Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS CAV
PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
MESTRADO EM PRODUÇÃO VEGETAL
JAMES STAHL
RESPOSTA INICIAL DE Eucalyptus spp. À ADUBAÇÃO
FOSFATADA E POTÁSSICA NO PLANALTO SUL CATARINENSE
Dissertação apresentada ao Centro de
Ciências Agroveterinárias da
Universidade do Estado de Santa
Catarina como requisito para a obtenção
do título de Mestre em Produção Vegetal
Orientador: Ph.D. Paulo Roberto Ernani
Co-orientador: Dr. Luciano Colpo Gatiboni
LAGES SC
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária
Renata Weingärtner Rosa CRB 228/14ª Região
(Biblioteca Setorial do CAV/UDESC)
Stahl, James
Resposta inicial de Eucalyptus spp. à adubação
fosfatada e potássica no Planalto Sul Catarinense /
James Stahl Lages, 2009.
69 p.
Dissertação (mestrado) Centro de Ciências
Agroveterinárias / UDESC.
1. Eucalipto. 2. Eficiência nutricional. 3. Adubação.
4. Fósforo. 5. Potássio. I.Título.
CDD 634.97342
ads:
JAMES STAHL
Engenheiro Florestal
RESPOSTA INICIAL DE Eucalyptus spp. À ADUBAÇAO
FOSFATADA E POTÁSSICA NO PLANALTO SUL CATARINENSE
Dissertação apresentada ao Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do
Estado de Santa Catarina, para obtenção do título de Mestre em Produção Vegetal.
Aprovado em:
Pela banca examinadora
______________________________
PhD. Paulo Roberto Ernani
Orientador UDESC/Lages-SC
Homologado em:
Por
_____________________________________
Dr. Jefferson Luis Meirelles Coimbra
Coordenador do Curso de Mestrado em
Produção Vegetal - UDESC/Lages-SC
_____________________________
Co-orientador: Dr. Luciano Colpo
Gatiboni - UDESC/Lages-SC
___________________________________
Dr. Paulo Cezar Cassol
Coordenador do Programa de Pós
Graduação em Ciências Agrárias.
UDESC/Lages-SC
______________________________
Ph.D. Djalma Miler Chaves
KLABIN/Telêmaco Borba-PR
_________________________________
Dr. Adil Knackfuss Vaz
Diretor Geral do Centro de Ciências
Agroveterinárias UDESC/Lages-SC
Lages, Santa Catarina
18 de Dezembro de 2009
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a DEUS, pela vida, saúde e paz e por cada novo dia
nesta jornada de desafios.
Aos meus pais, Ermelindo e Maria, que sempre incentivaram e apoiaram
este sonho acadêmico, desde o início até a presente etapa. A toda a minha família
que depositou confiança em todas as minhas decisões.
Ao professor Ph.D Paulo Ernani pela orientação neste trabalho e pelos
ensinamentos de toda ordem que serão levados por toda minha carreira profissional.
Ao mestre e amigo Ph.D Djalma Miler Chaves pelo incentivo e suas
contribuições para o aperfeiçoamento deste trabalho, através de sua experiência e
conhecimento, aliado ao rigor científico.
A todos os professores e colegas do Programa de Pós-Graduação do
CAV/UDESC pela oportunidade e compreensão, em se tratando de um mestrado
sem dedicação exclusiva.
À Klabin pela oportunidade e incentivo na qualificação de seus técnicos. A
todos os colegas de empresa, em especial ao Eng. Maurício pela oportunidade.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste
trabalho.
RESUMO
As principais espécies utilizadas no Brasil para o estabelecimento das áreas de
plantios homogêneos são do gênero Eucalyptus, do qual as espécies de E. dunnii e
E. benthamii estão entre as mais indicadas para regiões subtropicais. A busca por
informações de eficiência nutricional e de respostas à fertilização das espécies deste
gênero intensificouse à medida que houve uma expansão da área plantada, e o
conseqüente avanço sobre solos degradados e de baixa fertilidade. Os objetivos do
trabalho foram avaliar o crescimento inicial e eficiência nutricional em relação a
fósforo de mudas de E. dunnii e E. benthamii plantadas em vasos, e também avaliar
a campo a resposta dessas espécies a diferentes combinações de doses de fósforo
e potássio. O experimento de vasos foi conduzido por três meses em casa de
vegetação, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições,
arranjado em esquema fatorial (2x5); duas espécies e 0; 50; 100; 200 e 500 mg dm
-3
de P. Foi utilizado Cambissolo Húmico coletado na camada 0-20 cm sob
reflorestamento de pinus, que apresentava 4,6 mg dm
-3
de P. Aos 90 dias procedeu-
se a coleta da biomassa da parte aérea e radicular das plantas, separadamente para
pesagem e determinação do teor de P. A partir da massa seca da parte aérea e
radicular, e do teor de fósforo, determinou-se os índices de eficiência de absorção e
de utilização do P, e ainda a percentagem de recuperação pela biomassa do P
aplicado. No campo foram instaladas duas áreas experimentais, uma para cada
espécie (Experimento I: E. dunnii e Experimento II: E. benthamii). As áreas
receberam os mesmos tratamentos, arranjados em esquema fatorial (3x4), 0; 100;
200 kg ha
-1
de K
2
O e 0; 50; 100; 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
. As doses de P foram aplicadas
em duas covetas laterais, quinze dias após o plantio. Já as doses de K foram
divididas a metade, e aplicadas sobre o solo na projeção da copa aos três e seis
meses após o plantio. Aos seis e dezoito meses foi mensurada a altura e diâmetro
das plantas para o cálculo de volume. O resultado do experimento em vasos
mostrou que aos três meses o E. dunnii foi mais eficiente na produção de biomassa
total, assim como na utilização e recuperaçao de P em relação ao E. benthamii, em
todos os níveis de fornecimento de P. No experimento de campo oos dezoito meses
E. dunnii respondeu linearmente as doses de P e K testadas; o E. benthamii não
respondeu a adubação potássica, porém apresentou ganhos significativos com a
adição de fósforo em relação aos tratamentos não fertilizados.
Palavras-chave: Eucalyptus dunnii. Eucalyptus benthamii. Eficiência Nutricional.
Adubação. Fósforo. Potássio.
ABSTRACT
The main species used for the establishment of forest plantation in Brazil belong to the
genus Eucalyptus, and among them the E. dunnii and E. benthamii are the most
suitable ones for subtropical regions. The search for information on nutritional
efficiency and responses to fertilization of those species was intensified with the
expansion of the planted areas and the consequent advance of plantations on
degraded soils and low fertility. The purpose of this research was to evaluate the initial
growth and nutritional efficiency of phosphorus by seedlings of E. dunnii and E.
benthamii planted in pots, and evaluate the response of these species at different
combinations of doses of phosphorus and potassium. The experiment was conducted
in pots in the greenhouse for three months. The experimental design was completely
randomized with four repetitions arranged in a factorial design (2x5) with two species
and five rates of P (0, 50, 100, 200 e 400 mg dm
-3
). The soil was a Humic Cambisol
collected from a 0-20 cm layer under pine plantation, winch had 4,6 mg dm
-3
of P.
After 90 days the biomass of shoots and roots were harvested separately, and dried at
65
o
C, and analyzed P content. Based on dry mass of shoots and roots, and P
content, it was determined the absorption and utilization efficiency of P, and
percentage of P applied recovery by the biomass. In the field, two studies were
established, one for each species (Experiment I: E. dunnii and Experiment II: E.
benthamii). Both areas received the same treatment, arranged in a factorial design
(3x4) with three rates of K (0; 100; 200 kg ha-¹of KO) and four rates of P (0; 50; 100;
200 kg ha-¹ of P
2
O
5
). Fifteen days after the planting the seedling, the P rates were
applied into two lateral slits 10 cm deep and 10 cm from the seedling. Three and six
months after planting, half of K doses applied on the soil surface. At six and eighteen
months of age the height and the diameter of the plants were measured to estimate
the volume, and the data was analyzed using the response surface procedure. The
results for the greenhouse study showed that at the three months of age the E. dunnii
was more efficient in biomass production, P use and P recovery than the E. benthamii,
at all rates of P applied. In the field studies, at eighteen months of age, E. dunnii
responded linearly to the doses of P and K tested. However, E. benthamii did not
respond to potassium fertilization, but there were significant gains with the addition of
phosphorus in relation to the treatment that received no fertilizer.
Keywords: Eucalyptus dunnii. Eucalyptus benthamii. Nutritional Efficiency.
Fertilization. Phosphorus. Potassium.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 -
Produção de biomassa seca da parte aérea de E. dunnii e E. benthamii,
aos três meses após o plantio, em função de doses de fósforo
adicionadas ao solo...............................................................................24
Figura 2 -
Produção de biomassa seca radicular de E. dunnii e E. benthamii, aos
três meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas
ao solo....................................................................................................25
Figura 3 -
Produção de biomassa seca total de E. dunnii e E. benthamii, aos três
meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao
solo.........................................................................................................26
Figura 4 -
Conteúdo de P acumulado na biomassa aérea de E. dunnii e E.
benthamii, aos três meses após o plantio, em função de doses de
fósforo adicionadas ao solo....................................................................29
Figura 5 -
Valores de P no solo para E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após
o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao
solo.........................................................................................................30
Figura 6 -
Eficiência de absorção de P de E. dunnii e E. benthamii, aos três
meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao
solo.........................................................................................................31
Figura 7 -
Eficiência de utilização de P de E. dunnii e E. benthamii, aos três
meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao
solo.........................................................................................................32
Figura 8 -
Superfície de resposta do diâmetro do colo (Dcolo), altura, diâmetro da
copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de
doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos seis meses após o
plantio.....................................................................................................44
Figura 9 -
Superfície de resposta do diâmetro a altura do peito (Dap), altura e
volume para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E.
dunnii, aos dezoito meses após o plantio..............................................48
Figura 10 -
Superfície de resposta do diâmetro do colo (Dcolo), altura, diâmetro da
copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de
doses de P e K ao solo em E. benthamii, aos seis meses após o
plantio.....................................................................................................52
Figura 11 -
Resposta em diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume em
função da adição de doses de P ao solo para E. dunnii, aos dezoito
meses após o plantio.............................................................................56
LISTA DE TABELAS
Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) e
coeficiente de variação da massa seca da raiz (MsRA), massa seca
da parte aérea (MsPA) e massa seca total (MsTO) de E. dunnii e E.
benthamii, aos três meses após o plantio, em função de doses de
fósforo adicionadas ao solo................................................................23
Biomassa total e dose de fósforo necessária para produzir 90% da
massa seca máxima estimada para as espécies de E. dunnii e E.
benthamii aos três meses após o plantio............................................27
Análise de variância com valores de quadrado médio e coeficiente de
variação do teor de fósforo na biomassa (P), fósforo acumulado na
biomassa (PAc.), eficiência de absorção de fósforo (EAP) e eficiência
de utilização de fósforo (EUP) de E. dunnii e E. benthamii, aos três
meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao
solo......................................................................................................28
Recuperação de fósforo na biomassa de E. dunnii e E. benthamii, aos
três meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas
ao solo.................................................................................................33
Características químicas e físicas do solo da camada 0 20 cm do
Experimento I (E. dunnii) e II (E. benthamii)........................................39
Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de
diâmetro do colo a 50 cm do solo (Dcolo), altura, diâmetro da copa
(Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de
doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos seis meses após o
plantio..................................................................................................42
Equações de regressão e valor máximo estimado de diâmetro do colo
(Dcolo), altura, diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil)
para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos
seis meses após o plantio...................................................................43
Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de
diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume para o efeito da
aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos dezoito meses
após o plantio......................................................................................46
Equações de regressão e valor máximo estimado do diâmetro a altura
do peito (Dap), altura e volume para o efeito da aplicação de doses de
P e K ao solo em E. dunnii, aos dezoito meses após o
plantio..................................................................................................47
Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de
diâmetro do colo a 50 cm do solo (Dcolo), altura, diâmetro da copa
(Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de
doses de P e K ao solo em E. benthamii, aos seis meses após o
plantio..................................................................................................50
Equações de regressão e valor máximo estimado de diâmetro do colo
(Dcolo), altura, diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil)
para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E. benthamii,
aos seis meses após o plantio............................................................51
Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de
diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume para o efeito da
aplicação de doses de P e K ao solo em E. benthamii, aos dezoito
meses após o plantio...........................................................................54
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................
12
2 CAPÍTULO I CRESCIMENTO INICIAL E EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE
CLONES DE Eucalyptus dunnii E Eucalyptus benthamii EM FUNÇÃO DA
ADIÇÃO DE DOSES DE FÓSFORO AO SOLO......................................................
17
2.1 RESUMO............................................................................................................
17
2.2 INTRODUÇÃO....................................................................................................
18
2.3 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................
