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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
Relação da distância interimplantar e altura do ponto de
contato na formação de papilas gengivais: estudo em
cães
DIOGO RODRIGUES CRUVINEL
RIBEIRÃO PRETO
2009
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DIOGO RODRIGUES CRUVINEL
Relação da distância interimplantar e altura do ponto de
contato na formação de papilas gengivais: estudo em
cães
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto USP para obtenção do título
de Mestre em Odontologia.
Área de Concentração: Reabilitação Oral.
Orientador: Prof. Dr. Valdir Antonio Muglia.
Ribeirão Preto
2009
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Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por
qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa,
desde que citada a fonte.
FICHA CATALOGRÁFICA
Cruvinel, Diogo Rodrigues
Relação da distância interimplantar e altura do ponto de contato
na formação de papilas gengivais: estudo em cães. Ribeirão Preto,
2009.
102 p. : il. ; 30cm
Dissertação de Mestrado, apresentada à Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto/USP. Área de concentração:
Reabilitação Oral.
Orientador: Muglia, Valdir Antonio.
1. Papila Dentária. 2. Reabsorção Óssea. 3. Implante Dentário -
Endoósseo. 4. Espaço Biológico. 5. Prótese Dentária.
Este trabalho foi realizado no Biotério II da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto, da Universidade de São Paulo.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Diogo Rodrigues Cruvinel
Relação da distância interimplantar e da altura do ponto de contato na
formação de papilas gengivais: estudo em cães
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto USP para obtenção do título
de Mestre em Odontologia.
Área de Concentração: Reabilitação Oral
Aprovado em _____/____/ 2009
Banca Examinadora
1) Prof(a). Dr(a).:________________________________________________________
Instituição______________________Assinatura_______________________________
2) Prof(a). Dr(a).:________________________________________________________
Instituição______________________Assinatura_______________________________
3) Prof(a). Dr(a).:________________________________________________________
Instituição______________________Assinatura_______________________________
DEDICATÓRIA
Tudo que é bom dura o tempo necessário para se tornar inesquecível. (Autor Desconhecido).
Ao meu pai, amigo, colega de profissão, protético e irmão:
Sebastião Vieira Cruvinel.
Sebastião Vieira Cruvinel.Sebastião Vieira Cruvinel.
Sebastião Vieira Cruvinel.
nós sabemos o que ocorreu ao longo destes 6 anos, quantas preocupações, quantas
noites mal dormidas, quantos mil quilometros rodados, enfim é chegado o momento em que o
seu filho (neto de Geraldo Cruvinel
Geraldo CruvinelGeraldo Cruvinel
Geraldo Cruvinel (
in memoriam
) e Maria Vieira Cruvinel
Maria Vieira CruvinelMaria Vieira Cruvinel
Maria Vieira Cruvinel) está prestes a
obter o título de Mestre em Reabilitação Oral na Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo. Pai dedico-lhe não só esta dissertação, mas sim todas as
conquistas que obtive ahoje, pois sem o senhor sei que nada seria possível. Retomo minhas
palavras do dia da formatura: “O senhor não esta formando um filho e sim um discípulo.”
Obrigado meu pai!
Às vezes o homem mais pobre, deixa a seu
Às vezes o homem mais pobre, deixa a seuÀs vezes o homem mais pobre, deixa a seu
Às vezes o homem mais pobre, deixa a seus fil
s fils fil
s filhos a herança mais rica. (Ruth &
hos a herança mais rica. (Ruth &hos a herança mais rica. (Ruth &
hos a herança mais rica. (Ruth &
Renkel)
Renkel)Renkel)
Renkel)
À minha mãe, amiga, colega de profissão e protetora:
Telma de Fátima Rodrigues Cruvinel.
Telma de Fátima Rodrigues Cruvinel.Telma de Fátima Rodrigues Cruvinel.
Telma de Fátima Rodrigues Cruvinel.
Quando seu HD apaga tudo da dissertação, quando seu pen-drive queima, ou mesmo
quando você acha que nunca vai conseguir viver longe de todos que mais ama, ela sempre diz:
“Calma meu filho, mamãe te ajuda!” Deus não podia estar em todas as partes ao mesmo
tempo e, por isso, criou às mães. Teus olhos sensíveis se endurecem quando preciso de uma
lição, tua força e teu amor me dirigiram pela vida e me deram as asas que precisava para voar.
Obrigado minha mãe!
Ao Professor Doutor, e orientador:
Valdir Antonio Muglia.
Valdir Antonio Muglia.Valdir Antonio Muglia.
Valdir Antonio Muglia.
Obrigado pelo conhecimento clínico, que me foi passado juntamente com a orientação
desta dissertação. Agradeço a oportunidade de poder estar ao seu lado na clínica onde aprendi
muito sobre odontologia e sobre o relacionamento profissional paciente. O senhor é um dos
poucos professores que faz atendimento à comunidade fora do horário das aulas, e nós
sabemos as dificuldades encontradas (material, equipo e etc.), mas a recompensa de uma bela
reabilitação oral supera todos os desencantos. Obrigado Prof. Dr. Valdir Antonio Muglia.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho não representa um esforço pessoal, a palavra amiga de inúmeras pessoas
tornaram possível sua realização, e com todos, quero dividir o alcance da obra. A alguns,
todavia, que dela participaram mais efetivamente, sinto-me no dever de nomear e agradecer.
Muitos acreditam em destino outros acreditam em sorte, eu acredito em um
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSOGRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO. Obrigado por estar sempre ao meu lado
mesmo quando tudo era escuridão.
Agradeço:
À Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Faculdade de Odontologia de Ribeirão PretoFaculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP USP) pelas oportunidades
oferecidas e por se tornar minha casa em Ribeirão Preto, nas pessoas da ex-diretora Profa.
Dra. Marisa Semprini e do atual diretor Prof. Dr. Osvaldo Luiz Bezzon
Osvaldo Luiz BezzonOsvaldo Luiz Bezzon
Osvaldo Luiz Bezzon.
..
.
Ao curso de pós-graduação em Reabilitação Oral, na pessoa da Prof. Dra. Iara
Iara Iara
Iara
Augusta Orsi
Augusta OrsiAugusta Orsi
Augusta Orsi
atual coordenadora.
Aos professores do curso de pós-graduação em Reabilitação Oral da FORP-USP, por
seus ensinamentos e exemplos de dedicação.
À Profa. Dra. Fernanda de Carvalho Panzeri Pires
Profa. Dra. Fernanda de Carvalho Panzeri PiresProfa. Dra. Fernanda de Carvalho Panzeri Pires
Profa. Dra. Fernanda de Carvalho Panzeri Pires-
--
-de
dede
de-
--
-Souza,
Souza,Souza,
Souza, por ser mais que uma
professora, ela assumiu o papel de mãe em Ribeirão Preto ao longo destes 6 anos. “Sonho que
se sonha só, é um sonho que se sonha só, mas um sonho que se sonha junto é realidade.”,
lema do 42º GBMD. Obrigado por sempre acreditar em meu potencial e abrir as portas da
vida acadêmica.
À Profa. Dra. Cláudia Helena Lovato da Silva
Cláudia Helena Lovato da SilvaCláudia Helena Lovato da Silva
Cláudia Helena Lovato da Silva, por todos os ensinamentos clínicos e
humanos que me foram passados desde o período da graduação.
À Profa. Dra. Helena de Freitas Oliveira Paranhos
Helena de Freitas Oliveira ParanhosHelena de Freitas Oliveira Paranhos
Helena de Freitas Oliveira Paranhos,
, ,
, pela competência e a dedicação
de uma vida ao Departamento de Materiais Dentários e Prótese em especial a matéria de
Prótese Total.
Ao Prof. Dr. Raphael de Freitas Souza
Raphael de Freitas SouzaRaphael de Freitas Souza
Raphael de Freitas Souza,
, ,
, prova de que pouca idade não significa
imaturidade, agradeço em especial todo o apoio que nos foi oferecido na parte estatística deste
trabalho, juntamente com as considerações sobre a parte escrita.
Ao Prof. Dr. Osv
OsvOsv
Osvaldo Luiz Bezzon
aldo Luiz Bezzonaldo Luiz Bezzon
aldo Luiz Bezzon,
,,
, pela confiança em mim depositada que muito
contribuiu para a realização deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Arthur Belem Novaes Júnior
Arthur Belem Novaes JúniorArthur Belem Novaes Júnior
Arthur Belem Novaes Júnior,
, ,
, por todo o conhecimento disponibilizado
para a confecção desta dissertação.
Ao Prof. Dr. Ricardo Faria Ribeiro
Ricardo Faria RibeiroRicardo Faria Ribeiro
Ricardo Faria Ribeiro,
, ,
, pela ajuda na obtenção do sucesso deste trabalho,
juntamente com seu companheirismo e paciência demonstrados durante toda a dissertação.
Ao doutorando Sérgio Jorge Jayme,
Sérgio Jorge Jayme,Sérgio Jorge Jayme,
Sérgio Jorge Jayme, pelos ensinamentos e dedicação que foram
demonstrados durante a confecção deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Rafael R. de Oliveira,
Rafael R. de Oliveira,Rafael R. de Oliveira,
Rafael R. de Oliveira, fica aqui registrado meus sinceros agradecimentos
a este homem que participou diretamente desta obra.
À Profa. Dra. Iara Augusta Orsi
Iara Augusta OrsiIara Augusta Orsi
Iara Augusta Orsi,
,,
, que me ensinou que pessoas que falam pouco,
mas demonstram muito com seus atos.
Aos técnicos do Biotério II: Aldo Dias Feiteiro Júnior
Aldo Dias Feiteiro JúniorAldo Dias Feiteiro Júnior
Aldo Dias Feiteiro Júnior
e
Edson Campos R. dos
Edson Campos R. dos Edson Campos R. dos
Edson Campos R. dos
Santos
SantosSantos
Santos, pela ajuda na parte de manutenção dos animais e pelo ótimo ambiente de trabalho.
Aos técnicos do Laboratório de Anatomia: Paulo Batista de Vasconcelos
Paulo Batista de VasconcelosPaulo Batista de Vasconcelos
Paulo Batista de Vasconcelos e Luiz
Luiz Luiz
Luiz
Gustavo de Souza
Gustavo de SouzaGustavo de Souza
Gustavo de Souza, pelo apoio incondicional na parte de elaboração das peças anatômicas dos
cães, tanto na parte de obtenção de material quanto na parte de difusão do conhecimento.
Aos técnicos do Laboratório de Apoio Clínico: Fernando Schiavetto
Fernando SchiavettoFernando Schiavetto
Fernando Schiavetto
e Eduardo
Eduardo Eduardo
Eduardo
Destito
DestitoDestito
Destito,
a amizade que se formou e pelo companheirismo.
Aos técnicos do Laboratório do Departamento de Materiais Dentários e Prótese:
José de Godoi Filho
José de Godoi FilhoJosé de Godoi Filho
José de Godoi Filho,
,,
,
Lício Firmino Júnior
Lício Firmino JúniorLício Firmino Júnior
Lício Firmino Júnior,
,,
,
Marcelo Aparecido Vieira
Marcelo Aparecido VieiraMarcelo Aparecido Vieira
Marcelo Aparecido Vieira,
, ,
, Odair Rosa S
Odair Rosa SOdair Rosa S
Odair Rosa Silva
ilvailva
ilva,
,,
,
Paulo sar Teodoro
Paulo sar TeodoroPaulo César Teodoro
Paulo sar Teodoro
e
e e
e Paulo Sérgio Ferreira
Paulo Sérgio FerreiraPaulo Sérgio Ferreira
Paulo Sérgio Ferreira,
fica aqui registrada minha eterna gratidão por
todo o conhecimento teórico e prático que me foi proporcionado durante estes anos de
amizade.
Às secretarias do Departamento de Materiais Dentários e Prótese: Regiane de C.
Regiane de C. Regiane de C.
Regiane de C.
Tirado Damasceno
Tirado DamascenoTirado Damasceno
Tirado Damasceno
e
Ana Paula Xavier
Ana Paula XavierAna Paula Xavier
Ana Paula Xavier, sem a organização e dedicação destas pessoas não
seria possível o desenvolvimento deste trabalho.
Às secretarias da Pós-Graduação:
Regiane Cristina Moi Sacilotto
Regiane Cristina Moi SacilottoRegiane Cristina Moi Sacilotto
Regiane Cristina Moi Sacilotto
e Isabel Cristina
Isabel Cristina Isabel Cristina
Isabel Cristina
Galino Sola
Galino SolaGalino Sola
Galino Sola, por todo o apoio regimental que me foi oferecido durante o curso de mestrado.
Aos funcionários do Centro de Processamento de Dados (CPD): Luciano Luiz Finco
Luciano Luiz FincoLuciano Luiz Finco
Luciano Luiz Finco,
, ,
,
Juliano Pratti Mercantil
Juliano Pratti MercantilJuliano Pratti Mercantil
Juliano Pratti Mercantil ePaulo Marcos Fazzio
Paulo Marcos FazzioPaulo Marcos Fazzio
Paulo Marcos Fazzio, pela ajuda na parte de
software
e
hardware
.
À Assistente Social: Renata Cristina Rosa
Renata Cristina RosaRenata Cristina Rosa
Renata Cristina Rosa,
, ,
, por estar sempre pronta a ajudar, esta se
tornou uma grande amiga em Ribeirão Preto.
Aos funcionários da Clinica I: José Ap. Neves do Nascimento
José Ap. Neves do NascimentoJosé Ap. Neves do Nascimento
José Ap. Neves do Nascimento,
, ,
, Vera Ribeiro do
Vera Ribeiro do Vera Ribeiro do
Vera Ribeiro do
Nascimento
NascimentoNascimento
Nascimento,
,,
, Cleber Barbosa Rita
Cleber Barbosa RitaCleber Barbosa Rita
Cleber Barbosa Rita, pelas amizades concretizadas e os ensinamentos pessoais
e clínicos transferidos.
Aos funcionários da Clinica II:
: :
: Aracy Felício da Silva
Aracy Felício da SilvaAracy Felício da Silva
Aracy Felício da Silva,
, ,
, Silvia Helena Fabris F.
Silvia Helena Fabris F. Silvia Helena Fabris F.
Silvia Helena Fabris F.
Campos
CamposCampos
Campos,
, ,
, Laurinda Gouvêa Gonçalves
Laurinda Gouvêa GonçalvesLaurinda Gouvêa Gonçalves
Laurinda Gouvêa Gonçalves,
,,
, por serem sempre prestativos a qualquer momento.
Às minhas novas amigas da FEA: Mariana Borges Teixeir
Mariana Borges TeixeirMariana Borges Teixeir
Mariana Borges Teixeira, Isabela Alves de Morais
a, Isabela Alves de Morais a, Isabela Alves de Morais
a, Isabela Alves de Morais
Penteado e mia Gobira de Carvalho Lobo
Penteado e mia Gobira de Carvalho LoboPenteado e mia Gobira de Carvalho Lobo
Penteado e mia Gobira de Carvalho Lobo, pelos grandes momentos de alegria e
descontração que passamos juntos.
Ao casal de doutorandos: Ana Paula Farina
Ana Paula FarinaAna Paula Farina
Ana Paula Farina e Doglas Cecchin,
Doglas Cecchin,Doglas Cecchin,
Doglas Cecchin, pela amizade,
companheirismo, alegria e conhecimentos compartilhados durante estes anos.
Aos colegas de graduação e pós-graduação: AndLuis Botelho
André Luis BotelhoAndré Luis Botelho
André Luis Botelho e Rodrigo Gonçalves
Rodrigo Gonçalves Rodrigo Gonçalves
Rodrigo Gonçalves
Soares
SoaresSoares
Soares, por todas as dificuldades encontradas e compartilhadas, aprendemos muito ao longo
destes 6 anos dedicados a FORP.
