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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA-POSAGRO
MARIA ELENA ALMEIDA IVANOFF
DESEMPENHO DE CULTIVARES DE GIRASSOL EM FUNÇÃO DO MANEJO DA
ADUBAÇÃO NITROGENADA E POTÁSSICA EM CONDIÇÕES
EDAFOCLIMÁTICAS NA SAVANA DE BOA VISTA, EM RORAIMA
BOA VISTA
RORAIMA - BRASIL
2009
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MARIA ELENA ALMEIDA IVANOFF
DESEMPENHO DE CULTIVARES DE GIRASSOL EM FUNÇÃO DO MANEJO DA
ADUBAÇÃO NITROGENADA E POTÁSSICA EM CONDIÇÕES
EDAFOCLIMÁTICAS NA SAVANA DE BOA VISTA, EM RORAIMA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Agronomia, área de concentração
em Produção Vegetal, da Universidade Federal de
Roraima, em Parceria com a Embrapa Roraima.
Orientadora: Profª. Drª. Sandra Cátia Pereira Uchôa.
Boa Vista
Roraima - Brasil
2009
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Catalogação na publicação elaborada pela Biblioteca Central da
Universidade Federal de Roraima
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
I93d Ivanoff, Maria Elena Almeida
Desempenho de cultivares de girassol em função
do manejo da adubação nitrogenada e potássica em condições
edafoclimáticas na savana de Boa Vista em Roraima / Maria
Elena Almeida Ivanoff. Boa Vista, 2009.
54 f.
Orientadora: Profa. Dra. Sandra Cátia Pereira
Uchôa.
Dissertação (mestrado) Universidade Federal de
Roraima, Programa de Pós-graduação em Agronomia.
1 Girassol. 2- Cultivares. 3- Adubação. 4- Roraima.
I - Título. II Uchôa, Sandra Cátia Pereira
(orientadora).
CDU 633.85
DEDICATÓRIA
À minha família, meus queridos pais, Sergei e Maria,
A meus irmãos: Victor e Ksenia.
Dedico este trabalho
AGRADECIMENTOS
À Deus, pelas conquistas concedidas, tornando-me confiante a mais uma etapa
superada.
Ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal da
Universidade Federal de Roraima, pela formação e firmação da vida acadêmica.
À Universidade Federal de Roraima e EMBRAPA Roraima, por me acolherem
em mais uma jornada da minha vida acadêmica.
À CAPES, pela concessão do programa de Pós-Graduação em Agronomia -
Produção Vegetal da Universidade Federal de Roraima.
À Profa. Dra. Sandra Cátia Pereira Uchôa, pela orientação e amizade,
contribuindo para meu aprendizado e amadurecimento; e ao Prof. Dr. José Maria
Arcanjo Alves, pelo incentivo, confiança e imensurável contribuição na execução
deste trabalho.
À minha família, pela educação, carinho, amizade e motivação na minha
formação profissional.
Ao Pesquisador Dr. Oscar José Smiderle pela amizade e apoio técnico na
condução, elaboração e finalização deste trabalho.
Aos Professores Tocio Sediyama e Armando José da Silva pelas importantes
contribuições.
A todos os professores do programa de Mestrado pelo conhecimento passado
e grandioso incentivo.
Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudo.
A todos os meus colegas do mestrado, bolsistas, servidores, ajudantes de
campo e alunos do curso de Agronomia, pelo inestimável apoio e convívio.
BIOGRAFIA
MARIA ELENA ALMEIDA IVANOFF, filha de Sergei Ivanoff e Maria Almeida
Ivanoff, nasceu em 06 de fevereiro de 1984, na cidade de Rio Verde, estado de
Goiás. Concluiu o segundo grau na Escola Colméia, no ano de 2001, na cidade de
Boa Vista, Estado de Roraima. Ingressou no Curso de Agronomia na Universidade
Federal de Roraima UFRR no ano de 2003. Foi bolsista do Pici no ano de 2005 e
do Pibic no ano de 2006 e 2007, concluiu o curso no ano de 2007. Em março de
2008, iniciou o curso de mestrado em Agronomia, do Programa de Pós-Graduação
em Produção Vegetal, na Universidade Federal de Roraima- UFRR.
IVANOFF, Maria Elena Almeida. Desempenho de cultivares de girassol em
função do manejo da adubação nitrogenada e potássica em condições de
Savana de Boa Vista, em Roraima. 2009. 55p. Dissertação de Mestrado/
Dissertação de Mestrado em Agronomia Universidade Federal de Roraima, Boa
Vista, 2009.
RESUMO
O girassol (Helianthus annuus L.) por apresentar características
agronômicas importantes, como elevado teor de óleo de ótima qualidade, baixa
exigência hídrica e ter a possibilidade de ser cultivado em diferentes épocas do ano,
pode tornar-se uma importante opção de cultivo. A cultura ainda é considerada como
secundária nos sistemas produtivos brasileiros e faltam pesquisas, principalmente
sobre o manejo da fertilidade. Neste sentido, dois experimentos foram conduzidos
no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima, localizado no
município de Boa Vista RR, nos anos de 2007 e 2008. O delineamento utilizado foi
o de blocos casualizados em esquema fatorial, com quatro repetições. Objetivou-se
no primeiro experimento avaliar os componentes de produção de três cultivares de
girassol (Agrobel 960, Agrobel 962 e Embrapa 122/V2000), submetidas a quatro
formas de aplicação do nitrogênio, sendo: 100% aos 20 dias após a semeadura
(DAS) - (0-100-0-0); 30% na semeadura e 70% aos 20 DAS - (30-70-0-0); 30% na
semeadura, 30% aos 20 DAS e 40% aos 40 DAS (30-30-40-0); 20% na semeadura,
30% aos 20 DAS, 30% aos 40 DAS e 20% aos 60 DAS (20-30-30-20). A forma de
aplicação de N afetou todos os componentes de produção, destacando o tratamento
(30-70-0-0) que foi superior para todas as variáveis estudadas. O tratamento (30-30-
40-0) apresentou resultados comparáveis ao (30-70-0-0). A forma de aplicação (20-
30-30-20) determinou o pior desempenho para as varveis. O efeito varietal foi
observado apenas para as variáveis altura da planta e altura do capítulo. A
produtividade média obtida foi de 1.639 kg ha
-1
, não havendo superioridade dos
híbridos Agrobel 960 e Agrobel 962 em relação à variedade Embrapa 122/V2000.
Objetivou-se, no segundo experimento, estudar os componentes de produção de
três cultivares de girassol submetidas a diferentes doses de cobertura de potássio.
Os tratamentos consistiram da combinação de três variedades (Agrobel 960, Agrobel
967 e Embrapa 122/V2000) e cinco doses de cobertura de potássio (0; 30; 60; 90 e
120 kg ha
-1
). Os efeitos das doses de cobertura de K foram independentes dos
efeitos das cultivares. O híbrido Agrobel 967 apresentou superioridade em relação
ao híbrido Agrobel 960 e a variedade Embrapa 122/V2000, na produtividade de
aquênio, óleo e no teor de óleo. As doses de potássio em cobertura proporcionaram
aumento quadrático ou linear nas varveis estudadas, excetuando-se a altura do
capítulo. A dose de máxima eficiência técnica para produtividade de aquênios, teor
de óleo e produtividade de óleo variou de 83,8 a 85,6 kg ha
-1
de K
2
O. As produções
máximas alcançadas pela adição de doses crescentes de K
2
O foi de 2.038,3 kg ha
-1
de aquênios com 52,5% de óleo na semente e 1.079,3 kg ha
-1
de rendimento de
óleo.
Palavras-chave: Helianthus annuus L., Óleo vegetal, Produtividade.
IVANOFF, Maria Elena Almeida. Performance of sunflower cultivars according to
management of the nitrogenated and potassic fertilization under conditions of
the Savanna of Boa Vista in Roraima. 2009. 55p. Master’s Degree Dissertation in
Agronomy Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2009.
ABSTRACT
Sunflower (Helianthus annuus L.), due it presents important agronomical
characteristics such as high oil content, low water requirement and due the possibility
of being cultivated in different times of the year, can become an important crop option
for the production. The culture is still regarded as secondary in by brazilian
productives system and it lacks more research, mainly on fertility management. To
this end, two experiments were conducted in the Center of Agricultural Sciences of
Universidade Federal de Roraima, located in Boa Vista RR in 2007 and 2008. The
approach used in the work was the delineation of randomized blocks in factorial
scheme with four replicates. The first experiment aimed at evaluating the production
components of three cultivars of sunflower (Agrobel 960, Agrobel 962 and Embrapa
122/V2000), submitted to four forms of nitrogen application, being: 100% 20 days
after sowing (DAS) - (0-100-0-0); 30% at sowing and 70% 20 DAS - (30-70-0-0); 30%
at sowing, 30% 20 DAS and 40% 40 DAS (30-30-40-0); 20% in sowing, 30% 20
DAS, 30% 40 DAS and 20% 60 DAS (20-30-30-20). N application form affected all
production components outstanding treatment (30-70-0-0), which was superior for all
variables studied. Treatment (30-30-40-0) presented results comparable to (30-70-0-
0). The application form (20-30-30-20) determined the worst performance for the
variables. Varietal effect was observed only for the variables height of plant and
height of capitulum. The productivity average obtained was 1.639 kg ha
-1
and there
was no superiority of hybrids Agrobel 960 and Agrobel 962 in relation to variety
Embrapa 122/V2000. The aim of the second experiment was to study production
components of three cultivars of sunflower submitted to different rates of potassium
side dressing. The treatments consisted of a combination of three varieties (Agrobel
960, Agrobel 967 and Embrapa 122/V2000) and five doses of potassium
sidedressing (0; 30; 60; 90 and 120 kg ha
-1
). The effects of K sidedressing rates were
independent from the effects of cultivars. Hybrid Agrobel 967 presented superiority in
relation to hybrid Agrobel 960 and variety Embrapa 122/V2000 concerning to
productivity of achenes, oil and oil content. The rates of potassium in sidedressing
provided linear-quadratic increase among variables studied, except for height of the
capitulum. The rate of maximum technical efficiency for productivity of achenes, oil
content and oil productivity varied from 83,8 to 85.6 kg ha
-1
of K
2
O. Maximum
productions achieved by adding increasing rates of K
2
O were 2.038,3 kg ha
-1
of
achenes with 52,5% of oil in seed and 1.079,3 kg ha
-1
of oil yield.
Key-words: Helianthus annuus L., Vegetable oil, Productivity.
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.......................................................................................
1
2.
OBJETIVO GERAL.................................................................................
3
2.1
OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................
3
3.
REVISÃO DE LITERATURA..................................................................
4
3.1
A CULTURA DO GIRASSOL ................................................................
4
3.2
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS ..............................................
6
3.3
ASPECTOS CLIMÁTICOS DA CULTURA ............................................
7
3.4
CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS .......................................................
8
3.5
FASES DE DESENVOLVIMENTO ........................................................
9
3.6
REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS ....................................................
10
3.7
O NITROGÊNIO NO GIRASSOL ..........................................................
12
3.8
O POTÁSSIO NO GIRASSOL ...............................................................
13
4.
ARTIGO A - COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE
GIRASSOL SUBMETIDAS A DIFERENTES FORMAS DE
APLICAÇÃO DO NITROGÊNIO.............................................................
16
4.3
INTRODUÇÃO.......................................................................................
18
4.4
MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................
20
4.4.1
Caracterização do ambiente experimental.............................................
20
4.4.2
Caracterização das cultivares de girassol..............................................
20
4.4.3
Experimento............................................................................................
21
4.5
RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................
22
4.6
CONCLUSÕES.......................................................................................
28
5.
ARTIGO B COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE CULTIVARES
DE GIRASSOL SUBMETIDAS A DIFERENTES DOSES DE
ADUBAÇÃO DE COBERTURA..............................................................
29
5.3
INTRODUÇÃO........................................................................................
31
5.4
MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................
33
5.4.1
Caracterização do ambiente experimental.............................................
33
5.4.2
Caracterização das cultivares de girassol..............................................
33
5.4.3
Experimento............................................................................................
34
5.5
RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................
35
5.6
CONCLUSÕES.......................................................................................
45
6.
CONCLUSÕES GERAIS........................................................................
46
REFERÊNCIAS......................................................................................
47
vi
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Resumo da análise de variância das variáveis
agronômicas de três cultivares de girassol
submetidas a quatro formas de aplicação de N...........
23
TABELA 2
Médias estimadas das variáveis agronômicas para
três cultivares de girassol submetidas a quatro
formas de aplicação de N.............................................
24
TABELA 3
Médias das varveis agronômicas em função de
parcelamento de N em três cultivares de girassol
cultivadas em Roraima.................................................
25
TABELA 1
Resumo da análise de variância das variáveis
agronômicas de três cultivares de girassol,
submetidas a diferentes doses de cobertura de
potássio........................................................................
36
TABELA 2
Valores médios das variáveis agronômicas de três
cultivares de girassol cultivadas em
Roraima........................................................................
37
TABELA 3
Equações de altura de planta, diâmetro da haste e
diâmetro do capítulo, coeficiente de determinação,
dose de máxima eficiência técnica (MET), em função
das doses de potássio aplicadas em cobertura em
plantas de girassol cultivadas em
Roraima........................................................................
40
vii
LISTA DE FIGURAS
RELAÇÃO DE FIGURAS ARTIGO B
FIGURA 1
Teor de potássio na folha (a) e produtividade de aquênios (b)
de girassol em função de dose de potássio em cobertura, na
savana de Boa Vista, em Roraima, 2008.....................................
