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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
SUSANA DE JESUS FADEL
AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
CRIATIVIDADE PARA PROFESSORES NO ENSINO
SUPERIOR
CAMPINAS
2010
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SUSANA DE JESUS FADEL
AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE
CRIATIVIDADE PARA PROFESSORES NO ENSINO
SUPERIOR
Tese apresentada, para defesa ao
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
do Centro de Ciências da Vida da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas como
parte dos requisitos para a obtenção do
título de Doutor em Psicologia: área de
concentração como Profissão e Ciência.
Orientadora: Dra. Solange Muglia Wechsler
PUC-CAMPINAS
2010
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Ficha Catalográfica
Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas e
Informação - SBI - PUC-Campinas
t378.12 Fadel, Susana de Jesus.
F252a Avaliação de um programa de criatividade para professores no
ensino superior / Susana de Jesus Fadel. - Campinas: PUC-
Campinas, 2010.
312p.
Orientadora: Solange Múglia Wechsler.
Tese (doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas,
Centro de Ciências da Vida, Pós-Graduação em Psicologia.
Inclui anexos e bibliografia.
1. Professores universitários. 2. Criatividade (Educação).
3. Aprendizagem - Avaliação. 4. Ensino superior. 5. Profissionais
de nível superior. I. Wechsler, Solange Múglia. II. Pontifícia
Universidade Católica de Campinas. Centro de Ciências da Vida.
Pós-Graduação em Psicologia. III. Título.
22. ed.CDD – t378.12
Desde que, adulto, comecei a escrever
romances, tem me animado, até hoje, a ideia
de que o menos que o escritor pode fazer,
numa época de atrocidades e injustiças como
a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz
sobre a realidade de seu mundo, evitando
que sobre ele caia a escuridão, propícia aos
ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim,
segurar a lâmpada, a despeito da náusea e
do horror. Se não tivermos uma lâmpada
elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou,
em último caso, risquemos fósforos
repetidamente, como um sinal de que não
desertamos nosso posto.
Érico Veríssimo.
Dedico este trabalho a todos que, por
acreditarem na educação e no ser humano,
continuam riscando fósforos repetidamente!
AGRADECIMENTOS
A Deus, por seu olhar criador desconcertante, me deixando sem jeito, ao expressar seu amor
infinito em todos os momentos!
Aos meus queridos pais, José Fadel e Maria Helena de Moura Fadel, por serem faróis em minha
vida, por serem presença na ausência, me incentivando e torcendo por mim; ensinando-me com
simplicidade e sabedoria o valor da vida e da superação!
Ao meu irmão do coração, Edenilson Aldo Fadel, pela presença carinhosa, alegre e amiga em
minha vida!
Á minha família religiosa, o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração, na pessoa da superiora
geral Madre Clare Millea e da superiora provincial Ir. Marisabel Leite por ter proporcionado e,
possibilitado essa oportunidade de crescimento!
Ás superioras, Ir. Teresinha Teixeira e Ir. Olívia Santarosa, pelo apoio, pela ajuda e por
acompanharem meus passos; representando também, minhas irmãs de comunidade que fizeram
parte de minha vida nesse período e que me incentivaram a cultivar meu coração de Apóstola
Educadora!
Ás Irmãs, Elvira Milani e Jacinta Turolo Garcia por serem modelo de compromisso com a vida
acadêmica e pelo incentivo e inspiração na pesquisa e no estudo desde minha graduação!
Aos professores do Curso de Pós-Graduação em Psicologia da PUC Campinas, pela experiência
de aprendizado, que pudemos construir, juntos e, pelos exemplos de seriedade, compromisso
educacional e dedicação que muito me enriqueceram ao longo do curso.
Aos colegas de jornada, Adriana Ferreira, Eliana Santos, Evelin Martins, Gildene Lopes, Marcelo
Guiochi, Sérgio Zavarize e Walquíria Amarante; cada qual com seus dons e contribuições
importantes nas construções coletivas e na ajuda mútua.
À direção da IES, aos professores e estudantes, participantes da pesquisa, pela possibilidade de
conhecê-los, de partilhar um pouco do que construí e pela abertura e acolhida.
Aos amigos, que de diversas formas foram apoio e incentivo em cada passo nesta construção-
caminhada!
Ao Padre Diógenes Casaril, pela presença firme; motivadora, amiga e salutar!
A todos aqueles que de uma forma ou de outra colaboraram com a realização deste trabalho... O
meu mais profundo obrigado!
Gratidão especial à Profª. Dra. Solange Múglia Wechsler, por seu trabalho, competência e
dedicação. Pelo incentivo à pesquisa, pela exigência, pelo entusiasmo pela vida e pela
criatividade, que muito me motivou!
Obrigada também às professoras, Denise Fleith e Tânia Vaisberg pelas valiosas contribuições na
qualificação.
“Se não houver frutos,
valeu a beleza das flores.
Se não houver flores,
valeu a sombra das folhas.
Se não houver folhas,
valeu a intenção da semente”.
Mauricio Francisco Ceolin (1982)
RESUMO
FADEL, Susana de Jesus. AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CRIATIVIDADE PARA
PROFESSORES NO ENSINO SUPERIOR. Tese de doutorado. Curso de Pós-Graduação
em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas. 2010.
Estudos relacionados à criatividade e ao papel fundamental da escola na formação de
profissionais criativos têm ocupado espaço na sociedade contemporânea, através da
crença de que, a instituição educativa (e de modo particular o ensino superior) pode, por
meio de estratégias específicas ser um ambiente facilitador para o desenvolvimento do
potencial criativo dos estudantes. O presente trabalho teve como objetivo principal,
avaliar os efeitos de um programa de desenvolvimento da criatividade, em docentes do
Ensino Superior. A amostra foi composta de 240 participantes, sendo 30 professores e
210 estudantes universitários de uma universidade comunitária do interior de São Paulo.
Quinze docentes participaram do programa de desenvolvimento da criatividade,
constituindo o Grupo Experimental e 15 participaram de um programa de estudos
pedagógicos, sendo o Grupo Controle. A investigação se deu por meio da aplicação de
questionários e dos Testes de Torrance, Pensando Criativamente com Palavras. Os
resultados sugerem que, o Programa de Desenvolvimento de Criatividade contribuiu,
favoravelmente, para o desenvolvimento das habilidades criativas. Os dados
demonstraram, ainda, influência do programa na percepção do ambiente criativo, tanto
para os professores que participaram do programa, quanto para seus estudantes.
Palavras chaves: Criatividade; Aprendizagem; Professores e Ensino Superior.
ABSTRACT
FADEL, Susana de Jesus. Evaluation of a program of creativity for Higher Education
teachers. Doctoral thesis. Graduate Course in Psychology, Pontifical Catholic University
of Campinas, 2010.
Studies related to creativity and to the fundamental role of the school in the formation of
creative professionals have occupied space in contemporary society through the belief
that the educational institution (and particularly at the higher education level) can, through
specific strategies, be a catalyst environment to the development of potentially creative
students. The present work had as its main objective to validate the effects of a program
for the development of creativity on teachers of Higher Education. The sample was
composed of 240 participants, being 30 teachers and 210 university students from a
private university located in Sao Paulo State. The Experimental Group was formed of 15
teachers who participated of the program of development of creativity, whereas the
Control Group was formed of other 15 teachers who participated of a program of
pedagogical studies. The research was conducted through the application of questions
and Torrance Tests of Thinking Creatively with Words. The results suggest that the
Program of Development of Creativity favorably contributed for the development of
creative abilities. The results also demonstrate the influence of the program in the
perception of creative environment both for teachers that participated of the program as
well as for their students.
Key words: Creativity, Learning, Professors and Higher Education.
RESUMEM
FADEL, Susana de Jesus. EVALUACIÓN DE UN PROGRAMA PARA PROFESORES EN
CREATIVIDAD EN LA EDUCACIÓN SUPERIOR. Tesis de doctorado. Curso de Posgrado
en Psicología, Universidad Católica de Campinas. 2010.
Estudios relacionados con la creatividad y el papel de las escuelas en la formación de los
profesionales creativos han ocupado espacio en la sociedad contemporánea a través de
la creencia de que la institución educativa (y en particular la educación superior) puede, a
través de estrategias específicas, ser un entorno propicio para desarrollar el potencial
creativo de los estudiantes. Este estudio tuvo como objetivo evaluar los efectos de un
programa de desarrollo de la creatividad en la enseñanza en la educación superior. La
muestra consistió en 240 participantes, siendo 30 profesores y 210 estudiantes de una
universidad comunitaria en el interior de São Paulo. Quince profesores participaron en el
Programa de Desarrollo de la Creatividad, constituyendo el Grupo Experimental y 15
participaron en un programa de estudios pedagógicos - el Grupo de Control. La
investigación se llevó a cabo a través de la aplicación de cuestionarios y de los Tests de
Torrance Thinking Creatively with Words. Los resultados sugieren que el Programa de
Desarrollo de la Creatividad ha contribuido positivamente al desarrollo de las capacidades
creativas. Los datos también demuestran la influencia del programa en la percepción del
entorno creativo tanto para los profesores que participaron en el programa como para sus
estudiantes.
Palabras clave: creatividad, el aprendizaje, los profesores y la Educación Superior
JUSTIFICATIVA
As transformações, rápidas e profundas, decorrentes especialmente das
descobertas tecnológicas, refletem-se na sociedade como um todo, sobretudo nas
mudanças relacionadas à Educação, pois esta é o elemento chave na construção
de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado
(Takahashi, 2000).
No cenário atual de uma sociedade pós-moderna, é necessário que a
Educação não se perca em processos burocráticos e na certeza do monopólio do
saber. Talvez um dos grandes desafios do processo educacional seja rever as
ações para a construção um ensino de qualidade, à luz da criatividade no
cotidiano da Educação.
A inquietação, na busca de uma Educação de qualidade e, da melhoria da
nossa gestão educacional, no cotidiano e na prática do professor é uma das
motivações para a pesquisa sobre o tema criatividade na educação. Como
dirigente de uma instituição de Ensino superior, a preocupação em possibilitar e
conceber um espaço criativo no ensino é constante. Entendemos que é
fundamental que se busquem novas formas para a construção do conhecimento,
valendo-se da potencialidade criativa, utilizando a expressão de ideias novas e
principalmente, acreditando nas possibilidades de mudanças, transformações e
inovações, no cotidiano escolar.
Discorrer sobre criatividade não é algo simples e fácil. É, um tema,
complexo e contraditório. Enfim, o conceito ou a definição do que a constitui
resulta de muitos olhares, discussões, opiniões e reflexões. Alguns autores
apontam que criatividade e inovação se complementam nos objetivos. Majó
(2002) & Alvarado (2002) argumentam que não há contraponto entre criar e
inovar, mas sim, o contrário, a criatividade é a capacidade de inovar e se não
criatividade não há inovação. O que não se pode negar é que o processo sócio-
histórico que define os rumos da sociedade exige e exigirá cada vez mais,
pessoas com capacidade de pensar, decidir, inovar e criar novas possibilidades
nas atividades do cotidiano.
À luz do ambiente escolar e, com o olhar voltado à criação de um espo
possível, para a criatividade, surgem alguns questionamentos e reflexões: o que é
necessário para o desenvolvimento da criatividade? O que significa criatividade
para os professores? A sala de aula é um espaço onde a criatividade pode ser
desenvolvida e expressada? Qual a visão dos professores sobre a criatividade em
sala de aula? Um programa de desenvolvimento da criatividade para professores
seria uma possibilidade de um ensino criativo? Para ser criativo na aula, são
necessárias ferramentas tecnológicas?
Em relação à nossa prática de professor na disciplina de Tecnologias da
Informação e Comunicação do curso de Pedagogia de uma Universidade
Comunitária no interior de São Paulo, foi possível perceber que, embora
tivéssemos a tecnologia à nossa disposição, repetíamos os velhos processos de
reprodução dos conteúdos e das fórmulas. Os mesmos questionamentos, que
norteiam nossa prática educacional como dirigente, fazem eco, na prática de
professor, especificamente por se tratar de formação de professores. Os desafios,
as questões, inquietações e buscas que se reportam aos temas da criatividade,
devem conduzir a um objetivo comum: ajudar a construir uma educação de
qualidade.
Um outro motivo que fez aumentar o interesse, nesta pesquisa, em
investigar as implicações da criatividade para quê? Para quem? Suas
características, bem como, verificar os efeitos de um programa de capacitação
para a criatividade manifestou-se, a partir do questionamento do papel do
professor nesse processo de desenvolvimento das habilidades criativas nos
estudantes.
Nesse contexto, será possível a formação de professores ser uma
oportunidade para a prática de uma construção do conhecimento de forma
criativa, chegando até à sala de aula, onde o professor desenvolve a maior parte
do seu trabalho? Dessa forma, os pressupostos iniciais deste trabalho se
concentram na necessidade de aprofundamento sobre o tema da criatividade,
sobretudo na ambiência educacional. Por se tratar de um tema emergente, na
sociedade contemponea, enfatiza-se a necessidade de estudos que contribuam
para o aprofundamento da criatividade envolvendo o ensino e a aprendizagem.
Atenta à necessidade, enfatizada pelos pesquisadores da área da
criatividade que é de grande importância mais pesquisas sobre o tema, tendo em
vista como essa característica pode ser mais estimulada, tanto no meio
acadêmico, quanto no meio científico e, a necessidade da mesma, para o
desenvolvimento integral e sadio do indivíduo; buscou-se, por meio deste trabalho
contribuir com as pesquisas existentes e estimular debate sobre o tema.
Pensar em uma pesquisa sobre criatividade na educação, especificamente
no Ensino superior, como proposta de espaço criativo na construção do
conhecimento, é preocupar-se com as novas formas de aprender e ensinar.
Esperamos que, um estudo, a respeito da criatividade, nos processos de
ensino aprendizagem e na formação dos professores, possa contribuir para uma
educação, de mais qualidade, e fomentar um debate para que mais estudos e
pesquisas sejam realizados, em prol de novas propostas de construção do
conhecimento.
APRESENTAÇÃO
Para que a lagarta se converta em borboleta, deve encerrar-se numa
crisálida. O que ocorre no interior da lagarta é muito interessante; seu
sistema imunológico começa a destruir tudo o que corresponde à
lagarta, incluindo o sistema digestivo, já que, a borboleta não comerá os
mesmos alimentos que a lagarta. A única coisa que se mantém é o
sistema nervoso. Assim é que a lagarta se destrói como tal para poder
construir-se como borboleta. E quando esta consegue romper a
crisálida, a vemos aparecer, quase imóvel, com as asas grudadas;
incapaz de desgrudá-las. E quando começamos a nos inquietar por ela,
a perguntar-nos se, poderá abrir as asas, de repente; a borboleta alça
voo (Morin, 1996).
Desde que começamos a atuar na área da Educação e, a estudar
conceitos, teorias, práticas educacionais e educadores, veio à nossa mente uma
imagem que nos acompanha desde o início desta caminhada: a lagarta que se
prepara no casulo e, aos poucos, vai se tornando borboleta. Esse processo de
transformação silenciosa, porém, significativa, que é capaz de mudar totalmente a
vida, é admirável. Trata-se de uma transformação que não vem de fora, acontece
a partir de si mesma, com as suas potencialidades.
Assim como a borboleta, o ser humano está em constante metamorfose.
Não estamos prontos, nem acabados; estamos em processo. Seja em relação à
sociedade, à vida pessoal, profissional ou quaisquer outras atividades do nosso
cotidiano. A transformação também faz parte da nossa vida de seres mutáveis,
passíveis de retrocessos, mudanças e de inovações.
A reflexão sobre a Educação nos faz pensar em um processo constante
de mudança que não se limita no krónos (tempo cronológico), mas se desenvolve
no kairós (tempo do significado, da interioridade). É pensar em algo que valorize
as potencialidades da pessoa, no processo de amadurecimento e transformação.
À luz dessa metáfora, começamos um caminho de aprendizagem para
lidar com o conflito e os desafios em busca de uma educação criativa, capaz de
abrir espaço para um ambiente construtor de novos conhecimentos. A meta é
aproveitar as capacidades e potencialidades do ser humano, enquanto sujeito
capaz de pensar e realizar transformações sociais significativas para o bem
comum.
As potencialidades da criatividade podem ser certamente melhor
exploradas no âmbito da educação. Elas requerem, ainda, estudos aprofundados
que apresentem formas e alternativas de melhor aproveitá-las no processo de
ensino e aprendizagem, contribuindo para um sistema educacional de melhor
qualidade, mais eficaz.
Tendo em vista os enfoques teóricos, a pesquisa tem como eixo, a reflexão
sobre a possibilidade de um ambiente educacional, como espaço para a
criatividade, que facilite o processo de construção do conhecimento e ainda,
identificar características e dimensões, de professores criativos, e avaliar um
Programa de Desenvolvimento da Criatividade no Ensino Superior.
Segundo Santeiro, Santeiro & Andrade (2004), um número reduzido de
pesquisas relacionando criatividade ao contexto universitário, demonstrando uma
necessidade atual e, urgente de mais estudos nessa área. Com certeza, as
iniciativas, estudos e pesquisas nesse nível de ensino ajudarão a contribuir para
que, as mudanças que hoje são necessárias, aconteçam, como concluem Fleith &
Alencar (2004). Entendemos que, é de essencial importância o papel das
Instituições de Ensino, como facilitadoras e promotoras de ambientes propícios,
para a expressão da criatividade e capacidade inovadora dos indivíduos. Este é
um dos caminhos para o desenvolvimento de uma sociedade, que esteja
permanentemente preparada para os desafios futuros.
Para tanto, diante dos diversos fatores, objetivos e desafios que
caracterizam a educação brasileira, optou-se por fazer, primeiramente uma
reflexão sobre as diversas concepções de criatividade existentes, fazendo
referência também às caractesticas das pessoas criativas. Em seguida, um
recorte em relação às pesquisas existentes no Brasil, sobre a criatividade no
contexto escolar e a importância da avaliação da criatividade no primeiro capítulo.
Posteriormente, no segundo capítulo, realizou-se uma reflexão sobre a
prática do professor e as características e o papel do professor criativo,
evidenciando a sua influência no desenvolvimento da criatividade; em seguida, a
formação de professores, o estímulo à criatividade, por meio de programas de
desenvolvimento da criatividade; posteriormente, tratou-se do ensino superior e
sua relação com a criatividade; e, por último, a reflexão discorreu sobre a sala de
aula como um ambiente de estímulo às habilidades criativas.
Após o referencial teórico, são apresentados os objetivos do trabalho, a
metodologia desenvolvida, resultados, discussão, conclusões, referências e os
anexos.
