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RENATO FERRAÇO
INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE RETENÇÃO E DA INCLINAÇÃO
DO REBORDO RESIDUAL EM CASOS DE PRÓTESES
CONJUGADAS CLASSE I MANDIBULAR.
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES PELO
MÉTODO DA FOTOELASTICIDADE
ARAÇATUBA SP
2009
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RENATO FERRAÇO
INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE RETENÇÃO E DA INCLINAÇÃO
DO REBORDO RESIDUAL EM CASOS DE PRÓTESES
CONJUGADAS CLASSE I MANDIBULAR.
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES PELO
MÉTODO DA FOTOELASTICIDADE
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia
do Campus de Araçatuba UNESP, para obtenção
do título de “Mestre em Odontologia” – Área de
Concentração: Prótese Dentária
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Piza Pellizzer
Co-Orientador: Prof. Dr. Stefan Fiúza de C. Dekon
ARAÇATUBA SP
2009
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Catalogação-na-Publicação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação FOA / UNESP
Ferraço, Renato
S586i Influência dos sistemas de retenção e da inclinação do rebordo
residual em casos de próteses conjugadas classe I mandibular.
Análise da distribuição das tensões pelo método da fotoelasticidade
Renato Ferraço. - Araçatuba : [s.n.], 2009
116 f. : il. + 1 CD-ROM
Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2009
Orientador: Prof. Eduardo Piza Pellizzer
Co-orientador: Prof. Stefan Fiuza de Carvalho Dekon
1. Prótese parcial removível 2. Biomecânica 3. Encaixe de
Precisão de dentadura 4. Perda óssea alveolar
Black D3
CDD 617.69
Dados Curriculares
Renato Ferraço
Nascimento: 03.11.1981 São Paulo SP
Filiação: Sérgio Ferraço
Maria Benedita Modesto Ferraço
2000/2005: Curso de Graduação em Odontologia
Faculdade de Odontologia de Araçatuba
UNESP
Dedicatória
A meu pai, Sérgio, pelo amor, dedicação, compreensão e estímulo a mim
dispensados.
A meu irmão, Rodolfo, pela amizade e incentivo.
A minha mãe, , que de onde estiver sei que está sempre guiando meus
passos e fazendo com que tome sempre as decisões corretas.
A minha namorada, Thaís, por seu amor, apoio e compreensão
incondicionais.
A minha família e amigos,
DEDICO ESTE TRABALHO.
Agradecimentos Especiais
Ao meu orientador, Professor Adj. Eduardo Piza Pellizzer, pelo apoio,
dedicação e incentivo à pesquisa, por transmitir seus conhecimentos de forma
profissional e pelo convívio e amizade formados pelos quatro anos de orientação.
Ao Professor Titular Humberto Gennari Filho, pela disposição em ajudar
e pela confiança depositada, meu primeiro orientador na disciplina de Prótese Total
durante a graduação.
Agradecimentos
À
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP
, na pessoa do seu Diretor, Prof. Dr.
Pedro Felício Estrada Bernabé, por proporcionar condições para a realização desta
pesquisa.
Ao Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, na pessoa do
chefe de departamento Prof. Dr. Humberto Gennari Filho, pelo apoio durante esses
dois anos de mestrado.
Ao meu co-orientador, Prof. Dr. Stefan Fiúza de Carvalho Dekon, pelos
ensinamentos e atenção sempre que solicitados.
Aos Professores da Pós-Graduação, Alicio Rosalino Garcia, Débora Barros
Barbosa, Eduardo Passos Rocha, Eulália Maria Martins da Silva, Marcelo
Coelho Goiato, Paulo Renato Junqueira Zuim e Wirley Gonçalves Assunção,
pela orientação durante o curso de mestrado.
À Profa. Dra. Maria Cristina Rosifini Alves Rezende, por toda a atenção
e auxílio que possibilitaram melhorar esse estudo.
Ao Prof. Dr. José Eduardo Rodrigues, orientador na disciplina de Prótese
Parcial Fixa durante a graduação, que se tornou grande amigo.
Ao Prof. Dr. Fellippo Ramos Verri, pela amizade e grande ajuda prestada
desde quando iniciamos as pesquisas com fotoelasticidade.
Aos doutorandos José Vitor Quinelli Mazaro e Eduardo Vedovato, pelos
conhecimentos transmitidos, pela disponibilidade em ajudar e principalmente pelo
convívio.
À doutoranda Rosse Mary Falcón Antenucci, pela amizade e grande
disposição em contribuir com todos ao seu redor.
À Fundunesp, pela concessão de auxílio pesquisa.
Aos colegas de turma do Curso de Mestrado em Odontologia Área de
Prótese Dentária: Aldiéris Alves Pesqueira, Cristina Ramos da Silva, Douglas
Roberto Monteiro, Juliana Aparecida Delbem, Paula do Prado Ribeiro e, em
especial à amiga Bianca Piccolotto Tonella, pelo companheirismo desde a época
de iniciação científica.
Aos colegas do curso de pós-graduação em Odontologia nas áreas de Clínica
Integrada, Cirurgia, Dentística, Estomatologia e Periodontia.
Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba UNESP, pelas constantes orientações e pelo zelo nos serviços.
Aos funcionários da Seção de Pós Graduação da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba UNESP, pela disponibilidade e atenção.
Aos docentes do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.
Aos funcionários do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese,
Ana Lúcia, Ana Marcelina, Carlão, Eduardinho, Maria Lúcia, Serginho, Baleeiro e
Antônio, e em especial ao técnico Jânder pela contribuição na confecção das PPR’s
utilizadas neste trabalho.
Aos amigos Alan Roger dos Santos Silva, Ângelo Puerro Neto e Arthur
Lavoisier Guimarães Falleiros, verdadeiros irmãos que nem a distância, nem o
tempo separarão.
Aos amigos Alexander Xenofonte, Alisson Autor, Carlos Tadeu
Trevisan, Felippe Gomes da Silva, Nilson Cruz dos Santos e Ricardo Muller,
pessoas especiais que a vida fez com que o contato fosse diminuído, mas que
sempre estão na lembrança.
Aos amigos Pedro Paulo Bak Mansi, Rogério Franco Rodrigues,
Ricardo Oliveira, Flávio Hallak, Giuliano Belizário e Fernando Maeda, pelas
boas conversas jogadas fora e momentos de alegria compartilhados.
Aos amigos de república: Carlão, Kélio, Cotô, Ksulo, Mixirica, Gaúcho,
Jonatas e Batata, por tornarem minha estadia em Araçatuba mais agradável
durante o período do Mestrado.
A minha tia Nininha e meu tio Brívio, meus padrinhos que desde criança
sempre me deram muita força no que fosse necessário.
Aos meus sogros Lali e Paquito, e cunhados Júnior e Camila, e Danilo e
Fabíola, e à pequena Manuela, por toda amizade e convívio.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização
deste trabalho.
Epígrafe
Triste não é mudar de idéia.
Triste é não ter idéia para mudar
Francis Bacon
29
Resumo Geral
______________________________________________________________________
Ferraço R. Influência dos sistemas de retenção e da inclinação do rebordo residual em
casos de próteses conjugadas Classe I mandibular. Análise da distribuição das tensões
pelo método da fotoelasticidade [dissertação]. Araçatuba: Universidade Estadual
Paulista UNESP; 2009.
Resumo Geral
A reabilitação de pacientes classe I de Kennedy mandibular através de Prótese Parcial
Removível é de difícil resolução devido a diferença de resiliência existente entre o
ligamento periodontal dos dentes suportes e a mucosa do rebordo residual. A inclinação
do rebordo residual no sentido sagital pode influenciar na distribuição das tensões
transmitidas pela incidência de cargas em próteses parciais removíveis de extremidade
livre associadas a próteses parciais fixas. Na associação da prótese parcial removível
com próteses parciais fixas, o profissional tem como alternativa aos grampos
tradicionais, o uso de encaixes extra-coronários que podem melhorar a estética e o
funcionamento biomecânico do conjunto. Desse modo, o objetivo desse estudo foi
avaliar a característica da distribuição de tensões em próteses parciais removíveis
mandibulares de extremidade livre associadas a próteses parciais fixas nos dentes
suporte com diferentes sistemas de retenção: (1) grampo por ação de pontas; (2) sistema
ASC-52; (3) sistema ERA; e (4) encaixe de semi-precisão Score-PD, pela metodologia
da fotoelasticidade. E, analisar a distribuição de tensões em próteses parciais removíveis
mandibulares de extremidade livre associadas a próteses parciais fixas nos dentes
suporte com diferentes sistemas de retenção: (1) grampo por ação de pontas e (2)
sistema ERA, variando duas inclinações de rebordo residual: (1) horizontal e (2)
descendente distal. Cargas axiais de 100N foram aplicadas sobre os dentes das próteses
30
Resumo Geral
______________________________________________________________________
parciais removíveis. As imagens das aplicações foram capturadas e a distribuição das
tensões foi avaliada, pela formação das franjas fotoelásticas. No primeiro estudo, a
prótese com encaixes de semi-precisão produziu os maiores níveis de tensão na região
de ápice, entre as raízes dos últimos dentes suporte e na porção mais distal do rebordo
residual. As próteses com encaixes resilientes apresentaram as maiores formações de
franjas na região cervical distal do último dente suporte. No segundo estudo, o rebordo
horizontal apresentou com a prótese de grampos por ação de pontas uma distribuição de
tensões mais favorável quando comparado à prótese com o sistema ERA. No rebordo
descendente distal a prótese com sistema ERA aliviou a região dos dentes suporte e
sobrecarregou o rebordo residual. Do primeiro estudo podemos concluir que: (1) a
prótese com o grampo por ação de pontas apresentou distribuição de tensões mais
favoráveis; (2) a prótese com o encaixe semi-rígido PD Score produziu os maiores
níveis de tensão; e (3) as próteses com os sistemas ASC-52 e ERA apresentaram
situações intermediárias. Os resultados obtidos no segundo estudo permitiram concluir
que: (1) o rebordo horizontal foi mais favorável na formação e distribuição de franjas
fotoelásticas; (2) as próteses com grampos apresentaram melhores situações em ambos
os rebordos analisados; (3) a prótese com sistema ERA obteve melhores resultados
quando utilizada no rebordo descendente distal, apresentando comportamento muito
semelhante ao encontrado com a prótese com grampos.
Palavras-chave: Prótese parcial removível. Biomecânica. Encaixes de precisão de
dentadura. Perda óssea alveolar.
Abstract
______________________________________________________________________
Ferraço R. Influence of retention systems and the inclination of the residual ridge in
cases of conjugated Class I mandibular prosthesis. Analysis of the distribution of
tensions by the method of photoelasticity [dissertation]. Araçatuba: UNESP São Paulo
State University; 2009.
Abstract
The rehabilitation of patients mandibular class I of Kennedy through Removable Partial
Denture is difficult to solve because the difference in strength between the periodontal
ligament of the abutment teeth and the residual ridge mucosa. The inclination of the
residual ridge towards sagital may influence the distribution of stresses transmitted by
the incidence of loads in distal extension removable partial dentures associated with
fixed partial dentures. In association removable partial denture fixed partial dentures,
the professional has as alternative to the traditional clasps, the use of extra-coronary
attachments that can improve the aesthetics and the biomechanics. Therefore, the
objective of this study was to evaluate the characteristic distribution of tensions in
mandibular distal extension removable partial dentures (1) “I” bar clasps, (2) ASC-
52system, (3) ERA system, and (4) semi-precision Score-PD system, by the
methodology of photoelasticity. And, analyze the distribution of tensions in mandibular
distal extension removable partial dentures associated to the fixed partial dentures in the
abutment teeth with different retention systems: (1) “I” bar clasps and (2) ERA system,
ranging from two inclinations residual ridge: (1) horizontal and (2) distal descending.
Axial loads of 100N were applied on the teeth of removable partial dentures. The
images of the applications were captured and distribution of stress was assessed by the
Abstract
______________________________________________________________________
formation of the photoelastic fringes. In the first study, the prosthesis with semi-
precision attachment produced the highest levels of tension in the region of apex,
between the roots of the abutment teeth and in the more distal portion of the residual
ridge. The prostheses with resilient attachments showed the largest fringes formations in
the cervical-distal of the last abutment tooth. In the second study, horizontal ridge
presented a better distribution of tensions with the clasps design when compared to the
the ERA design. In the descendent distal ridge the ERA system prosthesis eased with
the region of the abutment teeth, and overwhelmed the residual ridge. The first study we
can conclude that: (1) the bar clasp prosthesis submitted from more favorable
distribution of stress, (2) the semi-rigid attachment design produced the highest levels of
stress, and (3) the resilient systems ASC-52 and ERA designs showed intermediate
situations. The results in the second study indicated that: (1) the horizontal edge was
more favorable in the formation and distribution of photoelastic fringes, (2) the
prostheses with clasps showed better situations on both edges examined, (3) the ERA
system prosthesis obtained better results when used in the distal descending edge,
showing very similar behavior to that found with the prosthesis with clasps.