41
FIGURA 2
Teor de óleo de girassol (a) e produtividade de óleo (b) em
função das doses de potássio em cobertura na savana de Boa
Vista, em Roraima, 2008..............................................................
42
1
1. INTRODUÇÃO
O girassol (Helianthus annuus L.) está entre as quatro maiores culturas
oleaginosas do mundo (soja, colza, algodão e amendoim). No ano 2004/05, a
produção mundial foi de 25,4 milhões de toneladas (CONAB, 2009). No Brasil,
porém, a cultura tem pouca expressão, com cerca de 50 mil ha cultivados em
2005/06 (CONAB, 2009), área insignificante quando comparada com a de
outras culturas, como a soja, por exemplo, com 21 milhões de ha em 2008
(IBGE, 2009).
Essa cultura apresenta maior resistência à seca, ao frio e ao calor
comparada à maioria das espécies cultivadas no Brasil. Por possuir um ciclo
vegetativo relativamente curto, elevada adaptabilidade às diferentes condições
edafoclimáticas e por não ter seu rendimento afetado pela latitude, longitude e
fotoperíodo, seu cultivo torna-se uma opção nos sistemas de rotação e
sucessão de culturas em regiões produtoras de grãos (ACOSTA, 2009).
Vários fatores, incluindo época de semeadura, variabilidade genética,
fertilidade do solo, disponibilidade de água, estádio de desenvolvimento da
planta, mero de plantas por unidade de área e suas interações, afetam a
produtividade do girassol (TOMICH et al., 2003). A otimização desses fatores
eleva a eficiência produtiva, sendo fundamental para reduzir os custos de
produção (SANTOS et al., 2002) e ampliação das áreas de cultivo.
Quanto à fertilidade do solo, pesquisas voltadas para o manejo da
adubação na cultura do girassol são escassas. De modo geral, envolve um
conjunto de práticas ou ações, planejadas e aplicadas de forma organizada,
com a finalidade de dispor eficiente e economicamente a recomendação de
fertilizantes às culturas. Entre as ões necessárias, destacam-se a definição
das doses e das fontes de nutrientes a serem utilizadas, bem como as épocas
e as formas de aplicação de corretivos e adubos ao solo, visando à maior
eficiência técnica e econômica em relação às condições de solo e de cultivo em
cada propriedade (ANGHINONI; BAYER, 2004).
O nitrogênio desempenha importante função no metabolismo e na
nutrição da cultura do girassol, e a sua deficiência causa desordem nutricional
limitando severamente a sua produção. Nos experimentos de adubação
2
nitrogenada, os objetivos mais freqüentes estão relacionados aos efeitos de
doses do fertilizante, sendo poucas as informações sobre a influência que o
modo de aplicação do nitrogênio exerce sobre seu aproveitamento por esta
espécie vegetal.
A baixa disponibilidade de potássio no solo reflete diretamente no teor
na folha e na produção. O manejo adequado da adubação com este nutriente
passa pela avaliação do teor no solo que deve estar acima de 0,25 mg dm
3
para proporcionar teores de K na folha superior a 2,5%. Blamey et al. (1987)
afirmam que não resposta do girassol à adubação em solos com alto K-
disponível (Mehlich-1), e que somente haveria probabilidade de resposta ao K
em solos com menos do que 0,25 cmol
c
dm
-3
de TFSA.
Parte do sucesso da cultura do girassol no Brasil es associado à
escolha adequada de cultivares com adaptação a diferentes ambientes,
justificando, assim, estudos de competição de cultivares. Essas informações
tornam-se mais importantes, pois a maioria das cultivares utilizadas, ou em
lançamento, foram desenvolvidas em outros países, com características de
solo e clima diferentes. Conforme Porto et al. (2008) é de grande importância a
obtenção de informações agronômicas sobre os genótipos disponíveis por meio
da pesquisa, pois torna-se possível selecionar e recomendar aqueles genótipos
mais adaptados às regiões produtoras.
Roraima, Estado que tem sua economia baseada em órgãos
governamentais, tendo poucas empresas de iniciativa privada, sendo a
sociedade caracterizada por consumidores e não produtores. Necessita de
incentivos e pesquisas que demonstrem a viabilidade econômica da agricultura,
principalmente de culturas que são consideradas recuperadoras do solo e
proporcionem óleo de excelentes qualidades nutricionais e que também podem
tornar-se matéria-prima para o biodiesel. Gerando, tamm, resíduos ricos em
fibras e proteína, como é o caso do girassol, garantindo o sucesso tanto na
agricultura familiar quanto na empresarial.
3
2. OBJETIVO GERAL
Estudar o desempenho de cultivares de girassol em função do manejo
da adubação nitrogenada e potássica em condições edafoclimáticas na savana
de Boa Vista em Roraima.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2.1.1 Determinar o efeito do parcelamento da adubação nitrogenada
nas características agronômicas e produtividade de aqnios de três cultivares
de girassol em condições edafoclimáticas na savana de Boa Vista, em
Roraima.
2.1.2 Definir o efeito de doses de cobertura da adubação potássica nas
características agronômicas, produtividade de aquênios, teor e produtividade
de óleo de três cultivares de girassol em condições edafoclimáticas na savana
de Boa Vista, em Roraima.
4
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 A CULTURA DO GIRASSOL
O girassol (Helianthus annuus L.), planta origiria das Américas, foi
levado à Europa pelos colonizadores espanhóis e portugueses, passando a ser
cultivado como planta ornamental. As propriedades oleaginosas dos frutos
foram descobertas na Rússia, sendo então, reintroduzido na América do Norte,
via Canadá (GONÇALVES; TOMICH, 1999).
Presume-se que o cultivo do girassol no Brasil iniciou na época da
colonização da região Sul do Brasil. No final do século XIX, a cultura foi trazida
pelos primeiros colonos europeus, que consumiam suas sementes torradas e
fabricavam uma espécie de chá rico em cafeína, o qual substituía o café
matinal (PELEGRINI, 1985).
Os primeiros esforços com pesquisa de girassol realizados no Brasil
tiveram início no Instituto Agronômico de Campinas, no Estado de São Paulo,
em 1937, mas um amplo programa de pesquisa seria montado em 1972
(UNGARO, 1982). Destacaram-se o programa de melhoramento genético e a
condução de trabalhos relativos à nutrição de plantas, espaçamento, controle
de pragas, entre outros. Esses trabalhos resultaram em diversas variedades e
no desenvolvimento de tecnologia de produção de girassol em São Paulo,
gerando informações que possibilitaram a expansão da cultura (LASCA, 1993;
DALL’AGNOL et al., 1994).
Atualmente, o girassol é cultivado em todos os continentes,
abrangendo uma área de 18 milhões de hectares, totalizando
aproximadamente 20 milhões de toneladas anuais de grãos. Os maiores
produtores, com base na safra 2005/2006, o Rússia, Ucrânia, Argentina,
União Européia e Índia (USDA, 2009).
Destaca-se a nível mundial como a quinta oleaginosa em produção de
matéria prima, ficando atrás somente da soja, colza, algodão e amendoim.
Quarta oleaginosa em produção de farelo depois da soja, colza e algodão e
terceira em produção mundial de óleo, depois da soja e colza. Os maiores
produtores de grãos são a Rússia, Ucrânia, União Européia e Argentina
(LAZZAROTTO et al., 2005; USDA, 2005).
5
No ano 2004/05, a produção mundial foi de 25,4 milhões de toneladas
(CONAB, 2009). No Brasil, porém, a cultura tem pouca expressão, com cerca
de 50 mil ha cultivados em 2005/06 (CONAB, 2009), área insignificante quando
comparada com a de outras culturas, como a soja, por exemplo, com 21
milhões de ha em 2008 (IBGE, 2009).
Embora o óleo mais consumido no Brasil seja o de soja, a demanda
por óleos vegetais com composição química especial vem aumentando nos
últimos cinco anos. Atualmente, o consumo brasileiro de óleos vegetais é
estimado em 4 milhões de toneladas. Deste total, cerca de 15% corresponde a
óleos e azeites com propriedades funcionais, como é o caso do óleo de
girassol.
Em média, além de 400 kg de óleo de excelente qualidade, para cada
tonelada de grão, a cultura do girassol produz 250 kg de casca e 350 kg de
torta, com 45% a 50% de proteína bruta (ACOSTA, 2009).
A cultura do girassol (Helianthus annuus L.) está emergindo como nova
fonte de divisas para os produtores de áreas de cerrado, como cultura de
safrinha. O girassol proporciona às culturas subsequentes ganho na
produtividade e, em áreas onde é feita rotação com girassol, observa-se
acréscimo na produtividade de 10% na cultura da soja de 15% a 20% no milho
(EMBRAPA SOJA, 2009).
O setor de industrialização do girassol no País é formado,
principalmente, por um pequeno número de médias e grandes indústrias,
localizadas, sobretudo, nos Estados de Goiás, São Paulo, Paraná e Rio
Grande do Sul. Essas indústrias processam o girassol visando, basicamente,
atender demandas alimentares da população brasileira (demandas de óleo).
Além dessas empresas, existem no Brasil diversas pequenas industriais, que
estão processando a oleaginosa para outros fins, em que se destaca a
produção de biodiesel. No entanto, esse tipo de finalidade é, ainda, bastante
incipiente (SILVA et al., 2004).
O programa nacional do Biodiesel, criado pela lei 11.097/2005,
determina que a partir de 2013 será obrigatória a adição de 5% de biodiesel ao
óleo diesel consumido no Brasil. Para isso serão necessários cerca de 2,5
bilhões de litros de biodiesel ao ano (QUEIROZ, 2006). Para o ano de 2008,
6
com a adição obrigatória de 3%, cria-se um mercado de 1,2 bilhões de litros de
biodiesel ao ano (THOMAZ, 2008).
Segundo a Oil Word, citado por Freitas (2000), a produção brasileira de
girassol tem crescido a uma taxa média anual de 5,15%, enquanto o consumo
se eleva a 16,22% ao ano. Isto significa que o Brasil ainda tem muito a fazer
para tornar-se auto-suficiente na produção de girassol (AGUIAR, 2000).
Mandarino (1992) e Castro et al. (1997) informam que, o óleo de
girassol é essencial ao desempenho das funções fisiológicas do organismo
humano, apresentando alto teor de ácidos graxos insaturados principalmente o
linoléico (ao redor de 75% do total, segundo Dorrell e Whelan (1978), os quais
são responsáveis pela prevenção de diferentes doenças cardiovasculares e
controle do nível de colesterol no sangue, convertendo-o no símbolo de vida
sadia. Além de conter vitaminas lipossolúveis A, D e E, sendo esta última a
mais importante antioxidante dos óleos vegetais e também um importante
conservante da vitamina A.
3.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
O termo Girassol (Helianthus annuus L.) explica não só o nome comum
como o nome botânico da planta, tendo em vista que o gênero deriva do grego
hélios, que significa sol, e de anthus, que significa flor (SEILER, 1997), ou flor
do sol”, sendo, portanto, uma referência à característica da planta de girar sua
inflorescência, seguindo o movimento do sol. É uma dicotiledônea anual, C
3
,
ordem Asterales, família Asteracea, maior família das Angiospermas (JOLY,
1993), subfamília Asteroideae e tribo Heliantheae.
A planta de girassol apresenta porte alto, raízes profundas e uma
grande diversificação de características fenotípicas. Apresenta caule robusto e
ereto, com ou sem pêlos, geralmente sem ramificações e com diâmetros
variando entre 15 e 90 mm. Quanto à altura, são observadas variações de 0,5
a 4,0 m (CASTIGLIONI et al.,1994), usualmente oscilando entre 1,0 m e 2,5 m.
Suas folhas são alternadas e pecioladas, com comprimentos de 8 a 50 cm e
com mero de folhas por caule variando entre 20 e 40. Além disso, as folhas
de girassol podem ter diversos formatos e tamanhos (CASTIGLIONI et al.,
1994).
7
As flores do girassol o reunidas em inflorescência, que é chamada
de capítulo, cuja forma pode variar de côncavo a convexo. As flores nos bordos
do capítulo o femininas e as do interior do disco são hermafroditas
(ANPL,1994).
O fruto do girassol é um aquênio de forma oblonga, geralmente
achatado, composto de pericarpo (casca), mesocarpo e endocarpo (amêndoa)
de tamanho, cor e teor de óleo variável conforme as características de cada
cultivar. A casca contém baixa porcentagem de óleo (0,4 a 1,7%) e proteína
bruta, enquanto que as amêndoas são ricas em óleo, contendo de 38 a 50%,
proteína e baixo teor de fibra. As cultivares com alto teor de óleo possuem
maior proporção de óleo/ proteína (MANDARINO, 1992).
O caule pode apresentar diferentes curvaturas que são expressas na
maturação (CASTIGLIONI et al., 1994). O sistema radicular do girassol é do
tipo pivotante e apresenta baixa capacidade de penetração, porém, se não
encontra obstáculo, pode perfurar o solo em profundidades superiores a um
metro, o que melhora o aproveitamento da água e dos elementos nutritivos,
proporcionando maior resistência à seca e melhor reciclagem dos nutrientes
(ANPL,1994).
3.3 ASPECTOS CLITICOS DA CULTURA
No Brasil, a influência do clima na duração do ciclo e dos subperíodos
do girassol está relacionada, principalmente, com a temperatura do ar
(MASSIGNAM; ANGELOCCI, 1993; SENTELHAS et al., 1994). Trabalhos
realizados por esses autores expressam essa relação através da soma térmica
ou graus-dia, índice que vem sendo largamente utilizado para estimativa da
duração do ciclo de diversas culturas em virtude da sua simplicidade, apesar
das suas limitações (WANG, 1960).