20
2.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................
23
2.4.1 Produção de biomassa ..................................................................................
23
2.4.2 Parâmetros de eficiência nutricional...............................................................
27
2.5 CONCLUSÕES ..................................................................................................
33
3 CAPÍTULO II RESPOSTA INICIAL DE Eucalyptus dunnii E Eucalyptus
benthamii À ADUBAÇÃO FOSFATADA E POTÁSSICA NO PLANALTO
CATARINENSE........................................................................................................
34
3.1 RESUMO............................................................................................................
34
3.2 INTRODUÇÃO....................................................................................................
35
3.3 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................
38
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................
41
3.4.1 Experimento I E. dunnii................................................................................
41
3.4.1.1 Avaliação aos seis meses............................................................................
41
3.4.1.2 Avaliação aos dezoitos meses.....................................................................
46
3.4.2 Experimento II E. benthamii.........................................................................
50
3.4.2.1 Avaliação aos seis meses............................................................................
50
3.4.2.2 Avaliação aos dezoitos meses.....................................................................
53
3.5 CONCLUSÕES...................................................................................................
57
4 CONCLUSÕES GERAIS.......................................................................................
58
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................
59
ANDICES.............................................................................................................
65
12
INTRODUÇÃO
A atividade de florestamento e reflorestamento através de plantios utilizando
espécies lenhosas de crescimento rápido requer o uso e o manejo adequado e
eficiente dos recursos disponíveis, de modo a garantir as expectativas de produção
e a expressão do potencial produtivo das espécies, além de permitir a
sustentabilidade da capacidade produtiva das áreas plantadas.
As principais espécies utilizadas pelo setor florestal brasileiro para o
estabelecimento de plantios homogêneos são dos gêneros Eucalyptus, Pinus e
Acacia. Este setor é constituído pelas indústrias de papel e celulose, carvão vegetal,
madeira serrada, chapas aglomeradas, resinas e óleos essenciais.
A cadeia produtiva do setor florestal tem uma participação de
aproximadamente 5% do produto interno brasileiro (PIB), correspondendo a 6,3%
das exportações nacionais. Além disso, é responsável pela geração de 676 mil
empregos diretos, 1,7 milhões indiretos, e ainda 1,8 milhões resultantes do efeito-
renda, perfazendo um total de 10,5% da população economicamente ativa do Brasil
(ABRAF, 2006).
O gênero Eucalyptus envolve mais de 600 espécies e ocorre naturalmente na
Austrália, Indonésia e Papua Nova Guiné, entre latitudes de 13° a 43°, altitudes que
vão do nível do mar até 4.000 m, em regiões sem déficit hídrico, e em outras onde o
déficit hídrico chega a 300 mm (FAO, 2000). A produtividade dos plantios no Brasil
chega a ser até dez vezes superior a de países como Portugal e China. Algumas
13
empresas florestais brasileiras apresentavam produtividades médias de 20 m
3
ha
-1
ano
-1
na década de 70; hoje elas atingem produtividades de 40 a 50 m
3
ha
-1
ano
-1
.
Esse incremento se deve ao uso de material genético melhorado e o avanço no uso
de tecnologias de implantação dos plantios, tais como: preparo do solo, adubação e
manejo da mato-competição. Mesmo comparando com os países de origem das
espécies de eucalipto, a produtividade brasileira é muito superior (Lerayer, 2008).
Na região Sul do Brasil, com destaque para os estados do Paraná e de Santa
Catarina, as espécies mais utilizadas em reflorestamentos são do gênero Pinus,
havendo um pequeno percentual da área reflorestada com espécies de Eucalyptus.
Como esta região apresenta condições climáticas do tipo subtropical, buscou-se
introduzir espécies que apresentam tolerância e/ou resistência ao frio. Para este fim,
as espécies de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus viminalis foram as mais utilizadas,
dentre várias espécies testadas, por apresentarem características de boa
adaptabilidade em condições de frio mais intenso. Mais recentemente foi introduzido
na região Sul do Brasil o Eucalyptus benthamii como espécie resistente a
temperaturas negativas.
Considerando os fatores climáticos adversos como baixas temperaturas com
formação de geadas, que podem ser limitantes ao crescimento de algumas espécies
do gênero Eucalyptus, o E. dunnii destaca-se pelo rápido crescimento e pela
tolerância a geadas não muito severas (Higa et al., 1997). Esta espécie vem sendo
indicada para plantios no estado de Santa Catarina em altitudes que variam de 500
a 1.000 m acima do nível do mar (Embrapa, 1986), assim como em regiões de
ocorrência de geadas no estado do Paraná (Embrapa, 1988). O potencial desta
espécie foi confirmado por Oliveira (1988), que comparou o crescimento de 31
espécies de eucaliptos na região de Três Barras, SC, e por Higa et al. (1997), em
14
Campo do Tenente, PR, que a classificaram como uma das melhores espécies do
gênero em termos de crescimento e resistência a geadas.
Segundo Higa (2000), outra espécie indicada para áreas de geadas severas é
o E. benthamii, por apresentar bom crescimento, porém a qualidade de sua madeira
ainda é pouco conhecida. Em teste de seleção de espécies realizado na província
de Hunan (China), onde as médias de temperatura mínima do mês mais frio variam
de 3 a 8 °C e temperaturas mínimas absolutas ao redor de -6 a -10 °C, o E.
benthamii foi considerado especialmente indicado, que aos 15 meses após o
plantio ficou entre as espécies de melhor adaptação (Mujiu et al., 2003). Resultados
semelhantes foram relatados por Heshing et al. (2003), que verificaram que o E.
benthamii tolerou temperaturas mínimas de -8 °C, seguido de 7 dias com
temperatura abaixo de 0 °C.
A magnitude dos ganhos nas produtividades das espécies de eucaliptos varia
com a qualidade do sítio, com aumento do número de rotações, com a exigência
nutricional e com o potencial produtivo do genótipo, dentre outros (Barros & Novais,
2000). Os reflorestamentos de eucaliptos no Brasil têm se concentrado em solos
com baixa reserva de nutrientes, acidez elevada e altos teores de alumínio.
Considerando a baixa fertilidade dos solos florestais, a aplicação de sforo,
assim como de potássio tem sido essencial para o aumento e manutenção da
produtividade das florestas implantadas. Para a grande maioria das florestas de
eucalipto no Brasil substanciais ganhos de produtividade em resposta à
fertilização mineral (Barros & Novais, 1990).
Em geral, os maiores ganhos advêm da aplicação de fertilizantes fosfatados
(Barros & Novais, 1995), mas à medida que se aumenta o número de rotações, a
resposta a outros nutrientes tem se intensificado (Gonçalves, 1995). A maior parte
15
dos estudos de resposta à fertilização concentrou-se em espécies tropicais do
gênero, principalmente em Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna.
Atualmente, as informações sobre resposta à fertilização e ganhos de
produtividade de espécies subtropicais são incipientes, quando comparado ao
desenvolvimento tecnológico que ocorreu com as espécies tropicais de eucalipto no
Brasil, tanto no melhoramento genético como no manejo e na nutrição das espécies.
Essencialmente, para se definir a fertilização mineral para qualquer cultura
que se dimensionar a demanda de nutrientes da planta para atingir a produção
esperada e a quantidade de nutrientes que pode ser suprida pelo solo. Quando a
demanda da planta é maior do que o solo pode suprir, fertilizantes devem ser
adicionados para obter-se a produção esperada (Barros & Novais, 2000).
O emprego de técnicas de manejo que optem por plantas mais eficientes na
utilização de nutrientes, que conservem ao máximo os resíduos das culturas no sítio,
que realizem o mínimo possível de intervenções antrópicas e cujo ciclo de
crescimento seja longo o suficiente para permitir a máxima eficiência da ciclagem de
nutrientes levará à maior conservação do ecossistema de florestas plantadas
(Santana et al., 2002). Ainda, o reconhecimento das diferenças de utilização de
nutrientes é importante na seleção de cnicas de manejo do solo e de manejo
florestal para manter a capacidade produtiva do sítio ao longo das rotações (Texeira
et al., 1987).
Nas condições brasileiras, o sforo é um dos nutrientes que mais limita a
produção de madeira, em razão dos teores naturalmente baixos e da capacidade
desse nutriente de se adsorver co,m alta energia aos colóides da maioria dos solos
cultivados com eucalipto no Brasil (Barros & Novais, 2000). Como a exigência de
fósforo pelo eucalipto diminui com o aumento da idade das plantas (Novais et al.,
16
1982), o nível crítico de P para o desenvolvimento delas é muito maior nas fases
iniciais do que na fase de manutenção da floresta. Nesta fase, o nível crítico para
obtenção de produtividades de 50 m
3
ha
-1
ano
-1
em solos argilosos e de textura
média/arenosa foi de 4,5 e 6,5 mg dm
-3
.
Normalmente o potássio é o segundo nutriente mais utilizado pelo eucalipto,
porém ficando às vezes abaixo do nitrogênio e do cálcio. Valeri et al. (1991)
estudaram o efeito da adição de doses de K
2
O (0, 33 e 66 kg ha
-1
) na produção de
E. grandis, plantado em solo classificado como areia quartzosa na região de Luís
Antônio/SP, e verificaram aumento na produção de madeira, sendo que a xima
produção (86 t ha
-1
) foi obtida com a dose estimada de 61 kg K
2
O ha
-1
. Barros et al.
(1981) encontraram respostas à aplicação de potássio no plantio (27 g K
2
O planta
-1
)
de E. saligna cultivado em solo com 0,67 mmol
c
de K dm
-3
, ocorrendo incrementos
de 67 % no volume de madeira aos 78 meses de idade.
Faz-se necessária a investigação e o conhecimento da eficiência nutricional e
dos veis de resposta à fertilização das espécies de eucalipto, que apresentam
potencial de tolerância e resistência ao frio (E. dunnii e E. benthamii), para
implementar estratégias regionalizadas de manejo de fertilização destas espécies
nas condições edafoclimáticas do Planalto Sul Catarinense. Tentando responder
algumas destas dúvidas, foram conduzidos três experimentos com estas espécies
no Planalto Sul Catarinense, sendo um deles em vasos em casa-de-vegetação e
dois no campo. No experimento em vasos, procurou-se quantificar a resposta e a
eficiência das duas espécies na utilização de fósforo. Nos experimentos de campo,
foram avaliados o desenvolvimento inicial e as respostas de E. dunnii e E. benthamii
a diferentes doses de fósforo e de potássio.
17
2 CAPÍTULO I CRESCIMENTO INICIAL E EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE
CLONES DE Eucalyptus dunnii E Eucalyptus benthamii EM FUNÇÃO DA
ADIÇÃO DE DOSES DE FÓSFORO AO SOLO
2.1 RESUMO
As espécies florestais diferem na capacidade de absorção, translocação,
acúmulo e uso dos nutrientes, características essas que influenciam o crescimento
das mesmas. Estas diferenças ocorrem entre espécies, procedências, progênies, e
mesmo entre clones de uma determinada espécie. O objetivo deste experimento foi
avaliar o crescimento inicial e eficiência nutricional em relação a fósforo de mudas
de clone de E. dunnii e de E. benthamii plantadas em vasos. O experimento foi
conduzido por três meses em casa de vegetação, em delineamento inteiramente
casualizado, com quatro repetições, arranjado em esquema fatorial (2x5); duas
espécies e 0; 50; 100; 200 e 500 mg dm
-3
de P. Foi utilizado Cambissolo Húmico
coletado na camada 0-20 cm sob reflorestamento de pinus, que apresentava 4,6 mg
dm
-3
de P disponível por Mehlich-1. A fonte de P, superfosfato triplo (46% P
2
O
5
), e o
solo foram tamizados em peneira de 2 mm, misturados e acondicionado em vasos
de 18 litros, no qual efetuo-se o plantio de uma muda por vaso. Aos 90 dias
procedeu-se a coleta da biomassa da parte aérea e radicular das plantas,
separadamente para pesagem e determinação do teor de P. A partir da massa seca
da parte aérea e radicular, e do teor de fósforo, determinou-se os índices de
Eficiência de Absorção (EAP= conteúdo de P na planta / matéria seca da raiz);
Eficiência de Utilização de P (EUP= (matéria seca total)
2
/ quantidade de P na
18
planta) e a percentagem de recuperação pela biomassa do P aplicado [% P
recuperado = P (conteúdo na planta fertilizada) P (conteúdo planta
testemunha)*100 / P (quantidade de aplicada)]. Os clones de E. dunnii e E.
benthamii apresentaram comportamento semelhante, mostrando sensíveis aumento
na produção de matéria seca total e eficiência de utilização com o aumento das
doses de P até níveis ideais para a máxima produção, e acima destes ocorreu um
declínio nas doses máximas. O E. dunnii foi mais eficiente na produção de
biomassa, assim como na utilização e recuperação de P em relação ao E.
benthamii, em todos os níveis de fornecimento de P.
