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Quadro 2: Mudanças climáticas projetadas e a probabilidade de suas conseqüências.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS PROJETADAS
CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS E
SOCIOECONÔMICAS
Elevação das temperaturas máximas, maior
número de dias quentes e incremento nas ondas de
calor em, praticamente, todas as áreas (>90% de
probabilidade).
Aumento da mortalidade e de grupos idosos da
população.
Aumento da fadiga por excesso de calor nas
criações e animais selvagens.
Mudança de destino das atividades turísticas.
Aumento dos danos nas atividades agrícolas e
decréscimo na produtividade.
Aumento do consumo de energia destinada ao
resfriamento de ambientes.
Elevação das temperaturas mínimas, menor
número de dias frios, com geadas ou nevadas, e
diminuição das ondas de frio em, praticamente,
todas as áreas (> 90% de probabilidade).
Diminuição da mortalidade e da morbidez
associada ao frio.
Decréscimo do risco de danos em algumas culturas
e aumento em outras.
Aumento da incidência e maior número de doenças
causadas por vetores.
Redução do consumo de energia destinada ao
aquecimento.
Redução das amplitudes térmicas diárias em,
praticamente, todas as áreas (> 90% de
probabilidade).
Aumento do desconforto térmico nas áreas de
baixa latitude.
Queda nos danos causados à agricultura pelos
resfriamentos noturnos.
Aumento da freqüência e intensidade das
tempestades nas latitudes médias (>66% e <90%
de probabilidade).
Maior risco de enchentes e deslizamentos.
Perdas de vidas humanas, bens materiais e queda
na produção agrícola.
Aumento da erosão do solo.
Intensificação das precipitações sobre muitas áreas
das médias e altas latitudes do hemisfério norte (>
90% de probabilidade).
Aumento dos danos causados por enchentes,
avalanches e deslizamentos.
Perdas de vidas humanas, colheitas, criações e
danos à infra-estrutura.
Aumento da erosão do solo.
Aumento da pressão sobre os governos para o
controle de desastres.
Intensificação dos ciclones tropicais e da
intensidade das precipitações sobre algumas áreas
(> 66% e < 90% de probabilidade).
Aumento dos riscos de perdas de vidas humanas e
de epidemias de doenças infecciosas.
Perda de colheitas e de criações.
Aumento da erosão nas áreas junto às costas e
danos às construções e infra-estruturas.
Aumento dos danos aos sistemas costeiros como o
mangue e corais.
Aumento das deficiências hídricas no verão e
riscos de secas em muitas áreas situadas no interior
dos continentes no hemisfério norte (> 66% e <
90% de probabilidade).
Decréscimo e perda de colheitas.
Decréscimo na qualidade e na quantidade dos
recursos hídricos.
Aumento de danos às fundações dos edifícios
causados pela retração dos solos.
Aumento dos riscos de incêndios florestais.
Intensificação das secas e enchentes associadas ao
evento El Nino em muitas regiões (>66% e < 90%
de probabilidade).
Decréscimo na geração de energia elétrica.
Decréscimo na atividade pesqueira no Pacífico
Oriental.
Diminuição da produtividade agrícola causada por
secas e enchentes.
Perdas de vidas humanas e danos à infra-estrutura
causada por enchentes.
Aumento da variabilidade das chuvas durante as
monções de verão na Ásia (> 66% e < 90% de
probabilidade).
Aumento na magnitude de secas e enchentes com
ocorrência de perdas e danos de diversas ordens na
Ásia Tropical.
Fonte: IPCC (2001)
Org: TAVARES (2001, p. 57)