Deseja-se que, novos estudos; outras iniciativas de desenvolvimento e
utilização de estratégias educacionais que possibilitem o estímulo e a expressão
das habilidades criativas, dos professores e estudantes sejam realizadas no país;
trazendo esperança de uma educação, voltada para a realização pessoal, uma
experiência positiva diante da vida e dessa forma, possamos alcançar uma
consciência sobre as potencialidades e edificar a autonomia, uma vez que,
através da criatividade, o homem existe, evolui e se expressa.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Distribuição dos professores por faixa etária por grupo experimental e controle.
................................................................................................................................75
Tabela 2. Distribuição do sexo dos professores por grupo experimental e controle........75
Tabela 3. Distribuição do tempo de professores por grupo experimental e controle........76
Tabela 4. Distribuição da formação dos professores por grupo experimental e grupo
controle. ..................................................................................................................76
Tabela 5. Distribuição dos professores por curso de atuação por grupo experimental e
grupo controle. ........................................................................................................77
Tabela 6. Distribuição das áreas de atuação dos professores por grupo experimental e
grupo controle. ........................................................................................................77
Tabela 7. Distribuição dos estudantes por faixa etária por grupo controle e experimental.
................................................................................................................................78
Tabela 8. Distribuição do sexo dos estudantes por grupo experimental e controle. ........78
Tabela 9. Distribuição do ano que está cursando do estudante por grupo experimental e
controle. ..................................................................................................................79
Tabela 10. Distribuição dos estudantes por curso por grupo experimental e grupo
controle ...................................................................................................................79
Tabela 11. Distribuição das áreas de estudo dos estudantes por grupo experimental e
grupo controle .........................................................................................................80
Tabela 12. Comparação das médias das medidas do pré-teste e pós-teste do grupo
experimental............................................................................................................89
Tabela 13. Comparação das médias das medidas do pré-teste e pós-teste do grupo
controle ...................................................................................................................90
Tabela 14. Comparação das médias das medidas do pré-teste dos grupos experimental e
controle ...................................................................................................................91
Tabela 15. Comparação das médias das medidas do pós-teste do grupo experimental e
controle ...................................................................................................................92
Tabela 16. Distribuição sobre o conceito de criatividade dos professores dos grupos
experimental e controle. ..........................................................................................94
Tabela 17. Distribuição das respostas dos professores sobre se é possível ser criativo
em sala de aula” por grupo experimental e controle ................................................95
Tabela 18. Distribuição da justificativa dos professores se é possível ser criativo em sala
de aula por grupo experimental e controle...............................................................96
Tabela 19. Distribuição por características da aula criativa por professores dos grupos
experimental e controle ...........................................................................................97
Tabela 20. Distribuição dos fatores que possibilitam clima criativo em sala de aula por
grupo experimental e controle dos professores.......................................................98
Tabela 21. Distribuição sobre considerar-se um profissional criativo por grupo
experimental e controle. ..........................................................................................99
Tabela 22. Distribuição da justificativa do porque se considera um profissional criativo
por grupo experimental e controle .........................................................................100
Tabela 23. Distribuição dos motivos pelos quais o professor procura ser criativo por grupo
experimental e controle .........................................................................................101
Tabela 24. Distribuição por conceito de autoavaliação dos professores por grupo
experimental e controle .........................................................................................102
Tabela 25. Comparação dos conceitos de autoavaliação dos professores do pré-teste e
pós-teste dos grupos experimental e controle .......................................................102
Tabela 26. Distribuição da justificativa dos professores sobre nota atribuída na
autoavaliação por grupo experimental e controle...................................................103
Tabela 27. Distribuição das experiências criativas dos professores por grupo
experimental e controle .........................................................................................104
Tabela 28. Distribuição sobre conceito de criatividade dos estudantes por grupo
experimental e controle. ........................................................................................105
Tabela 29. Distribuição das respostas dos estudantes sobre se é possível ser criativo em
sala de aula por grupo experimental e controle.....................................................106
Tabela 30. Distribuição da justificativa se é possível ser criativo em sala de aula dos
estudantes participantes por grupo experimental e controle..................................108
Tabela 31. Distribuição por características da aula criativa por grupo experimental e
grupo controle dos estudantes...............................................................................109
Tabela 32. Distribuição dos fatores que possibilitam a aula criativa por grupo
experimental e grupo controle dos estudantes ......................................................110
Tabela 33. Distribuição das experiências criativas dos estudantes por grupo experimental
e controle...............................................................................................................111
Tabela 34. Comparação das respostas dos estudantes à pergunta uma nota para a
criatividade do seu professor numa escala de 1 a 10 do pré-teste e pós-teste dos
grupos experimental e controle..............................................................................112
Tabela 35. Justificativa da nota atribuída à criatividade do professor pelo estudante por
grupo experimental e controle ...............................................................................113
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Média das medidas de criatividade no pré e pós-testes do grupo experimental.
................................................................................................................................90
Gráfico 2. Média das medidas de criatividade do pré e pós-teste do grupo controle. .....91
Gráfico 3. Média das medidas de criatividade do pré-teste dos grupos experimental e
controle. ..................................................................................................................92
Gráfico 4 . Média das medidas de criatividade do pós-teste dos grupos experimental e
controle. ..................................................................................................................93
Gráfico 5. Conceito criatividade em aula........................................................................94
Gráfico 6. Possibilidade de ser criativo na visão dos professores...................................96
Gráfico 7. Características da aula criativa na visão dos professores..............................97
Gráfico 8. Fatores que possibilitam clima criativo, segundo os professores. ..................98
Gráfico 9. Considerar-se profissional criativo. ...............................................................99
Gráfico 10. Justificativa do porque ser um profissional criativo.....................................100
Gráfico 11. Motivos para ser criativo, segundo os professores.....................................101
Gráfico 12. Comparação da nota da autoavaliação dos professores............................102
Gráfico 13. Justificativa da nota da autoavaliação dos professores..............................103
Gráfico 14. Experiências criativas dos professores. .....................................................104
Gráfico 15. Conceito de criatividade em aula. ..............................................................106
Gráfico 16. Possibilidade de ser criativo para os estudantes........................................107
Gráfico 17. Justificativa da possibilidade de ser criativo...............................................108
Gráfico 18. Características da aula criativa, segundo os estudantes............................109
Gráfico 19. Experiências criativas dos alunos. .............................................................111
Gráfico 20. Média da avaliação da criatividade do professor, feita pelo estudante.......112
Gráfico 21. Justificativa nota professor, atribuída pelo estudante.................................113
SUMÁRIO
1 CRIATIVIDADE............................................................................................................21
1.2 Definições sobre criatividade: Algumas trajetórias.....................................................21
1.3 Pessoa criativa: Características e habilidades...........................................................27
1.4 Criatividade no contexto educacional brasileiro.........................................................30
1.5 Avaliando a criatividade.............................................................................................36
2 CRIATIVIDADE E PRÁTICA DO PROFESSOR...........................................................45
2.1 O professor criativo: características e papel na formação dos estudantes.................45
2.2 Formação continuada de professores .......................................................................50
2.3 Estímulo e desenvolvimento da criatividade..............................................................54
2. 4 Ensino superior: desafios e possibilidades à criatividade .......................................59
2. 5 Sala de aula: um espaço para criar.........................................................................63
3 MÉTODO .....................................................................................................................74
3.1 Participantes .............................................................................................................74
3.2 Instrumentos .............................................................................................................80
3.3 Procedimentos ..........................................................................................................83
4 RESULTADOS.............................................................................................................89
4.1 Testes de criatividade verbal.....................................................................................89
4. 2 Questionários...........................................................................................................93
5 DISCUSSÕES............................................................................................................114
6 CONCLUSÕES..........................................................................................................129
6.1 Implicações para o contexto educacional no ensino superior..................................130
6.2 Limitações do estudo...............................................................................................130
7 VOOS DA PESQUISADORA......................................................................................133
8 REFERÊNCIAS..........................................................................................................136
ANEXOS.......................................................................................................................148
ANEXO 1 - Crivo de correção dos juízes.......................................................................148
ANEXO 2 - Questionário para o professor.....................................................................154
ANEXO 3 - Questionário para o estudante....................................................................156
ANEXO 4 - Carta de autorização de dirigentes de ensino superior para a realização da
pesquisa........................................................................................................................158
ANEXO 5 - Carta de autorização do coordenador do curso ..........................................159
ANEXO 6 - Convite para participar do programa de construção pedagógica ................160
ANEXO 7- Termo de consentimento livre e esclarecido - (professor)............................161
ANEXO 8 - Programa de construção pedagógica .........................................................162
ANEXO 9 - Termo de consentimento livre e esclarecido - (estudante)..........................263
ANEXO 10 - Respostas dos professores e estudantes classificadas em subcategorias:
......................................................................................................................................264
FIGURA DO OVO DA BORBOLETA
21
1 CRIATIVIDADE
“Criatividade é sonhar sonhos impossíveis... e depois alcançá-los
Torrance (1979).
1.2 Definições sobre criatividade: Algumas trajetórias
Ao se referir à criatividade, Sakamoto (2000) afirma que os seres
humanos alcançam uma consciência sobre suas potencialidades, desvendam a
condição genuína de sua liberdade pessoal e edificam sua autonomia, uma vez
que através da criatividade, o homem existe e evolui; se expressa e, modela
parcelas de realidade do universo das infinitas possibilidades humanas.(p.52)
Nesse sentido, Nino (1997) havia realizado uma pesquisa sobre a criatividade
do homem comum e, como conclusão desse estudo, destacou a presença sempre
necessária e imprescindível da criatividade na vida humana. Ressalta que ela não
pode ser dispensada, pois é força orientadora da futura ação do homem que
busca a emancipação. Dessa forma, os autores valorizam a criatividade e
justificam sua importância em diversos contextos, especialmente na história da
Psicologia, pois é um fenômeno importante na busca da compreensão da pessoa
como um todo.
Schleder (1999) afirma que muitos se propõem a definir criatividade; entre
eles, artistas, músicos, escritores, filósofos e psicólogos. Todos evidenciam a
dificuldade em explicar o que está relacionado a ela. É possível, porém, perceber,
nas concepções sobre criatividade, uma evolução. Primeiramente, seu enfoque
era voltado para uma concepção mística, uma espécie de dom divino que
favorecia apenas um grupo seleto de pessoas, e nada se podiam fazer no sentido
de ensiná-la ou estimulá-la nos indivíduos que não tivessem esse dom.
Hoje, novos estudos vêm modificar esta concepção. Alencar & Fleith
(2003b) mencionam que muitas ideias preconcebidas em relação à criatividade
deixaram de existir, pois houve um crescimento e amadurecimento das
contribuições e reflexões nas pesquisas de estudiosos do tema. O que era
considerado inspiração e dom especial para um grupo de indivíduos privilegiados,
espaço para uma nova ideia: de que todo ser humano apresenta certo grau de
criatividade, que pode ser estimulada e aprimorada.
22
A criatividade, segundo Martínez (2000), tem sido objeto de estudo de
diversas áreas e disciplinas. Existe uma grande diversidade de conceitos e
polêmicas em relação ao tema, pois cada área o estuda a partir de conceitos e
metodologias inerentes às suas especialidades A grande questão é: o que é
criatividade? De acordo com o mesmo autor, existe uma concordância e um
consenso de que criatividade apresenta quatro aspectos mais freqüentes: do
ponto de vista da pessoa criativa, dos processos criativos, da influência ambiental
e cultural no potencial criativo e do produto criativo.
Vejamos, ao longo de algumas décadas, concepções de autores sobre
criatividade. Um deles é Novaes (1971) que enquadra o conceito de criatividade
em quatro categorias assim definidas: a pessoa que cria, dando ênfase ao
temperamento, aos valores e atitudes emocionais; os processos criadores,
destacando o pensamento, as motivações e a percepção; o produto criativo
destacando, invenções obras artísticas ou inovações científicas e influências
ambientais, condicionamentos educacionais, sociais e culturais.
Miel (1972) afirma que o termo criativo entrou em uso frequente no fim da
década de 1920, quando educadores escolheram a criatividade como rótulo para
a versão de ensino melhor. Porém, de acordo com a mesma autora, somente na
década de 50 o tema criatividade atraiu a atenção e mereceu um exame
crescente e cuidadoso principalmente por parte dos psicólogos, cientistas e
representantes do mercado produtivo.
Segundo Alencar (1986), houve um maior interesse pela criatividade a
partir da cada de 50, decorrente da ascensão do movimento humanista, do
movimento do resgate do potencial humano e da busca de novos paradigmas em
Psicologia. A partir de então são bastante diversas as concepções de criatividade,
um fenômeno a ser analisado em diferentes aspectos.
Kneller (1978), por exemplo, entende que alguns aspectos devem ser
considerados quando se estuda a criatividade: a pessoa que cria (atitudes,
hábitos e valores); processos mentais (motivação, percepção, aprendizado,
pensamento e comunicação); processos emocionais (estados interiores da
23
pessoa criativa) e influências ambientais e culturais (seus próprios produtos, suas
teorias, invenções, pinturas, esculturas etc.).
Csikszentmihalyi (1998) considera a criatividade como resultado de um
sistema composto de três partes principais: a primeira é o campo, que consiste
em uma série de regras e procedimentos simbólicos. O campo, segundo o autor
está ligado a uma cultura, um conhecimento socializado e valorizado por uma
sociedade particular. A segunda parte consiste no âmbito (especialistas), ou seja,
pessoas responsáveis para verificar se a ideia ou o produto novo pode ser
incluído no campo, se merecem ser reconhecidos e valorizados. E a terceira parte
é a pessoa, e esta se inclui nesse sistema quando usa um símbolo do domínio,
como, por exemplo, a música, e tem uma ideia nova que é apreciada pelo âmbito
correspondente e é inserida no campo oportuno. Dessa maneira, para o autor
criatividade é: “qualquer ato, ideia ou produto que muda um campo já existente ou
que transforma um campo já existente em novo”.
Entretanto, mesmo existindo vários trabalhos e estudos nesta área de
conhecimento, há lacunas significativas. De acordo com Wechsler (1999), embora
se tenha caminhado para a compreensão da criatividade no último século, por
meio de pesquisas e estudos, sua conceituação e avaliação ainda é campo de
polêmicas e discussões.
Posteriormente, surgem novas concepções de criatividade que convergem
para características multidimensionais. Citam-se Sakamoto (2000), que a
criatividade como expressão humana de vida, com a interação do indivíduo-
processo-ambiente-produto, em uma visão integradora da atividade humana e
Wechsler (1999), que considera a criatividade, um fenômeno multidimensional,
composta por aspectos cognitivos e emocionais, e entendida como o resultado da
interação entre processos cognitivos; características da personalidade, variáveis
ambientais, como a influência da família, da escola e da sociedade e elementos
inconscientes. Tendo em vista esse aspecto multidimensional desse fenômeno,
Weschsler (2002a) realizou um estudo sobre as abordagens filosóficas,
psicológicas, psicoeducacionais, psicofisiológicas e sociológicas que contribuem
para a compreensão da criatividade e justificam a complexidade do tema.
24
Mais recentemente, Wechsler (2005) destaca que são necessários diversos
tipos de interações para que a criatividade seja expressa de forma harmônica
tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. Salienta, em sua concepção, três
grandes conjuntos que fazem uma intercessão entre si. O primeiro deles,
composto pelas habilidades cognitivas, o segundo pela área afetiva; da
intercessão desses conjuntos surgem os estilos de criar, facilitando assim o
processo criativo. O desenvolvimento desse processo dependerá também da
influência do ambiente que pode ser escolar; familiar, profissional e da sociedade.
Monreal (2000), por sua vez, relaciona criatividade com genialidade, mas
observa a necessidade de distinguir uma definição de outra, mesmo porque, ao
construto criatividade; assemelham e misturam-se os conceitos de originalidade;
descoberta, fantasia, invenção e arte. Como foi citado anteriormente, o estudo
da criatividade apresenta uma variedade de reflexões e de pesquisas, isto porque
ela tem sido valorizada na história da Psicologia que considera a criatividade um
fenômeno importante para a compreensão do indivíduo. A Pedagogia também
começa a se interessar pelo tema mediante a necessidade de a educação
compreender o indivíduo integralmente em seus processos, em suas construções
e, ao mesmo tempo, formar pessoas capazes de ampliar sua capacidade de criar
e de pensar diante de problemas e conflitos (Schleder, 1999).
Atualmente, o interesse pelo estudo do tema continua, como se pode
verificar por meio das palavras de Nakano (2009):
O estudo da criatividade tem despertado um interesse crescente
por parte de psicólogos e educadores que vêm desenvolvendo
pesquisas a respeito das diferentes facetas compreendidas nesse
construto, tais como o processo, o produto, as pessoas e as
condições ambientais eu favorecem e expressão da criatividade
no ambiente escolar.(p.46).
Para Majó (2002), a criatividade “é a capacidade das pessoas e
organizações de inovar” (p.51). Para a autora, não contraponto entre criar e
inovar, mas sim o contrário. A criatividade é a capacidade de inovar e se não
criatividade o inovação. Por isso, no contexto atual, o exigidas das
pessoas as capacidades de pensar, decidir, inovar e criar nas atividades do
cotidiano.
25
Segundo Stenberg (2002), para que haja criatividade são necessários
abertura, decisão, aplicação e equilíbrio entre várias habilidades: analíticas
pensamento crítico; sintéticas criar ideias interessantes; práticas passar da
teoria à prática. Marina (2002) faz referência à criatividade como um fenômeno
fortemente ligado à inteligência. De acordo com esse autor, os estudos sobre
criatividade estão crescendo e tendem a ter continuidade porque é uma atividade
da inteligência. Pom, Antunes (2003) apresenta opinião diferente. Para ele, a
inteligência tem a ver com convergência:
Pessoas inteligentes são pessoas convergentes, pois com base
em certos dados, chegam a uma resposta relevante; enquanto as
pessoas criativas, diante de um estímulo ou problema costumam
divergir e, assim, chegar a muitas associações diferentes. Dessa
forma, a criatividade se manifesta pelo pensamento divergente.
(p.36)
Segundo Alvarado (2004), criatividade é “um processo que permite
transformar a realidade e gerar novidade a partir da expressão de diversas
habilidades do indivíduo, dando ao produto um caráter único e produzindo um
desenvolvimento intelectual e psicológico mais elevado”.Para De La Torre (2002),
a criatividade é entendida como uma “projeção de futuro” quando vista de modo
social e não individual. Para o autor, a criatividade deve ultrapassar os limites
estreitos da capacidade pessoal e se transformar em projetos, planos e ações
formativas em conjunto, pois socializar a criatividade é transformá-la em princípio
educativo que opera nos objetivos e estratégias.
