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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Curso de Mestrado em Educação Física
Dissertação
FEEDBACKAPÓS BOAS E MÁS TENTATIVAS DE PRÁTICA NA
APRENDIZAGEM DO NADO CRAWL
JULIANA IZABEL KATZER
Pelotas, RS – Brasil
2010
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2
JULIANA IZABEL KATZER
FEEDBACKAPÓS BOAS E MÁS TENTATIVAS DE PRÁTICA NA
APRENDIZAGEM DO NADO CRAWL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Educação Física da Universidade Federal de
Federal de Pelotas, como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre em Ciências (área
de conhecimento: Fatores que Afetam a
Aprendizagem Motora).
Orientador: José Francisco Gomes Schild
Coorientadora: Suzete Chiviacowsky Clark
Pelotas, RS – Brasil
2010.
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3
Dados de catalogação Internacional na fonte:
(Bibliotecária Patrícia de Borba Pereira CRB10/1487)
K19f Katzer, Juliana Izabel
Feedbak após boas e más tentativas de práticas de aprendizagem
do nado crawl / Juliana Izabel; orientador José Francisco Schild; co-
orientação Suzete Schiviacowsky Clark. – Pelotas : UFPel : ESEF, 2010.
81 p.
Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Educação
Física. Escola Superior de Educação Física. Universidade Federal de
Pelotas. Pelotas, 2010.
1Aprendizagem Motora 2 Nado Crawl I. Título II. Schild, José
Francisco III.Clark, Suzete S
CDD 155.412
4
Banca Examinadora:
Prof. Dr. José Francisco Gomes Schild (Orientador)
Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Flávio Medeiros Pereira
Universidade Federal de Pelotas
Profª. Drª. Sara Teresinha Corazza
Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Dr. Cássio de Miranda Meira Junior
Universidade de São Paulo
5
Dedicatória
Aos meus pais,
José Afonso Katzer e
Irma Katzer (in memoriam)
por seu amor, dedicação, paciência e apoio.
Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos
momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso,
oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.
(Bertrand Russell)
6
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. José Francisco Gomes Schild, por toda a orientação e conselhos
durante a realização deste estudo.
À Profª. Drª. Suzete Chiviacowsky Clark, pela coorientação, pelas
contribuições nos detalhes da metodologia, necessários para o desenvolvimento do
experimento.
Aos membros da banca, Prof. Dr. Flávio Medeiros Pereira, Profª. Drª. Sara
Teresinha Corazza, e Prof. Dr. Cássio de Miranda Meira Junior, pelas valiosas
contribuições ao artigo.
À Universidade Federal de Pelotas e à Escola Superior de Educação Física
pela oportunidade de ingresso ao Programa de Pós-Graduação no Mestrado em
Educação Física, e também pela acolhida.
Aos secretários da pós-graduação, em especial ao Tiago, pelos auxílios
burocráticos.
À Associação Desportiva da Universidade Federal de Santa Maria,
especialmente às professoras coordenadoras da Escola de Natação, Lúcia de
Fátima Dias Porciúncula e Eliane Zennir Corrêa de Moraes, pelo auxílio durante as
coletas.
Aos monitores, Carlos, Eurico, Hanna, Joseane, Maiane e Marília, pelo apoio
e dedicação durante o experimento. Por permitirem que eu “tomasse” os seus alunos
por algum tempo.
Aos colegas do Laboratório de Comportamento Motor, pelo carinho no
pequeno tempo de convivência, pelas apresentações e discussões de artigos. Em
especial às colegas Raquel e Camila, por compartilharem as vidas da escrita da
dissertação.
Aos colegas do Laboratório de Aprendizagem Motora, pelo apoio e motivação
para não desistir durante as coletas, pelas discussões acerca dos estudos na área
de aprendizagem motora. Em especial à Profª. Drª. Sara que sempre auxiliou nas
dúvidas durante as coletas.
Aos sujeitos, que aceitaram participar e permaneceram até o final, ajudando-
me a provar que não é tão difícil assim aprender a nadar.
7
Aos amigos de que moram no meu coração, Ayrton, Dionéia, Luciana, Mirela,
Fabinha, Daniele, Andressa e Danielle Antes. Em especial à Mabel pelo ombro
amigo nas horas difíceis, pelos conselhos, risadas, mates, festas e coletas. Amo
vocês!
Ao meu irmão, Júlio, que de um jeito “torto” sei que no fundo ele torce por
mim. E também a todos os familiares que compreendem a minha ausência quando
necessária.
Aos meus Pais, que são o exemplo a ser seguido, a pessoa que sou devo a
vocês. Seu José, exemplo de força, coragem, honestidade, que me ajudou a superar
nossa grande perda... Dona Irma, um exemplo de mulher, Mãe, companheira, amiga,
que sempre me ouvia, nas alegrias e tristezas, nos momentos bons e ruins... Faz
muita falta... Onde a Senhora estiver sei que está olhando por mim, e conquistando
comigo mais essa vitória...
À Deus, pelo dom da vida e por iluminar meu caminho, sempre que precisei.
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”
(Mário Quintana)
8
RESUMO
KATZER, Juliana Izabel. Feedback Após Boas e Más Tentativas de Prática na
Aprendizagem do Nado Crawl”. 2010. 81f. Dissertação (Mestrado) - Programa de
Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.
A aprendizagem de habilidades motoras é um processo complexo. Dependendo da
tarefa, obter um alto nível de habilidade pode tomar anos de prática. Vários fatores
podem influenciar na aquisição de habilidades no ambiente da aprendizagem motora
como, sendo um dos principais fatores, o feedback. Este estudo teve como objetivo
verificar a aprendizagem motora de iniciantes do nado crawl, utilizando feedback
após boas e más tentativas. Fizeram parte desse estudo 48 adultos universitários
com média de idade de 25,11±5,345 anos, da Escola de Natação da Associação
Desportiva da Universidade Federal de Santa Maria - RS. Para verificar a
aprendizagem motora do nado crawl foi utilizado o Teste do Desempenho Motor do
Nado Crawl de Corazza et al. (2006) para o pré e pós-testes. Os alunos foram
divididos em dois grupos com 24 sujeitos cada: o grupo 1 (G1) que recebeu
feedback após boas tentativas de prática e o grupo 2 (G2) que recebeu feedback
após más tentativas de prática. Após 10 aulas de natação através da prática parcial
progressiva, foi realizado o pós-teste para verificar a aprendizagem do nado crawl.
Os resultados encontrados no pré-teste para o G1 de 3,46±3,55 pontos e para o G2
de 3,46±3,14 pontos. os resultados no pós teste para o G1 26,29±2,33 e para o
G2 23,85±5,47 pontos.
Foi encontrada uma diferença significante para ambos os
grupos (p<0,001), o que mostra que ambos os grupos aprenderam após as 10 aulas,
no entanto, confirmando hipótese do estudo, o G1 obteve resultados superiores
quando comparado ao G2 (p<0,001). A partir dos resultados encontrados observou-
se que o grupo que recebeu feedback após boas tentativas teve um desempenho
superior no nado crawl quando comparado ao grupo que recebeu feedback após
más tentativas de prática. Esse fato pode ter ocorrido porque o feedback após boas
tentativas além de motivar o aluno a continuar praticando, é muito mais fácil para o
aluno iniciante numa habilidade motora manter o padrão do movimento para a
próxima tentativa.
Palavras-chave: Feedback, Aprendizagem Motora, Natação, Nado Crawl,
Conhecimento de Performance.
9
Feedback After “Good” Trials and “Bad” Trials of Practice in the Learning of
Crawl Swimming Style.
Abstract
The learning of motor skills is a complex process. Depending on the task, obtaining a
high level of skill can take years of practice. Several factors may influence the
acquisition of skills in the motor learning environment as a distribution, quantity and
variety of practical experiences, mental practice, demonstration and a major factor,
the feedback. This study aims at verifying the motor learning of the beginning crawl
swimming style, using feedback after “good” trials and “badtrials. The present study
evaluated 48 adult students with a mean age of 25.11±5.345 years, the Associação
Desportiva da Universidade Federal de Santa Maria- RS. In order to check the motor
learning the front crawl test was used “Motor Performance of the Crawl Swimming
Style Test” (Corazza et al., 2006) for the pre and post tests. Students were divided
into two groups with 24 subjects each: group 1 (G1) received feedback after “good”
trials to group 2 (G2) received feedback after “bad” trials at practice. The post test
was carried out after 10 lessons in order to assess the learning of crawl swimming
style. The findings of the pretest for to G1 was 3.46±3.55 points and for the G2 was
3.46 ± 3.14 points. And the results on the posttest was for the G1 26.29±2.33 for G2
and 23.85±5.47 points. There was found a significant difference for both groups
(p<0.001). This shows that both groups learned after the 10 lessons, however,
confirming the study purpose, the G1 obtained better results when compared to G2
p<0.001. From the results it was observed that the group that received feedback after
“good” trials had a superior performance in crawl swimming style compared to the
group that received feedback after “bad” trials at practice. This may be because of
the feedback provided after “good” trials and it might motivate students to continue
practicing, it is much easier for the beginner in motor skill to maintain the pattern of
movement for the next trial.
Keywords: Feedback, Motor Learning, Swimming, Crawl Swimming Style,
Knowledge of Performance.
10
Lista de figuras
FIGURA 1 - Desempenho dos Grupos no pré e pós-teste.........................................44
11
Lista de Tabelas
TABELA 1 – Análise Descritiva dos Dados................................................................45
TABELA 2 – Diferença entre grupos através do Teste t de Wilcoxon........................46
12
Lista de Abreviaturas ou Siglas
CR – Conhecimento de Resultado;
CP – Conhecimento de Performance;
ADUFSM – Associação Desportiva da Universidade Federal de Santa Maria;
TDMNC – Teste do Desempenho Motor do Nado Crawl;
G1 – Grupo um que recebeu feedback após boas tentativas de prática;
G2 – Grupo dois que recebeu feedback após más tentativas de prática;
SPSS – Statistical Package for Social Sciences.
13
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO GERAL 15
1 PROJETO DE PESQUISA 16
1.1 O Problema e sua Importância 16
1.2 Objetivo Geral 19
1.3 Justificativa 20
2 REVISÃO DE LITERATURA 23
2.1 Natação 23
2.2 Nado Crawl 23
2.2.1 Técnica do Nado Crawl 24
2.2.1.1 Posição do Corpo 24
2.2.1.2 Movimentação das Pernas 25
2.2.1.3 Movimentação dos Braços 26
2.2.1.4 Coordenação Geral 29
2.2.1.5 Respiração 29
2.3 Prática Parcial Progressiva 30
2.4 Formas de Feedback 33
3 RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO 37
3.1 Caracterização da Pesquisa 37
3.2 Amostra 37
3.3 Instrumento 37
3.4 Procedimentos Gerais 37
3.5 Delineamento Experimental 38
3.6 Procedimentos para realização do tratamento 38
14
3.7 Análise de dados 39
4 ARTIGO 40
5 CONCLUSÃO 56
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57
APÊNDICES 65
ANEXOS 77
15
APRESENTAÇÃO GERAL
Esta dissertação de mestrado atende ao regimento do Programa de Pós-
Graduação em Educação sica da Escola Superior de Educação sica da
Universidade Federal de Pelotas. Em seu volume como um todo, é composto de
quatro partes principais:
1. PROJETO DE PESQUISA: defendido no dia 04/12/2008. Na versão
apresentada neste volume, já incorpora as modificações sugeridas pela banca
examinadora.
2. RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO: descrição da pesquisa realizada
como projeto intitulado “Feedback após Boas e Más Tentativas na
Aprendizagem do Nado Crawl”, cujas coletas realizaram-se no ano de 2009.
3. ARTIGO: “Feedback após boas e más tentativas na aprendizagem do Nado
Crawl”.
4. PRESS-RELEASE: resumo dos principais resultados do estudo, que será
enviado para a imprensa local (APÊNDICE 2).
16
1 PROJETO DE PESQUISA
INTRODUÇÃO
1.1 O Problema e sua Importância
A natação, como atividade pedagógica, requer estudos para determinar qual
método de ensino pode ser o melhor para essa tarefa motora. Muitos estudos
verificaram diversas variáveis no ensino de habilidades motoras, desde o tipo de
informação, a prática mental e física, a prática pelo todo e pelas partes, a prática
maciça e distribuída (DARIDO, 1989; PELLEGRINI e TONELLO, 1998; TURRA,
1999; RAMOS, 1999; CORAZZA, 1996 e 2002; PASETTO, 2004; LADEWIG e
CAÇOLA, 2005; BRUZI et al, 2006; HAN e SHEA, 2008;). No entanto, a prática
pedagógica em natação, requer do professor um melhor conhecimento sobre a
metodologia de ensino, que favoreça um aprendizado mais eficiente e que propicie
um melhor aproveitamento dos benefícios que esta atividade oferece.
Ao definir a prática que deve ser usada no ensino de uma habilidade Gentille
apud Magill (1984) caracteriza os nados crawl, costas, peito e borboleta como
habilidades fechadas, onde o ambiente é estável e previsível, e ainda como
contínuas, pois o comportamento padrão flui por minutos ou horas sem um início ou
fim específico. Naylor e Briggs (1963 apud MAGILL,1984) partindo dessas
caracterizações anteriores e pela complexidade e organização da tarefa sugerem o
uso de prática parcial ou parcial progressiva.
A aprendizagem de habilidades motoras é um processo complexo.
Dependendo da tarefa, obter um alto nível de habilidade pode tomar anos de prática.