Keywords: Removable partial denture. Biomechanics. Precision attachment denture.
Alveolar bone loss.
Lista de Figuras
______________________________________________________________________
Lista de Figuras
Capítulo 1
Modelo mestre preparado em gesso especial
37
Modelo Fotoelástico Dentes em resina PL-1 e osso alveolar em
resina PL-2
37
Prótese Conjugada 1 Coroas fresadas e PPR com grampos por
ação de pontas
38
Prótese Conjugada 2 Coroas fundidas ao sistema ASC-52 e
PPR
39
Prótese Conjugada 3 Coroas fundidas ao sistema ERA e PPR
39
Prótese Conjugada 4 Coroas fundidas ao sistema Score-PD e
PPR
40
Polariscópio Circular
41
Aplicação de cargas axiais de 100N no segundo pré-molar de:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
43
Aplicação de cargas axiais de 100N no primeiro molar de:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
44
Aplicação de cargas axiais de 100N no segundo molar de:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
45
Lista de Figuras
______________________________________________________________________
Lista de Figuras
Capítulo 2
Modelo mestre preparado em gesso especial
62
Modelo Fotoelástico Dentes em resina PL-1 e osso alveolar em
resina PL-2
62
Prótese Conjugada 1 Coroas fresadas e PPR com grampos por
ação de pontas
63
Prótese Conjugada 2 Coroas fundidas ao sistema ERA e PPR
64
Polariscópio Circular
66
Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no segundo pré-molar
68
Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no primeiro molar
68
Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no segundo molar
69
Fig. 9 Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no segundo
pré-molar
70
Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no primeiro molar
71
Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no segundo molar
72
Lista de Tabelas
______________________________________________________________________
Lista de Tabelas
Capítulo 2
Nomenclatura atribuída aos modelos fotoelásticos
64
Lista de Siglas e Abreviaturas
______________________________________________________________________
Lista de Siglas e Abreviaturas
PPR
Prótese Parcial Removível
PPRs
Próteses Parciais Removíveis
PPF
Prótese Parcial Fixa
PPFs
Próteses Parciais Fixas
PPREL
Prótese Parcial Removível de Extremidade Livre
PPRELs
Próteses Parciais Removíveis de Extremidade Livre
M1
Matriz de Silicone 1
M2
Matriz de Silicone 2
M3
Matriz de Silicone 3
M4
Matriz de Silicone 4
M5
Matriz de Silicone 5
mm
Milímetros
Cr-Co
Cromo-Cobalto
Ni-Co
Níquel-Cromo
N
Newton
W
Watts
PC1
Prótese Conjugada 1
PC2
Prótese Conjugada 2
PC3
Prótese Conjugada 3
PC4
Prótese Conjugada 4
Sumário
______________________________________________________________________
Sumário
1 Introdução Geral
26
2 Capítulo 1 Influência dos sistemas de retenção em casos de próteses
conjugadas Classe I mandibular. Análise da distribuição das tensões pelo
método da fotoelasticidade
30
2.1 Resumo
31
2.2 Introdução
33
2.3 Materiais e Métodos
36
2.4 Resultados
42
2.5 Discussão
47
2.6 Conclusão
51
2.7 Referências
52
3 Capítulo 2 Análise fotoelástica da influência da inclinação do rebordo
residual em casos de próteses conjugadas Classe I mandibular com diferentes
sistemas de retenção
55
3.1 Resumo
56
3.2 Introdução
58
3.3 Materiais e Métodos
61
3.4 Resultados
67
3.5 Discussão
73
3.6 Conclusão
78
3.7 Referências
79
Anexos
82
Introdução Geral 27
______________________________________________________________________
1. Introdução Geral*
A Prótese Parcial Removível (PPR) possui um papel essencial no tratamento de
pacientes parcialmente desdentados, que apresentam espaços edêntulos extensos, ou
ainda, que não possuem suporte dental posterior (Classe I e II de Kennedy). Pacientes
com extremidades livres merecem especial atenção, uma vez que representam 70% dos
casos de reabilitação com PPR em arco inferior, uni ou bilateralmente (CURTIS, 1992).
A reabilitação com Prótese Parcial Removível de Extremidade Livre (PPREL) é
de difícil resolução, devido à diferença de resiliência existente entre os tecidos que a
suportam (IGARASHI, 1999; PREISKEL, 1971; REITZ, 1985; TEBROCK, 1979), que
é de aproximadamente 13 vezes. Quando forças oclusais incidem sobre a base da sela é
formado um movimento rotacional com o eixo localizado sobre os descansos dos
últimos dentes suporte (IGARASHI, 1999; REITZ, 1985; SHOHET, 1969). Essa
instabilidade da PPREL pode induzir forças desfavoráveis às estruturas de suporte o que
leva constantemente a PPREL estar relacionada ao aumento da mobilidade e destruição
dos tecidos de sustentação dos dentes suporte traumas nos tecidos de suporte das
próteses que conseqüente levam à diminuição da função da PPR e ao desconforto do
paciente, e reabsorção do rebordo residual distal (EL CHARKAWI, 1988; IGARASHI,
1999; MIZUUCHI, 2002; MORIKAWA, 1989; THOMPSON, 2004).
O rebordo residual é também responsável pelo suporte das PPREL’s absorvendo
e neutralizando cargas verticais e horizontais ou oblíquas provenientes da função e sua
* As referências utilizadas na Introdução Geral encontram-se no Anexo A
Introdução Geral 28
______________________________________________________________________
anatomia pode influenciar na estabilidade do conjunto, assim como atuar diretamente na
integridade dos dentes suportes através das resultantes da dissipação da forças oclusais.
Quando cargas incidem sobre os dentes artificiais das PPRELs a fibromucosa recebe
primeiramente as forças, porém, posteriormente as transmite ao rebordo residual, que é
a estrutura que realmente suporta a base da PPREL (REBÓSSIO, 1963).
O rebordo alveolar pode apresentar inclinações no plano sagital, e foram
classificados em: rebordo horizontal, rebordo descendente distal, rebordo ascendente
distal e rebordo descendente ascendente ou côncavo (ELBRECHT, 1943). Segundo
estudo realizado para determinar o ângulo formado pela reabsorção óssea em 64
hemiarcos analisados por meio de tomadas radiográficas periapicais, a maior ocorrência
de inclinação de rebordo residual foi a descendente distal (GUEDES, 2004).
Estudos realizados por meio de ensaios mecânicos indicam que a inclinação do
rebordo residual no sentido sagital age diretamente sobre a direção e a magnitude da
movimentação do último dente suporte em casos de arcos mandibulares Classe I de
Kennedy reabilitados com PPREL (CECCONI, 1971; FEINGOLD, 1988).
Em casos de reabilitação com PPREL onde são necessárias próteses fixas nos
últimos dentes suporte, os sistemas de encaixes para retenção surgem com papel
fundamental, principalmente devido a grande demanda de estética por parte dos
pacientes. Vários sistemas de retenção intra e extra-coronários de precisão ou semi-
precisão têm sido estudados como alternativa ao uso dos tradicionais grampos (BERG,
1993; CHOU, 1989, 1991; KRATOCHVIL, 1984). Esses sistemas de encaixes podem
proporcionar maior estética e maior retenção, porém, o uso desses sistemas em
extremidades livres tende a transmitir forças excessivas ao último dente suporte.
Quando comparados aos sistemas de encaixe, os grampos apresentam, na
maioria das vezes, resultados mais satisfatórios muito provavelmente devido à liberdade
Introdução Geral 29
______________________________________________________________________
de movimentação que apresentam junto ao dente suporte. Sistemas de retenção rígidos
tendem a transmitir as forças incidentes sobre a extensão distal da PPR para os dentes
suporte de forma mais danosa (BERG, 1993; CHOU, 1989, 1991; KRATOCHVIL,
1984; SHOHET, 1969). A grande maioria dos estudos não tem levado em consideração
o uso de encaixes resilientes que permitam certa movimentação das partes do encaixe,
quando as forças incidem sobre a base da PPREL, funcionando como um stressbraker
diminuindo, assim, as forças transmitidas aos dentes suporte (WILLIAMSON, 1993).
2 Capítulo 1 Influência dos sistemas
de retenção em casos de próteses
conjugadas Classe I mandibular. Análise da
distribuição das tensões pelo método da
fotoelasticidade.
*Normalização de acordo com: Journal of Prosthodontics Implant, Esthetic, and
Reconstructive Dentistry (Anexo B)
Capítulo 1 31
______________________________________________________________________
2.1 RESUMO
A reabilitação de pacientes classe I de Kennedy mandibular através de Prótese
Parcial Removível é de difícil resolução devido à diferença de resiliência existente entre
o ligamento periodontal dos dentes suportes e a mucosa do rebordo residual. Na
associação da prótese parcial removível com próteses parciais fixas, o profissional tem
como alternativa aos grampos tradicionais, o uso de encaixes extra-coronários que
podem melhorar a estética e o funcionamento biomecânico do conjunto. Este estudo
avaliou, pela metodologia da fotoelasticidade, a característica da distribuição de tensões
em vários desenhos de próteses parciais removíveis mandibulares de extremidade livre
associadas a próteses parciais fixas nos dentes suporte. Foram testados quatro desenhos
de próteses parciais removíveis de extremidade livre com diferentes sistemas de
retenção: (1) grampo por ação de pontas; (2) sistema ASC-52; (3) sistema ERA; e (4)
encaixe de semi-precisão Score-PD. Foram aplicadas cargas axiais de 100N sobre cada
um dos dentes das próteses parciais removíveis. As aplicações de cargas foram
registradas e as imagens capturadas proporcionaram a análise da distribuição das
tensões, através da formação de franjas fotoelásticas. A prótese com encaixes de semi-
precisão produziu os maiores níveis de tensão na região de ápice, entre as raízes dos
últimos dentes suporte e na porção mais distal do rebordo residual. As próteses com
encaixes resilientes apresentaram as maiores formações de franjas na região cérvico-
distal do último dente suporte. A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que:
(1) a prótese com o grampo por ação de pontas apresentou melhores distribuições de
tensões; (2) a prótese com o encaixe semi-rígido PD Score produziu os maiores níveis
de tensão; e (3) as próteses com os sistemas ASC-52 e ERA apresentaram situações
intermediárias e similares entre si.
Capítulo 1 32
______________________________________________________________________
Palavras-chave: Prótese parcial removível. Desenho de prótese dental. Encaixes de
precisão de dentadura. Biomecânica.
Capítulo 1 33
______________________________________________________________________
2.2 INTRODUÇÃO
A reabilitação de pacientes parcialmente desdentados posteriores com prótese
parcial removível de extremidade livre (PPREL) mandibular é complexa devido à
diferença de resiliência existente entre a fibromucosa que recobre o rebordo alveolar e o
ligamento periodontal que envolve os dentes suporte (1-4).
Segundo estudo realizado,
70% dos arcos inferiores reabilitados com próteses parciais removíveis (PPRs) são de
extremidade livre (5).
Durante a função é inevitável a formação de um movimento rotacional com
fulcro localizado no último dente suporte (3;4;6). Essa instabilidade da PPREL pode
resultar em inclinação e movimentação do dente suporte causando danos a seus tecidos
periodontais (7). Devido a essa transmissão de forças desfavoráveis aos dentes suporte a
PPREL há muito tem sido relacionada ao aumento da mobilidade e destruição dos
tecidos de sustentação dos dentes suporte, e traumas nos tecidos de suporte das próteses
que conseqüente levam à diminuição da função da PPR e ao desconforto do paciente
(4;7-10).
Para prevenir os movimentos rotacionais das PPRELs visando a proteção dos
tecidos de suporte, um bom planejamento da prótese deve ser realizado (4). A
movimentação dos dentes suporte é influenciada por vários fatores como a localização
dos apoios, o contorno e rigidez dos conectores e a extensão da base da prótese (2).
Alternativas como a indicação correta de grampos (2;7;9), realização de moldagem
funcional (11), maior cobertura da extensão da base da prótese (1), aplicação de uma
camada de resina resiliente na base da prótese (8), associação da PPREL a um implante
osseointegrado na porção distal do rebordo (12-14) e, quando associada a PPF, a
utilização de encaixes (15-18) e esplintagem dos dentes suporte (11;18;19) têm sido
Capítulo 1 34
______________________________________________________________________
alvo de estudos e podem ser viáveis na intenção de proporcionar um melhor
funcionamento biomecânico.
Muitos estudos foram realizados analisando diferentes desenhos de PPRELs e a
transmissão de forças de vários tipos de grampos para as estruturas de suporte
(2;4;6;7;9;20). Porém, nos casos onde a associação da PPREL com PPFs se faz
necessária, os encaixes surgem com papel fundamental, principalmente devido à grande
demanda de estética por parte dos pacientes. Vários sistemas de retenção intra e extra-
coronários de precisão ou semi-precisão têm sido estudados como alternativa ao uso dos
tradicionais grampos (4;6;11;15-18). Esses sistemas de encaixes podem proporcionar
maior estética e maior retenção, porém, seu uso em extremidades livres tende a
transmitir forças excessivas ao último dente suporte (11). A esplintagem dos dentes
suporte tem sido relatada como alternativa satisfatória para a diminuição da transmissão
exagerada de tensões (11;15;16;18;19).
