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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Kandy Maria da Costa Mattos
A INFLUÊNCIA DO MARKETING AMBIENTAL NA DECISÃO DOS
CONSUMIDORES DE PRODUTOS ORGÂNICOS
NATAL-RN
2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
A INFLUÊNCIA DO MARKETING AMBIENTAL NA DECISÃO DE COMPRA DOS
CONSUMIDORES DE PRODUTOS ORGÂNICOS
por
KANDY MARIA DA COSTA MATTOS
HABILITADA EM JORNALISMO, UNP, 2005
TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÂO.
DEZEMBRO,2009
@2009 KANDY MARIA DA COSTA MATTOS
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
O autor aqui designado concede ao Programa de Engenharia de Produção da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir,
comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte,
nos termos da lei
Assinatura do Autor:
___________________________________________________________________
APROVADO POR:
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Catunda Pinto- Orientador, Presidente
___________________________________________________________________
Prof. Dr. Ciliana Regina Colombo- Membro Examinador
Prof. Dr. Andréa Lessa- Membro Examinador Externo
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12
bastante no mundo para as necessidades do homem, mas não para sua
cobiça.”
M. Gandhi
13
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais pelo carinho amor e dedicação de sempre.
À minha irmã Karen por todo o incentivo e apoio.
À minha Irma Katty pelo carinho e ajuda.
A toda minha família, que é e sempre foi a base da minha vida.
A todos os meus amigos pela paciência e companheirismo.
Ao meu orientador Carlos Henrique Catunda.
À minha banca de qualificação e de defesa pela ajuda e contribuição.
14
RESUMO
A busca do homem por mais conforto e uma melhor qualidade de vida levou
a um incremento da produção de bens e serviços, que resulta, quase sempre, em
agressões à natureza e a uma diminuição dessa mesma qualidade de vida. A
preocupação com os problemas ambientais aparece como um elemento importante
a respeito do crescimento material e econômico e da qualidade de vida. Com esse
cenário surge uma nova questão, o Marketing Ambiental. Apesar do conceito de
marketing ser bem amplo, as empresas utilizam o termo marketing ambiental para
referenciar o que de fato, muitas vezes, é uma atividade mais específica de
comunicação ambiental. A comunicação ambiental é uma nova forma de comunicar
utilizada pelas empresas com o objetivo de obter vantagens diante de seus
concorrentes, visto que a competitividade mediante ao preço, ao prazo e à qualidade
se tornam extremamente acirradas. Tendo em vista o atual mercado competitivo,
onde as organizações necessitam diferenciais para obter maior destaque frente à
concorrência, e o fato da sociedade estar cada vez mais preocupada com o meio
ambiente e os impactos que as empresas causam a ele, a comunicação ambiental
tem sido utilizado como forma de convencer seus clientes. Dessa forma, avaliou-se,
através de uma pesquisa exploratória e qualitativa, a influência do uso da
comunicação ambiental na decisão de compra e de que forma as empresas ao
utilizarem dessa comunicação podem agregar valor ao seu produto. Os resultados
indicaram que 77% dos entrevistados ouviram falar sobre marketing ou comunicação
ambiental e que a televisão é o principal meio de comunicação para esse
conhecimento, uma vez que 90,9% dos respondentes afirmaram terem visto
propagandas de produtos de consumo direcionados à questão ambiental nesse
meio. De fato, a preocupação com o meio ambiente demonstrada pelas empresas
tem seu impacto, pois 84% dos respondentes relataram se sensibilizar com este
fato. Porém, somente um número menor de pessoas, 70,5% respondeu que essa
preocupação realmente influencia na sua decisão de compra.
Palavras-chave: Marketing. Comportamento do consumidor. Marketing ambiental.
15
ABSTRACT
The search of the man for more comfort and one better quality of life led to an
increment of the production of goods and services, that results, almost always, in
aggressions to the nature and to a reduction of this same quality of life. The concern
with the ambient problems appears as an important element regarding the material
and economic growth and of the quality of life. With this scene a new question, the
Ambient Marketing appears. Although the marketing concept to be well ample, the
companies use the term ambient marketing to make reference what in fact, many
times, are a more specific activity of ambient communication. The ambient
communication is a new form to communicate used for the companies with the
objective to get advantages of its competitors ahead, since the competitiveness by
means of the o price, the stated period and the quality if becomes extremely incited.
In view of the current competitive market, where the organizations need
distinguishing to get greater have detached front to the competition, and the fact of
the society to be each time more worried about the environment and the impacts that
the companies cause it, the ambient communication has been used as form to
convince its customers. Of this form, she evaluated herself, through a exploratory
research and qualitative, the influence of the use of the ambient communication in
the decision of purchase and of that she forms the companies when using of this
communication can add value to its product. The results had indicated that 77% of
the interviewed ones had heard to say on marketing or ambient communication and
that the television is main the media for this knowledge, a time that 90.9% of the
respondents had affirmed to have seen propagandas of directed products of
consumption to the ambient question in this way. In fact, the concern with the
environment demonstrated for the companies has its impact, therefore 84% of the
respondents had told if to sensetize with this fact. However, only a lesser number of
people, 70.5% answered that this concern really influences in its decision of
purchase.
Keywords: Marketing. Environmental marketing. Consumer behavior.
16
SUMÁRIO
1
1.1
INTRODUÇÃO...........................................................................................
Contextualização........................................................................................
9
9
1.2
1.3
Objetivos...................................................................................................
Relevância.................................................................................................
12
13
2
REFERENCIALTEÓRICO.........................................................................
14
2,1
Produtos orgânicos....................................................................................
14
2.1.1
Situação da agricultura orgânica no Brasil e no mundo............................
17
2.1.2
Brasil.........................................................................................................
18
2.1.3
Produtos verdes.......................................................................................
19
2.2
Marketing Ambiental................................................................................
20
2.3
Comunicação Ambiental..........................................................................
23
2.4
O Surgimento dos selos verdes.................................................................
25
2.5
Comportamento do consumidor.................................................................
25
2.6
Consumidores verdes e seu estilo de vida................................................
28
2.7
Atitudes, motivação e comportamento de compra de alimentos
orgânicos....................................................................................................
29
2.8
Avaliação dos atributos na compra de alimentos.......................................
31
2.9
A influência das atitudes em relação ao anúncio (AaD)..
32
2.10
Atitude em relação a marca (Aam)............................................................
32
3
METODOLOGIA DA PESQUISA..............................................................
35
3.1
Tipologia da pesquisa................................................................................
35
3.2
Área de abrangência , população e tamanho da amostra.........................
36
3.3
Cálculo amostral........................................................................................
37
3.4
Instrumento e período de coleta de dados.................................................
37
3.5
Técnicas de análise de dados....................................................................
38
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................
39
4.1
Análise de resultados.................................................................................
39
5
CONCLUSÃO............................................................................................
52
5.1
Conclusões da pesquisa de campo...........................................................
52
17
5.2 Limitações..........................................................................................
53
5.3 Direções da pesquisa........................................................................
53
5.4 Recomendações................................................................................
54
REFERÊNCIAS........................................................................................
55
APÊNDICES..............................................................................................
61
18
CULLICULUM VITAE RESUMIDO
Kandy Maria da Costa Mattos possui
graduação em Comunicação Social com
habilitação em Jornalismo pela Universidade
Potiguar (2005), possui especialização em
Marketing pela Universidade Potiguar e cursou o
mestrado em Engenharia de Produção 2007-2009.
Possui experiência como professora na FACEX na
área de marketing.
19
Capítulo 1
Introdução
O presente capítulo está estruturado de forma a apresentar a problemática da
influência do marketing ambiental na decisão de compra dos consumidores de
produtos orgânicos, os objetivos e a relevância do trabalho.
1.1 Contextualização
Dentre os grandes problemas do mundo atual, estão os impactos
ambientais provocados pela contínua busca de lucro. O crescente desenvolvimento
econômico gera dificuldades para a natureza repor os recursos necessários à
produção capitalista, evidenciando um descompasso entre o tempo da natureza, que
é de reconstrução e, equilíbrio, e o tempo do capitalismo, que é de intensificar a
produção (GALVÃO, 2002).
Com a ameaça da escassez dos recursos naturais, vêm-se buscando
alternativas para um Desenvolvimento Sustentável. A preocupação com os
problemas ambientais aparece como um elemento importante a respeito do
crescimento material e econômico e da qualidade de vida. A busca da
sustentabilidade pode ser entendida como a capacidade das gerações presentes
alcançarem suas necessidades, sem comprometer a capacidade das gerações
futuras também fazê-lo (MATTOS & MATTOS, 2004).
A busca do homem por mais conforto e uma melhor qualidade de vida,
levou a um incremento da produção de bens e serviços, que resulta, quase sempre,
20
em agressões à natureza e a uma diminuição dessa mesma qualidade de vida. A
partir dos anos 50, entretanto, observa-se uma modificação no relacionamento das
pessoas com a natureza. Os grandes acidentes ambientais, o esgotamento de
recursos naturais importantes (principalmente a água doce), o efeito estufa”, a
destruição progressiva da camada de ozônio, os desmatamentos, a contaminação
das águas, o uso indiscriminado de agrotóxicos e defensivos agrícolas, a erosão e
desertificação crescentes, os problemas de saúde causados contaminação das
águas (maior responsável pelas internações hospitalares), todos esses fatores m
feito com que exista uma nova forma de pensar e agir. (MOURA, 2002).
Para se evitar esse processo degradador e impactante do meio ambiente,
desenvolve-se o processo de gestão ambiental. Este se inicia quando são
promovidas adaptações ou modificações no ambiente natural, de forma a adequá-lo
às necessidades individuais ou coletivas, gerando dessa forma o ambiente urbano
nas suas mais diversas variedades de conformação e escala, (PHILIPPI, 2007 apud
VERDUM, 2006). A maneira de gerir a utilização de recursos é o fator que pode
acentuar ou minimizar os impactos, assim a "gestão ambiental pode ser definida
como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização na
sua interface com o meio ambiente” (MAIMON, 1999).
Juntamente com a Gestão Ambiental, a conscientização ambiental da
população, nas últimas duas décadas, vem crescendo em combinação com outras
preocupações sobre a segurança de alimentos, o que tem levado as pessoas a
questionar as práticas da moderna agricultura (SABA ; MESSINA, 2003). No Brasil,
a conscientização ecológica também está abrindo caminho para o desenvolvimento
de novos produtos, novas oportunidades de negócios e novos mercados de trabalho
(ANDRADE; TACHIZAWA; CARVALHO, 2002).