Ao meu novo amigo Dan
DanDan
Daniel Galafassi,
iel Galafassi,iel Galafassi,
iel Galafassi, pelos momentos de companheirismo, pela
paciência e principalmente por me ensinar como se faz os legítimos chimarrões e churrascos do
Rio Grande do Sul.
Ao grande amigo mestrando Rander Moreira Macedo,
Rander Moreira Macedo,Rander Moreira Macedo,
Rander Moreira Macedo, pela amizade verdadeira que se
firmou ao longo destes 6 anos, obrigado por me recepcionar várias vezes em sua casa como se
eu fosse um irmão Macedo, fica aqui registrado também meus sinceros agradecimentos ao
Dr. Rogério
Dr. RogérioDr. Rogério
Dr. Rogério Macedo
Macedo Macedo
Macedo e a senhora Dasy Lúcyde Moreira Macedo
Dasy Lúcyde Moreira MacedoDasy Lúcyde Moreira Macedo
Dasy Lúcyde Moreira Macedo.
Ao amigo doutorando Franci
FranciFranci
Francisco Carlos Rehder Neto
sco Carlos Rehder Netosco Carlos Rehder Neto
sco Carlos Rehder Neto, pela amizade, conselhos e
companheirismo que me foi dedicado durante as refeições no restaurante universitário
(Bandex).
Aos meu amigos do programa de pós-graduação da dentistica: Fernando Akio Maeda
Fernando Akio Maeda Fernando Akio Maeda
Fernando Akio Maeda
e Cesar Penazzo Lepre,
e Cesar Penazzo Lepre,e Cesar Penazzo Lepre,
e Cesar Penazzo Lepre, pelos momentos de amizade.
Aos meus amigos mestrandos da Biologia Oral: Lucas Novaes Teixeira, Valter
Lucas Novaes Teixeira, Valter Lucas Novaes Teixeira, Valter
Lucas Novaes Teixeira, Valter
Raucci Neto e Larissa Moreira Spinola de Castro,
Raucci Neto e Larissa Moreira Spinola de Castro,Raucci Neto e Larissa Moreira Spinola de Castro,
Raucci Neto e Larissa Moreira Spinola de Castro, os quais sempre me animaram nos
momentos mais difíceis .
As minhas parceiras (muito mais que amigas): Kelly da
Kelly da Kelly da
Kelly da Silva, Patrícia Aparecida
Silva, Patrícia Aparecida Silva, Patrícia Aparecida
Silva, Patrícia Aparecida
Zuanetti e Letícia Bizari,
Zuanetti e Letícia Bizari, Zuanetti e Letícia Bizari,
Zuanetti e Letícia Bizari, que sempre participaram diretamente da minha vida, obrigado pela
companhia.
Ao conterrâneo e amigo Fabrício Mundin
Fabrício MundinFabrício Mundin
Fabrício Mundin, pelo apoio que me foi dado desde a época da
iniciação científica.
As grandes amigas Ana Paula Terossi de Godoi
Ana Paula Terossi de GodoiAna Paula Terossi de Godoi
Ana Paula Terossi de Godoi e Carmen Dilene Andrade
Carmen Dilene Andrade Carmen Dilene Andrade
Carmen Dilene Andrade
Fortunato,
Fortunato,Fortunato,
Fortunato, que sempre demonstraram grande alegria em viver, obrigado pelos momentos
felizes que passamos e passaremos juntos.
Agradeço o amor a paciência e a alegria que meus familiares me proporcionaram ao
longo desta jornada.
Aos meus avós maternos Anazir Rodrigues da Silva
Anazir Rodrigues da Silva Anazir Rodrigues da Silva
Anazir Rodrigues da Silva e Candida Parreira da Silva
Candida Parreira da SilvaCandida Parreira da Silva
Candida Parreira da Silva, os
quais tiveram grande contribuição na minha formação moral.
Às minhas irmãs, Ana Emilia Rodrigues Cruvinel
Ana Emilia Rodrigues CruvinelAna Emilia Rodrigues Cruvinel
Ana Emilia Rodrigues Cruvinel e Roberta Rodrigues Cruvinel
Roberta Rodrigues Cruvinel Roberta Rodrigues Cruvinel
Roberta Rodrigues Cruvinel
Baptistella
BaptistellaBaptistella
Baptistella, as quais mesmo distantes souberam me amparar nos momentos mais difíceis.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São PauloFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo auxílio
financeiro deste projeto (Processo número 06/04747-0).
Á todos que contribuíram direta ou indiretamente para a
Á todos que contribuíram direta ou indiretamente para aÁ todos que contribuíram direta ou indiretamente para a
Á todos que contribuíram direta ou indiretamente para a
realização deste trabalho,
realização deste trabalho, realização deste trabalho,
realização deste trabalho,
meus sinceros agradecimentos.
meus sinceros agradecimentos.meus sinceros agradecimentos.
meus sinceros agradecimentos.
"Faça de seus pensamentos a força do que está
"Faça de seus pensamentos a força do que está "Faça de seus pensamentos a força do que está
"Faça de seus pensamentos a força do que está
precisando. Acredite no sucesso total, não imagine
precisando. Acredite no sucesso total, não imagine precisando. Acredite no sucesso total, não imagine
precisando. Acredite no sucesso total, não imagine
obstáculos na sua mente. Tudo que uma pessoa é
obstáculos na sua mente. Tudo que uma pessoa é obstáculos na sua mente. Tudo que uma pessoa é
obstáculos na sua mente. Tudo que uma pessoa é
capaz de planejar, ela é capaz de r
capaz de planejar, ela é capaz de rcapaz de planejar, ela é capaz de r
capaz de planejar, ela é capaz de realizar."
ealizar." ealizar."
ealizar."
(Shakespeare)
(Shakespeare)(Shakespeare)
(Shakespeare)
RESUMO
Os implantes dentais são considerados uma modalidade de tratamento bastante previsível
para a reposição de dentes perdidos. Os implantes osseointegráveis principalmente quando
colocados em regiões anteriores devem oferecer, além de excelente função, ótima estética, e
fonética. Sendo que o critério para o sucesso envolve o estabelecimento do contorno de tecido
mole, apresentando a área interproximal intacta. O propósito deste estudo foi avaliar a influência
das diferentes distâncias (3 e 5 mm) entre a crista óssea e ponto de contato interdental, na
formação de papila gengival associado à presença de diferentes distâncias (2 e 3 mm) entre
implantes contíguos e na região de extremo livre mesial e distal. Foram selecionados para o
experimento 8 cães adultos jovens e executada a exodontia dos 4 pré-molares mandibulares: p1,
p2, p3, p4, para cada hemi-mandibula. Três meses após as exodontias foram colocados 3
implantes Replace Select Tapered com superfície tratada e dimensões de 4,3 X 10 mm, em cada
hemimandibula animal. O primeiro implante foi colocado a 10 mm da distal do canino
remanescente, o segundo (intermediário) foi colocado a 2 mm do primeiro e o terceiro implante
(posterior) foi colocado a 3 mm do segundo. Foi iniciada a reabilitação protética, no dia da
colocação dos implantes. Primeiramente foi feita a moldagem para a confecção das próteses
metálicas. As coroas metálicas definitivas, confeccionadas, apresentaram distância do ponto de
contato à crista óssea de 3 e 5 mm lado esquerdo e direito respectivamente. Ao completar 12
semanas pós-colocação das próteses definitivas, os animais foram sedados e as análises clínicas
foram executadas. Esta avaliação foi feita a partir da utilização de um compasso de pontas secas,
medindo as distâncias entre os pontos de contato e as pontas das papilas (PC - P) e dos pontos de
contato aos extremos livres mesial e distal (PC - ELM e PC – ELD respectivamente). O
delineamento das situações experimentais foi executado levando em consideração as associações
das diferentes distâncias interimplantar com as diferentes distâncias do ponto de contanto a crista
óssea, assim encontramos a seguinte disposição: Situação 01 (PC3A) Distância do ponto de
contato a gengiva do extremo livre mesial, do lado esquerdo; Situação 02 (PC3B) Distância do
ponto de contato, a gengiva interproximal sendo à distância interimplantar de 2 mm, lado
esquerdo da mandíbula; Situação 03 (PC3C) Distância do ponto de contato, a gengiva
interproximal sendo a distância interimplantar de 3 mm, lado esquerdo da mandíbula; Situação
04 (PC3D) Distância do ponto de contato a gengiva do extremo livre distal, do lado esquerdo
Situação 05 (PC5A) Distância do ponto de contato a gengiva do extremo livre mesial, do lado
direito; Situação 06 (PC5C) Distância do ponto de, a gengiva interproximal sendo a distância
interimplantar de 3 mm, lado direito da mandíbula; Situação 07 (PC5B) Distância do ponto de
contato, a gengiva interproximal sendo a distância interimplantar de 2 mm, lado direito da
mandíbula e Situação 08 (PC5D) Distância do ponto de contato a gengiva do extremo livre
distal, do lado direito. Ao analisar as medias das alturas gengivais temos: PC3A a média de
2,9±0,5 mm; PC3D 2,5±0,5 mm; PC3B 1,8±0,6 mm; PC3C 2,0±0,8 mm; PC5A 3,0±0,5 mm;
PC5D 3,5±0,4 mm; PC5C 3,6±0,4 mm e PC5B 3,9±0,7 mm. Como as premissas de aderência à
distribuição normal, independência entre os indivíduos estudados e pareamento entre as
diferentes etapas foram cumpridas, empregou-se a análise de variância (ANOVA) para
mensurações repetidas, a dois fatores. Nos casos em que a ANOVA encontrou diferença entre as
situações testadas, uma comparação a posteriori foi executada por meio do teste de Bonferroni.
O nível de significância empregado para todos os testes foi de 0,05 (5%). Logo as distâncias de
2,0 e 3,0 mm entre implantes contíguos não apresentaram diferença significativa na formação de
papila quando as restaurações protéticas são confeccionadas com 3 ou 5 mm de distância entre o
ponto de contato e a crista óssea. Considerando a provável reabsorção óssea em ambos os
grupos, quando a distância do ponto de contato à crista óssea foi inicialmente de 3 mm esta
condição apresentou melhores resultados na formação de papilas do que a distância de 5 mm em
todas as situações estudadas. A presença do ponto de contato de 3 mm influência positivamente
na formação de papila, quando comparada com as regiões de extremo livre.
Palavras Chaves: 1. Papila Dentária. 2. Reabsorção Óssea. 3. Implante Dentário Endoósseo. 4.
Espaço Biológico. 5. Prótese Dentária.
ABSTRACT
The dental implants are considered a form of treatment rather predictable for replacement
of lost teeth Implants should offer, as well as excellent function, aesthetics and phonetics great,
especially when placed in anterior regions, where the criterion for success involves the
establishment contour of the soft tissue, showing the area intact interproximal The purpose of
this study was to evaluate the influence of different distances between the bone crest and
interdentally contact point, with 3 and 5 mm, the formation of gingival papilla associated with
the presence of different distances of 2 and 3 mm between implants and the adjacent region of
mesial and distal end free. Were selected for the experiment 08 dogs and young adults performed
the extraction of the 4 pre molars mandibles: p1, p2, p3, p4, for each hemi-mandible. Three
months after the tooth extractions were placed 3 Replace Select Tapered implants with treated
surface and dimensions of 4.3 X 10 mm in each animal hemi mandibles. The first implant was
placed at 10 mm distal of the canine left, the second (middle) was placed at 2 mm from the first
and third implant (back) was placed at 3 mm from the second. Prosthetics rehabilitation has
begun on the day of the placement of implants. First was the casting for the manufacture of metal
stents, since the provisional prostheses were made of acrylic resin so that the distance between
the point of contact and the bone crest is 3 mm on the left side of the mandible and 5 mm on the
right. The final metal crowns, made, made from the point of contact to bone crest of 3 and 5 mm.
After completing 12 weeks after placement of final prosthesis, the animals were sedated and the
clinical tests were performed. This evaluation was made from the use of a dry bar for tips,
measuring the distances between the points of contact and the tips of the papillae (PC - P) and
the contact points of the mesial and distal ends free (PC - PC and ELM - ELD respectively). The
design of the experimental situations was implemented taking into account the associations of
different distances interimplantar with different distances from the long bone crest, we found the
following provision: Location - 01 (PC3A) Distance from the point of contact to end the free
gingiva mesial to the left; Situation - 02 (PC3B) Distance from the point of contact, the gingival
interproximal distance being interimplantar of 2 mm, the left side of the mandible; Situation - 03
(PC3C) Distance from the point of contact, the gingival interproximal and interimplantar a
distance of 3 mm, the left side of the mandible; Situation - 04 (PC3D) Distance from the point of
contact to the extreme free gingival distal to the left position - 05 (PC5A) Distance from the
point of contact to the extreme free gingival mesial on the right side; Situation - 06 (PC5C)
distance from the interproximal gingival interimplantar the distance of 3 mm, right side of the
jaw; Situation - 07 (PC5B) Distance from the point of contact, the gingival interproximal the
distance interimplantar of 2 mm, the right side of the mandible and Situation - 08 (PC5D)
Distance from the point of contact to free distal end of the gingival on the right side. In
examining the measures of gingival heights are: PC3A an average of 2.9 ± 0.5 mm; PC3D 2.5 ±
0.5 mm; PC3B 1.8 ± 0.6 mm; PC3C 2.0 ± 0.8 mm; PC5A 3.0 ± 0.5 mm; PC5D 3.5 ± 0.4 mm;
PC5C 3.6 ± 0.4 mm and PC5B 3.9 ± 0.7 mm. As adherence to the assumptions of normal
distribution, independence among the subjects studied and matching between the different stages
have been completed, using the analysis of variance (ANOVA) for repeated measurements, the
two factors. Where ANOVA found the difference between the conditions tested, a posteriori
comparison was performed using the Bonferroni test. The significance level used for all tests was
0.05 (5%). Once the distances of 2.0 and 3.0 mm between adjacent implants showed no
significant difference in the formation of the papilla when prosthetic restorations are made with 3
or 5 mm distance between the point of contact and the bone crest. Considering the probable bone
resorption in both groups, where the distance from the point of contact to the bone crest was
originally the condition of 3 mm showed better results in the formation of papillae than the
distance of 5 mm in all cases studied. The presence of the point of contact 3-mm positively
influence the formation of papilla, when compared with regions of extreme freedom.
Keywords: 1. Dental papilla. 2. Bone resorption. 3. Dental Implantation Endoósseo. 4. Biological
Area. 5. Dental Prosthesis.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01
– Cronograma de desenvolvimento...................................................................
61
Figura 02
– Esquema da região dos 4 pré-molares mandibulares esquerdos e direitos,
os quais foram extraídos..................................................................................................... 63
Figura 03
– Esquema dos dentes que foram seccionados para a extração........................ 63
Figur
– Incisão sobre o rebordo alveolar esquerdo.....................................................
