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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS À CULTURA DA MANDIOCA
MAGNO LUIZ DE ABREU
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agronômicas da UNESP –
Campus de Botucatu, para obtenção do
título de Mestre em Agronomia –
Agricultura.
BOTUCATU - SP
Fevereiro – 2010
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS À CULTURA DA MANDIOCA
MAGNO LUIZ DE ABREU
Engenheiro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. SILVIO JOSÉ BICUDO
Co-Orientador: Prof. Dr. DAGOBERTO MARTINS
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP – Campus de Botucatu,
para obtenção do título de Mestre em Agronomia
–Agricultura.
BOTUCATU - SP
Janeiro – 2010
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO UNESP - FCA -
LAGEADO - BOTUCATU (SP)
Abreu, Magno Luiz de, 1983-
A162s Seletividade de herbicidas à cultura da mandioca / Magno
Luiz de Abreu. – Botucatu, [s.n.], 2010.
vi, 65 f.: il., color., grafs., tabs.
Dissertação(Mestrado)-Universidade Estadual Paulista, Fa-
culdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2010
Orientador: Silvio José Bicudo
Co-orientador: Dagoberto Martins
Inclui bibliografia
1. Manihot esculenta. 2. Fitotoxicidade. 3. Moléculas de
herbicidas. I. Bicudo, Silvio José.II. Martins, Dagoberto.
III. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho
“ (Campus de Botucatu). Faculdade de Ciências Agronômicas.
VI. Título.
BIOGRAFIA DO AUTOR
Magno Luiz de Abreu, filho de João Deodato de Abreu e Josefa Zélia da
Silva Abreu, nasceu na cidade de Arapiraca, Estado de Alagoas em 08 de julho de 1983.
Foi estagiário do programa de melhoramento genético da cana-de-açúcar de
Alagoas, de 2004 a 2006, Monitor das disciplinas de forragens e construções rurais, de 2006 a 2007
e aluno de Iniciação Científica no departamento de Agrometeorologia, de 2007 a 2008.
Diplomou-se em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas, em
2008.
Em Agosto de 2008 iniciou o curso de Mestrado em Agronomia, na
Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Campus de Botucatu.
Aos meus pais João Deodato de Abreu e Josefa Zélia S. Abreu
Aos meus irmãos Rubenilton (In memorian), Messias e Juliana
A minha noiva Lilian Guimarães de Favare.
DEDICO
Ao Prof. Dr. Silvio José Bicudo
À eficiente equipe de trabalho que tanto colaborou.
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
A Deus, por tamanha realização.
A Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP, pela oportunidade oferecida para realização deste
curso.
A coordenação e colegiado do curso de Pós-Graduação em Agricultura por todo apoio.
Ao CNPq, pela concessão de bolsa de estudo.
Ao Prof. Dr. Silvio José Bicudo pela orientação, amizade e principalmente por formar não só um
profissional e sim um homem, na qual espelhará seu futuro na honestidade e simplicidade vista em
sua trajetória.
Ao Professor Dagoberto Martins pelas orientações e apoio constantes na realização do projeto.
Ao Professor Iêdo Teodoro que tanto me apóia.
Aos meus pais por tamanho amor e compreensão durante toda a minha vida.
Ao meu irmão Rubenilton Luis de Abreu (in memorian), por tudo que fizeste por mim em vida,
nunca esquecerei, nem por um minuto o teu orgulho ao falar meu nome.
Aos funcionários da biblioteca “Paulo de Carvalho Mattos” e da Seção de Pós-Graduação, pelo
eficiente atendimento.
A minha noiva Lílian pelo companheirismo e amor.
Aos funcionários do Departamento de Agricultura e Melhoramento Vegetal e da Fazenda
Experimental São Manuel pela amizade, apoio e dedicação na condução deste experimento.
Aos amigos Rômulo, Elizeu e Gabriel pela amizade e apoio em todos os momentos.
A eficiente equipe de pesquisa composta por: Rafael, Elizeu, Simério, Eduardo e Felipe.
Aos estagiários Gabriel, Giovana, Caio, Luiz Fernando e Bruno.
A todos que contribuíram de alguma forma para realização deste trabalho, meus agradecimentos.
SUMÁRIO
1. RESUMO......................................................................................................................................... 1
2. SUMMARY..................................................................................................................................... 3
3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5
4 REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................................................7
4.1 Planta daninha............................................................................................................................. 7
4.2 Controle de plantas daninhas...................................................................................................... 7
4.3 Controle químico ........................................................................................................................ 8
4.4 Eficiência e seletividade dos herbicidas na cultura da mandioca............................................... 9
4.5 Herbicidas registrados............................................................................................................... 10
5. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................... 12
5.1 Localização e data..................................................................................................................... 12
5.2 Descrição de clima e solo ......................................................................................................... 12
5.3 Idade das plantas e manivas utilizadas no plantio .................................................................... 15
5.4 Preparo do solo, plantio e adubação ......................................................................................... 15
5.5 Tratos culturais.......................................................................................................................... 16
5.6 Delineamento Experimental e cultivares utilizadas.................................................................. 16
5.7 Equipamento e aplicação dos herbicidas .................................................................................. 17
5.8 Características avaliadas........................................................................................................... 18
5.8.1 Fitotoxicidade das plantas .................................................................................................. 18
5.8.2 Altura do dossel, altura primeira ramificação e diâmetro do caule das plantas ................. 19
5.8.3 Estande final....................................................................................................................... 19
5.8.4 Número de hastes por planta .............................................................................................. 19
5.8.5 Massa verde da parte aérea e cepas. ................................................................................... 20
5.8.6 Massa seca da parte aérea e cepas...................................................................................... 20
5.8.7 Número de raízes comerciais e descartáveis ...................................................................... 20
5.8.8 Comprimento e diâmetro das raízes tuberosas................................................................... 20
5.8.9 Produtividade...................................................................................................................... 20
5.8.10 Matéria seca das raízes..................................................................................................... 20
5.8.11 Índice de colheita.............................................................................................................. 21
5.8.12 Balanço de Massa............................................................................................................. 21
II
5.8.13 Teor de amido................................................................................................................... 21
5.8.14 Análise de dados............................................................................................................... 21
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................................... 22
6.1 Fitotoxicidade sofrida pela plantas de mandioca...................................................................... 22
6.2 Características da parte aérea da planta.................................................................................... 26
6.2.1 Altura das plantas............................................................................................................... 27
6.2.2 Altura primeira ramificação................................................................................................ 29
6.2.3 Diâmetro do caule............................................................................................................... 31
6.2.4 Número de plantas por hectare........................................................................................... 32
6.2.5 Número médio de hastes por planta ................................................................................... 34
6.2.6 Produtividade da parte aérea............................................................................................... 35
6.2.7 Produtividade de matéria seca da parte aérea..................................................................... 37
6.2.8. Porcentagem de matéria seca da parte aérea ..................................................................... 39
6.3 Características da parte subterrânea da planta.......................................................................... 39
6.3.1 Produtividade de cepas....................................................................................................... 40
6.3.2 Produtividade de matéria das cepas.................................................................................... 42
6.3.3 Porcentagem de matéria seca das cepas ............................................................................. 43
6.3.4 Porcentagem de raízes comercias....................................................................................... 44
6.3.5 Diâmetro das raízes ............................................................................................................ 45
6.3.6 Comprimento das raízes ..................................................................................................... 47
6.3.7 Produtividade das raízes..................................................................................................... 48
6.3.8 Produtividade de matéria seca das raízes ........................................................................... 50
6.3.9 Porcentagem de matéria seca das raízes............................................................................. 52
6.3.10 Índice de colheita.............................................................................................................. 53
6.4 Balanço de massa e teor de amido............................................................................................ 54
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................... 58
8. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 60
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................................... 61
III
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Dados climatológicos do período de Dezembro de 2008 a Setembro de 2009 em São
Manuel (SP)........................................................................................................................................ 13
Figura 2. Dados climatológicos do período de Dezembro de 2008 a Setembro de 2009 em Botucatu
(SP)..................................................................................................................................................... 13
Figura 4. Aplicação dos herbicidas na área Experimental................................................................. 18
Figura 5. Comparação de uma planta com injuria causada pela aplicação do herbicida com outra
planta sem injuria na Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel –SP, na variedade IAC14,
avaliadas aos 19 dias após a emergência das plantas de mandioca................................................... 19
Figura 6. Porcentagem de raízes comerciais e descartáveis por hectare das variedades IAC14 e
IAC7560-70, em função das moléculas de herbicidas aplicadas em pré e pós-emergência na Fazenda
Experimental São Manuel em São Manuel-SP.................................................................................. 44
Figura 7. Porcentagem de raízes comerciais e descartáveis por hectare das variedades IAC14 e
IAC7560-70, em função das moléculas de herbicidas aplicadas em pré e pós-emergência na Fazenda
Experimental Lageado em Botucatu-SP. ........................................................................................... 45
IV
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Herbicidas registrados atualmente para uso na cultura da mandioca, com seus respectivos
métodos de aplicação e dosagens recomendadas, Botucatu-SP, 2010............................................... 11
Tabela 2. Resultados da análise química do solo na profundidade 0-20 cm, amostrado antes da
instalação do experimento, Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel – SP, 2010........... 14
Tabela 3. Resultados da análise química do solo na profundidade 0-20 cm, amostrado antes da
instalação do experimento na Fazenda Experimental Lageado em Botucatu - SP, 2010. ................. 14
Tabela 4. Resultados da análise química de micronutrientes do solo na profundidade 0-20 cm,
amostrado antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel –
SP, 2010. ............................................................................................................................................ 14
Tabela 5. Resultados da análise química de micronutrientes do solo na profundidade 0-20 cm,
amostrado antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental Lageado em Botucatu – SP,
2010.................................................................................................................................................... 14
Tabela 6. Resultado da análise física do solo na profundidade de 0 – 20 cm, amostrados antes da
instalação do experimento, Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel – SP, 2010........... 15
Tabela 7. Resultado da análise física do solo na profundidade de 0 – 20 cm, amostrados antes da
instalação do experimento, Fazenda Experimental Lageado em Botucatu – SP, 2010. .................... 15
Tabela 8. Descrição dos tratamentos aplicados................................................................................. 17
Tabela 9. Fitotoxicidade de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência na cultura da mandioca
nas variedades IAC14 e IAC576-70 em diferentes períodos de avaliação na Fazenda Experimental
São Manuel em São Manuel-SP......................................................................................................... 24
Tabela 10. Fitotoxicidade de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência na cultura da mandioca
nas variedades IAC14 e IAC576-70 em diferentes períodos de avaliação na Fazenda Experimental
Lageado em Botucatu-SP................................................................................................................... 25
Tabela 11. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e
sua interação e médias para as características da parte aérea da planta, altura das plantas (cm) (AP),
altura da primeira ramificação (cm) (AR), diâmetro do caule (cm) (DC), número de plantas por
hectare (P), número de hastes médio por planta (H), produtividade de parte aérea da planta (t ha
-1
)
(PA), produtividade da matéria seca da parte aérea (t ha
-1
) (MS PA), porcentagem de matéria seca da
parte aérea (MS PA), na Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009. ................... 26
V
Tabela 12. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e
sua interação e médias para as características da parte aérea da planta altura das plantas em (cm)
(AP), altura da primeira ramificação em (cm) (AR), diâmetro do caule em (cm) (DC), número de
plantas por hectare (P), número de hastes médio por planta (H), produtividade de parte aérea da
planta em (t ha
-1
)
(PA), produtividade da matéria seca da parte aérea em (t ha
-1
) (MS PA),
porcentagem de matéria seca da parte aérea (MS PA), na Fazenda Experimental Lageado, Botucatu-
SP, 2009. ............................................................................................................................................ 27
Tabela 13. Altura das plantas (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70, Fazenda Experimental São
Manuel, São Manuel – SP, 2009........................................................................................................ 28
Tabela 14. Altura das plantas (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70, Fazenda Experimental
Lageado, Botucatu – SP, 2009........................................................................................................... 29
Tabela 15. Altura da primeira ramificação das plantas (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 30
Tabela 16. Altura da primeira ramificação das plantas (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009...................................................................... 31
Tabela 17. Diâmetro do caule (cm) das plantas das variedades IAC14 e IAC576-70, Fazenda
Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009. ......................................................................... 32
Tabela 18. Número de plantas por hectare no final do ciclo das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 33
Tabela 19. Número de plantas por hectare no final do ciclo das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009...................................................................... 34
Tabela 20. Produtividade da parte aérea (t ha
-1
) das plantas das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 35
Tabela 21. Produtividade da parte aérea (t ha
-1
) das plantas das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009...................................................................... 37
Tabela 22. Produtividade de matéria seca da parte aérea (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 38
Tabela 23. Produtividade de matéria seca da parte aérea (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009...................................................................... 39
Tabela 25. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e
sua interação e médias para para a produtividade de cepa em t ha
-1
(t cepa), produtividade de matéria
seca cepa em t ha
-1
(t MS cepa), porcentagem de matéria seca cepa (% MS cepa) diâmetro da raiz
em cm (DR), comprimento da raiz em cm (CR), produtividade de raiz em t ha
-1
(t raiz),
VI
produtividade de matéria seca da raiz em t ha
-1
(t MS raiz), porcentagem matéria seca raiz (% MS
RAIZ) e porcentagem do índice de colheita (IC)Na Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP,
2009.................................................................................................................................................... 40
Tabela 26. Produtividade de cepa (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda Experimental
São Manuel, São Manuel – SP, 2009................................................................................................. 41
Tabela 27. Produtividade de cepa (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda Experimental
Lageado, Botucatu – SP, 2009........................................................................................................... 42
Tabela 28. Produtividade de matéria seca das cepas (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 43
Tabela 29. Diâmetro das raízes (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda Experimental São
Manuel, São Manuel – SP, 2009........................................................................................................ 46
Tabela 30. Diâmetro das raízes (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda Experimental
Lageado, Botucatu – SP, 2009........................................................................................................... 47
Tabela 31. Comprimento das raízes (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda
Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009..................................................................................... 48
Tabela 32. Produtividade das raízes em t ha
-1
das raízes das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 49
Tabela 33. Produtividade das raízes em t ha
-1
das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda
Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009..................................................................................... 50
Tabela 34. Produtividade de matéria seca das raízes (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009............................................................ 51
Tabela 35. Produtividade de matéria seca das raízes (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009...................................................................... 52
Tabela 36. Índice de colheita (%) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda Experimental São
Manuel, São Manuel – SP, 2009........................................................................................................ 53
Tabela 37. Índice de colheita (%) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda Experimental
Lageado, Botucatu – SP, 2009........................................................................................................... 54
Tabela 38. Balanço de massa das raízes de mandioca nas variedades IAC14 e IAC576-70 no na
Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel-SP, 2009.......................................................... 55
Tabela 39. Balanço de massa das raízes de mandioca nas variedades IAC14 e IAC576-70 na
Fazenda Experimental Lageado em Botucatu-SP, 2009.................................................................... 56
1. RESUMO
A recomendação de um herbicida está condicionada a sua seletividade, ou
seja, a sua capacidade de eliminar espécies vegetais indesejáveis sem promover reduções
economicamente significativas, tanto na qualidade quanto na quantidade produzida pela cultura. A
presente pesquisa avaliou a seletividade de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência da cultura
da mandioca cultivada considerando-se a intensidade de injuria na parte aérea, características
morfológicas da planta, componentes da produtividade, produtividade e balanço de massa das raízes
feculentas. Os experimentos foram instalados nos municípios de Botucatu/SP, Brasil em solo
argiloso e em São Manuel/SP, Brasil em solo arenoso, no ano agrícola de 2008. Foi utilizado o
delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições, em esquema fatorial 11 X 2, sendo causa
de variação dez herbicidas ametryne (1000g ha
-1
), clomazone (500g ha
-1
), ametryne + clomazone
(750 + 500g ha
-1
) e atrazine (500g ha
-1
), aplicados logo após o plantio em pré-emergência da
mandioca: haloxyfof-methyl (48 g ha
-1
), sethoxydim (200 g ha
-1
), fluazifop-p-butyl (100 g ha
-1
),
quizalofop-p-ethyl (75 g ha
-1
), fomezafen (225 g ha
-1
) e bentazon (720 g ha
-1
), aplicados ems-
emergência da cultura, mais uma testemunha capinada e duas variedades IAC14 e IAC576-70. Para
a aplicação dos herbicidas foi utilizado um pulverizador costal, pressurizado a CO
2
e equipado com
barra de aplicação com cinco pontas Teejet XR 110 02vs espaçadas em 0,50m, com consumo de
calda de 200 L ha
-1
. A fitotoxicidade das plantas de mandioca foi avaliada visualmente valendo-se
de uma escala percentual de notas, na qual “zero” correspondeu a nenhuma injúria e “cem” a morte
das plantas. Antes da colheita foram avaliadas a altura das plantas (cm), altura da primeira
ramificação (cm), diâmetro do caule (cm), estande final de plantas por hectare, número médio de
hastes por planta, após a colheita foram avaliada a massa verde da parte aérea e das cepas (t ha
-1
),
2
massa seca da parte aérea e das cepas (t ha
-1
), porcentagem de raízes comerciais, comprimento e
diâmetro das raízes (cm), produtividade das raízes (t ha
-1
), porcentagem de matéria seca das raízes,
índice de colheita (%), balanço de massa das raízes (%) e teor de amido (%). Nos dois experimentos
realizados, independente da variedade as moléculas de herbicidas ametryne, clomazone e a mistura
de ametryne e clomazone aplicadas em pré-emergência, causaram injurias leves as plantas de
mandioca. As moléculas fomezafen e bentazon, aplicadas em pós-emergência ocasionaram injurias
severas as plantas de mandioca. Independente da molécula de herbicida aplicada nos dois
experimentos à variedade IAC14 teve melhor desempenho nos parâmetros avaliados,
particularmente a altura das plantas e produtividade. Pode se afirmar que a molécula clomazone no
experimento realizado em Botucatu, independente da variedade testada possibilitou maior
produtividade, o mesmo não ocorreu em São Manuel, onde não houve influencia dos herbicidas
estudados na produtividade das variedades. A molécula fomezafen aplicada na variedade IAC14
proporcionou maior porcentagem de casca, os demais tratamentos não deferiram para o balanço de
massa das raízes em ambos os experimentos. O teor de amido não foi afetado em ambas as
variedades e ambientes estudados. Conclui-se que as moléculas de herbicidas estudadas são
seletivas, em graus distintos, às variedades de mandioca avaliadas.
