pirrolina-5-carboxilato sintetase. Em 1987, alguns
relatos foram encontrados, afirmando que a arginina seria o precursor para a
síntese de nitrito/nitrato em mamíferos e que, o óxido nítrico seria um fator
relaxante derivado do endotélio. Um ano depois, o óxido nítrico foi identificado
como intermediário biologicamente ativo da via arginina nitrato e nitrito em
macrófagos e células endoteliais (Wu & Morris, 1998).
Deste modo, sugere-se que muitos tipos celulares utilizam a arginina
como precursor de óxido nítrico, sendo este metabólito importante em vários
processos, incluindo a vasodilatação, resposta imune, neurotransmissão e adesão
de plaquetas e leucócitos, sendo, por isso, frequente em várias áreas de pesquisa,
inclusive na suinocultura (Mateo et al., 2007, 2008).
A arginina é sintetizada principalmente pela via intestino-renal a partir
da glutamina/glutamato e prolina; os quais são convertidos em um intermedrio
comum, a pirrolina-5-carboxilato que dará origem à citrulina, que, após liberada
pelos enterócitos, será absorvida por células extra-hepáticas (principalmente nos
rins) para conversão em arginina (Wu, 1998).
Os principais precursores para síntese intestinal de arginina e
principalmente, citrulina, são glutamina, glutamato e prolina, sendo
intensivamente catabolizados pelo intestino delgado (Wu, 1998). Desta forma,
atividades relativamente altas da prolina oxidase (enzima responsável pela
10
conversão de prolina a pirrolina-5-carboxilato), foram observadas em enterócitos
suínos, e o contrário em órgãos como o gado e rins (Wu et al., 1997).
Em suínos jovens, a maior parte da citrulina é convertida em arginina
nos enterócitos, fazendo do intestino delgado o principal local de síntese de
arginina, e também de citrulina, visto que aumento gradual na expressão da
arginase. Em suíno neonatal, a citrulina derivada da glutamina possui um
importante papel na síntese de arginina (Wu, 1997).
A ntese endógena de arginina atende cerca de 50% das necessidades
diárias deste aminoácido em suínos jovens, sendo a produção pelo organismo
importante na regulação da homeostasia desse aminoácido em neonatos e suínos
em crescimento (Flynn & Wu, 1996).
A prodão intestinal e a disponibilidade da citrulina são limitantes para
a síntese de arginina em leitões neonatos (Wu & Knabe, 1995), de modo que a
produção endógena representa a maior proporção do fluxo deste aminoácido no
organismo comparado a adultos (Wu & Morris, 1998), o que é explicado por
grandes quantidades de arginina presentes na proteína corporal em comparação à
proteína do leite.
Em adultos, a síntese endógena de arginina ocorre no intestino delgado e
rins (Reyes et al., 1994; Wu & Morris, 1998) através do eixo intestino-renal
(Morris Junior, 2002). Assim, a citrulina é absorvida pelo intestino delgado e
transportada através da circulação até os rins, onde será captada e utilizada para
a produção de arginina (Dhanakoti et al., 1990). É importante que estes
substratos sejam fornecidos pela dieta, pois a captação de glutamato ou prolina
da circulação arterial pelo intestino delgado não é significativa (Wu et al., 1994).
Não produção excedente de arginina no fígado, pois neste há
concentrações elevadas de arginase que atua degradando o aminoácido
produzido no ciclo da ureia hetica (Wu & Morris, 1998).
11
Aproximadamente 60% da síntese de arginina ocorrem via reação
metabólica, de modo que o turnover da proteína corporal contribui em sua
maioria para o processo, correspondendo de 5 a 15% do fluxo de arginina
endógena (Wu & Morris, 1998). Todas as vias de síntese de arginina estão
representadas na Figura 1.
12
L-Glutamina
L-Glutamil-γ-fosfato
L-Glutamato
L-
1
-Pirrolina-5-carboxilato
L-Glutamil-γ- semialdeído
L-Prolina
2-Oxiglutarato
H
2
O
H
2
O
H
2
O
NH
4
+
ATP
ADP
NADPH + H
+
NAD
+
+ 2H
+
1/2O
2
Oxaloacetato
Asp
Glu
2-Oxiglutarato
L-ornitina
1
2
3
4
5
11
12
L-Argininosuccinato
L-Citrulina
L-Arginina
2 ADP + P
I
ATP +
AMP + PP
I
2 ATP
Fumarato
Asp
L
-
Glutamato
Acetil-CoA
CoA
N-acetilglutamato
Carbamoil
fosfato
6
7
8
9
10
Enzimas indicadas nas reações: 1. Glutaminase fosfato-dependente, 2 e 3. L-
1
-
Pirrolina-5-carboxilato sintetase, 4. Reação não-enzimática, 5. Ornitina
aminotransferase, 6. Ornitina carbamoiltransferase, 7. Argininosuccinato sintase, 8.
Argininosuccinato liase 9. N- acetilglutamato sintase, 10. Carbamoil-fosfato sintase, 11.
Prolina oxidase, 12. Aspartato aminotransferase
Vias de síntese da arginina
Adaptado de Wu & Morris, 1998
FIGURA 1 Vias metabólicas para a síntese de arginina
13
A arginina sintetizada é muito importante em vários processos
fisiológicos. Assim quando catabolizada origem a rios produtos com
funções essenciais para o funcionamento do organismo.
Além da ntese proteica, há múltiplas vias para utilização da arginina, a
qual é iniciada pela arginase, arginina:glicina amidinotransferase, óxido nítrico
sintetase, e arginina descarboxilase para produzir ornitina, guanidinoacetato,
óxido nítrico, e agmatina, respectivamente (Flyn et al., 2002).
duas rotas catabólicas da arginina, um delas desencadeada pela via
óxido nítrico sintase (o qual produz óxido nítrico e citrulina) e outra pela via da
arginase. Existem três isoformas de óxido nítrico sintase produzidas pelos
animais, sendo a forma neuronal e endotelial expressadas de modo constituitivo,
ou seja, existente em baixos níveis em vários tipos celulares, além da forma
induzível que não é expressa normalmente nas células, mas altamente induzida
por endotoxinas bacterianas e citocinas inflamatórias (Wu & Morris, 1998).
duas distintas isoenzimas arginase, codificadas por diferentes genes,
sendo a arginase tipo I, enzima citossólica expressada intensamente no tecido
hepático, e a tipo II mitocondrial (Wu & Morris, 1998). A arginase tipo II está
presente nos enterócitos e outras células mamíferas. Nos enterócitos suínos,
prolina, ornitina, citrulina e CO
2
fornecem 56, 37, 4, e 1% de carbonos da
arginina metabolizada, respectivamente.
O catabolismo da arginina em enterócitos suínos é limitada ao
nascimento e período de lactação devido a desprezível atividade da arginase
(Wu et al., 1996b), a qual ajuda na maximização da arginina produzida pelo
neonato. A degradação intestinal da arginina é bem maior ao desmame devido a
indução da arginase (Wu et al., 1996b), mediado pelo mecanismo dependente de
glicocorticóide (Flynn & Wu, 1996). Em leitões desmamados, a arginina
produzida nos enterócitos, quando catabolizada, dará origem à ureia, exceto em
células de leitões pré-desmamados (Wu, 1995).
14
A arginina pode ser conjugada com nitrogênio terminais de proteínas,
possibilitando a degradação dessas pela via proteolítica ubiquitina-dependente;
atua também como ativador alostérico da N-acetilglutamato sintase, a qual
sintetiza N-acetilglutamato a partir de glutamato e acetil-coA (Wu & Morris,
1998). O N-acetilglutamato é um cofator essencial para a carbamoil-fosfato
sintase, enzima chave na síntese de arginina e ureia, logo, a arginina é capaz de
atuar regulando seu próprio metabolismo.
Considerando o catabolismo da arginina, como produtos finais,
moléculas sinalizadoras, como o óxido nítrico, glutamato e agmatina, além de
poliaminas que atuam na regulação de processos celulares-chave. Poliaminas e
óxido nítrico são produtos quantitativamente menores do catabolismo de
arginina (Wu et al., 1996b; OQuinn et al., 2002) mas são muito importantes
para as funções celulares.
As poliaminas sintetizadas partir da ornitina são essenciais para a
proliferação e diferenciação de células e o reguladora-chave de embriogênese,
angiogênese, desenvolvimento placentário e embrionário de mamíferos (Wu et
al., 2004b), além de importantes na regulação da expressão gênica, transdução
de sinais, e síntese de DNA e proteínas (Igarashi & Kashiwagi, 2000). A ornitina
descarboxilase é a enzima reguladora-chave responsável pelo início da síntese de
poliaminas a partir do seu substrato, a ornitina catalisando a ntese de
putrescina, a qual pode ser convertida em espermidina e espermina (Wu et al.,
2005), e também importante na remodelação e maturação intestinal (Wu et al.,
2000).