Vários fatores podem influenciar a aquisição de habilidades no ambiente da
aprendizagem motora como, a distribuição, a quantidade e a variedade das
experiências práticas, a prática mental, a demonstração e o feedback.
Algumas informações sensoriais estão disponíveis antes do movimento ser
executado, ao tempo que outras estão disponíveis após o movimento ser
completado. Para Schmidt e Wrisberg (2001) a informação que se encontra
disponível antes da ação ser produzida é importante para o planejamento do
17
movimento, influenciando na tomada de decisões. E as informações que aparecem
como resultado do movimento e que são passadas ao executante durante ou após o
movimento são chamadas de feedback.
Sendo o feedback definido como a informação que está disponível durante ou
após a execução de uma tarefa, temos duas grandes categorizações, que é quanto
ao seu tipo e quanto a sua função. Quanto ao tipo, pode ser dada durante tarefas
entediantes, repetitivas, de longa duração, o Conhecimento de Resultado (CR), ou
quando se refere ao padrão do movimento que o aprendiz acabou de realizar, o
chamado Conhecimento de Performance ou Desempenho (CP), (SCHMIDT, 1988).
Algumas das principais funções do feedback na aprendizagem de habilidades
motoras são: a de motivar o aprendiz a prática (MAGILL, 1984; SCHMIDT, 1988); a
de orientar o aprendiz à resposta apropriada (ADAMS, 1971); e a relacional,
proporcionando relações entre os comandos motores e resposta (SCHMIDT e
WRISBERG, 2001).
O feedback influencia positivamente, no início da aprendizagem de tarefas
simples. Nos estágios iniciais da aprendizagem de uma tarefa, o aluno tem que
receber instruções para saber como, e o que executar. Segundo Magill (2000) o
feedback proprioceptivo fornece informações de precisão espacial importantes no
decorrer de um movimento. Na natação o feedback proprioceptivo auxilia o aprendiz
a posicionar seus membros de forma que ele consiga manipular o fluxo da água
descobrindo a trajetória espacial mais apropriada às suas características físicas.
Chiviacowsky e Wulf (2002, 2005) tentaram compreender quando e por que
os sujeitos solicitam feedback, utilizando questionários e analisando as tentativas
com e sem CR. Aprendizes do grupo com autocontrole não solicitam CR de forma
aleatória, e sim utilizam uma estratégia, solicitam o CR após boas tentativas para
confirmar o desempenho em relação ao alvo. Esses achados mostram que o CR
autocontrolado está mais de acordo com as necessidades ou preferências dos
aprendizes do que o CR externamente controlado. Ainda, as autoras acima citam
que parece que a variável autocontrolada apresenta superioridade quando se refere
à aprendizagem de habilidades motoras em adultos.
Em estudos que envolveram a variável frequência autocontrolada de
feedback, considerada como o arranjo de prática onde o próprio aprendiz escolhe o
momento em que quer receber o feedback, Chiviacowsky e Wulf (2002, 2005)
18
encontraram resultados interessantes quanto à preferência do aprendiz em receber
feedback após a realização de “boas” tentativas, ou seja, tentativas que mais se
aproximem do objetivo da tarefa, ao invés de após “más” tentativas. Também foi
observada aprendizagem superior através de teste de retenção de 24 horas, para
indivíduos que receberam feedback após “boas” em relação à após “más” tentativas.
No entanto, tais estudos contradizem a visão teórica que explica a função do
feedback na aprendizagem. Segundo, a hipótese de orientação (SALMONI et al.,
1984; SCHMIDT, 1991), a variável feedback pode ser considerada como
particularmente importante após “más” tentativas, isto é, após erros considerados
grandes e, principalmente os da fase inicial de prática, onde tal informação possa
orientar o aprendiz em direção ao movimento correto. Após “boas” tentativas e no
final da prática, a informação de feedback é considerada como menos importante.
Wulf e Shea (2004) concluíram que, embora a hipótese de orientação
contribuiu para um melhor entendimento de como o feedback afeta o desempenho e
a aprendizagem, são necessárias pesquisas futuras que examinem como o feedback
interage com outros fatores, tais como a complexidade de tarefa, estágio de
aprendizagem, foco de atenção; influenciando na aprendizagem.
Segundo Magill (2000) para aprender habilidades que exijam do aprendiz um
padrão adequado de coordenação de múltiplos membros, é necessário o uso de
feedback do tipo CP. Esse processo de ensino pode ser acelerado pelo CP, mais
específicamente porque é melhor informar sobre os componentes críticos do padrão
da execução.
Os professores são fundamentais neste processo, pois devem estar
preparados para fornecer o auxílio pré-prática na forma de estabelecimento de
metas, instruções e demonstrações (SCHMIDT e WRISBERG, 2001). O instrutor
deve estar ciente e fazer ajustes para o fato de que o aprendiz passa por níveis ou
estágios no aprendizado de uma habilidade motora (GALLAHUE e OZMUN, 2005).
Através de descrições verbais apropriadas é possível facilitar ao aprendiz a
interpretação do sentido permitindo a melhora e eficiência do nado.
A progressão sequencial no aprendizado de uma habilidade motora pode ser
classificada em níveis ou estágios gerais. Nesse estudo foram utilizados os estágios
propostos por Pellegrini (2000), que através de uma leitura de autores conceituados
da Aprendizagem Motora, classifica os aprendizes em Iniciante, onde os erros são
19
freqüentes e necessita de muita informação por parte do professor; Intermediário,
nesse o aprendiz já executa o movimento, mas necessita de um aprimoramento e de
concentração para execução correta; e Avançado, em que o aprendiz executa o
movimento com alto nível de coordenação e quase não comete erros.
Durante os estágios iniciais de aprendizagem de uma nova habilidade motora
os indivíduos são confrontados normalmente com uma tarefa nova, e o principal
problema para os indivíduos é compreender a natureza da tarefa, exigindo uma
grande atividade cognitiva, desenvolvendo e experimentando diferentes estratégias
que possam ser utilizadas na execução da tarefa (SCHMIDT e WRISBERG, 2001).
Geralmente as estratégias utilizadas durante os estágios iniciais não
apresentam sucesso, e embora os indivíduos tenham consciência de que estão
fazendo alguma coisa errada, são incapazes de detectar a origem ou as
características do erro cometido (MAGILL, 2000). Assim, o feedback intrínseco
apesar de indispensável, é insuficiente para atingir um nível adequado de
desempenho, sendo então fundamental que os indivíduos recebam informações
extrínsecas que complementem as informações intrínsecas.
No entanto, apesar de se saber que o feedback é um instrumento importante
no ensino de habilidades motoras, ainda são poucos os estudos sobre como essa
variável pode ser usada de maneira mais efetiva na aprendizagem das habilidades
motoras (HODGES e FRANKS, 2002; GOODMAN et al., 2004). Isto ocorre devido à
generalização de resultados a muitas situações de aprendizagem (YOUNG e
SCHMIDT, 1992), em razão das pesquisas sobre o processo de aprendizagem de
habilidades motoras e principalmente sobre o feedback utilizarem normalmente
tarefas conduzidas em laboratórios (HODGES e FRANKS, 2002).
Sendo assim, em função da falta de consenso sobre como o feedback atua na
aprendizagem de habilidades motoras, principalmente em situações práticas de
ensino, teve-se a preocupação neste estudo de verificar se o feedback após boas e
más tentativas de prática melhora o desempenho motor no nado crawl?
1.2 Objetivo Geral
Verificar os efeitos do feedback após boas e más tentativas na aprendizagem
do nado crawl em adultos universitários.
20
1.3 Justificativa
Durante a aquisição de uma habilidade motora, receber informação sobre o
movimento é fundamental. Além de obter informações sobre a execução do
movimento e o seu resultado no ambiente por meios próprios (feedback intrínseco),
o aprendiz também pode receber informações adicionais de fontes externas
(feedback extrínseco) (MEIRA JUNIOR, 2005; SALMONI et al., 1984).
Segundo Tani (2000), a aprendizagem de habilidades motoras pode ser
compreendida como um processo de eliminação de erros de performance que ocorre
da seguinte forma. Primeiramente, estabelece-se um objetivo, sendo esse
normalmente a solução do problema motor, assim, o aprendiz procura a melhor
maneira de alcançar esse objetivo e necessita de informações do ambiente externo
e do próprio corpo (proprioceptivas), seleciona um plano motor e executa o
movimento. Durante a execução, o aprendiz recebe informações principalmente as
cinestésicas sobre como o movimento está sendo executado e, após a execução
recebe informações basicamente verbais sobre o resultado do movimento, ou seja,
se o movimento executado alcançou ou não o objetivo desejado. Normalmente, as
primeiras tentativas de execução resultam em erros de performance e o executante
informa-se dos erros cometidos através do processamento de informações de
feedback. Com base nesse processamento deve decidir as mudanças que devem
ser introduzidas no próximo movimento, para que o objetivo inicial seja alcançado.
No entanto, no início do processo de aprendizagem os aprendizes não o
capazes de acionar o mecanismo de detecção e correção de erros, pois ainda não
desenvolveram estruturas de memória relacionadas ao movimento correto (ADAMS,
1971; SCHMIDT, 1975). Sendo assim, nesta fase é de fundamental importância que
informações suplementares sejam fornecidas para que eles possam ajustar ou
corrigir a próxima resposta, aproximando-se cada vez mais da solução motora mais
adequada. Na natação uma das formas de informar o aprendiz sobre esse padrão
motor, é o Conhecimento de Performance, um tipo de feedback extrínseco.
No decorrer do processo de aprendizagem motora, o feedback extrínseco
pode ser fornecido sobre o resultado no ambiente, e, ao receber a informação, o
aprendiz estabelece relações entre o resultado obtido e a ação motora executada,
21
com o intuito de diminuir a diferença entre o objetivo e o que realmente aconteceu,
na próxima tentativa.
Um aspecto importante a destacar é que o CR tem sido a principal variável de
investigação sobre os efeitos do feedback extrínseco na aprendizagem e
desempenho humano (ADAMS, 1971; BILODEAU, 1969; NEWELL, 1974; SALMONI
et al., 1984; SWINNEN, 1996). As teorias de aprendizagem motora (ADAMS, 1971;
SCHMIDT, 1975) muito enfatizam o aspecto informacional do CR, no sentido de
que mais tentativas com CR, informação mais precisa contida em cada CR e
apresentações mais imediatas, resultariam em uma melhor representação do
movimento na memória. Entretanto, deve ser destacado que os primeiros estudos
falharam em diferenciar os efeitos de CR em relação ao desempenho e à
aprendizagem. Eles estabeleceram que CR possibilitava o desempenho, porém, tais
estudos o eram designados para avaliar mudanças mais permanentes na
capacidade para desempenhar uma habilidade motora (SALMONI et al., 1984).
Sendo assim, o CP se diferencia do CR na forma como a informação se
refere, o CP trata das informações sobre as características do movimento
responsáveis pelo resultado do desempenho. Ao desenvolver o ensino-aprendizado
de uma habilidade motora como a natação, é importante decidir qual tipo de
feedback deverá ser dado. Segundo Magill (2000) habilidades que exijam alto grau
de coordenação de múltiplos membros, e de alta complexidade o uso de CP é mais
importante, pois este se relaciona com aspectos específicos do desempenho da
habilidade. Ainda, torna-se importante analisar a habilidade que está sendo
praticada, identificando as partes que compõem tal habilidade. Em seguida,
organizar as partes segundo a importância no desempenho da mesma, iniciando
pelas partes mais críticas, e assim por diante.
A maioria dos estudos que embasam este referencial decorre de
experimentos conduzidos em laboratório, nos quais a variável utilizada foi o
feedback do tipo CR. Sabe-se que a maioria dessas conclusões de estudo também
possam ser aplicadas ao CP, sendo então conveniente analisar uma habilidade
motora que utilize no seu processo de ensino a variável feedback do tipo CP. Pois,
com base em evidências experimentais de pesquisas de desempenho de
professores (CORAZZA, 1996; MAGILL, 2000) parece que a maioria das pessoas
envolvidas na instrução de habilidades motoras fornece mais CP do que CR.
22
Assim, justifica-se a realização deste estudo, tendo em vista a importância do
feedback como recurso imediato para o aprimoramento dos movimentos
desempenhados e o pouco referencial teórico para a aplicação deste tema em meio
líquido. Também, torna-se necessária a obtenção de uma orientação didática sobre
a forma de feedback a ser utilizada ao ensinar uma habilidade motora tão complexa
como o nado crawl.
23
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Natação
A habilidade nadar tem como uma das principais características o ambiente
no qual é realizado: o aquático (XAVIER FILHO e MANOEL, 2005). Várias são as
referências com relação à capacidade dos homens em realizarem movimentos
coordenados de braços e pernas com objetivo de se locomover na água. Assim, os
estilos de nado foram se aprimorando ao longo de sua existência.
Xavier Filho e Manoel (2005) comentam que ao ensinar os estilos de nado
segue-se uma sequência, partindo de elementos mais simples para os mais
complexos, por exemplo, habilidades como o controle postural, equilíbrio, flutuação,
controle respiratório, entre outras serviriam de base para a aquisição de habilidades
subsequentes mais complexas. Com os estilos de nado a sequência mais
aconselhada é a da Escola Americana, primeiramente o nado crawl, seguido do
nado costas, nado peito e por fim, o nado borboleta.
2.2 Nado Crawl
O crawl é atualmente a única modalidade de nado praticada nas provas de
nado livre, pois é a forma de propulsão que apresenta o melhor rendimento. O nado
crawl visto através das competições esportivas, nasceu do aperfeiçoamento trazido
ao que se chamou de “double over arm stroke”, isto é, um nado que utiliza ações
alternadas dos braços e das pernas; estas últimas efetuam-se num plano oblíquo em
relação à superfície da água. (CATTEAU e GAROFF, 1990).