65
Figura 05
– Perfurações sendo executadas........................................................................ 65
Figura 06
– Vista oclusal de 3 implantes em posição....................................................... 65
Figura 07
– Esquema da localização e distâncias entre os implantes............................... 66
Figura 08
– Esquema mostrando o planejamento dos padronizadores e as fórmulas
utilizadas............................................................................................................................. 67
Figura 09
– Esquema da mandíbula evidenciando os implantes, e suas respectivas
distâncias............................................................................................................................ 68
Figura 10
– Esquema do método de aleatorização cross-location.................................... 68
Figura 11
– Transferentes em posição prontos para a moldagem da posição dos
implantes, observar o paralelismo e as corretas distâncias interimplantares conseguidas
com os padronizadores....................................................................................................... 69
Figura 12
Implante anterior com o provisório em posição, e o implante mediano e
posterior com o cicatrizadores............................................................................................ 70
Figura 13
– Coroa de niquel-cromo, posicionada no implante anterior............................ 71
Figura 14
-
Coroas de niquel-cromo posicionadas: no implante anterior e no implante
intermediário, o implante posterior continua com o cicatrizador....................................... 71
Figura 1
5
– Próteses metálicas definitivas ferulisadas com resina autopolimerizável
Duralay............................................................................................................................... 72
Figura 1
6
– Esquema evidenciando a distância do ponto de contato a papila gengival
(PC –P) formada entre os implantes e a distância entre o ponto de contato e o extremo
livre (CP- EL). ................................................................................................................... 73
Figura 1
7
-
Distribuição das situações que ocorreram do lado esquerdo, onde a distância
do ponto de contato à crista óssea era de 3 mm.
....................................................................
75
Figura 1
8
- Distribuição das situações que ocorreram do lado direito, onde a distância do
ponto de contato à crista óssea era de 5 mm.
...........................................................................
75
Figura 19
-
Gráfico demonstrativo das médias encontradas nas diferentes situações. (A =
Extremo
livre mesial; B = Distância interimplantar de 2 mm; C = Distância interimplantar
de 3 mm e D = Extremo livre distal).
.......................................................................................
82
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 Distribuição das situações levando em consideração o local da leitura e a
altura do ponto de contato..................................................................................................
75
Tabela 02 – Valores clínicos obtidos do lado esquerdo das mandíbulas dos cães............. 80
Tabela 03 - Valores clínicos obtidos do lado direito das mandíbulas dos cães.................. 81
Tabela 04 – Média das diferentes situações clinicas..........................................................
82
Tabela 05 - Análise de variância para amostras repetidas.................................................. 83
Tabela 06 - Valores médios (em mm; ±desvio padrão) para a medida entre ponto de
contato e papila. Horizontalmente, letras maiúsculas idênticas denotam semelhança
entre as situações. Verticalmente, letras minúsculas idênticas indicam semelhança entre
as duas alturas testadas entre ponto de contato e crista......................................................
84
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
USP Universidade de São Paulo
FORP Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
im.
Intramuscular
iv.
Intravenoso
p1e Primeiro pré-molar inferior esquerdo
p2e Segundo pré-molar inferior esquerdo
p3e Terceiro pré-molar inferior esquerdo
p4e Quarto pré-molar inferior esquerdo
p1d Primeiro pré-molar inferior direito
p2d Segundo pré-molar inferior direito
p3d Terceiro pré-molar inferior direito
p4d Quarto pré-molar inferior direito
R Raio
D Diâmetro
PC Ponto de contato
P Papila gengival
EL Extremo livre
®
Marca Registrada
LISTA DE SÍMBOLOS
Unidade Símbolo
Milímetro mm
Quilograma kg
Miligrama mg
Mililitro ml
Unidades Internacionais U. I.
Grama g
Newton N
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................
25
2. REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................
32
2.1 - DIMENSÕES DA JUNÇÃO DENTO GENGIVAL.......................................
33
2.2 - TECIDOS PERIMPLANTARES................................................................. 36
3. PROPOSIÇÃO.................................................................................................
58
4. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................
60
4.1 - FASE I CIRÚRGICA (1ª SEMANA)............................................................
62
4.2 - FASE II CIRÚRGICA (12ª SEMANA).........................................................
64
4.3 - FASE I PROTÉTICA (12ª SEMANA).........................................................
69
4.4 - FASE II PROTÉTICA (13ª SEMANA)........................................................ 70
4.5 - FASE III PROTÉTICA (14ª SEMANA)....................................................... 72
4.6 – LEITURAS CLÍNICAS E SACRIFÍCIO (24ª SEMANA).............................
73
4.7 – ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................... 76
5. RESULTADOS................................................................................................ 78
5.1 – RESULTADOS CLÍNICOS........................................................................
79
5.2 – RESULTADOS ESTATÍSTICOS............................................................... 83
6. DISCUSSÃO....................................................................................................
85
7. CONCLUSÕES................................................................................................
90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 92
I n t r o d u ç ã o | 25
INTRODUÇÃO
I n t r o d u ç ã o | 26
1 – Introdução
Os implantes dentais são considerados uma modalidade de tratamento bastante previsível
para a reposição de dentes perdidos (ALBREKTSSON et al., 1988). Os implantes
osseointegráveis devem oferecer, além de excelente função, ótima estética e fonética,
principalmente quando colocados em regiões anteriores, sendo que o critério para o sucesso
envolve o estabelecimento do contorno de tecido mole, apresentando a área interproximal intacta
(CHOQUET et al., 2001; BELSER; BUSER; HIGGINBOTTOM, 2004). O objetivo estético do
implante é similar ao da prótese convencional, entretanto, freqüentemente ocorrem situações nas
quais, devido às limitações na anatomia e qualidade óssea, os implantes não podem ser colocados
em posições ideais, que favoreçam a estética (AZZI et al., 2002).
A presença ou ausência da papila interproximal constitui uma das maiores preocupações
dos periodontistas, reabilitadores orais e pacientes. Sua perda pode levar a deformidades
estéticas, dificuldades fonéticas e impactação alimentar (TARNOW; CHO; WALLACE, 2000).
O sucesso das reabilitações bucais realizadas com implantes é altamente dependente da
integração entre os componentes dos implantes com os tecidos bucais, incluído os tecidos duros
e moles. A perda da crista óssea é freqüentemente observada durante o primeiro ano em que o
implante é colocado em função, seguida de mínima perda óssea, menor ou igual a 0,2 mm
anualmente. Foram descritos seis possíveis fatores etiológicos que justificam esta perda óssea,
dentre eles: trauma cirúrgico, sobrecarga oclusal, perimplantite, micro-distâncias, distâncias
biológicas e anatomia do implante na região da crista (OH et al., 2002; MORRIS et al.,2004).
A presença das distâncias biológicas ao redor do dente é bastante relatada na literatura.
Um estudo realizado por Gargiulo; Wentz; Orban (1961), através de necropsias, demonstrou as
I n t r o d u ç ã o | 27
dimensões fisiológicas do aparato de inserção, sendo a área do sulco gengival de
aproximadamente 0,69 mm, a média do comprimento do epitélio juncional de 0,97 mm e a média
do comprimento da inserção conjuntiva de 1,04 mm. Posteriormente, um estudo realizado in vivo
(VACEK et al., 1994) confirmou a consistência destas dimensões, embora tenha apresentado que
a média do tecido conjuntivo é de 0,77 mm e da inserção epitelial é de 1,14 mm.
De forma semelhante, a presença destas distâncias biológicas, ao redor dos implantes
também é verdadeira. Para os implantes de 2 estágios, estas estruturas se definem após a abertura
dos implantes, e para os implantes não submersos ou implantes de estágio único, estas distâncias
se formam a partir do momento da colocação (BUSER et al., 1992).
Berglundh et al. (1991) compararam a composição da gengiva em dentes naturais e da
mucosa em contato com os implantes e verificaram tecidos moles clinicamente saudáveis
envolvendo tanto dentes, quanto implantes. Além disso, os dois tecidos apresentaram várias
características microscópicas em comum: ambas as unidades teciduais estavam revestidas por
epitélio queratinizado, o qual era contínuo com o epitélio juncional, que nos dentes de implantes
igualmente se apresentava com extensão de 2 mm. O epitélio estava separado do osso alveolar
por uma zona de tecido conjuntivo >1 mm.
Características semelhantes da união mucosa/titânio, ou seja, um epitélio juncional e uma
zona de tecido conjuntivo foram relatadas em estudos que usaram sistemas de implante de uma e
duas fases (ABRAHAMSSON et al., 1996).
Cochran et al. (1997) avaliaram a presença das distâncias biológicas ao redor dos
implantes, comparando implantes não submersos, sem carga, e implantes com carga, e
concluíram que as dimensões e as relações da junção mucosa/implante são semelhantes aos
I n t r o d u ç ã o | 28
tecidos dento-gengivais. As medidas dos tecidos foram similares nas condições em presença e
ausência de carga.
Outra possível explicação para a perda óssea que ocorre ao redor dos implantes é o fato
de que após a exposição do implante e colocação das conexões uma interface implante/conexão é
estabelecida, e pode ocorrer uma reabsorção óssea em torno de 1,5 a 2,0 mm para apical
(HERMANN et al., 1997). A razão biológica para este fenômeno é que se irritantes crônicos,
como as bactérias, alcançam a interface implante/conexão, ou se as conexões são removidas após
a cicatrização inicial, o osso reabsorve criando uma distância, expondo a área irritada (COVANI
et al., 2006). Tarnow et al. (1986) relataram previamente através de resultados histológicos uma
resposta óssea similar em preparos subgengivais de coroas protéticas que violavam o aparato de
inserção nos dentes naturais.
Esta perda óssea que ocorre ao redor dos implantes pode interferir nos resultados
estéticos após a conclusão do tratamento restaurador, uma vez que a altura da crista óssea pode
influenciar na presença ou na ausência da papila interproximal (CAPPIELLO et al., 2008).
A distância vertical entre a base do ponto de contato dos dentes naturais até a crista óssea
é um fator importante na presença da papila interproximal. Quando sítios interdentais foram
avaliados, (TARNOW; MAGNER; FLECTHER, 1992) observou-se que: quando esta distância
se mantinha em torno de 5,0 mm ou menos a papila interproximal estava presente em 98% dos
casos. Quando a distância era de 6,0 mm a papila esteve presente em 56% das vezes e quando a
distância era de 7,0 mm ou mais a papila esteve presente em 27% das vezes. Embora outras
variáveis, tais como grau de inflamação, profundidade de sondagem, natureza fibrosa ou
edematosa dos tecidos, localização dos dentes: posteriores ou anteriores, histórico da terapia
I n t r o d u ç ã o | 29
cirúrgica ou não cirúrgica e presença de restaurações proximais possam contribuir para a
presença ou ausência das papilas.
Tornow; Magner; Flecther (1992), concluíram, ao avaliar 288 sítios, que a distância entre
a base do ponto de contato proximal à crista óssea constitui um fator determinante para a
presença da papila gengival. Transpondo a importância da presença do ponto de contato entre
dentes para tratamentos realizados com implantes. Garber; Salama; Salama (2001), verificaram
que, quando o implante está em posição, os tecidos circunjacentes precisam ser mantidos de
modo que a dimensão do tecido mole que se estende coronalmente da gengiva marginal livre até
a crista óssea tenha aproximadamente 3 mm de distância e esteja suportada completamente por
uma restauração protética, salientando que este tecido não é suportado por estrutura óssea.
Verificaram também que este tecido requer que uma leve pressão seja exercida lateralmente para
apoiar toda a altura da papila.
No estudo de Tarnow; Cho; Wallace (2000), foram avaliadas radiografias de 36 pacientes
que apresentavam 2 implantes adjacentes. A perda óssea lateral foi medida da crista óssea à
superfície do implante. Estes dados foram divididos em dois grupos baseados na distância entre
os implantes. Os resultados demonstraram que a perda da crista óssea nos implantes com
distância maior ou igual a 3 mm foi menor que nos implantes com distância menor que 3 mm. Os
dados encontrados revelaram que além de componentes verticais comumente estudados, a
influência de componentes laterais na perda óssea ao redor dos implantes. O significado clínico
deste fenômeno é que o aumento da perda da crista óssea resulta em um aumento da distância
entre a base do ponto de contato de coroas adjacentes e a crista óssea. Isto pode determinar se a
papila estará presente ou ausente entre dois implantes. Os autores sugerem o uso de implantes de
I n t r o d u ç ã o | 30
menor diâmetro com o propósito de beneficiar a estética, quando múltiplos implantes forem
colocados, principalmente em regiões anteriores.
Em outro estudo, realizado com o intuito de avaliar a influência tanto das distâncias
verticais como horizontais na incidência da papila interproximal entre implantes adjacentes e
entre dente implante, os autores concluíram que quando a distância entre implantes era menor do
que 3 mm, papila estava ausente, independentemente da distância vertical. Foi então descrito que
a melhor distância entre implantes ou entre dente/implante varia de 3 a 4 mm (GASTALDO;
CURY; SENDYK, 2004).
Scarano et al. (2004) avaliaram a distância interimplantar e a reabsorção óssea através de
análise histológica realizada em cães. Os autores concluíram que as distâncias interimplantares
influenciam a perda óssea lateral entre implantes adjacentes e ressaltam que o significado clínico
para este fenômeno é que o aumento da perda óssea resulta em maior distância entre a base do
ponto de contato e a crista óssea, sendo este um fator determinante para a presença ou a ausência
de papila entre implantes adjacentes.
Conforme citações anteriores (OH et al., 2002) o tecido ósseo ao redor dos implantes está
sujeito a modificações desde do momento da colocação dos implantes até após a conclusão do
tratamento protético restaurador. Estas alterações podem estar associadas à distância com que os
implantes contíguos são separados (TARNOW; CHO; WALLACE, 2000; GASTALDO; CURY;
SENDYK, 2004; SCARANO et al., 2004) à presença das conexões protéticas e à carga oclusal
(HERMANN et al., 1997).
I n t r o d u ç ã o | 31
Baseado nos estudos presentes na literatura este trabalho teve o objetivo de verificar em
um mesmo animal as diferenças das distâncias entre implantes e entre o ponto de contato
interproximal e a crista óssea.
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 32
REVISÃO DE
LITERATURA
“De tudo, ficaram três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto devemos:
Fazer da interrupção, um caminho novo...
da queda, um passo de dança...
do medo, uma escada e do sonho uma ponte...
da procura, um encontro.”
Fernando Pessoa
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 33
2.0 - Revisão de Literatura
2.1 - Dimensões da Junção dento gengival
Gargiulo; Wentz; Orban (1961), realizaram um estudo que permitiu o melhor
entendimento das alterações que podem ocorrer na junção dento-gengival. Os materiais para o
estudo foram medidas obtidas através de autópsias de 30 mandíbulas humanas, totalizando 287
dentes individuais. Trezentas e vinte e cinco superfícies foram mensuradas, sendo realizadas 83
medidas na superfície mesial, 82 na superfície distal, 82 na superfície vestibular e 78 na
superfície lingual. Os resultados apresentaram a média em milímetros das estruturas que
compõem a junção dento gengival: a medida da profundidade do sulco de 0,69 mm, a inserção
epitelial 0,97 mm e a inserção de tecido conjuntivo de 1,07 mm. Os autores também relataram
que a medida da inserção de tecido conjuntivo foi mais constante, e a estrutura mais variável foi
o comprimento da inserção epitelial.
Stern (1981), ao descrever os conceitos da junção dento-gengival relatou que as estruturas
do tecido epitelial e inserções conjuntivas ao redor dos dentes são tão dinâmicas quanto estáticas.
Ambos os componentes celulares e extracelulares exibem alta taxa de turn-over. Algumas células
são especializadas para funções especificas, assim como formação de inserção e a não geração de
células adicionais, mas áreas geradoras estão sempre ao redor. As células são capazes de
movimentar-se, e mudar de posição e o epitélio juncional pode avançar ou retrair. A regeneração
após ferimento é possível para os tecidos, a dinâmica para o grupo dos tecidos e bem adaptada
para a cicatrização de injúrias diretas produzidas durante a mastigação. Os tecidos apresentam
capacidade de reparo e regeneração, após a eliminação da placa bacteriana existente.