Nas células mamíferas, prolina e arginina são substratos potenciais para
a síntese de ornitina (Wu & Morris, 1998). Porém em leitões lactentes, a
atividade intestinal da arginase é baixa (Wu et al., 1996b) e assim, a síntese de
ornitina é também reduzida, principalmente em enterócitos de neonatos (Wu &
Knabe, 1994). A pequena quantidade de ornitina no leite e a pouca absorção
15
intestinal da ornitina presente na circulação arterial contribuem para a menor
síntese de poliaminas em leitões lactantes (Wu et al., 1998). Todavia, devido à
elevação gradual da atividade da arginase e ornitina descarboxilase, a síntese de
poliaminas aumenta logo após o desmame. O intestino delgado de mamíferos
s-desmame expressam altos níveis de atividade da arginase e,
consequentemente, 40 % da arginina da dieta passam pelo catabolismo no
intestino de adultos (Wu & Morris, 1998).
Outro produto do catabolismo da arginina é a prolina, sintetizada a partir
de pirrolina-5-carboxilato (P5C), a qual é sintetizada por ação da ornitina
aminotransferase (OAT) sobre a ornitina. Esse aminoácido é o principal produto
catabólico da arginina nos enterócitos de leitões pós-desmame, sendo essencial
em neonatais (Wu et al., 1996b). Além disso, a prolina é a precursora para a
formação de hidroxiprolina, necessária para a formação de colágeno (Chyun &
Griminger, 1984).
A prolina, juntamente com a glutamina, é o principal substrato para a
síntese intestinal de ornitina em leitões lactentes (Wu et al., 1994; Wu, 1997) e a
sua síntese dependente da arginina é baixa durante o período neonatal,
aumentando à medida que as concentrações de arginase se elevam (Wu, 1995).
Em fêmeas suínas lactantes, a prolina, juntamente com ornitina e uréia são os
principais produtos catabólicos da arginina na glândula mamária (OQuinn et al.,
2002).
Similar à prolina, a síntese de glutamato também requer ornitina
aminotransferase (OAT) e pirrolina-5-carboxilato (P5C). O glutamato
desempenha muitas fuões no organismo atuando como fornecedor de carbono
para energia (Nurjhna et al., 1995), precursor para glutamina (Young & Ajami,
2000), carreador de nitrogênio, e como sinal e regulador de processos
metabólicos (Haussinger et al., 1994).
16
Outro importante produto catabólico da arginina é o óxido nítrico,
formado a partir da ação da enzima óxido nítrico sintetase em quase todas as
células mamíferas (Alderton et al., 2001). Apesar de produzido em pequenas
proporções, exerce papel crucial em quase todas as células e funções orgânicas
no organismo (Wu & Meininger, 2002). O óxido nítrico liberado ativa guanilil-
ciclase, aumentando o GMP cíclico, promovendo relaxamento da musculatura
lisa (Ignarro et al., 1999), e através disso é capaz de regular o fluxo sanguíneo.
A arginina é também uma precursora para a síntese de proteínas, uréia,
citrulina, creatina, e agmatina (Wu & Morris, 1998) como representado na
FIGURA 2.
L-Arginina
L-Citrulina
Síntese Protéica
Óxido nítrico
Agmatina
PutrescinaL-Ornitina
Uréia
L-GlutamatoL-
1
-Pirrolina-5-carboxilatoL-Prolina
Creatina
FIGURA 2 Produtos provenientes do catabolismo da arginina
2.5 Arginina na reprodução de suínos
Em estudos recentes, Wu & Morris (1998), mostraram que a dieta
suplementada com L-arginina (como na forma de cloridrato) é benéfica para
melhorar o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas, na qual normalmente
observa-se o crescimento intra-uterino retardado, através da maior deposição de
proteínas e da taxa de crescimento de leitões lactentes.
17
O óxido nítrico sintetizado a partir da arginina é um importante
regulador de vários processos reprodutivos de fêmeas, como a manutenção da
gestação e parto (Rosselli et al., 1998), crescimento e desenvolvimento
placentário (Kwon et al., 2004), mediando a produção basal de GnRH,
estimulando a secreção de LH, foliculogênese (Rosselli et al., 1998) e como
mediador do fluxo sanguíneo durante a gestação (Gardner et al.,2001).
Também atua como regulador de outros sistemas vasculares do feto
como adrenal (Riquelme et al., 2002) e gastrointestinal (Fan et al., 1998). É
capaz de regular as concentrações plasmáticas fetais de cortisol e catecolaminas
(Riquelme et al., 2002), e atuar na angiogênese possivelmente por suprimir a
produção de angiostatina - inibidor da angiogênese (Matsunaga et al., 2002).
O óxido nítrico é um potente vasodilatador capaz de regular o nus
vascular e a hemodinâmica, exercendo ainda importante papel na secreção do
fator de crescimento endotélio vascular VEGF (Zhan et al., 2008), sendo este
relacionada à vascularização placentária, ao fluxo sanguíneo materno-fetal e ao
transporte de oxigênio e nutrientes através da placenta.
Um aumento na síntese do óxido nítrico durante o terço final da gestação
pode contribuir para melhor transferência de substratos vitais do sangue materno
ao feto (Manser et al., 2004), especialmente porque o crescimento fetal em
suínos aumenta substancialmente durante a segunda metade da gestação,
iniciando aproximadamente aos 70 dias de gestação (Wu et al., 1999).
Além do que, a arginina é o carreador de nitrogênio mais abundante em
fetos suínos e um dos principais aminoácidos depositados em tecidos fetais (Wu
et al., 1999) e no fluido alantoideano (Wu et al., 1996a).
Em fêmeas gestantes (ovelhas e suínos), principalmente durante a fase
final da gestação, o rápido crescimento dos conceptos é o principal responsável
pela elevada degradação da arginina (Wu et al., 2005). A taxa de degradação foi
18% maior em ovelhas que em fêmeas suínas gestantes em idade gestacional
18
relativamente similar (aos 70 dias de gestação), o que pode ser explicado pela
alta atividade da arginase nos placentomas ovinos (Kwon et al., 2004) e pela
ausência desta enzima na placenta suína (Wu et al., 2005).
A pobre nutrição aminoacídica em fêmeas suínas gestantes resulta em
baixas concentrações de arginina na placenta e plasma fetal, bem como
diminuição da atividade do óxido nítrico sintase placentária e ornitina
descarboxilase (Wu et al., 1998).
2.6 Arginina no desenvolvimento e crescimento de leitões
A arginina é essencial para a maximização do crescimento de neonatos
(Flynn et al., 2002). Relatos citados por Boyd et al. (1995) mostraram que o
crescimento de leitões criados por fêmeas suínas é inferior aos criados de modo
artificial, possivelmente devido à ingeso de menores quantidades de nutrientes.
Também demonstraram que apesar do leite das fêmeas suínas ser
deficiente, os leitões neonatais são capazes de sintetizar quantidades
consideráveis de arginina para compensar tal deficiência (Wu & Knabe, 1994).
De acordo com estimativas de Wu et al. (2004c), o leite das fêmeas suínas
suprem menos que 40% do total de arginina requerida diariamente por leitões
aos sete dias de lactação.
Durante a fase inicial de vida do leitão (primeira semana
principalmente), uma grande exigência de arginina, visto que este é
responsável pela deposição protéica tecidual, sendo a quantidade deste
aminoácido secretado no leite é muito baixo, atendendo apenas 40% das
necessidades (Wu et al., 2004a). Frank et al. (2007) sugerem que a maneira mais
efetiva de melhorar o desempenho dos leitões na fase de lactação seria
aumentando a disponibilidade de arginina no leite das porcas.
Citrulina e arginina, provenientes de glutamato/glutamina e prolina, são
sintetizadas exclusivamente por enterócitos de suínos, entretanto, esse processo
19
bioquímico decresce consideravelmente no sétimo dia de vida dos leitões
comparados aos recém-nascidos. Além dessa redução, no caso da
glutamina/glutamato, os veis baixos de prolina em leitões de 14 a 21 dias de
idade amamentados pelas matrizes (Wu & Knabe, 1995; Wu et al., 1997) é
conseqüência da baixa atividade celular das enzimas P5C e NAG sintase (Wu et
al., 2004c). Altas taxas de degradação de arginina em neonatos são atribuídas
aos elevados níveis de ntese de protnas e deposição em tecidos,
particularmente músculo esquelético e intestino delgado (Davis et al., 1996).