Palavras chaves: fitotoxicidade, moléculas de herbicidas, manihot esculenta,
3
SELECTIVITY OF HERBICIDES THE CASSAVA. Botucatu, 2010. 65p. Dissertação (Mestrado
em Agronomia/Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
Author: MAGNO LUIZ DE ABREU
Adviser: SILVIO JOSÉ BICUDO
Co-Adviser: DAGOBERTO MARTINS
2. SUMMARY
The herbicide recommendation is subjected to its selectivity and ability to
eliminate undesirable species without promoting economically significant reductions in both quality
and crop production. Thus, this work aimed to test the selectivity of herbicides applied in pre-and
post-emergence of cassava crop considering the intensity of injury in the shoot, components of
productivity, productivity end balance of mass of roots starch. The experiments were conducted in
Botucatu / SP, Brazil, in a clay soil and São Manuel / SP, Brazil, in sandy soil, in 2008 croprowing
season. The treatments was combinated in a 11 X 2 factorial (11 herbicides and 2 varieties) and
disposed in a randomized block design. The treatments the herbicides tested was ametryne (1000g
ha
-1
), clomazone (500 g ha
-1
), ametryne + clomazone (750 + 500 g ha
-1
) and atrazine (500 g ha
-1
)
applied in pre-emergence of cassava,haloxyfof-methyl (48 g ha
-1
), sethoxydim (200 g ha
-1
),
fluazifop-p-butyl (100 g ha
-1
), quizalofop-p-ethyl (75 g ha
-1
), fomezafen (225 g ha
-1
) and bentazon
(720 g ha
-1
), applied post-emergence of culture as well as an control untreated end two varieties
IAC14 and IAC576-70. For the implementation it was used a backpack sprayer, pressurized CO2
and equipped with bar application with five Teejet XR 110 02vs spaced at 0.50 m, with
consumption volume of 200 L ha
-1
of water. The phytotoxicity of the cassava plants was visually
drawing on a percentage scale of notes, where zero corresponds to no injury and 100 % the death of
plants. Before harvest were evaluated plant height (cm), height of first branch (cm), stem diameter
(cm), final plant stand per hectare, the average number of stems per plant. After harvesting were
assessed green mass shoot and the strains (t ha
-1
), shoots and strains dry weight (t ha
-1
), percentage
of commercial roots, root length and diameter (cm), final root yield (t ha
- 1
), percentage of root dry
4
mass of , harvest index (%), rootmass balance (%) and starch content (%). In both experiments,
regardless of the variety of herbicide molecules ametryne, clomazone , and the mixture of ametryne
and clomazone applied pre-emergence caused light injuries to plant cassava. The fomezafen and
bentazon molecules applied in post-emergence caused severe injuries to cassava plants. Regardless
of herbicide molecule applied in both experiments, the variety IAC14 performs better in the
parameters measured, which was also observed in the remaining parameters particularly plant height
and productivity. It can be argued that the experiment in clomazone molecule studied in Botucatu,
regardless of the variety tested to greater productivity, it does not occur in San Manuel, where no
influence of herbicides on the productivity of the studied varieties. The fomezafen molecule applied
in variety IAC14 showed higher percentage of bark, the rest of the treatments did not affect the mass
balance of the varieties in both experiments. The starch content was not affected in both varieties
and environments studied. It was possible to conclude that the herbicide molecules studied are
selective, to varying degrees, the varieties of cassava evaluated.
Keywords: phytotoxicity, herbicide molecules, manihot esculenta.
5
3 INTRODUÇÃO
A cultura da mandioca é tradicional nas regiões tropicais, como produtora de
carboidratos e de considerável importância na alimentação humana e animal (ANDRADE, 1989),
sendo aproveitado desde as folhas até as raízes. A mandioca ocupa posição de destaque na
agricultura como um dos alimentos energéticos mais consumidos nos trópicos, sendo suplantada
pelo arroz, cana-de-açúcar e milho. A parte economicamente mais importante da planta são as raízes
tuberosas, ricas em amido, que além das utilizações já citadas são matéria-prima para indústrias
alimentícia, farmacêutica, papel e têxtil (PERESSIN, 1997).
Como toda cultura agrícola, a mandioca está sujeita a uma série de fatores,
bióticos e abióticos, que influenciam seu crescimento, desenvolvimento e produtividade econômica.
Dentre esses fatores, destaca-se a interferência propiciada pela convivência da cultura com as
plantas daninhas, as quais, segundo Lutman (1992), competem por água, luz e nutrientes, estando o
grau de severidade dessa competição relacionado com o conjunto de espécies e densidade da
comunidade infestante, sendo que a mandioca cultivada por até dois ciclos e o manejo das plantas
daninhas torna-se bastante complexo, podendo reduzir drasticamente a produção de raízes
(DEUBER, 1997).
Diversos autores têm procurado avaliar o período de competição entre a
mandioca e as plantas daninhas que ocasiona as maiores perdas de produtividade. Pinho et al. (1980)
relatam que capinas realizadas até 90 dias após o plantio aumentam consideravelmente a produção
de ramas e raízes da mandioca. Alcântara & Lima. (1982) evidenciaram que a manutenção da
cultura no limpo a partir de 120 dias após o plantio não incrementou significativamente a produção.
6
Em suma, a cultura é mais afetada pela interferência imposta pelas plantas daninhas durante os três
ou quatro primeiros meses após o plantio.
A eliminação das invasoras representa cerca de 56% da mão-de-obra
utilizada no plantio e condução da mandioca, o que significa aproximadamente 30% do custo total
de produção (MIRANDA et al., 1995). Na cultura da mandioca, os dois métodos mais utilizados
para o controle de plantas daninhas são o mecânico, por meio de capinas, e o químico, pelo uso de
herbicidas. No entanto, pouco se sabe a respeito da seletividade e eficácia de alternativas de controle
químico de plantas daninhas na cultura da mandioca. Oliveira Jr. (1994), indica que a resposta da
mandioca à aplicação de herbicidas varia desde a total seletividade até o completo
comprometimento da produção, por causa da fitotoxicidade provocada à cultura. Tanto para a
mandioca, como para qualquer outra espécie cultivada, a recomendação de um herbicida está
condicionada a sua seletividade, ou seja, a sua capacidade de eliminar espécies vegetais indesejáveis
sem promover reduções economicamente significativas, tanto na qualidade quanto na quantidade
produzida pela cultura (VELINI et al., 2000). De maneira geral, devido às similaridades
morfológicas e fisiológicas entre a cultura e as plantas daninhas, a aplicação de um herbicida pode
ou não promover sintomas visuais de intoxicação às plantas cultivadas, sendo esta, o primeiro
parâmetro avaliado na determinação da seletividade. Entretanto, no caso da ocorrência destes
sintomas, geralmente caracterizados por injúrias foliares e paralisação de crescimento, não
evoluírem provocando a morte dos indivíduos afetados, são considerados de pequena relevância se
analisados de forma isolada (TERRA, 2003).
De outra forma, a ausência de injúrias visuais nas plantas tratadas com um
determinado herbicida, também não é suficiente para determinar a sua tolerância a este produto,
sendo necessária para tal, uma avaliação mais detalhada na quantidade e qualidade do seu produto
final. Diante do exposto, a presente pesquisa avaliou a seletividade de herbicidas aplicados em pré e
pós-emergência da cultura da mandioca cultivada considerando-se a intensidade de injuria na parte
aérea, características morfológicas da planta, componentes da produtividade, produtividade e
balanço de massa das raízes feculentas.
7
4 REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Planta daninha
As plantas daninhas competem com as culturas pelos nutrientes, luz, água,
CO
2
e espaço físico, representando uma importante limitação à produção agrícola. Além de sua
presença causar grandes prejuízos, o seu controle acarreta também despesas que oneram
substancialmente o custeio da cultura (PITELLI., 1980). Mascarenhas (1988), ainda ressalta que os
prejuízos causados pelas plantas daninhas são de igual magnitude ou superiores aos ocasionados por
insetos e doenças.
Estima-se que as perdas ocasionadas às culturas agrícolas pela interferência
das plantas daninhas no Brasil dependendo da espécie pode chegar a 80%. Além da redução
quantitativa da produção, esta pode ser qualitativamente depreciada pela contaminação com
sementes e restos de plantas daninhas. Em cereais, adicionalmente, aumentam o teor de umidade dos
grãos, diminuindo a eficiência agrícola. Diante da grande necessidade de se produzir cada vez mais
de maneira eficiente, as plantas daninhas se tornam um problema que merece especial atenção dos
profissionais da agricultura (LORENZI., 2006).
4.2 Controle de plantas daninhas
Segundo Lorenzi (2006), o controle de plantas daninhas consiste na adoção
de certas práticas que resultam na redução da infestação, mas não necessariamente, na sua completa
8
eliminação: isto é a erradicação. O controle ideal, porém, é dificilmente obtido na agricultura.
Muitas são as formas de controle das plantas daninhas, dentre elas podemos citar: controle
preventivos; que consiste no uso de práticas que visam prevenir a introdução, estabelecimento e/ou a
disseminação de determinadas espécies em áreas ainda por elas não infestadas; Controle cultural; o
qual consiste no uso de práticas comuns ao bom manejo da água e do solo, como a rotação de
cultura, a variação do espaçamento da cultura e o uso de coberturas verdes; Controle mecânico ou
físico que conforme o próprio nome indica, consiste no uso de práticas de eliminação de plantas
daninhas através do efeito físico-mecânico, como o arranquio manual, a capina manual, a roçada, a
inundação, a queima, a cobertura morta e o cultivo mecanizado; Controle biológico; envolvendo
primariamente o uso de inimigos naturais (pragas e doenças), para o controle de plantas daninhas;
Por extensão, também deve ser considerado como controle biológico a inibição alelopática de
plantas daninhas exercida por outras plantas; O controle químico: que é o método mais utilizado
para controle de plantas daninhas e consiste na aplicação de produtos químicos que eliminam ou
inibe o desenvolvimento das plantas (LORENZI, 2003).
4.3 Controle químico
O controle químico é o método mais utilizado para controlar as invasoras.
Suas vantagens são a economia de mão de obra e a rapidez na aplicação. Para que a aplicação dos
herbicidas seja segura, eficiente e econômica, exigem-se técnicas refinadas. O reconhecimento
prévio das invasoras predominantes é condição básica para a escolha adequada do produto, que
resultará no controle mais eficiente das invasoras (RAJCAN & SWANTON, 2001).
A eficiência dos herbicidas aumenta quando aplicados em condições
favoráveis. É fundamental que se conheça as especificações do produto antes de sua utilização e que
se regule corretamente o equipamento de pulverização para evitar riscos de toxicidade ao homem e à
cultura. Segundo Embrapa, (2006) os herbicidas são classificados quanto à época de aplicação, em
pré-plantio, pré-emergentes e pós-emergentes.
A mandioca é uma planta que apresenta boa tolerância a vários herbicidas,
quando aplicados antes de sua brotação e nas doses recomendadas (SILVA et al., 2009). Segundo
Carvalho et al., (1990), já em 1990, a maioria dos herbicidas utilizados em mandioca é de pré-
emergência total, antes da germinação do mato e da brotação da cultura, e aplicados logo após o
plantio ou, no máximo, cinco dias depois, sendo que a escolha do herbicida é conseqüência direta
das espécies de plantas daninhas presentes e do seu custo que atualmente é p principal fator.
9
Lorenzi, 2003 recomenda os herbicidas à base de glifosate em aplicações
dirigidas, evitando atingir as folhas da cultura e quando a cultura da mandioca esteja com
aproximadamente cinco meses apresentando 30 a 40 cm de haste em relação ao solo. O glifosate é
também bastante empregado para o controle de plantas daninhas após a poda, podendo acrescentado
um herbicida pré-emergente para aumentar o período residual.
4.4 Eficiência e seletividade dos herbicidas na cultura da mandioca
Oliveira Jr et al. (2001), avaliaram a tolerância dos cultivares de mandioca
Espeto, Mico, Fécula Branca, IAC-14 e Fibra aos herbicidas metribuzin (490 g i.a. ha
-1
), clomazone
(1000 g i.a. ha
-1
), mistura formulada de ametryne + clomazone (2500 g i.a. ha
-1
) e ametryne +
trifluralin (1500 + 1800 g i.a. ha
-1
). O tratamento com ametryne + trifluralin foi o mais seletivo para
a cultura, e a mistura formulada de ametryne + clomazone, nos cultivares Mico e Fécula Branca,
causou sintomas visuais de fitotoxicidade aos 51 dias após o plantio. Nenhum dos tratamentos
químicos afetou o estande ou o crescimento da cultura.
Oliveira Jr et al. (2001b) em outro trabalho avaliaram a seletividade e
eficácia de diversos herbicidas aplicados na cultura da mandioca em plantio direto e observaram
que clethodin, fenoxaprop-p-ethyl e sethoxydin não causaram injúria considerável às plantas,
seguidos do propaquizafop, com baixa porcentagem de toxicidade às plantas de mandioquinha-
salsa. O bentazon e o amônio-glufosinato proporcionaram alta toxicidade no início das avaliações,
mas a partir de 28 e 35 dias após a aplicação (DAA), respectivamente, observou-se boa recuperação
das plantas. Na dose utilizada, linuron e oxadiazon causaram baixa toxicidade, cujos sintomas
desapareceram aos 28 (DAA). Em relação à parte subterrânea, o amônio-glufosinato proporcionou o
menor peso de matéria seca quando comparado ao fenoxaprop-p-ethyl e à testemunha. Os
herbicidas seletivos não apresentaram efeitos significativos em relação ao número de brotações,
número de folhas e altura de plantas. Os herbicidas flazasulfuron e imazamox não foram seletivos à
cultura, proporcionando injúrias severas até a morte das plantas.
Biffe et al. (2007) em estudo com o herbicida diuron em pré-emergência
total na cultura da mandioca observaram que o produto nas doses de 625,0; 750,0 e 900,0 g i.a. ha
-1
,
proporcionaram um controle satisfatório para seguintes espécies: Digitaria horizontalis,
Acanthospermum hispidum, Amaranthus viridis, Sida rhombifolia, Sida cordifolia, Bidens. E quanto
à fitointoxicação, nas doses testadas, o herbicida diuron apresentou sintomas visuais na cultura da
mandioca até os 30 DAA. Porém, aos 45 DAA, as plantas avaliadas nos tratamentos com herbicida
10
já se recuperaram e igualaram as testemunhas. Em outro estudo, Alonso et al. (2007a) avaliaram o
efeito do herbicida alachlor, aplicado em pré-emergência, no controle de plantas daninhas na cultura
da mandioca e concluiram que o produto aplicado nas doses de 1920,0; 2400,0 e 2880,0 g i.a. ha
-1
,
apresentou efetivo controle de Cenchrus echinatus,Digitaria horizontalis e Commelina
benghalensis. No entanto, o mesmo não se aplica a Brachiaria decumbens, pois todas as doses de
Alachlor aos 45 DAA não foram eficazes para o controle desta planta daninha. O herbicida Alachlor
na sua maior dose pode ser ainda utilizado para controlar a Brachiaria plantaginea.O herbicida
alachlor, independente da dose, não prejudicou a mandioca nos aspectos de estande, altura e
desenvolvimento até os 45 DAA.