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 34
Tarnow et al. (1986), realizaram um estudo para avaliar a reposta da inserção gengival
humana quando coroas subgengivais invadem o aparato de inserção fisiológica dos dentes. Neste
estudo foram utilizados 13 dentes de 2 pacientes sendo 9 dentes anteriores, 1 pré-molar superior
e 3 incisivos inferiores. Os preparos das coroas foram realizados invadindo o espaço ocupado
pela inserção gengival. No momento das extrações os dentes foram extraídos em bloco. Os
espécimes foram descalcificados e preparados para análise histológica usando secções vestíbulo-
linguais seriadas. Os resultados histológicos revelaram modificação na unidade de inserção
supra-cristal dentro de uma semana após a colocação das coroas. A mudança na unidade
gengival consistiu de recessão marginal com migração apical e lateral da junção epitelial e
reabsorção da crista óssea. Os autores concluíram que estas respostas podem representar um
mecanismo de reforma da unidade de inserção gengival, devido as injúrias mecânicas e/ou
cirúrgicas nestes locais. Estas alterações são freqüentemente encontradas dentro de duas semanas
após as injúrias.
Tarnow; Magner; Flecther (1992), realizaram um estudo em humanos para determinar se
a distância da base da área de contato à crista óssea está correlacionada à presença ou ausência
da papila na região interproximal. Foram avaliados 288 sítios em 30 pacientes. Durante a
avaliação, se algum espaço fosse visível na região apical do ponto de contato, a papila era
considerada perdida. Quando não havia nenhum espaço na região logo abaixo do ponto de
contato, a papila era considerada presente. Os resultados encontrados apresentam que a papila
esteve presente em 100% dos casos em que a distância do ponto de contato à crista óssea era de 5
mm ou menos. Quando a distância era de 6 mm a papila esteve presente em 56% dos casos e
quando a distância era de 7 mm ou mais a papila esteve presente em 27% dos casos ou menos.
Os autores concluíram que a distância vertical da base do ponto de contato à crista óssea é um
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 35
fator determinante para a presença ou ausência de papila na região interproximal de dentes
adjacentes.
Vacek et al. (1994), examinaram a ocorrência natural das dimensões da junção dento
gengival das mandíbulas de 10 cadáveres humanos adultos. Foram mensuradas
histomorfometricamente a inserção de tecido conjuntivo (0,77 ± 0,32 mm), a inserção epitelial
(1,14 ± 0,49 mm), a perda de inserção (2,92 ± 1,69 mm) e a profundidade de sulco (1,34 ± 0,34
mm) em 171 superfícies dentais. Como conclusão, foi sugerido que a inserção de tecido
conjuntivo, apesar de apresentar uma largura variável, possui distribuição e freqüência mais
restrita que a inserção epitelial, a profundidade de sulco e a perda de inserção. Além disto,
também foi observado que a perda de inserção não pode ser prevista de acordo com o
comprimento da inserção de tecido conjuntivo.
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 36
2.2 - Tecidos Perimplantares
Em 1988 foi publicado o resultado de um estudo multicentro (ALBREKTSSON et al.,
1988), neste estudo participaram 14 profissionais da Suécia que tinha no mínimo 3 anos de
experiência com sistema de implante da Nobelpharma. O total de implantes colocados foi de
8.139. O critério de sucesso incluía: ausência de mobilidade, ausência de áreas radiolúcidas
observadas no raio-x e perda óssea anual, após o primeiro ano, menor que 0,2 mm. Na mandíbula
334 implantes foram acompanhados pelo período de 5 a 8 anos, com apenas 3 falhas, o índice de
sucesso foi de 99,1%. Na maxila 106 implantes foram acompanhados de 5 a 7 anos, o índice de
sucesso foi de 84,9%. Nas mandíbulas irradiadas e enxertadas, 56 implantes foram inseridos,
sendo que não houve nenhuma perda durante o acompanhamento por mais 5 anos. Na maxila
irradiada foram inseridos 16 implantes e 3 falharam. Na maxila com enxerto 71 implantes foram
inseridos, e 12 falharam. As proporções dos implantes na maxila e na mandíbula foram 0,8% e
0,3%; dos pacientes que desistiram dos implantes 0,3% e 0,6%; e os implantes dos pacientes que
faleceram durante o tratamento 0,9% e 1,2%, respectivamente. Os autores concluíram que
quando os implantes são colocados de acordo com o protocolo proposto por Branemark, os
resultados apresentados são de alto vel de sucesso clínico, caracterizando os implantes
osseointegráveis uma modalidade de tratamento bastante previsível.
Lindquist; Rockler; Carlsson (1988), relataram a perda óssea que ocorre ao redor dos
componentes protéticos implanto-suportados, em um estudo radiográfico em 46 pacientes
tratados com implantes do sistema Branemark, com acompanhamento durante 6 anos. Os
resultados revelaram que a perda óssea foi pequena, aproximadamente 0,5 mm durante o
primeiro ano e posteriormente a perda óssea variou entre 0,05 a 0,08 mm anualmente. Os autores
relataram que a higiene oral precária e o habito de ranger os dentes tiveram influência
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 37
significativa na perda óssea. A perda óssea foi maior nos implantes localizados em regiões mais
anteriores quando comparados com implantes posteriores.
Berglundh et al. (1991), em um experimento em es analisaram e compararam a
estrutura e a composição dos tecidos supra-alveolares, clinicamente saudáveis, adjacentes aos
dentes e aos implantes. Cinco cães Beagle foram utilizados. A região de pré-molares mandibular
do lado direito foi selecionada para colocação dos implantes e a mesma região do lado esquerdo
serviu de controle. Três meses após a extrações dos pré-molares foram colocados 3 implantes, e
foi aguardado o período de 3 meses para a colocação das conexões protéticas. Após 2 meses de
cicatrização o controle de placa foi iniciado e mantido por 8 semanas. Ao final do período de 8
semanas foram realizados exames clínicos e biópsias, tanto na região dos implantes como contra
lateralmente, na região dos pré-molares. Após processamento do material e análise
histomorfométrica, os autores encontraram os seguintes resultados: a mucosa perimplantar na
presença das conexões tem mais características em comum com o tecido gengival que envolve os
dentes. Ambas as unidades teciduais estavam revestidas por epitélio queratinizado, contínuo com
epitélio juncional em contato com esmalte ou com a superfície de titânio. Além disso, tanto as
unidades gengivais como perimplantares examinadas estavam livres de infiltrados de células
inflamatórias. Os autores sugeriram que ambos os tecidos gengivais e perimplantar tem potencial
para prevenir formação de placa subgengival. Nesse mesmo estudo, os autores verificaram que a
quantidade de colágeno na mucosa perimplantar é significativamente maior, e que a quantidade
de fibroblastos é significativamente menor, quando comparada com o tecido gengival. A
importância desta diferença entre os dois tecidos indica que o turn-over da mucosa perimplantar
é mais lento que o da gengiva.
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 38
As reações em tecido mole de implantes não submersos, não submetidos a carga, foram
avaliados por Buser et al. (1992). Neste estudo, 24 implantes foram colocados em 6 cães Beagle.
Estes implantes apresentavam na área da crista três diferentes tratamentos de superfície
(superfície rugosa com jateamento de areia, superfície rugosa com estreita faixa de jateamento de
areia e superfície polida). Após 3 meses, os implantes encontravam-se firmemente ancorados em
osso sem sinais clínicos de perimplantite. As secções histológicas comprovaram a
osseointegração dos mesmos através de contato ósseo direto. Quanto às estruturas epiteliais, foi
observado um sulco perimplantar com epitélio sulcular não-queratinizado e epitélio juncional.
Nenhuma das secções exibiu migração apical do epitélio. Na área supracristal, foi obtido um
contato direto entre tecido conjuntivo e implante. Uma larga zona de fibras circulares densas, de
aproximadamente 50 a 100 microns, foi encontrada próxima à superfície implantar. A mesma
não apresentava vasos sanguíneos e se assemelhava a um tecido cicatricial livre de inflamação.
Adicionalmente, tal zona estava rodeada por um tecido conjuntivo frouxo composto por uma
porção de fibras colágenas correndo em várias direções. Não foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes quanto às reações de tecido mole entre as diferentes superfícies de
implante. Em particular, o comprimento de tecido conjuntivo de contato direto foi similar para
todos os implantes. Em relação às reações de tecido ósseo, uma distância significativamente
menor entre o topo do implante e a porção mais coronal de contato osso-implante foi observada
nos implantes de superfície rugosa. Foi concluído que implantes não submersos, não submetidos
à carga, alcançam integração tecidual livre de complicações com tecido conjuntivo denso em
contato direto com a superfície implantar na área supracristal e estruturas epiteliais similares
àquelas observadas ao redor de dentes naturais. As superfícies de diferentes texturas não
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 39
influenciam o padrão cicatricial dos tecidos moles, porém apresentaram influência na localização
do contato mais coronal entre osso e implante.
Quirynen; Steenberghe (1993), realizaram um estudo onde o objetivo foi investigar a
presença de microrganismos na região entre o implante e o abutment este estudo foi realizado
com implantes do sistema Branemark. Em 9 voluntários a parte apical de 2 abutment em posição
durante 3 meses, foram examinados, através da microscopia de contraste. Todos apresentaram
uma significativa quantidade de microrganismos, cocos (86,2%) e bacilos (12,3%). Organismos
móveis (1,3%) e espiroquetas (0,1%) foram registrados esporadicamente. A presença destes
microrganismos é a provável origem da contaminação na região interna nos implantes de dois
estágios.
Abrahamsson et al. (1996) realizaram um estudo com intuito de avaliar os tecidos
marginais perimplantares de implantes de 1 e 2 estágios de diferentes sistemas de implantes. Para
este estudo foram utilizados 5 cães, os quais tiveram seus pré-molares mandibulares extraídos.
Após o período de cicatrização de 3 meses em cada quadrante mandibular 1 implante de cada
sistema (Astra®, Branemark®, ITI®) foi colocado de maneira aleatória, seguindo as
recomendações dos fabricantes. Para os sistemas Astra® e Branemark®, a margem do implante
coincidia com o nível da crista óssea enquanto que para o sistema ITI® a borda entre a superfície
de plasma spray e lisa foi posicionada no nível da crista óssea. Após 3 meses de cicatrização, as
conexões foram colocadas no implantes de 2 estágios (Astra® e Branemark®). Após 6 meses de
controle de placa, os animais foram sacrificados e biópsias de cada região foram dissecadas. As
amostras dos tecidos foram preparadas para análise microscópica. A mucosa se formou na
superfície do titânio nos implantes de 1 e 2 estágios. O tecido epitelial e o tecido conjuntivo
apresentaram dimensões e composições similares nos três sistemas estudados. A quantidade de
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 40
osso lamelar na região perimplantar para os três sistemas apresentou-se idêntica. Os autores
sugeriram que quando a instalação do implante é feita de forma correta, garante condições de
cicatrização para ambos os tecidos, moles e duros, e que a geometria dos implantes apresenta
limitada importância.
Berglundh; Lindhe (1996), realizaram um estudo com o objetivo de determinar a
dimensão da inserção da mucosa perimplantar em locais onde a altura da mucosa era
insuficiente. Foram utilizados 5 cães, e após 3 meses das extrações dos pré-molares
mandibulares os implantes foram instalados. Aguardando o período de cicatrização de 3 meses,
as conexões foram instaladas, do lado controle, de acordo com o sistema Branemark®.
Contralateralmente (lado teste) uma incisão que não se estendia até o periósteo foi feita na crista.
O tecido mole foi dissecado e o tecido conjuntivo abaixo do retalho foi excisionado. O periósteo
foi subseqüentemente incisado, as conexões foram colocadas e o retalho foi suturado. Após um
período de 6 meses, com controle de placa os animais foram sacrificados e as amostras das
biópsias foram processadas e analisadas. O comprimento encontrado do epitélio juncional foi de
2,1 mm para o grupo controle e 2,0 mm para o grupo teste. A altura do tecido conjuntivo supra-
ósseo variou de 1,3±0,3 mm (grupo teste) e 1,8±0,4 mm (grupo controle). Os autores verificaram
que nos tios onde a crista da mucosa era = 2 mm antes da colocação das conexões, durante a
cicatrização da ferida ocorria reabsorção óssea. Isto implica na necessidade de uma quantidade
mínima da mucosa perimplantar e que a reabsorção óssea pode acontecer para permitir a
formação de um tecido mole estável.
Hammerle et al. (1996), avaliaram o efeito da colocação de implantes abaixo da crista nos
tecidos periplantares duros e moles. Este estudo avaliou clínica e radiograficamente a resposta
dos tecidos perimplantares. Foram selecionados 11 pacientes, os quais receberam 2 implantes em
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um mesmo quadrante (teste e controle). A colocação dos implantes foi randonizada, de modo que
um dos implantes foram colocado seguindo as normas do fabricante (controle) e o outro implante
foi colocado de modo que a porção mais apical do implante ficasse aproximadamente 1 mm
abaixo da crista óssea alveolar. Os autores concluíram, ao final de 12 meses, que a reabsorção da
crista óssea também ocorreu nos implantes colocados abaixo da crista óssea, sendo que o osso
adjacente à superfície polida dos implantes colocados mais profundamente foi também perdido
ao longo do tempo. Do ponto de vista biológico, a colocação dos implantes abaixo da crista óssea
não é recomendada.
Por sua vez, Liljenberg et al. (1996), investigaram algumas características da mucosa
alveolar em humanos, antes e depois da instalação de implantes. Nove pacientes parcialmente
edentulos foram incluídos neste estudo. Previamente à instalação, um sítio de cada paciente foi
selecionado para biópsia de tecido mole. A colocação dos conectores bem como a terapia
restauradora foi realizada após 3 - 6 meses. Seqüencialmente, após 6 meses de função dos
implantes, outras amostras de tecido mole foram obtidas da mucosa queratinizada perimplantar
dos sítios primeiramente biopsiados. As biópsias foram divididas em porção mesial e distal, as
quais passaram por tratamentos diferentes. Enquanto a porção mesial foi fixada e embebida in
EPON, gerando secções as quais foram coradas com PAS e toluidina azul para a análise
histométrica e morfométrica; a porção distal foi embebida, tratada com nitrogênio liquido e
acondicionada e freezer a -70° C. De cada uma destas últimas porções foram obtidas 15 secções,
que foram finalmente expostas a uma coloração imuno-histoquímica para serem examinadas
morfometricamente. Quanto aos resultados, ambos os tecidos apresentaram epitélio oral bem
queratinizado e tecido conjuntivo cuja composição foi quase idêntica quanto a colágeno, células
estruturais e vasculares. A mucosa perimplantar, no entanto, incluiu adicionalmente um epitélio
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juncional, que evidentemente permitiu a penetração de produtos provenientes da cavidade oral.
Como conseqüência, a mucosa perimplantar em comparação com a mastigatória demonstrou
conter um número significativamente maior de células inflamatórias.
Weber et al. (1996), realizaram um estudo histométrico dos tecidos que envolvem os
implantes, submersos e não submersos. Os implantes foram colocados em 6 mandíbulas de es
Beagle. Totalizando 19 implantes submersos e 19 implantes não submersos. Após 3 meses de
cicatrização abutments transmucosos foram colocados nos implantes que haviam ficado
submucosos. Após 6 semanas do segundo estágio cirúrgico os cães foram sacrificados e os
espécimes foram processados para a análise histológica e histométrica. Foram feitas as seguintes
análise: distância do topo do implante à borda mucosa (DI-M), extensão da migração epitelial
(ME), vel de inserção (NI), comprimento do tecido conjuntivo (CTC) e distância do primeiro
contato osso implante (COI) Não foram encontradas diferenças significativas entre implantes
submersos e não submersos para DMI, CTC e COI. Entretanto, diferenças significativas foram
observadas para NE e NI. Este estudo em cães indicou que a extensão apical do epitélio
perimplantar é significativamente maior e o nível de inserção menor para os implantes
submersos com 2 estágios, quando comparados com implantes de 1 estágio não submersos.
