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NÍVEIS DE ZEÓLITA (CLINOPTILOLITA) E
Yucca schidigera EM RAÇÕES DE GATOS
ADULTOS
NATÁLIA CHARLEAUX ROQUE
2009
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NATÁLIA CHARLEAUX ROQUE
NÍVEIS DE ZEÓLITA (CLINOPTILOLITA) E Yucca schidigera EM
RAÇÕES DE GATOS ADULTOS
Dissertação apresentada à Universidade Federal de
Lavras, como parte das exigências do Programa
Pós-Graduação em Zootecnia, área de concentração
em Nutrição de Monogástricos, para a obtenção do
título de “Mestre”.
Orientadora
Profa. Flávia Maria de Oliveira Borges Saad
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2009
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Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Roque, Natália Charleaux.
Níveis de Zeólita (Clinoptilolita) e Yucca schidigera em rações de
gatos adultos / Natália Charleaux Roque. – Lavras : UFLA, 2009.
86 p. : il.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2009.
Orientador: Flávia Maria de Oliveira Borges Saad.
Bibliografia.
1. Felinos. 2. Aditivos. 3. Odor fecal. 4. Digestibilidade. 5.
Nutrição. I. Universidade Federal de Lavras. II. Título.
CDD – 636.80855
NATÁLIA CHARLEAUX ROQUE
NÍVEIS DE ZEÓLITA (CLINOPTILOLITA) E Yucca schidigera EM
RAÇÕES DE GATOS ADULTOS
Dissertação apresentada à Universidade Federal de
Lavras, como parte das exigências do Programa
Pós-Graduação em Zootecnia, área de concentração
em Nutrição de Monogástricos, para a obtenção do
título de “Mestre”.
APROVADA em 01 de outubro de 2009.
Profa. Dra. Priscila Vieira e Rosa UFLA
Prof. Dr. Carlos Artur Lopes Leite UFLA
Prof. Dr. Antonio Gilberto
Bertechini
UFLA
Profa. Dra. Flávia Maria de Oliveira Borges Saad
UFLA
(Orientadora)
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
OFEREÇO
Aos meus pais, Gisela e Ricardo, por serem meus alicerces durante toda a vida
e pelo grande esforço para garantirem a educação tão necessária a toda
evolução.
Aos meus avôs que sempre estiveram na torcida, ajudando com orações ou
mesmo com palavras amigas.
Aos meus irmãos queridos, João Paulo e Daniel, pelas palavras amigas e de
incentivo.
Às minhas cunhadas, Lívia e Marly, pelo apoio.
Ao meu companheiro, Everton, pela calma e paciência, pelas palavras de
consolo e incentivo e por sua torcida incondicional.
DEDICO
Aos poucos e grandes amigos pelo amparo durante a longa caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela oportunidade de crescimento e evolução.
À minha orientadora, Flávia Borges, por me colocar muitas vezes diante
de desafios e barreiras que pareciam intransponíveis, mas que foram superadas,
deixando pra trás antigos limites, descobrindo, dessa forma, novos horizontes.
À Universidade Federal de Lavras, onde estive durante toda a graduação
e pós-graduação e que sempre incentiva a pesquisa.
Aos professores do Departamento de Zootecnia e de outros
Departamentos, que estão sempre dispostos a ajudar, fornecendo as ferramentas
necessárias.
Às Indústrias Celta Brasil, por viabilizar novas pesquisas na área de
animais de companhia.
À Royal Canin Brasil por incentivar, também, a pesquisa nessa área para
que haja melhora na nutrição desses animais que tanto amamos.
À Capes, pelo incentivo à pesquisa, por meio da disponibilidade de
bolsas.
Aos meus grandes e verdadeiros amigos, que sempre desejaram minha
vitória porque esta os deixava felizes também.
A todos os integrantes do Nenac, antigos e novos, que de alguma forma
participaram dessa caminhada.
Aos técnicos do laboratório de Ciência Animal do Departamento de
Zootecnia, que sempre estão dispostos a ajudar, seja por meio de seus
conhecimentos ou mesmo conversas, que aliviam nas horas difíceis.
BIOGRAFIA
Natália Charleaux Roque, filha de Ricardo Rutigliano Roque e Gisela
Aparecida Charleaux Roque, nasceu em 29 de março de 1982, em Ribeirão
Preto, SP.
Em abril de 2002, ingressou na Universidade Federal de Lavras, onde,
em maio de 2007, obteve o título de Zootecnista.
Em março de 2008, iniciou o curso de pós-graduação em Zootecnia na
mesma universidade, concentrando seus estudos na área de Nutrição de
Monogástricos.
No dia 1º de outubro de 2009 submeteu-se à defesa de Dissertação para
obtenção do título de “Mestre”.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS........................................................................................................i
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................iii
RESUMO ........................................................................................................................ iv
ABSTRACT .....................................................................................................................V
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................01
2 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................03
2.1 Aditivos e coadjuvantes na nutrição animal ..............................................................03
2.2 Yucca schidigera .......................................................................................................05
2.2.1 Definição e classificação ........................................................................................05
2.2.2 Aplicabilidade.........................................................................................................06
2.2.3 Consumo e digestibilidade......................................................................................07
2.2.4 Odor fecal e produção de gás..................................................................................09
2.2.5 Parâmetros sanguíneos ...........................................................................................12
2.2.5.1 Toxicidade ...........................................................................................................12
2.2.5.2 Metabolismo do nitrogênio..................................................................................14
2.3 Zeólita........................................................................................................................15
2.3.1 Definição e classificação ........................................................................................15
2.3.2 Aplicabilidade.........................................................................................................17
2.3.3 Digestibilidade e consumo......................................................................................19
2.3.4 Odor e produção de gás ..........................................................................................21
2.3.5 Escore fecal ............................................................................................................23
2.3.6 Capacidade de troca catiônica e pH urinário ..........................................................25
2.4 Parâmetros sanguíneos ..............................................................................................27
3 MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................29
3.1 Local e instalações.....................................................................................................29
3.2 Primeiro ensaio..........................................................................................................31
3.2.1 Animais utilizados e tratamentos experimentais.....................................................31
3.2.2 Procedimento experimental.....................................................................................33
3.2.2.1 Teste de digestibilidade........................................................................................33
3.2.2.2 Colheita de sangue e exame radiográfico ............................................................34
3.2.2.3 Mensuração do pH urinário .................................................................................37
3.2.2.4 Teste de redução de odor.....................................................................................38
3.2.3 Análises laboratoriais .............................................................................................40
3.2.4 Parâmetros avaliados e metodologia de cálculos....................................................41
3.3 Segundo ensaio..........................................................................................................42
3.3.1 Animais utilizados e tratamentos experimentais.....................................................42
3.4 Análises estatísticas...................................................................................................43
3.5 Modelo Estatístico.....................................................................................................45
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................46
4.1 Digestibilidade...........................................................................................................46
4.2 Palatabilidade ............................................................................................................48
4.3 Odor e escore fecal ....................................................................................................49
4.4 Produção de gás.........................................................................................................52
4.5 Parâmetros sanguíneos ..............................................................................................55
4.6 pH urinário.................................................................................................................57
5 CONCLUSÃO..............................................................................................................58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................59
ANEXOS.........................................................................................................................74
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Valores sanguíneos normais e bioquímicos séricos de
referência para gatos............................................................
29
TABELA 2 Temperaturas (T
°C) e umidades relativas (UR%) mínimas
e máximas durante a colheita dos dados referentes ao
ensaio de digestibilidade...................................................... 30
TABELA 3 Níveis de garantia e composição básica, apresentados no
rótulo da ração comercial utilizada como alimento
controle................................................................................
32
TABELA 4
Tratamentos experimentais do primeiro ensaio
experimental.......................................................................
33
TABELA 5
Escore fecal baseado na consistência e aspecto das
amostras de fezes coletadas durante o primeiro ensaio
experimental........................................................................
34
TABELA 6
Tratamentos experimentais do teste de
palatabilidade....................................................................... 43
TABELA 7
Valores médios do coeficiente de digestibilidade aparente
de matéria seca - CDAMS (%), proteína bruta - CDAPB
(%), matéria mineral - CDAMM (%) para gatos adultos
nos diferentes tratamentos....................................................
46
TABELA 8
Valores médios do coeficiente de metabolicidade da
energia aparente na matéria natural - EMMN (kcal/kg) e
na matéria seca – EMMS (kcal/kg) para gatos adultos nos
diferentes tratamentos..........................................................
47
TABELA 9
Valores médios de ração consumida por refeição (gramas
de matéria seca), pelos gatos durante a palatabilidade........
48
TABELA 10
Valores médios atribuídos ao odor fecal para cada aditivo
em diferentes níveis............................................................. 49
TABELA 11
Escore fecal médio para os aditivos em diferentes
níveis....................................................................................
49
TABELA 12
Valores médios de área de gás intestinal ao raio X, em
cm
2
, observados em radiografias de gatos alimentados
com os vários níveis dos aditivos estudados....................... 53
i
TABELA 13
Valores médios de hemoglobina (g/gl), bilirrubina indireta
(mg/dl) e uréia (mg/dl), de amostras de sangue dos gatos
nos diferentes níveis dos aditivos.........................................
55
TABELA 14
Valores médios creatinina (mg/dl) e hematócrito (%) de
amostras de sangue dos gatos nos diferentes níveis dos
aditivos.................................................................................
55
TABELA 15
Valores médios de pH e volume (mL) urinário dos gatos
nos diferentes tratamentos....................................................
57
ii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Transformação da uréia em amônia por meio da ação d
a
enzima urease....................................................................... 11
FIGURA 2
Imagem fotográfica da radiografia do animal 6, na posição
ventrodorsal..........................................................................
36
FIGURA 3 Imagem fotográfica da radiografia do animal 6, posição
laterolateral.......................................................................... 37
FIGURA 4 Modelo da ficha utilizada na avaliação sensorial
(Adaptado de Morales, 1994).............................................. 39
FIGURA 5 Valores médios do escore fecal em função dos níveis (%)
de zeolita..............................................................................
50
FIGURA 6 Valores médios da nota atribuída ao odor fecal em função
dos níveis (%) de zeolita...................................................... 50
iii
RESUMO
ROQUE, Natália Charleaux. Níveis de zeólita (clinoptilolita) e Yucca
schidigera em rações de gatos adultos. 2009. 86 p. Dissertação (Mestrado em
Zootecnia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.*
Com o objetivo de avaliar o efeito dos aditivos zeólita (clinoptilolita) e
extrato de Yucca schidigera (YSC) para felinos domésticos, dois ensaios foram
conduzidos no Centro de Estudos em Nutrição de Animais de Companhia
(CENAC) da Universidade Federal de Lavras, MG. No primeiro, 21 gatos
adultos foram distribuídos ao acaso em sete tratamentos: dieta comercial úmida
(controle), controle + 125, 250 e 375ppm de YSC e controle + 0,5, 0,75 e 1,0%
de zeólita na matéria seca. No estudo 2, de palatabilidade, os mesmos gatos
receberam simultaneamente dieta comercial úmida, com a inclusão de 375ppm
de YSC e 1,0% de zeólita. No primeiro ensaio, não foi observada diferença entre
os coeficientes de digestibilidade de nutrientes, energia, área de gás nas alças
intestinais, pH e volume urinários e parâmetros sanguíneos. No entanto, os
níveis de 0,5 e 0,75% de zeolita mostraram-se efetivos tanto na diminuição do
odor (R
2
=96,39) como no escore fecal (R
2
=99,63), apresentando um
comportamento quadrático em relação a essas variáveis. Já os níveis de 125 e
375ppm de YSC mostraram-se também efetivos para o odor de fezes, porém não
se ajustaram à regressão. No segundo ensaio, não foi observada preferência
pelos animais em relação às dietas testadas, controle+375ppm YSC e
controle+1,0% zeólita. Dessa forma, pode-se concluir que a inclusão de YSC e
zeólita nos níveis testados não influenciou na digestibilidade dos nutrientes,
energia, formação de gases, pH urinário e palatabilidade, sendo efetiva a
inclusão de 125 e 375ppm YSC na diminuição do odor e, 0,5 e 0,75% zeólita
efetivo na redução de odor e escore fecal de gatos.
Palavras-chave: felinos, digestibilidade, aditivos, nutrição, odor fecal.
__________________________
*Comitê Orientador: Flávia Maria de Oliveira Borges Saad –UFLA (Orientadora),
Antônio Gilberto Bertechini–UFLA e Carlos Artur Lopes Leite- UFLA.
iv
ABSTRACT
ROQUE, Natália Charleaux. Increasing levels of zeolite (clinoptilolite) and
Yucca schidigera in diets for adults cats. 2009. 86 p. Dissertation (Master in
Animal Science) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
1
In order to evaluate the effect of additives zeolite (clinoptilolite) and
extract of Yucca schidigera (YSC) to domestic cats, two tests were conducted at
the Center for Nutrition of Companion Animals (CENAC) Federal University of
Lavras, MG. At first, 21 cats were randomly allocated to seven treatments: wet
commercial diet (control), control + 125, 250 and 375ppm of YSC and control +
0.5, 0.75 and 1.0% zeolite in dry matter . In study 2, the palatability, the same
cats received both wet commercial diet, with the addition of 375ppm of YSC
and 1.0% of zeolite. In the first test there was no difference between the
digestibility of nutrients, energy, gas area in the intestinal, urinary pH and
volume and blood parameters. However, levels of 0.5 and 0.75% zeolite denoted
effective in reducing both the odor (R
2
=96,39) and fecal score (R
2
=99,63), a
quadratic behavior with respect to these variables. The levels of 125 and
375ppm of YSC also proved effective for the odor of feces, but did not adjust to
the regression. In the second trial, there was no preference for animals in the
tested diets, control and +375 ppm YSC control +1.0% zeolite. Thus, we can
conclude that the inclusion of YSC and zeolite in tested levels did not influence
the digestibility of nutrients, energy, gas formation, urine pH and palatability,
and it is effective the inclusion of 125 and 375ppm YSC in reducing odor and
0.5 and 0.75% zeolite effective in reducing the odor and fecal scores of cats.
Key words: felins, digestibility, additives, nutrition, faecal odour.
