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DIEGO GONÇALVES ALONSO
SELETIVIDADE DE GLYPHOSATE ISOLADO OU EM MISTURAS
PARA SOJA RR
MARIN
PARANÁ
BRASIL
JULHO
2008
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DIEGO GONÇALVES ALONSO
SELETIVIDADE DE GLYPHOSATE ISOLADO OU EM MISTURAS
PARA SOJA RR
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Maringá, como parte das
exigências do Programa de Pós-graduação
em Agronomia, área de concentração em
Proteção de Plantas, para obtenção do
título de Mestre.
MARIN
PARANÁ
BRASIL
JULHO
2008
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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(Biblioteca Central - UEM, Maringá PR., Brasil)
Alonso, Diego Gonçalves
A454s Seletividade de glyphosate isolado ou em misturas
para soja RR / Diego Gonçalves Alonso. -- Maringá,
2008.
xi, 82 f. : figs. color, tabs.
Bibliografia: p.67-72.
Orientador: Prof. Dr. Jamil Constantin.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de
Maringá, Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
2008.
1. Glifosato - Soja - Tolerância. 2. Glifosato -
Seletividade - Soja. 3. Herbicidas - Mistura com
glifosato - Tolerância da soja. 4. Soja Resistente
ao Glifosato - Efeito do glifosato (isolado ou
mistura). I. Constantin, Jamil, orient. II.
Universidade Estadual de Maringá. Programa de Pós-
Graduação em Agronomia. III. Título.
CDD 21.ed. 632.954
Aos meus amados pais Osmar Alonso e Rosa E. Gon
çalves Alonso, a base de
tudo que sou, pelo amor e dedicação em todos os momentos, pelo apoio
incondicional, compreensão, carinho, dedicação e, principalmente, pela
motivação, que foi decisiva para alcançar mais este objetivo.
A minha av
ó Alzira pelo amor, carinho e apoio sempre.
A minha esposa Milena pelo apoio, compreens
ão e ajuda nos
momentos difíceis da realização deste trabalho.
Aos meus irm
ãos pelo amor e carinho que sempre
exteriorizaram por mim, pela amizade e respeito
que nos unem.
DEDICO.
iii
AGRADECIMENTOS
A DEUS, por me iluminar e me conduzir at
é esse momento,
proporcionando-me força e sabedoria para enfrentar todas as dificuldades que a
mim são confiadas.
À Universidade Estadual de Maringá (UEM), pela excelente formação
profissional proporcionada através deste curso de Pós-graduação.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient
ífico e Tecnológico
(CNPq), pela ajuda financeira por meio da bolsa de estudos disponibilizada.
Ao Prof. Dr. Jamil Constantin, pela orienta
ção, oportunidade e confiança
neste trabalho, valiosos ensinamentos científicos, profissionais e pessoais e,
acima de tudo, pela amizade construída nesses anos.
Ao Prof. Dr. Rubem Silv
ério de Oliveira Júnior, pela co-orientação,
dedicação nessa pesquisa, pelo estímulo e apoio com contribuições significantes
para este trabalho e para a vida, além do companheirismo e valiosa amizade.
Aos Doutores Cleber Daniel de G
óes e Fernando Storniolo Adegas, pelos
valiosos conselhos e contribuições na conclusão deste trabalho.
Aos funcion
ários da Universidade Estadual de Maringá, Luis Machado
Homem e Milton da Silva, pela ajuda na condução dos experimentos e pela
amizade.
Aos amigos membros do N
úcleo de Estudos Avançados em Ciência das
Plantas Daninhas da Universidade Estadual de Maringá (NAPD/UEM):
Alexandre Gemelli, Denis Fernando Biffe, Éder Blainski, Eros Guedes Bucker,
iv
Fabiano Aparecido Rios, Gizelly Santos, João Guilherme Zanetti de Arantes,
Josiele Cardoso Carneiro, Luiz Henrique Moraes Franchini, Meirielly Carpejani,
Michel Alex Raimondi e Sidnei Douglas Cavalieri, pela forte amizade cultivada
no decorrer desses anos e pela indispensável colaboração na condução dos
experimentos realizados.
Ao amigo Jos
é Renato Perles e seus familiares pelo apoio na execução
dos trabalhos de campo.
À secretária do Programa de pós-graduação em agronomia Érika Cristina
T. Sato, pelo atendimento profissional, competente e impecável durante estes
anos de convivência.
A todas as pessoas e amigos que por ventura n
ão foram citados aqui, mas
que de alguma forma me ajudaram durante esse período. Saibam que foram de
fundamental importância para que este trabalho fosse possível de ser realizado.
Muito obrigado.
v
BIOGRAFIA
DIEGO GONÇALVES ALONSO, filho de Osmar Alonso e Rosa E.
Gonçalves Alonso, nasceu em Terra Rica, Paraná, aos quatro dias do mês de
fevereiro de 1980.
Em mar
ço de 2002, iniciou o Curso de Agronomia na Universidade
Estadual de Maringá UEM. Durante a graduação participou de diversos
projetos de pesquisa na área de Ciência das Plantas Daninhas, sob orientação dos
Professores Dr. Rubem Silvério de Oliveira Jr. e Dr. Jamil Constantin, sendo
bolsista de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico (CNPq) no período de agosto de 2004 à julho de 2006. Graduou-se em
Agronomia em 9 de fevereiro de 2007.
Em mar
ço de 2007, iniciou o curso de Pós-graduação em Agronomia em
nível de Mestrado, área de concentração em Proteção de Plantas, na Universidade
Estadual de Maringá - Maringá PR.
vi
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 3
3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 15
3.1. Características da área experimental ...................................................... 15
3.2. Delineamentos experimentais ................................................................. 16
3.3. Tratamentos ............................................................................................ 18
3.4. Aplicação dos herbicidas ........................................................................ 23
3.5. Coleta de dados ....................................................................................... 23
3.5.1. Avaliações realizadas durante o desenvolvimento da cultura ............. 25
3.5.1.1. Avaliação visual de sintomas de fitointoxicação .............................. 25
3.5.1.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura .......... 26
3.5.1.3. Número de plantas ............................................................................ 26
3.5.1.3. Altura de plantas ............................................................................... 26
3.5.2. Avaliações realizadas na colheita ........................................................ 26
3.5.2.1. Vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade de grãos ... 26
3.6. Análise estatística ................................................................................... 27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 29
4.1. Experimento I ......................................................................................... 29
4.1.1. Fitointoxicação .................................................................................... 29
4.1.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura ............. 31
4.1.3. Altura e estande de plantas .................................................................. 33
vii
4.1.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade .. 35
4.2. Experimento II ........................................................................................ 37
4.2.1. Fitointoxicação .................................................................................... 37
4.2.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura ............. 39
4.2.3. Altura e estande de plantas .................................................................. 39
4.2.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade .. 42
4.3. Experimento III ....................................................................................... 44
4.3.1. Fitointoxicação .................................................................................... 44
4.3.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura ............. 44
4.3.3. Altura e estande de plantas .................................................................. 47
4.3.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade .. 49
4.4. Experimento IV ...................................................................................... 51
4.4.1. Fitointoxicação .................................................................................... 51
4.4.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura ............. 53
4.4.3. Altura e estande de plantas .................................................................. 55
4.4.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade .. 57
4.5. Discussão geral ....................................................................................... 60
6. CONCLUSÕES ............................................................................................. 66
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 67
APÊNDICES ..................................................................................................... 73
viii
RESUMO
ALONSO, D.G., M. Sc., Universidade Estadual de Maringá, julho de 2008.
Seletividade de glyphosate isolado ou em misturas para soja RR. Professor
Orientador: Dr. Jamil Constantin. Co-orientador: Dr. Rubem Silvério de Oliveira
Jr.
Embora a soja resistente ao glyphosate tenha ampliado as op
ções de controle
químico de plantas daninhas na cultura, a avaliação da seletividade de misturas
de herbicidas é ainda deficiente. Com o objetivo de estudar a seletividade do
glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas aplicados em pós-
emergência para soja RR, cultivar CD 214, foram conduzidos quatro
experimentos, sem interferência de plantas daninhas, utilizando-se testemunhas
duplas adjacentes. Os experimentos foram constituídos de onze tratamentos cada,
sendo a época das aplicações distintas para cada um deles. No experimento I, os
tratamentos testados (doses em g i.a. ha
-1
ou g e.a. ha
-1
) foram: glyphosate isolado
nas doses 720, 960, 1200 e 1440 e as misturas de glyphosate (960) com
cloransulam-methyl (30,24), fomesafen (125), lactofen (72), chlorimuron-ethyl
(12,5), flumiclorac-pentyl (30), bentazon (480) e imazethapyr (80), em aplicação
única quando a soja estava no estádio V2 a V3. Nos experimentos II a IV os
tratamentos foram constituídos por duas aplicações de herbicidas, sendo a
primeira realizada no estádio V1 a V2 da soja e a segunda no estádio V3 a V4
(15 dias após a primeira). Para o experimento II, os tratamentos utilizados foram
compostos por glyphosate isolado nas doses 720/480, 960/480, 1200/480 e
960/720 e em misturas a 720 com os mesmos herbicidas e doses do experimento
I na primeira aplicação, sendo a segunda aplicação de glyphosate a 480. O
experimento III foi composto por glyphosate isolado nas duas aplicações
(720/480, 720/720, 720/960 e 720/1200) e ainda, isolado na primeira seqüencial
a 720 e em misturas na dose de 480 com os mesmos herbicidas, nas mesmas
doses do experimento I, na segunda seqüencial. para o quarto experimento, os
tratamentos foram compostos por aplicação seqüencial de glyphosate isolado a
ix
720/480, 720/720, 960/960 e 1200/1200 e em misturas a 720 na primeira
aplicação e 480 na segunda com cloransulam-methyl (15,12), fomesafen (62,5),
lactofen (36), chlorimuron-ethyl (6,25), flumiclorac-pentyl (15), bentazon (240) e
imazethapyr (40). Foram realizadas avaliações de fitointoxicação (% e EWRC),
estande, altura, fechamento do dossel, número de vagens por planta, massa de
cem grãos e produtividade de grãos. Verificou-se que, independente das doses e
épocas de aplicações utilizadas, todos os tratamentos promoveram injúrias na
soja RR, as quais variaram em grau e persistência. Observou-se ainda que
aplicações de misturas em fases mais precoces do ciclo da soja RR apresentaram
menor potencial de redução da produtividade, demonstrando maior seletividade
para a cultura. Concluiu-se que a mistura glyphosate+lactofen na dose de 960+72
aplicada em dose única no estádio de V2 a V3, aplicação seqüencial de
glyphosate/glyphosate+lactofen (720/480+72) nos estádios de V1 a V2/V3 a V4
e ainda, aplicação seqüencial de glyphosate/glyphosate+bentazon (720/480+480)
nos estádios de V1 a V2/V3 a V4 promoveram redução significativa de
produtividade, demonstrando não apresentar seletividade para esta cultivar.
Palavras-chave: toler
ância, mistura em tanque, soja resistente ao glyphosate,
herbicidas.
x
ABSTRACT
ALONSO, D.G., M. Sc., Universidade Estadual de Maringá, July 2008.
Selectivity of glyphosate isolated or in mixtures for RR soybean. Adviser: Dr.
Jamil Constantin. Co-adviser: Dr. Rubem Silvério de Oliveira Jr.
Although glyphosate-resistant soybean has widened the options of weed
chemical control in the crop, the evaluation of selectivity for herbicide mixtures
is still deficient. Aiming at studying the selectivity of glyphosate isolated or in
mixture with other herbicides applied at postemergence for glyphosate-resistant
soybean (cv. CD 214 RR), four experiments were conducted without weed
interference using two-fold checks. The experiments were constituted of eleven
treatments each and the application period was different for each of them. In
experiment I, the treatments used (rates at g a.i. ha
-1
or g a.e. ha
-1
) were: isolated
glyphosate at 720, 960, 1200 and 1440 and glyphosate mixtures (960) with
cloransulam-methyl (30.24), fomesafen (125), lactofen (72), chlorimuron-ethyl
(12.5), flumiclorac-pentyl (30), bentazon (480) and imazethapyr (80) at single
application when the soybean was at V2 to V3 stage. In experiments II to IV, the
treatments were constituted of two applications of herbicides. The first was
carried out at V1 to V2 stage and the second at V3 to V4 stage (15 days after the
first application). For experiment II, the treatments were constituted of isolated
glyphosate at 720/480, 960/480, 1200/480 and 960/720 and in mixtures at 720
with the same herbicides and rates of experiment I in the first application. The
second glyphosate application was at 480. Experiment III was constituted of
isolated glyphosate on both applications (720/480, 720/720, 720/960 and
720/1200) and also isolated in the first sequence at 720
and in mixtures at 480
with the same herbicides, at the same rates of experiment I in the second
sequence. For experiment IV, the treatments were constituted of sequential
application of isolated glyphosate at 720/480, 720/720, 960/960 and 1200/1200
and in mixtures at 720
in the first application and 480 in the second with
xi
cloransulam-methyl (15.12), fomesafen (62.5), lactofen (36), chlorimuron-ethyl
(6.25), flumiclorac-pentyl (15), bentazon (240) and imazethapyr (40).
Phytointoxication (% and EWRC), stand, height, soil cover by crop canopy,
number of pods per plant, mass of 100 grain and grain yield evaluations were
carried out. We verified that all treatments caused injuries in RR soybeans
independently of rates and periods of applications. Such injuries varied in degree
and persistence. It was also possible to notice that mixtures applications at earlier
phases of the RR soybean cycle presented lower potential of yield reduction,
showing higher selectivity to the crop. The glyphosate+lactofen mixture at
960+72 applied at a single rate at V2 to V3 stage, the sequential application of
glyphosate/glyphosate+lactofen (720/480+72) at V1 to V2/V3 to V4 stages, and
also the sequential application of glyphosate/glyphosate+bentazon
(720/480+480) at V1 to V2/V3 to V4 stages promoted significantly yield
reduction and demonstrated no selectivity to this cultivar.
Key-words: tolerance, tank mixture, glyphosate-resistant soybean, herbicides.
1
1. INTRODUÇÃO
Na cultura da soja [
Glycine max (L.) Merr.], a infestação de plantas
daninhas pode acarretar perdas significativas de produtividade devido à
competição por recursos essenciais para seu desenvolvimento. É imprescindível,
portanto, o controle das infestantes ao longo do desenvolvimento da cultura. O
controle adequado é ainda mais importante no período inicial do ciclo da cultura,
pois quando a cultura se estabelece no limpo, aumenta sua capacidade de impedir
o desenvolvimento de plantas daninhas que venham a emergir depois,
contribuindo no controle cultural dessas.
Com o advento do cultivo de soja transg
ênica resistente ao glyphosate
(soja RR), o controle em pós-emergência, que era realizado exclusivamente com
herbicidas seletivos à cultura, passou a ter uma nova opção. O glyphosate é um
herbicida de amplo espectro, que apresenta ação sistêmica controlando plantas
daninhas anuais e perenes, não apresentando atividade residual no solo.
A introdução dessa tecnologia no mercado impulsionou o consumo
desse herbicida, que revolucionou o controle de plantas daninhas no Brasil no
final da década de setenta, quando passou a ser utilizado para a operação de
manejo no sistema de semeadura direta. A possibilidade de utilizar apenas um
único herbicida para controlar plantas daninhas tanto no manejo quanto em pós-
emergência faz com que princípios básicos do controle de plantas daninhas sejam
esquecidos, podendo resultar na seleção de biótipos tolerantes ou resistentes e
conseqüentemente proporcionando controle insatisfatório. Uma das principais
alternativas para prevenir o aparecimento ou para conseguir bom controle destes
biótipos é o uso de misturas de herbicidas em tanque.
Alguns herbicidas de diferentes mecanismos de a
ção podem ser opções
para misturas com glyphosate visando obter maior espectro de controle. Existem,
contudo, dificuldades de se predizer quais misturas não apresentarão
fitointoxicação às diversas cultivares de soja geneticamente modificada que são
comercializadas no Brasil, pois sabe-se que a tolerância de uma planta a
2
determinado herbicida, além das características inerente dessa planta, está
também diretamente ligada a outros fatores, como condições ambientais e
características dos herbicidas e das caldas de pulverização. Assim, é muito
importante o estudo da seletividade do glyphosate isolado ou em misturas,
levando-se em consideração não os efeitos de fitointoxicação, mas
principalmente o efeito na produtividade, já que existem relatos da recuperação
dos efeitos fitotóxicos visuais causados pelos herbicidas.
At
é o momento, há vários estudos realizados com o intuito de verificar a
eficácia do controle de plantas daninhas utilizando-se o glyphosate isolado ou em
mistura com outros herbicidas, mas poucos objetivando verificar se a mistura
pode ocasionar ou acentuar a fitointoxicação à cultura. No entanto, estudos de
seletividade devem ser realizados isolando-se o efeito das plantas daninhas,
sendo imprescindível que a cultura permaneça no limpo durante todo seu ciclo,
evitando assim que a interferência possa ocasionar conclusões indevidas.
Desta forma, foram conduzidos quatro experimentos visando avaliar a
seletividade do glyphosate, isolado ou em mistura com outros herbicidas, para a
soja resistente ao glyphosate, cultivar CD 214 RR. Os estudos consistiram de
diversas combinações de aplicações seqüenciais e aplicação única de glyphosate
isolado ou em mistura com outros herbicidas.
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A cultura da soja se caracteriza por um intenso avan
ço tecnológico nos
últimos anos. Contudo, a convivência com as plantas daninhas ainda continua a
merecer destaque dentro da pesquisa, pois é uma das principais causas de
reduções do potencial produtivo. Dentre os efeitos negativos proporcionados por
sua presença em lavouras de soja, pode-se destacar a competição que elas
exercem por recursos limitados de crescimento, aumento do custo de produção,
dificuldade de colheita, depreciação da qualidade do produto e diminuição do
valor comercial das áreas cultivadas (MARRA e CARLSON, 1983).
