sido da grande comissão Pró-Pátria
165
[1891], grande industrial, negociante e filantropo e,
durante muitos anos, chefe da colônia portuguesa na capital do Brasil, para constituição do
Banco Territorial e Mercantil de Minas Gerais
166
, [1887-1892]; Banco de Crédito Real de
Minas Gerais, O Credireal [1889-1997], quando foi absorvido pelo Banco Bradesco e a
“Companhia Agrícola Industrial Mineira” [empresa especulativa ou produtiva?
167
], na cidade
de Juiz de Fora. Associou-se, ainda, ao Comendador Domingos Teodoro de Azevedo Júnior,
genro do visconde de Rio Preto, membro da Irmandade da Santa Casa, Presidente da Estrada
de Ferro de Rio das Flores e, Carlos Justiniano das Chagas, político, que assinou a 1ª
Constituição republicana [1891].
Como já dito, da mesma forma que Custódio Guimarães, Francisco Paulo de Almeida
passa, na segunda metade dos Oitocentos, da condição de tropeiro para a de fazendeiro.
ocorrida graças aos conhecimentos adquiridos e ao acúmulo de capital com o abastecimento
de gêneros para o Rio de Janeiro, obtidos na sua antiga profissão. Adquiriu a propriedade no
“arraial de São Sebastião do Rio Bonito”, “Santo Antônio do Rio Bonito” e Veneza [1860],
todas na freguesia de Valença – RJ; Santa Fé em Mar de Espanha – MG; Piracema – MG;
Boavista em Paraíba do Sul – RJ e Três Barras [1883] em Três Rios – RJ. Nas propriedades
adquiridas anteriormente, somou-se, já na República, da família Faro, em 14 de janeiro de
165
HISTÓRIA DA SOCIEDADE HISTÓRICA DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL 1861 a 1940.
Compilada por: E. A. Ramos da Costa. Lisboa 1940, p. 3. Disponível em:
http://www.ship.pt/pdf/ramos_costa.pdf, acesso em 26 de junho de 2009: “A colectividade Comissão Central 1.º
de Dezembro de 1640 iniciou os seus trabalhos patrióticos em 16 de Maio de 1861./Com acentuado e persistente
espírito de patriotismo e de puro nacionalismo, durante uma vida de trabalho ininterrupto de 79 anos, conseguiu
impor-se à consideração dos Altos Poderes do Estado, recebendo este, por vezes, a sua colaboração sincera e
desinteressada, conforme se verifica no decorrer da sua longa história./Em 1927 para que o título não ferisse
certas susceptibilidades foi resolvido, unanimemente pelos seus sócios, modificarem-se os seus segundos
estatutos, datados de 6 de Agosto de 1980, transformando-se na actual Sociedade Histórica da Independência de
Portugal. Durante muitos anos ignorou-se a existência desta tão antiga e benemérita colectividade. Muitos
portugueses e quási toda a geração moderna desconhecem a sua existência e muito principalmente ignoram a sua
acção, altamente patriótica e muito nacionalista, desenvolvida para prestigiar o nome de Portugal, contrariando
todas e quaisquer ideias que tendam a ferir a dignidade da nossa Nação livre e independente”.
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A falência do Banco Territorial em Juiz de Fora provocou a perda de economias de muitos correntistas. A
corrida aos caixas, na expectativa de retirar algum recurso para amenizar o prejuízo iminente, gerou tumultos e
conflitos, chegando ao ponto de solicitação de reforço policial externo. De acordo com o jornal Pharol, de 12 de
julho de 1892: “Vinda de Ouro Preto ontem a esta cidade uma força do 31º Batalhão, composta de 50 praças,
sob o comando do Capitão Laurindo Costa. Segundo fomos informados, a referida força foi requisitada para vir
garantir o prédio em que funciona o Banco Territorial de Minas Gerais, contra o assalto que, segundo
noticiamos ontem, constava ter sido premeditado por pessoas do povo que têm interesse naquele
estabelecimento”.
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As sociedades anônimas de Juiz de Fora do setor industrial, inauguradas na conjuntura do Encilhamento se
diferenciaram das outras abertas em outras conjunturas, pois foram pioneiras na formação de sociedades
anônimas industriais com iniciativa de capital local, sendo necessária uma análise mais detalhada para se
verificar quais empresas foram empreendimentos direcionados à prática de especulação, firmas fictícias, ou se
elas foram firmas concretas e produtivas, contribuindo para o desenvolvimento local.