1
Guidance Committee: Flávia Maria de Oliveira Borges Saad – UFLA (Orientadora),
Antônio Gilberto Bertechini–UFLA and Carlos Artur Lopes Leite -UFLA.
v
1 INTRODUÇÃO
A convivência do homem com animais, como cães e gatos, teve início há
milhares de anos. A domesticação do animal selvagem foi um processo lento e
contínuo que tem sua expressão máxima nos dias atuais. A relação “evoluiu” e
os animais tornaram-se membros da família, acompanhando o homem e a atual
tendência de viver em ambientes cada vez menores. Essa tendência pode ser
comprovada hoje no Brasil, por meio da maior prevalência da escolha de cães de
raças menores, de até 10kg ou menos, além do constante crescimento da
população de gatos. No Brasil, essa população ainda não ultrapassa a de cães,
porém, na Europa e Estados Unidos, a população de gatos já ultrapassa a de
cães, caracterizando-se a escolha por animais menores e mais independentes. A
presença dos animais de companhia em espaços restritos apresenta incômodos,
como a proximidade com as fezes dos animais, e assim, com seus odores. As
indústrias de alimento pet passaram a investir em pesquisas para atender às
necessidades tanto dos animais como de seus donos. Um alimento formulado,
que atenda às exigências dos proprietários, tem que ser aceito pelos animais e,
mais do que isso, não interferir na digestibilidade dos nutrientes. Esses dois
pontos, palatabilidade e digestibilidade, podem contribuir para que o animal
tenha suas necessidades nutricionais atendidas. Em adição, a garantia de que os
alimentos fornecidos não causarão problemas a longo prazo, como formação de
urólitos ou hemólise de células sanguíneas, e que garantam a desejada
longevidade dos animais pet.
Uma preocupação freqüente dos proprietários parece ser em relação ao
odor das fezes de seus animais. Em particular, a diminuição do odor das fezes
pode ser conseguida por meio da utilização de matérias-primas de alta
digestibilidade, pois assim pouco substrato chega aos microorganismos. Porém,
a potencialização desse efeito pode ser alcançada por meio de aditivos, que, de
1
alguma forma, atuarão sobre os mecanismos que contribuem para o mau odor
das fezes. Atualmente, existe um grande interesse científico na utilização tanto
da Yucca schidigera (YSC) como das zeólitas, devido à extensa variedade de
propriedades funcionais benéficas que estes aditivos apresentam. Dentre as
aplicações mais importantes destes compostos, além da diminuição do odor e
volume das fezes, estão a melhoria do escore fecal e da digestibilidade de
nutrientes, redução da presença de gases oriundos da fermentação do alimento
no intestino e controle de alguns parâmetros sanguíneos.
Assim, o objetivo dessa pesquisa foi a obtenção de resultados sobre o
uso do extrato de Yucca schidigera (YSC) e zeólita (clinoptilolita) na dieta de
gatos que, além de oferecer novos conhecimentos para uma área de pesquisa em
expansão no Brasil, traz informações importantes sobre os efeitos desses
aditivos, podendo ser utilizados como base para outras espécies. Além disso,
depara-se, hoje, com a escassez de dados referentes à utilização desses aditivos
para gatos .
2
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Aditivos e coadjuvantes na nutrição animal
Há algumas décadas, a indústria de alimento pet investe quantias
substanciosas na pesquisa de alimentos e substâncias que, além de nutrir os
animais, promovam sua saúde e, dessa forma, aumentem a longevidade.
Frequentemente, se não na totalidade das vezes, os alimentos produzidos
possuem alegação funcional, ou seja, são formulados e fabricados com a adição
de substâncias que promovam a saúde animal. Essa prática, geralmente, é
realizada por meio da utilização de alimentos funcionais, substâncias bioativas e
probióticos (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de
Estimação - Anfalpet, 2008).
O Guia Nutricional Pet, publicado no Manual do Programa Integrado de
Qualidade Pet (Anfalpet, 2008) pontua alguns conceitos sobre alimento
funcional, substâncias bioativas e probióticos. O alimento funcional é definido
como todo alimento ou ingrediente que, além de suas funções básicas, produz
efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser
seguro para consumo, sem supervisão profissional. Além disso, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Brasil, 2004), por meio da Instrução
Normativa nº13, de 30 de novembro de 2004, classifica os aditivos zootécnicos
em dois grupos funcionais. O primeiro grupo é o aditivo digestivo, identificado
Nas referencias consta Brasil como autor desta instrução normativa, então sim,
só se vc esta se referindo a outra citação como substância que facilita a digestão
dos alimentos, atuando sobre matérias- primas, colônias ou outras substâncias
definidas quimicamente e que tem um efeito positivo sobre a microbiota do trato
digestório. Outro grupo são os melhoradores de desempenho, substâncias
definidas quimicamente que melhoram os parâmetros de produtividade. As
3
substâncias bioativas dividem-se em nutrientes e não-nutrientes, estes últimos
com ação metabólica ou fisiológica específica. E, finalmente, os probióticos, que
são microorganismos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal,
produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo.
Saad & Saad (2004) pontuam diversas definições de aditivos, afirmando
que estes devem assegurar que os nutrientes sejam ingeridos, digeridos,
preservados na luz intestinal, absorvidos e utilizados, e devem alterar o
metabolismo animal (crescimento mais rápido, maior conversão, qualidade do
produto), assegurar a saúde do animal e do ser humano, além de preservar
alimentos e nutrientes durante a estocagem.
A Anfalpet (2008) define aditivos como qualquer ingrediente adicionado
intencionalmente aos alimentos, sem o propósito de nutrir, com o objetivo de
modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a
fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem,
acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento.
Entre os principais aditivos alimentares, utilizados para animais de companhia,
estão agentes corantes, aromatizantes, conservantes, antifúngicos, antioxidantes,
acidulantes, umectantes e antiumectantes. Já dentre os alimentos com alegações
de propriedades funcionais e ou de saúde, substâncias bioativas e probióticos,
estão ácidos graxos insaturados, antioxidantes naturais, fibras dietéticas,
probióticos, coadjuvantes de saúde bucal, aminoácidos com alegação funcional,
condroprotetores, nucleotídeos, minerais complexados a fontes orgânicas e
adsorventes de odor. Estes últimos são aditivos adsorventes de compostos
voláteis individuais, como amônia, aminas, sulfetos, ácidos graxos, ésteres,
alcoóis, aldeídos e cetonas presentes nas fezes. A Yucca schidigera e as zeólitas
fazem parte desse grupo e são o foco desse estudo, mas também possuem outras
alegações funcionais que serão abordadas brevemente ao longo da revisão.
4
2.2 Yucca schidigera
2.2.1 Definição e classificação
A Yucca schidigera (YSC) é uma planta da família Agavaceae. Muitos
são os relatos sobre sua origem. Alguns autores a citam como uma planta nativa
do deserto do sudoeste dos Estados Unidos da América e parte do México
(Headon et al., 1991). Há relatos de que ela seja quase exclusivamente
encontrada no México, tratando-se de uma planta de ambiente desértico.
Contém, assim, como outras 100 famílias de plantas, um grupo de substâncias
que têm como função a defesa contra predadores, tais como os insetos, além do
controle de seu crescimento. Essas substâncias são denominadas saponinas,
sendo glicosídeos produzidos em grande quantidade pela planta e muito
utilizados na nutrição animal com alegações funcionais, além de ser utilizado
também como espumante e flavorizante na indústria de alimentos. A porção
saponina presente na YSC possui estrutura esteroidal, contendo um núcleo
lipofílico e uma ou mais cadeias de carboidratos hidrossolúveis, resultando
numa atividade surfactante, oriunda da presença de frações hidro e lipossolúveis.
A presença de componentes hidrofílicos e hidrofóbicos na mesma molécula
confere às saponinas propriedades detergentes e surfactantes, que determinam os
seus efeitos benéficos e deletérios (Cheeke, 1999; Shi et al., 2004).
O extrato de YSC utilizado na nutrição animal é produzido por meio da
moagem de partes da planta, que posteriormente seco, dá origem ao pó. Toda
planta de YSC possui saponinas, porém a semente é relatada como a parte que
possui maior concentração de saponinas, chegando a 18% da matéria seca
(Cheeke, 1999). Alguns autores descrevem que o extrato é produzido pela
moagem dos galhos maduros da planta.
A YSC contém, também, além da fração saponina, os glicocomponentes.
São menos citados pela literatura, porém, Sutton et al. (1991) descreveram sua
5
ação positiva sobre a digestão. Esses componentes constituem a porção solúvel
do extrato, tendo grande afinidade com a amônia, ligando-se a ela. São
estruturas moleculares altamente termoestáveis que têm a propriedade de
seqüestrar amoníaco do trato digestivo, proveniente dos processos metabólicos,
neutralizando seus efeitos prejudiciais e convertendo-o em outro tipo de
composto nitrogenado não-tóxico. Essas condições favorecem o aumento da
atividade degradativa, realizada pela microbiota intestinal, resultando em uma
digestão mais completa.
2.2.2 Aplicabilidade
Diversos estudos têm sido conduzidos para avaliação e comprovação das
funcionalidades da YSC. Muitos setores, além do próprio setor animal,
trabalham com a YSC, com diferentes finalidades. É amplamente utilizada na
indústria de refrigerantes e alimentos, como espumante e flavorizante (Oleszek
et al., 2001), controlador da proliferação de leveduras deteriorantes em
alimentos (Miyakoshi et al., 2000), agente surfactante para tratamento de grãos,
melhorador de solos, promotor biológico e de crescimento na agricultura,
aditivos no tratamento de águas residuais e, por fim, aditivos na indústria de
cosméticos (Oleszek et al., 2001).
No setor animal a YSC é muito estudada, tanto na alimentação de suínos,
aves e bovinos (Westendarp, 2005), como também em cães e gatos (Lowe &
Kershaw, 1997; Maia, 2008). Em alguns estudos, os autores relataram a melhora
na eficiência alimentar (Guclu, 2003), porém outros autores não encontraram
melhora. Yeo & Kim (1997) não acharam diferença significativa em relação à
conversão alimentar em frangos alimentados com o extrato de YSC. Em
codornas, a adição de 30, 60 ou 90ppm de extrato de YSC não alterou a
produção de ovos e a eficiência alimentar (Kaya et al., 2003).
6
A eficiência sobre a redução de gases (amônia, sulfito de hidrogênio) e
de maus odores, causados pelas excretas dos animais, talvez seja um dos
parâmetros mais estudados. Lowe & Kershaw (1997) estudaram a diminuição do
odor fecal de cães e gatos. Amon et al. (1995) e Baidoo (2000) investigaram a
diminuição dos níveis de amônia gastrintestinal ou fecal em suínos, aves
domésticas e bovinos leiteiros. Ensaios também foram realizados, testando seu
efeito no controle de parasitos (McAllister et al., 2001) e como adjuvante no
desenvolvimento de vacinas (Kensil, 1996).
2.2.3 Consumo e digestibilidade
A nutrição animal tem como objetivo garantir o fornecimento dos
nutrientes necessários ao desenvolvimento e manutenção dos animais, a fim de
evitar distúrbios de origem nutricional e também melhorar o desempenho dos
mesmos. Frequentemente, os aditivos são ferramentas muito utilizadas para
melhorar o aproveitamento do que é fornecido na alimentação.
Recentemente, autores têm demonstrado benefícios do uso do extrato de
YSC em diversas espécies (Petit et al., 1993; Anthony et al., 1994; Kaya et al.,
2003; Shi et al., 2004; Aregheore, 2005). Em ruminantes ou em monogástricos,
estes compostos podem agir de forma positiva ou negativa sobre a ingestão, a
absorção e a excreção de diversos nutrientes (Francis et al., 2002).
A melhora, proporcionada pela inclusão de um aditivo, não pode ser
prejudicada pelo não consumo do alimento pelo animal (Maia, 2008). Além do
não-aporte dos nutrientes necessários, o balanço energético negativo traz
grandes problemas à saúde do animal. Essa é a primeira idéia que traduz um
efeito indesejável no fornecimento de aditivos. Para que isso não ocorra, é
necessário que haja aceitação por parte do animal. O uso do extrato de YSC
pode ter efeito negativo sobre o consumo, dependendo de sua concentração,
7
devido à sua característica adstringente e irritante. Coelhos, alimentados com
dietas acrescidas de 250ppm de YSC, também não apresentaram diferença no
consumo (Hussain et al., 1996). Kaya et al. (2003) não encontraram diferença
significativa para o consumo quando alimentaram codornas com os níveis 30, 60
e 90ppm de YSC. Çabuk et al. (2004) não encontraram diferença no consumo de
frangos alimentados com YSC. Maia (2008) observou que não houve diferença
no consumo de cães alimentados com extrato de YSC nos níveis de 125, 250 e
375ppm.
Investigada a interferência do extrato de YSC na palatabilidade e,
consequentemente, na ingestão do alimento, outro ponto importante a ser
considerado é sua influência na digestibilidade do alimento. Na literatura é
citado que a digestibilidade pode ser melhorada pela adição do extrato de YSC,
pois se supõe que o composto torna a membrana das células da parede intestinal
mais permeável, permitindo assim uma maior absorção dos nutrientes. Isso
acontece devido à formação de complexos da saponina com o colesterol, por
exemplo, nas membranas das células da mucosa. Jonhson et al. (1986)
afirmaram que saponinas aumentaram a permeabilidade das células da mucosa
intestinal, inibindo o transporte ativo de nutrientes, e facilitando a absorção de
substâncias, a que o intestino seria normalmente impermeável. Isto foi
confirmado por outros autores, em outro estudo (Gee et al., 1997), no qual
demonstraram que a exposição dos ratos adultos à saponina via oral aumentou a
captação da β-lactoglobulina. A β-lactoglobulina é uma proteína presente no
colostro, absorvida somente por neonatos durante as primeiras horas após o
nascimento.
Além da maior permeabilidade, as saponinas podem acelerar a atividade
microbiana intestinal, melhorando a digestão e o aproveitamento dos alimentos.
A diminuição da motilidade intestinal, ou seja, a maior permanência do
alimento, permite um tempo maior de ataque das enzimas, contribuindo,
8
também, para o aumento da digestibilidade. É provável que isso seja explicado
pelo fato da saponina não ser absorvida pelo trato gastrintestinal (Ryan & Quinn,
1999).
No entanto, efeitos negativos sobre o crescimento e a eficiência
alimentar, parâmetros geralmente utilizados para animais de produção, também
são apontados (Potter et al., 1993) e diversas hipóteses são utilizadas para
explicá-los. Além da diminuição no consumo, devido à capacidade adstringente
e irritante, há redução na motilidade intestinal, com produção de metabólitos
ativos e menor digestibilidade de proteína (Francis et al., 2002). Potter et al.
(1993) explicam que as interações entre as saponinas e proteínas formam
complexos que diminuem a sua digestibilidade. No entanto, Hussain et al.
(1996) estudaram a influência de dietas com dois níveis de proteína, 19% e 23%,
sem e com adição de 250 ppm de YSC na dieta de coelhos. Nesse estudo, os
autores não observaram a existência de interação entre proteína bruta e YSC, nos
níveis estudados.
Dziuk et al. (1985) não encontraram diferença significativa para os
coeficientes de digestibilidade em aves, com idade de seis a 14 semanas,
alimentadas com o nível de 63ppm de YSC. Em cães, Maia (2008) também não
encontrou diferença significativa na digestibilidade dos nutrientes, quando os
níveis de adição do extrato de YSC foram de 125, 250, 375ppm.