Segundo Lamego et al. (2004), os efeitos decorrentes da interferência de
plantas daninhas sobre características de plantas cultivadas podem comprometer
o desenvolvimento de estruturas reprodutivas e afetar os componentes da
produtividade de grãos.
Embora existam variadas formas de controle das plantas daninhas, no
sistema de exploração atual da soja no Brasil praticamente em todas as áreas de
produção comercial utilizam-se herbicidas. Com a introdução da soja resistente
ao glyphosate, foi criada mais uma opção para o controle de plantas daninhas em
pós-emergência. Esse herbicida é um produto de amplo espectro, que controla
tanto plantas monocotiledôneas como dicotiledôneas, tanto anuais como perenes
(VIDAL; MEROTTO JR., 2001).
O glyphosate pertence ao grupo qu
ímico dos inibidores da síntese de
aminoácidos e apresenta o N-(phosphonomethyl) glycina como ingrediente ativo
(Figura 1) (RODRIGUES; ALMEIDA, 2005).
Figura 1. F
órmula estrutural do glyphosate
4
O glyphosate é absorvido pelas folhas e outras partes aéreas das plantas.
Após sua absorção, é prontamente translocado dos pontos de aplicação situados
nas folhas juntamente com fotossintatos pelo simplasto, acumulando-se em áreas
de crescimento ativo (meristemas) (OLIVEIRA JR., 2001a). A enzima plastídica
5-enolpiruvilshiquimato-3-fosfato sintase (EPSPS) está presente na rota de
síntese dos aminoácidos aromáticos fenilalamina, tirosina e triptofano e é
fortemente inibida pelo glyphosate em plantas sensíveis. A enzima EPSPS
cataliza a reação do shiquimato-3-fosfato e fosfoenolpiruvato para formar 5-
enolpiruvilshiquimato-3-fosfato (EPSP) e fosfato inorgânico (Pi), na etapa pré-
corismato da rota do shiquimato (BRADSHAW et al., 1997). De acordo com
Devine, Duke e Fedtke (1993), estima-se que mais de 20% de todo o carbono
fixado pela fotossíntese passe por essa rota, destinando-se à síntese dos
aminoácidos aromáticos.
No caso da soja resistente ao glyphosate, a toler
ância ao herbicida foi
obtida pela inserção de um gene (AroA) oriundo do genoma de Agrobacterium
tumefaciens, estirpe CP4, a qual codifica uma variante da EPSPS (CP4 EPSPS),
especialmente tolerante à inibição pelo glyphosate (PADGETTE et al., 1996).
Quando submetidas a tratamento com este herbicida, plantas de soja resistentes
permanecem inalteradas, ou seja, não sendo afetadas, pois a ação continuada da
enzima tolerante ao glyphosate introduzida (CP4 EPSPS) satisfaz a necessidade
das plantas por aminoácidos aromáticos (PADGETTTE et al., 1996;
BRADSHAW et al., 1997).
Contudo, Reddy e Zablotowicz (2003) citam que aplica
ções de
glyphosate têm resultado em injúrias significativas quando aplicadas em certas
condições ou com certas formulações de sal de glyphosate.
Apesar de apresentar um controle eficiente para a maioria das plantas
daninhas, há relatos da existência de espécies de plantas daninhas tolerantes ou
resistentes ao glyphosate (LICH; RENNER; PENNER, 1997; NORRIS; SHAW;
SNIPES, 2001; NORSWORTHY; BURGOS; OLIVER, 2001; NORSWORTHY;
OLIVER, 2002; FERREIRA et al., 2008 e LAMEGO; VIDAL, 2008).
5
De acordo com Procópio et al. (2007), espécies daninhas como
agriãozinho (Synedrellopsis grisebachii), erva-quente (Spermacoce latifolia),
trapoeraba (Commelina benghalensis) e erva-de-touro (Tridax procumbens) vêm
sendo selecionadas devido à aplicações sucessivas de glyphosate nas áreas
agrícolas do cerrado.
No Brasil, foram registrados, at
é o momento, cinco casos de plantas
daninhas resistentes ao glyphosate: Lolium multiflorum (azevém), Conyza
bonariensis (buva), Conyza canadensis (buva), Euphorbia heterophylla (leiteiro)
e Digitaria insularis (capim-amargoso) (WEED SCIENCE, 2008). Em 2006, foi
registrado também o primeiro caso de resistência múltipla envolvendo o
glyphosate, após a identificação de biótipos de Euphorbia heterophylla resistente
ao glyphosate e aos inibidores da ALS (WEED SCIENCE, 2008).
Uma das opções para reduzir a pressão de seleção para o
desenvolvimento da resistência ao glyphosate é a utilização de misturas de
herbicidas de diferentes modos de ação (LICH; RENNER; PENNER, 1997).
Segundo estes autores, misturas em tanque de glyphosate com doses reduzidas de
herbicidas seletivos podem potencialmente resultar em um programa econômico
de controle de plantas daninhas de amplo espectro com herbicidas em pós-
emergência. Adicionalmente, a combinação de glyphosate com herbicidas
seletivos com atividade residual no solo pode prevenir a emergência de plantas
daninhas tardias.
Norris, Shaw e Snipes (2001) afirmam que combina
ções de herbicidas
são benéficas porque requerem menor tempo para aplicação e custam menos
comparadas à aplicação de cada herbicida individualmente, assim como podem
vir a aumentar o espectro de plantas daninhas controladas. Entretanto, a mistura
de herbicidas pode causar fitointoxicação às culturas, mesmo que estes
isoladamente apresentem seletividade para a cultura.
A seletividade dos herbicidas
é a base para o sucesso do controle
químico de plantas daninhas na produção agrícola. Conceitualmente, seletividade
é definida como sendo o nível diferencial de tolerância das culturas a um
tratamento específico; quanto maior a diferença de tolerância entre cultura e
6
planta daninha, maior a segurança no uso dos herbicidas (OLIVEIRA JR.,
2001b).
Segundo Velini
et al. (1992), seletividade é a capacidade de um
determinado herbicida em eliminar plantas daninhas que se encontram em uma
determinada cultura sem reduzir-lhe a produtividade e a qualidade do produto
obtido. A seletividade não pode ser determinada apenas pela verificação ou não
de sintomas visuais de fitointoxicação, pois são conhecidos exemplos de
herbicidas que podem reduzir a produtividade das culturas sem produzir-lhes
efeitos visualmente detectáveis, bem como, existem herbicidas que provocam
injúrias bastante acentuadas, mas que permitem às mesmas manifestar
plenamente seus potenciais produtivos.
Lorenzi, Brunelli Neto e Oliveira
(1994) também afirmam que níveis
significativos de injúrias podem não causar redução de produtividade. Portanto,
na avaliação da seletividade, além dos sintomas visuais de fitointoxicação, é
importante considerar os dados de produtividade da cultura (SOCIEDADE
BRASILEIRA DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 1995).
Dentre os principais fatores relacionados ao herbicida aplicado que
determinam a seletividade encontram-se a dose do produto, a formulação e a
localização espacial ou temporal do herbicida em relação à planta (seletividade
de posição). Dentre os fatores relacionados às plantas estão a idade das plantas, a
variedade, e a capacidade de translocação e de metabolização do herbicida na
planta (OLIVEIRA JR., 2001b).
Atualmente, muitas variedades de soja resistente ao glyphosate de
diferentes grupos de maturação estão disponíveis comercialmente. As respostas
fisiológicas destas variedades ao glyphosate podem variar e as respostas também
podem depender da localização geográfica, condições ambientais, tipos de solo,
populações de B. japonicum e outros fatores (ZABLOTOWICZ; REDDY, 2004).
De acordo com Fagliari, Oliveira Jr. e Constantin (2001) em ensaios que
tenham por objetivo avaliar especificamente a seletividade, é importante isolar o
efeito do herbicida utilizado, tornando-se indispensável a eliminação das plantas
daninhas presentes, uma vez que essas espécies apresentam germinação e
7
emergência desuniformes, ocorrendo escape de plantas. Neste caso, pode haver
interferência devido à possíveis liberações de substâncias alelopáticas, além dos
efeitos da matocompetição sobre a cultura. Desta forma, ao avaliar-se os
prejuízos à cultura, seria difícil determinar se os mesmoso resultados da
toxicidade dos produtos, da interferência das plantas daninhas ou de ambas.
Entretanto, os poucos trabalhos realizados que avaliaram a seletividade
de glyphosate ou misturas contendo esse herbicida em soja resistente foram
realizados em conjunto com testes de eficácia (ATEH; HARVEY, 1997; LICH;
RENNER; PENNER, 1997; GONZINI; HART; WAX, 1999; DIRKS et al.,
2000; GREY; RAYMER, 2002; ELLIS; GRIFFIN, 2003).
Ateh e Harvey (1997) observaram que aplicações de glyphosate nas
doses de 210, 310, 420, 620 g ha
-1
em soja no estádio de desenvolvimento V2
não causaram redução do crescimento para a cultura. Todavia, para aplicações
em V4 foram observadas injúrias leves para aplicações com 420 e 620 g ha
-1
, e
ainda para uma dose adicional de 840 g ha
-1
, as injúrias observadas 25 dias após
as aplicações foram 2, 3 e 1% respectivamente. Os autores observaram também
que a mistura de 70 g ha
-1
de imazethapyr com 420 g ha
-1
de glyphosate aplicada
em V4 causou injúrias visuais em torno de 23%, sendo aproximadamente a
metade das injúrias observadas quando o imazethapyr foi aplicado isoladamente.
Quanto à produtividade, relataram que não houve diferenças significativas entre
os tratamentos.
Lich, Renner e Penner
(1997) determinaram a interação do glyphosate
com herbicidas pós-emergentes seletivos em soja. Em um primeiro experimento
realizado em casa de vegetação, aplicaram chlorimuron e imazethapyr com e sem
glyphosate. Verificaram que chlorimuron (3 ou 6 g i.a. ha
-1
) e imazethapyr (35 ou
71 g i.a. ha
-1
) misturados ao glyphosate (420 g e.a. ha
-1
) e aplicados quando a
soja apresentava 2 trifólios expandidos o afetaram a área foliar do terceiro e
quarto trifólios da cultura duas semanas após a aplicação e não causaram
fitointoxicação superior às observadas quando os herbicidas foram aplicados
isolados, sugerindo que é improvável que a mistura desses herbicidas com
glyphosate possa causar aumento nos níveis de injúria se comparados com os
8
herbicidas aplicados isoladamente. Glyphosate aplicado isolado nas doses de 420
ou 840 g e.a. ha
-1
não reduziu a área foliar do terceiro e quarto trifólios da
cultura. Todos os tratamentos continham 0,5% v/v de surfactante não iônico e
4% v/v de nitrato de amônia.
Em um segundo experimento realizado a campo pelos mesmos autores,
os tratamentos consistiram de glyphosate (420 ou 840 g e.a. ha
-1
) aplicado
isoladamente ou com 4% v/v de nitrato de amônia, glyphosate (420 g e.a. ha
-1
)
misturado com 560 g i.a. ha
-1
de bentazon, 15 g i.a. ha
-1
de flumiclorac, 6 g i.a.
ha
-1
de chlorimuron + 4% v/v de nitrato de amônia ou 35 g i.a. ha
-1
de
imazethapyr + 4% v/v de nitrato de amônia. No primeiro ano do experimento,
apenas a menor dose de glyphosate isolado não causou injúrias à cultura. Todos
os demais tratamentos causaram leve clorose nas folhas, alcançando 22% de
injúria aos três dias após a aplicação da mistura contendo chlorimuron. A
produtividade de todos os tratamentos foi semelhante ou levemente superior em
relação à apresentada pela testemunha capinada. No ano seguinte, quando os
autores repetiram o experimento, não foram observadas injúrias foliares nas
plantas e o único tratamento que resultou em produtividade inferior à testemunha
capinada foi a menor dose de glyphosate isolado. Segundo os autores, a menor
produtividade possivelmente deveu-se às interferências causadas por plantas
daninhas, pois as parcelas que receberam herbicidas não foram capinadas. Todos
os tratamentos realizados no campo continham 0,5% v/v de surfactante não
iônico.
Gonzini, Hart e Wax (1999) estudaram misturas em tanque contendo
glyphosate e herbicidas inibidores da ALS comparadas ao glyphosate aplicado
isolado em aplicações únicas ou seqüenciais em pós-emergência da soja
resistente ao glyphosate. Os autores concluíram que os tratamentos com 70 g i.a.
ha
-1
de imazethapyr ou 20 g i.a. ha
-1
de cloransulam-methyl misturados em
tanque com 630 g e.a. ha
-1
de glyphosate mais 0,5% (v/v) de surfactante não-
iônico, 630 g e.a. ha
-1
de glyphosate mais 0,5% (v/v) de surfactante não-iônico
aplicados em soja no estádio V3, ou ainda glyphosate (630 g e.a. ha
-1
) em
aplicação seqüencial (V3/V4 a V5), não causaram injúrias superiores a 8%
9
quando avaliados aos 10 dias após a aplicação e que, a partir de 30 dias após a
aplicação, os tratamentos o apresentavam injúrias visíveis. Ainda segundo os
autores, nenhum dos tratamentos causou perda de produtividade quando
comparados à testemunha capinada, demonstrando que os tratamentos foram
seletivos.
Segundo Corrigan e Harvey (2000), aplica
ções isoladas de glyphosate
nas doses 420 e 630 g e.a. ha
-1
ou em mistura com imazethapyr (53 g i.a. ha
-1
) ou
cloransulam (35 g i.a. ha
-1
) provocaram injúrias visuais inferiores a 5% quando
avaliadas aos 38 dias após aplicações nos estádios V2 e V4 de desenvolvimento
da soja, com exceção das misturas contendo imazethapyr aplicadas em V4, que
causaram injúrias de 13 e 10% quando misturadas com a menor e maior dose de
glyphosate respectivamente.
Dirks
et al. (2000), em estudo realizado para avaliar o uso de doses
reduzidas de sulfentrazone em mistura com chlorimuron em pré-plantio e
glyphosate em pós-emergência para soja resistente ao glyphosate em plantio
direto sob espaçamento reduzido, verificaram em quatro ensaios que aplicação
única de glyphosate (0,84 kg e.a. ha
-1
) ou seqüenciais nas doses de 0,63/0,43 kg
e.a. ha
-1
ou 0,43/0,43 kg e.a. ha
-1
não causaram injúrias significativas. Quanto à
produtividade, a aplicação única foi inferior estatisticamente à testemunha
capinada em três dos quatro ensaios. Conforme os autores, esse fato ocorreu
devido à ineficiência do tratamento em relação ao controle das plantas daninhas,
visto que as parcelas tratadas não foram capinadas. Todos os tratamentos
receberam 3,8 kg ha
-1
de sulfato de amônia em mistura com os herbicidas.
Elmore et al. (2001), com o objetivo de avaliar duas possíveis causas da
supressão produtiva em soja resistente ao glyphosate resultantes de diferenciais
genéticos entre cultivares ou devido ao glyphosate, realizaram ensaios em quatro
localidades de Nebraska em dois anos consecutivos. Foram avaliadas treze
cultivares de soja resistente ao glyphosate adaptadas aos locais dos ensaios. Os
tratamentos consistiram de aplicações seqüenciais de glyphosate (840 g e.a. ha
-1
)
com sulfato de amônia (270 g i.a. ha
-1
) ou sulfato de amônia (270 g i.a. ha
-1
)
isolado, aos 21 e 42 dias após a emergência da soja, quando esta apresentava-se
10
entre os estádios V2 e V5 na primeira seqüencial e entre R1 e R3 na segunda
seqüencial. Os ensaios foram mantidos livres de plantas daninhas durante todo
ciclo da cultura. Os autores concluíram que glyphosate ou sulfato de amônia o
afetaram o crescimento, características de desenvolvimento e florescimento. Não
foram observadas injúrias visuais significativas. A produtividade de grãos não foi
afetada pelo glyphosate em nenhum dos locais estudados.
Fausey e Renner (2001) constataram que aplicações de glyphosate (850 g
e.a. ha
-1
) realizadas quando a soja apresentava de dois a três trifólios o
causaram injúrias visuais nas plantas. Já a mistura em tanque desse herbicida
com flumiclorac (30 g i.a. ha
-1
) provocou o aparecimento de pontos necróticos
nas folhas, constatadas em 11% das folhas, avaliadas sete dias após a aplicação
dos tratamentos. No entanto, os autores relatam que as injúrias são transientes,
não estando mais presentes na avaliação aos 21 dias após a aplicação.
Nelson e Renner (2001) avaliaram se o crescimento e o desenvolvimento
da soja resistente ao glyphosate são afetados pela aplicação de 840 g e.a. ha
-1
de
glyphosate com 20 g L
-1
de sulfato de amônia para soja no estádio V5.
Observaram que o tratamento não causou injúrias visuais nem afetou o índice de
área foliar da cultura e, também, que a soja tratada não diferiu estatisticamente da
testemunha não tratada quanto ao desenvolvimento vegetativo, reprodutivo, peso
seco, altura e produtividade de grãos.