Kratochvil et al. (15)
descreveram um encaixe (Dalbo MK APM-Sterngold,
San Mateo, Calif.) cuja filosofia basicamente defendia os tecidos de suporte, com o
encaixe atuando como controle de posição, proporcionando aos dentes somente o
suporte mínimo.
Porém, muitos destes estudos não têm levado em consideração o uso de encaixes
resilientes que permitam certa movimentação das partes do encaixe, quando as forças
incidem sobre a base da PPREL, funcionando como um stressbraker (21) diminuindo,
assim, as forças transmitidas aos dentes suporte.
Dessa forma, a proposta deste estudo foi analisar, através da metodologia da
fotoelasticidade, a distribuição das tensões sobre as estruturas de suporte da PPREL
(Classe I de Kennedy) mandibular na associação com elementos de PPF utilizando
diferentes tipos de sistemas de retenção: grampos por ação de pontas em forma de “T”,
Capítulo 1 35
______________________________________________________________________
encaixes resilientes do tipo ERA (Sterngold, Attleboro, MA, USA) e ASC-52 (CNG
Soluções Protéticas, São Paulo, SP, Brasil), e encaixes laboratoriais de semi-precisão do
tipo PD-Score (CNG Soluções Protéticas, São Paulo, SP, Brasil) quando cargas axiais
são aplicadas.
Capítulo 1 36
______________________________________________________________________
2.3 MATERIAIS E MÉTODOS
Obtenção do modelo fotoelástico
Foi confeccionado um modelo fotoelástico tridimensional simulando uma
mandíbula com extremidade livre. Foi utilizado um manequim odontológico (Odontofix
Ind. Com. Mat. Odont. Ltda., Ribeirão Preto, SP, Brasil), cujo modelo permitia a
remoção e inserção dos dentes artificiais, que apresentavam dimensões que se
encontravam na média de tamanhos e formas (22). Foi obtida uma matriz (M1) de
silicone (Sapeca Artesanato, Bauru, SP, Brasil) do manequim e vazado um modelo de
gesso especial (Durone, Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil) inicial. Os dentes que não
possuíam relevância neste estudo foram removidos, tornando o modelo desdentado
bilateral posterior, mantendo apenas incisivos, caninos e primeiros pré-molares. A
região correspondente ao rebordo residual desdentado foi desgastada e alisada fazendo
com que o rebordo fosse mantido na forma horizontal. Os dentes caninos e primeiros
pré-molares também foram removidos e na sua posição foram realizadas perfurações
simulando alvéolos dentais.
Uma nova matriz (M2) foi obtida a partir dos dentes do manequim odontológico
e foram confeccionados dentes caninos e primeiros pré-molares em resina acrílica
(Duralay, Reliance Dental MFG Company, Worth, IL, USA). Os dentes de resina foram
fixados no modelo nos locais onde foram simulados os alvéolos dentais com cera.
Caninos e primeiros pré-molares serviram como dentes suporte, e foram
preparados para receberem coroas totais metálicas. Foram posicionadas sobre o rebordo
residual lâminas de cera com aproximadamente 1,3 mm de espessura para que
posteriormente fosse simulada a mucosa alveolar. O modelo com os dentes preparados
foi novamente moldado e uma nova matriz (M3) de silicone foi obtida. A partir de M3
Capítulo 1 37
______________________________________________________________________
foram confeccionados quatro modelos de gesso especial que foram enviados a um
laboratório para a obtenção das próteses (Fig. 1).
Fig. 1 Modelo mestre preparado em gesso especial
Os dentes em resina foram removidos do modelo de gesso e foi produzida outra
matriz (M4) de silicone para a confecção dos dentes fotoelásticos preparados. Para obter
os dentes fotoelásticos foram utilizadas as matrizes M2 para os dentes incisivos e M4
para caninos e primeiros pré-molares preparados. Foi vazada a resina PL-1 (Vishay,
Micro-Measurements Group, Inc Raleigh, NC, USA) de acordo com as instruções dos
fabricantes.
Os dentes fotoelásticos foram posicionados na matriz M3 e foi utilizada a resina
fotoelástica PL-2 (Vishay, Micro-Measurements Group, Inc Raleigh, NC, USA) para a
confecção do osso alveolar (Fig. 2).
Fig. 2 Modelo Fotoelástico Dentes em resina PL-1 e osso alveolar em resina PL-2
Capítulo 1 38
______________________________________________________________________
Obtenção das próteses conjugadas
Para as coroas preparadas nos modelos de gesso especial, obtidos a partir de M3,
foram confeccionadas coroas totais metálicas com liga de Ni-Cr (Fit Cast SB Plus
(sem berílio), Talladium do Brasil, Curitiba, PR, Brasil) esplintadas, cada uma com sua
parte do encaixe a ser analisado. Foram feitas quatro estruturas metálicas de próteses
parciais removíveis com liga de Cr-Co (Degussa S/A, São Paulo, SP, Brasil), todas em
um mesmo laboratório utilizando métodos e condições padronizadas, cada uma com a
parte respectiva dos encaixes. O conector maior escolhido para as próteses parciais
removíveis foi a barra lingual e as próteses conjugadas utilizadas nesse estudo foram:
Prótese Conjugada 1 (PC1): Coroas metálicas totais fresadas nos caninos e primeiros
pré-molares e prótese parcial removível com grampo por ação de pontas (Fig. 3);
Fig. 3 Prótese Conjugada 1 Coroas fresadas e PPR com grampos por ação de
pontas
Prótese Conjugada 2 (PC2): Coroas metálicas totais nos caninos e primeiros pré-
molares utilizando sistemas de retenção ASC-52 unidos distalmente aos últimos dentes
suporte e prótese parcial removível (Fig. 4);
Capítulo 1 39
______________________________________________________________________
Fig. 4 Prótese Conjugada 2 Coroas fundidas ao sistema ASC-52 e PPR
Prótese Conjugada 3 (PC3): Coroas metálicas totais nos caninos e primeiros pré-
molares utilizando sistemas de retenção ERA unidos distalmente aos últimos dentes
suporte e prótese parcial removível (Fig. 5);
Fig. 5 Prótese Conjugada 3 Coroas fundidas ao sistema ERA e PPR
Prótese Conjugada 4 (PC4): Coroas metálicas totais nos caninos e primeiros pré-
molares utilizando encaixes de semi-precisão Score-PD extra-coronários unidos
distalmente aos últimos dentes suporte e prótese parcial removível (Fig. 6).
Capítulo 1 40
______________________________________________________________________
Fig. 6 Prótese Conjugada 4 Coroas fundidas ao sistema Score-PD e PPR
As coroas metálicas foram cimentadas nos dentes preparados com cimento
provisório (Temp Bond, Kerr, Orange, CA, USA), para facilitar a remoção das mesmas
após os testes. As estruturas metálicas foram provadas sobre os modelos para a
constatação do perfeito assentamento sobre os descansos, e a correta posição e contato
entre as partes dos encaixes. Foram montados os dentes artificiais (Trilux Eurovipi,
VIPI Ltda., Pirassununga, SP, Brasil) nas PPRs até segundos molares e as bases
acrilizadas com resina acrílica termopolimerizável incolor (Ortoclass, Clássico Artigos
Odontológicos Ltda., o Paulo, SP, Brasil) às estruturas metálicas. O espaço de 1,3
mm de espessura deixado pela cera foi posteriormente preenchido por resina acrílica
resiliente (Dentusoft, DMG Indústria Argentina, Argentina) para a simulação da mucosa
de revestimento.
Aplicação das cargas
O polariscópio circular (Fig. 7) foi acoplado a uma Máquina de Ensaios
Universais EMIC (EMIC-DL 3000, São José dos Pinhais, PR, Brasil). O conjunto
modelo fotoelástico prótese conjugada foi levado a um recipiente de vidro com óleo
mineral até que o modelo ficasse totalmente imerso, com o objetivo de minimizar a
refração de superfície e facilitar a observação das franjas fotoelásticas. O recipiente foi
Capítulo 1 41
______________________________________________________________________
posicionado entre filtros de um quarto de onda, um filtro polarizador e outro filtro
analisador. Junto ao filtro polarizador é acoplado um difusor de luz, o qual permite que
uma fonte de luz branca (Photoflood 500 W General Eletrics Co., Cleveland, OH,
USA) recaia uniformemente sobre o recipiente com o modelo fotoelástico. O filtro
analisador é acoplado a uma máquina fotográfica digital (Nikon D80, Nikon
Corporation, Chiyoda-ku, Tokyo, Japan) para a captura das imagens. Cargas axiais de
100N foram aplicadas sobre a superfície oclusal de cada um dos dentes das PPREL’s
em pontos fixos, com o auxílio da Máquina EMIC, a qual foi submetida um script que
ao atingir 100N na aplicação das cargas seria mantida a posição durante 10 segundos, o
mesmo tempo para o qual foi ajustado o temporizador da câmera fotográfica para a
padronização dos tempos das aplicações.
Fig. 7 Polariscópio Circular acoplado à máquina EMIC
Durante as aplicações de carga houve a formação de franjas correspondentes à
tensão gerada. O estresse resultante em todas as áreas do modelo fotoelástico foi
monitorado e registrado fotograficamente e, posteriormente analisado em um programa
de edição de imagens (AdobePhotoshop CS3, San Jose, CA, USA) no qual avaliou-se
qualitativamente a distribuição das franjas.
Capítulo 1 42
______________________________________________________________________
2.4 RESULTADOS
Todas as próteses foram posicionadas passivamente sobre os modelos
fotoelásticos e não foram observadas tensões induzidas por seu assentamento. Dessa
forma, todas as franjas observadas foram formadas após as aplicações de cargas sobre
os dentes artificiais das PPRELs.
Com a aplicação das cargas sobre os dentes das PPRELs observou-se a formação
de franjas fotoelásticas em quatro pontos principais: nos ápices das raízes dos últimos
dentes suporte, na região cérvico-distal do último dente, entre os dentes suporte e na
extensão do rebordo residual distal.
Aplicação no 2º p-molar (Fig. 8)
Ápice das raízes: Foi possível observar uma maior formação de ordens de
franjas no modelo com a PC-4 com relação aos outros modelos. Enquanto no modelo
com a PC-4 formaram quatro ordens de franjas, nos outros modelos formaram-se três
ordens. No modelo que utilizou PC-1, as franjas foram mais bem distribuídas em
relação aos modelos com PC-2 e PC-3, que apresentaram franjas mais concentradas.
Cérvico-distal do último dente: No modelo com PC-1 observou-se menor
concentração de tensões, seguido pelo modelo com PC-4. Os modelos que utilizaram
encaixes resilientes (PC-2 e PC-3) apresentaram as maiores formações de franjas nessa
região, sendo o sistema ASC-52 ligeiramente mais favorável.
Entre os dentes suporte: O modelo com PC-1 apresentou os menores níveis de
tensão entre os dentes suporte em relação aos outros modelos que utilizaram os encaixes
extra-coronários. O modelo com PC-4 (encaixe semi-rígido) proporcionou os maiores
níveis de tensão entre os dentes suporte, com franjas vermelhas na maior parte da
Capítulo 1 43
______________________________________________________________________
região. Os modelos com PC-2 e PC-3 tiveram comportamento muito semelhante nessa
região analisada.
Rebordo residual: A aplicação no segundo pré-molar apresentou formação de
franjas muito próximas entre todas as próteses analisadas, sendo que no modelo com
PC-4 houve, ligeiramente, uma maior concentração.
Fig. 8 Aplicação de cargas axiais de 100N no segundo pré-molar de:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
Aplicação no 1º Molar (Fig. 9)
Ápice das raízes: Nos modelos com PC-1 e PC-4 foi possível observar a
formação de quatro ordens de franjas fotoelásticas, contudo em PC-4 as franjas estavam
mais concentradas em relação a PC-1, indicando maior tensão. Nos modelos com PC-2
e PC-3 houve comportamentos semelhantes com a formação de três ordens de franjas.
Cérvico-distal do último dente: Os modelos com as próteses de encaixes
resilientes (PC-2 e PC-3), apresentaram maior formação de franjas fotoelásticas, sendo
que o modelo com PC-3 teve ligeiramente maior concentração. O modelo com PC-4
obteve as menores concentrações de tensão, seguido pelo modelo com PC-1.
Entre os dentes suporte: O modelo com PC-1 apresentou os menores níveis de
tensão entre os dentes suporte. Os modelos com PC-2 e PC-3 tiveram comportamentos
intermediários, muito próximos entre si, sendo PC-2 ligeiramente mais favorável. O
Capítulo 1 44
______________________________________________________________________
modelo com PC-4 (encaixe semi-rígido) proporcionou os maiores níveis de tensão nessa
região, com formação de franjas vermelhas.