2.2.4 Odor fecal e produção de gás
O maior alvo de estudos sobre a utilização do extrato de YSC,
encontrado atualmente na literatura, é direcionado à criação intensiva de
animais, como granjas avícolas. Tais locais são conhecidos como potentes
emissores de amônia volátil e, com isso, também são alvos de queixas
constantes devido ao odor.
9
Além do odor ser indesejável para os proprietários, especialmente no
caso de cães e gatos, as altas concentrações de amônia e gás sulfídrico causam
problemas à saúde de animais em ambientes fechados, retardando o
desenvolvimento e aumentando a susceptibilidade a várias doenças. O
nitrogênio, na forma de amônia, é altamente volátil e muito tóxico para os
animais (Headon, 1991; Wheeler, 1993).
Vários autores conduziram estudos com o objetivo de atestar a
funcionalidade do extrato de YSC na diminuição da concentração de amônia.
Amon et al. (1995) e Baidoo (2000) relataram que o extrato de YSC é redutor de
níveis de amônia gastrintestinal ou fecal em suínos, aves e bovinos leiteiros.
Amon et al. (1997) relataram que a amônia no galpão de frangos foi
significativamente diminuída pela adição de YSC à dieta. Çabuk et al. (2004)
também verificaram uma diminuição significativa de amônia nos galpões de
frangos para 120ppm de YSC em relação ao controle. Nazeer et al. (2002), com
a prerrogativa do extrato de YSC diminuir a atividade da urease microbiana no
intestino, testaram sua eficiência; à medida que se adicionou maior quantidade
do extrato de YSC a dietas, obteve-se menor atividade da urease, medida nos
conteúdos do intestino delgado de frangos.
No entanto, ao contrário de animais de produção e grandes criações
intensivas, o alvo em animais de estimação é o odor propriamente dito. Este não
é composto por um, mas pela combinação de diversos compostos voláteis. Ao
oposto do que se acredita, os responsáveis pelo odor não são somente a amônia
ou o metano e muito menos a presença ou ausência destes. O odor fecal é
composto por concentrações absolutas e relativas de combinações particulares
de compostos voláteis (Hammond et al., 1974; Moore et al., 1987) como
amônia, sulfetos, ácidos graxos, ésteres, alcoóis, cetonas, aldeídos, aminas
(Aschbacher, 1972; Miner, 1975; Sweeten, 1986). Além disso, a percepção
humana do odor fecal parece surgir de combinações particulares e intensidades
10
relativas de compostos específicos (Hammond et al., 1974; Moore et al., 1987).
A melhora do odor fecal de cães e gatos, por meio do extrato de YSC incluído
na dieta, parece ser mais uma alteração sobre a característica do que na
intensidade (Lowe & Kershaw, 1997).
Diversas teorias são propostas como responsáveis pela diminuição do
odor fecal por meio do extrato de YSC. São elas a inibição da urease (figura 1)
(Preston et al., 1987), já citada num estudo anteriormente, ligação à amônia
(Headon & Dawson, 1990) e modificação da microflora colônica (Bingham et
al., 1975, 1978).
Uréia (urease) AMÔNIA
(NH
2
)
2
CO 2 NH
3
+ CO
2
FIGURA 1 Transformação da uréia em amônia por meio da enzima urease.
Lowe et al. (1997) propõem que a melhora do odor fecal pelo extrato de
YSC envolve um efeito direto ou indireto na produção ou persistência de um ou
mais compostos químicos responsáveis pelo odor. Vários mecanismos são
propostos, como a alteração da atividade metabólica do intestino do próprio
animal ou da microflora intestinal ( produzindo diferentes concentrações de
metabólitos finais), mudança de permeabilidade da membrana do intestino (de
modo que as concentrações dos compostos fossem afetadas) ou a ligação de um
ou mais compostos odoríferos para diminuir o odor. Os pesquisadores estudaram
a concentração de alguns compostos considerados responsáveis pelo odor. No
estudo realizado foi apontado que diferentes tipos e classes de compostos
voláteis podem contribuir para o aroma fecal, embora as alterações nas
concentrações de vários deles, que ocorreram no tratamento com a YSC, não
11
tenham sido correlacionadas diretamente com a melhora do odor fecal. Isso pode
ter acontecido, uma vez que muitos dos compostos individuais que contribuem
para a percepção humana do odor fecal canino podem estar presentes apenas em
baixas concentrações e não serem quantificáveis em laboratórios (Callan, 1992).
Os autores neste estudo concluíram que a diminuição do odor fecal foi devido à
alteração direta ou indireta exercida pelo produto YSC na microflora do
intestino, de maneira que a concentração absoluta ou relativa de metabólitos
microbianos fosse alterada. O pH fecal, que poderia influenciar por conta da
volatilidade dos compostos odoríferos, ou a permeabilidade da parede intestinal
também não foram correlacionados com o aroma fecal. Além disso, o tempo de
trânsito intestinal, que poderia influenciar a produção e/ou absorção de
metabólitos colônicos, parece não ter sido influenciado.
Giffard et al. (2001), ao avaliarem o efeito de três fontes sobre a redução
da ocorrência e do odor de flatus, observaram que a suplementação com extrato
de YSC reduziu em 38% o mau cheiro, especialmente devido à diminuição da
produção ou da disponibilidade de sulfeto de hidrogênio no intestino grosso.
Maia (2008) analisou a área de gás produzida no trato gastrintestinal de
cães da raça Beagle, alimentados com 125, 250 e 375ppm de YSC e não
observou diferença na produção de gás entre os tratamentos.
2.2.5 Parâmetros sanguíneos
2.2.5.1 Toxicidade
Muitas saponinas não parecem ser tóxicas e até mesmo podem ser
benéficas para os animais, quando alimentados por via oral, em quantidade
moderada. Porém, efeitos adversos podem ocorrer em alta concentração (Lowe
& Kershaw, 1997). Há muito tempo as saponinas são conhecidas por sua ação
lítica sobre as membranas eritrocitárias e esta propriedade tem sido utilizada
12
para a sua detecção. Acredita-se que a ação hemolítica das saponinas é o
resultado da afinidade com os esteróis da membrana, especialmente colesterol
(Glauert et al., 1962), com os quais forma complexos insolúveis (Bangham &
Home, 1962).
A remoção do colesterol irá conduzir a um aumento na fluidez da
membrana. Esta fluidez controla a atividade enzimática das membranas
biológicas e tem um papel importante no transporte de íons (Ma & Xiao, 1998).
A capacidade das saponinas em afetar este parâmetro pode explicar os seus
efeitos sobre a função celular.
Existem também relatos da capacidade das saponinas bloquearem canais
iônicos em neurônios (Kai et al., 1998) e neutrófilos humanos (Bei et al., 1998).
As interações são, portanto, complexas e podem envolver mecanismos
diferentes.
Ryan & Quinn (1999) afirmam que a saponina não é considerada tóxica
quando ingerida por via oral, por cães, por não ser absorvida pelo trato
gastrintestinal, devido à sua estrutura química. Bartholomai et al. (2000)
relataram efeitos tóxicos quando a YSC foi administrada exclusivamente por via
endovenosa, sendo diminuída quando administrada por via oral. O fato foi
justificado, também, pelo motivo da saponina não ser digerida e, dessa forma,
dificilmente absorvida pela parede intestinal.
Em alguns trabalhos, utilizando cães da raça Beagle e gatos, Lowe &
Kershaw (1997) verificaram que a adição de YSC na dosagem de 250ppm
durante 21 dias não alterou as contagens hematológicas e reduziu o odor das
fezes. Esses autores afirmaram que a utilização de YSC não afeta a condição
geral desses animais.
13
2.2.5.2 Metabolismo do nitrogênio
Conforme já discutido anteriormente, diversos são os mecanismos de
atuação do extrato de YSC sobre o metabolismo de nitrogênio, influenciando
dessa forma o odor das fezes. Uma das hipóteses levantadas é a diminuição da
atividade da urease, enzima bacteriana que converte a uréia em amônia. Outra
hipótese é que a parte solúvel em água do extrato de YSC, os glicocomponentes,
tem uma grande afinidade pela amônia, ligando-se a ela (Headon, 1991). E uma
terceira hipótese é a de que as saponinas, presentes no extrato, produzam uma
inibição da fermentação microbiana da proteína (Killeen et al., 1994).
Independente do mecanismo de ação, ou mesmo da combinação entre
eles, o que se conclui é que a YSC provoca uma diminuição na quantidade de
amônia disponível no intestino.
A amônia é transformada pelo fígado em uréia, difundindo-se por todos
os compartimentos líquidos e para a luz intestinal, onde é hidrolisada em amônia
pela enzima urease. Essa amônia é reabsorvida e reconvertida em uréia no
fígado. Killeen et al. (1998) citam que a supressão da uréia sanguínea tem sido
atribuída à inibição pela urease, que se presume causar redução observada nos
níveis de amônia no intestino grosso. Porém, os autores afirmam que a inibição
direta da urease parece ser um mecanismo insustentável de ação. Eles atribuem a
redução dos níveis de uréia sanguínea à diminuição na taxa de síntese hepática
ou um aumento na taxa de eliminação da uréia. Os autores sugerem que uma
fração da saponina seria responsável por alterar a função renal, aumentando a
taxa de eliminação da uréia, diminuindo assim a concentração de amônia e uréia
sanguíneas.
Duffy et al. (2001) encontraram diminuição nos níveis séricos de uréia
com a utilização de YSC, sem efeito algum na amônia sérica. A influência do
extrato de YSC sobre as populações microbianas tem sido relatadas (Wallace et
al., 1994; Sen et al., 1998) e um impacto na microflora intestinal pode resultar na
14
diminuição dos níveis de amônia entrando no sistema circulatório a partir do
trato gastrintestinal, refletindo uma diminuição líquida na síntese de uréia pelo
fígado.
Em ratos, Preston et al. (1987) verificaram que o uso de YSC na ração
diminui a concentração de uréia sérica. Lowe & Kershaw (1997) verificaram que
o uso de YSC em dietas para gatos pode ser responsável pelo aumento do teor de
uréia sangüínea. Em suínos, Colina et al. (2001) não observaram diferenças na
concentração plasmática de uréia nem no nitrogênio fecal de animais que
receberam YSC na dieta, em comparação com animais de ração sem a adição de
YSC.
2.3 Zeólita
2.3.1 Definição e classificação
Zeólitas são minerais aluminossilicatos hidratados que possuem um
arranjo estrutural, do qual fazem parte metais alcalinos e alcalinos terrosos e
apresentam grandes superfícies interna e externa, na faixa de centenas de m
2
/g
(Ming & Mumpton, 1989). O fato de apresentarem grande superfície interna se
deve à sua formação, composta por uma rede tridimensional de poliedros com
tetraedros do tipo [SiO
4
]
4-
e [AlO
4
]
5-
ligados por oxigênios comuns, formando as
unidades primárias. Cada átomo de oxigênio é comum a dois tetraedros
vizinhos, originando assim uma estrutura microporosa. Tal estrutura confere às
zeólitas uma superfície interna muito maior que a externa, permitindo a
transferência de matéria entre os espaços intracristalinos, formados por
cavidades e canais interconectados nos quais estão presentes íons de
compensação, como por exemplo, Na
+
, Ca
2+
, Mg
2+
, K
+
. Por estarem fracamente
ligados à estrutura, podem ser substituídos por outros presentes na solução.
Desse modo, as zeólitas podem adsorver certos íons presentes em soluções
15
aquosas, liberando os que estavam presentes na sua estrutura. Alem disto,
possuem a propriedade de absorver o excesso de água no trato gastrintestinal e
também adsorver certas toxinas (Brouillard et al., 1989), aumentando assim a
matéria seca das fezes e reduzindo a incidência de diarréia nos animais.
As zeólitas englobam um grande número de minerais naturais e
elaborados que apresentam características comuns (Morgon & Braga, 2007),
porém, para diferenciá-las, faz-se necessário um estudo em laboratório,
utilizando as diferentes técnicas, a fim de determinar as suas propriedades
físicas, composição química, estrutura cristalina e morfologia (Gianneto, 1989;
Munso, 1973; Oliveira & Muniz, 1989). Segundo Luz (1995), as características
que as diferenciam são sua superfície específica (m
2
/g), volume de vazios, índice
de refração, massa específica (g/cm
3
), capacidade de adsorção de gás e
capacidade de troca catiônica (CTC). Cada zeólita tem suas características de
seletividade e capacidade de troca catiônica, porém estas podem ser modificadas
por fatores como pH, temperatura e presença de outros íons na solução
(Mumpton, 1973).
As zeólitas naturais formam-se em locais onde camadas de rochas
vulcânicas e cinza vulcânica reagem com água alcalina; também ocorrem em
ambientes pós-deposicionais que cristalizaram ao longo de milhares ou mesmo
milhões de anos em bacias marinhas pouco profundas (Marçal et al., 2006). São
conhecidos 48 tipos de zeólitas naturais e mais de 150 elaboradas. Dentre as
naturais se incluem: clinoptilolita, heulandita, filipsita, erionita e chabazita (Luz,
1995). A clinoptilolita é a zeólita natural mais abundante e tem a fórmula
química Na
0,1
K
8,57
Ba
0,04
(Al
9,31
–Si
26,83
O
72
) 19,56 H
2
O (Galli et al., 1983).
16
2.3.2 Aplicabilidade
A grande variedade de aplicações tecnológicas tem sido responsável pelo
crescente interesse pelas zeólitas em diversos setores, entre eles estão
principalmente a indústria de petróleo, agricultura, tratamento de solos
contaminados, purificação de águas e de rejeitos da indústria mineiro-
metalúrgica. Suas características seletivas podem ser direcionadas para controle
de poluentes, bem como no tratamento de efluentes; redução de óxido nítrico na
atmosfera; controle da emissão de compostos orgânicos voláteis, prejudiciais à
camada de ozônio, com a liberação de gases menos agressivos e em menores
quantidades, com uma diminuição em até 70% da emissão.
Algumas pesquisas recentes têm se preocupado em estudar zeólitas que
“limpem” os processos de produção, adequando o produto às exigências
ecológicas, mas sem causar um aumento significativo nos custos. Existem vários
exemplos de desenvolvimento de zeólitas, nesse caso sintéticas, que limitem a
porcentagem de enxofre em 0,05% do diesel combustível (Fujikawa et al., 1998
citado por Morgon, 2007); processos de catalisadores alternativos à degradação
térmica usada na reciclagem de derivados do petróleo, principalmente plásticos,
como polietileno (Park et al., 1999 citado por Morgon, 2007); ou, ainda,
propostas para conversão de hidrocarbonetos presentes no gás natural (metano,
etano, propano) em compostos aromáticos (Anunziata et al., 2000 citado por
Morgon, 2007).
Devido à sua grande capacidade de troca catiônica, adsorção/dessorção e
elevada seletividade pelo íon NH
4
+
(Dumitru, 1976; Sawyer, 2000; Wilson,
2002), as zeólitas são alvo de grande interesse na agricultura (Marquez, 2000).