2.2 INTRODUÇÃO
As espécies florestais apresentam diferenças na capacidade de absorção,
translocação, acúmulo e uso dos nutrientes, que influenciam o crescimento das
mesmas. Estas diferenças ocorrem entre espécies, procedências, progênies, e
mesmo entre clones de uma determinada espécie. Guimarães (1993) relatou que
genótipos que crescem bem em solos de baixa fertilidade devem ser selecionados,
sendo desejáveis aqueles que tenham menores necessidades nutricionais, sem,
contudo, comprometer a produtividade. Assim, o entendimento do grau de
variabilidade genética sobre atributos nutricionais e fisiológicos do crescimento de
plantas é fundamental para a seleção e o melhoramento mais eficientes e,
consequentemente, para o aumento do ganho genético, com menor impacto sobre o
nível de nutrientes do solo.
Para o gênero Eucalyptus, variações nas eficiências de absorção e de
utilização de um ou mais nutrientes entre espécies e entre clones de uma mesma
19
espécie (Silva, 1983; Barros et al., 1985; Morais, 1990). O P é o principal nutriente
que confere caráter distinto às espécies de eucaliptos em relação ao crescimento e
à eficiência nutricional (Furtini Neto, 1994). A eficiência nutricional pode ser
entendida de varias maneiras. Do ponto de vista agronômico, ela se refere à
capacidade de um genótipo ter altas produções em um solo pobre em determinado
nutriente, considerando-se um genótipo como padrão (Graham, 1984). Sob o ponto
de vista fisiológico, a eficiência nutricional refere-se à capacidade do genótipo
absorver o nutriente do solo, distribuí-lo e utilizá-lo internamente (Goddard e Hollis,
1984). Dependendo do nutriente, deve ser também considerada a eficiência de sua
redistribuição interna (Moll et al., 1982). Do ponto de vista nutricional, um genótipo
eficiente é aquele que cresce e produz bem em condições de baixo suprimento de
nutrientes pelo solo, e assim, comparativamente a outras cultivares, tem maior
capacidade de absorver os nutrientes e utilizá-los na produção de biomassa (Furlani
et al., 1984). É importante salientar que é muito difícil selecionar um material
genético que apresente alta eficiência na utilização de todos os nutrientes
essenciais. Sendo assim, a melhor estratégia é selecionar e utilizar materiais
genéticos compatíveis com as características e necessidades dos sítios onde serão
cultivados (Camargo et al., 2004).
A eficiência nutricional pode ser calculada pelo coeficiente de utilização
biológico (CUB), que consiste na razão entre a massa seca (MS) e o acúmulo de
nutrientes (Ac.N). Alternativamente, pode ser reescrito como o inverso do teor do
nutriente, ou seja: CUB = MS/Ac.N, onde Ac.N = Teor * MS, logo CUB = 1/Teor.
Entretanto, segundo Siddiqui & Glass (1981), a relação de eficiência nutricional deve
sempre estar relacionada com a produção, para não incorrer em erro de selecionar
cultivares com alta relação de eficiência nutricional e baixa produção. Para tanto,
20
Siddiqui & Glass (1981) sugerem o índice de eficiência nutricional (EN). Este índice
é calculado pela relação entre a MS da planta e a concentração do nutriente na
mesma.
Souza (1994) menciona cinco características que contribuem para o aumento
da eficiência na absorção e de utilização de nutrientes pelas plantas: adequada
geometria e distribuição do sistema radicular, modificações químicas na rizosfera e
exsudação de substâncias capazes de solubilizar nutrientes, presença de micorrizas,
tolerância a condições de baixo pH ou aumento de teores de alumínio trocável, e
taxa de absorção mais rápida em condições de baixas concentrações de nutrientes.
Segundo Föhse et al. (1991), plantas com alta eficiência de absorção de P
apresentam não alta taxa de absorção do nutriente por unidade de massa de raiz
(alto influxo), mas também alta relação parte rea/raiz. Também a recuperação do
P pelas plantas pode variar devido à sua adsorção e baixa difusão do nutriente no
solo. A formação de precipitados de fosfatos de ferro e de alumínio, em solos muito
ácidos, também contribui para diminuição da disponibilidade de P as plantas (Ernani
et al., 2000).
O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento inicial e a eficiência
nutricional de mudas de clone de E. dunnii e E. benthamii cultivadas em um
Cambissolo Húmico em resposta a adição de doses crescentes de P.
2.3 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no viveiro de pesquisa
da empresa Klabin S.A., em Otacílio Costa, SC, de outubro de 2008 a janeiro de
21
2009. Foi utilizado um Cambissolo Húmico alumínico léptico, coletado na camada de
0 20 cm em área de reflorestamento de Pinus taeda.
O solo apresentava as seguintes características: pH-H
2
O = 3,9; Al
3+
= 9,5
cmol
c
dm
-3
; Ca = 0,6 cmol
c
dm
3
; Mg = 0,1 cmol
c
dm
-3
; P = 4,6 mg dm
-3
; K = 50 mg
dm
-3
; 510g kg
-1
de argila e 34 g kg
-1
de matéria orgânica (M.O). Posteriormente à
coleta, o solo foi tamisado em peneira de 4 mm, e em seguida recebeu 2,0 g kg
-1
de
calcário dolomítico finamente moído, antes da aplicação dos tratamentos, com o
objetivo de elevar a quantidade de Ca + Mg para 2,0 cmol
c
dm
3
.
Os tratamentos consistiram de um arranjo fatorial envolvendo duas espécies
(E. dunnii e E. benthamii) e cinco doses de fósforo (0, 50, 100, 200 e 400 mg dm
-3
),
com quatro repetições arranjadas em delineamento experimental inteiramente
casualizado. A unidade experimental foi constituída por vaso plástico preenchido
com 18 litros de solo no qual foi cultivado uma muda.
As doses de P foram homogeneizadas manualmente com todo o volume de
solo de cada unidade experimental, no dia do plantio das mudas. Foram utilizadas
mudas clonais homogêneas em altura e diâmetro, com três meses de idade,
produzidas por propagação vegetativa no viveiro da Klabin, em Telêmaco Borba,
PR.
Como fonte de fósforo, utilizou-se o superfosfato triplo (46% P
2
O
5
)
previamente tamizado em peneira com 2 mm de abertura. Em todas as unidades
experimentais, foi realizada adubação básica logo após o plantio, via solução, de
modo a fornecer as seguintes quantidades de nutrientes, em cada quilograma de
solo seco: 50 mg de N na forma de uréia [CO(NH
2
)
2
], 100 mg de K na forma de KCl,
5 mg de Zn na forma de ZnSO
4
e 5 mg de Cu na forma de CuSO
4
. A umidade do
solo foi mantida durante todo o período experimental em aproximadamente 80% da
22
água retida na capacidade de campo. O volume de água evapotranspirado, obtido
por meio de pesagem dos vasos, foi reposto diariamente.
Ao final de três meses, foi mensurado o diâmetro do colo e a altura das
mudas, com paquímetro digital e régua graduada, respectivamente. Posteriormente
procedeu-se a coleta da biomassa da parte aérea e radicular das plantas,
separadamente. A coleta das raízes foi efetuada por meio do peneiramento do solo
e catação manual. A biomassa da parte aérea e das raízes foi secada a 65 ºC em
estufa com circulação de ar forçada, até atingir massa constante. Posteriormente à
pesagem, realizou-se a moagem do material vegetal, em moinho tipo Wiley.
As amostras secas da parte aérea foram digeridas com ácido sulfúrico e água
oxigenada, sem mistura de digestão, em bloco digestor previamente aquecido a 100
o
C. Procedeu-se aumento gradual de temperatura até atingir 350
o
C. O P total das
amostras foi determinado de acordo com a metodologia proposta por Murphy & Riley
(1962). O fósforo no solo foi extraído pelo método de Mehlich-1, que é uma solução
ácida, cuja concentração final possui HCl 0,05 mol L
-1
e H2SO4 0,0125 mol L
-1
,
sendo, a seguir, determinado por colorimetria (Tedesco et al.,1995).
A partir do teor de fósforo e da massa seca da parte aérea das plantas,
determinou-se o P acumulado na biomassa, a eficiência de absorção de P (EAP =
conteúdo de P na planta / massa seca da raiz) e a eficiência de utilização de P (EUP
= (matéria seca)
2
/ conteúdo de P), conforme metodologias propostas por Siddiqi &
Glass (1981). Também foi determinada, para cada espécie, a percentagem de
recuperação pela biomassa do P aplicado [% P recuperado = P (conteúdo na planta
fertilizada) P (conteúdo planta testemunha)*100 / P (quantidade de aplicada)].
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (teste F) para
avaliar a significância dos efeitos dos fatores (doses de P e espécies) e da interação
23
entre eles. Para os parâmetros de crescimento (biomassa seca da parte aérea,
radicular e total) e para os parâmetros de eficiência nutricional (teor de P na
biomassa, P acumulado, eficiência de absorção de P e eficiência de utilização de P)
foram ajustadas equações de regressão com uso do pacote estatístico SAS (2007).
2.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
2.4.1 Produção de biomassa
As doses de P influenciaram a produção de biomassa da parte aérea, da
raízes e biomassa total diferentemente entre as espécies de eucalipto (E. dunnii e E.
benthamii) ao nível de (P<0,01) de significância (Tabela 1).
Tabela 1 - Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) e coeficiente de variação da
massa seca da raiz (MsRA), massa seca da parte aérea (MsPA) e massa seca total
(MsTO) de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após o plantio, em função de doses
de fósforo adicionadas ao solo.
Fonte de
Variação
QM
MsRA
MsPA
MsTO
(g vaso
-1
)
(g vaso
-1
)
(g vaso
-1
)
Espécie (E)
1339,9
**
789,8
**
29863,5
**
Doses P (P)
357,4
**
293,3
**
10066,6
**
E * P
89,2
**
30,4
**
1255,2
**
CV (%)
13,9
6,7
7,7
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
O rendimento de massa seca da parte aérea (MsPA) das duas espécies
apresentou um comportamento quadrático com o aumento das doses de P
adicionadas ao solo. Em todos os níveis de P, o E. dunnii produziu mais biomassa
24
aérea do que E. benthamii, sendo que no tratamento onde não foi aplicado sforo a
produção foi 2,26 vezes maior, evidenciando uma melhor adaptabilidade do E. dunnii
em solos com baixa disponibilidade de P (Figura 1). Furtini Neto (1994) avaliou a
resposta de mudas de cinco espécies de eucalipto ao fornecimento de P, e também
encontrou comportamento quadrático na produção de biomassa, com máximas
respostas obtidas para doses variando de 250 a 350 mg dm
-3
de P.
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
MsPA (g vaso
-1
)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
E. benthamii Y = 20,43 + 0,39P - 0,00007P
2
** R
2
= 0,84
E. dunnii Y = 46,11 + 0,69P - 0,001P
2
** R
2
= 0, 74
Figura 1 - Produção de biomassa seca da parte aérea de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses
após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
A interação entre as doses de P e as espécies de eucalipto foi significativa
(P<0,01), confirmando a diferença de comportamento na produção de biomassa da
parte aérea. A produção do E. dunnii foi maior do que a do E. benthamii em todas as
doses de P testadas, demonstrando uma melhor resposta ao fornecimento de P. A
máxima produção por vaso foi de 134 g, obtida na dose estimada de 256 mg dm
-3
de
P.
25
O efeito das doses de P aplicadas ao solo na produção de raízes variou com
a espécie de eucalipto (Tabela 1; Figura 2). A produção de massa seca das raízes
(MsRA) do E. benthamii aumentou linearmente com o aumento das doses de P
(Figura 2). A massa seca das raízes do E. dunnii, entretanto, aumentou de forma
quadrática com a dose de P, apresentando a produção máxima de 34 g vaso
-1
com
a adição de 251 mg dm
-3
de P. Como na produção de biomassa aérea, a biomassa
radicular estimada também foi maior para o E. dunnii em relação ao E. benthamii,
em todas as doses de P, sendo 1,7 e 2,0 vezes maior nas doses de 0 e 300
mg dm
-3
, respectivamente
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
MsRA (g vaso
-1
)
0
10
20
30
40
E.benthamii Y = 7,62 + 0,03P ** R
2
= 0,70
E. dunnii Y = 12,23 + 0,17P - 0,0003P
2
** R
2
= 0,66
Figura 2 - Produção de biomassa seca radicular de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após o
plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
Visualmente foi possível verificar diferenças na morfologia das raízes entre as
duas espécies, tendo o E. dunnii apresentado um sistema radicular bem mais
ramificado e com raízes mais finas do que o E. benthamii. Não foi feita nenhuma
26
avaliação estatística comparando a morfologia do sistema radicular das duas
espécies. Sabe-se que a geometria das raízes influencia o crescimento da planta e a
aquisição de nutrientes, especialmente daqueles com baixa mobilidade no solo, a
exemplo do P. Por isso, plantas com sistema radicular mais fino e fasciculado
exploram um maior volume de solo, o que facilita a aquisição do nutriente,
principalmente sob condições de limitada disponibilidade no solo (Föshe,1991).