Rebordo residual: Os modelos com PC-2 e PC-3 apresentaram a menor
formação de franjas fotoelásticas por toda a extensão do rebordo residual, sendo PC-3
levemente mais favorável. Seguidos pelo modelo com PC-1, que apresentou um
resultado intermediário, e por PC-4 que teve a formação de duas ordens de franjas na
região mais distal do rebordo e uma maior formação de franjas vermelhas na região
mediana do rebordo.
Fig. 9 Aplicação de cargas axiais de 100N no primeiro molar de:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
Aplicação no 2º Molar (Fig. 10)
Ápice das raízes: O modelo com PC-4 apresentou a maior formação de ordens
de franjas fotoelásticas, três no total. PC-1, PC-2 e PC-3 tiveram comportamentos
semelhantes com a formação de três ordens de franjas, porém a área da distribuição das
franjas em PC-1 foi maior, portanto, mais bem distribuídas.
Cérvico-distal do último dente: PC-1 teve a menor formação de franjas
fotoelásticas nesta área, seguida por PC-4 e PC-2 que apresentaram comportamentos
semelhantes, com a formação de duas ordens de franjas na região. O modelo com PC-3
apresentou a maior concentração de tensões, com a formação de três ordens de franjas.
Capítulo 1 45
______________________________________________________________________
Entre os dentes suporte: O modelo com PC-4 apresentou os maiores níveis de
tensão entre os dentes suporte, com uma grande formação de franjas vermelhas, seguido
pelo modelo com PC-2 que também apresentou formação de franjas vermelhas. PC-1 e
PC-3 foram os mais favoráveis com formações de franjas muito próximas com poucas
franjas vermelhas.
Rebordo residual: Os modelos com PC-2 e PC-3 tiveram menores formações de
franjas fotoelásticas na extensão distal do rebordo residual, duas ordens de franjas, com
comportamentos muito semelhantes entre si. PC-1 apresentou um resultado
intermediário, com a formação de uma ordem de franja a mais que PC-2 e PC-3. PC-4
teve uma formação de franjas próxima a PC-1, porém, essas se encontravam mais
concentradas.
Fig. 10 Aplicação de cargas axiais de 100N no segundo molar de:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
De maneira geral, o sistema de encaixe semi-rígido apresentou a situação mais
desfavorável quanto à distribuição das tensões para as estruturas de suporte, enquanto a
PPREL que utilizou o grampo por ação de pontas como sistema de retenção teve o
padrão mais favorável, causando menor solicitação das estruturas de suporte. As
próteses que utilizaram os encaixes resilientes obtiveram um resultado intermediário
Capítulo 1 46
______________________________________________________________________
entre os dois tipos citados, sendo a prótese com o sistema ERA ligeiramente mais
favorável.
Capítulo 1 47
______________________________________________________________________
2.5 DISCUSSÃO
Os tipos de sistemas de retenção utilizados na associação de próteses parciais
fixas e próteses parciais removíveis tem significado importante, uma vez que, além dos
grampos tradicionalmente utilizados nas PPRs convencionais, o profissional pode lançar
mão do uso de encaixes extra-coronários, visando um bom funcionamento biomecânico
do conjunto, além de uma estética mais agradável. Por muitas vezes o clínico utiliza os
encaixes acreditando que esse tipo de sistema de retenção seria superior aos grampos
sob o ponto de vista biomecânico, o que não condiz com a literatura (6;16;17). Nós
acreditamos que a indicação do uso de encaixes em próteses conjugadas seja apenas
pelo fator estético, uma vez que esse tipo de sistema de retenção tende a transmitir
forças de forma insatisfatória para os tecidos de suporte. E justamente nesses casos,
onde a estética se torna primordial, faz-se necessário saber qual o tipo de sistema de
retenção mais indicado para esta situação.
Em casos onde é necessária a confecção de coroas em dentes suporte,
principalmente por problemas periodontais, indica-se a esplintagem dos dentes suporte
para uma melhor distribuição dos esforços (6; 11;15;16;18).
No presente estudo o grampo por ação de pontas foi o sistema de retenção que
transmitiu as forças incidentes sobre a PPREL de forma mais favorável às estruturas de
suporte (dentes e rebordo residual), estando, em partes, de acordo com o estudo de Chou
et al. (16)
que analisou pela metodologia da fotoelasticidade as características das
transferências de carga de seis tipos de PPREL mandibulares aos tecidos de suporte. Em
geral, as PPR’s que utilizavam encaixes produziram maiores níveis de tensões sobre o
dente suporte em relação às que utilizavam grampos, sendo que os maiores níveis foram
Capítulo 1 48
______________________________________________________________________
observados no encaixe de precisão Stern G/L, bem como o sistema Score-PD analisado
em nosso estudo, entretanto o autor não analisou encaixes resilientes como os sistemas
ERA e ASC-52. Em nosso estudo observamos ainda que o grampo por ação de pontas
foi o sistema de retenção que gerou níveis de estresse de forma mais uniforme sobre as
estruturas de suporte, concordando com o mesmo autor, ainda que este tenha utilizado o
grampo RPI em sua análise.
Quando comparados os grampos aos sistemas de encaixes, os primeiros
apresentam, na maioria das vezes, resultados mais satisfatórios muito provavelmente
devido à liberdade de movimentação que os grampos têm juntos aos dentes suporte.
Este resultado corrobora ainda com o estudo complementar do mesmo autor (17)
que analisou os mesmos desenhos de PPREL utilizando a técnica tridimensional da
estereofotogrametria para determinar a movimentação dos dentes suporte e das PPRs
sob forças oclusais. Neste estudo ficou confirmado que as próteses que utilizavam
grampos como sistemas de retenção apresentavam menor movimentação do que as
próteses que utilizavam encaixes de precisão e semi-precisão.
Ao optar por um sistema de retenção rígido, a tendência de transmissão das
forças incidentes sobre a extensão distal da PPR para os dentes suporte será maior,
como observado na Fig. 10 D, onde os resultados mostraram que o sistema semi-rígido
PD-Score foi o que mais solicitou as estruturas de suporte, ocorrendo uma transmissão
de esforços de forma mais desfavorável principalmente na região entre as raízes dos
dentes suporte e seus ápices, sendo possível observar grande formação de franjas
vermelhas indicando tensões excessivas, que clinicamente poderia estar relacionada à
reabsorção óssea. Estes dados estão de acordo com outros estudos (6; 15-18) onde os
sistemas de retenção rígidos e semi-rígidos foram mais desfavoráveis quando
comparados aos grampos.
Capítulo 1 49
______________________________________________________________________
Kratochvil et al. (15) avaliaram retentores diretos com sistemas de encaixes e
PPREL. Neste estudo foram comparadas as forças resultantes sobre as estruturas de
suporte com três tipos de encaixes comumente utilizados na clínica odontológica, pelo
método da fotoelasticidade. Todos os tipos de encaixes analisados induziram forças
distais nos dentes suporte (1° pré-molares), o que ocasionava transmissão de forças
horizontais não favoráveis ao osso alveolar. Mas, quando os pré-molares eram
esplintados aos caninos, o esforço era distribuído, diminuindo as forças distais. Os
resultados obtidos comprovaram que o uso de um sistema de encaixe que permite maior
movimentação diminui as forças induzidas aos dentes suporte, sobrecarregando mais o
rebordo residual, assim como encontrado em nosso estudo, onde os sistemas de
encaixes resilientes apresentaram comportamentos melhores quando comparados ao
encaixe de semi-precisão. De modo que, acreditamos que seja melhor a manutenção da
integridade do dente suporte à reabsorção do rebordo residual.
Berg
e Caputo (18) analisaram, pela metodologia da fotoelasticidade, a
distribuição de tensões sobre as estruturas de suporte em três tipos de PPREL maxilares
com diferentes sistemas de retenção. Em seus resultados o autor observou que a prótese
com encaixes do tipo semi-rígido apresentou as maiores tensões durante as aplicações
das cargas, assim como o encontrado em nosso estudo. Porém, a prótese utilizando
grampo em barra do tipo I” apresentou resultado intermediário nos casos em que os
dentes não eram esplintados, e os melhores resultados foram obtidos com a utilização
do encaixe do tipo ERA com a esplintagem dos dentes remanescentes, elementos de
retenção leve e descansos para suporte da prótese, contrariando os resultados deste
estudo. Isto se deve provavelmente à utilização de um modelo maxilar, o qual transmite
as forças incidentes de forma diferente às estruturas de suporte, à resiliência do sistema,
Capítulo 1 50
______________________________________________________________________
uma vez que, no estudo, os dentes suporte apresentavam comprometimento periodontal,
simulando perda óssea, o que levaria a PPR a ter maior movimentação.
Os maiores níveis de tensão observados em nosso estudo na região cérvico-distal
dos últimos dentes suporte nas próteses que utilizavam os encaixes resilientes podem
ser explicados justamente devido a essa movimentação que o sistema permite. O
rebordo horizontal tende a não permitir grandes movimentações das PPRELs, porém as
partes macho e fêmea dos sistemas resilientes irão se deslocar, causando tensões na
região.
Capítulo 1 51
______________________________________________________________________
2.6 CONCLUSÃO
Baseado na metodologia aplicada e nos resultados obtidos em todas as aplicações
foi possível concluir que:
1. a prótese que utilizava grampo por ação de pontas apresentou a melhor
distribuição de tensões para as estruturas de suporte;
2. a prótese com o sistema de semi-precisão PD-Score foi mais desfavorável na
transmissão de forças para as estruturas de suporte;
3. as próteses com sistemas resilientes de retenção tiveram comportamentos
intermediários e semelhantes entre si.
Capítulo 1 52
______________________________________________________________________
2.7 REFERÊNCIAS
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removable partial dentures: J Prosthet Dent 1971;25:620-628.
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9. Thompson WD, Kratochvil FJ, Caputo AA: Evaluation of photoelastic stress
patterns produced by various designs of bilateral distal-extension removable
partial dentures: J Prosthet Dent 2004;91:105-113.
Capítulo 1 53
______________________________________________________________________
10. Mizuuchi W, Yatabe M, Sato M, Nishiyama A, Ohyama T: The effects of
loading locations and direct retainers on the movements of the abutment tooth
and denture base of removable partial dentures: J Med Dent Sci 2002;49:11-18.
11. El Charkawi HG, El Wakad MT: Effect of splinting on load distribuition of
extracoronal attachment with distal extension prothesis in vitro: J Prosthet Dent
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12. Kuzmanovic DV, Payne AGT, Purton DG: Distal implants to modify the
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Prosthet Dent 2004;92:8-11.
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17. Chou TM, Eick JD, Moore DJ, Tira DE: Stereophotogrammetric analysis of
abutment tooth movement in distal-extension removable partial dentures with
intracoronal attachments and clasps: J Prosthet Dent 1991;66:343-349.
Capítulo 1 54
______________________________________________________________________
18. Berg T, Caputo AA: Maxillary distal-extension removable partial denture
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19. Itoh H, Caputo AA, Wylie R, Berg T: Effects of periodontal support and fixed
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20. Kratochvil FJ, Caputo AA: Photoelastic analysis of pressure on teeth and bone
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21. Williamson RT: Removable partial denture fabrication using extracoronal
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22. Berkovitz BKB, Holland GR, Moxham BJ: Oral anatomy, embryology and
histology, 3rd edition, Saint Louis, Mosby, 2002.
3 Capítulo 2 Análise fotoelástica da
influência da inclinação do rebordo residual
em casos de próteses conjugadas Classe I
mandibular com diferentes sistemas de
retenção
*Normalização de acordo com: The International Journal of Prosthodontics (Anexo C)
56
Capítulo 2
______________________________________________________________________
3.1 RESUMO
A inclinação do rebordo residual no sentido sagital pode influenciar na
distribuição das tensões transmitidas pela incidência de cargas em próteses parciais
removíveis de extremidade livre associadas a próteses parciais fixas. Desse modo, a
proposta deste estudo foi avaliar, pela metodologia da fotoelasticidade, a característica
da distribuição de tensões em próteses parciais removíveis mandibulares de extremidade
livre associadas a próteses parciais fixas nos dentes suportes, variando duas inclinações
de rebordo residual: (1) horizontal e (2) descendente distal. Foram testados dois
desenhos de próteses parciais removíveis de extremidade livre com diferentes sistemas
de retenção: (1) grampo por ação de pontas e (2) sistema ERA. Cargas axiais de 100N
foram aplicadas sobre os dentes das próteses parciais removíveis. As imagens das
aplicações foram capturadas e a distribuição das tensões foi avaliada pela formação de
franjas fotoelásticas. De maneira geral o rebordo descendente distal apresentou maior
formação de franjas fotoelásticas na região das raízes dos dentes suporte, enquanto o
rebordo horizontal sofreu maior compressão da base das próteses por toda sua extensão.