Alonso et al. (2007b) avaliaram a eficácia e viabilidade do herbicida
trifluralin na cultura da mandioca e concluiram que o herbicida apresenta bons resultados de
controle de Brachiaria decumbens, Brachiaria plantaginea, Eleusine indica e Digitaria horizontalis,
em doses superiores à 1350 g i.a. ha
-1
, sem afetar a cultura da mandioca.
Arantes et al. (2007) estudaram a seletividade de diferentes alternativas de
herbicidas pré-emergentes para a cultura da mandioca, variedade Fécula Branca, em casa-de-
vegetação. As características avaliadas foram de fitointoxicação (escala visual, 0-100%), aos 91, 97,
104 e 111 DAA e a biomassa das folhas, caules e raízes das plantas aos 111 DAA e concluíram que
a fitotoxicidade observada não afetou o acúmulo total de biomassa seca das plantas de mandioca.
4.5 Herbicidas registrados
Em decorrência da cultura da mandioca ser uma cultura que não apresenta
um grande impacto no cenário produtivo nacional quando comparado a culturas de maior expressão
como soja, milho e cana-de-açúcar, não existe grande interesse por parte de empresas de defensivos
em registrarem seus produtos para a esta cultura. Isso explica em parte o porque de existir poucos
produtos registrados para a cultura, apesar da pesquisa já ter comprovado através de vários ensaios
experimentais, a eficácia e seletividade de determinados produtos (SILVA et al., 2009).
11
Tabela 1. Herbicidas registrados para uso na cultura da mandioca, com suas respectivas épocas de
aplicação e dosagens recomendadas, Botucatu-SP, 2010.
Herbicidas
Molécula Nome do produto Grupo Químico Época de aplicação Dose i a ha
-1
ametryna Ametrex 500 SC Triazina Pré
3000
clethodin Select 240 CE Oxima ciclohexanodiana Pós
100
clomazone Gamit Isoxazolidinona Pré
2000
isoxaflutole WG Isoxazol Pré
200
metribuzin Sencor Triazinona Pós
420
Pré – Aplicação em pré-emergência da cultura
Pós – Aplicação em pós-emergência da cultura
Fonte: MAPA, 2009.
12
5. MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Localização e data
Os ensaios de campo foram instalados na Fazenda Experimental Lageado, no
dia 16 de outubro de 2008 e colhidos em 10 de agosto 2009, no município de Botucatu-SP,
localizado na região centro-sul do Estado de São Paulo, localizada nas coordenadas 22º 52’ 20”
latitude S e 48º 26’37” longitude W de Greenwich e altitude de 804 m, e na Fazenda Experimental
São Manuel, no dia 02 de dezembro e colhido em 30 de agosto de 2009, no município de São
Manuel-SP, localizado nas coordenadas geográficas de 22º44’S e 48º34’W com altitude de 750m.
Ambas as Fazendas são pertencentes à Faculdade de Ciência Agronômicas da Universidade
Estadual paulista, UNESP/BOTUCATU.
5.2 Descrição de clima e solo
Os municípios de Botucatu e de São Manuel tem a mesma classificação
climática pelo método de Köppen, classificada como sendo Cfa, clima temperado quente
(mesotérmico) úmido, e a temperatura média do mês mais quente é superior a 22 ºC. Pela
classificação de Thornthwaite tem uma pequena diferença em função do índice de umidade,
caracterizando como B2rB’3a’ (clima úmido com pequena deficiência hídrica - abril, julho e agosto,
mesotérmico, com evapotranspiração potencial anual de 945,15 mm e concentração da
evapotranspiração potencial no verão igual a 33%). Segundo Cunha & Martins (2009), nas figuras 1
e 2, estão dispostos os dados coletados em estação de aquisição de dados meteorológicos próximo as
áreas experimentais. O tipo de solo da área Experimental da Fazenda Lageado esta classificado
13
como Nitossolo vermelho distroférrico (Embrapa, 1999) e na Fazenda Experimental São Manuel
classificado como Latossolo Vermelho Distrófico Típico (Embrapa, 1999). A caracterizações física
e química encontram-se nas Tabelas 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Figura 1. Dados climatológicos do período de Dezembro de 2008 a Setembro de 2009 em São
Manuel (SP).
Figura 2. Dados climatológicos do período de Dezembro de 2008 a Setembro de 2009 em Botucatu
(SP).
14
Tabela 2. Resultados da análise química do solo na profundidade 0-20 cm, amostrado
antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental São Manuel em
São Manuel – SP, 2010.
pH MO
P
(resina) H+Al K Ca+Mg CTC V
CaCl
2
g dm
-3
mg dm
-3
-------------------mmol
c
dm
-3
------------ %
5,8 10 11 26 10 22 33 70
Fonte: Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp, Campus de Botucatu.
Tabela 3. Resultados da análise química do solo na profundidade 0-20 cm, amostrado
antes da instalação do experimento na Fazenda Experimental Lageado em
Botucatu - SP, 2010.
pH MO
P
(resina) H+Al K Ca+Mg CTC V
CaCl
2
g dm
-3
mg dm
-3
-------------------mmol
c
dm
-3
--------------- %
5,6 29 17 30 3,2 52 85 65
Fonte: Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp, Campus de Botucatu.
Tabela 4. Resultados da análise química de micronutrientes do solo na profundidade 0-
20 cm, amostrado antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental
São Manuel em São Manuel – SP, 2010.
B Cu Fe Mn Zn
...........................................................mg.dm
-3
..............................................................
0,10 0,4 13 3,9 0,6
Fonte: Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp, Campus de Botucatu.
Tabela 5. Resultados da análise química de micronutrientes do solo na profundidade 0-
20 cm, amostrado antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental
Lageado em Botucatu – SP, 2010.
B Cu Fe Mn Zn
...........................................................mg.dm
-3
..............................................................
0,29 7,9 17 36,6 1,8
Fonte: Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp, Campus de Botucatu.
15
Tabela 6. Resultado da análise física do solo na profundidade de 0 – 20 cm, amostrados
antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental São Manuel em São
Manuel – SP, 2010.
Profundidade Areia Argila Silte Textura
cm
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
g kg
-1
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
0-20 883 80 37 Arenosa
Tabela 7. Resultado da análise física do solo na profundidade de 0 – 20 cm, amostrados
antes da instalação do experimento, Fazenda Experimental Lageado em Botucatu
– SP, 2010.
Profundidade Areia Argila Silte Textura
cm
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
g kg
-1
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
0-20 210 574 216 Argilosa
5.3 Idade das plantas e manivas utilizadas no plantio
As ramas utilizadas estavam com um ciclo e idades de 11 a 14 meses. A
seleção das manivas para o plantio foi feita procurando uniformizar ao máximo o material utilizado.
Foram usadas as frações do terço médio da planta, com 20 cm de comprimento e aproximadamente
2,5 cm de diâmetro, perfazendo a média de 5 gemas. O corte, feito em máquina de serra fita,
baseados em recomendação de Lorenzi et al., (2003).
5.4 Preparo do solo, plantio e adubação
Foi realizado o mesmo preparo de solo nos dois experimentos, sendo esse de
forma convencional, com uma aração e duas gradagens. Procedeu-se a abertura dos sulcos com
sulcador tratorizado com o espaçamento utilizado de 0.85m entre linhas e de acordo com a análise
de solo foi realizada a adubação com 300 kg ha
-1
de adubo da formulação 8-28-16, no momento da
sulcação. As manivas sementes foram distribuídas nos sulcos de plantio em espaçamento de 0.80m
entre elas.
16
5.5 Tratos culturais
Durante o ciclo de desenvolvimento da cultura foram realizadas 4 capinas
manuais nas parcelas tratadas com os herbicidas e testemunha mantida no limpo para evitar a
interferência das plantas daninhas.
5.6 Delineamento Experimental e cultivares utilizadas
Os experimentos foram instalados no delineamento de blocos casualizadas
com quatro repetições em esquema fatorial (2 X 11) com duas variedades e onze tratamentos. Cada
parcela foi constituída de 4 linhas de 8 m de comprimento, com espaçamento de 0,85m entre linhas.
As cultivares utilizadas foram IAC 576-70 que se destaca por sua adaptação
edafoclimáticas as áreas de plantio de mandioca de mesa do Estado de São Paulo (LORENZI, 2003).
A cultivar foi desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) a partir do cruzamento
entre SRT797 Ouro do Vale e IAC 14-18, apresentando superioridade aos demais cultivares em
cultivo no Estado, por sua produtividade, aspecto agradável das raízes, qualidades culinárias e
sensoriais, e considerável resistência à bacteriose (LORENZI ET AL, 1984). Suas raízes possuem
película suberosa de cor marrom, lisa e de forma predominantemente cilíndrica, feloderma e polpa
de coloração creme. Apresenta polpa de coloração amarela quando cozida. Possuí broto verde-
arroxeado, hastes jovens verdes, pecíolos verde-amarelados, folhas largas com cinco a sete lóbulos,
ramificação di e tricotômica, com ângulo ao redor de 45°, e hastes maduras cinzas verdeadas
(LORENZI et al, 1996).
A cultivar IAC14 foi selecionada dentro de uma população de 180 mil
clones, formada pela recombinação de nove variedades elite: Vassourinha Paulista, Branca de Santa
Catarina, Roxinha, Taquari, Engana Ladrão, IAC14-18, IAC12, Aipim Bravo e IAC Caipora. Essa
variedade é altamente produtiva e tem alta resistência a bacteriose e ao superalongamento. As raízes
possuem alto teor de matéria seca e a película é de cor marrom-escura, limitando em parte, seu uso
para a produção de farinha. Possui broto roxo esverdeado, haste jovem verde, hastes maduras
arroxeadas, pecíolo verde arroxeado, lóbulo foliar obovado e liso, altura média para alta da primeira
ramificação (LORENZI, 2003).
17
Tabela 8. Descrição dos tratamentos aplicados.
Tratamento
Moléculas utilizadas
Época de aplicação Variedade Dose g i. a / g ha
-1
1
ametryne Pré IAC14
1000
2
ametryne Pré IAC576-70
1000
3
clomazone Pré IAC14
500
4
clomazone Pré IAC576-70
500
5
ametryne+ clomazone Pré IAC14
750 + 500
6
ametryne + clomazone Pré IAC576-70
750 + 500
7
atrazine Pré IAC14
500
8
atrazine Pré IAC576-70
500
9
haloxyfof-methyl Pós IAC14
48
10
haloxyfof-methyl Pós IAC576-70
48
11
Sethoxidim Pós IAC14
200
12
Sethoxidim Pós IAC576-70
200
13
fluazifop-P-butil Pós IAC14
100
14
fluazifop-P-butil Pós IAC576-70
100
15
quizalofop-P-ethyl Pós IAC14
75
16
quizalofop-P-ethyl Pós IAC576-70
75
17
fomezafen Pós IAC14
225
18
fomezafen Pós IAC576-70
225
19
bentazon Pós IAC14
720
20
bentazon Pós IAC576-70
720
21
testemunha capinada ---- IAC14
----
22
testemunha capinada ---- IAC576-70
----
Pré – Aplicação em pré-emergência da cultura
Pós – Aplicação em pós-emergência da cultura
Os herbicidas em pré-emergência foram aplicadas logo após o plantio e os
produtos com aplicação em pós-emergência aos oito dias após a emergência da cultura na Fazenda
Experimental São Manuel, em São Manuel e, aos dez dias após a emergência das plantas de
mandioca na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu-SP.
5.7 Equipamento e aplicação dos herbicidas
A aplicação dos herbicidas em pré-emergência no experimento instalado na
Fazenda Experimental de São Manuel foi realizada no dia 18/10/2008, logo após o plantio, tendo
como condições climáticas: temperatura do ar média de 26,5ºC, umidade relativa do ar de 60% e
vento de 4,3 km h
-1
. As aplicações em pós-emergência foram realizada no dia 13/11/2008, sendo
que suas condições de clima apresentavam temperatura média de 24°C, umidade relativa do ar de
69% e vento de 4 km h
-1
. A aplicação dos herbicidas no experimento instalado na Fazenda Lageado
18
em pré-emergência, foi realizada no dia 13/12/2008 logo após o plantio, onde as condições
climáticas eram: temperatura do ar média de 25°C, umidade relativa do ar de 63% e vento de 4,1 km
h
-1
. Em pós-emergência foi aplicado no dia 22/01/2009, com temperatura do ar média de 22,5°C,
umidade relativa do ar de 80% e vento de 5,0 km h
-1
. O equipamento utilizado na aplicação dos
tratamentos foi um pulverizador costal, pressurizado a CO
2
mantendo-se uma pressão constante de
2,0 kgf cm
-2
e equipado com barra de aplicação munida com cinco pontas de pulverização Teejet
XR 110 02VS, com consumo de calda. Utilizou-se o volume de aplicação de 200 L ha
-1
.
Figura 4. Aplicação dos herbicidas na área Experimental.
5.8 Características avaliadas
5.8.1 Fitotoxicidade das plantas
A fitotoxicidade das plantas de mandioca foi avaliada visualmente valendo-
se de uma escala percentual de notas, na qual “(zero 0%)” correspondeu a nenhuma injúria e “(cem
100%)” a morte das plantas, segundo a Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas
(1995).
As avaliações visuais realizadas nos tratamentos de pré e pós-emergência na
Fazenda Experimental São Manuel, foram feitas após a brotação de todas as manivas sementes na
seguinte ordem 10, 17, 22, 29, 39 e 49 dias após a emergência das plantas de mandioca. Na Fazenda
Lageado as avaliações foram realizadas aos 12, 19, 26, 33, 40 e 47 dias após a emergência das
plantas de mandioca.
19
Figura 5. Comparação de uma planta com injuria causada pela aplicação do herbicida com outra
planta sem injuria na Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel –SP, na
variedade IAC14, avaliadas aos 19 dias após a emergência das plantas de mandioca.
5.8.2 Altura do dossel, altura primeira ramificação e diâmetro do caule das
plantas
A altura do dossel foi feita com uma trena comum, medindo-se da superfície
do solo até o ponto mais alto das plantas. A altura da primeira ramificação foi feita com a mesma
trena, medindo-se da superfície do solo até a primeira ramificação da planta, sendo a medida do
diâmetro do caule realizada com paquímetro digital a 10 cm do solo.
5.8.3 Estande final
O estande final foi determinado na área útil da parcela, (27 m
2
), um dia antes
da colheita e posteriormente, transformando para número de plantas por hectare.
5.8.4 Número de hastes por planta
O número de hastes por planta foi determinado um dia antes da colheita, em
todas as plantas da área útil, sendo contadas as hastes nas plantas úteis, e este número dividido pelo
número de plantas úteis.
20
5.8.5 Massa verde da parte aérea e cepas.
A parte aérea foi considerada a partir de 10 cm do solo e as cepas a porção
restante das ramas acrescidos dos segmentos abaixo do solo, retirando-se as raízes tuberosas, sendo
os valores convertidos para t ha
-1
.
5.8.6 Massa seca da parte aérea e cepas.
As amostras para a determinação de massa seca foram coletadas nas
parcelas, trituradas e secas em estufa com circulação de ar forçado a 65°C, até massa constante e
convertidas para t ha
-1
.
5.8.7 Número de raízes comerciais e descartáveis
Foram separadas todas as raízes que apresentavam tamanho reduzido e
anomalias, posteriormente contadas e subtraídas do número total de raízes da parcela, determinando
sua porcentagem por hectare.
5.8.8 Comprimento e diâmetro das raízes tuberosas
O comprimento foi determinado com trena comum, medindo-se toda a
extensão da raiz. O diâmetro da raiz foi realizado com paquímetro digital, no terço médio da raiz.
5.8.9 Produtividade
Foram consideradas todas as raízes tuberosas, mesmo aquelas de tamanho
reduzido. Todas as raízes da área útil tiveram sua massa determinada e transformada em t ha
-1
.
5.8.10 Matéria seca das raízes
Foram colhidas e pesadas amostras de mandioca e posteriormente colocadas
em estufas a 65°C até peso constante.
21
5.8.11 Índice de colheita
O I.C em porcentagem foi determinado adotando-se a seguinte relação:
IC= massa fresca das raízes/massa fresca (cepas + ramas + raízes) * 100.
5.8.12 Balanço de Massa
De uma alíquota de 2 kg de raízes de mandioca por parcela foram separados
casca, ponta fibrosa e polpa, suas massas foram medidas e transformadas em porcentagem.