Para Krug (1985), o nado crawl é o mais rápido de todos os padrões motrizes
e se converte num dos mais estudados científicamente.
Concorda Maglischo (1999), quando afirma que é um dos nados mais rápido
de competição. Um ciclo deste estilo consiste de uma braçada direita e uma
esquerda e de um número variável de pernadas.
24
Segundo Catteau e Garoff (1990) o rendimento do nado pode resultar de
diversos fatores:
da utilização máxima das massas musculares que têm o melhor rendimento;
de um relaxamento muscular completo fora das fases propulsivas;
de uma respiração fisiologicamente adequada;
de uma resistência frontal reduzida;
da procura da melhor sincronização das ações dos membros inferiores e
superior etc.
O desempenho de nadadores, que ainda hoje permanecem entre os melhores
do mundo, em boa parte, deve-se à precisão dos gestos que eles utilizam, de acordo
com os princípios definidos acima (CATTEAU e GAROFF, 1990).
2.2.1 Técnica do Nado Crawl
2.2.1.1 Posição do Corpo
A posição do corpo deve ser tão aerodinâmica e reta quanto possível, ao
mesmo tempo deve permitir aos pés uma profundidade suficiente, para que possam
realizar movimentos efetivos (KRUG, 1985).
Os nadadores, segundo Maglischo (1999) encontram menor resistência,
quando seus corpos estão numa posição aerodinâmica tanto horizontal quanto
lateralmente.
No alinhamento horizontal o nadador está numa posição horizontal desde a
cabeça até os pés e, assim, seu corpo apresenta uma pequena área de superfície
frontal à água. A cabeça deve estar numa posição natural, as costas devem estar
completamente retas e a pernada deverá ser estreita. A face deve estar na água
com a linha d`água em algum ponto entre a linha capilar e a metade da cabeça. O
nadador deve rolar, e não, elevar sua cabeça para o lado ao respirar, com um dos
lados da face permanecendo na água e com a linha d`água mais ou menos no meio
de sua cabeça (MAGLISCHO, 1999).
25
No alinhamento lateral, o rolamento é uma ajuda indispensável para a
manutenção e para a redução do arrasto. Os nadadores devem rolar para a
esquerda quando seu braço esquerdo faz a varredura para cima e para a direita
quando seu braço direito faz a varredura para cima. Seus corpos devem seguir os
movimentos de seus braços, rolando os ombros, troncos e suas pernas como uma
unidade. O rolamento ajuda durante a recuperação por evitar que o corpo seja
tracionado para fora do alinhamento lateral. O corpo deve rolar o suficiente para
fazer com que cada ombro saia da água e seja mantido fora dela durante a maior
parte da recuperação (MAGLISCHO, 1999).
Catteau e Garoff (1990) acreditam que é mais sensato falar de equilíbrio do
que falar de uma posição do corpo, considerando sempre que o equilíbrio de um ser
vivo é uma perpétua “procura de equilíbrio”. Na natação, as ações dos membros
(isoladas, coordenadas ou sincronizadas) têm tendência a modificar constantemente
à linha geral do corpo e seu equilíbrio na água.
O conceito de equilíbrio abrange um conjunto rico e complexo, onde entram
em jogo fatores físicos ligados às forças que se exercem sobre o indivíduo ou que o
indivíduo exerce sobre o meio; e fatores fisiológicos que determinam
inconscientemente no indivíduo a coordenação e a sincronização de seus gestos,
bem como a orientação de seu corpo e de seus deslocamentos. São fatores como a
densidade, as ações motoras (membros e tronco), a respiração, o movimento das
pernas, a visão, a velocidade e estatura (CATTEAU e GAROFF, 1990).
2.2.1.2 Movimentação das Pernas
Segundo Krug (1985) a movimentação das pernas é responsável pelo
equilíbrio, estabilização com contribuição modesta na propulsão. As pernas são
estendidas, e no momento da batida uma ligeira flexão do joelho e extensão do
tornozelo, com os pés ligeiramente voltados para dentro. São efetuados movimentos
de cima para baixo, não muito profundos. A propulsão dá-se pela diferença de
pressão no deslocamento das pernas, no sentido vertical.
No nado crawl, Catteau e Garoff (1990) concordam quando afirmam que as
pernas têm um papel de equilíbrio, mantendo o corpo no seu conjunto, sempre
estendido e em linha reta. Seu efeito propulsor foi contestado, quando a velocidade
26
que elas podem proporcionar, agindo sozinhas, é inferior à atingida pelos braços
agindo sozinhos.
A alternância do trabalho das pernas vai se manifestar por uma fase
ascendente e uma fase descendente, contínua, dando-se preferencialmente no
plano vertical e mantendo o corpo no plano horizontal. As pernas devem permanecer
unidas no plano lateral. O batimento não deve ser maior que 480 mm de
profundidade, pois uma relação direta entre a profundidade e o ritmo. O
movimento das pernas origina-se no quadril com flexão da articulação do joelho,
terminando com os pés voltados para dentro com os tornozelos relaxados
(CORAZZA, 2002).
O movimento de pernas divide-se em duas fazes, ascendente e descendente.
Fase ascendente: Partindo em extensão, com o no prolongamento da
perna, na sua posição mais baixa, o membro movido pelas massas musculares
posteriores vai se elevar encontrando a resistência decrescente da massa de água
superposta. Quando esta resistência se atenuar, ocorrerá uma inevitável flexão da
perna sobre a coxa, compensada por um abaixamento do joelho. A flexão não
ocorre propositalmente, ela é lógica e harmonia e flexibilidade ao movimento
(CATTEAU e GAROFF, 1990).
Fase descendente: Chegando ao ponto mais alto do seu percurso um pouco
mais acima e às vezes um pouco mais abaixo da superfície da água, o vai
orientar-se deliberadamente para dentro e oferecer assim uma maior superfície
motora (CATTEAU e GAROFF, 1990).
No movimento descendente Corazza (2002) explica que o joelho flexiona-se
naturalmente devido à pressão exercida pela água na perna, sendo esta fase a ação
propulsora com extensão total das pernas.
2.2.1.3 Movimentação dos Braços
O ciclo de braçadas, baseando-se em Maglischo (1999) e Palmer (1990) pode
ser dividido em duas fases: a fase propulsiva subaquática (agarre, tração e empurre)
e a recuperação em cima da superfície da água (desmanchamento, recuperação
fora da água e entrada).
27
A fase submersa da braçada, segundo Maglischo (1999) consiste de três
varreduras diagonais: uma para baixo, uma para dentro e uma para cima. A entrada
e o alongamento e a liberação e a recuperação são partes adicionais da braçada.
A movimentação de braços divide-se em fases:
Fase Propulsiva (agarre): Maglischo (1999) explica que depois de ter
entrado na água, a mão desloca-se para baixo num trajeto curvilíneo, que termina na
posição de agarre.
Conforme Corazza (2002) logo que a mão entra na água e se move para
baixo da superfície começa o agarre. Os dedos devem estar unidos (ou quase
unidos) e alinhados com o plano vertical central do corpo, a mão deve estar plana e
o punho ligeiramente flexionado. Na entrada o cotovelo deve estar ligeiramente mais
alto do que a mão.
Durante a varredura para baixo, Maglischo (1999) afirma que o braço é
gradualmente flexionado no cotovelo, e o agarre é efetuado quando a combinação
da varredura para baixo e a flexão do cotovelo fazem com que ele eleve-se acima da
mão. O braço deve flexionar-se em aproximadamente 40° no cotovelo durante a
varredura para baixo, de modo que o ângulo do cotovelo seja de quase 140° ao ser
efetuado o agarre. A mão e o braço devem estar ligeiramente para fora do ombro e
voltados para trás contra a água. A palma deve estar inclinada para fora e para trás.
A tração do braço segue o agarre e continua até que o braço e a mão que
tracionam estejam no mesmo plano lateral do ombro. A rotação lateral do corpo se
inicia no começo da tração e atinge o seu ximo quando a mão e braço passam
através do plano do ombro (CORAZZA, 2002).
A tração, segundo os estudos de Krug (1985) é a fase do trabalho
propriamente dito. O braço flexionado empurra a água em direção ao peito com
ligeira rotação do antebraço para dentro.
Fase Propulsiva (empurre): O empurre é orientado, sem a menor
descontinuidade, da frente para trás, quando a mão passa, no plano vertical, dos
ombros ela se encontra no prolongamento do antebraço. O ombro correspondente e
o cotovelo penetram profundamente na água. É a transposição do plano vertical,
passando pelos ombros, que transforma a tração em empurre (CATTEAU e
GAROFF, 1990).
28
Corazza (2002) explica que os dedos permanecem aproximadamente no
plano central do corpo e o braço flexionado ao nível do cotovelo. A extensão do
punho assegura que a palma da mão continue voltada para os pés. Quando a mão
alcançar a linha da cintura ela começa a seguir para fora e para cima até que esteja
quase totalmente estendida, com a mão passando próxima ao quadril em linha com
o antebraço. O corpo rolará para o lado oposto facilitando a elevação da mão na
preparação para a fase de recuperação do ciclo de braçadas.
Catteau e Garoff (1990) salientam que um empurre incompleto traz sempre
como consequência uma recuperação contraída e forçada, ao passo que um
empurre completo é a condição essencial para uma recuperação relaxada.
Fase de Recuperação (desmanchamento): A recuperação, conforme
Catteau e Garoff (1990) caracteriza-se basicamente pelo relaxamento. A pequena
resistência do ar e a necessidade de proporcionar uma ação motora contínua fazem
dele um movimento rápido e impetuoso.
Esta ação ocorre enquanto o corpo rola para o lado oposto e o cotovelo
precede a mão ao deixar a água. Quando acontecer o desmanchamento a mão
deverá estar próxima ao quadril e relativamente relaxada. O dedo mínimo é o
primeiro a emergir e a mão permanece em linha com o antebraço (CORAZZA,
2002).
Fase de Recuperação (recuperação fora da água): A mão segue uma
trajetória acima da superfície da água, movendo-se em arco sobre a articulação do
ombro. O punho e os dedos unidos estão relaxados. O cotovelo é ligeiramente
flexionado e seu ângulo de flexão atinge no máximo 90° quando o braço e a mão
passam simultaneamente pelo plano do ombro (CORAZZA, 2002).
Fase de Recuperação (entrada): A entrada deve ser efetuada à frente da
cabeça e entre o plano referente à sua metade e a ponta do ombro no lado da
entrada. O braço deve estar flexionado ligeiramente, e a palma inclinada para fora,
por ocasião da entrada. As pontas dos dedos devem ser a primeira parte a entrar na
água, depois, o braço pode deslizar pelo interior da água por meio do mesmo orifício
aberto pela mão. O braço deve estender-se para frente, imediatamente abaixo da
superfície, com a palma girando para baixo aque fique voltada para baixo ao final
do alongamento (MAGLISCHO, 1999).
29
2.2.1.4 Coordenação Geral
Para Krug (1985) uma boa coordenação de braços e pernas é necessária, e
esta é obtida se os quadris se equilibrarem com os ombros e os pés ficarem numa
boa posição, para empurrar lateralmente no momento necessário.
Um ritmo de pernadas refere-se ao número de pernadas por ciclo de braços
(duas braçadas). Segundo Maglischo (1999) os nadadores de classe mundial têm
utilizado uma série de ritmos de pernadas com êxito, como: de seis, dois e quatro
tempos. Entre esses ritmos, o de seis tempos parece ser o mais popular.
Neste ritmo, a coordenação de braços e pernas existe, quando para um ciclo
de braços executam-se seis movimentos de pernas. Deve-se considerar que durante
a sincronização dos braços e pernas, o tempo de execução da inspiração é menor
que o tempo de devolução do braço pela parte aérea. Sendo assim, o trabalho final
respiratório se inicia durante o movimento final da puxada e termina ao mesmo
tempo em que o braço finaliza a parte aérea, entrando com ele na água para iniciar
a expiração (CORAZZA, 2002).
Maglischo (1999) complementa afirmando que varreduras longas impõem à
execução de pernadas longas; entretanto, a pernada será menor, quando uma
varredura correspondente é praticada ao longo de uma distância mais curta. Essa
sincronização provavelmente contribui para a força propulsiva total durante cada
varredura com os braços, e ainda ajuda no rolamento do corpo e,
consequentemente, na manutenção do alinhamento do corpo (horizontal e lateral).
2.2.1.5 Respiração
Durante a respiração, Maglischo (1999) menciona que os movimentos da
cabeça devem ser coordenados com o rolamento do corpo, para que ocorra uma
redução na tendência dos nadadores levantarem a cabeça para fora d’água para
respirar.
A inspiração deverá ser feita através do giro da cabeça sobre o eixo
(pescoço) pela direita ou esquerda livrando a boca do contato com a água. A cabeça
deve elevar-se com ligeira flexão do pescoço, criando uma onda dianteira que
deixará uma concavidade na água efetuando a inspiração pela boca (KRUG, 1985).
30
É preciso que a inspiração se efetue num mínimo de tempo, conforme
Catteau e Garoff (1990), necessitando abrir bem a boca para absorver o ar.
A expiração deverá ser forçada e progressiva, pois desenvolve-se no mínimo
durante um ciclo completo dos dois braços sob a água. Para ser completa, deve
efetuar-se pela boca muito aberta e não crispada, ou pelo nariz, de modo que não
haja obstáculo para saída do ar. A expiração não deve ser forte demais, para evitar
desvios excessivos de pressão no interior da caixa torácica (CATTEAU e GAROFF,
1990).