No rebordo horizontal a prótese com grampo por ação de pontas obteve uma
distribuição de tensões mais favorável quando comparado à prótese com o sistema
ERA. No rebordo descendente distal a prótese com sistema ERA aliviou a região dos
dentes suporte e sobrecarregou o rebordo residual. A partir dos resultados obtidos foi
possível concluir que: (1) o rebordo horizontal foi mais favorável na formação e
distribuição de franjas fotoelásticas; (2) as próteses com grampos apresentaram
melhores situações em ambos os rebordos analisados; (3) a prótese com sistema ERA
obteve melhores resultados quando utilizada no rebordo descendente distal,
57
Capítulo 2
______________________________________________________________________
apresentando comportamento muito semelhante ao encontrado com a prótese com
grampos.
Palavras-chave: Prótese parcial removível. Perda óssea alveolar. Encaixes de precisão
de dentadura. Biomecânica.
58
Capítulo 2
______________________________________________________________________
3.2 INTRODUÇÃO
A reabilitação de pacientes parcialmente desdentados com extremidade livre
pode ser feita com próteses sobre implantes, próteses parciais fixas (PPFs) em cantilever
e próteses parciais removíveis (PPRs). Muitas vezes, fatores econômicos ou limitações
anatômicas fazem da PPR uma das principais, se não a única alternativa para a
reabilitação desse tipo de paciente.
1
A reabsorção do rebordo residual distal na
mandíbula pode ser citada como uma limitação para a instalação de implantes
osseointegrados, devido à proximidade da crista do rebordo com o nervo mandibular.
A utilização da PPR para a reabilitação de pacientes nessas condições (Classe I e
II de Kennedy) é complexa, devido à diferença de resiliência na magnitude de 1 para 13
existente entre o ligamento periodontal dos dentes suporte e a mucosa que recobre o
rebordo residual.
2-5
Essa diferença de resiliência gera um movimento rotacional quando
forças oclusais incidem sobre base da Prótese Parcial Removível de Extremidade Livre
(PPREL)
5;6
que pode induzir forças desfavoráveis aos tecidos de suporte podendo levar
à reabsorção do rebordo residual distal bem como prejudicar outras estruturas.
5-12
O rebordo residual é também responsável pelo suporte das PPREL’s absorvendo
e neutralizando cargas verticais e horizontais ou oblíquas provenientes da função, de
forma que sua anatomia pode influenciar na estabilidade do conjunto, assim como atuar
diretamente na integridade dos dentes suportes através das resultantes da dissipação da
forças oclusais.
13
Foi Elbrecht
14
quem primeiro relatou sobre os formatos anatômicos dos rebordos
residuais no sentido sagital e a influência de sua inclinação nos casos onde eram
utilizadas PPRELs na reabilitação. A crista óssea alveolar pode assumir quatro formas
principais em relação ao plano oclusal: (1) rebordo horizontal com inclinação para
59
Capítulo 2
______________________________________________________________________
distal em 0
o
, a prótese mantém sua posição quando forças verticais incidem sobre sua
base e a força é transmitida de forma perpendicular ao rebordo, no sentido do longo eixo
do dente adjacente ao espaço desdentado; (2) rebordo descendente distal a prótese
encontra-se apoiada sobre um plano inclinado e quando forças verticais incidem sobre
sua base, a PPREL tende a deslocar-se para distal, seguindo a inclinação do rebordo; (3)
rebordo ascendente distal quando cargas oclusais incidem sobre a base da prótese
tende a deslocá-la para mesial, ou seja, em direção aos dentes suporte; e (4) rebordo
descendente-ascendente ou côncavo agrupamento das inclinações descendente e
ascendente, respectivamente. Segundo estudo realizado
15
, a maior ocorrência de
inclinação de rebordo residual foi a descendente distal, em 64 hemiarcos analisados
através de duas tomadas radiográficas periapicais para determinar o ângulo formado
pela reabsorção óssea. Ainda segundo o autor, foram encontrados os maiores níveis de
reabsorção do rebordo residual em pacientes portadores de PPREL.
Estudos anteriores
16;17
avaliaram a influência da inclinação do rebordo residual
no sentido sagital sobre a movimentação do último dente suporte em casos de arcos
mandibulares Classe I de Kennedy reabilitados com PPREL através de ensaios
mecânicos. Estas pesquisas revelaram que a direção e a magnitude da movimentação do
dente suporte adjacente ao espaço protético são afetadas pela angulação sagital do
rebordo residual.
Em casos de reabilitação com PPREL onde são necessárias próteses fixas nos
últimos dentes suporte, os sistemas de encaixes para retenção surgem com papel
fundamental, principalmente devido à grande demanda de estética por parte dos
pacientes. Porém, a necessidade estética deve estar aliada à compatibilidade
biomecânica desses sistemas de retenção. Muitos têm sido os sistemas de retenção
estudados, desde os tradicionais grampos extra-coronários
2;6;8
até encaixes intra e extra-
60
Capítulo 2
______________________________________________________________________
coronários de precisão ou semi-precisão.
4-5;18-24
Quando comparados aos sistemas de
encaixe, os grampos apresentam, na maioria das vezes, resultados mais satisfatórios
muito provavelmente devido à liberdade de movimentação que os grampos têm junto ao
dente suporte. Se o sistema de retenção escolhido for gido, a tendência de transmissão
das forças incidentes sobre a extensão distal da PPR para os dentes suporte será maior.
A grande maioria dos estudos não tem levado em consideração o uso de encaixes
resilientes que permitam certa movimentação das partes do encaixe, quando as forças
incidem sobre a base da PPREL, funcionando como um stressbraker
24
diminuindo,
assim, as forças transmitidas aos dentes suporte.
Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar a influência de duas inclinações
de rebordo residual (horizontal e descendente distal) na distribuição das tensões sobre as
estruturas de suporte da PPREL (Classe I de Kennedy) mandibular associada a
elementos de PPF utilizando grampos por ação de pontas e encaixes resilientes do tipo
ERA como sistemas de retenção, através da metodologia da fotoelasticidade.
61
Capítulo 2
______________________________________________________________________
3.3 MATERIAIS E MÉTODOS
Obtenção do modelo fotoelástico
Foram confeccionados dois modelos fotoelásticos tridimensionais simulando
uma mandíbula com extremidade livre. Foi utilizado um manequim odontológico
(Odontofix Ind. Com. Mat. Odont. Ltda., Ribeirão Preto, SP, Brasil), cujo modelo
permitia a remoção e inserção dos dentes artificiais, que apresentavam dimensões que se
encontravam na média de tamanhos e formas.
25
Foi obtida uma matriz (M1) de silicone
(Sapeca Artesanato, Bauru, SP, Brasil) do manequim e vazados dois modelos iniciais de
gesso especial (Durone, Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil). Os dentes que não possuíam
relevância neste estudo foram removidos, tornando os modelos desdentados bilaterais
posteriores, mantendo apenas incisivos, caninos e primeiros pré-molares. As regiões
correspondentes aos rebordos residuais desdentados foram desgastadas e alisadas,
fazendo com que em um dos modelos o rebordo fosse mantido na forma horizontal, e no
outro, o rebordo ficou com uma inclinação descendente de aproximadamente 15º. Os
dentes caninos e primeiros pré-molares também foram removidos, e na sua posição,
foram realizadas perfurações simulando alvéolos dentais.
Uma nova matriz (M2) foi obtida a partir dos dentes do manequim odontológico
e foram confeccionados dentes caninos e primeiros pré-molares em resina acrílica
(Duralay, Reliance Dental MFG Company, Worth, IL, USA). Os dentes de resina foram
fixados no modelo nos locais onde foram simulados os alvéolos dentais com cera.
Caninos e primeiros pré-molares serviram como dentes suporte, e foram
preparados para receberem coroas totais metálicas. Lâminas de cera com
aproximadamente 1,3 mm de espessura foram posicionadas sobre o rebordo residual
para que posteriormente fosse simulada a mucosa alveolar. Os modelos com os dentes
62
Capítulo 2
______________________________________________________________________
preparados foram novamente moldados, obtendo-se duas novas matrizes de silicone
(M3 e M4). Foram confeccionados dois modelos de gesso especial a partir de M3 e dois
a partir de M4, os quais foram enviados ao laboratório para a confecção das próteses
(Fig. 1).
Fig. 1 Modelo mestre preparado em gesso especial
Os dentes preparados em resina acrílica foram removidos dos modelos de gesso
e foi produzida outra matriz (M5) de silicone para a confecção dos dentes fotoelásticos
preparados. Para obter os dentes fotoelásticos foi utilizada a resina PL-1 (Vishay,
Micro-Measurements Group, Inc Raleigh, NC, USA) de acordo com as instruções do
fabricante, nas matrizes M2 (para os incisivos) e M5 (para os caninos e primeiros pré-
molares preparados).
Os dentes fotoelásticos foram posicionados nas matrizes M3 e M4, onde foi
utilizada a resina fotoelástica PL-2 (Vishay, Micro-Measurements Group, Inc Raleigh,
NC, USA) para a confecção do osso alveolar (Fig. 2).
Fig. 2 Modelo Fotoelástico Dentes em resina PL-1 e osso alveolar em resina PL-2
63
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Obtenção das próteses conjugadas
Para os dentes preparados foram confeccionadas coroas totais metálicas de liga
Ni-Cr (Fit Cast SB Plus (sem berílio), Talladium do Brasil, Curitiba, PR, Brasil)
esplintadas cada uma com a respectiva parte do encaixe a ser analisado. Foram feitas
quatro estruturas metálicas de próteses parciais removíveis com liga de Cr-Co (Degussa
S/A, São Paulo, SP, Brasil), todas em um mesmo laboratório, utilizando métodos e
condições padronizadas, cada uma com sua parte do encaixe. O conector maior
escolhido para as próteses parciais removíveis foi a barra lingual e as próteses
conjugadas utilizadas nesse estudo foram:
Prótese Conjugada 1: Coroas metálicas totais fresadas nos caninos e primeiros pré-
molares e prótese parcial removível com grampo por ação de pontas (Fig. 3);
Fig. 3 Prótese Conjugada 1 Coroas fresadas e PPR com grampos por ação de
pontas
Prótese Conjugada 2: Coroas metálicas totais nos caninos e primeiros pré-molares
utilizando sistemas de ERA de retenção unidos distalmente aos últimos dentes suporte e
prótese parcial removível (Fig. 4).
64
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Fig. 4 Prótese Conjugada 2 Coroas fundidas ao sistema ERA e PPR
Os modelos e próteses foram classificados conforme tabela 1 para facilitar a
leitura.
Modelo
Sistema de Retenção
Inclinação do Rebordo Residual
PC1
Grampos por ação de pontas
Horizontal
PC2
Grampos por ação de pontas
Descendente Distal
PC3
Sistema ERA
Horizontal
PC4
Sistema ERA
Descendente Distal
Tabela 1. Nomenclatura atribuída aos modelos fotoelásticos
As coroas metálicas foram cimentadas nos dentes preparados com cimento
provisório (Temp Bond, Kerr, Orange, CA, USA), para facilitar a remoção das mesmas
após os testes. As estruturas metálicas foram provadas sobre os modelos para a
constatação do perfeito assentamento sobre os descansos, e a correta posição e contato
entre as partes dos encaixes. Foram montados os dentes artificiais (Trilux Eurovipi,
VIPI Ltda., Pirassununga, SP, Brasil) nas próteses parciais removíveis até segundos
molares, e as bases acrilizadas às estruturas metálicas com resina acrílica
termopolimerizável incolor (Ortoclass, Clássico Artigos Odontológicos Ltda., São
Paulo, SP, Brasil). O espaço de 1,3 mm de espessura deixado anteriormente pela cera
65
Capítulo 2
______________________________________________________________________
foi preenchido por resina acrílica resiliente (Dentusoft, DMG Indústria Argentina,
Argentina) para a simulação da mucosa de revestimento.
Aplicação das cargas
Foi montado um polariscópio circular (Fig. 5) junto a uma Máquina de Ensaios
Universais EMIC (EMIC-DL 3000, São José dos Pinhais, PR, Brasil). O conjunto
modelo fotoelástico prótese conjugada foi levado a um recipiente de vidro com óleo
mineral até que o modelo ficasse totalmente imerso, com o objetivo de minimizar a
refração de superfície e facilitar a observação das franjas fotoelásticas. O recipiente foi
posicionado entre filtros de um quarto de onda, um filtro polarizador e outro filtro
analisador. Junto ao filtro polarizador é acoplado um difusor de luz, o qual permite que
uma fonte de luz branca (Photoflood 500 W General Eletrics Co., Cleveland, OH,
USA) recaia uniformemente sobre o recipiente com o modelo fotoelástico. O filtro
analisador é acoplado a uma máquina fotográfica digital (Nikon D80, Nikon
Corporation, Chiyoda-ku, Tokyo, Japan) para a captura das imagens. A partir de então,
foram iniciadas as aplicações de cargas axiais de 100N sobre a superfície oclusal dos
dentes das PPREL’s em pontos fixos, com o auxílio da Máquina EMIC. Foi submetido
um script à Máquina EMIC que ao atingir 100N na aplicação das cargas seria mantida a
posição durante 10 segundos. Mesmo tempo para o qual foi ajustado o temporizador da
câmera fotográfica para a padronização dos tempos das aplicações.
