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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE DE
LAVOURAS CAFEEIRAS AGROQUÍMICA E ORGÂNICA NA
REGIÃO DA ALTA PAULISTA
JOSÉ EDUARDO FERREIRA GABRIEL
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Campus de
Botucatu, para obtenção dotulo de Doutor em
Agronomia - Área de Concentração em Energia
na Agricultura.
BOTUCATU - SP
Dezembro de 2009
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II
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE DE
LAVOURAS CAFEEIRAS AGROQUÍMICA E ORGÂNICA NA
REGIÃO DA ALTA PAULISTA
JOSÉ EDUARDO FERREIRA GABRIEL
Orientador: Prof. Dr. Elias José Simon
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Campus de
Botucatu, para obtenção dotulo de Doutor em
Agronomia - Área de Concentração em Energia
na Agricultura.
BOTUCATU - SP
Dezembro de 2009
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III
IV
V
Aos meus pais:
Luiz (in memorian) e Luzinete
À minha esposa:
Fátima
Aos meus filhos:
Eduarda, Mirela e Vitor
OFEREÇO
VI
AGRADECIMENTOS
Ao Criador, que me ajudou realizar um sonho, aprendendo muito no entrelaçar da minha
história em Botucatu - SP.
Ao Prof. Dr. Elias José Simon pela orientação e confiança na realização deste trabalho, por me
fazer aprender a seguir com independência.
Ao Prof. Dr. Ângelo Catâneo, pelo apoio, amizade e pelas valiosas contribuões na realização
deste trabalho.
À Faculdade de Ciências Agronômicas/ UNESP Campus de Botucatu, por acreditar na
realização deste trabalho fora do âmbito comum.
A todos os docentes e funcionários do Curso de Pós-Graduação da Faculdade Ciências
Agronômicas de Botucatu.
Aos amigos do curso de pós-graduação, pelo apoio nos detalhes do trabalho científico com
informações preciosas e por me fazer constatar que coisas boas retornaram no caminhar da
vida.
À minha esposa, Fátima e aos meus filhos, Eduarda, Mirela e Vitor pela presença, orações,
estimulo e bom humor;
À minha mãe Luzinete, pela confiança, perseverança e educação que foram essenciais para
minha formação pessoal e acadêmica.
Ao meu irmão Prof. Dr. Luiz Roberto Almeida Gabriel e ao meu sobrinho Prof. Dr. Luís
Roberto Almeida Gabriel Filho pelo apoio, amizade e pelas valiosas contribuições durante
todo este estudo.
VII
SUMÁRIO
Página
1 RESUMO ..............................................................................................................................01
SUMMARY ..........................................................................................................................04
2 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................07
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................12
3.1 Classificação do produtor de café ..........................................................................13
3.2 Descrição das propriedades estudadas e suas características principais..................13
3.3 Distribuição da renda do agricultor ........................................................................13
3.4 Produção de café no Brasil .....................................................................................16
. 3.5 Produção de café Estado de São Paulo...................................................................16
3.6 Vida útil dos cafezais e produtividade ...................................................................18
3.7 Café orgânico .........................................................................................................19
3.8 Agricultura orgânica ...............................................................................................23
3.8.1 Benefícios para o solo...............................................................................26
3.8.2 A certificação dos produtos orgânicos ....................................................27
3.8.3 Procedimentos proibidos na produção orgânica de vegetais ...................28
3.9 Agricultura agroquímica (convencional).................................................................30
3.10 Lucro para o produtor e para o meio ambiente.......................................................31
3.11 Média mensal dos preços recebidos pelos Produtores de café...............................34
3.12 Projetos cafeeiros desenvolvidos na região da Alta Paulista ................................36
3.13 Café Sustentável.....................................................................................................36
3.14 Os problemas da região da Alta Paulista................................................................38
3.15 Análise sócio-econômica e ambiental de agroecossistema cafeeiro......................39
3.16 Sustentabilidade econômica e ecológica da cafeicultura.......................................43
3.17 A produtividade da lavoura cafeeira .....................................................................48
3.18 A Rentabilidade da lavoura cafeeira .....................................................................48
4 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................49
4.1 Material .. ................................................................................................................49
VIII
4.1.1 Caracterização da região analisada ..........................................................51
4.2 Métodos ..................................................................................................................52
4.2.1 Considerações sobre o estudo realizado ..................................................53
4.2.2 Análise Estatística.....................................................................................54
4.2.2.1 Análises de variância, .................................................................54
4.2.2.2 Teste F de Snedecor ....................................................................55
4.2.2.3 Teste de Tukey............................................................................56
4.2.2.4 Teste de Kruskal-Wallis ............................................................56
4.2.2.5 Teste de Dunn ............................................................................57
4.2.3 Análise Matemática. .................................................................................57
4.2.4 Modelos Lineares de produtividade e rentabilidade da lavoura cafeeira..59
4.2.4.1 Estimação dos parâmetros...........................................................60
4.2.4.2 Características e variáveis do modelo matemático.....................61
4.2.4.3 A produtividade e rentabilidade acumulada...............................62
4.2.5 Planejamento da pesquisa de campo.........................................................63
4.2.5.1 Formulação do questionamento.................................................. 64
4.2.5.2 Metodologia de coleta de dados .................................................65
4.2.6 Apresentação dos resultados....................................................................65
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................................66
5.1 Análise Estatística....................................................................................................66
5.2 Análise Matemática..................................................................................................73
5.3 Produtividade e Rentabilidade Acumuladas dos sistemas cafeeiros.........................78
6 CONCLUSÕES ....................................................................................................................79
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................82
APÊNDICE I Metodologia da coleta de dados –
tabelas de dados de colheitas e plantio de cafés ..........................................................91
APÊNDICE II Metodologia da coleta de dados
tabelas de dados de custos de acordo com CONAB..................................................101
APÊNDICE III Metodologia calculo estatístico
1) Analise de Variância; 2) Modelagem Matemática – Aproximão de Curvas......131
IX
LISTA DE FIGURAS
Página
01. Renda Agrícola no Período de 1970 a 1980 .......................................................................14
02. Situação Financeira (capital) Agricultores 1993 por Categoria
(familiar e patronal) ............................................................................................................15
03. Produção de café (mil sacas de 60 kg beneficiadas) no estado de
São Paulo.............................................................................................................................17
04. Produtividade café (mil sacas de 60 kg beneficiadas)
no estado de São Paulo.......................................................................................................18
05. Diagrama emergético da produção agroquímica de café.....................................................44
06. Diagramação emergética da produção orgânica de café......................................................45
07. Boxplot para dados amostrais da análise da produtividade nos sistemas de produção
Agroquímico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente
aos blocos de produção das propriedades rurais em estudo...................................................68
08. Boxplot para dados amostrais da análise da produtividade nos sistemas de produção
Orgânico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente
aos blocos de produção das propriedades rurais em estudo.................................................69
09. Boxplot para dados amostrais da análise da rentabilidade nos sistemas de produção
Agroquímico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente
aos blocos de produção das propriedades rurais em estudo.................................................70
10. Boxplot para dados amostrais da análise da rentabilidade nos sistemas de produção
orgânico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente
aos blocos de produção das propriedades rurais em estudo................................................71
11. Gráficos das funções de produtividade Agroquímico (i ) e orgânico (ii)............................76
12. Gráficos das funções de rentabilidade Agroquímico (iii) e orgânico (iv)...........................77
13. Funções de produtividade realizadas elo software Mathematica........................................77
X
LISTA DE TABELAS
Página
01. Produção Nacional Necessária de Café...............................................................................16
02. Custo de produção para a cultura do café, 2008..................................................................32
03.Média mensal dos preços por saca recebidos pelos produtores de
café agroquímico em 2008....................................................................................................34
04. Média mensal dos preços por saca recebidos pelos produtores de
café orgânico em 2008..........................................................................................................34
05. Média mensal dos lucros por saca recebidos pelos produtores de
café orgânico e agroquímico em 2008................................................................................35
06. Propriedades integrantes da pesquisa- colheitas realizadas no período de 2003 a 2007.....50
07. Método de coleta de dados produtividade em propriedades produtoras de café.................51
08. Fluxograma da metodologia estatística e matemática com utilização de médias de
produtividade e rentabilidade das lavouras cafeeiras.................................................................52
09. Fluxograma da metodologia de coleta de dados, cálculos de médias de produtividade e
rentabilidade das lavouras cafeeiras e apresentação dos resultados..........................................53
10. Comparações múltiplas entre médias dos postos das amostras...........................................57
11. Definição das variáveis e suas relações...............................................................................61
12. Análise descritiva da produtividade de sacas de café por hectare nos blocos de produção
das propriedades rurais dos sistemas cafeeiros agroquímico e orgânico no período de 2003 a
2007. Alta Paulista Oeste do Estado de São Paulo....................................................................67
13. Análise descritiva da rentabilidade de sacas de café por hectare nos blocos de produção das
propriedades rurais em estudo relativamente aos sistemas cafeeiros agroquímico e orgânico no
período de 2003 a 2007..............................................................................................................70
14. Valores médios e desvio padrão da produtividade e rentabilidade de sacas de café por
hectare dos blocos de produção - classes de idade de cafezais (I, II, III, IV)............................72
15. Valores médios da produtividade e rentabilidade de sacas de café por hectare e estimativas
de valores iniciais dos parâmetros a, b e c.................................................................................75
16. Valores dos parâmetros a, b e c e funções de produtividade )(xP e rentabilidade )(xR ..75
XI
LISTA DE EQUAÇÕES
Página
01 Pm: Produtividade da lavoura cafeeira / hamodelo genérico (sacas por hectare) ...........48
02 Re: Retorno da lavoura cafeeira / ha. (lucro bruto da operação)..........................................48
03 Análises de variância............................................................................................................54
04 Teste F de Snedecor (MATOS, 2000)..................................................................................55
05 Teste de Tukey......................................................................................................................56
06 Teste de Kruskal-Wallis (ANOVA)......................................................................................56
07 )(xf : função produtividade )(xP ou rentabilidade média )(xR -modelo Hiperbólico........57
08 Pm: A produtividade da lavoura cafeeira – reta de regressão..............................................59
09 R
e
: Rentabilidade – reta de regressão - (lucratividade)...................................................59
10 Modelo teórico ou relão funcional genérico........................................ ..........................61
11 Modelo matemático – P(x): Produtividade media do agricultor ..........................................61
12 Modelo matemático - R(x): rentabilidade média do agricultor............................................61
13
A
P : produtividade acumulada até a idade do cafezal n;.......................................................62
14
A
R : rentabilidade acumulada até a idade do cafezal n.........................................................63
XII
LISTA DE ABREVIATURAS
Abreviaturas Significados
CONAB Companhia Nacional de Abastecimento
IBC Instituto Brasileiro do Café
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ABIC Associação Brasileira da Indústria de Café
IAC Instituto Agronômico de Campinas
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa
IBD Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento
AAO/SP Associação de Agricultura Orgânica
OCN Órgãos Colegiados Nacional
IFOAM International Federation of Organic Agriculture Moviments
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo,
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
CCCC, Common Codes for the Coffee Community (Códigos Comuns para a
Comunidade Cafeeira)
GTZ German Technical Cooperation - organização de cooperação
internacional da Alemanha
PRONAF. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
1 RESUMO
Diversos estudos realizados com sistemas orgânicos têm mostrado a
viabilidade e sustentabilidade ecológica, social e econômica desses agroecossistemas,
principalmente pela sua alta capacidade de resiliência, confiabilidade, auto-suficiência e
produtividade, ao contrário dos sistemas agroquímicos (convencionais) de produção.
Alguns estudos concluíram que o modelo agroquímico existe pouca
interação entre os fluxos de energia interna, basicamente a lavoura recebe todos os insumos
para a produção não havendo aumento na “qualidade energética” interna ao sistema.
No entanto, o modelo orgânico de produção apresenta maior interação
entre os diferentes recursos existentes no sistema. A maior utilização de insumos externos na
produção agroquímica obriga, em contra partida, maiores gastos de capital pelos produtores
relativos à contratação de financiamentos para compra dos materiais, o que acaba por criar um
ciclo de dependência dos produtores por financiamentos externos e aumentando
consideravelmente os custos finais de produção.
As atuais crises econômica e ecológica, expõem a insustentabilidade
do padrão produtivo da agricultura desenvolvida de forma industrializada, evidenciando à
depenncia dos países do primeiro mundo na importação de commodities agrícolas
produzidas no terceiro mundo, dentre elas, o café. Agravando-se o problema no Brasil que
também existe uma demanda reprimida no mercado interno.
2
Diante destes fatos desenvolveu-se uma pesquisa para identificar os
problemas na região da Alta Paulista, Oeste do Estado de São Paulo, com relação aos sistemas
de produção de café.
Atualmente, os problemas fundamentais, de acordo com a pesquisa
realizada, dos agricultores nesta região, residem: (i) na escolha de um sistema de produção
corretamente viável (ambiental, social e ecomicamente) agroquímico ou orgânico e (ii) no
método de avalião de investimentos mais seguro, pois os recursos são escassos e os riscos
enormes.
Os objetivos deste estudo são analisar a produtividade, a rentabilidade
e os aspectos cio-econômicos, ambientais e energéticos; efetuar comparações dos sistemas
de produção de café orgânico e agroquímico e realizar avaliações de investimentos no período
de 2003 à 2007, em trinta propriedades produtoras, localizadas nesta região, com a finalidade
de apontar o sistema de produção que apresenta a maior viabilidade.
De acordo com a metodologia da CONAB, os dados coletados foram
registrados em planilhas eletrônicas para serem utilizados como variáveis nos modelos de
análises estatística e matemática.
Utilizando-se os métodos estatísticos, desenvolveram-se, a análise
descritiva dos dados de produtividade e rentabilidade, denominado análise de variância, teste
F de Snedecor, para dados que apresentavam distribuição normal, com posterior comparação
de dias pelo teste de Tukey. Para os dados com distribuição não-normal, utilizou-se o teste
o paramétrico de Kruskal-Wallis, com posterior comparação de medianas pelo teste de
Dunn.
A análise matemática das curvas foram elaboradas com o software
Origin for Windows 6.0, que utiliza métodos numéricos para ajuste dos dados fornecidos à
uma função de parâmetros variáveis. A curva objetivou criar uma lei que descreva a
produtividade e rentabilidade de cada sistema cafeeiro. A solução do sistema foi determinada
através do software Mathematica 5.2. Foram mediante esses métodos que se encalçou a
capacidade de inferências explicativas da pesquisa.
Utilizando-se principalmente do diálogo semi-estruturado, valorizando
o conhecimento empírico adquirido pelos agricultores. Ao contrário dos sistemas
3
convencionais de produção, o sistema orgânico evidenciou a viabilidade do modelo de
produção nas dimensões produtiva, ecológica e econômica do ideal de sustentabilidade.
Quando se analisa a quantidade de biomassa produzida no sistema
orgânico verifica-se um valor muito superior em relação ao sistema convencional. A
produtividade média do sistema orgânico (17,1 scs/ha) está abaixo da produtividade média
brasileira do café convencional (18,9 scs/ha). No entanto, quando se analisa a rentabilidade do
sistema orgânico verifica-se um valor muito superior em relação ao sistema convencional.
Com os testes, produtividade e rentabilidade, realizados através das
análises quantitativas, foi possível revelar o sistema de produção que possui maior viabilidade
econômico-financeira. Portanto, a modelagem quantitativa sugerida, poderá ser usada na
avaliação destes investimentos, proporcionando maior segurança, ao agricultor, no momento
da decisão.
A modelagem quantitativa demonstrou a viabilidade dos sistemas de
produção. De acordo com os resultados apresentados o sistema de produção orgânico é o que
apresenta a maior viabilidade econômico-financeira para os agricultores nesta região.
Palavras chave: café orgânico, modelagem quantitativa, rentabilidade cafeeira.
4
ANALYSIS OF PRODUCTIVITY AND PROFITABILITY OF COFFEE CROPS
AGROQUIMICA AND ORGANIC IN THE HIGH PAULISTA. Botucatu, 2009. 143p.
Tese (Tese em Agronomia, Área de Concentração - Energia na Agricultura) - Faculdade de
Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
Author: JOSÉ EDUARDO FERREIRA GABRIEL.
Adviser: Prof. Dr. ELIAS JOSÉ SIMON.
SUMMARY
Several studies of organic systems have shown the feasibility and
ecological, social and economic sustainability such agroecosystems, mainly because of its
high resilience, reliability, self-sufficiency and productivity, in contrary to chemicals
(conventional) production.
Some studies have concluded that the agrochemical model there is
little interaction between the flow of internal energy, basically the crop receives all the inputs
for production with no increase in "energy quality" inside the system.
However, the organic model of production has increased interaction
between the different resources in the system. The increased use of external inputs in the
agrochemical production forces, although, higher capital spending by producers concerning
the employment of funding for purchase of materials, which ultimately create a cycle of
dependence on external financing by producers and increasing costs considerably final
production.
The current economic and ecological crises expose the unsustainable
pattern of production of agriculture developed in an industrial manner, showing the
dependence of the leading industrial countries on imports of agricultural commodities
produced in the third world, among them coffee. Compounding the problem in Brazil that
there is also a pent-up demand in the domestic market.
5
Given these facts, developed a survey to identify problems in the
region of High Paulista, west of the State of São Paulo, in relation to production systems of
coffee.
Currently, the fundamental problems, according to the survey, farmers
in this region reside: (i) the choice of a production system correctly viable (environmentally,
socially and economically) agrochemical or organic and (ii) the method of investment
appraisal safer because resources are scarce and the risks enormous.
The objectives of this study are to analyze the productivity,
profitability and the socio-economic, environmental and energy aspects; make comparisons of
production systems of agro-organic coffee and carrying out investments in the period 2003 to
2007, on thirty-producing farms located in this region, in order to point the production system
that has the highest viability.
According to the methodology of CONAB, the data collected were
recorded on spreadsheets to be used as variables in models of statistical and mathematics
analysis.
Using statistical methods have been developed, the descriptive
analysis of productivity and profitability, called analysis of variance, Snedecor's F test, for
data that show a normal distribution, with subsequent comparison of means by Tukey test. For
data with non-normal distribution, we used the nonparametric Kruskal-Wallis, with subsequent
comparison of medians by the Dunn test.
The mathematical analysis of the curves were prepared with the
software Origin for Windows 6.0, which uses numerical methods to adjust the data to a
function of variable parameters. The curve was aimed to create a law that describes the
productivity and profitability of each system coffee. The solution of the system was
determined using the software Mathematica 5.2. Been through these methods they tracked
down the ability of inferences explanatory research.
Using mainly the semi-structured dialogue, valuing the empirical
knowledge acquired by farmers. Unlike conventional systems of production, the organic
system showed the feasibility of the production model in the dimensions productive,
ecological and economic sustainability of the ideal.
6
When analyzing the amount of biomass produced in the body system
there is a much higher value compared to the conventional system. The average productivity
of organic systems (17.1 scs / ha) is below the national average productivity of conventional
coffee (18.9 scs / ha). However, when analyzing the profitability of the organic system there is
a much higher value compared to the conventional system.
Through testing, productivity and profitability, achieved through
quantitative analysis, it was possible to reveal the production system that has greater economic
and financial viability. Therefore, the quantitative modeling suggested, could be used to
evaluate these investments, providing greater security to the farmer at the time of decision.
The quantitative modeling demonstrated the viability of production
systems. According to the results of the organic production system is the one with the greatest
economic and financial viability for farmers in this region.
Keywords: organic cofee, quantitative modeling, profitability coffee.
7
2 INTRODUÇÃO
A colonização do Estado de São Paulo teve como marco histórico a
lavoura cafeeira, que foi responsável pela criação e desenvolvimento econômico e social de
diversas cidades, por longo período. Atualmente, o espaço que foi ocupado por essa lavoura
encontra-se em pleno retrocesso, principalmente pela opção da cultura da cana-de-açúcar.
O café gerou riqueza no Estado de São Paulo ao longo do século
passado, a infra-estrutura econômica ficou centrada quase que exclusivamente no desempenho
produtivo desta cultura. Como resultado, ainda hoje persiste uma situação de dependência
extrema, em que as oscilações decorrentes das variações da produção e dos valores cotados
nos mercados internacionais se refletem diretamente na economia estadual, conseqüentemente,
também, na economia de muitos municípios. Assim, o café, que possibilitou a formação de
riquezas no estado, também foi causa de profundas crises sociais e econômicas. Foram
marcantes principalmente as crises de 1929, a baixa dos preços da década de 60 e início de 90
e as geadas de 1975 e 1994.
Para minimizar a dependência de uma só cultura e diversificar as
alternativas ecomicas, as lideranças estaduais tentaram implantar outras culturas umas com
sucesso e outras não obtiveram o desenvolvimento esperado. Como resultado, nesse cenário de
escassas alternativas para estimular o desenvolvimento no estado, e ainda considerando a larga
experiência dos produtores de café, o predonio de pequenas e médias propriedades, a
8
exisncia de uma infra-estrutura disponível e topografia favorável à cultura, algumas
lideranças municipais estabeleceram como política blica estimular a recuperação dos
cafezais em seus municípios, após a geada de 1975, cujos resultados são constatados na
elevação da área e na produção em 1985.
Nos primeiros anos da década de 90, o setor passa por turbulências
significativas, devido a diferentes fatores. Em julho de 1990, com a extinção do Instituto
Brasileiro do Café (IBC), que tinha a incumbência de regulamentar e traçar a política para o
setor, houve uma fase de desorganização dos setores envolvidos.
Acresce-se ainda nesse período uma grande queda dos preços
internacionais, o que reduziu drasticamente a lucratividade do produtor. Em 1994, em plena
fase de recuperação do setor, com o início da elevação dos preços ocorrem problemas
climáticos com geadas, seguido de estiagem, que acabam por reduzir a safra, em cerca de
40%, em relação à safra anterior.
Sem uma potica de financiamento à comercialização os produtores
o se beneficiaram dos preços elevados pela escassez. Assim, a safra brasileira de 1995/96
foi inferior à soma das necessidades doméstica e externa, o que contribuiu para elevar ainda
mais os preços internacionais (VEGRO, 1997). Esse contexto de preços favoráveis ao setor
(1994-99) levou a uma nova expansão da cultura do café no Estado, agora associada a uma
profunda mudança tecnológica. Assim, o café tem mantido sua importância para a economia
do estado, apesar da crise de preços deprimidos, na safra 1999/00.
As atuais crises econômica e ecológica, expõem a insustentabilidade
do padrão produtivo da agricultura desenvolvida de forma industrializada, evidenciando à
depenncia dos países do primeiro mundo na importação de commodities agrícolas
produzidas no terceiro mundo, dentre elas, o café, agravando-se o problema no Brasil que
também existe uma demanda reprimida no mercado interno.
Esse fato vem chamando a atenção para a convergência de três grandes
dilemas descritos por Petersen & Almeida (2008) com os quais a humanidade se depara: o
primeiro se refere ao aumento exponencial dos preços do petróleo e suas implicações diretas
sobre os custos dos agroquímicos, o segundo está ligado aos impactos ainda imprevisíveis das
mudanças climáticas sobre a produção alimentar; o terceiro é a degradação e a perda em
ritmos acelerados da agrobiodiversidade, dos solos e dos recursos hídricos em função do
9
emprego de todos predatórios de produção agrícola que vêm sendo subsidiados décadas
pela energia barata do petróleo.
Os desequilíbrios no ecossistema agrícola provocados pela
monocultura induziram os procedimentos técnicos que definem o chamado “pacote”
tecnológico da agricultura moderna (Borges Filho, 2005). Segundo Romeiro (1998), na
natureza, diversidade é sinônimo de estabilidade, e, quanto mais simplificado for um
determinado ecossistema, maior a necessidade de fontes de energia para manter o equilíbrio.
Esse modelo de exploração agrícola de larga escala iniciado através da
modernização da agricultura têm no bojo de seu processo produtivo um manejo insustentável e
dificilmente poderão implementar as múltiplas dimensões da sustentabilidade (ecológico,
econômico, social, cultural, ético e potico) se não iniciarem uma mudança gradual no manejo
das lavouras, nas relações sociais e econômicas existentes nas unidades de produção.
Ao contrário dos sistemas convencionais de produção, estudos
realizados com sistemas orgânico ou agroflorestais (Macedo & Pereira, 2000; Peneireiro et al.
2000; Reis & Hildebrand, 2000) têm mostrado a viabilidade e sustentabilidade ecológica,
social e ecomica desses agroecossistemas, dadas principalmente pela sua alta capacidade de
resiliência, confiabilidade, auto-suficiência, produtividade.