Com a preocupação crescente dos consumidores com a qualidade e o
modo de produção dos alimentos (CERVEIRA; CASTRO, 1999 apud TACONNI
2004), os efeitos da agricultura sobre o meio ambiente tornaram-se objeto de grande
discussão e preocupação (GEPAI apud RODRIGUES, BATALHA 2000). Alguns
setores produtivos, sobretudo no setor agroindustrial, estão percebendo uma
oportunidade para ganhar mercado, saindo na frente quanto à introdução de novas
técnicas de plantio e manejo, procurando obter produtos agrícolas que se
destaquem por serem produzidos de forma menos prejudicial ao meio ambiente
(RODRIGUES; BATALHA, 2000).
21
As soluções ambientais freqüentemente tornam-se obsoletas quando o
conhecimento e a tecnologia tornam-se mais avançados. Mas, a re-introdução de
uma velha tecnologia pode ser uma alternativa de solução verde (POLONSKY;
MINTU-WINSATT, 1997), O número de pessoas que estão procurando uma
alimentação mais saudável é cada vez maior. Porém, os produtos originados da
produção orgânica ainda representam uma parte muito pequena do mercado de
alimentos (DAROLT, 2001).
O consumidor é representado como o final da cadeia produtiva, mas, em
compensação, ele é o motor de todo o processo, pois é quem dá as características e
define o mercado de produção de alimentos (GIRARD, 2002). Portanto, o marketing
verde tem estimulado um maior número de pesquisas na área do comportamento do
consumidor, com o intuito de analisar como os consumidores integram as questões
ambientais nos processos de decisão de compra. A razão básica para isso é que
uma vez entendida as necessidades verdes dos consumidores, pode-se melhor
satisfazer essas necessidades (POLONSKY; MINTU-WINSATT, 1997).
Com esse cenário surge uma nova questão, o Marketing Ambiental.
Apesar do conceito de marketing ser bem amplo, as empresas utilizam o termo
marketing ambiental para referenciar o que de fato muitas vezes é uma atividade
mais específica de comunicação ambiental. A comunicação ambiental é uma nova
forma de comunicar, utilizada pelas empresas com o objetivo de obter vantagens
diante de seus concorrentes, visto que muitas vezes a competitividade mediante ao
preço, ao prazo e à qualidade se tornam extremamente acirradas.
O presente momento em que a sociedade tem vivido, onde o meio
ambiente se tornou alvo de extrema preocupação por todo o problema do
aquecimento global, tem tornado o marketing ou comunicação ambiental, uma
ferramenta cada vez mais importante na busca pela liderança de mercado. Não
podemos mais ignorar o fato de que nossos recursos estão escassos e que temos
que mudar nossos hábitos. Porém, como é que podemos efetuar essas grandes
mudanças sem haver também mudanças na estrutura do nosso mercado?
É fato que as grandes marcas têm um papel fundamental nesse sistema e
devem se adequar as novas necessidades de mercado para não ficarem em
desvantagem diante dos consumidores cada vez mais exigentes. Tendo um
ambiente altamente competitivo e dinâmico, sob a égide da globalização, em que se
trava uma verdadeira guerra econômica entre diferentes blocos, as empresas são
22
desafiadas constantemente a superarem a concorrência. Ressaltando-se que os
consumidores, a cada dia, estão se tornando mais exigentes, buscando qualidade e
preços baixos. Nesse contexto, o marketing ambiental representa um relevante
diferencial para o sucesso organizacional, haja vista, que representa a intenção de
entender e atender o mercado (COSTA et al.,2006).
Inclusive, Cerveira e Castro (apud TACONNI, 2004), com base na própria
pesquisa, sugerem que para futuras pesquisas dever-se-ia levar em conta os
consumidores de supermercados, que perfazem a maioria dos compradores
brasileiros. Eles levantam a seguinte questão: será que os consumidores de
supermercados teriam o mesmo padrão de consumo dos consumidores de feiras
orgânicas?
A pesquisa se justifica pela própria característica dos estudos de
marketing que exigem contínuas investigações. Polonsky e Mintu-Winsatt (1997)
afirmam que em muitos casos “as pesquisas de marketing ambiental ainda estão na
infância”.
1.2 Objetivos
Essa pesquisa tem como objetivo principal avaliar qual o nível de influência da
comunicação ambiental na decisão de compra dos consumidores de produtos
orgânicos de três supermercados da cidade de Natal. Nos objetivos específicos:
encontra-se a importância de ações ambientalmente corretas feitas pelas empresas
e de que forma elas sensibilizam os consumidores e influenciam na sua decisão de
compra; analise da importância do uso do marketing ambiental para a imagem das
empresas e a verificação se há conhecimento dos consumidores de supermercados
da cidade de Natal no marketing ou comunicação direcionada às questões
ambientais.
A falta de recursos e os problemas ambientais m sido motivos de grande
preocupação para toda a sociedade. As empresas, como responsáveis por esses
problemas, precisam ter consciência da responsabilidade ambiental que carregam.
Os consumidores à medida que tomam conhecimento disso passam também a ter
maior exigência no momento da escolha das empresas, não se preocupando
somente com a avaliação das vantagens de preço, prazo e produto, mas também na
avaliação do seu nível de envolvimento sócio-ambiental.
23
1.3 Relevância
Dentro desse novo cenário o marketing passa a ser uma ferramenta
utilizada de forma mais ampla, tendo que ter em foco não somente nos elementos
básicos como a qualidade e o preço do produto ou o serviço, mas também de que
forma esse produto ou serviço refletirá no meio ambiente e se utilizará de meios que
convença o consumidor que determinada marca pode ser escolhida com
tranqüilidade.
Com isso a realização desta pesquisa tem como contribuições:
- Para o meio acadêmico, com estudos sobre a relação existente entre
Gestão Ambiental e o Marketing ambiental e com os dados e as informações
levantadas sobre os fatores que afetam na decisão de compra dos consumidores;
- Para os estudos sobre investigação de fatores capazes de influenciar na
decisão dos consumidores que buscam a compra de produtos ecologicamente
corretos;
- Para a definição de melhores estratégias para a utilização do marketing
ambiental pelas empresas.
24
Capitulo 2
Marketing ambiental, produtos orgânicos e comportamento do
consumidor
Este capítulo apresenta o referencial teórico relativo à temática de estudo.
Tendo como objetivo apresentar considerações sobre a Gestão Ambiental e a
influência do Marketing Ambiental na decisão do consumidor de produtos agrícolas.
2. 1. Produtos Orgânicos
Nos últimos anos a biotecnologia vem revolucionando a produção de
alimentos. Na agricultura surge uma infinidade de processos produtivos inovadores,
aplicados ao cultivo do campo com finalidades sociais e econômicas. A agricultura
convencional, a transgênica, a natural, a orgânica, a biodinâmica, a sustentável, a
ecológica, a biológica são alguns nomes utilizados, e cada um deles procura
caracterizar a sua produção com um conjunto de conceitos próprios, que incluem
desde fundamentos filosóficos, preceitos religiosos ou esotéricos e até a definição
do tipo de insumo utilizado, num esforço de diferenciação de processos de produção
e de produtos com o objetivo de aumentar a parcela de mercado ou criar novos
nichos (ORMOND et al., 2002).
Nas prateleiras dos supermercados os alimentos provenientes da
agricultura orgânica são cada vez mais comuns. As condições básicas que definem
25
os produtos orgânicos o as ausências de agrotóxicos e fertilizantes químicos
para o seu cultivo. É um processo produtivo que utiliza a tecnologia de produção dos
primórdios da agricultura. O produtor deve respeitar normas em todas as etapas de
produção, desde a preparação do solo à embalagem do alimento, sempre
preservando os recursos naturais (MIRANDA, 2001). Os novos canais de
distribuição e comercialização possibilitaram que os produtos orgânicos
alcançassem um maior número de consumidores, tornando a demanda mais regular,
e conseqüentemente, o contato direto entre produtores e consumidores mais raro.
Isso gera a necessidade, portanto, de um terceiro elemento que assegure ao
distribuidor e ao consumidor a veracidade das informações sobre o processo de
produção, de forma a restabelecer a confiança no bem adquirido. O que ocorre pela
missão de um certificado por instituições habilitadas, atestando a adequação dos
procedimentos do produtor, e pela presença de um selo de garantia na embalagem
do produto. À medida que os produtores passaram a ter interesse no mercado
exportador, surgiu também uma necessidade de certificação dos produtos por
instituições de reconhecimento internacional (LOMBARDI; SATO; MOORI, 2003).
Para que isso fosse possível, a produção, o armazenamento e o
transporte teriam que obedecer aos padrões internacionais de controle. A fim de
regulamentar o setor, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
estabeleceu normas disciplinares para produção, tipificação, processamento,
envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade dos produtos
orgânicos, sejam eles de origem animal ou vegetal em acordo com os praticados na
maioria dos países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão.
Apesar de todo este aparato legal, o processo de comercialização é
complexo para os produtores, dada a falta de conhecimentos administrativo-
financeiros e de treinamento gerencial, dificuldade de organização dos produtores
em associações ou cooperativas e falta de um planejamento de produção adequado
para oferecer produtos de acordo com a necessidade do mercado.
Este mercado está em formação e a tendência é favorável a partir da
conscientização dos consumidores sobre a qualidade diferenciada, associada à
capacidade de entrega regular dos produtos em maior escala e à viabilidade de
preço. Segundo informações de Darolt (2002), o agricultor ainda é o mais
prejudicado em termos de retorno econômico; pois, do valor total (100%) pago pelo
consumidor, em média 30% são destinados ao agricultor, 33% são para cobrir os
26
custos dos intermediários e 37% corresponde à margem dos supermercados
(LOMBARDI; SATO; MOORI, 2003).
Alguns pesquisadores (DAROLT, 2002) consideram que o preço dos
produtos orgânicos tem sido um dos entraves à expansão do mercado. Com preços
mais altos do que o produto convencional uma variação de 20 a 100%,
dependendo do produto e do ponto de venda; as explicações se dão em função da
baixa escala de produção, gerando maior custo por unidade produzida,
principalmente se o produtor estiver na fase de conversão da propriedade, pois
existe o tempo de recuperação do solo e do meio ambiente e o tempo de
aprendizado do manejo orgânico. A produção orgânica envolve maiores riscos,
principalmente nos primeiros ciclos produtivos, caso haja alguma interferência de
pragas ou doenças, pode não ser possível recuperar a produção pelo fato de
nenhum defensivo não orgânico poder ser utilizado.
O processo de comercialização é complexo. Ele envolve processos de
limpeza, classificação, embalagens informativas e distribuição pulverizada para
atingir os consumidores que ainda estão se formando no assunto, além de driblar os
grandes atacadistas cujo critério é baseado em quantidade e preço. Todas estas
ações de diferenciação encarecem o produto, além das altas margens praticadas
pelos pontos de venda, que são maiores do que as margens de lucro aplicadas ao
produto convencional, pelo motivo do supermercado ou loja estarem oferecendo um
produto diferenciado (LOMBARDI; SATO; MOORI, 2003).