A produção de biomassa total seguiu o mesmo comportamento quadrático
observado para biomassa aérea, sempre com o E. dunnii (Figura 3) apresentando a
maior produção total, em todas as doses testadas.
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
MsTO (g vaso
-1
)
0
40
80
120
160
200
E. benthamii Y = 27,24 + 0,42P - 0,0007P
2
** R
2
= 0,87
E. dunnii Y = 57,67 + 0,87P - 0,002P
2
** R
2
= 0,74
Figura 3 - Produção de biomassa seca total de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após o
plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
As máximas produções de massa seca total (MsTO) para E. dunnii e para E.
benthamii foram, respectivamente, 168 g vaso
-1
na dose estimada de 256 mg dm
-3
de P e de 92 g vaso
-1
na dose 310 mg dm
-3
de P (Figura 3). Verifica-se, portanto,
maior responsividade do E. dunnii à adição de P, que são necessárias 2,3 mg
dm
-3
de P para o incremento de 1,0 g vaso
-1
de biomassa total, enquanto que para o
27
E. benthamii são necessárias 4,8 mg dm
-3
de P para produzir 1,0 g vaso
-1
de
biomassa. A resposta em produção de biomassa observada no presente estudo até
doses altas de P pode ser explicada pela condução das plantas em vasos, onde
uma maior relação raízes/solo relativamente às plantas cultivadas no campo. Em
vasos, o sistema radicular fica confinado e, portanto, explora mais intensamente o
volume de solo, pois há uma sobreposição das zonas de depleção de P ao redor das
raízes, o que dificilmente acontece no campo. D’Avila (2008) verificou que doses de
400 a 490 mg dm
-3
em substrato foram os melhores resultados na produção de
mudas de três clones de E. urograndis quando testou a adição de P de 0 a 1046 mg
dm
-3
.
Para a dose correspondente a 90% da produção máxima estimada, o E.
dunnii apresentou produção relativa de biomassa 47 pontos percentuais maior do
que o E. benthamii, com uma dose 22% menor (Tabela 2), confirmando a sua
melhor responsividade ao fornecimento de P e conseqüente maior produção de
biomassa.
Tabela 2 - Biomassa total e dose de fósforo necessária para produzir 90% da massa seca máxima
estimada para as espécies de E. dunnii e E. benthamii aos três meses após o plantio.
Espécie
Biomassa Total
Produção Relativa
Doses de P
(g vaso
-1
)
(%)
(mg dm
-3
)
E. dunnii
156,0
100
151,9
E. benthamii
82,8
53
193,2
2.4.2 Parâmetros de eficiência nutricional
Todos os parâmetros relacionados com a eficiência nutricional de P diferiram
entre as duas espécies de eucalipto ao nível de 1% de significância (P<0,01) (Tabela
28
3). A interação entre espécies e doses de P foi estatisticamente significativa
(P<0,01) para o P acumulado na biomassa e para a eficiência de absorção do
nutriente.
Tabela 3 - Análise de variância com valores de quadrado médio e coeficiente de variação do teor de
fósforo na biomassa (P), fósforo acumulado na biomassa (PAc.), eficiência de absorção de
fósforo (EAP) e eficiência de utilização de fósforo (EUP) de E. dunnii e E. benthamii, aos
três meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
Fonte de
Variação
QM
P
PAc.
EAP
EUP
(%)
(mg vaso
-1
)
(mgP g
-1
)
(mg²ms mg
-1
P)
Espécie (E)
0,024
**
140,89
**
99,26
**
2,21
**
Doses P (P)
0,013
*
107,72
**
80,31
*
4,47
**
E * P
0,001
ns
6,34
**
30,67
ns
7,96
**
CV (%)
11,18
12,82
26,57
11,50
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
O teor de P na biomassa aérea aumentou linearmente com o aumento das
doses de P para as duas espécies. Em todas as doses, os teores de P foram
maiores no E. benthamii do que no E. dunnii. No primeiro, o teor de P variou de
0,34%, nas plantas não fertilizadas, até 0,42% nas plantas que receberam 400 mg
dm
-3
P; para E. dunnii, a concentração de P variou de 0,28% a 0,40% nas plantas
sem P e com 400 mg dm
-3
de P, respectivamente.
O conteúdo de P acumulado na biomassa aérea seguiu o mesmo
comportamento quadrático encontrado para a produção de biomassa seca. Mesmo
as concentrações de P tendo sido menores no E. dunnii, este apresentou os maiores
conteúdos do nutriente acumulado, em todas as doses testadas (Figura 4), em
29
virtude da maior produção de biomassa produzida por esta espécie relativamente à
produzida pelo E. benthamii.
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
P acululado (mg vaso
-1
)
0
100
200
300
400
500
E. benthamii Y = 67,43 + 1,47P - 0,002P
2
** R
2
= 0,81
E. dunnii Y = 126,13 + 2,38P - 0,004P
2
** R
2
= 0,81
Figura 4 - Conteúdo de P acumulado na de biomassa aérea de E. dunnii e E. benthamii, aos três
meses após o plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
A quantidade de P no solo, ao final dos três meses de condução do
experimento, aumentou linearmente com o aumento da dose de P aplicada, porém
com diferenças entre as duas espécies (Figura 5). Mesmo o E. dunnii tendo
acumulado mais P na biomassa, o P do solo plantado com E. dunnii foi 25% maior
do que naquele plantado com E. benthamii, em todas as doses testadas. Este fato
demonstra que o E. dunnii pode ter utilizado alguma quantidade de P de formas não
detectadas pelo método de extração do P solo.
30
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
Psolo (mg dm
-3
)
0
20
40
60
80
100
120
140
E. benthamii Y = -0,68
ns
+ 0,27P** R
2
= 0,94
E. dunnii Y = -2,62
ns
+ 0,34P** R
2
= 0,96
Figura 5 - Valores de P disponível no solo, aos três meses após o plantio de E. dunnii e E. benthamii,
em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
A eficiência de absorção de P (EAP) também foi distinta entre as duas
espécies (Figura 6). O E. dunnii obteve ganhos lineares crescentes na eficiência de
absorção à medida que aumentou o fornecimento desse nutriente, partindo de 10,5
mg P g
-1
, na dose zero, e atingindo eficiência máxima de 14,3 mg P g
-1
na dose de
400 mg dm
-3
de P. Por outro lado, o E. benthamii apresentou ganhos crescentes a
um máximo de eficiência de absorção de 21,9 mg P g
-1
para a dose estimada de 228
mg dm
-3
; após isso, houve redução até 14,9 mg P g
-1
para a dose 400 mg dm
-3
. Essa
diferença de comportamento das espécies pode ser explicada em função do
crescimento radicular das espécies, que foi linear para o E. benthamii e quadrático
para o E. dunnii, uma vez que a EAP é calculada pelo quociente entre o conteúdo de
P na planta e a massa seca do sistema radicular.
31
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
EAP (mgP g
-1
)
8
10
12
14
16
18
20
22
24
E. benthamii Y = 9,45 + 0,11P - 0,0002P
2
** R
2
= 0,48
E. dunnii = 10,50 + 0,01P ** R
2
= 0,58
Figura 6 - Eficiência de absorção de P de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após o plantio, em
função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
O comportamento da eficiência de utilização de P não diferiu entre as
espécies com a variação na disponibilidade de fósforo no solo. Ele aumentou a até
níveis máximos de produção de biomassa nas doses intermediárias, decrescendo
nas maiores doses (Figura 7). Considerando que as curvas de crescimento e
atuação enzimática são hipérboles retangulares, este comportamento era esperado,
corroborando resultados de Siddiqi & Glass (1981) em estudo com potássio. Por
outro lado, o E. dunnii demonstrou maior eficiência de utilização de P do que o E.
benthamii, em todas as doses de P, com máxima eficiência de utilização (39,5 g²ms
mg
-1
) para a dose estimada de 233 mg dm
-3
. Para E. benthamii, a máxima eficiência
(19,9 g²ms mg
-1
) P foi obtida na dose de 269 mg dm
-3
, representando um
decréscimo de 49,7% em relação ao E. dunnii. Na dose onde não se adicionou P, a
eficiência do E. dunnii na utilização e conversão em biomassa foi maior
demonstrando sua melhor habilidade em se adaptar a ambientes com baixos níveis
32
deste nutriente. À medida que aumenta a disponibilidade de P no solo até os níveis
ideais para as máximas produções, ocorre também maior responsividade do E.
dunnii na utilização de P em relação ao E. benthamii. Diferenças na eficiência de
utilização de P entre espécies de eucalipto também foi verificada por Alvarez (2006),
demonstrando que híbridos de E. urophylla x E. grandis foram mais eficientes em
condição de disponibilidade limitada de P.
Doses de P (mg dm
-3
)
0 100 200 300 400
EUP (g² ms mg
-1
P)
0
10
20
30
40
50
E. benthamii Y = 6,36 + 0,10P - 0,0002P
2
** R
2
= 0,82
E. dunnii Y = 11,69 + 0,19P - 0,0004P
2
** R
2
= 0,73
Figura 7 - Eficiência de utilização de P de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após o plantio, em
função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
A quantidade de P recuperada na biomassa diminuiu para as duas espécies
com o aumento das doses de P (Tabela 04). O E. dunnii apresentou uma maior
percentagem de recuperação do que o E. benthamii, em todas as doses, sendo 1,7
e 1,5 vezes maior nas doses de 100 e 400 mg dm
-3
de P, respectivamente.
33
Tabela 4 - Recuperação de fósforo na biomassa de E. dunnii e E. benthamii, aos três meses após o
plantio, em função de doses de fósforo adicionadas ao solo.
Espécie
P (mg dm
-3
)
100
200
400
-------------------------------- % --------------------------------
E. dunnii
16,27
8,59
4,95
E. benthamii
9,43
5,13
3,28
Este melhor aproveitamento em todas as doses do fertilizante adicionado pelo
E. dunnii corrobora com a maior produção de biomassa, confirmando a maior
eficiência de utilização do nutriente.
2.5 CONCLUSÃO
- A adição de P ao solo aumentou a produção de biomassa e interferiu nos
parâmetros relacionados com a eficiência nutricional de mudas de clones de E.
dunnii e E. benthamii cultivados em vasos, com magnitudes diferentes entre as
espécies, tendo o E. dunnii sido mais eficiente do que o E. benthamii na produção de
biomassa aérea e radicular, assim como na utilização de P, em todas as doses de P
aplicadas.
34
3 CAPÍTULO II RESPOSTA INICIAL DE Eucalyptus dunnii E Eucalyptus
benthamii À ADUBAÇÃO FOSFATADA E POTÁSSICA NO PLANALTO SUL
CATARINENSE.
3.1 RESUMO
A busca por informações e a implementação de estudos de respostas à
fertilização das diferentes espécies de eucalipto intensificouse à medida que houve
uma expansão da área plantada no país e o avanço sobre solos degradados e de
baixa fertilidade. Porém ainda existe carência de informações referentes a algumas
espécies em particular, principalmente quando se trata de espécies recomendadas
para regiões de clima subtropical. O objetivo deste estudo foi avaliar o
desenvolvimento inicial e a resposta de E. dunnii e E. benthamii a adubação com
diferentes doses de fósforo e potássio. Foram instaladas duas áreas experimentais,
uma para cada espécie (Experimento I: E. dunnii e Experimento II: E. benthamii) em
Cambissolo Húmico no município de Otacílio Costa - SC. As áreas receberam os
mesmos tratamentos, arranjados em esquema fatorial (3x4), 0; 100; 200 kg ha
-1
de
K
2
O e 0; 50; 100; 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
. As doses de P foram aplicadas em duas
covetas laterais a 10 cm de profundidade e a 10 cm da planta, quinze dias após o
plantio. as doses de K foram divididas em duas partes iguais, e aplicadas sobre o
solo na projeção da copa, aos três e seis meses após o plantio. Aos seis e dezoito
meses foram mensurado a altura e diâmetro das plantas para o cálculo de volume.
Os dados foram analisados através do procedimento de superfície de resposta. De
acordo com os resultados observados aos seis meses o E. dunnii apresentou maior
35
resposta em relação a P e K, porém em todas as faixas de disponibilidade, a
produtividade do E. benthamii foi maior, com destaque onde se aplicou as menores
doses de P e K. A resposta máxima para E. dunnii foi de 183 e 200 kg ha
-1
de K
2
O
e P
2
O
5
, respectivamente. para E. benthamii foi de 84 kg ha
-1
de K
2
O e 124 kg
ha
-1
de P
2
O
5
. Essas doses proporcionaram ganhos significativos de produtividade
para ambas as espécies.