Os ritmos respiratórios adotados, para Catteau e Garoff (1990) vão depender,
da maior ou menor capacidade do nadador para repor o déficit de oxigênio. Os
ritmos respiratórios mais observados são uma respiração unilateral a cada ciclo de
braços ou uma respiração bilateral alternando à direita e à esquerda, a cada três
movimentos de braços.
2.3 Prática Parcial Progressiva
A prática, ou diversos tipos de experiências, em habilidades específicas, é um
conceito geral, difícil de especificar precisamente. A prática pode ocorrer em muitos
lugares e tempos diferentes, sob condições variáveis, e ela tanto pode ser quase
não intencional como altamente guiada e estruturada. Muitos aspectos de situações
de prática podem ser variados, sistematicamente, para tornar a prática mais ou
menos eficiente, e muitos estão sob o controle direto do professor ou do técnico
(SCHMIDT, 1993).
Toda aprendizagem requer alguma forma de prática. Conforme Schmidt e
Wrisberg (2001) a prática de habilidades motoras pode ocorrer em diferentes
momentos e lugares, sob uma variedade de condições.
Uma decisão importante a ser tomada ao ensinar uma habilidade motora está
relacionada com o modo como os alunos treinarão tal habilidade. Praticar a
habilidade como um todo parece ajudá-los a sentir melhor o fluxo e o ritmo de todos
os movimentos. Mas a prática por partes ênfase ao desempenho de cada parte
corretamente antes de formar o conjunto. Magill (1984) explica que a eficiência da
instrução é a razão fundamental pela qual esta decisão é tão importante. E
31
provavelmente é acertado afirmar que qualquer dos dois métodos de prática seja da
habilidade como um todo, seja por partes, se eficaz para ajudar o estudante a
aprender a habilidade. Mas é correto afirmar que ambos os métodos provavelmente
não tomarão o mesmo tempo para levar o aluno ao mesmo nível de competência,
portanto, um método poderá ser mais eficiente que o outro.
Schmidt e Wrisberg (2001) afirmam que algumas habilidades são
extremamente complexas para iniciantes, e, para tais atividades a prática física não
pode conter todos os aspectos da habilidade de uma vez, pois os aprendizes
podem ser assoberbados. Em alguns casos, os instrutores podem subdividir as
tarefas em partes para a prática. Uma vez que os aprendizes tornam-se proficientes
na prática parcial, podem iniciar a prática da tarefa que deseja realizar, como um
todo.
Para Magill (1984) uma decisão importante a ser tomada ao ensinar qualquer
habilidade motora está relacionada com o modo como seus alunos treinarão a
habilidade. A prática por partes ênfase ao desempenho de cada parte
corretamente antes de formar o conjunto. Para decidir qual tipo de prática deve ser
usado na aprendizagem de uma habilidade motora, Naylor e Briggs (1963 apud
MAGILL, 1984) concluíram que o assunto poderia ser resolvido se dois aspectos da
tarefa ou habilidade em questão fossem considerados, e que eles se designaram
como organização da tarefa e complexidade da habilidade. Complexidade da tarefa
refere-se ao mero de partes ou componentes existentes na tarefa, bem como o
processamento de informação que a tarefa solicita. Pois, uma tarefa altamente
complexa terá muitos componentes e requererá em toda a sua execução muita
atenção. Organização da habilidade se refere à relação entre os componentes da
habilidade. Quando as partes forem muito interdependentes (quando o desempenho
de uma parte depende do desempenho da parte anterior) então a habilidade contém
alto grau de organização.
A prática por partes, bem no início, pode ser benéfica. A prática progressiva
das partes (segmentação) pode ser utilizada para minimizar os problemas de
aprendizagem de ações que não se transferem para o todo. Neste método, as partes
de uma habilidade complexa são apresentadas separadamente, mas o integradas
em partes cada vez maiores, e finalmente no todo, logo que o adquiridas
(SCHMIDT, 1993). Magill (2000) ao afirmar que em vez de praticar todas as partes
32
separadamente e depois juntá-las, o aprendiz pratica a primeira parte como uma
unidade independente, depois pratica a segunda parte primeiro separadamente e
depois junto com a primeira parte. À medida que a prática prossegue, o aprendiz
acabará por praticar a habilidade como um todo.
Ainda, segundo Schmidt e Wrisberg (2001) a prática parcial progressiva, é o
tipo de prática na qual uma parte de uma habilidade-alvo é praticada aque seja
aprendida, então a segunda parte é adicionada à primeira parte, e as duas são
praticadas juntas e assim por diante, até que toda a habilidade-alvo seja praticada.
A segmentação ou método parcial progressivo é utilizado como forma de
superar problemas, pois o aluno pode apresentar dificuldades quando for juntar as
partes para executar a habilidade como um todo. Neste todo os benefícios dos
dois métodos de prática em partes e no todo são aproveitados. O método em partes
oferece vantagens de reduzir as solicitações de atenção ao desempenho da
habilidade toda, fazendo com que o aprendiz possa concentrar sua atenção em
aspectos específicos de uma parte da habilidade. O método do todo, tem a
vantagem de solicitar uma coordenação espacial e temporal perfeita das partes a
serem praticadas juntas. O método em partes progressivo combina as duas
qualidades. Assim, são controladas as solicitações de atenção do desempenho da
habilidade, enquanto as partes são reunidas progressivamente, de modo que o
aprendiz pode praticar as solicitações de coordenação espacial e temporal do
desempenho das partes como um todo (MAGILL 2000).
O nado crawl, para Rossi apud Turra (1999) é o estilo mais natural ao homem
e por isso deve ser o primeiro estilo a ser ensinado através de um método
progressivo das partes, ou seja, primeiro ensina-se a respiração, depois o
movimento de pernas, pernas e respiração, movimento de braços e por fim o nado
completo. Só após o aluno dominar os movimentos de pernas, braços e respiração,
através do método parcial progressivo, é que deve ser ensinado o nado crawl
completo.
33
2.4 Formas de Feedback
A aprendizagem vista como um processo complexo é influenciada pela
interação de um conjunto de variáveis relacionadas à tarefa a ser aprendida, ao
ambiente da aprendizagem e às características do indivíduo.
Um dos processos de aprendizagem mais importantes refere-se ao uso de
feedback sobre resultados de tentativas de prática. As informações que aparecem
como resultado de movimento (repassadas ao executante) são chamadas de
feedback e este pode ser dividido em duas categorias principais: feedback intrínseco
e feedback extrínseco.
O feedback intrínseco ou inerente é a informação sensorial que surge como
consequência natural da produção de movimento, e pode originar-se de fontes
externas ao corpo (exterocepção) ou internas (propriocepção). Indivíduos são
capazes de perceber feedback intrínseco de forma mais ou menos direta, sem
auxílio especial de outras fontes (SCHMIDT e WRISBERG, 2001).
O feedback extrínseco ou aumentado consiste na informação que é fornecida
ao aprendiz por algumas fontes externas, como os comentários de um instrutor.
Dessa forma, o feedback extrínseco é uma informação sobre o resultado do
movimento, a qual é fornecida como um complemento à informação intrínseca, e
como se encontra sob o controle de instrutores, pode ser fornecido em momentos
diferentes, de formas diferentes ou, simplesmente, não ser fornecido (SCHMIDT e
WRISBERG, 2001).
O feedback extrínseco ainda, pode ser subdividido em Conhecimento de
Performance (CP), que se refere à informação aumentada do padrão de execução
do movimento; e Conhecimento de Resultado (CR), o qual é essencialmente a
informação sobre o resultado do movimento (SCHMIDT, 1988).
Uma forma de fornecer informações aos indivíduos a respeito de suas ações
é por meio do CP o qual informa aos indivíduos sobre o padrão de seus movimentos,
ou seja, as características do movimento responsáveis pelo resultado do
desempenho (MAGILL, 2000).
O CP verbal pode ocorrer em duas formas distintas. O CP Descritivo, onde há
uma descrição simples do erro cometido pelo praticante. E o outro tipo, o CP
Prescritivo, onde não é identificado o erro, mas também é informado ao aprendiz
34
o que fazer para corrigí-lo. Sendo este último mais indicado para novatos enquanto
que o CP descritivo é mais indicado para indivíduos mais qualificados (MAGILL,
2000).
Sob a perspectiva de ensino, a informação de feedback tem o potencial de
auxiliar tanto na orientação da atenção às informações mais relevantes assim como
na elaboração do programa de ação e a sua subsequente execução. Informação, na
forma CP, pode também auxiliar o aprendiz a detectar e corrigir seus erros de
execução. Entretanto, sob a perspectiva de aprendizagem, o importante é saber
como estas informações contribuem efetivamente para a organização, execução e
avaliação dessas ações motoras.
O CPo indica necessariamente algo sobre o nível do resultado, mas
informa aos indivíduos sobre a qualidade do movimento que eles estão produzindo.
Em muitas instâncias para melhorar a performance dos indivíduos é necessário
melhorar a execução do movimento, assim o conhecimento de performance é
particularmente importante durante a fase inicial de aprendizagem, onde os
indivíduos normalmente são incapazes de interpretar as propriedades de seus
movimentos (GUADAGNOLI et al., 2002).
De acordo com Schmidt e Young (1991), as preocupações sobre feedback em
situações reais de aprendizagem estão relacionadas às informações sobre padrões
de movimentos complexos mais ou menos relevantes e, ainda, quando fornecê-las.
Os autores afirmam, também, que essas preocupações talvez tenham sido
negligenciadas devido à assunção de que várias formas de feedback CR e CP
seguem as mesmas leis empíricas.
Devido sua complexidade e importância no processo de aprendizagem,
pesquisadores como Brisson e Alain, (1996; 1997) têm aprofundado estudos sobre
esta variável (HEBERT e LANDIN, 1994; KERNODLE e CARLTON, 1992;
KOTTINEN, METZ e LYYTINEN, 2002; MAGILL e SCHOENFELDER-ZOHDI, 1996;
TZETZIS, MANTIS, ZACHOPOULOU e KIOUMOURTZOGLOU, 1999; VANDER
LINDEN, CARAUGH e GREENE, 1993; WALLACE e HAGLER, 1979; WEEKS e
KORDUS, 1998 apud CORRÊA et al., 2005).
Essencialmente, o CR tem sido estudado numa perspectiva teórica de
processamento de informações por ser reconhecido como uma das variáveis mais
importantes no processo ensino-aprendizagem, pois consiste em toda e qualquer
35
informação produzida por uma resposta motora que é fornecida ao executante,
durante ou após o movimento (SCHMIDT, 1975; CHIVIACOWSKY, 2005). Nessa
perspectiva, específicamente em relação à frequência e precisão de CR,
diferenças quanto ao regime de fornecimento entre a corrente clássica (ADAMS,
1971; SCHMIDT, 1975; BILODEAU et al., 1959) e a corrente atual (GUADAGNOLI e
KOHL, 2001; SALMONI et al., 1984; WINSTEIN e SCHMIDT, 1990). A primeira
defende regimes de CR mais frequentes e precisos; para a segunda, o CR deve ser
fornecido menos frequente e com menor precisão. Nessa visão, o CR desempenha
um papel associativo de orientação em direção à meta, enfatizando os processos
cognitivos. No entanto, deve se destacar que os primeiros estudos falharam em
diferenciar os efeitos de CR com relação ao desempenho e à aprendizagem. Ficou
estabelecido que CR possibilitava o desempenho, porém, esses estudos não foram
indicados para avaliar mudanças mais permanentes na capacidade em
desempenhar uma habilidade motora (SALMONI et al., 1984).
Segundo a hipótese de orientação (SALMONI et al., 1984; SCHMIDT, 1991),
a variável feedback é considerada de suma importância após “más” tentativas, isto é,
após erros considerados grosseiros e, ainda, na fase inicial da sessão de prática,
onde geralmente a informação tem a capacidade de guiar o aprendiz em direção ao
movimento correto.
Após “boas” tentativas e no final da prática, a informação de feedback é
vista como de menor importância. Sendo assim, procedimentos de pesquisa tais
como a faixa de amplitude de feedback (LAI e SHEA, 1999; LEE e CARNAHAN,
1990), são especificamente designados para fornecer feedback aos aprendizes
quando eles “necessitam”, ou seja, quando os erros excedem um percentual em
relação ao objetivo do movimento. Em contraste, após “boas” tentativas nenhum
feedback é fornecido, quando os erros se encontram dentro da faixa especificada. A
hipótese de que, retirando o feedback após tentativas relativamente boas, além de
indicar ao aprendiz que o movimento está “correto”, também previne o aprendiz de
realizar pequenas correções no movimento que podem ser improdutivas, capazes de
prejudicar o desenvolvimento do movimento, que pequenos erros são causados
principalmente por ruído no sistema motor (SCHMIDT, 1991).
Em estudos prévios em aprendizagem de habilidades motoras envolvendo a
variável frequência autocontrolada de feedback, considerada como o arranjo de
36
prática onde o próprio aprendiz escolhe o momento em que quer receber o
feedback, Chiviacowsky e Wulf (2002, 2005) encontraram resultados interessantes
no que se refere ao momento que o aprendiz escolhe receber a informação. Este
prefere receber feedback após a realização de “boas” tentativas, ou seja, tentativas
que mais se aproximem do objetivo da tarefa, ao invés de após “más” tentativas.
Além disso, indivíduos que receberam feedback após “boas” em relação a após
“más” tentativas mostraram aprendizagem superior, medida através de teste de
retenção.