Além dos fatores acima mencionados, o agricultor de produtos orgânicos
ainda possui os custos de certificação, análises, auditorias e maior envolvimento em
formação técnica e pesquisa experimental. Um ponto bastante crítico e que acaba
acarretando conseqüências para a formação do preço do produto final é a ausência
de incentivos e linhas de crédito subsidiadas pelo governo brasileiro, principalmente
para pequenos e médios agricultores que são os que mais necessitam de apoio para
se estabelecer no mercado (LOMBARDI; SATO; MOORI, 2003).
Apesar das dificuldades no processo de comercialização, dados da
Associação de Agricultura Orgânica (AAO) mostram que o mercado consumidor de
produtos orgânicos crescia 30% a cada ano (MIRANDA, 2001). Segundo dados
elaborados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
existem por volta de 7.063 produtores certificados ou em processo de certificação
para uma área ocupada de 269.718 hectares. O Brasil já exporta produtos orgânicos
27
como soja, café, açúcar, castanha de caju, suco concentrado de laranja, óleo de
palma e, em volumes menores, produtos como a manga, melão, uva, derivados de
banana e fécula de mandioca (LOMBARDI; SATO; MOORI, 2003).
2.1.1 Situação da agricultura orgânica no Brasil e no mundo
Segundo a IFOAM, é observada uma rápida expansão do sistema orgânico,
sobretudo na Europa, EUA, Japão, Austrália e América do Sul. Desde 1990 o
mercado de alimentos orgânicos tem crescido rapidamente nos países
desenvolvidos. Dados do International Trade Center (ITC), instituição ligada à
Organização Mundial do Comércio (OMC), mostram que o comércio mundial de
alimentos orgânicos (considerando 16 países europeus, América do Norte e Japão)
movimentou aproximadamente US$ 21 bilhões em 2001. As vendas mundiais de
orgânicos ficaram entre US$ 23 e 25 bilhões em 2003 e de US$ 29 a 31 bilhões em
2005. Mesmo considerando o rápido crescimento dos últimos anos, o segmento de
alimentos orgânicos ainda pode ser considerado como um nicho de mercado. As
vendas de orgânicos representam apenas uma pequena parcela (no máximo 4%) do
total de alimentos vendidos.
Atualmente, no mundo, cerca de 23 milhões de hectares são manejados
organicamente em aproximadamente 400.000 propriedades orgânicas, o que
representa pouco menos de 1% do total das terras agrícolas do mundo. A maior
parte destas áreas está localizada na Austrália (10,5 milhões de hectares), Argentina
(3,2 milhões de hectares) e Itália (1,2 milhões de hectares). A Oceania tem
aproximadamente 46% da terra orgânica do mundo, seguida pela Europa (23%) e
América Latina (21%).
É importante destacar que os países que têm o maior percentual de área
sob manejo orgânico em relação à área total destinada à agricultura, inserem a área
de pastagem. Assim, por exemplo, na Austrália e na Argentina mais de 90% da área
de produção orgânica correspondem a áreas de pastagem. O maior número de
fazendas orgânicas encontra-se na Europa (44,1%) seguida pela América Latina
(19,0%) e Ásia (15,1%).
A produção de hortaliças e legumes ocupa áreas de cultivo orgânico,
relativamente pequenas em comparação com o volume obtido de produção. As
produções de cereais, oleaginosas, frutas ou café tendem a ocupar áreas maiores,
28
porém é a pecuária de corte ou leite que ocupam as maiores áreas sob manejo
orgânico.
2.1.2 Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento - BNDES em pesquisa realizada
junto às principais certificadoras que atuam no Brasil e algumas empresas
produtoras e/ou comercializadoras de produtos orgânicos, durante o ano de 2001,
procurou elaborar a primeira aproximação sistematizada de dados a respeito da
produção sob manejo orgânico no país. Algumas certificadoras, por razões de sigilo
comercial, não permitiram ao BNDES ter de forma mais precisa a distribuição do
número de produtores, suas respectivas áreas e cultivos, não sendo possível
determinar as culturas para cerca de 9% da área e para dois terços dos produtores.
52? No país destacam-se, quanto ao número de produtores, a soja, as hortaliças, o
café e as frutas. No caso da soja, o fato é explicado pela demanda do mercado do
Japão e da União Européia por soja orgânica e pelo aumento do número de
pequenos produtores de soja em manejo orgânico (média da área de 21 ha por
produtor).
O caso das hortaliças é conseqüência da adequação do sistema de
produção orgânica às características de pequenas propriedades com gestão familiar,
seja pela diversidade de produtos cultivados em uma mesma área, seja pela menor
dependência de recursos externos, com maior absorção de mão-de-obra familiar e
menor necessidade de capital.
Apesar das culturas de frutas e de cana-de-açúcar apresentarem a mesma
percentagem da área total sob cultivo orgânico, o da cana-de-açúcar orgânica se
destaca pelo tamanho médio das áreas das propriedades (1.677 hectares), que
podem ser comparadas às propriedades argentinas destinadas em sua maioria a
áreas de pastagem.
Nos últimos anos o crescimento das vendas chegou a 50% ao ano.
Aproximadamente 70% da produção brasileira se concentra nos estados do Paraná,
São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. As exportações
brasileiras são recentes e têm ocorrido, sobretudo, para a União Européia, Estados
Unidos e Japão. Os principais produtos exportados são: o café de Minas Gerais, o
cacau da Bahia, a soja, o açúcar mascavo e a erva-mate do Paraná, o suco de
29
laranja, o óleo de dendê e as frutas secas de São Paulo, a castanha de caju do
Nordeste e o guaraná da Amazônia.
2.1.3 Produtos “Verdes”
Os produtos “verdes” também são denominados de produtos
ecologicamente corretos, ambientalmente amigos, ambientalmente corretos,
ambientalmente orientados, entre outros. (MOHR; EROGLU; ELLEN, 1998 apud
CUPERSHIMID, 2002).
Ser “verde” ou ambientalmente correto não se limita, por exemplo, a
inventar novas embalagens recicláveis, mas sim a administrar uma cadeia de fatos
que envolvem várias etapas, desde a fabricação, a relação com fornecedores,
clientes, empregados, mídia e comunidade.
Existem dois tipos de produtos verdes. Os produtos “absolutamente
verdes” são basicamente vendidos por empresa que se especializaram neles. Esses
produtos foram desenvolvidos “a partir do zero” para serem ambientalmente
saudáveis. O outro tipo de produto verde é o “atualmente verde”, que significa que
ele era vendido anteriormente como produto comum e depois foi transformado em
produto “verde”. Os produtos atualmente verdes são freqüentemente vendidos por
grandes empresas. Quando ele se torna um produto verde, o fim justifica os meios e
a única coisa importante quando estes são procurados é exigir que a propaganda
seja fundamentada, isto é, seja baseada em fatos verdadeiros (DASHEFSKY, 1997).
Ottman (1994) pontua que, como não existem produtos completamente
verdes, o termo verde é relativo, pois todos eles usam energia e recursos que criam
lixo e poluição durante a manufatura, distribuição (transporte para armazéns e lojas)
e uso posterior. Pode-se acrescentar ainda, que nem sempre são bens duráveis
uma vez que, entre outros, os orgânicos podem ser tidos como “produtos verdes”.
Embora o conceito de produto “ecológico” seja relativo a fatores como tipo de
produto, tipo de mercado, cultura do consumidor, disponibilidade de informação
científica, etc., os produtos aos quais se podem aplicar o conceito de marketing
verde, tendem a ser duráveis, não-tóxicos, feitos de materiais reciclados e com o
mínimo de embalagem.
Cada fase do seu ciclo de vida é considerada, para sua produção,
30
incluindo questões como conservação de recursos naturais não-renováveis,
eficiência energética e proteção de habitats e de espécies ameaçadas de extinção.
São produtos com vantagens ambientais óbvias para o consumidor, porque
oferecem a perspectiva de mais saúde, vida mais completa e a oportunidade para
transformar o mundo em um lugar melhor.
Os produtos verdes estão criando um mercado absolutamente novo.
Porém ninguém cria mercados impunemente. o obstáculo de se tornar os
produtos comercialmente viáveis. Devido à baixa escala e ao alto custo de
desenvolvimento, os lançamentos verdes costumam cobrar um valor maior do que
os similares convencionais. Portanto as empresas devem lançar o desafio e buscar
maneiras de romper os obstáculos entre a intenção e a ação ambiental na hora da
compra. A falta de conscientização do público consumidor quanto aos problemas
ambientais, à falta de confiança no compromisso ambiental de empresas e da mídia,
impressões negativas quanto à qualidade do produto, pouca disponibilidade e
preços altos são fatores que fazem com que os produtos verdes atinjam hoje
pequena parcela do mercado.
2.2 Marketing ambiental
A Associação Americana de Marketing entende que marketing congrega
todas as atividades comerciais relacionadas com a movimentação de mercadorias e
serviços, desde a sua produção até o consumo final. Implica em conhecer as
necessidades e desejos dos consumidores. Marketing é “o conjunto de ferramentas
que a empresa usa para atingir seus objetivos, estudar a viabilidade de sua
produção, distribuição e pós-venda” (Kotler, 1996). Estas ferramentas são: produto,
preço, praça (distribuição) e promoção, no sentido da comunicação como um todo.
Do ponto de vista do marketing social, cabe às organizações atenderem às
necessidades dos consumidores dentro de uma perspectiva de equilíbrio entre os
lucros das organizações, os interesses dos consumidores e o bem-estar da
sociedade. Neste sentido, o marketing ambiental se insere nessa visão social,
fundamentado no limite entre a cultura do consumo de massa e os princípios
sicos do ambientalismo (Menon; Menon, 1997).
Há alguns anos, as empresas começaram a se preocupar com o meio
31
ambiente, além de serem forçadas por uma regulamentação que as obriga a um
controle da poluição, a sociedade está cada vez mais preocupada com a
degradação ambiental.
Desta forma as empresas buscam desenvolver estratégias de satisfação
ao cliente utilizando a ferramenta de Marketing Ambiental, também conhecido como
Marketing Verde ou Eco marketing.
A primeira etapa do surgimento do Marketing Ambiental coincide com a
época em que a ecologia passou a merecer atenção, na segunda metade do século
XX.
A legislação ambiental, a pressão de grupos ambientalistas e o
surgimento de consumidores que querem qualidade de vida condicionam o mercado
e criam ambiente propício para o desenvolvimento do marketing ambiental. Ao
utilizar estratégias desta modalidade, empresas e outras entidades, entre elas as
organizações não-governamentais reforçam uma imagem positiva frente à
sociedade e posicionam seu produto ou serviço no mercado, diferenciando-o dos
demais.