Podem atuar na melhoria da eficiência do uso de nutrientes por meio do aumento
da disponibilidade de fósforo (rocha fosfática) e redução das perdas por
lixiviação dos cátions trocáveis, por exemplo, o K
+
. Esses minerais têm sido
utilizados também no cultivo zeopônico de plantas em substrato artificial
17
composto por minerais zeolíticos misturados a rochas fosfáticas, o qual funciona
como um sistema de liberação controlada e renovável de nutrientes para as
plantas. A zeólita clinoptilolita remove íons césio e estrôncio de efluentes
radioativos (Lukac & Foldesova, 1994), e seu uso, para a remoção de outros
metais pesados dissolvidos, está recebendo atenção crescente. Outra substância
que os estudos mostraram ser capaz de ser reduzida nos efluentes é a amônia. A
zeólita reduziu de 15 para 2ppm a amônia de efluentes, essa zeólita utilizada
pode ser regenerada com salmoura, com a amônia sendo recuperada e utilizada
na agricultura.
Além de todas as aplicações descritas, as zeólitas são, também, de
grande interesse para a produção e nutrição animal. A utilização de cinco a 10%
de clinoptilolita e mordenita na dieta alimentar de animais (aves, suínos e
bezerros) mostrou-se eficaz no ganho de peso e controle de doenças intestinais.
Eliot & Edwards (1991) concluíram que a zeólita melhorou a eficiência
alimentar de aves, porém Amon et al. (1997) não encontraram efeito tanto na
eficiência alimentar como no ganho de peso das aves. Já Çabuk et al. (2004)
detectaram que a adição de zeólita diminuiu o ganho de peso dos frangos.
Além de supostamente melhorar a digestibilidade, a alta capacidade
higroscópica da zeólita retira o excesso de água das fezes, aumentando sua
matéria seca (Sweeney et al., 1984; Vrzgula & Bartko, 1984). A menor
disponibilidade de água nas fezes reduz o crescimento de microorganismos
juntamente com sua produção de metabólitos finais. Dessa forma, ocorre uma
melhora na qualidade do ar e, consequentemente, menor incidência de doenças.
Assim como o extrato de YSC, outro redutor de odor, as zeólitas são
utilizadas, também, para diminuir os níveis de amônia normalmente produzida
em grande quantidade em criações intensivas. Çabuk et al. (2004) comprovaram
a eficiência da zeólita clinoptilolita, utilizando 15 e 25 g/kg de ração, na redução
da amônia nos galpões de aves. Em contraste com esse trabalho, Amon et al.
18
(1997) detectaram que a concentração de amônia no tratamento com zeólita foi
maior que no tratamento controle. Outros estudos mostraram o efeito positivo da
zeólita na diminuição do odor pelo controle da volatilização de amônia e gás
sulfídrico, por meio da remoção de nitratos contidos na urina.
Outro ponto bem explorado nas zeólitas é sua alta capacidade de troca
catiônica (CTC). Devido a essa característica, as zeólitas possuem também alta
capacidade de adsorção e dessorção de nutrientes (Correia & Paiva, 2000) e, por
isso, podem ser utilizadas na nutrição animal como agentes carreadores de
micotoxinas e íons que podem causar problema de intoxicação por excesso nos
animais (Maia, 2008).
2.3.3 Digestibilidade e consumo
Os valores dos coeficientes de digestibilidade são alterados,
normalmente, pela qualidade da matéria-prima da ração. Mas, além disso, a
inclusão de ingredientes que aumentem ou diminuam a taxa de passagem do
bolo alimentar pelo trato gastrintestinal também podem influenciar esses
parâmetros. Desde modo, faz-se extremamente necessária a avaliação da
digestibilidade dos alimentos fornecidos aos animais, e mais ainda, quando se
inclui um ingrediente novo na dieta, uma vez que esse parâmetro significa o que
realmente está disponível para ser aproveitado.
Alguns estudos foram conduzidos com o objetivo de testar uma possível
melhora da digestibilidade dos nutrientes com a adição da zeólita. Trabalhos
realizados, avaliando à função bioquímica das zeólitas na nutrição, parecem
indicar que a propriedade adsorvente da zeólita faz com que as moléculas do
nutriente sejam retidas no sistema de digestão animal por um período mais
prolongado, permitindo, assim, um uso mais eficiente da alimentação (Luz,
1995). Sua alta capacidade higroscópica reduz o tempo de passagem do alimento
19
pelo TGI, provocando, dessa maneira, um aumento no tempo de ação das
enzimas digestivas (Maia, 2008).
Porém, Campo (2004) não encontrou diferença nos coeficientes de
digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, extrativo não-
nitrogenado e cinzas, quando adicionou zeólita, variando de 1,25 a 3,75%, na
dietas de cães. Em concordância com esse autor, Maia (2008) também não
encontrou diferença na digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, extrato
etéreo, cinzas e energia quando adicionou a zeólita, porém em níveis menores
(0,5; 0,75 e 1,0%) na dieta de cães.
Alguns autores sugeriram que a zeólita, adicionada à ração de frangos,
reduziu o fósforo das cinzas ósseas e no plasma (Scheindeler, 1993), mas com
melhora na absorção de cálcio (Roland et al., 1985; Edwards Júnior, 1988).
Çabuk et al. (2004) encontraram uma diminuição na cinza fecal de frangos, com
a utilização de 15 e 25g/kg de zeólita na dieta das aves em relação ao controle
(p<0,05).
No entanto, de nada valerá analisar a digestibilidade se a dieta não for
aceita pelo animal. Além de garantir a nutrição necessária, protocolos de
digestibilidade, a exemplo o protocolo oficial da Anfalpet (2008), preconizam
que os animais tenham a ingestão do alimento superior a 75% do oferecido,
segundo suas necessidades energéticas. Caso o animal não se alimente dessa
quantidade, o teste deve ser interrompido e, ao invés de colheita total de fezes,
deve se utilizar um marcador como o óxido crômico.
Çabuk et al. (2004) não encontraram diferença significativa no consumo
alimentar de frangos alimentados com 15 e 25g/kg de clinoptilolita.
Granherr et al. (2007) estudaram o efeito de doses acentuadamente
crescentes de zeólita A em vacas leiteiras no periparto. Os animais foram
alimentados à vontade com a ração sem adição de zeólita, 12, 23 e 43g/kg de
20
zeólita na matéria seca (MS). A diminuição no consumo de MS foi observada no
grupo que foi alimentado com o maior nível de zeólita.
Maia (2008) realizou um teste de palatabilidade entre um alimento
contendo 375ppm de YSC e 1,0% de zeólita. Não observou preferência por parte
do cães entre esses aditivos testados. Além disso, esse estudo não mostrou
diferença significativa entre os consumos de matéria seca dos cães alimentados
com dieta sem aditivo e as outras dietas que continham 0,5; 0,75 e 1,0% de
zeólita.
2.3.4 Odor e produção de gás
As zeólitas são alvo de constantes estudos sobre a diminuição do odor e
emissão de amônia em criações intensivas por possuírem alta seletividade pelo
íon amônio. O mineral zeólita pode apresentar-se como um potencial redutor de
odor e emissão de amônia. Tais propriedades foram reportadas por Bernal &
Lopez-Real (1993). Da mesma forma, Carlile (1984) publicou uma abrangente
revisão sobre amônia volátil em galpões, na qual resumiu as conclusões de outro
estudo, conduzido por Nakaue et al. (1981). Os autores deste estudo concluíram
que a incorporação da clinoptilolita na alimentação de frangos, ao longo da vida,
diminuiu significativamente a concentração de amônia volátil, em média 8%.
Porém, em um estudo conduzido por Sonnenholzner (2004), foi
demostrado que as zeólitas apresentam um comportamento exponencial quando
se trata de absorção. Um aspecto a ser considerado num cálculo de absorção é a
razão entre o absorvente, nesse caso a zeólita, e a concentração do soluto a ser
removido (amônio). Foram colocados em contato com a mesma quantidade do
íon amônio vários pesos de zeólita. A concentração de N-amônio total decresce
com o incremento de zeólita, porém esse decréscimo é do tipo exponencial e não
linear, o qual se traduz em uma menor adsorção de amônio por unidade (g) de
21
zeólita ao aumentar o conteúdo de zeólita. Quando se agregou 1g de zeólita, a
remoção de N-amônio total por grama de zeólita foi de 1,53mg/g; contudo, ao
adicionar 10g de zeólita, a remoção foi de 0,91mg/g. O autor conclui que a
eficiência de um adsorvente, por vezes, deve ser sacrificada para que seja
mantida uma baixa concentração de equilíbrio.
Como comentado anteriormente, o odor fecal parece vir das
combinações particulares e das intensidades relativas de compostos específicos
mais do que pela sua simples presença ou ausência. Além disso, a percepção do
odor depende do caráter, da intensidade e da detectabilidade de cada um dos
compostos. Por isso, apesar de talvez ser considerado um método subjetivo, a
avaliação por parte de cada indivíduo submetido ao odor do material, parece ser
a melhor maneira de avaliar a diminuição do odor, ao invés de análises químicas
e laboratoriais (Sweeten et al., 1980).
Em estudo com cães, Maia (2008) observou diminuição significativa no
odor, avaliado por possíveis proprietários de cães e consumidores de ração, das
fezes dos animais que receberam dietas com a inclusão de zeólita nos níveis de
0,75 e 1,0%. O autor atribuiu a redução do odor fecal dos cães à alta capacidade
de troca catiônica e adsorção de gases do aditivo zeólita, que possivelmente
adsorveu os gases produzidos durante a digestão, carreando-os para fora do trato
gastrintestinal, sem liberá-los para o ambiente.
Além da avaliação por parte de indivíduos submetidos ao odor do
material fecal, pode-se avaliar a formação de gases intestinais por meio de
radiografias. Dessa forma, é possível sugerir se determinado alimento provocará
maior formação de gases nos animais ou não. O trato gastrintestinal pode ser
visualizado por meio de radiografias, pois há ocorrência de contraste entre a
interação do mesentério, gordura e omento com o conteúdo luminal. (Burk &
Ackerrman, 1996 citados por Feliciano, 2008). Gases intestinais e também
estomacais, esse último denominado bolha gástrica, podem ser observados em
22
radiografias e quantificados, por meio do espaço que ocupam, por um software
utilizado normalmente na medicina humana. Esse software, denominado Image
J
®
, já foi utilizado na área animal, por Feliciano (2008); Maia (2008) e Aquino
(2009). Maia (2008) quantificou os gases presentes no intestino de cães
alimentados com os aditivos YSC e zeólita. No referido trabalho não encontrou
diferença na formação de gases. Aquino (2009) utilizou o mesmo software,
porém, com um aperfeiçoamento da técnica, para quantificar a área de gás em
gatos alimentados com prebiótico. Não foi encontrada diferença entre os
tratamentos. Desde o trabalho realizado por Feliciano (2008) com probióticos,
propostas foram feitas para que a técnica apresentasse maior acurácia, uma vez
que o trabalho realizado por Feliciano (2008) apresentou um coeficiente de
variação em torno de 70%. Com as modificações realizadas por Aquino (2009),
esse coeficiente diminuiu consideravelmente, chegando a 33,97%. Além das
modificações, foi proposto por Feliciano (2008) que, além da posição
laterolateral utilizada, a posição ventrodorsal poderia trazer uma visualização
mais ampla das alças intestinais, aumentando ainda mais a acurácia da técnica.
2.3.5 Escore fecal
Alguns dos objetivos das indústrias pet food, além da qualidade
nutricional do alimento balanceado, são tanto a diminuição do odor fecal, de
forma perceptível ao odor humano, como a melhora do escore fecal. O escore
fecal, que se traduz em fezes mais bem formadas, firmes e em menor volume, é
normalmente ligado à melhor digestibilidade do alimento. A zeólita, além de
potencialmente melhorar a digestibilidade do alimento, pode melhorar o escore
fecal, proporcionando fezes melhor formadas. Isso se deve à sua alta capacidade
higroscópica, resultado de sua propriedade em reter água nos seus canais e
cavidades internas, em quantidades até 10 a 50% do seu volume (Maia, 2008),
aumentando dessa maneira a matéria seca das fezes. As zeólitas agem não
23
somente absorvendo o excesso de água, mas também toxinas responsáveis pela
hipersecreção de água e eletrólitos no lúmen intestinal (Brouillard & Rateau,
1989).
Alguns estudos foram conduzidos com o objetivo de comprovar a alta
capacidade higroscópica das zeólitas. Sweeney et al. (1984) observaram que a
matéria seca fecal foi aumentada por meio da adição de clinoptilolita à dieta,
melhorando as condições ambientais em situações de confinamento. A
diminuição na umidade disponível, para o crescimento microbiano nas fezes,
também contribui para a melhoria da saúde animal por meio de um ar mais
limpo, reduzindo a incidência de doenças (Maia, 2008).
Segundo Vrzgula et al. (1984), suínos alimentados com 5% de zeólitas
apresentam fezes mais compactas, mais bem formadas e com menor odor do que
aquelas produzidas por animais no tratamento controle. Estes mesmos autores,
avaliando 10 animais acometidos de diarréia, descrevem que esses suínos
apresentaram fezes pastosas seis horas após o consumo da alimentação com o
aditivo, passando à consistência mais firme em 24 horas. Depois de 48 horas,
observou-se consistência normal das fezes, diferente daqueles não-tratados com
o aditivo, que continuaram diarréicos.
Beernaert-Dunoyer (1986) provocou diarréia em 10 cães saudáveis pela
perfusão de solução hiperosmolar de manitol (90mosm/L) no duodeno. Os cães
que receberam o tratamento com a inclusão de 2% de zeólita, durante quatro
dias, apresentaram aumento na matéria seca das fezes em 11% (p<0,007) quando
comparadas às fezes dos animais alimentados com a ração sem zeólitas.
Também com cães, Maia (2008) observou melhor escore fecal para os animais
que receberam 0,75 e 1,0% de inclusão de zeólita às dietas.
24
2.3.6 Capacidade de troca catiônica e pH urinário
Como descrito, as zeólitas são formadas por tetraedros, do tipo [SiO
4
]
4-
e
[AlO
4
]
5-
, que geram cargas negativas compensadas por cátions alcalinos,
podendo ser substituídos por outros, presentes no meio, por troca catiônica.
Além disso, a razão Si/Al altera a capacidade de troca catiônica (CTC) das
zeólitas. A menor relação Si/Al aumenta a CTC, pois quanto maior a quantidade
de Al, maior a capacidade de trocador iônico. A presença do Al cria densidade
de carga negativa sobre o oxigênio, presente na estrutura de poliedro,
provocando dessa maneira a necessidade de cátions para a neutralização das
cargas (Luz, 1995). Desse modo, as zeólitas têm capacidade de adsorver certos
íons presentes em soluções aquosas, liberando os que estavam presentes em sua
estrutura. Possuem uma afinidade forte com cátions metálicos de transição, mas
pouca afinidade com ânions e moléculas orgânicas não-polares (Bowman et al.,
1995).