Segundo Veiga (2003), pode-se dizer que todas as definições de
agricultura sustentável transmitem a visão de um futuro padrão produtivo de alimentos, fibras
e matérias-primas energéticas que garanta a manutenção, no longo prazo, dos recursos naturais
e da produtividade agropecuária; o nimo de impactos adversos ao ambiente; retorno
adequado aos produtores; otimização da produção com um mínimo de insumos externos;
satisfação das necessidades humanas de alimentos e renda; atendimento às demandas sociais
das famílias e comunidades rurais.
A prática do cultivo do cafeeiro a pleno sol tem acarretado problemas
como a super produção e o conseqüente esgotamento das plantas, durante os primeiros anos,
até que o auto-sombreamento diminua esse efeito (Voltan et al, 1992 apud Righi, 2005).
Entre os principais impactos para implantação dos monocultivos de
café estão o alto índice de desmatamento da Mata Atlântica e do Cerrado, a perda da
biodiversidade faunística e florística, a contaminação e diminuição dos recursos hídricos pelo
constante uso dos agroquímicos e destruição das matas ciliares, e as intoxicações e mortes de
10
homens ocasionadas pelos agrotóxicos. Além de causar o empobrecimento do solo e o
aparecimento de pragas e doenças que prejudicam severamente as lavouras.
A associação de cafeeiros com espécies arbóreas pode significar uma
diversificação da fonte de renda do produtor, além de apresentar outros benefícios tais como:
proteção contra geadas, redução da bienalidade e, portanto, maior estabilidade da produção,
redução da incidência de plantas daninhas, do bicho-mineiro (Campoe et al., 2003a e b apud
Righi, 2005), e da seca dos ponteiros (Lunz et al., 2004 apud Righi, 2005).
Diante destes fatos desenvolveu-se uma pesquisa para identificar os
problemas na região da Alta Paulista, Oeste do Estado de São Paulo, com relação aos sistemas
de produção de café. Atualmente, os problemas fundamentais, de acordo com a pesquisa
realizada, dos agricultores nesta região, residem: (i) na escolha de um sistema de produção
mais rentável, agroquímico ou orgânico e (ii) no método de avaliação de investimentos mais
seguro, pois os recursos são escassos e os riscos enormes.
Dada a atual crise ecológica da cafeicultura convencional
(agroquímica), o presente trabalho teve como objetivos analisar, a produtividade, a
rentabilidade, os aspectos cio-econômicos, ambientais e energéticos; efetuar comparações
dos sistemas de produção de café orgânico e agroquímico e realizar avaliações de
investimentos no período de 2003 a 2007, em trinta propriedades produtoras, localizadas nesta
região (Alta Paulista, Oeste do Estado de São Paulo), com a finalidade de apontar o sistema de
produção que apresente a maior viabilidade ao produtor, para que as lideranças estaduais e
municipais possam priorizar e ajustar os projetos às reais necessidades dos municípios
paulistas, que produzem ou venham a produzir o café.
Qual será o motivo da análise quantitativa e qualitativa da lavoura
cafeeira agroquímica e orgânica na Alta Paulista? Para conhecimento da verdadeira situação
econômico-financeira dos agricultores de café na região. Os indícios da pesquisa: vantagens e
benefícios dos investimentos na cafeicultura para o agricultor e consequentemente para região.
As hipóteses levantadas na presente pesquisa: o sistema de produção
de café agroquímico apresenta a maior produtividade? O sistema de produção de café orgânico
apresenta a maior rentabilidade? O sistema de produção orgânico é o mais viável, a longo
prazo, para o agricultor da Alta Paulista?
11
Conhecer melhor esta realidade é essencial para estabelecer poticas
públicas de desenvolvimento ao setor.
12
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo, inicialmente, faz-se a descrição das propriedades
estudadas e suas características principais. Com o intuito de avaliar os sistemas de produção
cafeeiros, agroquímico e orgânico, em pequenas propriedades que apresentam características
semelhantes de produção. A seguir são descritos os parâmetros que podem interferir na
produção bem como na produtividade.
Devido às diferenças dos sistemas de produção de café (agroquímico e
orgânico), na alta Paulista, Oeste do Estado de São Paulo, faz-se necessário estudar os vários
tipos, para realização da análise matemática e estatística de produtividade e rentabilidade das
propriedades em estudo.
Por fim, a estruturação de um método capaz de avaliar a situação de
produtividade e rentabilidade das propriedades é caracterizada com picos de cálculo, bem
como a demonstração do melhor sistema de produção para o pequeno agricultor.
3.1 Classificação do produtor de café
13
Segundo o Banco Central do Brasil, 2006, a classificação de produtor
rural é a seguinte: Agricultura Familiar (B, C, D e E), em função da receita da propriedade
rural, que vai de R$ 3.000,00 a R$ 46.000,00 por ano. Pequeno Produtor: de R$ 110.000,00
até R$ 250.000,00 por ano. Médio: acima de R$ 250.000,00 por ano.
Para fins de enquadramento no crédito rural, conforme normativos do
Banco Central do Brasil, a classificação do porte do produtor rural é baseada em vários
parâmetros, dentre os quais podem ser destacados como principais: 1. a receita bruta anual da
propriedade ou propriedades de que o produtor detenha a posse; 2. o número de módulos
rurais - referente à área – destas propriedades e o número de empregados fixos que possuam.
De modo geral, são considerados pequenos ou mini produtores rurais
aqueles que não ultrapassem a receita bruta anual de R$ 100.000,00 (cem mil reais); não
detenham a posse de área superior a 15 (quinze) módulos fiscais e possuam no máximo 02
(dois) empregados fixos.
3.2 Descrição das propriedades estudadas e suas características principais
As propriedades pesquisadas foram de pequeno e médio porte no que
se refere a sistema de produção, segundo classificação do Banco Central do Brasil. Conforme
entrevistas realizadas os produtores apresentam características semelhantes, quanto à
utilização recursos, preparo e adubação do solo. Diferenciando no sistema de produção
agroquímico e orgânico.
3.3 Distribuição da renda do agricultor
O Censo Agropecuário do IBGE revela que em 1985, os
estabelecimentos rurais com área inferior a 10 hectares ocupavam apenas 2,6% das terras e
representavam 52,8% do total de estabelecimento agrícolas. Por outro lado, os
estabelecimentos de mais de 1000 ha, embora correspondente a menos de 1,0% do total,
ocupavam 44,8% da área total.
14
Com relação à distribuição da renda, o processo de empobrecimento
foi rápido. O segmento dos 50% mais pobres que detinha, em 1970, 22,4% da renda agrícola,
em 1980, passou a deter apenas, 14,9%, enquanto que, no mesmo período, o segmento dos 1%
mais ricos passou de 10,5% para 29,4% da renda agrícola (VEGRO, 1997).
Figura 1. Renda Agrícola no Período de 1970 a 1980.
Fonte: VEGRO, 1997.
O resultado dessa situação apresentada na figura 1, tem se refletido,
de maneira geral, apesar do aumento na produção global, no agravamento do desemprego (no
campo e na cidade), no aumento dos preços dos alimentos, na degradação do meio ambiente e
na ocupação desordenada do território nacional. Outros problemas estão também vinculados
ao modelo, como a queda na qualidade biológica dos alimentos e o progressivo
desaparecimento das tradições culturais no meio rural.
Estudos mais recentes de Vegro, 2000, mostram que, do total estimado
de 5,8 milhões de estabelecimentos agrícolas, cerca de 1,4 milhão pertencem à categoria
patronal e aproximadamente 1,1 milhão são unidades do tipo familiar, com uma situação
estabilizada em termos de capitalização e nível tecnológico da exploração.
15
Figura 2. Situação Financeira (capital) Agricultores por Categoria (familiar e patronal).
Fonte: VEGRO, 2000.
Os restantes 3,3 milhões são estabelecimentos, também do tipo
familiar, mas que, em maior ou menor intensidade, apresentam problemas de descapitalização
e acesso a crédito, baixa inserção no mercado, precariedade de posse da terra, superfície útil de
exploração limitada, pouco ou nenhum acesso à assistência técnica e a outros serviços de
apoio, baixo nível de capacidade e debilidade organizativa.
As unidades agrícolas familiares ocupam aproximadamente 14
milhões de pessoas (56% do ativo total) são responsáveis por quase 40% do valor total da
produção agropecuária nacional, mas ocupam apenas 22% da área total e recebem apenas 16%
do valor dos financiamentos.
um enorme potencial de viabilização de boa parte dessas 3,3
milhões de unidades não consolidadas, desde que políticas blicas diferenciadas sejam
implementadas em apoio às necessidades e recursos desse segmento.
Para contribuir para essa tarefa, há necessidade de programas que
direcione sistemas de produção na Agricultura Familiar. A criação de um programa somente
trará frutos se os processos da nossa agricultura até então marginalizado das poticas de
desenvolvimento rural, forem reavaliados e redefinidos em sua forma estrutural, de modo
especial pela pesquisa.
De uma maneira geral, para o efetivo aproveitamento dessas
16
potencialidades, o programa de pesquisa precisará bem mais que os demais programas de
pesquisa, incorporar à visão ecomica, uma visão social e outra ecológica, de modo a que
seja possível priorizar a produção de alimentos para grandes centros urbanos, reter o maior
número possível de empregos no campo, preservar o meio ambiente, permitindo, ao mesmo
tempo, a elevação do padrão de vida dos agricultores e de suas famílias.
Dessa forma, este trabalho estruturado levou em consideração os
fatores econômico-sociais-ambientais relacionados à organização dos produtores de café na
Alta Paulista, região Oeste do Estado de São Paulo, que puderam ser quantificados e
qualificados.
3.4 Produção de café Brasil
A quantidade de 33,5 milhões de sacas é a necessidade anual de café
no Brasil para cumprir todos os seus compromissos. Em média, conforme o Link Produção de
Café no Brasil por Estado, o Brasil está produzindo 25 milhões de sacas. A diferea tem sido
coberta pelo governo através de leilões dos estoques oficiais, principalmente para atender o
consumo interno. A produção nacional de café no Brasil encontra-se na tabela 1.
Tabela 1. Produção Nacional Necessária de Ca
Milhões de Sacas
Exportação Nacional Média 17,0
Consumo Interno de Café 12,5
Consumo Café Solúvel 4,0
Total 33,5
Fonte: ABIC, 2008
. 3.5 Produção de café Estado de São Paulo
A produção de café no Estado de São Paulo no período de 2003 a 2007
em média pode ser observada na Figura 3, verifica-se que a produção média das cinco últimas
17
safras (2002/2003); (2003/2004); (2004/2005); (2005/2006) e (2005/2007) foi de 4,4 miles
sacas de cafés beneficiados.
Figura 3. Produção de café (mil sacas de 60 kg beneficiadas) no estado de São Paulo
Fonte: ABIC, 2008- Convênio MAPA - S.P.C / CONAB
Verifica-se, de acordo com a figura 4, que a produtividade média das
cinco ultimas safras (2002/2003); (2003/2004); (2004/2005); (2005/2006) e (2005/2007) foi de
21 sacas de cabeneficiado por hectare no Estado de São Paulo, portanto considerou-se o
fenômeno da bienalidade da produção de café (ABIC, 2008).
18
Figura 4. Produtividade café (mil sacas de 60 kg beneficiadas) no estado de São Paulo
Fonte: ABIC, 2008- Convênio MAPA - S.P.C / CONAB
3.6 Vida útil dos cafezais e produtividade
O de café leva em dia três anos para começar a produzir. Tem
vida útil de até 15 anos. Mas uma poda especial quando a planta atinge entre 10 e 11 anos
pode dobrar a vida útil (IAC, 2009).
Segundo a Embrapa, até o ano de 2019, os cafeicultores
brasileiros poderão ver a produtividade das suas lavouras sair dos atuais 17 a 19 sacas para 30
a 32 sacas por hectare. No futuro, eles o plantar o café desenvolvido a partir do projeto
brasileiro de genoma do café, o maior banco de dados do mundo sobre a genética da planta.
Pesquisadores vão identificar a função dos genes e transportar os
melhores para variedades comerciais. As pesquisas da Embrapa elaboraram no Projeto
Genoma Café, um banco de dados com 32 mil genes.
As lavouras brasileiras de café terão condições de dobrar sua
produtividade dentro de dez anos. Os agricultores também poderão replantar o café a cada 30
anos em vez de ter que fazê-lo a cada 15 anos.
19
As duas vantagens devem ser obtidas assim que os cafeicultores
brasileiros começarem a utilizar as variedades produzidas a partir de Projeto Genoma Ca
(EMBRAPA. 2008).
3.7 Café orgânico
O grupo de consumidores de produtos naturais, cada vez mais
numeroso, procura produtos cultivados através de práticas que não agridam o meio ambiente.
Isso significa uma demanda não por produtos que não recebam cargas de agrotóxicos, mas
também aqueles produzidos através de tecnologias que não contaminam o ambiente, não
causam erosão do solo e assoreamento de rios, dilapidando os recursos naturais. O consumidor
deve ser informado de que quando está comprando um produto orgânico, além de estar
utilizando na sua alimentação um produto de qualidade sem resíduos de agroxicos, sua
produção não determinou agressões ao meio ambiente (CAIXETA, 2005).
O mercado para o café orgânico, especificamente, tem crescido
sensivelmente, principalmente no exterior, oferecendo boa demanda pelo produto, e preços
mais altos que os pros pagos pelo produto convencional. Além disso, o cultivo de café
orgânico livra quem trabalha na lavoura, do contato com produtos xicos, e reduz os custos
resultantes da compra destes produtos (THEODORO, 1999).
Produzir o café orgânico é uma filosofia de vida ética; é também uma
busca contínua pela qualidade de vida do ser humano e da natureza como um todo.
Não se pensa no solo apenas como um substrato de sustentação da
planta, e sim como um ser vivo, onde bilhões de micro-vidas são preservadas e estimuladas a
fertilizarem o solo que propiciarão às plantas o necessário para sua produção equilibrada
(CAIXETA, 2005).
Isto faz da cafeicultura orgânica um meio transformador, do que foi
danificado pelo uso excessivo, prejudicial e descontrolado de produtos altamente destrutivos
da micro-vida do solo e do meio ambiente.
20
Esta ação restauradora para uma cafeicultura sustentável, tecnicamente
sólida, economicamente viável, socialmente desejável e mundialmente competitiva é o desejo
e anseio de todo produtor (CAIXETA, 2005).
O chamado "mercado verde" internacional vem exigindo há cerca de
sete anos, produtos orgânicos produzidos de acordo com os princípios da agricultura orgânica:
o primeiro é a não utilização de agrotóxicos, que desequilibram o agroecossistema, e o
segundo é que os sistemas de produção orgânicos geram um equilíbrio solo/planta pelo uso da
matéria orgânica, produzindo plantas mais resistentes às pragas e doenças (THEODORO,
1999).
Grande parte das técnicas propostas pela agricultura orgânica estão
sendo aplicadas ao cultivo de café, obtendo-se produções satisfatórias principalmente na
região Sul de Minas Gerais e interior de São Paulo.
O café orgânico é um tipo de café produzido de maneira especial, sem
a utilização de agroxicos e adubos de alta solubilidade, que são substituídos por subprodutos
da reciclagem da matéria orgânica vegetal e animal, utilizando dejetos de animais,
biofertilizantes, polpa e casca de café, compostos, húmus de minhoca, etc. Vale ressaltar que a
agricultura orgânica não representa fórmulas milagrosas, e sim o aproveitamento de todos os
resíduos vegetais e animais dentro do organismo agrícola (THEODORO, 1999).
Atualmente, quase toda a produção do café orgânico se destina ao
mercado internacional (principalmente Japão, Estados Unidos e Europa), onde consegue um
preço entre 40% e 50% superior ao café convencional.
A única exigência dos importadores é a certificação que garante a
origem orgânica dos produtos, concedida pelo Instituto Biodinâmico (IBD-Botucatu/SP), pela
Associação de Agricultura Orgânica (AAO/SP) e outras.
O volume do café orgânico produzido (em torno de 40-45 mil
sacas/99) no Brasil ainda o é representativo, mas o esforço dos produtores pioneiros em
adquirir conhecimento sobre técnicas agrícolas que atendam aos principais objetivos do
desenvolvimento sustentável, é recompensado pela preservação do meio ambiente e o bem
estar dos trabalhadores e dos consumidores que são a motivação principal.
E foi nesse sentido que foi criada na cidade de Mococa, em São Paulo,
em março de/98, a Associação de Cafeicultura Orgânica do Brasil (Acob), representada por
21
produtores de café orgânico do Estado de São Paulo e Minas Gerais, que juntamente com a
Universidade Federal de Lavras, representada pelos membros da "E.C.O." (Equipe de
Cafeicultura Orgânica) vinculada ao Necaf/Ufla (Núcleo de Estudos em Cafeicultura),
promoverão pesquisas nas áreas de nutrição, pragas, doenças e qualidade de bebida, no sentido
de aprimorar técnicas de produção do cafeeiro em sistemas orgânicos e comprovar a
viabilidade das mesmas.
A viabilidade econômica do café orgânico é avaliada caso a caso,
dependendo da realidade de cada propriedade. A velha fórmula do "café com leite" vem sendo
utilizada para reduzir os custos de produção em fazendas do Estado de São Paulo e Minas, e a
produtividade média dessas lavouras orgânicas vem acompanhando as outras lavouras
convencionais (THEODORO, 1999).
Além da cafeicultura, as fazendas criam gado de leite, que fornece o
adubo necessário para a produção de húmus enriquecido. As variedades de camais usadas
são a Icatu e a Catuaí, resistentes à ferrugem. As mudas são selecionadas e produzidas nas
próprias fazendas, e o controle de pragas e doenças é feito utilizando-se caldas e extratos
recomendados pelas normas técnicas. A opção pelo café orgânico deve ser bem pensada e
estudada com cautela, para não haver decepção. O cafeicultor deveincorporar uma série de
princípios, começando pelos interesses ecomicos de curto prazo para ser considerado como
produtor orgânico. O objetivo é a melhoria da qualidade de vida do produtor, sua
produtividade, renda e obter um produto diferenciado. Para o Brasil, é uma ótima
oportunidade para melhorar sua imagem no mercado internacional e para que, em algumas
regiões, o café volte a ocupar parte da área de terras nobres, incentivando a agricultura familiar
(THEODORO, 1999).
Segundo Theodoro, 1999, considerando os valores econômicos obtidos
em sua pesquisa, concluiu que as despesas com os recursos variáveis o as que mais
oneraram o custo final de se produzir caorgânico. Os itens que mais afetaram o custo de
produção de café foram à formação de lavoura, no caso dos recursos fixos, e os gastos com a
mão-de-obra, principalmente a mão-de-obra temporária, originária da situação de parceria.
Desde a sua descoberta pelo homem, o café assume importante papel
na economia e na vida dos povos que o cultivam. No mundo são muitos os países produtores
de café, sendo na maioria países em desenvolvimento e com situação ecomica pouco
22
estável, tendo na cafeicultura a sua principal fonte de renda e divisas, contrastando com os
principais países consumidores, exceto o Brasil, que são países desenvolvidos e
economicamente estáveis. A maioria da produção é exportada principalmente para os países
desenvolvidos da Europa, Ásia e América do Norte, onde o seu comércio mundial movimenta
uma soma de valores que só perde para o comércio mundial de petróleo.
Segundo Araújo (2004), a comercialização mundial movimenta uma
considerável soma de dinheiro e US$ 44 bilhões são gerados anualmente pelo café, através do
seu complexo agroindustrial em todo o mundo.
Segundo Guimarães (1997), o Brasil é historicamente o maior produtor
e exportador mundial, apesar de ter perdido ao longo da história uma grande parcela do
mercado. Aqui se produz basicamente dois tipos de café o Coffea arábica L. (café arábica) e a
espécie Coffea canephora (café robusta); cerca de 80% do total produzido é de cultivares da
espécie Coffea arábica L., e os 20% restantes, da espécie Coffea canephora.
A principal rego produtora é o centro-sul, onde se destaca Minas
Gerais, que é a principal região cafeeira do País. O café é produzido em todas as regiões do
Estado, sendo a região Sul de Minas Gerais a principal região produtora, responsável por
grande parte das lavouras cafeeiras e pela maior parte da produção total de café, além de
possuir um clima apropriado para o cultivo da cultura e uma adequada estrutura para produção
e comercialização desta.
A cafeicultura nacional apresenta características próprias de cultivo e
vem passando por diversas evoluções na área agronômica, mercadológica e comercial, que se
apresentam em tendências que deverão delinear o futuro da atividade.
As principais evoluções da cafeicultura brasileira foram ocasionadas
pelo mercado, que passou a exigir cafés de qualidade e, com isso, delineou uma tendência de
fortalecimento da imagem do produto nacional no mercado internacional, através de marcas
características e selos promocionais, garantindo nichos próprios para o seu produto.
Ressaltam-se, também, o aumento da oferta de várias derivações, oriundos do café, como café
orgânico, café gourmet, café expresso, o incremento de produtos industrializados, tipo ca
descafeinado, café capuccino, balas, doces, sorvetes etc.
Conforme Theodoro (1999), um novo tipo de produção que se
desenvolve no campo é a agricultura orgânica, baseada num modelo de agricultura que proe
23
o cultivo da terra para produção de alimentos sadios, sem o uso de produtos químicos tóxicos
à saúde humana e dos animais, sem contaminar a água, o solo e o ar, sendo, porém
ecologicamente sustentável, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente
aceivel. Oriundo dessa forma de produção está o café orgânico, um tipo de café que vem
ganhando espaço no mercado, criando um nicho próprio de consumidores que não se
importam em pagar a mais por produto puro, mais natural, isento de resíduos químicos
prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente. A característica básica que o distingue dos cafés
tradicionais é a forma de manejo, em que os "cafeicultores orgânicos" partem de dois
princípios básicos: a não-utilização de agrotóxicos, que desequilibram o solo e a planta e
eliminam inimigos naturais; e o fato de que os sistemas de produção orgânica geram um
equilíbrio solo/planta, pelo uso de matéria orgânica, produzindo plantas mais resistentes às
pragas e doenças.
As principais regiões produtoras de café orgânico no Brasil são o Sul
de Minas Gerais e o interior de São Paulo, além dos Estados da Bahia, Ceará, Paraná e
Espírito Santo.
O café orgânico consegue ágios de preço em torno de 40% em relação
ao café convencional. O consumo deste produto no País ainda é pequeno, mas vem crescendo
ano a ano.
O Brasil produz cerca de 40.000 sacas de 60 kg do produto, sendo
grande parte destinada à exportação. A produção mundial está em torno de 800.000 sacas na
safra 2000/01, representando cerca de 1% da produção mundial total de café, com tendência
de crescimento acima da média dos cafés convencionais.
3.8 Agricultura orgânica
Agricultura orgânica é um sistema de gerenciamento total da produção
agrícola com vistas a promover e realçar a saúde do meio ambiente, preservar a
biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo. Nesse sentido, a agricultura
orgânica enfatiza o uso de práticas de manejo em oposição ao uso de elementos estranhos ao
meio ambiente natural. Isso abrange, sempre que possível, a administração de conhecimentos
24
agronômicos, biológicos e até mesmo mecânicos. Mas exclui a utilização de substâncias
químicas ou outros materiais sintéticos estranhos ao ecossistema natural elevado (EMBRAPA,
2008).
Ao comprar produtos orgânicos, os consumidores apesar de não
sentirem ou terem consciência da sua ação benéfica para o meio ambiente, estão na verdade
adquirindo, um conjunto de dois produtos: os alimentos em si e um produto ambiental (a
proteção/regeneração do meio ambiente). E esse produto ambiental que parece abstrato à
primeira vista, que apesar de adquirido, não é consumido fisicamente por quem o adquire,
pode até ser quantificado e valorado. Basta que sejam medidas nos estabelecimentos agrícolas,
a melhoria da qualidade da água, a intensificação da vida microbiológica do solo, o aumento
da biodiversidade, o retorno dos pássaros e outros pequenos animais ao espaço agrícola,
apesar de eventuais pequenos prejuízos que possam causar às atividades agrícolas no curto
prazo (EMBRAPA, 2008).
Por outro lado, no longo prazo, os métodos orgânicos de produção, ao
equilibrar o meio ambiente e trabalhar de modo harmônico e convergente em relação ao
tempo, ritmo, ciclos e limites da natureza, tende a reduzir substancialmente seus custos,
podendo amesmo competir com o agroquímico em termos de produtividade e resultados
econômicos, sem, entretanto apresentar os aspectos negativos conhecidos desse sistema de
produção.