66
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Fig. 5 Polariscópio Circular
Durante as aplicações de carga houve a formação de franjas correspondentes à
tensão gerada. O estresse resultante em todas as áreas do modelo fotoelástico foi
monitorado e registrado fotograficamente, e posteriormente analisado em um programa
de edição de imagens (AdobePhotoshop CS3, San Jose, CA, USA) no qual avaliou-se
qualitativamente a distribuição das franjas.
67
Capítulo 2
______________________________________________________________________
3.4 RESULTADOS
Nenhuma tensão foi induzida pelo assentamento das próteses, sendo que todas
foram posicionadas e observou-se a passividade dos conjuntos. Dessa forma, todas as
franjas observadas foram formadas após as aplicações de cargas sobre as PPRELs.
Os ápices das raízes dos últimos dentes suporte, a região cérvico-distal do último
dente, a região entre os dentes suporte e a extensão distal do rebordo residual foram os
quatro pontos principais de formações de franjas fotoelásticas observadas após as
aplicações de cargas sobre as PPRELs.
Rebordo Horizontal
Aplicação no 2º pré-molar (Fig. 6)
Ápice das raízes: Em PC1 observou-se a formação de quatro ordens de franjas,
enquanto em PC3 formaram-se três ordens.
Cérvico-distal do último dente: Em PC1 foi observada menor concentração de
tensões comparada a PC3, que teve formação de duas ordens de franja.
Entre os dentes suporte: PC1 e PC3 apresentaram comportamentos muito
próximos, sendo ligeiramente mais favorável à situação em PC1.
Rebordo residual: as formações de franjas entre os dois modelos foram muito
próximas, porém em PC3 houve uma maior área de franjas vermelhas.
68
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Fig. 6 Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no segundo pré-molar
Aplicação no 1º Molar (Fig. 7)
Ápice das raízes: observou-se formação de três ordens de franjas fotoelásticas
em PC1 e PC3, sendo que no segundo modelo as franjas encontravam-se mais
concentradas.
Cérvico-distal do último dente: Em PC3 foi possível observar a formação de três
ordens de franjas, maior formação comparada ao PC1.
Entre os dentes suporte: comportamentos muito próximos entre PC1 e PC3,
porém, PC1 foi mais favorável.
Rebordo residual: PC3 apresentou menor formação de franjas fotoelásticas na
extensão distal do rebordo residual, em PC1 houve grande formação de franjas
vermelhas.
Fig. 7 Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no primeiro molar
69
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Aplicação no 2º Molar (Fig. 8)
Ápice das raízes: foram formadas duas ordens de franjas em ambos os modelos,
porém, em PC3 as franjas fotoelásticas estiveram mais concentradas.
Cérvico-distal do último dente: PC3 teve a formação de três ordens de franjas,
apresentando comportamento mais desfavorável nessa região comparado a PC1.
Entre os dentes suporte: PC1 apresentou maior quantidade de franjas vermelhas
em relação a PC3.
Rebordo residual: menor formação de franjas em PC3 por toda a extensão do
rebordo, enquanto PC1 teve a formação de três ordens de franjas.
Fig. 8 Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no segundo molar
Os dois tipos de próteses analisadas em seus respectivos modelos fotoelásticos
tiveram comportamentos similares, com PC1 apresentando-se ligeiramente mais
favorável, principalmente devido ao fato de que em PC3 houve um sobrecarga das
estruturas de suporte na região cérvico-distal do último dente suporte. No ápice
radicular, quando as cargas foram aplicadas no segundo pré-molar, houve maior
solicitação pela prótese com grampos, porém, quando as aplicações foram nos dentes
posteriores, houve um alívio por parte da prótese de grampos e maior concentração das
franjas na prótese com sistema ERA. A prótese com grampos distribuiu mais as tensões
70
Capítulo 2
______________________________________________________________________
geradas no ápice para a extensão do corpo da mandíbula, enquanto a prótese com o
sistema ERA apresentou menor formação de franjas na extensão do rebordo, exceto na
aplicação feita no segundo pré-molar.
Rebordo Descendente Distal
Aplicação no 2º pré-molar (Fig. 9)
Ápice das raízes: comportamentos muito semelhantes em PC2 e PC4, com a
formação da mesma quantidade de ordens de franjas, porém, maior concentração de
tensões foi observada em PC4.
Cérvico-distal do último dente: formação de áreas vermelhas em ambos os
modelos, com comportamentos muito próximos, porém, em PC4 a área de formação de
franjas foi maior.
Entre os dentes suporte: PC4 apresentou comportamento mais desfavorável,
com maior formação de franjas em relação a PC2.
Rebordo residual: Em PC2 foi possível observar uma formação maior de franjas
vermelhas na extensão distal do rebordo, quando comparado a PC4.
Fig. 9 Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no segundo pré-molar
71
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Aplicação no 1º Molar (Fig. 10)
Ápice das raízes: Comportamento mais favorável em PC4, onde houve a
formação de duas ordens de franja, enquanto que em PC2 foram formadas três ordens
de franjas.
rvico-distal do último dente: Em PC4 foi possível observar a formação de
uma grande área de franjas vermelhas, e em PC2 houve menor formação de franjas
junto à região analisada.
Entre os dentes suporte: Comportamento mais desfavorável em PC2, com a
ocorrência de maior número de franjas na área analisada. Situação mais favorável em
PC4, com poucas franjas formadas.
Rebordo residual: situação mais favorável em PC2, com a formação de uma
ordem de franjas. Em PC4 formou-se uma ordem de franja, porém, houve maior área
com franjas vermelhas por todo o rebordo residual.
Fig. 10 Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no primeiro molar
Aplicação no 2º Molar (Fig. 11)
Ápice das raízes: Em PC2 houve a formação de duas ordens de franjas, enquanto
PC4 apresentou uma ordem de franja com menor solicitação dos dentes suporte.
72
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Cérvico-distal do último dente: PC2 apresentou pequena formação de franjas na
região cervical do último dente suporte. Em PC4 formou-se uma grande área de franjas
vermelhas na região da crista do rebordo próxima ao último dente suporte.
Entre os dentes suporte: PC2 apresentou maior nível de tensão entre as raízes
dos dentes suporte com relação a PC4.
Rebordo residual: Em PC4 houve maior concentração de tensões, com maior
formação de franjas vermelhas na porção mais distal do rebordo. PC2 solicitou menos o
rebordo residual proporcionando menor formação de franjas.
Fig. 11 Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no segundo molar
Na região entre as raízes dos últimos dentes suporte e em seus ápices, PC2
apresentou os maiores níveis de tensão, principalmente quando as aplicações se dirigiam
para a porção distal da PPREL, enquanto em PC4 ocorreu o oposto, sendo essa região
mais aliviada com as aplicações para posterior. Assim como no rebordo horizontal, a
prótese com o sistema ERA proporcionou maiores zonas de tensão na região cérvico-
distal do último dente suporte, com a formação de áreas vermelhas.
73
Capítulo 2
______________________________________________________________________
3.5 DISCUSSÃO
A reabilitação de pacientes parcialmente desdentados bilaterais posteriores
continua representando um desafio para os clínicos, principalmente devido à
instabilidade gerada pela diferença de resiliência dos tecidos que a suportam. Próteses
instáveis podem levar a uma maior solicitação do último dente suporte, ocasionando
mobilidade dentária e até mesmo reabsorção do rebordo residual.
4;9;10
O uso contínuo
de PPREL com excessiva concentração de cargas oclusais distribuídas de forma
irregular e não homogênea, pode levar à reabsorção constante e progressiva de toda a
extensão do rebordo remanescente.
11
A inclinação distal do rebordo residual merece especial atenção por parte do
clínico no momento do planejamento do caso, uma vez que é também responsável pelo
suporte das PPREL’s, absorvendo e neutralizando cargas verticais, horizontais e/ou
oblíquas provenientes da função. Ainda em 1943, Elbrecht
14
descreveu os quatro
formatos anatômicos que o rebordo residual pode assumir no plano sagital e sua
influência sobre a distribuição das forças mastigatórias em pacientes parcialmente
desdentados de extremidade livre. Desse primeiro relato em diante o assunto não tem
sido muito explorado, sendo poucos os estudos que analisaram a influência da
inclinação do rebordo residual sobre as estruturas de suporte de pacientes portadores de
PPREL.
11;15-17
No presente estudo foram analisadas as inclinações horizontal e descendente
distal do rebordo residual. O rebordo horizontal foi escolhido pelo fato de, teoricamente,
dissipar as forças no sentido perpendicular à linha do rebordo e no sentido do longo eixo
do dente suporte, e ter a tendência de absorver e distribuir melhor as tensões sem muitos
prejuízos para as estruturas de suporte. Já o rebordo descendente distal foi escolhido por
74
Capítulo 2
______________________________________________________________________
ser a inclinação encontrada com maior freqüência
15
, e pelo fato de tratar-se de um plano
inclinado que tende a deslocar a PPREL para distal, levando consigo todas as estruturas
de suporte, fazendo com que a coroa do último dente suporte seja tracionada para distal
e seu ápice radicular para mesial, podendo acelerar o processo de reabsorção óssea e
mobilidade dental.
Estudos anteriores analisaram, através de ensaios mecânicos, a influência da
inclinação dos rebordos de pacientes portadores de PPRELs na movimentação dos
últimos dentes suporte
16;17
, e constataram que a direção e a magnitude das forças são
afetadas pela angulação do rebordo. Estes resultados corroboram aqueles obtidos neste
presente estudo, que apontam o rebordo descendente distal como a situação de
transmissão de forças mais insatisfatória entre as raízes dos últimos dentes suporte e em
seus ápices, indicando que nesse tipo de rebordo a PPREL tende a tracionar mais os
dentes suporte.
Na região de rebordo residual houve grande formação de franjas fotoelásticas e
zonas de compressão, representadas por extensas faixas vermelhas, nos modelos com
rebordo horizontal, indicando que essa inclinação tende a absorver mais as resultantes,
enquanto o rebordo descendente, por se tratar de um plano inclinado, tende a permitir
um deslizamento da PPREL para distal tracionando o último dente suporte.
No presente estudo foi analisado o grampo por ação de pontas, por ser a melhor
opção biomecânica para casos de Classe I de Kennedy mandibular
5;18-20;24
, e o sistema
ERA de retenção, por se tratar de um tipo de encaixe resiliente bastante versátil, de
pequeno custo e de fácil manutenção.
23
Quanto aos sistemas de retenção avaliados no presente estudo, verificamos que o
grampo por ação de pontas foi mais favorável na transmissão das forças incidentes
sobre a PPREL às estruturas de suporte (dentes e rebordo residual), concordando, em
75
Capítulo 2
______________________________________________________________________
partes, com o estudo de Chou et al.
19
que analisaram, por meio da metodologia da
fotoelasticidade, as características das transferências de carga aos tecidos de suporte de
em seis diferentes tipos de PPREL mandibulares, porém, nenhum desses desenhos
utilizando encaixes resilientes, como o sistema ERA. Comparando próteses de grampos,
com próteses utilizando sistemas de encaixe de semi-precisão e precisão submetidas a
várias simulações de cargas oclusais o autor verificou que, em geral, as PPR’s com
encaixes produziram maiores níveis de tensões sobre o dente suporte, em relação às
próteses de grampos, sendo que os maiores níveis foram observados no encaixe de
precisão Stern G/L. A PPREL que utilizou o grampo RPI foi a que gerou níveis de
estresse de forma mais uniforme sobre as estruturas de suporte. Dois anos após, o
mesmo autor
20
,
em um estudo complementar utilizando a metodologia da técnica
tridimensional da estereofotogrametria analisando os mesmos desenhos de PPREL de
seu estudo prévio, determinou a movimentação dos dentes suporte e das PPRs sob
forças oclusais e pôde confirmar que as próteses que utilizavam grampos como sistemas
de retenção apresentavam menor movimentação do que as próteses que utilizavam
encaixes de precisão e semi-precisão.
Entretanto, utilizando a metodologia da fotoelasticidade, Berg
22
mostrou que a
prótese com sistema ERA de retenção obteve melhores resultados comparada à prótese
de grampos em barra do tipo “I”. Foram analisadas as distribuições de tensões em três
tipos de PPREL com diferentes sistemas de retenção, porém, o modelo estudado foi um
arco maxilar com dentes pilares comprometidos periodontalmente. O autor concluiu que
a prótese utilizando grampo em barra do tipo “I” apresentou resultado intermediário em
casos onde os dentes não eram esplintados, e os melhores resultados foram obtidos com
a utilização do encaixe do tipo ERA com a esplintagem dos dentes remanescentes,
elementos de retenção leve e descansos para suporte da prótese.