Historicamente, o grande propulsor foi à obediência à legislação. E por
esta ótica, muitas vezes, o fato era e ainda é encarado como custo adicional. Esta
visão limitada não permite ver que atuar sobre os impactos ambientais agrega valor
ao produto ou serviço prestado. No Brasil, a legislação ambiental está alterando
significativamente a economia. Junte-se a isto o fato de que a parcela de
consumidores verdes está se ampliando para constatar que não agir em
conformidade com a lei e exigências de consumidores pode trazer prejuízos
significativos ao bolso e à imagem de uma empresa ou entidade.
Além das exigências legais, os parceiros comerciais também estão
ficando mais exigentes ecologicamente, principalmente, quando o produto será
exportado, quando é preciso atender também aos requisitos legais do país
importador. Um dos requisitos é a certificação ambiental, ISO 14.000 e selos de
garantia ecológica, que atestam que aquele produto é produzido em conformidade
com as exigências ambientais. Desta forma, fica evidente que esta modalidade de
marketing surge mais como uma resposta que empresas e outras entidades dão à
sociedade que lhes cobra responsabilidade ambiental pelo processo de produção.
Segundo KOTLER (2006), o marketing envolve a identificação e a
32
satisfação das necessidades humanas e sociais e para defini-lo de maneira bem
simples, dizemos que ele supre as necessidades lucrativamente. Portanto podemos
estabelecer definições diferentes de marketing de acordo com as perspectivas
social, econômica, sócio ambiental e gerencial de cada empresa.
O Marketing Ambiental extrapola a mera publicidade ou divulgação dos
produtos ou serviços oferecidos por empresas que querem veicular na mídia e no
meio profissional ou para o consumidor a aplicação de métodos ambientalmente
corretos aplicados ao seu gerenciamento interno ou na produção ou prestação de
serviços.
O marketing verde consiste no conjunto das atividades concebidas para
produzir e facilitar a comercialização de qualquer produto ou serviço com a intenção
de satisfazer necessidades e desejos humanos, porém causando impacto mínimo ao
meio ambiente. Envolve modificação de produtos e embalagens, bem como
mudanças em processos de produção e publicidade. Sua importância se deve ao
fato de as pessoas utilizarem recursos limitados para satisfazerem desejos ilimitados
(POLANSKY, apud GONZAGA: p 356, 2005) É baseado no pressuposto de que os
consumidores querem um meio ambiente mais limpo e estão dispostos a pagar por
isso.
O marketing ambiental é uma verdadeira e ampla adoção de políticas
ambientais que vão do início, desde a coleta da matéria prima até sua disposição; é
a compreensão gerencial ampla, dotada de métodos abrangentes e envolventes.
Envolve a área de recursos humanos, ciência e tecnologia, educação, tudo enfim
que estiver envolvido com a produção ou a prestação de serviços. Será uma
necessidade empresarial. A empresa poluidora ou eticamente incorreta sob o ponto
de vista ambiental será expurgada gradativamente.
O primeiro desafio mercadológico para as organizações que decidem
adotar o marketing ambiental é o de operar com práticas ambientais adequadas sem
deixar de ofertar qualidade, conveniência e preço adequado aos consumidores
(SAUNDERS apud GONZAGA, 2005).
No Marketing Ambiental ou o mix de Marketing (chamado de “4P’s”) deve
ser reavaliado. Os 4 P’s do Marketing, Produto, Praça, Preço e Promoção, devem
ser repensados a fim de desenvolver e distribuir produtos, elaborar propagandas, e
estabelecer preços que visem a estratégia de Marketing ambiental.
33
Além disso, a empresa deve adotar um comportamento pró-ativo, ou
seja, deve estar sempre aperfeiçoando seu comportamento ambiental, pois as
expectativas da população quanto ao verde está em constante mudança e os
objetivos que as empresas devem buscar atingir, em termos de emissões
atmosféricas, por exemplo, são ideais (emissão zero de partículas poluentes). Por
isso, para atingir tais objetivos, as empresas devem traçar metas cada vez mais
rígidas.
2.3 Comunicação ambiental
Para esse trabalho, o “P” Promoção (comunicação) é o mais relevante, pois
na verdade frequentemente quando é citado o marketing ambiental é preciso focar
mais pontualmente a comunicação ambiental uma vez que o termo marketing é
muito amplo e envolve inúmeras vertentes.
O objetivo principal da comunicação ambiental é mostrar ao consumidor que o
produto ecologicamente correto é, também, o mais saudável para o consumo, a
partir do momento em que, reduzindo-se os danos ambientais, a qualidade de vida
das pessoas tenha melhorias. A comunicação deve ter um caráter informativo e de
conscientização, pois a empresa precisa divulgar o que tem feito em prol do meio
ambiente, procurando sensibilizar o consumidor para que ele também participe
desse processo, que a responsabilidade de preservar os recursos escassos é de
todos. Para conscientizar o público devem ser adotadas, por exemplo, mensagens
informativas e educativas como: "Esta embalagem é biodegradável, apesar disso,
você deve descartá-la em local adequado"; "Não jogue sua latinha no chão, ela pode
ser entregue a alguma empresa que trabalhe com reciclagem. É nesse ponto que o
marketing social é necessário, pois ele pode fornecer um sistema conceitual rico
para a solução dos problemas que surgem com a introdução de mudanças nas
idéias e práticas do público-alvo (GIULIANI 2004).
O objetivo essencial do conjunto de políticas de comunicação de eco-
marketing deverá ser conseguir comunicar a mensagem de marketing, de tal forma
que os consumidores associem, de forma confiável e positiva, a empresa e os seus
produtos a uma postura de responsabilidade ambiental. Assim, a educação e a
motivação dos consumidores devem ser objetivos cruciais. Adicionalmente, também
os canais de comunicação dessas mensagens (mídia, empregados, consultores e
34
peritos, consumidores, eventos, design) deverão refletir as preocupações com a
preservação e defesa do ambiente.(GIULIANI 2004)
Em nível estratégico, as empresas deverão escolher "onde" desejam colocar
a ênfase ambiental da sua comunicação. cinco orientações possíveis: no
produto, nos processos, na imagem institucional, num fato ambiental ou numa
combinação das anteriores.
Em termos táticos, o marketing ambiental implica que pensemos em quatro
grandes famílias de possíveis táticas de comunicação: táticas ofensivas (atacar a
performance ambiental de outras empresas), táticas defensivas (combater a
"publicidade ambiental" negativa, advinda de boicotes de consumidores), táticas
preventivas (destinadas a reduzir potenciais críticas) e ticas oportunistas
(responder a eventos externos de forma "aproveitadora"). Também em termos
táticos que se pensar como se deseja colocar a ênfase anteriormente
determinada.(GIULIANI 2004)
Neste campo surgem algumas opções básicas através da política e relatórios
da empresa, do produto, da embalagem, do rótulo, do preço, da distribuição, da
educação do consumidor ou do mix promocional. Quaisquer que sejam as
estratégias e as táticas de comunicação ambiental adaptadas, as empresas deverão
basear as suas mensagens em menções ambientais específicas, visto serem estas
formas confiáveis para afastar a desconfiança, o descrédito e a falta de
credibilidade, que a opinião pública tem, em relação às empresas, em si, e às
menções "verdes" das empresas, dos seus produtos e das suas promoções
subjacentes. Essa especificidade se traduz em menções promocionais que
apresentam na perspectiva do consumidor, características e benefícios ambientais
reais, relevantes, concretos e tangíveis, suportados por informação útil, clara,
objetiva, detalhada, factual, substanciada e suportada por evidência científica.
É claro que, neste processo, é importantíssimo que as empresas conheçam
todos os impactos ambientais dos seus produtos e das suas atividades em todo o
seu ciclo de vida e que esses sejam permanentemente monitorizados. É desse
modo que a empresa pode apresentar ao consumidor um quadro de avaliação e de
referência, explicando focadamente, e sem hiperbolizar, porque o referido atributo do
produto induz ao certo benefício ambiental.
2.4 O Surgimento dos Selos Verdes
35
Em decorrência da maior consciência ecológica dos consumidores, os
atributos ambientais se tornaram um dos diferenciadores na escolha de produtos.
Em resposta, aumentam, em número cada vez maior, os rótulos ambientais (selos
verdes), pois estes são: o elo de comunicação entre o fabricante e o consumidor.
Os rótulos ambientais são selos de comunicação que visam dar
informações ao consumidor a respeito do produto. A rotulagem ambiental é
caracterizada por um processo de seleção de matérias primas produzidas de acordo
com especificações ambientais (BIAZIN, GODOY, 2004).
O selo verde identifica os produtos que causam menos impacto ao meio
ambiente em relação aos seus similares.
Alguns selos verdes partem do próprio fabricante que procura demonstrar
os aspectos ambientais positivos do produto, visando à conquista dos consumidores.
Estas informações nem sempre são verdadeiras. Outros selos são concedidos por
organismos certificadores que fiscalizam e comprovam as informações. Diversos
países criaram seus próprios selos, os quais passaram a ser um diferencial
competitivo. (BIAZIN, GODOY, 2004).
Pois teoricamente, o selo verde mostra os possíveis impactos que o produto
causa ao meio ambiente. É uma maneira de sensibilizar e conscientizar o
consumidor para as causas ambientais e serve como um diferencial de mercado
para a empresa. (BIAZIN, GODOY, 2004).
2.5. Comportamento do consumidor.
No mercado de bens de consumo, a disposição de um consumidor para pagar
pela diferenciação ambiental é limitada pela utilidade do produto, pelo sucesso ou
insucesso em tentativas anteriores de diferenciação e pela sensibilidade ambiental
dos consumidores. Afirma Ottman (1994, p. 14) que [...] a percepção é a realidade”
quando se trata do consumo de produtos “ecológicos”, porque vários fatores
psicológicos e sociológicos influenciam as decisões sobre consumo.
As questões ambientais passaram a ser percebidas como questões de
36
qualidade de vida, estimulando o consumo com atitude de responsabilidade social
no contexto mundial, de rápida divulgação dos novos conhecimentos científicos
sobre as mudanças ambientais no planeta quanto a aquecimento da atmosfera,
extinção de ecossistemas, etc. Na medida em que os consumidores dispõem de
maior acesso a informações confiáveis, a novas tecnologias e a infra-estruturas que
facilitem o consumo com responsabilidade ambiental, atitudes ambientalistas vão
sendo incorporadas ao seu estilo de vida.