O agricultor orgânico, que considera a natureza sua aliada, amiga,
observa-a, e está sempre apreendendo com ela, respeita seu tempo, suas limitações de solo,
água, clima, etc. Percebe as inter-relações que existem entre todos os elementos que comem
o meio ambiente. Enfrentando as dificuldades impostas pelos limites naturais e éticos em
relação a esse processo de produção, este agricultor, com satisfação e acreditando na proposta,
procura produzir economicamente, mas acompanhando e respeitando o ritmo da natureza
atuando e procurando encontrar um máximo de equilíbrio com a mesma.
A agricultura orgânica aplica os conhecimentos da ecologia no manejo
da unidade de produção, baseada numa visão holística da unidade de produção. Isto significa
que o todo é mais do que os diferentes elementos que o comem. Na agricultura orgânica, a
unidade de produção é tratada como um organismo integrado com a flora e a fauna
(EMBRAPA, 2008).
25
Portanto, é muito mais do que uma troca de insumos químicos por
insumos orgânicos/biológicos/ecológicos e energéticos. Assim, o manejo orgânico privilegia o
uso eficiente dos recursos naturais não renováveis, aliado ao melhor aproveitamento dos
recursos naturais renováveis e dos processos biológicos, à manutenção da biodiversidade, à
preservação ambiental, ao desenvolvimento econômico, bem como, à qualidade de vida
humana.
A agricultura orgânica fundamenta-se em princípios agroecológicos e
de conservação de recursos naturais. O primeiro e principal deles, é o do respeito à natureza. O
agricultor deve ter em mente que a dependência de recursos não renováveis e as próprias
limitações da natureza devem ser reconhecidas, sendo a ciclagem de resíduos orgânicos de
grande importância no processo. O segundo princípio é o da diversificação de culturas que
propicia uma maior abundância e diversidade de inimigos naturais. Estes tendem a ser
polífagos e se beneficiam da existência de maior número de hospedeiros e presas alternativas
em ambientes heterogêneos (RISCH, 1983). A diversificação espacial, por sua vez, permite
estabelecer barreiras sicas que dificultam a migração de insetos e alteram seus mecanismos
de orientação, como no caso de espécies vegetais aromáticas e de porte elevado (VENEGAS,
1996). A biodiversidade é, por conseguinte, um elemento-chave da tão desejada
sustentabilidade. Outro princípio básico muito importante da agricultura orgânica é o de que o
solo é um organismo vivo. Desse modo o manejo do solo privilegia práticas que garantam um
fornecimento constante de matéria orgânica, através do uso de adubos verdes, cobertura morta
e aplicação de composto orgânico que são práticas indispensáveis para estimular os
componentes vivos e favorecer os processos biológicos fundamentais para a construção da
fertilidade do solo no sentido mais amplo. O quarto e último princípio é o da independência
dos sistemas de produção em relação a insumos agroindustriais adquiridos altamente
dependentes de energia fóssil que oneram os custos e comprometem a sustentabilidade.
Na agricultura orgânica, os processos biológicos substituem os
insumos tecnológicos. Por exemplo, as práticas monoculturais apoiadas no uso intensivo de
fertilizantes sintéticos e de agroxicos da agricultura convencional são substituídas na
agricultura orgânica pela rotação de culturas, diversificação, uso de bordaduras, consórcios,
entre outras práticas. A baixa diversidade dos sistemas agrícolas convencionais os torna
26
biologicamente instáveis, sendo o que fundamenta ecologicamente o surgimento de pragas e
agentes de doenças, em nível de danos econômicos (EMBRAPA, 1984).
Agroecologia é o conjunto de conceitos, princípios, normas e métodos
que possibilitam estudar, avaliar e manejar de forma consciente os sistemas naturais para
produção de alimentos, permitindo compreender a natureza dos agroecossistemas e
desenvolvendo sistemas com dependência mínima de insumos energéticos externos.
Agroecológico relativo à Agroecologia (EMBRAPA, 2008).
3.8.1 Benefícios para o solo
O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou
agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa
as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na
preservação dos recursos naturais (EMBRAPA, 2008).
O solo é à base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados
ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc., são devolvidos à natureza para que
sejam decompostos e transformados em nutrientes para as plantas (EMBRAPA, 2008).
Essa fertilização ativará a vida no solo; os microorganismos além de
transformar em matéria orgânica em alimento para as plantas tornarão a terra porosa, solta,
permvel à água e ao ar. O grande valor da agricultura orgânica é promover
permanentemente a melhoria do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua
fonte de nutrição (EMBRAPA, 2008).
A diversidade de cultivos é fator que traz estabilidade ao agrossistema,
pois implica no aumento de espécies e na interação entre os diversos organismos. Uma
alternativa muito eficiente é o cultivo consorciado, isto é, o plantio de espécies diferentes na
mesma área. Muitas espécies podem ser associadas entre si, pois se favorecem mutuamente:
Essas técnicas contribuem para um solo saudável, uma produção sadia
e previnem o aparecimento de infestações. A conservação de faixas de vegetação nativa entre
os cultivos auxilia no controle de pragas. Servem de refúgio para diversos insetos benéficos
que se alimentam de fungos ou de organismos que, sem seus inimigos naturais, poderiam
27
aniquilar a plantação. A fauna silvestre é preservada e a diversidade de espécies é essencial
para o equilíbrio natural. Infestações ocasionais podem ser tratadas com caldas, criação e
soltura de inimigos naturais, armadilhas, catação manual e outros (EMBRAPA, 2008).
3.8.2 A certificação dos produtos orgânicos
A partir de setembro de 1994, o Ministério da Agricultura (MA)
reuniu-se com representantes de entidades ligadas à produção e ao consumo de alimentos
orgânicos com o propósito de criar normas para a produção orgânica em todo o território
nacional, abrindo maiores possibilidades de exportação.
A discussão continuou nos anos seguintes, quando finalmente, em
maio de 1999, o MA publicou a Instrução Normativa 007, criando um selo de qualidade
para os produtos orgânicos.
A referida norma recusa os transgênicos e a radiação ionizante, e trata
tanto do processo de produção quanto de industrialização. Considera ainda a saúde ambiental e
humana, e visa assegurar a transparência em todos os estágios da produção e da
transformação. Fato estranho foi ignorar os distribuidores, não os chamando a participar do
processo de discussão e do comprometimento da sociedade como um todo.
Na Instrução Normativa são criados os Órgãos Colegiados Nacional
(OCN) e Estadual. Eles são paritários e têm a função de credenciar as instituições
certificadoras que serão responsáveis pela certificação e controle de qualidade orgânica.
As entidades certificadoras deverão ser pessoas jurídicas sem fins
lucrativos, credenciados junto ao OCN. As normas permitem a importação de produtos
orgânicos certificados em seu país de origem condicionados às leis fitossanitárias no Brasil e à
análise prévia e autorização de uma certificadora registrada no OCN. Contudo, não nada
nas normas sobre saões à importação de alimentos orgânicos subsidiados no seu país de
origem.
O órgão que credencia internacionalmente as certificadoras é a
International Federation of Organic Agriculture Moviments (IFOAM), que é a federação
internacional que congrega os diversos movimentos relacionados com a agricultura orgânica.
28
Existe ainda, um modo de certificação em rede, chamada de
Certificação Participativa, como ECOVIDA. Esta rede não trabalha com grandes produtores
ou monocultores, direcionando assim, o processo para a escala regional. A certificação
participativa visa o crescimento e a expansão da agricultura familiar e do desenvolvimento
rural sustentável.
O custo do processo de certificação varia de acordo com os critérios de
análise adotados pela certificadora, levando-se em consideração os seguintes itens: taxa de
filiação, tamanho da área a ser certificada, despesa com inspeção (transporte, alimentação,
hospedagem), elaboração de relatórios, análise laboratorial do solo e da água, visitas de
inspeção e acompanhamento e emissão do certificado. Algumas certificadoras cobram ainda
percentuais sobre o faturamento, ou valor pela quantidade de selos.
3.8.3 Procedimentos proibidos na produção orgânica de vegetais
Para as plantas, é vedada a utilização de organismos geneticamente
modificados (OGM/transgênicos) em qualquer situação da produção vegetal. As sementes e as
mudas devem ser oriundas de sistemas orgânicos. Não existindo no mercado sementes
oriundas de sistemas orgânicos adequadas à determinada situação ecológica específica, o
produtor poderá lançar mão de produtos existentes no mercado, desde que avaliados pelos
óros competentes da certificadora (EMBRAPA, 2008).
Os produtos oriundos de atividades extrativistas serão certificados
como orgânicos caso o processo de extração não comprometa o ecossistema e a
sustentabilidade dos recursos envolvidos na exploração e esteja devidamente credenciado
junto aos demais óros competentes como IBAMA, DPRN.
A água utilizada na produção deve apresentar-se dentro das
características de Padrão Mínimo liberado pela CETESB, Adolfo Lutz ou outro Órgão Oficial
(CONAMA 20), tanto para água de irrigação como para água de processamento e ou lavagem
pós-colheita. Deverão ser solicitadas análises químicas, biológicas e de resíduos. Em relação
ao manejo do solo, os principais procedimentos proibidos são:
29
queimadas sistemáticas.
falta de planejamento (incluindo sistemas, práticas e técnicas) para o
manejo orgânico do solo.
ausência ou erradicação da flora e da fauna nas áreas de proteção aos
mananciais (rios, córregos, nascentes), reservas legais e áreas de
classe de capacidade VII e VIII.
utilização de material orgânico com potencial poluente ou
contaminante.
Em relação ao manejo de plantas invasoras, o uso de herbicidas
químicos, derivados de petróleo e hormônios sintéticos, são procedimentos proibidos na
agricultura orgânica. Para a nutrição vegetal, são proibitivos os seguintes procedimentos:
utilização de adubos químicos de média a alta concentração e
solubilidade incluindo KCl, KNO3 e Salitre do Chile;
emprego de agrotóxicos e fitoreguladores;
produtos ou resíduos industriais, agro-industriais e urbanos com
propriedades corretivas, fertilizantes e ou condicionadores de solo,
com agentes potencialmente poluentes ou contaminantes.
O cafeicultor, como todos os empresários rurais, sofre perdas em sua
renda com as constantes modificações do clima, como as políticas governamentais e a própria
falta de informão e controle sobre os recursos escassos. Assim, é de suma importância a
realização de estudos sobre custo de produção da cafeicultura, pois permite que se conheçam
os recursos que são mais importantes, onerosos e necessários para a produção, permitindo
também uma análise técnica e econômica da propriedade, orientando os cafeicultores na sua
tomada de decisão, favorecendo o estabelecimento e desenvolvimento da empresa.
Através destes fatos torna-se necessário o estudo no sentido de buscar
dados para avaliação econômica da cafeicultura orgânica na região pesquisada.
Especificamente, para, estimar o custo de produção da atividade e sua rentabilidade, para o
gerenciamento das propriedades produtoras de café.
30
3.9 Agricultura agroquímica (convencional)
A agricultura agroquímica consiste na aplicação da química na
agricultura. A sua ação, objeto de estudo e meios técnicos não incide somente na produção de
agroquímicos, mas também na análise e prevenção de efeitos danosos de substâncias químicas
tanto nas culturas como nos seres humanos (agricultores e consumidores), COOPERATIVA
DE GARÇA, 2009.
Fertilizantes ou adubos são compostos químicos que visam suprir as
deficiências substâncias vitais à sobrevivência dos vegetais. São aplicados na agricultura com
o intuito de melhorar a produção. As plantas necessitam de diversos elementos químicos:
Macronutrientes: Carbono, hidrogênio, oxinio, nitrogênio, fósforo,
enxofre, cálcio, magnésio e potássio;
Micronutrientes: Boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio e
zinco.
Alguns desses elementos estão fartamente disponíveis no meio
ambiente de nosso planeta e são diretamente assimiláveis pelas plantas, como carbono,
hidrogênio e oxigênio. Outros como nitrogênio, apesar de fartamente disponível na atmosfera,
o são diretamente absorvíveis pelas plantas, ou o processo de absorção é muito lento face à
demanda produtiva. Aos elementos necessários e que são normalmente adicionados pelos
agricultores a suas plantações para suprir essas deficiências e aumentar a produtividade,
chamamos adubo.
Podem ser aplicados através das folhas mediante pulverização manual
ou mecanizada, chamada de adubação foliar, via irrigação ou através do solo.
Antes de se aplicar qualquer tipo de fertilizante ou corretivo de solo,
deve-se antes fazer uma análise química do solo e em seguida encaminhá-la a um engenheiro
agrônomo, engenheiro florestal, técnico florestal ou técnico agrícola, para que, dessa forma,
o haja desperdícios e compras desnecessárias, ou ainda uso incorreto dos fertilizantes
podendo acarretar perdas na produtividade com o uso desbalanceado dos nutrientes (o excesso
de um nutriente e a falta de outro pode deixar a planta muito suscetível a doenças).
31
Os fertilizantes, não obstante o seu mérito na agricultura, podem causar poluição de solos e
cursos de água (EMBRAPA, 2008).
3.10 Lucro para o produtor e para o meio ambiente
A produção orgânica do café arábica dá mais lucro ao produtor e ainda
ganhos para o meio ambiente e para a saúde dos produtores e consumidores (Cafeicultores
Orgânicos do Norte do Estado Espírito Santo e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Nova Venécia, 2008). A produção do café arábica orgânico é de 32 sacas piladas (de 60
quilos, sem casca) por hectare, em média. A média do café arábica produzida com venenos
agrícolas é de 20 sacas por hectare.
Segundo, Associação de Cafeicultores Orgânicos do Norte do Estado
Espírito Santo e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Venécia, 2008, os preços de
janeiro 2008, o custo de produção do café arábica orgânico é de R$ 162,77, em média, por
saca. A saca do café arábica produzido com uso de agrotóxicos custa em dia R$ 108,65,
mas segundo CONAB, 2009, os preços de custos em média são: R$ 283,50 orgânico e R$
236,25 agroquímico.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 2008, os
valores do custo de produção para a cultura do café, considerando preços dos insumos,
máquinas, implementos e serviços, estão entre o mais elevado R$ 276,18 a saca de 60 kg na
região de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas Gerais, considerando produtividade
média de 25 sacas por hectare. O menor custo de produção foi verificado em São Gabriel da
Palha (R$ 137,80 a saca), no norte do Espírito Santo, para uma produtividade média de 52
sacas por hectare.
Os produtores vem sofrendo as conseências dos preços dos insumos,
principalmente dos fertilizantes. Em São Sebastião do Paraíso, a mão-de-obra fixa (com
encargos sociais) é o principal item de despesa de custeio da lavoura, com participação de
24,38%, seguida por fertilizantes, com 23,18%. em São Gabriel da Palha, a mão-de-obra
fixa representa 29,45%, seguida por fertilizantes, com 13,78%.
O custo de produção nas principais regiões produtoras. Em Guaxupé,
também no Sul de Minas, o custo de produção estimado é de R$ 246,10 a saca, para uma
32
produtividade média de 25 sacas por hectare. Na Zona da Mata mineira, em Manhuaçu, o
custo foi estimado em R$ 259,88, para um rendimento de 24 sacas por hectare. No Cerrado
Mineiro, em Patrocínio, o custo está estimado em R$ 269,29 a saca, para uma produtividade
de 25 sacas por hectare.
Em Franca (SP), o custo estimado é de R$ 238,69 e a produtividade
média é de 30 sacas por hectare. No norte do Paraná, em Londrina, o custo está projetado em
R$ 237,66, para um rendimento de 20 sacas/ha. Em Luis Eduardo Magalhães (BA) o custo é
de R$ 224,37, para uma produtividade média de 50 sacas/ha. Conforme a tabela 2.
Tabela 2. Custo de produção para a cultura do café, 2008.
Cidade Saca 60 kg
Produtividade
(sacas/ha)
Mão-de-
obra fixa
Fertilizantes
São Gabriel da Palha (MG) R$ 276,18 25 29,45% 13,78%
São Sebastião do Paraíso (MG) R$ 137,80 52 24,38% 23,18%
Guaxupé (MG) R$ 246,10 25 26,65% 23,00%
Manhuaçu (MG) R$ 259,88 24 26,65% 23,00%
Patrocínio (MG) R$ 269,29 25 26,65% 23,00%
Franca (SP) R$ 238,69 30 26,65% 23,00%
Londrina (PR) R$ 237,66 20 26,65% 23,00%
Luis Eduardo Magalhães (BA) R$ 224,37 50 26,65% 23,00%
Média R$ 236,25
Fonte: CONAB, 2009 (Elaborado pelo autor).
O método de cálculo adotado pela CONAB busca contemplar todos os
itens de dispêndio, explícitos ou não, que devem ser assumidos pelo produtor, desde as fases
iniciais de correção e preparo do solo até a fase inicial de comercialização do produto. O
cálculo do custo de uma determinada cultura estabelece custos de produção associados aos
diversos padrões tecnológicos e preços de fatores em uso nas diferentes situações ambientais.
Desta forma, o custo é obtido mediante a multiplicação da matriz de coeficientes técnicos pelo
vetor de preços dos fatores.
Na formulação do método de cálculo dos custos de produção, o
objetivo deliberado é a determinação do custo médio por unidade de comercialização. Como o
cálculo do custo de produção envolve uma série de rotinas é importante que se faça uma
descrição dos procedimentos empregados pela CONAB na elaboração desses custos.
33
No cálculo do custo de produção de uma determinada cultura deve
constar como informação básica a combinação de insumos, de serviços e de máquinas e
implementos utilizados ao longo do processo produtivo. Esta combinação é conhecida como
pacote tecnológicoe indica a quantidade de cada item em particular, por unidade de área,
que resulta num determinado nível de produtividade.
Essas quantidades mencionadas, referidas a unidade de área (hectare)
são denominadas de coeficientes técnicos de produção, podendo ser expressas em tonelada,
quilograma ou litro (corretivos, fertilizantes, sementes e agrotóxicos), em horas (máquinas e
equipamentos) e em dia de trabalho (humano ou animal). Dadas as peculiaridades da atividade
agrícola, os referidos coeficientes são influenciados diretamente pela diversidade de condições
ambientais de clima, de fertilidade, de tipos e topografia do solo, dentre outros, que moldam,
na prática, uma grande variedade de padrões tecnológicos de produção.
Assim, para tornar possível o estabelecimento de coeficientes técnicos
e superar os problemas da extrema diversidade existente, faz-se necessária à aceitação de
alguns padrões genéricos que sejam representativos do conjunto de tecnologias adotadas pelos
produtores das diferentes regiões do País, desde que guardem certa consistência entre eles.
A matriz de coeficientes técnicos em uso na CONAB foi originada de
um projeto de pesquisa iniciado em março de 1976 pelos técnicos da então Comissão de
Financiamento da Produção CFP e concluído em 1979, quando foram calculados os
primeiros custos da Empresa. Esta matriz tem sido revisada de lá para cá, de modo a
incorporar as inovações tecnológicas que vêm sendo adotadas pelos produtores. Para a
atualização dos coeficientes técnicos, são realizados painéis nas regiões produtoras, em que se
convidam agrônomos e técnicos de cooperativas, de empresas de assistência técnica e
extensão rural (pública e privada), de revendas de insumos/máquinas agrícolas, da
EMBRAPA, das Secretarias de Agricultura Estaduais; dos agentes financeiros, além de
produtores e dos técnicos da CONAB.
Considerando-se os constantes investimentos em pesquisas, o
desenvolvimento de novas tecnologias e as operações que passam a serem realizadas no
processo produtivo devido ao ataque de pragas e doenças, é importante que as atualizações
ocorram com freqüência. Deste modo, objetivando evitar a defasagem do pacote tecnológico
foi determinado que as atualizações para as culturas anuais devem ocorrer a cada 3 (três) anos
34
e para as culturas perenes a cada 5 (cinco) anos. Vale ressaltar que, em casos específicos,
podem ocorrer inclusões ou alterações nos coeficientes técnicos antes do prazo estimado.
3.11 Média mensal dos preços recebidos pelos Produtores de café
A média mensal dos preços recebidos pelos Produtores de café pela
saca de 60 kg beneficiada e produzida sob o sistema convencional na Alta Paulista, Oeste do
Estado de São Paulo pode ser observada na Tabela 3.
Tabela 3. Média mensal dos preços por saca recebidos pelos produtores de café agroquímico
em 2008.
Agroquímico
Mês/2008 Café Arábica
Fevereiro R$ 285,19
Março R$ 263,28
Abril R$ 256,35
Maio R$ 254,84
Média anual R$ 265,50
Fonte: CEPEA / ESALQ / BM & F, 2008.
A média mensal dos preços recebidos pelos Produtores de café pela
saca de 60 kg beneficiada sob o sistema de produção Orgânico na Alta Paulista, Oeste do
Estado de São Paulo pode ser observada na Tabela 4.
Tabela 4. Média mensal dos preços por saca recebidos pelos produtores de caorgânico em
2008.
Orgânico
Mês/2008 Café Arábica
Fevereiro R$ 427,79
Março R$ 394,92
Abril R$ 384,53
Maio R$ 382,26
Média anual R$ 397,37
Fonte: CEPEA / ESALQ / BM & F, 2008.
35
O preço do café arábica orgânico tem vantagens: o classificado como
bebida mole (a melhor qualidade), no mercado nacional é vendida acima de R$ 397,00, a saca.
O não orgânico com a mesma classificação é vendido a R$ 265,00, a saca.
Entre os ganhos não contabilizados na produção orgânica está a
proteção da água e solo. Sem os venenos agrícolas produtores e consumidores ficam a salvo de
doenças, como vários tipos de cânceres, impotência sexual, frigidez, e depressão, entre outras
(Associação de Cafeicultores Orgânicos do Norte do Estado Espírito Santo e do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Nova Venécia).
Segundo a CONAB, 2009; CEPEA e ESALQ, 2008, o lucro por saca
de café de 60 kg é representado pela tabela 05
Tabela 05. Média mensal dos lucros por saca recebidos pelos produtores de café orgânico e
agroquímico em 2008.
Saca (60 kg)
Sistema de Produção
Agroquímico
Orgânico
Preço de venda R$ 265,50 R$ 397,37
Custo e despesas
R$ 236,25
R$ 283,50
Lucro
R$ 29,25 R$ 113,87
Fonte: CONAB, 2009; CEPEA e ESALQ, 2008
Os principais importadores, Estados Unidos, Europa e Japão, pagam
50% a mais pelo grão sobre o produto convencional. Tradicional exportador de café em grãos
e de solúvel, o Brasil ingressa aos poucos na disputa pelo mercado internacional de café
orgânico (sem agrotóxico), com demanda crescente, sobretudo, na Europa, nos Estados
Unidos e no Japão. Os embarques brasileiros devem ficar em 70 mil sacas de 60 quilos este
ano, um salto de 191%, sobre as exportões de 2001, segundo a Associação dos Produtores
de Café Orgânico do Brasil, 2008.
Os volumes destinados ao mercado externo este ano representam 70%
da produção brasileira do grão, de 100 mil sacas. O preço da saca de caorgânico pode
superar ao do tipo convencional em 50%.
36
3.12 Projetos cafeeiros desenvolvidos na região da Alta Paulista
O café, bebida conhecida dos brasileiros desde o século XVIII, está
ganhando sabor e blico novo com o cultivo orgânico e também biodinâmico. Para explorar
esse nicho de mercado, produtores do café convencional do município de Garça e região,
interior de São Paulo, comaram, em 2006, a investir no plantio do café orgânico com apoio
do SEBRAE.
O projeto do SEBRAE atende produtores em Garça (um dos
municípios que fizeram parte do ciclo paulista do café no início do século XIX), em Ocauçu,
Álvaro de Carvalho, Lupércio e Gália. Esses agricultores estão organizados na Associação dos
Produtores Orgânicos de Garça e Região (APROGAR, 2006).
No primeiro ano, o SEBRAE buscou desenvolver a técnica de
produção. Nesse período, os produtores também receberam a certificação orgânica.
Atualmente, o grupo está buscando o mercado e também a certificação Demeter, muito aceita
na Europa.
3.13 Café Sustentável
Segundo a Embrapa Café, 2008, está nas mãos da humanidade fazer o
desenvolvimento sustentável, buscar encontrar as necessidades e aspirações do presente sem
comprometer a habilidade das futuras gerações. O conceito de desenvolvimento sustentável
implica em limites, mas o limites absolutos e sim limitações que a tecnologia ou a
organização social, e a capacidade da biosfera têm de absorver os efeitos das atividades
humanas. Tanto a tecnologia como a organização social podem ser organizadas e aprimoradas
para que haja um novo caminho aberto para uma nova era de crescimento econômico.