Além de suas propriedades de troca catiônica, adsorção/dessorção, as
zeólitas possuem elevada seletividade pelo íon NH
4
+
(Sawyer, 2000; Dumitru,
1976; Wilson, 2002). Com isso, um dos mecanismos de ação das zeólitas na
nutrição animal é a sua ligação com os íons de amônia no trato gastrintestinal
(Pond et al., 1995). A capacidade de adsorção de gás e de troca catiônica de
zeólitas naturais do tipo erionita e clinoptilolita foram estudadas por Munso
(1973).
Enemark et al. (2006), citados por Grabherr et al. (2007), afirmam que a
suplementação de zeólita A resulta numa variação de excreção de mineral na
urina, igualmente mudando o pH urinário. Grabherr et al. (2007) estudaram a
suplementação de doses altas de zeólita A em vacas leiteiras durante o periparto
no metabolismo mineral. Os autores mostraram que vacas não-primíparas no
periparto, que receberam ração à vontade com as doses de 23 e 43g/kg MS,
apresentaram um efeito estabilizante no metabolismo do cálcio. Já as outras
25
vacas, nos tratamentos com ausência de zeólita e 12g/kg MS, apresentaram
hipocalcemia subclínica.
Em gatos, o pH urinário pode ter efeitos importantes sobre a formação
dos urólitos de estruvita e de oxalato de cálcio, com conseqüente aparecimento
da DITUIF (doença idiopática do trato urinário inferior de felinos). Alguns
fatores intrínsecos são importantes na variação do pH urinário, assim como o
nível de magnésio da dieta e nível de proteína, pois se sabe que, pela natureza
carnívora, o gato apresenta alta ingestão de aminoácidos sulfurados de fontes
protéicas de origem animal, e a oxidação destes aminoácidos conduz à excreção
de sulfato juntamente com a urina, provocando um abaixamento do pH urinário.
Ao contrário, a inclusão de cereais na dieta provoca uma alcalinização da
urina, predispondo os animais à DITUIF. Porém, os animais são acometidos pela
formação de urólitos de oxalato de cálcio, como resultado da alcalinização, ou
seja, aumento do pH urinário (Case et al., 1998).
Zentek & Schulz (2004) verificaram que a ingestão de proteína interfere
na composição da urina e dos urólitos formados em gatos. O oxalato é
importante devido ao seu potencial de formação de cristais com cálcio. A
excreção urinária mais elevada do oxalato ocorreu em ambas as dietas que
continham o colágeno como fonte da proteína, pois a hidroxiprolina e a glicina
são aminoácidos típicos no tecido conjuntivo e poderiam ter aumentado a
produção endógena do oxalato. O número de cristais de estruvita, no geral, foi
reduzido com as dietas de baixa proteína, provavelmente devido à excreção
urinária mais baixa de nitrogênio.
Neste mesmo estudo, os autores concluíram que a ingestão da proteína e
a fonte de proteína determinaram a excreção urinária de metabólitos de
nitrogênio e oxalato, além do nível e caráter do cristalúria.
Com o intuito de acidificar a urina (pH menor que 6,4), quando pH não
responde suficientemente às dietas, são utilizados também acidificantes. Nesta
26
perspectiva, acidificante como a DL-metionina pode ser misturado às dietas,
visando reduzir a alcalinização pós-prandial da urina. No entanto, é importante
um monitoramento do pH urinário, especialmente no início da administração
deste produto, tendo-se o cuidado de evitar doses tóxicas de metionina, visto que
já foi descrito como causa de anemia em gatos (Osborne et al., 1995 citado por
Lazzarotto, 2001).
O uso de aditivos em alimentos para gatos deve ser feito com bastante
critério, visto que existem muitos relatos de problemas pela formação de
nefrólitos nesses animais, seja pela baixa ingestão de água dos mesmos ou pelo
tipo de dieta fornecida.
2.4 Parâmetros sanguíneos
Os parâmetros hematológicos fornecem informações a respeito do estado
clínico, nutricional, bem como tratamentos e prognósticos dos animais
(González et al., 2003) . Além disso, refletem a situação metabólica dos tecidos
dos animais, podendo indicar lesões, transtornos no funcionamento dos órgãos,
adaptação do animal diante de desafios nutricionais e desequilíbrios metabólicos
(González & Scheffer, 2003).
Um desses parâmetros sanguíneos, a uréia é uma importante ferramenta
para diagnósticos clínicos sobre o funcionamento renal, além de indicar,
juntamente com outros parâmetros, a condição nutricional dos animais, quando
determinada em fluidos biológicos. O aumento da uréia sérica, sem aumento de
creatinina, representa uma elevação fisiológica e de origem pré-renal (Lopes et
al., 1996; Luca & Reis, 2001; González & Scheffer, 2003; Oliveira et al., 2005).
A utilização de aditivos, como a YSC e a zeólita, que atuam no metabolismo do
nitrogênio, alterando a atividade da enzima urease ou adsorvendo íon amônio,
pode causar alterações de parâmetros sanguíneos, como a uréia.
27
A hemoglobina, parâmetro sanguíneo muito utilizado, é uma proteína
conjugada, composta por uma proteína simples, a globina, e um núcleo, o heme,
cujo principal componente químico é o ferro (Jain, 1993; Garcia-Navarro &
Pachaly, 1994). A medida da concentração de hemoglobina constitui a avaliação
mais comum da situação nutricional do organismo. A carência protéica pode
interferir na biossíntese de hemoglobina, resultando no desenvolvimento de
anemia. Essas condições podem ser observadas em animais nos quais tenha
havido uma perda de proteínas séricas considerável, ou inadequada ingestão ou
digestão protéica (Coles, 1984; Ettinger, 1992; Jain, 1993; Szarfare et al., 1995).
Outro parâmetro sanguíneo utilizado pode ser a bilirrubina indireta. A
maior parte da bilirrubina no plasma deriva da degradação dos eritrócitos velhos
pelo sistema retículoendotelial, especialmente no baço. A restante provém da
degradação da mioglobina, dos citocromos e eritrócitos imaturos na medula
óssea. Após a extração do ferro da hemoglobina, o grupo heme é transformado
em bilirrubina livre, ligada à albumina plasmática e transportada até o fígado.
Essa forma também é conhecida como bilirrubina indireta no laboratório clínico
e não é solúvel em água, por isso não é filtrada pelos glomérulos renais, e assim
não é excretada pela urina (González & Scheffer, 1993). A mensuração da
bilirrubina indireta pode ser uma boa ferramenta a ser utilizada na investigação
sobre uma possível ação lítica dos aditivos como a YSC, já que as saponinas
parecem exercer essa ação lítica sobre as células. O aumento da bilirrubina
indireta pode indicar defeito de captação, defeito de conjugação, aumento da
produção (hemólise) e diminuição do transporte.
Os valores sanguíneos e bioquímicos séricos, considerados como
referência para gatos, encontram-se na Tabela 1.
28
TABELA 1 Valores sanguíneos e bioquímicos séricos de referência para gatos.
Testes UI Gatos
Uréia mg/dL 18-41
Creatinina mg/dL 0,7-2,2
Hemoglobina g/dL 8,0-15,0
Fontes: Jain (1993) e Willard & Tvedten (2004).
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local e instalações
O estudo foi conduzido no Centro Experimental em Nutrição de Animais
de Companhia (CENAC), pertencente ao Departamento de Zootecnia da
Universidade Federal de Lavras, localizada no município de Lavras, sul do
estado de Minas Gerais, durante os meses de julho e agosto de 2008. As
temperaturas e as umidades relativas mínimas e máximas durante a colheita de
dados, referentes ao ensaio de digestibilidade, do primeiro e segundo períodos,
estão apresentados na tabela 2.
29
TABELA 2 Temperaturas (T°C) e umidades relativas (UR%) mínimas e
máximas durante a colheita dos dados referentes ao ensaio de
digestibilidade.
Datas T°C mín. T°C máxima UR mínima (%) UR máxima (%)
29/07/09 14 25 41 55
30/07/09 14,9 25,1 40 63
31/07/09 14,9 25 41 64
01/08/09 16 25,7 42 65
02/08/09 17,6 25,7 40 65
03/08/09 17,5 25 40 65
04/08/09 17,8 25,4 53 76
17/08/09 16,9 26,5 41 68
18/08/09 16,9 26,4 40 64
19/08/09 16,5 26,1 40 61
20/08/09 16,8 26 39 64
21/08/09 17 26,7 48 66
22/08/09 17,3 26,8 36 71
23/08/09 17,4 24,2 47 73
O CENAC é constituído por dois gatis de aproximadamente 11m
2
, com
área de solário de 5m
2
; sala de metabolismo, com cerca de 51m
2
com vinte e
cinco gaiolas metabólicas com dimensão de 60 x 70 x 50cm (altura x
profundidade x largura), constituídas de arame galvanizado e chapas metálicas,
além da bandeja coletora para fezes e recipientes para a colheita de urina. As
gaiolas possuem bebedouros tipo chupeta, acoplados às garrafas plásticas,
fixados na parte posterior de cada uma, sendo o alimento fornecido em potes
30
plásticos. O manuseio dos animais, quando necessário, é realizado sobre uma
bancada de concreto, composta também por pias para a higiene dos utensílios. A
sala conta ainda com uma balança para pesagem dos animais. O centro possui,
também, uma sala para pesagem de materiais, além de freezers para o
acondicionamento das amostras.
3.2 Primeiro ensaio
O primeiro ensaio experimental foi composto por dois períodos,
realizados para a determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente das
dietas experimentais. Além disso, durante esse primeiro ensaio, foram realizadas
colheitas de sangue para análises laboratoriais, medições do pH e volume
urinários e, ao final do segundo período, foram realizadas as observações de
escore fecal e colhidas amostras para a avaliação do odor fecal.
3.2.1 Animais utilizados e tratamentos experimentais
Foram utilizados vinte e um gatos adultos, machos e fêmeas, sem raça
definida, com idade média de três anos, desverminados e vacinados, com peso
médio de 3,71±0,84Kg. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, no
qual os animais foram distribuídos em sete tratamentos de três animais cada,
durante dois períodos, totalizando sete tratamentos e seis repetições. Os gatos
selecionados apresentavam bom estado de saúde e passaram por avaliação
médico-veterinária, antes e durante a realização do teste. Adicionalmente, foram
realizadas urinálises com o objetivo de comprovar a integridade do trato urinário
dos mesmos para que fosse possível analisar a possível influência da dieta sobre
o pH.
31
Os animais foram alojados em gaiolas metabólicas suspensas, com
bandejas coletoras, para realização de colheita total de fezes, método utilizado
para a determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente (CDA), além
das medições de pH e volume urinários, realizados com a urina colhida em
recipientes adaptados a cada gaiola.
As dietas experimentais foram compostas por uma dieta comercial
úmida, utilizada como controle, descrita na Tabela 3, acrescida de níveis
crescentes de cada aditivo testado (Tabela 4).
TABELA 3 Níveis de garantia e composição básica, apresentados no rótulo da
ração comercial utilizada como alimento controle.
Níveis nutricionais MN
1
(%)
Umidade (máx.) 78
Proteína Bruta (mín.) 8
Extrato Etéreo (mín.) 4,7
Fibra Bruta (máx.) 0,7
Matéria Mineral (máx.) 3,0
Cálcio (máx.) 0,66
Fósforo (mín.) 0,45
Energia Metabolizável 967 kcal/kg
Composição básica
Água, subprodutos animais, farelo de arroz,
glúten de arroz, celulose em pó, óleo
vegetal, fosfato de sódio, taurina, ácido
ascórbico, frutoligossacarídeos, premix
vitaminicomineral e premix micromineral
transquelatado
1
MN= matéria natural
OBS: dieta comercial isenta de quaisquer dos dois aditivos avaliados neste
estudo.
32
TABELA 4 Tratamentos experimentais do primeiro ensaio experimental.
Tratamentos Dietas experimentais
1
2
3
4
5
6
7
Ração comercial úmida (controle)
Ração controle + 125ppm YSC
1
Ração controle + 250ppm YSC
Ração controle + 375ppm YSC
Ração controle + 0,5% zeólitas
Ração controle + 0,75% zeólitas
Ração controle + 1,0% zeólitas
1
YSC= Yucca schidigera
3.2.2 Procedimento experimental
3.2.2.1 Teste de digestibilidade
Os dois períodos desse ensaio experimental foram compostos por cinco
dias de adaptação dos animais à dieta e à gaiola e sete dias de colheita total de
fezes, totalizando 12 dias para o ensaio de digestibilidade. A quantidade de ração
fornecida a cada animal foi calculada de acordo com sua necessidade energética
diária de manutenção em kcal/dia, proposta pelo National Research Council –
NRC (2006), por meio da fórmula EM=100 x (PV)
0,67
. A quantidade total de
alimento para cada animal foi fornecida uma vez ao dia e as sobras mensuradas
após um período de 24 horas. As sobras foram colhidas, pesadas e congeladas
para posterior determinação da matéria seca, pois o consumo foi medido por
meio da diferença entre o fornecido e a sobra, com base na matéria seca, para
que fosse considerada a perda de água do alimento por meio da evaporação.
A colheita total das fezes foi realizada duas vezes ao dia: a primeira,
durante a manhã, logo após a retirada dos potes de alimentos para a mensuração
das sobras e a segunda, no período da tarde. Durante a colheita de fezes do
33
segundo período, foram determinados os escores fecais (tabela 5). Logo após, as
fezes eram recolhidas em sacos plásticos, identificadas e armazenadas no freezer
(-20°C) para posteriores análises.
A colheita de sangue foi realizada logo após o término do ensaio de
digestibilidade, no décimo terceiro dia de cada período e o procedimento de
radiografia no dia seguinte, décimo quarto. Posterior a esses procedimentos, a
mensuração do pH teve início.
O segundo período foi realizado após cinco dias de descanso do
primeiro, da mesma forma que o primeiro, porém, após a mensuração do pH
urinário, foram colhidas amostras de fezes para análise do odor fecal.
TABELA 5 Escore fecal baseado na consistência e aspecto das amostras de
fezes colhidas durante o primeiro ensaio experimental.