5.8.13 Teor de amido
O material foi processado no laboratório de extração de amidos do CERAT
(Centro de Raízes e Amidos Tropicais da UNESP/BOTUCATU) obedecendo as seguintes etapas:
lavagem de 2 kg de raiz, descascamento e retirada das pontas fibrosas, desintegração em
liquidificador, extração em peneira extratora, após a desintegração e separação do leite de amido, o
leite foi colocado para decantar por 12 horas, retirou-se a água sobrenadante. A fécula decantada foi
lavada e novamente decantada, então, seca em estufa a 50°C durante 24 horas e posteriormente
pesada e transformada em porcentagem para determinar o teor de amido das amostras.
5.8.14 Análise de dados
Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente pelo teste “F” ao
nível de 5% de probabilidade e as médias comparadas pelo teste Tukey ao nível de 5%.
22
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Fitotoxicidade sofrida pela plantas de mandioca
Os sintomas de intoxicação apresentados nos dois ambientes estudados são
apresentados em duas Tabelas distintas. A primeira refere-se à fitotoxicidade promovida pelas
moléculas aplicadas nas plantas de mandioca cultivadas na Fazenda Experimental São Manuel em
São Manuel-SP e a segunda refere-se à fitotoxicidade causada pelas moléculas aplicadas nas plantas
de mandioca cultivadas na Fazenda Experimental Lageado em Botucatu-SP.
Pode-se observado na Tabela 9 a fitotoxicidade nas plantas de mandioca nos
diversos períodos de avaliação, e que aos 10 dias após a emergência das plantas (DAE) todas as
moléculas aplicadas em pré-emergência proporcionaram leves injúrias em ambas variedades
testadas. No entanto, somente as moléculas quizalofop-p-ethyl em ambas as variedades e sethoxidim
na IAC576-70 não proporcionaram sintomas às plantas das variedades estudadas com aplicação em
pós-emergência. Todas as demais moléculas aplicadas proporcionaram algum sintoma de
fitotoxicidade às plantas de mandioca, sendo que a molécula fomezafen foi a mais fitotóxica em
ambas variedades. Aos 17 DAE, além do fomezafen, a molécula bentazon incrementou os sintomas,
demonstrando maiores fitotoxicidade às plantas nesse período, sendo que nos demais tratamentos
ocorreu pequeno incremento das injúrias em pré e pós-emergentes não ultrapassando 10%. Pode ser
observado também que os herbicida quizalofop-p-ethyl e sethoxidim proporcionaram sintomas
visuais de fito às plantas de mandioca, neste período de avaliação.
Aos 22 DAE as injúrias aumentaram na variedade IAC576-70 que recebeu
aplicação de atrazine em pré-emergência. No restante dos tratamentos, os sintomas começaram a
23
diminuir e desaparecer. Nas plantas tratadas em pós-emergência, observa-se uma pequena redução
dos danos causados e somente a molécula fomezafen aplicado na variedade IAC576-70 apresentou
uma redução acentuada das injurias. Aos 29 DAE apenas algumas pequenas injúrias permaneceram,
porém a molécula de atrazine ainda proporciona maior injúria em relação às outras moléculas em
pré-emergência. Nas moléculas com aplicação em pós-emergência as injúrias começaram a
desaparecer, porém ainda eram elevadas para o bentazon e o fomezafen em ambas as cultivares.
Entretanto aos 39 DAE todas as parcelas que receberam tratamentos
independente da época de aplicação apresentam pequenas injúrias e aos 49 DAE os tratamentos já
não causavam danos visuais às plantas, sendo que somente as moléculas bentazon e fomezafen
causaram danos preocupantes as plantas tratadas até 29 DAE. Entretanto, as plantas da cultura
obtiveram uma recuperação rápida, sendo que nos outros tratamentos os sintomas observados em
todas as avaliações podem ser considerados leves e aceitáveis.
Verifica-se na Tabela 10 as avaliações de fitointoxicação nos diversos
períodos de avaliação em Botucatu-SP. Nota-se que aos 12 dias após a emergência das plantas
(DAE) que todas as moléculas aplicadas em pré-emergência proporcionaram leves injúrias as
plantas de mandioca das variedades IAC14 e IAC576-70 e somente as moléculas fomezafen e
bentazon proporcionaram leves injurias as plantas de mandioca quando aplicado em pós-
emergência.
Aos 19 DAE somente as plantas da variedade IAC14 tratadas com a
molécula haloxyfof-methyl não apresentava sintomas. No restante dos tratamentos ocorreram
pequenos incrementos das injúrias em pré e pós-emergentes não ultrapassando 10%. Na avaliação
ocorrida aos 26 DAE, observa-se que, praticamente, todos os tratamentos aplicados em pré-
emergência não causavam nenhuma fitointoxicação às plantas de ambas as variedades estudadas,
sendo que os sintomas observados em todas as avaliações podem ser considerados leves e aceitáveis.
Observa-se que os sintomas têm maior persistência na variedade IAC-14, porém quando avaliadas
as injurias em pós-emergência verifica-se que a molécula sethoxidim causou pequenos danos a
cultura. No entanto, as moléculas bentazon e fomezafen aumentaram drasticamente os sintomas de
fitointoxicação, causando danos consideráveis as plantas. Observa-se assim como no ensaio
realizado em São Manuel, que os danos são maiores na variedade IAC14.
As moléculas aplicadas em pré-emergência não causam danos às plantas aos
33 DAE. Apenas sethoxidim aplicado em pós-emergência na variedade IAC576-70 teve pequeno
incremento nas injurias causadas. As plantas do tratamento que receberam a aplicação de fomezafen
24
tiveram redução dos sintomas de fitointoxicação, ao contrário do bentazon que diminuiu os danos
causados.
Tabela 9. Fitotoxicidade de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência na cultura da
mandioca nas variedades IAC14 e IAC576-70 em diferentes períodos de
avaliação na Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel-SP.
Fitotoxicidade %
Dias após a emergência
10 17 22 29 39 49
Dias após a aplicação
Pós 2 7 12 19 29 39
TRATAMENTOS
Pré 29 36 41 48 59 69
ametryne + IAC14 Pré
8 10 4 3 1 1
ametryne + 576-70 Pré
8 9 3 1 0 0
clomazone+ IAC14 Pré
4 7 2 1 1 0
clomazone+ IAC576-70 Pré
3 5 1 1 0 0
ametryne + clomazone + IAC14 Pré
1 7 4 1 1 0
ametryne + clomazone + IAC576-70 Pré
4 3 0 0 0 0
atrazine + IAC14 Pré
10 14 13 10 2 5
atrazine + IAC576-70 Pré
10 9 17 7 0 2
haloxyfof-methyl + IAC14 Pós
2 5 4 3 1 0
haloxyfof-methyl + IAC576-70 Pós
1 2 5 2 0 0
sethoxidim + IACIAC14 Pós
2 1 3 2 1 0
sethoxidim + IAC576-70 Pós
0 1 2 2 0 0
fluazifop-P-butil + IAC14 Pós
3 4 3 2 0 0
fluazifop-P-butil + IAC576-70 Pós
4 5 4 3 0 0
quizalofop-P-ethyl + IAC14 Pós
0 3 4 2 1 0
quizalofop-P-ethyl + IAC576-70 Pós
0 1 2 2 0 0
fomezafen + IAC14 Pós
39 46 39 29 2 2
fomezafen + IAC576-70 Pós
33 38 18 11 1 0
bentazon + IAC14 Pós
5 56 49 37 1 1
bentazon + IAC576-70 Pós
5 57 39 33 3 1
testemunha capinada + IAC14 ----
0 0 0 0 0 0
testemunha capinada + IAC576-70 ----
0 0 0 0 0 0
Pré – Aplicação em pré-emergência da cultura
Pós – Aplicação em pós-emergência da cultura
25
Tabela 10. Fitotoxicidade de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência na cultura da
mandioca nas variedades IAC14 e IAC576-70 em diferentes períodos de
avaliação na Fazenda Experimental Lageado em Botucatu-SP.
Fitotoxicidade %
Dias após a emergência
12 19 26 33 40 47
Dias após a aplicação
Pós 2 7 14 21 28 35
TRATAMENTOS
Pré 33 39 47 54 61 69
ametryne + IAC14 Pré
3 4 0 0 0 0
ametryne + 576-70 Pré
2 3 0 0 0 0
clomazone+ IAC14 Pré
2 5 0 0 0 0
clomazone+ IAC576-70 Pré
2 1 0 0 0 0
ametryne + clomazone + IAC14 Pré
1 4 1 1 0 0
ametryne + clomazone + IAC576-70 Pré
2 2 0 0 0 0
atrazine + IAC14 Pré
6 5 1 1 0 0
atrazine + IAC576-70 Pré
3 3 0 0 0 0
haloxyfof-methyl + IAC14 Pós
0 0 0 0 0 0
haloxyfof-methyl + IAC576-70 Pós
0 1 2 1 0 0
sethoxidim + IACIAC14 Pós
0 1 5 7 1 0
sethoxidim + IAC576-70 Pós
0 1 10 15 3 0
fluazifop-P-butil + IAC14 Pós
0 1 0 0 0 0
fluazifop-P-butil + IAC576-70 Pós
0 1 0 0 0 0
quizalofop-P-ethyl + IAC14 Pós
0 2 0 0 0 0
quizalofop-P-ethyl + IAC576-70 Pós
0 0 1 2 1 0
fomezafen + IAC14 Pós
5 13 26 22 8 0
fomezafen + IAC576-70 Pós
3 6 17 19 4 0
bentazon + IAC14 Pós
3 9 54 18 2 0
bentazon + IAC576-70 Pós
7 10 45 7 0 0
testemunha capinada + IAC14 ----
0 0 0 0 0 0
testemunha capinada + IAC576-70 ----
0 0 0 0 0 0
Pré – Aplicação em pré-emergência da cultura
Pós – Aplicação em pós-emergência da cultura
Aos 40 DAE, a maioria dos tratamentos já não causavam danos visíveis às
plantas, sendo que somente as moléculas sethoxidim, quizalofop, bentazon e fomezafen em pós
emergência causaram danos leves as plantas tratadas, com recuperação rápida dos danos causados
Neste caso, somente as moléculas bentazon e fomezafen aplicadas em pós-emergência causaram
injurias drásticas às plantas da cultura e obtiveram, também, recuperação rápida. Os danos causados
por essas moléculas foram menos drásticos nas plantas da variedades IAC576-70.
26
A recuperação das plantas dos tratamentos em que foram aplicadas
moléculas de herbicidas em pré-emergência na Fazenda Lageado, foi mais rápida do que na Fazenda
Experimental São Manuel. O mesmo não foi observado nas moléculas aplicadas em pós-
emergência.
6.2 Características da parte aérea da planta
Os resultados da análise de variância feita para as características da parte
aérea da planta nas Fazendas Experimentais São Manuel e Lageado encontram-se resumidos nas
Tabelas 11 e 12, respectivamente, onde são apresentados os valores de F para as causas de variação
e sua interação, e o desdobramento dos graus de liberdade. Nas Tabelas, encontram-se os resultados
de altura das plantas (AP), altura da primeira ramificação (AR), diâmetro do caule (DC), número de
plantas por hectare (P), número de hastes médio por planta (H), produtividade da parte aérea da
planta (PA), produtividade da matéria seca da parte aérea (MS PA), porcentagem de matéria seca da
parte aérea (% MS PA).
Tabela 11. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e
sua interação e médias para as características da parte aérea da planta, altura das plantas
(cm) (AP), altura da primeira ramificação (cm) (AR), diâmetro do caule (cm) (DC),
número de plantas por hectare (P), número de hastes médio por planta (H), produtividade
de parte aérea da planta (t ha
-1
)
(PA), produtividade da matéria seca da parte aérea (t ha
-1
)
(MS PA), porcentagem de matéria seca da parte aérea (MS PA), na Fazenda
Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009.
Causas da
variação AP AR DC P H PA MS PA % MS PA
BLOCO
7,84** 3,33** 3,80** 0,03** 0.92ns
16,02**
16,54**
6,09**
HERBICIDA (H)
1,12ns 0,89ns 3,56** 1,12ns 5,43ns
2,57**
2,81**
1,16 ns
VARIEDADE (V)
79,44** 6,35** 1,62ns 4,74** 3,81ns
24,38**
24,34**
3,47 ns
V X H
1,00ns 1,01ns 1,55ns 0,80ns 0,87ns
1,45ns
1,06ns
1,02 ns
Média
135,54 40,45 1,97 12286,95 2,04
7,58
2,63
33,64
C.V (%)
17,27 42,60 17,74 6,23 20,80
50,8
55,55
10,04
NS: não significativo (P>0,05) *: P<0,05; P<0,01.
27
Tabela 12. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e
sua interação e médias para as características da parte aérea da planta altura das plantas
em (cm) (AP), altura da primeira ramificação em (cm) (AR), diâmetro do caule em (cm)
(DC), número de plantas por hectare (P), número de hastes médio por planta (H),
produtividade de parte aérea da planta em (t ha
-1
)
(PA), produtividade da matéria seca da
parte aérea em (t ha
-1
) (MS PA), porcentagem de matéria seca da parte aérea (MS PA),
na Fazenda Experimental Lageado, Botucatu-SP, 2009.
Causas da
variação AP AR DC P H PA MS PA
% MS
PA
BLOCO
18,64** 0,81ns 0,55ns 1,78 ns 0,96 ns 10,14 ** 8,79 ** 2,60 ns
HERBICIDA (H)
3,26** 1,96ns 1,09ns 2,23 ** 1,62 ns 5,44 ** 3,65 ** 0,74 ns
VARIEDADE (V)
82,24** 82,07** 1,46ns 45,30 ** 3,80 ns 47,34 ** 32,55 ** 0,03 ns
V X H
1,93ns 2,21 ** 1,24ns 1,54 ns 0,87 ns 1,33 ns 2,18 ** 1,40 ns
Média
135,82 48,24 2,1 10058,7 2,01 4,62 1,42 30,28
C.V (%)
13,57 18,92 82,08 16,11 18,96 36,27 42,84 23,73
NS: não significativo (P>0,05) **: P<0,05; P<0,01.
6.2.1 Altura das plantas
A interação dos fatores herbicida e variedades na Fazenda Experimental São
Manuel não influenciaram significativamente na altura das plantas, tão pouco, o fator herbicida. No
entanto, quanto ao fator variedade apresenta significância. Na Fazenda Experimental Lageado a
interação dos fatores herbicidas e variedades não influem significativamente na altura de plantas. No
entanto, quando avaliados os fatores separadamente apresentam significância estatística. Os efeitos
dos herbicidas na altura das plantas de ambas as variedades, nas Fazendas Experimentais São
Manuel e Lageado estão representados nas Tabelas 13 e 14.
Na Tabela 13, verifica-se que existe comportamento diferente em relação às
variedades na Fazenda Experimental São Manuel. A variedade IAC14 tem crescimento mais rápido
e maior altura em relação a IAC576-70, percebe-se que na aplicação da maioria dos herbicidas as
plantas da variedade IAC14 obteve maior altura final das plantas, sendo que as moléculas
clomazone, fomezafen e a testemunha não diferem entre as variedades independente do tratamento.
No entanto, a altura das plantas da variedade IAC14 são maiores que a da IAC576-70. Verifica-se
que não houve efeito dos herbicidas aplicados dentro de cada variedade.
28
Tabela 13. Altura das plantas (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70, Fazenda
Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
160,2 aA 118,4 aB 139,3 a
Clomazone
149,0 aA 122,8 aA 135,9 a
ametryne + clomazone
189,3 aA 122,1 aB 155,7 a
Atrazine
147,2 aA 111,9 aB 129,5 a
haloxifop-methyl
164,7 aA 105,9 aB 135,3 a
sethoxidim
164,1 aA 106,7 aB 135,4 a
fluazifop-p-butyl
165,8 aA 108,6 aB 137,2 a
quizalofop-p-ethyl
163,1 aA 100,8 aB 131,9 a
Fomezafen
151,4 aA 132,3 aA 141,8 a
Bentazon
139,0 aA 105,7 aB 122,3 a
Testemunha
142,0 aA 111,4 aA 126,7 a
Média
157,8 A 113,3 B
DMS HERBICIDA: 39, 1
DMS VARIEDADE: 10,0
DMS H X V: Coluna: 55,2 Linha: 33,1
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
A mistura ametryne + clomazone aplicada em pré-emergência proporcionou
maior desenvolvimento em altura das plantas de mandioca da variedade IAC14 e a molécula
bentazon ocasionou o menor desenvolvimento em altura. A molécula bentazon foi uma das
moléculas que mais causaram injurias nas folhas das plantas no inicio do ciclo, Tabelas 9 e 10.