O girassol é uma planta resistente à seca, que se adapta às condições
variáveis de temperatura. As temperaturas consideradas ótimas para o seu
desenvolvimento estão entre 18 e 24°C. A produção de grãos de girassol é
duas vezes menos sensível à seca que a produção de grãos de sorgo e três
vezes menos sensível que a produção de grãos de milho. As plantas novas
resistem à geadas e essa resistência vai declinando até a fase de diferenciação
8
do receptáculo (plantas de quatro a cinco e até sete a oito pares de folhas), ou
seja, até a idade de 26 a 78 dias, correspondendo a cultivares precoces e
tardias, respectivamente (CONTIBRASIL, 1981).
A expansão dessa cultura é, tamm, favorecida por sua maior
tolerância ao estresse hídrico, comparando com outras culturas como soja e
milho (CASTRO et al., 1997).
A radiação solar e a temperatura somente podem prejudicar a cultura
do girassol quando apresentam valores muito altos. De acordo com Mota
(1983), o girassol pode suportar grande intensidade luminosa, devido a sua alta
saturação, e com umidade suficientemente disponível, ainda tolera
temperaturas acima de 40˚C.
Segundo Gonçalves e Tomich (1999), na maioria das situações a
precipitação pluvial, de 500 a 700 mm de água, bem distribuída ao longo do
ciclo é suficiente para o bom desenvolvimento, do girassol.
Graças a essas propriedades, apresenta-se como opção para os
sistemas de rotação de culturas, podendo entrar como mais uma alternativa
para as regiões produtoras de grãos e pode contribuir significativamente para
maior diversificação dos sistemas agrícolas do Estado de Roraima.
3.4 CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS
A variabilidade genética das plantas refere-se às características
hereditárias de uma espécie vegetal ou cultivar, que apresenta diferença de
crescimento ou produção em comparação a outra espécie ou outra cultivar sob
condições de ambiente ideais ou adversas. Como a exigência entre cultivares
da mesma espécie é distinta, é comum observar acúmulo de fitomassa
diferenciado sob as mesmas condições de cultivo e para o mesmo ano agrícola
(FAGERIA, 1989).
A investigação dos limites de produtividade visa identificar a
contribuição das varveis de ambiente responsáveis pelo desempenho final de
determinado genótipo e ressaltar em que nível cada uma delas representa
estrangulamento à expressão dessa produtividade (BARNI et al., 1995 b).
As plantas do girassol apresentam larga variação dos caracteres
fenotípicos. De acordo com Castiglioni et al. (1994), o observadas plantas
9
com alturas que variam de 50 a 400 cm, caules de 15 a 90 mm de diâmetro,
folhas de 8 a 50 cm de comprimento e de 8 a 70 folhas por caule, capítulos
com diâmetros de 6 a 50 cm, que contêm de 100 a 8.000 flores. O peso de mil
aquênios pode variar de 30 a 60 g e, segundo Castro et al. (1997), o número
mais freqüente de flores oscila de 800 a 1.700 por capítulo.
Conforme Castiglioni et al. (1994), as características da planta como
altura, tamanho do capítulo e circunferência do caule variam segundo o
genótipo e as condições edafoclimáticas, sendo que a época de semeadura
tem influência preponderante sobre estas variáveis (MELLO et al., 2006).
Em girassol, a estimativa da divergência genética entre diferentes
genótipos vem sendo estudada, visando à seleção de genitores para formação
de híbridos ou mesmo a formação de novas populações segregantes, oriundas
do intercruzamento de genótipos divergentes com características agronômicas
complementares (MILJANOVIC et al., 2000; MANJULA et al., 2001;
SUBRAHMANYAN et al., 2003; RAO et al., 2004).
Devido à interação entre genótipo e ambiente, presente nas espécies
vegetais, torna-se necessária a avaliação contínua de genótipos de girassol.
Esta avaliação torna possível selecionar e recomendar genótipos adaptados às
regiões produtoras, o que conseqüentemente pode aumentar o sucesso do
produtor com a cultura, obtendo maiores produtividades e retornos
econômicos. Essas informações são, tamm, relevantes, pois a maioria das
cultivares utilizadas ou em lançamento foram desenvolvidas em outros países,
com características de solo e clima diferentes (PORTO et al., 2009).
3.5 FASES DE DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento do girassol entre a semeadura e a maturação
fisiológica é uma seqüência de alterões morfológicas e fisiológicas na planta,
sendo convenientemente consideradas como fases fenológicas, separadas por
estádios fenológicos (CONNOR; HALL, 1997).
Estas fases são de grande utilidade, porque muitas práticas culturais
requerem o conhecimento de uma parte específica para seu melhor emprego,
como aplicação de adubação de cobertura, de produtos químicos, ou a coleta
10
da folha para alise de tecido para serem executadas corretamente
(CASTIGLIONI et al., 1994; CASTRO; BOUÇAS FARIAS, 2005).
A escala mais adotada e utilizada para publicações sobre o cultivo nas
regiões produtoras de girassol na América do Sul (Argentina, Brasil e Paraguai)
é a proposta por Schneiter e Miller (1981), em que o desenvolvimento da planta
é dividido em duas etapas: Vegetativa (V) e Reprodutiva (R) (SCHNEITER;
MILLER 1981).
A fase vegetativa começa com a emergência de plântulas (VE) e
termina com o início do aparecimento da inflorescência (botão floral). Após a
emergência, as fases são definidas em função do número de folhas com o
mínimo de 4 cm de comprimento, começando com V1, V2, V3, V4, VN. Vários
fatores podem ocasionar perdas de folhas como seca, pragas, doenças, entre
outros, dessa forma, para a determinação das fases deve-se contar também as
folhas ausentes. A fase reprodutiva começa com o aparecimento da
inflorescência (botão floral) e termina com a maturação da planta (R1 até R9),
(VILLALBA, 2008).
3.6 REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS
O fornecimento adequado de nutrientes contribui, de forma
significativa, tanto para o aumento da produtividade quanto para o aumento do
custo de produção. Nesta situação, a otimização da eficiência nutricional é
fundamental para ampliar a produtividade e reduzir custo de produção. Vários
fatores, como clima, solo e suas interações afetam a absorção e a utilização de
nutrientes pelas plantas (FAGERIA, 1998).
O girassol requer solos férteis, profundos e com boa drenagem, de
preferência argilo-arenosos, com boas provisões de nitrogênio, fósforo e
potássio, para obter altos rendimentos por unidade de área. Contudo a planta
tamm tem capacidade para se desenvolver em solos menos férteis com
características físicas deficientes, desde que sejam feitas correções mínimas
necessárias (CONTIBRASIL, 1981).
Diversos fatores influenciam na absorção e na disponibilidade de
nutrientes do solo, ou seja, a capacidade de exploração do sistema radicular da
planta, as propriedades do solo e seu manejo, as condições climáticas, e a
11
disponibilidade de água são aspectos fundamentais para se obter uma planta
bem nutrida (VILLALBA, 2008).
A exigência nutricional da cultura de girassol varia em função da fase
de desenvolvimento em que se encontra. Na fase vegetativa, ou seja, ciclo
inicial de desenvolvimento com até 30 dias após a emergência (DAE), o
girassol necessita de pouca quantidade de nutrientes. Castro e Oliveira (2005)
verificaram que a maior absorção de nutrientes e água e, conseqüentemente,
maior desenvolvimento ocorre a partir desse momento até o florescimento
pleno, fase R
5.5
. Segundo Hooking e Steer (1983) este período é bastante
importante na definição do potencial produtivo das plantas.
Dos 28 aos 56 DAE existe um rápido aumento na exigência nutricional.
Nas fases de florescimento e início do enchimento de aquênios (R5, R6 e R7)
entre os 56 e 84 dias ocorre uma diminuição gradativa na velocidade de
absorção de nutrientes quando se alcança o nível máximo de acúmulo em
quantidades variáveis para cada nutriente (CASTRO; OLIVEIRA, 2005). Ao
longo do ciclo o girassol acumula um total de 41 kg de N; 17,1 kg de P
2
O
5
e
171 kg de K
2
O para produzir uma tonelada de grãos (CASTRO; OLIVEIRA,
2005 e BLAMEY et al., 1997).
O período que se estende até o final do enchimento de aquênios, é
caracterizado por translocação intensa, principalmente de nitrogênio e fósforo
dos órgãos vegetativos para os reprodutivos, demonstrando uma alta
exportação, a qual é de aproximadamente 56 a 70% do total acumulado. Para
o potássio apenas uma quantidade pequena é acumulada nos aquênios e
exportada 7% do total absorvido pela planta, mas precisa de concentrações
elevadas no caule e no capítulo para obter um bom desenvolvimento
(VILLALBA, 2008). Outros nutrientes como cálcio e boro também apresentam
taxas de exportação reduzidas (CASTRO; OLIVEIRA, 2005).
O girassol é uma cultura que melhora a qualidade do solo, promovendo
a ciclagem de nutrientes mediante a mineralização dos restos culturais ao
longo do perfil, beneficiando, dessa forma, o desenvolvimento e a melhoria do
estado nutricional das culturas subsequentes (TREZZI; SILVA; ROCHA, 1994;
UNGARO et al., 2000).
12
3.7 O NITROGÊNIO NO GIRASSOL
O N é o constituinte de aminoácidos e nucleotídeos, e o principal
nutriente para a obtenção de produtividades elevadas em culturas anuais. Nas
oleaginosas, o nitrogênio determina o equilíbrio nos teores de proteínas
acumuladas e produção de óleo, já que influencia o metabolismo de síntese de
compostos de reserva nas sementes. Quando adubado com N em grandes
quantidades, elevação dos teores do nutriente nos tecidos e redução da
síntese de óleos, favorecendo a rota metabólica de acúmulo de proteínas nos
aquênios (CASTRO et al., 1999).
No solo, o nitrogênio apresenta diversas formas orgânicas e
inorgânicas que estão dinamicamente equilibradas. O nitrogênio pode se
incorporar no sistema solo-planta a partir dos restos culturais, por processos de
fixação biológica, adubação com fertilizantes industriais e também por
precipitação induzida por descargas elétricas (RAIJ, 1991). O nitrogênio
mineral é absorvido nas formas de nitrato ou amônio, o qual entra em contato
com as raízes das plantas preferencialmente pelo fluxo de massa
(MALAVOLTA et al., 1997).
A planta de girassol, quando submetida a diferentes doses e épocas de
aplicação de nitrogênio em cobertura, apresenta alterões na produção de
massa seca de folhas, hastes e capítulos. Além de alterações na área foliar,
altura da planta, peso de aquênios, número de aquênio por capítulo e diâmetro
do capítulo. A quantidade total de nitrogênio que pode ser absorvido por uma
cultura de girassol influencia no valor máximo esperado para os índices de
colheita (BRUGINSKI; PISSAIA, 2002).
Os trabalhos de Tanaka (1981) e Zagonel e Munsdostock (1991)
mostram o efeito benéfico do nitrogênio na cultura do girassol, aumentando a
altura de planta, diâmetro do caule, produtividade de grãos e o rendimento de
óleo, sendo que o excesso pode diminuir a concentração de óleo, no entanto,
sendo compensada pela maior produtividade (ZUBRISKI; ZIMMERMANN,
1974).
O nitrogênio é o segundo nutriente mais requerido pela cultura do
girassol, acumulando até 130 kg ha
-1
. Nos tecidos, a concentração varia,
dependendo do genótipo, de 35 a 50 kg ha
-1
nas folhas e de 4 a 10 kg ha
-1
no
13
caule, no período entre o início do florescimento e o enchimento de aquênios.
O nitrogênio é o nutriente que mais limita a produção do girassol (BLAMEY et
al., 1997), proporcionando redução de 60% na produtividade em decorrência
de sua deficiência (SMIDERLE et al., 2002; SMIDERLE et al., 2003).
Avaliações experimentais indicam que com 40 a 50 kg ha
-1
de N,
obtém-se 90% da produção relativa máxima, o qual corresponde à quantidade
do nutriente economicamente mais eficiente. Também se verificou que com 80
a 90 kg ha
-1
de N é alcançada a produção máxima do girassol (SMIDERLE et
al., 2002; SMIDERLE et al., 2004; CASTRO et al., 2004).
3.8 O POTÁSSIO NO GIRASSOL
O manejo da adubação potássica em área de Cerrado é de grande
relevância por ser essa a região de maior expressão e de maior potencial de
expansão na agricultura do País (ERNANI; ALMEIDA; SANTOS 2007).
O K, embora absorvido em maior quantidade pelas plantas, juntamente
com o N, não recebeu a mesma importância no manejo da adubação nos
Cerrados, comparado ao N, P e mesmo ao Zn. Esse fato, aliado aos seus
baixos teores disponíveis originais na maioria dos solos de Cerrado, 85% dos
solos o deficientes em K, com valores médios do disponível de 31 mg dm
-3
,
(LOPES, 1984), causaram balanços negativos no solo, dada sua gradual
exaustão, como conseqüência de seu menor aporte via fertilizantes em relação
ao exportado pelas culturas. Assim, nos dias atuais, o K assume, de modo
geral, papel da maior relevância na agricultura dos Cerrados (ERNANI;
ALMEIDA; SANTOS 2007).
A grande extração de potássio, pela maioria das culturas, associada ao
alto potencial de perdas por lixiviação desse elemento, faz com que o manejo
da adubação potássica (doses, forma de aplicação e parcelamento) seja de
grande importância para a sustentabilidade deste nutriente. Por outro lado a
reserva de potássio nos solos de maneira geral, não é suficiente para suprir as
quantidades extraídas pelas culturas por longo período de tempo, e, portanto, a
sua restituição a planta deve ser feita por meio da adubação mineral (VILELA
et al., 1986 ).