Assim, enquanto as concentrações plasmáticas de arginina e seus
precursores (ornitina e citrulina) decrescem progressivamente, os níveis
plasmáticos de amônia, indicador altamente sensível da deficiência de arginina,
aumenta entre o 3
o
e 14
o
dia de vida do leitão. Ao contrário, o perfil da amônia
plasmática, as concentrações de nitrato e nitrito são reduzidas entre o 7
o
e 14
o
dia
de vida, respectivamente, comparado com os dias 1 e 3 (Flynn et al., 2002).
Diante disso, conclui-se que existe deficiência de arginina em leitões criados
pelas fêmeas, sendo essa afirmação alicerçada por outras pesquisas realizadas
anteriormente que mostraram melhora do crescimento em leitões desmamados
quando este aminoácido foi suplementado à dieta (Leibholz, 1982).
Kim et al. (2004), quando suplementaram artificialmente leitões
lactentes com arginina, as concentrações de arginina aumentaram e as de amônia
e uréia diminuíram de modo dose-dependente quando comparado ao animais do
grupo controle. A suplementação aumentou também os níveis plasmáticos de
insulina e hormônio do crescimento, e ainda melhorou desempenho de
crescimento, sugerindo-se assim, a necessidade de reduzir a deficiência deste
aminoácido em leitões lactantes criados por fêmeas suínas.
O efeito da suplementação de arginina sobre a retenção de nitrogênio e
possível estímulo ao crescimento, pode também ser mediada por alterações nos
perfis de secreção, estimulando hormônios como a insulina, hormônio do
20
crescimento, glucagon e prolactina (Reyes, et al., 1994). De acordo com Cui et
al. (1999), a suplementação de arginina na dieta pode influenciar o turnover
protéico com maior anabolismo e atenuado catabolismo de proteína.
Desta maneira, a regulação da homeostasia deste aminoácido é de
extrema importância nutricional e fisiologicamente, dependendo da ingestão de
arginina na dieta, do turnover protéico corporal e sua síntese e catabolismo (Wu
& Morris, 1998).
A arginina não é tóxica (Flynn et al., 2002) e seu uso como suplemento
em dietas (geralmente, até 2,5% de matéria seca) é usualmente segura para
animais (Edmonds et al., 1987). Entretanto, arginina, lisina, e histidina
(amincidos sicos) competem pelo mesmo sítio de absorção e transporte na
membrana plasmática (Closs et al., 2004), os quais afetam a absorção de
arginina nas células intestinais. Evidências disponíveis mostram que o excesso
de arginina (geralmente acima 2,5% da dieta baseada na matéria seca), resultou
em efeitos adversos severos, incluindo reduzida ingestão de alimento,
crescimento prejudicado, e até morte, devido ao imbalanço de aminoácidos
(Edmonds et al., 1987).
A arginina vem sendo uma ferramenta interessante na tentativa de
solucionar falhas inerentes à alguns avanços na suinocultura, como a
desuniformidade de leitões nascidos e desmamados em decorrência da
hiperprolificidade, a qual faz parte de granjas tecnificadas que buscam melhores
índices reprodutivos e econômicos.
21
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local de realização do experimento
O experimento foi realizado na granja multiplicadora da empresa
genética de suínos DanBred, no município de Morada Nova de Minas, região
central do Estado de Minas Gerais, latitude -18° 36 14 (S), longitude
45° 21 25 (O) e 586 metros de altitude. A granja possuía o plantel reprodutivo
formado por 1300 matrizes e o experimento foi realizado durante o período de
fevereiro a maio de 2009.
3.2 Animais e instalações
Foram selecionadas 120 matrizes suínas de linhagem hiperprolífera
(DanBred), nas ordens de parição de 2 a 7, com número médio de nascidos nos
partos anteriores superior a 12 leitões. No processo de seleção foram
consideradas apenas fêmeas saudáveis, com bom estado corporal e sanitário.
As fêmeas gestantes se encontravam alojadas em gaiolas individuais
no galpão de gestação, desde a inseminação artificial, sendo transferidas apenas
nas proximidades do parto (cerca de 110 dias) para baias individualizadas com
gaiolas nas salas de maternidade.
As gaiolas de gestação possuíam comedouros e bebedouros do tipo
calha, sistema de arraçoamento automatizado e ainda ventiladores, a fim de
possibilitar melhor conforto térmico aos animais.
O galpão de maternidade consistia de salas com 20 baias e em cada sala
havia ventilador e cortinas que eram manejados de acordo com a temperatura
das salas. Cada baia possuía gaiola individual para alojamento da matriz,
escamoteador com lâmpada para abrigo e aquecimento dos leies, comedouro e
bebedouro de concreto para meas e um bebedouro do tipo chupeta para os
leitões.
22
3.3 Delineamento experimental
O experimento foi dividido em dois períodos, sendo o primeiro com
início aos 90 dias de gestação estendendo-se até a data de parição, e o segundo
considerado a partir do parto até o desmame (22 dias).
O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (DBC),
considerando as ordens de partos dois e três como bloco inicial, quatro e cinco
como bloco intermediário e seis e sete como um bloco final, totalizando três
blocos. Os tratamentos foram compostos de dietas com a suplementação de
diferentes níveis de arginina sendo T1= 0% (controle), T2= 0,5%; T3= 1,0% e
T4= 1,5%, todos com 30 repetições, sendo a unidade experimental representada
por uma mea com sua respectiva leitegada.
Os tratamentos utilizados no período gestacional foram os mesmos do
período lactacional, alterando-se apenas a formulação das rações nos dois
períodos, visando atender as exigências nutricionais da fêmea nos diferentes
estados fisiológicos (gestação e lactação).
Foram selecionadas 120 fêmeas suínas em bom estado corporal e
sanitário de diferentes ordens de parição (OP), para distribuição uniforme de
matrizes nos diferentes níveis de aminoácidos (Tabela 1).
TABELA 1 Número de fêmeas suínas selecionadas em cada ordem de
parição e distribuição nos tratamentos.
Blocos
Ordem de
parição
N
o
fêmeas
selecionadas
N
o
meas/tratamento
2
O
24 6
Inicial
3
O
20 5
4
O
24 6
Intermediário
5
O
16 4
6
O
20 5
Final
7
O
16 4
Total
120 30
23
Os grupos de cada tratamento foram obtidos a partir de distribuição
aleatória de fêmeas em cada ordem de parto (OP), considerando-se o mero de
leitões nascidos nos partos anteriores em cada um dos grupos com desvio-padrão
baixos e semelhantes. Cada grupo era formado de 30 fêmeas com igual mero
de animais de cada respectiva ordem de parto.
A Tabela 2 apresenta o número médio de nascidos nos partos anteriores
utilizado para a amostragem e distribuição ao acaso das fêmeas entre os
tratamentos testados no experimento.
TABELA 2 Número médio de leitões nascidos nos partos anteriores após a
distribuição de fêmeas suínas nos quatro grupos experimentais
para a suplementação de dietas com diferentes níveis de arginina
no final da gestação.
Dietas experimentais (Níveis de Arginina %)
Blocos OP
*
0
0,5 1,0 1,5
2 15,0 15 14,8 14,8
Inicial
3 15,4 15,3 15,4 15,2
4 15,4 15,4 15,4 15,4
Intermediário
5 15,2 15,3 15,2 15,3
6 15,7 15,7 15,6 15,7
Final
7 14,8 14,8 14,9 14,8
Média Geral 15,25 15,25 15,22 15,20
*
OP: Ordem de parição
3.4 Dietas experimentais
As dietas foram formuladas à base de milho e farelo de soja,
suplementadas com vitaminas, minerais e aminoácidos estabelecidos pela GPD
Consultoria em Nutrição Animal, baseadas nas Tabelas Brasileiras para aves e
suínos (Rostagno et al., 2005). A composição centesimal da ração utilizada ao
24
final da gestação e lactação e as respectivas composições químicas calculadas
estão descritas nas Tabelas 3 e 4, respectivamente.
TABELA 3 Composição centesimal da ração basal suplementada com
diferentes níveis de arginina fornecida às fêmeas suínas a partir
de 90 dias de gestação e durante a lactação.