Chiviacowsky e Wulf (2002) colocam que os fatores motivacionais podem ser
os responsáveis pela preferência por feedback após tentativas eficientes, o que
poderia contribuir para as vantagens encontradas no feedback autocontrolado. Ou
seja, participantes poderiam preferir receber feedback após boas tentativas porque
seria mais fácil repetir um padrão de movimento de sucesso do que modificar o
padrão de movimento para corrigir o erro cometido. o grupo externamente
controlado, não pode utilizar o feedback após boas tentativas para confirmar o
sucesso de seus movimentos da mesma forma que o grupo autocontrolado. Assim, a
falta de feedback após tentativas consideradas eficientes pode ter interferido na
motivação para aprender a tarefa, quando comparado ao grupo autocontrolado.
Cabe destacar que Chiviacowsky e Wulf (2007) encontraram resultados
superiores de aprendizagem para um grupo de sujeitos adultos que recebeu
feedback após “boas” tentativas de prática, em relação a sujeitos que receberam
feedback após “más” tentativas de prática com frequência de 50% de feedback, em
uma tarefa simples de arremessos de implementos a um alvo. Mas, quando se trata
de uma habilidade motora complexa como o nado crawl, o desconhecidos os
efeitos dessa variável.
37
3 RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
Metodologia.
3.1 Caracterização da Pesquisa
Esta pesquisa segundo Thomas e Nelson (2002) é do tipo quase-
experimental, pois está tratando de grupos equivalentes, ou seja, não tem grupo
controle e os delineamentos foram estruturados para ambos os grupos com o
mesmo número de prática e de sessões.
3.2 Amostra
Participaram do estudo 48 alunos da Escola de Natação da Associação
Desportiva da Universidade Federal de Santa Maria (ADUFSM) RS, universitários,
de ambos os sexos e iniciantes no nado crawl.
3.3 Instrumento
Para classificar os indivíduos em Estágios de Aprendizagem mostrando a
aprendizagem ocorrida no nado crawl utilizou-se o Teste do Desempenho Motor do
Nado Crawl (TDMNC) de Corazza et al.; (2006) (Anexo 1), para o pré e pós-testes.
3.4 Procedimentos Gerais
Primeiramente o projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em
Pesquisa. Após a aprovação desse, foi realizado um contato com o professor
responsável pela escola da ADUFSM, solicitando a autorização para o estudo
(ANEXO 3). Então foi explicado aos alunos e ao professor responsável os
procedimentos da pesquisa. Todos receberam informações acerca do estudo e
38
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO 4) concordando
em participar do mesmo, sem conhecimento prévio do seu objetivo.
3.5 Delineamento Experimental
Os alunos foram distribuídos intencionalmente em dois grupos experimentais,
grupo 1(G1) que teve aulas de natação com feedback após boas tentativas, o grupo
2(G2), que teve aulas de natação utilizando-se o feedback após s tentativas. O
feedback foi fornecido de forma sumariada, ou seja, ao final de cada bloco de
tentativas, em três de cada seis tentativas de prática, sendo nas três melhores
tentativas para o G1 e nas três tentativas que ocorrerem os erros mais grosseiros no
G2. As frases que foram utilizadas tanto no feedback após boas quanto após más
tentativas de prática foram previstas no planejamento das aulas (APÊNDICE 1).
3.6 Procedimentos para realização do tratamento
Durante o tratamento foi utilizado o método parcial progressivo e as aulas
desenvolveram-se da seguinte forma: aquecimento; parte principal, composta de
educativos enfatizando as partes do nado crawl; parte final, relaxamento, com
atividades descontraídas.
Os grupos eram familiarizados ao meio líquido e no primeiro dia de aula foi
realizado o pré-teste, com a finalidade de verificar o estágio de aprendizagem no
nado crawl. Após a aplicação do pré-teste, os grupos participaram de dez aulas
consecutivas, com duração de 50 minutos cada, baseando-se em estudos realizados
anteriormente que indicam que em até oito sessões de prática aprende-se o nado
crawl, definidas após uma revisão de literatura sobre trabalhos realizados
utilizando habilidades motoras fechadas (GARLET e CORAZZA, 2006). Os grupos
tiveram o mesmo número de aulas sendo estas divididas em aquecimento,
educativos e descontração/relaxamento. Quanto à frequência, para continuar
fazendo parte da amostra, foram permitidas apenas duas faltas durante todo o
tratamento, para que o influenciasse no aprendizado. Após o tratamento, no
39
último dia de aula, os alunos foram submetidos ao pós-teste para verificar o seu
estágio final.
Os p e s-testes foram realizados na piscina térmica do Centro de
Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria, por três
avaliadores treinados, que observaram os alunos da borda da piscina e tomaram
nota a partir dos critérios de avaliação que constam no TDMNC (Anexo 1).
Os critérios de classificação em estágios de aprendizagem segundo o
TDMNC são: 01 a 09 pontos Iniciante; 10 a 19 pontos Intermediário; e 20 a 29
pontos – Avançado.
Após as 10 aulas obteve-se uma perda amostral de 4 sujeitos para o G2 e 3
sujeitos para o G1, entre as causas da perda amostral, faltas superiores a duas
aulas, não comparecer ao pós-teste, recusa de participar no pós-teste.
3.7 Análise de dados
Inicialmente para caracterização dos dados foi utilizada a estatística descritiva
com média e desvio padrão.
Para verificar a normalidade dos dados foi realizado o teste de Shapiro-Wilk,
utilizado quando o conjunto de observações é pequeno, a50 sujeitos (Barros et
al., 2005).
Para verificar a diferença entre pe pós-testes nos grupos utilizou-se o teste
“t” para amostras dependentes, o teste de Wilcoxon, para dados não paramétricos,
já que os dados não se comportaram conforme a normalidade.
E ainda para verificar a diferença entre os tratamentos utilizou-se um teste “t”
para amostras independentes, o teste de U de Mann Whitney, também para dados
não paramétricos.
Para a realização dos procedimentos estatísticos utilizou-se o Software
Statistical Package for Social Sciences (SPSS 13.0) e foi adotado um nível de
significância de 5%.
40
4 ARTIGO
Feedback Após Boas e Más Tentativas na Aprendizagem do Nado Crawl
Introdução:
A natação, enquanto atividade pedagógica requer estudos para determinar
qual método de ensino pode ser o melhor para essa habilidade motora. Muitos
estudos verificaram diversas variáveis no ensino da natação, desde o tipo de
informação, a prática mental e física, a prática pelo todo e pelas partes, a prática
maciça e distribuída, prática em blocos ou randômica, a demonstração entre outros
(DARIDO, 1989; PELLEGRINI & TONELLO, 1998; CORAZZA, 1999; TURRA &
CORAZZA, 2001; RAMOS & CORAZZA, 2001; PASETTO, 2004; LADEWIG &
CAÇOLA, 2005; CORAZZA & CANFIELD, 2006; BRUZI et al, 2006; HAN & SHEA,
2008). Para tal habilidade encontra-se a prática parcial progressiva como sendo a
mais indicada no seu processo de ensino, a qual divide a habilidade inicialmente em
partes, associando a partes cada vez maiores, e finalmente praticando a habilidade
como um todo (SCHMIDT, 1993).
A aquisição de habilidades motoras é um processo complexo que busca a
automatização da habilidade. Com a prática e o feedback, os indivíduos relacionam
informações para a formação de estruturas cognitivas responsáveis pelo movimento
(MEIRA JUNIOR et al., 2006). Dependendo da tarefa, obter um alto nível de
habilidade pode tomar anos de prática. Vários o os fatores que podem influenciar
nesse processo como, a distribuição, a quantidade e a variedade das experiências
práticas, a estrutura de prática, a demonstração e o feedback.
Receber informação sobre o movimento é fundamental durante o processo de
aprendizagem de uma habilidade motora. Além de obter informações sobre a
execução do movimento e o seu resultado no ambiente por meios próprios (feedback
intrínseco), o aprendiz também pode receber informações adicionais de fontes
externas (feedback extrínseco) (MEIRA JUNIOR et al., 2006; SALMONI et al., 1984).
Algumas informações sensoriais estão disponíveis anteriormente ao
movimento, ao tempo que outras estão disponíveis após a execução do movimento.
O feedback pode ser dado durante tarefas entediantes, repetitivas, de longa
41
duração, na forma de Conhecimento de Resultado (CR), ou quando se refere ao
padrão do movimento que o aprendiz acabou de realizar, o chamado Conhecimento
de Performance (CP), (SCHMIDT, 1988).
O feedback influencia positivamente, no início da aprendizagem de tarefas
simples. Nos estágios iniciais da aprendizagem de uma tarefa, o aluno deve receber
instruções para saber como, e o que executar. Sendo assim, Chiviacowsky & Wulf
(2002, 2005) tentaram compreender quando e por que os sujeitos solicitam
feedback, utilizando questionários e analisando as tentativas com e sem CR.
Perceberam então que aprendizes não solicitam CR de forma aleatória, e sim
utilizam uma estratégia, solicitam o CR após boas tentativas para confirmar o
desempenho em relação ao alvo, ou seja, preferem receber feedback após a
realização de “boas” tentativas, ao invés de após “más” tentativas. Também foi
observada aprendizagem superior através de teste de retenção após 24 horas, para
indivíduos que receberam feedback após “boas” em relação ao grupo que recebeu
após “más” tentativas.
No entanto, tais estudos contradizem a visão teórica que explica a função do
feedback na aprendizagem. Segundo, a hipótese de orientação (SALMONI et al.,
1984; SCHMIDT, 1991) a variável feedback pode ser considerada como
particularmente importante após “más” tentativas, isto é, após erros considerados
grandes e, principalmente os da fase inicial de prática, onde tal informação possa
orientar o aprendiz em direção ao movimento correto. Após “boas” tentativas e no
final da prática, a informação de feedback é considerada como menos importante.
Wulf & Shea (2004) concluíram que, embora a hipótese de orientação
contribuiu para um melhor entendimento de como o feedback afeta o desempenho e
a aprendizagem, são necessárias pesquisas que examinem como este interage com
outros fatores tais como complexidade de tarefa, estágios de aprendizagem e foco
de atenção, influenciando na aprendizagem.
Estudos mostram os benefícios de utilizar o feedback do tipo CP no ensino de
habilidades motoras do desporto (BOYCE, 1991; SMITH & LOSCHNER, 2002). O
CP informa o que fazer para melhorar a performance dos indivíduos e assim
melhorar a execução do movimento, o que torna o CP particularmente importante na
fase inicial de aprendizagem, na qual os indivíduos normalmente são incapazes de
interpretar as propriedades de seus movimentos (GUADAGNOLI et al., 2002).
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Apesar de saber a importância do feedback no ensino das habilidades
motoras, ainda são poucos os estudos sobre como utilizá-lo de maneira mais efetiva
na aprendizagem de habilidades motoras (HODGES & FRANKS, 2002; GOODMAN
et al., 2004). Isto ocorre devido à generalização de resultados a muitas situações de
aprendizagem (YOUNG e SCHMIDT, 1992), em razão das pesquisas sobre a
aprendizagem de habilidades motoras e principalmente sobre o fato de utilizar na
grande maioria dos estudos, tarefas conduzidas em laboratórios (HODGES e
FRANKS, 2002).
Sendo assim, em função da falta de consenso sobre como o feedback atua
na aprendizagem de habilidades motoras, principalmente em situações práticas de
ensino, o objetivo desse estudo foi verificar os efeitos do feedback após boas e más
tentativas de prática na aprendizagem do nado crawl em adultos universitários.
Materiais e Métodos:
Amostra
A amostra foi constituída inicialmente por 48 adultos universitários, de ambos
os sexos, com média de idade 25,11±5,34 anos, distribuída em dois grupos (G1=24
sujeitos e G2=24 sujeitos), de acordo com os diferentes tipos de fornecimento de
CP. Finalizaram o experimento 41 sujeitos (G1=21 e G2=20). Todos os sujeitos
participaram como voluntários assinando um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, tendo o estudo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com
Seres Humanos. Os sujeitos não possuíam conhecimento sobre o objetivo do
experimento e também não possuíam experiência anterior com a tarefa.
Entre os critérios de inclusão, os sujeitos deveriam estar familiarizados ao
meio líquido, ou seja, flutuar em decúbito ventral e dorsal, imergir a face na água,
abrir os olhos, expirar embaixo d’água, passar da posição vertical para a horizontal
autonomamente e desta para a posição bípede, e deslizar na superfície.
Delineamento Experimental
Os alunos foram distribuídos intencionalmente em dois grupos experimentais:
grupo 1, composto por 24 alunos (15 homens e 9 mulheres) que tiveram aulas de
natação com feedback após boas tentativas, o grupo 2, também com 24 alunos (10
43
homens e 14 mulheres) que tiveram aulas de natação utilizando-se o feedback após
más tentativas. O feedback foi fornecido em três de cada seis tentativas de prática,
com frequência de 50%, sendo nas três melhores tentativas para o grupo 1 e nas
três tentativas em que ocorreram os erros mais grosseiros no grupo 2.
Procedimentos
Tendo os alunos se familiarizado ao meio líquido, foi aplicado o pré-teste
anteriormente à primeira aula com educativos do nado crawl. Após o pré-teste os
alunos participaram de dez aulas consecutivas, duas vezes na semana, com
duração de 50 minutos cada. Estas foram divididas em aquecimento, com atividades
de alongamento e iniciação à movimentação; parte principal, enfatizando os
educativos da habilidade dividida em partes (Respiração; Pernada; Braçada;
Coordenação Geral do Nado); e descontração/relaxamento com atividades livres.