14
A perda do íon K
+
por lixiviação no perfil quando são feitas adubações
corretivas merece atenção especial, principalmente em solos de textura média.
A correção da acidez é também fundamental para elevar a eficiência de
utilização dos fertilizantes potássicos, por aumentar a capacidade de retenção
do nutriente no complexo de troca, limitando este processo de lixiviação e
perda do nutriente nos solos de textura arenosa (CASTRO; OLIVEIRA, 2005).
O potássio disponível para as plantas encontra-se como íon K
+
presente na solução do solo e no complexo de troca (RAIJ, 1991). O contato
com as raízes ocorre preferencialmente por difusão e fluxo de massa. Dessa
forma, a nutrição potássica está diretamente relacionada com a disponibilidade
de água às plantas. Participa de grande número de processos biológicos da
planta e apresenta alta mobilidade, sendo translocado das partes velhas para
as partes jovens, durante o processo de senescência natural ou induzida
(MALAVOLTA, 1997).
A baixa disponibilidade de potássio no solo pode causar redução da
produtividade e diminuição gradativa na taxa de crescimento das plantas.
Quando a deficiência é mais severa, os sintomas se iniciam com mosqueado
amarelado nas bordas das folhas da parte inferior da planta, essas áreas
cloróticas avançam para o centro das folhas, tornando-se necrótica nas bordas,
perdendo rigidez na planta e prostrando-se facilmente em casos mais severos
(CASTRO; OLIVEIRA, 2005).
Para a boa produção de girassol, a disponibilidade de potássio deve
ser média a alta devido à elevada demanda para cada tonelada de grãos
produzido, em torno de 171 kg de K
2
O na parte aérea. A quantidade exportada
através dos aquênios na colheita é baixa, em torno de 12 kg de K
2
O por
tonelada produzida (BLAMEY et al., 1997; CASTRO; OLIVEIRA, 2005).
A capacidade de acúmulo de potássio nas camadas superficiais do
solo varia, principalmente em função da capacidade de troca catiônica (CTC).
Estudos realizados em solos argilosos no Estado do Paraná, onde a CTC varia
de 12 a 14 cmol
c
dm
-3
e em solos de textura média com variação da CTC de 5
a 6 cmol
c
dm
-3
, mostraram ser fundamentais para explicar a movimentação de
K no perfil do solo e tamm um fator importante para adoção de estratégias
adequadas para cada situação e ambiente em relação ao manejo do potássio
no solo (VILLALBA, 2008).
15
Experimentos realizados em Latossolo Vermelho eutroférrico e
distroférrico com teor menor que 47 mg kg
-1
de K no solo, determinaram baixa
disponibilidade e absorção de potássio pelo cultivo de girassol, o qual
apresentou baixa concentração de K nas folhas, em torno de 18,8 g kg
-1
.
Nessas condições foram evidenciados sintomas de deficiência típica do
nutriente e queda da produtividade (BORKERT et al., 1997).
Segundo Castro et al. (1993), teores de potássio em torno de 78 mg kg
-
1
em solos argilosos e aplicações com níveis de adubação variando entre 40 e
80 kg ha
-1
, resultaram em maior produtividade, dependendo da disponibilidade
de água, da profundidade do solo explorado, e dos teores de potássio nas
folhas, os quais variaram de 35 a 45 mg kg
-1
nessas condições.
Castro e Oliveira (2005) verificaram em um Latossolo muito argiloso no
Paraná, pouco incremento de produtividade do girassol em solo com
quantidade de potássio acima do nível crítico, em torno de 70 mg kg
-1
, para
atingir 90% da produtividade relativa máxima. Já, para a cultura da soja, o nível
médio de disponibilidade de K é em torno de 78 mg kg
-1
(EMBRAPA, 2004).
Dessa forma, o nível crítico no solo, tanto para a soja quanto para o girassol,
são aproximados a nível regional. Sendo assim, a interpretação da
disponibilidade de potássio e as recomendações para a cultura do girassol
podem ser orientadas pelos limites estabelecidos para a soja, para a
determinação das classes de baixa a média disponibilidade de K no solo.
As recomendações de potássio para a cultura do girassol podem variar
de 40 a 80 kg ha
-1
de K
2
O. Quando o cultivo é feito em solos com
disponibilidade alta do nutriente utiliza-se uma adubação de manutenção,
considerando uma exportação de 10 a 12 kg de K
2
O para cada 1000 kg de
grãos produzidos (CASTRO; OLIVEIRA, 2005).
16
4. ARTIGO A - COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE
GIRASSOL EM FUNÇÃO A QUATRO FORMAS DE APLICAÇÃO DO
NITROGÊNIO.
4.1. RESUMO
O nitrogênio é o nutriente que mais limita a produção na cultura do
girassol (Helianthus annuus L). A exigência entre cultivares da mesma espécie
é distinta, mesmo sob as mesmas condições de cultivo. Objetivando avaliar os
componentes de produção de três cultivares de girassol submetidas a quatro
formas de aplicação do nitrogênio, foi realizado um experimento em Latossolo
Amarelo distrófico na savana de Boa Vista, em Roraima, em delineamento de
blocos casualizados em esquema fatorial, com quatro repetições. Os
tratamentos consistiram da combinação de três variedades: Agrobel 960,
Agrobel 962 e Embrapa 122/V2000 e quatro formas de aplicação da dose de
60 kg ha
-1
de N: 100% aos 20 dias após a semeadura (DAS) - (0-100-0-0); 30%
na semeadura e 70% aos 20 DAS - (30-70-0-0); 30% na semeadura, 30% aos
20 DAS e 40% aos 40 DAS (30-30-40-0); 20% na semeadura, 30% aos 20
DAS, 30% aos 40 DAS e 20% aos 60 DAS (20-30-30-20). Os efeitos da forma
de aplicação de N foram independentes dos efeitos das cultivares. A forma de
aplicação de N afetou todos os componentes de produção, destacando o
tratamento (30-70-0-0) que foi superior para todas as variáveis estudadas. O
tratamento (30-30-40-0) apresentou resultados comparáveis ao (30-70-0-0). A
forma de aplicação (20-30-30-20) determinou o pior desempenho para as
variáveis. O efeito varietal foi observado apenas para as varveis altura da
planta e altura do capítulo. A produtividade média obtida foi de 1.639 kg ha
-1
,
não havendo superioridade dos híbridos Agrobel 960 e Agrobel 962 em relação
à variedade Embrapa 122/V2000.
Palavras chave: Helianthus annuus L., Componentes de produção, Efeito
varietal.
ARTICLE A - PRODUCTION COMPONENTS OF SUNFLOWER CULTIVARS
UNDER FOUR DIFFERENT WAYS OF NITROGEN APPLICATION.
4.2. ABSTRACT
Nitrogen is the nutrient that most limits production within sunflower crop
(Helianthus annuus L). The requirement between cultivars of the same species
is distinct, even when under the same conditions of cultivation. Aiming to study
production components of three cultivars of sunflower submitted to four forms of
nitrogen application experiment was took place Yellow Latossoil in the Savanna
of Roraima under delineation of randomized blocks and factorial scheme, with
four replicates. Treatments consisted of the combination of three varieties:
Agrobel 960, Agrobel 962 and Embrapa 122/V2000 and four forms of
application of the rate of 60 kg ha
-1
of N: 100% 20 days after sowing (DAS) - (0-
100-0-0); 30% at sowing and 70% 20 DAS - (30-70-0-0); 30% at sowing, 30%
20 DAS and 40% 40 DAS (30-30-40-0); 20% at sowing, 30% 20 DAS, 30% 40
17
DAS and 20% 60 DAS (20-30-30-20). The effects of N application forms were
independent from the effects of cultivars. Application form of N has affected all
production, highlighting treatment (30-70-0-0), which was superior for all the
variables components studied. Treatment (30-30-40-0) presented results
comparable to treatment (30-70-0-0). The application form (20-30-30-20)
determined the worst performance for the variables. Varietal effect was
observed only in height of plant and height of the capitulum. The average
productivity obtained was 1.639 kg ha
-1
and there was no superiority of the
hybrids Agrobel 960 and Agrobel 962 in relation to the variety Embrapa
122/V2000.
Key- words: Helianthus annuus L., Components of production, Varietal effects.
18
4.3. INTRODUÇÃO
A cultura do girassol, Helianthus annuus L., possui um dos maiores
índices de crescimento no mundo. Em 2006 foram plantados 23 milhões de
hectares produzindo-se cerca de 32 milhões de toneladas de grãos (FAO,
2008). No Brasil a área plantada de girassol, em 2006, foi de 69.206 hectares,
com rendimento médio de 1.475 kg ha
-1
. Na safra de 2008 houve incremento
para 107.494 ha plantados (IBGE, 2008). Esses números revelam que a
atividade vem crescendo devido à busca por novas opções de cultivo e ao
aumento da demanda das indústrias por óleo de melhor qualidade e também
para produção de biocombustíveis. Na região Norte, o girassol pode ser
incluído no sistema de produção das pequenas propriedades por fornecer o
óleo e outros produtos de alto valor agregado.
O nitrogênio desempenha importante fuão no metabolismo e na
nutrição da cultura do girassol, e a sua deficiência causa uma desordem
nutricional, sendo que esse nutriente é o que mais limita a sua produção,
enquanto seu excesso ocasiona decréscimo na porcentagem de óleo
(BÍSCARO et al., 2008).
Em função das transformações que o nitrogênio sofre no solo, há
muitas controvérsias com relação à época de aplicação. Para a cultura do
milho, Souza et al. (2001) verificaram que a aplicação do N em dose única na
semeadura mostrou resultados iguais quando o N foi parcelado ou aplicado em
cobertura em diferentes épocas, recomendando, assim, a intensificação de
estudos em diferentes ambientes e cultivares.
A aplicação do N, de uma só vez ou parceladamente, pode ser mais ou
menos eficiente, dependendo da época da aplicação. Para o milho, aplicações
mais tardia do N, duas a três semanas antes da floração, determinaram os
melhores rendimentos em grãos, uma vez que o N é fornecido à planta na
época em que sua absorção é máxima (SILVA; SILVA, 2003). Por outro lado,
pesquisas indicam que altas concentrações de N na zona radicular são
benéficas para promover o rápido crescimento inicial da planta e o aumento na
produtividade de grãos (SILVA et al., 2005a,b). Para a cultura do girassol
poucas informações são disponíveis acerca desse manejo, tendo sido relatado
aumento em produtividade de aquênios com a utilização do parcelamento da
19
dose de cobertura em 15, 30 e 45 dias após a emergência (BÍSCARO et al.,
2008).
Devido à interação entre genótipo e ambiente, presente nas espécies
vegetais torna-se necessária a avaliação contínua de getipos de girassol.
Esta avaliação torna possível selecionar e recomendar genótipos adaptados às
regiões produtoras, o que, conseqüentemente, pode aumentar o sucesso do
produtor com a cultura, obtendo maiores produtividades e retorno econômico.
Essas informações são, também, relevantes, pois a maioria das cultivares
utilizadas ou em lançamento foram desenvolvidas em outros países, com
características de solo e clima diferentes (PORTO et al., 2009).
Em Roraima, os estudos sobre o girassol são escassos. Para que
ocorra o estabelecimento desta cultura é preciso que se produzam
conhecimentos nas diversas áreas científicas, sendo relevante o estudo do
comportamento de cultivares quanto ao ambiente e ao uso eficiente de
nitrogênio por meio do seu parcelamento.
Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de formas de aplicação
do nitrogênio nos componentes de produção de três cultivares de girassol,
semeadas em Latossolo Amarelo distrófico de região de savana de Boa Vista
no Estado de Roraima.
20
4.4 MATERIAL E MÉTODOS
4.4.1 Caracterização do ambiente experimental
O experimento foi conduzido, durante os meses de janeiro a maio de
2007, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal de Roraima, localizado no município de Boa Vista - RR, coordenadas
geográficas de 2º52’15,49’’N e 60º42’39,89’’W. Segundo a classificação de
Köppen, o clima da região é do tipo Awi, com duas estações climáticas bem
definidas, uma chuvosa (abril-setembro) e outra seca (outubro-março)
(ARAÚJO et al., 2001).
O solo da área do experimento é classificado como Latossolo Amarelo
distrocoeso, e apresentava as seguintes características na camada arável de 0
a 20 cm: pH (em H
2
O) = 5,4; Al trocável (cmol
c
dm
-3
) = 0,08; Ca+Mg (cmol
c
dm
-
3
) = 0,77; P (mg dm
-3
)= 0,07; K (mg dm
-3
)= 14,84; Matéria orgânica = 7,9 g dm
-
3
; H+Al (cmol
c
dm
-3
) =1,24; V (%) = 39,5; m (%) = 9,0; Soma de bases = 0,81
(cmol
c
dm
-3
); CTCt = 2,1 (cmol
c
dm
-3
); CTCe = 0,9 (cmol
c
dm
-3
); argila = 260 g
kg
-1
, silte = 159 g kg
-1
e areia = 590 g kg
-1
(EMBRAPA, 1999).