Quando aplicada a molécula fomezafen em pós-emergência na variedade IAC576-70 é observada
maior altura das plantas e menor altura quando da aplicação da molécula bentazon. As moléculas
bentazon e fomezafen foram as que causaram maiores injurias visuais as plantas de mandioca
independente do ambiente que a cultura estava inserida. No entanto, para o parâmetro altura das
plantas observa-se que as plantas da variedade IAC576-70, quando aplicada a molécula fomezafem,
tiveram recuperação rápida. Apesar de algumas moléculas em ambas as variedades possibilitarem
maior altura das plantas não há efeito das moléculas dos herbicidas na altura das plantas.
Na Tabela 14, a variedade IAC14 se comporta de maneira diferente em
relação a altura das plantas entre as variedades estudadas na Fazenda Experimental Lageado. A
variedade IAC14 por ter hábito de crescimento mais rápido e maior estatura em relação a IAC576-
70, obteve maior estatura final das plantas. No entanto são observadas diferenças estatísticas
significativas, dessa forma a variedade teve resposta diferentes aos herbicidas aplicados. Na
29
variedade IAC576-70 não houve diferenças estatísticas significativas independente da molécula
aplicada. Em ambas as variedades a molécula bentazon aplicada em pós-emergência causou maiores
danos a altura das plantas e a mistura ametryne + clomazone aplicada em pré-emergência foi que
menos interferiu na altura das plantas. Observa também que independente da variedade as moléculas
clomazone e a mistura ametryne + clomazone foram as que menos danos causaram a altura das
plantas, da mesma forma a molécula bentazon, no entanto, foi o herbicida que causou maior dano
em ambas as variedades.
Tabela 14. Altura das plantas (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70, Fazenda
Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
138,3 abA 141,5 aA 139,9 ab
Clomazone
175,7 aA 121,3 aB 148,5 a
ametryne + clomazone
175,6 aA 124,7 aB 150,1 a
Atrazine
174,9 aA 113,2 aB 144,0 ab
haloxifop-methyl
140,1 abA 102,6 aB 121,4 ab
sethoxidim
148,4 abA 123,4 aA 135,9 ab
fluazifop-p-butyl
164,2 abA 120,7 aB 142,4 ab
quizalofop-p-ethyl
154,7 abA 116,8 aB 135,7 ab
Fomezafen
137,1 abA 106,9 aB 122,0 ab
Bentazon
123,2 bA 105,0 aA 114,1 b
Testemunha
158,4 abA 122,3 aB 140,3 ab
Média
153,7 A 118,0 B
DMS HERBICIDA: 30,8
DMS VARIEDADE: 7,8
DMS H X V: Coluna: 43,5 Linha: 26,0
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.2.2 Altura primeira ramificação
Não houve interação dos fatores herbicida e variedades no experimento
realizado na Fazenda Experimental São Manuel para o parâmetro altura da primeira ramificação das
plantas, assim como para o fator herbicida. O fator variedade apresenta significância estatística. No
experimento realizado na Fazenda Experimental Lageado o fator herbicida não influenciou
significativamente na altura da primeira ramificação. No entanto, o fator variedade e a interação dos
fatores herbicidas e variedades apresentam significância. Os efeitos dos herbicidas na altura da
30
primeira ramificação das plantas de ambas as variedades, nas Fazendas Experimentais São Manuel e
Lageado estão representados nas Tabelas 15 e 16, respectivamente.
Na Tabela 15, observa-se que a altura da primeira ramificação das
variedades IAC14 e IAC576-70 não foi influenciada pelo herbicida aplicado estatisticamente.
Entretanto, a molécula haloxifop-methyl proporcionou a maior altura da primeira ramificação e
clomazone, a menor altura quando aplicada na variedade IAC14 e a ametryne aplicada em pré-
emergência maior altura da primeira ramificação na variedade IAC576-70 e fomezafen a menor.
Sendo que na variedade IAC14 a maior altura da primeira ramificação, observa-se que independente
da variedade na qual o herbicida é aplicado não há influência dos mesmos.
Tabela 15. Altura da primeira ramificação das plantas (cm) das variedades IAC14 e
IAC576-70, Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
40,0 aA 59,8 aA 49,9 a
Clomazone
39,1 aA 30,4 aA 34,8 a
ametryne + clomazone
46,3 aA 31,3 aA 38,8 a
Atrazine
49,5 aA 39,3 aA 44,4 a
haloxifop-methyl
67,4 aA 36,0 aB 51,7 a
sethoxidim
46,3 aA 28,9 aA 37,6 a
fluazifop-p-butyl
41,3 aA 34,5 aA 37,9 a
quizalofop-p-ethyl
41,7 aA 32,6 aA 37,1 a
Fomezafen
41,9 aA 28,8 aA 35,4 a
Bentazon
42,0 aA 39,0 aA 40,5 a
Testemunha
40,6 aA 33,7 aA 37,2 a
Média
45,1 A 35,8 B
DMS HERBICIDA: 28,7
DMS VARIEDADE: 7,3
DMS H X V: Coluna: 40,7 Linha: 24,4
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Na Tabela 16, observa-se diferenças estatísticas significativas dos herbicidas
aplicados na variedade IAC14 para o parâmetro altura da primeira ramificação. A molécula
bentazon proporcionou menor altura da primeira ramificação e a clomazone maior altura. A
variedade IAC576-70, no entanto, não é influenciada por nenhuma das moléculas aplicadas, sendo
que a testemunha sem aplicação proporcionou maior altura da primeira ramificação e a molécula
sethoxidim a menor altura. A variedade IAC14 independente do herbicida aplicado tem a altura da
31
primeira ramificação maior. As variedades responderam de forma diferente a aplicação dos
herbicidas, a variedade IAC576-70 se mostrou mais seletiva aos herbicidas para o fator altura da
primeira ramificação.
Tabela 16. Altura da primeira ramificação das plantas (cm) das variedades IAC14 e
IAC576-70, Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
56,0 abA 44,1 aA 50,1 ab
Clomazone
74,9 aA 36,3 aB 55,6 a
ametryne + clomazone
61,3 abA 41,6 aB 51,4 ab
Atrazine
60,4 abA 38,9 aB 49,6 ab
haloxifop-methyl
39,9 bA 39,1 aA 39,5 b
sethoxidim
57,4 abA 33,3 aB 45,4 ab
fluazifop-p-butyl
57,5 abA 41,5 aB 49,5 ab
quizalofop-p-ethyl
59,1 abA 39,1 aB 49,1 ab
Fomezafen
56,1 abA 36,4 aB 46,2 ab
Bentazon
47,7 bA 37,6 aA 42,6 ab
Testemunha
57,7 abA 46,0 aA 51,8 ab
Média
57,1 A 39,4 B
DMS HERBICIDA: 15,23
DMS VARIEDADE: 3,89
DMS H X V: Coluna: 21,5 Linha: 12,9
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.2.3 Diâmetro do caule
A interação dos fatores herbicida e variedades na Fazenda Experimental São
Manuel não influem significativamente o diâmetro do caule, mesmo comportamento teve o fator
variedade. No entanto, quanto ao fator herbicida apresenta significância. Na Fazenda Experimental
Lageado o fatores analisados não influem significativamente o diâmetro do caule. Os efeitos dos
herbicidas no diâmetro dos caules de ambas as variedades, na Fazenda Experimental São Manuel
está representado na Tabela 17.
Observa-se na Tabela 17, que houve diferença estatística significativa no
diâmetro do caule das plantas da variedade IAC14. Todavia, quando aplicada à molécula fomezafen
o diâmetro é maior e na testemunha sem aplicação menor diâmetro, alertando para efeito do
herbicida no engrossamento do caule. Não houve diferença estatística significativa na variedade
IAC576-70 para o parâmetro diâmetro do caule. Porém na aplicação da molécula ametryne observa-
32
se maior diâmetro e menor na molécula quizalofop-p-ethyl. Não há diferença na média entre as
variedades, sendo que as plantas responderam de forma diferente a aplicação dos herbicidas.
Entretanto nota-se que a há diferenças entre a molécula fomezafen e as moléculas atrazine,
sethoxidim , quizalofop-p-ethyl, bentazon e a testemunha e o restante das moléculas não diferindo
entre si.
Tabela 17. Diâmetro do caule (cm) das plantas das variedades IAC14 e IAC576-70,
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
2,0 bA 2,3 aA 2,1 ab
Clomazone
2,1 abA 1,9 aA 1,9 ab
ametryne + clomazone
2,3 abA 2,0 aA 2,1 ab
Atrazine
1,7 bA 1,9 aA 1,8 b
haloxifop-methyl
2,2 abA 1,9 aA 2,0 ab
sethoxidim
1,8 bA 1,9 aA 1,8 b
fluazifop-p-butyl
2,1 abA 1,9 aA 1,9 ab
quizalofop-p-ethyl
1,9 bA 1,6 aA 1,7 b
Fomezafen
2,9 aA 2,2 aB 2,5 a
Bentazon
1,8 bA 1,8 aA 1,7 b
Testemunha
1,6 bA 2,0 aA 1,7 b
Média
2.02 A 1.92 A
DMS HERBICIDA: 0,6
DMS VARIEDADE: 0,1
DMS H X V: Coluna: 0,8 Linha: 0,5
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.2.4 Número de plantas por hectare
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influem significativamente o número de plantas por hectare, tão pouco, o fator
herbicida. No entanto, quanto ao fator variedade apresenta significância. Na Fazenda Experimental
Lageado a interação dos fatores herbicidas e variedades não influíram significativamente o número
de plantas, sendo que os fatores herbicidas e variedades analisadas separadamente apresentaram
significância. Os efeitos dos herbicidas no número de plantas por hectare de ambas as variedades, na
Fazenda Experimental São Manuel e Lageado estão representados na Tabelas 18 e 19,
respectivamente.
Na Tabela 18, verifica-se que dentro de cada variedade não houve influencia
do herbicida para o parâmetro número de plantas por hectare, sendo que a variedade IAC14
33
apresenta maior número que a IAC576-70. Dentro dos herbicidas as moléculas ametryne e
sethoxidim aplicadas na variedade IAC5760-70 menor número de plantas da cultura por hectare.
Tabela 18. Número de plantas por hectare no final do ciclo das variedades IAC14 e
IAC576-70, Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
12500,0 aA 11328,3 aB 11914,1 a
Clomazone
12500,0 aA 12500,0 aA 12500,0 a
ametryne + clomazone
12500,0 aA 12500,0 aA 12500,0 a
Atrazine
12500,0 aA 12500,0 aA 12500,0 a
haloxifop-methyl
12500,0 aA 12500,0 aA 12500,0 a
sethoxidim
12500,0 aA 11328,3 aB 11914,1 a
fluazifop-p-butyl
12500,0 aA 12500,0 aA 12500,0 a
quizalofop-p-ethyl
12109,5 aA 11523,5 aA 11816,5 a
Fomezafen
12500,0 aA 12304,8 aA 12402,4 a
Bentazon
12500,0 aA 12500,0 aA 12500,0 a
Testemunha
12500,0 aA 11718,8 aA 12109,4 a
Média
12464,5 A 12109,4 B
DMS HERBICIDA: 1276,9
DMS VARIEDADE: 320,0
DMS H X V: Coluna: 1805,8 Linha: 1081,3
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Há diferença na média de plantas por hectare das variedades IAC14 e
IAC576-70. Todavia, alguns tratamentos tem menor número de plantas por hectare. Esse menor
número de plantas por hectare não pode ser atribuído às moléculas de herbicidas aplicadas, pois
nenhum dos herbicidas aplicados proporcionaram injurias que levassem as plantas à morte. Esse
menor número de plantas por hectare pode estar relacionado com a brotação das plantas e com as
operações manutenção das parcelas em relação às plantas daninhas, já que o referido trabalho tem o
objetivo de avaliar a seletividade dos herbicidas à planta de mandioca e não a eficiência dos mesmos
em relação às plantas daninhas. Foram realizadas capinas durante a realização do estudo para que
não houvesse competição que levasse a uma interpretação equivocada. No entanto, essas capinas
proporcionaram danos mecânicos as plantas que as levaram a morte.
Na Tabela 19, verifica-se que ocorreu diferença estatística na população de
plantas por hectare na variedade IAC14, sendo o tratamento com a molécula clomazone apresentou
maior número de plantas e a testemunha menor número de plantas. As manivas da variedade IAC14
34
não brotaram como esperado nesse estudo, com isso levou a prejuízos no número de plantas por
hectare, pela grande quantidade de falhas encontradas. Verifica-se que a testemunha obteve menor
número de plantas por hectare, e esse fato é atribuído às falhas proporcionadas e também aos danos
mecânicos causados durante as capinas na realização do estudo, já que nenhuma molécula de
herbicidas causou a morte das plantas de mandioca. Esse parâmetro é fundamental, pois a produção
é influenciada pelo número final de plantas no hectare.
Tabela 19. Número de plantas por hectare no final do ciclo das variedades IAC14 e
IAC576-70, Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
8007,8 abB 11719,0 aA 9863,4 ab
Clomazone
10937,8 aA 12304,8 aA 11621,3 a
ametryne + clomazone
10547,0 abA 12109,5 aA 11328,3 ab
Atrazine
9179,8 abB 12109,5 aA 10644,6 ab
haloxifop-methyl
7812,8 abB 11523,5 aA 9668,1 ab
sethoxidim
9179,8 abA 10938,0 aA 10058,9 ab
fluazifop-p-butyl
8984,3 abB 11328,3 aA 10156,3 ab
quizalofop-p-ethyl
7617,3 abB 11719,0 aA 9668,1 ab
Fomezafen
9375,0 abA 9765,5 aA 9570,3 ab
Bentazon
9375,0 abA 9375,0 aA 9375,0 ab
Testemunha
6836,0 bB 10547,3 aA 8691,6 b
Média
8895,7 B 11221,8 A
DMS HERBICIDA: 2705,7
DMS VARIEDADE: 690,8
DMS H X V: Coluna: 3826,5 Linha: 2291,2
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha,
diferem estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Ainda na Tabela 19, observa-se que nenhuma molécula causou danos
significativos a variedade IAC576-70, o que proporcionou o maior número de plantas por hectare
em relação à variedade IAC14. Quando analisados os herbicidas, observa que a molécula clomazone
independente da variedade é a que causa menor dano ao número de plantas por hectare e a
testemunha capinada maior dano.
6.2.5 Número médio de hastes por planta
35
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel e Lageado não influíram significativamente o número médio de hastes por planta, tão
pouco, os fatores variedades e herbicidas.
6.2.6 Produtividade da parte aérea
A interação dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influíram significativamente à produtividade de parte aérea das plantas. No entanto,
os fatores variedade e herbicida apresentaram significância estatística. Da mesma forma na Fazenda
Experimental Lageado. Os efeitos dos herbicidas na produtividade de matéria verde em ambas as
variedades, na Fazenda Experimental São Manuel e Lageado estão representados na Tabelas 20 e
21, respectivamente.
Observa-se na Tabela 20, que a mistura das moléculas ametryne e
clomazone proporcionou maior produção da parte aérea quando aplicada na variedade IAC14 e
clomazone na variedade IAC576-70. A variedade IAC14 foi mais produtiva na parte aérea do que a
variedade IAC576-70.
Tabela 20. Produtividade da parte aérea (t ha
-1
) das plantas das variedades IAC14 e
IAC576-70, Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
8,6 bA 5,8 aA 7,2 ab
Clomazone
8,5 bA 10,0 aA 9,2 ab
ametryne + clomazone
17,7 aA 7,8 aB 12,7 a
Atrazine
9,6 abA 5,2 aA 7,4 ab
haloxifop-methyl
7,9 bA 4,8 aA 6,4 ab
sethoxidim
7,8 bA 4,4 aA 6,1 b
fluazifop-p-butyl
12,4 abA 3,9 aB 8,1 ab
quizalofop-p-ethyl
12,0 abA 4,8 aB 8,4 ab
Fomezafen
8,7 abA 6,6 aA 7,7 ab
Bentazon
6,6 bA 3,7 aA 5,2 b
Testemunha
5,7 bA 3,9 aA 4,8 b
Média
9,6 A 5,5 B
DMS HERBICIDA: 6,4
DMS VARIEDADE: 1,6
DMS H X V: Coluna: 9,0 Linha:5,4
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
36
As moléculas fomezafen, bentazon e a testemunha foram as que menos
proporcionaram produção de matéria verde em sua parte aérea aplicados na variedade IAC576-70.
As moléculas haloxifop-methyl, sethoxidim, bentazon e a testemunha capinada independente da
variedade causaram maiores danos à produtividade da matéria verde e a molécula ametryne +
clomazone menores danos a esse parâmetro.