Os pré e pós-testes foram realizados na piscina, por três avaliadores
treinados, que observaram os alunos da borda, transitando pelo ambiente para
melhor visualização a partir dos critérios de avaliação que constam no Teste do
Desempenho Motor do Nado Crawl (TDMNC) (Corazza et al., 2006). Este
instrumento tem como forma de avaliação a execução cnica do nado em itens,
sendo dado um ponto para cada item realizado de forma correta. O escore mínimo é
de zero pontos quando o indivíduo não realiza nenhum movimento de forma correta,
e escore máximo de 29 pontos, quando todos os itens que compõem o teste forem
executados corretamente.
Foi considerada como uma tentativa de prática a realização do educativo em
25 metros de deslocamento. Sendo que seis tentativas se caracterizavam como um
bloco do educativo.
Os critérios para julgar o que seria uma boa tentativa e uma tentativa
foram os detalhados no TDMNC. As que mais se aproximaram da descrição foram
consideradas “boas” e as que mais se distanciaram da descrição consideradas como
“más” tentativa de prática.
Durante o experimento as aulas foram ministradas em grupos e o feedback
após as tentativas (boas ou más) foi dado de forma sumariada ao final de cada bloco
de seis tentativas individualmente.
O intervalo de tempo entre o pré e o pós-teste foi de cinco semanas.
44
Tratamento estatístico
Inicialmente para caracterização dos dados foi utilizada a estatística descritiva
com média e desvio padrão.
Para verificar a normalidade dos dados foi realizado o teste de Shapiro-Wilk,
utilizado quando o conjunto de observações é pequeno, até 50 sujeitos (BARROS et
al., 2005).
Para verificar a diferença entre pré e pós-testes nos grupos utilizou-se o Teste
“t” para amostras dependentes, o Teste de Wilcoxon, para dados o paramétricos,
que os dados não se comportaram conforme a normalidade. E ainda para verificar
a diferença entre os tratamentos utilizou-se um Teste “t” para amostras
independentes, o Teste de U de Mann Whitney, também para dados não
paramétricos.
Para a realização dos procedimentos estatísticos utilizou-se o Software
Statistical Package for Social Sciences (SPSS 13.0) e foi adotado um nível de
significância de 5%.
Resultados:
Os resultados da análise descritiva, utilizada para caracterizar melhor os
grupos que fizeram parte deste experimento, estão expostos na tabela 1.
Variáveis
N
Mínimo
Média
Desvio Padrão
Pré
-
Teste
G1
24 0 9 3,46 3,551
Pós
-
Teste
G1
21 16 29 26,29 2,327
Pré
-
Teste
G2
24 0 9 3,46 3,148
Pós
-
Teste
G2
20 9 29 23,85 5,470
Tabela 1: Análise descritiva dos dados.
(Legenda: G1= Boas Tentativas; G2= Más
Tentativas).
Para mostrar que ambos os grupos partiram de um mesmo ponto, foi aplicado
o Teste U de Mann-Whitney, que mostrou que os grupos não diferiram entre si no
pré-teste (p=0,568), ou seja, todos os sujeitos eram iniciantes no nado crawl. A
homogeneidade de desempenho inicial dos grupos é uma condição necessária em
estudos de Aprendizagem Motora. De outra forma, se os grupos apresentassem
desempenhos iniciais diferentes, não se poderia atribuir os resultados apenas à
45
manipulação experimental, mas também às diferenças iniciais (MEIRA JUNIOR,
2005).
Ao comparar o desempenho dos grupos em pré e pós-testes, pode-se
observar na figura 1 que o grupo que recebeu feedback após boas tentativas de
prática teve seu desempenho melhorado após o programa de ensino da técnica do
nado crawl. Fato que também ocorreu para o grupo que recebeu feedback após más
tentativas.
Figura 1. Desempenho dos Grupos no pré e pós-testes.
Através da figura acima é possível perceber a evolução dos sujeitos após as
dez aulas de natação. Pode-se inferir que o feedback foi fundamental, pois os
sujeitos modificaram o seu comportamento após o tratamento, no entanto, com o
objetivo de verificar qual grupo teve aprendizagem superior foi realizado o Teste de
Wilcoxon para verificar se houve diferença entre o pré e o pós-teste para ambos os
grupos, encontrou-se uma diferença altamente significativa, como pode ser visto na
tabela 2.
Pré-Teste Más X
Pós-Teste Más
Pré-Teste Boas X
Pós-Teste boas
Z -3,923 -4,024
Diferença significante p<0,001 p<0,001
Tabela 2. Diferença entre grupos através do Teste de Wilcoxon.
Ambos os grupos melhoraram durante o tratamento, mas com o intuito de
constatar qual tratamento foi mais eficaz neste estudo, através do Teste U de Mann-
46
Whitney, foi verificada a diferença entre os grupos para os pós-testes. Houve uma
diferença altamente significativa (Z= 5,53 para p<0,001) a favor do grupo que
recebeu feedback após boas tentativas de prática.
Discussão e Conclusão:
Resgatando o objetivo do presente estudo de verificar os efeitos do feedback
após boas e más tentativas na aprendizagem do nado crawl em adultos
universitários, os resultados encontrados após 10 aulas mostram que o grupo que
recebeu CP após boas tentativas de prática do nado crawl teve vantagem na
aprendizagem quando comparado ao grupo que recebeu CP após más tentativas de
prática.
Na ciência do movimento, informações advindas por meio do feedback sobre
o gesto motor permitem a quem recebe essas informações melhorar o desempenho,
modificando os movimentos em busca da melhora na performance (LIEBERMANN et
al., 2002). Uma importante função do feedback extrínseco é fornecer aos indivíduos
informações a respeito do progresso que eles estão tendo, estimulando para o
alcance da meta (SCHMIDT, 1991). Em tarefas repetidas e de longa duração, como
a natação, o feedback produz um aumento no desempenho, servindo como um
estímulo para os aprendizes.
Deste modo, o feedback extrínseco torna-se elemento importante na
aquisição de uma habilidade por mudar a característica do movimento, pois sem
essa informação externa alguns sujeitos o conseguem detectar os próprios erros,
apresentando limitações na tentativa executar um padrão de movimento correto
(SMETHURST & CARSON, 2001; AYERS et al., 2003; GOODMAN et al., 2004).
Estudo que corrobora os resultados da presente investigação, Bradley et al.
(1996) analisaram o efeito de 10 aulas de natação sendo um grupo com aulas
semanais e outro com aulas diárias, analisaram a mudança no desempenho através
da escala de classificação para avaliar estágios do nado crawl, obtiveram os
seguintes resultados: melhora no aprendizado do nado crawl tanto para o grupo que
recebeu lições diárias como semanais; a habilidade melhorou significativamente
após a terceira aula; não houve diferença significativa entre os gêneros.
47
Ainda se tratando da habilidade nadar, Starek & McCullagh (1999)
compararam os efeitos de dois tipos de modelagem, o auto-modelo e outro modelo,
em universitários iniciantes que tiveram cinco aulas individuais de natação, os
resultados indicaram que a auto-modelagem demonstrou melhor desempenho na
quarta aula.
Com o objetivo de diminuir os erros que ocorriam na braçada da natação de
indivíduos iniciantes no nado, Koop & Martin (1983) utilizaram um padrão de
movimentos que deveriam ser seguidos. Tal procedimento auxiliou na diminuição
dos erros mais grosseiros por todos os nadadores. Essas correções exigiram dos
treinadores e dos alunos um tempo excessivo de prática e às vezes aparelhos
complicados para verificar tais erros. Além disso, tanto os treinadores como os
nadadores consideraram o procedimento eficaz.
Ao verificar os efeitos da amplitude de feedback na performance de
nadadores competitivos, Chambers & Vickers (2006) encontraram que o grupo que
teve feedback atrasado e substituído por questionamentos direcionados à técnica do
nado, teve melhora na execução técnica do nado e no tempo de competição. Fato
que vem de encontro ao presente estudo por utilizar o feedback sumariado, ou seja,
dado ao grupo após as três melhores ou piores tentativas de prática, ao final do
bloco de seis tentativas.
Pasetto et al. (2006) utilizaram dicas visuais na aprendizagem do nado crawl
para alunos surdos, um grupo teve dicas através do modelo e o outro grupo com
dicas através de figuras e modelo. Os resultados mostraram que ambos os grupos
melhoraram após o tratamento, porém houve uma superioridade para o grupo que
recebeu dicas de figuras e modelo em relação ao grupo que recebeu dicas apenas
do modelo. Esses resultados foram atribuídos ao fato de que a utilização de dicas
com figuras ilustrativas associadas ao modelo, adicionaram informações que
permitiram aos alunos direcionar e manter a atenção em pontos considerados chave
para tal habilidade. Pode-se estender essa afirmação ao feedback após boas
tentativas, pois ao confirmar tentativas bem sucedidas, torna-se muito mais fácil ao
aprendiz manter um padrão de movimento do que corrigir e refazer o seu programa
motor para uma nova tentativa.
Santos et al. (2008) verificaram os efeitos do feedback extrínseco nos
indicadores biomecânicos de desempenho da virada no nado crawl, utilizando
48
frequência de 60% tanto de CR quanto de CP. Foram encontradas melhoras no
teste de transferência que caracterizou mudanças no comportamento em função do
feedback extrínseco. Os autores ainda colocam que as informações verbais e a
visualização do movimento de virada, associadas a um maior tempo de prática,
poderão ter reflexo no desempenho da técnica da virada do nado crawl.
Ainda comparando os efeitos do CP e de estratégias cognitivas na
aprendizagem motora de crianças com paralisia cerebral, Thorpe & Valvano (2002)
encontraram que indivíduos que utilizaram CP juntamente com estratégias
cognitivas, apresentaram melhoras significativas na habilidade de mover um pedalo
para trás.
Em habilidades como o equilíbrio sobre a trave de ginástica, estudo que
objetivou comparar o efeito do CP apresentado através de fitas de vídeo, utilizando
um grupo controle que teve feedback convencional, Selder & Del Rolan (1979)
mostraram que o CP via fitas de vídeo beneficia a aprendizagem de tal habilidade
após seis semanas de treino. Isso mostra a afinidade deste com os resultados do
presente estudo que utilizou CP na aprendizagem da natação com cinco semanas
de tratamento.
em estudo que verificou a frequência do CP na aprendizagem de
habilidades motoras, com frequências de 100% e 33%, os resultados apontaram
para o fato de que ambos os grupos tiveram desempenho similar para a habilidade
de corda da ginástica rítmica desportiva (CORRÊA et al., 2005). Outro estudo
(TERTULIANO et al., 2008) com frequência de CP, na habilidade saque por cima do
voleibol, utilizando as mesmas frequências do estudo anterior, também não houve
melhora no desempenho de ambos os grupos. Indicando então, que frequências de
feedback próximas a 50% são as mais indicadas para que ocorra um desempenho
superior na aprendizagem de habilidades motoras (WINSTEIN & SCHMIDT, 1990;
WEEKS & KORDUS, 1998). Ainda estudos mostrando os benefícios de fornecer
feedback do tipo CP no processo de aprendizagem de habilidades motoras
(BOYCE, 1991; SMITH & LOSCHNER, 2002).
Piekarzievcz (2004) procurou investigar a influência do feedback extrínseco
aumentado verbalmente e do feedback extrínseco aumentado visualmente durante a
aprendizagem da habilidade motora fechada, o putting no golfe. Participaram deste
estudo 30 sujeitos voluntários os quais foram designados aleatoriamente a um dos
49
três grupos (G1 - feedback extrínseco verbal; G2 - feedback extrínseco visual; e G3 -
feedback intrínseco), após a análise dos resultados indicou que independente do
tipo de feedback ocorreu uma melhora no desempenho dos grupos após o período
de prática.
Em tarefas coordenativas e de alta complexidade, como a natação, os
estudos apontam que o feedback é significativo no processo ensino-aprendizagem e
deve ser direcionado à tarefa, levando em consideração as exigências da tarefa e a
experiência do aprendiz (GUADAGNOLI et al., 1996; HODGES & FRANKS, 2001;
FREDENBURG et al., 2001; GUADAGNOLI & LEE, 2004). O desenvolvimento de
estratégias possibilita aos sujeitos reter as informações, principalmente referente à
precisão com que o movimento foi realizado, sendo então uma importante fonte de
informação para a aprendizagem de habilidades motoras (SWINNEN, 1996).
Sengoku & Nomura, (2007) investigaram o efeito da instrução motivacional na
natação, mostrando essas informações através da assistência computadorizada.
Encontraram que crianças que tiveram aulas com esse tipo de instrução tiveram
desempenho superior nos nados crawl e peito, quando comparadas a outras que
tiveram aulas sem essa informação motivacional.
Com o objetivo de saber quando e por quê os aprendizes preferem receber
feedback, estudos mostram que a preferência é por receber após tentativas de
prática (CHIVIACOWSKY & WULF, 2002, 2005). Os achados deste estudo estão de
acordo com os resultados dos estudos citados anteriormente que também
encontraram uma melhora na aprendizagem de uma tarefa de arremessar saquinhos
de feijão a um alvo, para os sujeitos que receberam feedback após as melhores
tentativas de prática.
Estudo recente (CHIVIACOWSKY & WULF, 2007) mostra que a
aprendizagem é realmente beneficiada em adultos quando utilizados os mesmos
fornecimentos de feedback após boas tentativas de prática, os achados são
interpretados pelas evidências da função motivacional do feedback. Contrário a isso,
quando utilizados os mesmos regimes de feedback (após boas es tentativas) em
crianças não foram encontrados resultados semelhantes. Não foram encontradas
diferenças significantes entre o grupo que recebeu feedback após boas tentativas e
o grupo que recebeu após más tentativas (CHIVIACOWSKY et al., 2007).