4.4.2 Caracterização das cultivares de girassol
Utilizaram-se três cultivares de girassol, com características específicas
para a produção de óleo, sendo: C
1
- Agrobel 960 (Grão Negro) híbrido triplo,
ciclo de 90 a 118 dias, resistente ao acamamento, altura de 1,70 m, população
de 45.000 plantas ha
-1
e teor de óleo entre 42 a 48%; C2 - Agrobel 962 (Grão
Negro) brido triplo, com ciclo de 120 dias, resistente ao acamamento, altura
de 1,60 m, população de 45.000 plantas ha
-1
e teor de óleo entre 43 a 50%; C
3
- Embrapa 122/V2000 (Grão Estriado) variedade, ciclo de 100 dias, altura de
1,55 m, população entre 40.000 a 45.000 plantas ha
-1
, e teor de óleo entre 40 a
44% (GIRASSÓIS 2007).
21
4.4.3 Experimento
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em
esquema fatorial (3 x 4), com quatro repetições. O primeiro fator correspondeu
as cultivares e o segundo as formas de aplicação do nitrogênio, resultando em
12 tratamentos. A parcela experimental foi constituída de cinco fileiras de 4,0 m
de comprimento com espaçamento entre linhas de 0,80 m e 0,20 m entre
plantas. Para efeito de coleta de dados foram consideradas apenas as três
linhas centrais, eliminando-se 0,5 m nas extremidades das fileiras, sendo a
área útil 7,2 m
2
.
As formas de aplicação da dose recomendada de nitrogênio, 60 kg ha
-
1
, tendo como fonte o sulfato de amônio, foram: 100% aos 20 dias após a
semeadura (DAS) - (0-100-0-0); 30% na semeadura e 70% aos 20 DAS - (30-
70-0-0); 30% na semeadura, 30% aos 20 DAS e 40% aos 40 DAS (30-30-40-0)
e 20% na semeadura, 30% aos 20 DAS, 30% aos 40 DAS e 20% aos 60 DAS
(20-30-30-20). As coberturas foram efetuadas nos estágios V4 (plantas com
quatro folhas e mais de 4 cm de comprimento), V10 (plantas com dez folhas
com mais de 4 cm de comprimento) e R1 (aparecimento do botão floral)
(SCHNEITER; MILLER, 1981).
O preparo do solo foi realizado com uma aração profunda seguida de
duas gradagens. Para a correção do solo empregou-se 1 Mg ha
-1
de calcário
dolomítico para um PRNT de 100% e a adubação de semeadura foi realizada
manualmente aplicando-se 375 kg ha
-1
do fertilizante da fórmula 2-24-12 de
NPK. A semeadura foi realizada com três sementes a cada 0,20 m de sulco. O
desbaste foi realizado aos 20 dias após a emergência, quando deixou-se
apenas uma planta por cova perfazendo 62.500 plantas ha
-1
. Aos 20 DAS foi
realizada uma cobertura com 80 kg ha
-1
de K
2
O, utilizando-se como fonte o
cloreto de potássio. Foi aplicado aos 50 DAS 107 mL ha
-1
de boro plus com
11,5% de B.
Ao longo do cultivo foram realizadas três capinas e duas aplicações
com inseticida organofosforado visando o controle de pragas, principalmente
da vaquinha (Cerotoma arcuatus OLIVIER, 1791). A manutenção da umidade
da área foi feita exclusivamente por irrigação, microaspersão, monitorada por
tensiômetros, mantendo-se a área próxima a 80% da capacidade de campo.
22
As variáveis avaliadas foram: altura de planta, tomando como medida
até a inserção do capítulo, no florescimento pleno, R
5.5
(SCHNEITER; MILLER,
1981); altura do capítulo, medida do nível do solo até a base do capítulo, no
início da maturação, R
9
; diâmetro da haste, medindo-se com paquímetro a 5
cm do nível do solo, 10 plantas amostradas dentro da área útil, no final do
florescimento pleno; diâmetro do capítulo, medindo-se 10 capítulos amostrados
dentro da área útil, por ocasião da colheita.
A produção de aquênios foi avaliada na área útil de cada parcela, com
a colheita manual dos capítulos, secagem em estufa, trilha mecânica, pesagem
e determinação da umidade e posterior correção da umidade para 11% e assim
determinou-se a produtividade de grãos por hectare.
Os dados obtidos foram tabulados, submetidos a análise de variância e
as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
4.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As sementes das cultivares de girassol utilizadas no plantio
apresentaram poder germinativo superior a 85%. O estande de plantas
manteve-se uniforme ao longo dos 15 dias iniciais, passando a apresentar
diferenças no restante do ciclo em função das características genéticas
intrínsecas de cada cultivar.
Observa-se na Tabela 1 que a interação entre os fatores cultivares e
formas de aplicação do nitrogênio não foi significativa para nenhuma das
variáveis estudadas. Diante disso, passou-se a estudar o efeito isolado de cada
fator. Verificou-se que as cultivares apresentaram diferenças significativas para
a altura da planta e altura do capítulo. As formas de aplicação do nitrogênio
influenciaram de modo significativo todas as variáveis estudadas.
23
Tabela 1 Resumo da alise de variância das variáveis agronômicas de três
cultivares de girassol submetidas a quatro formas de aplicação de N.
FV
GL
QUADRADOS MÉDIOS
AP
AC
DC
DH
PR
BLOCOS
3
213,82
ns
64,24
ns
8,72
**
0,079
*
10,77**
FN
3
762,49
**
257,52
**
9,98
**
0,177
**
5,51**
CUL
2
275,44
*
898,5
**
1,38
ns
0,006
ns
0,148
ns
FN*CUL
6
47,804
ns
31,39
ns
1,54
ns
0,033
ns
0,875
ns
CV (%)
7,56
10,44
9,15
13,24
15,79
FV Fontes de Variação; FN - Formas de aplicação de N; Cul Cultivar; AP Altura da
planta; AC- Altura do capítulo; DC Diâmetro do capítulo; DH Diâmetro da haste; PR
Produtividade;
ns
_
não significativo, *_ significativo a 5% **_ significativo a 1% de probabilidade.
Na Tabela 2 pode-se observar que as plantas apresentaram alturas
que variaram de 114,6 (Agrobel 962) a 122,9 cm (Agrobel 960), estando abaixo
da faixa obtida por Smiderle et al. (2005). A altura da planta é reflexo das
condições nutricionais no período de alongamento do caule. A resposta
diferencial das cultivares mostrou que a Agrobel 960 foi mais eficiente quanto
às condições edafoclimáticas de seu cultivo.
A altura do capítulo variou de 63,4 (Agrobel 960) a 78,2 cm (Agrobel
962), encontrando-se dentro da faixa necessária para colheita mecanizada
(Tabela 2). A cultivar Agrobel 962 apresentou a menor altura da planta e maior
altura de capítulo, o que sugere a possibilidade de seu cultivo em menores
espaçamentos, contribuindo, com isso, no controle de plantas daninhas
(AMABILE et al., 2003). As variações observadas na altura das plantas e do
capítulo entre as cultivares não se refletiram nas variáveis ligadas a produção,
diâmetro do capítulo e produtividade.
24
Tabela 2 - Médias estimadas das varveis agronômicas para três cultivares de
girassol submetidas a quatro formas de aplicação de N.
Cultivares
AP
AC
DC
DH
PR
_______________
(cm)
________________
(mm)
(kg ha
-1
)
Agrobel 960
122,9 a
63,4 b
13,2
12,4
1.649
Agrobel 962
114,6 b
78,2 a
13,8
12,3
1.657
Embrapa
122/V2000
119,5 ab
72,8 a
13,5
12,0
1.611
Média
-
-
13,48
12,2
1.639
AP - Altura da planta; AC - Altura do capítulo; DC - Diâmetro do capítulo; DH - Diâmetro da
haste e PR Produtividade. Na vertical, as médias seguidas da mesma letra, não diferem
entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
O diâmetro da haste das cultivares apresentou média de 12,2 mm
(Tabela 2), sendo inferior aos observados na literatura (CASTRO et al., 1999;
SCARO et al., 2008; SMIDERLE et al., 2005). É possível que esse baixo
diâmetro esteja em conformidade com a baixa estatura das plantas em
decorrência, por sua vez, da redução no ciclo. Apesar do baixo valor de
diâmetro, não foi registrado acamamento ou quebra das plantas das três
cultivares.
Durante a condução do experimento verificou-se, ainda, que entre as
cultivares estudadas a Embrapa 122/V2000 apresentou elevada
desuniformidade quanto à altura, diâmetro da haste e diâmetro do capítulo. É
possível que esse fato deva-se inicialmente a sua condição genética, por não
se tratar de uma cultivar híbrida e ao vigor inicial das plântulas, que
demonstrou ser inferior as demais. A baixa uniformidade verificada na Embrapa
122/V2000 pode limitar o uso da colheita mecanizada e o seu plantio em
grandes áreas.
As cultivares apresentaram média de produtividade de 1.639 kg ha
-1
(Tabela 2), sendo inferior a obtida por Smiderle et al. (2005) que foi de 2.717,98
kg ha
-1
. Essa média encontra-se entre a faixa de 1.447 a 2.619,54 kg ha
-1
,
obtida por Porto et al. (2008), avaliando a produtividade de três anos agrícolas
em ensaios regionais no Brasil. Entretanto, para as condições do Distrito
Federal esse valor está aquém dos rendimentos obtidos, que estão acima de
2.500 kg ha
-1
(FARIAS NETO et al., 2000). Para as condições edafoclimáticas
do Rio Grande do Sul, Pires et al. (2007), estudando diferentes genótipos de
girassol, encontraram produtividade média de 1.663 kg ha
-1
, semelhante ao
25
obtido neste experimento. Os valores de produtividade obtidos indicam que as
condições edafoclimáticas da savana de Roraima não afetaram negativamente
a capacidade produtiva das cultivares, dada a época de cultivo. Os resultados
demonstraram que não há superioridade dos híbridos sobre a variedade quanto
ao ciclo e produtividade.
Conforme Porto et al. (2007), esses resultados indicam que o produtor
pode cultivar qualquer uma das três cultivares em período de entressafra, mas
que a melhoria das condições ambientais (maior adubação, adequação da
época de plantio, melhor controle fitossanirio) poderá trazer maiores retornos
econômicos, pois a produtividade obtida nas condições experimentais
apresentou-se dentro da faixa de responsividade em período de alta
temperatura e elevado requerimento hídrico.
Na Tabela 3 observa-se que para a altura de planta os tratamentos
onde o N foi aplicado até 40 DAS não apresentaram diferenças significativas,
determinando uma média de 122,73 cm. O N em cobertura, até 40 DAS, foi
importante para o crescimento das plantas, o havendo acamamento e
facilitando o manejo e a colheita.
Tabela 3 Médias das variáveis agronômicas em função de parcelamento de
N em três cultivares de girassol cultivadas em Roraima.
Dias da
Semeadura
Altura da
Planta (cm)
Altura do
Capítulo
(cm)
Diâmetro do
Capítulo
(cm)
Diâmetro da
Haste (mm)
Produtividade
(kg ha
-1
)
0
20
40
60
N aplicado (%)
0
100
0
0
120,34 a
72,92 ab
13,38 ab
1,21 ab
1.512,7 bc
30
70
0
0
126,43 a
76,67 a
14,26 a
1,33 a
1.818,2 a
30
30
40
0
121,42 a
70,65 ab
14,04 a
1,29 a
1.759,0 ab
20
30
30
20
107,70 b
65,60 b
12,23 b
1,06 b
1.466,2 c
Eficiência
1/
(%)
17
17
17
25
24
Na coluna, as médias seguidas da mesma letra, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
1/
Eficiência = {[(Melhor tratamento x 100)/(Pior tratamento)]-100}.
O parcelamento de N até 60 DAS mostrou-se inferior aos tratamentos
onde o N foi fornecido a planta até 40 DAS, determinando uma redução de
17% na altura da planta, apresentando média de 107,70 cm (Tabela 3). É
26
possível que a última dose aplicada (60 DAS) tenha sido posterior ao período
de alongamento do caule, dada a redução do ciclo observada para as três
cultivares.
A cultivar Embrapa 122/V2000 apresentou ciclo de 81 dias, tendo
entrado em plena floração aos 40 dias, quando o recomendado em outros
estados onde foi indicada para cultivo, um ciclo de 100 dias e floração aos 53
dias. O híbrido triplo AG-960 tem ciclo estimado entre 90 a 118 dias e o híbrido
AG-962 tem ciclo de 120 dias, ambos foram colhidos aos 90 dias. O
florescimento precoce e encurtamento do ciclo, para todas as cultivares, podem
estar ligados a época de plantio. Resultados semelhantes na redução do ciclo
foram observados por Smiderle et al. (2005) ao testar seis cultivares em
condições de savana em Roraima.
A altura do capítulo variou de 65,60 a 76,67 cm em função das
diferentes formas de aplicação do N (Tabela 3). A maior altura do capítulo foi
obtida com a aplicação de 30% do N no plantio e o restante aos 20 DAS.
Contudo, este tratamento foi superior ao 20-30-30-20. A aplicação do N por
ocasião do plantio e 20 dias após a semeadura demonstrou ser importante na
determinação da altura do capítulo, proporcionando eficiência de 17% em
relação ao tratamento 20-30-30-20. Por outro lado, a aplicação tardia do N não
trouxe benefício para a altura do capítulo, indicando que declínio na
capacidade de absorção do N pela planta nessa fase de desenvolvimento.
Quanto ao diâmetro do capítulo observa-se, na Tabela 3, que as
formas de aplicação que disponibilizaram o N até 40 DAS
proporcionaram os
maiores ganhos para esta variável em relação ao tratamento onde o N foi
aplicado até 60 DAS. O diâmetro do capítulo variou de 12,23 a 14,26 cm,
situando-se dentro da variação de 6 a 50 cm estabelecida para a cultura,
conforme Frank e Szabo (1989).