3.2 INTRODUÇÃO
A busca por informações e a implementação de estudos de respostas à
fertilização das diferentes espécies de eucalipto intensificouse à medida que houve
uma expansão da área plantada no país e o avanço sobre solos degradados e de
baixa fertilidade. Porém ainda existe carência de resultados referentes a algumas
espécies em particular, principalmente quando se trata de espécies recomendadas
para regiões de clima subtropical.
Em relato de diversos estudos com diferentes espécies florestais em vários
países quanto à resposta a adubações, Nambiar (1984) menciona que a seleção de
genótipos pode oferecer um avanço nesse sentido, e advertiu que o potencial
genético para alta produção não será completamente expresso se o for
acompanhado por uma otimização dos recursos de água e nutrientes. Segundo esse
autor, muitos dos conhecimentos sobre nutrição são empíricos, e os avanços nessa
área somente serão possíveis se houver interação nos conhecimentos sobre a
fisiologia do crescimento das árvores e a relação destas com a disponibilidade de
nutrientes no solo.
36
A necessidade de adubação decorre do fato de que nem sempre o solo é
capaz de fornecer todos os nutrientes que as plantas precisam para um adequado
crescimento. Isso se deve aos solos muito intemperizados e lixiviados usados para
os plantios florestais e pelo continuo processo de exportação de nutrientes devido às
diversas rotações de culturas agrícolas ou florestais. As características e quantidade
de adubos a aplicar dependem das necessidades nutricionais da espécie, da
fertilidade do solo, da reação dos adubos com o solo, da eficiência dos adubos e de
fatores de ordem econômica (Gonçalves, 1995). Ainda, as recomendações devem
ser definidas em nível regional para as espécies e tipos de solos mais
representativos, envolvendo experimentação de campo, que devem ter por objetivo
estabelecer classes de fertilidade de solo e de resposta ás adubações.
O fósforo é um componente integral de compostos importantes das células
vegetais, incluindo fosfato-açúcares, intermediários da respiração e fotossíntese,
bem como fosfolipídeos que compõem as membranas vegetais. É também
componente de nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas.
Sintomas característicos de deficiência de fósforo incluem crescimento reduzido em
plantas jovens, folhas levemente arroxeadas, podendo ainda encontrar-se
malformadas e conter manchas necróticas (Taiz & Zeiger, 2004). A deficiência
severa de fósforo em E. pellita e E. urophylla é caracterizada por folhas arroxeadas
sem lesões necróticas. em E. globulus surgem manchas necróticas coalescentes
e irregularidades nas margens das folhas com uma grande quantidade de tecido
morto (Dell et al., 2003).
O potássio desempenha importante papel na regulação osmótica, e é ativador
de muitas enzimas envolvidas na respiração e fotossíntese. O principal sintoma
visível de deficiência de potássio é clorose em manchas ou marginal, que então,
37
evolui para necrose, principalmente nos ápices foliares, nas margens e entre
nervuras. Como o potássio pode ser remobilizado para as folhas mais jovens os
sintomas aparecem inicialmente nas folhas mais maduras da base da planta (Taiz &
Zeiger, 2004)
As espécies de eucaliptos são consideradas exigentes em nutrientes,
principalmente em fósforo na fase inicial, e em potássio na fase juvenil e adulta.
Considerando essa característica, aliado ao fato de que em condições subtropical, é
relevante a promoção de um rápido desenvolvimento inicial que geram ganhos em
altura e diâmetro, de modo que as plantas atinjam um porte em que danos de
geadas sejam minimizados. O aporte adequado de nutrientes pelas adubações
suporta a necessidade desse aceleramento do desenvolvimento inicial das plantas,
necessário nessas condições.
Para uma produtividade de 30 a 60 m
3
ha
-1
ano
-1
, a quantidade total
acumulada de potássio pelo eucalipto aos 7 anos de idade varia de 190 a 400 kg de
K ha
-1
, muito superior ao conteúdo de potássio trocável nos primeiros 60 cm de
profundidade da maioria dos solos florestais, exceção feita a alguns Argissolos
amarelos da região sul da Bahia ou do Vale do Paraíba SP (Silveira & Malavolta,
2000). Em trabalho realizado por Bellote (1979), a quantidade acumulada de
potássio aos 6 anos em E. grandis foi de 245 kg ha
-1
, enquanto que a quantidade
dos demais macronutrientes por hectare foi de 518 kg para Ca, 472 kg para N, 160
kg para S, 125 kg para Mg e 30 kg para P. Normalmente, o potássio é o segundo ou
terceiro nutriente mais acumulado pelo eucalipto, ficando às vezes abaixo do
nitrogênio e do cálcio. Para E. dunnii aos 7 anos de idade, Schumacher et al. (2000)
verificaram um acumulo de 415 kg ha
-1
e 28 kg ha
-1
de potássio e fósforo,
respectivamente na biomassa da parte aérea das árvores. A simples reposição das
38
quantidades de nutrientes exportadas pela colheita pode não garantir a
sustentabilidade das próximas rotações, principalmente em solos argilosos, onde a
adsorção de fósforo pelos minerais de argila e pelos óxidos de Fe e de Al é alta.
Em reflorestamentos de E. grandis que apresentam deficiência de potássio
verifica-se a importância da correção pela adubação potássica, pois Gava (1997)
aplicando 256 kg ha
-1
de K
2
O obteve ganhos de volume em madeira de 118% em
relação à testemunha.
Malavolta (2002) sugere que a dose de fósforo utilizada leve em conta o
acúmulo anual de fósforo e o teor de argila do solo (f=2 para solos arenosos, f=3
para solos de textura média e f=4 para solos argilosos). Assim considerando que o
acúmulo de fósforo para E. grandis aos 6 anos foi de 30 kg ha
-1
(Bellote, 1979), a
dose de P
2
O
5
seria de 60 (30 x 2), 90 (30 x 3) e 120 (30 x 4) kg ha
-1
para solos
arenosos, textura média e argilosos, respectivamente.
Os objetivos deste experimento de campo foram avaliar o desenvolvimento
inicial e as respostas de E. dunnii e E. benthamii à adubação com diferentes doses
de fósforo e potássio no Planalto Sul Catarinense.
3.3 MATERIAL E MÉTODOS
Foram conduzidos dois experimentos de campo, um com clone de Eucalyptus
dunnii (Experimento I, 50°03’24” W; 27°30’14” S), e outro com Eucalyptus benthamii
(Experimento II, 50°03’40” W; 27°24’27” S) em Cambissolo Húmico, em duas
fazendas da empresa Klabin S.A, no município de Otacílio Costa SC.
As duas áreas experimentais apresentavam características de manejo
semelhantes na rotação anterior, plantio de Pinus taeda com corte final aos 18 anos.
39
O solo foi coletado na camada 0 20 cm e analisado (Tabela 5) para duas
áreas.
Tabela 5 - Características químicas e físicas do solo da camada 0 20 cm do Experimento I e II. (E.
dunnii) e II (E. benthamii
Área
pH-H
2
O
Argila
M.O.
P
K
Al
3+
Ca
Mg
---- g kg
-1
---
-- mg dm
-3
--
------ cmol
c
dm
-3
-----
Exp. I (E.dunnii)
3,9
460
5,7
2,5
52
13,1
0,5
0,3
Exp. II (E. benthamii)
3,8
500
4,7
3,0
44
11,3
0,5
0,3
As técnicas de manejo utilizadas na implantação e condução dos dois
experimentos foram as mesmas. As duas áreas receberam 1,5 ton ha
-1
de calcário
dolomítico para o fornecimento de Ca e Mg. O preparo do solo mecanizado foi
realizado em cultivo mínimo com subsolagem a 45 cm de profundidade e 60 cm de
largura na linha de plantio. Simultaneamente com a subsolagem, aplicou-se 200 kg
ha
-1
de fosfato natural de rocha Arad (33% P
2
O
5
total e 9 % P
2
O
5
solúvel) em filete
continuo localizado a 20 cm de profundidade no sulco de subsolagem.
No experimento I foi utilizado um clone de E. dunnii, enquanto que no
experimento II utilizaram-se mudas de E. benthamii de origem seminal. As mudas de
ambas as espécies foram produzidas em Telêmaco Borba, PR, no viveiro de
pesquisas da Klabin, e apresentavam três meses de idade na ocasião do plantio. O
plantio foi realizado em outubro/2007 e novembro/2007 no experimento I e II,
respectivamente. O espaçamento de plantio utilizado foi de 3,0 m entre plantas e
2,5 m nas entrelinhas.
40
Os tratamentos de adubação foram os mesmo para os dois experimentos e
consistiram de um arranjo fatorial com três doses de potássio (0, 100 e 200 kg ha
-1
de K
2
O) e quatro doses de fósforo (0, 50, 100, 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
). Utilizou-se o
delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, sendo a
unidade experimental constituída de uma parcela de 49 plantas (7 x 7), das quais
somente as 25 plantas centrais (5 x 5) foram utilizadas para as mensurações.
As doses de P foram aplicadas na forma de superfosfato triplo (46% P
2
O
5
), ao
lado de cada planta, em duas covetas laterais, a 10 cm de distância da muda e 10
cm de profundidade, 15 dias após o plantio. As doses de K foram aplicadas sobre a
superfície do solo, na forma de KCl, na projeção da copa das plantas, em duas
épocas, sendo metade aos três e seis meses após o plantio. Três meses após o
plantio, aplicaram-se 50 kg ha
-1
de nitrato de amônio (33% N) em todas as unidades
experimentais.
Aos seis meses foi mensurada a altura total, diâmetro a 50 cm do solo e
diâmetro da copa das 25 plantas centrais de cada parcela. A partir dos dados de
altura e diâmetro colo foi calculado o volume cilíndrico.
Aos dezoito meses foi mensurado a altura total e diâmetro a 1,30 m do solo. A
partir dos dados de altura e diâmetro calculou-se o volume por hectare de cada
parcela usando fator de forma de 0,6 (Volume = (g.h.f)), onde g = ((diâmetro)
2
.π )/4);
f= fator de forma; e h = altura.
.
41
Os dados obtidos foram submetidos a análises estatísticas utilizando o
aplicativo “Statistical Analysis System” (SAS,2007). Procedeu-se a analise de
variância (teste F) e, para os casos de significância (P<0,05) da interação de dose
de P
2
O
5
e K
2
O, efetuaram-se analises de regressão polinomial pelo procedimento
RSREG (superfície de resposta). Nos casos de interação não significativa (P<0,05),
utilizou-se o procedimento GLM para estudo de regressão para o nutriente em que o
efeito foi significativo no teste F.
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.4.1 Experimento I E. dunnii
3.4.1.1 Avaliação aos seis meses
A adição de P e de K ao solo por ocasião da implantação aumentou o
diâmetro do colo, a altura, o diâmetro da copa e o volume cilíndrico das árvores, com
efeitos significativos (P<0,01) (Tabela 6) e reflexos positivos no crescimento inicial
do E. dunnii, avaliado aos seis meses de idade.
42
Tabela 6 - Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de diâmetro do colo a 50 cm
do solo (Dcolo), altura, diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito
da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos seis meses após o plantio.
Fonte de
Variação
QM
Dcolo
Altura
Dcopa
Volcil
(cm)
(m)
(m)
(m
3
ha
-1
)
Bloco
2,21
**
0,31
**
0,16
**
1,85
**
Doses de K
2
0 (K)
9,19
**
3,73
**
1,63
**
9,17
**
Doses P
2
0
5
(P)
22,10
**
11,98
**
3,86
**
22,99
**
K * P
0,52
**
0,21
**
0,05
*
0,57
**
CV (%)
12,20
11,69
9,95
28,01
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
A altura, o diâmetro do colo determinado a 50 cm do solo e o volume cilíndrico
das plantas, aos seis meses de idade, aumentaram de forma quadrática com o
aumento das doses de P e de K aplicadas ao solo. O diâmetro da copa, entretanto,
aumentou linearmente com a aplicação dos dois nutrientes. As equações de
regressão que descrevem o efeito das doses aplicadas sobre o incremento de cada
atributo apresentaram coeficientes de determinação sempre maiores do que 94%,
porém o coeficiente da interação entre P e K adicionados não foi significativo para
nenhum dos atributos (P<0,05) (Tabela 7).
43
Tabela 7 - Equações de regressão e valor máximo estimado de diâmetro do colo (Dcolo), altura,
diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de doses
de P e K ao solo em E. dunnii, aos seis meses após o plantio.