Em geral, os consumidores são motivados pelas necessidades universais
de ter controle, fazer diferença, obter informação e manter estilo de vida. Os
consumidores ambientalistas são os que conscientemente buscam produtos que
exercem impacto ambiental mínimo (OTTMAN, 1994). A compra deliberada de
produtos que embutem benefícios ambientais superiores parece ser determinada
pela sensação de fazer algo importante pelo meio ambiente sensação de
empowerment (adquirir poder de influência). Assim, por exemplo, preferência por
produtos que apresentam perspectivas de alta qualidade, praticidade e menor risco
para as crianças, desde que sejam garantidos os benefícios primários (desempenho,
conveniência, preço e segurança). O principal fator de compra continua a ser,
segundo Ottman (1994), a eficácia do produto, pois não se compra um produto para
salvar o planeta, mas para se beneficiar de sua utilidade. Uma característica
importante do mercado observa Reinhardt (apud GONZAGA: p 357, 2005) é que
“[...] a demanda por qualidade ambiental é elástica em relação à renda e ao nível
educacional”.
A análise das preferências e da estrutura decisória dos consumidores
permite identificar o que direciona a modificação da qualidade ambiental, porque as
organizações são bastante sensíveis às variações marginais dos volumes de venda,
em função dos custos fixos que possuem. De acordo com os modelos econômicos
clássicos, assume-se que os indivíduos, agentes racionais, sempre utilizam a
racionalidade para fazer escolhas que maximizem seus benefícios, mas tais
modelos só se aplicam às situações em que disponibilidade de informações
sobre todas as opções disponíveis.
Nas decisões tomadas diante do fenômeno da informação incompleta, de
acordo com estudos de Edmunds e Letey (1975, p. 170-171), quando os
consumidores se deparam com situações em que não sabem como otimizar os
benefícios, porque “[...] não dispõem dos meios de informação necessários para
37
saber quais são as alternativas ofertadas, nem como decidir pela melhor opção”, a
satisfação é alcançada com a redução das aspirações a metas exeqüíveis, adotando
comportamento de adaptação ao que é possível. (Devido ao fenômeno da
informação incompleta, as organizações empresariais podem auferir vantagem
competitiva se mostrarem ao público quais são seus compromissos ambientais e
sociais (Reinhardt1999, apud GONZAGA: p 357, 2005). Por isso, é fundamental o
trabalho de informação ao público por parte das empresas que desejam
comercializar produtos com diferencial ambiental.
A percepção do consumidor nem sempre é a mais correta, diz Polonsky
(1994) (apud GONZAGA: p 356, 2005), e precisa ser mudada. Embora seja admitido
que as organizações empresariais, em geral, devem assumir grande parte da
responsabilidade relativa à degradação ambiental, mas não exclusivamente, porque
é o consumidor quem demanda os produtos que criam problemas ambientais, é este
quem decide como e onde usar, e como e onde despejar o lixo.
As comunicações de Marketing, sejam na forma de um anúncio ou de
uma embalagem, são um forte meio de persuasão das atitudes e comportamentos
do consumidor (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000 apud PEREIRA, AYROSA:
2004). Sujeitos expostos a anúncios publicitários e que se sintam pouco envolvidos
com a marca ou produto podem ter suas atitudes afetadas pela aceitação ou não de
pistas com argumento ecológico.
Segundo Sheth, Mittal e Newman (apud PEREIRA, AYROSA: 2004) o
comportamento do cliente é definido como as atividades físicas e mentais realizadas
por clientes de bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações.
Entender como essas atividades físicas e mentais são formadas leva a outro
conceito, que seria o de atitude.
As atitudes desempenham um importante papel na definição do
comportamento do consumidor. Eagly e Chaiken (apud PEREIRA, AYROSA: 2004)
afirmam que a avaliação das atitudes das pessoas está relacionada com o
comportamento delas mesmas. Ou seja, pessoas que demonstram atitudes positivas
em relação a um objeto provavelmente se engajam em comportamentos de
aproximação, enquanto pessoas que demonstram atitudes negativas possivelmente
se engajam em comportamentos de rejeição. Atitudes, portanto, são poderosos
indicadores de comportamento.
38
Por outro lado, segundo afirmam Engel, Blackwell e Miniard (apud
PEREIRA, AYROSA: 2004), tanto as atitudes podem ser utilizadas para prever
comportamentos, como o comportamento pode ser utilizado para inferir atitudes. Ou
seja, se um determinado segmento de consumidor se denomina de consumidor
ambientalmente consciente é esperado que tenha uma atitude positiva em relação a
um produto produzido de forma ecologicamente correta. Por outro lado, esse
comportamento ambientalmente responsável pode influenciar as atitudes de outros
consumidores em relação ao produto, marca ou até mesmo a sua intenção de
compra.
2.6 Consumidores verdes e seu estilo de vida
Conscientizar o consumo significa fazer alguma coisa que possa levar a
sociedade como um todo a refletir efetivamente sobre suas necessidades reais em
termos de consumo, as condições de trabalho vigentes e a discriminação que existe
nesta sociedade, para que ela possa perceber a diferença entre a empresa que não
discrimina e a que discrimina, sobre o consumo auto-sustentável, sobre a finitude
dos recursos naturais e sobre a questão da exclusão e inclusão social. O estilo de
vida do consumidor verde se distingue do estilo de vida dos integrantes da
sociedade consumista, liderada pela indústria cultural, cujas concepções de lazer,
alimentação, bem-estar, gosto, símbolos, visão de mundo são direcionadas pelo
desejo de consumir cada vez mais.
O consumidor verde estabelece outros valores, outros referenciais para o
consumo, como também, para seu estilo de vida, o que não quer dizer que ele
negue a indústria cultural, mas se coloca criticamente com relação a ela (RUCINSKI;
BRANDENBURG, 1999).
O consumidor verde prefere e paga mais por produtos ecológicos, não
adquire produtos com empacotamento excessivo, prefere produtos com embalagem
reciclável e/ou retornável, evita comprar produtos com embalagens não
biodegradáveis, observa os selos verdes, entre outros comportamentos
incorporados.
Em geral esses consumidores orgânicos são pessoas que têm o hábito de
praticar esportes com freqüência e, mesmo morando na cidade, procuram um estilo
39
de vida que privilegie o contato com a natureza (DAROLT, 2002).
Durante as últimas três décadas, comportamento, atitude e o próprio
conhecimento ambiental têm sofrido substanciais mudanças, onde vários
instrumentos diferentes têm sido usados para medir a conscientização ambiental.
Mas, as atitudes positivas em relação ao meio ambiente não são necessariamente
um indicativo de alto nível de conhecimento ambiental (DIAMANTOPOULOS;
SCHLEGELMILCH; SINKOVICS, 2003). Na pesquisa de Grunert e Juhl (1995), foi
deixado fora da análise o conhecimento sobre as questões ambientais e de
consciência ambiental, visto que uma estimativa do modelo de regressão revelou
suas insignificâncias para predizer a compra de alimentos orgânicos.
Contudo, inúmeras pesquisas vêm relacionando a questão ambiental à
compra de alimentos orgânicos. Na pesquisa de Magnusson et al. (2003), a maioria
dos respondentes afirmou que as conseqüências ambientais juntamente com as
conseqüências à saúde e de bem-estar animal influenciam nas escolhas por
alimentos orgânicos, ou seja, a preocupação ambiental é outro fator que
freqüentemente indica motivo de compra de alimentos orgânicos. As preocupações
ambientais e com a qualidade dos produtos, também foram citadas como decisivas
para a compra de orgânicos na pesquisa de Borguini (2002). Wandel e Bugge (1997)
encontraram um grupo de consumidores orgânicos noruegueses que identificavam
razões de saúde e razões ambientais para a compra de alimentos orgânicos.
As pessoas que compram produtos orgânicos são mais preocupadas com
questões de saúde, ética e ambiental (TORJUSEN et al., 2001). LombardI; Sato e
Moori (2003) evidenciaram na pesquisa, que a melhoria do meio ambiente era o
aspecto que mais influenciava os consumidores na tomada de decisão para a
compra de produtos orgânicos. A pesquisa de Grunert e Juhl (1995) indicava
claramente uma covariância entre atitudes ambientais e freqüência de compra,
que indivíduos com uma maior preocupação ambiental são mais prováveis
compradores de alimentos orgânicos.
2.7 Atitudes, motivação e comportamento de compra de alimentos orgânicos
40
Segundo Engel, Blackkwell e Miniard (1995), as atitudes desempenham o
principal papel na modelagem do comportamento do consumidor. Para esses
autores as atitudes relacionam-se ao gostar e não gostar e podem ser definidas,
simplesmente, como uma avaliação geral. A motivação, tanto como o processo de
compra, pode nesse sentido serem vistos como componentes da atitude. Motivação
se refere ao processo que leva as pessoas a agirem como elas o. Isto ocorre
quando uma necessidade é estimulada e esse consumidor deseja satisfazê-la. Uma
vez que uma necessidade estiver ativada, um estado de tensão existe e impele os
consumidores para tentar reduzir ou eliminar estas necessidades. Essa necessidade
pode ser utilitária (ex: um desejo para realizar algum benefício funcional ou prático,
assim quando uma pessoa leva vegetais verdes por razões nutricionais) ou pode ser
hedônica (ex: uma necessidade experimental, envolvendo respostas emocionais ou
fantasias). Os profissionais de marketing tentam criar produtos e serviços que irão
fornecer os benefícios desejados e permitir ao consumidor reduzir esta tensão
(SOLOMON, 1998).
Para conhecer as bases motivacionais que levam as pessoas aceitarem, ou
não, determinados alimentos, segundo Casotti e Thiollent (1997); é preciso
diferenciar três termos: o uso de um alimento que se relaciona ao “o que” ou
“quanto” é consumido; a preferência que se refere à situação de escolha.
Exemplificando, o consumidor pode preferir carne, mas come mais pão por razões
como preço e praticidade no preparo. Gosto, o terceiro termo, relaciona-se a uma
resposta afetiva, sendo um determinante da preferência, ou seja, pode se preferir
comer verduras e gostar mais de doces. Se o ambiente no qual vivem os
consumidores fosse estável e não passasse por muitas mudanças, poderia se
imaginar que as pessoas comem o que preferem e preferem o que gostam. No
entanto, se sabe que a disponibilidade dos alimentos, o preço, a conveniência e
vários outros fatores culturais e sociais modificam essa suposição.
Quanto aos tipos de motivações relacionados ao consumo de alimentos
provenientes de agricultura orgânica (ASSIS; AREZZO; DE-POLLI, 1995)
levantaram em ordem de preferência: a saúde pessoal e da família, a qualidade do
produto, preocupação com o meio ambiente e o preço.
Ao falarmos mais especificamente sobre as características dos consumidores
verdes podemos citar itens como:
- A qualidade do produto transcende as características intrínsecas, incorporando o
impacto ambiental na produção e/ ou consumo,
41
- Prefere e /ou paga preço mais elevado por produtos ecológicos
- Prefere e /ou paga preço mais elevado por produtos ecológicos
- Não adquire produtos com empacotamento excessivo
- Prefere produtos com embalagem reciclável e / ou retornável
- Evita comprar produtos com embalagem não-biodegradável
- Não carrega compra em embalagem de plástico
- Escolhe produtos isentos de alvejantes ou corantes
- Observa a biodegradabilidade do produto
- Recusa os produtos derivados de flora e fauna em extinção
- Observa os selos verdes.