76
Capítulo 2
______________________________________________________________________
Em nosso estudo foi possível observar um funcionamento mais eficaz da prótese
com o sistema ERA de retenção no modelo com o rebordo descendente distal, sendo
esta, em alguns pontos analisados, como no ápice radicular, superior à prótese de
grampos. Essa inclinação do rebordo tende a proporcionar maior movimentação da
PPREL, a qual seria compensada pela resiliência do sistema.
No rebordo horizontal, onde acredita-se que a estabilidade do conjunto seja
maior, a prótese com sistema ERA sobrecarregou de forma exagerada a região cérvico-
distal do último dente suporte, possivelmente pela movimentação das partes do sistema
de retenção.
O presente estudo e a metodologia aplicada permitiram comparar a transmissão
das forças incidentes sobre as PPRELs e verificar tendência de distribuição das tensões
geradas. Os resultados encontrados expressam apenas a tendência de como seria o
funcionamento biomecânico dos diferentes desenhos de PPREL nas diferentes situações
testadas, como por exemplo, o melhor funcionamento do sistema ERA no rebordo
descendente distal. Clinicamente, seria ideal a conservação da integridade do periodonto
de sustentação dos dentes suporte e a manutenção da densidade óssea no rebordo
residual, porém, com a utilização de PPREL a ocorrência das duas situações torna-se
dificultada. Acreditamos que quanto maior a perda de elementos dentários maior será a
dificuldade na reabilitação, portanto, mais importante que a reabsorção do rebordo
residual, a manutenção da integridade dos dentes suporte é primordial para uma
reabilitação de qualidade. No presente estudo foi observado grande formação de franjas
na extensão do rebordo residual quando este apresentava inclinação horizontal,
enquanto que no rebordo descendente distal, a maior concentração de franjas ocorreu na
região de ápice e entre as raízes dos dentes suporte, portanto, a conservação dos dentes
suporte estaria mais comprometida no segundo caso. Sendo que, no rebordo
77
Capítulo 2
______________________________________________________________________
descendente distal esta maior formação de franjas ao redor dos últimos dentes suporte
foi minimizada com a utilização do sistema ERA, que aliviou essa região, transferindo
as tensões para a extensão distal do rebordo. Cada caso clínico apresenta situações
específicas que podem indicar ou contra-indicar determinado desenho de PPREL.
78
Capítulo 2
______________________________________________________________________
3.6 CONCLUSÃO
Baseado na metodologia aplicada e nos resultados obtidos foi possível concluir que:
4. O rebordo horizontal apresentou situação mais favorável na
formação de franjas e distribuição de tensões;
5. As próteses com grampos por ação de pontas tiveram melhores
desempenhos nas distribuições de tensões em ambos os rebordos analisados;
6. A prótese com o sistema ERA apresentou melhores resultados
quando utilizada no rebordo descendente distal, com comportamento muito
próximo ao da prótese de grampos.
79
Capítulo 2
______________________________________________________________________
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movement as affected by inclination of residual ridges and type of loading. J
Prosthet Dent 1971;25:375-381.
3. Chou TM, Caputo AA, Moore DJ, Xiao B. Photoelastic analysis and
comparison of force transmission characteristics of intracoronal attachments
with clasp distal-extension removable partial dentures. J Prosthet Dent
1989;62:313-319.
4. Chou TM, Eick JD, Moore DJ, Tira DE. Stereophotogrammetric analysis of
abutment tooth movement in distal-extension removable partial dentures
with intracoronal attachments and clasps. J Prosthet Dent 1991;66:343-349.
5. Curtis DA, Curtis TA, Waguild GN, Finzen FC. Incidence of various classes
removable partial dentures. J Prosthet Dent 1992;67:664-667.
6. Elbretch A. De la prótesis y de su construccio. Rev Odontol 1943;31:15-32.
7. El Charkawi HG, Goodking RJ, Delong R, Douglas WH. The effect of the
resilient-layer distal-extension partial denture on movement of the abutment
teeth: A new methodology. J Prosthet Dent 1988;60:622-630.
8. Feingold GM, Grant AA, Johnson W. The effects of partial denture design
on the mobility of abutment tooth movement. J Oral Rehabil 1988;15:379-
384.
85
Anexo A
______________________________________________________________________
9. Guedes CG, Zanetti AL, Feltrin PP. Analysis of the prevalence of different
topographical characteristics of the residual ridge in mandibular free-end
arches. Braz Oral Res 2004;18:29-34.
10. Igarashi Y, Ogata A, Kuroiwa A, Wang CH. Stress distribution and abutment
tooth mobility of distal-extension removable partial dentures with different
retainers: an in vivo study. J Oral Rehab 1999;26:111-116.
11. Kratochvil FJ, Thompson WD, Caputo AA. Photoelastic analysis of stress
patterns on teeth and bone with attachment retainers for removable partial
dentures. J Prosthet Dent 1981;46:21-28.
12. Mizuuchi W, Yatabe M, Sato M, Nishiyama A, Ohyama T. The effects of
loading locations and direct retainers on the movements of the abutment
tooth and denture base of removable partial dentures. J Med Dent Sci
2002;49:11-18.
13. Morikawa M, Masumi S, Kido H, Kosono Y. Analysis of abutment tooth
movement utilizing mandibular kinesiograph (MKG). Dent Mater J
1989;8:56-64.
14. Preiskel HW. Impression techniques for attachment-retained distal extension
removable partial dentures. J Prosthet Dent 1971;25:620-628.
15. Rebóssio AD. Protesis parcial removible. 3.ed. Buenos Aires: Ed. Mundi,
1963, p. 16-17.
16. Reitz PV, Caputo AA. A photoelastic study of stress distribution by a
mandibular split major connector, J Prosthet Dent 1985;54:220-225.
17. Shohet H. Relative Magnitudes of stress on abutment teeth with different
retainers. J Prosthet Dent 1969;21:267-282.
86
Anexo A
______________________________________________________________________
18. Tebrock OC, Rohen RM, Fenster RK, Pelleu Jr. GB. The effect of various
clasping systems on the mobility of abutment teeth for distal-extension
removable partial dentures, J Prosthet Dent 1979;41:511-516.
19. Thompson WD, Kratochvil FJ, Caputo AA. Evaluation of photoelastic stress
patterns produced by various designs of bilateral distal-extension removable
partial dentures. J Prosthet Dent 2004;91:105-113.
20. Williamson RT. Removable partial denture fabrication using extracoronal
resilient attachments: A clinical report. J Prosthet Dent 1993;70:285-287.
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
Journal of Prosthodontics
Implant, Esthetic, and Reconstructive
Dentistry
Anexo B 88
______________________________________________________________________
Journal of Prosthodontics
Implant, Esthetic, and Reconstructive Dentistry
Official Journal of the American College of Prosthodontists
Edited by:
David Felton
Print ISSN: 1059-941X
Online ISSN: 1532-849X
Frequency: Eight times a year
Current Volume: 17 / 2008
Author Guidelines
Instructions to contributors
Editorial office contact information
David A. Felton, DDS, MS
Department of Prosthodontics
UNC School of Dentistry, CB 7450
Chapel Hill, NC 27599-7450
USA
Fax: +1 (919) 966-3281
Anexo B 89
______________________________________________________________________
E-mail: [email protected].edu
Authors submitting a paper do so on the understanding that the work has not been
published before, is not being considered for publication elsewhere and has been read
and approved by all authors. The work shall not be published elsewhere in any language
without the written consent of the publisher. The articles published in this journal are
protected by copyright, which covers translation rights and the exclusive right to
reproduce and distribute all of the articles printed in the journal. No material published
in the journal may be stored on microfilm or videocassettes or in electronic databases
and the like or reproduced photographically without the prior written permission of the
publisher.
Submission of Manuscripts
The Journal of Prosthodontics accepts manuscripts in the following 3 ways (listed in
order of preference)
1) Through our online submission and review site at
http://mc.manuscriptcentral.com/jopr
Create an account, and upload the body of your manuscript. You will not need to
create a title page, as the system will ask for title page information. You will also
be able to upload any digital figures associated with the manuscript. If you do not
have digital figures, you may still use the online site to submit your manuscript;
simply send four sets of hard copy figures to the editorial office.
Anexo B 90
______________________________________________________________________
If you submit your manuscript online there is NO NEED to send a hard copy to the
editorial office. From the online site you will be able to track the progress of your
manuscript through the peer review process.
A Users Guide and online tutorial are available by clicking the "Get Help Now"
link. All Journal of Prosthodontics forms and instructions are also available at the
site.
2) Through an email as a Word document to [email protected]
Figures may also be attached to the email. If the file size of digital figures prohibits
them from being emailed, you may send a CD to the editorial office. If you do not have
digital figures, send four sets of hard copy figures to the editorial office. If you submit
your manuscript via email there is NO NEED to send a hard copy to the editorial office.
3) Via mail to the editorial office
Send four hard copies of the manuscript, along with a floppy disc/CD-ROM with a soft
copy of the manuscript. Include four sets of any figures.
Title page (not necessary when submitting to the online submission site) - The title
page should contain the following information in the order given: 1) Full title of
manuscript. 2) Authors' full names. 3) Authors' institutional affiliations including city
and country. 4) A running title, not exceeding 60 letters and spaces. 5) The name and
address of the author responsible for correspondence about the manuscript.
If the work has previously been presented, the name, place, and date of meeting(s) must
be given. If any financial support was received, the grant/contract number, sponsor
name, and city, state, and country location must be supplied.
Anexo B 91
______________________________________________________________________
Abstract page - An abstract is required for all manuscripts and must precede the body
of the manuscript. Abbreviations and references should not appear in the abstract.
Abstracts for the Basic Science, Clinical Research, and Academics and Education
(research manuscripts) sections must conform to the Structured Abstract format.
Structured Abstracts should not exceed 350 words and must contain the following
information: (1) Purpose (2) Materials and Methods (3) Results (4) Conclusions
Abstracts for the Clinical Science, Academics and Education (program descriptions),
Topics of Interest, Techniques and Technologies, and Clinical Reports sections need not
be structured and should contain no more than 250 words.
Following the abstract and on the same page, there should be several words not
appearing in the title of the manuscript to be titled: INDEX WORDS.
Please note: If submitting to the online site, you will be prompted to enter the abstract
and index words separately.
Text - Research manuscripts should include the following sections: Introduction,
Materials and Methods, Results, Discussion, Conclusion, Acknowledgements, and
References. Experimental design should be clearly described (eg, randomized clinical
trial, cohort study, case-control study, case series).
Other manuscripts should begin with an introductory paragraph of at least two to five
sentences. The remainder of the manuscript should be divided into sections preceded by
appropriate headings.
The Introduction will include the following: a description of the problem that inspired
the study; a brief discussion of relevant published material that addressed the same
Anexo B 92
______________________________________________________________________
problem or that documents methodology used in the study; and the goal of the study, the
purpose statement or hypothesis.
The Materials and Methods section describes materials or subjects used and the
methods selected to evaluate them, including information about the overall design, the
nature of the sample studied, the type of interventions (or treatments) applied to the
individual elements in the sample, and the principal outcome measure. Statistical
methodology should be included in this section.
The Results section will be a clear statement of the findings and an evaluation of their
validity based on the outcome of statistical tests.
The Discussion section presents the research in its broader context, describes its clinical
implications, identifies limitations or problems that emerged during the course of the
study, characterizes the larger significance of the findings, and articulates any further
questions remaining to be answered on the subject.
The Conclusion section includes only a brief and succinct summary of the findings.
References - Number references consecutively in the order in which they are first
mentioned in the text. Identify references in texts, tables, and legends by Arabic
numerals (in parentheses). Use the style of the examples below, which are based on the
format used by the US National Library of Medicine in Index Medicus. For
abbreviations of journals, consult the "List of the Journals Indexed" printed annually in
the January issue of Index Medicus.
For standard journal articles list all authors when three or fewer; when three or more,
list first three authors and add et al.
Anexo B 93
______________________________________________________________________
Example:
Raghoebar GM, Brouwer TJ, Reintesma H, et al: Augmentation of the maxillary sinus
floor of autogenous bone for the placement of endosseous implants: A preliminary
report. J Oral Maxillofac Surg 1993;51:1198-1203
Chapter in book
Phoenix, RD: Denture base resins: Technical considerations and processing techniques,
in Anusavice KJ (ed): Phillips' Science of Dental Materials, vol 1 (ed 10). Philadelphia,
PA, Saunders, 1996, pp 237-271
Tables - Tables should be positioned following the references, not in the body of the
manuscript. The tables should be numbered consecutively with Arabic numerals. Each
table should be typed on a separate sheet. Include any necessary legends on the same
page with the associated table.
Illustrations - All graphs, drawings, and photographs are considered figures and should
be numbered in sequence with Arabic numerals. Each figure should have a legend and
all legends should be typed together on a separate sheet and numbered correspondingly.