Parâmetros
Equações
Ymáx
R
2
Dcolo (cm)
Y = 1,41+0,0046**K+0,0084**P-0,00006*K
2
-
0,0002*P
2
-0,0000002
ns
KP
2,59
94,9
Altura (m)
Y = 1,20+0,0029*K+0,0066**P-0,000009*K
2
-
0,00001*P
2
-0,0000002
ns
KP
2,04
96,5
Dcopa (m)
Y = 1,21+0,0014**K+0,0034**P-0,0000008
ns
KP
1,71
97,8
Volcil (m
3
ha
-1
)
Y = 0,2111+0,0043**K+0,0077**P-0,00001*K
2
-
0,00002
ns
P
2
+0,000005
ns
KP
1,44
97,1
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01).
O diâmetro do colo das plantas apresentou valor máximo estimado pela
equação múltipla de regressão de 2,59 cm (Figura 8) e isso seria obtido pela
aplicação de doses de 166 e de 188 kg ha
-1
de K
2
O e de P
2
O
5
, respectivamente.
Este valor representa um incremento de 84% no diâmetro do colo das plantas em
relação ao tratamento testemunha, onde não foi aplicado P e K
.
A altura máxima estimada das plantas aos seis meses após o plantio foi de
2,04 m e seria obtida pela aplicação de 161 kg ha
-1
de K
2
O e de 181 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 8), e este valor representa um incremento de 70% em relação ao tratamento
testemunha, no qual as plantas apresentavam altura média de 1,20 m.
44
Figura 8 Superfície de resposta do diâmetro do colo (Dcolo), altura, diâmetro da copa (Dcopa) e
volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E.
dunnii, aos seis meses após o plantio.
De modo geral as máximas respostas para diâmetro e altura foram
semelhantes quando comparadas ao tratamento que utilizou a dose média de K
2
O
(100 kg ha
-1
) e dose máxima de P
2
O
5
(200 kg ha
-1
). Os valores estimados obtidos
para diâmetro e altura nesse tratamento foram de 2,52 cm e 2,00 m,
respectivamente. Os incrementos no diâmetro e na altura das plantas nessa idade (6
meses) são fundamentais, que as plantas com porte maior estarão menos
susceptíveis aos danos de geadas, principalmente no primeiro ano de idade,
especialmente na região do Planalto Sul Catarinense, onde ocorrem geadas de
grande intensidade em alguns anos. Ferraz & Coutinho (1984), estudando o efeito
da geada em E. saligna com dois anos de idade, verificaram que as plantas
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Altura (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Volcil.(m
3
ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcolo (cm)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcopa (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Altura (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Volcil.(m
3
ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcolo (cm)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcopa (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
45
dominadas, ou seja, de menor diâmetro e altura, apresentavam danos irreparáveis
ao lenho que influenciaram na qualidade da madeira.
O diâmetro da copa apresentou incremento linear (Figura 8) com o aumento
das doses de P e K aplicadas ao solo. O maior diâmetro (2,16 m) ocorreu, portanto,
na combinação da maior dose de cada nutriente (200 kg ha
-1
de K
2
O e 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
), tendo sido 78% maior do que no tratamento que não recebeu nenhum
desses dois nutrientes (testemunha). Este grande incremento até aos seis meses de
idade das plantas evidencia o efeito benéfico da aplicação de P e de K no
desenvolvimento inicial das plantas, mesmo em solos com boa disponibilidade inicial
de K, que era de 52 mg dm
-3
na área experimental.
A estimativa de volume cilíndrico das plantas, obtida a partir da superfície de
resposta (Figura 8), à aplicação de doses dos nutrientes ao solo apresentou um
comportamento linear para P e quadrático para K. A estimativa máxima (1,44 m
3
ha
-
1
) seria obtida nas doses de 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
e 180 kg ha
-1
de K
2
O. Em relação
ao tratamento testemunha, isto significa um incremento de 6,8 vezes. Para o efeito
isolado da aplicação de K, a maior resposta em volume ocorreu na dose de 141 kg
ha
-1
de K
2
O, sendo 2,4 vezes maior em relação à testemunha; para o efeito isolado
da aplicação de P, a xima resposta ocorreu na dose de 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
e foi
4,5 vezes maior em relação à testemunha. Estes valores demonstram resposta do
E. dunnii à adubação potássica, mas principalmente à adubação fosfatada no
desenvolvimento nos primeiros seis meses após o plantio. Esta forte demanda inicial
e resposta a P também é encontrada para outras espécies de eucalipto (Silveira &
Gava, 2004). Como a interação entre os dois fatores (P e K) foi significativa
(P<0,01) (Tabela 6), o efeito combinado de doses na faixa entre 120 e 150 kg ha
-1
46
de K
2
O com a dose máxima utilizada de P
2
O
5
(200 kg ha
-1
) resultaram em
respostas semelhantes aos valores para as doses máximas estimadas para o
volume cilíndrico aos seis meses.
3.4.1.2 Avaliação aos dezoito meses
A adição de P e K ao solo por ocasião da implantação de E. dunnii continuou
aumentando o diâmetro, a altura e volume das plantas na avaliação realizada aos
dezoito meses após o plantio (P<0,01) (Tabela 8). A interação entre os fatores
avaliados (P e K) foi significativa (P<0,05) somente para volume das plantas,
confirmando o efeito benéfico da aplicação combinada de K e P na adubação desta
espécie.
Tabela 8 - Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de diâmetro a altura do peito
(Dap), altura e volume para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii,
aos dezoito meses após o plantio.
Fonte de
Variação
QM
Dap
Altura
Volume
(cm)
(m)
(m
3
/ha)
Bloco
10,45
**
3,94
**
367,99
**
Doses de K
2
0 (K)
54,41
**
20,01
**
1334,23
**
Doses P
2
0
5
(P)
122,25
**
53,51
**
2724,08
**
K * P
1,24
ns
0,38
ns
57,82
*
CV (%)
15,90
14,87
36,69
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
A altura, diâmetro e o volume cilíndrico das plantas aumentaram de forma
linear com o aumento das doses de P e K aplicadas. As equações de superfície de
47
resposta geradas (Tabela 9) a partir da média de quatro repetições dos parâmetros
avaliados apresentaram bom ajuste, sendo os coeficientes para P e K significativos
a (P<0,01) e (P<0,05), respectivamente. Os coeficientes da interação entre P e K
não foram significativo (P<0,05).
Tabela 9 - Equações de regressão e valor máximo estimado do diâmetro a altura do peito (Dap),
altura e volume para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos
dezoito meses após o plantio.
Parâmetros
Equações
Ymáx
R
2
Dap (cm)
Y = 4,42+0,0048*K+0,01327**P-0,000001
ns
KP
8,04
96,0
Alt (m)
Y = 3,90+0,0055*K+0,017**P-0,000001
ns
KP
8,44
97,6
Volume (m
3
ha
-1
)
Y = 4,26+0,0219*K+0,0640**P-0,0000006
ns
KP
21,45
97,7
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
Aos 18 meses após o plantio, todos os parâmetros avaliados aumentaram de
forma linear com o aumento das doses aplicadas de P e K. (Figura 9). Sendo assim,
os valores máximos para cada parâmetro foram obtidos nas doses máximas
utilizadas, ou seja, de 200 kg ha
-1
de K
2
O e de P
2
O
5
. O diâmetro máximo (8,04 cm)
foi 82% maior em relação ao tratamento que não recebeu K e P (testemunha), que
foi de 4,42 cm. Ganho similar também foi encontrado para a altura, onde o valor
máximo (8,44 m) foi 116% maior do que o observado no tratamento testemunha
(3,90 m). O efeito isolado da aplicação de K no incremento do diâmetro e da altura
das plantas foi de 22 e de 28%, respectivamente maiores em relação à testemunha;
o efeito isolado de P, entretanto, foi bem maior atingindo incrementos de 60% no
diâmetro e de 88% na altura em relação à testemunha.
48
Figura 9 Superfície de resposta do diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume para o efeito da
aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos dezoito meses após o plantio.
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Volume(m
3
ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
4
5
6
7
8
9
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dap (cm)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
4
5
6
7
8
9
3
4
5
6
7
8
9
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Altura (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
3
4
5
6
7
8
9
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Volume(m
3
ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
4
5
6
7
8
9
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dap (cm)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
4
5
6
7
8
9
3
4
5
6
7
8
9
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Altura (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
3
4
5
6
7
8
9
49
O E. dunnii respondeu linearmente à adição de doses crescentes de K e P ao
solo por ocasião do plantio, evidenciando o alto potencial responsivo desta espécie a
esses dois nutrientes. Aos dezoito meses após o plantio das mudas, a produtividade
máxima estimada em volume foi de 21,45 m
3
ha
-1
para a combinação de 200 kg ha
-1
de K
2
O com 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
. Este valor representa um incremento de 5,1 vezes
em relação ao tratamento sem aplicação de K e P. Estudando resposta a adubação
fosfatada em E. dunnii aos cinco anos de idade Andrade et al. (2003) encontrou
máxima resposta em volume na dose de 156 kg ha
-1
de P
2
O
5
em Latossolo
Vermelho-Amarelo com teor de P abaixo de 0,1 mg dm
-3
em Ponta Grossa PR. Em
estudo com E. grandis cultivado em solo com 21 mg dm
-3
de K, a produção máxima
de biomassa aos 6,5 anos foi obtida com a dose de 179 K
2
O kg ha
-1
, a qual
aumentou em 63 % a produção quando comparada com a ausência de K na
adubação (Barros et al. 1992).
Considerando o efeito isolado dos fatores na produção do volume de
biomassa, observa-se que a resposta xima estimada à adição de P (17,07 m
3
ha
-1
) foi o dobro em relação à adição de K (8,64 m
3
ha
-1
), e 4,0 vezes maior em
relação à testemunha. Mesmo a resposta máxima estimada tendo sido obtida nas
maiores doses testadas, tanto para K como para P, verifica-se que em uma dose
intermediária de K (100 kg ha
-1
de K
2
O) combinada com a dose máxima de P (200
kg ha
-1
de P
2
O
5
) obtêm-se 19,26 m
3
ha
-1
, o que representa 90% do valor máxima do
volume obtido para o E. dunnii, aos dezoito meses de idade.
50
3.4.2 Experimento II E. benthamii
3.4.2.1 Avaliação aos seis meses
A adição de doses de P e de K afetou (P<0,01) o diâmetro do colo, a altura, o
diâmetro da copa e o volume cilíndrico (Tabela 10) promovendo resposta positiva no
crescimento inicial do E. benthamii aos seis meses de idade.
Tabela 10 - Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) do diâmetro do colo a 50 cm
do solo (Dcolo), altura, diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito
da aplicação de doses de P e K ao solo em E. benthamii, aos seis meses após o plantio.
Fonte de
Variação
QM
Dcolo
Alt
DC
Volcil
(cm)
(m)
(m)
(m
3
ha
-1
)
Bloco
1,81
**
0,23
**
0,17
**
2,51
**
Doses de K
2
0 (K)
5,89
**
0,95
**
0,96
**
7,07
**
Doses P
2
0
5
(P)
26,62
**
4,63
**
3,05
**
26,17
**
K * P
3,57
**
0,52
**
0,60
**
3,23
**
CV (%)
17,50
14,40
14,6
40,60
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
Todos os parâmetros avaliados apresentaram comportamento quadrático com
a adição de P e K aos seis meses de idade, com máximas respostas nas doses
intermediarias, decrescendo nas máximas doses testadas. As equações geradas
(Tabela 11) de superfície de resposta a partir da média das quatro repetições dos
parâmetros avaliados apresentaram bom ajuste, porém com o coeficiente da
interação entre P e K não sendo significativo (P<0,05).
51
Tabela 11 - Equações de regressão e valor máximo estimado de diâmetro do colo (Dcolo), altura,
diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de doses
de P e K ao solo em E. benthamii, aos seis meses após o plantio.
Parâmetros
Equações
Ymáx
R
2
Dap (cm)
Y = 1,77+0,0061*K+0,0163**P-0,00002*K
2
-
0,00006**P
2
-0,0000008
ns
KP
3,05
82,9
Alt (m)
Y = 1,29+0,0024*K+0,0067**P-0,00001*K
2
-
0,00002**P
2
-0,000003
ns
KP
1,82
83,7
Dc (m)
Y = 1,15+0,0026*K+0,0056**P-0,00001*K
2
-
0,00002**P
2
-0,000005
ns
KP
1,63
79,8
Volcil (m
3
ha
-1
)
Y = 0,4421+0,0060*K+0,0152**P-0,00003*K
2
-
0,00006**P
2
+0,000007
ns
KP
1,70
83,3
O diâmetro de colo máximo estimado pela superfície de resposta (Figura 10)
foi de 3,06 cm nas doses de 88 e 125 kg ha
-1
de K
2
O e P
2
O
5
, respectivamente. Essa
máxima resposta, em relação ao tratamento testemunha (sem P e sem K),
representa um ganho de 77%, aos seis meses.