Dietas experimentais
Ingredientes (%)
Fase gestacional Fase lactacional
Milho moído
52,355 50,726
Farelo de soja
13,250 28,800
Farelo de trigo
30,000 6,000
Óleo de soja degomado
- 4,000
Açúcar
- 5,000
Fosfato bicálcico
1,750 2,200
Calcário
1,200 0,980
Levedura de cana
0,500 0,500
Sal iodado
0,400 0,500
Adsorvente
1
0,150 -
L-Lisina 78%
- 0,300
Bicarbonato de sódio
- 0,200
L-Treonina 99%
- 0,120
Caulim
0,100 0,100
Cloreto de colina
0,100 0,100
Premix mineral
0,100 0,100
Ácido propiônico
2
- 0,050
Probiótico
3
- 0,040
Premix vitamínico
0,040 0,040
DL-Metionina 98%
- 0,028
Sulfato de cobre
0,020 0,020
Biotina
0,020 0,020
Palatabilizante
4
- 0,200
Antioxidante
5
0,015 0,016
1
Micofix®;
2
Calprona Lc 70®;
3
Biosaf & Procreati;
4
Power Sweet®,
5
Oxynil®
25
TABELA 4 Composições químicas calculadas das rações basais utilizadas na
gestação e lactação de meas suínas durante o experimento.
Composição Química Dieta Gestação Dieta Lactação
Proteína Bruta (%)
14,649 18,728
EM (Kcal/Kg)
2.878 3.411
Lisina total (%)
0,679 1,222
Lisina digestível (%)
0,563 1,089
Arginina (%)
0,975 1,229
Arginina digestível (%)
0,903 1,165
Metionina+cistina total (%)
0,514 0,613
Metionina+cistina digestível (%)
0,445 0,549
Treonina total (%)
0,548 0,835
Treonina digestível (%)
0,438 0,713
Metionina total (%)
0,244 0,320
Triptofano total (%)
0,193 0,244
Triptofano digestível (%)
0,149 0,204
Fósforo total (%)
0,827 0,765
Valina Total (%)
0,697
0,874
Fósforo disponível (%)
0,499 0,544
Cálcio (%)
0,950 1,001
Sódio (%)
0,181 0,274
Cloro (%)
0,292
0,342
Composição vitamínica: Vitamina A, 12 UI/g; vitamina D3, 1,6 UI/g; vitamina E, 80 UI/Kg;
vitamina K3, 2,680 ppm; vitamina B1, 2,400 ppm; Riboflavina (B2), 5,000 ppm; Piridoxina (B6),
4,000 ppm; vitamina B12, 32 ppb; Niacina, 26,800 ppm; Ácido Pantotênico, 12 ppm; Ácido
Fólico, 2 ppm; Biotina, 0,64 mg/Kg; Colina, 700,955 ppm (gestação) e 701, 027 ppm (lactação).
Composição mineral: Selênio, 0,340 ppm; Ferro, 117,572 ppm (gestação) e 126,940 ppm
(lactação); Cobre, 65,204 ppm (gestação) e 65,264 ppm (lactação); Manganês, 48,434 ppm
(gestação) e 49, 344 ppm (lactação); Zinco, 141,870 ppm (gestação) e 142, 420 (lactação); Iodo,
1,360 ppm (gestação) e 1,400 ppm (lactação); Flúor, 31,45 ppm (gestação) e 40,7 ppm (lactação);
Cobalto, 0,300 ppm.
No período gestacional, os diferentes níveis de arginina foram
diariamente pesados em balança de precisão e armazenados em potes plásticos.
O fornecimento da arginina foi on top, que consistia da adição do aminoácido
diretamente nos recipientes de ração do sistema automatizado -drops quando
estes estavam abastecidos, deste modo o manejo de arraçoamento da granja
foi mantido.
26
O galpão de gestação da granja possuía apenas uma linha automática de
arraçoamento, além de apenas um silo para armazenamento da ração para toda a
fase gestacional, o que inviabilizava o fornecimento de uma ração pré-lactação e
suplementada com os diferentes níveis de arginina às fêmeas ao final da
gestação, logo, justifica-se a aplicação do sistema on top, sendo um método
prático e viável no manejo de rotina.
No período de lactação, as quantidades de arginina foram pesadas em
balança eletrônica, considerando a percentagem em 500 quilos de ração, e
adicionadas na pré-mistura de micronutrientes, sendo posteriormente misturadas
em betoneira durante dois minutos.
Esta pré-mistura foi então, adicionada aos outros componentes da ração
em misturador horizontal durante cinco minutos na fábrica de ração da granja.
Cada batida consistia de 500 quilos de ração lactação, que foram armazenadas
em sacarias, previamente identificadas com os devidos tratamentos.
3.5 Procedimento experimental
3.5.1 Período Gestacional
Após a realização das pesagens do aminoácido em estudo, diariamente
ao final da tarde, os diferentes níveis de arginina foram adicionados aos
recipientes de armazenamento de ração drops abastecidos com a dieta para
gestantes para o fornecimento no dia seguinte.
Após o arraçoamento, os comedouros foram lavados e a seguir,
abastecidos com água, sendo mantidos assim, até que houvesse a próxima troca
realizada por volta de 13h. Ao final do expediente, realizava-se mais uma troca
de água visando disponibilizar água limpa e fresca, favorecendo a
27
movimentação das fêmeas e o estímulo da micção, para evitar problemas
urinários ou até mesmo perdas fetais.
Este manejo diário foi realizado enquanto as fêmeas estavam alojadas
nas gaiolas de gestação, ou seja, a o 110
o
dia de gestação, pois após essa data
ocorreu a transferência para as baias de maternidade.
No dia seguinte à transferência, as fêmeas recebiam 3,0 Kg de ração
lactação incluídos os mesmos níveis de arginina (0, 0,5%, 1,0% e 1,5%)
conforme designados os tratamentos no início do estudo. Esta quantidade de
ração foi fornecida até que surgissem os sinais característicos do parto, como a
ejeção de leite, a partir da qual se mantinha a fêmea em jejum até que esta
tivesse a parição finalizada. A ração foi fornecida de forma seca, sendo
umedecida quando necessária para estímulo do consumo total.
Os partos foram assistidos por funcionários da granja, e assim que
finalizados, todos os leitões foram quantificados e classificados como vivos,
natimortos e mumificados. Os leitões vivos e natimortos foram pesados
individualmente, além de todas as placentas referentes a cada leitegada.
Nas primeiras 24 horas após o parto, foi realizada a equalização das
leitegadas considerando o número de tetos viáveis, de modo que cada fêmea foi
mantida com 13 leitões para a continuidade do experimento durante a fase de
lactação.
As variáveis analisadas no período gestacional foram: peso total da
leitegada, peso total dos leitões nascidos vivos, peso médio da leitegada, peso
médio dos leitões vivos, peso total da placenta, eficiência placentária média
(quociente entre o peso total dos leitões nascidos e o peso total da placenta).
3.5.2 Período Lactacional
O arraçoamento à vontade foi realizado durante todo o período
lactacional (22 dias) diariamente até o desmame.
28
O arraçoamento foi feito às 7h30min da manhã, em que era abastecido o
comedouro com ração seca ad libitum, sendo depois molhada; e quando se
observava que as fêmeas se mantinham levantadas, as mesmas recebiam mais
ração.
A seguir, os comedouros foram lavados e limpos, para evitar acúmulo de
restos de ração e ingestão posterior de ração fermentada pela fêmea suína ou até
mesmo pelos leitões.
O segundo arraçoamento foi feito às 10 h, sendo fornecida ração seca,
que era deixada até seu consumo total. O último trato, às 19 horas, consistia de
ração molhada.
Na primeira semana de vida, os leitões recebiam anticoccidiano e ferro
injetável, foram submetidos à caudectomia e ao desgaste dentário. Os machos
foram submetidos à castração aos cinco dias de idade e as fêmeas, tatuadas, visto
que estas seriam mais tarde selecionadas como futuras reprodutoras.
No sétimo e no 22
o
dia de vida, todos os leitões foram pesados para
avaliação de desempenho durante a lactação.
As variáveis analisadas no período lactacional foram: peso médio dos
leitões e da leitegada na primeira semana e ao desmame (22 dias), ganho de peso
médio e ganho de peso diário do leitão na primeira semana e ao desmame e o
mero de leitões desmamados por fêmea suína.
3.6 Análises estatísticas
Todos os resíduos provenientes de cada variável foram testados quanto
às suposições da análise de variância, sendo o teste de Kolmogorov (com a
correção de lillefors) para normalidade e o teste de levene para
homocedasticidade. Quando os mesmos o atenderam tal suposição, foi
adotada a transformação adequada para o caso. Para as variáveis mumificados e
29
natimortos foi utilizado o teste não-paramétrico de Kruskall-Walis, pois não foi
possível atingir a normalidade após a transformação dos dados.