2.8 Avaliação dos atributos na compra de alimentos
A avaliação das alternativas é um dos componentes críticos do processo de
decisão de compra. É um processo onde as alternativas são avaliadas, permitindo-
se que seja selecionada aquela que mais adequar às necessidades dos
consumidores (ENGEL; BALCKWELL; MINIARD, 1995). Durante esta avaliação um
ou mais atributos particulares do produto são examinados para que o consumidor
possa estabelecer sua intenção de adquirir esta ou aquela marca.
Os estudos de preferência de atributos em um alimento sugerem duas
ponderações: por qualidades extrínsecas (aparência) e outra por qualidades
intrínsecas (ausência de resíduos químicos, propriedades nutricionais e
alimentícias), ou seja, por uma segurança alimentar intrínseca que é em geral
exigida por consumidores mais informados e com maior poder aquisitivo (SPERS;
KASSOUF, 1995 apud CUPERSHIMID, 2002).
No caso de alimentos, os atributos verdes referem-se àquelas características
dos produtos alimentícios que respeitam o meio ambiente. Neste trabalho foram
incluídos os itens: alimento processado e produzido sem prejudicar o meio ambiente,
embalagem reciclável, alimento processado com o consumo de energia de maneira
proporcional; alimento produzido por empresa que respeita o meio ambiente.
A qualidade do alimento, nos meios técnicos, é definida como o conjunto de
características que definem o valor comercial do produto, tais como: tamanho, peso,
cor, forma, odor, textura, sanidade e outras que permitem sua classificação”
(RIEDEL,1992).
42
Segundo Batalha (1994) (apud CUPERSHIMID, 2002) a qualidade
percebida de um produto alimentar pode ser captada pelo consumidor segundo a
facilidade de acesso, características dietéticas, organolépticas, socioeconômicas e
de utilização.
2.9 A influência das atitudes em relação ao anúncio (Aad)
De acordo com Engel, Blackwell e Miniard (2000), a eficiência da
propaganda em criar atitudes positivas em relação a um produto ou marca
geralmente vai depender das atitudes dos consumidores em relação ao próprio
anúncio. Anúncios que sejam mais bem avaliados podem causar atitudes em
relação ao produto, como também podem ser um medidor da eficiência do anúncio.
Muitos estudos demonstraram que a atitude em relação ao anúncio (Aad) serve
como um previsor da atitude em relação à marca (Am) (MINIARD; BATHALA; ROSE,
1990; LORD; MYUNG-SOO; SAUER, 1995)
Um dos estudos que validam esta relação entre Aad e atitude em relação
à marca (Am) foi feito por Petty e Cacioppo (1983) com o Modelo de Probabilidade
de Elaboração de Persuasão (Elaboration Likelihood Model - ELM). Nesse estudo os
sujeitos foram expostos a uma rie de anúncios impressos em que um deles, que
apresentava um aparelho de barbear, foi sistematicamente manipulado. O estudo
demonstrou que uma pessoa com alto nível de envolvimento com a marca e exposta
a um anúncio estará propensa a desenvolver maior esforço cognitivo (rota central)
aos argumentos relevantes da mensagem, e em contrapartida uma pessoa com
baixo envolvimento em relação à marca desenvolverá um baixo esforço cognitivo
(rota periférica) em relação às pistas contidas no ancio. MacKenzie, Lutz e Belch
(1986) explicam esta relação no modelo de mediação dupla. A relação entre o
esforço cognitivo (em relação à marca) e a atitude (em relação à marca)
representaria a rota central. E o caminho da atitude (em relação ao anuncio) até a
atitude (em relação à marca) seria a rota periférica. Em outro estudo de 1983 os
autores deste modelo provaram a relação causal entre Aad e Am. As relações entre
Aad e Am o importantes aqui porque a embalagem do produto é um estímulo
mercadológico semelhante ao anúncio.
43
2.10 Atitude em relação à marca (Am)
Uma marca pode ser definida da seguinte forma: “Marca é um nome, termo,
sinal, símbolo ou combinação dos mesmos, que tem o propósito de identificar bens
ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e diferenciá-los de
concorrentes” (KOTLER, 1998:393). Construir uma marca sólida e forte é o objetivo
de muitas organizações. Compreender os processos que envolvem as atitudes dos
consumidores em relação à marca tem sido um dos focos dos estudos do marketing.
Neste estudo será de interesse estudar a atitude em relação à marca de
consumidores expostos a anúncios com apelos ecológicos.
As atitudes da marca são, segundo Keller (1993), a avaliação da marca
por parte dos consumidores. As atitudes em relação à marca podem estar
relacionadas a crenças sobre os atributos e a funcionalidade e benefícios dos
produtos. Não entendi...as atitudes são a avaliação? Refazer o parágrafo
“O sucesso dos programas de marketing é um reflexo da criação de
associação com a marca ou seja, os consumidores que acreditarem que a marca
possui atributos e benefícios que satisfarão suas necessidades e desejos formarão
uma atitude positiva em relação à marca” (Keller, 1993: p. 5).
Sendo a atitude em relação à marca uma avaliação por parte do
consumidor, então o sucesso de programas de marketing vai depender de
associações favoráveis com a marca. Segundo Hoeffeler e Keller (2002) (apud
PEREIRA, AYROSA: 2004) programas de sucesso de marketing social corporativo
têm desenvolvido vantagem competitiva para empresa através do melhoramento da
imagem corporativa da empresa frente aos consumidores e conseqüentemente
melhorado a avaliação da marca. Verificar quais os efeitos do marketing social ou
ambiental no valor da marca e nas atitudes dos consumidores é um dos grandes
interesses dos profissionais de marketing. Hoeffler e Keller (2002) (apud PEREIRA,
AYROSA: 2004) afirmam que um dos motivos para o crescimento da realização do
marketing social corporativo é do fato que os consumidores percebem as
organizações como inseridas na sociedade e que qualquer ação social significativa
será percebida pelos consumidores e desta forma proporcionarão mais força e valor
à marca.
Uma das características da marca é chamada de a imagem da marca.
44
Segundo Keller (1993), a imagem da marca é definida como a percepção que os
consumidores têm sobre uma marca refletida nas associações presentes na sua
memória. Essas associações da marca podem estar relacionadas aos atributos dos
produtos, aos benefícios ou as atitudes em relação à marca. Os atributos são as
características descritivas dos produtos e os benefícios são o que os consumidores
pensam que o produto pode fazer por eles. Consumidores podem escolher uma
marca pelo status que ela representa, ou mesmo por estar esta marca associada a
causas ambientais.
Organizações que utilizam programas de marketing social ou ambiental
relacionados às suas marcas podem evocar determinados sentimentos relacionados
à marca. Estes sentimentos seriam: (i) aprovação social, que seria a aprovação
social por parte da sociedade pela escolha de determinadas marcas associadas a
causas sociais; (ii) auto respeito ocorreria quando a marca fizesse o consumidor se
sentir bem com ele mesmo, por exemplo, quando o consumidor sente um senso de
orgulho, cumplicidade ou satisfação pela escolha de determinada marca
(HOEFFLER; KELLER, 2002 apud PEREIRA, AYROSA: 2004).
Um bom exemplo de sentimentos relacionados a marcas seriam os
produtos com o selo do Greenpeace. Consumidores podem ter atitudes positivas em
relação a essa marca, motivados pela aceitação das pessoas da sociedade ou de
um grupo de interesse ou pode ter atitudes positivas em relação à marca por
sentirem cumplicidade com a ideologia que esse selo emana. Compreender a
atitude do consumidor em relação à marca tem sido o foco de interesse de várias
pesquisas de Marketing (MINIARD; BHATLA; ROSE, 1990; LUTZ; MacKENZIE,
1983). A maioria destas pesquisas tem tentado comprovar que a reação dos
consumidores a um anúncio na atitude em relação à marca é mediada pela atitude
em relação ao próprio anúncio. O estudo das atitudes em relação à marca se torna
relevante aos profissionais e acadêmicos de marketing ao prover informações sobre
como os consumidores avaliam a marca e como esta avaliação pode ser
influenciada quando da exposição de um anúncio.
45
Capítulo 3
Metodologia da pesquisa
Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos
adotados no estudo, como: a tipologia da pesquisa, a área de abrangência,
população, tamanho da amostra, o instrumento e período de coleta dos dados e a
análise dos dados.
46
3.1 Tipologia da pesquisa
O estudo proposto nesta pesquisa foi do tipo survey, de cunho exploratório e
descritivo. Conforme Freitas et al. (2000), a pesquisa survey pode ser apresentada
como a obtenção de dados ou informações sobre ações, características ou opiniões
de um determinado grupo de pessoas representante de uma população-alvo, para a
obtenção de descrições quantitativas da população.
De acordo com Forza (2002), a pesquisa do tipo survey é utilizada para
estudar a relevância de certos fenômenos e descrever a distribuição dos fenômenos
em uma população. Forza (2002) afirma que o principal objetivo da pesquisa survey
é o desenvolvimento não teórico, embora os fatos descritos possam fornecer
indicações úteis tanto para construir teoria quanto para refinamento teórico.
Gil (1999) descreve como, pesquisa de levantamento (survey), a pesquisa
que envolve a interrogação direta dos indivíduos dos quais se querem conhecer o
comportamento.
Segundo Cervo e Berviam (2002), a pesquisa exploratória tem como
finalidade, familiarizar-se com o fenômeno ou adquirir uma nova percepção sobre
um assunto. É o tipo de pesquisa recomendada quando existe pouco conhecimento
sobre o problema a ser pesquisado.
A pesquisa descritiva, conforme Mattar (1996), em pesquisas de marketing,
tem o escopo de descrever características de grupos, desvendar ou conferir a
existência de relação entre variáveis e estimar a proporção de elementos de uma
população espefica, que tenham determinados comportamentos ou características.
Segundo Cervo e Bervian (2002), esse tipo de pesquisa observa, registra, analisa e
correlaciona variáveis sem realizar manipulações.
O método utilizado neste estudo será o estatístico. Segundo Lakatos e
Marconi (2000, p. 93), “o método estatístico significa redução de fenômenos a
termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações
dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou
significado”. Consiste em um método de experimentação e prova, porque se baseia
na análise.
Deste modo, a pesquisa utiliza uma abordagem quantitativa, que segundo
Silva e Menezes (2001), é um estudo que traduz opiniões e informações em
47
números a fim de classificá-las e analisá-las. O processo de medição consiste em
associar números a um objeto no qual, conforme uma norma estabelecida, passam
a representar as quantidades de seus atributos ou características; portanto o que se
mede são suas características e atributos, e não, o objeto em si (MATTAR, 1996).
