50
Como consequência do abandono do aleitamento materno, encontrou-se na presente
pesquisa a introdução precoce de alimentos complementares, com idade média de 5,8 meses
para as crianças do GE e 5,4 meses para as crianças do GC. Os chás foram os primeiros a
serem introduzidos, tendo sido iniciados antes de as crianças completaram 60 dias de vida.
Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, no período de oferta de água e
amidos (arroz, macarrão e batata). Em média a ingestão de água foi significativamente mais
precoce nas crianças do GC (2,6 meses) do que nas crianças do GE (4,5 meses). Para o
consumo de amidos ocorreu o contrário, o GE consumiu em média dois meses antes do que o
GC (Tabela 2).
Tabela 7 – Média de idade (meses) para a introdução de alimentos complementares, segundo
grupo estimulado e grupo controle.
Idade (meses) de introdução de alimentos
complementares
Variável*
Grupo Estimulado Grupo Controle
p
N 8 8
Leite de vaca 2,9 (±2,1) 4,4 (±3,1) 0.14
Água 4,5 (±1,9) 2,6 (±1,3) 0.02*
Chás 1,4 (±1,6) 1,3 (±1,4) 0.43
Refrigerantes e suco artificial 5,6 (±6,5) 8,0 (±6,8) 0.24
Pães e bolachas 7,8 (±2,2) 8,1 (±2,6) 0.38
Amido (Arroz, macarrão e batata) 5,5 (±1,3) 7,5 (±2,5) 0.03*
Leguminosas 6,5 (±1,5) 7,1 (±1,7) 0.23
Hortaliças 5,6 (±1,4) 6,5 (±2,0) 0.16
Carnes 6,1 (±1,7) 7,1 (±1,7) 0.13
Ovos 8,5 (±5,1) 9,5 (±4,3) 0.34
Frutas 5,3 (±1,4) 4,1(±1,7) 0.09
Doces, salgadinhos e guloseimas 9,3 (±4,3) 9,1 (±4,3) 0.48
Açúcar 5,1 (±3,6) 4,6 (±3,3) 0.39
Frituras 8,3 (±5,9) 7,9 (±6,8) 0.45
*
Média ± Desvio padrão, teste t de Student.
Observam-se na tabela 3, os valores referentes ao consumo alimentar de 24 horas das
crianças avaliadas. Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi encontrada entre os
grupos.