Grey e Raymer (2002) realizaram estudos por dois anos visando avaliar o
uso de herbicidas em pós-emergência para soja resistente ao glyphosate. Os
tratamentos estudados continham glyphosate nas formulações isopropilamina
(0,4; 0,6 e 0,8 kg ha
-1
) ou trimetilsulfonio (0,4; 0,6; 0,8 ou 1,2 kg ha
-1
),
glyphosate-isopropilamina (0,6 kg ha
-1
) e glyphosate-trimetilsulfonio (0,6; 0,8 ou
1,2 kg ha
-1
) misturados com 0,14 ou 0,21 kg i.a. ha
-1
de fomesafen aplicados em
pós-emergência, no estádio V3 de desenvolvimento da soja, aplicações
seqüenciais de glyphosate-isopropilamina (0,4/0,4 ou 0,6/0,6 kg ha
-1
) e
glyphosate-trimetilsulfonio (0,4/0,4 ou 0,6/0,6 kg ha
-1
), em estádios V3/V5, e
testemunha sem herbicida. Aos tratamentos contendo glyphosate-trimetilsulfonio
foram adicionados 0,25% v/v de surfactante não-iônico. Os autores verificaram
11
que glyphosate-trimetilsulfonio quando aplicado isolado provoca injúrias foliares
visuais entre 7 e 17% e estas são proporcionais à dose. Glyphosate-
isopropilamina não provocou injúrias visuais independente das doses ou épocas
de aplicações. Glyphosate-isopropilamina misturado com fomesafen provocaram
injúrias foliares de 13 e 17%, aumentando com o aumento da dose de fomesafen.
Glyphosate-trimetilsulfonio misturado a fomesafen resultou em injúrias foliares
entre 20 e 28%. No entanto, segundo os autores, as injúrias provocadas foram
transientes, não sendo observadas no final do ciclo da cultura. Quando ocorreu a
avaliação da produtividade, os autores relatam que houve diferenças
significativas entre os tratamentos, mas que estas ocorreram devido aos
diferentes controles das plantas daninhas.
Vidrine, Griffin e Blouin (2002) realizaram estudo com o objetivo de
determinar as possíveis vantagens da aplicação de misturas de glyphosate e
chlorimuron no controle de plantas daninhas, bem como as injúrias provocadas e
o efeito sobre a produtividade da cultura. Realizaram três ensaios em dois locais
distintos, Alexandria em 1996 e Baton Rouge em 1996 e 1997, com duas
cultivares distintas. Os tratamentos consistiram de glyphosate nas doses 420, 560
e 700 g e.a. ha
-1
isolado ou em mistura com chlorimuron nas doses 4, 6, 9 e 11 g
i.a. ha
-1
e ainda 840 g e.a. ha
-1
de glyphosate aplicado isolado e um tratamento
com mistura de 1400 g e.a. ha
-1
de glyphosate e 13 g i.a. ha
-1
de chlorimuron,
totalizando dezoito tratamentos com a testemunha sem herbicida. As aplicações
foram realizadas quando a soja apresentava os estádios V3 em Alexandria e V3 e
V4 em Baton Rouge. As parcelas não foram capinadas e a produtividade foi
comparada entre os tratamentos. Em todos os tratamentos contendo misturas, foi
adicionado 0,25% v/v de surfactante não iônico. Os autores observaram que
glyphosate aplicado isolado não causou injúrias em nenhum dos ensaios. Quando
chlorimuron foi adicionado ao glyphosate na dose de 11 g i.a. ha
-1
, observaram
apenas injúrias leves, de 0 a 6% em Alexandria e Baton Rouge em 1997.
Entretanto, em Baton Rouge (1996), as injúrias variaram de 5 a 27%
independente da dose de chlorimuron adicionada. Os autores argumentaram,
então, que a maior injúria observada neste ano possivelmente se deve à aplicação
12
ter sido realizada quando a soja apresentava estádio vegetativo menor.
Independente das injúrias causadas, não foram observadas diferenças
significativas quanto à produtividade da soja.
Ellis e Griffin (2003) avaliaram a efic
ácia e a seletividade dos
tratamentos contendo glyphosate (840 e 1120 g i.a. ha
-1
) isolado ou em mistura
com doses reduzidas de acifluorfen (210 e 315 g i.a. ha
-1
), chlorimuron (4,5 e 6,7
g i.a. ha
-1
), fomesafen (210 e 315 g i.a. ha
-1
) e lactofen (112 e 168 g i.a. ha
-1
) em
três anos consecutivos (1998, 1999 e 2000). Em 1998, os autores observaram que
as injúrias na soja consistiram em clorose foliar e redução na altura das plantas
em todos os tratamentos, sendo mais evidentes nos tratamentos contendo lactofen
(23% aos 28 dias após a aplicação). A produtividade não foi avaliada devido à
baixa precipitação pluviométrica durante o ciclo da cultura. Nos anos seguintes,
não foram observadas injúrias visuais aos 28 dias após as aplicações,
consequentemente, as produtividades não foram afetadas. As parcelas tratadas
com herbicidas não foram capinadas, sendo comparadas entre si, pois não havia
testemunha capinada.
Norsworthy (2004) teve por objetivo determinar o efeito de aplica
ções
simples e seqüenciais de glyphosate durante o desenvolvimento vegetativo e
reprodutivo da soja resistente ao glyphosate. Para isso, avaliou injúrias visuais,
estande e altura das plantas, produtividade, e ainda germinação e características
de plântulas das sementes colhidas em dois anos consecutivos. Os tratamentos
foram compostos por doses de glyphosate (1,7 kg ha
-1
) aplicadas nos estádios de
desenvolvimento V3, R2, R4 e R6 ou em aplicação seqüencial nos estádios
V3/R2, V3/R4, e ainda V3/R6. O experimento foi capinado durante todo o ciclo
da cultura. O autor relata que no primeiro ano houve injúria visual significativa
(20%) nos tratamentos que continham aplicações no estádio R2, mas que as
injúrias não causaram danos quanto à altura, estande, produtividade e peso de
sementes. Os demais tratamentos não foram significativos em nenhuma das
características estudadas neste ano. No segundo ano, o autor comenta que a soja
se mostrou tolerante ao glyphosate em todos os tratamentos, com injúrias sempre
inferiores a 3%. Em ambos os anos, toda injúria observada foi transiente e
13
caracterizada por clorose. Quanto à germinação e características das plântulas,
concluiu que glyphosate aplicado em seqüencial ou em aplicação simples durante
a fase vegetativa ou reprodutiva da soja resistente ao glyphosate não causou
danos às sementes colhidas.
No Brasil, poucos trabalhos t
êm sido efetivamente conduzidos no sentido
de avaliar a seletividade de misturas contendo glyphosate para variedades de soja
resistente a este herbicida.
Correia, Tambelini e Leite (2006), em trabalhos com soja geneticamente
modificada, observaram que a mistura de glyphosate com os herbicidas
chlorimuron-ethyl e fomesafen resultou em sintomas leves de fitointoxicação,
com recuperação das plantas nos primeiros dias. Contudo, a associação de
glyphosate aos herbicidas lactofen e flumioxazin causou severa fitointoxicação
visual às plantas de soja, com necrose e pontos cloróticos nas folhas. Os efeitos
fitotóxicos destas misturas foram mais agressivos do que aqueles observados
com a aplicação isolada dos herbicidas. Mesmo assim, a altura das plantas e o
acúmulo de massa não foram afetados pelos herbicidas, aplicados isolados ou em
mistura, mostrando que mesmo aquelas plantas com maior fitointoxicação,
conseguiram recuperar o crescimento vegetativo.
Valente, Sousa e Stradiotto
et al. (2006) observaram que misturas de
glyphosate e chlorimuron foram mais seletivas à soja geneticamente modificada
(cultivar CD-214 RR) quando aplicadas em estádios mais avançados da cultura.
Procópio et al. (2007), em um ensaio destinado a verificar a seletividade
da associação de herbicidas na cultura da soja resistente ao glyphosate (cultivar
Monsoy 7878), aplicaram três doses de glyphosate (480, 960 e 1440 g e.a. ha
-1
)
isoladas ou combinadas com três doses de chlorimuron-ethyl (2,5; 5,0 e 10 g i.a.
ha
-1
) ou com duas doses de imazethapyr (50 e 100 g i.a. ha
-1
) aos 28 dias após a
emergência da soja. Os tratamentos foram comparados a uma testemunha
capinada. Os autores não observaram sintomas visuais de fitointoxicação pelas
plantas de soja provocados pela aplicação de glyphosate, independentemente da
dose testada. Já quando imazethapyr na maior dose foi misturado com qualquer
dose de glyphosate, ou quando foi feita a combinação de 10 g ha
-1
de
14
chlorimuron-ethyl com a maior dose de glyphosate, foram observados os maiores
níveis de injúrias às plantas de soja, atingindo níveis superiores a 30% aos 13
dias após as aplicações. Também foram observados efeitos significativos,
provocados pelas misturas contendo imazethapyr, na redução da altura e da
massa seca da parte aérea das plantas de soja. Contudo, os autores relatam que as
injúrias observadas não foram suficientes para promover diferenças na
produtividade de grãos.
Ferreira Neto
et al. (2008) conduziram trabalhos para avaliar tratamentos
contendo glyphosate (Roundup Transorb
®
) isolado em aplicação única (960 g
e.a. ha
-1
) ou seqüencial (960/960 g e.a. ha
-1
) e glyphosate em mistura de tanque
com cloransulam-methyl em aplicação única (960 g e.a. ha
-1
+ 56,6 g i.a. ha
-1
) ou
em seqüencial com mistura apenas na primeira e glyphosate (720 g e.a. ha
-1
)
isolado na segunda seqüencial, com as aplicações realizadas no estádio V2 de
desenvolvimento da soja nas aplicações únicas e na primeira seqüencial e com a
soja entre V3 e V4 na segunda aplicação da seqüencial. Observaram que estes
tratamentos não promoveram efeitos de fitointoxicação em plantas de soja e não
afetaram a altura das plantas, altura da inserção da primeira vagem, mero de
vagens por planta e produtividade de grãos. Portanto, concluíram que os
tratamentos foram seletivos para o cultivar Monsoy 7908.
Como pode ser observado, a literatura mundial é vasta no que tange aos
estudos que avaliam a eficácia do herbicida glyphosate aplicado isolado ou em
mistura com outros herbicidas. Todavia, a literatura é escassa em trabalhos que
visam avaliar exclusivamente a seletividade desses tratamentos em soja resistente
ao glyphosate. Os poucos realizados avaliam simultaneamente tanto a
seletividade como também a eficácia, não isolando o efeito do herbicida sobre a
cultura, o que parece ser essencial para esses estudos.
Uma vez que resultados de pesquisa parecem n
ão ser satisfatoriamente
conclusivos quanto à questão da seletividade, procurou-se, com o presente
trabalho, avaliar a seletividade do glyphosate isolado ou em misturas com outros
herbicidas em relação ao desenvolvimento e rendimento de grãos de soja RR.
15
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Características da área experimental
Os experimentos foram conduzidos em
área comercial da Fazenda Nossa
Senhora Aparecida, pertencente a José Aparecido Perles, localizada no distrito de
Nova Bilac, município de Floraí, Estado do Paraná, situada na latitude de
23º1619,73’’ S, longitude 52º2304,30 W e altitude de 443m.
O solo da área experimental foi classificado como LATOSSOLO
VERMELHO eutrófico LVe (EMBRAPA, 1999) com textura arenosa. Os
resultados das análises químicas e granulométricas do solo onde foram instalados
os experimentos encontram-se na Tabela 1.
Tabela 1. Resultado das an
álises químicas e granulométricas do solo da área
experimental
1
. Floraí, PR, 2006/2007.
pH Al
3+
H
+
+Al
3+
Ca
+2
+Mg
2+
Ca
2+
K
+
P C
CaCl
2
H
2
O
________________________
cmol
c
dm
-
3
________________________
mg m
-
3
g dm
-
3
5,7
6,6
0,0
2,36
2,54
2,18
0,13
15,0
4,35
Areia Grossa Areia Fina Silte Argila
___________________________________________________
g kg
-1_____________________________________________
360 540 20 80
1/
Análise realizada pelo Laboratório de Análise de Solos do Departamento de Agronomia da
Universidade Estadual de Maringá, 2006/2007.
O clima da regi
ão é do tipo subtropical com chuvas de verão e invernos
secos, Cfa, segundo a classificação de Wilhem Köeppen. As informações sobre
as condições climáticas durante a condução dos experimentos encontram-se na
Figura 2.
16
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
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1
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0
4
a
2
9
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0
4
Precipitação (mm)
0
5
10
15
20
25
30
35
Temperatura C)
mm de chuva
Temp. média
Figura 2. Valores médios decêndiais de temperatura média (ºC) e precipitação
(mm) no período de novembro de 2006 a abril de 2007.
A
área em questão havia sido cultivada com aveia no inverno anterior à
semeadura da soja, sendo dessecada dez dias antes da semeadura da soja com
1260 g e.a. ha
-1
de glyphosate. Na semeadura, a adubação utilizada foi de 270 kg
ha
-1
da fórmula 01818 e 83 kg ha
-1
de cloreto de potássio. As sementes foram
tratadas com o fungicida Maxin (35 g i.a. kg
-1
de Fludioxonil + 10 g i.a. kg
-1
de
MetalaxylM) na dose de 0,001 L kg
-1
de sementes, com o inseticida Standak
(250 g i.a. L
-1
de Fipronil) na dose de 0,001 L kg
-1
de sementes, e também com
inoculante turfoso na dose de 2 g kg
-1
de sementes. Aos quarenta dias após a
germinação, foram aplicados 83 kg ha
-1
de cloreto de potássio.
A semeadura foi realizada dia 09/11/2006 com espaçamento de 0,45 m
entre linhas e uma densidade de semeadura de aproximadamente 18 sementes por
metro linear. A cultivar utilizada no experimento foi a CD 214 RR, pertencente
ao grupo de maturação precoce.
A colheita foi realizada manualmente no dia 20/03/2007.
3.2. Delineamentos experimentais
Nos experimentos foi utilizado o delineamento experimental de blocos
ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os
17
herbicidas foram os fatores estudados nas parcelas (tratamentos principais) e a
condição de ausência ou de presença dos herbicidas foram os fatores estudados
nas subparcelas.
As parcelas foram divididas em tr
ês subparcelas, sendo uma central,
representada pelos tratamentos com herbicidas, e duas outras subparcelas
adjacentes, representadas pelas testemunhas sem herbicidas.
Em cada um dos quatro blocos havia 11 parcelas e 23 subparcelas com
quatro repetições, totalizando 92 subparcelas por experimento. Assim, para cada
subparcela tratada havia duas subparcelas sem herbicida, as testemunhas duplas
adjacentes. As subparcelas foram compostas por oito linhas de plantio espaçadas
de 0,45 m e cinco metros de comprimento, totalizando 18 m
2
por subparcela. A
área útil para as avaliações compreendeu as seis linhas centrais, desprezando-se o
meio metro inicial e final de cada subparcela.
Para efeito de an
álise, foi efetuada a média das duas testemunhas duplas
adjacentes para compor a subparcela referente à ausência de herbicidas.
A técnica de testemunhas duplas foi descrita anteriormente por Fagliari,
Oliveira Jr. e Constantin (2001), sendo inicialmente proposta para a avaliação da
seletividade de herbicidas em cana-de-açúcar. Mais recentemente, foi utilizada
também no estudo da seletividade de herbicidas na cultura da soja (MESCHEDE
et al., 2004; JAREMTCHUK et al., 2008).
Esse tipo de experimento confere maior controle sobre a variabilidade
do meio, especialmente quando se utiliza o tradicional delineamento em blocos
casualizados, com uma única testemunha por bloco (MESCHEDE et al., 2004).
O experimento foi mantido livre da presença de plantas daninhas durante
todo o período de execução, sendo realizadas capinas manuais sempre que
necessário, de forma que não houvesse competição entre a soja e as plantas
daninhas.
18
3.3. Tratamentos
Os tratamentos, doses e
épocas de aplicação (estádios de
desenvolvimento da soja, segundo Fehr e Caviness, 1971) implementados nos
experimentos estão apresentados nas Tabelas 4, 5, 6 e 7, representando os
experimentos I, II, III e IV respectivamente.
19
Tabela 2. Herbicidas, doses e épocas de aplicação utilizadas no experimento I. Floraí, PR, 2006/2007.
HERBICIDAS APLICADOS EM DOSE ÚNICA
DOSES
(g ha
-1
)
1/
ÉPOCAS DE APLICAÇÃO
(Est
ádio de desenvolvimento da soja)
Produto comercial
In
grediente ativo
Roundup RR+Pacto
g
lyphosate+
c
loransulam
-
methyl
960 +
30,24
V
2
a V
3
Roundup RR+Flex glyphosate+fomesafen 960 + 125 V
2
a V
3
Roundup RR+Cobra
g
lyphosate+
l
actofen
960 +
72
V
2
a V
3
Roundup RR+Classic glyphosate+chlorimuron-ethyl 960 + 12,5 V
2
a V
3
Roundup RR+Radiant glyphosate+flumiclorac-pentyl 960 + 30 V
2
a V
3
Roundup RR+Basagran
g
lyphosate+
b
entazon
960 +
480
V
2
a V
3
Roundup RR+Pivot glyphosate+imazethapyr 960 + 80 V
2
a V
3
Roundup RR
g
lyphosate
720
V
2
a V
3
Roundup RR
g
lyphosate
960
V
2
a V
3
Roundup RR glyphosate 1200 V
2
a V
3
Roundup RR
g
lyphosate
1440
V
2
a V
3
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare
20
Tabela 3. Herbicidas, doses e épocas de aplicação utilizadas no experimento II. Floraí, PR, 2006/2007.
HERBICIDAS APLICADOS EM SEQUENCIAL
DOSES
(g ha
-1
)
1/
ÉPOCAS DE APLICAÇÃO
(Est
ádio de desenvolvimento da soja)
2/
Produto Comercial Ingrediente ativo
Roundup RR+Pacto/Roundup RR
glyphosate+cloransulam-methyl/glyphosate 720 + 30,24/480 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Flex/Roundup RR
glyphosate+fomesafen/glyphosate
720 + 125
/480
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Cobra/Roundup RR
glyphosate+lactofen/glyphosate 720 + 72/480 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Classic/Roundup RR
glyphosate+chlorimuron
-
ethyl/glyphosate
720 +
12,
5
/480
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Radiant/Roundup RR
glyphosate+flumiclorac-pentyl/glyphosate 720 + 30/480 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Basagran/Roundup RR
glyphosate+bentazon/glyphosate
480 +
720
/480
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Pivot/Roundup RR
glyphosate+imazethapyr/glyphosate 80 + 720/480 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR
glyphosate/glyphosate
720/480
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR
glyphosate/glyphosate 960/480 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR
glyphosate/glyphosate
1200/480
V
1
a V
2
/V
3
a
V
4
Roundup RR/Roundup RR
glyphosate/glyphosate 960/720 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
2/
V
3
a V
4
realizada 15 dias após a primeira aplicação.
