verificaram que o flexionamento estático com duração de quatro minutos, na musculatura
extensora de joelho, não interferiu na força muscular. Cremer et al.
15
utilizando um tempo
maior de flexionamento (20 minutos) na musculatura extensora de joelhos, também não
observaram diferenças na força para o movimento de extensão de joelhos, medido em
equipamento isocinético no modo excêntrico.
Entretanto, resultados conflitantes são encontrados na literatura, diversos
autores
9,12,14
utilizando durações de flexionamento entre quatro a 60 minutos observaram
diminuição no desempenho da força. Dentre estes, os que utilizaram o método estático de
flexionamento em suas investigações observaram diminuição no desempenho na força
entre 5,6 a 13,8% em testes de 1RM para flexão e extensão de joelhos.
Podemos mencionar em relação métodos de flexibilidade no desempenho da força,
o estudo de Tricoli e Paulo
14
, no qual foi investigado o efeito agudo dos exercícios de
flexionamento estático no desempenho de força máxima, onde 11 sujeitos do sexo
masculino foram submetidos a um teste de 1RM sob duas condições, sem exercícios de
flexionamento e com exercícios de flexionamento. O teste consistiu na execução completa
do exercício de extensão e flexão de joelhos no aparelho leg press. O grupo que realizou os
exercícios de flexionamento obteve resultados no teste de 1RM significativamente menor
que a média obtida na condição sem flexionamento, ou seja, o flexionamento estático
provocou uma queda de rendimento da força máxima. Em nosso caso não observamos o
mesmo resultado, contudo é claro que existe uma diferença grande no volume
implementado no estudo de Tricoli e Paulo
14
. Os autores realizaram flexionamentos
durante 20 minutos, enquanto nosso grupo somente fez três séries de 10 segundos cada,
entretanto, mesmo sem haver uma redução significativa da força em relação ao teste sem
flexionamento prévio, observamos uma tendência de redução nos níveis de força.
Outros estudos
10, 11,14,16
, demonstram que a realização do flexionamento pode
acarretar em uma redução da força de 8,9 a 28% em testes de contração voluntária máxima
para flexores plantares. Power et al.
18
concluíram em seu estudo que a realização do
flexionamento estático acarretou em uma diminuição na força isométrica. Behm et al.
13
e
Power et al.
18
, também encontram decréscimo de força para extensores de joelho. Ainda
usando o método estático, outras verificações
29, 30
, também encontraram decréscimo na
força de 3,0 a 7,2% medido através de aparelho isocinético para extensores de joelhos.
Estudos aqui relatados se diferem pelo método, a musculatura testada, a duração do
flexionamento e o tipo de teste para medir o desempenho da força. Estas diferenças talvez