The inclusion of color illustrations is at the discretion of the editor. Details must be
large enough to retain their clarity after reduction in size. Micrographs should be
designed to be reproduced without reduction, and they should be dressed directly on the
micrograph with a linear size scale, arrows, and other designators as needed.
When digital images are not available, four sets of illustrations should be submitted,
identifying each with a label on the back indicating the figure number, author's name,
and the top.
Anexo B 94
______________________________________________________________________
Figures submitted to the Journal of Prosthodontics
Photographs of People
The Journal of Prosthodontics follows current HIPAA guidelines for the protection of
patient/subject privacy.
If an individual pictured in a digital image or photograph can be identified, his or her
permission is required to publish the image. The corresponding author may submit a
letter signed by the patient authorizing the Journal of Prosthodontics to publish the
image/photo. Or, a form provided by the Journal of Prosthodontics (available by
clicking the "Instructions and Forms" link in Manuscript Central) may be downloaded
for your use. This approval must be received by the Editorial Office prior to final
acceptance of the manuscript for publication. Otherwise, the image/photo must be
altered such that the individual cannot be identified (black bars over eyes, etc).
Manipulation of Digital Photos
Authors should be aware that the Journal considers digital images to be data. Hence,
digital images submitted should contain the same data as the original image captured.
Any manipulation using graphical software should be identified in either the Methods
section or the caption of the photo itself. Identification of manipulation should include
both the name of the software and the techniques used to enhance or change the graphic
in any way. Such a disclaimer ensures that the methods are repeatable and ensures the
scientific integrity of the work.
No specific feature within an image may be enhanced, obscured, moved, removed, or
introduced. The grouping of images from different SEMS, different teeth, or the mouths
of different patients must be made explicit by the arrangement of the figure (i.e., by
Anexo B 95
______________________________________________________________________
using dividing lines) and in the text of the figure legend. Adjustments of brightness,
contrast, or color balance are acceptable if they are applied to the whole image and as
long as they do not obscure, eliminate, or misrepresent any information present in the
original, including backgrounds.
The removal of artifacts or any non-integral data held in the image is not allowed. For
instance, removal of papillae or "cleaning up" of saliva bubbles is not allowed.
Cases of deliberate misrepresentation of data will result in rejection of a manuscript, or
if the misrepresentation is discovered after a manuscript's acceptance, revocation of
acceptance, and the incident will be reported to the corresponding author's home
institution or funding agency.
Abbreviations, symbols and nomenclature - Authors are to use current prosthodontic
nomenclature and are referred to the Glossary of Prosthodontic Terms (7
th
Edition) for
accepted terminology. Generic names should be used for all drugs and equipment.
When a trade name must be used, cite parenthetically the trade name and the name, city,
state, and country of the manufacturer. Measurements should be in the metric system.
Permissions - Any illustrations or tables that have been published previously must be
accompanied by a letter of permission from the copyright holder (usually the publisher).
Illustrations or tables that have been adapted or modified must also be accompanied by
letters of permission.
Copyright - Authors will be required to fill out a copyright assignment form prior to
their articles being published. The form can be found here.
Anexo B 96
______________________________________________________________________
Proofreading - The designated corresponding author is provided with proofs and is
asked to proofread them for typesetting errors. Important changes in the data are
allowed, but authors will be charged for excessive alterations in proof.
Offprints - An order form, showing cost of offprints, is sent with proofs to the
designated corresponding author. Offprints of articles must be ordered in advance of
publication.
NEW: Online production tracking is now available for your article through
Blackwell's Author Services.
Author Services enables authors to track their article - once it has been accepted -
through the production process to publication online and in print. Authors can check the
status of their articles online and choose to receive automated e-mails at key stages of
production. The author will receive an e-mail with a unique link that enables them to
register and have their article automatically added to the system. Please ensure that a
complete e-mail address is provided when submitting the manuscript. Visit
www.blackwellpublishing.com/bauthor for more details on online production tracking
and for a wealth of resources including FAQs and tips on article preparation,
submission and more.
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
The International Journal of
Prosthodontics
Anexo C 98
______________________________________________________________________
The International Journal of Prosthodontics
Author Guidelines
The International Journal of Prosthodontics will consider for publication original
articles on relevant prosthodontic clinical research and patients' oral rehabilitative
needs. The submitted articles must not have been published or submitted for publication
elsewhere. Articles may be submitted as Long (LC) or Short Communications (SC),
with both formats undergoing identical review processes. Papers dealing with the
clinical management of prosthodontic patients or clinically relevant biomaterials
investigations are more likely to be accepted as LCs, while laboratory investigations,
pilot or preliminary studies, and case history reports should be preferably submitted as
SCs. The Editor-in-Chief reserves the right to request that an author change a
submission from an LC to an SC, or vice versa.
Review/editing of manuscripts.
Manuscripts will be reviewed by the editor-in-chief, one associate editor, and one or
two reviewers or consultants with expertise within the scope of the article. Papers that
draw conclusions from statistical evidence may be reviewed by a statistical consultant.
The publisher reserves the right to edit accepted manuscripts to fit the space available
and to ensure conciseness, clarity, and stylistic consistency, subject to the author’s final
approval.
Adherence to guidelines.
Anexo C 99
______________________________________________________________________
Manuscripts that are not prepared in accordance with these guidelines will be returned
to the author before review.
--------------------------------------------------------------------------------
Submit manuscripts in the following order of preference:
Via online submission service (www.manuscriptmanager.com/ijp)
Manuscripts should be uploaded as PC Word (doc) files with tables and figures
preferably embedded within the document. No paper version is required.
Via e-mail as a PC Word or PDF document ([email protected])
Illustrations should be embedded in the
PC Word document but can be attached in any format that can be opened using Adobe
Photoshop (tif, eps, jpg) or as Microsoft PowerPoint documents (ppt).
No paper version is required.
Via mail: one paper copy of the manuscript and figures plus a floppy disk or CD-ROM
(mandatory)
The disk/CD-ROM should contain a word file of the manuscript text and tables. Figures
should be embedded in the PC Word document but can be included as separate files on
the disk in any format that can be opened using Adobe Photoshop (tif, eps, jpg) or as
Microsoft PowerPoint documents (ppt).
Send submissions via mail to:
Dr George A. Zarb
Anexo C 100
______________________________________________________________________
Editor-in-Chief
The International Journal of Prosthodontics
Department of Prosthodontics
Faculty of Dentistry
University of Toronto
124 Edward Street
Toronto, Ontario, M5G 1G6 Canada
--------------------------------------------------------------------------------
Manuscript Preparation
The Journal will follow as much as possible the recommendations of the International
Committee of Medical Journal Editors (Vancouver Group) in regard to preparation of
manuscripts and authorship (Uniform requirements for manuscripts submitted to
biomedical journals. Ann Intern Med 1997;126:3647). Short Communications must
not exceed 700 words, 4 illustrations with concise legends, and 5 references.
Manuscripts should be typed double-spaced with a 1-inch margin all around. Number
all pages.
Title page. This should include the title of the article (descriptive but as concise as
possible) and the name, degrees, title, professional affiliation, and full address of all
authors. Phone, fax, and e-mail address must also be provided for the corresponding
author, who will be assumed to be the first-listed author unless otherwise noted. If the
paper was presented before an organized group, the name of the organization, location,
and date should be included.
Anexo C 101
______________________________________________________________________
Abstract/key words. For Long Communications, include a maximum 250-word
structured abstract (with headings Aims, Methods, Results, Conclusion) and five key
words. Short Communications should include a 100-word abstract that can be published
on PubMed.
Introduction. Summarize the rationale and purpose of the study, giving only pertinent
references. Clearly state the working hypothesis.
Materials and Methods. Present materials and methods in sufficient detail to allow
confirmation of the observations. Published methods should be referenced and
discussed only briefly, unless modifications have been made. Indicate the statistical
methods used, if applicable.
Results. Present results in a logical sequence in the text, tables, and illustrations. Do not
repeat in the text all the data in the tables or illustrations; emphasize only important
observations.
Discussion. Emphasize new and important aspects of the study and the conclusions that
follow from them. Do not repeat in detail data or other material given in the
Introduction or Results section. Relate observations to other relevant studies; point out
the implications of the findings and their limitations.
Acknowledgments. Acknowledge persons who have made substantive contributions to
the study. Specify grant or other financial support, citing the name of the supporting
organization and grant number.
Anexo C 102
______________________________________________________________________
Figure Legends. Figure legends should be grouped at the end of the text and typed
double-spaced.
Abbreviations. The full term for which an abbreviation stands should precede its first
use in the text unless it is a standard unit of measurement.
Trade names. Generic terms are to be used whenever possible, but trade names and
manufacturer should be included parenthetically at first mention.
References
All references must be cited in the text, numbered in order of appearance.
The reference list should appear at the end of the article in numeric sequence.
Do not include unpublished data or personal communications in the reference list. Cite
such references parenthetically in the text and include a date.
Avoid using abstracts as references.
Provide complete information for each reference, including names of all authors (up to
six). If the reference is to part of a book, also include the title of the chapter and names
of the book’s editor(s).
Anexo C 103
______________________________________________________________________
Journal reference style:
1. Turp JC, Kowalski CJ, Stohler CS. Treatment-seeking patterns of facial pain patients:
Many possibilities, limited satisfaction. J Orofac Pain 1998;12:6166.
Book reference style:
1. Hannam AG, Langenbach GEJ, Peck CC. Computer simulations of jaw
biomechanics. In: McNeill C (ed). Science and Practice of Occlusion. Chicago:
Quintessence, 1997:187194.
--------------------------------------------------------------------------------
Illustrations and Tables
All illustrations and tables should be numbered and cited in the text in order of
appearance.
Illustrations and tables should be embedded in a PC Word document.
All illustrations and tables should be grouped at the end of the text.
High-resolution images must be sent to Dr Zarb’s office.
Original artwork or slides may still be required of the author after acceptance of the
article.
--------------------------------------------------------------------------------
Mandatory Submission Form
The Mandatory Submission Form must be signed by all authors and faxed to Dr Zarb’s
office (+416-979-4936).
--------------------------------------------------------------------------------
Permissions and Waivers
Anexo C 104
______________________________________________________________________
Permission of author and publisher must be obtained for the direct use of material (text,
photos, drawings) under copyright that does not belong to the author.
Waivers must be obtained for photographs showing persons. When such waivers are not
supplied, faces will be masked or cropped to prevent identification.
Permissions and waivers should be faxed along with the Mandatory Submission Form
to Dr Zarb’s office (+416-979-4936).
Materiais e Métodos
Anexo D 106
______________________________________________________________________
Figura 1 Manequim odontológico
Figura 2 Matriz de silicone M1 e modelo de gesso especial
Figura 3 Modelo de gesso especial sendo preparado
Figura 4 Dentes artificiais posicionados para confecção da matriz M2
Anexo D 107
______________________________________________________________________
Figura 5 Confeccionando a matriz de silicone M2
Figura 6 Modelo de gesso especial obtido a partir de M3
Figura 7 - Confecção da matriz de silicone M4
Figura 8 Silicone sendo vertido para a confecção da matriz M4
Anexo D 108
______________________________________________________________________
Figura 9 Resina fotoelástica PL 1
Figura 10 Matriz de silicone M2 preenchida com a resina PL 1
Figura 11 Dentes em resina fotoelástica PL 1
Figura 12 Matriz de silicone M3 com dentes fotoelásticos posicionados
Anexo D 109
______________________________________________________________________
Figura 13 Resina Fotoelástica PL 2
Figura 14 Manipulação da resina PL 2
Figura 15 - Vertendo a resina PL 2 na matriz M3
Anexo D 110
______________________________________________________________________
Figura 16 A matriz é mantida sob pressão de 40 lbf/pol
2
Figura 17 - Modelo fotoelástico
Figura 18 Próteses Conjugadas com grampo por ação de pontas
Anexo D 111
______________________________________________________________________
Figura 19 Próteses Conjugadas com sistema ASC-52
Figura 20 Próteses Conjugadas com sistema ERA
Figura 21 Próteses Conjugadas com sistema PD-Score
Anexo D 112
______________________________________________________________________
Figura 22 Polariscópio circular acoplado à maquina de ensaios universais EMIC
Aplicações de Cargas
Anexo E 114
______________________________________________________________________
Figura 23 Aplicação de cargas no segundo pré-molar em:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
Figura 24 Aplicação de cargas no primeiro molar em:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
Figura 25 Aplicação de cargas no segundo molar em:
A. PC-1; B. PC-2; C. PC-3; D. PC-4
Anexo E 115
______________________________________________________________________
Figura 26 Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no segundo pré-molar
Figura 27 Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no primeiro molar
Figura 28 Aplicação de cargas: (A) PC1 e (B) PC3 no segundo molar
Anexo E 116
______________________________________________________________________
Figura 29 Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no segundo pré-molar
Figura 30 Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no primeiro molar
Figura 31 - Aplicação de cargas: (A) PC2 e (B) PC4 no segundo molar
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