O número de nascidos foi utilizado como covariável na análise de peso
dos nascidos totais e peso médio dos nascidos; enquanto que o número de
nascidos vivos foi também considerado como covariável para peso total de
nascidos vivos e peso médio de nascidos vivos.
O número de leitões aos sete dias também foi considerado como
covariável para análises do peso total da leitegada aos sete e 22 dias, peso médio
do leitão na primeira semana de lactação e número de leitões desmamados. Para
o ganho de peso diário durante a primeira semana de lactação a covariável
utilizada foi o peso médio do leitão aos sete dias.
O peso médio dos leitões nascidos vivos foi a covariável para as análises
de ganho de peso do leitão aos sete e 22 dias, ganho de peso diário e peso médio
aos 22 dias.
Foram utilizados dois modelos estatísticos de acordo com a presença ou
não de covariável.
O modelo estatístico usado para análise dos dados sem covariável foi o
seguinte:
Y
ij
= μ + N
i
+ B
j
+ e
ij
No qual:
Y
ij
: Efeito do tratamento i no bloco j;
μ: Média geral;
N
i
: Efeito do nível do aminoácido arginina i, com i = 0; 0,5; 1,0 e 1,5%;
B
j
: Efeito do bloco j, com j = 1; 2; 3 ou inicial, intermediário, final;
e
ij
: o erro experimental referente ao nível i do aminoácido no bloco j
30
O modelo estatístico usado para análise dos dados com covariável foi o
seguinte:
_
Y
ij
= μ + N
i
+ B
j
+ β (χ
ij
+ X..)
ij
+ e
ij
No qual:
Y
ij
: Efeito do tratamento i no bloco j;
μ: Média geral;
N
i
: Efeito do nível do aminoácido arginina i, com i = 0; 0,5; 1,0 e 1,5%;
B
j
: Efeito do bloco j, com j = 1; 2; 3 ou inicial, intermediário, final;
β: Coeficiente de regressão linear entre a variável resposta e a covariável, em
que χ
ij
é o valor da covariável no nível i de aminoácido do bloco j associado ao
indivíduo Y
ij
e X.. é a média geral da covariável no experimento;
e
ij
: o erro experimental referente ao nível i do aminoácido no bloco j
Para os níveis de aminoácidos ajustou-se uma regressão, e quando estas
apresentaram um baixo ajuste, optou-se por um teste de comparação de médias.
O teste de médias utilizado foi o de Tukey a 5% de probabilidade.
O software estatístico utilizados nas análises foi o R for linux versão 2.10.
Os pacotes utilizados nas análises foram os seguintes: agricolae, car, MASS,
nortest, SuppDists, laercio e epicalc.
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Período Gestacional
Os resultados referentes aos parâmetros reprodutivos após o parto estão
apresentados na Tabela 5.
TABELA 5 Dados de desempenho reprodutivo e produtivo obtidos após o parto
de fêmeas suínas de alta prolificidade a partir de 90 dias de
gestação recebendo dietas com diferentes níveis de arginina.
% Arginina
0 0,5 1 1,5
Variáveis obtidas ao
parto*
n= 29 n= 30 n= 29 n= 29
CV
(%)
P
Nascidos totais (n)
1
16,31 15,23
15,55 15,52 17,28 0,47
Nascidos vivos (n)
1
15,07 13,67 13,97 13,93 18,40 0,18
Mumificados (n)
2
0,31 0,30 0,38 0,28 - 0,86
Natimortos (n)
2
0,93 1,27 1,14 1,31 - 0,81
Peso leitegada (kg)
1
21,30 20,77 20,97 20,34 13,50 0,61
Peso leitegada viva (kg)
1
20,35 19,39 19,54 18,98 13,25 0,24
Peso médio leitão (kg)
1
1,35 1,40 1,40 1,34 13,37 0,41
Peso médio leitão vivo (kg)
1
1,36 1,43 1,42 1,37 13,60 0,39
Peso placentário (kg)
1
3,28 3,45 3,39 3,33 34,37 0,91
Eficiência placentária
1
6,50 6,35 6,32 6,58 6,97 0,80
1
Não houve diferenças significativas pelo teste F (P>0,05)
2
Não houve diferenças significativas pelo teste qui-quadrado (P>0,05)
32
O número total de leitões nascidos não diferiu (P>0,05) entre os níveis
de inclusão de arginina testados, o que era esperado, pois o fornecimento das
dietas suplementadas com arginina foi iniciado na fase final da gestação, ou seja,
a partir de 90 dias, de modo que o tamanho da leitegada fora determinado no
primeiro mês gestacional.
Até os 35 dias de gestação, as perdas embrionárias o elevadas (20 a
30%), principalmente entre 12 e 18 dias, período crucial para a nutrição,
desenvolvimento, espaçamento uterino e ligação dos embriões ao epitélio
uterino, entretanto, como ainda não houve formação óssea dos embriões, ocorre
a reabsorção dos conceptos mortos. A partir de 35 dias, com a formação do
esqueleto dos fetos, aqueles que morrem não serão reabsorvidos, e poderão ser
contabilizados ao parto através de natimortos e mumificados. Diante desse fato,
pode-se inferir que o tamanho da leitegada é determinado após a ossificação dos
fetos, ou seja, as 35 dias de gestação, e como o presente trabalho iniciou-se
após este evento, não seria possível detectar efeito da suplementação de arginina
sobre o tamanho da leitegada.
Entretanto, o tamanho das leitegadas ao nascimento maior que 15,
demonstram que as fêmeas utilizadas são hiperprolíferas, ou seja, apresentam
característica de produzir leitegadas numerosas.
As médias de leitões nascidos vivos não apresentaram diferenças
(P>0,05) entre os níveis de arginina testados. Mateo et al. (2007) observaram
mero de nascidos por leitegada semelhante entre leitoas suplementadas com
1% de arginina de 30 dias de gestação ao parto e as fêmeas do grupo controle.
Entretanto, o número de nascidos vivos por leitegada foi 22% maior quando
fornecido o aminoácido.
Todos os grupos experimentais foram semelhantes (P>0,05) entre os
níveis de inclusão de arginina nas variáveis mumificados e natimortos, estando
de acordo com os índices aceitáveis na suinocultura tecnificada.
33
O número de natimortos poderia ser reduzido com a inclusão de arginina
à dieta ao final da gestação, visto que o óxido nítrico melhora o fluxo sanguíneo,
e consequentemente a passagem de nutrientes via materno-fetal, o que
possibilita maior sobrevivência dos fetos, como encontrado no trabalho de
Mateo et al. (2007), que observaram redução de 65% de leitões mortos por
leitegada quando leitoas receberam 1% de arginina durante um período maior da
gestação, ou seja 84 dias. No presente trabalho, os valores encontrados estão
dentro dos índices aceitáveis em plantéis de fêmeas hiperprolíferas.
Outro aspecto a ser considerado com relação à natimortalidade, são
aqueles leitões que morrem no momento do nascimento (natimorto intra-parto),
principalmente em fêmeas de alta prolificidade por falhas na assistência ao
parto. Os natimortos não foram classificados como pou intra-parto, porque as
leitegadas nascidas de partos ocorridos ao longo do dia foram pesadas ao final
da tarde, enquanto que aquelas de partos da noite, pesadas pela manhã. Esse
manejo tornou a avaliação dos leitões natimortos inviável, devido às alterações
post-mortem. Este fato pode ter mascarado o efeito da arginina nesta variável
analisada.
Em relação aos mumificados, o se esperava efeito dos níveis de
arginina, pois a suplementação foi justamente a partir da fase gestacional em que
não ocorre mais o processo de mumificação de fetos mortos. Entretanto, após 90
dias de gestação ocorre a natimortalidade por várias causas como a deficiência
no suprimento sanguíneo e de oxigênio por falhas na circulação materno-fetal, o
que poderia ter sido influenciado pela adição de arginina à dieta da fêmea.
Os pesos totais dos leitões nascidos e de leitões nascidos vivos o
foram influenciados pela adição de arginina (P>0,05). De forma semelhante, os
pesos médios dos leitões nascidos e de leitões nascidos vivos não diferiram.
Em trabalho realizado por Mateo et al. (2007), o peso total de leitões
nascidos não apresentou diferença significativa em se tratando de leitoas que
34
receberam a suplementação de 1% de cloridrato de L-arginina a partir do 30
o
dia
de gestação em relação ao tratamento controle; entretanto o peso total dos leitões
vivos foi 24% maior comparada à dieta sem adição de arginina (P>0,05).