No entanto, a produtividade foi baixa em relação ao esperado. Fato esse que
pode ser explicado pelas condições climáticas finais que induziram a cultura a entrar em repouso,
dessa forma as folhas caíram diminuindo assim a produtividade de matéria verde. De acordo com
Montaldo (1979), durante os meses quentes e úmidos, as plantas vegetam de modo abundante, sendo
o posterior decréscimo na produção da parte aérea resultado da queda das folhas, fenômeno natural e
normal, condicionado pela redução da temperatura e pela escassez de água disponível, conforme
Hammer et al. (1987) e Hobman et al. (1987). Variações na produção da parte aérea em razão da
época de colheita foram também relatadas por Leonel-Neto (1983), que encontraram maiores
valores em períodos de desenvolvimento vegetativo, durante o ciclo cultural, condicionado pelas
variações climáticas. A regeneração da estrutura vegetativa na estação de crescimento é comumente
observada na mandioca (HAMMER et al., 1987), embora alguns autores tenham relatado não ter
havido influência significativa da época de colheita no comportamento de cultivares de mandioca,
quanto à produção da parte aérea (FUKUDA & CALDAS, 1985).
Na Tabela 21, verifica-se que existem diferenças estatísticas significativas
entre as moléculas aplicadas na variedade IAC14. A molécula clomazone foi a que proporcionou
maior produtividade de matéria verde e a haloxifop-methyl menor produtividade de massa verde da
parte aérea. Na variedade IAC576-70 não houve diferença entre os herbicidas aplicados, mesmo
assim a variedade IAC14 obteve maior produtividade de matéria verde.
Observa-se que independente da variedade na qual a molécula clomazone
foi aplicada, proporciona maior produtividade de matéria verde às plantas e a molécula bentazon a
menor produtividade de matéria verde das plantas tratadas. Esse fato é atribuído às injúrias iniciais
causadas pela molécula bentazon que resultaram em menor altura final das plantas, diferente da
molécula clomazone que causou pequenas injúrias.
37
Tabela 21. Produtividade da parte aérea (t ha
-1
) das plantas das variedades IAC14 e
IAC576-70, Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
4,8 abcdA 4,2 aA 4,5 abc
Clomazone
8,7 aA 5,3 aB 7,0 a
ametryne + clomazone
7,4 abcA 5,0 aB 6,2 ab
Atrazine
6,7 abcdA 3,2 aB 4,9 abc
haloxifop-methyl
3,4 dA 2,2 aA 2,8 c
sethoxidim
4,0 cdA 2,9 aA 3,5 bc
fluazifop-p-butyl
7,2 abcdA 3,0 aB 5,1 abc
quizalofop-p-ethyl
8,5 abA 3,9 aB 6,2 ab
Fomezafen
4,9 abcdA 2,2 aB 3,5 bc
Bentazon
4,2 cdA 2,1 aA 3,1 c
Testemunha
4,7 bcdA 3,6 aA 4,1 bc
Média
5,9 A 3,4 B
DMS HERBICIDA: 2,8
DMS VARIEDADE: 0,7
DMS H X V: Coluna: 3,9 Linha: 2,3
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.2.7 Produtividade de matéria seca da parte aérea
Para as interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda
Experimental São Manuel a produtividade de massa seca da parte aérea das plantas não apresentou
diferenças estatísticas significativas. Porém, os fatores variedade e herbicida apresentaram
significância estatística. Na mesma maneira, na Fazenda Experimental Lageado, a interação
herbicidas e variedades apresentou significância estatística, da mesma forma como ocorre para os
fatores herbicidas e variedades isoladamente. Os efeitos dos herbicidas na produtividade de matéria
seca, na Fazenda Experimental São Manuel e Lageado estão representados na Tabelas 22 e 23,
respectivamente.
Na Tabela 22, nota-se que não ocorrem diferenças significativas do efeito
do herbicida na variedade IAC576-70, o mesmo não ocorre na variedade IAC14. Observa-se que a
mistura ametryne + clomazone proporcionou maior produtividade de massa seca da parte aérea e as
moléculas clomazone e bentazon as menores produtividades de materia seca da parte aérea. Ainda
assim, a variedade IAC14 obteve maior produtividade. As moléculas ametryne + clomazone
independente da variedade foi a que mais produziu massa seca da parte aérea e as moléculas
haloxifop-methyl, sethoxidim, bentazon e a testemunha foram as que obtiveram menor
38
produtividade de matéria seca da parte aérea, esse fato é explicado pelo menor número de plantas na
testemunha decorrente das capinas.
Tabela 22. Produtividade de matéria seca da parte aérea (t ha
-1
) das variedades
IAC14 e IAC576-70, Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel –
SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
2,9 bA 1,9 aA 2,4 ab
Clomazone
3,5 abA 3,2 aA 3,3 ab
ametryne + clomazone
6,4 aA 3,1 aB 4,8 a
Atrazine
3,6 abA 1,7 aA 2,7 ab
haloxifop-methyl
2,6 bA 1,7 aA 2,2 b
sethoxidim
2,7 bA 1,4 aA 2,0 b
fluazifop-p-butyl
4,4 abA 1,3 aB 2,8 ab
quizalofop-p-ethyl
4,3 abA 1,6 aB 2,9 ab
Fomezafen
2,7 bA 2,1 aA 2,4 ab
Bentazon
2,3 bA 1,2 aA 1,8 b
Testemunha
2,0 bA 1,3 aA 1,7 b
Média
3,4 A 1,9 B
DMS HERBICIDA: 2,4
DMS VARIEDADE: 0,6
DMS H X V: Coluna: 3,4 Linha:2,0
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Na Tabela, 23, registra-se que houve diferenças na resposta as moléculas
dos herbicidas aplicados na variedade IAC14, com haloxifop-methyl e sethoxidim influenciando em
menor produtividade de massa seca da parte aérea e o herbicida quizalofop-p-ethyl em maior
produtividade. Na variedade IAC576-70 não houve efeito dos herbicidas na produtividade de
matéria seca da parte aérea das plantas. No entanto, a variedade IAC14 obteve maior produção de
massa seca. Observa-se na mesma Tabela que, independente da variedade, a molécula clomazone
proporcionou boa produção massa seca das plantas e a molécula haloxifop-methyl menor.
39
Tabela 23. Produtividade de matéria seca da parte aérea (t ha
-1
) das variedades
IAC14 e IAC576-70, Fazenda Experimental Lageado, Botucatu SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
1,6 abcA 1,5 aA 1,5 ab
Clomazone
2,4 abcA 1,6 aA 2,0 a
ametryne + clomazone
1,9 abcA 1,6 aA 1,8 ab
Atrazine
2,1 abcA 0,9 aB 1,5 ab
haloxifop-methyl
1,0 cA 0,7 aA 0,9 b
sethoxidim
1,2 cA 0,9 aA 1,1 ab
fluazifop-p-butyl
2,9 aA 0,8 aB 1,9 ab
quizalofop-p-ethyl
2,7 abA 1,2 aB 1,9 a
Fomezafen
1,5 abcA 0,6 aB 1,1 ab
Bentazon
1,3 bcA 0,7 aA 1,0 ab
Testemunha
1,3 cA 1,3 aA 1,3 ab
Média
1,8 A 1,1 B
DMS HERBICIDA: 0,9
DMS VARIEDADE: 0,2
DMS H X V: Coluna: 1,2 Linha: 0,7
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.2.8. Porcentagem de matéria seca da parte aérea
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel e Lageado não influíram significativamente na porcentagem de matéria seca, tão pouco,
os fatores variedades e herbicidas.
6.3 Características da parte subterrânea da planta
Os resultados da análise de variância feita para as características da parte
subterrânea da planta nas Fazendas Experimentais São Manuel e Lageado encontram-se resumidos
nas Tabelas 24 e 25, respectivamente, onde são apresentados os valores de F para as causas de
variação e sua interação, e o desdobramento dos graus de liberdade. Nas Tabelas 24 e 25, encontra-
se a produtividade de cepa em t ha
-1
(t cepa), produtividade de matéria seca cepa em t ha
-1
(t MS
cepa), porcentagem de matéria seca cepa (% MS cepa) diâmetro da raiz em cm (DR), comprimento
da raiz em cm (CR), produtividade de raiz em t ha
-1
(t raiz), produtividade de matéria seca da raiz
em t ha
-1
(t MS raiz), porcentagem matéria seca raiz (% MS RAIZ) e porcentagem do índice de
colheita (IC).
40
Tabela 24. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e sua
interação e médias para a produtividade de cepa em t ha
-1
(t cepa), produtividade de matéria
seca cepa em t ha
-1
(t MS cepa), porcentagem de matéria seca cepa (% MS cepa) diâmetro da
raiz em cm (DR), comprimento da raiz em cm (CR), produtividade de raiz em t ha
-1
(t raiz),
produtividade de matéria seca da raiz em t ha
-1
(t MS raiz), porcentagem matéria seca raiz (%
MS RAIZ) e porcentagem do índice de colheita (IC) na Fazenda Experimental São Manuel,
São Manuel – SP, 2009.
Causas da
variação t cepa
t MS
cepa
%MS
cepa DR CR t raiz
t MS
raiz
MS
raiz IC
BLOCO
5,49** 4,80** 3,75** 0,68ns 4,55** 7,19** 4,48** 6,50** 4,35**
HERBICIDA (H)
2,12** 2,62** 1,82ns 1,71ns 1,22ns 1,42ns 1,06ns 1,87ns 1,34ns
VARIEDADE (V)
17,45** 30,81** 16,13** 32,36** 1,16ns 52,17** 36,53** 2,68ns 0,52ns
V X H
1.09 ns 1,74ns 1,45 ns 1,27ns 1,82ns 1,49ns 0,91ns 0,65ns 0,90ns
Média
4,60 1,81 39,17 4,30 39,02 21,67 9,06 41,87 64,77
C.V (%)
22,14 23,99 11,42 8,41 11,47 28,58 41,66 30,67 11,46
NS: não signifivativo (P>0,05) **: P<0,05; P<0,01.
Tabela 25. Resumo da análise de variância com valores de F calculados para as causas de variação e sua interação
e médias para para a produtividade de cepa em t ha
-1
(t cepa), produtividade de matéria seca cepa em t
ha
-1
(t MS cepa), porcentagem de matéria seca cepa (% MS cepa) diâmetro da raiz em cm (DR),
comprimento da raiz em cm (CR), produtividade de raiz em t ha
-1
(t raiz), produtividade de matéria seca
da raiz em t ha
-1
(t MS raiz), porcentagem matéria seca raiz (% MS RAIZ) e porcentagem do índice de
colheita (IC)Na Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Causas da variação t cepa
t MS
cepa MS cepa DR CR
t raiz
ha
1
t MS
raiz
MS
raiz IC
BLOCO
5,11 ** 1,79 ns 0,56 ns 0,91ns 2,60ns 9,95** 5,44** 2,01ns 2,01 ns
HERBICIDA (H)
2,11 * 1,09 ns 1,39 ns 0,76ns 1,68ns 3,61** 2,76** 0,57ns 0,57 ns
VARIEDADE (V)
0,17 ns 0,03 ns 0,44 ns 8,08** 5,53 * 20,03** 13,01** 1,47ns 1,47 ns
V X H
1,33 ns 2,66 ** 1,20 ns 0,96 ns 1,62ns 0,72ns 0,99ns 0,99ns 0,99 ns
Média
3,44 1,36 40,08 4,49 32,76 12,16 5,38 42,99 42,99
C.V (%)
28,45 38,98 32,21 32,26 11,98 33,56 47,36 18,22 18,22
NS: não signifivativo (P>0,05) **: P<0,05;
6.3.1 Produtividade de cepas
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influíram significativamente na produtividade de cepas. No entanto, os fatores
variedades e herbicidas apresentam significância estatística. Na mesma forma na Fazenda
Experimental Lageado as interações dos fatores herbicidas e variedades não influíram
41
significativamente na produtividade de cepas, assim como o fator variedade. No entanto, o fator
herbicida apresenta significância. Os efeitos dos herbicidas na produção de cepas em ambas as
variedades, na Fazenda Experimental São Manuel e Lageado estão representados na Tabelas 26 e
27.
Observa-se na Tabela 26, que não há diferenças estatísticas nos efeitos dos
herbicidas na variedade IAC14. O mesmo não acontece na variedade IAC576-70, pois houve maior
produção de cepa quando aplicada a molécula clomazone e menor quizalofop-p-ethyl, sendo que o
restante dos tratamentos não deferiram entre si. Entretanto a variedade IAC14, obteve maior
produtividade média de cepas por hectare. Quando observado o efeito das moléculas observa-se, que
independente da variedade, as mesmas não causam danos a produtividade média de cepas por
hectare entre herbicidas.
Tabela 26. Produtividade de cepa (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
5,7 aA 4,4 abA 5,0 a
Clomazone
4,7 aA 5,2 aA 5,0 a
ametryne + clomazone
5,6 aA 5,0 abA 5,3 a
Atrazine
5,6 aA 4,2 abA 4,9 a
haloxifop-methyl
5,6 aA 4,4 abA 5,0 a
sethoxidim
4,2 aA 3,5 abA 3,8 a
fluazifop-p-butyl
5,6 aA 4,1 abB 4,9 a
quizalofop-p-ethyl
5,0 aA 2,6 bB 3,8 a
Fomezafen
5,0 aA 4,4 abA 4,7 a
Bentazon
4,4 aA 3,7 abA 4,0 a
Testemunha
4,5 aA 4,2 abA 4,3 a
Média
5,1 A 4,1 B
DMS HERBICIDA: 1,7
DMS VARIEDADE: 0,4
DMS H X V: Coluna: 2,4 Linha: 1,4
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Na Tabela 27, nota-se que não houve efeito dos herbicidas nas variedades
IAC14 e IAC576-70, nem na produção média de cepas das mesmas. O tratamento com menor
produtividade de matéria verde das cepas foi bentazon quando aplicado na variedade IAC576-70 e a
maior produtividade com a molécula clomazone aplicado na variedade IAC14. Somente a molécula
42
ametryne se comporta de forma diferente quando comparadas as médias entre variedades,
demonstrando que a molécula se mostra mais seletiva a variedade IAC576-70.
A molécula clomazone aplicada em pré-emergência da cultura inpendente
da variedade obteve maior produtividade de cepas por hectare, o mesmo não ocorreu com as
moléculas quizalofop-p-ethyl e fomezafen que apresentaram a menor produtividade de cepas por
hectare.
Tabela 27. Produtividade de cepa (t ha
-1
) das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
2,8 aB 4,3 aA 3,6 ab
Clomazone
5,1 aA 4,1 aA 4,6 a
ametryne + clomazone
3,8 aA 4,1 aA 3,9 ab
Atrazine
3,7 aA 3,6 aA 3,6 ab
haloxifop-methyl
3,4 aA 3,6 aA 3,5 ab
sethoxidim
2,8 aA 3,1 aA 3,0 ab
fluazifop-p-butyl
3,2 aA 3,5 aA 3,4 ab
quizalofop-p-ethyl
3,0 aA 2,8 aA 2,9 b
Fomezafen
3,2 aA 2,7 aA 3,0 b
Bentazon
3,6 aA 2,5 aA 3,1 ab
Testemunha
2,9 aA 4,1 aA 3,5 ab
Média
3,4A 3,5A
DMS HERBICIDA: 1,6
DMS VARIEDADE: 0,4
DMS H X V: Coluna:2,3 Linha:1,4
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.3.2 Produtividade de matéria seca das cepas
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influíram significativamente na produtividade de matéria seca das cepas, tão pouco
o fator herbicidas. No entanto, o fator herbicida apresentou significância estatística. Na Fazenda
Experimental Lageado, os fatores analisados não influíram significativamente a produtividade de
matéria seca das cepas. Os efeitos dos herbicidas na produtividade de cepas em ambas as variedades,
na Fazenda Experimental São Manuel estão representados na Tabela 28.
Verifica-se que não houve influência dos herbicidas na produtividade de
matéria seca das cepas das plantas da variedade IAC14. Porém o mesmo não acontece na variedade
43
IAC576-70, a qual apresentou maior produtividade de matéria seca quando da aplicação da
molécula clomazone aplicada em pré-emergência e menor da molécula quizalofop-p-ethyl aplicada
em pós-emergência da cultura. No entanto, a variedade IAC14, em média obteve maior
produtividade de matéria seca das cepas das plantas. A molécula ametryne, atrazine fluazifop-P-
butil e quizalofop-p-ethyl apresentam diferenças estatísticas significativas quando observado seu
efeito nas variedades separadamente, obtém maiores produtividades quando tratadas as plantas da
variedade IAC14. As moléculas de herbicidas independente das variedades não influem na
produtividade de matéria seca das plantas por hectare.