Escore Características
1 Fezes líquidas, diarréia.
2 Fezes macias, sem forma definida.
3 Fezes macias, bem formadas, úmidas.
4 Fezes duras, secas, firmes e bem formadas.
5 Fezes muito duras e ressecadas.
Adaptado de Parreira (2003)
3.2.2.2 Colheita de sangue e exame radiográfico
Amostras de sangue foram colhidas dos animais, que ficaram em jejum
alimentar por volta de oito horas e colocadas em dois tubos diferentes. Um tubo
34
com heparina para o sangue, que foi destinado às análises de uréia, creatinina e
hemograma. Outro sem heparina, porém, envolto em papel alumínio, a fim de se
evitar contato com a luz. O sangue desse segundo tubo foi destinado à análise de
bilirrubina e frações. As amostras foram processadas em laboratório de análises
clínicas na cidade de Lavras/MG. A análise de hemoglobina foi realizada pelo
método colorimétrico enzimático; a bilirrubina, pelo método colorimétrico
sulfanilico diazotado; a uréia, pelo método cinético de ponto fixo. As demais
análises, pelo método de contagem automatizada, por meio da citometria de de
fluxo.
As análises radiográficas foram realizadas pelo Serviço de Diagnóstico
por Imagem do Hospital Veterinário, pertencente do Departamento de Medicina
Veterinária da UFLA. Cada animal foi radiografado em duas posições,
laterolateral esquerda e ventrodorsal. Foi utilizado o equipamento gerador de
Raio-X Meditronix BR-200 e filmes Kodak
®
tamanho 24x30cm, aplicando-se a
técnica de 50kV com 0,15mAs. Após a realização do exame radiográfico, as
radiografias foram fotografadas e digitalizadas para posterior avaliação por meio
do software Image J®. No momento da fotografia, fotografou-se juntamente
com as radiografias uma régua graduada, para a determinação de escala em
centímetros, a ser convertida posteriormente pelo programa. Após serem
digitalizadas, as áreas de gás do trato gastrointestinal de cada radiografia foram
delimitadas. O software Image J® seleciona a área desejada por meio de
limiares de contraste, threshold e mensura a área correspondente ao gás
selecionada. Os limiares de contraste foram ajustados para cada imagem em
particular, que continha referência de tamanho, por meio de graduação em
centímetros proveniente da régua utilizada. Utilizou-se a mesma metodologia
descrita por Aquino (2009). As imagens fotográficas das radiografias do animal
6, na posição ventrodorsal (Figura 2) e laterolateral (Figura 3) estão apresentadas
a seguir.
35
FIGURA 2 Imagem fotográfica da radiografia do animal 6, na posição
ventrodorsal. A seta vermelha indica área de gás intestinal.
36
FIGURA 3 Imagem fotográfica da radiografia do animal 6, posição laterolateral.
A seta vermelha indica área de gás intestinal.
3.2.2.3 Mensuração do pH urinário
Após o exame radiográfico, iniciou-se o período de mensuração do pH
urinário dos animais. A mensuração seguiu o protocolo oficial da Anfalpet
(2008), com o mínimo de sete dias de adaptação à dieta e 72h de colheita de
urina, para a mensuração do pH urinário, densidade e volume. A urina foi
coletada em recipientes individuais, mantidos em isopores imersos no gelo.
Quando necessário, o conteúdo era transferido para garrafas individuais e
mantidas na geladeira. O pH, volume e densidade foram medidos ao final de
cada 24h de colheita, até se completar as 72 horas de mensuração. Ao final,
foram obtidos três resultados de mensurações por animal, sendo, então, realizada
a média desses resultados para a determinação do pH final.
37
Todos os utensílios, inclusive as bandejas de colheita de cada gaiola,
foram lavadas com água destilada e secas com papel-toalha, a fim de se evitar
uma possível alteração no pH urinário a ser medido.
O pH foi determinado por meio de um peagâmetro digital, a densidade
da urina por meio de um refratômetro óptico e seu volume por meio de uma
proveta graduada.
3.2.2.4 Teste de redução de odor
A análise sensorial teve início logo após o teste de digestibilidade,
colheita de sangue, exames radiográficos e determinação do pH urinário,
realizados no segundo período desse primeiro ensaio. Amostras de fezes frescas
foram colhidas para a realização da análise sensorial, realizada por possíveis
proprietários e, dessa forma, compradores de ração para gatos. Os tratamentos
experimentais e os animais utilizados foram os mesmos já descritos para todas
os testes desse primeiro ensaio.
A análise foi conduzida de acordo com informações descritas, porém,
adaptadas, por Anzaldúa-Morales (1994).
As modificações no modo de avaliação foram feitas para se adequar o
protocolo de teste sensorial de alimentos ao estudo de análise sensorial de fezes.
A modificação foi feita em relação ao número de amostras avaliadas por
cada avaliador. O autor cita que, quando avaliadores sem treinamento realizam o
teste, um máximo de cinco amostras deve ser avaliado ao mesmo tempo,
evitando que ocorra fadiga olfativa, o que interferiria nas respostas. Entretanto,
no presente estudo, foram avaliadas sete amostras de uma única vez. Esta
modificação foi feita devido à necessidade de se avaliar todos os seis
tratamentos experimentais em relação ao controle ao mesmo tempo, além da
38
falta de disponibilidade dos avaliadores em comparecer vários horários ao longo
do dia.
Todos os outros parâmetros descritos por Anzaldúa-Morales (1994)
foram seguidos. Dessa forma, 60 possíveis compradores de rações para gatos,
avaliaram 50g de material fecal à temperatura ambiente, colocados em sete
vasilhames sobre uma mesa. A avaliação foi feita, comparando-se o material
numerado de 1 a 6, referentes aos tratamentos experimentais 1 a 7, os quais
possuíam acréscimo de aditivo, com o material chamado padrão (P), referente ao
tratamento experimental 1, sem qualquer aditivo. Os valores atribuídos às
amostras seguiram uma escala de 0 a 4, segundo a Figura 4.
NOME: ___________________________ DATA: __/__/____
ANÁLISE SENSORIAL DO ODOR DE FEZES DE GATOS
Você recebeu uma amostra padrão (P) e outras 6 amostras numeradas de 1 a 6.
Compare cada amostra com o padrão em relação ao ODOR APENAS, avaliando o
grau de diferença em relação à escala abaixo.
0 – Extremamente mais fétido que o padrão
1 – Mais fétido que o padrão
2 – Semelhante ao padrão
3 – Menos fétido que o padrão
4 – Extremamente menos fétido que o
padrão
Numero da Amostra
1
2
3
4
5
6
Valor dado
-------------
-------------
-------------
-------------
-------------
-------------
FIGURA 4 Modelo da ficha utilizada na avaliação sensorial (Adaptado de
Anzaldúa-Morales, 1994).
39
3.2.3 Análises laboratoriais
As análises bromatológicas foram realizadas no Laboratório de Pesquisa
Animal do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras.
As amostras de fezes foram descongeladas em temperatura ambiente
(aproximadamente 12 horas), homogeneizadas e colocadas em marmitas de
alumínio, pesadas e, em seguida, colocadas em estufa de ventilação forçada
(65ºC), por 72 horas ou até a estabilização do peso. Após atingirem equilíbrio
com a temperatura ambiente, foram pesadas novamente, para a determinação da
matéria pré-seca e moídas em moinho de Thomas-Wiley, utilizando-se peneira
de 1mm e acondicionadas em potinhos plásticos identificados para posteriores
análises.
As sete dietas experimentais, tanto a controle como as demais acrescidas
de diferentes níveis dos aditivos, foram analisadas em relação à matéria seca
(MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria mineral (MM) e energia
bruta. Para a avaliação dos coeficientes de digestibilidade aparente foram
determinados os níveis de MS, PB, MM e energia bruta nas amostras de fezes.
As análises bromatológicas foram realizadas de acordo com metodologia
descrita pela Association of Official Analytical Chemists - AOAC (1991). A
determinação da energia bruta foi efetuada em bomba calorimétrica adiabática
PARR, segundo procedimento descrito por Silva & Queiroz (2002).
40
3.2.4 Parâmetros avaliados e metodologia de cálculos
Foram analisados os coeficientes de digestibilidade aparente da MS
(CDAMS), proteína bruta (CDAPB), matéria mineral (CDAMM), em
porcentagem (%); além da energia metabolizável aparente na MS (EMAMS) e
na matéria natural (EMAMN) sem colheita de urina, em kcal/kg, dos
tratamentos experimentais. As fórmulas utilizadas para os cálculos estão
descritas a seguir (Anfalpet, 2008).
Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS)
CDAMS (%) = [(a-b)/a]x100
em que:
a = consumo de alimento na matéria seca
b = fezes excretadas na matéria seca
Coeficiente de Digestibilidade Aparente (CDA) dos nutrientes
CDAnutriente(%) = {[(axb) – (cxd)] / (axb)} x 100
em que:
a = consumo de alimento na matéria seca
b = % do nutriente no alimento
c = quantidade excretada nas fezes na matéria seca
d = % do nutriente nas fezes
41
Energia metabolizável aparente
EMA(kcal/g) = {(axe) – [(bxh) + (ixPD ing)] / a}
em que:
a = consumo total de ração (g)
b = excreção fecal (g)
e = energia bruta da ração (kcal/g)
h = energia bruta das fezes (kcal/g)
i = fator de correção para perda energética pela urina, segundo a AAFCO
(2004), citado por Anfalpet (2008)
Gatos = 0,86 kcal/g PD ing
PD ing = (a x (c/100)) x (CDAPB/100)
em que:
c = proteína bruta da ração (%)
3.3 Segundo ensaio
O segundo ensaio foi realizado com a finalidade de testar a
palatabilidade entre os maiores níveis dos dois aditivos utilizados nesse estudo.
3.3.1 Animais utilizados e tratamentos experimentais
O teste de palatabilidade foi realizado no CENAC – UFLA, com os
mesmos 21 animais utilizados no ensaio anterior, alojados em gaiolas
metabólicas. O teste foi realizado de acordo com a metodologia descrita pela
Anfalpet (2008). Para garantir a ocorrência de sobra de 20% do alimento, a
quantidade oferecida aos animais foi de duas vezes suas necessidades
energéticas, segundo NRC (2006). Os níveis testados foram os maiores de cada
42
aditivo estudado, adicionados à mesma dieta controle do primeiro ensaio
experimental. Os tratamentos estão descritos na Tabela 6 e foram oferecidos
durante uma hora, simultaneamente, duas vezes ao dia. O teste teve duração de
três dias, com a finalidade de se obter o maior número de observações possível.
Foram realizadas 120 observações.
TABELA 6 Tratamentos experimentais do teste de palatabilidade.
Tratamentos Alimentos
1
Alimento controle + 375ppm YSC
1
2
Alimento controle + 1,0% zeólita
1
YSC= Yucca schidigera
Os alimentos foram oferecidos de forma simultânea, cada um em uma
vasilha de plástico. Cada vez que eram oferecidos, trocava-se o lado, esquerdo e
direito, com o objetivo de se evitar lateralidade dos animais, podendo tendenciar
dessa forma o teste.
Logo após o término do período estipulado de uma hora, os potes foram
recolhidos, as sobras pesadas e armazenadas em sacos plásticos identificados
dentro do freezer (-20°C) para posterior determinação da matéria seca. Pelo fato
de ser um alimento úmido misturado aos aditivos, a matéria seca foi determinada
para o cálculo do consumo, descontando dessa forma a água perdida por
evaporação. Foi considerado mais palatável aquele alimento ingerido em maior
quantidade.
3.4 Análises estatísticas
Os resultados foram analisados por meio do programa computacional
Statistical Analysis System (SAS Institute, 2004), sendo previamente verificada
a normalidade dos resíduos pelo teste de Shapiro-Wilk (PROC Univariate) e as
43
variâncias comparadas pelo teste de Hartley. As variáveis que não atenderam às
premissas foram transformadas e, quando a transformação foi ineficaz, foram
avaliadas por estatística não-paramétrica (teste de Kruskal Wallis), pelo PROC
NPAR1WAY do SAS. Porém, para a análise dos dados referentes ao odor, foi
utilizada uma transformação com base no Teorema Central do Limite, que
permite analisar os dados por meio da determinação das médias de um grupo de
dados. Nesse caso, foram tomadas médias de dez em dez dados, para que se
seguissem as premissas necessárias à estatística paramétrica.
O Teorema Central do Limite é considerado importante porque qualquer
que seja a distribuição da variável de interesse para grandes amostras, a
distribuição das médias amostrais serão aproximadamente distribuídas, e
tenderão a uma distribuição normal à medida que o tamanho da amostra crescer.
Então, pode-se ter uma variável original muito diferente da Normal (podendo até
mesmo ser discreta). Porém, tomando-se várias amostras grandes desta
distribuição e montando um histograma das médias amostrais, a forma se
parecerá como uma curva Normal (Shimakura, 2009).
As médias do teste de digestibilidade foram comparadas pelo teste SNK,
ao nível de significância de 5%. Já as médias referentes aos parâmetros
sanguíneos, exceto a cretinina, exames radiográficos, odor e escore fecais e pH e
volume urinários foram comparadas pelo teste Scott-Knott, ao nível de 5% de
significância. Além disso, foram verificados possíveis comportamentos de
regressão em relação às variáveis que apresentaram diferença significativa.
Quando apresentaram essa diferença, a regressão foi aplicada para o estudo das
doses dos aditivos, estudados separadamente.
A análise dos dados em relação ao consumo dos animais durante o teste
de palatabilidade foi realizada por meio do teste de Wilcoxon, que analisa
diferenças entre pares ordenados. O teste foi estruturado para comparar respostas
do mesmo indivíduo.
44
Resultados, referentes à creatinina, foram analisados pela estatística não-
paramétrica (teste de Kruskal-Wallis), pelo PROC NPAR1WAY do SAS. O
nível de significância de 5% foi considerado para o teste.
3.5 Modelo Estatístico
O seguinte modelo estatístico descreve os dados obtidos nos testes de
digestibilidade, pH e volume urinários, parâmetros sanguíneos e exames
radiográficos:
yij = µ + ti + bj+eij
Em que:
yij= é o valor da variável dependente que recebeu o tratamento i no
período j;
µ= constante inerente a toda parcela;
ti= é o efeito do i-ésimo aditivo, com i= 1,...,7;
bj= é o efeito dos períodos, com j= 1,2;
eij= erro experimental associado a cada observação.
45
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Digestibilidade
Os valores médios dos coeficientes de digestibilidade aparente da
matéria seca (CDAMS), proteína bruta (CDAPB), matéria mineral (CDAMM) e
energia metabolizável na matéria seca (EMMS) e na matéria natural (EMMN)
encontram-se descritos na Tabela 7 e 8.
TABELA 7 Valores médios do coeficiente de digestibilidade aparente de
matéria seca - CDAMS (%), proteína bruta - CDAPB (%),
matéria mineral - CDAMM (%) para gatos adultos nos diferentes
tratamentos.