50
Ainda em estudo com 22 idosas, envolvendo uma tarefa de arremessar
implementos a um alvo, divididas em dois grupos, um que recebeu feedback após
boas e outro que recebeu feedback após más tentativas, Chiviacowsky et al.(2009)
encontraram que o grupo que recebeu feedback após boas tentativas teve
desempenho superior em teste de retenção após 72 horas. Reafirmando que
receber informação em tentativas com pequenos erros é mais efetivo para a
aprendizagem do quem fornecer feedback em tentativas cujos erros sejam
considerados grosseiros (CHIVIACOWSKY et al., 2009).
Através das observações do presente experimento, pode-se concluir que
utilizar feedback após boas ou más tentativas de prática melhora a aprendizagem do
nado crawl, no entanto, sujeitos que receberam o feedback após boas tentativas de
prática tiveram desempenho superior quando comparados aos que receberam
feedback após más tentativas de prática. Isso pode ser atribuído ao fato de ser mais
fácil para o iniciante no nado manter uma tentativa correta do que corrigir o padrão
do movimento para a próxima tentativa.
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5 CONCLUSÃO
Através das observações do presente experimento, pode-se concluir que:
1. Feedback do tipo CP após boas ou más tentativas de prática melhora a
aprendizagem do nado crawl após 10 aulas consecutivas;
2. Sujeitos que receberam o feedback do tipo CP após boas tentativas de
prática tiveram desempenho superior quando comparados aos que
receberam feedback após más tentativas de prática.
3. Frequência relativa de 50% foi efetiva no processo de aprendizagem do
nado crawl para os sujeitos iniciantes.
4. Sugere-se para pesquisas futuras sejam realizadas com o intuito de
esclarecer melhor os efeitos do feedback na aprendizagem da natação,
empreguem diferentes variáveis a serem controladas: estrutura de prática,
diferentes frequências de feedback; novas formas de observação dos
resultados no nado (filmagem para análise posterior); diferentes formas de
apresentação do CP (figuras, vídeos).
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65
APÊNDICES
66
APÊNDICE 1
PLANEJAMENTO DAS AULAS DE NATAÇÃO
1ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Medusa;
- Sentar no fundo da piscina;
- Buscar materiais no fundo da piscina.
Parte principal: Educativos – Ênfase na Respiração – (30 minutos)
1. Respiração (inspiração e expiração) na borda da piscina, em pé, sem deslocamento.
Possíveis erros: tempo da respiração deve ser em movimento contínuo.
Feedback após más: “o movimento deve ser contínuo”, “soltar bolhinhas embaixo da água”,
“pega o ar em cima e solta dentro da água”, etc.
Feedback após boas: “ótimo soltando o ar dentro da água”.
2. Respiração (inspiração e expiração) em pé, solto na piscina.
Possíveis erros: tempo da respiração deve ser em movimento contínuo.
Feedback após más: o movimento deve ser contínuo”, “soltar bolhinhas embaixo d`água”,
“pega o ar em cima e solta dentro d`água”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 1.
3. Respiração (bilateral) na borda da piscina, decúbito ventral, com polibóia.
Possíveis erros: cabeça elevada (frontal), cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “gira mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e
solta quando volta” etc.
Feedback após boas: “isso, olhando para baixo”.
4. Respiração (bilateral) segurando-se em uma prancha, em pé, com deslocamento.
Possíveis erros: cabeça elevada (frontal), cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “gira mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e
solta quando volta”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 3.
5. Pernada do nado crawl segurando-se na borda da piscina.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, pernada na superfície da água.
Feedback após más : “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, etc.
Feedback após boas: “pernas bem unidas”, “não muito elevadas”.
6. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, pernada na superfície da água.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 5.
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
67
2ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Exercícios de flutuação;
- Em círculo, de mãos dadas, inspira e expira soltando bolhinhas (tenta sentar no fundo da
piscina);
- Em círculo, números pares e ímpares, o professor diz um número, se for “par” os
ímpares mergulham, se for “ímpar” os pares mergulham;
Parte principal: Educativos – Ênfase na Pernada(30 minutos)
1. Respiração (bilateral) na borda da piscina, decúbito ventral, com polibóia.
Possíveis erros: cabeça elevada (frontal), cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “gira mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e
solta quando volta”, etc.
Feedback após boas: “olhando para frente”, “solta todo o ar embaixo da água”.
2. Respiração (bilateral) segurando-se em uma prancha, em pé, com deslocamento.
Possíveis erros: cabeça elevada (frontal), cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “gira mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e
solta quando volta”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 1
3. Pernada do nado crawl segurando-se na borda da piscina.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, pernada na superfície da água.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 1
4. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, pernada na superfície da água.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 1
5. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, “gira
mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e solta quando volta”, etc.
Feedback após boas: “ótimo giro do pescoço”, “soltando todo o ar embaixo da água”,
“excelente a posição das pernas”.
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
68
3ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Dar impulso e passar no meio de um aro fazendo a pernada do crawl (braços estendidos
à frente);
- Jogar uma bola à frente e buscar fazendo a pernada do crawl.
Parte principal: Educativos – Ênfase na Pernada e Respiração – (30 minutos)
1. Respiração (unilateral e bilateral) na borda da piscina, decúbito ventral, com polibóia.
Possíveis erros: cabeça elevada (frontal), cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “gira mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e
solta quando volta” etc.
Feedback após boas: olhando para frente”, “bom o giro do pescoço”, “pegando o ar fora da
água”,
2. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, pernada na superfície da água.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna” etc.
Feedback após boas: idem ao item 1
3. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, “gira
mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e solta quando volta” etc.
Feedback após boas: excelente posicionamento das pernas”, “olhando pro fundo da
piscina”, “solta todo o ar embaixo da água”.
4. Braçada do nado crawl sem deslocamento, um braço fica estendido à frente segurando-
se na borda da piscina enquanto o outro faz o movimento da braçada do crawl.
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa”, "entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. “Palma da mão para
trás com dedos para baixo” (tração). “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás”,
“palma da mão para cima sem mover o punho” (empurre).
Feedback após boas: “excelente saída da mão da água”, dedos bem unidos”, “palma da
mão voltada para fora”.
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
69
4ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Pernada do crawl, segurando uma bola com braços estendidos à frente;
Parte principal: Educativos – Ênfase na Braçada(30 minutos)
1. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afaste muito as pernas”, “sobe a perna”, “afunde a perna”, “gira
mais o pescoço”, “não olhe para frente”, “pega o ar quando gira e solta quando volta”, etc.
Feedback após boas: “ótimo giro do pescoço”, “soltando todo o ar embaixo da água”,
“excelente posicionamento das pernas”.
2. Braçada do nado crawl sem deslocamento, um braço fica estendido à frente segurando-
se na borda da piscina enquanto o outro faz o movimento da braçada do crawl.
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa”, entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. “Palma da mão para
trás com dedos para baixo” (tração). “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás”,
“palma da mão para cima sem mover o punho” (empurre).
Feedback após boas: “excelente saída da mão da água”, “dedos bem unidos”, “empurrando
o braço até o final”.
3. Braçada do nado crawl caminhando pela piscina (sem realizar respiração).
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa”, "entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. “Palma da mão para
trás com dedos para baixo” (tração). “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás”,
“palma da mão para cima sem mover o punho” (empurre).
Feedback após boas: idem ao item 2
4. Braçada do nado crawl caminhando pela piscina realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre). Cabeça elevada,
cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa”, "entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. “Palma da mão para
trás com dedos para baixo” (tração). “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás”,
“palma da mão para cima sem mover o punho” (empurre). “Gira mais o pescoço”, “não olhe
para frente”, “pega o ar quando gira e solta quando volta” etc.
Feedback após boas: idem ao item 2
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
70
5ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Pernada do crawl segurando uma bola, com braços estendidos à frente;
- Pernada do crawl com braços estendidos à frente.
Parte principal: Educativos – Ênfase na Braçada(30 minutos)
1. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em um macarrão,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas”, “subir a perna”, “afundar a perna”, “girar
mais o pescoço”, “não olhar para frente”, “pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “soltando o ar todo embaixo
da água”, “olhando para o fundo da piscina”.
2. Braçada do nado crawl sem deslocamento, um braço fica estendido à frente segurando-
se na borda da piscina enquanto o outro faz o movimento da braçada do crawl.
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Feedback após más: “a saída da mão da água na linha da coxa”, “entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”; “a palma da mão para
trás com dedos para baixo (tração)”; “a extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás,
palma da mão para cima sem mover o punho (empurre)”.
Feedback após boas: “ótima saída da mão da água”, “dedos bem unidos”, “empurrando o
braço até o final”.
3. Braçada do nado crawl caminhando pela piscina (sem realizar respiração).
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Feedback após más: “a saída da mão da água na linha da coxa”, “entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. “Palma da mão para
trás com dedos para baixo (tração)”. “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás,
palma da mão para cima sem mover o punho (empurre)”.
Feedback após boas: idem ao item 2
4. Braçada do nado crawl caminhando pela piscina realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre). Cabeça elevada,
cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “a saída da mão da água na linha da coxa, entrada da mão na água
com dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. “Palma da mão para
trás com dedos para baixo (tração)”. “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás,
palma da mão para cima sem mover o punho (empurre)”. “Girar o pescoço, não olhar para
frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 2
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
71
6ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Pernada do crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha, realizar
braçadas.
Parte principal: Educativos – Ênfase na Braçada e Respiração – (30 minutos)
1. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em um macarrão,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas”, “subir a perna”, “afundar a perna”, “girar
mais o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “olhando para o fundo da
piscina”, “ótimo o giro do pescoço”, “soltando todo o ar embaixo da água”.
2. Braçada do nado crawl caminhando pela piscina realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre). Cabeça elevada,
cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa, entrada da mão na água com
dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. Palma da mão para trás
com dedos para baixo (tração)”. Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma
da mão para cima sem mover o punho (empurre)”. “Girar o pescoço, não olhar para frente,
pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “ótima saída da mão da água”, “dedos bem unidos”, “empurrando o
braço até o final”, “ótimo o giro do pescoço”, “soltando todo o ar embaixo da água”.
3. Braçada e pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma
prancha, realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, muito profunda, cabeça elevada, baixa, cabeça e corpo
virando juntos. Saída da mão da água fora da linha da coxa. Dedos estendidos e afastados
(tração). Cotovelo baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Cabeça elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas, subir, afundar a perna, girar mais o
pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc. “A saída
da mão da água na linha da coxa”. “Palma da mão para trás com dedos para baixo (tração)”.
“Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma da mão para cima sem mover o
punho (empurre)”. “Girar o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar
quando volta”, etc.
Feedback após boas: idem ao item 2
4. Braçada do nado crawl com polibóia, realizando respiração bilateral
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre). Cabeça elevada,
cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: idem ao item 3
Feedback após boas: idem ao item 3
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
72
7ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Pernada do crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha, realizar
braçadas.
Parte principal: Educativos Ênfase na união da pernada com a braçada e
respiração – (30 minutos)
1. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas, não subir ou afundar a perna, girar mais
o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “soltando todo o ar embaixo
da água”, “olhando para o fundo da piscina”.
2. Braçada do nado crawl com polibóia, realizando respiração bilateral
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre). Cabeça elevada,
cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa, entrada da mão na água com
dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. Palma da mão para trás
com dedos para baixo (tração)”. Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma
da mão para cima sem mover o punho (empurre)”. “Girar o pescoço, não olhar para frente,
pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “ótima saída da mão da água”, “dedos bem unidos”, “excelente giro do
pescoço”, “empurrando o braço até o final”, “soltando o ar todo embaixo da água”.
3. Braçada e pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma
prancha, realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, muito profunda, cabeça elevada, baixa, cabeça e corpo
virando juntos. Saída da mão da água fora da linha da coxa. Dedos estendidos e afastados
(tração). Cotovelo baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Cabeça elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas, não subir ou afundar a perna, girar mais
o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc. “Dar
pistas: saída da mão da água na linha da coxa”. “Palma da mão para trás com dedos para
baixo (tração)”. “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma da mão para
cima sem mover o punho (empurre)”.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “ótimo giro do pescoço”,
“olhando para o fundo da piscina”, “soltando todo o ar embaixo da água”, empurrando todo o
braço para trás”.
4. Nado crawl completo com respiração bilateral
Possíveis erros: desequilíbrio na execução de um dos elementos (braços, pernas,
respiração). Movimentos de braços e pernas sem ritmo, descontínuos. Padrão de
movimento dos braços ou pernas apresentando variações.
Feedback após boas e más: (todos os movimentos do nado crawl).
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
73
8ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Pernada do crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha, realizar
braçadas.
Parte principal: Educativos Ênfase na união da pernada com a braçada e
respiração – (30 minutos)
1. Pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha,
realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, pernada muito profunda, na superfície da água, cabeça
elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas, não subir ou afundar a perna, girar mais
o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “ótimo giro do pescoço”,
“soltando o ar todo embaixo da água”.
2. Braçada do nado crawl com polibóia, realizando respiração bilateral
Possíveis erros: saída da mão da água fora da linha da coxa, entrada da mão na água com
a palma da mão ou mão para os lados. Dedos estendidos e afastados (tração). Cotovelo
baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre). Cabeça elevada,
cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “saída da mão da água na linha da coxa, entrada da mão na água com
dedos unidos ou quase unidos com uma leve flexão de punho”. Palma da mão para trás
com dedos para baixo (tração)”. Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma
da mão para cima sem mover o punho (empurre)”. “Girar o pescoço, não olhar para frente,
pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc.