A altura xima estimada foi de 1,83 m, correspondente às doses de 93 kg
ha
-1
de K
2
O e 126 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 10). No tratamento testemunha, a altura
das plantas foi de 1,29 m, sendo 29,5% menor do que a máxima estimada.
52
Figura 10 Superfície de resposta do diâmetro do colo (Dcolo), altura, diâmetro da copa (Dcopa) e
volume cilíndrico (Volcil) para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E.
benthamii, aos seis meses após o plantio.
Como no diâmetro do colo e altura, a máxima resposta em diâmetro de copa
também foi para as doses intermediárias. O máximo valor estimado foi de 1,63 m e
aconteceu para as doses de 89 kg ha
-1
de K
2
O e 129 kg ha
-1
de P
2
O
5
. No
tratamento testemunha, o diâmetro de copa foi de 1,15 m.
Na estimativa do volume cilíndrico, a máxima resposta obtida foi de 1,70 m
3
ha
-1
e aconteceu nas doses de 130 kg ha
-1
de P
2
O
5
e 88 kg ha
-1
de K
2
O (Figura 10).
Quando comparada ao tratamento testemunha, foi de 3,9 vezes maior. Para o efeito
isolado de K, a maior resposta em volume ocorreu na dose de 103 kg ha
-1
de K
2
O,
sendo 1,7 vezes maior em relação à testemunha. para o efeito isolado de P, a
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
3,2
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcolo(cm)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcopa (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Altura (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Volcil. (m
3
ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
3,2
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcolo(cm)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Dcopa (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Altura (m)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
0
50
100
150
200
0
50
100
150
Volcil. (m
3
ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
K
2
O (kg ha
-1
)
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
53
máxima resposta foi 3,3 vezes maior do que na testemunha e aconteceu na dose de
136 kg ha
-1
de P
2
O
5
.
Doses médias de P e de K, próximas a 100 kg ha
-1
de K
2
O e 100 kg ha
-1
de
P
2
O
5,
proporcionaram valores correspondentes a no mínimo 95% das máximas
respostas obtidas, para praticamente todos os parâmetros avaliados. Estas doses
aproximaram-se daquelas estabelecidas para o plantio de eucalipto pela CQFS-
RS/SC (2004), que são de 75 kg ha
-1
de K
2
O e de 120 kg ha
-1
de P
2
O
5
para o nível
de P e K no solo existentes na área experimental.
O efeito da adubação aumentou a uniformidade das árvores, mesmo o plantio
tendo sido de origem seminal. O tratamento com a melhor resposta apresentou um
coeficiente de variação médio para volume igual a 20,1%; no tratamento
testemunha foi de 59,1%. Essa diminuição da variabilidade em diâmetro e altura
resulta em ganhos no manejo do plantio, pois plantas que apresentam porte e vigor
semelhantes serão mais eficiente na supressão da mato-competiçao, por exemplo,
em função do fechamento de copa uniforme.
3.4.2.2 Avaliação aos dezoito meses
A adição de doses de P aumentou o diâmetro, a altura e o volume cilíndrico
para o E. benthamii, aos dezoito meses de idade (P<0,01) (Tabela 12). Por outro
lado, a adição de doses de K, bem como a interação entre K e P, não foram
significativos (P<0,05) em nenhum dos parâmetros avaliados (Tabela 12).
54
Tabela 12 - Análise de variância com valores de quadrado médio (QM) de diâmetro a altura do peito
(Dap), altura e volume para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E.
benthamii, aos dezoito meses após o plantio.
Fonte de
Variação
QM
Dap
Alt
Vol
(cm)
(m)
(m
3
/ha)
Bloco
6,88
**
2,94
*
288,24
**
Doses de K
2
0 (K)
1,20
ns
0,48
ns
54,82
ns
Doses P
2
0
5
(P)
36,45
**
20,91
**
1621,04
**
K * P
0,97
ns
2,36
*
175,67
ns
CV (%)
15,24
13,83
36,94
ns - não significativo; *significativo (P<0,05); **significativo (P<0,01)
Para Novais et al. (1986) a necessidade do eucalipto em potássio, aumenta
com o acúmulo de biomassa e, portanto, com a idade da planta. Mencionam que o
nível crítico no solo, por ocasião do plantio, seria próximo de 15 mg dm
-3
, subindo
com o avanço da idade para valores entre 60 e 75 mg dm
-3
para uma produtividade
media de 35 m
3
ha ano
-1
. Sugere-se que o E. benthamii possa apresentar reposta a
K, que o nível de K no solo na área experimental antes da implantação era de 44
mg dm
-3
.
A adição de doses crescentes de P ao solo por ocasião do plantio das mudas
proporcionou um incremento quadrático em todos os parâmetros avaliados no E.
benthamii aos dezoito meses de idade. As doses para as máximas respostas
variaram entre 119 e 125 kg ha
-1
de P
2
O
5
, sendo esses valores semelhantes aos
encontrados para as plantas aos seis meses de idade.
Para o diâmetro obteve-se uma máxima resposta estimada de 7,01 cm na
dose de 119 kg ha
-1
de P
2
O
5
, apresentando incremento de 19% em relação ao
55
tratamento sem P (Figura 11). A altura teve resposta máxima estimada de 6,86 m
na dose de 125 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 11). Para o volume, a dose de máxima
resposta também foi de 125 kg ha
-1
de P
2
O
5
, na qual se obteve um valor de 21 m
3
ha
-1
com um ganho de 57% em relação à testemunha. A dose correspondente a
90% da máxima resposta estima foi de 65 kg ha
-1
de P
2
O
5
, dose essa que mesmo
sendo quase a metade da quantidade aplicada para a máxima resposta, obtêm-se
um incremento em volume aos dezoito meses de 44% em relação ao tratamento
sem adição de P
56
Figura 11 Resposta em diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume em função da adição de
doses de P ao solo para E. dunnii, aos dezoito meses após o plantio.
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
0 50 100 150 200
Diâmetro(cm)
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
7,0
7,2
Y = 5,89 + 0,019P - 0,00007P
2**
R
2
= 0,95
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
0 50 100 150 200
Altura(m)
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
7,0
Y = 6,01 + 0,0136P - 0,00005P
2**
R
2
= 0,90
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
0 50 100 150 200
Volume(m
3
ha
-1
)
12
14
16
18
20
22
Y = 13,59 + 0,12P - 0,0005P
2**
R
2
= 0,89
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
0 50 100 150 200
Diâmetro(cm)
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
7,0
7,2
Y = 5,89 + 0,019P - 0,00007P
2**
R
2
= 0,95
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
0 50 100 150 200
Altura(m)
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
7,0
Y = 6,01 + 0,0136P - 0,00005P
2**
R
2
= 0,90
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
0 50 100 150 200
Volume(m
3
ha
-1
)
12
14
16
18
20
22
Y = 13,59 + 0,12P - 0,0005P
2**
R
2
= 0,89
57
3.5 CONCLUSÕES
- Aos seis meses E. dunnii e E. benthamii apresentaram magnitude de resposta
maior para adubação fosfatada do que em relação a adubação potássica;
- O clone de E. dunnii apresentou resposta linear à adubação fosfatada e potássica
até a idade de dezoito meses, com destaque para a resposta a P, demonstrando ser
altamente responsivo, principalmente em solos com baixos teores deste nutriente;
- O E. benthamii não respondeu à adubação potássica, e apresentou uma resposta
quadrática para a adição de P aos dezoito meses de idade. A adição de P promoveu
ganhos significativos de produção, mesmo em baixas doses
58
4 CONCLUSÕES GERAIS
Na fase inicial de desenvolvimento o E. dunnii mostrou mais eficiente na
utilização de sforo em relação ao E. benthamii, sendo adição deste nutriente ao
solo necessária no manejo de plantio para as duas espécies.
A adubação fosfatada e potássica para o E. dunnii e fosfatada para o E.
benthamii é fundamental para desenvolvimento inicial e estabelecimento destas
espécies nas condições do Planalto Sul Catarinense, porém é necessário avaliar os
experimentos no mínimo até quatro anos de idade, para definição das curvas de
respostas e recomendações das doses de adubação.
59
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAF. Anuário estatístico da ABRAF : ano base 2005. ABRAF.Brasília, 2006.
ALVAREZ, V., F. C.; MURAOKA, T.; TREVIZAM, A. R. ; FRANZINI, V.; ROCHA, A.
P. Improving phosphorus availability from Patos phosphate rock for eucalyptus: A
study with 32P radiotracer. Scientia Agricola, v. 63, p. 65-69, 2006.
ANDRADE, G. C; SILVA, H.D.; BELLOTE, A.F.J.; FERREIRA. C.A. Efeito da
adubação fosfatada a da aplicação de resíduo de celulose no crescimento de
Eucalyptus dunnii. Boletim de Pesquisa florestal, n.47, p.43-54, jul./dez. 2003.
BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; NEVES, J.C.L. Fertilização e correção do solo para o
plantio de eucalipto. In: BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.(Eds). Relação Solo-
Eucalipto. Ed. Folha de Viçosa, Viçosa. 1990. cap.4, p.127-86.
BARROS, N.F.; BRAGA, J.M.; BRANDI, R.M.; DEFELIPO, B.V. Produção de
eucalipto em solos de cerrado em resposta à aplicação de NPK e de B e Zn. Revista
Árvore, Viçosa, v.5, n.1, p.90-103, 1981.
BARROS, N.F.; CARMO, D.N.; CALAIS, D.; VIEIRA, F.S. Biomassa, absorção e
eficiência de utilização de nutrientes por clones de eucalipto na região norte do
Espírito Santo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 20.,
Campinas, 1985. Programa e resumos. Campinas: SBCS, 1985. p.109
BARROS, N.F.; NEVES, J.C.L.; NOVAIS, R.F. Recomendação de fertilizantes
minerais em plantios de eucalipto. In: GONÇALVES, J.L.M. ; BENEDETTI, V. (Eds).
Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: IPEF, 2000. p. 135-165.
BARROS, N. F.; NEVES, J. C. L.; NOVAIS, R. F. . Mineral Fertilizer Recomendations
for Eucalypt Plantations . In: José Leonardo de Moraes Gonçalves; Vanderlei
60
Bernedetti. (Org.). Forest Nutrition and Fertilization. 1 ed. Piracicaba: IPEF, 2004,
v. 1, p. 269-305.
BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; NEVES, J.C.L.; Leal, P.G.L. Fertilizing eucalypt
plantations on the Brazilian savannah soils. South African Forestry Journal, v.160,
p.7-12. 1992.
BELLOTTE, A.F.J. Concentração, acumulação e exportação de nutrientes pelo
Eucalyptus grandis (Hill ex maiden) em função da idade. Piracicaba, 1979. 129p.
Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo.
BELLOTE, A.F.J.; FERREIRA, C.A. Nutrientes minerais e crescimento de árvores
adubadas de Eucalyptus grandis, na região do cerrado, no Estado de São Paulo.
Boletim Pesquisa Florestal, v.26/27, p.17-65. 1993.
CAMARGO, M. L. P. de; MORAES, C. B. de; MORI, E. S.; GUERRINI, I. A.; MELLO,
E. J. de; ODA, S. Considerações sobre eficiência nutricional em Eucalyptus.
Científica, Jaboticabal, v.32, n.2, p.191-196, 2004.
COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Manual de
adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina. 10.ed. Porto Alegre, SBCS - Núcleo Regional Sul/UFRGS, 2004. 400p.
D’Avila, F. S. Efeito do fósforo, nitrogênio e potássio produção de mudas
clonais de eucalipto. 2008. 53f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal)
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008.
DELL, B.; MALAJCZUK, N.; XU, D.; GROVE, T.S. Nutrient disorders in plantition
Eucalyptus. Canberra: ACIAR, 2003. 188p.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas (Curitiba, PR). Zoneamento
ecológico para plantios florestais no estado do Paraná. Brasília, 1986, 89p.
(EMBRAPA-CNPF. Documentos, 17).
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas (Curitiba, PR). Zoneamento
ecológico para plantios florestais no estado de Santa Catarina. Curitiba, 1988. 113p.
(EMBRAPA-CNPF. Documentos, 21).
61
ERNANI, P.R.; NASCIMENTO, J.A.L.; CAMPOS, M.L.; CAMILLO, R.J. Influência da
combinação de fósforo e calcário no rendimento de milho. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v.24, p.537-544, 2000.
FERRAZ, E.S.B.; COUTINHO, A.R. Efeitos da geada na madeira de Eucalyptus
saligna. Ipef. n.28, p. 57-62, 1984.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO.
Global Forest Resources Assessment 2000 Main report. FAO Forestry Paper.
ISSN 0258-6150, 2000. 479 p. Em: www.fao.org/forestry/fo/fra/main/index.jsp.