Tabela 28. Produtividade de matéria seca das cepas (t ha
-1
) das variedades IAC14 e
IAC576-70. Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
2,4 aA 1,7 abB 2,0 a
Clomazone
1,8 aA 2,1 aA 1,9 a
ametryne + clomazone
2,4 aA 1,9 abA 2,2 a
Atrazine
2,7 aA 1,6 abB 2,1 a
haloxifop-methyl
1,9 aA 1,6 abA 1,7 a
sethoxidim
1,7 aA 1,3 abA 1,5 a
fluazifop-p-butyl
2,3 aA 1,5 abB 1,9 a
quizalofop-p-ethyl
2,1 aA 1,0 bB 1,5 a
Fomezafen
2,1 aA 1,6 abA 1,9 a
Bentazon
1,7 aA 1,3 abA 1,5 a
Testemunha
1,8 aA 1,6 abA 1,7 a
Média
2,1 A 1,6 B
DMS HERBICIDA: 0,7
DMS VARIEDADE: 0,2
DMS H X V: Coluna:1,0 Linha:0,6
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.3.3 Porcentagem de matéria seca das cepas
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel e Lageado não apresentaram diferenças significativas na porcentagem de massa seca,
tão pouco, os fatores variedades e herbicidas.
44
6.3.4 Porcentagem de raízes comercias
Na figura 6, verifica-se o percentual de raízes comercias na Fazenda
Experimental São Manuel, observa-se que independente da variedade quando aplicado ametryne o
percentual é igual. No entanto, o mesmo não acontece com o restante dos tratamentos.
Figura 6. Porcentagem de raízes comerciais e descartáveis por hectare das variedades IAC14 e
IAC7560-70, em função das moléculas de herbicidas aplicadas em pré e pós-
emergência na Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel-SP.
A porcentagens de raízes comerciais na Fazenda Experimental São Manuel,
Figura 6, foi maior nos tratamentos que houve a aplicação das moléculas fluazifop-P-butil e
quizalofop-P-ethyl aplicados na variedade IAC14 e clomazone na variedade IAC576-70. O
resultado é interessante, pois a variedade IAC576-70 tem sua demanda para consumo in natura e
seu aspecto é importante para venda. As menores porcentagens de raízes comercias foram
observadas quando houve a aplicação das moléculas haloxyfof-methil, sethoxidim e bentazon na
variedade IAC14 e fomezafen na variedade IAC576-70.
Na figura 7, verifica-se o percentual de raízes comercias na Fazenda
Experimental Lageado, observa-se que o maior percentual de raízes comerciais foi obtido com a
aplicação das moléculas clomazone, fluazifop-P-butil e a testemunha capinada na variedade IAC14,
as menores porcentagens foram na variedade IAC576-70, diante da aplicação das moléculas
45
atrazine, haloxyfof-methil, sethoxidim. Nos tratamentos que receberam a molécula bentazon,
independente da variedade, as porcentagens de raízes comercias foram baixas.
Figura 7. Porcentagem de raízes comerciais e descartáveis por hectare das variedades IAC14 e
IAC7560-70, em função das moléculas de herbicidas aplicadas em pré e pós-
emergência na Fazenda Experimental Lageado em Botucatu-SP.
6.3.5 Diâmetro das raízes
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel e Lageado não influíram significativamente no diâmetro das raízes, tão pouco o fator
herbicida. No entanto, o fator variedade apresenta significância. Os efeitos dos herbicidas na
produtividade de cepas em ambas as variedades, na Fazenda Experimental São Manuel e Lageado
estão representados na Tabelas 29 e 30, respectivamente.
Na Tabela 29, encontram-se as médias de diâmetro das raízes de mandioca
na Fazenda Experimental São Manuel, nota-se que quando aplicada a molécula ametryne e
fluazifop-P-butil na variedade IAC14, encontra-se maiores diâmetros diferindo da aplicação da
testemunha na qual observa-se menor diâmetro. As moléculas não proporcionaram diferenças
estatísticas na variedade IAC576-70, no entanto a variedade IAC14 proporcionou maior diâmetro
que a variedade IAC576-70. Os efeitos das moléculas diferiram entre as variedades, ametryne,
46
fluazifop-p-butyl, fluazifop-P-butil e quizalofop-p-ethyl, sendo que quando analisados os efeitos dos
herbicidas independente da variedade observa-se que não há diferenças entre os tratamentos.
Tabela 29. Diâmetro das raízes (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda
Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
4,9 aA 4,2 aB 4,6 a
clomazone
4,6 abA 4,1 aA 4,3 a
ametryne + clomazone
4,5 abA 4,3 aA 4,4 a
atrazine
4,3 abA 4,1 aA 4,2 a
haloxifop-methyl
4,8 abA 4,2 aB 4,5 a
sethoxidim
4,2 abA 4,0 aA 4,1 a
fluazifop-p-butyl
5,0 aA 3,8 aB 4,4 a
quizalofop-p-ethyl
4,6 abA 4,0 aB 4,3 a
fomezafen
4,4 abA 4,1 aA 4,2 a
bentazon
4,6 abA 4,1 aA 4,3 a
testemunha
4,0 bA 3,9 aA 4,0 a
Média
4,5A 4,1A
DMS HERBICIDA: 0,6
DMS VARIEDADE: 0,1
DMS H X V: Coluna: 0,8 Linha: 0,5
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Na Tabela 30, encontram-se as médias dos diâmetros das raízes do ensaio da
Fazenda Experimental Lageado. Observa-se que não ocorreram diferenças entre os herbicidas
aplicados em ambas as variedades, sendo que o diâmetro da variedade IAC14 é maior do que a
variedade IAC576-70. Somente para a molécula de herbicida fomezafen verifica-se diferença
comparando-se as variedades. Independente da variedade não há influencia das moléculas aplicadas.
Essa pequena variação encontrada no diâmetro entre os tratamentos é pouco pronunciada também
em função dos dados de diâmetro médio obtidos a partir das raízes classificadas como comerciais.
Desta forma, diâmetro maior de raízes obtém uma melhor classificação,
segundo os padrões adotados pelo (CEAGESP, 2008). Em trabalho realizado por Williams (1974),
são demonstradas relações lineares entre a massa média e o diâmetro de raízes, de forma que quanto
maior o diâmetro das raízes, maiores os rendimentos médios de raízes por planta. Tratando-se de
raízes comerciais de mandioca de mesa, são desejáveis os maiores diâmetros de raízes.
47
Tabela 30. Diâmetro das raízes (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda
Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
4,9 aA 4,1 aA 4,5 a
clomazone
4,4 aA 4,2 aA 4,3 a
ametryne + clomazone
4,8 aA 4,6 aA 4,7 a
atrazine
4,7 aA 4,4 aA 4,6 a
haloxifop-methyl
4,7 aA 3,9 aA 4,3 a
sethoxidim
4,8 aA 4,0 aA 4,4 a
fluazifop-p-butyl
4,7 aA 4,2 aA 4,4 a
quizalofop-p-ethyl
4,8 aA 4,0 aA 4,4 a
fomezafen
7,7 aA 3,8 aB 5,7 a
bentazon
4,4 aA 3,6 aA 4,0 a
testemunha
4,6 aA 3,9 aA 4,2 a
Média
4,9 A 4,1 B
DMS HERBICIDA: 2,4
DMS VARIEDADE: 0,6
DMS H X V: Coluna: 3,4 Linha:2,0
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.3.6 Comprimento das raízes
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influíram significativamente no comprimento das raízes no ponto de vista
estatístico. Na Fazenda Experimental Lageado, as interações dos fatores herbicidas e variedades não
influíram significativamente o comprimento das raízes, m mesmo correu com o fator herbicida.
Entretanto, o fator variedade apresenta significância. Os efeitos dos herbicidas no comprimento das
raízes em ambas as variedades, na Fazenda Experimental Lageado está representado na Tabela 31.
Desta forma, verificam-se os efeitos da aplicação das moléculas dos
herbicidas sobre comprimento final das raízes das variedades de mandioca, no momento da colheita
na Fazenda Experimental Lageado, registra-se que não há diferenças em função do herbicida
aplicado na variedade IAC14. O mesmo não ocorre na variedade IAC576-70, quando aplicado as
moléculas ametryne e fomezafen encontram-se maiores comprimentos e na aplicação da molécula
bentazon menores comprimentos das raízes. Ocorre uma variação no comprimento das raízes em
função da aplicação das moléculas de herbicidas de 25,8cm a 36,6cm na variedade IAC576-70 o que
corresponde a um acréscimo de 10,8cm ou 29,51%. Observa-se que essa variedade tem maior
48
comprimento das raízes. No entanto independente da variedade na qual os herbicidas são aplicados
não ocorrem diferenças significativas entre elas.
A variação no comprimento de raízes comerciais de mandioca de mesa não é
o fator determinante, devido IAC576-70 ser destinada a consumo in natura, o fator mais importante
na classificação destas, é o diâmetro das raízes.
Tabela 31. Comprimento das raízes (cm) das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
Ametryne
32,2 aA 36,0 aA 34,1 a
clomazone
31,4 aA 30,9 abA 31,1 a
ametryne + clomazone
32,9 aA 32,4 abA 32,6 a
atrazine
31,9 aA 34,5 abA 33,2 a
haloxifop-methyl
30,0 aA 34,9 abA 32,4 a
sethoxidim
31,5 aA 36,8 aA 34,1 a
fluazifop-p-butyl
33,3 aA 34,2 abA 33,7 a
quizalofop-p-ethyl
28,6 aB 34,6 abA 31,6 a
fomezafen
31,4 aA 36,4 aA 33,9 a
bentazon
31,4 aA 25,8 bB 28,6 a
testemunha
35,0 aA 34,9 abA 35,0 a
Média
31,8 B 33,7 A
DMS HERBICIDA: 6,5
DMS VARIEDADE: 1,6
DMS H X V: Coluna: 9,2 Linha: 5,5
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.3.7 Produtividade das raízes
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influenciaram significativamente na produtividade das raízes de mandioca, tão
pouco o fator herbicida. No entanto, o fator variedade apresentou significância. Na Fazenda
Experimental Lageado, as interações dos fatores herbicidas e variedades não influenciaram
significativamente na produtividade das raízes de mandioca. Porém, quando avaliados
separadamente apresentaramm significância. Os efeitos dos herbicidas na produtividade das raízes
em ambas as variedades, na Fazenda Experimental São Manuel e Lageado são apresentados na
Tabelas 32 e 33, respectivamente.
49
Tabela 32. Produtividade das raízes em t ha
-1
das raízes das variedades IAC14 e
IAC576-70. Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
30,3 aA 21,6 aA 25,9 a
clomazone
26,4 aA 19,4 aA 22,9 a
ametryne + clomazone
34,5 aA 17,5 aB 26,0 a
atrazine
26,8 aA 19,5 aA 23,1 a
haloxifop-methyl
24,3 aA 16,0 aA 20,2 a
sethoxidim
21,9 aA 16,5 aA 19,2 a
fluazifop-p-butyl
33,4 aA 11,5 aB 22,4 a
quizalofop-p-ethyl
25,5 aA 16,6 aB 21,1 a
fomezafen
23,7 aA 14,0 aB 18,9 a
bentazon
23,0 aA 15,5 aA 19,3 a
testemunha
21,2 aA 17,9 aA 19,5 a
Média
26,4 A 16,9 B
DMS HERBICIDA: 10,3
DMS VARIEDADE: 2,6
DMS H X V: Coluna: 14,6 Linha:8,7
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Verifica-se nas Tabelas 32 que não existem diferenças estatísticas
significativas entre os tratamentos utilizados na Fazenda Experimental São Manuel para ambas as
variedades testadas. Observa-se que não há efeito significativo dos herbicidas. No entanto, quando
aplicado em pré-emergência a mistura ametryne + clomazone na variedade IAC14 e a molécula
ametryne aplicada na variedade IAC576-70 possibilitou produtividade média mais elevada. As
moléculas clomazone, fluazifop-p-butyl, quizalofop-p-ethyl e fomezafen obtiveram maior
produtividade quando aplicados na variedade IAC14. Sendo assim, no geral, a média da
produtividade da variedade IAC14 é maior do que a da variedade IAC576-70.
Na Tabela 33, observa-se que há diferenças entre as moléculas de herbicidas
aplicadas, nas duas variedades na variedade IAC14, a molécula clomazone obteve maior
produtividade das raízes e a molécula fomezafen a menor. Na variedade IAC576-70 a molécula
ametryne obteve a maior produtividade e a molécula bentazon a menor produtividade. No geral,
independente da molécula aplicada, à variedade IAC14 foi mais produtiva. Observa-se que
independente da variedade na qual as moléculas fomezafen e bentazon foram aplicadas, elas causam
maior dano a produtividade da cultura.
50
Tabela 33. Produtividade das raízes em t ha
-1
das variedades IAC14 e IAC576-70.
Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
14,9 abA 16,1 aA 15,5 ab
clomazone
20,7 aA 14,1 abB 17,4 a
ametryne + clomazone
16,1 abA 12,4 abA 14,2 abc
atrazine
13,7 abA 9,5 abA 11,6 abc
haloxifop-methyl
11,0 bA 9,4 abA 10,2 bc
sethoxidim
13,6 abA 9,1 abA 11,3 abc
fluazifop-p-butyl
16,1 abA 10,4 abA 13,2 abc
quizalofop-p-ethyl
13,2 abA 7,9 abA 10,5 bc
fomezafen
9,0 bA 8,1 abA 8,5 c
bentazon
12,1 abA 5,8 bB 8,9 bc
testemunha
15,1 abA 9,8 abA 12,5 abc
Média
14,1 A 10,2 B
DMS HERBICIDA: 6,8
DMS VARIEDADE: 1,7
DMS H X V: Coluna: 9,6 Linha: 5,7
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Verifica-se que há um incremento de aproximadamente 23 t ha
-1
ou 66,53%
na produtividade da menor para maior produtividade no ensaio feito em São Manuel, (Tabela 31), e
de 16 t ha
-1
ou aproximadamente 70% no ensaio realizado na Fazenda Lageado, (Tabela 32).
As maiores produtividades foram alcançadas pela variedade IAC14, o que
pode ser atribuída à característica varietal. Nota-se que os comprimentos e diâmetros são maiores na
variedade IAC14, (Tabelas 29 a 31).
6.3.8 Produtividade de matéria seca das raízes
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel não influenciaram significativamente na produtividade de massa seca das raízes de
mandioca, tão pouco o fator herbicida. No entanto, o fator variedade apresentou significância. Na
Fazenda Experimental Lageado, as interações dos fatores herbicidas e variedades não influem
significativamente na produtividade de matéria seca das raízes de mandioca. Entretanto quando
avaliados separadamente apresentam diferenças estatísticas significativas. Os efeitos dos herbicidas
na produtividade das raízes em ambas as variedades, na Fazenda Experimental São Manuel e
Lageado são apresentados nas Tabelas 34 e 35, respectivamente.
51
Na Tabela 34, observando a produtividade de matéria seca das raízes na
Fazenda Experimental São Manuel, verifica-se que não ocorreram diferenças significativas entre os
tratamentos aplicados na variedade IAC14, e o mesmo pode ser observado para a variedade
IAC576-70. Verifica-se que a variedade IAC14 independente da molécula aplicada tem maior
produtividade de matéria seca, quando comparada à variedade IAC576-70. Todavia, não seguem o
mesmo padrão que a produtividade das raízes, fato relevante já que na compra das raízes a indústria
leva em conta a matéria seca das mesmas. As variedades respondem de forma diferente a aplicação
das moléculas clomazone, sethoxidim e fluazifop-p-butyl. Verifica-se que independente da molécula
aplicada a média da produtividade não é afetada
Tabela 34. Produtividade de matéria seca das raízes (t ha
-1
) das variedades IAC14 e
IAC576-70. Fazenda Experimental São Manuel, São Manuel – SP,
2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
13,7 aA 9,2 aA 11,4 a
clomazone
12,8 aA 6,5 aB 9,6 a
ametryne + clomazone
9,7 aA 6,4 aA 8,0 a
atrazine
11,0 aA 8,5 aA 9,8 a
haloxifop-methyl
13,3 aA 8,7 aA 11,0 a
sethoxidim
11,9 aA 5,6 aB 8,7 a
fluazifop-p-butyl
15,2 aA 4,0 aB 9,6 a
quizalofop-p-ethyl
10,4 aA 5,2 aA 7,8 a
fomezafen
10,1 aA 5,2 aA 7,6 a
bentazon
8,6 aA 5,8 aA 7,2 a
testemunha
10,0 aA 8,0 aA 9,0 a
Média
11,5 A 6,6 B
DMS HERBICIDA: 6,3
DMS VARIEDADE: 1,6
DMS H X V: Coluna:8,9 Linha:5,3
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Na Tabela 35, analisando os dados de produtividade de matéria seca por
hectare na Fazenda Experimental Lageado, verifica-se que houve diferença significativa entre as
moléculas aplicadas na variedade IAC14. A molécula clomazone foi a que proporcionou maior
produtividade de matéria seca das raízes e as moléculas haloxifop-methyl, fomezafen e bentazon
foram as que proporcionaram menores produtividades de matéria seca das raízes. Quando observado
o efeito das moléculas na variedade IAC576-70, não são verificados efeitos que proporcionassem
diferenças significativas entre as moléculas.