Feedback após boas: “excelente saída da mão da água”, “dedos unidos”, “empurrando o
braço até o final”, “ótimo giro do pescoço”, “soltando todo o ar embaixo da água”.
3. Braçada e pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma
prancha, realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, muito profunda, cabeça elevada, baixa, cabeça e corpo
virando juntos. Saída da mão da água fora da linha da coxa. Dedos estendidos e afastados
(tração). Cotovelo baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Cabeça elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas, não subir ou afundar a perna, girar mais
o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, etc. “Dar
pistas: saída da mão da água na linha da coxa”. “Palma da mão para trás com dedos para
baixo (tração)”. “Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma da mão para
cima sem mover o punho (empurre)”.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “ótimo giro do pescoço”,
“olhando para o fundo da piscina”, “soltando todo o ar embaixo da água”, “saída da mão da
água excelente”, “empurrando o braço até o final do movimento”.
4. Nado crawl completo com respiração bilateral.
Possíveis erros: desequilíbrio na execução de um dos elementos (braços, pernas,
respiração). Movimentos de braços e pernas sem ritmo, descontínuos. Padrão de
movimento dos braços ou pernas apresentando variações.
Feedback após boas e más: (todos os movimentos do nado crawl).
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
74
9ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Pernada do crawl deslocando na piscina segurando-se em uma prancha, realizando
respiração bilateral.
Parte principal: Educativos – Ênfase no Nado Crawl completo – (30 minutos)
1. Braçada e pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma
prancha, realizando respiração bilateral.
Possíveis erros: pernada ampla, muito profunda, cabeça elevada, baixa, cabeça e corpo
virando juntos. Saída da mão da água fora da linha da coxa. Dedos estendidos e afastados
(tração). Cotovelo baixo sem extensão, mobilidade do punho e dedos afastados (empurre).
Cabeça elevada, cabeça baixa, cabeça e corpo virando juntos.
Feedback após más: “não afastar muito as pernas, não subir ou afundar a perna, girar mais
o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar quando volta”, “saída da
mão da água na linha da coxa”. “Palma da mão para trás com dedos para baixo (tração)”.
“Extensão do cotovelo conduzindo o braço para trás, palma da mão para cima sem mover o
punho (empurre)”. “Girar o pescoço, não olhar para frente, pegar o ar quando gira e soltar
quando volta”, etc.
Feedback após boas: “excelente posicionamento das pernas”, “ótimo giro do pescoço”,
“soltando o ar todo embaixo da água”.
2. Nado crawl completo com respiração bilateral.
Possíveis erros: desequilíbrio na execução de um dos elementos (braços, pernas,
respiração). Movimentos de braços e pernas sem ritmo, descontínuos. Padrão de
movimento dos braços ou pernas apresentando variações.
Feedback após boas e más: (todos os movimentos do nado crawl).
3. Pernada do Nado Costas.
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos)
75
10ª Aula
Iniciação: Aquecimento (10 minutos)
- Braçada e pernada do nado crawl deslocando na piscina segurando-se em uma
prancha, realizando respiração bilateral.
Parte principal: Educativos – Ênfase no Nado Crawl completo – (30 minutos)
1. Nado crawl completo com respiração bilateral.
Possíveis erros: desequilíbrio na execução de um dos elementos (braços, pernas,
respiração). Movimentos de braços e pernas sem ritmo, descontínuos. Padrão de
movimento dos braços ou pernas apresentando variações.
Feedback após boas e más: (todos os movimentos do nado crawl).
2. Pernada do Nado Costas.
Parte Final: Atividade descontraída, relaxamento (10 minutos).
76
APÊNDICE 2
PRESS RELEASE
É possível aprender a nadar crawl em 10 aulas?
Aprender uma habilidade motora para muitos é um processo complexo.
Quando falamos em natação que envolve o meio líquido, para muitos torna-se quase
impossível. Para que se tenha um alto nível desta habilidade pode tomar anos de
prática, assim, vários são os fatores podem influenciar durante esse processo de
ensino, sendo o principal deles, o feedback. Este trata-se da informação dada ao
aprendiz durante ou após a execução do movimento. Com o objetivo de verificar a
aprendizagem de iniciantes do nado crawl, utilizando feedback após boas e más
tentativas, este estudo contou com a participação de 48 adultos universitários com
média de idade de 25 anos. Os alunos foram divididos em dois grupos com 24
sujeitos cada: o grupo 1 (G1) que recebeu feedback após boas tentativas de prática,
ou seja, após as melhores tentativas realizadas para cada educativo apresentado e
o grupo 2 (G2) que recebeu feedback após más tentativas de prática, ou seja, após
as piores tentativas de cada educativo. Após 10 aulas foi realizada uma avaliação
final do aluno para verificar a aprendizagem do nado crawl. Os resultados
encontrados mostraram que ambos os grupos aprenderam a nadar crawl. No
entanto, o G1 apresentou resultados superiores ao G2. Esse fato pode ter ocorrido
porque o feedback após boas tentativas além de motivar o aluno a continuar
praticando, torna-se muito mais fácil para o aluno iniciante numa habilidade motora
manter o padrão do movimento para as próximas tentativas. Sendo assim, utilizando
o método de ensino do presente experimento torna-se possível aprender a nadar
crawl em apenas 10 aulas.
Autores: Prof. Esp. Juliana Izabel Katzer ( Mestranda em Educação Física
UFPel)
Prof. Dr. José Francisco Gomes Schild (Orientador Professor da
ESEF/ UFPel)
77
ANEXOS
78
ANEXO 1
Teste do Desempenho Motor no Nado Crawl
(Corazza et al., 2006)
Descrição
Exec.
Não
exec.
1
Posi
ção do corpo
O corpo deve estar em decúbito ventral em posição praticamente
horizontal desde a cabeça até os pés.
Os quadris e os membros inferiores devem estar ligeiramente inclinados
em relação aos ombros considerando a superfície da água.
A cabeça deve estar alinhada com o corpo, sendo que a água deve estar
entre a linha capilar e a metade da cabeça.
2
Movimentos das pernas
Exec.
Não
exec.
Movimento alternado das pernas na direção vertical.
O movimento parte do quadril com uma amplitude de pernada nem muito
próxima nem muito profunda considerando a superfície da água.
Na fase descendente o movimento parte de uma flexão do quadril com
uma pequena flexão de joelho seguida por uma extensão de joelho e
tornozelo caracterizando um “chute”.
Na fase ascendente o movimento inicia a partir da extensão de quadril, tão
logo tenha completado o movimento da fase anterior, devendo ser
executado com joelho estendido e o pé em posição natural.
3
Fase não propulsiva dos braços
Exec.
Não
exec.
Esta fase inicia quando o cotovelo sai da água, mantendo-o elevado com
os braços e mãos relaxados.
A saída da mão da água deve ser na linha da coxa.
No início da condução do braço à frente, a mão está em torno e sobre a
cabeça.
No final desta fase (quando os dedos tocam na água) eles estão unidos
ou quase unidos com uma leve flexão de punho.
A mão entre na água em uma linha próxima a linha mediana do corpo.
A finalização desta fase dá-se com o cotovelo em extensão alongando o
braço para frente imediatamente abaixo da superfície.
79
4
Fase propulsiva dos braços
(esta fase será dividida em tração e empurre)
Exec.
Não
exec.
4.1 Tração
Após o apoio, o punho flexiona-se orientando a palma da mão para trás
com dedos para baixo em direção à linha sagital.
O braço inicia a flexão do cotovelo ficando esta em torno de 90°.
A mão se direciona para trás com os dedos unidos ou quase unidos.
4.2 Empurre
Inicia na maior flexão do cotovelo estando este na linha do ombro.
A palma da mão se volta para trás e permanece em linha com o
antebraço.
Após inicia-se a extensão do cotovelo conduzindo o antebraço para trás
A palma da mão permanece voltada para cima, não havendo mobilidade
do punho.
5
Respiração
Exec.
Não
exec.
O giro da cabeça deve ser feito sobre seu próprio eixo, podendo ser feito
pela direita ou esquerda.
A inspiração deverá ser feita pela boca, devendo esta elevar-se com
ligeiro rolamento lateral do pescoço, livrando a boca da água.
A expiração deve ocorrer dentro da água (ficando a critério do praticante a
sua execução pelo nariz, boca ou ambos).
6
Sincronização de pernas, braços e respiração
Exec.
Não
exec.
O trabalho de braços, pernas e respiração deve ser harmônico, contínuo e
ritmado, não causando desequilíbrio quando da execução de um elemento
no outro.
O giro da cabeça para que ocorra a inspiração inicia quando o braço do
mesmo lado está realizando o empurre, retornando imediatamente a face
para a água para realizar a expiração.
A respiração pode ser unilateral ou bilateral, sendo a primeira a cada um
ou dois ciclos de braços e a segunda, respirando em lados alternados, ou
seja, a cada ciclo e meio de braços.
O rolamento deve ser sincronizado com os movimentos de braço e de
ombro que junto com o tronco e pernas devem rolar como uma unidade
em torno do eixo longitudinal.
O padrão de movimento de braços (intramembros) não deve apresentar
variações, ou seja, deve haver movimentação de ambos os braços com
características similares.
O padrão de movimento de pernas (intramembros) não deve apresentar
variações, ou seja, deve haver movimentação de ambas as pernas com
características similares.
Pontuação Total ______
80
ANEXO 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA - ESEF
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
LABORATÓRIO DE COMPORTAMENTO MOTOR
De: Prof. Dr. José Francisco Gomes Schild
Para: Coordenadoras da Escolinha de Natação e Hidroginástica da ADUFSM
Profª. Lúcia de Fátima Porciúncula
Profª. Eliane Zenir Corrêa de Moraes
SOLICITAÇÃO
Venho por meio desta solicitar a colaboração desta associação para a coleta
de dados da pesquisa Feedback após boas e más tentativas de prática e
aprendizagem do Nado Crawl”, a ser realizada por este laboratório, sob a
responsabilidade da Professora Mestranda JULIANA IZABEL KATZER.
A referida mestranda entrará em contato antes do início do semestre de
2009, pois pretende desenvolver seu experimento no semestre citado.
Sendo o que se apresenta, aguardo deferimento.
Atenciosamente,
_____________________________________
Prof. Dr. José Francisco Gomes Schild
Orientador
Pelotas, 2009.
81
ANEXO 3
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Ministério da Educação
Universidade Federal de Pelotas
Escola Superior de Educação Física
Mestrado em Educação Física
Laboratório de Comportamento Motor - LACOM
Prezado Senhor (a):
Este Termo tem por objetivo esclarecer e solicitar consentimento para a sua participação no
projeto de pesquisa intitulado Feedback após boas e más tentativas de Prática e Aprendizagem no
Nado Crawlque será realizado junto à Piscina Térmica do Centro de Educação Física e Desportos
da Universidade Federal de Santa Maria e tem como responsável a Profª. Juliana Izabel Katzer. O
projeto citado tem por objetivo verificar o desempenho motor de universitários, iniciantes do nado
crawl. Os participantes da pesquisa serão universitários, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 29
anos, que fazem parte da Escola de Natação da Associação Desportiva da Universidade Federal de
Santa Maria, iniciantes no nado crawl. Você como voluntário (a), será submetido (a) a um
experimento de ensino do nado crawl, sendo submetido a um pré teste e um pós teste após 10
sessões de treinamento.
Importante destacar que esta pesquisa, de forma alguma, irá machucar ou prejudicar os
indivíduos, será apenas um teste de Desempenho Motor do Nado Crawl para avaliar o nível de
aprendizado antes e após o tratamento, o qual será observado por três avaliadores, estando o
voluntário (a) livre para participar ou não da pesquisa e mesmo abandoná-la se assim desejar.
Também está assegurado o total anonimato dos mesmos, não sendo divulgado nenhum nome ou
mesmo imagem.
Assim, o infra-assinado, responsável pelo participante ou o participante, declara para todos os
fins e efeitos de direito que autoriza a sua participação na pesquisa.
Eu,_________________________________________________, _______anos de idade,
voluntariamente concordo em participar do projeto de pesquisa supracitado, que foi detalhado acima.
Estou ciente, ainda, que as informações obtidas durante as avaliações serão mantidas em
sigilo e não poderão ser consultadas por pessoas leigas sem a minha autorização. As informações
assim obtidas, no entanto, poderão ser usadas para fins de pesquisa científica, desde que a minha
privacidade seja sempre preservada.
Li e entendi as informações precedentes, tendo sido informado, ainda, que possíveis dúvidas
serão prontamente esclarecidas. Terei acesso também aos resultados dos testes a mim aplicados.
Comprometo-me, na medida das minhas possibilidades, a colaborar para um bom
desempenho do trabalho cientifico dos responsáveis por este projeto.
ASS.:_____________________________________________________________________
DATA____/____/___.
Pesquisadores Responsáveis:
Prof. ª. Juliana Izabel Katzer Prof. Dr. José Francisco Gomes Schild
Cpf : 002194410-57 Cpf: 207.252.720-15
Cel. 55-9905-8032 Tel.: (53)81166920 – (53) 32261241
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria
Avenida Roraima, 1000 - Prédio da Reitoria - 7
o
andar - Sala 702
Cidade Universitária - Bairro Camobi
97105-900 - Santa Maria - RS
Tel.: (55)32209362 - Fax: (55)32208009
e-mail: comiteeticapesquis[email protected]m.br
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