Os melhores tratamentos proporcionaram uma eficiência de 17% no
diâmetro médio do capítulo, pelo manejo adequado da adubação nitrogenada.
Os valores para diâmetro do capítulo foram superiores ao obtido por scaro et
al. (2008), com valor máximo alcançado de 11,9 cm na dose de 44,9 kg ha
-1
de
N, parcelada em três vezes.
27
A forma de aplicação de N (30-70-0-0) elevou em 25% o diâmetro da
haste, passando de 1,06 cm para 1,33 cm (Tabela 3) contribuindo para elevar a
resistência das cultivares ao acamamento, permitindo facilitar seu manejo,
tratos culturais e colheita. Os resultados observados na Tabela 3, estão de
acordo com os obtidos por Castro et al. (1999), que tamm verificaram
variação no diâmetro da haste em função do método de aplicação de
nitrogênio.
Em relação à produtividade de grãos foi evidente o seu aumento
relativo em função da forma de aplicação do nitrogênio sendo que, para o
tratamento 30-70-0-0 a produtividade chegou a 1.818,2 kg ha
-1
, conferindo
eficiência de 24% em relação ao tratamento 20-30-30-20. É possível que a
aplicação de parte do N tardiamente, 20% da recomendação aos 60 DAS,
tenha provocado estresse nutricional na fase de formação e enchimento do
capítulo, comprovando o efeito limitante do N na produção do girassol. De
modo geral a produtividade ficou abaixo da faixa obtida por Smiderle et al.
(2005), valores de 2.403,8 a 3.064,3 kg ha
-1
.
Com exceção da altura da planta, o tratamento onde toda a cobertura
do N foi aplicada aos 20 DAS (0-100-0-0) não se diferenciou do tratamento 20-
30-30-20 para as demais variáveis estudadas. A aplicação de toda dose de N
aos 20 DAS pode ter causado aumento da salinidade afetando negativamente
o vigor das plantas e também saturado o complexo sortivo do solo, que
apresentou baixa capacidade de troca de cátions, ficando parte do N
susceptível a lixiviação e limitando a sua absorção na fase onde o crescimento
da planta demanda de maior aporte de nutrientes, próximo a floração.
Bastos et al. (2008), estudando doses e formas de parcelamento de
nitrogênio para produção de milho, nos cerrados do Meio-Norte do Brasil,
concluíram que o necessidade de se parcelar o adubo nitrogenado em
mais de duas vezes, concordando com o manejo mais eficiente obtido neste
trabalho. A recomendação mais comum para a aplicação de N é parcelar a
dose e fornecer o nutriente o mais próximo possível do estádio de
desenvolvimento em que a planta necessite ou possa utilizá-lo. A principal
razão é reduzir os riscos de perdas de N do solo especialmente por lixiviação,
além de evitar efeitos salinos ou excesso de NH
3
próximo das sementes.
28
As aplicações de doses de N parceladas, em duas ou três vezes, a
40 DAS, proporcionaram incrementos significativos em todas as variáveis
analisadas, devido ao fato do nitrogênio estar associado, dentre outras funções
na planta, ao crescimento vegetativo (KARLEN et al., 1988). Por outro lado, o
parcelamento de N até 60 DAS, reduz a disponibilidade desse nutriente na fase
de maior demanda nutricional, entre a germinação e o florescimento,
comprometendo o desenvolvimento radicular, com conseqüente efeito negativo
no desenvolvimento da parte aérea (FANCELLI, 1997).
Constata-se pelos resultados que a utilização de girassol em áreas de
savana de Roraima apresenta-se como alternativa viável, uma vez que a
produção das diferentes cultivares testadas apresentou média superior a 1.500
kg ha
-1
, sendo considerada satisfatória para viabilizar a implantação da cultura.
A forma de aplicação do N determina maior eficiência desse insumo, elevando
os ganhos em produtividade na ordem de 24%. Indica-se, portanto, para as
condições de cultivo irrigado, que a dose de N recomendada, 60 kg ha
-1
, seja
aplicada 30% na semeadura e 70% aos 30 DAS.
4.6 Conclusões
1. Os efeitos da forma de aplicação de N foram independentes dos
efeitos das cultivares.
2. Os híbridos Agrobel 960 e Agrobel 962 não apresentaram
superioridade em relação à variedade Embrapa 122/V2000 quanto à
produtividade.
3. A forma de aplicação do N (30-70-0-0) foi a que determinou os
melhores resultados.
4. Quando o N em quatro vezes (20-30-30-20) determina redução no
desempenho do girassol nas variáveis estudadas.
29
5. ARTIGO B - COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE
GIRASSOL EM FUNÇÃO A CINCO DOSES DE ADUBAÇÃO DE POTÁSSIO
EM COBERTURA
5.1 RESUMO
O potássio é um nutriente que afeta positivamente a produção de
aquênios na cultura do girassol (Helianthus annuus L.) e o seu manejo
adequado torna-se indispensável para o melhor aproveitamento econômico
desse elemento e menor impacto negativo ambiental. A exigência entre
cultivares da mesma espécie é distinta, mesmo sob as mesmas condições de
cultivo. Objetivando avaliar os componentes de produção de três cultivares de
girassol submetidas a diferentes doses de cobertura de potássio, foi realizado
um experimento em Latossolo Amarelo distrocoeso na savana de Roraima, em
delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial (3 x 5), com quatro
repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de três variedades
(Agrobel 960, Agrobel 967 e Embrapa 122/V2000) e cinco doses de potássio
em cobertura (0; 30; 60; 90 e 120 kg ha
-1
). Os efeitos das doses de K foram
independentes dos efeitos das cultivares. O híbrido Agrobel 967 apresentou
superioridade na produtividade de aquênios, de óleo e no teor de óleo em
relação ao híbrido Agrobel 960 e a variedade Embrapa 122/V2000. A dose
mais econômica de potássio em cobertura para produtividade de aquênio e
produtividade de óleo foi de 74,5 e 80,1 kg ha
-1
, respectivamente. As
produções máximas alcançadas pela adição de doses crescentes de K
2
O em
cobertura foi de 2.038,3 kg ha
-1
de aqnios, com 52,5% de óleo na semente e
1.079,3 kg ha
-1
de rendimento de óleo.
Palavras chave: Helianthus annuus L., Produção, Savana de Roraima.
ARTICLE B PRODUCTION COMPONENTS OF SUNFLOWER CULTIVARS
SUBMITTED TO FIVE DIFFERENT RATES OF FERTILIZATION OF
POTASSIUM IN COVERAGE
5.2 ABSTRACT
Potassium is a nutrient that positively affects achenes production within
sunflower crop (Helianthus annuus L.) and its proper management is
indispensable for better economical employment of this element and for a less
negative environmental impact. Requirement between cultivars of the same
species is distinct, even under the same conditions of cultivation. In order to
assess production components of three sunflower cultivars submitted to
different rates of potassium sidedressing an experiment was conducted in
distrocohesive Yellow Latosoil in the savanna of Roraima, in randomized blocks
and factorial schema (3 x 5), with four replicates. Treatments consisted of the
combination of three varieties (Agrobel 960, Agrobel 967 and Embrapa
122/V2000) and five rates of potassium sidedressing (0; 30; 60; 90 and 120 kg
ha
-1
). Effects of rates of K were independent from the effects of the cultivars.
Hybrid Agrobel 967 presented superiority in productivity of achenes, oil and oil
30
content in relation to the hybrid Agrobel 960 and to the variety Embrapa
122/V2000. The most economic rate of potassium in sidedressing for
productivity of achene and productivity oil was 74,5 and 80,1 kg ha
-1
,
respectively. The maximum productions achieved by adding increasing rates of
K
2
O as sidedressing were 2.038,3 kg ha
-1
of achenes, with 52,5% of oil in seed
and 1.079,3 kg ha
-1
of oil yield.
Key-words: Helianthus annuus L., Production, Savana of Roraima.
31
5.3 INTRODUÇÃO
O girassol, Helianthus annus L., apresenta-se como cultura promissora
no Brasil, por causa de sua ampla adaptação e excelente qualidade do óleo.
Além disso, está inserido no programa nacional de produção e uso de biodiesel
(UNGARO, 2006). No entanto é uma cultura pouco estudada no Brasil,
principalmente do ponto de vista do manejo adequado da fertilidade do solo.
Os resultados de pesquisa de produção e, principalmente, os de adubação de
girassol, são escassos e foram originados em condições edafoclimáticas
diferentes das que ocorrem na savana de Roraima.
O cultivo do girassol deve ser feito em solos que não apresentem
restrições físicas e químicas, sendo a sua exigência em relação ao teor de
potássio superior as culturas do milho e da soja. O incremento na produtividade
agrícola, decorrente da adição dos fertilizantes potássicos ao solo, varia
principalmente com a quantidade de K disponível no solo e com o nível geral
da fertilidade do solo. De acordo com Sfredo et al. (1984), o girassol extrai 40%
mais K do que as culturas da soja e do milho. Dados de Castro e Oliveira
(2005) demonstram que o girassol apresenta teores de 10 g kg
-1
de K nas
sementes e de 132 g kg
-1
de K na palha dos restos culturais, exportando
apenas 7% do potássio acumulado.
Os teores de potássio disponível no solo para atender o requerimento
da planta deve ser superior a 0,25 cmol
c
dm
-3
(Blamey et al., 1997). Boukert et
al. (1997) relatam que menos de 0,12 cmol
c
dm
-3
de K disponível mantém baixa
a absorção do K, assim como o teor de K na folha e limitam o rendimento
produtivo. Concentrações de K nas folhas superiores a 24,9 g kg
-1
está
associada com produtividade acima de aproximadamente 2.000 kg ha
-1
.
Quanto ao nível crítico de potássio no solo, Villalba (2008) cultivando girassol
em dois solos com 60% e 20% de argila, obteve valores de 0,41 e 0,23 cmol
c
dm
-3
, respectivamente, demonstrando a varião do nível crítico de K em
função do teor de argila do solo.
A época de aplicação dos fertilizantes potássicos ao solo depende do
teor de K disponível, da CTC do solo, da espécie vegetal e da quantidade a ser
aplicada. Em algumas situações, entretanto, a adubação potássica deve ser
parcelada em duas vezes, e isso ocorre para solos arenosos, de baixa CTC, ou
32
quando a dose a ser aplicada na semeadura é muito alta, independentemente
da CTC. A adição de doses muito altas de K
2
O por ocasião da semeadura,
superiores à faixa de 80 a 100 kg ha
-1
, pode prejudicar a germinação e, ou, o
crescimento inicial da planta em razão do aumento excessivo na concentração
salina próximo das sementes. Para os solos do cerrado, a dose máxima
sugerida para ser adicionada por ocasião da semeadura sem riscos de prejuízo
à emergência é de 60 kg ha
-1
de K
2
O (VILELA et al., 2004).
A obtenção de informações por meio da pesquisa tem sido decisiva
para dar suporte tecnológico ao desenvolvimento da cultura do girassol,
garantindo melhores produtividades e retornos econômicos competitivos. Entre
as várias tecnologias a escolha adequada de cultivares constitui um dos
principais componentes do sistema de produção da cultura. Diante da
existência de interação genótipos x ambientes, são necessárias avaliações
continuadas, em redes de ensaios, a fim de determinar o comportamento
agronômico dos genótipos e sua adaptação às diferentes condições locais
(PORTO et al., 2007).
A necessidade e a importância de se aumentar os conhecimentos a
respeito do assunto, motivou a elaboração deste estudo, cujos objetivos foram
avaliar o desempenho de cultivares de girassol, associadas a diferentes doses
de potássio, para a maior produção quantitativa de grãos e óleo, nas condições
de Savana de Boa Vista, em Roraima.
33
5.4 MATERIAL E MÉTODOS
5.4.1 Caracterização do ambiente experimental
O experimento foi conduzido, em 25 de janeiro e colhido em 2 de maio
de 2008, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade
Federal de Roraima, localizado no município de Boa Vista - RR, coordenadas
geográficas de 2º 52’ 15,49’’ N e 60º 42’ 39,89’’ W. Segundo a classificação de
Köppen, o clima da rego é do tipo Awi, com duas estações climáticas bem
definidas, uma chuvosa (abril-setembro) e outra seca (outubro-março)
(ARAÚJO et al., 2001).
O solo da área do experimento é classificado em Latossolo Amarelo
distrocoeso, e apresentava as seguintes características na camada de 0 a 20
cm: pH (em H
2
O)= 6,1; Al trocável (cmol
c
dm
-3
) = 0,0; Ca+Mg (cmol
c
dm
-3
) =
2,33; P (mg dm
-3
)= 12,3; K (mg dm
-3
)= 39,1; Matéria orgânica = 10,6 g dm
-3
;
V(%) = 65,6; m (%) = 0,0; Soma de bases = 2,43 (cmol
c
dm
-3
); CTCt = 3,55
(cmol
c
dm
-3
); CTCe = 2,43 (cmol
c
dm
-3
); argila = 260 g kg
-1
,silte = 159 g k
-1
e
areia = 590 g kg
-1
(Embrapa, 1999).