21
Tabela 4. Herbicidas, doses e épocas de aplicação utilizadas no experimento III. Floraí, PR, 2006/2007.
HERBICIDAS APLICADOS EM SEQUENCIAL
DOSES
(g ha
-1
)
1/
ÉPOCAS DE APLICAÇÃO
(Est
ádio de desenvolvimento da soja)
2/
Produto comercial
Ingrediente ativo
Roundup RR/Roundup RR+Pacto
glyphosate/glyphosate+cloransu
lam
-
methy
720/
480 +
30,24
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR+Flex glyphosate/glyphosate+fomesafen 720/480 + 125 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR+Cobra
glyphosate/glyphosate+lactofen
720/
480 +
72
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR+Classic glyphosate/glyphosate+chlorimuron-ethyl 720/480 + 12,5 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR+Radiant glyphosate/glyphosate+flumiclorac-pentyl 720/480 + 30 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR+Basagran
glyphosate/glyphosate+bentazon
720/480 + 480
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR+Pivot glyphosate/glyphosate+imazethapyr 720/480 + 80 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR glyphosate/glyphosate 720/480 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR
/Roundup RR
glyphosate/glyphosate
720/720
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR glyphosate/glyphosate 720/960 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR
/Roundup RR
glyphosate/glyphosate
720/1200
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
2/
V
3
a V
4
realizada 15 dias após a primeira aplicação.
22
Tabela 5. Herbicidas, doses e épocas de aplicação utilizadas no experimento IV. Floraí, PR, 2006/2007.
HERBICIDAS APLICADOS EM SEQUENCIAL
DOSES
(g ha
-1
)
1/
ÉPOCAS DE APLICAÇÃO
(Estádio de desenvolvimento da soja)
2/
Produto comercial Ingrediente ativo
Roundup RR+Pacto/Roundup RR+Pacto glyphosate+cloransulam-methyl/glyphosate+cloransulam-methyl 720 + 15,12/480 + 15,12 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Flex/Roundup RR+Flex glyphosate+fomesafen/glyphosate+fomesafen 720 + 62,5/480 + 62,5 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Cobra/Roundup RR+Cobra glyphosate+lactofen/glyphosate+lactofen 720 + 36/480 + 36 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Classic/Roundup RR+Classic glyphosate+chlorimuron-ethyl/glyphosate+chlorimuron-ethyl 720 + 6,25/480 + 6,25 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Radiant/Roundup RR+Radiant glyphosate+flumiclorac-pentyl/glyphosate+flumiclorac-pentyl 720 + 15/480 + 15 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Basagran/Roundup RR+Basagran glyphosate+bentazon/glyphosate+bentazon 720 + 240/480 + 240 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR+Pivot/Roundup RR+Pivot glyphosate+imazethapyr/glyphosate+imazethapyr 720 + 40/480 + 40 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR
/Roundup RR
glyphosate/glyphosate
720/480
V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR glyphosate/glyphosate 720/720 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR glyphosate/glyphosate 960/960 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
Roundup RR/Roundup RR glyphosate/glyphosate 1200/1200 V
1
a V
2
/V
3
a V
4
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
2/
V
3
a V
4
realizada 15 dias após a primeira aplicação.
23
3.4. Aplicação dos herbicidas
As datas das aplica
ções e as condições ambientais para cada experimento
estão apresentados na Tabela 6. O equipamento utilizado nas aplicações dos
herbicidas foi um pulverizador costal de pressão constante, pressurizado à CO
2
e
equipado com pontas tipo leque XR-110.02, operando à pressão de 2,0 kgf cm
-2
.
Estas condições de aplicação proporcionaram o equivalente a 200 L ha
-1
de
volume de calda.
Tabela 6. Datas e condi
ções atmosféricas no momento das aplicações dos quatro
experimentos. Floraí, PR, 2006/2007.
Experimento
Datas das
Aplica
ções
UR
(%)
Temperatura
(ºC)
Condi
ções
do Solo
Velocidade
do vento
(km h
-1
)
I 11/12/2006 62,0
31,0 Úmido 2,0
II
30/11/2006 65,0
30,0 Úmido 3,0
15/12/2006 61,0
33,0 Úmido 0,0
III
30/11/2006 92,0
26,0 Úmido 4,0
15/12/2006 67,0
33,5 Úmido 0,0
IV
30/11/2006 73,0
27,0 Úmido 4,0
15/12/2006 62,0
34,0 Úmido 0,0
3.5. Coleta de dados
Foram realizadas avalia
ções visuais de fitointoxicação, altura das plantas,
estande, fechamento das entrelinhas e contagem do número de vagens por plantas
(Tabela 7). Após a colheita, foram avaliados a massa de cem grãos e a
produtividade.
24
Tabela 7. Resumo da coleta de dados dos experimentos realizadas durante o
desenvolvimento da cultura, Floraí, PR, 2006/2007.
Experimento Aplicações Avaliações Dias Após as Aplicações (DAA)
I
Aplica
ção
Única
Fitointoxicação
(%)
3, 7 e 15
Fitointoxicação (EWRC)
3, 7 e 15
Altura
15 e 90
Fechamento
3, 7 e 15
Estande 15
II
1
ª Aplicação
Fitointoxica
ção (%) 3, 7 e 15
Fitointoxicação (EWRC) 3, 7 e 15
Altura -
Fechamento
15
2ª Aplicação
Fitointoxicação
(%)
3 e 15
Fitointoxicação (EWRC)
3 e 15
Altura 15 e 90
Fechamento 3 e 15
Estande 15
III
1
ª Aplicação
Fitointoxica
ção (%) 3, 7 e 15
Fitointoxicação (EWRC) 3, 7 e 15
Altura
_
Fechamento
_
2ª Aplicação
Fitointoxicação (%)
3 e 15
Fitointoxicação (EWRC) 3 e 15
Altura 15 e 90
Fechamento 3 e 15
Estande 15
IV
1
ª Aplicação
Fitointoxica
ção (%) 3, 7 e 15
Fitointoxicação (EWRC)
3, 7 e 15
Altura
_
Fechamento
15
2ª Aplicação
Fitointoxicação
(%)
3 e 15
Fitointoxicação (EWRC) 3 e 15
Altura 15 e 90
Fechamento 3 e 15
Estande 15
25
3.5.1. Avaliações realizadas durante o desenvolvimento da cultura
3.5.1.1. Avaliação visual de sintomas de fitointoxicação
Durante o desenvolvimento da cultura, foram realizadas avalia
ções
visuais de fitointoxicação ocasionada após as aplicações dos herbicidas.
Nas avaliações visuais foram atribuídas notas a cada unidade
experimental que recebeu os herbicidas, conforme a escala EWRC (EUROPEAN
WEED RESEARCH COUNCIL, 1971), seguindo a classificação da Tabela 8.
Também foram realizadas avaliações visuais de fitointoxicação atribuindo-se
notas porcentuais (0 para ausência de injúrias, até 100% para morte das plantas),
considerando-se neste caso os sintomas visíveis nas plantas, de acordo com seu
desenvolvimento (SBCPD, 1995).
Tabela 8. Sintomas aparentes de fitointoxicação (Escala EWRC, 1971).
Fitointoxica
ção
Sintomas visuais
1
Nenhum dano
2
Pequenas alterações (descoloração, deformação) visíveis em
algumas plantas
3
Pequenas alterações (descoloração, deformação) visíveis em
muitas plantas
4
Forte descoloração (amarelecimento) ou razoável deformação,
sem, contudo, ocorrer necrose (morte de tecido)
5
Necrosamento (queima) de algumas folhas em especial nas
margens acompanhado de deformação em folhas e brotos
6 Mais de 50% das folhas e brotos apresentando necrose/deformação
7 Mais de 80% das folhas e brotos destruídos
8
Danos extremamente graves, sobrando apenas pequenas áreas
verdes nas plantas
9 Danos totais (morte das plantas)
26
3.5.1.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura
Avaliações visuais do fechamento da cultura foram realizadas após as
aplicações dos herbicidas para determinar o efeito destes sobre o
desenvolvimento da área foliar das plantas. A escala utilizada foi a de notas
percentuais de zero (entrelinha descoberta) até 100%, representando o
fechamento total da entrelinha.
3.5.1.3. Número de plantas
O estande foi avaliado para verificar se houve interferência das
aplicações de herbicidas no número de plantas de soja. Foi feita a contagem do
número de plantas em três metros lineares em duas linhas centrais das parcelas,
obtendo-se uma média do número de plantas por metro linear.
3.5.1.3. Altura de plantas
Para determina
ção da altura média das plantas (cm), mediu-se a altura de
10 plantas por parcela obtendo-se uma média. As plantas foram medidas ao acaso
dentro da área útil de cada unidade experimental. A medida foi feita do solo até a
inserção do último trifolíolo completamente expandido.
3.5.2. Avaliações realizadas na colheita
3.5.2.1. Vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade de grãos
Durante a colheita, foram feitas contagens de vagens em dez plantas por
parcela, sendo que estas foram retiradas ao acaso das áreas úteis, obtendo-se a
média por planta de cada unidade experimental.
As
áreas úteis de cada unidade experimental foram colhidas
manualmente, sendo posteriormente trilhadas, ensacadas e pesadas.
27
A massa de cem grãos foi obtida por meio de contagem de três amostras
de cem grãos por unidade experimental, sendo estas pesadas posteriormente.
Foram retiradas três amostras de grãos por parcela para determinação da
umidade e correção das massas obtidas para a umidade de 13%.
3.6. Análise estatística
Na análise estatística dos resultados, foram consideradas apenas duas
subparcelas, ou seja, ausência e presença do herbicida, isto porque foi feita a
média das duas subparcelas sem herbicida (sem), comparando-a com a
subparcela com herbicida (com). Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância pelo teste F e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
O esquema de an
álise de variância utilizado está representado na Tabela
9.
28
Tabela 9. Esquema de análise de variância utilizado para os experimentos,
delineados em blocos ao acaso com parcelas subdivididas.
Fontes de varia
ção Graus de liberdade
Blocos 3
Herbicidas (H) 10
Resíduo A 30
Parcelas (43)
Modo (M) 1
Interação (M x H) 10
M/H1 1
M/H2 1
M/H3 1
M/H4 1
M/H5 1
M/H6 1
M/H7 1
M/H8 1
M/H9 1
M/H10 1
M/H11 1
Resíduo B 33
Subparcelas (44)
Total 87
29
4. RESULTADOS E DISCUSO
4.1. Experimento I
4.1.1. Fitointoxicação
Os dados referentes às avaliações visuais de fitointoxicação (escala
EWRC e porcentagem de injúrias) realizadas após as aplicações dos herbicidas
encontram-se na Tabela 10. Observa-se que todos os tratamentos provocaram
injúrias nas plantas de soja, levando ao aparecimento de sintomas visuais de
fitointoxicação, os quais apresentaram intensidade e persistência variáveis para
cada tratamento.
As misturas causaram maior inj
úria aos 3 dias após as aplicações (DAA)
do que qualquer dose de glyphosate isolado. No entanto, aos 7 DAA os sintomas
visíveis começam a diminuir de intensidade nos tratamentos com misturas, ao
passo que, para os tratamentos com glyphosate isolado, a intensidade dos
sintomas aumentam. Os resultados das avaliações de fitointoxicação (%) após 7
DAA não são demonstrados porque nenhum dos tratamentos resultaram em
sintomas visíveis nos trifolíolos novos.
Quanto aos resultados das avalia
ções visuais de fitointoxicação seguindo
a escala EWRC, os índices de fitointoxicação foram inferiores para os
tratamentos com glyphosate isolado em relação aos observados para misturas aos
3 e 7 DAA, diminuindo em todos os tratamentos aos 15 DAA. Embora as
misturas apresentem impacto inicial maior, os efeitos de fitointoxicação tendem a
se igualar ao glyphosate isolado a partir de 15 DAA.
Com rela
ção à mistura glyphosate+cloransulam-methyl, os sintomas
apresentados foram clorose internerval em mosaico e encarquilhamento
generalizado dos folíolos.
30
Tabela 10. Média das notas de fitointoxicação (% e escala EWRC) em soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos
com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-emergência (Experimento I). Floraí, PR,
2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fitointoxicação (%) Fitointoxicação (EWRC)
Épocas de avaliação Épocas de avaliação
3 DAA 7 DAA 3 DAA 7 DAA 15 DAA
glyphosate+cloransulam-methyl
960 + 30,24
38,8 31,3 3,0 5,0 2,0
glyphosate+fomesafen
960 + 125
58,8 51,5 5,0 5,0 2,5
glyphosate+lactofen
960 + 72
73,3 65,0 5,0 5,0 3,0
glyphosate+chlorimuron-ethyl
960 + 12,5
59,5 56,3 5,0 5,0 3,0
glyphosate+flumiclorac-pentyl
960 + 30
38,0 37,5 5,0 5,0 2,0
glyphosate+bentazon
960 + 480
28,3 34,5 5,0 5,0 2,0
glyphosate+imazethapyr
960 + 80
51,3 40,8 4,5 5,0 3,0
glyphosate
720
17,0 27,0 2,8 3,5 2,3
glyphosate
960
23,3 30,0 2,8 3,5 2,5
glyphosate
1200
23,8 32,5 2,8 3,5 2,3
glyphosate
1440
21,3 32,5 3,0 4,0 3,0
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
DAA: dias ap
ós a aplicação.
Escala EWRC: 1 = Nenhum dano, 9 = Danos totais (morte das plantas).
(%): 0 % = nenhum dano, 100% = morte das plantas.
31
Com relação à mistura glyphosate+fomesafen, os sintomas visíveis nas
plantas foram manchas cloróticas, progredindo para necrose e encarquilhamento
generalizado dos folíolos que tiveram contato com a calda herbicida.
A mistura glyphosate+lactofen foi a que provocou injúrias visuais mais
severas, apresentando sintomas semelhantes aos observados no tratamento
glyphosate+fomesafen, no entanto com maior intensidade.
Plantas tratadas com a mistura de glyphosate+chlorimuron-ethyl
apresentaram necrose progredindo dos bordos para o centro do limbo de alguns
folíolos, clorose generalizada e encarquilhamento também generalizado.
No que diz respeito à mistura de glyphosate+flumiclorac-pentyl, os
sintomas observados foram semelhantes aos relatados nas misturas contendo os
outros inibidores da PROTOX, lactofen e fomesafen. Entretanto, as injúrias
foram de menor intensidade em relação a estas misturas.
A mistura glyphosate+bentazon tamb
ém provocou manchas cloróticas,
com progressão para necrose e leve encarquilhamento dos folíolos.
No que concerne à mistura glyphosate+imazethapyr, observou-se clorose
internerval e encarquilhamento generalizado.
Em todos os tratamentos contendo glyphosate isolado foram observados
sintomas como clorose e encarquilhamento nos folíolos mais novos.
4.1.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura
Para os dados referentes ao fechamento da cultura, pode-se verificar que
os tratamentos com glyphosate (720 e 1200 g e.a. ha
-1
) e a mistura contendo
bentazon não afetaram significativamente o desenvolvimento do dossel da
cultura para todas as épocas de avaliação (Tabela 11).
32
Tabela 11. Fechamento da soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos com glyphosate isolado ou em mistura com
outros herbicidas em pós-emergência, aos 3, 7 e 15 dias após a aplicação (DAA) (Experimento I). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fechamento (3 DAA) Fechamento (7 DAA) Fechamento (15 DAA)
MODO
MODO
MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate+cloransulam-methyl
960+30,24
52,50
b 60,00
a
48,25
b 55,75
a
97,50
a 97,75
a
glyphosate+fomesafen
960+125
42,00
b 57,75
a
43,25
b 54,88
a
97,00
a 97,75
a
glyphosate+lactofen
960+72
31,25
b 49,25
a
35,75
b 51,00
a
95,50
b 96,75
a
glyphosate+chlorimuron-ethyl
960+12,5
36,25
b 52,25
a
37,00
b 50,13
a
95,00
b 96,63
a
glyphosate+flumiclorac-pentyl
960+30
46,25
a 50,50
a
46,25
b 52,00
a
96,75
a 97,00
a
glyphosate+bentazon
960+480
53,75
a 58,63
a
47,50
a 52,00
a
97,00
a 97,00
a
glyphosate+imazethapyr
960+80
37,50
b 55,50
a
40,00
b 52,00
a
94,75
b 97,13
a
glyphosate
720
50,75
a 54,25
a
47,50
a 50,38
a
97,75
a 96,50
b
glyphosate
960
57,50
a 56,50
a
45,25
b 52,63
a
97,25
a 97,25
a
glyphosate
1200
56,00
a 56,13
a
48,25
a 49,50
a
97,75
a 96,63
a
glyphosate
1440
46,25
b 55,00
a
41,25
b 48,50
a
96,25
a 96,63
a
CV (%)
9,68
7,89 0,86
DMS (Tukey, 5%)
7,07
5,42 1,20
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
33
Os tratamentos com glyphosate (1440 g e.a. ha
-1
) e as misturas de
glyphosate com cloransulam-methyl e fomesafen apresentaram fechamento
inferior aos das suas respectivas testemunhas duplas aos 3 e 7 DAA. Glyphosate
(960 g e.a. ha
-1
) e a sua mistura com flumiclorac-pentyl apresentaram menor
fechamento do que suas respectivas testemunhas apenas na avaliação realizada
aos 7 DAA. No entanto, aos 15 DAA, estes tratamentos não diferiram
estatisticamente das testemunhas, sugerindo que o desenvolvimento do dossel se
recuperou rapidamente.