Assim, três dimensões são responsáveis pela sustentabilidade no setor
cafeeiro: Dimensão econômica- Acesso ao mercado; Dimensão ecológica - Proteger o meio
ambiente, Conservar os recursos naturais e Dimensão social - Direitos humanos e padrões
sociais Condições de moradia Condições de trabalho decentes.
37
Existem diferentes códigos de conduta e padrões no setor agrícola e no
próprio setor cafeeiro. A maioria deles lida com aspectos ecológicos e sociais, como também
com café específico, regiões específicas ou métodos de produção específicos.
O objetivo é desenvolver dimensões sociais, ecológicas e econômicas
de sustentabilidade da produção, processo e marketing de café verde, por meio de um processo
participatório que servirá como umdigo de conduta.
A Comissão Brundtland, de 1987, da ONU, “Nosso Futuro Comum”,
define o desenvolvimento sustentável como sendo “aquele que atende às necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias
necessidades”. O conceito de desenvolvimento sustentável, expresso dessa maneira, embora
tenha conotação forte, não é operacional. A Agenda 21 é mais específica ao determinar que o
desenvolvimento sustentável deve levar em conta o resultado econômico, a preservação
ambiental e o interesse social. Dessa forma, a diretriz básica do desenvolvimento sustentável,
que deverá estar presente também na cafeicultura, é a de conciliar as três coisas.
A tecnologia de produção de café desenvolvida no Brasil tem todas as
condições para se adaptar a essas novas exigências, mas, para isso, terá que estabelecer o seu
código de conduta, de forma que toda a cadeia produtiva possa receber a necessária
certificação. Assim, a participação no comércio internacional com diversos produtos
agropecuários, inclusive o café, pressupõe, cada vez, mais uma postura correta em relação ao
ambiente, ao trabalhador e à segurança dos produtos ou, em síntese, em relação ao
desenvolvimento sustentável. Embora o café tenha tradição na busca da garantia de
qualidade, a busca do “café sustentável”, no sentido mais amplo do termo, exige um esforço
bem maior de organização e acompanhamento.
Para produzir dentro das exigências do desenvolvimento sustentável,
podem-se visualizar duas etapas. A primeira consiste em definir as boas práticas de produção,
ou código de conduta, termo também usado, e adotá-las efetivamente. A segunda consiste em
conseguir, por meio de uma terceira parte, certificação de que o café está sendo produzido de
acordo com o que foi estabelecido. A produção integrada é um desses sistemas, visando uma
possível implantação da produção integrada de café (PIC). Trata-se de um sistema que
estabelece boas práticas e permite a certificação, além de apresentar importante conotação
agroecológica. Cabe ressaltar que a produção integrada, como qualquer sistema similar,
38
embora de adesão voluntária, exige intensa participação de todos os envolvidos, na formulação
das normas, na sua implementação e no contínuo aperfeiçoamento.
três organizações internacionais que têm interesse declarado em
café: A EurepGap Euro Retailer Produce Working Group Good Agricultural Practices
(Boas Práticas Agrícolas do Grupo de Trabalho de Atacadistas Europeus) já vem atuando
com café. A Fundação Utz Kapeh, que é uma ONG e entidade certificadora, possui um código
de conduta para café.
Sustainable Development Initiative (SAI - Iniciativa de
Desenvolvimento Sustentável), formada inicialmente pelas grandes empresas de alimentos do
Brasil. A Common Codes for the Coffee Community (CCCC, Códigos Comuns para a
Comunidade Cafeeira) é uma iniciativa importante, liderada pela German Technical
Cooperation (GTZ), organização de cooperação internacional da Alemanha. É uma iniciativa
de grande porte, que conta com a participação expressiva da indústria, dos produtores, de
organizações governamentais, de organizações não governamentais e da sociedade civil. O
código de conduta apresenta uma série de orientações, visando estabelecer um conjunto de
normas para a condução da cultura e manuseio em toda a cadeia produtiva, tendo em vista,
além dos aspectos técnicos da cultura, a preservação ambiental e as condições sociais do
trabalho (EMBRAPA, 2008).
3.14 Os problemas da região da Alta Paulista
A presença do café fez surgir diversas cidades da Alta Paulista. Apesar
de atualmente haver diversidade de atividades agrícolas e industriais, muitas cidades ainda
dependem economicamente da cultura do café. A região é produtora de café arábica, sendo
que a variedade mais cultivada é a Mundo Novo. Existe forte tendência de substituição pelo
Obatã. Isso ocorre principalmente devido à qualidade, à resistência à ferrugem, e ao porte
baixo dessa variedade, o que facilita a colheita. O Obatã também proporciona produções boas
nos primeiros anos “, segundo Gustavo Guerreiro, engenheiro agrônomo da Garca
(GARCAFE, 2009)”.
Na região da Alta Paulista é obtida predominantemente a bebida dura.
A utilização de máquinas na colheita e nos demais tratos culturais é comum na rego. Isso
39
ocorre principalmente devido à topografia favorável do solo. A tecnologia da irrigação, no
entanto, não é muito utilizada. Apesar de a água ser uma fonte natural escassa na região, o
déficit drico não é muito grande. Com estiagens ocasionais e geadas esporádicas.
Os problemas da região da Alta Paulista são a ocorrência de pragas e
doenças no cafeeiro. A ferrugem é considerada a doença mais preocupante para os produtores.
A região também tem incidência de xilela do café, cercóspora, antracnose e outras. Quanto às
pragas, a Alta Paulista tem a ocorrência de nematóide, cochonilha, bicho mineiro, broca, ácaro
e outras (GARCAFÉ, 2008), mas os grandes problemas são: a) decisão dos cafeicultores pelo
sistema de produção agroquímico ou orgânico e b) o método seguro para avaliação desses
investimentos, pois os recursos são escassos e os riscos enormes.
Segundo Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), 2006, a
produção na safra de 2006/07 no Estado de São Paulo foi de 4.470 mil sacas de café
beneficiado (100% arábica), com uma produtividade média de 22,22 sacas por hectare. O
Estado representa 10,8% da produção nacional.
Atualmente a área cultivada com café é de 214,87 mil hectares, dos
quais, 201,2 mil hectares (94,1%) estão em produção e 12.670 hectares (5,9%) estão em
formação. Em 1975, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE (1995/96), eram 711,20
mil hectares, havendo então um retrocesso de 69,8% (496,33 mil hectares). Segundo o
levantamento Censitário de Unidades de Produção Agrícola (Lupa) da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de o Paulo, realizado em 1997, havia cerca de
28.499 estabelecimentos de café no Estado, responsáveis por 229,1 mil hectares cultivados
com café.
3.15 – Análise sócio-econômica e ambiental de agroecossistema cafeeiro
As atuais crises ecomica e ecológica evidenciam e expõem a
insustentabilidade do padrão produtivo da agricultura industrial, estampado na dependência
dos países do primeiro mundo centrados na importação de commodities agrícolas produzidas
no terceiro mundo, dentre elas, o café. Esse fato vem chamando a atenção para a convergência
de três grandes dilemas descritos por Petersen & Almeida (2008) com os quais a humanidade
se depara: o primeiro se refere ao aumento exponencial dos preços do petróleo e suas
40
implicações diretas sobre os custos dos agroquímicos, o segundo está ligado aos impactos
ainda imprevisíveis das mudanças climáticas sobre a produção alimentar; o terceiro é a
degradação e a perda em ritmos acelerados da agrobiodiversidade, dos solos e dos recursos
hídricos em função do emprego de todos predatórios de produção agrícola que vêm sendo
subsidiados há décadas pela energia barata do petróleo.
Os desequilíbrios no ecossistema agrícola provocados pela
monocultura induziram os procedimentos técnicos que definem o chamado “pacote”
tecnológico da agricultura moderna (Borges Filho, 2005). Segundo Romeiro (1998), na
natureza, diversidade é sinônimo de estabilidade, e, quanto mais simplificado for um
determinado ecossistema, maior a necessidade de fontes de energia para manter o equilíbrio.
Esse modelo de exploração agrícola de larga escala iniciado através da modernização da
agricultura têm no bojo de seu processo produtivo um manejo insustentável e dificilmente
poderão implementar as múltiplas dimensões da sustentabilidade (ecológico, econômico,
social, cultural, ético e político) se não iniciarem uma mudança gradual no manejo das
lavouras, nas relações sociais e ecomicas existentes nas unidades de produção.
Ao contrário dos sistemas convencionais de produção, estudos
realizados com sistemas agroflorestais (Macedo & Pereira, 2000; Peneireiro et al. 2000; Reis
& Hildebrand, 2000) têm mostrado a viabilidade e sustentabilidade ecológica, social e
econômica desses agroecossistemas, dadas principalmente pela sua alta capacidade de
resiliência, confiabilidade, auto-suficiência, produtividade e elasticidade.
Segundo Veiga (2003), pode-se dizer que todas as definições de
agricultura sustentável transmitem a visão de um futuro padrão produtivo de alimentos, fibras
e matérias-primas energéticas que garanta a manutenção, no longo prazo, dos recursos naturais
e da produtividade agropecuária; o nimo de impactos adversos ao ambiente; retorno
adequado aos produtores; otimização da produção com um mínimo de insumos externos;
satisfação das necessidades humanas de alimentos e renda; atendimento às demandas sociais
das famílias e comunidades rurais.
A prática do cultivo do cafeeiro a pleno sol tem acarretado problemas
como a super produção e o conseqüente esgotamento das plantas, durante os primeiros anos,
até que o auto-sombreamento diminua esse efeito (Voltan et al, 1992 apud Righi, 2005). Entre
os principais impactos para implantação dos monocultivos de café estão o alto índice de
41
desmatamento da Mata Atlântica e do Cerrado, a perda da biodiversidade faunística e
florística, a contaminação e diminuição dos recursos hídricos pelo constante uso dos
agroquímicos e destruição das matas ciliares, e as intoxicações e mortes de homens
ocasionadas pelos agrotóxicos. Além de causar o empobrecimento do solo e o aparecimento de
pragas e doenças que prejudicam severamente as lavouras. A associação de cafeeiros com
espécies arbóreas pode significar uma diversificação da fonte de renda do produtor, além de
apresentar outros benefícios tais como: proteção contra geadas, redução da bienalidade e,
portanto, maior estabilidade da produção, redução da incidência de plantas daninhas, do bicho-
mineiro (Campoe et al., 2003a e b apud Righi, 2005), e da seca dos ponteiros (Lunz et al.,
2004 apud Righi, 2005).
Segundo Lopes & Araújo, 2008, analisando uma propriedade, em
Machado (MG), com produção de café - sistema agroflorestal em 1998, tinha como principais
culturas perenes o café e a banana, além de possuir diversas árvores nativas, frutíferas,
madeireiras e algumas culturas anuais, que eram utilizadas para subsistência das famílias do
agricultor e de dois trabalhadores assalariados. Em 1997 foi o último ano que se realizou a
aplicação de fertilizantes químicos (NPK) e agrotóxicos no agroecossistema. Quando a
lavoura era convencional recebia todos os tratos de adubação e controle fitossanitário químico,
o que ocasionava uma dependência de recursos externos à propriedade, aumentando os custos
de produção e diminuindo a renda do agricultor. Utilizava o pacote tecnológico o que
acarretava sérios danos ambientais (contaminação dos recursos hídricos, intoxicação, morte de
animais e desequilíbrio ambiental) e econômicos (altos custos dos insumos, preços baixos dos
produtos convencionais, dependência de financiamentos).
De acordo com Lopes & Araújo, 2008, o café orgânico foi vendido em
2001 para o exterior (Inglaterra) por R$ 480,00 reais pela saca de cabeneficiado (quase o
dobro do preço em relação à saca de café convencional).
A monocultura do café coloca o agricultor numa situação econômica
delicada, uma vez que a renda tem caráter anual ou bianual. A diversificação da produção
muda a lógica comercial da unidade produtiva e possibilita ganhos ecomicos (renda mensal,
diversificação de produtos a serem comercializados), sociais (geração de emprego, aumento da
mão-de-obra) e ambientais (conservação do solo, dos recursos hídricos e abrigo aos animais;
controle biológico natural das pragas do cafeeiro).
42
De acordo com Lopes & Araújo, 2008, no que tange aos aspectos
ambientais uma complexidade florística contribuem para o aumento da resiliência do sistema,
possibilita o aumento da biodiversidade faunística. As pragas do cafeeiro: broca
(Hypothenemus hampei) e bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) apontam um elevado
grau de sustentabilidade ecológica no agroecossistema. De acordo com Moraes (1997) apud
Martins (2003), os danos provocados pela broca-do-café começam quando a infestação
atinge valores de 3 a 5% ou acima de 5%. Segundo Souza et al. (1998), deve-se considerar,
para início do controle do bicho-mineiro, 20% ou mais de folhas minadas no terço superior
(local de coleta de folhas) ou 30% ou mais de folhas minadas nos terços dio e superior
(locais de coletas de folhas) dos cafeeiros.
Segundo Gliessman (2005), somente num agroecossistema mais
complexo e diversificado poderá existir potencial para interações benéficas; essa
diversificação conduz a modificações positivas nas condições abióticas e atrai populações de
artrópodes benéficos, regulando, assim, a população de pragas. Quando a lavoura cafeeira é
conduzida em ambiente simplificado sob o constante uso de agroquímicos, os cafeeiros sofrem
constantes surtos de ataques de pragas. Para Khatounian (2001), a sanidade vegetal exige
outro padrão tecnológico no manejo dos agroecossistemas, que o estimulem o
desenvolvimento de resistência nas pragas e doenças e que não perturbem os processos de
controle naturais.
Lopes & Araújo, 2008, observaram o aumento do número de minas
d’água e do volume da água nos recursos hídricos presentes na propriedade, após a
implantação do sistema agroflorestal. A cobertura vegetal do solo por ervas espontâneas e a
grande quantidade de serrapilheira (restos de folhas, árvores, palhas etc.) em decomposição
favorece a atividade biológica edáfica e permite a manutenção da umidade do solo. A
diversificação da produção contribuí de maneira significativa no orçamento financeiro da
propriedade. Gera renda mensal ao agricultor, mais segurança econômica por não depender de
uma única cultura, que no caso do café expressa uma forte bienalidade produtiva quando
cultivado a pleno sol.
A produtividade do café agroflorestal tem se mantido ao longo do
tempo e a certificação orgânica possibilita a comercialização do café a países europeus, que
43
tem valorizado muito os aspectos sócio-econômicos, ecológicos e éticos inseridos no cultivo
orgânico, pagando um preço justo ao produtor.
A complexidade da biodiversidade existente no agroecossistema
agroflorestal desencadeia um equilíbrio ecológico que auxilia nos processos de auto-regulação
de pragas, vegetação espontânea e doenças, aumenta o poder de recuperação dos
agroecossistema frente às adversidades climáticas e fitossanitárias, proporciona maior
estabilidade, produtividade, flexibilidade, resiliência, equidade e auto-dependência do
agroecossistema.
3.16 Sustentabilidade econômica e ecológica da cafeicultura
Observa-se que maiores quantidades de recursos naturais renováveis
ao serem utilizadas de forma a substituir insumos externos durante o processo produtivo, mais
ecologicamente eficiente será o processo, menos impactos ambientais serão causados e mais
sustentável no longo prazo será a produção (ORTEGA, 2002).
Avaliação ecológica-emergética utiliza-se de princípios
termodinâmicos para medir o caminho histórico da energia solar que come o produto final
(café) e a participação de cada insumo (recursos naturais, materiais e serviços) dentro desta
composição. “Algumas vezes nos referimos a emergia como a memória da energia solar do
produto” (ODUM,1996).
De acordo com Ortega, 2003, a utilização desta metodologia nos
permite a elaboração de Balanços de Emergia dentro do sistema produtivo. Primeiramente
lista-se os insumos naturais (renováveis e o renováveis), os materiais e os serviços utilizados
durante a produção do produto final e calcula-se a equivalência energética destes produtos em
relação à luz solar. Ao resultado final dos cálculos -se o nome de valor emergético dos
produtos. O Balanço Emergético é capaz de disponibilizar indicadores que orientam e
auxiliam a análise da relação recursos naturais versos recursos químicos, trabalho permanente
versos trabalho temporário, a capacidade de carga da atividade sobre o meio ambiente e a
eficiência do sistema na utilização da energia solar.
Segundo ORTEGA, 2003, em seu estudo utilizando duas propriedades,
a primeira denominada Fazenda Barrinha, localizada no município de Santo Antônio do
44
Jardim/SP, com uma área total de 190 hectares, sendo 150 hectares destinados ao cultivo de
café. Uma segunda propriedade, o sítio Terra Verde, localizado na cidade de Albertina/MG,
compreende uma área total de 56 hectares, entretanto destina-se 25 hectares ao cultivo
orgânico de café. A caracterização dos modelos de produção e a identificação das principais
fontes de recursos (internos versos externos) que alimentam o sistema são informações muito
úteis para a elaboração dos diagramas emergéticos, e auxiliam na observação dos fluxos de
energia dentro do sistema produtivo, é possível observar nas figuras 5 e 6:
FIGURA 5: Diagrama emergético da produção agroquímica de café, fazenda Barrinha.
Adaptado de ORTEGA, E. “Metodologia emergética”. Site do laboratório de Engenharia
Ecológica da FEA/UNICAMP. Acesso dia 05/04/2007.
Observa-se no diagrama o fluxo energético dos insumos naturais (lado
esquerdo do diagrama), dos materiais e serviços comprados pelo sistema (parte superior à
direita do diagrama) e a venda do produto final ao mercado (lado direito do diagrama).
No modelo agroquímico existe pouca interação entre os fluxos de
energia interna, basicamente a lavoura recebe todos os insumos para a produção não havendo
aumento na “qualidade energética” interna ao sistema.
45
No entanto, o modelo orgânico de produção apresenta maior interação
entre os diferentes recursos existentes no sistema, como a reserva florestal, as áreas de
mananciais, outras culturas agrícolas (adubação verde) intercaladas na lavoura. O maior fluxo
de energia e a interação destes fluxos produz o aumento da “qualidade energética” dentro do
sistema, como pode ser observado na figura 6:
FIGURA 6: Diagramação emergética da produção orgânica de café, sítio Terra Verde.
Adaptado de ORTEGA, E. “Metodologia emergética”. Site do laboratório de Engenharia
Ecológica da FEA/UNICAMP. Acesso dia 05/04/2007.
Ortega, 2003, observou que o modelo agroquímico de cafeicultura
demanda maiores quantidades de recursos externos ao sistema de produção como a compra de
fertilizantes químicos, defensivos agrícolas, implementos agrícolas e combustíveis de petróleo.
A maior utilização de insumos externos na produção agroquímica obriga, em contra partida,
maiores gastos de capital pelos produtores relativos à contratação de financiamentos para
compra dos materiais, o que acaba por criar um ciclo de dependência dos produtores por
financiamentos externos e aumentando consideravelmente os custos finais de produção.
46
Nas últimas décadas, os governos que passaram pelo poder Federal
vêm reduzindo o volume de crédito agcola oferecido aos agricultores nacionais. Se na década
de 80 o valor do crédito agrícola foi, em média, de 21,6 bilhões de lares ao ano (dólares
equivalentes a 1996); entre 1990 e 1996 a dia caiu a 8,1 bilhões de lares ao ano (dólares
equivalentes a 1996) (DEFANTE et al, 2001). Este fato nos mostra a importância da maior
auto-suficiência das lavouras cafeeiras em relação à utilização de materiais externos às
propriedades.
De acordo com Ortega, 2003, a lavoura orgânica é mais eficiente na
utilização dos insumos naturais renováveis disponibilizados gratuitamente pela natureza
dentro do ecossistema onde a lavoura está inserida. Esta “sadia” dependência auxilia os
produtores na redução dos custos finais de produção e os fortalece contra eventuais aumentos
nos preços de insumos e quedas nos preços de venda do café. A maior dependência da lavoura
orgânica pelos insumos naturais acaba ainda por conscientizar os proprietários a se
preocuparem com o nível de impactos ambientais que a lavoura causa na propriedade e, sendo
assim, os “obriga à preservação permanente dos recursos naturais e ao melhoramento
contínuo da qualidade ambiental da propriedade como um todo. O modelo orgânico de
produção é também mais intensivo na utilização de serviços permanentes que o sistema
agroquímico.
Entre os anos de 1998 e 2002 a média de preços da saca de café foi de
R$ 193,50 por saca. Entretanto em 1999 o café atingiu o seu maior valor R$ 259,70 por saca,
74% acima da dia no período, e em 2001 atingiu o seu menor valor R$ 115,20 por saca,
equivalente a 58% abaixo da média (AGRIANUAL, 2003).
Num mercado caracterizado pela grande oscilação nos preços dos
produtos como este é imprescindível para o agricultor precaver-se quanto aos riscos que esta
atividade oferece. O café é uma cultura perene e a decisão por optar por esta atividade, que
envolve investimentos na formação do cafezal e na manutenção da lavoura por até 18 anos,
deve ser fundamentada na capacidade de retorno econômico-financeiro sobre o investimento
que a atividade pode oferecer aos produtores. Assim, a redução nos custos de produção
proporcionados pela cafeicultura orgânica e a maior sustentabilidade ecológica e financeira do
produtor neste modelo são fatores decisivos para o sucesso da atividade.
47
Ortega, 2003, conclui em seu estudo que, a produção orgânica de ca
apresentou-se como a alternativa mais compensatória, em termos ecomicos e cio-
ambientais, devido às características deste modelo em obter a maior parte de seus insumos
diretamente do meio ambiente onde está inserida a lavoura. Esta característica das lavouras
orgânicas representa a possibilidade da produção cafeeira ter menores custos, maior
sustentabilidade ecológica, produção de alimentos com maior qualidade, melhores preços pelo
produto no mercado consumidor e, portanto maior rentabilidade ecomica e competitividade.
A produção orgânica de café é mais sustentável ecologicamente no longo prazo, pois utiliza os
recursos naturais renováveis de maneira mais eficiente, preserva os recursos naturais não
renováveis e gera empregos fixos no campo associados com a qualidade de vida. O modelo
agroquímico de cafeicultura somente se sustenta devido aos financiamentos e custeios
subsidiados pelo Estado. Entretanto, trata-se de um mercado distorcido que prende os
produtores na dependência de recursos e do capital externo ao sistema de produção para
conseguir produzir. Existe uma demanda crescente de consumidores que valorizam os
produtos orgânicos tanto no mercado nacional como nos grandes mercados internacionais,
como Japão e Estados Unidos. Esta demanda deve ser vista como uma oportunidade potencial
que motive os pequenos produtores agroquímicos a optarem pela produção orgânica de café.
De acordo com revista AGRIANUAL 2003, no qual os pesquisadores
MARINO, L. e BREDARIOL, F. apontam para o aumento dos rendimentos no mercado
mundial de café, que passou de US$ 30 biles em 1991 para US$ 70 bilhões em 2001.
No entanto, os autores comparam a distribuição dos rendimentos
dentro do agronegócio café neste período e demonstram que em 1991 os países produtores
recebiam cerca de 30% dos rendimentos do mercado de cafés, mas em 2001 esta porcentagem
o passava de 8% do total, o que significa uma perda de 22% de rentabilidade para os países
produtores (AGRIANUAL,2004).
Os cafés vendidos como comodities favorecem os compradores
internacionais, que asseguram os preços em mercados futuros, e prejudicam a comercialização
do café industrializado brasileiro.
Por fim, é importante dizer que a agricultura orgânica em geral tem o
potencial de prover benefícios em termos de proteção ambiental, conservar os recursos não-
renováveis, aumentar a qualidade dos alimentos, reduzir a produção de excedentes e reorientar
48
a agricultura para áreas de demanda de mercado (NAGAY, 2001). Este modelo possibilita
ainda a flexibilização da produção e o consorciamento de diferentes culturas, contribuindo
para minimizar os riscos de perdas agrícolas e aumentar a rentabilidade dos produtores.
3.17 A produtividade da lavoura cafeeira
A produtividade significa a relação entre a quantidade ou valor
produzido e a quantidade ou valor dos insumos aplicados à produção; eficiência produtiva.
Total de sacas produzida dividida pela área (ha). Quantidade produzida por unidade de capital
investido (FERREIRA, 2007, CEPEA/ESALQ, 2008). Equação
A
Qt
=
m
P (1)
P: Produtividade (sacas por hectare)
Qt: Quantidade total sacas produzidas em determinada área
A: área (hectare) de produção
3.18 A Rentabilidade da lavoura cafeeira
A rentabilidade significa a lucratividade, ganho, vantagem ou
benefício que se obtém na lavoura cafeeira. Rendimento do capital investido. Diferença entre
as receitas e as despesas. Lucro bruto, diferença entre a receita de vendas da lavoura cafeeira e
o custo de seu processo (FERREIRA, 2007, CEPEA/ESALQ, 2008).