Com o propósito de avaliar a formação das distâncias biológicas ao redor dos implantes,
Cochran et al. (1997), realizaram uma análise histométrica da junção implanto-gengival ao redor
de implantes com e sem carga não submersos. Um total de 69 implantes com superfícies de
plasma spray de titânio (TPS) e tratada com jateamento de areia associada ao ataque ácido (SLA)
foram colocados em 6 cães. Dois cães foram sacrificados após um período de cicatrização inicial,
aos 3 meses (grupo dos implantes sem carga) e os outros 4 cães foram sacrificados após 12
meses. Durante a análise histométrica foram avaliadas as seguintes estruturas: profundidade do
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sulco (PS); dimensões do epitélio juncional (EJ);e o contato com o tecido conjuntivo (CTC). As
médias dos valores em 3 meses para implantes sem carga foram as seguintes: 0,49 mm (PS), 1,16
mm (EJ) e 1,36 mm (CTC). Em 3 meses para os implantes com carga: 0,50 mm (PS), 1,44 mm
(EJ) e 1,01 mm (CTC). Após 12 meses com carga os valores encontrados foram: 0,16 mm (PS),
1,88 mm (EJ) e 1,05 mm (CTC). As medidas foram similares nos diferentes períodos analisados.
Os autores concluíram que a distâncias biológicas existem ao redor dos implantes com e sem
carga, submersos ou não submersos, e que estas dimensões são formadas fisiologicamente e
estabelecidas, como ao redor dos dentes naturais.
Hermann et al. (1997), realizaram um estudo radiográfico para avaliar as mudanças que
ocorrem na crista óssea ao redor de implantes não submersos (sem carga) comparados com
implantes submersos. Foram utilizados 5 cães, os quais receberam 59 implantes em diferentes
níveis da crista óssea alveolar. Foram realizadas radiografias no momento da colocação dos
implantes, e mensalmente até o sacrifício, aos 6 meses. Radiograficamente foram realizadas
medidas da distância entre o topo do implante/conexão até o ponto mais coronal do contato osso-
implante e avaliação da densidade óssea através de densitometria. Os resultados revelaram que:
para os implantes não submersos e submersos, o contato osso-implante mais coronal foi
localizado consistentemente 2 mm abaixo das micro-distâncias. Além disso, concluiu-se que as
distâncias biológicas são estabelecidas pela junção implanto-gengival similarmente com as
dimensões que ocorrem ao redor dos dentes formadas pelas estruturas que compõem a junção
dento-gengival.
A inserção da mucosa em diferentes conectores (abutments) foi investigada por
Abrahamsson et al. (1998), em um estudo experimental em cães. Para tanto foram extraídos os
três pré-molares maxilares de 5 cães de raça Beagle, os quais foram substituídos posteriormente
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por três implantes do sistema Branemark®, totalizando 6 implantes por animal. Os conectores
foram instalados após 3 meses de cicatrização. Em cada cão foram utilizados: 2 “conectores
controle” (titânio puro), 2 “conectores cerâmicos” (alumina), 1 conector de ouro e um conector
de titânio pequeno”. Este último era composto de uma estrutura externa feita de porcelana dental
fundida ao ouro. A partir de então um programa de controle de placa foi estabelecida por 6
meses, momento em que os cães foram sacrificados. As mandíbulas foram removidas, a região
contendo cada implante foi separada desmineralizada em EDTA e embebida em EPON. Secções
histológicas, representando os tecidos perimplantares de todas as superfícies foram realizadas e
examinadas. Os achados desta análise demonstraram que o material que compõe o conector
influência a localização e a qualidade de inserção que ocorre entre mucosa e o implante. Os
conectores de titânio puro e de cerâmica permitem a inserção tanto de tecido epitelial quanto de
tecido conjuntivo. Em contrapartida, nos sítios em que os conectores de ouro e de porcelana
foram utilizados, não houve uma inserção propriamente dita, o tecido mole marginal sofreu
recessão acompanhando a reabsorção óssea. Dentro deste contexto, foi sugerido que as
diferenças encontradas podem resultar das diferentes propriedades adesivas dos materiais que
compõem os conectores estudados, ou de suas também diferentes resistências à corrosão.
O protocolo convencional para colocação de implantes submersos e não submersos,
proposto durante as duas últimas décadas, foi bastante pesquisado em estudo multicentro
apresentando taxas de sucesso satisfatórias para ambos os protocolos e uma similar perda óssea
perimplantar após a colocação de carga (variando entre 0,5 mm a 1,5 mm). Davarpanah;
Martinez; Tecucinau (2000), relataram que o posicionamento do colar do implante supracristal
posicionado no sentido ápico-coronal tem sido proposto para áreas posteriores utilizando
implantes submersos. Os autores revelaram que este posicionamento facilita a segunda fase
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cirúrgica, bem como a fabricação de restaurações protéticas e limita a diferença no nível da crista
óssea entre implantes e entre dentes adjacentes, e ainda limita a perda óssea na região cervical.
Hermann et al. (2000), realizaram um estudo histológico em cães e avaliaram as
mudanças que ocorrem na crista óssea ao redor de implantes. A avaliação foi entre implantes
submersos e não submersos, sem carga. Um total de 59 implantes foi colocado randomicamente
em áreas edêntulas de mandíbulas de 5 cães, formando 6 subgrupos (A-F). Os implantes tinham
superfície lisa na porção coronal e rugosa (jateada + ataque ácido SLA) na porção apical. Os
implantes dos subgrupos (A-C) foram colocados de maneira não submersos enquanto que os
implantes dos grupos (D-F) foram inseridos de forma que os implantes ficassem submersos. Os
subgrupos foram divididos em: (A) Implantes colocados no nível da crista alveolar; (B) 1 mm
abaixo da crista alveolar; (C) a conexão foi colocada no momento da cirurgia, e a interface
implante/conexão estava localizada no nível da crista óssea; (D) a interface foi localizada no
nível da crista óssea; (E) 1 mm abaixo da crista óssea; e (F) 1 mm acima da crista óssea. Após 6
meses os animais foram sacrificados e os espécimes foram preparados para análise histológica
para avaliação dos níveis da crista óssea perimplantar. Os resultados das avaliações histológicas
demonstraram que as mudanças ocorrem na crista óssea durante a fase inicial da cicatrização
após a colocação dos implantes. Além disso, estas alterações são dependentes da característica de
superfície dos implantes e da presença ou ausência, bem como a localização da interface
(microgap). As mudanças que ocorrem na crista óssea independem da técnica cirúrgica utilizada
(submersos ou não submersos).
Por sua vez Tarnow; Cho; Wallace (2000), avaliaram o efeito da distância interimplantar
na altura da crista óssea entre implantes adjacentes. Avaliaram radiografias de 36 pacientes com
2 implantes adjacentes. A perda óssea lateral foi medida da crista óssea até a superfície do
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implante. Além disso, foi traçado uma linha na porção mais apical dos implantes, unindo os
implantes adjacentes para medir a perda da crista óssea em altura. Os dados foram divididos em
2 grupos, baseados na distância interimplantar. Este estudo demonstrou que existe, além do
componente vertical, um componente lateral para a perda óssea ao redor dos implantes. O
significado clínico deste fenômeno é que a reabsorção da crista óssea resulta em aumento na
distância entre a base do ponto de contato das coroas adjacentes e a crista óssea, podendo
determinar se a papila estará presente ou ausente entre os dois implantes, conforme o estudo de
Tarnow; Magner; Flecther (1992), em dentes naturais. Os autores também sugeriram a utilização
de implantes com menor diâmetro, quando múltiplos implantes forem utilizados em áreas
estéticas, para que exista uma distância mínima de 3 mm entre os implantes.
Outro estudo objetivando avaliar a presença da papila entre dentes e implantes, foi
desenvolvido por Chorquet et al. (2001), uma avaliação retrospectiva clínica e radiográfica do
nível de papila ao redor de próteses sobre implantes e de seus dentes adjacentes foi feita em 26
pacientes reabilitados com 27 implantes na região anterior da maxila. Seis meses após a
colocação dos implantes, 17 implantes foram expostos ao meio bucal com uma técnica padrão,
enquanto que 10 implantes foram expostos ao meio bucal com uma técnica desenhada para
favorecer a formação de papila ao redor dos implantes. Cinqüenta e duas papilas foram avaliadas
clínica e radiograficamente. A presença e/ou ausência das papilas foi determinada, e os efeitos
das seguintes variáveis foram analisados: a influência de 2 técnicas cirúrgicas; a relação vertical
entre a altura da papila e a crista óssea, implante e dente adjacente; a relação vertical entre o
nível da papila e o ponto de contato entre as coroas do dente e do implante; e a distância do
ponto de contato à crista óssea. Os resultados encontrados mostraram que, quando a distância do
ponto de contato à crista óssea era de 5 mm ou menos, a papila esteve presente em 100% das
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 47
vezes. Quando a distância era de = 6 mm, a papila esteve presente em 50% das vezes ou menos.
A média da distância entre a crista óssea e o pico da papila (altura do tecido mole interproximal)
foi de 3,85 mm. Quando foi comparada a técnica cirúrgica convencional com a modificada, a
relação mudou de 3,77 mm para 4,01 mm respectivamente. Os autores concluíram que os
resultados apresentaram claramente a influência da crista óssea na presença ou ausência da
papila entre implante e dente adjacente. Os resultados também apresentam influência positiva
para a técnica cirúrgica modificada, que tinha como objetivo a reconstrução da papila no
momento da reabertura dos implantes.
Garber; Salama; Salama (2001), descreveram o sucesso dos implantes imediatos. Os
autores descreveram uma geração de técnicas, incluindo a extração atraumática dos dentes
comprometidos, com simultânea colocação de implantes com formato de raiz. Esta técnica de
colocação imediata de implantes e restaurações protéticas mantém o osso e os tecidos moles. Os
autores concluíram que quando o implante está em posição, os tecidos circunjacentes precisam
ser mantidos. A dimensão do tecido mole que se estende da mucosa marginal até a crista óssea,
tem aproximadamente 3 mm e está suportada completamente por uma restauração protética, e
que este tecido requer uma leve pressão lateral para apoiar toda a altura da papila.
Holt et al. (2002), descreveram que o estabelecimento das distâncias biológicas pode ser
a principal causa para o remodelamento ósseo em direção apical. Um novo desenho de implante
que conceitualmente pode minimizar o remodelamento ósseo e promover um melhor contorno
ósseo e gengival foi sugerido. Uma plataforma oclusal em harmonia com as distâncias biológicas
ao redor da circunferência dos implantes pode ajudar a preservar o osso proximal quando for um
implante isolado e entre implantes, suportando e mantendo a papila e o contorno gengival. Para
os autores esta sugestão é de particular importância em áreas estéticas quando a perda óssea
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interproximal entre implantes ou entre dentes adjacentes podem causar uma redução na altura da
papila gengival.
O sucesso dos implantes é altamente dependente da integração entre o implante e os
tecidos duros e moles perimplantares. A reabsorção óssea que ocorre na região da crista alveolar
é freqüentemente observada durante o primeiro ano em que o implante é colocado em função,
seguido de uma mínima perda anual de = 0,2 mm (BRAGGER et al., 1998).
Um dos principais critérios para a avaliação do sucesso de implante é a determinação do
nível da crista óssea ao redor do mesmo (ALBREKTSOON et al., 1986) tendo em vista que a
preservação da altura óssea marginal é considerada de fundamental importância para a
manutenção dos implantes osteointegrados (CATON et al., 1994; MOMBELLI; LANG, 1994).
Oh et al. (2002), em uma revisão de literatura descreveram 6 possíveis fatores etiológicos
que podem justificar esta perda óssea, incluído o trauma cirúrgico quando na presença do
trauma cirúrgico a cicatrização dos implantes freqüentemente resulta em tecido conjuntivo
fibroso. O trauma cirúrgico pode ser conseqüentemente da elevação da temperatura no momento
das perfurações. A temperatura crítica para evitar a necrose do osso durante o preparo do leito
deve ser em torno de 47° C por 1 minuto ou 40° C por 7 minutos. As micro-distâncias existentes
entre implante/conexão aumentam o risco de contaminação microbiana, que pode evoluir para
uma perimplantite. Entretanto as micro-distâncias não devem ser consideradas como a única
causa para perda óssea ao redor dos implantes durante a fase inicial da cicatrização; a sobrecarga
é considerada umas das maiores causas de falhas dos implantes.
Fatores anatômicos, tais como a qualidade e a forma do tecido ósseo e as características
do implante, incluído o comprimento, a área de superfície (ADELL et al., 1990; FRIBERG et al.,
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 49
1991; JAFFIN; BERMAN, 1991; SUZUKI; AOKI; OHYA, 1997) a superfície, a localização, o
tempo de colocação (SCHWATZ-ARAD et al., 2004; PONTES et al., 2008) e a carga oclusal
(BRUNSKI et al., 1979; VAN STEENBERGHE et al., 1999), têm sido relacionados com a
ocorrência de perda óssea na região da crista alveolar.
Vários trabalhos têm indicado que a sobrecarga oclusal freqüentemente resulta na perda
óssea marginal ou na perda de inserção dos implantes osseointegrados (PERRY;
LENCHEWSKI, 2004; DEGIDI et al., 2005). Também foi relatado que, quando o trauma de
oclusão esta associado com inflamação, a progressão da destruição óssea é acelerada (FRIBERG;
HENNINGSSON; JEMT, 2005). Entretanto, como a maior perda óssea é encontrada durante o
primeiro ano em função, os autores (LANG et al., 2004) sugeriram que a razão para este
fenômeno está numa possível redução da carga oclusal ou no aumento da resistência à carga
oclusal após o primeiro ano em função, incluindo uma adaptação funcional da musculatura
bucal, desgaste do material protético e ou aumento da densidade óssea após certo período de
tempo. Resumidamente, a perda óssea ao redor dos implantes ocorre na presença de estresse
excessivo, por esta razão a perda óssea inicial pode ser induzida pela sobrecarga ou vários tipos
de estresse excessivo em uma interface imatura osso-implante no estágio inicial da função dos
implantes. Também isto pode explicar a forma acelerada da reabsorção óssea que circunda o colo
dos implantes no primeiro ano em função.
Depois da sobrecarga oclusal, a perimplantite é a segunda causa mais comum de perda de
implantes (PERSON et. al., 1999). A correlação entre o acúmulo de placa e a perda óssea
progressiva ao redor dos implantes é bem relatada, tanto em estudos experimentais como em
estudos clínicos. Assim como em dentes naturais, a inflamação da mucosa perimplantar e a
perimplantite ocorrem como resultado da perda de equilíbrio entre parasita e hospedeiro.
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Entretanto, não evidências de que a perimplantite induz a perda da crista óssea durante a
cicatrização inicial. Porém, a perda da crista óssea pode resultar num meio ambiente favorável
para bactérias anaeróbicas, contribuindo para maior perda óssea (PAPALEXIOU et al., 2004;
VAN DER WEIJDEN et al., 2005)
Outro fator que pode levar à perda óssea é a anatomia do implante na região da crista
óssea, a qual pode ser a ideal para receber as forças oclusais após a colocação das próteses
(LAZZARA; POTER, 2006)
A formação das distâncias biológicas é um dos 6 fatores relatados por Oh et al. (2002).
Assim como dentes naturais, as distâncias biológicas são formadas pelo sulco gengival, inserção
epitelial e inserção conjuntiva. Ao redor dos implantes a formação de uma zona ocupada pela
inserção epitelial e uma zona ocupada pela inserção conjuntiva. A inserção epitelial, tanto nos
dentes como nos implantes, é composta de hemi-desmossomos e lâmina basal, ao passo que a
direção das fibras colágenas da inserção conjuntiva, são paralelas em direção à superfície dos
implantes e perpendiculares nos dentes naturais. Os autores basearam-se em resultados de vários
trabalhos e concluíram que a perda óssea inicial que ocorre ao redor dos implantes é em parte
estabelecida pelo processo de formação das distâncias biológicas.
Piattelli et al. (2003), avaliaram o papel do microgap entre implante e conexão, em um
estudo histológico em macacos. Neste estudo avaliaram a resposta óssea em implantes instalados
1 a 2 mm acima da crista alveolar (grupo 1-15 implantes), no nível da crista alveolar (grupo 2-12
implantes) e 1 a 1,5 mm abaixo da crista alveolar (grupo 3-13 implantes). Os implantes tiveram
carga precoce, carga imediata e/ou foram colocados imediatamente após às extrações. Os
resultados revelaram para o grupo 1 um aumento ósseo de 0,13 ± 0,12 mm em direção coronal.
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Para o grupo 2 foi encontrado uma perda óssea vertical de 2,1 ± 2,9 mm. Para o grupo 3 foi
observada uma perda óssea vertical que se estendia em direção apical com média de 3,6 ± 0,46
mm. Para os três grupos as diferenças observadas foram estatisticamente significantes. Os
resultados encontrados confirmaram outros achados da literatura: quando microgap foi
direcionado coronariamente para fora da crista alveolar foi constatada menor perda óssea, e
quando o microgap foi direcionado apicalmente, maior reabsorção óssea foi observada. Os
autores também concluíram que este remodelamento independe se a carga é precoce ou imediata,
ou seja, os implantes foram colocados de forma imediata.
Tarnow et al. (2003), avaliaram a distância vertical da crista óssea na altura da papila
inter proximal entre implantes adjacentes. Foi avaliado o total de 136 regiões interimplantares de
33 pacientes, por 8 examinadores diferentes em 5 consultórios particulares. Os pacientes foram
anestesiados e uma sonda periodontal padronizada foi colocada verticalmente entre a papila e a
crista óssea. As medidas foram arredondadas em milímetros. A média da altura do tecido papilar
entre dois implantes adjacentes foi 3,4 mm variando entre 1 e 7 mm. Os autores concluíram que
é necessário ter cautela em procedimentos clínicos quando 2 implantes adjacentes são colocados
em áreas estéticas. Na maioria dos casos avaliados no presente estudo, ocorreu somente a
formação de 2, 3, ou 4 mm de tecido mole sobre a crista óssea interimplantar. Estes resultados
indicam que modificações nos planos de tratamento são necessárias quando a estética é crítica
para o sucesso do tratamento.
Gastaldo; Cury, Sendyk (2004) avaliaram o efeito das distâncias verticais e horizontais
entre implantes adjacentes e entre dente e implante na incidência da papila interproximal. Foram
analisadas em 48 pacientes, 96 áreas interproximais entre implantes (grupo 01) e 80 entre
dente/implante (grupo 02). As distâncias medidas foram do ponto de contato à crista óssea (D1),
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 52
a distância entre dente implante ou implante/implante (D2), e a distância da base do ponto de
contato ao topo da papila (D3). Os resultados mostraram para ambos os grupos, que quando D2
foi de 3; 3,5 ou 4 mm, a papila esteve presente na maioria das vezes, e quando foi de 2 ou 2,5
mm a papila esteve ausente em 100% dos casos, durante todo o período de avaliação; quando D1
foi entre 3 a 5 mm a papila esteve presente na maioria das vezes. Entretanto, no grupo 1, somente
quando D1 foi de 3 mm, e que a papila esteve presente na maioria das vezes. Para ambos os
grupos a analise da interação entre D1-D2 apresentaram que D2 foi 2,5 mm, a papila esteve
ausente; por outro lado quando D2 foi = 3 mm, houve interação entre D1 e D2. Os autores
concluíram que a distância ideal da base do ponto de contato à crista óssea entre implantes
adjacentes é 3 mm e, entre dente/implante varia entre 3 5 mm. A distância lateral ideal entre
implante e dentes está entre 3 e 4 mm. Além disso, interação entre as distâncias vertical e
horizontal quando o espaço lateral é maior do que 3 mm.
Hartman; Cochran (2004), avaliaram radiograficamente o remodelamento ósseo que
ocorreu quando se utilizava um sistema de implante de peça única. Neste estudo 27 pacientes
receberam implantes na região da maxila e 15 na mandíbula. Todos os implantes foram
colocados de forma não submersa e com variação de localização de borda rugosa-lisa em relação
à crista óssea alveolar. Exames clínicos e radiográficos foram feitos no momento da instalação
dos implantes, aos 6 meses, e anualmente durante 5 anos. Foram realizadas, nas radiografias
digitais, medidas lineares a partir do primeiro contato osso-implante. Os resultados encontrados
revelaram significativo remodelamento ósseo quando comparado com o momento da colocação
dos implantes e aos 6 meses (1,10 mm), seguindo de (0,1 mm) no período remanescente. Foi
estabelecida uma relação entre a quantidade de remodelamento ósseo e a localização da borda
rugosa lisa, considerando-se a posição na crista óssea alveolar. Estes implantes colocados abaixo
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 53
da crista tiveram, em dia, uma maior quantidade de remodelamento em seis meses (1,72 mm)
que os implantes colocados no da crista óssea (0,68 mm). Em ambas as situações, este
remodelamento: 1) ocorreu precocemente (6 meses) 2) alcançou o mesmo vel e 3) permaneceu
sem grandes alterações ao longo de 60 meses (0,05 mm). Os autores concluíram que uma
dimensão fisiológica parece existir entre osso e a interface coroa-implante ao redor dos implantes
de uma peça, a qual é estabelecida inicialmente e mantida ao longo do tempo. Estes resultados
são significativos porque demonstram em pacientes que a quantidade do remodelamento ósseo
inicial ao redor destes implantes é dependente do posicionamento da borda lisa-rugosa na
dimensão ápico-coronal. Além disso, a dimensão da interface coroa-implante até o primeiro
contato osso-implante é compatível com a formação de uma distância biológica similar à
encontrada ao redor dos dentes naturais.
Segundo Scarano et al. (2004), a perda da crista óssea que ocorre ao redor dos implantes
pode determinar o posicionamento mais apical da margem gengival. Os autores realizaram um
estudo histológico em cães para avaliar a relação da distância interimplantar na reabsorção da
crista óssea alveolar. Cada cão recebeu 10 implantes (5 na hemi-mandíbula esquerda e 5 na
hemi-mandíbula direita) totalizando 60 implantes. Os implantes foram divididos foram divididos
em 4 grupos: grupo 1 - distância interimplantar de 2 mm; grupo 2 - distância de 3 mm; grupo 3 -
distância de 4 mm, e grupo 4 - distância de 5 mm. Os cães foram sacrificados após 12 meses. Os
resultados apresentam uma perda óssea vertical para o grupo 1 de 1,98 mm, para o grupo 2 de
1,78 mm para o grupo 3 de 1,01 mm e de 0,23 mm para o grupo 4. As diferenças foram
estatisticamente significantes entre todos os grupos, com a exceção dos grupos 1 e 2. Os autores
concluíram que o aumento da perda óssea resulta em aumento da distância entre a base do ponto
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de conato à crista óssea, e que este fato pode determinar a presença ou ausência da papila entre
dois implantes adjacentes.
Novaes et al. (2006), avaliaram a zona entre implantes em cães após colocada as coroas
metálicas com 5 mm de distância entre o ponto de contacto (PC) e a crista óssea. (CO). Os pré-
molares mandibulares de 6 cães foram extraídos bilateralmente. Após 12 semanas de espera,
cada cão recebeu 8 implantes. De cada lado, 2 implantes foram separados em 2 mm (grupo 1) e 2
de 3 mm (grupo 2). Depois de um período de 3 meses, os implantes foram restaurados com
prótese temporária de resina acrílica, e após mais 4 semanas, foram confeccionadas as próteses
metálicas. Após 8 semanas, a distância entre o PC e a papila (P) foi medida. A distância entre
uma linha que vai do PC e da altura ao gengival da região distal da prótese (ED) também foi
mensurada. Imagens radiográficas digitais foram obtidas para avaliação da distância PC - CO e
CO - P, para uma análise da reabsorção óssea das superfícies adjacente ao implante. A mediana
das distâncias PC - P foram 1,75 mm e 1,98 mm para os grupos 1 e 2, respectivamente; as
distâncias medias de PC - ED foram 2,60 e 2,69 mm, respectivamente. A média das distâncias
CO - PC foram 5,64 mm e 6,45 mm, para os grupos 1 e 2, respectivamente; as médias das
distâncias CO - P foram 3,07 mm e 3,55 mm, respectivamente. As diferenças nas distâncias de 2
e 3 mm entre implantes não apresentaram diferenças significativas na formação de papilas ou na
reabsorção da crista óssea. Os autores concluíram que as distâncias do ponto de contato à crista
óssea para próteses devem ser diferentes das dos dentes naturais porque, em dentes naturais, a
largura biológica está presente e, no caso de implante tal irá ocorrer na seqüência de segunda
fase cirúrgica, quando a perda óssea já terá se iniciado.
Oliveira et al. (2006), avaliaram o efeito de diferentes distâncias interimplantares (1, 2 e 3
mm) na formação da papila gengival e na reabsorção da crista alveolar em implantes no nível
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 55
ósseo e subósseos. Foram utilizados implantes Ankylos®, juntamente com seus componentes
protéticos apropriados. Os pré-molares mandibulares bilateralmente de 7 cães foram extraídos,
após 12 semanas cada cão recebeu 8 implantes, estes foram distribuídos em 3 grupos de acordo
com a distância entre os mesmos, o grupo 01 (1 mm), grupo 02 (2 mm) e grupo 03 (3 mm). O
lado de inserção e a seqüência dos grupos foram feitas de modo randomizado. Decorridas 12
semanas os implantes foram colocados em função com coroas metálicas, as quais continham 5
mm de distância do ponto de contato à crista óssea (PC – CO). Após 8 semanas, a distância entre
o ponto de contato (PC) e a papila (P), e a altura gengival das extremidades livres (PC EL)
foram mensuradas clinicamente. Os autores observaram que não ocorreu diferença estatística
entre nenhum parâmetro mensurado, e concluíram que a distância do ponto de contato (PC) à
crista óssea (CO) era de 5 mm após o estudo, portanto as distâncias de 1, 2 e 3 mm
interimplantar não afetaram a formação de papila gengival ou a reabsorção da crista óssea para
implantes no nível ósseo ou abaixo do nível ósseo quando estudado em cães.
Traini et al. (2008), observaram a importância da crista alveolar para a osteointegração
dos implantes e para a formação de papilas gengivais em diferentes distâncias interimplantares (2
e 3 mm). Os pré-molares mandibulares bilateralmente de 6 cães foram extraídos, depois de 12
semanas, cada cão recebeu 8 implantes totalizando assim 48 implantes em todo o estudo. Os
implantes foram agrupados em duplas tendo como referencial a distância entre eles, o grupo 01
tinha sua distância interimplantar de 2 mm e o grupo 02 distância de 3 mm. Decorridas mais 12
semanas foram confeccionadas as próteses temporárias em resina acrílica. Após mais 4 semanas
as coroas acrílicas foram substituídas por coroas metálicas definitivas, as quais permaneceram
em função por 8 semanas até o sacrifício dos animais. Em seguida suas hemimandibulas foram
removidas, dissecadas e processadas. Os resultados encontrados foram que a maior densidade
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 56
óssea encontrada foi de 87.57 para o osso alveolar, já o grupo 01 (com distância interimplantar
de 2 mm) apresentou uma média de densidade óssea de 72.58, enquanto o grupo 02 (com
distância interimplantar de 3 mm) apresentou uma média de 84.91. Concluindo que a distância
interimplantar onde se obtém os melhores resultados quanto à densidade óssea é maior ou igual a
3 mm.
Novaes et al. (2009), compararam e avaliaram clinicamente e radiograficamente a
influência das distâncias de 2 e 3 mm entre implantes, a distância de 3 mm entre o ponto de
contacto a crista óssea e da posição dos implantes em relação a crista óssea (subcristal ou no
nível da crista) sobre a reabsorção óssea e formação das papilas gengivais. Foi utilizado o
sistema Cone Morse para a reabilitação com uma "plataforma-switch". Os pré-molares bilaterais
mandibulares de 6 cães foram extraídos, e após 12 semanas cada cão recebeu 8 implantes.
Quatro implantes foram colocados a 1,5 milímetros subcristal em um dos lados da mandíbula e
quatro foram colocados no nível da cristal do outro lado, totalizando quarenta e oito implantes no
estudo. Considerando as diferentes variáveis, foram tratados quatro grupos experimentais: grupo
1 - implantes subcristal com 2 mm de distância interimplantar (2 SCL), grupo 2 - Implantes
subcristal com 3 mm de distância interimplantar (3 SCL), grupo 3 - Implantes no nível da crista
com 2 mm de distância interimplantar (2 ECL) e grupo 4 - Implantes no nível da crista com 3
mm de distância interimplantar (3 ECL). Coroas metálicas foram instalados imediatamente após
a colocação implantes com uma distância de 3 mm entre o ponto de contacto e da crista óssea.
Oito semanas depois, medidas clínicas foram feitas para avaliar a formação de papilas gengivais
e imagens radiográficas foram realizadas para avaliar a remodelação óssea da crista. As
medições clínicas do ponto de contacto para a papila foram de 0,86 ± 0,25 mm para o grupo 1,
1,01 ± 0,48 mm para o grupo 2, 1,42 ± 0,85 mm para o grupo 3 e 2,24 ± 1,27 mm para o grupo 4.
R e v i s ã o d e L i t e r a t u r a | 57
Houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos 2 (3 SCL) e 4 (3 ECL), com p =
0,026. Radiograficamente, a distância entre o ponto de contacto e a crista óssea foi de 2,94 ±
0,21 mm para o grupo 1, 2,99 ± 0,29 mm para o grupo 2, 3,36 ± 0,27 mm para o grupo 3 e 3,63 ±
0,50 mm para o grupo 4. Houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos 1 (2
SCL) e 3 (2 ECL), com p = 0,026 e entre os grupos 2 (3 SCL) e 4 (3 ECL), com p = 0,015. Entre
os implantes que foram colocados no nível ósseo foi encontrado: 0,09 ± 0,21 mm para o grupo 1,
- 0,04 ± 0,32 mm para o grupo 2, 0,47 ± 0,12 mm para o grupo 3 e 0,53 ± 0,24 mm para o grupo
4. Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas entre os grupos 1 e 3, com p =
0,002; e entre os grupos 2 e 4, com p = 0,008. Concluíram que as distâncias de 2 e 3 mm entre
implantes não revelaram diferenças na formação de papila ou na reabsorção óssea da crista, a
distância do ponto de contacto à crista óssea de 3 mm deram bons resultados na formação de
papila, e que a colocação do implante subcristal teve um impacto positivo na remodelação óssea
em torno de implantes adjacentes, o que poderia favorecer a estética das regiões anteriores.