Masi (2005) afirma que a criatividade é influenciada por três fatores
interativos: ambientais, genéticos e culturais e, por esta razão, é responsável pela
evolução do homem, mas, ao mesmo tempo, questiona se criatividade é um
processo analisável na sua gênese, nos seus desenvolvimentos e na conexão
entre produto criativo, personalidade criativa e ato criativo. Entretanto, em meio
aos questionamentos, o autor afirma que nunca tivemos, como hoje, tanta
necessidade de criatividade:
Aliviar a fome de bilhões de pessoas, para permitir que o
progresso científico e tecnológico prossiga, para aumentar a
riqueza e distribuí-la com eqüidade, e construir novo modelo de
vida, para dar sentido, dar paz e alegria, lidar com a ecologia,
para saborear a alegria perene da beleza. (p.247)
26
Explorar as definições de criatividade é encontrar palavras sinônimas e
também diferentes, baseadas em teorias antigas e modernas. Em algumas
situações, se ênfase ao processo criativo; em outras, ao potencial ou
condições para a expressão da criatividade ou então, como capacidades inatas
nas pessoas para criar. Assim, Araya (2005) considera que uma mescla entre
as definições, valorizando o produto criativo e a influência que o ambiente tem
sobre as pessoas criativas. Seguindo essa linha de raciocínio, o autor define
criatividade em três linhas de trabalho. Primeiro como processo criativo, depois
como um produto enfatizando a pessoa criativa e em terceiro como uma
combinação de fatores. Poder-se-iam chamar essas linhas como um processo de
resolução de problemas que, segundo o autor, são etapas utilizadas para resolver
problemas ou mudanças para a produção de uma nova ideia.
Segundo Lubart (2007), no século XVIII, com o surgimento dos debates
filosóficos sobre os fundamentos do gênio criativo, o conceito sobrenatural de
criatividade começa a desaparecer e uma nova ideia, progressivamente, começa
a surgir. De acordo com essa nova ideia, a criatividade, diferentemente do talento,
era determinada por fatores genéticos e ambientais e, sendo assim, possível de
ser estimulada. Para esse autor existe uma concepção consensual da
criatividade: “é a capacidade de realizar uma produção que seja ao mesmo tempo
nova e adaptada ao contexto na qual ela se manifesta”. (p. 16)
Ao revisar as pesquisas sobre a criatividade, é possível notar que
muitas concepções e estudos divergentes sobre o tema, cada qual com sua
contribuição para a ciência e a sociedade. Acredita-se, também, que é esse
diálogo entre os pesquisadores que faz com que a ciência evolua, cresça e
aconteçam os desdobramentos necessários para novas descobertas.
Embora haja valorização das concepções e pesquisas com pensamentos
divergentes, a pesquisadora opta por uma visão da criatividade como um
fenômeno multidimensional, onde há a interação da pessoa, (aspectos cognitivos,
emocionais) com o meio, (familiar, escolar, social); concordando com Sakamoto
(2000) que a define como a expressão humana da vida e com Wechsler (2005)
que a como um fenômeno multidimensional, composto por aspectos cognitivos
e emocionais, e entendida como o resultado da interação entre processos
27
cognitivos, características da personalidade, variáveis ambientais, como a
influência da família, da escola e da sociedade e elementos inconscientes.
Após verificar algumas concepções acerca da criatividade, segue uma
reflexão buscando aprofundar concepções da pessoa criativa, algumas das suas
características e habilidades.
1.3 Pessoa criativa: Características e habilidades
Assim como conceituar criatividade tem sido alvo de interesse de muitos
pesquisadores, concomitantemente o estudo das características das pessoas
criativas tem despertado a atenção. Eysenck (1993) cita três tipos de variáveis
que influenciam em um resultado criativo. Primeiramente, a variável cognitiva, em
que se destacam a inteligência e o conhecimento; a segunda variável é a
ambiental, como os fatores políticos, familiares, religiosos, culturais e
educacionais, e a terceira, que se refere à personalidade, como a motivação
intrínseca e a confiança.
Para Gardner (1997), todas as pessoas têm o potencial para serem
criativas, mas serão se quiserem, se contestarem a ortodoxia, aceitarem as
críticas e o se perturbarem com os insultos. O autor esse assunto por meio
de dois ângulos: o primeiro é que a criatividade não é uma propriedade geral, mas
sim de domínio específico; o segundo é que a criatividade não envolve apenas
mentes humanas, mas também domínios em que os indivíduos trabalham e
campos em que realizam o julgamento sobre a qualidade e a novidade do
trabalho. Dessa forma, a educação para a criatividade tem um papel importante,
pois vai contribuir para que o indivíduo se desenvolva em um domínio específico
através do conhecimento.
Por sua vez, Sternberg & Lubart (1996) desenvolveram a teoria do
investimento. De acordo com estes autores, os indivíduos criativos “são aqueles
que, no âmbito das ideias, estão dispostos a ‘comprar barato e vender caro’ e são
capazes disto” (p. 683).
Segundo Csikszentmihalyi (1998), as pessoas criativas se destacam por
sua capacidade de adaptação às situações e pelo empenho em alcançar seus
28
objetivos. São classificadas em três tipos: o primeiro, pessoas que expressam
pensamentos inusitados, que são interessantes e brilhantes; o segundo refere-se
aos que experimentam o mundo de maneira nova e original, com ideias novas e
de uma maneira que eles sabem fazer e o terceiro, são aqueles que têm seu
trabalho aceito e valorizado pelo público. O autor define pessoa criativa como:
“alguém cujos pensamentos e atos mudam um campo e estabelecem um novo
campo”. (p.47)
Penagos & Aluni (2000) entendem que as pessoas criativas valorizam a
auto-estima, a tolerância à frustração, a capacidade de mudança e a motivação,
aspectos ou variáveis da personalidade que podem ter relação com a criatividade.
De acordo com Gardner (2001), os criativos possuem algumas características
próprias que os diferenciam dos demais, como, por exemplo, confiança em si
mesmo, paixão por seu trabalho, liberdade em relação às críticas e pelo desejo de
serem criativos e deixarem sua marca no mundo.
Para Wechsler (2002a), a pessoa criativa tem sido estudada por meio de
diversos enfoques: pelas biografias, observações e julgamentos de especialistas
em criatividade, testes para avaliar o potencial criativo e características da
produção criativa. A autora aponta algumas características comuns em pessoas
criativas, como conclusão dos estudos nessa área:
a) a fluência de que diz respeito à capacidade de gerar um grande número
de diante de uma situação específica;
b) a flexibilidade de que pode ser entendida como a mudança de
perspectiva ao se olhar um problema;
c) o pensamento original e inovador que quebra os padrões habituais de
pensar (é a capacidade de produzir raras e incomuns);
d) a alta sensibilidade externa e interna que se caracteriza pela percepção
de falhas nas informações dadas ou adquiridas e a percepção de
sentimentos de desconforto interno;
e) a fantasia e a imaginação que é uma brincadeira interiorizada que pode
ser utilizada na resolução de problemas e conflitos;
29
f) o inconformismo, independência de julgamentos e abertura a novas
experiências, que significa acreditar nas próprias a despeito dos outros,
para a produção criativa e possibilita uma avaliação interna e a coragem
de ser diferente;
g) o uso de analogias e combinações incomuns que pode ser descrito
como brincar com , cores, formas e conceitos a fim de se conseguir
justaposições improváveis para enriquecer as imagens de criador em
diversas áreas;
h) as elaboradas e enriquecidas que significam o detalhamento das formas
finais da ideia, ou seja, transformam a ideia em produto, exige
dedicação, persistência e trabalho.
Também estão incluídas como características a preferência por situações
de risco, a motivação e a curiosidade, pois a solução criativa envolve desafios,
sendo necessária coragem para tentar descobrir se a ideia que está posta tem
valor. Neste contexto, é preciso superação das barreiras e a busca pela
autorrealização. São citados, ainda, o elevado senso de humor, a impulsividade e
a espontaneidade, cabendo considerar que as duas últimas oferecem maior
possibilidade de brincar com as ideias, combinando-as de maneira incomum e
engraçadas. A combinação da espontaneidade e impulsividade traz a surpresa,
que é essencial ao humor. As três características estão fortemente interligadas. A
autora destaca, ainda, as caractesticas da confiança em si mesmo e do sentido
de destino criativo que levam a pessoa a persistir em suas até o final e acreditar
em seus próprios valores.
Outros autores também tiveram como interesse estudar a pessoa criativa.
Dentre eles, Ramos (2005) entende que esse tipo de pessoa apresenta
características peculiares como: curiosidade intelectual; dotada de ampla
informação; capacidade de análise; é afetuosa e sensível; possui equilíbrio
emocional; independente; comunicativa e expressiva; capacidade de eliminar
bloqueios; flexível e adaptável; entusiasta; ética; aceita a si mesma, possui
sensibilidade estética e capacidade de buscar soluções.
30
Certamente, as características e habilidades das pessoas criativas,
apresentadas pelos autores citados, poderiam ser mais bem aproveitadas e
trabalhadas no ambiente escolar. Um dos caminhos para tornar a escola mais
criativa é desenvolver as habilidades criativas nos estudantes, professores e
direção. Se o potencial dessas características fosse, valorizado e utilizado em
favor da educação, seria mais fácil ensinar a pensar, por meio do
desenvolvimento da criatividade na sala de aula. Nesse sentido, as medidas de
avaliação da criatividade, o trabalho do psicólogo e o trabalho do professor podem
contribuir, de forma significativa, para a descoberta e desenvolvimento do
potencial criativo no contexto educacional.
1.4 Criatividade no contexto educacional brasileiro
No âmbito da educação formal, a questão da criatividade e da habilidade
das pessoas criativas adquire grande importância, pois, permite, cada vez mais,
que os profissionais que atuam na área possam ter informações sobre o potencial
dos estudantes e professores, aumentando, assim, as chances e possibilidades
de se incentivar e desenvolver a criatividade no contexto educacional. Neste item,
apresentam-se algumas pesquisas que tratam da criatividade nesse contexto.
Alencar (1997) realizou uma pesquisa para verificar a extensão em que
diferentes aspectos relativos à criatividade têm sido estimulados no contexto
universitário, bem como a percepção, por parte de 428 universitários, do nível de
sua criatividade, e de seus professores. Os resultados desse estudo apontam
para o pouco incentivo que os professores universitários dão aos distintos
aspectos da criatividade. A autora afirma, ainda, que é necessário conhecer mais
sobre o desenvolvimento da criatividade durante os vários anos de escolaridade e
seu acompanhamento em todo o percurso educacional.
A relação entre ensino e criatividade não tem sido clara e tranquila. Isto
pode ser demonstrado em uma pesquisa bastante relevante descrita por Alencar
(1998), ao fazer uma revisão de 25 anos de obras de sua autoria, relatando
trabalhos produzidos por ela e parcerias nesse percurso. Como conclusão desse
estudo, a autora salienta que um desperdício de talento criativo, causado,
principalmente, pelo sistema de ensino que tem dificuldade de trabalhar com as
31
habilidades criativas. Estudos, como esses são importantes para a visualização
das pesquisas que, no Brasil, vêm sendo desenvolvidas sobre o tema da
criatividade, e que permitem visualizar melhor a atenção que se tem dispensado a
ele.
Wechsler (1999) descreve que pesquisas feitas sobre criatividade, como as
de Amabile (1989) & Torrance (1990), resultaram a afirmação de que é possível
desenvolver a criatividade por meio de estratégias específicas. Desta forma,
pode-se afirmar que a escola, através do ensino, seria um ambiente facilitador do
desenvolvimento do potencial criativo. Hoje, confirmam-se esses resultados e
afirmação por meio de outras pesquisas como as de Bahia (2008): “é preciso
educar a criatividade, na acepção do étimo educar: ajudar a desabrochar” (p.
234).
Em outro estudo, sobre a educação criativa como, possibilidade para
descobertas, Wechsler (2001a) faz algumas recomendações de como o ensino
criativo pode ser possibilitado e desenvolvido. Para tanto, é preciso permitir que
os estudantes tenham ideias diferentes; encorajá-los à realização dos próprios
projetos, além de criar um ambiente livre de punições; dar tempo para que os
estudantes pensem e desenvolvam suas ideias; incentivá-los a fazer perguntas;
dar opções para resolução de problemas; escutar e rir com os estudantes; criar
espaço amistoso para desenvolver e explorar novas ideias; estimular a
criatividade e descobrir e valorizar o potencial de cada estudante.
Estudos realizados por Wechsler & Nakano (2002), em publicações
nacionais, mostraram que o interesse sobre o tema criatividade é diferenciado
entre os trabalhos de pós-graduação e as publicações periódicas, o que
possibilitou uma compreensão mais global de como a criatividade vem sendo
estudada nos últimos anos. Neste estudo, a amostra predominante é de adultos -
professores, adolescentes e crianças. Em outro estudo comparativo das
publicações nacionais, na base de dados Index-Psi e do banco de teses da
Capes, Wechsler & Nakano (2003) observaram que a maioria das pesquisas era
do tipo teórico, com enfoque educacional. Os testes eram os instrumentos mais
utilizados, especialmente os testes de Torrance. A maioria da amostra utilizada
32
era composta por adolescentes e adultos, respectivamente estudantes do ensino
fundamental e seus professores.
Dentre as pesquisas realizadas na área educacional, destaca-se o trabalho
de Zanella & Titon (2005) ao analisarem a produção científica sobre criatividade
em programas brasileiros de s-graduação em Psicologia nos anos de 1994 a
2001. Foram analisados 68 resumos de teses e dissertações disponíveis na base
de dados Capes. Constatou-se uma predominância de estudos experimentais
(27,1%) e o tema mais estudado foi prática pedagógica (39,7%). Quanto ao
ambiente de investigação (25%) das pesquisas, foram realizadas em instituições
de ensino formal. Pelos resultados, foi possível constatar diferenças no foco das
pesquisas por áreas. De acordo com os dados das pesquisas, a Educação
desenvolve mais trabalhos teóricos enquanto que a Psicologia desenvolve mais
trabalhos experimentais. Os aspectos convergentes das pesquisas, nessas áreas,
referem-se ao fato de que os participantes das pesquisas se concentram em
adultos-professores e crianças/adolescentes-estudantes do ensino fundamental e
médio.
Dados de um estudo realizado por Nakano & Wechesler (2006), sobre
criatividade figural do ensino médio ao ensino superior, destacam a importância
de investigações sobre a criatividade no ambiente escolar. Por outro lado,
segundo as autoras, pesquisas sobre o percurso da criatividade no ensino
superior o poucas. A maioria dos estudos na área da criatividade tem sido
realizada com amostras de professores e estudantes do ensino fundamental. A
proposta deste estudo foi avaliar o desenvolvimento da criatividade comparando
estudantes do ensino médio e superior. A amostra foi composta por 865
estudantes sendo 628 do ensino médio e 237 do superior, de instituições públicas
e particulares do interior do Estado de São Paulo. O Instrumento utilizado foi o
Teste Pensando Criativamente com Figuras de Torrance, que avalia 13
características cognitivas e emocionais da criatividade. Os resultados analisados
demonstraram um melhor desempenho do ensino superior. Conclui-se que
influência do nível educacional sobre as 13 características criativas e a
necessidade de normas brasileiras para este teste, de acordo com nível de
ensino.
33
Outra pesquisa sobre criatividade realizada por Matos & Fleih (2006)
buscou investigar o efeito do tipo de escola na criatividade dos estudantes e no
clima criativo. Para tanto, realizaram a pesquisa com três tipos de escolas: aberta,
intermediária ou tradicional, com um total de 174 estudantes. Os resultados
apontaram que não houve diferenças significativas entre os estudantes dos três
tipos de escola; desta forma, não é possível indicar o melhor modelo de escola
para o desenvolvimento do potencial criativo dos estudantes. Essa conclusão das
autoras vem reafirmar que não há respostas prontas e modelos acabados para se
trabalhar a criatividade na escola e desenvolver o potencial criativo.
Em 2008, Alencar & Fleith realizaram pesquisa com professores do ensino
fundamental, buscando investigar as barreiras mais indicadas pelos 398
professores à promoção da criatividade em sala de aula. Os resultados indicaram
como barreiras, o elevado número de estudantes em sala, estudantes com
dificuldades de aprendizagem, baixo reconhecimento do trabalho do professor, a
extensão do programa a ser cumprido, desinteresse do estudante pelo conteúdo e
a escassez de material didático disponível na escola.
Wechsler, Lopes & Fadel (no prelo) realizaram um estudo para verificar as
pesquisas que abordam o tema da criatividade no contexto educacional nas
publicações brasileiras, nos últimos 16 anos. Esse estudo, realizado no banco de
dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) confirmou, após análise de 82 teses e dissertações, que a maioria das
pesquisas é do tipo descritivo (43,90%) com ênfase educacional (53,66%). O
instrumento mais utilizado foi entrevista (27,10%) e a maioria da amostra foi
composta de professores (31,51%), crianças (23,29%) e adolescentes (9,59%)
estudantes do ensino fundamental.
Recentemente, Nakano (2009) realizou estudo buscando identificar
pesquisas brasileiras sobre criatividade realizadas com amostra de professores.
Como resultados desse estudo, cita-se um professor mal preparado, com grandes
dificuldades para lidar as com diferenças individuais dos estudantes, não conhece
estratégias criativas estimuladoras para ensinar e desmotivado frente às
condições institucionais que encontra no trabalho.
34
De acordo com Ramos (2005), a educação é um dos fatores fundamentais
responsáveis para o desenvolvimento da criatividade. A autora discute a
criatividade sob um enfoque humanista. Sendo assim, educar para a criatividade
é uma exigência social que possibilita a autorrealização, e uma experiência
positiva diante da vida.
Embora haja um esforço para a melhoria do ensino brasileiro nos seus
diferentes níveis, ainda grandes desafios a serem vencidos, além da questão
da criatividade: a garantia da qualidade da educação, a permanência dos
estudantes na escola. Dados estatísticos do INEP (2005) apontam que, para 100
estudantes matriculados no ensino fundamental, apenas 53 conseguem concluí-
lo. A estes dados soma-se a elevada taxa de repetência (de 33,5 milhões de
matriculados no ensino fundamental, 4,3 milhões foram reprovados, o que
corresponde a 13,1% do total). De acordo com um parecer da Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência a Cultura (UNESCO); o sistema
educacional brasileiro nem sempre é capaz de desenvolver habilidades cognitivas
de importância essencial para a vida cotidiana e evidencia debilidades no fomento
à formação de valores que capacitem os cidadãos a uma participação ativa na
sociedade, e também na promoção do desenvolvimento humano sustentável
(INEP/UNICEF/UNESCO, 2007). A crítica é bastante pertinente. No contexto da
educação brasileira, no qual se enfatiza a formação de valores que capacitem os
cidadãos a uma participação ativa na sociedade, a formação para a criatividade
não parece ter um espaço definido. Como educar para a criatividade, para a
autorrealização e para uma experiência positiva diante da vida, se no sistema
educacional brasileiro não há espaço para essas características?