)( DCR
Ve
R
(2)
R
e
: Rentabilidade lavoura cafeeira (sacas por hectare)
v
R : Receita de Vendas
C : Custos
D : Despesas
49
4 MATERIAL E MÉTODOS
Neste capitulo serão descritos os materiais utilizados na pesquisa bem
como os métodos de coleta de dados, cálculos estatísticos e matemáticos.
4.1 Material
Foram utilizadas na pesquisa trinta propriedades produtoras de café,
sendo quinze com sistema de produção agroquímico (convencional) e quinze com sistema de
produção orgânico. Os dados registrados em planilhas eletrônicas, foram os resultados das
colheitas, de diversas idades, dos anos de 2003 a 2007 (cinco anos). Vale ressaltar que, em
cada propriedade, foi realizado o levantamento dos dados de cinco blocos de produção (áreas
distintas), considerando as datas de plantio e colheitas, com idade determinada (4,5 a 8,5
anos), conforme tabela 06 e apêndice I. Considerando as características do estudo, em que os
produtores foram selecionados de forma intencional, a pesquisa foi caracterizada como um
"estudo de caso". Na obtenção dos dados primários sobre a cafeicultura orgânica e tradicional
(convencional agroquímica), foram realizadas entrevistas, após o término da safra
50
2006/2007. Para complementação dos dados, foram utilizados dados secundários, oriundos de
publicações, revistas, informações de técnicos e organizações (safras 02/2003 a 06/2007).
Tabela 06 Propriedades integrantes da pesquisa - colheitas realizadas no período de 2003 a
2007.
Propriedade Período de plantio idade Sistema
1 1998 a 2002 5 agroquímico
2 1999 a 2003 4,5 Orgânico
3 1996 a 2000 7 Orgânico
4 1996 a 2000 7,5 agroquímico
5 1995 a 1999 8 agroquímico
6 1995 a 1999 8,5 agroquímico
7 1996 a 2000 7 agroquímico
8 1995 a 1999 8,5 Orgânico
9 1998 a 2002 5 Orgânico
10 1996 a 2000 7 Orgânico
11 1996 a 2000 7 Orgânico
12 1998 a 2002 5,5 Orgânico
13 1997 a 2001 6 agroquímico
14 1997 a 2001 6 agroquímico
15 1998 a 2002 5,5 Orgânico
16 1997 a 2001 6 agroquímico
17 1998 a 2002 5,5 Orgânico
18 1997 a 2001 6 Orgânico
19 1997 a 2001 6 agroquímico
20 1997 a 2001 6,5 Orgânico
21 1997 a 2001 6,5 Orgânico
22 1997 a 2001 6 Orgânico
23 1997 a 2001 6 Orgânico
24 1997 a 2001 6,5 Orgânico
25 1998 a 2002 5 agroquímico
26 1996 a 2000 7 agroquímico
27 1996 a 2000 7 agroquímico
28 1996 a 2000 7,5 agroquímico
29 1996 a 2000 7,5 agroquímico
30 1996 a 2000 7,5 agroquímico
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
51
Portanto os dados de Produtividade e Rentabilidade foram registrados
e calculados de acordo com as colheitas considerando a época do plantio, ou seja, as idades
dos cafezais. Assim sendo, registraram-se cinco colheitas para cada propriedade com cafezais
de mesma idade, conforme tabela 07 e apêndice 01. Por exemplo, a propriedade n.01: área
n.01- com plantio em 1998 teve a colheita em 2003 (cafezais com 5 anos); área n.02 - plantio
em 1999 - colheita em 2004 (5 anos); área n.03 plantio em 2000 - colheita em 2005 (5 anos);
área n.04 - plantio em 2001 - colheita em 2006 (5 anos) e área 05 plantio 2002 colheita
2007 (5 anos). Portanto, foram registrados dados de produtividade de cinco colheitas dos
cafezais de cinco anos.
Tabela 07 Método de coleta de dados produtividade em propriedades produtoras de café
Propriedade n.01 - cafezais 5 anos – Agroquímico
área plantio Colheita Idade sacas/ha
1 1998 2003 5 19,50
2 1999 2004 5 20,30
3 2000 2005 5 19,90
4 2001 2006 5 19,80
5 2002 2007 5 20,50
média 20,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
4.1.1 Caracterização da região analisada
O estudo foi realizado em uma parte da região da Alta Paulista,
localizada no oeste do estado de São Paulo que é formada pelas cidades de Garça, Gália, Vera
Cruz, Marília, Alvinlândia, Lupércio, Álvaro de Carvalho, Marília, Tupã, Parapuã, Osvaldo
Cruz, Lucélia, Adamantina e Junqueirópolis, entre outros municípios produtores. A expansão
do café na região ocorreu nas primeiras décadas do século XX, com a chegada dos primeiros
habitantes (GARCAFÉ, 2008).
52
4.2 Métodos
Neste capitulo apresentam os principais conceitos e procedimentos das
análises estatística e matemática, posteriormente, então, os meios de investigação para a
realização do trabalho, as etapas de preparação para a coleta dos dados e apresentação dos
resultados, através de fluxogramas, conforme tabelas 08 e 09.
Tabela 08. Fluxograma da metodologia estatística e matemática com utilização de médias de
produtividade e rentabilidade das lavouras cafeeiras.
Ordem
Método
Descrição
01
A análise estatística
software Minitab
-
Processar dados
da
s
médias de produtividades e rentabilidades
em
relação a idade das lavouras cafeeiras agroquímica e orgânica
- Analisar as variâncias das médias
02
Teste F de Snedecor
software SigmaStat
-
Processar dados que apresentam distribuição normal
03
Teste de Tukey
software SigmaStat
-
Comparar médias dos testes F de Snedecor
04
Teste de Kruskal-Wallis
(ANOVA)
software SigmaStat
-
Processar dados com distribuição não
-
normal
teste não
paramétrico
05
Teste de Dunn
software SigmaStat
-
Comparar medianas dos testes
de Kruskal
-
Wallis
06
Análise Matemática
Sistema equações
software Origin 6.0
-
Processar dados
da
s
médias de produtividades e rentabilidades
em
relação a idade das lavouras cafeeiras agroquímica e orgânica,
- Analisar o comportamento hiperbólico das curvas com utilização de
médias - Função de ajuste dos modelos, possibilita translações nos
eixos das ordenadas e abscissas
- Objetiva, inicialmente, criar uma lei que descreva a produtividade e
rentabilidade de cada sistema cafeeiro nos pontos médios.
- Realiza várias iterações até alcançar um ajuste adequado, via teste
qui-quadrado.
- Insere médias de cada período de tempo e os parâmetros iniciais a,
b e c
- Ajusta a função hiperbólica para cada sistema cafeeiro e cada
variável do estudo de produtividade e rentabilidade por hectare.
07
Sistema equações software
Mathematica 5.2
-
Verifica se há diferença significativa entre os valores de
produtividade e rentabilidade nas classes,
- Determina os parâmetros a, b e c. - Soluciona o sistema - padroniza
os cálculos - descarta a utilização de medianas que foram utilizadas
em algumas das comparações não paramétricas com o teste de
Kruskal-Wallis.
53
Tabela 09. Fluxograma da metodologia de coleta de dados, cálculos de médias de produtividade e
rentabilidade das lavouras cafeeiras e apresentação dos resultados.
Ordem
Método
Descrição
01 Modelos
lineares
-
Cálculos
da
s
m
é
dias de produtividade e rentabilidade
- Somatório das médias – gera produtividade e rentabilidade acumuladas.
- Utilização dados coletados em planilhas eletrônicas de cálculos.
02 Pesquisa
De
campo
-
Planejamento de coleta
dados
- Formulação do questionamento
- Coleta de dados em planilhas eletrônicas
03 Apresentação
dos
resultados
dos
métodos
matemáticos e
estatísticos
-
P
lanilhas eletrônicas
- Tabelas e gráficos,
- gerenciar informações
- Possibilitou a concepção do conhecimento dos sistemas de produção
agroquímico e orgânico, o que permitiu a inferência desta pesquisa
4.2.1 Considerações sobre o estudo realizado
Foi conduzido em parceria com as instituões estaduais e municipais
que atuam no setor da cafeicultura, tendo-se como foco prioritário o levantamento de
informações para alimentar um banco de dados de custos, receitas de produção, produtividade
e rentabilidade; população; poticas econômico-financeira e ambientais.
Com utilização da teoria ecomica e da matemática foram elaboradas
as avaliações matemáticas para:
a) Demonstrar as situações econômico-financeiras passadas, presentes e futuras
(projeções) da agricultura produtora de café na região.
b) Indicar o investimento com maior viabilidade econômico-financeira, para gerenciar o
custo e beneficio da lavoura cafeeira.
54
Os objetivos foram qualificar e quantificar os níveis de produtividade,
bem como a rentabilidade, sob o enfoque da sustentabilidade ecomica da agricultura
cafeeira.
Para analisar as hipóteses sugeridas (comportamento inverso das
variáveis nos sistemas cafeeiros e grande diferenciação nas escalas de valores da
rentabilidade). Segundo a tipologia (2004), esta pesquisa é explicativa, pois a intenção é
construir modelos quantitativos para avaliar os resultados produtividade e rentabilidade da
lavoura cafeeira convencional (agroquímica) e orgânica, a partir da idade dos cafezais. Essa
explicação será empreendida a partir das alises dos modelos propostos. Esses modelos, que
foram desenvolvidos a partir de substratos teóricos e empíricos, foram verificados através da
Análise Estatística e Análise Matemática.
4.2.2 Análise Estatística
A análise estatística descritiva dos dados (de produtividade e
rentabilidade por hectare) foram realizados de acordo com os métodos quantitativos
denominados análises de variância, teste F de Snedecor (MATOS, 2000), para dados que
apresentavam distribuição normal, com posterior comparação de médias pelo teste de Tukey
(GUJARATI, 2000). Para os dados com distribuição não-normal, utilizou-se o teste não
paramétrico de Kruskal-Wallis (GUJARATI, 2000), com posterior comparação de medianas
pelo teste de Dunn (GUJARATI, 2000).
4.2.2.1 Análises de variância,
Segundo, Gujarati, 2000, a variância é a soma dos quadrados dividido
pelo número de observações do conjunto menos uma. A variância é representada por S², sendo
calculada pelas equações:
1
n
)
X-
(
X
S
2
_
_
I
2
=
1
n
SQ
S
2
(3)
55
O denominador “n 1” da variância é determinado graus de liberdade.
O principio dos graus de liberdade é constantemente utilizado na estatística. Considerando um
conjunto de “nobservações (dados) e fixando uma média para esse grupo, existe a liberdade
de escolher os valores numéricos de n-1 observações, o valor da última observação estará
fixado para atender ao requisito de ser a soma dos desvios da média igual a zero. No caso
específico do cálculo da variância, diz-se que os “n” graus de liberdade originalmente
disponíveis no conjunto sofreram a redução de uma unidade porque uma estatística, a média
foi calculada dos dados do grupo e aplicada na determinação da variância.
É um todo estatístico desenvolvido a partir da análise das
estruturas de variância, e combina técnicas de regressões. Esse método conjuga a abordagem
da análise regressão confirmatória dos modelos de mensuração com um conjunto
simultâneo de regressões estruturais lineares entre os fatores representadas pelo modelo de
fatores.
4.2.2.2 Teste F de Snedecor (MATOS, 2000),
Segundo Matos, 2000, para dados que apresentavam distribuição
normal, a estatística F é utilizada para testar o efeito conjunto das variáveis explicativas sobre
a dependente, ou seja, serve para verificar se, pelo menos, um dos X explica a variação de Y.
desse modo, a hipótese nula (Ho) indicará que nenhum dos X afeta Y, enquanto a hitese
(H1) assegura que, pelo menos, uma das variáveis explicativas influenciará a variável
dependente (Y).
1
k
n
VR
k
VE
F
1kk.n
(4)
VE: variância explicada
VR: variância residual
K: grau de liberdade do numerador
n-k-1: grau de liberdade do denominador
56
4.2.2.3 Teste de Tukey
O teste Tukey (de comparação de médias) serve como um
complemento para o estudo da análise de variância (GUJARATI, 2000).
O Teste de Tukey, é um dos testes de comparação de média mais
utilizados, por ser bastante rigoroso e fácil aplicação; não permite comparar grupos de
tratamentos entre si; é utilizado para testar toda e qualquer diferença entre duas médias de
tratamento; é aplicado quando o teste “F” para tratamentos da ANOVA (análise de variância)
for significativo. O teste de Tukey tem como base a DMS (diferença mínima significativa),
representada no geral por ∆ e calculada da seguinte forma:
r
s
QM.ReqαΔ(α)
( 5 )
Onde:
(α) = é o valor da amplitude estudentizada, cujo o valor é encontrado em tabelas, em fuão
do número de tratamentos e do número de grau de liberdade do resíduo, ao nível α de
probabilidade (em geral 5%);
s = é a estimativa do desvio padrão residual (erro experimental);
r = número de repetições.
4.2.2.4 Teste de Kruskal-Wallis (ANOVA)
O teste de Kruskal-Wallis é não paramétrico, para dados com
distribuição não-normal, e primeiramente converte os dados em postos ( GUJARATI, 2000).
A estatística de teste é:
1)
3(n
n
R
.
1)N(N
12
k
2
(6)
Assim, para análises dos dados de produção e produtividade de cafés,
primeiramente ordenamos os dados em então somamos os postos dentro de cada grupo ( ).
As diferenças nos postos médios /n indicam diferenças nos grupos.
Nossa hipótese nula é que todos os grupos vêem da mesma população. Seja N o tamanho de
amostra total.
57
Esta deve ser comparada com uma distribuição com df graus de
liberdade, em que df (número de grupos). Assim podemos concluir que existem ou não
evidências estatísticas e se são ou não significantes de uma diferença entre o número área.
4.2.2.5 Teste de Dunn
Análise complementar, um s-teste que mostra onde se deu a
significância entre dados -posterior comparação de medianas. - quais médias testadas seriam
significantemente diferentes entre si. É um teste estatístico de comparações múltiplas entre as
médias dos postos das amostras, (GUJARATI, 2000). (Tabela 10).
Tabela 10. Comparações múltiplas entre médias dos postos das amostras
Amostras comparadas
(comparação duas a
duas)
Diferenças
entre
médias
Valor crítico
(µ) a 0,1%
Significância
Significante
Fonte: GUJARATI, 2000
4.2.3 Análise Matemática.
A análise matemática das curvas utilizadas neste trabalho foram
elaboradas com o software Origin for Windows 6.0, que utiliza métodos numéricos para ajuste
dos dados fornecidos à uma função de parâmetros variáveis. A função eleita para ajuste dos
modelos apresentados, que caracteriza comportamento hiperbólico e possibilita translações
nos eixos das ordenadas e abscissas, é dada por:
x
c
b
af(x)
, (7)
58
onde:
-
x
: representa a idade dos cafezais;
- )(xf : função produtividade )(xP ou rentabilidade média )(xR .
A modelagem realizada para a produção, e para rentabilidade, devem
aproximar-se dos valores médios obtidos. Os valores de
x
, desta forma, existem somente em
alguns pontos. As curvas objetiva, inicialmente, criar uma lei que descreva a produção (e
rentabilidade) de cada sistema cafeeiro em tais pontos.
Para o ajuste dos parâmetros a, b e c, utilizaram-se como valores
iniciais no sistema os pontos dados pelas médias. Importa o fato de que tais pontos
representam apenas as condições iniciais do sistema, que realiza várias iterações até alcançar
um ajuste adequado estatisticamente, via teste qui-quadrado.
Para verificar se diferença estatística significativa entre os valores
de produtividade (e rentabilidade) nas classes, e que serão suficientes para a determinação dos
parâmetros a, b e c. O sistema será baseado em equações. A solução do sistema é determinada
através do software Mathematica 5.2 atribuindo-se anteriormente os valores de f(x) e
utilizando valores de produtividades.
O resultado das demais simulações, retornando valores iniciais para
posterior simulação numérica de ajuste de curvas, juntamente com os valores médios de
produtividade e rentabilidade a serem associados nos pontos.
Serão necessários três pontos de médias para determinar os três
parâmetros a, b e c. Por fim, a utilização somente de médias será importante para a
padronização dos cálculos e sua utilização nas funções e estimativas de parâmetros,
descartando a utilização de medianas que forma utilizadas em algumas das comparações não
paramétricas com o teste de Kruskal-Wallis.
Utilizando o software Origin, será possível, inserindo as médias de
cada período de tempo e os parâmetros iniciais a, b e c , ajustar a função (I) para cada sistema
cafeeiro e cada variável do presente estudo (produtividade e rentabilidade).
59
4.2.4 Modelos lineares de produtividade e rentabilidade da lavoura
cafeeira
A produtividade da lavoura cafeeira é expressa pela equação:
t
β
α
P
m
, (8)
onde:
Pm: Produtividade lavoura cafeeira / ha;
α: coeficiente linear ou coeficiente alfa, representando o parâmetro linear da reta de
regressão e a produtividade autônoma;
β: coeficiente angular ou coeficiente beta, representando o parâmetro da reta de
regressão, que identifica tendência à produtividade de acordo com a idade dos cafezais;
t: variável independente (idade dos cafezais).
A rentabilidade da lavoura cafeeira é expressa pela equação:
))(( tPP
C
Ve
R
(9)
onde:
Re: Retorno lavoura cafeeira / ha. (lucro bruto da operação).
Pv: preço de venda da saca de café beneficiado de 60 kg.
Pc: preço de custo da saca de café beneficiado de 60 kg.
α: coeficiente linear ou coeficiente alfa, representando o parâmetro linear da reta de
regressão; retorno aunomo sobre o investimento, ou seja, taxa livre de risco;
β: coeficiente angular ou coeficiente beta, representando o parâmetro, da reta de
regressão, que identifica tendência ao retorno da produção de acordo com a idade dos
cafezais;
t: variável independente (idade dos cafezais).
60
4.2.4.1 Estimação dos parâmetros
A modelagem matemática analisou o retorno sobre investimentos dos
sistemas de produção presentes na região pesquisada, relacionando indicadores de atratividade
de investimentos.
Critério de avaliação de estimativas de modelos: toda construção
humana é passível de avaliação mediante sua comparação com algum padrão preestabelecido.
Em matemática e estatística, isso não é diferente. Existem critérios capazes de qualificar os
resultados obtidos com a formulação e estimação de um modelo (MATOS, 2000).
A metodologia constitui as concepções teóricas de abordagem, o
conjunto de técnicas direcionadas pelo investigador a fim de obter a construção da realidade
(BEUREN, 2004).
Neste estudo, a investigação mostrou os caminhos para diagnosticar
cada propriedade rural. A estratégia básica foi como entender o assunto em estudo e fornecer
dados que possam melhorar a forma de gestão das propriedades agrícolas familiares. Isso
passou a ser verificado através de uma compreensão analítica e da descoberta relativa da
estratificação, ou seja, a disposição em etapas permitiu obter uma maior resolução do
problema.
Vale destacar, ainda que, se considerou este trabalho como uma
pesquisa participativa, caracterizou-se pela interação entre o pesquisador e os pesquisados no
processo (BEUREN, 2004).
Paralelamente, o trabalho exigiu atenção especial no levantamento
bibliográfico, documental e nas entrevistas semi-estruturadas. O estudo de caso, num sistema
integrado e modelagem compilada em estudo qualitativo e quantitativo, por ser uma análise na
profundidade do entendimento, foram no habitat natural.
Pretendeu-se criar um modelo para a previsão da produtividade e
rentabilidade para auxiliar o agricultor a tomar decisões, através da modelagem matemática.
61
4.2.4.2 Características e variáveis do modelo matemático
As principais hiteses a serem verificadas neste trabalho consistem
na determinação da influência dos sistemas de produção orgânico e agroquímico sobre o nível
de rentabilidade e produção na lavoura cafeeira, segundo as variáveis consideradas (Tabela 11).
Tabela 11. Definição das variáveis e suas relações.
Variáveis Sigla Unidades
DEPENDENTE (Y)
Y:
Produtividade média PM Sacas
INDEPENDENTE (X)
X1:
Idade dos Cafezais IC Anos
Fonte: Matos, 2000.
O modelo teórico (ou relação funcional) estabelecido segundo Matos
(2000), assume uma relação de dependência única (modelo uniequacional), e não de
interdependência, da seguinte forma:
Y = f (X
n
) (10)
O modelo matemático (linguagem matetica) assim estabelecido
pode ser descrito da seguinte forma:
P =
0
+
1
.X
1
(11)
onde:
P: variável independente do modelo matemático (produtividade por hectare);
X
1
: variável explicativa do modelo matemático (idade dos cafezais).
62
Modelo matemático (linguagem matemática): O modelo Matemático
estabelecido segundo Johnston, 1974 e Matos, 2000.
R =
0
+
1
.X
1
(12)
onde:
R(x): rentabilidade média do agricultor;
X
1
: variável explicativas do modelo matemático (idade dos cafezais).
4.2.4.3 A produtividade e rentabilidade acumulada
A produtividade acumulada de um sistema cafeeiro até um
determinado ano n (idade do cafezal) é definida através da agregação da quantidade de sacas
produzida anualmente por hectare desde o primeiro ano de estudo até o ano n. Desta forma,
visto que o estudo inicia-se a partir de 4 anos de idade dos cafezais, a produtividade
acumulada é dada por:
n
4t
tA
PP
(13)
Onde:
-
A
P : produtividade acumulada até a idade do cafezal n;
-
t
P : produtividade do cafezal no ano t.
Analogamente, a rentabilidade acumulada de um sistema cafeeiro até
um determinado ano n (idade do cafezal) é definida através da agregação da rentabilidade
anual por hectare desde o primeiro ano de estudo até o ano n. Desta forma, visto que o estudo
inicia-se a partir de 4 anos de idade dos cafezais, a rentabilidade acumulada é dada por:
63
n
4t
tA
RR
(14)
Onde:
-
A
R : rentabilidade acumulada até a idade do cafezal n;
-
t
R : rentabilidade do cafezal no ano t.
4.2.5 O planejamento da pesquisa de campo
O planejamento da pesquisa obedeceu a um delineamento envolvendo
a obtenção, a interpretação dos dados, o conhecimento do ambiente em que se está atuando.
Baseando-se em um método heurístico, pela descoberta das situações in loco e pela descrição
do cenário das situações, com aumento do potencial de aplicabilidade (SANTOS, 2007).
Uma das formas de conscientizar de que será realmente viável a
implantação ou desenvolvimento do método, pode ser com técnicas de entrevistas,
questionários e checklist. Segundo Santos, 2007: “A participação de pessoas qualificadas,
externas aos produtores de café, geralmente torna o processo de avaliação mais produtivo e
confiável, seja pela experiência específica desses profissionais, seja pela sua imparcialidade”.
Muitas vezes estas entrevistas foram realizadas também com fornecedores e clientes, que, de
certa forma, podem garantir um sucesso maior na adoção desse processo, já que são partes
integrantes de um gerenciamento. Nesse sentido, foram realizadas entrevistas sobre o assunto
em pauta.
Realizou-se estudos de casos em 30 unidades de produção que melhor
explicaram o problema, para identificar novas formas de trabalho, buscar alternativas para
avaliação e crescimento no potencial de aplicabilidade de algum modelo que seja viável. Isso
possibilita uma nova forma de atuação da gestão sustentável dos produtores de café. Além
disso, considera-se uma maneira mais adequada de se obter conhecimento e mostrar outros
caminhos ou linhas de atuação, num processo de melhoria contínua, uma vez que: o estudo de
caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira
64
a permitir conhecimento amplo e detalhado do mesmo; tarefa praticamente impossível
mediante os outros delineamentos considerados. Este delineamento se fundamenta na idéia de
que a análise de algumas unidades de determinado universo possibilita a compreensão da
generalidade do mesmo ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma investigação
posterior, mais sistemática e precisa. (SANTOS, 2007).