Quando os tratamentos contendo lactofen, chlorimuron-ethyl e
imazethapyr em mistura com glyphosate são comparados com suas respectivas
testemunhas duplas adjacentes, verifica-se que esses tratamentos afetaram o
desenvolvimento vegetativo das plantas nas três avaliações, sugerindo que as
injúrias tenham sido, nestes casos, de maior duração, o que está coerente com as
observações de injúrias visuais. É possível que tais efeitos possam estar
associados ao fato de que imazethapyr e chlorimuron apresentam alguma
atividade residual no solo, o que pode ter contribuído no prolongamento dos
efeitos deles sobre o crescimento da soja. No caso do lactofen, o efeito mais
prolongado sobre o fechamento está, sem dúvida, relacionado ao grau de injúria
que a mistura causou à área foliar da soja, sendo esta a maior entre os
tratamentos aos 7 DAA (Tabela 10).
4.1.3. Altura e estande de plantas
Os valores médios de altura e estande de plantas de soja estão
representados na Tabela 12. Verifica-se que o glyphosate isolado, quando
aplicado a 1440 g e. a. ha
-1
, foi prejudicial ao crescimento da soja na avaliação de
90 DAA. Com relação às misturas, aquelas contendo lactofen, chlorimuron e
bentazon também afetaram a altura das plantas em pelo menos uma das
avaliações realizadas. Por outro lado, misturas de glyphosate com fomesafen e
imazethapyr afetaram a altura de forma mais consistente, tanto aos 15 quanto aos
90 DAA.
34
Tabela 12. Altura média (cm) aos 15 e 90 dias após a aplicação (DAA) e estande (plantas m
-1
) aos 15 DAA das plantas de soja,
cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas
em pós-emergência (Experimento I). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Altura (15 DAA) Altura (90 DAA) Estande (plantas m
-
1
)
MODO MODO MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate+cloransulam-methyl
960+30,24
37,78 a 37,88 a
50,10 a 52,78 a
17,13 a 17,17 a
glyphosate+fomesafen
960+125
32,35 b 37,64 a
43,85 b 54,26 a
16,54 a 17,19 a
glyphosate+lactofen
960+72
31,30 a 33,19 a
43,75 b 50,05 a
16,25 a 16,42 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl
960+12,5
31,40 b 35,74 a
51,60 a 52,41 a
15,29 a 16,58 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl
960+30
33,70 a 34,70 a
45,05 a 47,99 a
16,92 a 16,27 a
glyphosate+bentazon
960+480
34,63 a 37,66 a
45,08 b 51,14 a
17,00 a 16,15 a
glyphosate+imazethapyr
960+80
32,33 b 36,51 a
43,70 b 49,51 a
16,88 a 16,48 a
glyphosate
720
33,33 a 35,29 a
50,83 a 50,79 a
16,63 a 16,56 a
glyphosate
960
37,45 a 35,56 a
48,00 a 50,13 a
17,54 a 17,46 a
glyphosate
1200
35,93 a 37,26 a
52,70 a 51,16 a
17,17 a 16,79 a
glyphosate
1440
33,78 a 34,74 a
43,90 b 49,99 a
15,83 a 16,44 a
CV (%) 7,92 7,40 5,80
DMS (Tukey, 5%)
3,99
5,23
1,39
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
35
É possível que as reduções observadas na altura das plantas tenham
contribuído para a redução do fechamento da cultura (Tabela 11). Todavia,
apesar da mistura glyphosate+bentazon ter afetado a altura das plantas aos 90
DAA, não observou-se redução significativa para nenhuma das avaliações
realizadas para o fechamento.
Misturas com cloransulam e flumiclorac n
ão causaram nenhum efeito
negativo sobre o crescimento da soja nas avaliações realizadas.
Embora efeitos negativos de algumas misturas e mesmo do glyphosate
isolado possam ter sido observados com relação ao crescimento das plantas
(fechamento e altura), em nenhum caso tais efeitos se reverteram em morte de
plantas, o que foi evidenciado pelos dados de estande (Tabela 12).
4.1.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade
Os valores médios obtidos para as variáveis relativas ao número de
vagens, massa de cem grãos e produtividade de grãos estão representados na
Tabela 13. Quando comparou-se o número dio de vagens por planta de soja
para cada tratamento com suas testemunhas duplas adjacentes, fomesafen em
mistura com glyphosate foi o único tratamento que afetou significativamente esta
variável.
Quanto
à massa média de cem grãos, a mistura de lactofen com
glyphosate foi inferior à sua testemunha dupla adjacente.
N
ão houve diferenças significativas para nenhum outro tratamento
quando a variável avaliada foi a massa de cem grãos.
Quando a produtividade m
édia dos tratamentos foi comparada com suas
testemunhas duplas adjacentes, observou-se que o único tratamento que
apresentou diferença significativa em relação à sua testemunha foi a mistura
glyphosate+lactofen. Este tratamento pode ser considerado o único que não
apresentou seletividade para a soja, visto que apresentou-se inferior à sua
testemunha dupla adjacente na maioria das características estudadas. Este efeito
final pode estar relacionado aos efeitos negativos sobre o crescimento da soja,
36
Tabela 13. Número médio de vagens por planta, massa de cem grãos (g) e produtividade (kg ha
-1
) de soja, cultivar CD 214 RR,
submetida a diferentes tratamentos com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-emergência
(Experimento I). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Nº. vagens (vagens planta
-
) Massa de cem grãos (g) Produtividade (kg ha
-
1
)
MODO MODO MODO
COM
SEM
COM
SEM
COM
SEM
glyphosate+cloransulam-methyl 960+30,24
53,25
a 46,75
a
12,11
a 12,11
a
2952,68
a 2993,03
a
glyphosate+fomesafen 960+125
37,75
b 48,50
a
12,10
a 12,35
a
2849,74
a 3083,33
a
glyphosate+lactofen 960+72
46,00
a 47,25
a
11,67
b 12,30
a
2672,05
b 3057,42
a
glyphosate+chlorimuron-ethyl 960+12,5
39,75
a 48,25
a
12,41
a 12,27
a
3082,55
a 3120,14
a
glyphosate+flumiclorac-pentyl 960+30
45,00
a 43,25
a
12,29
a 12,20
a
3041,84
a 2987,74
a
glyphosate+bentazon 960+480
37,75
a 40,25
a
12,32
a 12,35
a
2974,55
a 3132,18
a
glyphosate+imazethapyr 960+80
44,50
a 45,75
a
12,42
a 12,32
a
2945,81
a 3043,82
a
glyphosate 720
54,75
a 40,50
b
12,15
a 12,21
a
2961,66
a 3020,81
a
glyphosate 960
44,50
a 48,50
a
12,57
a 12,03
b
3088,82
a 2977,01
a
glyphosate 1200
43,00
a 40,50
a
12,34
a 12,15
a
3173,36
a 3040,39
a
glyphosate 1440
48,00
a 45,25
a
12,18
a 12,38
a
2927,52
a 3077,85
a
CV (%)
15,61
2,38
5,70
DMS (Tukey, 5%)
10,11
0,42
247,30
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
37
caracterizados pelo menor fechamento do dossel e altura das plantas. A elevada
injúria s-aplicação, somada aos efeitos sobre o crescimento podem ter feito
com que plantas não tenham apresentado desenvolvimento vegetativo adequado
para suprir suas necessidades reprodutivas, conseqüentemente, apresentando
menor massa de grãos e produtividade menor.
4.2. Experimento II
4.2.1. Fitointoxicação
Observa-se que, após a primeira aplicação (misturas), os sintomas visuais
de fitointoxicação são mais evidentes do que após a segunda aplicação, na qual
aplicou-se apenas glyphosate para todos os tratamentos (Tabela 14).
Todos os tratamentos provocaram injúrias nas plantas de soja, levando ao
aparecimento de sintomas visuais de fitointoxicação, os quais apresentaram
intensidade e persistência variáveis para cada tratamento.
As caracter
ísticas dos sintomas observados são as mesmasdescritas no
experimento I. Assim como no experimento I, as injúrias visíveis começam a
diminuir já aos 7 dias após a primeira aplicação. Após a segunda aplicação,
novos sintomas são visíveis, no entanto em menor intensidade do que após a
aplicação das misturas.
Ao contr
ário do experimento I, nas avaliações aos 15 dias após a
primeira aplicação, as folhas novas ainda apresentavam sintomas visuais de
fitointoxicação em todos os tratamentos, o que demonstra que as aplicações das
misturas em estádios precoces de desenvolvimento da soja revertem-se em
efeitos mais prolongados de fitointoxicação, possivelmente em função das
plantas receberem a aplicação ainda muito novas. Esses sintomas são
caracterizados por clorose internerval e encarquilhamento acentuado.
38
Tabela 14. Média das notas de fitointoxicação (% e escala EWRC) em soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos
seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-emergência (Experimento II). Floraí,
PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fitointoxicação (%) Fitointoxicação (EWRC)
1ª aplicação 2ª aplicação 1ª aplicação 2ª aplicação
3 DAA 7 DAA 15 DAA 3 DASA 3 DAA 7 DAA 15 DAA 3 DASA 15 DASA
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate
720 + 30,24/
480
55,0 38,8 16,3 16,3 4,5 5,0 2,5 2,8 3,0
glyphosate+fomesafen/
glyphosate
720 + 125/
480
58,8 50,0 35,0 16,3 5,0 5,0 3,0 2,8 2,8
glyphosate+lactofen/
glyphosate
720 + 72/
480
66,3 65,0 37,5 23,8 5,0 5,0 3,0 3,0 3,0
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate
720 + 12,5/
480
63,8 67,5 36,3 18,8 5,0 5,0 3,0 3,0 3,0
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate
720 + 30/
480
48,8 47,5 30,0 18,8 5,0 5,0 2,5 2,8 2,3
glyphosate+bentazon/
glyphosate
720 + 480/
480
43,8 32,5 20,0 18,8 5,0 5,0 3,0 3,0 2,5
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate
720 + 80/
480
48,8 33,8 12,5 23,8 4,3 5,0 2,8 3,0 3,0
glyphosate/
glyphosate
720/
480
27,5 22,5 7,5 15,0 3,0 3,0 2,5 2,8 2,0
glyphosate/
glyphosate
960/
480
31,3 30,0 11,3 21,3 3,0 3,0 3,0 3,0 2,3
glyphosate/
glyphosate
1200/
480
40,0 32,5 8,8 25,5 3,0 3,0 2,8 3,0 3,0
glyphosate/
glyphosate
960/
720
35,0 25,0 8,8 21,3 3,0 3,0 2,8 3,0 3,0
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
DAA: dias ap
ós a aplicação; DASA = dias após a segunda aplicação.
Escala EWRC: 1 = Nenhum dano, 9 = Danos totais (morte das plantas).
(%): 0 % = nenhum dano, 100% = morte das plantas.
39
Os resultados das avaliações de fitointoxicação (%) aos 15 DASA não
são demonstrados porque nenhum dos tratamentos apresentou sintomas visíveis
nos trifolíolos novos.
Embora as aplica
ções de glyphosate isolado tenham causado
fitointoxicação às plantas, estas sempre foram iguais ou inferiores às provocadas
pelas misturas. Os tratamentos compostos por misturas de glyphosate com
inibidores da PROTOX ou chlorimuron-ethyl provocaram injúrias foliares
superiores aos demais tratamentos aos 7 e 15 DAA.
4.2.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura
Verifica-se que os tratamentos com glyphosate isolado, assim como as
misturas contendo cloransulam-methyl, flumiclorac-pentyl e bentazon, não
diferiram significativamente das suas respectivas testemunhas duplas, enquanto
que misturas contendo fomesafen, lactofen, chlorimuron-ethyl e imazethapyr
apresentaram reduções significativas no desenvolvimento dos dosséis a 3
DASA. As reduções no fechamento provocadas por estas misturas possivelmente
são devidas às injúrias foliares, visto que esses tratamentos promoveram elevados
índices de fitointoxicação, com folhas necrosadas aos 7 DAA (Tabela 15).
Aos 15 DASA, observa-se que para nenhum tratamento houve diferenças
significativas, demonstrando que as plantas afetadas pelos tratamentos já haviam
se recuperado.
4.2.3. Altura e estande de plantas
Os valores médios de altura e do estande de plantas de soja para o
experimento II estão representados na Tabela 16.
40
Tabela 15. Fechamento da soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em
mistura com outros herbicidas em pós-emergência, aos 15 dias após a primeira aplicação e aos 3 e 15 dias após a
segunda aplicação (DASA) (Experimento II). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fechamento (15 DAA) Fechamento (3 DASA) Fechamento (15 DASA)
MODO MODO MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate
720+30,24/
480
56,25 a 60,00 a
61,26 a 65,01 a
97,25 a 97,50 a
glyphosate+fomesafen/
glyphosate
720+125/
480
47,50 b 59,38 a
50,01 b 60,76 a
97,00 a 97,25 a
glyphosate+lactofen/
glyphosate
720+72/
480
52,50 b 60,38 a
51,26 b 61,64 a
97,50 a 97,25 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate
720+12,5/
480
42,50 b 53,88 a
45,76 b 56,26 a
96,50 a 97,00 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate
720+30/
480
50,00 a 55,00 a
57,26 a 58,14 a
97,25 a 96,50 a
glyphosate+bentazon/
glyphosate
720+480/
480
52,50 a 57,50 a
55,01 a 59,14 a
96,75 a 97,50 a
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate
720+80/
480
50,00 b 62,50 a
52,51 b 62,01 a
97,00 a 97,50 a
glyphosate/
glyphosate
720
480
61,25 a 59,38 a
67,51 a 63,76 a
98,50 a 98,00 a
glyphosate/
glyphosate
960
480
60,00 a 56,25 a
57,51 a 60,76 a
98,50 a 97,50 a
glyphosate/
glyphosate
1200
480
57,50 a 56,25 a
61,26 a 62,01 a
98,25 a 98,00 a
glyphosate/
glyphosate
960
720
61,25 a 55,63 a
62,01 a 61,64 a
98,25 a 98,00 a
CV (%) 8,27 6,49 0,72
DMS (Tukey, 5%) 6,64 5,49 1,01
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
DAA: dias ap
ós a aplicação; DASA = dias após a segunda aplicação.
41
Tabela 16. Altura média (cm) aos 15 e 90 dias após a segunda aplicação (DASA) e estande (plantas m
-1
) aos 15 DASA das plantas
de soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com
outros herbicidas em pós-emergência (Experimento II). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Altura (15 DASA) Altura (90 DASA) Estande (15 DASA)
MODO MODO MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate
720+30,24/
480
39,88 a 40,69 a
55,83 b 62,51 a
16,29 a 15,98 a
glyphosate+fomesafen/
glyphosate
720+125/
480
34,63 b 40,55 a
50,95 b 61,61 a
16,04 a 16,52 a
glyphosate+lactofen/
glyphosate
720+72/
480
39,30 a 43,00 a
56,58 a 61,66 a
15,33 a 15,96 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate
720+12,5/
480
37,98 a 38,03 a
49,98 b 56,21 a
14,50 a 15,42 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate
720+30/
480
40,03 a 39,18 a
58,30 a 59,95 a
15,46 a 15,19 a
glyphosate+bentazon/
glyphosate
720+480/
480
37,78 a 39,13 a
54,48 a 59,50 a
15,63 a 15,21 a
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate
720+80/
480
37,40 b 43,68 a
56,80 b 66,45 a
15,13 a 15,73 a
glyphosate/
glyphosate
720
480
42,83 a 40,41 a
58,18 a 60,84 a
16,29 a 15,54 a
glyphosate/
glyphosate
960
480
41,75 a 40,20 a
60,85 a 61,38 a
16,79 a 16,38 a
glyphosate/
glyphosate
1200
480
41,08 a 40,21 a
57,63 a 61,54 a
16,88 a 15,96 a
glyphosate/
glyphosate
960
720
41,95 a 38,31 a
59,15 a 60,13 a
16,83 a 16,27 a
CV (%)
7,02
6,33
4,8
1
DMS (Tukey, 5%)
4,04
5,35
1,10
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
DAA: dias ap
ós a aplicação; DASA = dias após a segunda aplicação.
42
Os resultados da avaliação de altura aos 15 DASA demonstram que os
únicos tratamentos que diferiram significativamente das suas testemunhas para
esta variável foram os que continham misturas de glyphosate com fomesafen ou
imazethapyr.
Para os resultados da altura aos 90 DASA, verifica-se que a soja tratada
com misturas de glyphosate com fomesafen ou imazethapyr não conseguiu se
recuperar, permanecendo inferior às suas respectivas testemunhas. Tratamentos
com misturas de glyphosate com cloransulam-methyl ou chlorimuron-ethyl
também afetaram significativamente a altura das plantas aos 90 DASA. É
possível que tais efeitos estejam associados à paralisação de crescimento
promovida por herbicidas inibidores da ALS (imazethapyr, cloransulam e
chlorimuron) e também pelo glyphosate. No caso do fomesafen, o efeito mais
prolongado sobre o crescimento está relacionado possivelmente ao grau de
injúria provocado pelo tratamento. Ou ainda, tais efeitos podem estar
relacionados ao efeito residual no solo, que promoveria um efeito mais
prolongado, impedindo assim, que a cultura recuperasse seu pleno
desenvolvimento vegetativo.
Apesar de observar-se efeitos negativos de algumas misturas com rela
ção
ao crescimento das plantas (fechamento e altura), em nenhum dos casos tais
efeitos se reverteram em morte de plantas, o que está evidenciado pelos dados de
estande (Tabela 16).