O artigo 2º da LDB, Lei 9.394/96, estabelece que: “A educação deve ser da
família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
(grifo nosso). Desenvolvimento do educando, exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, implicam, na sociedade moderna, em indivíduos
criativos. Todavia, a LDB nada diz sobre o desenvolvimento da criatividade do
estudante. A educação para a criatividade deveria estar incluída na proposta de
desenvolvimento pleno do educando. Dessa maneira, considerando a criatividade
35
como uma forma de se desenvolver o potencial do indivíduo, destaca-se que, um
dos objetivos do processo educacional talvez pudesse ser além dos que são
explicitados pela legislação educacional, o de se desenvolver a criatividade no
âmbito educacional.
No contexto brasileiro, percebe-se que há um reconhecimento crescente de
que é necessário preparar o estudante para o desenvolvimento criativo, nos quais
a capacidade de pensar e resolver novos problemas ocupa um lugar central.
Algumas iniciativas de associações, organizações não-governamentais (ONGS) e
outras instituições apontam para o fato de que esse reconhecimento está
começando. Dentre elas, podemos citar a Associação Brasileira de Criatividade e
Inovação (CRIABRASILIS); o Núcleo de desenvolvimento de Criatividade da
UNICAMP (NUDECRI), a Associação Educacional para o Desenvolvimento da
Criatividade (AEDC), a Fundação Brasil Criativo (FBC), o Programa Crianças
Criativas com a parceria da UNICEF e a Fábrica de Criatividade que é um
complexo de ensino diferenciado, única e primeira no Brasil e na América Latina.
Entretanto, paralelamente a este reconhecimento, observa-se que falhas
ainda são constatadas no que diz respeito à promoção da criatividade nos
distintos níveis de ensino. Em uma pesquisa feita por Fleith & Alencar (2003a),
sobre barreiras à criatividade pessoal de professores de distintos níveis de
ensino, constatou-se que, para que o indivíduo expresse sua criatividade, é
necessário que ele possua motivação, meios e oportunidades. Dessa forma, são
necessárias estratégias que ampliem as possibilidades de expressão criativa dos
professores, pois, o desenvolvimento da criatividade no estudante pode estar
relacionada com a ppria capacidade criativa do professor ou, seu preparo para
trabalhar a criatividade de seus estudantes.
Pensar de forma criativa é uma característica muito importante de todo ser
humano, mas isto precisa ser estimulado, como forma de explorar, no indivíduo,
todas as nossas potencialidades (Bragotto, 2003). Nesse sentido, acredita-se na
possibilidade de a escola e de os professores serem agentes de estímulo e
incentivo da criatividade no ambiente escolar, contribuindo, dessa forma, com a
aprendizagem significativa.
36
Sendo assim, é perceptível, na sociedade, a necessidade de se
desenvolver a criatividade. De acordo com Alencar & Fleith (2003a), a criatividade
tem sido o recurso mais precioso para se lidar com os desafios que acompanham
a realidade social. Essa é uma das razões para justificar a necessidade de se
promover, incentivar, despertar, encorajar a criatividade desde os primeiros anos
da escola. Outras razões, citadas pelas autoras: a criança de hoje deve ser
preparada para a resolução de problemas durante toda a sua vida e deve
aprender com satisfação e prazer. Motivada, ela buscará novos avanços.
Nesse sentido, Fleith & Alencar (2005) valorizam o ambiente no
desenvolvimento da criatividade. De acordo com suas pesquisas, o ambiente
estimulador, como, por exemplo, a aceitação de ideias diferentes, o
encorajamento de autoconfiança e foco no interesse e habilidades dos
estudantes, pode favorecer a criatividade em sala de aula. Portanto, a
possibilidade de um ambiente, harmonioso, significativo e estimulador, pode
contribuir para o desenvolvimento do potencial criativo.
Neste contexto dos vários olhares dos pesquisadores que valorizam a
importância de ambientes educacionais criativos, talvez seja necessário que, nos
cursos de formação de professores, promovidos pelas Instituições de ensino
superior, ocorra uma revisão sistemática de como o construto criatividade tem
sido trabalhado. Outro ponto importante a ser verificado é qual a intersecção da
prática pedagógica com a psicologia educacional, e os procedimentos para
planejamento, desenvolvimento e a avaliação da criatividade são possíveis e
necessários.
1.5 Avaliando a criatividade
Os estudiosos do tema da criatividade têm conhecimento de que, a
possibilidade, de medir ou avaliar a criatividade, foi demonstrado por Guilford, em
1950, para a sociedade científica americana e, desde então, segundo Wechsler
(1999), uma grande quantidade de medidas foi desenvolvida para avaliar, de
diferentes maneiras, a criatividade e seus componentes.
Autores citam medidas informais e formais para a avaliação da criatividade.
Por exemplo, Wechsler (1999) menciona o julgamento popular, ao considerar algo
37
diferente, atraente, inovador e interessante como uma avaliação informal, que não
atendem a um critério padronizado. Quanto à avaliação formal que é definida pela
autora, como qualitativa; é realizada por meio da análise das biografias dos
gênios da humanidade, entrevistas ou observações e a quantitativa, que é
realizada seguindo os parâmetros da psicometria, que de acordo com Anatasi
(1988), deverá ser demonstrada por meio de pesquisas empíricas de que forma o
instrumento mede o construto e se a medida pode ser considerada consistente.
Segundo Rosas (1984), desde a década de 80, existiam no Brasil
instrumentos bastante confiáveis, que tratavam avaliação de personalidade e
aptidões específicas. Porém, sobre criatividade, havia pouco trabalho. A autora
destaca a importância de estudos para a mensuração de comportamentos
criativos e para a melhor compreensão da criatividade. Pode-se destacar, nesse
período, o trabalho de Amabile (1983), que salientava a importância de, ao se
avaliar criatividade, levar em consideração aspectos ligados ao meio ambiente,
pois este pode influenciar, de diversas maneiras, na criatividade. A autora
apresenta uma forma de avaliar a criatividade que diz respeito à análise do
produto, ou seja, é afirmar que a criatividade do produto pode ser medida, a partir
da quantificação do que torna o produto, criativo, quantificando-o de maneira
objetiva, a partir de uma rigorosa avaliação, efetuada por juízes experientes na
área.
Destaca-se, ainda, um estudo sobre os instrumentos frequentemente
utilizados na avaliação da criatividade que foi realizado por Eysenk (1999). Esses
instrumentos eram agrupados em seis categorias: a) testes de pensamento
divergente; b) inventários de atitudes e interesses; c) inventários de
personalidade; d) inventários biográficos; e) classificações, feitas por professores;
e f) julgamento de produtos.
Em seus estudos Wechsler (2002a), observou que são diversas as formas
de avaliar a criatividade e, por isso, também, uma diversidade de medidas:
testes, escalas, questionários, observações, entrevistas, análise de produtos.
Segundo Alencar & Fleith (1992) & Wechsler (2002a), é importante salientar a
importância e as múltiplas possibilidades de se avaliar a criatividade.
38
Recentemente, Morais & Azevedo (2009) afirmam que, a compreensão e a
promoção da criatividade não são possíveis, sem a sua avaliação e, para tanto,
existe uma diversidade de formas de avaliar esse construto. As autoras citam,
entre tantas outras, as seguintes opções para avaliar a criatividade: a) testes de
pensamento divergente - este tipo de teste tem sido o mais utilizado para a
avaliação do potencial criativo; b) inventários de atitudes e interesses - estes
inventários suportam-se na crença de que há atitudes e interesses que facilitam a
criatividade e que alguém criativo os expressará, podendo, assim, ser identificado;
c) Inventários de personalidade - coerentemente com a ideia de que existe um
conjunto, relativamente estável e consensual, de características de personalidade
associadas à manifestação criativa, foram criados inventários para avaliá-las; d)
Inventários biográficos - com estes inventários, pretendem-se identificar
acontecimentos passados, acontecimentos esses supostamente determinantes da
criatividade atual do indivíduo; e) avaliações por professores, pares e
supervisores - este tipo de avaliação valoriza o conhecimento que pessoas
próximas ao sujeito a avaliar têm acerca deste; f) autoavaliações de realizações
criativas - parte do princípio de que o protagonista da avaliação será quem maior
conhecimento tem de si e poderá ser o melhor especialista nessa mesma
avaliação; g) estudos de indivíduos eminentes - este é um procedimento de
avaliação apenas dirigido a sujeitos altamente criativos, logo, a uma parte restrita
da população; h) Avaliação de produtos criativos a criatividade reconhecida em
produtos traduzindo a criatividade de quem os cria.
De acordo com estudo de Morais & Azevedo (2009):
nas décadas de 60 e 70, surgiam críticas às medidas, criadas
sobre criatividade, tomando as características de fidelidade,
assim como as validades de construto. Este assunto polêmico de
como, e mesmo se é possível medir criatividade, mantém-se,
contudo, atual. São então as facetas de tal polêmica - uma mais
preocupante, mostrando lacunas e incongruências, e outra mais
otimista, indicando resultados positivos e potencialidades a
explorar. (p. 5)
De acordo com Torrance & Ball (1990); Sikka (1992), o fato de ter se
mostrado um instrumento apropriado para o uso em todos os níveis de ensino e
em todas as idades, os Testes de Torrance têm sido considerados apropriados
39
para pessoas de diversas culturas; pelos seus estímulos gerais que permitem a
resposta de acordo com os conhecimentos culturais e linguísticos do indivíduo.
Kim (2006) salienta que os testes de Torrance foram mais estudados que
qualquer outro instrumento de criatividade, pelo fato de terem sido aplicados em
largas amostras e validações desde muito tempo. Por abordarem aspectos
mais gerais, que envolvem múltiplos fatores em suas avaliações, tais como
culturas, nível sócio-econômico, gênero e raça, seus testes podem ser
considerados de grande contribuição para a pesquisa da criatividade.
Pela natureza deste trabalho, merece destaque o Teste de Pensamento
Criativo de Torrance, um dos instrumentos utilizados pelos pesquisadores para
medir a criatividade e também nesta pesquisa.
Segundo Nakano (2006), para construir sua bateria, Torrance analisou a
forma de pensar dos cientistas, artistas, escritores e outros profissionais que
primam pela produção criativa, concebendo tarefas cuja resolução implicaria
processos cognitivos semelhantes aos usados por essas pessoas. A escolha das
atividades que compuseram a bateria foi feita de maneira que pudessem se
ajustar às idades que variam do pré-escolar ao adulto. As atividades constituintes
dos testes de Torrance se baseiam na descrição do processo criativo. Cada
atividade envolve um tipo diferente de pensamento contribuindo com uma faceta
para o conjunto da avaliação.
Um breve histórico da construção dos testes de Pensamento Criativo de
Paul Torrance pode fornecer informações importantes para a compreensão da
fundamentação teórica dos testes aplicados nesta pesquisa. A bateria de testes
de Torrance foi construída em 1966, designada como Torrance Test of Creative
Thinking verbal and figural forms, em duas formas paralelas (A e B), com dez
atividades cada uma, sete de expressão verbal e três de expressão figurativa.
Tais testes podem ser aplicados tanto individualmente como coletivamente.
Inicialmente, Torrance fez em seus trabalhos a distinção entre quatro
medidas de pensamento criativo, baseado em Guilford (Torrance & Safter, 1999).
São elas: a) fluência e aptidão para produzir grande número de sem que haja
censura: conta-se o número de respostas que atendam aos objetivos da tarefa; b)
40
flexibilidade: a pessoa criativa quebra os preconceitos e gera novas soluções -
contam-se as diferentes categorias de resposta; c) originalidade ou produção de
ideias que se afastam do senso comum: conta-se pela raridade da resposta; d)
elaboração ou capacidade de ampliar as ideias: conta-se, pelo número de
detalhes adicionais, que o sujeito adiciona à ideia base.
Dentro de uma visão, multidimensional, visando ampliar, o conceito de
criatividade e a necessidade de avaliação dos diversos aspectos desta
característica, Paul Torrance desenvolveu testes para avaliar a criatividade em
seus aspectos cognitivos e emocionais nas dimensões figural e verbal,
denominados Thinking Creatively with Words” e Thinking Creativel with Pictures
(Torrance, 1996, Torrance & Ball, 1990).
No Teste Pensando Criativamente com Palavras (Forma A), os
participantes são convidados a realizar 6 atividades no tempo de 45 minutos.
Antes de começar o teste, uma orientação onde se despertará o interesse e
motivação dos participantes. As atividades 1, 2 e 3 são compostas por uma
mesma figura que serve de estímulo para o participante fazer todas as perguntas
que quiser sobre a cena, na Atividade 1; para adivinhar as causas para explicar a
figura, na Atividade 2; e para adivinhar as consequências das ações da figura, na
Atividade 3. As instruções se encontram no alto da página.
a Atividade 4, é composta de um desenho de um brinquedo e é
solicitado, aos participantes, que pensem em maneiras diferentes, inteligentes e
interessantes de mudar o brinquedo e torná-lo mais divertido. As instruções estão
no alto da página. A Atividade 5 propõe que os participantes escrevam todas as
ideias interessantes e diferentes para utilizar caixas de papelão. As instruções,
também, estão no alto da página.
Na Atividade 6, os participantes são convidados a fazer suposições diante
de uma situação improvável. Essa Atividade é composta por uma figura e uma
narração de uma situação improvável. Importante destacar que todas as
atividades propostas no teste devem ser escritas e as instruções são
padronizadas e buscam direcionar as respostas: muitas respostas/
diferentes/originais/diversificadas.
41
No Teste Pensando Criativamente com Palavras (Forma B), os
participantes são convidados a realizar 6 atividades. As atividades são parecidas
com o Teste Pensando Criativamente com Palavras (Forma A), mudando a figura,
o brinquedo e a situação improvável, seguindo as mesmas orientações e o tempo
de aplicação.
De acordo com Wechsler (2004), apesar de os estudos realizados por
Torrance confirmarem a precisão e validade desses indicadores da criatividade, a
partir de 1980, o autor demonstra insatisfação com a limitação dos conceitos
utilizados para avaliar a criatividade em seus testes. Um longo estudo, com vinte
e dois anos de espaço, entre as testagens, permitiu que Torrance constatasse a
existência de indicadores emocionais da criatividade expressos em desenhos.
Desta forma, o autor publicou as mudanças que deveriam ser realizadas na
avaliação do teste figurativo.
A partir disso, o autor reelaborou seus testes de avaliação, abandonando
os aspectos cognitivos da criatividade e valorizando os aspetos emocionais. Os
indicadores propostos passam a ser quatorze, incorporando novas categorias de
análise e correção. Os novos indicadores são explicitados por Wechsler (2002b):
a) expressão de emoção: é facilitadora dos processos de iluminação e inspiração
ao permitirem soluções criativas para os problemas. É representada pela
expressão dos sentimentos nos desenhos e nos títulos; b) fantasia: muitas das
realizações criativas descrevem uso da fantasia e imaginação, é medida através
da presença de seres imaginários; c) movimento: o uso de movimento nas
respostas pode ser considerado um facilitador da criatividade e de características
essenciais para o funcionamento criativo; d) perspectiva incomum: habilidade de
ver coisas em diferentes perspectivas, medida através da inclusão de
personagens ausentes na cena; e) perspectiva interna: definida como a habilidade
de ver as coisas numa perspectiva de visualização interior, pois, as pessoas
criativas tendem a serem abertas, à visualização do interior, e, às dinâmicas das
coisas, medida por meio da visão interna de objetos sob a forma de
transparência; f) uso de contexto: forma de compreensão do problema dentro de
um universo maior, por meio da inserção da solução dentro de um contexto; g)
combinações: representada, pela síntese de elementos, a fim de formar uma
imagem coerente. Aparece na percepção que duas ou mais figuras podem ser
42
conectadas. É medida por meio da junção ou síntese de estímulos; h) Extensão
de limites: abertura psicológica, diante de um problema incompleto ou sem
solução, geralmente se busca a solução imediata. A pessoa criativa considera os
fatores importantes envolvidos no problema e procura soluções mais satisfatórias,
gerando resistência ao fechamento do estímulo; i) títulos expressivos: uso de
títulos que não se limitam em passar a informação básica e expressam a essência
da ideia, indo além da mera descrição; j) analogias/metáforas: capacidade de
procurar semelhanças entre coisas que nunca foram percebidas como parecidas.
Funciona como salto mental, uma nova forma de utilizar os estímulos por meio de
comparações com outras que não possuem semelhança.
No contexto da grande importância e reconhecimento do trabalho de
Torrance & Wechsler (1998) a questionar a validade e confiabilidade de seus
instrumentos quando aplicados à cultura brasileira. Desde então, a autora vem se
dedicando a realizar estudos de validação e padronização dos testes
apresentados em Thinking Creatively with Words e Thinking Creativel with
Pictures” (Torrance, 1996, Torrance & Ball, 1990).
Wechsler (2002b) desenvolveu estudos e validação de tais instrumentos
para a população brasileira. Suas pesquisas demonstraram a adequação destes
instrumentos para a cultura brasileira, ao confirmar a validade discriminativa do
teste verbal e figural como um forte indicador de criatividade.
Embora a pesquisa internacional, ofereça dados que indicam a
possibilidade de identificação transcultural dos traços e habilidades da pessoa
criativa, sabe-se que existem características próprias de cada população, que
tem sentido se compreendidos dentro de seu contexto histórico e cultural.
Segundo Wechsler (2001b), os estudos nacionais sobre criatividade são
importantes porque a observação e investigação desta característica dentro de
cada cultura fazem com que a criatividade seja valorizada dentro das
especificidades de cada país.
Mais recentemente, a avaliação da criatividade tem sido feita sob a forma
de pesquisa qualitativa e quantitativa, como afirma Nakano (2006). A primeira
levando em consideração a biografia das pessoas e a segunda realizada por meio
43
de instrumentos validados e precisos. Considerando que nosso trabalho enfoca a
avaliação de um programa de criatividade por meio da avaliação da criatividade
de professores e concepções dos mesmos e seus estudantes desse tema,
vejamos algumas reflexões nesse sentido, partindo primeiramente do professor.
44
FIGURA DA TATURANA
45
2 CRIATIVIDADE E PRÁTICA DO PROFESSOR
“Criatividade é formar a imagem do futuro... e depois resolver
problemas futuristas” (Torrance, 1979).
2.1 O professor criativo: características e papel na formação dos estudantes
O slogan “professor criativo” está na moda. Basta procurar na internet para
verificar que em quatro segundos se encontram, aproximadamente, 450 mil
resultados com essa terminologia. Impressionante a rapidez com que se
processam as informações atuais e também a pobreza dos conceitos e
significados apreendidos nessas informações. O desafio é, a partir disso, construir
uma aprendizagem em que haja conhecimento adquirido na prática pedagógica
cotidiana.
Orrú (2007) destaca a criatividade entre as caractesticas de um bom
professor. Para a autora, as características, que permitem qualificar um professor
como bom, são inerentes ao termo: professor criativo. Este consegue fazer com
que, sua prática pedagógica, alcance a realidade e a necessidade de seu
estudante, relaciona teoria e prática e não se limita à transmissão de conteúdos.
Vários especialistas manifestaram-se preocupados com a questão da
criatividade no âmbito educacional, como Torrance (1987), Martinez (1995)
Alencar (2000), Fleith (2001), Wechsler (2002), Amaral & Martinez (2006), Fleith
& Alencar (2008) e Nakano (2009), e muitos oferecem subsídios necessários para
tornar uma escola criativa e ensinam estratégias para aplicação da mesma. Esses
autores também se preocupam com o papel do professor no desenvolvimento da
criatividade e, valorizam a relação professor-estudante como elemento importante
no ensino criativo.
Pesquisas, mais recentes demonstram que alguns estudiosos têm
estimulado o debate e contribuído com o tema no Brasil, como, por exemplo, o
trabalho de Alencar & Fleith (2004) que avaliaram professores universitários por
meio de um instrumento que permitiu aferir a percepção de estudantes quanto à
extensão em que seus professores favorecem o desenvolvimento da criatividade.
As autoras demonstraram que por meio das características: atributos do
professor, dinâmica da prática do professor, interesse pelo estudante e interesse
46
pela aprendizagem do estudante, que o professor poderia estar influenciando a
criatividade de seus estudantes por sua prática de professor.
Outra pesquisa, envolvendo professores e criatividade, é a de Pereira
(2001), que investigou se seria possível ajudar o professor a ser mais criativo e,
para tanto, utilizou uma escala para saber quais seriam as ações que deveriam
ser realizadas nesse sentido, junto aos estudantes de Pedagogia. Os resultados
da pesquisa apontaram para três áreas com necessidade de aprofundamento: a
criatividade na educação, a pesquisa e a atitude questionadora.
Interessante destacar que, neste contexto, Oliveira & Wechsler (2002)
pesquisaram, junto a 90 estudantes universitários, as características do professor
ideal e, entre as quatro características citadas pelos estudantes, está o professor
criativo. Dentre as pesquisas realizadas, sobre características do professor
criativo, destacam-se as de Alencar (1997), Castanho (2000) e Uano (2005). Ao
condensar os resultados, dessas pesquisas sobre as características do professor
criativo, salientamos as seguintes: ser flexível; relacionar-se positivamente com
seus estudantes; estimular o questionamento; possuir senso de humor; interagir
com o estudante fora de sala de aula; apresentar informações significativas,
atualizadas e conectadas entre si; estimular a curiosidade; transmitir experiência
de vida; comparar conteúdos com o cotidiano; ter prazer pelo que ensina;
estimular e facilitar ao estudante o descobrimento de si mesmo; valorizar as
diferenças e singularidades; estimular iniciativas de resolução de problemas;
promover interação e comunicação e estimular a colaboração.
É importante verificar que as características do professor criativo, citadas
nas pesquisas, são encontradas no professor ideal e, dessa forma o professor
real fica longe da prática criativa; o que podemos perceber no estudo de Oliveira
(1997) quando solicitou aos estudantes de Pedagogia que listassem as
características mais importantes de um professor ideal e as existentes no
professor real. Para o professor ideal, as três caractesticas foram: criativo,
atualizado e amigo e as características do professor real foram: cansado,
desvalorizado, e mal remunerado.
47
Atenta a esta realidade da prática criativa do professor, Martinez (1997)
indagou 270 professores da Universidade de Havana, sobre quais os elementos
que poderiam facilitar o desenvolvimento da criatividade de seus estudantes;
encontrou, em mais de 50% das respostas, os fatores: garantir a independência
dos estudantes e ensino problematizado e metodologia de ensino não tradicional.
Entretanto, a comunicação criativa, do professor com o estudante, foi assinalada
por dez professores. Segundo esse mesmo autor, isso demonstrou a
necessidade de desenvolver, junto aos professores, uma estratégia que
enfatizasse, de maneira adequada, o que é relativo ao desenvolvimento da
personalidade e da criatividade. Tal resultado nos mostra que o professor não se
como responsável pelo estímulo e pelo desenvolvimento da criatividade na
escola.
três décadas atrás, no estudo de Alencar & Rodrigues (1978), que
buscou investigar as características mais valorizadas por 239 professores de
ensino fundamental em seus estudantes, os resultados obtidos indicaram que
95% deles valorizaram as características: ser obediente; atencioso, sincero,
trabalhador e popular, deixando, em segundo plano, as características ligadas à
criatividade, como, por exemplo, a independência de pensamento, curiosidade,
autoconfiança. Esses dados destacam as pesquisas realizadas em outros países
e relatadas também em Wechsler (2002b), que mostram os professores, de
diferentes culturas, preferirem mais estudantes conformistas, obedientes e
sociáveis do que os questionadores e independentes, ou seja, características de
indivíduos criativos. Entretanto, Fleith (2000) destaca que há professores que têm
consciência do ambiente criativo em sala de aula e estimulam os estudantes à
criatividade. Há, porém, uma limitação, uma dicotomia entre teoria e prática. O
professor tem dificuldade de cultivar as habilidades criativas, em sala de aula,
pela ausência de conteúdos na área de criatividade, na formação do professor.
De acordo com Alencar (2002), uma análise da literatura na área de
criatividade indica ainda que, embora os anos de formação universitária sejam da
maior relevância em prover condições para que os estudantes se tornem
conscientes de suas habilidades criativas e aprendam a fazer um uso maior de
suas potencialidades nesse sentido; muito pouca atenção tem sido dada ao
48
desenvolvimento e cultivo dessas habilidades no contexto universitário da maior
parte dos países.
O papel do professor, no desenvolvimento das habilidades criativas dos
seus estudantes, é reconhecido pelos especialistas da Psicologia da Criatividade,
segundo Teixeira & Alencar (2000). Fica evidente a responsabilidade do papel do
professor como multiplicador de atitudes criativas e da necessidade de uma
formação voltada para esse aspecto. Levando em consideração esse enfoque,
para Martínez (2000), a criatividade deve ser estimulada e, desenvolvida no
processo professor, mas, infelizmente, não se abre espaço significativo a essa
formação, pois os sistemas educativos são projetados para que o estudante
adquira conhecimento, habilidades e hábitos e não para o desenvolvimento
integral de sua personalidade nem para a formação de indivíduos criativos.
É papel de o professor criar espaços, estimular e desenvolver a criatividade
no ambiente escolar, proporcionando um clima criativo na sala de aula:
...a importância do professor no desenvolvimento da criatividade
de seus estudantes é inquestionável. Ele concebe, organiza e
desenvolve o processo professor de forma tal que contribua para
fomentar a criatividade. Aperfeiçoa igualmente o clima criativo
que deve imperar na sala de aula para alcançar esse objetivo.
Também o professor, utilizando as técnicas de que dispõe,
detecta as potencialidades criativas de seus estudantes e os
ajuda a se expressarem em novos níveis de desenvolvimento.
(Martínez, 2000, p.184).
Entendemos que o professor tem um papel importante no estímulo da
criatividade em sala de aula; sendo criativo, o professor contribui para o
desenvolvimento da criatividade de seus estudantes. Essa atitude positiva, em
relação à criatividade, é percebida no professor que domina o conteúdo que
ensina, tem entusiasmo pela docência e faz uso de uma diversidade de técnicas
pedagógicas (Fleith, 2001).
Castanho (2000), ao tratar do tema da criatividade em sala de aula,
entende que, se o professor for criativo em sua prática pedagógica, terá mais
condições para desenvolver a criatividade em seus estudantes. Para a autora,
somente o professor criativo consegue fazer a ponte entre teoria e prática,
levando o estudante a ter autonomia e a construir sua própria aprendizagem.
Outros autores, porém, observam que somente a prática do professor como
49
estímulo, crescimento e expressão das habilidades criativas do estudante não é
suficiente, são necessários mais pesquisas sobre o ambiente educacional e suas
implicações (Nakano & Wechsler, 2009).
Por outro lado, Moran (2007) menciona que os professores são as chaves
da mudança educacional. Para o autor, a educação não evolui com professores
mal preparados, que começam a lecionar sem uma formação adequada. Eles têm
conhecimento do conteúdo, mas não sabem gerenciar uma classe, não sabem
como motivar diferentes estudantes. Reproduzem rotinas e modelos e esquemas
que se tornam hábitos cada vez mais enraizados.
Na pesquisa, realizada por Giglio (1996), com professores de Português de
5ª. a 8ª. Séries se constataram que, os mesmos, têm segurança nas atividades
que desenvolvem com seus estudantes, mas se mostram inseguros quanto à
adequação das atividades, na perspectiva de um trabalho espefico de
desenvolvimento da criatividade. Segundo a pesquisadora, esse dado demonstra
a falta de um planejamento escolar que se preocupe com a criatividade e, por
causa de lacunas na formação de professores neste aspecto. Desta maneira, a
busca de soluções para o desenvolvimento da criatividade nos estudantes, torna-
se inoperante na prática, pois, o processo criativo não está incorporado na
formação básica do professor.
Interessante é a afirmação de Woods (1995), quando escreve que os
professores são criativos. Para esse autor, é o ensino que influencia os
professores, deixando-os sem recursos criativos. Segundo ele, alguns
professores escapam da adaptação ao modelo de ensino e permanecem
criativos; porém, são poucos.
Segundo Wechsler (2001), o papel do professor é essencial para o
estímulo do pensamento e das atitudes criativas nos estudantes e também é o
possibilitado de condições ambientais que façam da sala de aula um espaço de
novas ideias. Para a autora, as características do professor criativo são: a)
abertura a novas experiências; b) ousadia; c) confiança em si mesmo; d)
curiosidade; e) humor; f) preferência por arriscar-se; g) ser apaixonado por sua
área de ensino; h) idealismo e i) postura de facilitador.
50
Seguindo a mesma linha, Fleith (2001) observa que, além de estimular e
preparar os estudantes para a produção de ideias originais nos diferentes campos
do saber é importante estabelecer um clima de sala de aula propício para o
desenvolvimento da criatividade. Nesse sentido, para a autora, o professor deve:
...conceder um tempo para o estudante desenvolver suas ideias,
valorizar os produtos e ideias criativas, considerar o erro como
uma etapa de aprendizagem; estimular outros pontos de vista,
cultivar o senso de humor em sala, dar oportunidades de escolha
aos estudantes levando em consideração seus interesses e
habilidades, demonstrar entusiasmo pela atividade professor e
não se deixar vencer pelas limitações e dificuldades do contexto
em que se encontra. (p. 57).
Desta maneira, formar para o desenvolvimento da criatividade no processo
de ensino aprendizagem torna-se um desafio a ser superado de uma forma mais
complexa, pois existem muitas variáveis que influenciam esse trabalho. Não
uma única fórmula para formar profissionais criativos que sejam capazes de
desenvolver habilidades criativas também em seus estudantes. Considere-se,
ainda, que as questões da formação criativa não devem estar relacionadas
somente com o princípio da geração de novas ideias sem a preocupação com a
sua utilização (Fulan, 2002). Dessa forma, é necessário que, a formação de
professores seja espaço de discussões e uma possibilidade para aprender a
desenvolver a criatividade na prática.
2.2 Formação continuada de professores
A formação professor é foco de estudos, reflexões, pesquisas e interesses
que se consolidam por iniciativas diversas que vêm ganhando força e espaço na
sociedade. Um exemplo é a Associação Nacional de Formação de Profissionais
da Educação (ANFOPE) que dinamiza programas de formação, fóruns, cursos de
capacitação, seminários e eventos para colaborar na formação dos professores.
Também a Secretaria da Educação de São Paulo criou o Projeto Teia do Saber
que tem como finalidade a formação continuada dos professores. Porém, como
afirma Imbernón (2005), os estudos têm sua parte negativa à medida que a
formação professor é inserida em uma racionalidade técnica. Para esse autor,
essa racionalidade a atividade professor como incapaz de lidar com o
imprevisível e com a criatividade, e vê a formação como algo a transmitir.
51
Dentre os autores que estudam a criatividade desde longa data, Miel
(1972) é incisiva ao afirmar que o objetivo primordial da formação de professores
é preparar professores para trabalhar criativamente e ajudar os estudantes a
fazerem o mesmo. Mais de 30 anos depois, Fleith (2000) salienta que
professores conscientes das características de sala de aula que estimulam a
criatividade dos estudantes; entretanto, a transferência para a prática parece ser
intuitiva. A informação limitada de, como cultivar as habilidades criativas em sala
de aula, é explicada, por esta autora, pela ausência de conteúdos na área de
criatividade na formação do professor.
na década anterior, o estudo de Martinez (1997) constatou que havia
necessidade de elaborar estratégia junto aos professores em que se enfatizassem
o que é relativo ao desenvolvimento da criatividade, pois existiam equívocos a
esse respeito e o professor não se sentia responsável pelo estímulo da
criatividade. Complementando essa ideia, Fleith (2000) explicita que
professores conscientes das características de sala de aula e estimulam a
criatividade dos estudantes; porém, a passagem para a prática parece ser por
intuição. A limitação de como cultivar as habilidades criativas em sala de aula se
pela ausência de conteúdos na área da criatividade na formação dos
professores.
Atualmente, é possível perceber que essa concepção, dos professores,
continua; afirmão essa, constatada na fala de Ribeiro & Fleith (2007). Para
esses autores, a falta de informação sobre criatividade e as dificuldades na
formação de professores, o desconhecimento dos mesmos das ferramentas e
meios direcionados à expressão criativa, ainda persistem e, desta forma, o
professor continua utilizando os conhecimentos sobre a criatividade de uma forma
intuitiva, dados esses confirmados também pela pesquisa de Wechsler & Fadel
(2009). Dessa forma, pode-se concordar com Nakano (2009), também, ao
salientar também a necessidade de uma revisão na formação dos professores,
pois os mesmos não têm sido preparados para lidar com a realidade educacional
brasileira.
Entende-se, portanto, que pensar em formação continuada de professores
significa compreender como os estamos formando na Universidade e quais as
52
exigências que os diferentes contextos educacionais têm exigido do profissional
professor.
De modo correlato, constitui-se um ponto convergente o estudo de quais
competências e habilidades são necessárias para se formar um professor, e as
políticas públicas devem oferecer programas de formação continuada nos quais
haja a preservação do princípio de indissociabilidade entre teoria e prática, bem
como a construção de metodologias diferenciadas para atender ao estudante no
momento histórico, reconstruindo a identidade do professor e os itinerários da
escola de qualidade.
É importante verificar que a formação de professores é construída entre
várias dimensões. Alves (1998) especifica essas dimensões como: Formação
acadêmica, ação política do estado, prática pedagógica cotidiana e a prática
política coletiva. Além das dimensões da formação professor, é importante
salientar que a formação não se esgota na formação inicial, devendo prosseguir
ao longo da carreira, de forma coerente e integrada, respondendo às
necessidades sentidas pelo professor e pelo sistema educativo (Rodrigues &
Esteves, 1993, p. 41).
É nessa perspectiva que se passa a entender a formação de professores
como um ato continuum, como forma de educação permanente, com o objetivo de
desenvolver a profissão professor. Nesse sentido, Carrascosa (1996) afirma:
A formação de um professor é um processo em longo prazo que
não se finaliza com a obtenção do título de licenciado. Isso
porque, entre outras razões, a formação professor é um processo
complexo para o qual são necessários muitos conhecimentos e
habilidades, impossível de serem todos adquiridos no curto
espaço de tempo que dura sua formação inicial. (p.10)
Para Sigrist, (2007) a formação continuada pode ser vista como uma
tendência emergente em que os professores e outros profissionais têm interesse
nos estudos como uma importante forma de inovar a prática pedagógica. O
processo de formação deve incitar os professores a problematizarem sua prática
e a procurarem suas próprias respostas para os desafios no cotidiano.
53
Para Alarcão (2001), ser professor, hoje, pressupõe um conceito de
formação permanente; contínua e especializada em ação. Para que haja
valorização do trabalho professor e perspectivas em relação à prática pedagógica,
são necessárias atitudes criativas aliadas à resiliência, para que o professor
supere os desafios, insatisfações e frustrações (Silva & Motta, 2005).
Segundo Mourão & Martinez (2006), as pesquisas têm enfatizado a
importância da criatividade professor para que o estudante possa aprender a
desenvolver-se criativamente. As autoras, também salientam que uma
escassez de pesquisas em relação à prática do professor e que, os estudos da
criatividade do professor são realizados de forma descontextualizada.
De acordo com Souza & Alencar (2006), a falta de capacitação e incentivo
ao professor, no período de sua formação, quanto à criatividade, limitam sua
atuação a uma escola conteudista e mecânica que não desafia o estudante. As
autoras ainda observam a escassez de estudos empíricos sobre a extensão em
que professores universitários de diversos cursos vêm promovendo condições
que possibilitem o desenvolvimento das habilidades criativas em seus estudantes.
Além das lacunas na formação de professores, Alencar & Fleith (2008)
destacam também outra dificuldade para se desenvolver e estimular a criatividade
na escola: as barreiras indicadas pelos professores para desenvolver a
criatividade em sala de aula: classes com grande quantidade de estudantes,
dificuldades de aprendizagem; falta de reconhecimento do trabalho do professor,
o programa a ser cumprido no decorrer do período letivo, desinteresse do
estudante pelo conteúdo e a falta de material disponível na escola.
Por outro lado, não se pode deixar de levar em consideração as
concepções errôneas que os professores possuem sobre a criatividade, já citadas
anteriormente, pois essas crenças só dificultam o estímulo da criatividade na
escola, como pode ser confirmado pela fala de Nakano (2009):
De um modo geral, os professores não estão preparados para
lidar com esse tipo de ensino e nem oferecem as condições
adequadas para a sua expressão. Isto porque profissionais ainda
possuem ideias errôneas acerca dessa característica, tais como
pensar que ela não pode ser desenvolvida, ensinada ou
aprendida. (p.50)
54
É necessário, portanto, pensar na qualidade da educação e, quais as
contribuições necessárias para se reunirem práticas pedagógicas que deem conta
do momento em que o professor e a escola atravessam; sendo que o pensamento
e a educação, permeada pela criatividade, poderão ser uma forma de acesso a
um contexto educacional produtivo, que não atenda somente à lógica do
mercado, mas também a qualidade dos processos de aprendizagem e ensino.