4.2.5.1 Formulação do questionamento
Foram formuladas algumas abordagens para questionamento e estudo
do gerenciamento através da modelagem matemática e estatística:
a) Tipos (sistemas) de produção de café: convencional- agroquímico, orgânico;
implicações a curto e longo prazo;
b) Área ocupada e tipo de cultura desenvolvida na propriedade;
c) Qual produção e produtividade nos últimos cinco anos?
d) Conhecimento das poticas governamentais para a produção e comercialização do
café;
e) A certificação pode ser uma das formas de verificar se o produto é realmente
orgânico ou ecológico; gerenciamento de aspectos e impactos ambientais; controle
de poluição consumo de água, consumo de energia, contaminação do solo, poeira,
poluição sonora; Fiscalização, acidentes ou incidentes ambientais; proteções
ambientais; Comprometimento dos produtores de café, inovação tecnológica.
A trajetória metodológica seguiu uma abordagem sistêmica, com
envolvimento de vários atores: entrevistados, pesquisadores e administradores da empresa
rural que foram pesquisadas.
4.2.5.2 Metodologia de coleta de dados
Foram coletados dados sobre: produtividade, rentabilidade,
energéticos e tecnológicos, através de séries temporais, de cafezais com idade de quatro a oito
65
anos e meio, colhidos junto aos agricultores participantes do espaço amostral de 30
propriedades e sistemas de produção convencional e orgânico, escolhidas intencionalmente,
localizadas na região Alta Paulista, contabilizados em planilhas eletnicas, para posterior
análise de seus níveis e para informar ao agricultor quais foram as melhores opções de
investimentos. Foram realizadas entrevistas aos proprietários ou administradores de cada
propriedade, levando-se dados de produção de café de uma determinada idade em 5 colheitas
diferentes. Posteriormente, obtiveram-se médias destas colheitas para cada propriedade,
conforme apêndice I
Como as propriedades realizam controle dos dados de produção por
área, considerou-se o ano inicial o de plantio e anos de colheitas os períodos subseqüentes de
acordo com idade dos cafezais. Registram-se, cinco áreas de produção, em cada propriedade,
utilizaram-se as colheitas médias dos cafezais com idade de quatro anos, quatro anos e meio,
cinco, cinco anos e meio, seis, seis anos e meio, sete, sete anos e meio, oito e oito anos e meio,
para o cálculo da produtividade e rentabilidade. (Exemplo anexo 1)
O método de coleta de dados dos custos de produção foi de acordo
com a planilha de custos elaborada pela CONAB, 2007 conforme apêndice I.
4.2.6 Apresentação dos resultados
Os dados coletados, foram processados em planilhas eletnicas
através dos métodos matemáticos e estatísticos, obtendo assim os resultados, que foram
apresentados em tabelas e gráficos, com a gestão destas informações possibilitou a concepção
do conhecimento sobre os aspectos qualitativos e quantitativos da cafeicultura, na região
pesquisada, especificamente, com relação a produtividade e rentabilidade para os sistemas de
produção agroquímico e orgânico. Mediante esses métodos que se encalça a capacidade de
inferência explicativa da pesquisa.
66
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que o sistema de
produção de café agroquímico comumente desenvolvido na Alta Paulista apresenta viabilidade
econômica, porém o sistema de produção orgânico demonstrou uma melhor eficiência
financeira. Apesar do fato dos cafezais agroquímicos serem mais produtivos nos primeiros
anos de cultivo, sua rentabilidade é menor do que o orgânico, pouco após o início das
primeiras colheitas, conforme demonstrado pelas análises matemáticas e estatísticas.
5.1 Análise Estatística
A primeira análise do presente trabalho é voltada à descrão da
produtividade e rentabilidade de dois sistemas cafeeiros: agroquímico e orgânico.
Os dados, obtidos em 30 propriedades rurais (15 em cada sistema
cafeeiro) com 5 amostras de blocos de produção por propriedade, compõem um espaço
amostral de
150530
dados de produtividade por hectare. Para a obtenção dos dados
respectivos de rentabilidade, foi realizado o produto do valor da produtividade pelo lucro de
cada sistema cafeeiro, conforme a Tabela 05.
67
Como a idade dos cafezais variava entre 4,5 a 8,5 anos, foram criadas
quatro classes de idade:
- Classe (I): cafezais com menos de 6 anos de idade, denotado por “< 6”;
- Classe (II): cafezais com 6 anos de idade (inclusive) a 7, denotado por “6 |– 7”;
- Classe (III): cafezais com 7 anos de idade (inclusive) a 8, denotado por “7 |– 8”;
- Classe (IV): cafezais com mais que 8 anos de idade (inclusive), denotado por “≥ 8”.
A análise descritiva dos dados foi, portanto, realizada de acordo com
os sistemas cafeeiros e as classes de idades (I a IV), quantidade de propriedade (n) para
obtenção de sua média de produtividade (sacas por hectare), portanto, para cada sistema
cafeeiro de produção foram utilizadas 75 amostras de produtividade, conforme ilustram a
Tabela 12 e as Figuras 07 e 08. Revelam um comportamento inverso com relação a
produtividade, crescimento para o sistema cafeeiro orgânico e decrescimento para o
agroquímico.
Tabela 12. Análise descritiva da produtividade de sacas de café por hectare nos blocos de
produção das propriedades rurais dos sistemas cafeeiros agroquímico e orgânico no período de
2003 a 2007. Alta Paulista Oeste do Estado de São Paulo.
Produtividade
Sistemas Cafeeiros Classes
n Média
Desvio Padrão Mediana
Agroquímico
(I) 10
19,75 0,448 19,65
(II) 20
18,75 0,831 18,9
(III) 35
18,11 0,621 18,1
(IV) 10
18,00 0,309 18,1
Orgânico
(I) 25
16,40 0,908 16,2
(II) 30
17,09 0,702 17,25
(III) 15
18,00 0,846 18,14
(IV) 5 18,50 1,063 18,6
Fonte: Dados pesquisa (elabora pelo autor)
68
As dias de produtividade (sacas por hectare) para o sistema cafeeiro
de produção Agroquímico, conforme ilustra Figura 7, revela um comportamento decrescente.
(IV)(III)(II)(I)
21
20
19
18
17
Classes
Produtividade
Boxplot of Produtividade
Sistema de Produção = Agroquimico
“< 6” 6 |– 7” “7 |– 8”
8
comportamento decrescente
a
ab
b
b
19,75
18,75
18,75
18,114 18
Figura 7. Boxplot para dados amostrais da análise da produtividade nos sistemas de produção
Agroquímico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente aos
blocos de produção das propriedades rurais em estudo.
Fonte: Dados pesquisa (elabora pelo autor)
69
As dias de produtividade (sacas por hectare) para o sistema cafeeiro
de produção orgânico, conforme ilustra Figura 8, revela um comportamento crescente.
(IV)(III)(II)(I)
20
19
18
17
16
15
14
Classes
Produtividade
Boxplot of Produtividade
Sistema de Prodão = Organico
comportamento crescente
“< 6” “6 |– 7” 7 |– 8”
8”
a
b
b
b
16,369
17,089
18,008
18,502
Figura 8. Boxplot para dados amostrais da análise da produtividade nos sistemas de produção
Orgânico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente aos blocos
de produção das propriedades rurais em estudo.
Fonte: Dados pesquisa (elabora pelo autor)
A Tabela 13 e as Figuras 09 e 10 mostram os valores da rentabilidade
dos sistemas cafeeiros, que também apresentaram comportamento inverso, crescimento para o
orgânico e decrescimento para o agroquímico e com um grande diferencial na escala de
valores.
70
Tabela 13. Análise descritiva da rentabilidade de sacas de café por hectare nos blocos de
produção das propriedades rurais em estudo relativamente aos sistemas cafeeiros agroquímico
e orgânico no período de 2003 a 2007.
Rentabilidade
Sistemas Cafeeiros Classes
n Média
Desvio Padrão Mediana
Agroquímico
(I) 10
577,69
13,1 574,76
(II) 20
548,44
24,32 552,83
(III) 35
529,84
18,16 529,43
(IV) 10
526,5 9,04 529,43
Orgânico
(I) 25
1863,9
103,4 1844,7
(II) 30
1945,9
79,9 1964,3
(III) 15
2050,6
96,3 2065,6
(IV) 5 2106,8
121,1 2118
As médias de Rentabilidade (por hectare) para o sistema cafeeiro de
produção Agroquímico, conforme ilustra Figura 9, revela um comportamento de decrescente.
(IV)(III)(II)(I)
600
580
560
540
520
500
Classes
Rentabilidade
Boxplot of Rentabilidade
Sistema de Produção = Agroquimico
comportamento decrescente
“< 6” “6 |– 7” “7 |– 8”
8
b
a
b
ab
577,69
548,44
529,84
526,5
Figura 09. Boxplot para dados amostrais da análise da rentabilidade nos sistemas de produção
Agroquímico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente aos
blocos de produção das propriedades rurais em estudo
71
As médias de Rentabilidade (por hectare) para o sistema cafeeiro de
produção orgânico, conforme ilustra Figura 10, revela um comportamento crescente.
(IV)(III)(II)(I)
2300
2200
2100
2000
1900
1800
1700
1600
Classes
Rentabilidade
Boxplot of Rentabilidade
Sistema de Produção = Organico
comportamento crescente
“< 6” 6 |– 7” 7 |– 8”
8”
a
b
b
b
1.863,90
1.945,90
2.050,60
2.106,80
Figura 10. Boxplot para dados amostrais da análise da rentabilidade nos sistemas de produção
orgânico nas diferentes classes de idade dos cafezais (I, II, III, IV) relativamente aos blocos de
produção das propriedades rurais em estudo
Para poder obter conclusões reais das hiteses sugeridas
(comportamento inverso das variáveis nos sistemas cafeeiros e grande diferenciação nas
escalas de valores da rentabilidade), realizaram-se análises de variância utilizando o teste F de
Snedecor, quando os dados apresentavam distribuição normal, com posterior comparação de
médias pelo teste de Tukey. Para os dados com distribuição não-normal, utilizou-se o teste não
paramétrico de Kruskal-Wallis, com posterior comparação de medianas pelo teste de Dunn.
A Tabela 14 apresenta as comparações realizadas com os p-valores
seguidos da letra (F), quando obtido pelo teste F de Snedecor, e da letras (KW), quando obtido
pelo teste de Kruskal-Wallis, totalizando 12 análises de variância efetuadas.
72
Tabela 14. Valores médios e desvio padrão da produtividade e rentabilidade de sacas de café
por hectare dos blocos de produção das propriedades rurais em estudo obtidos nos sistemas
cafeeiros (agroquímico e orgânico) nas classes de idade de cafezais consideradas (I, II, III,
IV).
Variável
Sistemas
Cafeeiros
Classes
(I) (II) (III) (IV) p
Produtividade
Agroquímico
19,8 ± 0,4 Aa
18,8 ± 0,8 Aab
18,1 ± 0,6 Ab
18,0 ± 0,3 Ab <0,001 (KW)
Orgânico
16,4 ± 0,9 Ba
17,1 ± 0,7 Bb
18,0 ± 0,8 Ab
18,5 ± 1,1 Ab <0,001 (KW)
P
<0,001 (F) <0,001(F) 0,622 (F) 0,356 (F) -
Rentabilidade
Agroquímico
578 ± 13 Aa
548 ± 24 Aab
530 ± 18 Ab
527 ± 9 Ab <0,001 (KW)
Orgânico
1864 ± 103 Ba
1946 ± 80 Bb
2051 ± 96 Bb
2107 ± 121 Bb
<0,001 (KW)
P
<0,001 (KW) <0,001 (F) <0,001 (F) 0,002 (F) -
Caselas seguidas de letras distintas, maiúsculas nas colunas e
minúsculas nas linhas, diferem entre si ao nível de signifincia de 5 % pelo teste de Tukey,
para as comparações com indicação (F), e pelo Teste de Dunn, para as comparações com
indicação (KW). Valores de p seguidos de (F) indicam a utilização do teste paramétrico F de
Snedecor (comparações de médias) e, seguidos de (KW), indicam utilização do teste não
paramétrico de Kruskal-Wallis, para comparação de medianas.
A Tabela 14 confirma a hitese de diferenças entre os sistemas
cafeeiros em quase todas as classes, exceto nas classes (III) e (IV) para a produtividade.
Porém, quando analisadas tais classes em relação à rentabilidade, as difereas são percebidas.
Isto se deve ao fato de o lucro de tais sistemas cafeeiros serem abruptamente diferentes (R$
29,25 - agroquímico vs R$ 113,87 - orgânico).
Além disto, a tabela revela que o sistema agroquímico apresenta um
decrescimento sensível na sua produtividade, com diferença significativa entre a produção da
primeira (I) classe com as últimas (III e IV), comportamento análogo à rentabilidade. Por
outro lado, o sistema orgânico apresenta realidade inversa, e um crescimento de produção,
onde a classe (I) apresenta valores significativamente menores que as classes de idades finais
(III e IV).
Frente aos resultados apresentados, é de grande interesse quantificar as
possíveis diferenças entre os sistemas, seja na produção ao final dos 4 períodos (classes de
73
idades), seja financeiramente, objetivando identificar o melhor sistema de produção (em
quantidade produzida e em lucro ao produtor). Para isto, foram construídas curvas que ajustem
os valores obtidos para uma devida comparação dos resultados.
5.2 Análise Matemática
As curvas utilizadas neste trabalho foram elaborados com o software
Origin for Windows 6.0, que utiliza métodos numéricos para ajuste dos dados fornecidos à
uma função de parâmetros variáveis. A função eleita para ajuste dos modelos apresentados,
que caracteriza comportamento hiperlico e possibilita translações nos eixos das ordenadas e
abscissas.
Vale ressaltar que )(xf será denotada por )(xP quando a modelagem
for realizada para a produção, e por )(xR para rentabilidade, e devem aproximar-se dos
valores médios obtidos na Tabela 12. Os valores de
x
, desta forma, existem somente nos
pontos
5
x
,
6
x
,
7
x
e
8
x
, e este presente ajuste de curvas objetiva, inicialmente,
criar uma lei que descreva a produção (e rentabilidade) de cada sistema cafeeiro em tais
pontos.
Para o ajuste dos parâmetros a, b e c, utilizaram-se como valores
iniciais no sistema os pontos dados pelas médias apresentadas na Tabela 12. Importa o fato de
que tais pontos representam apenas as condições iniciais do sistema, que realiza várias
iterações até alcançar um ajuste adequado estatisticamente, via teste qui-quadrado.
Visto que pela Tabela 14 não há diferença estatística significativa entre
os valores de produtividade (e rentabilidade) nas classes (III) e (IV) (
7
x
e
8
x
), optou-se
por utilizar para a inserção das condições iniciais os pontos associados à
5
x
,
6
x
e
7
x
,
uma vez também que somente três pontos seriam necessários e suficientes para a determinação
dos parâmetros a, b e c. O sistema proposto foi baseado nas seguintes equações:
74
7
)7(
)6(.6
5
)5(
7
)7(
6
)6(
5
)5(
7,6,5,)(
af
b
c
afcb
c
b
fa
c
b
af
c
b
af
c
b
af
x
xc
b
axf
(II)
A solução do sistema (II) é determinada através do software
Mathematica 5.2 atribuindo-se anteriormente os valores de )5(f , )6(f e )7(f , e utilizando
os comandos seguintes:
F5=19.8
F6=18.8
F7=18.1
eqns={a==F5-b/(c+5),b==(c+6)*(F6-a),c==(b/(F7-a))-7};
Solve[eqns,{a,b,c}]
que ilustram uma dos sistemas propostos (caso Produtividade / Agroquímico), retornando o
seguinte resultado:
{{b26.4444,a14.1333,c-0.333333}}
O resultado das demais simulações, retornando valores iniciais para
posterior simulação numérica de ajuste de curvas, juntamente com os valores médios de
produtividade e rentabilidade a serem associados nos pontos
5
x
,
6
x
e
7
x
estão
dispostos na Tabela 15.
75
Tabela 15. Valores médios da produtividade e rentabilidade de sacas de café por hectare e
estimativas de valores iniciais dos parâmetros a, b e c.
Variável
Sistemas
Cafeeiros
)5(f )6(f )7(f
A b c
Produtividade
Agroquímico
19,8 18,8 18,1 14,13 26,44 -0,33
Orgânico
16,4 17,1 18 10,80 -50,4 -14
Rentabilidade
Agroquímico
578 548 530 458 360 -2
Orgânico
1864 1946 2051 1.197,3 -6.087,2
-141,3
É importante ressaltar que foram somente necessários três pontos de
médias para determinar os três parâmetros a, b e c, não havendo necessidade de utilizar um 4.º
ponto. Além disto, este ponto que seria dado por )8(f é estatisticamente igual ao penúltimo
segundo as análises de variância realizadas, vindo a corroborar com sua não utilização. Por
fim, a utilização somente de médias foi importante para a padronização dos lculos e sua
utilização nas funções e estimativas de parâmetros, descartando a utilização de medianas que
foram utilizadas em algumas das comparações não paramétricas com o teste de Kruskal-
Wallis.
Utilizando o software Origin, foi possível, inserindo as médias de cada
período de tempo (Tabela 13) e os parâmetros iniciais a, b e c (Tabela 15), ajustar a função
(07) para cada sistema cafeeiro e cada variável do presente estudo (produtividade e
rentabilidade). A Tabela 16 ilustra os resultados dos parâmetros da função (07) para cada um
destes casos.
Tabela 16. Valores dos parâmetros a, b e c e funções de produtividade )(xP e rentabilidade
)(xR associadas.
Variável
Sistemas
Cafeeiros
A b c
Produtividade
Agroquímico
16,8 5,3 -3,2
Orgânico
19,8 -7,7 -2,8
Rentabilidade
Agroquímico
499 119 -4
Orgânico
1.241 -6.893 -15,8
76
Substituindo os valores da Tabela 16 na equação (07), é possível obter
as seguintes equações que modelam matematicamente as médias obtidas na Tabela 15.
Produtividade: Agroquímico :
x
xP
23,3
27,5
82,16)(
(III)
Orgânico :
x
xP
78,2
72,7
82,19)(
(IV)
Rentabilidade: Agroquímico
x
xR
5,3
8,118
499)(
(V)
Orgânico :
x
xR
8,15
6892
1241)(
(VI)
Os gráficos das funções (III) a (VI) são dadas pela Figura 11:
5 6 7 8
17,8
18,0
18,2
18,4
18,6
18,8
19,0
19,2
19,4
19,6
19,8
20,0
Agroquímico
Produtividade
Idade
4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0 7.5 8.0
16.0
16.5
17.0
17.5
18.0
18.5
19.0
Orgânico
Produtividade
Idade
(i) (ii)
Figura 11. Gráficos das funções de produtividade Agroquímico (i ) e orgânico (ii).
Verifica-se através da figura 11, que a produtividade do sistema
agroquímico é decrescente enquanto que a do sistema orgânico é crescente.
77
5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
520
530
540
550
560
570
580
Idade
Agroquímico
Rentabilidade
5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
1850
1900
1950
2000
2050
2100
2150
Orgânico
Rentabilidade
Idade
(iii) (iv)
Figura 12. Gráficos das funções de rentabilidade Agroquímico (iii) e orgânico (iv).
Verifica-se através da figura 12, que a rentabilidade do sistema
agroquímico é decrescente enquanto que a do sistema orgânico é crescente.
Através do processamento dos dados de produtividade dos sistemas
cafeeiros, utilizando o software Mathematica, foi possível observar que o comportamento do
sistema orgânico é crescente de acordo com sua idade, enquanto que o do sistema agroquímico
é decrescente, conforme figura 13.
Produtividade x idade
16,00
16,50
17,00
17,50
18,00
18,50
19,00
19,50
20,00
5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5
Idade dos Cafezais
Produtividade
Figura 13. Funções de produtividade realizadas elo software Mathematica pelos comandos
Plot[{16.82+(5.27/(-3.23+x)),19.82+(-7.72/(-2.78+x))},{x, 5, 8.5}]
Sistema agroquímico
Sistema orgânico
78
5.3 Produtividade e Rentabilidade Acumuladas dos sistemas cafeeiros
A produtividade acumulada de um sistema cafeeiro até um
determinado ano n (idade do cafezal) é definida através da agregação da quantidade de sacas
produzida anualmente por hectare desde o primeiro ano de estudo até o ano n. Analogamente,
a rentabilidade acumulada de um sistema cafeeiro até um determinado ano n (idade do cafezal)
é definida através da agregação da rentabilidade anual por hectare desde o primeiro ano de
estudo até o ano n. conforme equações, (13) e (14).
Utilizando os valores médios constantes na Tabela 13, tem-se:
Produtividade: Agroquímico :
6,74
4
n
t
tA
PP
Orgânico :
70
4
n
t
tA
PP
Rentabilidade: Agroquímico:
2182
4
n
t
tA
RR
Orgânico :
7967
4
n
t
tA
RR
Desta forma, verifica-se que o sistema de produção agroquímico
apresentou produtividade dia, no período estudado, de 74,6 sacas por hectare e
rentabilidade de R$ 2.182,00 enquanto que o sistema de produção orgânico apresentou 70
(sacas/hectare) e rentabilidade R$ 7.967,00. Pode-se afirmar que o sistema de produção
agroquímico apresentou uma produtividade acumulada maior que o orgânico; porém, quanto à
rentabilidade, o sistema de produção orgânico apresentou melhor eficiência financeira.
79
6 CONCLUSÕES
O sistema de produção de café agroquímico comumente desenvolvido
na Alta Paulista apresenta viabilidade ecomica, porém o sistema de produção orgânico
demonstrou uma melhor eficiência financeira e ambiental.
Confirmou-se a hipótese de diferenças entre os sistemas cafeeiros em
quase todas as classes, exceto nas classes (III) e (IV) para a produtividade. Porém, quando
analisadas tais classes em relação à rentabilidade, as diferenças são percebidas. Isto se deve ao
fato de o lucro de tais sistemas cafeeiros serem abruptamente diferentes (R$ 29,25 -
agroquímico e R$ 113,87 - orgânico).
Frente aos resultados apresentados quantificaram-se as possíveis
diferenças entre os sistemas, na produção ao final dos 4 períodos (classes de idades), e
financeiramente, objetivando identificar o melhor sistema de produção (em quantidade
produzida e em lucro ao produtor).
O sistema agroquímico apresenta um decrescimento sensível na sua
produtividade, com diferea significativa entre a produção da primeira (I) classe com as
últimas (III e IV), comportamento análogo à rentabilidade. Por outro lado, o sistema orgânico
80
apresenta realidade inversa, e um crescimento de produção, onde a classe (I) apresenta valores
significativamente menores que as classes de idades finais (III e IV).
Não diferença estatística significativa entre os valores de
produtividade (e rentabilidade) nas classes (III) e (IV) (
7
x
e
8
x
), ou seja as idades dos
cafezais.
Verifica-se que o sistema de produção agroquímico apresentou
produtividade média, no período estudado, de 74,6 sacas por hectare e rentabilidade de R$
2.182,00 enquanto que o sistema de produção orgânico apresentou 70 (sacas/hectare) e
rentabilidade R$ 7.967,00. Pode-se afirmar que o sistema de produção agroquímico apresentou
uma produtividade acumulada maior que o orgânico; porém, quanto à rentabilidade, o sistema
de produção orgânico apresentou melhor eficiência financeira.
De acordo com as análises estatísticas e dos modelos matemáticos, o
sistema agroquímico de produção de café analisado em quinze pequenas propriedades rurais
demonstrou que a idade dos cafezais influencia sua produtividade. A idade dos cafezais é
responsável pela variação da produtividade. O que permite concluir que a produtividade dos
cafezais agroquímicos diminui de acordo com a sua idade. Para o sistema orgânico de
produção, foram também analisadas quinze pequenas propriedades rurais e demonstrou
também que a idade dos cafezais influencia a produtividade. A idade é responsável pela
variação da produtividade. Permitindo concluir que a produtividade dos cafezais orgânicos
aumenta de acordo com a sua idade.
grande diferença nos sistemas de produção agroquímico e
orgânico, visto que a produtividade dos cafezais agroquímicos diminui com o tempo, enquanto
que a dos cafezais orgânicos aumenta. Tal fenômeno deve-se possivelmente ao fato do sistema
de produção orgânico ser desenvolvido com base em recursos naturais. Confirmando assim, o
estudo realizado por ORTEGA, 2003, que utilizou a metodologia Emergética para analisar o
balanço energético da lavoura cafeeira.
A análise de viabilidade ecomica comparativa entre os sistemas de
produção, as apurações dos lucros são constituídas dos preços de venda, custos e despesas de
tais sistemas. Foi possível concluir que o lucro da saca do café orgânico é R$ 84,62 maior que
o da saca do café agroquímico.
81
Portanto, a rentabilidade e a produtividade dos cafezais agroquímicos
diminuem de acordo com a sua idade, enquanto que as dos cafezais orgânicos aumentam.