FÖSHE, D.; CLASSEN, N.; JUNGK, A. Phosphurus efficiency of plants: II.
Significance of root radius, root hairs and catio-anion balance for phosphorus influx in
seven plant species. Plant and Soil, v. 132, p. 261 272, 1991.
FURLANI, A.M.C.; USBERTI FILHO, J.A. Capim-colonião: eficiência na absorção e
na utilização de fósforo em solução nutritiva. Bragantia, Campinas, v. 49, n. 2, p.
413 423. 1990.
FURTINI NETO, A. E. Eficiência nutricional, cinética de absorção e frações
fosfatadas em Eucalyptus spp. 1994. 99f. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição
de Plantas) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 1994.
GAVA, J.L. Efeito da adubação potássica em plantios de E. grandis conduzidos em
segunda rotação em solos com diferentes teores de potássio trocável. Série
Técnica IPEF, v.11, n.30, p.84-94. 1997.
GONÇALVES, J.L.M. Recomendações de adubação para Eucalyptus, Pinus e
Espécies Típicas da Mata Atlântica. Documentos Florestais, n.15, p.1-23, 1995.
GODDARD, R.E.; HOLLIS, C.A. The genetic basis of forest tree nutrition. In:
BOWEN, G. D.; NANBIAR, E.K.S. (Ed.) Nutrition of plantation forest. London:
Academic Press, 1984. p. 237-258.
GRAHAM, R.D. Breeding for nutritional characteristics in cerels. In: TINKER, P.B.;
LAUCHLI,A. (Ed.) Advances in plant nutrition. New York: Praeger, 1984. p. 57
102.
GUIMARÃES, H. S. Variabilidade genética para eficiência nutricional em
progênies de Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus citriodora. 1993. 68 f.
62
Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade Federal de Viçosa.
Viçosa, MG.
HESHENG, L.; JIMGQING, Q.; GUOYANG, X.; DECONG, H.; SHIRONG, Z.;
WENGE, L. Revew of cold-tolerant Eucalyptus improvement in Fujian Province. In
TURNBULL, J.W. (Ed.) Eucalyptus in Asia: proceding of a international
conference held in Zhanjiang, Guangdong, peoples’s Republic of China 2003.
Camberra: ACIAR, 2003. p. 117-122.
HIGA, R.C.V.; HIGA, A.R.; TREVISAN, R.; SOUZA, M.V.R. Comportamento de 20
espécies de Eucalyptus em área de ocorrência de geadas na região sul do Brasil. In:
CONFERENCE ON SILVICULTURE AND IMPROVEMENT OF UCALYPTUS.1997:
Salvador. Proceedings... Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1997. p.106-110.
HIGA, R.C.V.; HIGA, A.R.; TREVISAN, R.; SOUZA, M.V.R. Resistência e resiliência
a geadas em Eucalyptus dunnii Maiden plantados em Campo do Tenente, PR.
Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 40, p. 67-76, jan/jun. 2000.
LERAYER, A. Guia do Eucalipto: oportunidades para um desenvolvimento
sustentável. São Paulo: Conselho de Informações sobre Biotecnologia, 2008. 20p.
MALAVOLTA, E. Tópicos de nutrição e adubação do eucalipto. RR Agroflorestal,
Piracicaba, 25p, 2002.
MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. 2.ed. London, Academic
Press, 1995. 889p.
MOLL, R.H.; KAMPRATH, E.J. & JACKSON, W.A. Analysis and interpretation of
factors which contribute to eficiency of nitrogen utilization. Agron. J., 74:562-564,
1982.
MORAIS, E. J.; BARROS, N. F.; NOVAIS, R. F.; BRANDI, R. M. et al. Biomassa e
eficiência nutricional de espécies de eucalipto em duas regiões bioclimáticas de
Minas Gerais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 14, n. 3, p. 353-
362, 1990.
MUJIU, L.; ARNOLD, R.; BOHAI, L.; MINSHENG, Y. Selection of of cold-tolerant
Eucalyptus for Hunan Province. In TURNBULL, J.W. (Ed.) Eucalyptus in Asia:
proceding of a international conference held in Zhanjiang, Guangdong,
peoples’s Republic of China 2003. Camberra: ACIAR, 2003. p. 107-116.
63
MURPHY, J.; RILEY J.P. A modified single solution method for the determination of
phosphate in natural waters. Analytica Chimica Acta, v.27, p.31-36, 1962.
NAMBIAR, E. K. S. (Ed.). Plantation forests: their scope and a perspective on
plantation nutrition. London: Academic Press, 1984. p.1-15.
NOVAIS, R. F.; BARROS, N. F.; NEVES, J. C. L. Interpretação de análise química
do solo para o crescimento de Eucalyptus spp. níveis críticos de implantação e de
manutenção. Revista Árvore, v. 10, n. 1, p. 105-111, 1986.
NOVAIS, R.F.; RÊGO, A.K.; GOMES, J.M. Níveis críticos de fósforo para eucalipto.
Revista Árvore, v.6, n.1, , p.29-37, 1982.
OLIVEIRA, J.G. Programa de Melhoramento de Eucalyptus spp na Rigesa. In:
SIMPÓSIO BILATERAL BRASIL-FINLANDIA SOBRE ATUALIDADES FLORESTAIS,
1988: Curitiba. Anais...Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1988. p. 155-161.
SANTANA, R. C., NEVES, J.C.; BARROS, N.F. Eficiência de utilização de nutrientes
e sustentabilidade da produção em procedências de Eucalyptus grandis e
Eucalyptus saligna em sítios florestais do estado de São Paulo. Revista Árvore,
v.26, n.4, p.447-457, 2002.
SAS. 2007. SAS 9.1.3 (TS1M3) for Windows Microsoft. SAS Institute Inc., Cary,
USA, sem paginação.
SCHUMACHER, M. V. ; VOGEL, Hamilton Luiz Munari . Estimativa da biomassa e
dos nutrientes de um povoamento de Eucalyptus dunnii (Maiden). In: Fertbio 2000,
2000, Santa Maria. Fertbio 2000 - Biodinâmica do solo, 2000.
SIDDIQUI, M.Y.; GLASS, A.D.M. Utilization index: a modified approach to the
estimation and comparison of nutrient utilization efficiency in plants. Journal Plant
Nutrition., 4:289-302, 1981.
SILVA, H.D.; POGGIANI, F.; COELHO, L.C. Biomassa, concentração e conteúdo de
nutrientes em cinco espécies de Eucalyptus plantadas em solos de baixa fertilidade.
Boletim de Pesquisa Florestal, n.6/7, p.9-25, 1983.
SILVEIRA, R. L. V. A.; GAVA, J. L.Nutrição e adubação fosfatada em eucalipto. In:
Yamada, T.; Stipp e Abdalla, S. R. Fósforo na agricultura brasileira. Piracicaba:
Potafos, 2004. p. 495-530.
64
SILVEIRA, R.L.V.A.; HIGASHI, E.N.; GONÇALVES, A.N.; MOREIRA, Avaliação do
estado nutricional do Eucalyptus: Diagnose visual, foliar e suas interpretações. In:
GONÇALVES, J.L.M.; BENEDETTI, V. (Eds). Nutrição e Fertilização Florestal
Piracicaba: IPEF, 2000. p.79-104.
SILVEIRA, R.L.V.; MALAVOLTA, E. Nutrição e adubação potássica em Eucalyptus.
Informações Agronômicas, n.91, p.1-12, 2000. (Encarte Técnico-Potafós).
SOUZA, M. E. Correlação adulto-juvenil para eficiência nutricional e
comportamento de clones de Eucalyptus grandis em dois níveis de fertilidade
do solo. 1994. 49f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, 1994.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3.ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004.
719p.
TEDESCO, M.J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C.A. & BOHNEN, S.J. Análise de solo,
plantas e outros materiais. 2.ed. Porto Alegre, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, 1995. 147p. (Boletim Técnico, 5)
TEIXEIRA, J.L.; BARROS, N.F.; COSTA, L.M.; CAMPOS, J.C.C.; LEAL, P.G.L.
Biomassa e conteúdo de nutrientes de dua espécies de eucalipto em diferentes
ambientes do médio Rio Doce, MG. Revista Árvore, v.13, n.1, p.34-50.1987.
VALERI, S.V.; CORRADINI, L.; AGUIAR, I.V. Efeitos de níveis de NPK e calcário
dolomítico na produção volumétrica de madeira de Eucalyptus grandis Hill ex
Maiden. Científica, v.19, n.1, p. 63-70, 1991.
WANG, G.; ARNOLD, R. J.; GARDINER, C. A.; ZHANG, J.; WU, Z. Seed source
variation for growth in Eucalyptus dunnii; results from trials in south central China.
Australian Forestry, Canberra, v. 62, n. 2, p. 120-127, 1999.
65
ANDICES
APÊNDICE A - Valores médios do diâmetro do colo a 50 cm do solo (Dcolo), altura,
diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito
da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos seis
meses após o plantio.
APÊNDICE B - Valores médios do diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume
para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii,
aos dezoito meses após o plantio.
APÊNDICE C - Valores dios do diâmetro do colo a 50 cm do solo (Dcolo), altura,
diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito
da aplicação de doses de P e K ao solo em E. benthamii, aos seis
meses após o plantio.
APENDICE D - Valores médios do diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume
para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E.
benthamii, aos dezoito meses após o plantio.
66
APÊNDICE A - Valores médios do diâmetro do colo a 50 cm do solo (Dcolo), altura,
diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito
da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii, aos seis
meses após o plantio.
Doses
DColo
Altura
DCopa
Volcil
K
2
O (kg ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
(cm)
(m)
(m)
(m³ ha
-1
)
0
0
1,46
1,23
1,22
0,27
0
50
1,88
1,56
1,40
0,58
0
100
1,84
1,58
1,43
0,67
0
200
2,20
1,81
1,56
0,93
100
0
1,60
1,34
1,29
0,38
100
50
2,15
1,69
1,48
0,83
100
100
2,36
1,93
1,61
1,14
100
200
2,58
2,04
1,68
1,42
200
0
1,72
1,45
1,39
0,47
200
50
2,16
1,73
1,52
0,86
200
100
2,41
1,92
1,62
1,18
200
200
2,51
1,99
1,71
1,34
67
APÊNDICE B - Valores médios do diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume
para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E. dunnii,
aos dezoito meses após o plantio.
Doses
Dap
Altura
Volume
K
2
O (kg ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
(cm)
(m)
(m³ ha
-1
)
0
0
3,88
4,33
4,33
0
50
4,74
5,18
7,36
0
100
5,04
5,28
8,56
0
200
5,76
5,76
12,20
100
0
4,34
4,77
6,01
100
50
5,48
5,61
10,78
100
100
5,56
5,62
11,10
100
200
6,29
6,07
15,30
200
0
4,59
5,00
6,83
200
50
5,62
5,61
11,58
200
100
6,24
5,96
14,72
200
200
6,86
6,29
18,40
68
APÊNDICE C - Valores médios do diâmetro do colo a 50 cm do solo (Dcolo), altura,
diâmetro da copa (Dcopa) e volume cilíndrico (Volcil) para o efeito
da aplicação de doses de P e K ao solo em E. benthamii, aos seis
meses após o plantio.
Doses
DColo
Altura
DCopa
Volcil
K
2
O (kg ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
(cm)
(m)
(m)
(m³ ha
-1
)
0
0
1,71
1,28
1,14
0,43
0
50
2,66
1,67
1,44
1,26
0
100
2,81
1,68
1,53
1,41
0
200
2,34
1,55
1,40
1,06
100
0
1,87
1,33
1,22
0,52
100
50
2,69
1,68
1,53
1,30
100
100
2,96
1,80
1,57
1,61
100
200
2,99
1,79
1,63
1,73
200
0
2,10
1,44
1,33
0,71
200
50
2,28
1,52
1,32
0,88
200
100
2,66
1,70
1,52
1,32
200
200
2,19
1,50
1,31
0,90
69
APENDICE D - Valores médios do diâmetro a altura do peito (Dap), altura e volume
para o efeito da aplicação de doses de P e K ao solo em E.
benthamii, aos dezoito meses após o plantio.
Doses
Dap
Altura
Volume
K
2
O (kg ha
-1
)
P
2
O
5
(kg ha
-1
)
(cm)
(m)
(m³ ha
-1
)
0
0
6,06
5,73
12,85
0
50
6,42
6,49
17,23
0
100
6,65
6,77
19,25
0
200
6,92
6,92
21,20
100
0
5,92
5,89
13,38
100
50
6,82
6,89
20,47
100
100
6,89
6,94
21,04
100
200
6,47
6,43
17,18
200
0
6,05
5,98
14,43
200
50
6,41
6,69
18,15
200
100
6,92
6,99
21,59
200
200
6,39
6,44
17,29
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo