Revisão de Literatura
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Essa família é composta por sete subfamílias: Coptotermitinae,
Heterotermitinae, Psammotermitinae, Termitogetoninae, Stylotermitinae,
Rhinotermitinae e Prorhinotermitinae (GRASSÉ, 1986; COSTA-LEONARDO,
2002). Os cupins subterrâneos constituem a maior parte das espécies
economicamente importantes, sendo que entre eles, o gênero Coptotermes
engloba o maior número de espécies-praga em várias partes do Brasil e de
outros países (HARRIS, 1961; MARICONI et al., 1986; BANDEIRA et al., 1989;
EDWARDS & MILL, 1986; LELIS, 1995; COSTA-LEONARDO, 2002).
Entre as espécies de Coptotermes, C. gestroi (Wasmann, 1896) é uma
espécie exótica que causa grande impacto econômico no Brasil, principalmente
no litoral e em cidades como São Paulo, Campinas, Santos e Rio de Janeiro
(COSTA-LEONARDO, 2002). No Brasil, foi introduzida provavelmente no início
do século passado (década de 1920) pelos portos do Rio de Janeiro (RJ) e de
Santos (SP). Contudo, sua introdução deve ter ocorrido alguns anos antes, pois
as infestações já estavam bastante adiantadas na cidade do Rio de Janeiro,
uma vez que a quantidade de alados na revoada era imensa (COSTA-
LEONARDO, 2002). Nas áreas urbanas essa espécie danifica madeiras
estruturadas, sendo que o custo do tratamento de controle de cupins em 240
edificações monitoradas na cidade de São Paulo, infestadas principalmente por
C. gestroi, foi estimado em US$ 3,350,000.00 (LELIS, 1994).
Atualmente existem grandes infestações nas cidades de São Paulo (SP)
e do Rio de Janeiro (RJ), além de novas introduções nos estados de
Pernambuco (FONTES & VEIGA, 1998), Pará e Bahia (FERRAZ, 2000), Ceará,
Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina (CONSTANTINO, 2002;
COSTA-LEONARDO, 2002; FONTES & MILANO, 2002). No estado de São
Paulo, além do litoral, esse cupim já infesta cidades como Campinas,
Piracicaba, Limeira, Araraquara, Rio Claro, Taubaté, Jacareí, Porto Ferreira e
Ribeirão Preto (COSTA-LEONARDO, 2002), sendo que no Brasil ele nunca foi
encontrado na região rural (COSTA-LEONARDO et al., 1999; FERRAZ, 2000;
MILANO & FONTES, 2002). Na cidade de Rio Claro essa espécie está
estabelecida há mais de trinta anos, uma vez que já causava prejuízos na
região central da cidade por volta de 1970 (COSTA-LEONARDO, 2002).