4.2.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade
Na tabela 17 s
ão apresentados os dados referentes à vagens por planta,
massa de cem grãos e produtividade de grãos.
Quando comparou-se o n
úmero de vagens por planta de soja para cada
tratamento com suas testemunhas duplas adjacentes, não foram verificadas
diferenças significativas.
Todos os tratamentos estudados foram semelhantes ou em alguns casos
superiores às suas testemunhas quanto à massa de cem grãos.
43
Tabela 17. Número médio de vagens por planta, massa de cem grãos (g) e produtividade (kg ha
-1
) de soja, cultivar CD 214 RR,
submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-
emergência (Experimento II). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Nº. vagens (vagens planta
-
1
) Massa de cem grãos (g) Produtividade (kg ha
-
1
)
MODO
MODO
MODO
COM
SEM
COM
SEM
COM
SEM
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate
720+30,24/
480
48,55 a 45,40 a
12,53 a 12,12 b
3055,02 a 3023,69 a
glyphosate+fomesafen/
glyphosate
720+125/
480
43,90 a 41,31 a
12,46 a 12,17 a
2855,07 a 2906,93 a
glyphosate+lactofen/
glyphosate
720+72/
480
43,05 a 43,88 a
12,11 a 12,39 a
2807,94 a 2763,03 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate
720+12,5/
480
40,20 a 42,04 a
12,72 a 12,12 b
2840,17 a 2873,73 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate
720+30/
480
43,10 a 39,83 a
12,06 a 12,44 a
2727,18 a 2713,40 a
glyphosate+bentazon/
glyphosate
720+480/
480
46,30 a 45,69 a
12,17 a 12,18 a
2816,07 a 2814,91 a
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate
720+80/
480
43,85 a 43,38 a
12,87 a 12,51 a
2723,94 a 2779,95 a
glyphosate/
glyphosate
720
480
43,75 a 40,64 a
12,23 a 12,21 a
2935,98 a 3009,10 a
glyphosate/
glyphosate
960
480
43,48 a 47,61 a
12,58 a 12,05 b
2744,79 a 2641,53 a
glyphosate/
glyphosate
1200
480
45,93 a 45,23 a
12,46 a 12,05 b
2901,17 a 2797,59 a
glyphosate/
glyphosate
960
720
47,03 a 47,78 a
12,48 a 12,29 a
2855,59 a 2753,23 a
CV (%) 13,70 2,26 5,57
DMS (Tukey, 5%)
8,71
0,40
227,21
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
44
A produtividade média de soja não foi afetada significativamente pelos
tratamentos utilizados nesse experimento. Dessa forma, conclui-se que todos os
tratamentos empregados nesse experimento apresentam seletividade à soja,
cultivar CD 214 RR, nas condições em que este foi realizado.
4.3. Experimento III
4.3.1. Fitointoxicação
Os dados referentes às avaliações visuais de fitointoxicação (escala
EWRC e porcentagem de injúrias) realizadas após as aplicações dos herbicidas
encontram-se na Tabela 18.
Com rela
ção à primeira aplicação de glyphosate (720 g e.a. ha
-1
),
observa-se que em todos os tratamentos a soja foi levemente afetada.
Os sintomas constatados nas avaliações foram baixos níveis de clorose
nas folhas mais velhas, sendo que as folhas mais novas apresentavam-se
encarquilhadas e com clorose intensa. No entanto, estes sintomas não foram
observados na avaliação realizada aos 15 DAA.
Ap
ós a segunda aplicação, os tratamentos que continham misturas
provocaram injúrias mais evidentes nas plantas, com sintomas visuais
semelhantes aos descritos no experimento I.
A mistura glyphosate+lactofen foi a que provocou inj
úrias visuais mais
severas nos trifólios da soja, chegando ao nível de 68,8% de danos visuais à
cultura.
4.3.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura
As avaliações visuais do fechamento das entrelinhas de soja pelo
desenvolvimento do dossel da cultura foram realizadas apenas após a segunda
45
Tabela 18. Média das notas de fitointoxicação (% e escala EWRC) em soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos
seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-emergência (Experimento III). Floraí,
PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fitointoxicação (%) Fitointoxicação (EWRC)
1ª aplicação 2ª aplicação 1ª aplicação 2ª aplicação
3 DAA 7 DAA 3 DASA 3 DAA 7 DAA 15 DAA 3 DASA 15 DASA
glyphosate/
glyphosate+cloransulam-methyl
720/
480+30,24
20,0 20,0 31,3 3,0 3,0 1,0 4,0 2,8
glyphosate/
glyphosate+fomesafen
720/
480+125
20,0 20,0 35,0 3,0 3,0 1,0 5,0 3,0
glyphosate/
glyphosate+lactofen
720/
480+72
20,0 20,0 68,8 3,0 3,0 1,0 5,0 4,0
glyphosate/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720/
480+12,5
20,0 20,0 52,5 3,0 3,0 1,0 5,0 3,5
glyphosate/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720/
480+30
20,0 20,0 42,5 3,0 3,0 1,0 5,0 3,0
glyphosate/
glyphosate+bentazon
720/
480+480
20,0 20,0 26,3 3,0 3,0 1,0 5,0 3,0
glyphosate/
glyphosate+imazethapyr
720/
480+80
20,0 20,0 32,5 3,0 3,0 1,0 5,0 3,0
glyphosate/
glyphosate
720/
480
20,0 20,0 17,5 3,0 3,0 1,0 2,5 3,0
glyphosate/
glyphosate
720/
720
20,0 20,0 21,3 3,0 3,0 1,0 3,0 3,0
glyphosate/
glyphosate
720/
960
20,0 20,0 26,3 3,0 3,0 1,0 3,0 3,0
glyphosate/
glyphosate
720/
1200
20,0 20,0 27,5 3,0 3,0 1,0 3,5 3,0
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
DAA: dias ap
ós a aplicação; DASA = dias após a segunda aplicação.
Escala EWRC: 1 = Nenhum dano, 9 = Danos totais (morte das plantas).
(%): 0 % = nenhum dano, 100% = morte das plantas.
46
Tabela 19. Fechamento da soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em
mistura com outros herbicidas em pós-emergência, aos 3 e 15 dias após a segunda aplicação (DASA) (Experimento III).
Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fechamento (3 DASA) Fechamento (15 DASA)
MODO MODO
COM SEM COM SEM
glyphosate/
glyphosate+cloransulam-methyl
720/
480+30,24
65,00 b 73,75 a
95,75 a 93,75 a
glyphosate/
glyphosate+fomesafen
720/
480+125
51,25 b 61,25 a
88,75 a 92,88 a
glyphosate/
glyphosate+lactofen
720/
480+72
46,25 b 68,75 a
79,25 b 92,75 a
glyphosate/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720/
480+12,5
47,50 b 69,38 a
91,00 a 95,88 a
glyphosate/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720/
480+30
51,25 b 59,38 a
84,00 a 86,38 a
glyphosate/
glyphosate+bentazon
720/
480+480
67,50 a 72,50 a
94,25 a 92,50 a
glyphosate/
glyphosate+imazethapyr
720/
480+80
47,50 b 63,13 a
76,25 b 88,25 a
glyphosate/
glyphosate
720/
480
55,00 b 73,75 a
92,75 a 95,38 a
glyphosate/
glyphosate
720/
720
66,25 a 73,13 a
95,00 a 95,00 a
glyphosate/
glyphosate
720/
960
62,50 b 70,63 a
93,50 a 93,75 a
glyphosate/
glyphosate
720/
1200
58,75 a 63,75 a
90,50 a 91,63 a
CV (%) 8,34 4,70
DMS (Tukey, 5%)
7,46
6,15
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
47
aplicação, aos 3 e 15 DASA. As médias das notas de avaliação visual são
apresentadas na Tabela 19.
Quanto ao fechamento, observa-se que quando se comparou os
tratamentos com suas respectivas testemunhas aos 3 DASA, somente as
aplicações seqüenciais de glyphosate (720/720 e 720/1200 g e.a. ha
-1
) e
glyphosate/bentazon+glyphosate não apresentaram reduções significativas no
desenvolvimento do dossel. Todos os demais tratamentos apresentaram reduções
significativas quando comparados com suas respectivas testemunhas, sendo que
as maiores diferenças foram observadas para os tratamentos
glyphosate/lactofen+glyphosate, glyphosate/chlorimuron-ethyl+glyphosate e
glyphosate/glyphosate (720/480 g e.a. ha
-1
), chegando a 22,5%, 21,88%, e
18,75%, respectivamente.
Com rela
ção aos resultados obtidos aos 15 DASA, constata-se que os
efeitos dos tratamentos com lactofen e chlorimuron-ethyl persistiram, sendo que
o fechamento da soja que recebeu estes tratamentos ainda apresentava resultados
significativamente inferiores aos observados para suas testemunhas nesta data.
As plantas de soja que receberam os demais tratamentos se recuperaram
aos 15 DASA, não apresentando diferenças significativas em relação às suas
testemunhas.
4.3.3. Altura e estande de plantas
Os valores m
édios de altura e do estande de plantas de soja para o
experimento III estão representados na Tabela 20.
Para a vari
ável altura aos 15 dias após a segunda aplicação, observa-se
que os tratamentos com misturas de glyphosate com chlorimuron-ethyl,
imazethapyr e aplicações seqüenciais de glyphosate a 720/480 g e.a. ha
-1
ou
720/960 g e.a. ha
-1
promoveram reduções significativas na altura da soja,
enquanto que os demais tratamentos não provocaram efeitos significativos para
essa variável.
48
Tabela 20. Altura média (cm) aos 15 e 90 dias após a segunda aplicação (DASA) e estande (plantas m
-1
) aos 15 DASA das plantas
de soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com
outros herbicidas em pós-emergência (Experimento III). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Altura (15 DASA) Altura (90 DASA) Estande (15 DASA)
MODO MODO MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate/
glyphosate+cloransulam-methyl
720/
480+30,24
41,30 a 40,86 a
53,78 b 62,74 a
15,42 a 13,94 a
glyphosate/
glyphosate+fomesafen
720/
480+125
32,53 a 37,26 a
46,23 b 58,63 a
13,33 a 14,02 a
glyphosate/
glyphosate+lactofen
720/
480+72
33,55 a 37,21 a
44,85 b 59,88 a
14,50 a 14,72 a
glyphosate/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720/
480+12,5
32,65 b 41,33 a
47,68 b 62,54 a
14,00 a 15,35 a
glyphosate/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720/
480+30
33,20 a 34,46 a
47,50 b 55,08 a
13,38 a 14,38 a
glyphosate/
glyphosate+bentazon
720/
480+480
39,20 a 40,58 a
57,50 b 63,35 a
14,17 a 14,94 a
glyphosate/
glyphosate+imazethapyr
720/
480+80
30,88 b 37,21 a
44,05 b 56,59 a
14,63 a 14,48 a
glyphosate/
glyphosate
720/
480
36,08 b 41,20 a
46,78 b 63,13 a
13,96 a 14,81 a
glyphosate/
glyphosate
720/
720
40,45 a 43,23 a
51,48 b 64,39 a
14,25 a 15,38 a
glyphosate/
glyphosate
720/
960
33,13 b 39,53 a
46,58 b 61,84 a
13,29 a 13,73 a
glyphosate/
glyphosate
720/
1200
35,83 a 35,84 a
50,68 b 57,61 a
14,00 a 12,58 a
CV (%)
9,33
6,65
7,24
DMS (Tukey, 5%)
4,99
5,24
1,48
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
49
Quando comparou-se as alturas das plantas de soja tratadas com
herbicidas com as suas testemunhas sem herbicida aos 90 DASA, todos os
tratamentos afetaram a soja, promovendo reduções de altura que variaram de
5,85 a 16,35 cm. Estes resultados sugerem que aplicações de misturas contendo
glyphosate ou deste herbicida isolado em estádios mais tardios de
desenvolvimento vegetativo da cultura podem causar reduções significativas na
altura das plantas, devido ao menor período para recuperação das injúrias e do
restabelecimento do crescimento vegetativo, o que consequentemente poderá
refletir em produtividades inferiores.
Nenhum tratamento avaliado nesse experimento reduziu o estande de
plantas de soja quando comparado com suas testemunhas duplas adjacentes, ou
seja, mesmo causando efeitos negativos em algumas das características avaliadas,
em nenhum caso estes efeitos reverteram em morte de plantas.
4.3.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade
Na tabela 21 s
ão apresentados os dados referentes ao número de vagens
por planta, massa de cem grãos e produtividade.
Quando comparou-se o n
úmero médio de vagens por planta de soja para
cada tratamento com suas testemunhas duplas adjacentes, não foram verificadas
diferenças significativas.
No que diz respeito ao efeito dos tratamentos sobre a massa m
édia de
cem grãos, os tratamentos contendo cloransulam-methyl e lactofen reduziram
significativamente quando comparados com suas testemunhas. Os demais
tratamentos não afetaram significativamente a massa de cem grãos de soja.
A produtividade média de soja foi afetada significativamente pelos
tratamentos que continham lactofen ou bentazon em mistura com glyphosate. O
tratamento com lactofen apresentou redução de 344 kg ha
-1
em relação a sua
testemunha, enquanto que o tratamento com bentazon reduziu 203 kg ha
-1
quando
comparado com sua testemunha.
50
Tabela 21. Número médio de vagens por planta, massa de cem grãos (g) e produtividade (kg ha
-1
) de soja, cultivar CD 214 RR,
submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-
emergência (Experimento III). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1
/
Nº. vagens (vagens planta
-
1
) Massa de cem grãos (g) Produtividade (kg ha
-
1
)
MODO MODO MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate/
glyphosate+cloransulam-methyl
720/
480+30,24
47,25 a 50,50 a
12,24 b 12,81 a
2934,09 a 2927,13 a
glyphosate/
glyphosate+fomesafen
720/
480+125
54,25 a 46,00 a
12,55 a 12,55 a
2846,93 a 2852,31 a
glyphosate/
glyphosate+lactofen
720/
480+72
55,50 a 44,50 a
12,05 b 12,68 a
2541,00 b 2885,09 a
glyphosate/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720/
480+12,5
49,25 a 44,50 a
12,40 a 12,42 a
2676,44 a 2809,28 a
glyphosate/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720/
480+30
51,38 a 48,00 a
12,37 a 12,57 a
2613,21 a 2707,46 a
glyphosate/
glyphosate+bentazon
720/
480+480
41,50 a 52,25 a
12,44 a 12,61 a
2685,91 b 2889,10 a
glyphosate/
glyphosate+imazethapyr
720/
480+80
46,00 a 52,25 a
12,91 a 12,61 a
2795,20 a 2864,47 a
glyphosate/
glyphosate
720/
480
54,50 a 48,25 a
12,48 a 12,59 a
2883,77 a 2905,89 a
glyphosate/
glyphosate
720/
720
42,75 a 41,25 a
12,62 a 12,69 a
2941,82 a 2922,07 a
glyphosate/
glyphosate
720/
960
51,50 a 50,00 a
12,78 a 12,81 a
2890,41 a 2890,27 a
glyphosate/
glyphosate
720/
1200
44,25 a 52,25 a
12,52 a 12,50 a
2732,18 a 2733,88 a
CV (%)
18,18
2,37
4,45
DMS (Tukey, 5%)
12,71
0,43
180,31
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
51
A redução da produtividade da soja observada para o tratamento
glyphosate+lactofen sugere que as injúrias provocadas por esses herbicidas no
desenvolvimento vegetativo da cultura, tais como a alta intensidade de
fitointoxicação visual, fechamento tardio e redução na altura das plantas em
torno de 15 cm, podem ter feito com que as plantas não tenham conseguido
suprir adequadamente suas necessidades reprodutivas, conseqüentemente,
apresentando grãos mais leves e produtividade menor.
Quanto ao tratamento com glyphosate+bentazon, os resultados indicam
que a redução na altura aos 90 DASA foi a única variável afetada
significativamente além da produtividade, e também que a fitointoxicação não é
elevada a ponto de justificar a diferença na produtividade. Entretanto, quando
observa-se o número de vagens (Tabela 21), é possível que, apesar deste número
não ser significativamente inferior à sua testemunha, esta variável esteja
limitando a produtividade da soja.
Dessa forma, sugere-se que esses tratamentos (glyphosate+lactofen e
glyphosate+bentazon) não apresentam seletividade a soja cultivar CD 214 RR,
para as condições nas quais o experimento foi realizado.
4.4. Experimento IV
4.4.1. Fitointoxicação
Os dados referentes às avaliações visuais de fitointoxicação (escala
EWRC e porcentagem de injúrias) realizadas após as aplicações dos herbicidas
encontram-se na Tabela 22.
Pode-se observar nos referidos resultados que todos os tratamentos
promoveram injúrias visuais à cultura da soja. Aos 3 e 7 DAA os sintomas
observados demonstram que mesmo doses reduzidas dos herbicidas seletivos
convencionais podem provocar fortes injúrias quando misturadas com
glyphosate.