Além das variáveis relacionadas aos leitões, foram analisados o peso das
placentas referentes a cada leitegada e também a eficncia placentária - relação
peso da leitegada: peso total da placenta, os quais não diferiram estatisticamente
(P>0,05), o que pode estar relacionado com o curto período de disponibilidade
da arginina.
A arginina é essencial para a produção de óxido nítrico e poliaminas, as
quais são chaves reguladoras da angiogênese, embriogênese e crescimento
placentário e fetal (Wu et al., 2004a), podendo ter promovido benefícios as a
suplementação da dieta de fêmeas de alta prolificidade no final da gestação. Por
outro lado, Mateo et al. (2007) observaram esse efeito benéfico da arginina no
período gestacional de leitoas de linhagem genética diferente, entretanto num
período maior de fornecimento, ou seja aproximadamente 84 dias, o que ainda é
inviável economicamente, visto o alto custo atual deste aminoácido.
Apesar de não ter sido observado efeitos com a suplementação nos 24
dias finais da gestação neste trabalho, estudos prévios demostrando que o
suprimento uterino de arginina ao final da gestação de fêmeas suínas parece o
atender os requerimentos para o crescimento dos fetos, período em que o
desenvolvimento é muito rápido e requer maior aporte protéico e eficiência
placentária (Wu et al., 1999), sendo então, necessária a suplementação antes de
90 dias para que o efeito da arginina seja observado.
No presente trabalho, os níveis de arginina disponibilizados às fêmeas ou
o período de fornecimento (24 dias) podem não ter sido suficientes para
influenciar o crescimento dos fetos.
Outro aspecto importante é que pesquisas até então realizadas, utilizaram
a suplementação de arginina em fêmeas suínas de primeira ordem de parto, as
35
quais possuem exigências diferenciadas em relação à fêmeas de ordem de parto
acima de 2, e ainda, utilizaram o aminoácido por um periodo bem mais longo
(84 dias), o que seria inviável por questões econômicas, devido o custo do
aminoácido, além da impossibilidade de fornecer rações diferenciadas em cada
uma das fases gestacionais, por haver apenas um sistema automatizado de
arraçoamento e um silo no galpão de gestação, e ainda, pela baixa
disponibilidade de funcionários para o fornecimento on top
de arginina para o grande número de fêmeas gestantes presente nesta granja.
4.2 Período Lactacional
Os resultados referentes às variáveis obtidas na primeira semana de
lactação, número médio de leitões presentes em cada fêmea, peso total da
leitegada, peso médio dos leitões, ganho de peso e ganho de peso diário no
período estão apresentados na Tabela 6.
TABELA 6 Desempenho das leitegadas na primeira semana obtidos de fêmeas
suínas de alta prolificidade recebendo rações com diferentes
níveis de arginina durante a lactação.
% Arginina
0 0,5 1,0 1,5
Variáveis
(Primeira semana)
n= 26 n= 28 n= 28 n= 27
CV
(%)
P
Leitões/fêmea
1
11,58
11,39
12,38
11,67
14,80 -
Peso da leitegada
2
(Kg) 29,44
30,34
33,28
29,91
16,69 0,03
Peso médio do leitão (Kg) 2,54 2,68 2,71 2,56 16,77 0,35
Ganho de peso (Kg) 1,16 1,25 1,29 1,18 31,56 0,55
Ganho de peso diário
2
(Kg) 0,166
0,179
0,185
0,169
14,53 0,02
1
Covariável
2
Efeito quadrático (p<0,05)
36
O peso da leitegada na primeira semana de lactação foi maior quando
houve a suplementação de fêmeas suínas com 1,0% de arginina, sendo este
aumento de 13%. Observou-se efeito quadrático (p<0,05) para o peso da
leitegada no sétimo dia de vida, sendo obtida equação quadrática (Y= 29,03 +
7,26x 4,26x
2
; R
2
= 61%), a partir da qual se estimou que o nível de 0,85% de
arginina ao ser fornecido às fêmeas suínas multíparas em lactação que possibilita
melhor desenvolvimento e crescimento dos leitões durante a primeira semana de
vida (Figura 3).
FIGURA 3 Peso da leitegada na primeira semana de fêmeas suínas
hiperprolíferas recebendo rações com diferentes níveis de
arginina durante a lactação.
O peso médio dos leitões na primeira semana de vida não diferiu
(P>0,05) entre os diferentes níveis de arginina.
Contrariando o resultado do presente trabalho, Mateo et al. (2008) ao
fornecerem 1,0 % de arginina às fêmeas suínas primíparas durante o período de
lactação observaram diferenças (P<0,05) no peso médio de leitão nesse período
com aumento de 7% dessa variável.
37
O ganho de peso dos leitões durante a primeira semana não foram
diferentes (P>0,05) entre os níveis de arginina estudados. Em outro estudo,
utilizando-se fêmeas suínas na primeira lactação, o nível de 1% de arginina
proporcionou melhor desempenho dos leitões no mesmo período com aumento
de 26% no ganho de peso (Mateo et al., 2008).
O ganho de peso díário do leitão ao 7 dias foi 11% maior no nível de 1%
de arginina em relação ao controle (P<0,05). O mesmo efeito foi encontrado por
Mateo et al. (2008) em leitoas lactantes recebendo 1 % de arginina, porém o
ganho de peso dos leitões nos primeiros sete dias de vida foi 25% maior
comparado ao grupo controle sem adição do aminoácido em estudo.
Foi observado efeito quadrático (p<0,05) para o ganho de peso diário
durante a primeira semana de vida do leitão, sendo obtida a equação quadrática y
= 0,165+0,046x-0,028x
2
(R
2
=95%), a qual possibilitou que fosse estimado o
nível de arginina a ser fornecido às fêmeas suínas multíparas em lactação para
que os leitões apresentem maior ganho de peso diário no período avaliado.
(Figura 4).
FIGURA 4 Ganho de peso diário de leitões durante a primeira semana de
lactação de fêmeas suínas hiperprolíferas recebendo dietas com
vários níveis de arginina durante a lactação.
38
A partir disso, pode-se inferir que a adição de 0,82% de arginina à dieta
lactação possibilita melhor taxa de crescimento dos leitões durante esta semana
crítica, sendo esta taxa de 183 gramas/dia.
Em decorrência das rápidas taxas de crescimento dos leitões, grandes
exigências de arginina, de modo que a baixa disponibilidade deste aminoácido
no leite da porca e a limitada capacidade de síntese endógena são aspectos
críticos para que leitões lactantes consigam expressar seu alto potencial de
crescimento (Kim et al., 2007). Este fato é agravado por ocorrer no período em
que os leitões apresentam taxas de crescimento extremamente reduzidas, ou
seja, a os sete dias de vida (Flynn et al., 2000; Kim et al., 2004).
O aumento do ganho de peso do leitão ou da leitegada está
correlacionado com maior produção láctea ou elevações nas concentrações de
nutrientes no leite (King et al., 1993), o que parece justificar o melhor
desempenho dos leitões com a utilização de 1% de arginina.
Ao suplementar leitoas com 1% de L-arginina durante a lactação, Mateo
et al. (2008) observaram decréscimo das concentrações plasmáticas de serina,
glutamina, histidina, citrulina e alanina, sendo esse fato relacionado à maior
utilização destes substratos pelo tecido mamário para sintetizar proteínas,
peptídeos, dentre outros constituintes do leite. Os mesmos autores verificaram
elevadas concentrações de glutamato, serina, glicina, treonina, tirosina e
fenilalanina no leite, além de maiores proporções de aminoácidos no sétimo dia
de lactação.
O maior direcionamento de aminoácidos pela glândula mamária ocorre
pela ação da arginina sobre hormônios analicos, como a insulina, que foi
encontrada em concentrações maiores no plasma de leitoas suplementadas com
arginina, principalmente na primeira semana de lactação (Mateo et al., 2008).
Sabe-se que o fluxo sanguíneo mamário e os substratos presentes no
sangue são os principais fatores determinantes quanto à disponibilidade de
39
síntese de leite e consequente transferência para os neonatos (Davis & Collier,
1985), sendo isto confirmado no estudo de Mateo et al. (2008), que observaram
aumento nas concentrações plasmáticas de prolina, glicina, arginina e ornitina
em leitoas em lactação que receberam arginina, ocasionando em melhor
desenvolvimento dos neonatos, como também foi encontrado neste trabalho.
A suplementação de arginina pode melhorar o fluxo sanguíneo e o
fornecimento de nutrientes à glândula mamária para proteínas do leite, devido à
maior síntese de óxido nítrico nas células endoteliais de vasos sangneos (Wu
& Meininger, 2002). Mesmo não havendo aumento de arginina no leite (Mateo
et al., 2008), a suplementação é capaz de promover maior volume de leite
consumido pelos leitões devido à produção de leite aumentada, deste modo,
mais arginina e outros nutrienteso capazes de atender a demanda de seu
crescimento (Kirchgessner et al., 1991).