Tratamentos CDAMS (%) CDAPB (%) CDAMM (%)
Controle 77,67±3,92 82,91±4,04 31,48±12,14
125 ppm YSC
1
77,44±5,10 83,47±5,02 27,60±8,33
250 ppm YSC 77,41±4,49 84,43±2,70 34,90±8,44
375 ppm YSC 77,72±3,19 82,64±3,07 28,98±8,77
0,5 % Zeolita 76,60±2,44 83,45±3,39 25,54±8,09
0,75% Zeolita 75,96±2,95 83,46±2,89 22,14±7,98
1,0% Zeolita 76,98±3,91 82,86±3,46 23,50±13,27
CV (%) 4,62 4,12 36,40
As médias não diferiram pelo teste SNK ao nível de 5% de significância.
1
YSC= Yucca schidigera
46
TABELA 8 Valores médios do coeficiente de metabolicidade da energia
aparente na matéria natural - EMMN (kcal/kg) e na matéria seca –
EMMS (kcal/kg) para gatos adultos nos diferentes tratamentos.
Tratamentos EMMS
(kcal/kg)
EMMN
(kcal/kg)
Controle 4452,65±150,61 976,47±33,03
125 ppm YSC
1
4499,65±190,03 1022,32±43,18
250 ppm YSC 4481,22±129,98 1004,69±29,14
375 ppm YSC 4478,20±125,01 999,54±27,90
0,5 % Zeolita 4417,56±84,30 980,70±18,72
0,75% Zeolita 4399,54±116,68 985,93±26,15
1,0% Zeolita 4418,04±128,35 1007,79±29,28
CV (%) 2,94 3,24
As médias não diferiram pelo teste SNK ao nível de 5% de significância.
1
YSC= Yucca schidigera
Não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05)para a
digestibilidade de todos os nutrientes avaliados em nenhum dos tratamentos.
Do mesmo modo que neste estudo, Dziuk et al. (1985) não encontraram
essa diferença em estudo com aves. Maia (2008) também não encontrou
diferença na digestibilidade dos nutrientes com os mesmos níveis utilizados
nesse estudo. Além disso, a interação entre a fração saponina e a proteína,
relatada por Potter et al. (1993), não encontrada por Hussain et al. (1996) no
nível de 250 ppm de YSC e 19 e 23% de PB, também não foi encontrada nesse
estudo.
A digestibilidade aumentada com a adição de zeólita, relatada por Luz
(1995), devido à sua propriedade adsorvente e capacidade higroscópica, não foi
encontrada nesse estudo. Os resultados obtidos no presente trabalho são
semelhantes aos de Campo (2004) e Maia (2008) que, também, não encontraram
diferença na digestibilidade das frações nutricionais. Çabuk et al. (2004)
encontraram menor quantidade de cinzas nas fezes em frangos alimentados com
zeólita. No presente estudo, não foi encontrada diferença na digestibilidade da
matéria mineral, discordando dos autores acima citados.
47
Tais resultados demonstram que o uso dos aditivos, tanto a zeólita como
a YSC, nos níveis avaliados, não provocam alteração na digestibilidade do
alimento ao qual foram incorporados em diferentes quantidades.
4.2 Palatabilidade
Os valores médios de consumo (gramas de matéria seca) dos animais por
refeição, durante o teste de palatabilidade, estão na Tabela 9.
TABELA 9 Valores médios de ração consumida por refeição (gramas de matéria
seca), pelos gatos durante a palatabilidade.
Ração Consumo médio
YSC
1
375ppm 14,98±14,47
zeólita 1,0% 16,59±10,11
p 0,8398
As médias não diferiram pelo teste de Wilcoxon (Teste de Pares), ao nível de 5% de
significância.
1
YSC= Yucca schidigera
O teste de palatabilidade foi realizado para saber se existe preferência,
no caso dos gatos, por um aditivo em relação ao outro. Neste estudo foi
demonstrado que não houve preferência por nenhum dos aditivos testados, por
parte dos animais. Tal pesquisa também foi realizada por Maia (2008) com cães
da raça Beagle que, além de não demonstrarem preferência por nenhum dos dois
alimentos testados, não mostraram alteração em relação ao consumo (p>0,01).
Dessa forma, como a utilização dos maiores níveis dos aditivos não apresentou
alteração no consumo dos animais e nem preferência, consequentemente, os
outros menores níveis testados também não trariam problemas. Assim, a
utilização desses aditivos não traz alteração no consumo e nem preferência,
podendo se utilizar todos os níveis testados e qualquer um dos dois aditivos.
48
4.3 Odor e escore fecal
Os valores médios atribuídos ao odor e escore fecal de cada tratamento
são apresentados nas Tabelas 10 e 11, respectivamente. O estudo de regressão
para o escore e odor fecais estão apresentados nas figuras 5 e 6, respectivamente.
TABELA 10 Valores médios atribuídos ao odor fecal para cada aditivo em
diferentes níveis
Tratamentos Odor
T1 - Controle 2,00b
T2 - 125 ppm YSC
1
2,57±0,93c
T3 - 250 ppm YSC 1,17±1,06a
T4 - 375 ppm YSC 2,38±0,92c
T5 - 0,5 % Zeolita 2,55±1,00c
T6 - 0,75% Zeolita 2,23±0,96c
T7 - 1,0% Zeolita 1,87±1,11b
CV (%) 14,24
As médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott Knott, ao nível
de 5% de significância.
1
YSC= Yucca schidigera
TABELA 11 Escore fecal médio para os aditivos em diferentes níveis
Tratamentos Escore fecal
T1 - Controle 3,23±0,90a
T2 - 125ppm YSC
1
3,63±0,60a
T3 - 250ppm YSC 3,20±0,60a
T4 - 375ppm YSC 3,60±1,00a
T5 - 0,5 % zeolita 4,30±0,70b
T6 - 0,75% zeolita 4,27±0,60b
T7 - 1,0% zeolita 3,67±0,70a
CV(%) 20,22
As médias não diferiram pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de significância.
1
YSC= Yucca shidigera
49
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Níveis de zeolita (%)
Escore fecal
y
= 3,22+3,95x-3,50x
2
FIGURA 5 Valores médios do escore fecal em função dos níveis (%) de zeolita.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Níveis de zeolita (%)
Nota atribuída ao odor fecal
y= 2,01+2,11x-2,28x
2
FIGURA 6 Valores médios da nota atribuída ao odor fecal em função dos níveis
(%) de zeolita.
50
As amostras de fezes referentes aos tratamentos que continham 125 e
375ppm de YSC e 0,5 e 0,75% de zeólita obtiveram os melhores valores
atribuídos ao odor (p>0,05) em relação ao controle, o tratamento com 1,0% de
zeolita e 250ppm de Yucca schidigera, pois conforme a ficha de avaliação
apresentada (vide material e métodos) o valor 2 foi considerado odor semelhante
à amostra do grupo controle, e, valores acima desse foram considerados menos
fétidos que o controle.
Já a amostra referente ao tratamento que continha 1,0% de zeólita foi
considerada semelhante ao controle e inferior aos demais tratamentos, porém
superior ao tratamento com inclusão de 250ppm de YSC.
Os aditivos cumpriram a função de diminuir o odor das fezes dos
animais, porém a inclusão de 1,0% de zeólita foi semelhante ao controle. Isso
pode ser atribuído ao fato das zeólitas apresentarem um comportamento
exponencial. A concentração inicial de amônia total decresce conforme se
acrescenta zeólita, porém, por apresentar esse comportamento exponencial, a
adsorção tende a estabilizar e decair depois de certo ponto (Sonnenholzner,
2004). O fato do tratamento com 250ppm de YSC ter sido semelhante ao
controle e ao 1,0% de zeolita pode ser explicado pela enorme variação que
encontramos entre os animais, em relação à composição do odor fecal.
Houve diferença significativa (p<0,05) entre os escores das fezes dos
tratamentos. Apesar dos tratamentos não apresentarem diferenças entre a
digestibilidade dos nutrientes, fato que pode justificar um escore fecal mais alto,
os tratamentos com 0,5 e 0,75% apresentaram escore fecal superior aos demais.
Tal fato se deve à alta higroscopicidade das zeolitas, que absorvem a água livre
presente no trato gastintestinal, levando consigo o excesso de água. O fato do
tratamento com maior quantidade do aditivo zeolita não ter sido semelhante
pode ser explicado pelo seu comportamento exponencial, assim como em
relação à adsorção de uréia.
51
De forma contrária, Maia (2008) encontrou melhores escores para as
amostras de cães dos tratamentos com a inclusão de 0,75 e 1,0% de zeólita.
Nesse experimento, a zeolita mostrou um comportamento quadrático em
relação ao odor fecal, sendo que a inclusão de 0,46% de zeólita foi o nível que
apresentou a máxima redução de odor. Posterior a esse ponto, os níveis
superiores demonstram tendência em diminuir a resposta ao odor fecal,
comportamento semelhante ao escore fecal, que apresentou o nível 0,56% ideal
na obtenção do escore fecal ideal. Após esse ponto, inclusões superiores de
zeolita tendem a provocar valores de escore fecal diminuídos, ou seja, fezes mais
moles. Dessa forrma, o comportamento exponencial da zeólita foi observado
tanto para odor como escore fecal. Já a Yucca schidigera, apesar de ter
demonstrado efeito significativo para o odor fecal, não apresentou ajuste para
regressão.
4.4 Produção de gás
Os valores médios das áreas mensuradas de produção de gás, em
centímetros quadrados (cm
2
), estão apresentados na Tabela 12.
52
TABELA 12 Valores médios de área de gás intestinal ao raio X, em cm
2
,
observados em radiografias de gatos alimentados com os vários
níveis dos aditivos estudados.
Tratamentos Área de gás (cm
2
)
T1 - Controle 8,9835±6,1380
T2 - 125ppm YSC
1
7,5432±2,1664
T3 - 250ppm YSC 11,3697±4,8231
T4 - 375ppm YSC 11,8955±6,9977
T5 - 0,5 % zeolita 9,4306±5,1384
T6 - 0,75% zeolita 9,0050±4,3920
T7 - 1,0% zeolita 7,2758±2,2412
CV (%) 23,05
Os dados foram transformados por raiz quadrada para a análise estatística. As médias
seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de
significância.
1
YSC=Yucca schidigera
As médias referentes às áreas de gás mensuradas encontram-se nessa
tabela e são referentes aos dados originais. No entanto, tais dados precisaram ser
transformados por raiz quadrada para que atendesse à normalidade, sendo assim
comparados pelo teste de Scott-Knott (p<0,05%).
Como revisado, a mensuração da área de gás dos animais por meio de
radiografias pode ser considerado um importante método, aliado à análise de
odor por meio dos possíveis donos de animais. No entanto, apesar de ter sido
encontrada diferença entre os odores das amostras, nesse caso não foi encontrada
diferença entre as áreas de gás mensuradas nos diferentes tratamentos. Tal
conclusão foi semelhante à de Maia (2008), que não encontrou diferença entre as
áreas de gás de cães da raça Beagle, alimentados com os mesmo níveis de YSC e
zeólita utilizadas nesse estudo.
Apesar de talvez ser considerado um método subjetivo, a avaliação por
parte de cada indivíduo, submetido ao odor do material, parece ser a melhor
maneira de avaliar a diminuição do odor, ao invés de análises químicas e
53
laboratoriais (Sweeten et al., 1980). Tal conclusão foi elaborada por Callan
(1992), pois esse autor afirmou que para a percepção humana do odor fecal, os
gases podem estar presentes apenas em baixas concentrações e não serem
quantificáveis em laboratórios. Mais estudos são necessários para que seja
descoberta essa quantidade de gases e suas combinações às quais o olfato
humano responde.
Como proposto por outros autores, esse experimento foi realizado
tomando-se duas posições para as radiografias, laterolateral e ventrodorsal, em
busca de maior acurácia. Aquino (2009) encontrou um coeficiente de variação
de 33,97%; o presente estudo diminuiu um pouco esse coeficiente, chegando em
torno de 25%. Por isso, esse método pode ser considerado como benéfico e
tenha mostrado uma relação custo:benefício a ser levada em consideração.
54
4.5 Parâmetros sanguíneos
Os parâmetros sanguíneos avaliados estão nas Tabelas 13 e 14.
TABELA 13 Valores médios de hemoglobina (g/gL), bilirrubina indireta
(mg/dL) e uréia (mg/dL) de amostras de sangue dos gatos nos
diferentes níveis dos aditivos.
Tratamentos Hemoglobina Bilirrubina indireta Uréia
T1 - Controle 14,12±2,06 0,1967±0,23 40,50±5,79
T2 - 125ppm YSC
1
14,90±1,37 0,2367±0,14 48,17±4,75
T3 - 250ppm YSC 15,10±1,25 0,2800±0,15 46,33±5,24
T4 - 375ppm YSC 14,48±2,22 0,1483±0,10 45,17±4,36
T5 – 0,5 % zeolita 15,47±0,98 0,2333±0,16 46,00±5,66
T6 – 0,75% zeolita 14,65±1,91 0,2333±0,19 48,50±6,22
T7 – 1,0% zeolita 14,57±1,24 0,2833±0,19 39,83±5,12
CV (%) 10,35 35,47 12,20
Os dados de bilirrubina foram transformados por raiz quadrada para a análise estatística.
Médias seguidas de letras distintas diferem pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de
significância.
1
YSC= Yucca schidigera
TABELA 14 Valores médios de creatinina (mg/dL) e hematócrito (%) de
amostras de sangue dos gatos nos diferentes níveis dos aditivos
Tratamentos Creatinina Hematócrito
T1 - Controle 1,30±0,22 45,22±6,43
T2 - 125ppm YSC
1
1,57±0,14 47,50±4,00
T3 - 250ppm YSC 1,52±0,33 47,78±2,86
T4 - 375ppm YSC 1,35±0,24 45,73±6,38
T5 - 0,5 % zeolita 1,58±0,17 48,50±4,65
T6 - 0,75% zeolita 1,55±0,22 46,37±5,05
T7 - 1,0% zeolita 1,28±0,22 46,35±2,47
p 0,0936 0,8693
CV (%) 9,72
As médias de cretinina não diferiram pelo teste Kruskal-Wallis. As médias do
hematócrito não diferiram estatísticamente pelo teste F. Ambas ao nível de significância
de 5%.
1
YSC= Yucca schidigera
55
Embora Glauert et al. (1962) tenham relatado a ação hemolítica das
saponinas, essa ação não foi detectada nesse experimento, pois os níveis de
bilirrubina indireta não sofreram alteração entre os tratamentos (p>0,05). Além
disso, a hemoglobina também não apresentou diferença entre os tratamentos
(p>0,05). Lowe & Kershaw (1997) também não encontraram alterações nas
contagens hematológicas.
Killeen et al. (1998) atribuíram a redução dos níveis de uréia sanguínea à
diminuição na taxa de síntese hepática ou um aumento na taxa de eliminação da
uréia provocada pela YSC. Eles sugeriram que a fração da saponina seria
responsável por alterar a função renal, aumentando a taxa de eliminação da
uréia, diminuindo assim a concentração de amônia e uréia sanguíneas. Em ratos,
Preston et al. (1987) verificaram que o uso de YSC na ração diminui a
concentração de uréia sérica. Já Colina et al. (2001) não encontraram alteração
na uréia sanguínea de suínos. Maia (2008) também não encontrou diferença
entre os valores de uréia sanguínea de cães alimentados com 250ppm de YSC e
0,75% de zeólita em relação ao controle. Da mesma forma, o presente estudo
também não encontrou diferença para gatos para uréia e creatinina (p>0,05).