3.2 Área de abrangência, população e tamanho da amostra
Segundo LAKATOS e MARCONI (1992), o universo da pesquisa é o conjunto
de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica
em comum.
Este estudo pesquisou os consumidores da cidade de Natal, capital do Rio
Grande do Norte, com consumidores e não-consumidores de produtos orgânicos,
para verificar a importância do Marketing na decisão de compra desses produtos.
O campo de aplicação do instrumento de pesquisa se restringi aos
supermercados da cidade de Natal, por acreditar ser um grupo diferenciado em
relação aos que compram produtos em feiras. A população-alvo desta pesquisa será
composta pelos consumidores que realizam suas compras nas redes de
supermercado: Nordestão (bairro Cidade Jardim), Hipermercado Bom Preço (bairro
Lagoa Nova) e Carrefour (zona sul) da cidade de Natal.
3.3 Cálculo amostral
Para determinação do tamanho da amostra foi considerado o número de
consumidores que freqüentam o supermercado por dia, segundo informação pessoal
do gerente de um dos supermercados pesquisados, o supermercado Nordestão, Sr.
Adelmo de Araujo Marques, cerca de 4000 pessoas passam pelo supermercado
diariamente
O cálculo do tamanho da amostra foi realizado utilizando-se a cnica de
amostragem aleatória simples, para um nível de confiança de 95%.
48
A pesquisa foi realizada no período de Outubro a Novembro de 2009, nos 3
supermercados pesquisados. As pessoas pesquisadas foram selecionadas
aleatoriamente. A quantidade escolhida para a amostra foi, baseada no cálculo da
amostragem N*a= n, 12000*0,0145= 174.
Foram aplicados 200 questionários, divididos igualmente entre os 3
supermercados pesquisados, sendo que por não apresentar uma divisão exata, os
mesmos foram divididos em: 65 questionários no supermercado Carrefour ( Zona
Sul), 65 questionários no supermercado Nordestão (Cidade Jardim) e 70
questionários no Hipermercado Bompreço (Lagoa Nova), devido a este último
supermercado apresentar um fluxo maior de consumidores no dia da aplicação dos
questionários.
3.4 instrumento e período de coleta de dados
O instrumento de coleta dos dados adotado nesta pesquisa foi o questionário.
Segundo Cervo e Bervian (2002), o questionário é um instrumento utilizado para a
obtenção de respostas às questões, onde o próprio informante preenche.
Os questionários são entrevistas estruturadas que cumprem ao menos duas
funções, que é descrever as características de um fenômeno e medir determinadas
variáveis de um grupo social, conforme Richardson (1999).
O questionário que foi utilizado na pesquisa, é objeto do anexo 1. O
questionário foi baseado em informações sobre o perfil dos entrevistados, se existia
conhecimento sobre marketing ambiental, quais os principais veículos de
comunicação, as marcas mais relevantes em relação ao marketing ambiental e se
existia uma sensibilização dos consumidores e influencia no ato da compra por
produtos ecologicamente corretos.
Os elementos que formaram a amostra, no processo de coleta dos dados,
foram selecionados pelo pesquisador de forma aleatória, através do contato direto
do pesquisador com o pesquisado em um período de duas semanas, no período de
vinte de Outubro ao dia três de novembro de 2009, nos supermercados Nordestão
(Cidade Jardim), Hipermercado Bompreço (Lagoa Nova) e Carrefour (Zona sul) com
horários das entrevistas aleatórios, sendo que cada supermercado foi visitado, por
pelo menos, três dias, de acordo com a disponibilidade do entrevistador e dos
49
consumidores entrevistados.
3.6 Técnicas de análises de dados
As técnicas estatísticas utilizadas para análise de dados foi à análise
descritiva exploratória. O objetivo de se utilizar à análise descritiva e exploratória dos
valores absolutos e dos percentuais obtidos é o de apresentar a percepção dos
entrevistados sobre os fatores de consciência do marketing embiental, abordando na
forma de tabelas e gráficos baseados em dados da amostra coletada, considerando
os vários atributos e suas dimensões. Segundo FONSECA e MARTINS(1992), o
tratamento estatístico descritivo é a coleta, apresentação, análise e interpretação de
dados numéricos.
Os resultados encontrados na pesquisa de campo são apresentados e
discutidos no capítulo a seguir.
50
Capítulo 4
Resultados e Discussões
Este capítulo tem por finalidade apresentar os resultados e discussões da
pesquisa. Foi avaliada mediante os gráficos e tabelas numeradas de 1 a 11 os
resultados obtidos no questionário aplicado nos supermercados Carrefour (zona sul),
Hipermercado Bompreço (Lagoa Nova) e Nordestão (Cidade Jardim) qual é de fato a
influência do marketing ambiental na decisão dos consumidores de produtos
orgânicos.
4. Análise dos resultados
Quanto à questão que aborda a variável gênero do entrevistado, aqui
apresentada na tabela 01 e no gráfico 01 é possível analisar que a maioria dos
entrevistados são do sexo feminino (64,5%). Esse valor amostrado pode em um
primeiro momento parecer se justificar por Natal possuir uma população estimada na
sua maioria por mulheres. Contudo, o resultado apresentado na tabela1 se repete
em vários artigos e pesquisas do setor, ou seja, consumidores do sexo feminino
51
prevalecem como maioria, como por exemplo, em TACCONI (2004).
Tabela 01 Distribuição dos entrevistados, segundo o sexo
Sexo
%
Masculino
35,5
Feminino
64,5
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009.
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 01 Sexo dos entrevistados
O perfil dos entrevistados quanto à faixa etária apresentou que a maioria das
pessoas entrevistadas (39,5%) tem idade entre 21 a 30 anos, 17,5 % estão na faixa
de 21 a 25 anos e 22% na faixa de 26 a 30 anos, demonstrando ser uma população
de entrevistados relativamente jovem, verifica-se também que 16,5 % dos
entrevistados tem idade entre 30 a 40 anos; 27,5% dos entrevistados têm mais de
40 anos e apenas 10% têm menos de 20 anos. De acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 32% da população brasileira se
enquadram na faixa etária de 20 a 40 anos e 31% se enquadra na faixa etária de
mais de 40 anos.
Tabela 02 Distribuição dos entrevistados, segundo a faixa etária
%
52
15 a 20 anos
10,0
21 a 25 anos
17,5
26 a 30 anos
28,5
31 a 35 anos
7,5
36 a 40 anos
9,0
41 a 50 anos
5,5
Acima de 50 anos
22
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 02 -Faixa Etária dos entrevistados
O nível de escolaridade, a cada ano, se torna uma exigência maior para a
sociedade. De acordo com a tabela 03 e o gráfico 03, a maioria dos consumidores
entrevistados tem o ensino superior completo (30%) ou pelo menos com o ensino
médio completo (26%), mostrando com isso que o nível de escolaridade dos
entrevistados é alta. Pode-se fazer essa afirmação baseando-se na média de anos
de estudo da população brasileira com 25 anos ou mais, que é de apenas seis anos
de estudo, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Tabela 03 Distribuição dos entrevistados, segundo a escolaridade
Escolaridade
Nº de entrevistados
%
Ensino Fundamental Incompleto
5
2,5
15 a 20 anos
21 a 25 anos
26 a 30 anos
31 a 35 anos
36 a 40 anos
41 a 50 anos
Acima de 50 anos
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
10,0
17,5
22,0
7,5
9,0
5,5
28,5
53
Ensino Fundamental Completo
3
1,5
Ensino Médio Incompleto
13
6,5
Ensino Médio Completo
52
26,0
Superior Incompleto
39
19,5
Superior Completo
60
30,0
Pós-graduação
28
14,0
Total
200
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 03 Escolaridade dos entrevistados
No tocante a renda familiar dos entrevistados, observou-se pela Tabela 04 e
Gráfico 04 que analisando por faixas de 1 a 5 (34%), de 5 a 10 (31%), de 10 a 20
(33%) mostra um equilíbrio nas faixas de renda familiar dos entrevistados.
Tabela 04 Distribuição dos entrevistados, segundo a renda familiar (em salários
mínimos)
Renda Familiar
%
Até 1 SM
4,5
De 1,1 a 2 SM
7,5
De 2,1 a 5 SM
22,0
54
De 5,1 a 7 SM
16,5
De 7,1 a 10 SM
14,5
De 10,1 a 20 SM
33,0
Não sabe/Não respondeu
2,0
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 04 Renda familiar dos entrevistados
Em relação a frequência em que os consumidores vão ao supermercado,
nota-se pela Tabela 05 e grafico 05, que a maioria alegou ir ao supermercado
frequentemente (46%).
Tabela 05 Freqüência que vai ao supermercado
Freqüência
%
Diariamente
16,0
Frequentemente
46,0
Raramente
33,5
Nunca
4,5
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
55
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 05 Freqüência que vai ao supermercado
Pelo fato dos consumidores terem ouvido falar sobre marketing ou
propaganda ambiental ao analisar a tabela 06 e o gráfico 06, nota-se que a grande
maioria já tinha conhecimento sobre o marketing (propaganda) ambiental. Isso pode
ter ocorrido devido ao fato de ser uma população relativamente esclarecida, devido
ao alto nível de escolaridade dos entrevistados e do aumento das propagandas
ambientais nos meios de comunicação, fazendo com que os consumidores tenham
mais informações sobre os produtos e como estes afetam o meio ambiente.
Tabela 06 ouviu falar sobre marketing (propaganda) ambiental em produtos do
uso cotidiano?
Opinião
%
Sim
77,0
Não
23,0
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
56
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 06 ouviu falar sobre marketing (propaganda) ambiental em produtos do
uso cotidiano?
Ao perguntar sobre o local aonde as pessoas ouviram falar sobre marketing
ambiental, nota-se que a televisão foi o principal meio de comunicação ou de
propagando ambiental, onde os consumidores tiveram essas informações. De
acordo com a tabela 07 e o gráfico 07. Demonstrando que a televisão ainda é um
meio de comunicação acessível e de impacto na sociedade, atingindo várias
camadas da população.
Tabela 07 Onde ouviu falar sobre propaganda de produtos de consumo
direcionados à questão ambiental?
Meio de comunicação
%
TV
90,9
Rádio
34,4
Revista, jornais
34,4
Outros
5,2
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
57
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 07 Onde ouviu falar sobre propaganda de produtos de consumo
direcionados à questão ambiental?
E no item produtos e marcas onde os entrevistados ouviram falar sobre a
propaganda de produtos de consumo direcionados a questão ambiental, percebe-se
na tabela 08 e gráfico 08 que a maior quantidade de respostas se concentraram nos
detergentes Ypê (56,5%), sendo citado também o sabão Ypê (37%), fato que pode
ser explicado que essa marca que tem aparecido muito na mídia com apelos
ambientais em seus produtos.