Dessa forma, não como imaginar que a formação de um profissional
acabe com a conclusão de um curso universitário. Ela apenas começa e se
completa por uma educação continuada, e isto pressupõe um profissional em
constante busca do aprendizado, da renovação do conhecimento e da criatividade
para vencer os desafios. Também, não é possível preparar profissionais criativos,
sem uma universidade criativa e, este ensino para a criatividade deve estar
presente nos seus mais diversos níveis: ensino, pesquisa e extensão. Destaca-se,
neste contexto, a formação de professores criativos profissionais capazes de
criar, inovar e solucionar problemas.
Nesse sentido, após tantos anos de pesquisa sobre criatividade e a
importância de estimulá-la nos diversos níveis de ensino, algumas iniciativas têm
sido vivenciadas com êxito; pesquisas para estimular o debate sobre o tema,
técnicas para desenvolver o potencial criativo, programas de estimulação e
treinamento de criatividade, buscando formas de ajudar e orientar no processo de
aprendizagem desenvolvendo habilidades criativas, tanto nos professores como
nos estudantes.
2.3 Estímulo e desenvolvimento da criatividade
quase meio culo, pesquisas têm mostrado que grande parte do
comportamento criativo é aprendida e, dessa forma, pode ser estimulado (Parnes,
1963). A partir daí, com o objetivo de estimular e treinar a criatividade; surgiram,
entre outras estratégias, programas para desenvolver o potencial criativo. O
primeiro foi desenvolvido em 1966, com a finalidade de desenvolver habilidades
de resolução de problemas, por Covington, Crutchfield e Davis em 1966. Esse
programa consiste de 16 estórias de mistérios com problemas a serem resolvidos,
onde os estudantes se envolvem com as estórias e devem propor soluções para
os problemas das mesmas.
55
Em 1975, no Brasil, Alencar utilizou o Programa de Pensamento Criativo de
Purdue, elaborado para desenvolver o pensamento criativo. Participaram da
pesquisa 791 estudantes de quarta e quinta séries, com 16 classes participantes
como Grupo Experimental que participaram do programa aplicado uma vez por
semana, durante o semestre letivo, e 8 classes responderam apenas aos testes
de criatividade no início e no término do programa. Os resultados demonstraram
que as crianças que haviam participado do programa apresentaram resultados
superiores em medidas de pensamento criativo como fluência, flexibilidade e
originalidade.
Em 1978, Reese, Treffinger, Parnes e Kaltsounis desenvolveram um estudo
cujos resultados demonstraram a efetividade do Programa de Pensamento
Criativo Osborn-Parnes. Esse programa é organizado em 16 sessões de
treinamento, onde são utilizadas técnicas como tempestade de ideias,
combinações forçadas e a imaginação para estimular o pensamento divergente e,
além disso, procura-se favorecer um clima favorável para a produção de novas
ideias. No estudo realizado pelos autores, foram selecionados aleatoriamente 150
estudantes do ensino médio para participar do Grupo Experimental e 182
constituíram o Grupo Controle. O Grupo Experimental participou de atividades de
criatividades durante dois anos. No início do programa, os dois grupos eram
comparáveis; após a realização do programa, no pós-teste, os resultados do
Grupo Experimental foram superiores aos do Grupo Controle na maioria das
medidas.
Na década de 80, Alencar deu início a uma série de estudos com o objetivo
de avaliar um Programa de Treinamento de Criatividade para Professores.
Segundo a autora, os motivos que a levaram a desenvolver o programa foram os
dados das pesquisas que chamavam a atenção para o pouco incentivo à
expressão das habilidades criativas e as observações realizadas em sala de aula
como parte prática de disciplinas que lecionava, que indicavam práticas inibidoras
à criatividade no sistema educacional como por exemplo: “ênfase na resposta
certa, aprendendo o estudante que não pode errar, reforçando-se o medo do erro
e do fracasso; ênfase exagerada na reprodução do conhecimento,
sobrecarregando a memória do estudante, com informações muitas vezes
descontextualizada ou irrelevantes; ênfase na obediência e passividade do
56
estudante, em detrimento de traços de personalidade fundamentais para o
desenvolvimento e expressão das potencialidades criativas. Atributos como
curiosidade, autoconfiança, independência de pensamento, eram deixados de
lado” (Alencar, 1998, p. 116).
Essas percepções da autora também foram relatadas por Wechsler (1998)
quando afirma que professores de diversas culturas preferem os estudantes
obedientes, conformistas e sociáveis aos questionadores, independentes e
intuitivos. Atentas a essa realidade, Mariani & Alencar (2005) sugerem que os
estudantes criativos podem estar sendo rotulados pelo baixo rendimento
acadêmico, até pelo fato de apresentarem características que são vistas como
indesejáveis pelos professores que preferem estudantes obedientes, sinceros,
trabalhadores, atenciosos, populares e bem aceitos pelos colegas, como
demonstra resultados da pesquisa de Alencar & Rodrigues (1978).
O Programa de Treinamento de Criatividade para professores foi avaliado
em uma série de estudos e tem como objetivo o desenvolvimento das habilidades
criativas dos professores, o ensino de conceitos relacionados à criatividade, a
conscientização do professor das barreiras ao desenvolvimento e expressão das
habilidades criativas e a realização das técnicas que favorecem a produção
criativa. De acordo com Alencar (1998), os resultados indicaram ganhos
significativos nas medidas de pensamento criativo nos professores que
participaram do programa e que os mesmos ressaltaram mudanças na sua
maneira de pensar, ensinar e perceber o estudante.
Também Alencar, Araújo, Fleith & Rodrigues (1988) desenvolveram um
estudo a fim de avaliar os efeitos de um programa de treinamento de criatividade
no comportamento do professor em sala de aula e no desempenho em testes de
criatividade, em seguida ao encerramento do programa e cinco meses após o
término. Participaram desse estudo 41 professores da rede pública de Brasília,
que lecionavam na primeira série do ensino fundamental. Desses, 17 participaram
do programa de treinamento de criatividade e 24 constituíram o Grupo Controle.
Os resultados obtidos foram que, o Grupo Experimental obteve ganhos
significativos na fluência e originalidade, o que não ocorreu com o Grupo
Controle. Os dados, dos questionários de avaliação do programa respondido
57
pelos professores, indicaram uma avaliação positiva do treinamento sendo
ressaltada, por eles, a contribuição do programa para o despertar do potencial
pessoal.
Ainda, Alencar & Fleith (1990) realizaram uma pesquisa que investigou os
efeitos de um programa de treinamento de criatividade em habilidades de
pensamento criativo de estudantes normalistas; cujo objetivo, foi perceber os
efeitos do treinamento, na percepção dos sujeitos, a respeito do próprio potencial
criativo, o potencial criativo do estudante, nos aspectos associados ao interesse e
características que se relacionam com o comportamento criativo e no trabalho de
elaborar atividades e sugerir comportamentos a serem apresentados pelo
professor para o estímulo da criatividade do estudante. Participaram dois grupos
de professores: 17 no Grupo Experimental e, 21, no Grupo Controle. Os dados
sugeriram a influência do programa na percepção do estudante normalista
participante do Grupo Experimental a respeito do próprio potencial criativo e
também no potencial criativo do estudante; porém, o foi observada nenhuma
influência do programa de interesses e características que se relacionam com o
comportamento criativo dos participantes.
Em 1992, Alencar realizou outro estudo sobre os efeitos de um programa
de criatividade, junto a uma amostra de 87 estudantes do ensino médio. O
programa foi implementado durante 14 semanas, com uns encontros semanais,
de duas horas, procurando, primeiramente, estabelecer um clima psicológico
propício para que os estudantes sentissem segurança para expor suas ideias e
trabalhos e, em seguida, exercícios de produção de ideias e técnicas de
resolução de problemas e foram discutidas as ideias errôneas sobre criatividade.
Os resultados demonstraram ganhos entre o pré-teste e o pós-teste apresentando
diferenças significativas em todas as medidas de pensamento criativo e na
autoavaliação da criatividade no Grupo Experimental.
Mais recentemente, Bahia (2008) ao afirmar que, a escolarização formal
pode inibir o desenvolvimento do potencial criativo em vez de desenvolvê-lo, faz
menção à importância de programas de enriquecimento criativo e cita o exemplo
de dois programas que a autora intitula como Programa A e Programa B. O
Programa A é destinado a portadores de deficiência mental e Programa B é
58
destinado a crianças e adolescentes com características de sobredotação. Os
programas acontecem em tempos livres, ou seja, fora do ambiente escolar. Os
objetivos dos programas foram: fomentar a fluência de ideias, fomentar a
flexibilidade de pensamento, dar espaço à diferença, possibilitar a comunicação
de ideias e incentivar a colaboração.
No Programa A participaram 14 jovens, com a idade de 18 e 21 anos.
Todos possuíam histórias de insucesso escolar. A atitude geral do programa foi a
rejeição da atitude de negação da diferença, criando um genuíno respeito pela
limitação de cada um e valorizando as qualidades pessoais. Esse programa se
desenvolveu nos anos de 2006 e 2007. No Programa B, (Programa a Pirâmide)
participaram 16 crianças e adolescentes, entre 6 e 13 anos. Nesse programa, as
crianças podem “inventar tudo” e “ser sonhadoras”. As sessões o de 3h
semanais e as atividades realizadas possibilitam a geração de novas ideias,
analogias e transformações. Esse programa tem duração contínua, está no oitavo
ano de implementação e a duração média de freqüência dos participantes é de 3
anos.
A falta de Grupo Controle não permitiu retirar informações claras, sobre
alguns indicadores avaliados no programa, porém, foi possível constatar que
houve ganhos, ao final dos programas, de forma qualitativa, pelas opiniões dos
participantes, pais e educadores que, revelaram apreciações positivas em relação
ao trabalho e, pela avaliação de juízes (especialistas na área), que comentaram a
originalidade das produções. De forma quantitativa, houve aumento da média de
respostas adequadas sugeridas por cada participante. No Programa A, a média
passou de 3 para 4,7 e no Programa B a média passou de 9,2 para 10,5.
Por meio da revisão da literatura aqui apresentada, sobre estímulo e
desenvolvimento da criatividade, é possível considerar que estudantes e
professores são beneficiados com treinamento em criatividade. Dessa forma,
torna-se importante e necessário reforçar as iniciativas realizadas nesse sentido,
para que haja contribuições para mudanças de atitudes em relação ao processo
de ensino-aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento de interesses para a
criatividade. Também é importante destacar que, apesar de varias pesquisas, em
nível de ensino superior para investigar programas de treinamento de criatividade,
59
estratégias de resolução de problemas e cursos ainda é necessário chamar a
atenção para a relevância da criatividade no contexto universitário e apontar
maneiras de cultivá-las (Shallcross & Gawienowski, 1989).
Em estudo de Alencar (1997), observou-se que, de modo geral, os
estudantes percebiam seus professores pouco ou muito pouco criativos;
demonstrando que estes estariam mais preocupados em seu papel de
transmissor de conteúdo. Concordamos com a autora que sugere que
O professor universitário esteja mais atento ao desenvolvimento
da capacidade do futuro profissional de pensar de forma criativa e
inovadora, algo indispensável nesse momento da História,
marcado pela mudança, pela incerteza, por um progresso sem
precedente, e por uma necessidade permanente do exercício da
própria capacidade de pensar. (p. 37)
2. 4 Ensino superior: desafios e possibilidades à criatividade
O ensino superior sempre manteve uma relação com o aspecto social ao
longo de sua história. E mesmo que, em alguns momentos, quisesse se fechar
em seu saber e conhecimento, não foi possível efetivar essa tentativa. A
universidade, segundo Chauí (2001), tem a dupla vocação: política e científica.
Para a filósofa e educadora, a relação entre o poder e o saber teve sua origem
com os gregos; marcada pelo nascimento da democracia.
Ora, a universidade é uma instituição social. Isso significa que ela
realiza e exprime de modo determinado, a sociedade de que é e
faz parte. Não é uma realidade separada e sim uma expressão
historicamente determinada. (p. 35).
Nesse cenário, pode-se perguntar: qual é o papel da universidade diante
da sociedade e de si mesma? O ensino superior forma profissionais capazes de
educar para a crítica e a criatividade ou para a (re) produção? É possível
constatar as dificuldades do ensino superior em relação à sua vocação política e
científica, pelas crises visíveis por que passa.
No relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI,
escrito para a Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e a
cultura –UNESCO - segundo registro de Delors (1999, p. 140), lê-se:
60
Numa grande parte do mundo em desenvolvimento, ensino superior
está em crise cerca de dez anos. As políticas de ajustamento
estrutural e a instabilidade política oneraram o orçamento dos
estabelecimentos de ensino. O desemprego de diplomados e o êxodo
de cérebros arruinaram a confiança depositada no ensino superior.
Concretamente, Ristoff (1990, p. 201) se refere à tríplice crise da
universidade brasileira, chamando essa crise de “matador silencioso” e que, na
visão do autor, expressa bem o processo de deteriorização gradual, e por isso
menos impactante e perceptível, próprio do ambiente educacional”. Crise esta
que, ainda persiste nos dias atuais, expressa também na transformação do ensino
em mercadoria e na formação em massa dos futuros profissionais.
Segundo o autor, percebe-se uma evolução e diferentes desdobramentos
da crise no que diz respeito também à educação: primeiro é a elitização. No
Brasil, o acesso à educação superior está restrito a cerca de10% da população da
faixa etária apropriada. Apesar de toda oferta de cursos no ensino superior, ainda
dificuldades de acesso e condições de iniciar e finalizar o curso. Outro ponto é
a ausência de investimento: problema crucial por parte do governo ou do
cumprimento da própria constituição. O primeiro “matador silencioso da
educação, o da crise de financiamento, tem se generalizado. A limitação de
fundos é uma das causas da crise atual e das tensões entre o Estado e a
comunidade universitária e, por último, a obsolescência do modelo: a crise de
modelo deriva da definição que fazemos, da função da educação superior.
Elitização e ausência de investimentos estão essencialmente imbricados; são
reflexos de uma política educacional mal concebida pelo governo que não aplica
recursos na área social.
A questão desafiadora é a apresentação de um modelo de Ensino superior
que vem sendo submetido às leis do mercado e com princípios de competitividade
e eficiência. A mesma lógica parece estar presente no que se refere à eleição de
áreas ou disciplinas. As mais privilegiadas são as que têm uma relação direta com
o mercado; em outras palavras, as que levam a um produto mais rentável. Nessa
ótica, a educação vem sendo questionada sobre a necessidade de fazer
mudanças. É visível que, nestas últimas décadas, a crise das instituições de
ensino superior adquiriu novos contornos e significados. As transformações
científicas e tecnológicas inovadoras, os meios de comunicação de massa
61
colocaram em cheque o secular monopólio da universidade. Delors (1999),
entretanto, destaca a importância que assumiu a universidade, especialmente na
segunda metade do século XX:
São as universidades, antes de tudo, que reúnem um conjunto de
funções tradicionais associadas ao progresso e à transmissão do
saber: pesquisa, inovação, ensino e formação, criatividade e
educação permanente. (p.141)
Em meio às crises e desafios do Ensino superior, especialmente as de
Universalização e de favorecer o desenvolvimento pleno do educando, a
criatividade deve ser um dos eixos norteadores da relação ensino-aprendizagem.
Segundo Castanho (2000), dois valores são imprescindíveis na universidade,
mesmo para soluções de crise. A criticidade, como capacidade de pensar a crise
e a criatividade, como capacidade de inventar soluções para a crise. Dessa forma,
imaginação, intuição, confiança, criação, abertura são características interligadas
com a criatividade e precisam ter espaço na vida acadêmica.
Neste contexto, é pertinente discutir e refletir sobre o ensino universitário
que tem a responsabilidade de formar os profissionais das diversas áreas e,
sobretudo, formadores criativos. Além dos desafios e crises que o ensino
universitário enfrenta em suas relações externas, desafios internos que
também contribuem para a busca de mudança na forma de ensinar. Para Kuenzer
(2001), a função do ensino universitário era planejada com o modelo fordista de
organização, com sua divisão de tarefas intelectuais e instrumentais. A partir da
necessidade de mudança, a abordagem conteudista passa a ser questionada, a
memorização de procedimentos passa a ser substituída pela capacidade de usar
o conhecimento; pois, segundo a autora, a mudança social exige profissionais
potencialmente capazes de intervir crítica e criativamente.
Apesar da percepção das mudanças atuais e da discussão que se faz
sobre o papel da educação no desenvolvimento da criatividade, se percebem
poucos estudos sobre o tema no ensino superior como destaca Souza e Alencar
(2006):
Embora o papel da educação no desenvolvimento da criatividade
seja um tema bastante discutido, com ampla literatura sobre o
mesmo, observa-se uma escassez de estudos empíricos
focalizando a extensão em que professores universitários de
62
cursos diversos vêm promovendo condições favoráveis ao
desenvolvimento da capacidade de criar de seus estudantes.
De acordo com Alencar (1997), Wechsler & Nakano (2002) e Barreto,
(2007), uma análise sobre a criatividade no contexto educacional indica que a
maioria dos estudos tem sido realizada com amostras de professores e
estudantes do ensino fundamental e em menor escala com estudantes do ensino
médio. Observa-se uma escassez de estudos com amostras de estudantes e
professores do ensino superior.
na década anterior, Rosas (1984) ressaltou o pouco incentivo à
criatividade no ensino superior, relatando que o professor universitário deveria
ultrapassar o papel de conservador e transmissor de conteúdos, para o de
inovador, produtor e criador. Essa afirmação coincidiu com os resultados da
pesquisa de Alencar (1997) sobre a extensão que a criatividade vem sendo
estimulada no contexto universitário, onde os estudantes consideram que há
pouco incentivo à criatividade, pelos seus professores. Vinte anos depois,
Santeiro e colaboradores (2004) confirmam nos resultados de sua pesquisa sobre
professores facilitadores e inibidores da criatividade no ensino superior; que o
professor facilitador é o que prepara suas aulas, demonstra um reflexo do modelo
clássico de ensino, baseado no domínio e transmissão de conhecimentos.
Destacam-se, ainda, no campo do ensino superior em nível de graduação,
algumas iniciativas para o estudo da criatividade como as de Parners (1987);
Castanho (2000), Oliveira & Wechsler (2002), Alencar (2002, 2004), Alencar &
Fleith (2003, 2004), Santeiro et. al. (2004), Amaral & Martinez (2006) e Ribeiro &
Fleith (2007) e em nível de pós-graduação as pesquisa de Alencar (2002) que
estuda o estímulo à criatividade em programa de pós-graduação segundo os
estudantes e Barreto & Martinez (2007). Os dados confirmam a necessidade de
aprofundamento da criatividade no ensino superior.