5.4.2 Caracterização das variedades de girassol
Utilizaram-se três cultivares de girassol, com características específicas
para a produção de óleo, sendo: C1 - Agrobel 967 (Grão Negro) híbrido
simples, ciclo de 117 dias, resistente ao acamamento, altura de 1,75 m,
população indicada de 45.000 a 46.000 plantas por ha
-1
e teor de óleo entre 45
a 55%. C2 - Agrobel 960 (Grão Negro) híbrido triplo, ciclo de 90 a 118 dias,
resistente ao acamamento, altura de 1,70 m, população indicada de 45.000
plantas ha
-1
e teor de óleo entre 42 a 48%. C3 Embrapa 122/V2000 (Grão
estriado) variedade, ciclo de 100 dias, altura de 1,55 m, população entre
40.000 a 45.000 plantas ha
-1
, o teor de óleo varia entre 40 a 44%;
(GIRASSÓIS, 2007).
34
5.4.3 Experimento
O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos casualizados em
esquema fatorial (5 x 3), com quatro repetições. O primeiro fator correspondeu
às doses de potássio e o segundo as cultivares, resultando em 15 tratamentos.
A parcela experimental foi constituída por cinco fileiras de 4,0 m de
comprimento com espaçamento entre linhas de 0,70 m e 0,20 m entre plantas.
Para efeito de coleta de dados foram consideradas as três linhas centrais,
eliminando-se 0,5 m nas extremidades das fileiras, sendo a área útil de 6,3 m
2
.
O preparo do solo foi realizado com uma aração profunda seguida de
duas gradagens. Foi realizado adubação via foliar e utilizou-se 107 mL ha
-1
de
boro plus com (11,5% de B), aplicado na fase R1. A semeadura foi realizada
com três sementes a cada 0,20 m de sulco. O desbaste foi realizado aos 20
dias após a emergência, quando se deixou apenas uma planta, obtendo-se
uma população de 71.428,57 plantas ha
-1
. Ao longo do cultivo foram realizadas
três capinas e duas aplicações com inseticida organofosforado para controle da
vaquinha (Cerotoma acuratus OLIVIER, 1791). A manutenção da umidade da
área foi feita exclusivamente por irrigação por aspersão, monitorada por
tensiômetros, mantendo-se as parcelas a 80% da capacidade de campo.
A adubação de semeadura foi realizada manualmente aplicando-se
500 kg ha
-1
do fertilizante da fórmula 2-24-12 de NPK. Foi realizada uma
adubação de cobertura de N, 50 kg ha
-1
de N na forma de uréia aos 30 dias
após a emergência das plantas. A dose de cobertura de K
2
O, na forma de
cloreto de potássio (KCl), variou de acordo com as doses estudadas: T1 - 0; T2
- 30 ; T3 - 60; T4 - 90 e T5 - 120 kg ha
-1
.
As variáveis avaliadas foram: altura de planta - medida até a inserção
do capítulo no florescimento pleno, R
5.5
; altura do capítulo - medida do nível do
solo até a base do capítulo, no início da maturação, R
9
; diâmetro da haste -
medido com paquímetro a 5 cm do nível do solo em uma amostra de dez
plantas da área útil, no final do florescimento pleno; diâmetro do capítulo
medido em dez capítulos amostrados dentro da área útil; teor de K na folha
medida em uma amostra da matéria seca de 25 folhas colhidas no estádio R1
na área útil de cada parcela, conforme metodologia estabelecida pela Embrapa
35
(1997); produtividade de aquênios, avaliada na área útil de cada parcela, com a
colheita manual dos capítulos, secagem em estufa, trilha mecânica, pesagem e
correção da umidade para 11%; Teor de óleo - conforme metodologia
estabelecida pelo laboratório da Embrapa Soja (Londrina - PR); produtividade
de óleo - calculada utilizando-se o teor de óleo dos aquênios (%) e a
produtividade de aquênios, em kg ha
-1
; dose de máxima eficiência técnica
(MET) de K
2
O em cobertura calculada com base na derivada primeira da
equação de regressão, igualando-se à zero; dose de máxima eficiência
econômica (MEE) de K
2
O em cobertura calculada com base na derivada
primeira da equação de regressão, igualando-se à relação entre preços do
insumo (R$/kg de K
2
O) e do produto (R$/kg de aquênios/L de óleo), conforme
descrito por Raij (1991). Os preços adotados foram obtidos da média praticada
nos principais Estados produtores em abril de 2008: R$ 2,00/kg de K
2
O, R$
0,80/kg de aquênios e R$ 3,60 kg de óleo de girassol.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo
teste F, a 5% de probabilidade. O teste de Tukey, a 5% de probabilidade, foi
utilizado para comparação das médias quando o fator cultivares foi significativo.
Realizou-se a análise de regressão nos casos de efeito significativo das doses
de potássio. A escolha do modelo selecionado para cada variável baseou-se na
significância dos parâmetros e nos valores do R
2
(ALVAREZ V.; ALVAREZ,
2006). Empregou-se para análise dos dados o programa estatístico SAEG 5.0
(GOMES, 1992).
5.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A interação entre os fatores cultivares e doses de potássio não foi
significativa para nenhuma das variáveis estudadas. Diante disso, passou-se a
estudar o efeito isolado de cada fator. Verificou-se que exceto para o teor de
potássio na folha, as demais variáveis foram afetadas de modo significativo
pelas cultivares. O efeito de doses de cobertura de K não foi significativo na
variável altura do capítulo (AC) (Tabela 1).
36
Tabela 1 Resumo da alise de variância das variáveis agronômicas de três
cultivares de girassol, submetidas a diferentes doses de cobertura de potássio
em plantio de girassol.
F.V.
G.L
QUADRADO MÉDIO
AP
AC
TK
DH
DC
PR
TO
PO
BLOCO
3
0,107*
0,023*
0,236*
39,24*
15,19*
1.002.497,0*
25,66*
349.412,9*
DK
4
0,031*
0,012
n.s.
0,246*
18,33*
3,01*
1.736.011,0*
20,63*
561.065,4*
CULT
2
0,041*
0,027*
0,011
n.s.
101,59*
9,05*
1.066.701,0*
515,86*
819.157,7*
DK*CULT
8
0,014
n.s.
0,005
n.s.
0,010
n.s.
5,01
n.s.
0,70
n.s.
173.613,3
n.s.
4,04
n.s.
55.220,70
n.s.
Resíduo
42
0,007
0,005
0,023
3,17
0,77
133.032,9
1,97
38.468,38
C.V (%)
7,97
6,39
7,87
6,31
9,57
7,31
21,21
1,97
21,84
FV Fontes de variação; DK Doses de K; Cult Cultivar; AP Altura da planta; AC- Altura
do capítulo; TK Teor foliar de potássio; DH Diâmetro da haste; DC Diâmetro do capítulo;
PR produtividade de aquênio; TO Teor de óleo; PO Produtividade de óleo;
ns
_
não
significativo, *_ significativo a 5% de probabilidade.
Verifica-se, na Tabela 2, que a altura das plantas, medida no estágio
R
5.5
, variou de 1,26 m (Embrapa 122/V2000) a 1,35 m (Agrobel 967). Esse
resultado pode estar associado à precocidade da variedade Embrapa
122/V2000, o que confere menor período de desenvolvimento das plantas. Os
resultados obtidos para altura foram inferiores aos obtidos por Smiderle et al.
(2005), que variaram de 1,46 a 1,92 m para seis cultivares no período de
janeiro a abril em condições da savana de Roraima. Em condições climáticas
do planalto norte catarinense, Backes et al. (2008), encontraram altura de 1,78
m para Embrapa 122/V2000 e de 2,79 m (Agrobel 960).
A cultivar Embrapa 122/V2000 apresentou ciclo de 80 dias, tendo
entrado em plena florão aos 40 DAE, quando o recomendado para cultivar
em outros Estados, onde foi indicada para cultivo, um ciclo de 100 dias e
floração aos 53 dias. O híbrido triplo AG-960 tem ciclo estimado entre 90 a 118
dias e o híbrido AG-967 tem ciclo de 117 dias, ambos foram colhidos aos 97
dias. O florescimento precoce e encurtamento do ciclo, para todas as
cultivares, podem estar ligados a época de plantio. Resultados semelhantes na
redução do ciclo foram observados por Smiderle et al. (2005) ao testar seis
cultivares em condições de savana, em Roraima.
37
Tabela 2 Valores médios das variáveis agronômicas de três cultivares de
girassol cultivadas em Roraima.
CULTIVARES
Altura da
Planta
Altura do
Capítulo
Diâmetro do
Capítulo
Diâmetro da
Haste
_____
m
_____
__________________
cm
___________________
_____
mm
____
Agrobel 967
1,35 a
96 a
12 b
20 a
Agrobel 960
1,30 ab
90 b
12 b
20 a
Embrapa 122/V2000
1,26 b
89 b
13 a
16 b
Teor de
K na folha
Produtividade de
aquênios
Produtividade
de Óleo
Teor de Óleo
__
g kg
1__
___________
kg ha
-1 _____________
______
%
_____
Agrobel 967
24,3 a
1.944 a
1.088 a
56 a
Agrobel 960
23,8 a
1.733 ab
920 b
53 b
Embrapa 122/V2000
23,9 a
1.482 b
685 c
46 c
Na coluna, as médias seguidas da mesma letra, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
A altura do capítulo variou de 89 (Embrapa 122/V2000) a 96 cm
(Agrobel 967), encontrando-se dentro da faixa necessária a colheita
mecanizada (Tabela 2).
O diâmetro do capítulo, conforme Tabela 2, variou de 12 a 13 cm entre
as cultivares, encontrando-se inferior a faixa de variação observada por Pires et
al. (2007), que avaliando genótipos de girassol na região do Planalto Médio do
Rio Grande do Sul, obtiveram variação de 14,4 a 18,1 cm. Segundo Castro e
Farias (2005) podem ocorrer capítulos de sete a quarenta centímetros de
diâmetro, e as variações são devido às características intrínsecas de cada
genótipo, que são grandemente influenciadas pelas condições ambientais e
pelo manejo adotado para o cultivo do girassol. De fato, para as condições de
Cassilândia-MS, Bíscaro et al (2008), obtiveram diâmetro de capítulo (11,9 cm),
diâmetro da haste (18,4 mm) e produtividade (2.101 kg ha
-1
) semelhantes aos
valores observados para a Agrobel 967 em condições de savana de Roraima.
O diâmetro da haste variou de 16 a 20 mm (Tabela 2), estando de
acordo com os observados na literatura (CASTRO et al., 1999; SMIDERLE et
al., 2005; BISCARO et al., 2008). A cultivar Embrapa 122/V2000 apresentou os
menores resultados para altura da planta, altura do capítulo e diâmetro da
haste.
As cultivares apresentaram produtividade que variaram de 1.482 a
1.944 kg ha
-1
(Tabela 2), sendo inferiores as obtidas por Smiderle et al. (2005)
que variaram de 2.403,8 a 3.064,3 kg ha
-1
, no período de janeiro a abril em
ambiente de savana em Roraima. Essa faixa encontra-se entre os valores de
38
1.447 a 2.619,54 kg ha
-1
, obtidos por Porto et al. (2008), em estudo de
cultivares em ensaio em rede em três anos agrícolas em várias regiões do
Brasil. Entretanto, para as condições do Distrito Federal esse valor está aquém
dos rendimentos obtidos, que estão acima de 2.500 kg ha
-1
(FARIAS NETO et
al., 2000). Para as condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul, Pires et al.
(2007), estudando diferentes genótipos de girassol, encontraram produtividade
média de 1.663 kg ha
-1
, inferiores ao obtido neste experimento, mesmo
encontrando resultados superiores para o diâmetro do capítulo.
Solassi (1989) avaliando o efeito de três épocas de semeadura
(28/07/86, 03/09/86 e 14/10/86) sobre três cultivares de girassol, verificou que o
maior rendimento de aquênios foi obtido com o menor diâmetro do capítulo, na
semeadura de setembro, atribuindo as variações de rendimento ao peso
individual dos aquênios e a variação na proporção de aquênios normais e flores
estéreis no capítulo. Logo o diâmetro do capítulo, em geral não apresenta
relação direta com a produtividade.
Os teores médios de óleo obtidos pelas cultivares estudadas
encontram-se superiores aos teores de 37 a 41% observados entre seis
cultivares, avaliadas por Smiderle et al., (2005), no período de janeiro a abril,
em condições de savana, em Roraima. A produtividade de óleo obtida pelas
cultivares Agrobel 960 e Agrobel 967 foi superior as médias obtidas por Porto
et al. (2007; 2008) entre 11 cultivares avaliadas quanto a adaptabilidade e
estabilidade em diferentes ambientes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
O teor de potássio na folha das cultivares não apresentou diferenças
com média de 24 g kg
-1
de K, encontrando-se dentro de uma faixa considerada
adequada (BLAMEY et al., 1987; BORKERT et al., 1997). De acordo com
Blamey et al. (1997), teores de 18,0 g kg
-1
de K limitam em 50% o crescimento
vegetativo, e produtividades máximas do girassol somente são obtidas com
teores maiores que 24,0 g kg
-1
de K nas folhas maduras e fisiologicamente
ativas. Esses autores afirmam que plantas com 5,8 g kg
-1
de K nas folhas
apresentam sintomas de deficiência deste elemento.
Considerando a ausência de sintomatologia de deficiência de potássio
nas plantas e a produtividade que variou de 1.482 a 1.944 kg ha
-1
é possível
que fatores, possivelmente ligados aos aspectos genéticos, passaram a
controlar a produção de aquênios pelas cultivares, pois esperava-se que as
39
produtividades fossem superiores a 2.000 kg ha
-1
, uma vez que Borkert et al.
(1997) obtiveram teores de 12,8; 18,8 e 27,0 g kg
-1
de K na folha e produções
de 1.409; 2.032 e 1.986 kg ha
-1
, respectivamente, demonstrando que, não
havendo falta de nutriente essencial como o K, o rendimento de girassol pode
atingir 2.000 kg ha
-1
, ou mais, podendo ser considerado bom rendimento em
uma lavoura.