52
Tabela 22. Média das notas de fitointoxicação (% e escala EWRC) em soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes
tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-emergência
(Experimento IV). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fitointoxicação (%) Fitointoxicação (EWRC)
1ª aplicação 2ª aplicação 1ª aplicação 2ª aplicação
3 DAA 7 DAA 15 DAA 3 DASA 3 DAA 7 DAA 15 DAA 3 DASA 15 DASA
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate+cloransulam-methyl
720+15,12/
480+15,12
35,0 30,0 11,3 45,0 4,0 3,3 1,8 5,0 2,3
glyphosate+fomesafen/
glyphosate+fomesafen
720+62,5/
480+62,5
50,0 40,0 25,0 50,0 5,0 4,2 1,5 5,0 3,0
glyphosate+lactofen/
glyphosate+lactofen
720+36/
480+36
60,0 65,0 35,0 65,0 5,0 4,2 1,5 5,0 3,5
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720+6,25/
480+6,25
45,0 65,0 30,0 61,3 5,0 4,3 2,8 5,0 3,0
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720+15/
480+15
35,0 35,0 15,0 40,0 5,0 4,2 1,3 5,0 2,8
glyphosate+bentazon/
glyphosate+bentazon
720+240/
480+240
50,0 40,0 15,0 25,0 5,3 3,9 1,3 4,5 2,5
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate+imazethapyr
720+40/
480+40
42,5 31,3 15,0 36,3 4,3 4,2 2,0 5,0 3,0
glyphosate/
glyphosate
720/
480
20,0 25,0 10,0 25,0 3,0 3,2 2,0 5,0 2,3
glyphosate/
glyphosate
720/
720
20,0 35,0 5,0 30,0 3,0 2,8 1,8 3,5 2,5
glyphosate/
glyphosate
960/
960
25,0 32,5 10,0 33,8 3,0 3,0 2,3 4,5 3,0
glyphosate/
glyphosate
1200/
1200
35,0 40,0 10,0 30,0 3,0 3,3 2,0 5,0 3,0
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
DAA: dias ap
ós a aplicação; DASA = dias após a segunda aplicação.
Escala EWRC: 1 = Nenhum dano, 9 = Danos totais (morte das plantas).
(%): 0 % = nenhum dano, 100% = morte das plantas.
53
Aos 15 DAA, os sintomas de fitointoxicação se tornaram menos
intensos, ficando mais evidentes apenas nas folhas mais velhas.
Quanto aos resultados das avaliações visuais realizadas aos 3 dias após a
segunda aplicação, os dados revelam que os tratamentos ocasionaram uma nova
intoxicação às plantas, causando um novo estresse no momento em que essas
estavam se recuperando da primeira aplicação.
Os resultados evidenciam que aplica
ções seqüenciais de misturas em
tanque causam índices de fitointoxicação semelhantes ou mais elevados do que
aplicações seqüenciais de glyphosate isolado.
Os sintomas observados foram os mesmos j
á descritos no experimento I.
4.4.2. Avaliação visual do fechamento das entrelinhas pela cultura
A Tabela 23 contém as avaliações visuais realizadas em relação ao
fechamento da cultura aos 15 DAA e aos 3 e 15 DASA.
Comparando as aplica
ções seqüenciais de misturas contendo
cloransulam-methyl, bentazon ou glyphosate (720/480 ou 720/720 g e.a. ha
-1
)
com suas respectivas testemunhas, observa-se que estes tratamentos foram os
únicos que não influenciaram significativamente o desenvolvimento do dossel
das plantas, em nenhuma das avaliações realizadas.
As aplica
ções seqüenciais de misturas de glyphosate com fomesafen ou
imazethapyr ou ainda as aplicações seqüenciais de glyphosate isolado
(1200/1200 g e.a. ha
-1
) causaram reduções significativas no fechamento da
cultura aos 3 DASA. Todavia, aos 15 DASA, as plantas já haviam se recuperado.
Quanto aos tratamentos com flumiclorac-pentyl e glyphosate (960/960 g
e.a. ha
-1
), observa-se que houve reduções significativas nas avaliações aos 15 dias
após a primeira aplicação e aos 3 DASA.
O tratamento com aplica
ções seqüenciais de glyphosate+lactofen afetou
o desenvolvimento vegetativo das plantas aos 3 e 15 DASA, sugerindo que os
efeitos negativos da primeira aplicação somados aos da segunda aplicação da
mistura promoveram uma redução significativa no desenvolvimento da cultura.
54
Tabela 23. Fechamento da soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em
mistura com outros herbicidas em pós-emergência, aos 15 dias após a primeira aplicação (DAA) e aos 3 e 15 dias após a
segunda aplicação (DASA) (Experimento IV). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Fechamento (15 DAA) Fechamento (3 DASA) Fechamento (15 DASA)
MODO MODO MODO
COM SEM COM SEM COM SEM
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate+cloransulam-methyl
720+15,12/
480+15,12
38,75 a 39,00 a
55,00 a 55,63 a
95,50 a 95,25 a
glyphosate+fomesafen/
glyphosate+fomesafen
720+62,5/
480+62,5
37,50 a 43,75 a
50,00 b 68,75 a
95,25 a 97,00 a
glyphosate+lactofen/
glyphosate+lactofen
720+36/
480+36
41,25 a 47,50 a
51,25 b 68,13 a
87,75 b 96,25 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720+6,25/
480+6,25
32,50 b 40,63 a
50,00 b 63,13 a
92,00 b 97,13 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720+15/
480+15
28,75 b 36,88 a
45,00 b 58,75 a
93,25 a 96,38 a
glyphosate+bentazon/
glyphosate+bentazon
720+240/
480+240
38,75 a 38,75 a
53,75 a 57,50 a
96,25 a 96,38 a
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate+imazethapyr
720+40/
480+40
30,00 a 36,88 a
46,25 b 58,75 a
93,75 a 96,50 a
glyphosate/
glyphosate
720/
480
40,00 a 44,38 a
61,25 a 63,13 a
98,00 a 98,00 a
glyphosate/
glyphosate
720/
720
33,75 a 36,88 a
53,75 a 60,00 a
95,00 a 96,13 a
glyphosate/
glyphosate
960/
960
28,75 b 36,88 a
45,00 b 58,13 a
96,25 a 96,88 a
glyphosate/
glyphosate
1200/
1200
34,25 a 37,75 a
47,50 b 59,38 a
94,25 a 96,50 a
CV (%) 13,80 8,71 2,33
DMS (Tukey, 5%) 7,44 7,01 3,20
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha(com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
55
Quando comparado o fechamento das plantas que receberam o
tratamento seqüencial contendo glyphosate+chlorimuron-ethyl com a sua
respectiva testemunha sem herbicida, nota-se que em todas as avaliações as
plantas tratadas foram afetadas significativamente, evidenciando um forte efeito
na supressão do desenvolvimento das plantas deste tratamento.
Os tratamentos que afetaram inicialmente o fechamento (15 DAA)
continuaram a afetá-lo aos 3 DASA (glyphosate+chlorimuron-ethyl,
glyphosate+flumiclorac-pentyl e glyphosate/glyphosate (960/960 g e.a. ha
-1
)),
mas apenas misturas contendo chlorimuron ou lactofen afetaram o fechamento
até 15 DASA. Tais efeitos estão associados aos níveis de fitointoxicação
observados para esses tratamentos, onde fortes injúrias reduziram a área foliar
das plantas.
Aos 3 DASA observou-se que o fechamento foi afetado para a maioria
dos tratamentos. É possível que o efeito supressor do desenvolvimento do dossel
da cultura nesse período deva-se a uma nova fitointoxicação às plantas, causando
um novo estresse no momento em que essas estavam se recuperando da primeira
aplicação, paralisando temporariamente seu desenvolvimento.
4.4.3. Altura e estande de plantas
Os valores m
édios de altura aos 15 e 90 DASA e do estande de plantas
de soja aos 15 DASA para o experimento IV, estão representados na Tabela 24.
Os dados apresentados demonstram que a aplicação seqüencial de
glyphosate+chlorimuron-ethyl reduziu significativamente a altura das plantas,
quando avaliada aos 15 DASA, recuperando-se posteriormente. Neste caso, os
efeitos observados na altura e fechamento das plantas são condizentes,
comprovando o efeito supressor do desenvolvimento promovido por esse
tratamento.
A aplica
ção seqüencial de glyphosate (960/960 g e.a. ha
-1
) provocou
redução significativa na altura das plantas aos 90 DASA.
56
Tabela 24. Altura média (cm) aos 15 e 90 dias após a segunda aplicação (DASA) e estande (plantas m
-1
) aos 15 DASA das plantas
de soja, cultivar CD 214 RR, submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com
outros herbicidas em pós-emergência (Experimento IV). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Altura (15 DASA) Altura (90 DASA) Estande (15 DASA)
MODO
MODO
MODO
COM
SEM
COM
SEM
COM
SEM
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate+cloransulam-methyl
720+15,12/
480+15,12
32,45 a 32,49 a
48,53 a 53,11 a
14,00 a 15,29 a
glyphosate+fomesafen/
glyphosate+fomesafen
720+62,5/
480+62,5
34,80 a 36,96 a
49,83 a 56,20 a
14,71 a 14,67 a
glyphosate+lactofen/
glyphosate+lactofen
720+36/
480+36
29,08 b 35,68 a
44,43 b 55,59 a
15,21 a 14,31 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720+6,25/
480+6,25
32,45 b 38,36 a
49,05 a 53,65 a
14,92 a 15,15 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720+15/
480+15
29,23 a 34,30 a
45,75 a 50,10 a
14,17 a 15,08 a
glyphosate+bentazon/
glyphosate+bentazon
720+240/
480+240
35,83 a 35,21 a
49,15 a 51,63 a
15,29 a 15,65 a
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate+imazethapyr
720+40/
480+40
29,25 a 33,44 a
46,95 a 50,91 a
14,58 a 14,65 a
glyphosate/
glyphosate
720/
480
36,15 a 38,96 a
56,78 a 59,10 a
15,33 a 15,40 a
glyphosate/
glyphosate
720/
720
34,35 a 36,80 a
52,60 a 54,13 a
14,38 a 14,44 a
glyphosate/
glyphosate
960/
960
32,45 a 36,94 a
46,50 b 55,40 a
14,63 a 15,71 a
glyphosate/
glyphosate
1200/
1200
29,73 a 34,60 a
51,08 a 53,94 a
16,38 a 15,58 a
CV (%) 10,68 9,57 7,63
DMS (Tukey, 5%) 5,24 7,11 1,64
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
57
No que concerne a seqüencial de glyphosate+lactofen, os resultados
sugerem que este tratamento foi extremamente prejudicial à altura da cultura,
pois nas duas avaliações realizadas para essa variável os tratamentos
apresentaram-se inferiores. É possível que não tenha havido tempo suficiente
para a recuperação das plantas, ficando assim com seu crescimento vegetativo
comprometido após a segunda aplicação. Todos os demais tratamentos não
apresentaram diferenças significativas quando comparados com suas testemunhas
duplas adjacentes.
Quando comparados os estandes das testemunhas com os dos
tratamentos, verifica-se que, apesar dos tratamentos seqüenciais terem afetado de
alguma forma o desenvolvimento das plantas (altura e fechamento), estes não
foram suficientemente prejudiciais para provocarem reduções no estande da
cultura.
4.4.4. Número de vagens por planta, massa de cem grãos e produtividade
Na tabela 25 s
ão apresentados os dados referentes ao número de vagens
por planta, massa de cem grãos e produtividade de grãos.
O único tratamento que afetou significativamente o número de vagens
por planta de soja foi o seqüencial de glyphosate (720/720 g e.a. ha
-1
). No
entanto, a utilização de doses maiores do mesmo produto não afetou esta
variável.
Quanto ao efeito dos tratamentos no que se refere
à massa média de cem
grãos, as misturas glyphosate+cloransulam-methyl, glyphosate+lactofen ou ainda
glyphosate isolado (1200/1200 g e.a. ha
-1
) afetaram significativamente esta
variável. Os demais tratamentos não afetaram significativamente a massa de cem
grãos de soja.
A avalia
ção da produtividade de soja para este experimento demonstrou
que, apesar dos efeitos negativos provocados por alguns tratamentos no
desenvolvimento vegetativo das plantas (altura e fechamento) ou mesmo no
desenvolvimento reprodutivo (vagens por planta e massa de cem grãos), em
58
nenhum caso tais efeitos causaram injúrias suficientes a ponto de reduzir a
produtividade. Assim conclui-se que todos os tratamentos foram seletivos à
cultivar CD 214 RR, para as condições em que este foi realizado.
59
Tabela 25. Número médio de vagens por planta, massa de cem grãos (g) e produtividade (kg ha
-1
) de soja cultivar CD 214 RR,
submetida a diferentes tratamentos seqüenciais com glyphosate isolado ou em mistura com outros herbicidas em pós-
emergência (Experimento IV). Floraí, PR, 2006/2007.
Herbicidas
Doses
(g ha
-1
)
1/
Nº. vagens (vagens planta
-
1
) Massa de cem grãos (g) Produtividade (kg ha
-
1
)
MODO
MODO
MODO
COM
SEM
COM
SEM
COM
SEM
glyphosate+cloransulam-methyl/
glyphosate+cloransulam-methyl
720+15,12/
480+15,12
47,75 a 45,39 a
11,78 b 12,28 a
3020,71 a 2928,29 a
glyphosate+fomesafen/
glyphosate+fomesafen
720+62,5/
480+62,5
44,23 a 51,30 a
11,92 a 12,36 a
2804,48 a 2989,29 a
glyphosate+lactofen/
glyphosate+lactofen
720+36/
480+36
48,70 a 51,56 a
11,20 b 12,08 a
2743,12 a 2810,58 a
glyphosate+chlorimuron-ethyl/
glyphosate+chlorimuron-ethyl
720+6,25/
480+6,25
44,05 a 46,16 a
12,06 a 12,09 a
2859,57 a 2885,69 a
glyphosate+flumiclorac-pentyl/
glyphosate+flumiclorac-pentyl
720+15/
480+15
50,83 a 46,75 a
12,30 a 12,50 a
2745,47 a 2899,92 a
glyphosate+bentazon/
glyphosate+bentazon
720+240/
480+240
39,20 a 44,58 a
12,14 a 12,11 a
2801,63 a 2828,35 a
glyphosate+imazethapyr/
glyphosate+imazethapyr
720+40/
480+40
47,20 a 46,85 a
12,08 a 12,34 a
2752,44 a 2883,02 a
glyphosate/
glyphosate
720/
480
49,10 a 49,84 a
12,43 a 12,61 a
3132,22 a 3111,73 a
glyphosate/
glyphosate
720/
720
42,68 b 52,73 a
11,84 a 12,22 a
2713,53 a 2951,82 a
glyphosate/
glyphosate
960/
960
49,85 a 49,33 a
12,25 a 12,25 a
2831,23 a 3074,49 a
glyphosate/
glyphosate
1200/
1200
43,58 a 45,86 a
11,40 b 12,11 a
2793,70 a 2900,75 a
CV (%) 13,42 2,79 6,14
DMS (Tukey, 5%) 9,11 0,49 254,84
Para cada variável estudada, médias seguidas das mesmas letras na mesma linha (com x sem herbicida) não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
1/
gramas de ingrediente ativo ou equivalente ácido por hectare.
60
4.5. Discussão geral
Por meio dos dados obtidos nos quatro experimentos, pode-se verificar
que, de maneira geral, todos os tratamentos provocaram algum nível de injúria à
cultura. Contudo, os efeitos de fitointoxicação observados durante o ciclo da
cultura são, em sua maioria, transitórios, não contribuindo para a queda de
produtividade. A recuperação dos sintomas tóxicos de misturas de herbicidas
com glyphosate ou desse herbicida isolado para soja resistente ao glyphosate é
relatada por vários autores, tais como Lich, Renner e Penner (1997), Gonzini,
Hart e Wax (1999), Elmore et al. (2001), Grey e Raymer (2002), Ellis e Griffin
(2003), Norsworthy (2004), Valente, Sousa e Stradiotto et al. (2006) e Procópio
et al. (2007).
As misturas de glyphosate com cloransulam-methyl demonstraram-se
bastante seletivas à essa cultivar, apresentando níveis de fitointoxicação
relativamente baixos e produtividade semelhante às suas testemunhas,
independentemente da forma de aplicação ou do estádio da soja, como pode ser
observado na Tabela 26. Resultados semelhantes foram observados por Gonzini,
Hart e Wax (1999), para aplicação de glyphosate+cloransulam (630 g e.a. ha
-1
+
20 g i.a. ha
-1
) aplicados no estádio V3 da cultura, e por Ferreira Neto et al.
(2008), para aplicações únicas de 960 g e.a. ha
-1
de glyphosate com 56,6 g i.a. ha
-
1
de cloransulam no estádio V2 ou em seqüencial com essa mistura, sendo a
primeira aplicação no V2 e a segunda com glyphosate (720 g e.a. ha
-1
) isolado.
Nos tratamentos onde houve misturas de glyphosate com fomesafen, as
injúrias observadas foram bastante elevadas. Porém, essas injúrias não
persistiram e também não afetaram significativamente a produtividade de grãos.
Grey e Raymer (2002) aplicaram misturas de fomesafen (140 ou 210 g i.a. ha
-1
)
com glyphosate-isopropilamina (600 g e.a. ha
-1
) ou glyphosate-trimetilsulfonio
(0,6; 0,8 ou 1,2 g e.a. ha
-1
) em aplicação única no estádio V3 e também não
observaram injúrias em avaliações tardias. No entanto, quanto à produtividade,
quando comparada entre os tratamentos, estes autores relatam que houve
61
reduções significativas, mas que estas se deveram aos diferentes controles de
plantas daninhas obtidos para os tratamentos. Estes resultados demonstram a
necessidade de novos estudos visando obter um melhor ajuste de doses e épocas
de aplicação para essa mistura.
Os resultados demonstram que, quando se mistura glyphosate com
lactofen, as injúrias provocadas são elevadas e muitas vezes persistem até o final
do ciclo, como pôde ser observado na redução de altura significativa em dois dos
quatro experimentos. Tal efeito foi observado nos experimentos onde a aplicação
da mistura ocorreu mais tardiamente, V2 a V3 no experimento I, V3 a V4 no
experimento 3, ou quando estava presente nas duas aplicações seqüenciais,
provocando uma nova intoxicação às plantas, sugerindo-se que não houve tempo
suficiente para recuperação do desenvolvimento vegetativo das plantas devido ao
grau elevado de injúrias provocadas por esta mistura.