P r o p o s i ç ã o | 58
PROPOSIÇÃO
P r o p o s i ç ã o | 59
3. Proposição.
O propósito deste estudo foi avaliar a influência de duas distâncias entre a crista óssea e o
do ponto de contato interproximal, com 3 e 5 mm, na formação de papila gengival associado à
presença de duas distâncias, de 2 e 3 mm, entre implantes contíguos e na região de extremo livre
mesial e distal.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 60
MATERIAIS E
MÉTODOS
Respeitem os materiais e eles te respeitaram. (Diogo Rodrigues Cruvinel)
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 61
4 - Materiais e Métodos
Foram selecionados para o experimento 08 cães adultos jovens, de raça não definida,
provenientes do Biotério da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto USP, com
aproximadamente 25 kg de peso, de sexo masculino, sendo suas maxilas e mandíbulas intactas e
com ausência de trauma oclusal generalizado, boa saúde geral e sem lesões orais de natureza
viral ou fúngica. Após a seleção dos animais, estes permaneceram em quarentena, para aplicação
de vacinas (anti-rábica e tríplice), vermífugos e vitaminas, para que adquirissem condições
físicas que permitissem a execução do experimento. Durante todo o período experimental, os
animais receberam dieta-padrão, livre acesso à água e controle das condições periodontais.
A execução deste trabalho foi dividida em 5 fases sendo 2 fases cirúrgicas e 3 fases
protéticas, seguindo um cronograma de desenvolvimento (Figura 01). Durante todo experimento
os animais foram monitorados por um veterinário.
Figura 01 – Cronograma de desenvolvimento.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 62
4.1 - Fase I Cirúrgica: (01ª Semana)
Este trabalho foi aprovado na Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da
Universidade de São Paulo do Campus de Ribeirão Preto, com o protocolo nº 05.1.1318.53.1 por
estar de acordo com os princípios éticos na experimentação animal adotado pela Comissão de
Ética no Uso de Animais.
Antes da primeira cirurgia, os cães foram submetidos à profilaxia com ultra-som
(Cavitron Select 3000, Dentisply MFG, Co, EUA.) para remoção do biofilme dentário
mineralizado supra gengival.
Os animais foram mantidos em jejum desde a noite anterior ao ato cirúrgico, com a
finalidade de evitar vômito durante o mesmo. Receberam injeção intramuscular de pré-anestésico
Rompun 2% (20 mg/kg na dosagem de 0,8 ml/ 10 kg, im; Laboratório Bayer, Porto Alegre, RS,
Brasil). Em seguida foi realizada a indução anestésica com injeção intravenosa de Thiopental
sódico na dose de 12,5 mg/kg (Thiopental diluído em 50 ml de solução salina, iv; Laboratório
Cristália, Itapira, SP, Brasil).
Após anestesia local utilizando, 2 tubetes de Cloridrato de Mepivacaina a 20 mg/ml com
Epinefrina 0,01 mg/ml (Dentsply Pharmaceutical, Mepivalem AD Problem, Lote: 736933) foi
deslocado um retalho total na região dos 4 pré-molares mandibulares: p1, p2, p3, p4, para cada
hemi-mandibula (Figura 02). Os dentes (p2e, p2d, p3e, p3d, p4e, p4d) foram seccionados no
sentido vestíbulo-lingual para amenizar a perda óssea durante a cirurgia e extraídos com auxílio
de fórceps extratores (Figura 03). Os retalhos foram reposicionados e suturados com fio
absorvível 4-0 (Johnson e Johnson, São José dos Campos, SP, Brasil). Foi aguardado um período
de cicatrização de 3 meses.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 63
Figura 02 Esquema da região dos 4 pré-molares mandibulares esquerdos e direitos,
os quais foram extraídos.
Figura 03 – Esquema dos dentes que foram seccionados para a extração.
Para os dentes p1e e p1d não foram necessárias as secções, pois estes elementos contém
raiz única de pequeno porte.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 64
4.2. - Fase II Cirúrgica: (12ª Semana)
Decorrido o período de 12 semanas a partir da fase I cirúrgica, os animais receberam na
noite anterior à cirurgia fase II, uma injeção intramuscular de 20.000 U.I. de penicilina e
estreptomicina na dose de 1,0 g/10 kg de peso corporal (im; Pentabiótico Veterinário de Pequeno
Porte. Wyeth Laboratory, São Bernardo do Campo, SP, Brasil). Como a dose permite cobertura
antibiótica por 4 dias, outra dose foi aplicada após 4 dias totalizando 8 dias de cobertura
antibiótica. Este antibiótico de largo espectro é comumente utilizado para tratar infecções em
pequenos animais (NOVAES JR et al., 1998).
Após repetir a técnica de sedação e anestesia da fase I cirúrgica, uma incisão horizontal
foi feita na crista do rebordo, desde a distal do canino até a mesial do primeiro molar (Figura 04).
Os implantes foram colocados seguindo orientações do fabricante. Foram colocados 3
implantes Replace Select Tapered (Replace Select Tapered, Nobel Biocare AB, Gotemburgo,
Suécia) com superfície rugosa (TiUnite, Nobel Biocare AB, Gotemburgo, Suécia) e dimensões
de 4,3 mm de diâmetro e 10 mm de comprimento, foram colocados em cada hemimandibula
animal (Figura 05 e 06).
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 65
Figura 04 – Incisão sobre o rebordo alveolar esquerdo.
Figura 05 – Perfurações sendo executadas.
Figura 06 – Vista Oclusal dos 3 implantes em posição.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 66
O primeiro implante foi colocado a 10 mm da distal do canino remanescente, o segundo
(intermediário) foi colocado a 2 mm do primeiro e o terceiro implante (posterior) foi colocado a
3 mm do segundo (Figura 06 e 07).
Figura 07 – Esquema da localização e distâncias entre os implantes.
(Obs: Não foi utilizado escala quantitativa em milímetros para elaboração deste esquema, tendo a função
meramente ilustrativa)
Foram utilizados dispositivos confeccionados em liga de níquel-cromo (Vera Bond II,
Aalba Dent. Inc., Cordelia, CA, USA) para garantir as corretas distâncias interimplantares de 2 e
3 mm e paralelismo. Para tal finalidade foi elaborada uma fórmula para determinar o correto
tamanho no momento da confecção dos padronizadores, que assegurou as medidas de 2 e 3 mm
após a finalização do assentamento dos implantes (Figura 08). Para a distância interimplantar de
2 mm adotou-se um tamanho hipotético do padronizador que chamou-se de “Z” e para 3 mm
adotou-se “T”. Durante a perfuração do osso para o assentamento do implante, deve-se observar
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 67
que o diâmetro final do orifício foi de 4.3 mm conseqüentemente com um raio de 2,15 mm. Para
que este acréscimo no orifício que ocorreu desde o momento da marcação até o momento de
travamento final do implante não interferisse na distância entre os implantes foi necessário
compensar no padronizador (Figura 09) (NOVAES et al., 2006).
Figura 08 Esquema mostrando o planejamento dos padronizadores e as fórmulas utilizadas.
No momento da marcação do ponto inicial da perfuração utilizou-se uma broca do tipo
lança com diâmetro de 2 mm, ou seja, seu raio era de 1 mm, e este valor deve ser descontado nos
valores encontrados inicialmente para Z” e “T” para os padronizadores (Figura 08). Após tal
estudo definimos que as medidas finais dos padronizadores eram: Z = 4,15 mm 1 mm = 3,15
mm o que padronizou a distância interimplantar de 2 mm, e T = 5,15 mm 1 mm = 4,15 mm o
que padronizou a distância interimplantar de 3 mm.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 68
Figura 09 – Esquema da mandíbula evidenciando os implantes, e suas respectivas distâncias.
Contra lateralmente, as distâncias entre os implantes foram repetidas, porém com
variação na posição de colocação, respeitando o método de aleatorização cross-location,
totalizando 48 implantes. (Figura 09 e 10). Os implantes foram colocados a nível ósseo, e com
uma força de inserção de aproximadamente 40 N.
Figura 10 – Esquema do o método de aleatorização cross-location.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 69
4.3. - Fase I Protética: (12ª Semana)
Logo após a implantação foi iniciada a reabilitação protética, os implantes foram
moldados para a confecção das próteses definitivas. Para isso foram executadas as moldagens de
cada região com moldeiras metálicas parciais perfuradas carregadas com o material de
moldagem de alta precisão (Xantopren & Optosil, Heraeus Kulzer GmbH, Hanau, Germany),
com os transferentes corretamente posicionados sobre cada implante (Figura 11).
Figura 11 – Transferentes em posição prontos para a moldagem da posição dos implantes, observar o paralelismo e
as corretas distâncias interimplantares conseguidas com os padronizadores.
Próteses provisórias em acrílico foram confeccionadas para que os implantes anteriores
fossem colocados em função logo após a implantação dos mesmos (Figuras 12).
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 70
Figura 12 – Implante anterior com o provisório em posição, e o implante mediano e posterior com o
cicatrizadores.
Os retalhos foram reposicionados e suturados com fio de vicryl 4-0 (Johnson & Johnson,
São José dos Campos, SP, Brasil) de maneira que os implantes não ficassem totalmente
submersos, pois somente implantes anteriores de ambos os lados de todos os cães, receberam
próteses provisórias confeccionadas com resina acrílica quimicamente ativada (Duralay
®
,
reliance Dental Mfg. Co, Worth, USA) neste momento. Nos implantes medianos e posteriores
foram colocados cicatrizadores. As suturas foram removidas em 10 dias a fim de se evitar uma
ação irritante local.
4.4. - Fase II Protética: (13ª Semana)
As próteses provisórias dos implantes anteriores permaneceram durante um período de 1
semana (7dias). Ao final deste período, os cães foram novamente sedados com a mesma técnica
utilizada anteriormente e as coroas provisórias foram removidas, e neste momento foram
colocadas as coroas de níquel-cromo definitivas dos implantes anteriores e médios, as quais se
obtiveram a partir dos moldes anteriores. Estas coroas possuíam orifícios de retenção nas
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 71
proximais e foram unidas com resina autopolimerizável Duralay
®
(Reliance Dental Mfg. Co,
Worth, USA), mas que não alteravam a altura de seus pontos de contato em relação à crista óssea
(Figura 13 e 14).
Figura 13 – Coroa de niquel-cromo, posicionada no implante anterior.
Figura 14 Coroas de niquel-cromo posicionadas: no implante anterior e no
implante intermediário, o implante posterior continua com o cicatrizador.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 72
4.5. - Fase III Protética: (14ª Semana)
Quatorze dias após a colocação dos implantes, novamente a sedação dos amimais descrita
para as fases anteriores foi executada e os implantes posteriores receberam a prótese definitiva,
sendo unidos com resina autopolimerizável Duralay
®
(Reliance Dental Mfg. Co, Worth, USA)
ao implante médio (Figura 15).
Figura 15 Próteses metálicas definitivas ferulisadas com resina autopolimerizável
Duralay.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 73
4.6. - Leitura Clínica e Sacrifício: (24ª semana)
Durante o período de permanência das próteses até o sacrifício, foram feitas profilaxias
semanalmente com pontas ultra-sônicas. Ao completar 10 semanas pós-colocação das próteses
definitivas, os animais foram sedados e as análises clínicas foram executadas.
Clinicamente foi avaliada a formação de papilas entre as próteses colocadas sobre os
implantes, inseridos com diferentes distâncias 2 ou 3 mm entre implantes. Esta avaliação foi feita
a partir da utilização de um compasso de pontas secas, medindo as distâncias entre os pontos de
contato e as pontas das papilas (PC - P) e dos pontos de contato aos extremos livres mesial e
distal (PC - ELM e PC – ELD respectivamente) (Figura 16).
Figura 16 – Esquema evidenciando a distância do ponto de contato a papila gengival (PC – P) formada entre os
implantes e a distância entre o ponto de contato aos extremos livres (PC – ELM e PC - ELD).
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 74
O delineamento das situações experimentais foi executado levando em consideração as
associações das diferentes distâncias interimplantar com as diferentes distâncias do ponto de
contanto a crista óssea, assim encontramos a seguinte disposição: Situação 01 (PC3A)
Distância do ponto de contato (com 3 mm de distância a crista óssea) a gengiva do extremo livre
mesial, do lado esquerdo; Situação 02 (PC3B) Distância do ponto de contato (com 3 mm do
ponto de contato a crista óssea), a gengiva interproximal sendo à distância interimplantar de 2
mm, lado esquerdo da mandíbula; Situação 03 (PC3C) Distância do ponto de contato (com 3
mm do ponto de contato a crista óssea), a gengiva interproximal sendo a distância interimplantar
de 3 mm, lado esquerdo da mandíbula; Situação 04 (PC3D) Distância do ponto de contato a
gengiva do extremo livre distal, do lado esquerdo (Figura 17); Situação 05 (PC5A) Distância
do ponto de contato a gengiva do extremo livre mesial, do lado direito; Situação 06 (PC5C)
Distância do ponto de contato (com 5 mm do ponto de contato a crista óssea), a gengiva
interproximal sendo a distância interimplantar de 3 mm, lado direito da mandíbula; Situação – 07
(PC5B) Distância do ponto de contato (com 5 mm do ponto de contato a crista óssea), a gengiva
interproximal sendo a distância interimplantar de 2 mm, lado direito da mandíbula e Situação
08 (PC5D) Distância do ponto de contato a gengiva do extremo livre distal, do lado direito
(Figura 18). Para uma melhor compreensão do delineamento das situações encontradas elaborou-
se a Tabela 01.
Após avaliação clínica, os animais foram sacrificados com uma dose letal de Thiopental.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 75
Tabela 01 – Distribuição das situações levando em consideração o local da leitura e a altura do ponto de contato.
Extremo livre
mesial
Distância
interimplantar
2mm
Distância
interimplantar
3mm
Extremo livre
distal
Ponto de contato =
3 mm
PC3A PC3B PC3C PC3D
Ponto de contato =
5 mm
PC5A PC5B PC5C PC5D
Figura 17 - Distribuição das situações que ocorreram do lado esquerdo, onde a
distância do ponto de contato à crista óssea era de 3 mm.
Figura 18 - Distribuição das situações que ocorreram do lado direito, onde a
distância do ponto de contato à crista óssea era de 5 mm.
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 76
4.7 - Análise Estatística
A variável dependente estudada foi a distância entre o ponto de contato das coroas
implanto-suportadas e o topo das papilas, em milímetros. Em outras palavras trabalhou-se com
uma variável quantitativa contínua, que são aquelas que assumem valores dentro de um conjunto
contínuo, tipicamente os números reais.
Dois fatores de variação foram estudados, sendo um deles relativo às quatro situações
horizontais (extremo livre mesial, interimplantar com 2 mm, interimplantar com 3 mm e extremo
livre distal) em que a coroas foram instaladas. O outro fator consistiu nas duas possíveis
distâncias verticais ( 3 e 5 mm) entre ponto de contato e crista óssea. Portanto, oito situações
foram obtidas, e cada indivíduo (cão) fez parte de todos, caracterizando pareamento.
Após a coleta dos dados, testes referentes à distribuição da amostra foram aplicados para
determinar se havia aderência à normalidade. Observando-se a predominância de amostras com
distribuição normal, optou-se pelo uso de estatística paramétrica. Foram testadas, basicamente,
três hipóteses nulas (H0), quando se buscou uma comparação dentro de cada fator de variação,
bem como sua interação:
1. As medidas não se alteram em função da altura entre ponto de contato e crista óssea;
2. As medidas não se alteram em função da distância horizontal entre as plataformas dos
implantes ou da vizinhança com extremos livres;
3. Não há interação entre os dois fatores de variação testados.
Como as premissas de aderência à distribuição normal, independência entre os indivíduos
estudados e pareamento entre as diferentes etapas foram cumpridas, empregou-se a análise de
M a t e r i a i s e M é t o d o s | 77
variância (ANOVA) para mensurações repetidas, a dois fatores. Esse é um método paramétrico
de comparação entre três ou mais grupos, compostos pelos mesmos indivíduos.