Para Castanho (2000), no ensino superior, é preciso pensar na formação
de jovens com autonomia intelectual, com paixão pela busca do conhecimento e
com postura ética que os tornem comprometidos com a sociedade. Segundo a
mesma autora, embora conste nos planos e planejamentos o desenvolvimento da
63
criatividade, as faculdades são, no geral, pouco ou nada criativas e os jovens são
formados para uma atitude conformista e homogênea.
Nesse sentido, as pesquisas sobre criatividade no ensino superior, sem
dúvida ajudarão em revisão da prática do professor, contribuindo para a
promoção de produtividade criativa e, consequentemente, estudantes e futuros
profissionais que “saibam lidar com mudanças, flexíveis, com visão de futuro,
iniciativa, confiança em si mesmos, e saibam resolver problemas e superar
obstáculos” (Morejon, 2000, p.1).
Mesmo que a importância da criatividade no contexto educacional brasileiro
esteja sendo reconhecida, ainda poucas pesquisas com esse foco no país.
Além disso, segundo, Santeiro et. al. (2004) há um número reduzido de pesquisas
relacionando criatividade ao contexto universitário, demonstrando uma
necessidade atual e urgente de mais estudos nessa área. Com certeza, as
iniciativas, estudos e pesquisas nesse nível de ensino ajudarão a contribuir para
que as mudanças, hoje necessárias, aconteçam, como concluem Fleith & Alencar
(2004).
2. 5 Sala de aula: um espaço para criar
Antes de discorrer sobre os desafios e possibilidades do desenvolvimento
da criatividade e inovação em sala de aula, caracterizamos esse conceito que,
para muitos, segundo Von Zuben (1996), pode ser um espaço geométrico onde
se faz de conta que se ensina aquele que imagina que está aprendendo alguma
coisa. Partimos do princípio que a sala de aula é:
um espaço de ação, um evento que ocorre no espaço e no
tempo, onde se desenvolvem as articulações e contradições
entre o eu e o outro; entre o passado e o futuro, entre a tradição
e a revolução, entre a criatividade e o conformismo, o instante
inovador na vida do indivíduo, um momento inaugural da ruptura,
onde se desenvolve o processo de ensino-aprendizagem.(p. 127)
Em uma sociedade em que o desenvolvimento ocorre rapidamente, como
caracterizou Alarcão (2003), o processo de ensino-aprendizagem terá que ser
realizado de uma forma mais ativa, responsável e experienciada. Devem
prevalecer atitudes autônomas, dialogantes e colaborativas por meio de uma
dinâmica de investigação, descobertas e pesquisas que sejam significativas para
64
o conhecimento e a vida. Essa mesma autora valoriza a criação de ambientes
estimulantes para a aprendizagem e o incentivo do desenvolvimento da
criatividade e a inovação que animem a ação educativa.
Alarcão (2003) e Belluzzo (2004) afirmam que, o desafio se torna cada vez
maior numa sociedade, aberta e global, marcada por mudanças onde, existem
outras opções de se adquirirem informações e de ensinar e aprender, como, por
exemplo, a internet, a Educação à distância. Assim, valoriza-se o espaço da sala
de aula por acreditar que a educação desenvolve competências e forma
identidades, como afirma Belluzzo (2004). Destaca-se também a importância do
ambiente de aprendizagem, no contexto educacional, onde a interação professor-
estudante é fundamental, como cita Masetto (1990). Ele argumenta que o modo
de agir e a personalidade do professor, em sala de aula, são fatores que
colaboram para a aprendizagem dos estudantes, pois as concepções do
professor se refletem nos valores e nos padrões sociais que formam para a
cidadania e a ética.
Em seus estudos sobre o cotidiano da sala de aula, Macedo (2005)
ênfase na dificuldade que se tem para analisar o dia-a-dia da sala de aula. Para
ele, embora esse tema esteja presente nas reflexões, é tratado de forma muito
genérica nos livros e produções. O autor continua dizendo que observar o
cotidiano da sala de aula é um caminho para promover ações de melhoria das
condições do trabalho professor e do processo de ensinar e aprender.
Segundo Woods (1995), alguns fatores obrigam os professores a agirem
de forma conservadora e rotineira: a) a exigência de controlar grupos; b) os
constrangimentos circunstanciais; c) a especialização em uma disciplina que dá
origem à fragmentação do saber; d) o status de carreira; e) o isolamento do
professor. Uma outra dificuldade, citada por Charlot (2000), em relação à
aprendizagem, é que a experiência escolar para os estudantes limitou-se a ter
sucesso somente na escola. A busca da aquisição do saber para a vida em
sociedade foi ignorada.
Sob um outro olhar, Sordi (2000) caracteriza a sala de aula,
especificamente universitária, como um espaço de valorização do conjunto de
65
informações repassadas ao estudante que, por sua vez, representa a garantia da
densidade teórica necessária para corresponder às demandas da sociedade. A
autora enfatiza, ainda, segundo essa lógica, o ensino ser regido por uma visão
estática do tempo. Dessa forma, não tempo para a dúvida, para os
questionamentos, para as incertezas, para as perguntas. O tempo deve ser gasto
para ensinar as respostas certas. Sendo assim, os professores estão certos de
suas avançadas teorias pedagógicas, de suas concepções sobre a qualidade de
ensino, reagem à mudança e às inovações, especialmente por não reconhecerem
sua necessidade.
Para Castanho (2000), a sala de aula é entendida como um espaço para a
dúvida, leitura, interpretação, poesia, música, interação e inovação. Para tanto,
são necessários alguns todos de trabalho: ter o estudante como referência,
valorizar o cotidiano, privilegiar a análise, inserir a dúvida como princípio
pedagógico e valorizar outros materiais de ensino.
É importante levar em consideração que herdamos um método de aprender
e ensinar, fundamentado em três pontos principais como cita Anastasiou (2003).
O primeiro deles é a preleção do conteúdo pelo professor. Em seguida, o
levantamento de dúvidas pelo estudante e, posteriormente, o exercício de fixação,
cabendo ao estudante a memorização para a prova. Nesse sentido, fica excluída
a historicidade do processo e os conteúdos ficam fragmentados e com o fim em si
mesmo.
Complementando essa ideia, Assman (2004) descreve a dificuldade que os
professores têm para deixar a aula ser um potencial desencadeador da
curiosidade. Segundo ele, a curiosidade não é postergável. A hora da curiosidade
é a hora do seu surgimento e, por vezes, as perguntas dos estudantes são vistas
como um estorvo ou desvio do assunto. E o desvio, para o autor, é a dimensão
essencial do pensamento. Para a fecundidade do pensamento criativo, são
necessárias as divergências, as ideias, expressas e as perguntas.
Nesse sentido, concordamos com Wechsler (2001) que diz ser necessário
um clima para a criatividade em sala de aula, proporcionado pelo professor, pois a
simples aplicação de técnicas criativas de ensino não traz benefício. Na verdade,
66
a busca por formas de ensinar de maneira mais criativa desinstala o paradigma
da educação tradicional. Amabile (2001) dá importância a um ambiente social que
favoreça o desenvolvimento das motivações, habilidades e atitudes e que
possibilite oportunidades de aprendizagem criativas e o envolvimento com tarefas
que possam desafiar o estudante.
Seguindo essa linha de raciocínio, Alonso (2000) a sala de aula como
um ambiente onde se cria uma oportunidade para as pessoas adquirirem
conhecimento, habilidades, atitudes e mudarem o comportamento. De acordo
com a autora, o professor tem grande responsabilidade em criar um ambiente
saudável na aula para que a aprendizagem dos estudantes seja eficiente.
Entre outros autores que desenvolvem estudos sobre a necessidade de um
clima em sala de aula que propicie a criatividade, destaca-se Fleith (2001) que
apresenta algumas sugestões nesse sentido. A primeira diz respeito às
estratégias desenvolvidas em sala de aula, como por exemplo:
dar ao estudante um feedback informativo; relacionar os objetivos
e conteúdos às experiências dos estudantes; diversificar as
tarefas propostas, as técnicas e a avaliação; criar um espaço de
divulgação dos trabalhos dos estudantes; compartilhar
experiências pessoais relacionadas com o tópico estudado;
orientar o estudante a buscar informações adicionais sobre os
tópicos de seu interesse e mudar o espaço físico da sala de aula
de acordo com as atividades desenvolvidas. (p. 57)
A segunda refere-se ao comportamento do professor, quando esse
estabelece uma relação positiva com os estudantes, estimula a postura
questionadora em sala de aula, valor às produções e ideias, cultiva um senso
de humor, manifesta entusiasmo pela atividade professor e, leva em consideração
os interesses dos estudantes. E a terceira relaciona-se a atividades que levem o
estudante a produzir mais ideias, que estimulem a analisar criticamente, motive a
levantar questões e gerar diferentes hipóteses.
Concordamos com a autora que, além de levar em consideração a
influência social e cultural no processo criativo e o treino e preparação dos
estudantes e professores para ideias originais, é importante estabelecer o clima
de sala de aula que favoreça o desenvolvimento e a expressão da criatividade.
67
Dessa forma, o comportamento do professor é algo imprescindível para cultivar a
criatividade, afirmação confirmada pelas palavras de Nakano (2009):
Partindo-se destes apontamentos da literatura e das pesquisas
nacionais relatadas, pode-se notar que todos os pesquisadores
salientaram a importância da conscientização dos professores e
futuros professores do papel que exercem junto aos estudantes;
da necessidade de serem facilitadores da aprendizagem e
estimuladores do potencial criativo, estabelecendo dessa forma
uma atmosfera em sala de aula mais propícia à produção e não
apenas à reprodução do conhecimento (p. 52).
Apesar das possibilidades existentes, Alencar (1999) afirma que são muitas
as barreiras que a pessoa enfrenta para tirar proveito de seu potencial criativo.
Algumas, de acordo com a autora, o de ordem pessoal, classificadas por ela
como emocionais; perceptuais e intelectuais. Outras de ordem social, ligadas aos
valores, às normas e aos pressupostos cultivados na sociedade. Nesse contexto,
se faz presente fortemente a escola, responsável por reproduzir ou transformar,
isto é, conservar ou mudar a sociedade, segundo Enguita (2004).
Talvez seja necessária a mudança de alguns paradigmas, como cita
Marquezan (2003). Ensinar não é transferir conteúdo, assim como aprender não é
a memorização de conteúdo e sim a interação, a troca de ideias e a construção.
Dessa forma, o conhecimento da sala de aula pelo professor é fundamental. Na
medida em que ele concebe esse espaço, possibilitando intervenções e
mudanças, acontece a construção do conhecimento.
Oliveira (2007) delineou em seus estudos um quadro ilustrativo referente à
percepção de gestores educacionais acerca dos elementos facilitadores e
inibidores à expressão criativa no contexto escolar. Os resultados desse estudo
confirmaram que existe o reconhecimento da necessidade do ser criativo, de
saber lidar com as exigências do mundo atual, mas a equipe escolar não está
preparada e capacitada para implementar essas práticas. Os estudos ainda
sugerem que a os profissionais envolvidos na área educacional se libertem da sua
condição reprodutivista e do seu tradicionalismo. Para isso, é necessária, uma
capacitação de todos os envolvidos no processo educativo, para que possam lidar
com a criatividade no ambiente escolar de forma eficiente e consciente.
68
Os fatores facilitadores da criatividade na sala de aula estão diretamente
relacionados ao professor, que deve entender que o espaço da sala de aula
também abriga vida, inquietação, arte, silêncio, debate, inovação, valores,
ação, reflexão, cotidiano, sonho, conteúdo, vivências, recursos,
interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, poesia, filme e, enfim, o gosto pelo
ensino e pelo aprender junto com o estudante (Orrú, 2007).
Preocupados em estudar o papel do ambiente de sala de aula e suas
consequências, como, por exemplo, inibir ou estimular as habilidades criativas
nos estudantes, alguns estudiosos propõem alternativas para a reflexão e uma
prática pedagógica que possibilite o desenvolvimento dessas habilidades no
cotidiano. Resultados obtidos por Fleith (2000), em sua pesquisa sobre os fatores
que inibem ou estimulam a criatividade em salas de aula do ensino fundamental,
realizada com os professores e estudantes de terceira e quarta séries sugeriram
que o ambiente estimulador da criatividade oferece escolha aos estudantes;
aceita ideias diferentes, incentiva autoconfiança, percebe os interesses e
habilidades dos estudantes e permite e valoriza os erros. Por outro lado, para
estes estudantes e professores, o ambiente inibidor da criatividade, possui
características de regras em excesso; professores controladores; não é permitido
errar e as ideias são ignoradas.
É possível perceber que contribuições, caminhos, para uma educação
que desenvolva a criatividade. Porém, concordamos com Fleith & Alencar (2005)
ao descreverem que, apesar do reconhecimento de que, o ambiente educacional
tem um papel importante no desenvolvimento da expressão criativa dos
estudantes; poucas tentativas têm sido feitas para avaliar a extensão do estímulo
ou inibição da criatividade.
Diante do exposto, é necessário levar em consideração os resquícios
deixados por uma educação baseada, por muitos anos, na disciplina e na ordem.
Godinho (1995) faz uma reflexão sobre a necessidade de acalmar e comandar os
corpos para uma boa disciplina e, consequentemente, para uma boa educação.
Para a autora, a disciplina fabrica indivíduos visando à economia do tempo
e o máximo aproveitamento de forças. Esse poder modesto se efetiva através do
69
cotidiano, nas práticas simples e corriqueiras da sala de aula, por meio de três
instrumentos: a vigilância, a sanção e o exame.
Mesmo que as instituições de ensino de hoje tenham mudado, carregam
influências e apresentam características de controle e inibição da expressão, em
sala de aula, acompanhadas de caractesticas de exigências e comparações. De
acordo com Godinho (1995), é comum ouvir dos professores, em sala de aula,
palavras que expressam controle, poder, ameaça. Eles não se dão conta do
poder da linguagem, do quanto ela ordena, comanda e exige obediência. No
cotidiano, não conseguem promover mudanças em si mesmos, em suas práticas
pedagógicas e na escola. Apenas permanecem, no ciclo receber-emitir-transmitir.
Não criam coisas novas e novas palavras.
Também Laranjeira (2000) traz contribuições importantes, sobre o assunto,
salientando que um viés na educação. Se for considerada a realidade do
estudante, a qualidade do ensino cai. De acordo com a autora, quando há essa
afirmação, significa que continua, no sistema educacional, a opção pelo poder de
ditar regras e pelos portadores dos únicos padrões corretos. É necessária a
compreensão de que respeitar a realidade do estudante é parte da postura
construtivista do professor e, pelo contrário do que se pensa, é elevar a qualidade
do ensino.
No estudo realizado por Correa (1995), constata-se que a criatividade
surge com evidência num clima de liberdade de expressão, visto que o estudante,
como foco do processo ensino-aprendizagem, é pleno em suas realizações.
Também, como resultado da pesquisa, destaca-se o temperamento do
professor e sua visão de prática educativa que influenciam no desenvolvimento
criativo. Não dúvidas de que o ambiente exerce um papel fundamental no
desenvolvimento das capacidades criativas, como também nas diversas formas
que podem ser a expressão criativa. De acordo com Lubart (2007), o espaço
escolar pode oferecer um ambiente favorável às condutas criativas e também
pode dificultar o desenvolvimento das mesmas.
Os resultados da pesquisa realizada por Schirmer (2001) com professores
da educação infantil, parecem confirmar que as características que impedem o
70
desenvolvimento da criatividade em sala de aula o: a) as condições do
ambiente (espaço inadequado, falta de material); b) as lacunas deixadas na
formação do professor no que concerne à criatividade; c) limites e regras que o
professor impõe; e d) a repressão da criatividade expressa em cticas e
autoritarismo por parte do professor. A partir dos resultados, o autor sugere, como
alternativa de melhoria, a organização dos recursos educativos e a implantação
de discussões no ensino superior responsáveis pela formação de professores e
capazes de produzir mudanças curriculares - sobre criatividade.
Outro dado interessante é que o perfil dos estudantes que os professores
querem em sua sala de aula não é o mesmo daqueles que os professores
acreditam que terão sucesso e chance de vencer na vida. É o que a pesquisa de
Vidal (2000) realizada com professores do ensino superior, constatou. Segundo
os dados da pesquisa, o perfil do estudante que o professor prefere na sua aula é
o inteligente, o que tem notas altas e o honesto, enquanto o perfil de estudante
que o professor considera que terá mais chances de vencer na vida é o criativo,
inteligente e popular. Nesse sentido, fica difícil esperar que o professor possibilite
ou estimule a criatividade em sua aula, se o perfil de estudante esperado por ele é
o que tira notas altas, honesto e inteligente.
Como características facilitadoras da criatividade em ambiente de sala de
aula, Craft (2001) cita: a) ter espaço adequado e tempo; b) desenvolver a auto-
estima; c) envolver os estudantes em níveis mais elevados de capacidades
cognitivas; d) incentivar a expressão de suas ideias; e) incentivar a integração das
diversas áreas para que tenha significado para a criança. Por outro lado, Tibeau
(2002) apresenta três características que dificultam o desenvolvimento da
criatividade na aula, resultantes de uma pesquisa realizada com professores
universitários: a) estar preso ao conteúdo e ao programa a ser desenvolvido; b)
falta de tempo para a realização das atividades diferentes; e c) pouco
conhecimento que se tem sobre criatividade, o que dificulta o reconhecimento da
capacidade criativa dos estudantes.
Estratégias sugeridas por alguns especialistas para se promover a
criatividade em sala de aula, entre eles Renzulli (1992), descrevem, como
elementos importantes, a necessidade de fazer com que o estudante explore
71
novas áreas de conhecimento, desenvolva habilidades cognitivas, desenvolva um
autoconceito positivo, participe das atividades em sala de aula, e descubra novos
interesses e potencialidades, produzindo ideias e conhecimento de maneira
criativa.
Ao estudar sobre a ambiência de sala de aula, as estratégias
desenvolvidas para o ensino mais criativo; o papel do professor; o clima favorável,
para desenvolver a criatividade; citamos um dos ensaios de Walter Benjamim,
utilizado por Von Zuben (1996), que relata a parábola de um velho que, no
momento de sua morte, revela aos filhos a existência de um tesouro enterrado em
seus vinhedos. Pouco tempo depois, os filhos põem-se a cavar, mas não
descobrem qualquer vestígio do tesouro. Com a chegada do outono, as vinhas
produzem mais que qualquer outra da região. então compreendem que o pai
lhes havia transmitido uma experiência: “a felicidade não está no ouro, mas no
trabalho e nas capacidades de cada um em fazer a vinha produzir”. O tesouro não
está na sala de aula em si, mas na sua compreensão como um espaço de
expressão e construção, apoiado nas relações, nas possibilidades de crescimento
e desenvolvimento de talentos, nas experiências e aprendizagens ali vivenciadas
e apreendidas no cotidiano.