Tabela 08 Onde ouviu falar sobre propaganda de produtos de consumo
direcionados à questão ambiental?
Produto
%
Detergente (Ypê)
56,5
Banco (Bradesco)
41,6
Sabão (Ypê)
37,0
Mineradoras (Vale)
11,7
Outro
20,1
Não lembra
13,6
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
58
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 08 Onde ouviu falar sobre propaganda de produtos de consumo
direcionados à questão ambiental?
De acordo com a tabela 09 gráfico 09, ao questionar se as empresas que
promovem a preocupação com o meio ambiente na produção sensibilizam os
consumidores entrevistados, a maioria, cerca de 84%, dos entrevistados,
responderam que sim, o que mostra que a preocupação ambiental vem crescendo
entre os consumidores mais esclarecidos.
Tabela 09 As empresas que promovem a preocupação com o meio ambiente na
produção de seus produtos, sensibiliza o Sr.?
Opinião
%
Sim
84,0
Não
14,5
Não informou
1,5
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
59
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 09 As empresas que promovem a preocupação com o meio ambiente na
produção de seus produtos, sensibiliza o Sr.?
Na questão que se refere ao fato de no ato da compra de algum produto, o
marketing ou propaganda (preocupação ambiental) demonstrada pela empresa
influencia na decisão de compra, apresentada na tabela 10 e o gráfico 10 a maioria
dos entrevistados (70,5%) responderam que sim.
Tabela 10 No ato da compra de algum produto, o marketing ou a propaganda
(preocupação ambiental) demonstrada pela empresa influencia na sua decisão de
compra?
Opinião
%
Sim
70,5
Não
28,0
Não informou
1,5
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
60
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 10 No ato da compra de algum produto, o marketing ou a propaganda
(preocupação ambiental) demonstrada pela empresa influencia na sua decisão de
compra?
Conforme pode ser observada na tabela 11 e no gráfico 11 a maioria dos
entrevistados dá maior credibilidade no ato de sua compra às empresas que utilizam
somente matéria prima certificada, isso pode ter ocorrido devido ao fato dos
entrevistados terem um nível de escolaridade alto, da preocupação ambiental nos
tempos atuais ter aumentado e da propaganda ambiental vinculada pelas empresas
na televisão.
Tabela 11 As empresas que utilizam somente matéria prima certificada, como por
exemplo, o “selo verde” teria maior credibilidade na ato da compra de seus
produtos?
Opinião
%
Sim
70,0
Não
28,5
Não informou
1,5
Total
100
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
61
Fonte: Pesquisa de campo, dezembro/2009
Gráfico 11 As empresas que utilizam somente matéria prima certificada, como por
exemplo, o “selo verde” teria maior credibilidade na ato da compra de seus
produtos?
Analisando os gráficos, em conjunto, correspondente aos resultados obtidos
da aplicação dos questionários verifica-se que a maioria dos entrevistados era do
sexo feminino (64,5%) e que na região onde foi realizada a pesquisa os
consumidores costumam ir ao supermercado freqüentemente (46%).
O poder aquisitivo dos entrevistados é alto (33% com salário acima de
dez salários mínimos), o grau de instrução com 30% de curso superior ou pelo
menos o segundo grau completo (26%), podendo ser um fator que demonstra que a
maioria dos entrevistados recebe informações, mesmo que sejam pela TV e que se
interessam por elas (70,5% dos entrevistados fazem menção aos cuidados com o
meio ambiente).
Com base nos dados da pesquisa é possível constatar que a
comunicação ambiental, ou pelo menos a informação com uma preocupação
ambiental, faz parte do vocabulário de alguns consumidores e que em um futuro
próximo pode ser um fator decisivo para a compra de alguns produtos,
principalmente aqueles podem provocar a poluição e danos à saúde.
62
Capítulo 5
Conclusão e recomendações
63
Este capítulo apresenta as conclusões do trabalho fundamentadas no
resultado das análises realizadas de forma descritiva. Apresenta também, as
limitações do trabalho, direções para futuras pesquisas e algumas recomendações .
5.1 Conclusões da pesquisa de campo
Os resultados desta pesquisa indicaram que 77% dos entrevistados ouviram
falar sobre marketing ou comunicação ambiental e que a televisão é o principal meio
de comunicação para esse conhecimento, uma vez que 90.9% dos respondentes
afirmaram terem visto propagandas de produtos de consumo direcionados à questão
ambiental nesse meio. De fato, a preocupação com o meio ambiente demonstrada
pelas empresas tem seu impacto, pois 84% dos respondentes relataram se
sensibilizar com este fato. Porém, somente um número menor de pessoas, 70,5%
respondeu que essa preocupação realmente influencia na sua decisão de compra.
Os valores dos consumidores estão mudando em todo o mundo, e isso tem
se refletido em seu comportamento diante dos produtos, das marcas e das
empresas, porém os índices altos de sensibilidade a causas ambientais, , geram
uma dúvida: os consumidores não estariam simplesmente declarando os valores em
que acreditam, e não seu comportamento? Em outras palavras, disseram o que
gostariam de fazer quando vão às compras, e não o que realmente fazem?
Talvez exista uma distância entre falar e fazer. Além disso, pouca
informação disponível ao consumidor sobre os atributos de sustentabilidade dos
produtos, mostrando quais seus impactos sociais e ambientais positivos, tornando
difícil transformar a intenção em atitude.
5.2 Limitações do trabalho
Uma importante limitação se refere à metodologia. A utilização de
questionários não garante que as informações que os entrevistados produziram
correspondem à realidade. Mesmo porque, a relevância de cada fato ou fenômeno
não é igual para todas as pessoas.
Em relação à possibilidade do questionário não ter sido adequadamente
64
formulado. Podendo ser observado a falta de especificação para produtos
orgânicos e que as respostas talvez não tenham uma distribuição adequada. E
também o direcionamento das respostas sobre as empresas (Ypê, Vale etc..) que
talvez tenham induzido as respostas.
5.3 Direções da pesquisa
Com os resultados encontrados neste estudo é possível realizar algumas
sugestões para posteriores pesquisas na área temática.
Futuras pesquisas para apuração de mercado de alimentos ecologicamente
corretos devem levar em consideração a disponibilidade para pagar dos
consumidores de supermercado, utilizando análise Contingencial.
Recomenda-se que sejam realizadas pesquisas que visem identificar as
principais causas de aumento de custos ou os desperdícios que ocorrem na
produção desses alimentos.
5.4 Recomendações
Os produtos ecologicamente corretos, do tipo frutas, legumes e verduras,
necessitam de um esquema de rotulagem que proporcione aos consumidores a
garantia de que estão levando para casa um produto com a qualidade esperada.
Os profissionais de marketing devem dar maior ênfase à questão do nível de
interesse e nível de informação dos consumidores de supermercados sobre os
produtos ecologicamente corretos. Pois, esses alimentos possuem outras
características que são capazes de aumentar a compra e o consumo, e que não
estão sendo exploradas.
No Brasil, as grandes redes de supermercados na busca de melhorar e
consolidar suas imagens, pelas próprias pressões do mercado e dos concorrentes,
começaram a comercializar os alimentos orgânicos reconhecendo as vantagens
competitivas advindas desses produtos, em função da diferenciação e da agregação
de valor que proporcionam. Portanto, com a entrada desses novos canais de
comercialização, que pode aumentar a demanda do produto, a oferta pode se tornar
escassa. Sendo assim, faz-se necessário à inclusão de um maior número de
65
agricultores e de organizações regionais destes produtores possibilitando a
ampliação dos volumes comercializados no intuito de aumentar a variedade e
disponibilidade desses produtos nas gôndolas dos supermercados.
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637-645. 2003.
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2006. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/projetos> Acesso em 25 de Abril de
2009.
70
APÊNDICES
Apêndice A- Questionário
Questionário número: ______________ Data:________________
01 - Nome do pesquisador:
____________________________________________________________
71
02 - Nome do entrevistado:
____________________________________________________________
03 - Sexo do entrevistado.
01 Masculino ( ) 02 - Feminino ( )
04 - Qual a sua faixa etária?
01 - 15 a 20 anos ( )
02 - 21 a 25 anos( )
03 - 26 a 30 anos( )
04 - 31 a 35 anos( )
05 - 36 a 40 anos ( )
06 - 41 a 50 anos( )
07 - Acima de 51 anos ( )
05- Escolaridade:
01 Analfabeto ( )
02 - 1ª a 4ª série incompleto ( )
03 - 1ª a 4ª série completo ( )
04 - 5ª a 8ª série incompleto ( )
05 - 5ª a 8ª série completo ( )
72
06 - 2º Grau incompleto ( )
07 - 2ª Grau completo ( )
08 - 3º Grau incompleto ( )
09 - 3º Grau completo ( )
10 - Pós-graduado ( )
11 - Não respondeu ( )
06- Qual a renda total das pessoas que moram na sua casa, somando a sua e a de todos
os outros considerando todas as fontes de renda como salários, horas extras, pensões,
aposentadorias, etc? (Não inclui empregados domésticos)
01- Até ½ ( )
02- De ½ até 1 ( )
03- De 1 até 2 ( )
04- De 2 até 5 ( )
05- De 5 até 7 ( )
06- De 7 até 10 ( )
07- De 10 até 20 ( )
08- Não sabe( )
09- Não respondeu ( )
07 - Com que freqüência o sr.a vai ao supermercado?
01 Diariamente ( )
73
02 Freqüentemente ( )
03 Raramente ( )
04 Nunca ( )
05 - Não sabe ( )
06- Não respondeu ( )
08 - O sr(a) já ouviu falar sobre marketing (propaganda) ambiental em produtos do uso
do cotidiano?
01 Sim( ) 02 - Não ( )
09 Onde o sr(a) se lembra de já ter visto propagandas de produtos de consumo
direcionadas à questão ambiental ?
01- TV( )
02- Rádio( )
03- Revistas, jornais.( )
04 - Outros:___________
10 Se caso já tenho ouvido falar, poderia citar algum produto?
01- Detergente (ypê) ( )
02 - Sabão (ypê) ( )
03 - Mineradoras (vale) ( )
04 Banco (Bradesco) ( )
05 Outro: _________________ ( )
74
80 Não se lembra ( )
11 As empresas que promovem a preocupação com o meio ambiente na produção de
seus produtos, sensibiliza o sr.a?
01 Sim ( ) 02- Não ( )
Porquê?____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
12 - No ato da compra de algum produto, o marketing ou a propaganda ambiental
(preocupação ambiental demonstrada pela empresa) influencia na sua decisão de
compra?
01 Sim( ) 02 - Não ( )
13 As empresas que utilizam somente matéria prima certificada como por exemplo o
“selo verde” teria maior credibilidade do sr(a). no ato da compra de seus produtos?
01 Sim( ) 02 - Não ( )
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