Como a primeira semana de vida dos leitões é uma fase crítica e muito
importante para o seu desenvolvimento e desempenho futuro, é necessário
cuidados neste período, pois qualquer fator que possa afetar negativamente no
peso irá desencadear em prejuízos econômicos. Nesse aspecto, as exigências de
leitões neste período devem ser atendidas, principalmente através da qualidade
do leite, melhorando a nutrição da mea, visto que o leite é a principal fonte de
nutrientes aos leitões.
Os resultados referentes às variáveis obtidas ao desmame (22 dias) estão
apresentados na Tabela 7.
40
TABELA 7 Desempenho das leitegadas desmamadas aos 22 dias de fêmeas
suínas hiperprolíferas recebendo dietas com diferentes níveis de
arginina durante a lactação.
% Arginina
0 0,5 1 1,5
Variáveis
(Desmame 22 dias)
n= 26 n= 28 n= 28 n= 27
CV
(%)
P
Desmamados/fêmea
1
10,46b 10,54b 11,52a
10,33b
10,09
0,00
Peso da leitegada
2
(Kg) 65,82 68,54 73,87 63,64
18,15
0,01
Peso médio/leitão (Kg) 6,28 6,48 6,44 6,16
14,11
0,47
Ganho de peso/leitão (Kg) 4,90 5,05 5,03 4,79
18,10
0,64
Ganho de peso diário/leitão (Kg) 0,285 0,295 0,293 0,280
18,09
0,64
1
Letras minúsculas diferentes na linha diferem pelo teste Tukey (p<0,05)
2
Efeito quadrático (p<0,05)
Após 22 dias de lactação, as fêmeas suínas que receberam 1,0 % de
arginina desmamaram um leitão a mais em comparação aos demais níveis deste
aminoácido (p<0,05), como representado na Figura 5.
No trabalho de Mateo et al. (2008), o mesmo nível de arginina em leitoas
não afetou o mero de leitões ao desmame pois, no mesmo dia do parto, o
tamanho médio da leitegada foi padronizado para dez leitões, e este valor
manteve-se até o desmame, gerando menor disputa pelos tetos entre os leitões e
igual acessibilidade ao leite, ao contrário do presente trabalho em que, as a
uniformização, foram mantidos, em média, 14 leitões em cada fêmea suína.
41
FIGURA 5 Leitões desmamados/fêmea após a suplementação da dieta de
fêmeas com diferentes veis de arginina da dieta durante o
período lactacional.
O número de desmamados por fêmea é um índice a ser considerado na
produção de suínos. No caso do presente trabalho, considerando-se o plantel de
matrizes suínas, poderiam ser desmamados, aproximadamente, 2.600 leitões a
mais ao ano que, relacionado ao manejo adequado durante as fases posteriores
de produção, proporcionaria maior número de leitões terminados/fêmea/ano.
O peso da leitegada ao desmame foi 4% e 12% maior quando a
suplementação foi de 0,5 e 1% de arginina, respectivamente (p<0,05). Sendo que
estes resultados o reflexos do desempenho dos leitões na primeira semana de
vida, considerada como crítica e de muita inflncia no desempenho
subsequente dos animais.
O peso da leitegada ao desmame apresentou efeito quadrático (p<0,05) e
a partir da equação obtida y=64,911+19,188x-12,955x
2
(R
2
=72%) estimou-se
que o nível ideal de arginina a ser suplementada durante a lactação é de 0,74%
(Figura 6).
42
FIGURA 6 Peso da leitegada desmamada aos 22 dias de fêmeas suínas
hiperprolíferas recebendo dietas suplementadas com diferentes
níveis de arginina durante a lactação.
O peso dio dos leies desmamados o apresentou diferenças
(P>0,05). Entretanto, Mateo et al. (2008) observaram que o nível de 1,0% de
arginina fornecida às leitoas durante a primeira lactação, foi capaz de aumentar
significativamente (P<0,05) o peso médio de leies desmamados aos 21 dias
em 7%. Este melhor desempenho pode estar associado ao menor número de
leitões desmamados por fêmea, média de 10,6, ocasionando em menos disputas
por tetos e consequentemente maior ingestão de leite pelos leitões.
O ganho de peso do leitão no período de lactação e o ganho de peso
diário, também o diferiram (P>0,05) entre os níveis de arginina estudados,
diferindo dos valores encontrados por Mateo et al. (2008), que obtiveram
acréscimo de 10% ao ganho de peso por leitão desmamado e no ganho de peso
diário após a adição de 1,0% de arginina à ração de leitoas.
Diante dos dados obtidos, considerando-se a suplementação da dieta com
níveis de arginina durante o período lactacional de fêmeas suínas, foi observado
efeito significativo deste aminoácido no desempenho dos leitões ao desmame.
Este efeito benéfico foi encontrado por Mateo et al. (2008), o qual também
43
observou que o fornecimento de 1,0 % de arginina à leitoas lactantes não alterou
o perfil de aminoácidos no leite aos 21 dias de lactação, sendo inclusive as
concentrações lácteas de arginina semelhantes, entretanto houve aumento nas
concentrações plasmáticas das fêmeas aos 7 e 22 dias de lactação, o que pode ter
contribuído para melhorar o fluxo sanguíneo na glândula mamária,
proporcionando assim maior produção de leite e melhor desempenho dos leitões.
Segundo Trotier et al. (1997), a quantidade de arginina destinada à glândula
mamária é muito grande, entretanto sua presença no leite é reduzida, refletindo a
alta capacidade de catabolismo deste aminoácido pelo tecido mamário de
suínos.
A arginina parece melhorar a eficiência de utilização da proteína da dieta
para a síntese do leite, evitando a mobilização de reservas corporais,
principalmente de leitoas ao primeiro parto, as quais ainda requerem nutrientes
para seu desenvolvimento corporal, além de serem responsáveis por atender a
demanda dos fetos. Entretanto, no caso de fêmeas com capacidade de produção
de leitegadas numerosas como as utilizadas neste trabalho, essa mobilização
pode acontecer e, desta forma, a arginina pode evitar este processo,
possibilitando menor perda de escore corporal da lactante.
Apesar disso, o número de leitões desmamados/fêmea e ainda, o peso da
leitegada ao desmame foram afetados pelo nível de 1% de arginina adicionada à
ração lactação. Este efeito benéfico pode ser proveniente da suplementação
durante a primeira semana de vida dos leitões. Logo, pode-se inferir que de
acordo com Wu et al. (2004a), leitões com bom desenvolvimento e crescimento
corporal durante a primeira semana de vida terão mais chances de atingir idade
ao desmame constituindo leitegadas mais pesadas. Assim, a suplementação de
arginina de fêmeas em lactação principalmente na primeira semana passa a ser
importante, pois maximizando-se o crescimento dos leies neste período, estes
não terão o desempenho posterior comprometido negativamente.
44
5 CONCLUSÕES
A suplementação de dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com
arginina é importante para melhorar os índices reprodutivos do plantel. A adiçao
de 1,0% deste amincido em rações contendo milho, farelo de soja e farelo de
trigo a partir de 90 dias de gestação e durante a lactação aumenta o número de
leitões desmamados/fêmea.
45
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July 2008.
53
ANEXOS
ANEXO A Página
TABELA 1A Análise de variância de leies nascidos após
suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a
partir de 90 dias de gestação......................................
56
TABELA 2A Análise de variância de leitões nascidos vivos após
suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a
partir de 90 dias de gestação......................................
56
TABELA 3A Análise de variância de número de natimortos e
mumificados após suplementação de dietas para
fêmeas suínas hiperprolíferas com diferentes veis
de arginina a partir de 90 dias de gestação................
56
TABELA 4A Análise de variância do peso de leitegadas nascidas
após suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a
partir de 90 d gestação...............................................
57
TABELA 5A Análise de variância de peso de leitegadas nascidas
vivas após suplementação de dietas para meas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de
arginina a partir de 90 dias gestação..........................
57
TABELA 6A Análise de variância do peso médio de leitões
nascidos após suplementação de dietas para meas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de
arginina a partir de 90 dias de gestação.....................
57
TABELA 7A Análise de variância do peso médio de leitões
nascidos vivos após suplementação de dietas para
fêmeas suínas hiperprolíferas com diferentes veis
de arginina a partir de 90 dias de gestação................