Pode-se afirmar que o sistema de produção agroquímico apresentou
uma produtividade acumulada maior que o orgânico, porém quanto à rentabilidade o sistema
de produção orgânico apresentou melhor eficiência financeira.
Como o manejo e a manutenção de cafezais orgânicos devem ser
realizados de forma constante e intensiva, pode-se concluir que o sistema de produção
orgânico é a melhor alternativa de cultivo em relação ao sistema agroquímico, em principio
para pequenos agricultores, mas com a realização de um planejamento estratégico de produção
poderá viabilizar a todos os agricultores desta região.
Os fatores preponderantes na produção de café estão relacionados com
a produtividade e rentabilidade ao longo do tempo, portanto, conforme análises matemáticas e
estatísticas o sistema orgânico, agrega maior valor na venda, ao longo do tempo e ainda
poderá ultrapassar a produtividade do sistema de produção agroquímico, proporcionando
assim vantagens econômico-financeiras e ambientais para o produtor. Portanto, é de grande
importância incentivar e apoiar agricultores a produzir café orgânico.
Aconselha-se a utilização do planejamento estratégico na produção
cafeeira orgânica a pequenos, médios e grandes produtores com a finalidade de gerar
empregos no campo e aumento na renda do agricultor, o que poderá transformar a realidade
ambiental e econômica desta região, pois existem demandas reprimidas de café orgânico no
mercado brasileiro, assim como no mercado externo.
82
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90
APÊNDICES
91
Estes apêndices contém as tabelas de dados de colheitas e plantio de
cafés nas diversas propriedades, bem como as planilhas de custos de cada propriedade de
acordo com a metodologia de custo da CONAB,
APÊNDICE I
Metodologia da coleta de dados
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.02 - Água Fria – cafezais c/ 4,5 anos –Orgânico
área Plantio colheita
idade
sacas/ha
1 1999 2003
4,5
15,1
2 2000 2004
4,5
15,5
3 2001 2005
4,5
15,9
4 2002 2006
4,5
16,1
5 2003 2007
4,5
16,9
média 15,9
Explicação:
1) As propriedades realizavam controle da produção por área,
considerando o ano inicial como de plantio e ano de colheita os períodos subseqüentes de
acordo com idade dos cafezais. Neste caso, registraram as colheitas dos cafezais com idade de
quatro anos e meio.
2) Exemplo: propriedade n.2, sob denominação de Fazenda Água Fria,
município de Marilia, Estado de São Paulo, possuía cinco áreas de produção de café orgânico
com quatro anos e meio de idade:
a) Na área 1, o plantio ocorreu em 1999, e a colheita em 2003,
portanto, os cafezais desta área tinham quatro anos e meio, apresentaram uma produtividade
de 15,1 sacas por hectare.
b) na área 2, o plantio ocorreu em 2000, e a colheita realizada em
2004, portanto os cafezais desta área em 2004 completavam quatro anos e meio de idade e
apresentou uma produtividade de 15,5 sacas por hectare, e assim sucessivamente.
Apresentando uma média de 15,9 sacas/ha, nesta cinco colheitas.
92
Propriedades com sistemas de produção Orgânico onde foram colhidos
os dados de produção e produtividade.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.03 - cafezais 7 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7 16,10
2 1997 2004 7 17,30
3 1998 2005 7 18,14
4 1999 2006 7 19,04
5 2000 2007 7 19,54
média 18,02
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.08 - cafezais 8,5 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1995 2003 8,5 17,10
2 1996 2004 8,5 17,80
3 1997 2005 8,5 18,60
4 1998 2006 8,5 19,65
5 1999 2007 8,5 19,36
média 18,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.10 - cafezais 7 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7 17,20
2 1997 2004 7 18,10
3 1998 2005 7 18,20
4 1999 2006 7 18,40
5 2000 2007 7 18,10
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
93
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.11 - cafezais 7 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7 16,90
2 1997 2004 7 18,40
3 1998 2005 7 18,10
4 1999 2006 7 18,20
5 2000 2007 7 18,40
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.12 - cafezais 5,5 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1998 2003 5,5 14,10
2 1999 2004 5,5 15,40
3 2000 2005 5,5 16,53
4 2001 2006 5,5 17,48
5 2002 2007 5,5 18,74
média 16,45
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.15 - cafezais 5,5 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1998 2003 5,5 16,50
2 1999 2004 5,5 16,30
3 2000 2005 5,5 16,80
4 2001 2006 5,5 16,15
5 2002 2007 5,5 17,30
média 16,61
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
94
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.17 - cafezais 5,5 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1998 2003 5,5 16,10
2 1999 2004 5,5 16,50
3 2000 2005 5,5 16,10
4 2001 2006 5,5 16,20
5 2002 2007 5,5 17,60
média 16,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.18 - cafezais 6 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6 15,10
2 1998 2004 6 16,60
3 1999 2005 6 16,72
4 2000 2006 6 17,42
5 2001 2007 6 17,52
média 16,67
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.21 - cafezais 6,5 anos -Orgânico
rea plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6,5 16,30
2 1998 2004 6,5 17,10
3 1999 2005 6,5 17,20
4 2000 2006 6,5 17,10
5 2001 2007 6,5 17,30
média 17,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
95
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.23 - cafezais 6 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6 16,70
2 1998 2004 6 17,50
3 1999 2005 6 17,45
4 2000 2006 6 17,55
5 2001 2007 6 17,50
média 17,34
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.24 - cafezais 6,5 anos -Orgânico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6,5 16,80
2 1998 2004 6,5 17,65
3 1999 2005 6,5 17,70
4 2000 2006 6,5 17,55
5 2001 2007 6,5 17,91
média 17,52
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Propriedades com sistemas de produção Agroquímico onde foram
colhidos os dados de produção e produtividade.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.01 - cafezais 5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1998 2003 5 19,50
2 1999 2004 5 20,30
3 2000 2005 5 19,90
4 2001 2006 5 19,80
5 2002 2007 5 20,50
média 20,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
96
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.04 - cafezais 7,5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7,5 17,40
2 1997 2004 7,5 18,30
3 1998 2005 7,5 18,10
4 1999 2006 7,5 17,10
5 2000 2007 7,5 19,10
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.05 - cafezais 8 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1995 2003 8 18,50
2 1996 2004 8 18,10
3 1997 2005 8 17,80
4 1998 2006 8 17,70
5 1999 2007 8 17,90
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.06 - cafezais 8,5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1995 2003 8,5 18,10
2 1996 2004 8,5 18,10
3 1997 2005 8,5 18,20
4 1998 2006 8,5 17,40
5 1999 2007 8,5 18,20
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
97
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.07 - cafezais 7 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7 17,90
2 1997 2004 7 18,60
3 1998 2005 7 18,70
4 1999 2006 7 17,90
5 2000 2007 7 19,40
média 18,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.13 - cafezais 6 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6 17,50
2 1998 2004 6 18,50
3 1999 2005 6 19,50
4 2000 2006 6 19,80
5 2001 2007 6 19,70
média 19,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.14 - cafezais 6 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6 17,40
2 1998 2004 6 18,10
3 1999 2005 6 18,70
4 2000 2006 6 19,20
5 2001 2007 6 19,10
média 18,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
98
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.16 - cafezais 6 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6 18,10
2 1998 2004 6 17,40
3 1999 2005 6 18,70
4 2000 2006 6 19,20
5 2001 2007 6 19,10
média 18,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.19 - cafezais 6,5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1997 2003 6 18,20
2 1998 2004 6 17,90
3 1999 2005 6 19,10
4 2000 2006 6 19,90
5 2001 2007 6 19,90
média 19,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.25 - cafezais 5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1998 2003 5 19,50
2 1999 2004 5 20,10
3 2000 2005 5 19,40
4 2001 2006 5 19,10
5 2002 2007 5 19,40
média 19,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
99
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.26 - cafezais 7 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7 17,90
2 1997 2004 7 18,20
3 1998 2005 7 17,50
4 1999 2006 7 17,30
5 2000 2007 7 19,10
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.27 - cafezais 7 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7 18,90
2 1997 2004 7 18,90
3 1998 2005 7 18,70
4 1999 2006 7 18,40
5 2000 2007 7 19,10
média 18,80
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.28 - cafezais 7,5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7,5 17,50
2 1997 2004 7,5 18,40
3 1998 2005 7,5 18,20
4 1999 2006 7,5 17,50
5 2000 2007 7,5 18,40
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
100
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.29 - cafezais 7,5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7,5 17,50
2 1997 2004 7,5 17,40
3 1998 2005 7,5 17,20
4 1999 2006 7,5 17,30
5 2000 2007 7,5 18,10
média 17,50
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Produtividade (sacas/ha): Propriedade n.30 - cafezais 7,5 anos -Agroquímico
área plantio colheita idade sacas/ha
1 1996 2003 7,5 17,90
2 1997 2004 7,5 17,80
3 1998 2005 7,5 18,10
4 1999 2006 7,5 18,30
5 2000 2007 7,5 17,90
média 18,00
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
101
APÊNDICE II
Planilhas de cálculos de utilizando a metodologia CONAB, 2007, de acordo com dados colhidos na fonte de pesquisa.
CUSTO DE PRODÃO – SISTEMA – AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA - FAZENDA 1 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1.200
kg/ha 20,00
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
2 - Operação com máquinas próprias 276,84
13,84
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1409,08
70,45
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 31,14
1,56
0,65%
8 – Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 – Fertilizantes 884,28
44,21
18,48%
10 - Agrotóxicos 231,69
11,58
4,84%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 187,05
9,35
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 3020,08
151,00
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
2 - Transporte externo 12,17
0,61
0,25%
3 – CESSR. (contribuição a seguridade social sobre a renda bruta) 89,25
4,46
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 68,48
3,42
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 169,90
8,49
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 – Juros 136,54
6,83
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 136,54
6,83
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3326,52
166,33
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 14,20
0,71
0,30%
2 - Depreciação de implementos 27,35
1,37
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 33,07
1,65
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 172,74
8,64
3,61%
Total de Depreciações (E) 247,36
12,37
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 19,55
0,98
0,41%
2 - Encargos sociais 849,73
42,49
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 4,03
0,20
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 873,31
43,67
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1120,66
56,03
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4447,18
222,36
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 32,22
1,61
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,18
0,26
0,11%
3 - Terra 301,29
15,06
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 338,69
16,93
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4785,87
239,29
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
Valores corrigidos de acordo com IGP-M/FGV - Índice Geral de Preços do Mercado
102
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA – ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA - FAZENDA 2 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
954,00
kg/ha 15,9
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 279,93
17,61
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1424,83
89,61
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 265,68
16,71
5,49%
8 – Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 – Fertilizantes 894,16
56,24
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 189,14
11,90
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 3053,73
192,06
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 12,31
0,77
0,25%
3 – CESSR 90,25
5,68
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 69,24
4,35
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 171,80
10,80
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 – Juros 138,06
8,68
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 138,06
8,68
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3363,59
211,55
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 14,36
0,90
0,30%
2 - Depreciação de implementos 27,65
1,74
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 33,44
2,10
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 174,67
10,99
3,61%
Total de Depreciações (E) 250,12
15,73
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 19,77
1,24
0,41%
2 - Encargos sociais 859,22
54,04
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 4,07
0,26
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 883,06
55,54
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1133,18
71,27
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4496,77
282,82
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 32,58
2,05
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,24
0,33
0,11%
3 – Terra 304,66
19,16
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 342,48
21,54
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4839,25
304,36
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
103
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO -ORGANICO- CAFÉ ARÁBICA - LOCAL: FAZENDA 3 - ALTA PAULISTA -
SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1081,20
kg/ha 18,02
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 276,39
15,34
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1406,83
78,07
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 262,32
14,56
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 882,86
48,99
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 186,75
10,36
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 3015,16
167,32
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 12,15
0,67
0,25%
5 - CESSR 89,11
4,94
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 68,37
3,79
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 169,63
9,41
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 136,32
7,56
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 136,32
7,56
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3321,10
184,30
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 14,18
0,79
0,30%
2 - Depreciação de implementos 27,30
1,52
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 33,02
1,83
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 172,46
9,57
3,61%
Total de Depreciações (E) 246,96
13,70
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 19,52
1,08
0,41%
2 - Encargos sociais 848,37
47,08
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 4,02
0,22
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 871,91
48,39
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1118,87
62,09
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4439,97
246,39
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 32,17
1,78
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,17
0,29
0,11%
3 - Terra 300,81
16,69
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 338,15
18,77
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4778,12
265,16
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
104
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO -AGROQUIMICO- CAFÉ ARÁBICA -
LOCAL: FAZENDA 4 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 245,84
13,66
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1251,30
69,52
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 27,65
1,54
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 785,26
43,63
18,48%
10 - Agrotóxicos 205,75
11,43
4,84%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 166,10
9,23
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2681,90
148,99
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 10,81
0,60
0,25%
3- CESSR 79,26
4,40
1,86%
4- Processamento (Beneficiamento) 60,81
3,38
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 150,87
8,38
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 121,25
6,74
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 121,25
6,74
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2954,02
164,11
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 12,61
0,70
0,30%
2 - Depreciação de implementos 24,29
1,35
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 29,37
1,63
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 153,40
8,52
3,61%
Total de Depreciações (E) 219,66
12,20
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 17,36
0,96
0,41%
2 - Encargos sociais 754,58
41,92
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,58
0,20
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 775,51
43,08
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 995,17
55,29
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3949,19
219,40
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 28,61
1,59
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,60
0,26
0,11%
3 - Terra 267,56
14,86
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 300,77
16,71
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4249,96
236,11
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
105
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO -AGROQUIMICO- CAFÉ ARÁBICA –
LOCAL: FAZENDA 5 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 256,13
14,23
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1303,66
72,43
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 28,81
1,60
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 818,12
45,45
18,48%
10 - Agrotóxicos 214,36
11,91
4,84%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 173,05
9,61
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2794,13
155,23
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 11,26
0,63
0,25%
3 - CESSR 82,57
4,59
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 63,35
3,52
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 157,19
8,73
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 126,32
7,02
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 126,32
7,02
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3077,64
170,98
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 13,14
0,73
0,30%
2 - Depreciação de implementos 25,30
1,41
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 30,60
1,70
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 159,81
8,88
3,61%
Total de Depreciações (E) 228,85
12,71
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 18,08
1,00
0,41%
2 - Encargos sociais 786,16
43,68
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,73
0,21
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 807,97
44,89
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1036,82
57,60
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4114,46
228,58
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 29,81
1,66
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,79
0,27
0,11%
3 - Terra 278,75
15,49
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 313,35
17,41
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4427,81
245,99
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
106
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO -AGROQUIMICO- CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 6 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18 sacas
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 247,32
13,74
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1258,82
69,93
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 27,82
1,55
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 789,98
43,89
18,48%
10 - Agrotóxicos 206,98
11,50
4,84%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 167,10
9,28
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2698,02
149,89
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 10,88
0,60
0,25%
3 - CESSR 79,73
4,43
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 61,17
3,40
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 151,78
8,43
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 121,98
6,78
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 121,98
6,78
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2971,78
165,10
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 12,69
0,70
0,30%
2 - Depreciação de implementos 24,43
1,36
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 29,54
1,64
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 154,32
8,57
3,61%
Total de Depreciações (E) 220,98
12,28
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 17,46
0,97
0,41%
2 - Encargos sociais 759,11
42,17
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,60
0,20
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 780,18
43,34
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1001,15
55,62
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3972,93
220,72
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 28,78
1,60
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,63
0,26
0,11%
3 - Terra 269,16
14,95
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 302,58
16,81
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4275,51
237,53
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
107
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO -AGROQUIMICO- CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 7 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1110,00
kg/ha 18,5
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 239,11
12,92
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1217,04
65,79
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 26,90
1,45
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 763,76
41,28
18,48%
10 - Agrotóxicos 200,12
10,82
4,84%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 161,55
8,73
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2608,47
141,00
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 10,51
0,57
0,25%
3 - CESSR 77,09
4,17
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 59,14
3,20
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 146,74
7,93
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 117,93
6,37
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 117,93
6,37
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2873,15
155,31
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 12,27
0,66
0,30%
2 - Depreciação de implementos 23,62
1,28
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 28,56
1,54
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 149,20
8,06
3,61%
Total de Depreciações (E) 213,64
11,55
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 16,88
0,91
0,41%
2 - Encargos sociais 733,92
39,67
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,48
0,19
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 754,28
40,77
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 967,93
52,32
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3841,08
207,63
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 27,83
1,50
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,48
0,24
0,11%
3 - Terra 260,23
14,07
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 292,53
15,81
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4133,61
223,44
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
108
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA -LOCAL: FAZENDA 8 - ALTA PA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1110,00
kg/ha 18,5
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 269,52
14,57
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1371,81
74,15
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 255,79
13,83
5,49%
8 – Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 – Fertilizantes 860,89
46,53
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 182,10
9,84
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2940,11
158,92
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 11,85
0,64
0,25%
3 – CESSR 86,89
4,70
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 66,66
3,60
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 165,41
8,94
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 – Juros 132,93
7,19
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 132,93
7,19
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3238,44
175,05
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 13,82
0,75
0,30%
2 - Depreciação de implementos 26,62
1,44
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 32,19
1,74
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 168,17
9,09
3,61%
Total de Depreciações (E) 240,81
13,02
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 19,03
1,03
0,41%
2 - Encargos sociais 827,25
44,72
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,92
0,21
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 850,21
45,96
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1091,02
58,97
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4329,46
234,02
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 31,37
1,70
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,05
0,27
0,11%
3 – Terra 293,32
15,86
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 329,73
17,82
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4659,19
251,85
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
109
CUSTO DE PRODÃO – SISTEMA ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA -LOCAL: FAZENDA 9 - ALTA PTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
982,80
kg/ha 16,38
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 286,07
17,46
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1456,05
88,89
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 271,50
16,58
5,49%
8 – Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 – Fertilizantes 913,75
55,78
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 193,28
11,80
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 3120,66
190,52
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 12,58
0,77
0,25%
5 – CESSR 92,23
5,63
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 70,76
4,32
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 175,56
10,72
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 – Juros 141,09
8,61
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 141,09
8,61
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3437,31
209,85
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 14,67
0,90
0,30%
2 - Depreciação de implementos 28,26
1,73
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 34,17
2,09
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 178,50
10,90
3,61%
Total de Depreciações (E) 255,60
15,60
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 20,20
1,23
0,41%
2 - Encargos sociais 878,05
53,61
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 4,16
0,25
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 902,42
55,09
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1158,02
70,70
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4595,33
280,54
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 33,29
2,03
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,35
0,33
0,11%
3 – Terra 311,34
19,01
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 349,98
21,37
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4945,31
301,91
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
110
CUSTO DE PRODÃO – SISTEMA ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA -LOCAL: FAZENDA 10 - ALTA PTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 265,97
14,78
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1353,75
75,21
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 252,43
14,02
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 849,56
47,20
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 179,70
9,98
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2901,41
161,19
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 11,70
0,65
0,25%
3 - CESSR 85,75
4,76
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 65,79
3,65
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 163,23
9,07
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 131,18
7,29
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 131,18
7,29
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3195,81
177,55
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 13,64
0,76
0,30%
2 - Depreciação de implementos 26,27
1,46
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 31,77
1,77
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 165,96
9,22
3,61%
Total de Depreciações (E) 237,64
13,20
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 18,78
1,04
0,41%
2 - Encargos sociais 816,36
45,35
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,87
0,22
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 839,01
46,61
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1076,66
59,81
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4272,47
237,36
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 30,95
1,72
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,98
0,28
0,11%
3 - Terra 289,46
16,08
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 325,39
18,08
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4597,87
255,44
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
111
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA -LOCAL: FAZENDA 11 - ALTA PTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 272,95
15,16
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1389,27
77,18
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 259,05
14,39
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 871,85
48,44
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 184,42
10,25
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2977,53
165,42
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 12,00
0,67
0,25%
3 - CESSR 88,00
4,89
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 67,51
3,75
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 167,51
9,31
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 134,62
7,48
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 134,62
7,48
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3279,66
182,20
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 14,00
0,78
0,30%
2 - Depreciação de implementos 26,96
1,50
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 32,60
1,81
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 170,31
9,46
3,61%
Total de Depreciações (E) 243,88
13,55
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 19,27
1,07
0,41%
2 - Encargos sociais 837,78
46,54
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,97
0,22
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 861,03
47,83
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1104,91
61,38
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4384,57
243,59
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 31,76
1,76
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,11
0,28
0,11%
3 - Terra 297,06
16,50
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 333,93
18,55
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 4718,50
262,14
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
112
CUSTO DE PRODÃO - SISTEMA ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA -LOCAL: FAZENDA 12 - ALTA PA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
987,00
kg/ha 16,45
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 278,00
16,90
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1414,98
86,02
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 263,84
16,04
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 887,98
53,98
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 187,83
11,42
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 3032,63
184,35
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 12,22
0,74
0,25%
3 - CESSR 89,62
5,45
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 68,76
4,18
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 170,61
10,37
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 137,11
8,34
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 137,11
8,34
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3340,35
203,06
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 14,26
0,87
0,30%
2 - Depreciação de implementos 27,46
1,67
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 33,21
2,02
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 173,46
10,54
3,61%
Total de Depreciações (E) 248,39
15,10
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 19,63
1,19
0,41%
2 - Encargos sociais 853,29
51,87
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 4,05
0,25
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 876,96
53,31
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1125,35
68,41
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4465,70
271,47
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 32,35
1,97
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 5,20
0,32
0,11%
3 - Terra 302,56
18,39
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 340,11
20,68
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
4805,81
292,15
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
113
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA -LOCAL: FAZENDA 13 - ALTA PA - SAFRA -
2003/2007
Produtividade Média:
1140,00
kg/ha 19
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 223,71
11,77
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1138,65
59,93
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 25,16
1,32
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 714,57
37,61
18,48%
10 - Agrotóxicos 187,23
9,85
4,84%
11 - Outros itens 151,15
7,96
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2440,46
128,45
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,84
0,52
0,25%
3 - CESSR 72,12
3,80
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 55,33
2,91
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 137,29
7,23
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 110,33
5,81
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 110,33
5,81
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2688,09
141,48
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,48
0,60
0,30%
2 - Depreciação de implementos 22,10
1,16
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,72
1,41
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 139,59
7,35
3,61%
Total de Depreciações (E) 199,88
10,52
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,80
0,83
0,41%
2 - Encargos sociais 686,65
36,14
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,26
0,17
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 705,70
37,14
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 905,58
47,66
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3593,67
189,14
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 26,03
1,37
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,19
0,22
0,11%
3 - Terra 243,47
12,81
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 273,69
14,40
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3867,36
203,55
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
114
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 14 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1110,00
kg/ha 18,5
PREÇOS PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 220,89
11,94
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1124,30
60,77
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 24,85
1,34
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 705,56
38,14
18,48%
10 - Agrotóxicos 184,87
9,99
4,84%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 149,24
8,07
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2409,70
130,25
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,71
0,53
0,25%
3 - CESSR 71,21
3,85
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 54,64
2,95
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 135,56
7,33
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 108,94
5,89
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 108,94
5,89
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2654,20
143,47
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,33
0,61
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,82
1,18
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,39
1,43
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 137,83
7,45
3,61%
Total de Depreciações (E) 197,36
10,67
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,60
0,84
0,41%
2 - Encargos sociais 677,99
36,65
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,22
0,17
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 696,80
37,67
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 894,17
48,33
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3548,37
191,80
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,71
1,39
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,13
0,22
0,11%
3 - Terra 240,40
12,99
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 270,24
14,61
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3818,61
206,41
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
115
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 15 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
996,60
kg/ha 16,61
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 250,21
15,06
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1273,56
76,67
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 237,47
14,30
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 799,23
48,12
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 169,06
10,18
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2729,54
164,33
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 11,00
0,66
0,25%
5 - CESSR 80,67
4,86
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 61,89
3,73
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 153,56
9,24
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 123,41
7,43
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 123,41
7,43
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 3006,50
181,01
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 12,83
0,77
0,30%
2 - Depreciação de implementos 24,72
1,49
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 29,89
1,80
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 156,12
9,40
3,61%
Total de Depreciações (E) 223,57
13,46
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 17,67
1,06
0,41%
2 - Encargos sociais 768,00
46,24
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,64
0,22
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 789,31
47,52
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 1012,88
60,98
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 4019,38
241,99
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 29,12
1,75
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,68
0,28
0,11%