O hematócrito foi avaliado devido ao consumo de água não ter sido
mensurado. Pelo fato do hematócrito não ter apresentado diferença estatística
(p>0,05), sugere-se que não houve grandes diferenças na ingestão de água dos
animais entre os tratamentos. Assim, a diferença no escore fecal, encontrada
nesse trabalho, pode ser atribuída pela ação do aditivo e não por alterações no
consumo de água. Sugere-se que, em experimentos futuros, a avaliação do
consumo de água seja realizada, uma vez que o hematócrito seja uma medida
que sofra alterações somente em condições extremas, como uma desidratação.
56
4.6 pH urinário
Os valores médios de pH e volume urinário dos gatos nos diferentes
tratamentos estão descritos na Tabela 15.
TABELA 15 Valores médios de pH e volume (mL) urinário dos gatos nos
diferentes tratamentos.
Tratamentos pH médio Volume (mL)
T1 - Controle 5,84±0,50 123,44±41,50
T2 - 125ppm YSC
1
5,74±0,53 99,89±27,84
T3 - 250ppm YSC 5,71±0,32 122,22±23,41
T4 - 375ppm YSC 6,01±0,52 126,72±28,43
T5 - 0,5 % zeolita 6,06±0,91 109,11±38,23
T6 - 0,75% zeolita 5,58±0,47 96,44±29,25
T7 - 1,0% zeolita 5,92±0,56 90,11±37,58
CV (%) 8,62 30,49
As médias não diferiram pelo teste Scott-Knott, ao nível de 5% de significância.
1
YSC= Yucca schidigera
Apesar da sua alta capacidade de troca catiônica, a zeólita não causou
alteração no pH urinário dos gatos.
Apesar de não haver na literatura relato sobre a influência do extrato de
YSC sobre o pH urinário, esse foi medido e concluiu-se que, da mesma forma
que a zeólita, não houve alteração no pH urinário dos gatos.
Talvez, mensurações de estudos mais longos sejam necessários para nos
informar com maior acurácia essa conclusão.
57
5 CONCLUSÃO
A utilização dos aditivos, YSC e zeólita, nos níveis estudados, não
alteraram a digestibilidade das frações nutricionais. Os aditivos não provocam
alteração nos parâmetros sanguíneos normais, pH urinário e escore fecal dos
animais no período avaliado. Porém, os níveis de utilização da zeólita para esses
animais, necessários para que haja um efeito positivo sobre o odor fecal,
parecem ser menores do que os necessários para outros animais, sendo os níveis
de 0,5 e 0,75% recomendados. Já para o aditivo YSC, os níveis que mostraram
ser eficientes na diminuição do odor foram 125 e 375ppm.
58
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Applied and Environmental Microbiology, Washington,
v. 60, n. 6, p. 1762-1767, June 1994.
WESTENDARP, H. Saponins in nutrition of swine, poultry and ruminants.
DTW. Deutsche tierärztliche Wochenschrift, Hannover, v. 112, n. 2, p. 65-70,
Feb. 2005.
WHEELER, L. L. Breath a little easier: good dog. Nicholasville: [s.n.], 1993.
(Informe Técnico Alltech).
WILLARD, M.; TVEDTEN, H. Small animal clinical diagnosis by laboratory
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WILSON, M. J. “Clay Mineralogy: spectroscopic and chemical determinative
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YEO, J.; KIM, K. Effect of feeding diets containing an antibiotic, a probiotc, or
Yucca schidigera on growth and intestinal urease activity in broiler chicks.
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ZENTEK, J.; SCHULZ, A. Urinary composition of cats is affected by the source
of dietary protein. Journal of Nutrition, Philadelphia, v. 134, n. 8, p. 2162S-
2165S, Aug. 2004.
73
ANEXOS
TABELA 1 Resumo da análise de variância para o coeficiente de
digestibilidade aparente da matéria seca (%) de gatos
adultos, segundo os tratamentos
................................................
76
TABELA 2 Resumo da análise de variância para o coeficiente de
digestibilidade aparente da proteína bruta (%) de gatos
adultos, segundo os tratamentos............................................ 76
TABELA 3
Resumo da análise de variância para o coeficiente de
digestibilidade aparente da matéria mineral (%) de gatos
adultos, segundo os tratamentos............................................
77
TABELA 4 Resumo da análise de variância para energia metabolizável
aparente na matéria seca (kcal/kg) de gatos adultos,
segundo os tratamentos.......................................................... 77
TABELA 5
Resumo da análise de variância para energia metabolizável
aparente na matéria natural (kcal/kg) de gatos adultos,
segundo os tratamentos......................................................... 78
TABELA 6
Resumo do teste de Wilcoxon para o consumo na matéria
seca (g) por refeição no teste de palatabilidade de gatos
adultos entre os tratamentos 375ppm YSC e 1,0%
zeólita.....................................................................................
78
TABELA 7
Resumo da análise de variância para os valores de odo
r
fecal segundo ficha de avaliação de odor para gatos
adultos, segundo os tratamentos............................................
79
TABELA 8
Resumo da análise de variância para os valores de escore
fecal segundo os tratamentos................................................. 79
TABELA 9
Resumo da análise de regressão para os valores de odo
r
fecal para Yucca schidigera, segundo ficha de avaliação de
odor para gatos adultos, segundo os tratamentos..................
79
TABELA 10
Resumo da análise de regressão para os valores de odo
r
fecal para zeolita, segundo ficha de avaliação de odor para
gatos adultos, segundo os tratamentos...................................
80
TABELA 11
Resumo da análise de regressão para os valores de escore
fecal para Yucca schidigera segundo os tratamentos.............
80
TABELA 12
Resumo da análise de regressão para os valores de escore
fecal para zeolita segundo os tratamentos.............................
81
74
TABELA 13
Resumo da análise de variância para a área de gás intestinal
ao raio-X em cm
2
para gatos adultos, segundo os
tratamentos.............................................................................
81
TABELA 14
Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
uréia para gatos adultos, segundo os tratamentos..................
82
TABELA 15
Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
hemoglobina para gatos adultos, segundo os tratamentos.....
82
TABELA 16
Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
b
ilirrubina indireta para gatos adultos, segundo os
tratamentos.............................................................................
83
TABELA 17
Resumo do teste de Kruskal Wallis para o parâmetro
sanguíneo cretinina de gatos adultos segundo os
tratamentos.............................................................................
83
TABELA 18
Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
hematócrito para gatos adultos, segundo os tratamentos.......
84
TABELA 19
Resumo da análise de variância para o pH urinário de gatos
adultos, segundo os tratamentos............................................
84
TABELA 20
Resumo da análise de variância para o volume (mL)
urinário de gatos adultos, segundo os tratamentos................
85
TABELA 21
Composição química básica do produto Zeólita
Clinoptilolita (Celpec®) em porcentagem (%)......................
85
TABELA 22
Características físcias do produto Zeólita Clinoptilolita
(Celpec®) ..............................................................................
86
75
TABELA 1 Resumo da análise de variância para o coeficiente de digestibilidade
aparente da matéria seca (%) de gatos adultos, segundo os
tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
CDAMS
Tratamentos 6 16.8643686
Períodos 1 56.4928089
Tratamento*Período 6 19.0768396
Resíduo 26 11.4620974
P<α 0.2268
TABELA 2 Resumo da análise de variância para o coeficiente de digestibilidade
aparente da proteína bruta (%) de gatos adultos, segundo os
tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
CDAPB
Tratamentos 6 7.8486882
Períodos 1 122.0015339
Tratamento*Período 6 9.3475627
Resíduo 26 9.7909558
P<α 0.5776
76
TABELA 3 Resumo da análise de variância para o coeficiente de digestibilidade
aparente da matéria mineral (%) de gatos adultos, segundo os
tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
CDAMM
Tratamentos 6 84.2575571
Períodos 1 228.3460240
Tratamento*Período 6 125.7382913
Resíduo 24 84.494305
P<α 0.4497
TABELA 4 Resumo da análise de variância para energia metabolizável aparente
na matéria seca (kcal/kg) de gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
EMAMS
Tratamentos 6 19116.1393
Períodos 1 128568.0956
Tratamento*Período 6 18450.6669
Resíduo 26 13744.9537
P<α 0.2556
77
TABELA 5 Resumo da análise de variância para energia metabolizável aparente
na matéria natural (kcal/kg) de gatos adultos, segundo os
tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
EMAMN
Tratamentos 6 1429.774573
Períodos 1 6531.943680
Tratamento*Período 6 944.229610
Resíduo 26 687.01863
P<α 0.0903
TABELA 6 Resumo do teste de Wilcoxon para o consumo na matéria seca (g) por
refeição no teste de palatabilidade de gatos adultos entre os
tratamentos 375ppm YSC e 1,0% zeólita.
Tratamentos Soma de
escore
Esperado
sob H
0
Desvio padrão
sob H
0
Média de
escore
375ppm YSC 10574.0 10660.50 427.789808 102.660194
1,0% zeólita 10747.0 10660.50 427.789808 104.339806
Qui-quadrado 0.0409
P 0.8398
78
TABELA 7 Resumo da análise de variância para os valores de odor fecal
segundo ficha de avaliação de odor para gatos adultos, segundo os
tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Odor Fecal
Tratamentos 6 1.453254
Resíduo 35 0.090190
P<α <0.0001
TABELA 8 Resumo da análise de variância para os valores de escore fecal
segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Escore Fecal
Tratamentos 6 2.9111
Resíduo 98 0.5595
P<α 0.0001
TABELA 9 Resumo da análise de regressão para os valores de odor fecal para
Yucca schidigera, segundo ficha de avaliação de odor para gatos
adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Escore Fecal
P< α
R
2
Tratamentos 3 2.3182 0.000
Efeito linear 1 0.0187 0.635 0.27%
Efeito quadrático 1 0.6337 0.011 9.38%
Efeito cúbico 1 6.3021 0.000 100%
Resíduo 20 0.0807
79
TABELA 10 Resumo da análise de regressão para os valores de odor fecal para
zeolita, segundo ficha de avaliação de odor para gatos adultos,
segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Escore Fecal
P< α
R
2
Tratamentos 3 0.5382 0.0021
Efeito linear 1 0.0263 0.566 1.63%
Efeito quadrático 1 1.5300 0.000 96.39%
Efeito cúbico 1 0.0582 0.395 100%
Resíduo 20 0.0771
TABELA 11 Resumo da análise de regressão para os valores de escore fecal
para Yucca schidigera segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Escore Fecal
P< α
R
2
Tratamentos 3 0.8055 0.2953
Efeito linear 1 0.3333 0.472 13.79%
Efeito quadrático 1 0.0000 0.997 13.79%
Efeito cúbico 1 2.0836 0.076 100%
Resíduo 56 0.6369
80
TABELA 12 Resumo da análise de regressão para os valores de escore fecal
para zeolita segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Escore Fecal
P< α
R
2
Tratamentos 3 3.9444 0.0003
Efeito linear 1 2.7505 0.0226 23.24%
Efeito quadrático 1 9.0390 0.000 99.63%
Efeito cúbico 1 0.0438 0.775 100%
Resíduo 56 0.5286
TABELA 13 Resumo da análise de variância para a área de gás intestinal ao
raio-X em cm
2
para gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Área de gás
Tratamentos 6 0.3263
Períodos 1 0.3709
Tratamento*Período 6 0.1344
Resíduo 28 0.4923
P<α 0.6630
81
TABELA 14 Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo uréia
para gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Uréia
Tratamentos 6 71.9920
Períodos 1 1.9286
Tratamento*Período 6 25.7063
Resíduo 28 30.0238
P<α 0.0538
TABELA 15 Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
hemoglobina para gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Hemoglobina
Tratamentos 6 1.1742
Períodos 1 17.7450
Tratamento*Período 6 1.8055
Resíduo 28 2.3336
P<α 0.8005
82
TABELA 16 Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
bilirrubina indireta para gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
Bilirrubina Indireta
Tratamentos 6 0.0195
Períodos 1 0.1721
Tratamento*Período 6 0.2055
Resíduo 28 0.02558
P<α 0.6064
TABELA 17 Resumo do teste de Kruskal Wallis para o parâmetro sanguíneo
cretinina de gatos adultos segundo os tratamentos.
Tratamentos Soma de
escore
Esperado
sob H
0
Desvio padrão
sob H
0
Média de
escore
Controle 81.50 129.0 27.369710 13.583333
125ppm YSC 162.00 129.0 27.369710 27.000000
250ppm YSC 144.50 129.0 27.369710 24.083333
375ppm YSC 105.00 129.0 27.369710 17.500000
0,5% zeólita 174.00 129.0 27.369710 29.000000
0,75% zeólita 157.00 129.0 27.369710 26.166667
1,0% zeólita 79.00 129.0 27.369710 13.166667
Qui-quadrado 10.8364
P 0.0936
83
TABELA 18 Resumo da análise de variância para o parâmetro sanguíneo
hematócrito para gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
hematócrito urinário
Tratamentos 6 8.3787
Períodos 1 42.2002
Tratamento*Período 6 29.3186
Resíduo 28 20.6816
P<α 0.8693
TABELA 19 Resumo da análise de variância para o pH urinário de gatos
adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
pH urinário
Tratamentos 6 0.1766
Períodos 1 3.1762
Tratamento*Período 6 0.1630
Resíduo 28 0.2527
P<α 0.6527
84
TABELA 20 Resumo da análise de variância para o volume (mL) urinário de
gatos adultos, segundo os tratamentos.
Quadrado Médio
Fontes de variação
G.L.
pH urinário
Tratamentos 6 1291.6180
Períodos 1 4.8961
Tratamento*Período 6 1097.3882
Resíduo 28 1118.7191
P<α 0.3580
TABELA 21 Composição química básica do produto Zeólita Clinoptilolita
(Celpec
®
) em porcentagem (%).
Composição química (%)
SiO
2
63,00
TiO
2
0,45
Al
2
O
3
11,57
Fe
2
O
3
1,87
FeO 0,81
MgO 0,92
CaO 5,78
Na
2
O 2,39
K
2
O 1,49
P
2
O
5
0,09
H
2
O 3,44
85
TABELA 22 Características físicas do produto Zeólita Clinoptilolita (Celpec
®
).
Características físicas Unidade
Ponto de fusão 1300°C
Peso específico 2,1g.cm
-3
Densidade aparente 0,98g.cm
3
pH 7,6
Capacidade de troca catiônica (CTC) 1,57 meq/g
Cor Verde pistache
Granulometria 325
200
86
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
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