58
54
TABELA 8A Análise de variância do peso de leitegadas aos sete
dias após suplementação de dietas para meas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de
arginina durante o período lactacional.......................
58
TABELA 9A Análise de variância do peso médio de leitões aos
sete dias após suplementação de dietas para fêmeas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de
arginina durante período o lactacional.......................
58
TABELA 10A
Análise de variância do ganho de peso diário de
leitões aos sete dias após suplementação de dietas
para fêmeas suínas hiperprolíferas com diferentes
níveis de arginina durante o período de lactação.......
59
TABELA 11A
Análise de variância do número de leitões
desmamados aos 22 dias após suplementação de
dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com
diferentes níveis de arginina durante o período de
lactação......................................................................
59
TABELA 12A
Análise de variância do peso de leitegadas
desmamadas aos 22 dias após suplementação de
dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com
diferentes níveis de arginina durante o período de
lactação............................................................
59
TABELA 13A
Análise de variância do peso médio de leitões
desmamados aos 22 dias após suplementação de
dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com
diferentes níveis de arginina durante o período de
lactação......................................................................
60
TABELA 14A
Análise de variância do ganho de peso de leitões
desmamados aos 22 dias após suplementação de
dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com
diferentes níveis de arginina durante o período de
lactação......................................................................
60
55
TABELA 15A
Análise de variância do ganho de peso diário de
leitões desmamados aos 22 dias após suplementação
de dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas com
diferentes níveis de arginina durante o período de
lactação......................................................................
61
TABELA 16A
Análise de variância do peso da placenta de meas
suínas hiperprolíferas que receberam dietas
suplementadas com diferentes níveis de arginina a
partir de 90 dias de gestação......................................
61
TABELA 17A
Análise de variância da eficiência placentária de
fêmeas suínas hiperprolíferas que receberam dietas
suplementadas com diferentes níveis de arginina a
partir de 90 dias de gestação......................................
61
56
TABELA 1A
Análise de variância de leitões nascidos após
suplementação de dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas
com diferentes níveis de arginina a partir de 90 dias de
gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 6.5 3.25 0.44 0.64NS
Regressão 3 18.48 6.16 0.84 0.47NS
Erro 111 811.65 7.31
TABELA 2A
Análise de variância de leitões nascidos vivos após
suplementação de dietas para fêmeas suínas hiperprolíferas
com diferentes níveis de arginina a partir de 90 dias de
gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.41 0.21 0.03 0.97NS
Regressão 3 33.84 11.28 1.66 0.18NS
Erro 111 752.98 6.78
TABELA 3A
Análise de variância de mero de natimortos e
mumificados após suplementação de dietas para fêmeas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a
partir de 90 dias de gestão.
Teste Kruskal-Wallis Mumificados Natimortos
Qui - quadrado 0.77 0.95
GL 3 3
P-valor 0.86 NS 0.81 NS
57
TABELA 4A
Análise de variância do peso de leitegadas nascidas após
suplementação de dietas para meas suínas hiperprolíferas
com diferentes níveis de arginina a partir de 90 d gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 37.68 18.84 2.38 0.10 NS
Regressão 3 14.38 4.79 0.61 0.61 NS
NT 1 739.64 739.64 93.43 2.280e-16
Erro 110 870.78 7.92
TABELA 5A
Análise de variância de peso de leitegadas nascidas vivas
após suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a partir de
90 dias gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 23.73 11.87 1.77 0.18 NS
Regressão 3 28.75 9.58 1.43 0.24 NS
NV 1 817.55 817.55 121.75 <2e-16
Erro 110 738.68 6.72
TABELA 6A
Análise de variância do peso médio de leitões nascidos
após suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a partir de
90 dias de gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.09 0.04 1.29 0.28 NS
Regressão 3 0.1 0.03 0.97 0.41 NS
NT 1 0.57 0.57 16.83 7.872e-05
Erro 110 3.71 0.03
58
TABELA 7A
Análise de variância do peso médio de leitões nascidos
vivos após suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina a partir de
90 dias de gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.08 0.04 1.17 0.32 NS
Regressão 3 0.11 0.04 1.01 0.39 NS
NV 1 0.56 0.56 15.46 0.00
Erro 110 3.96 0.04
TABELA 8A Análise de variância do peso de leitegadas aos sete dias
após suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina durante o
período lactacional.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 112.38 56.19 2.13 0.12 NS
Regressão 3 251.06 83.69 3.17 0.03*
Linear 1 22.23 22.23 0.84 0.36 NS
Quadrática
1 133.95 133.95 5.07 0.03*
Cúbica 1 94.88 94.88 3.59 0.06 NS
N7 1 1533.79 1533.79 58.09 1.278e-11
Erro 103 2719.72 26.41
TABELA 9A Análise de variância do peso médio de leitões aos sete
dias após suplementação de dietas para fêmeas suínas
hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina durante
período o lactacional.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.10 0.05 0.35 0.71 NS
Regressão 3 0.31 0.10 0.70 0.55 NS
PMNV 1 0.02 0.02 0.15 0.70
Erro 103 15.37 0.15
59
TABELA 10A Análise de variância do ganho de peso diário de leitões
aos sete dias após suplementação de dietas para meas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina
durante o período de lactação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.00 0.00 1.63 0.20
Regressão 3 0.01 0.00 3.30 0.02
Linear 1 0.00 0.00 0.51 0.48
Quadrática 1 0.01 0.01 8.94 0.00
Cúbica 1 0.00 0.00 0.45 0.50
PM7 1 0.25 0.25 384.15 <2.2e-16
Erro 103 0.07 0.00
TABELA 11A Análise de variância do número de leitões desmamados
aos 22 dias após suplementação de dietas para meas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina
durante o período de lactação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 20.60 10.30 8.77 0.00
Regressão 3 24.70 8.23 7.01 0.00
Linear 1 0.33 0.33 0.28 0.60
Quadrática 1 11.84 11.84 10.09 0.00
Cúbica 1 12.54 12.54 10.68 0.00
N7 1 149.63 149.63 127.48 <2.2e-16
Erro 103 120.90 1.17
60
TABELA 12A Análise de variância do peso de leitegadas desmamadas
aos 22 dias após suplementação de dietas para meas
suínas hiperprolíferas com diferentes níveis de arginina
durante o período de lactação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 1232.30 616.20 4.03 0.02
Regressão 3 1718.00 572.70 3.75 0.01
Linear 1 7.10 7.10 0.05 0.83
Quadrática 1 1254.00 1254.00 8.20 0.01
Cúbica 1 456.90 456.90 2.99 0.09
N7 1 4017.90 4017.90 26.29 1.385e-06
Erro 103 15743.50 152.80
TABELA 13A Análise de variância do peso médio de leitões
desmamados aos 22 dias após suplementação de dietas
para fêmeas suínas hiperprolíferas com diferentes níveis
de arginina durante o período de lactação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 1.86 0.93 1.16 0.32
Regressão 3 2.04 0.68 0.85 0.47
PMNV 1 6.59 6.59 8.22 0.01
Erro 103 82.55 0.80
TABELA 14A Análise de variância do ganho de peso de leitões
desmamados aos 22 dias após suplementação de dietas
para fêmeas suínas hiperprolíferas com diferentes níveis
de arginina durante o período de lactação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 1.29 0.65 0.81 0.45 NS
Regressão 3 1.36 0.45 0.57 0.64 NS
PMNV 1 0.24 0.24 0.30 0.58 NS
Erro 103 82.47 0.80
61
TABELA 15A Análise de variância do ganho de peso diário de leitões
desmamados aos 22 dias após suplementação de dietas
para fêmeas suínas hiperprolíferas com diferentes níveis
de arginina durante o período de lactação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.003 0.001 0.821 0.443 NS
Regressão 3 0.003 0.001 0.560 0.642 NS
PMNV 1 0.000 0.000 0.299 0.586 NS
Erro 103 0.170 0.002
TABELA 16A Análise de variância do peso da placenta de fêmeas
suínas hiperprolíferas que receberam dietas
suplementadas com diferentes níveis de arginina a partir
de 90 dias de gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.03 0.02 0.01 0.99 NS
Regressão 3 0.68 0.23 0.18 0.91 NS
Erro 103 132.52 1.29
TABELA 17A Análise de variância da eficiência placentária de fêmeas
suínas hiperprolíferas que receberam dietas
suplementadas com diferentes níveis de arginina a partir
de 90 dias de gestação.
FV GL SQ QM F tabelado P-valor
Blocos 2 0.00 0.00 0.09 0.92 NS
Regressão 3 0.00 0.00 0.34 0.80 NS
Erro 103 0.47 0.00
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