52
A variedade IAC14 em média foi mais produtiva do que a variedade
IAC576-70. A molécula clomazone foi a única que proporcionou diferenças na produtividade de
massa seca quando observado seu efeito nas variedades.
A molécula clomazone independente da variedade aplicada proporciona
maior produtividade de matéria seca das raízes, diferente das moléculas haloxifop-methyl,
fomezafen e bentazon que proporcionaram menores produtividades da massa seca das raízes.
Tabela 35. Produtividade de matéria seca das raízes (t ha
-1
) das variedades IAC14 e
IAC576-70. Fazenda Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
6,2 abA 8,0 aA 7,1 ab
clomazone
11,2 aA 6,0 aB 8,6 a
ametryne + clomazone
6,6 abA 5,5 aA 6,1 ab
atrazine
5,7 abA 3,7 aA 4,7 ab
haloxifop-methyl
4,7 bA 3,8 aA 4,3 b
sethoxidim
6,4 abA 3,8 aA 5,1 ab
fluazifop-p-butyl
6,8 abA 4,4 aA 5,6 ab
quizalofop-p-ethyl
5,7 abA 3,4 aA 4,5 ab
fomezafen
3,8 bA 3,2 aA 3,5 b
bentazon
5,2 bA 2,5 aA 3,9 b
testemunha
7,8 abA 4,3 aA 6,0 ab
Média
6,3 A 4,4 B
DMS HERBICIDA: 4,2
DMS VARIEDADE: 1,1
DMS H X V: Coluna: 6,0 Linha: 3,6
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.3.9 Porcentagem de matéria seca das raízes
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel e Lageado não influenciaram significativamente na porcentagem de matéria seca das
raízes, tão pouco, os fatores variedades e herbicidas. Observa-se na Tabela 38, que na Fazenda
Experimental São Manuel houve uma variação de 28,6% na matéria seca das raízes, a molécula
haloxifop-methyl obteve o maior percentual de massa seca e a mistura ametryne + clomazone a
menor, ambas aplicadas na variedade IAC14. Na Tabela 39, observa-se na Fazenda Experimental
Lageado ocorre uma variação menor que a ocorrida em São Manuel do percentual de materia seca
das raízes com 14% de variação. A molécula clomazone aplicada na varieadade IAC14
53
proporcionou maior percentual de matéria seca e a molécula atrazine menor percentual de matéria
seca.
6.3.10 Índice de colheita
As interações dos fatores herbicidas e variedades na Fazenda Experimental
São Manuel e Lageado não influíram significativamente no índice de colheita, tão pouco, os fatores
variedades e herbicidas.
Tabela 36. Índice de colheita (%) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda
Experimental São Manuel, São Manuel – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
68,6 aA 68,1 aA 68,4 a
clomazone
68,1 aA 60,0 aA 64,0 a
ametryne + clomazone
61,7 aA 58,3 aA 60,0 a
atrazine
65,6 aA 67,4 aA 66,5 a
haloxifop-methyl
63,9 aA 63,4 aA 63,6 a
sethoxidim
64,7 aA 67,6 aA 66,1 a
fluazifop-p-butyl
64,9 aA 58,4 aA 61,6 a
quizalofop-p-ethyl
61,5 aA 70,1 aA 65,8 a
fomezafen
64,2 aA 56,8 aA 60,5 a
bentazon
67,9 aA 67,1 aA 67,5 a
testemunha
67,8 aA 69,1 aA 68,4 a
Média
65,3 A 64,2 A
DMS HERBICIDA: 12,3
DMS VARIEDADE: 3,1
DMS H X V: Coluna: 17,5 Linha:10,4
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
Os índices de colheita (ICs) apresentados na Tabela 36 e 37 demonstram
uma variação de aproximadamente 20% entre o maior é menor índice nos dois ambientes. Observa-
se que a variedade IAC14 apresenta no IC um percentual constante, apresentando característica de
maior produção de parte aérea (Tabelas 22 e 23). De maneira geral, existem grandes variações nos
ICs entre os diversos genótipos cultivados (kawano, 1982), de forma que elevados ICs são
desejáveis, pois demonstram a capacidade das raízes atraírem e acumularem na forma de amido os
carboidratos produzidos pela parte aérea (Enyi, 1973; Williams, 1972).
Aguiar, (2003) relata que a escolha da variedade a ser cultivada e a seleção
de genótipos de mandioca com alto índice de colheita, além de relacionarem os maiores rendimentos
54
comerciais, permitem uma elevada qualidade da produção das raízes demonstrada anteriormente
pelos elevados diâmetros e massa média das raízes produzidas. Assim, podem fornecer aos
agricultores maiores rendimentos econômicos em virtude da quantidade produzida e da qualidade da
produção obtida.
No entanto, quando se trata de herbicidas, não se tem informação sobre
esses parâmetros, sendo necessária uma quantidade maior de estudos para termos a segurança de que
esses não sejam prejudiciais em outras condições de cultivo e a genótipos diferentes.
Tabela 37. Índice de colheita (%) das variedades IAC14 e IAC576-70. Fazenda
Experimental Lageado, Botucatu – SP, 2009.
Variedades
Herbicidas
IAC14 IAC576-70 Média
ametryne
39,82 aA 48,37 aA 44,1
a
clomazone
51,92 aA 38,92 aB 45,4
a
ametryne + clomazone
40,90 aA 44,12 aA 42,5
a
atrazine
40,97 aA 38,25 aA 39,6
a
haloxifop-methyl
43,87 aA 39,95 aA 41,9
a
sethoxidim
46,45 aA 41,37 aA 43,9
a
fluazifop-p-butyl
42,00 aA 41,67 aA 41,8
a
quizalofop-p-ethyl
43,72 aA 42,87 aA 43,3
a
fomezafen
41,72 aA 38,77 aA 40,2
a
bentazon
42,87 aA 43,85 aA 43,3
a
testemunha
49,85 aA 43,62 aA 46,7
a
Média
44,0 A 1,9 A
DMS HERBICIDA: 13,0
DMS VARIEDADE: 3,3
DMS H X V: Coluna:18,4 Linha:11,0
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na linha, diferem
estatisticamente pelo teste de tukey ao nível de 5% (0,01 =< p <0,05).
6.4 Balanço de massa e teor de amido
Observa-se na Tabela 38 o balanço de massa e teor de amido na Fazenda
Experimental São Manuel. Percebem-se que a aplicação dos herbicidas não influenciou o balanço de
massa de ambas as cultivares. No entanto, quando aplicada à mistura de ametryne + clomazone em
pré-emergência em ambas as variedades e a molécula fomezafen em pós-emergência na variedade
IAC576-70, percebem-se melhores resultados, existe pequena diferença entre as variedades, diante
da molécula de herbicida aplicada.
55
Quando observado o teor de amido diante das moléculas, houve uma
variação de 16,3 a 24,6%, sendo que o tratamento com maior teor de amido foi na aplicação de
bentazon na variedade IAC576-70 e o menor clomazone aplicado na variedade IAC576-70.
Tabela 38. Balanço de massa das raízes de mandioca nas variedades IAC14 e IAC576-70 no
na Fazenda Experimental São Manuel em São Manuel-SP, 2009.
Casca Ponta Polpa MS
Teor de
amido
TRATAMENTOS
Modo de
aplicação
%
ametryne + IAC14 Pré
5,6 6,6 87,7 45,7 19,6
ametryne + 576-70 Pré
6,2 3,8 90,1 41,7 18,4
clomazone+ IAC14 Pré
6,2 4,4 89,4 48,2 21,8
clomazone+ IAC576-70 Pré
5,6 5,2 89,2 36,4 16,3
ametryne + clomazone + IAC14 Pré
4,3 1,2 94,4 26,1 18,4
ametryne + clomazone + IAC576-70 Pré
3,9 1,6 94,5 32,8 17,0
atrazine + IAC14 Pré
4,7 3,0 92,3 42,8 21,0
atrazine + IAC576-70 Pré
5,1 6,6 88,3 42,3 19,7
haloxyfof-methyl + IAC14 Pós
5,6 2,7 91,7 54,7 23,0
haloxyfof-methyl + IAC576-70 s
6,3 6,0 87,7 54,4 18,2
sethoxidim + IACIAC14 Pós
6,8 5,7 87,4 53,9 22,1
sethoxidim + IAC576-70 Pós
5,4 2,9 91,6 34,5 19,9
fluazifop-P-butil + IAC14 Pós
5,0 5,0 89,9 45,4 21,4
fluazifop-P-butil + IAC576-70 Pós
5,8 5,5 88,6 33,8 20,6
quizalofop-P-ethyl + IAC14 Pós
3,9 3,1 93,0 38,9 20,6
quizalofop-P-ethyl + IAC576-70 s
5,9 3,3 90,7 38,3 22,8
fomezafen + IAC14 Pós
16,8 4,0 79,2 43,5 21,8
fomezafen + IAC576-70 Pós
4,4 3,8 91,8 37,4 20,3
bentazon + IAC14 Pós
3,7 5,4 91,0 37,6 17,5
bentazon + IAC576-70 Pós
5,3 5,4 89,4 38,4 24,6
testemunha capinada + IAC14 ----
5,5 3,2 91,3 48,4 20,0
testemunha capinada + IAC576-70 ----
5,2 2,2 92,6 45,8 18,5
Pré- Aplicados em pré-emergência
Pós-Aplicados em pós-emergência
Na Tabela 39, verifica-se no experimento realizado na Fazenda
Experimental Lageado que os herbicidas não afetaram o balanço de massa, sendo que alguns
tratamentos produziram maior percentual de raiz, parâmetro importante para indústria e consumo in
natura, os tratamentos não distanciaram das porcentagens da testemunha capina. No entanto quando
aplicada ametryne na variedade IAC14 percebe-se maiores percentuais de casca e ponta fibrosa o
mesmo não ocorre com a mesma molécula aplicada na variedade IAC576-70.
56
Na mesma Tabela 39, registram-se os teores de amido dos tratamentos,
porém não ocorre distanciamento das testemunhas sem aplicação de herbicidas, sendo que os
maiores teores de amido foram verificados na aplicação de clomazone+ IAC576-70 e ametryne +
clomazone + IAC14. Os teores de amido encontrados são os mesmos que as indústrias conseguem
extrair.
Tabela 39. Balanço de massa das raízes de mandioca nas variedades IAC14 e IAC576-70 na
Fazenda Experimental Lageado em Botucatu-SP, 2009.
Casca Ponta Polpa MS
Teor de
amido
TRATAMENTOS
Modo de
aplicação
%
ametryne + IAC14 Pré
5,6 8,6 85,8 39,8 19,4
ametryne + IAC576-70 Pré
3,0 4,1 92,9 48,4 21,1
clomazone+ IAC14 Pré
2,8 4,1 93,1 52,2 21,3
clomazone+ IAC576-70 Pré
2,9 5,7 91,4 38,9 24,7
ametryne + clomazone + IAC14 Pré
2,8 5,8 91,4 41,8 24,6
ametryne + clomazone + IAC576-70 Pré
4,7 7,9 87,5 44,1 19,5
atrazine + IAC14 Pré
3,4 5,4 91,3 40,7 22,7
atrazine + IAC576-70 Pré
3,0 5,9 91,1 38,2 22,7
haloxyfof-methyl + IAC14 Pós
3,5 5,3 91,2 43,5 23,9
haloxyfof-methyl + IAC576-70 s
2,2 4,3 93,4 39,9 21,4
sethoxidim + IACIAC14 Pós
2,5 6,3 91,2 41,3 24,9
sethoxidim + IAC576-70 Pós
2,8 4,9 92,3 41,4 20,9
fluazifop-P-butil + IAC14 Pós
2,8 7,8 89,4 47,2 22,9
fluazifop-P-butil + IAC576-70 Pós
2,6 6,3 91,2 41,7 16,9
quizalofop-P-ethyl + IAC14 Pós
4,1 7,6 88,3 43,2 20,6
quizalofop-P-ethyl + IAC576-70 s
3,1 6,4 90,5 42,9 19,6
fomezafen + IAC14 Pós
5,3 8,6 86,1 41,6 18,8
fomezafen + IAC576-70 Pós
3,0 6,6 90,4 38,8 20,0
bentazon + IAC14 Pós
2,2 4,1 93,7 43,5 18,2
bentazon + IAC576-70 Pós
3,6 5,1 91,3 43,8 21,7
testemunha capinada + IAC14 ----
2,5 5,4 92,1 41,6 23,6
testemunha capinada + IAC576-70 ----
2,7 5,5 91,8 43,6 20,8
Pré- Aplicados em pré-emergência
Pós-Aplicados em pós-emergência
Não se tem relatos de trabalhos nos quais os autores busquem verificar essa
influencia nos teores de amido, menos ainda que verifiquem residual de herbicidas no amido da
mandioca. O mesmo acontece para o balanço de massa, onde os trabalhos encontrados, com raras
57
exceções, avaliaram a seletividade sem acompanhar o ciclo da cultura e os parâmetros finais da
colheita, fato esse que dificulta a discussão e comparação com outros trabalhos.
58
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em ambos os experimentos as moléculas fomezafen e bentazon aplicadas
em pós-emergência da cultura, causaram injúrias severas nas variedades estudadas, embora não
tenham levado a morte de uma única planta de mandioca. As moléculas ametryne, ametryne +
clomazone e clomazone aplicadas em pré-emergência foram as que ocasionaram menores injurias,
que foram consideradas leves ou de pouca importância.
No ensaio realizado na Fazenda Experimental São Manuel não foram
observados efeitos significativos das moléculas testadas, independente da variedade, nos seguintes
parâmetros: altura das plantas, altura da primeira ramificação, número de plantas por hectare,
produção de cepas por hectare, produção de massa seca de cepa por hectare, diâmetro da raiz,
comprimento da raiz, produtividade das raízes, produtividade de massa seca das raízes e índice de
colheita e efeitos significativos das moléculas testadas, independente da variedade, na produção da
parte aérea por hectare e produção de massa seca da parte aérea, onde a molécula bentazon
ocasionou significativa redução, em relação a mistura das moléculas ametryna e clomazone.
No ensaio realizado na Fazenda Experimental Lageado não foram
verificados efeitos significativos das moléculas testadas, independente da variedade, nos seguintes
parâmetros: diâmetro das raízes, comprimento das raízes, produção de massa seca das cepas por
hectare e índice de colheita. No entanto os houve efeito significativo das moléculas testadas, nos
parâmetros: altura das plantas, onde a molécula bentazon, independente da variedade promoveu
59
significativa redução na altura das plantas, em relação à molécula clomazone e a mistura ametryne e
clomazone. A molécula haloxifop – methyl promoveu redução da altura da primeira ramificação em
relação à molécula clomazone. Quando observado o número de plantas por hectare a testemunha
capinada tem menor número de plantas em relação à molécula clomazone.
A produção da parte aérea por hectare foi afetada pelas moléculas haloxifop
– methyl e bentazon, em relação à molécula clomazone, observam-se redução desse parâmetro.
Quando observado a produção de massa seca da parte aérea a molécula haloxifop – methyl ocasiona
redução em relação a molécula clomazone. No entanto, quando observada a produção de cepas por
hectare percebe-se que as moléculas quizalofop-p-ethyl e fomezafen promoveu redução em relação
a molécula clomazone.
A produtividade das raízes foi afetada pela aplicação da molécula fomezafen
em relação à molécula clomazone. Quando observada a produtividade de massa seca das raízes as
moléculas haloxifop – methyl, fomezafen e bentazon ocasionaram redução em relação à molécula
clomazone.
A molécula clomazone independente da variedade a qual foi aplicada foi a
que menos danos causou aos parâmetros estudados no ensaio da Fazenda Experimental Lageado em
Botucatu-SP e as moléculas fomezafen, bentazon e haloxifop – methyl as que causaram maiores
reduções dos mesmos parâmetros.
A variedade IAC14 independente da molécula de herbicida aplicada tem
melhor desempenho nos parâmetros avaliados em ambos os experimentos.
A molécula fomezafen aplicada na variedade IAC14 proporcionou maior
porcentagem de casca, o restante dos tratamentos não afetou o balanço de massa das variedades em
ambos os tipos de solo.
O teor de amido não foi afetado em ambas as variedades e ambientes
estudados
60
8. CONCLUSÃO
As moléculas de herbicidas estudadas o seletivas, em graus distintos, às
variedades de mandioca avaliadas.
61
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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WILLIAMS, C. N. Growth and productivity of tapioca (Manihot utilissima): III. crop ratio, spacing
and yelding. Experimental Agriculture, Great Britain, v. 8, p. 15-23, 1972.
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