Para a produtividade média de óleo, teor de óleo e produtividade de
aquênios a cultivar Agrobel 967 foi superior em relação às demais cultivares,
apresentando rendimento de aquênios de 1.944 kg ha
-1
e relativo de 461 kg ha
-
1
de aquênios, 402,9 kg ha
-1
de óleo e 9,94% de teor de óleo. Portanto, a
cultivar Agrobel 967 chegou a produzir 62,97% a mais de óleo por hectare
quando comparada com a cultivar Embrapa 122/V2000, sendo opção
promissora para as condições edafoclimáticas de Roraima (Tabela 2).
O efeito de doses de potássio sobre as variáveis estudadas foi melhor
descrito por um modelo quadrático, excetuando-se o teor de K na folha que foi
descrito por um modelo linear e a altura do capítulo que não foi influenciada
pelas doses de potássio (Figuras 1 e 2). O fato do modelo de melhor ajuste,
para a maioria das variáveis, ter sido o polinomial quadrático pode ser
explicado devido à absorção insuficiente de um elemento que pode ocorrer
tanto por sua ausência no meio (Figuras 1 e 2) quanto pela sua
indisponibilidade (VIANA et al., 2008).
Na Tabela 3, observa-se que as plantas em função das doses de
cobertura de potássio, atingiram a altura máxima de 1,35 m, diâmetro da haste
de 19,82 mm e diâmetro do capítulo de 12,51 cm na dose de máxima eficiência
técnica (MET) de cobertura, situando-se entre 65,6 e 78,6 kg ha
-1
de K
2
O. As
doses crescentes elevaram a altura da planta, o diâmetro da haste e do
capítulo em até 11%, 17% e 11%, respectivamente. Entretanto, os valores
alcaados, na dose de MET de K em cobertura, apresentam-se inferiores aos
observados na literatura (CASTRO et al., 1999; FARIAS NETO et al., 2000;
SMIDERLE et al., 2005). Por outro lado, observa-se que a altura e o diâmetro
da haste das plantas foram superiores ao cultivo anterior (Experimento I - ano
agrícola 2007), para as cultivares Embrapa 122/V2000 e a Agrobel 960.
40
Tabela 3 - Equações de altura de planta, diâmetro da haste e diâmetro do
capítulo, coeficiente de determinação, dose de máxima eficiência técnica
(MET), em função das doses de potássio aplicadas em cobertura em plantas
de girassol, cultivados em Roraima.
Altura da Planta
(m)
Diâmetro da Haste
(mm)
Diâmetro do Capítulo
(cm)
Equação
Y
ˆ
=1,22+0,0033X-0,00002X
2
Y
ˆ
=16,94+0,0878X-0,00067X
2
Y
ˆ
=11,25+0,0348X-0,00024X
2
Coeficiente de determinação
R
2
= 0,96
R
2
= 0,92
R
2
= 0,96
Dose de MET
78,6
65,6
72,5
Variável na dose de MET
1,35
19,82
12,51
Incremento
1/
0,13
2,88
1,26
Eficiência (%)
2/
11
17
11
1/
Incremento = variável na dose MET variável na dose
0 kg ha
-1
de K
2
O em cobertura;
2/
Eficiência (%) = {[(Variável na dose MET x 100)/(variável na dose 0 kg ha
-1
de K
2
O em
cobertura)]-100}.
A altura das plantas tamm se apresentou inferior a média obtida por
Pires et al. (2007), que obtiveram altura máxima de 1,46 m e produtividade
inferior as encontradas neste experimento, portanto apesar da altura média das
plantas indicar, de modo geral, o estado nutricional, observa-se que esta é uma
variável que somente auxilia na interpretação dos resultados finais de produção
de aquênios.
O incremento no diâmetro do caule em função das doses de potássio é
importante no girassol, pois reduz o acamamento da cultura e facilita seu
manejo, tratos culturais e a colheita (BISCARO et al., 2008). Em observações
de campo é relevante informar que não houve acamamento entre as cultivares
e doses avaliadas, provavelmente pela baixa estatura apresentada pelas
plantas.
As doses crescentes de cobertura de potássio proporcionaram uma
absorção linear desse nutriente pelas plantas de girassol, conforme Figura 1,
indicando alta disponibilidade no solo o que ocasionou um consumo de luxo
pelas plantas, uma vez que todas as variáveis, excetuando-se a altura do
capítulo, apresentaram resposta quadrática às doses crescente de K
2
O em
cobertura.
A redução da produtividade de aquênios com doses de K
2
O acima
daquelas responsáveis pelas máximas produtividades pode indicar que o
excesso desse nutriente foi prejudicial ao desenvolvimento do girassol,
possivelmente em conseqüência direta do seu efeito antagônico. Aplicações
excessivas do adubo podem inibir a absorção de Ca
2+
e Mg
2+
, bem como a
diminuição na assimilação do fósforo, chegando, muitas vezes, a causar a
deficiência desses nutrientes, implicando, desse modo, em efeitos depressivos
41
sobre a produção das plantas (FORTALEZA et al., 2005; SILVEIRA;
MALAVOLTA, 2009). Por outro lado, a deficiência de potássio ocasiona o
funcionamento irregular dos estômatos, podendo diminuir a assimilação de
CO
2
, e a taxa fotossintética (CECÍLIO; GRANGEIRO, 2004), afetando
negativamente a produção, como é observado no tratamento sem aplicação da
dose de K em cobertura. A resposta quadrática das variáveis estudadas
sinalizam para um desbalanço catnico a favor do K, no complexo sortivo.
Figura 1 Teor de potássio na folha (a) e produtividade de aquênios (b) de
girassol em função de dose de potássio em cobertura, na savana de Boa Vista,
em Roraima, 2008.
A produtividade de aquênios em função das doses de potássio em
cobertura (Figura 1b) apresentou rendimento máximo de 2.038,3 kg ha
-1
de
grãos em resposta a uma dose de 83,8 kg ha
-1
de K
2
O (MET), tendo alcançado
um incremento na produtividade de 46,4%. Efeito positivo e crescente de doses
de potássio (0, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 kg ha
-1
) na produção e qualidade de
sementes de girassol foram observados por Campos e Sader (1987), tendo
obtido uma produtividade de 1.411,8 kg ha
-1
para a dose de 180 kg ha
-1
nas
condições de Jaboticabal-SP.
O elevado incremento em produtividade é um indicativo do teor
adequado de K no solo e no tecido foliar pela aplicação da dose de cobertura.
A disponibilidade de potássio no solo, para ter produções superiores a 2.000 kg
ha
-1
, deve ser maior que 0,25 cmol
c
dm
-3
(BLAMEY et al., 1987). Logo, a
cobertura de 83,8 kg ha
-1
de K
2
O somada à adubação de plantio com 60 kg ha
-
1
de K
2
O, elevou o teor de K de 0,1 para 0,41 cmol
c
dm
-3
, semelhante ao
encontrado por Villalba (2008) para um solo com 60% de argila.
42
A rmula obtida para a dose de máxima eficiência econômica (MEE)
foi: dose de K
2
O = [(22,58 2,5)/(2x0,1347)], em que 2,50 é a relação entre os
preços do insumo e do produto (R$ 2,00/R$ 0,80). Dessa forma, a dose de
cobertura mais econômica de K
2
O foi de 74,5 kg ha
-1
, com produção de 2.026,7
kg ha
-1
de aquênios, o que representa um incremento de 934,3 kg ha
-1
em
relação ao tratamento sem cobertura. Deduzindo da quantidade de aquênios
(186,3 kg ha
-1
ou 3,1 sacas), necessário para aquisição de 74,5 kg ha
-1
de K
2
O,
resultando um superávit de 1.840,4 kg ha
-1
, o que representa um ganho
adicional de 30,7 sacas de aquênios. A dose mais econômica apresentou 89%
daquela responsável pela produtividade máxima, o que pode indicar a
viabilidade econômica do emprego de cobertura com potássio no cultivo de
girassol. Resultados positivos da adubação de potássio em cultivo de grãos
podem ser observados na cultura do feijão-caupi, conforme demonstrado por
Oliveira et al. (2009).
Neste estudo o teor de óleo no girassol (Figura 2 a) com as doses de
cobertura de potássio (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha
-1
de K
2
O) aplicadas no
experimento indicou que o rendimento máximo (MET) foi de 52,5% de óleo, na
dose de 84,62 kg ha
-1
de K
2
O em cobertura, correspondendo a um incremento
de 3,26%. Até a dose de MET as doses de cobertura do potássio
proporcionaram aumentos na produtividade de aquênios e no teor de óleo
diferentemente de Smiderle et al. (2004), que observaram que o aumento de
nitrogênio elevou a produtividade de aquênios, mas reduziu acentuadamente o
teor de óleo.
Figura 2 - Teor de óleo de girassol (a) e produtividade de óleo (b) em função
das doses de potássio em cobertura na savana de Boa Vista, em Roraima,
2008.
43
A produtividade de óleo de girassol (Figura 2 b) com as doses de
cobertura de potássio (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha
-1
) aplicadas no experimento
indicou que o rendimento máximo (MET) foi de 1.079,3 kg ha
-1
de óleo, na dose
de 85,62 kg ha
-1
de K
2
O em cobertura, o que corresponde a um incremento de
537,86 kg ha
-1
de óleo, em comparação com a menor dose de cobertura
(541,41 kg ha
-1
).
A dose de cobertura mais econômica para a produção de óleo foi de
80,1 kg ha
-1
de K
2
O, com produção de 1.078,1 kg ha
-1
de óleo, o que
representa um incremento de 536,7 kg ha
-1
em relação ao tratamento sem a
cobertura. Deduzindo a quantidade de óleo (44,5 kg ha
-1
de óleo), necessário
para aquisição de 80,1 kg ha
-1
de K
2
O,
resultou em um superávit 1.033,6 kg ha
-
1
. A dose mais econômica apresentou 93,6% daquela responsável pela
produtividade máxima, o que pode indicar a viabilidade econômica do emprego
de cobertura de potássio no cultivo de girassol para a produção de óleo. As
doses obtidas para a máxima eficiência física (85,62 kg ha
-1
de K
2
O) e máxima
eficiência econômica (80,1 kg ha
-1
de K
2
O) são muito próximas devido ao
elevado valor agregado do óleo de girassol.
Os resultados para produção de aquênios, teor de óleo e produtividade
de óleo demonstram a necessidade da adubação de cobertura com o potássio,
além da aplicação da dose recomendada na semeadura (60 kg ha
-1
K
2
O).
Considerando o baixo nível de potássio em solos de savana, a aplicação de 60
kg ha
-1
de K
2
O proporcionou entrada de 24,9 mg dm
-3
de K no complexo
sortivo. Conforme Castro et al. (1993), a quantidade de potássio considerada
crítica para o desenvolvimento normal do girassol é de 78 mg kg
-1
. Logo, a
adubação em cobertura elevou a concentração de K para condições superior
ao ponto crítico, propiciando aumentos no rendimento que viabilizam a
implantação da cultura em área de savana de Roraima.
A disponibilidade de potássio no solo, para ter boa produção de
girassol, deve ser de média a alta, principalmente pela sua demanda que é
elevada para cada tonelada de grãos produzida, em torno de 171 kg ha
-1
de
K
2
O na parte aérea. A quantidade que é exportada através dos aquênios na
colheita é de 12 kg ha
-1
de K
2
O por tonelada produzida, isto equivale a 7% de
sua exportação em grãos e o restante do potássio absorvido fica nas folhas,
caule, capítulos, raízes, etc (BLAMEY et al, 1997; CASTRO; OLIVEIRA, 2005.).
44
5.6 CONCLUSÕES
1. O híbrido Agrobel 967 apresentou superioridade em relação ao
híbrido Agrobel 960 e a variedade Embrapa 122/V2000, na produtividade de
óleo e no teor de óleo.
2. As doses de potássio em cobertura proporcionaram aumentos
quadráticos e linear nas variáveis estudadas, exceto para a variável altura do
capítulo.
3. A dose de máxima eficiência econômica para produtividade de
aquênio e produtividade de óleo foi de 74,5 e 80,1 kg ha
-1
de K
2
O em
cobertura, respectivamente.
4. As produções máximas alcançadas pela adição de doses
crescentes de K
2
O foi de 2.038,3 kg ha
-1
de aquênios, 52,5% de óleo na
semente, com produção estimada de óleo de 1.079,3 kg ha
-1
.
45
6. CONCLUSÕES GERAIS
1. A forma de aplicação de N afetou todos os componentes de
produção, destacando o tratamento (30-70-0-0) que foi superior para todas as
variáveis estudadas.
2. O efeito varietal para o primeiro experimento realizado no ano
agrícola de 2007 foi observado apenas para as variáveis altura da planta e
altura do capítulo. A produtividade média obtida foi de 1.639 kg ha
-1
, não
havendo superioridade dos híbridos Agrobel 960 e Agrobel 962 em relação à
variedade Embrapa 122/V2000.
3. A dose de cobertura de K afetou todos os componentes de
produção, destacando a dose total (semeadura + cobertura) de 125,64 a
143,80 kg ha
-1
que determinou a máxima eficiência técnica para as variáveis
estudadas.
4. O efeito varietal para o segundo experimento realizado no ano
agrícola de 2008 foi observado para todas as variáveis estudadas exceto para
teor de potássio foliar. A cultivar agrobel 967 apresentou superioridade em
relação às demais na produtividade de aquênios, produtividade de óleo e teor
de óleo.
46
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