3 - Terra 272,32
16,39
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 306,12
18,43
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
4325,50
260,42
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
116
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 16 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1110,00
kg/ha 18,5
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 183,95
9,94
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
936,29
50,61
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 20,69
1,12
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 587,58
31,76
18,48%
10 - Agrotóxicos 153,95
8,32
4,84%
11 - Outros itens 124,29
6,72
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2006,75
108,47
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 8,09
0,44
0,25%
3 - CESSR 59,30
3,21
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 45,50
2,46
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 112,89
6,10
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 90,73
4,90
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 90,73
4,90
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2210,37
119,48
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 9,44
0,51
0,30%
2 - Depreciação de implementos 18,17
0,98
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 21,97
1,19
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 114,78
6,20
3,61%
Total de Depreciações (E) 164,36
8,88
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 12,99
0,70
0,41%
2 - Encargos sociais 564,62
30,52
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 2,68
0,14
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 580,29
31,37
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 744,65
40,25
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 2955,02
159,73
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 21,41
1,16
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 3,44
0,19
0,11%
3 - Terra 200,20
10,82
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 225,05
12,16
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3180,07
171,90
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
117
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 17 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
990,00
kg/ha 16,5
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 213,09
12,91
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1084,61
65,73
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 202,24
12,26
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 680,65
41,25
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 143,97
8,73
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2324,57
140,88
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,37
0,57
0,25%
5 - CESSR 68,70
4,16
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 52,71
3,19
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 130,78
7,93
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 105,10
6,37
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 105,10
6,37
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2560,45
155,18
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 10,93
0,66
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,05
1,28
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 25,45
1,54
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 132,96
8,06
3,61%
Total de Depreciações (E) 190,40
11,54
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,05
0,91
0,41%
2 - Encargos sociais 654,06
39,64
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,10
0,19
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 672,21
40,74
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 862,60
52,28
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3423,05
207,46
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 24,80
1,50
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 3,99
0,24
0,11%
3 - Terra 231,91
14,06
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 260,70
15,80
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3683,75
223,26
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
118
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 18 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1000,20
kg/ha 16,67
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 216,00
12,96
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1099,44
65,95
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 205,01
12,30
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 689,96
41,39
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 145,94
8,75
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2356,35
141,35
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,50
0,57
0,25%
5 - CESSR 69,64
4,18
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 53,43
3,21
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 132,56
7,95
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 106,53
6,39
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 106,53
6,39
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2595,45
155,70
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,08
0,66
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,34
1,28
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 25,80
1,55
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 134,78
8,09
3,61%
Total de Depreciações (E) 193,00
11,58
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,25
0,91
0,41%
2 - Encargos sociais 663,00
39,77
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,14
0,19
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 681,40
40,88
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 874,40
52,45
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3469,85
208,15
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,14
1,51
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,04
0,24
0,11%
3 - Terra 235,09
14,10
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 264,27
15,85
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3734,11
224,00
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
119
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 19 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1140,00
kg/ha 19
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 191,55
10,08
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
974,98
51,31
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 21,55
1,13
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 611,86
32,20
18,48%
10 - Agrotóxicos 160,31
8,44
4,84%
11 - Outros itens 129,42
6,81
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2089,68
109,98
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 8,42
0,44
0,25%
5 - CESSR 61,75
3,25
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 47,38
2,49
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 117,56
6,19
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 94,48
4,97
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 94,48
4,97
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2301,71
121,14
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 9,83
0,52
0,30%
2 - Depreciação de implementos 18,92
1,00
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 22,88
1,20
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 119,52
6,29
3,61%
Total de Depreciações (E) 171,15
9,01
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 13,53
0,71
0,41%
2 - Encargos sociais 587,95
30,94
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 2,79
0,15
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 604,26
31,80
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 775,42
40,81
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3077,13
161,95
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 22,29
1,17
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 3,59
0,19
0,11%
3 - Terra 208,47
10,97
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 234,35
12,33
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3311,48
174,29
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
120
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 20 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1009,80
kg/ha 16,83
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 221,23
13,15
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1126,05
66,91
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 209,97
12,48
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 706,66
41,99
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 149,48
8,88
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2413,39
143,40
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,73
0,58
0,25%
3 - CESSR 71,32
4,24
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 54,72
3,25
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 135,77
8,07
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 109,11
6,48
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 109,11
6,48
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2658,27
157,95
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,35
0,67
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,85
1,30
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,43
1,57
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 138,04
8,20
3,61%
Total de Depreciações (E) 197,67
11,75
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,62
0,93
0,41%
2 - Encargos sociais 679,05
40,35
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,22
0,19
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 697,89
41,47
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 895,56
53,21
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3553,84
211,16
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,75
1,53
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,14
0,25
0,11%
3 - Terra 240,78
14,31
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 270,66
16,08
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3824,50
227,24
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007. Baseado:
CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
121
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 21 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1020,00
kg/ha 17
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 223,34
13,14
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1136,80
66,87
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 211,97
12,47
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 713,41
41,97
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 150,90
8,88
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2436,43
143,32
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,82
0,58
0,25%
3 - CESSR 72,00
4,24
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 55,24
3,25
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 137,07
8,06
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 110,16
6,48
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 110,16
6,48
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2683,65
157,86
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,46
0,67
0,30%
2 - Depreciação de implementos 22,06
1,30
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,68
1,57
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 139,36
8,20
3,61%
Total de Depreciações (E) 199,56
11,74
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,77
0,93
0,41%
2 - Encargos sociais 685,53
40,33
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,25
0,19
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 704,55
41,44
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 904,11
53,18
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3587,76
211,04
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,99
1,53
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,18
0,25
0,11%
3 - Terra 243,07
14,30
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 273,25
16,07
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3861,01
227,12
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
]Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
122
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 22 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1030,20
kg/ha 17,17
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 217,78
12,68
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1108,50
64,56
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 206,70
12,04
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 695,64
40,52
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 147,15
8,57
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2375,77
138,37
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,58
0,56
0,25%
3 - CESSR 70,21
4,09
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 53,87
3,14
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 133,66
7,78
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 107,41
6,26
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 107,41
6,26
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2616,84
152,41
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,17
0,65
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,51
1,25
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,01
1,52
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 135,89
7,91
3,61%
Total de Depreciações (E) 194,59
11,33
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,38
0,90
0,41%
2 - Encargos sociais 668,47
38,93
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,17
0,18
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 687,01
40,01
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 881,60
51,35
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3498,44
203,75
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,34
1,48
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,08
0,24
0,11%
3 - Terra 237,02
13,80
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 266,44
15,52
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3764,88
219,27
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
123
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 23 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1040,40
kg/ha 17,34
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 220,62
12,72
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1122,95
64,76
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 209,39
12,08
5,49%
8 – Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 – Fertilizantes 704,72
40,64
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 149,06
8,60
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2406,75
138,80
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,70
0,56
0,25%
3 – CESSR 71,13
4,10
1,86%
4- Processamento (Beneficiamento) 54,57
3,15
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 135,40
7,81
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 – Juros 108,81
6,28
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 108,81
6,28
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2650,96
152,88
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,32
0,65
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,79
1,26
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,35
1,52
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 137,66
7,94
3,61%
Total de Depreciações (E) 197,13
11,37
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,58
0,90
0,41%
2 - Encargos sociais 677,18
39,05
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,21
0,19
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 695,97
40,14
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 893,10
51,51
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3544,06
204,39
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,68
1,48
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,13
0,24
0,11%
3 - Terra 240,11
13,85
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 269,92
15,57
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3813,98
219,95
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
124
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - ORGANICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 24 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1051,20
kg/ha 17,52
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 218,15
12,45
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1110,36
63,38
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 207,04
11,82
5,49%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 696,81
39,77
18,48%
10 - Agrotóxicos 0,00
0,00
0,00%
11 - Despesas administrativas 0,00
0,00
0,00%
12 - Outros itens 147,39
8,41
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2379,75
135,83
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,59
0,55
0,25%
3 - CESSR 70,33
4,01
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 53,96
3,08
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 133,88
7,64
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 107,59
6,14
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 107,59
6,14
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2621,22
149,61
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,19
0,64
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,55
1,23
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,06
1,49
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 136,12
7,77
3,61%
Total de Depreciações (E) 194,92
11,13
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,40
0,88
0,41%
2 - Encargos sociais 669,59
38,22
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,18
0,18
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 688,16
39,28
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 883,08
50,40
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3504,30
200,02
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,39
1,45
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,08
0,23
0,11%
3 - Terra 237,42
13,55
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 266,89
15,23
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3771,19
215,25
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
125
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 25 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1170,00
kg/ha 19,5
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 219,97
11,28
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1119,61
57,42
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 24,74
1,27
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 702,62
36,03
18,48%
10 - Agrotóxicos 184,10
9,44
4,84%
11 - Outros itens 148,62
7,62
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2399,66
123,06
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,67
0,50
0,25%
5 - CESSR 70,92
3,64
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 54,41
2,79
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 135,00
6,92
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 108,49
5,56
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 108,49
5,56
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2643,14
135,55
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,28
0,58
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,73
1,11
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,28
1,35
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 137,25
7,04
3,61%
Total de Depreciações (E) 196,54
10,08
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,53
0,80
0,41%
2 - Encargos sociais 675,17
34,62
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,20
0,16
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 693,90
35,58
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 890,44
45,66
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3533,58
181,21
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,60
1,31
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,12
0,21
0,11%
3 - Terra 239,40
12,28
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 269,12
13,80
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3802,70
195,01
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
126
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 26 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 210,03
11,67
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1069,02
59,39
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 23,62
1,31
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 670,87
37,27
18,48%
10 - Agrotóxicos 175,78
9,77
4,84%
11 - Outros itens 141,90
7,88
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2291,21
127,29
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,24
0,51
0,25%
5 - CESSR 67,71
3,76
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 51,95
2,89
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 128,90
7,16
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 103,59
5,75
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 103,59
5,75
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2523,70
140,21
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 10,77
0,60
0,30%
2 - Depreciação de implementos 20,75
1,15
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 25,09
1,39
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 131,05
7,28
3,61%
Total de Depreciações (E) 187,66
10,43
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 14,83
0,82
0,41%
2 - Encargos sociais 644,66
35,81
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,06
0,17
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 662,54
36,81
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 850,20
47,23
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3373,90
187,44
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 24,44
1,36
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 3,93
0,22
0,11%
3 - Terra 228,58
12,70
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 256,95
14,28
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3630,85
201,71
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
127
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 27 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1128,00
kg/ha 18,8
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 212,16
11,28
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1079,87
57,44
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 23,86
1,27
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 677,67
36,05
18,48%
10 - Agrotóxicos 177,56
9,44
4,84%
11 - Outros itens 143,34
7,62
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2314,47
123,11
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,33
0,50
0,25%
5 - CESSR 68,40
3,64
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 52,48
2,79
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 130,20
6,93
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 104,64
5,57
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 104,64
5,57
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2549,31
135,60
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 10,88
0,58
0,30%
2 - Depreciação de implementos 20,96
1,11
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 25,34
1,35
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 132,38
7,04
3,61%
Total de Depreciações (E) 189,56
10,08
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 14,98
0,80
0,41%
2 - Encargos sociais 651,20
34,64
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,09
0,16
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 669,27
35,60
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 858,83
45,68
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3408,14
181,28
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 24,69
1,31
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 3,97
0,21
0,11%
3 - Terra 230,90
12,28
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 259,56
13,81
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3667,70
195,09
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
128
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 28 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 214,28
11,90
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1090,66
60,59
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 24,10
1,34
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 684,45
38,03
18,48%
10 - Agrotóxicos 179,33
9,96
4,84%
11 - Outros itens 144,78
8,04
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2337,61
129,87
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,42
0,52
0,25%
5 - CESSR 69,08
3,84
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 53,00
2,94
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 131,51
7,31
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 105,68
5,87
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 105,68
5,87
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2574,80
143,04
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 10,99
0,61
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,17
1,18
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 25,60
1,42
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 133,70
7,43
3,61%
Total de Depreciações (E) 191,46
10,64
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,13
0,84
0,41%
2 - Encargos sociais 657,71
36,54
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,12
0,17
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 675,96
37,55
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 867,42
48,19
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3442,21
191,23
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 24,94
1,39
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,01
0,22
0,11%
3 - Terra 233,21
12,96
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 262,16
14,56
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3704,37
205,80
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
129
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 29 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1050,00
kg/ha 17,5
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 216,39
12,37
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1101,41
62,94
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 24,34
1,39
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 691,20
39,50
18,48%
10 - Agrotóxicos 181,10
10,35
4,84%
11 - Outros itens 146,20
8,35
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2360,65
134,89
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
3 - Transporte externo 9,52
0,54
0,25%
5 - CESSR 69,76
3,99
1,86%
8 - Processamento (Beneficiamento) 53,52
3,06
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 132,80
7,59
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 106,73
6,10
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 106,73
6,10
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2600,17
148,58
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,10
0,63
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,38
1,22
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 25,85
1,48
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 135,02
7,72
3,61%
Total de Depreciações (E) 193,35
11,05
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,28
0,87
0,41%
2 - Encargos sociais 664,19
37,95
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,15
0,18
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 682,62
39,01
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 875,97
50,06
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3476,14
198,64
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,18
1,44
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,05
0,23
0,11%
3 - Terra 235,51
13,46
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 264,74
15,13
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3740,88
213,76
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
130
CUSTO DE PRODUÇÃO - SISTEMA DE PRODUÇÃO - AGROQUIMICO - CAFÉ ARÁBICA
LOCAL: FAZENDA 30 - ALTA PAULISTA - SAFRA - 2003/2007
Produtividade Média:
1080,00
kg/ha 18
PREÇOS
PARTICIPAÇAO
DISCRIMINAÇÃO
R$/ha R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00
0,00
0,00%
2 - Operação com máquinas próprias 218,67
12,15
5,78%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 0,00
0,00
0,00%
4 - Operação com animais próprios 0,00
0,00
0,00%
6 - Mão-de-obra temporária
1113,04
61,84
29,44%
7 - Mão-de-obra fixa 24,60
1,37
0,65%
8 - Mudas 0,00
0,00
0,00%
9 - Fertilizantes 698,49
38,81
18,48%
10 - Agrotóxicos 183,01
10,17
4,84%
11 - Outros itens 147,75
8,21
3,91%
TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA (A) 2385,57
132,53
63,10%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro agrícola 0,00
0,00
0,00%
2 - Transporte externo 9,62
0,53
0,25%
3 - CESSR 70,50
3,92
1,86%
4 - Processamento (Beneficiamento) 54,09
3,00
1,43%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 134,20
7,46
3,55%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 107,85
5,99
2,85%
Total das Despesas Financeiras (C) 107,85
5,99
2,85%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 2627,62
145,98
69,51%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 11,22
0,62
0,30%
2 - Depreciação de implementos 21,60
1,20
0,57%
3 - Depreciação de máquinas 26,12
1,45
0,69%
4 - Depreciação do cultivo 136,45
7,58
3,61%
Total de Depreciações (E) 195,39
10,85
5,17%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 15,44
0,86
0,41%
2 - Encargos sociais 671,20
37,29
17,75%
3 - Seguro do capital fixo 3,18
0,18
0,08%
Total de Outros Custos Fixos (F) 689,83
38,32
18,25%
Custo Fixo (E+F = G) 885,21
49,18
23,42%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 3512,84
195,16
92,92%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 25,45
1,41
0,67%
2 - Remuneração esperada sobre o cultivo 4,09
0,23
0,11%
3 - Terra 237,99
13,22
6,30%
Total de Renda de Fatores (I) 267,53
14,86
7,08%
CUSTO TOTAL (H+I = J)
3780,37
210,02
100,00%
Fonte: Dados da Pesquisa de campo, 2007.
Baseado: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
131
APÊNDICE III
1. Análise de Variância
Produtividade
Agroquímico
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:57:55
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Normality Test: Passed (P = 0,530)
Equal Variance Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:57:55
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Group N Missing Median 25% 75%
(I) 10 0 19,650 19,400 20,100
(II) 20 0 18,900 18,100 19,350
(III) 35 0 18,100 17,500 18,550
(IV) 10 0 18,100 17,800 18,200
H = 29,069 with 3 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
132
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
(I) vs (IV) 41,200 4,227 Yes
(I) vs (III) 37,993 4,862 Yes
(I) vs (II) 21,850 2,589 No
(II) vs (IV) 19,350 2,292 No
(II) vs (III) 16,143 2,642 Do Not Test
(III) vs (IV) 3,207 0,410 Do Not Test
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
Orgânico
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:59:41
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Normality Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:59:41
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Group N Missing Median 25% 75%
(I) 25 0 16,200 16,050 16,825
(II) 30 0 17,250 16,720 17,520
(III) 15 0 18,140 17,500 18,400
(IV) 5 0 18,600 17,625 19,432
H = 30,836 with 3 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
133
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
(IV) vs (I) 40,360 3,780 Yes
(IV) vs (II) 23,800 2,261 No
(IV) vs (III) 5,633 0,501 Do Not Test
(III) vs (I) 34,727 4,879 Yes
(III) vs (II) 18,167 2,636 Do Not Test
(II) vs (I) 16,560 2,806 Yes
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
Classe (I)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:04:52
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Normality Test: Passed (P = 0,089)
Equal Variance Test: Passed (P = 0,223)
Group Name N Missing Mean Std Dev SEM
Agroquímico 10 0 19,750 0,448 0,142
Organico 25 0 16,369 0,908 0,182
Source of Variation DF SS MS F P
Between Groups 1 81,661 81,661 124,873 <0,001
Residual 33 21,580 0,654
Total 34 103,241
The differences in the mean values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001).
Power of performed test with alpha = 0,050: 1,000
134
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Tukey Test):
Comparisons for factor: Sistema Cafeeiro
Comparison Diff of Means p q P P<0,050
Agroquímico vs. Organico 3,381 2 15,803 <0,001 Yes
Classe (II)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:10:39
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Normality Test: Passed (P = 0,070)
Equal Variance Test: Passed (P = 0,166)
Group Name N Missing Mean Std Dev SEM
Agroquímico 20 0 18,750 0,831 0,186
Organico 30 0 17,089 0,702 0,128
Source of Variation DF SS MS F P
Between Groups 1 33,120 33,120 58,000 <0,001
Residual 48 27,410 0,571
Total 49 60,530
The differences in the mean values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001).
Power of performed test with alpha = 0,050: 1,000
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Tukey Test):
Comparisons for factor: Sistema Cafeeiro
Comparison Diff of Means p q P P<0,050
Agroquímico vs. Organico 1,661 2 10,770 <0,001 Yes
Classe (III)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:51:35
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
135
Normality Test: Passed (P = 0,347)
Equal Variance Test: Passed (P = 0,515)
Group Name N Missing Mean Std Dev SEM
Agroquímico 35 0 18,114 0,621 0,105
Organico 15 0 18,008 0,846 0,218
Source of Variation DF SS MS F P
Between Groups 1 0,119 0,119 0,246 0,622
Residual 48 23,115 0,482
Total 49 23,233
The differences in the mean values among the treatment groups are not great enough to exclude the possibility
that the difference is due to random sampling variability; there is not a statistically significant difference (P =
0,622).
Power of performed test with alpha = 0,050: 0,047
The power of the performed test (0,047) is below the desired power of 0,800.
Less than desired power indicates you are less likely to detect a difference when one actually exists. Negative
results should be interpreted cautiously.
Classe (IV)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:53:36
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Produtividade
Normality Test: Passed (P = 0,222)
Equal Variance Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:53:36
Data source: Data 1 in Notebook 1
136
Dependent Variable: Produtividade
Group N Missing Median 25% 75%
Agroquímico 10 0 18,100 17,800 18,200
Organico 5 0 18,600 17,625 19,432
H = 0,853 with 1 degrees of freedom. (P = 0,356)
The differences in the median values among the treatment groups are not great enough to exclude the possibility
that the difference is due to random sampling variability; there is not a statistically significant difference (P =
0,356)
Rentabilidade
Agroquímico
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:58:48
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Normality Test: Passed (P = 0,530)
Equal Variance Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:58:48
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Group N Missing Median 25% 75%
(I) 10 0 574,763 567,450 587,925
(II) 20 0 552,825 529,425 565,987
(III) 35 0 529,425 511,875 542,587
(IV) 10 0 529,425 520,650 532,350
H = 29,069 with 3 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
137
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
(I) vs (IV) 41,200 4,227 Yes
(I) vs (III) 37,993 4,862 Yes
(I) vs (II) 21,850 2,589 No
(II) vs (IV) 19,350 2,292 No
(II) vs (III) 16,143 2,642 Do Not Test
(III) vs (IV) 3,207 0,410 Do Not Test
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
Orgânico
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 17:00:37
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Normality Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 17:00:37
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Group N Missing Median 25% 75%
(I) 25 0 1844,694 1827,613 1915,863
(II) 30 0 1964,258 1903,906 1995,002
(III) 15 0 2065,602 1992,725 2095,208
(IV) 5 0 2117,982 2006,959 2212,779
H = 30,836 with 3 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
138
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
(IV) vs (I) 40,360 3,780 Yes
(IV) vs (II) 23,800 2,261 No
(IV) vs (III) 5,633 0,501 Do Not Test
(III) vs (I) 34,727 4,879 Yes
(III) vs (II) 18,167 2,636 Do Not Test
(II) vs (I) 16,560 2,806 Yes
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
Classe (I)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:08:51
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Normality Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:08:51
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Group N Missing Median 25% 75%
Agroquímico 10 0 574,763 567,450 587,925
Organico 25 0 1844,694 1827,613 1915,863
H = 20,904 with 1 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
Organico vs Agroquímico 17,500 4,564 Yes
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
139
Classe (II)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:50:22
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Normality Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:50:22
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Group N Missing Median 25% 75%
Agroquímico 20 0 552,825 529,425 565,987
Organico 30 0 1964,258 1903,906 1995,002
H = 35,323 with 1 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
Organico vs Agroquímico 25,000 5,941 Yes
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
Classe (III)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:52:28
Data source: Data 1 in Notebook 1
140
Dependent Variable: Rentabilidade
Normality Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:52:28
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Group N Missing Median 25% 75%
Agroquímico 35 0 529,425 511,875 542,587
Organico 15 0 2065,602 1992,725 2095,208
H = 30,967 with 1 degrees of freedom. (P = <0,001)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = <0,001)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
Organico vs Agroquímico 25,000 5,557 Yes
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
Classe (IV)
One Way Analysis of Variance segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:54:24
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Normality Test: Failed (P < 0,050)
Test execution ended by user request, ANOVA on Ranks begun
Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks segunda-feira, setembro 28, 2009, 16:54:24
141
Data source: Data 1 in Notebook 1
Dependent Variable: Rentabilidade
Group N Missing Median 25% 75%
Agroquímico 10 0 529,425 520,650 532,350
Organico 5 0 2117,982 2006,959 2212,779
H = 9,459 with 1 degrees of freedom. (P = 0,002)
The differences in the median values among the treatment groups are greater than would be expected by chance;
there is a statistically significant difference (P = 0,002)
To isolate the group or groups that differ from the others use a multiple comparison procedure.
All Pairwise Multiple Comparison Procedures (Dunn's Method) :
Comparison Diff of Ranks Q P<0,05
Organico vs Agroquímico 7,500 3,062 Yes
Note: The multiple comparisons on ranks do not include an adjustment for ties.
2. Modelagem Matemática – Aproximação de Curvas
7
)7(
)6(.6
5
)5(
7
)7(
6
)6(
5
)5(
7,6,5,)(
af
b
c
afcb
c
b
fa
c
b
af
c
b
af
c
b
af
x
xc
b
axf
142
Produtividade
Agroquímico
F5=19.8
F6=18.8
F7=18.1
eqns={a==F5-b/(c+5),b==(c+6)*(F6-a),c==(b/(F7-a))-7};
Solve[eqns,{a,b,c}]
{b26.4444,a14.1333,c-0.333333}}
Orgânico
F5=16.4
F6=17.1
F7=18.0
eqns={a==F5-b/(c+5),b==(c+6)*(F6-a),c==(b/(F7-a))-7};
Solve[eqns,{a,b,c}]
{{b-50.4,a10.8,c-14.}}
Rentabilidade
Agroquímico
F5=578
F6=548
F7=530
eqns={a==F5-b/(c+5),b==(c+6)*(F6-a),c==(b/(F7-a))-7};
Solve[eqns,{a,b,c}]
{{b360,a458,c-2}}
143
Orgânico
F5=1864
F6=1946
F7=2051
eqns={a==F5-b/(c+5),b==(c+6)*(F6-a),c==(b/(F7-a))-7};
Solve[eqns,{a,b,c}]
{{a1197.3,b-6087.22,c-14.1304}}
7
Livros Grátis
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