A Tabela 26 mostra que as quedas significativas de produtividade
ocorreram nos experimento I e III, ou seja, nos dois experimentos onde houve
aplicações de mistura mais tardiamente, o que pode justificar a queda de
rendimento. Este efeito pode estar relacionado aos efeitos negativos sobre o
crescimento da soja, caracterizados pelo menor fechamento do dossel e altura das
plantas. A elevada injúria pós-aplicação, somada aos efeitos sobre o crescimento
podem ter feito com que plantas não tenham apresentado desenvolvimento
vegetativo adequado para suprir suas necessidades reprodutivas,
conseqüentemente, apresentando grãos mais leves e produtividade menor.
Por outro lado, Ellis e Griffin (2003) relatam que misturas de glyphosate
(840 e 1120 g e.a. ha
-1
) com lactofen (112 ou 168 g i.a. ha
-1
) não afetaram a
produtividade da soja em três anos consecutivos e que as injúrias provocadas não
eram mais visíveis aos 28 dias após a aplicação. Contudo, os autores não citaram
o estádio da cultura na época de aplicação das misturas para o experimento.
Chlorimuron-ethyl com glyphosate promoveu elevados índices de
fitointoxicação em todos os experimentos, com efeitos negativos transitórios
sobre a altura e o fechamento, por exemplo. Todavia, não causaram perdas
significativas de rendimento, demonstrando ser uma boa alternativa para
62
Tabela 26. Diferenças relativas (%) dos tratamentos comparando-se a produtividade com suas respectivas testemunhas adjacentes
para os quatro experimentos.
HERBICIDAS
Experimento I Experimento II Experimento III Experimento IV
Aplicação única (V2-V3)
Aplicação seqüencial de
glyphosate isolado ou com
mistura na 1ª aplicação
(V1-V2/V3-V4)
Aplicação seqüencial de
glyphosate isolado ou com
mistura na 2ª aplicação
(V1-V2/V3-V4)
Aplicação seqüencial de
glyphosate isolado ou com
mistura nas duas
aplicações
(V1-V2/V3-V4)
glyphosate+clorosulam-methyl -1,41 2,07 0,35 3,20
glyphosate+fomesafen -6,40 -1,59 -0,03 -6,21
glyphosate+lactofen -12,37*
2,60 -12,06* -2,03
glyphosate+chlorimuron-ethyl -1,42 -0,56 -4,48 -0,22
glyphosate+flumiclorac-pentyl 1,84 0,77 -2,89 -5,17
glyphosate+bentazon -4,86 0,14 -6,89* -0,82
glyphosate+imazethapyr -3,34 -2,00 -2,44 -4,61
Soma
1
-27,96 +1,43 -28,44 -15,86
glyphosate -1,97 -1,47 -0,77 0,58
glyphosate 3,87 3,98 0,86 -8,36
glyphosate 4,42 3,81 -0,15 -7,71
glyphosate -4,73 3,68 0,00 -3,92
Soma
2
+1,59 +10,00 -0,06 -19,41
Soma
1
soma referente às diferenças relativas obtidas nos experimentos para os tratamentos com misturas.
Soma
2
soma referente às diferenças relativas obtidas nos experimentos para os tratamentos com glyphosate isolado.
* tratamentos onde as diferenças foram significativas quando comparados com suas testemunhas duplas.
63
controle de plantas daninhas em soja resistente ao glyphosate. Lich, Renner e
Penner (1997) encontraram resultados semelhantes para essa mistura com doses
de 3 ou 6 g i.a. ha
-1
de chlorimuron-ethyl com 420 g e.a. ha
-1
de glyphosate
quando aplicados nos estádios V2. Da mesma forma, Vidrine, Griffin e Blouin
(2002) verificaram que aplicações de misturas de glyphosate+chlorimuron-ethyl
combinadas nas doses de 2, 4, 6, 9 ou 11 g i.a. ha
-1
de chlorimuron-ethyl com
420, 560 ou 700 g e.a. ha
-1
de glyphosate e ainda 13 g ha
-1
de chlorimuron-ethyl
com 1400 g e.a. ha
-1
em aplicações únicas nos estádios V3 ou V4 provocaram
injúrias, independente da dose de chlorimuron adicionada. Verificaram ainda que
independente do nível da injúria não houve reduções significativas na
produtividade.
Entretanto, esses mesmos autores relatam que aplica
ções mais tardias
promovem menores níveis de injúrias, o que também foi observado por Valente
et al. (2006) para a cultivar CD 214 RR. O mesmo não foi observado neste
trabalho, onde os níveis de fitointoxicação foram semelhantes para as aplicações
da mistura glyphosate+chlorimuron-ethyl em qualquer época.
Quanto às misturas de glyphosate com flumiclorac-pentyl, nos quatro
experimentos, os dados evidenciam que entre os herbicidas inibidores da
PROTOX utilizados nos experimentos, este foi o mais seletivo para essa cultivar,
sendo que esta mistura provocou poucas injúrias em relação às outras contendo
produtos com o mesmo mecanismo de ação. Além disso, não apresentou
significância na maioria das avaliações realizadas para os quatro experimentos.
Dados semelhantes a estes são descritos por Lich, Renner e Penner (1997) para
misturas de 15 g i.a. ha
-1
de flumiclorac-pentyl com 420 g e.a. ha
-1
de glyphosate.
Entre as misturas avaliadas, glyphosate com bentazon não apresentou
efeitos significativos na maioria das avaliações. Entretanto, para o experimento
III verificou-se queda significativa no rendimento. É possível que esse efeito
possa estar relacionado à altura das plantas aos 90 DASA, sendo que esta é a
única característica avaliada, além da produtividade, que apresentou redução
significativa quando comparada com suas testemunhas adjacentes. Embora não
tenha apresentado redução significativa, outra característica relevante foi o baixo
64
número de vagens obtidas para este tratamento. Analisando-se as diferenças
relativas dos tratamentos, observa-se que para este tratamento as maiores
diferenças quanto à produtividade foram obtidas nos experimentos I e III. Assim
como a mistura glyphosate+lactofen, é possível que aplicações de misturas de
glyphosate com bentazon, quando a soja apresenta-se mais desenvolvida, possam
causar queda no rendimento da cultura. Lich, Renner e Penner (1997)
constataram que a mistura glyphosate+bentazon (420 g e.a. ha
-1
+ 560 g i.a. ha
-1
)
+ 4% v/v de nitrato de amônia aplicada com a soja em V2
causaram leve clorose
nas folhas e não afetaram a produtividade.
Misturas de glyphosate com imazethapyr demonstraram ser bastante
prejudiciais ao desenvolvimento vegetativo da soja, visto que afetaram
significativamente a altura e o fechamento em quase todas as avaliações
realizadas. Porém, estes efeitos não foram suficientes para causar queda de
rendimento produtivo. Provavelmente o efeito supressor do desenvolvimento
vegetativo pode ser atribuído à atividade residual no solo apresentada por esse
herbicida. Ateh e Harvey (1997) relataram que a aplicação de mistura contendo
glyphosate (420 g e.a. ha
-1
) e imazethapyr (70 g i.a. ha
-1
) no estádio V4,
provocou aproximadamente a metade da injúria provocada quando o imazethapyr
foi aplicado isolado, não afetando significativamente a produtividade. Gonzini,
Hart e Wax (1999), de forma semelhante, constataram que aplicação em V3 de
70 g i.a. ha
-1
de imazethapyr misturado a 630 g e.a. ha
-1
de glyphosate não
causaram injúrias superiores a 8% aos 10 DAA, não sendo mais visíveis aos 30
DAA. Ainda segundo os autores, não houve diferenças significativas quanto à
produtividade. Corrigan e Harvey (2000) verificaram injúrias leves após a
aplicação de 53 g i.a. ha
-1
de imazethapyr em mistura com 420 ou 630 70 g e.a.
ha
-1
aplicadas no estádio V2 ou V4. Procópio et al. (2007) relatam que a mistura
de 100 g i.a. ha
-1
com 480, 960 ou 1440 g e.a. ha
-1
de glyphosate, aplicadas 28
dias após a emergência da soja, provocaram injúrias superiores a 30% aos 13
DAA e também afetaram significativamente a altura e massa seca da parte aérea
das plantas. Contudo, não causaram danos suficientes para promover reduções na
produtividade de grãos.
65
No que tange às aplicações de glyphosate isolado, em aplicação única ou
seqüencial, estas demonstram que, apesar de resistente a esse herbicida, a soja
não é totalmente insensível a ele. Injúrias como clorose, encarquilhamento e até
necrose foram observadas nos experimentos, independentemente da forma ou
dose de aplicações. Resultados e sintomas semelhantes foram relatados por
diversos pesquisadores, como Ateh e Harvey (1997); Lich, Renner e Penner
(1997); Gonzini, Hart e Wax (1999); Elmore et al. (2001); Ellis e Griffin (2003)
e Norsworthy (2004).
Entre os experimentos, os dados sugerem que a forma de aplica
ção mais
seletiva foi a realizada no experimento II, com aplicação de misturas na primeira
aplicação seqüencial, entre V1 e V2. Neste caso, é possível que a cultura tenha
tido um maior período de tempo para recuperar-se das injúrias provocadas pelos
tratamentos. Comparando-se os resultados do experimento II com o experimento
III é possível prever que, no caso da necessidade de misturas de herbicidas para
complementação do espectro de ação do glyphosate, é preferível que as misturas
sejam utilizadas em aplicações mais precoces dentro do ciclo da cultura.
66
6. CONCLUSÕES
Para as condi
ções em que foram realizados os experimentos, são válidas
as seguintes conclusões:
- Independente das doses e
épocas de aplicações utilizadas, todos os
tratamentos promoveram injúrias na soja RR, as quais variaram em grau e
persistência;
- Mesmo quando se observou fitointoxica
ção e redução do crescimento
da soja RR, tais injúrias não foram suficientes para afetar o estande da cultura;
- Aplicações de misturas em fases mais precoces do ciclo da soja RR
apresentam menor potencial de redução da produtividade, demonstrando maior
seletividade para a cultura;
- Aplica
ções de glyphosate em mistura com outros herbicidas em pós-
emergência podem promover fechamento mais lento do dossel da cultura;
- A mistura glyphosate+lactofen na dose de 960 g e.a. ha
-1
+72 g i.a. ha
-1
aplicada em dose única no estádio de V2 a V3 e em aplicação seqüencial de
glyphosate/glyphosate+lactofen (720 g e.a. ha
-1
/480 g e.a. ha
-1
+72 g i.a. ha
-1
) nos
estádios de V1 a V2/V3 a V4 promoveu redução significativa de produtividade;
- Aplicação seqüencial de glyphosate/glyphosate+bentazon (720 g e.a.
ha
-1
/480 g e.a. ha
-1
+480 g i.a. ha
-1
) nos estádios de V1 a V2/V3 a V4 promoveu
redução significativa de produtividade da soja.
67
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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73
APÊNDICES
74
APÊNDICE A
Figuras das injúrias causadas pela aplicação única de glyphosate isolado ou em
mistura com outros herbicidas em pós-emergência (Experimento I).
Figura 1A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+cloransulam-methyl (960
g e.a. ha
-1
+30,24 g i.a. ha
-1
).aos 3
DAA.
Figura 2A.
Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+fomesafen (960 g e.a. ha
-1
+ 125 g i.a. ha
-1
).aos 3 DAA.
Figura 3A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+fomesafen (960 g e.a. ha
-1
+ 125 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 4A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (960 g e.a. ha
-1
+
72 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 5A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (960 g e.a. ha
-1
+
72 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 6A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (960 g e.a. ha
-1
+
72 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
75
Figura 7A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (960 g e.a. ha
-1
+
72 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 8A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+chlorimuron-ethyl (960 g
e.a. ha
-1
+ 12,5 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 9A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+flumiclorac-pentyl (960 g
e.a. ha
-1
+
30 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 10A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+bentazon (960 g e.a. ha
-1
+
80 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 11A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+imazethapyr (960 g e.a.
ha
-1
+ 80 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 12A. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate (1200 g e.a. ha
-1
) aos 3
DAA.
76
APÊNDICE B
Figuras das injúrias causadas pela aplicação de glyphosate isolado ou em mistura
com outros herbicidas em pós-emergência (Experimento II).
Figura 1B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+cloransulam-methyl (720
g e.a. ha
-1
+ 30,24 g i.a. ha
-1
) aos 3
DAA.
Figura 2B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+fomesafen (720 g e.a. ha
-1
+ 125 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 3B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (720 g e.a. ha
-1
+
72 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 4B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (720 g e.a. ha
-1
+
72 g i.a. ha
-1
) aos 7 DAA.
Figura 5B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+chlorimuron-ethyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 12,5 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 6B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+chlorimuron-ethyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 12,5 g i.a. ha
-1
) aos 7 DAA.
77
Figura 7B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+flumiclorac-pentyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 30 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 8B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+flumiclorac-pentyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 30 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 9B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+bentazon (720 g e.a. ha
-1
+
480 g i.a. ha
-1
)
aos 3 DAA.
Figura 10B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+bentazon (960 g e.a. ha
-1
+
480 g i.a. ha
-1
)
aos 3 DAA.
Figura 11B. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+imazethapyr (720 g e.a.
ha
-1
+ 80 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
78
APÊNDICE C
Figuras das injúrias causadas pela aplicação de glyphosate isolado ou em mistura
com outros herbicidas em pós-emergência (Experimento IV).
Figura 1C. Testemunha no dia da aplicação da
primeira seqüencial.
Figura 2C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+cloransulam-methyl (720
g e.a. ha
-1
+ 15,12 g i.a. ha
-1
) aos 3
DAA.
Figura 3C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+cloransulam-methyl (720
g e.a. ha
-1
+ 15,12 g i.a. ha
-1
) aos 3
DAA.
Figura 4C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+fomesafen+ (720 g e.a.
ha
-1
+ 62,5 g i..a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 5C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (720 g e.a. ha
-1
+
36 g i.a. ha
-1
)
aos 3 DAA.
Figura 6C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+lactofen (720 g e.a. ha
-1
+
36 g i.a. ha
-1
)
aos 7 DAA.
79
Figura 7C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+chlorimuron-ethyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 6,25 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 8C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+chlorimuron-ethyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 6,25 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 9C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+chlorimuron-ethyl (720 g
e.a. ha
-1
+ 6,25 g i.a. ha
-1
) aos 7 DAA.
Figura 10C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+flumiclorac-pentyl (720
g e.a. ha
-1
+ 15 g i.a. ha
-1
) aos 3
DAA.
Figura 11C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+bentazon (720 g e.a. ha
-1
+ 240 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 12C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+bentazon (720 g e.a. ha
-1
+ 240 g i.a. ha
-1
) aos 7 DAA.
80
Figura 13C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+imazethapyr (720 g e.a.
ha
-1
+ 40 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 14C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+imazethapyr (720 g e.a.
ha
-1
+ 40 g i.a. ha
-1
) aos 3 DAA.
Figura 15C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate+imazethapyr (720 g e.a.
ha
-1
+ 40 g i.a. ha
-1
) aos 7 DAA.
Figura 16C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate (720 g e.a. ha
-1
) aos 3
DAA.
Figura 17C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate (960 g e.a. ha
-1
) aos 7
DAA.
Figura 18C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate (1200 g e.a. ha
-1
) aos 7
DAA.
81
Figura 19C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate (1200 g e.a. ha
-1
) aos 7
DAA.
Figura 20C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate/glyphosate (720 g e.a. ha
-1
/ 480 g e.a. ha
-1
) aos 3 dias após a
segunda aplicação
.
Figura 21C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate/glyphosate (720 g e.a. ha
-1
/ 720 g e.a. ha
-1
) aos 3 dias após a
segunda aplicação.
Figura 22C. Injúrias causadas pela aplicação de
glyphosate/glyphosate (720 g e.a. ha
-
1
/ 720 g e.a. ha
-1
) aos 3 dias após a
segunda aplicação.
82
APÊNDICE D
Tabela 1D. Resumos da análise de variância referente à produtividade da cultura da soja, cultivar CD 214 RR, após o tratamento com
herbicidas em pós-emergência nos quatro experimentos. Floraí, PR, 2006/2007.
FV GL
QM Resíduo
Experimento I Experimento II Experimento III Experimento IV
Produtividade
Blocos
3
173894,67 434509,67 194480,33 555732,33
Herbicidas (H)
10
34954,90 ns 85930,53 ns 70002,40 ns 78587,53 ns
Resíduo a
30
73880,53 97082,80 55410,70 103494,90
Parcelas
(43)
Modo (M)
1
121697,60 ns 6291,42 ns 130123,70 * 206544,50 *
M x H
10
43985,58 ns 8838,11 ns 25380,82 ns 22822,54 ns
Modo/Herb1
1
3255,42 ns 1962,65 ns 97,08 ns 17081,03 ns
Modo/Herb2
1
71132,40 ns 5337,37 ns 57,94 ns 68308,25 ns
Modo/Herb3
1
297012,30 * 4033,07 ns 236784,30 * 9101,48 ns
Modo/Herb4
1
2826,00 ns 2252,48 ns 35295,86 ns 1363,92 ns
Modo/Herb5
1
5853,63 ns 379,77 ns 17764,72 ns 47712,86 ns
Modo/Herb6
1
49695,98 ns 2,67 ns 82570,72 * 1428,07 ns
Modo/Herb7
1
19214,82 ns 6272,51 ns 9597,58 ns 34101,90 ns
Modo/Herb8
1
6995,69 ns 10694,98 ns 978,57 ns 839,67 ns
Modo/Herb9
1
25004,10 ns 21325,06 ns 779,63 ns 113565,60 ns
Modo/Herb10
1
35363,36 ns 21459,84 ns 0,04 ns 118347,80 ns
Modo/Herb11
1
45199,73 ns 20951,98 ns 5,72 ns 22918,96 ns
Resíduo b
33
29492,18 24896,99 15679,46 31318,79
Total 87
CV(%) 5,70 5,57 4,45 6,14
* significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F.
ns - n
ão significativo ao nível 5% de probabilidade pelo teste F
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