Nos casos em que a ANOVA encontrou diferença entre as situações testadas, uma
comparação a posteriori foi executada por meio do teste de Bonferroni. O nível de significância
empregado para todos os testes foi de 0,05 (5%). Para a execução dos cálculos estatísticos, foi
utilizado o programa computacional SPSS for Windows Version 15.0.0, 2006 (SPSS Inc.,
Chicago, Ill, EUA).
R e s u l t a d o s | 78
RESULTADOS
R e s u l t a d o s | 79
5 - Resultados
Os cães toleraram bem as cirurgias realizadas para as exodontias e colocação dos
implantes. Após o período de cicatrização de 32 semanas, foi observada a taxa de sucesso de
100% dos implantes, ou seja, todos os implantes apresentaram-se estáveis e sem nenhum sinal de
infecção associada, até o final do experimento.
5.1 - Resultados Clínicos
Cada medida foi devidamente transportada ao seu grupo de referência, (Tabelas 02 e 03).
Ao analisar as alturas gengivais na região do extremo livre mesial do lado esquerdo
(PC3A), foi encontrada a média desvio padrão) de 2,9 ± 0,5 mm, com amplitude de 3,4 mm a
1,8mm. Já as alturas gengivais na região do extremo livre distal do lado esquerdo (PC3D)
resultaram numa média de 2,5 ± 0,5 mm, com amplitude de 2,9 mm a 1,5 mm. Observando-se os
valores das distâncias do ponto de contato à papila formada do lado esquerdo, onde havia uma
distância interimplantar de 2 mm (PC3B), foi gerada uma média de 1,8 ± 0,6 mm, com amplitude
de 3,1 mm a 1,4 mm. Por sua vez, os valores das distâncias do ponto de contato à papila formada
do lado esquerdo, onde havia uma distância interimplantar de 3 mm (PC3C), geraram uma média
de 2,0 ± 0,8 mm, com amplitude de 3,4 mm a 1,4 mm (Tabela 02).
R e s u l t a d o s | 80
Tabela 02 Valores clínicos obtidos do lado esquerdo das mandíbulas dos cães (mm)
.
INDIVÍDUOS
SITUAÇÕES
PC3A PC3B PC3C PC3D
Cão 01
3,4 3,1 3,4 2,9
Cão 02
3,1 1,3 3,4 2,6
Cão 03
2,9 1,9 1,8 2,9
Cão 04
3,3 1,5 1,5 2,9
Cão 05
2,7 1,5 1,5 2,4
Cão 06
1,8 1,6 1,5 1,5
Cão 07
3,2 1,9 2,0 2,1
Cão 08
2,8 1,4 1,4 2,8
Média
2,9 1,8 2,0 2,5
Desvio Padrão
0,5 0,6 0,8 0,5
R e s u l t a d o s | 81
Quando analisada as alturas gengivais na região do extremo livre mesial do lado direito
(PC5A), foi encontrada a média de 3,0 ± 0,5 mm, com amplitude de 3,9 mm a 2,5 mm. as
alturas gengivais na região do extremo livre distal do lado direito (PC5D) resultaram numa
média de 3,5 ± 0,4 mm, com amplitude de 3,8 mm a 3,2 mm. Observando-se os valores das
distâncias do ponto de contato a papila formada do lado direito, onde havia uma distância
interimplantar de 3 mm (PC5C), foi gerada uma média de 3,6 ± 0,4 mm com amplitude de 4,5
mm a 3,0 mm. Por sua vez, os valores das distâncias do ponto de contato a papila formada do
lado direito, onde havia uma distância interimplantar de 2 mm (PC5B), gerou uma média de 3,9
± 0,7 mm com amplitude de 4,9 mm a 2,9 mm (Tabela 03).
Tabela 03 - Valores obtidos do lado direito das mandíbulas dos cães (mm).
INDIVÍDUOS
SITUAÇÕES
PC5A PC5B PC5C PC5D
Cão 01
3,1 4,1 4,5 3,8
Cão 02
3,9 4,5 3,5 3,3
Cão 03
2,8 4,9 3,5 3,3
Cão 04
2,5 3,5 3,5 3,8
Cão 05
2,6 4,2 3,5 4,1
Cão 06
2,7 3,9 3,8 3,2
Cão 07
2,9 2,9 3,0 3,8
Cão 08
3,5 3,3 3,2 3,3
Média
3,0 3,9 3,6 3,5
Desvio Padrão
0,5 0,7 0,4 0,4
Quando agrupadas as médias das distâncias das diferentes situações encontradas (Tabela
04), observou-se que a maior média para a situação onde havia uma distância interimplantar de 2
R e s u l t a d o s | 82
mm e altura do ponto de contato de 5 mm (PC5B). A menor média foi associada à situação de
distância interimplantar de 2 mm e altura do ponto de contato de 3 mm (PC3C) (Figura 19).
Tabela 04Média das diferentes situações clinicas.
Situações PC3A PC3B PC3C PC3D PC5A PC5B PC5C PC5D
Média 2,9 1,8 2,0 2,5 3,0 3,9 3,6 3,5
Figura 19 Gráfico demonstrativo das médias encontradas nas diferentes situações. (A = Extremo livre mesial; B =
Distância interimplantar de 2 mm; C = Distância interimplantar de 3 mm e D = Extremo livre distal).
R e s u l t a d o s | 83
5.2 - Resultado estatístico
Por meio da análise de variância (Tabela 05), observou-se que as quatro situações
testadas, de forma geral, não influenciaram os resultados. Por outro lado, maiores medidas entre
ponto de contato e papila foram associadas à distância de 5 mm entre crista óssea e ponto de
contato (P5). A interação entre os dois fatores foi significante, o que indica investigar o efeito
das combinações entre os dois fatores.
Tabela 05 - Análise de variância para amostras repetidas
.
Fonte de variação SQ gl QM F P
Situação 0,44 3 0,15 0,60 0,622 (ns)
Resíduo(Situação) 5,18 21 0,25
Altura 23,55 1 23,55 87,92 <0,001*
Resíduo(Altura) 1,87 7 0,27
Situação x Altura 8,61 3 2,87 13,01 <0,001*
Resíduo(Situação x Altura) 4,63 21 0,22
(ns) Não significante (P>0,05); * Significante (P<0,05).
A Tabela 06 contém os resultados para a variável estudada, bem como do teste de
Bonferroni. Quando analisado os resultados estatísticos do lado esquerdo (ponto de contato de 3
mm de altura) isoladamente, observou-se haver diferença estatisticamente significante entre as
situações de extremo livre mesial (PC3A) e as duas situações interimplantares (PC3B e PC3C)
porem não apresentou diferença estatisticamente significante da situação de extremo livre distal
(PC3D). As situações interimplantares (PC3B e PC3C) também não apresentaram diferença
estatisticamente significante com a situação de extremo livre distal (PC3D), o que evidencia a
última como um valor intermediário entre os demais.
R e s u l t a d o s | 84
Tabela 06 - Valores médios (em mm; ±desvio padrão) para a medida entre ponto de contato e papila.
Horizontalmente, letras maiúsculas idênticas denotam semelhança entre as situações. Verticalmente, letras
minúsculas idênticas indicam semelhança entre as duas alturas testadas entre ponto de contato e crista.
Situação A
B
C
D
3 mm 2,9±0,5 Aa 1,8±0,6 Ba 2,0±0,8 Ba 2,5±0,5 ABa
5 mm 3,0±0,5 Aa 3,9±0,7 Bb 3,6±0,4 ABb 3,5±0,4 ABb
Observando os resultados estatísticos do lado direito (ponto de contato de 5 mm de
altura) isoladamente, notou-se haver diferença estatisticamente significante entre a situação de
extremo livre mesial (PC5A) e a situação interimplantar de 2 mm (PC5B). As demais situações
foram intermediárias e não demonstraram haver diferença significante quando comparadas entre
si e com as demais.
quando comparada as situações semelhantes em lados opostos (esquerda e direita)
temos que todas as situações apresentaram diferenças estatisticamente significantes, exceto a
situação de extremo livre mesial (A).
D i s c u s s ã o | 85
DISCUSSÃO
Aprenda com os erros dos mais velhos, este é o atalho para o sucesso. (Daniel Galafassi)
D i s c u s s ã o | 86
6 – Discussão
Embora muitos autores (ADELL et al., 1990; SCHWARTZ-ARAD, CHAUSHU, 1997;
FRIBERG; JEMT, LEKHOLM, 1991; SILVERSTEIN et al., 1998) avaliem o índice de sucesso
dos implantes levando em consideração apenas o tempo de sobrevida dos mesmos, Hermann et
al. (1997) consideram o sucesso dos implantes dependente da sua integração com os tecidos
duros e moles intrabucais.
A avaliação radiográfica realizada por Tornow; Cho; Wallace (2000), numa análise
retrospectiva, revelou que quando a distância entre os implantes era maior ou igual a 3 mm a
crista mantinha-se preservada, e que quando os implantes eram separados por distâncias menores
do que 3 mm a região da crista óssea era reabsorvida, devido à perda óssea lateral que ocorre ao
redor dos implantes, influenciando, desta maneira, a preservação ou formação da papila entre as
próteses sobre implante. No entanto, no presente estudo tais evidencias não foram corroboradas,
muito provavelmente pelo método animal falhar na representação fidedigna do rebordo alveolar
humano. Não foram encontradas diferenças estatísticas significantes entre as distâncias de 2 e 3
mm que pode ser justificada pelo fato de que a espessura do rebordo alveolar dos cães é
consideravelmente maior que a de humanos. Desta forma, ao ocorrer perda óssea mais espessa, o
comprometimento em direção lateral não deve ter sido suficiente para envolver de maneira
significativa a região da crista óssea alveolar, conforme reportado por Tarnow, Cho, Wallace
(2000). Já os trabalhos de Papalexiou et al. (2006); Novaes et al. (2009), afirmam que distâncias
de 2 e 3 mm entre os implantes não resultam em uma significante diferença estatística na
reabsorção óssea em torno dos implantes e na formação de papilas interproximais, sendo estes
dois estudos realizados em cães, o que vem a corroborar os achados clínicos do trabalho atual.
D i s c u s s ã o | 87
Em dentes naturais, a junção dentogengival consiste de 3 componentes: sulco gengival,
epitélio juncional e inserção conjuntiva. De forma similar, ao redor do implante existem as zonas
da mucosa marginal, de epitélio juncional e de inserção conjuntiva, promovendo o selamento
biológico, agindo como uma barreira contra a invasão bacteriana e a presença de restos
alimentares no interior da interface entre o implante e o tecido mole, melhorando o sucesso da
integração do implante (HOLT et al., 2002). Cochran et al. (1997), ao avaliarem o
comportamento dos tecidos moles ao redor de implantes submersos e não submersos, verificaram
a presença das estruturas que compõem as distâncias biológicas: sulco, epitélio juncional e
inserção conjuntiva, as quais compreendem aproximadamente 3,0 mm. Estas estruturas são
formadas fisiologicamente e possuem dimensões estáveis, como aquelas estabelecidas ao redor
dos dentes.
No presente estudo determinamos duas distâncias da base do ponto de contato à crista
óssea (3 e 5 mm), as quais foram transportadas para a confecção das próteses sobre implantes,
porém a quantidade de papila formada não preencheu completamente o espaço interproximal
entre os implantes em nenhuma das situações. As situações interimplantar PC3B e PC3C
apresentaram diferença estatisticamente significante quando comparadas com as situações PC5B
e PC5C respectivamente. Observamos que as situações de 3 mm apresentaram menores valores
quando comparadas com as situações de 5 mm, ou seja, a papila estava mais próxima ao ponto
de contato em todas as situações de 3 mm de ponto de contato, isto se deve ao fato das próteses
implanto suportadas diferirem das restaurações na dentição natural, sendo que as distâncias
estão presentes nos dentes naturais, não ocorrendo alteração na distância de 5 mm do ponto de
contato à crista óssea, a não ser em caso de doenças. Entretanto, para os implantes as distâncias
biológicas se formarão após o segundo estágio cirúrgico, na presença das conexões, ou após a
D i s c u s s ã o | 88
colocação das próteses, como neste estudo. Então, a distâncias de 5 mm e 3 mm não
permanecem e sim aumentam com a reabsorção óssea, sendo este dado importante para a
formação de papila na região interimplantar, pois a distância final do ponto de contato à crista
óssea deverá ser de 5 mm.
Tarnow; Magner; Flecther (1992), realizaram um estudo em humanos e avaliaram a
distância da base do ponto de contato à crista óssea entre dois dentes, verificando que mesmo
uma pequena diferença de 1 mm nesta distância era clinicamente significante. Quando esta
distância se mantinha em torno de 5 mm ou menos, a papila interproximal estava presente em
98% dos casos. Quando esta distância foi aumentada para 6 mm a papila esteve presente em 55%
dos casos. O que vem a demonstrar a importância da distância final do ponto de contato à crista
óssea ser igual ou menor de 5 mm, o que justifica os valores encontrados no presente estudo,
onde os melhores quadros clínicos (maior formação de papila) foram encontrados quando
observadas as situações de distância do ponto de contato à crista óssea de 3 mm.
Estudos realizados em cães (TORNOW; MAGNER; FLETCHER, 1992; OLIVEIRA et
al., 2006; PAPALEXIOU et al., 2006) sugerem que a distância entre o ponto de contato e a crista
óssea deve ser aproximadamente 3 mm, para compensar a reabsorção óssea que ocorre ao redor
de implantes adjacentes, o que leva a confirmação da hipótese sugerida acima sobre os melhores
resultados encontrados para as situações de 3 mm de distância do ponto de contato à crista óssea
deste trabalho.
Trabalhos futuros são sugeridos para a confirmação da relevância da altura do ponto de
contato, sendo que se deve associar as diferentes situações sempre no mesmo modelo
D i s c u s s ã o | 89
experimental (cão) como no trabalho atual e ter a padronização da metodologia comprobatória da
possível reabsorção óssea.
C o n c l u s õ e s | 90
CONCLUSÕES
“Quando saí de casa, ainda jovem, quase nada carregava na pequena bagagem, além da
determinação, alguns sapatos e roupas. Hoje quando regresso à minha casa, trago várias
malas cheias. Além dos meus pertences pessoais, carrego inúmeros amigos, momentos
inesquecíveis, diversas experiências, um pouco de sabedoria e muita saudade.” (Autor
desconhecido)
C o n c l u s õ e s | 91
7 - Conclusões
Com base na metodologia empregada e a análise dos resultados do presente estudo em
mandíbula de cães, pode-se concluir que:
as distâncias de 2,0 e 3,0 mm entre implantes contíguos não apresentaram diferença
significativa na formação de papila quando as restaurações protéticas são confeccionadas
com 3 ou 5 mm de distância entre o ponto de contato e a crista óssea;
considerando a provável reabsorção óssea em ambas situações, quando a distância do
ponto de contato à crista óssea foi de 3 mm esta condição apresentou melhores resultados
na formação de papilas do que a distância de 5 mm;
a presença do ponto de contato de 3 mm influência positivamente na formação de papila,
quando comparada com as regiões de extremo livre.
Referências Bibliográficas | 92
REFERÊNCIAS
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A vida é um grande projeto, quem vai te orientar? (Diogo Rodrigues Cruvinel)
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