2.6 Objetivo geral
1. Avaliar os efeitos de um programa de desenvolvimento da criatividade em
professores do ensino superior.
2.7 Objetivos específicos:
1. Investigar os efeitos do referido programa na percepção dos participantes a
respeito do conceito de criatividade.
2. Avaliar, por meio da participação em um programa de desenvolvimento da
criatividade, se houve incremento das habilidades criativas (fluência,
flexibilidade, elaboração, originalidade, fantasia, perspectiva incomum e o uso
de analogias e metáforas) em professores do ensino superior.
3. Identificar efeitos do programa sobre o clima de sala de aula para a
criatividade.
72
4. Comparar as percepções sobre o professor criativo entre estudantes com os
professores que participaram do programa de desenvolvimento da criatividade
e com os que não participaram do programa.
5. Comparar as autoavaliações dos professores que participaram e não
participaram do programa de desenvolvimento da criatividade.
6. Comparar as avaliações dos estudantes dos professores que participaram do
programa, antes e depois e dos que não participaram.
73
FIGURA DO CASULO
74
3 MÉTODO
3.1 Participantes
Amostra A: foi composta por 240 participantes, sendo 30 professores
universitários e 210 estudantes universitários de diversas áreas do conhecimento
(Humanas, Saúde, Exatas e Comunicação) provenientes de uma Universidade
confessional, do interior de São Paulo. Os professores e estudantes não haviam
participado de qualquer programa de desenvolvimento de criatividade
anteriormente.
Dos professores do Grupo Experimental, 80% são do sexo feminino.
Grande parte tem de 11 a 20 anos de docência no ensino superior (33%), sendo 5
doutores, 8 mestres e 2 especialistas. A área de atuação de 53% dos professores
é de Humanas. No Grupo Controle, 73% é do sexo feminino. Quanto ao tempo
de docência no Ensino superior, 4 professores têm de 11 a 20 anos de
experiência e 4 têm mais de 30 anos de experiência. A área de atuação se
concentra na área de Humanas, com 73% dos participantes.
Dos 105 estudantes dos professores do Grupo Experimental, 50% têm de
17 a 20 anos, 63% é do sexo feminino, 30% estão cursando o segundo ano do
curso e 53% é da área de Humanas. Dos 105 do Grupo Controle, 66% da
amostra é do sexo feminino, 40% tem de 17 a 20 anos, 28 estudantes (27%)
estão cursando o terceiro ano do curso e 73% são da área de Humanas.
Participaram ainda da pesquisa, 5 colaboradores, 1 Psicólogo para a
correção dos testes e 4 juízes para a avaliação dos temas e das categorias
agrupadas dentro dos critérios classificados. Os 4 juízes são do sexo feminino, 1
doutor em Linguística, 2 doutorandos em Psicologia e 1 doutor em Educação.
Foram enviadas aos juízes, as respostas de 5 professores e de 10
estudantes para a avaliação das categorias (Vide, Anexo1). Foi aceita uma
concordância entre os juízes maior ou igual a 75%.
75
Amostra B: 100 estudantes universitários, que não eram alunos dos
professores que participaram do programa, no qual, foi aplicado o Teste de
Criatividade Verbal B, para verificar a frequência da originalidade.
As Tabelas 1 a 6 ilustram os dados citados acima, com relação à
participação professor nos dois grupos.
Tabela 1. Distribuição dos professores por faixa etária por Grupo Experimental e Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Faixa etária
F % F %
20 a 30 1 7 2 13
31 a 40 5 33 3 20
41 a 50 4 27 6 40
51 ou mais 5 33 4 27
Total 15 100 15 100
As faixas etárias de maior incidência dos professores do Grupo
Experimental são 31 a 40 anos e com mais de 51 anos, ambos com 33%; no
Grupo Controle, a maioria dos participantes está na faixa etária de 41 a 50 anos
(40%).
Conforme pode ser visto na Tabela 2, dos participantes professores do
Grupo Experimental, 80% são do sexo feminino e 20% do masculino; no Grupo
Controle 73% são do sexo feminino e 27% do masculino; predominando em
ambos os grupos o sexo feminino.
Tabela 2. Distribuição do sexo dos professores por Grupo Experimental e Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Sexo
F % F %
Feminino 12 80 11 73
Masculino 3 20 4 27
Total 15 100 15 100
76
Em relação à docência, é possível perceber na Tabela 3, que a maioria dos
professores do Grupo Experimental tem de 11 a 20 anos de docência (33%) e no
Grupo Controle a maioria (27%) tem mais de 30 anos de docência.
Tabela 3. Distribuição do tempo de professores por Grupo Experimental e Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Tempo de docência
F % F %
1 a 5 anos 1 7 3 20
6 a 10 anos 4 27 2 13
11 a 20 anos 5 33 4 27
21 a 29 anos 3 20 2 13
Mais de 30 anos 2 13 4 27
Total 15 100 15 100
A formação dos participantes professores aponta para 53% de mestres no
Grupo Experimental, enquanto a maioria do Grupo Controle (60%) formada por
doutores.
Tabela 4. Distribuição da formação dos professores por Grupo Experimental e Grupo Controle.
A Tabela 5 apresenta a distribuição dos professores por curso de atuação.
Percebe-se, tanto no Grupo Experimental quanto no Grupo Controle, que a
maioria dos professores é do curso de Letras (20%). No Grupo Experimental,
vêm, em seguida, os cursos de Enfermagem (13%) e Pedagogia (13%) e Teologia
(13%). No Grupo Controle, as maiores quantidades são dos cursos de Filosofia
(13%) e Pedagogia (13%).
Grupo Experimental Grupo Controle
Formação
F % F %
Especialista 2 13 2 13
Mestre 8 53 4 27
Doutor 5 33 9 60
Total 15 100 15 100
77
Tabela 5. Distribuição dos professores por curso de atuação por Grupo Experimental e Grupo
Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Cursos
F % F %
Administração 1 7 0 0
Arquitetura 1 7 0 0
Enfermagem 2 13 1 7
Engenharia Química 0 0 1 7
Filosofia 0 0 2 13
Gastronomia 1 7 0 0
História 1 7 1 7
Jornalismo 1 7 0 0
Letras 3 20 3 20
Matemática 0 0 1 7
Música 0 0 1 7
Pedagogia 2 13 2 13
Psicologia 0 0 1 7
Química 0 0 1 7
Teologia 2 13 1 7
Turismo 1 7 0 0
Total 15 100 15 100
Como pode ser verificado, na Tabela 6, confirma-se a maior participação
no Programa de Construção Pedagógica dos professores da área de Humanas
em ambos os grupos.
Tabela 6. Distribuição das áreas de atuação dos professores por Grupo Experimental e Grupo
Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Áreas F % F %
Exatas e Comunicação 5 33 3 20
Humanas 8 53 11 73
Saúde 2 13 1 7
Total 15 100 15 100
78
As Tabelas 7 a 11 ilustram os dados citados anteriormente em relação à
participação dos estudantes nos dois grupos. Quanto à faixa etária dos
estudantes participantes deste estudo, a maioria encontra-se entre 17 e 20 anos
sendo 48% participantes no Grupo Experimental e 38% no Grupo Controle,
conforme observado na Tabela 7.
Tabela 7. Distribuição dos estudantes por faixa etária por Grupo Controle e Experimental.
Grupo Experimental Grupo Controle
Faixa etária
F % F %
15 a 20 50 48 40 38
21 a 25 20 19 30 29
26 a 30 20 19 15 14
31 a 35 7 7 9 9
36 a 40 6 6 3 3
41 ou mais 2 2 8 8
Total 105 100 105 100
A Tabela 8, que diz respeito ao sexo dos estudantes participantes, no
Grupo Experimental; 60% são do sexo feminino e 40% do masculino; no Grupo
Controle; 66% são do sexo feminino e 34% são do masculino; predominando o
sexo feminino em ambos os grupos.
Tabela 8. Distribuição do sexo dos estudantes por Grupo Experimental e Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Sexo
F % F %
Feminino 63 60 69 66
Masculino 42 40 36 34
Total 105 100 105 100
No que se refere ao ano do curso dos estudantes participantes, os
destaques são: no Grupo Experimental, 30% estão cursando o segundo ano e no
Grupo Controle, 27% estão cursando o terceiro ano do curso, de acordo com o
apontado na Tabela 9.
79
Tabela 9. Distribuição do ano que está cursando do estudante por Grupo Experimental e Controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Ano do curso
F % F %
1 ano 27 26 24 23
2 anos 31 30 26 25
3 anos 19 18 28 27
4 anos 21 20 23 22
5 anos ou mais 7 7 4 4
Total 105 100% 105 100
Quanto à distribuição de estudantes por curso, na Tabela 10 percebe-se
tanto no Grupo Experimental quanto no Grupo Controle a maioria dos estudantes
é do curso de Letras (20%) em ambos os grupos. No Grupo Experimental, vêm,
em seguida, os cursos de Enfermagem (13%), Pedagogia (13%) e Teologia (13%)
e, no Grupo Controle, a maioria é dos cursos de Letras (20%), Filosofia (13%) e
Pedagogia (13%).
Tabela 10. Distribuição dos estudantes por curso por Grupo Experimental e Grupo Controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Cursos
F % F %
Administração 7 7 0 0
Arquitetura 7 7 0 0
Enfermagem 14 13 7 7
Engenharia Química 0 0 7 7
Filosofia 0 0 14 13
Gastronomia 7 7 0 0
História 7 7 7 7
Jornalismo 7 7 0 0
Letras 21 20 21 20
Matemática 0 0 7 7
Música 0 0 7 7
Pedagogia 14 13 14 13
Psicologia 0 0 7 7
Química 0 0 7 7
Teologia 14 13 7 7
Turismo 7 7 0 0
Total 105 100 105 100
80
Na Tabela 11, confirma-se uma participação maior nas respostas do
questionário dos estudantes da área de Humanas em ambos os grupos,
consequente de um número maior de participantes professores no Programa de
Construção Pedagógica da área de Humanas.
Tabela 11. Distribuição das áreas de estudo dos estudantes por Grupo Experimental e Grupo
Controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Áreas
F % F %
Exatas e Comunicação 35 33 21 33
Humanas 56 53 77 53
Saúde 14 13 7 13
Total 105 100 105 100
3.2 Instrumentos
Foram utilizados na pesquisa os seguintes instrumentos: questionário para
os professores, questionário para os estudantes, testes de pensamento criativo
para os professores (forma A e forma B) e o Programa de Construção
Pedagógica.
No questionário para os professores, os participantes foram convidados a
responder um formulário de autopreenchimento composto por 14 questões
abertas, com o objetivo de verificar: conceito de criatividade no processo de
ensino; se possibilidades de ser criativo em sala de aula, as características da
aula criativa, os fatores que possibilitem o clima criativo, as experiências de aulas
criativas, as motivações para ser criativo e a autoavaliação (Vide, Anexo 2).
No questionário para os estudantes, os participantes foram convidados a
responder um formulário de autopreenchimento composto por 10 questões
abertas, com o intuito de verificar: o conceito de criatividade em sala de aula, as
características da aula criativa; possibilidade se ser criativo em sala de aula; os
fatores que possibilitem o clima criativo, as experiências de aulas criativas e a
avaliação da criatividade do professor (Vide, Anexo 3).
81
Os Testes de Pensamento Criativo, por meio de Palavras (Forma A e
Forma B) de Torrance (1966), para avaliar as habilidades criativas, adaptados e
validados por Wechsler (2004) foram aplicados para os professores. No Teste
de Pensamento Criativo com Palavras (Forma A), os participantes foram
convidados a realizar 6 atividades no tempo de 45 minutos. Antes de começar o
teste, uma orientação em que se despertará o interesse e motivação dos
participantes. As atividades 1, 2 e 3 são compostas por uma mesma figura que
serve de estímulo para o participante fazer todas as perguntas que quiser sobre a
cena, na Atividade 1; para adivinhar as causas para explicar a figura na Atividade
2 e para adivinhar as consequências das ações da figura na Atividade 3. As
instruções se encontram no alto da página.
Já a Atividade 4 é composta de um desenho de um brinquedo e é solicitado
aos participantes que pensassem de maneiras diferentes, inteligentes e
interessantes de mudar o brinquedo e torná-lo mais divertido. As instruções estão
no alto da página. A Atividade 5 propõe que os participantes escrevam todas as
ideias interessantes e diferentes para utilizar caixas de papelão. As instruções
também estão no alto da página.
Na Atividade 6, os participantes foram convidados a fazer suposições
diante de uma situação improvável. Essa Atividade é composta por uma figura e
uma narração de uma situação improvável. Importante destacar que todas as
atividades propostas no teste devem ser escritas e as instruções são
padronizadas e buscam direcionar as respostas: muitas respostas/
diferentes/originais/diversificadas.
No Teste de Pensamento Criativo com Palavras (Forma B), os
participantes são convidados a realizar 6 atividades. As atividades são parecidas
com o Teste Pensando Criativamente com Palavras (Forma A), mudando a figura,
o brinquedo e a situação improvável, seguindo as mesmas orientações e o tempo
de aplicação.
Os Testes Pensando Criativamente com Palavras avaliam as seguintes
características criativas:
82
1. Fluência capacidade de gerar um grande número de ideias e soluções
para um problema;
2. Flexibilidade habilidade de olhar o problema sob diferentes ângulos e
mudar os tipos de propostas para solucionar um problema;
3. Elaboração capacidade de embelezar uma ideia por meio do acréscimo
de detalhes e enriquecimento de informações, procurando gerar um sentido
de harmonia e elegância estética;
4. Originalidade – capacidade de produzir ideias raras e incomuns, quebrando
padrões habituais de pensar;
5. Expressão de emoçõesinfluência de ordem não-racional na produção; os
fatores de origem emocional são facilitadores no processo de descoberta
de uma nova ideia;
6. Fantasia habilidade de ir além do real para o reino da imaginação e dos
sonhos e tornar possível o impossível, transformando o mundo com a
imaginação;
7. Perspectiva incomum capacidade de resistir às pressões da sociedade e
de ter uma atitude inconformista perante fatos considerados
inquestionáveis;
8. Uso de Analogias e Metáforas busca de semelhanças entre coisas que
nunca foram percebidas como parecidas;
9. Índice Criativo Verbal I – é a soma das características criativas de Fluência,
Flexibilidade, Elaboração e Originalidade que são indicadoras do
pensamento divergente, possibilitando entender a criatividade do ponto de
vista do funcionamento cognitivo da pessoa;
10. Índice Criativo Verbal II este índice é obtido pela soma das 8
características criativas, tanto as relacionadas à cognição quanto às
relacionadas ao afetivo.
O Programa de Construção Pedagógica foi desenvolvido em dois grupos.
Com o Grupo Experimental, foi realizado um Programa de Desenvolvimento de
Criatividade, quando foi trabalhada uma parte teórica, estudando e discutindo
aspectos referentes à criatividade e uma parte prática, na qual, foram
83
desenvolvidos exercícios e atividades estimuladoras da criatividade. O programa
foi desenvolvido durante um semestre letivo, constando de 11 sessões semanais
com a duração de 3 horas cada, totalizando 33 horas.
Foram tratados os seguintes temas: Histórico, sobre a criatividade e as
ideias que foram formadas a seu respeito durante o tempo; barreiras e facilidades
para o desenvolvimento da criatividade em sala de aula; ambiente facilitador da
expressão da criatividade em sala de aula; a criatividade como bem social: ser
criativo para quê? Técnicas e exercícios, para estimular as habilidades criativas
como: tempestade de ideias, exercícios futuristas, exercícios de imaginação e
metáforas, resolução de problemas, leitura, desenhos e escrita criativa. As
atividades propostas no Programa foram adaptadas do livro Criatividade:
Descobrindo e Encorajando, de Solange Wechsler (2002).
Os encontros foram desenvolvidos por meio de discussões entre grupos,
leitura e discussão de textos distribuídos, relato de experiências, exercícios
práticos de resolução de problemas, exposição, músicas e atividades lúdicas.
Com o Grupo Controle, foi desenvolvido um Programa de Dúvidas
Pedagógicas, no qual, foram tratados assuntos referentes ao cotidiano
pedagógico, como: avaliação, planejamento, trabalho do professor, dificuldade de
aprendizagem, normativas da instituição, educação especial, bullying e novas
tecnologias. Os temas foram trabalhados de forma expositiva com discussões dos
temas pelos participantes. O programa foi desenvolvido durante um semestre
letivo, constando de 11 sessões semanais com duração de 3 horas cada,
totalizando 33 horas (Vide, Anexo 8).
3.3 Procedimentos
Este estudo foi realizado em três momentos consecutivos. Foi solicitada a
autorização junto à Reitoria da IES, comunicando os objetivos da pesquisa e uma
solicitação aos coordenadores dos cursos para a participação de seus
professores (Vide, Anexos, 4 e 5). Em seguida, o projeto foi submetido ao Comitê
de Ética da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
84
A escolha da Instituição de Ensino superior deu-se pela aceitação e pelo
interesse da mesma em participar da pesquisa, como colaboradora do estudo e
como uma oportunidade de capacitação de seus professores.
Após a permissão da Instituição para a realização da pesquisa e da
aprovação do Comitê de Ética, foi feito um convite aos professores para
participarem da pesquisa e consequentemente participarem de um Programa de
Construção Pedagógica (Vide, Anexo 6). Os dias da semana que aconteceram os
encontros foram estabelecidos pela pesquisadora após enquete com os
professores sobre o dia de sua prefencia. De posse dessa informação, a
pesquisadora optou pelos dias da semana que houve mais possibilidade de
participação. Os dias da semana escolhidos foram terças e quintas-feiras. Sendo
assim, outros professores não puderam participar por compromissos já assumidos
nesses dias. Inicialmente, houve 43 inscrições e após a definição das datas,
ficaram 30 participantes, que foram selecionados pela possibilidade de
participação nas datas e horários definidos.
Na sequência, os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro
denominado Grupo Controle (GC), composto por quinze professores que
poderiam participar às terças-feiras e o segundo chamado Grupo Experimental
(GE), formado por quinze professores que poderiam participar na quinta. A
escolha da classificação do grupo como controle ou experimental se deu por
ordem alfabética.
No dia e horário combinado, iniciou-se o desenvolvimento do Programa de
Construção Pedagógica quando foi explicado o objetivo do curso, da pesquisa e
ocorreu a aplicação do primeiro instrumento: Questionário Informativo, cuja
realização durou cerca de 30 minutos. Os participantes assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido (Vide, Anexo 7). No segundo encontro, ocorreu
a aplicação do segundo instrumento: Teste Avaliação da Criatividade por meio de
Palavras (forma A), com duração de 45 minutos.
Com os instrumentos aplicados, foram encaminhados a um colaborador
Psicólogo para efetuar a correção do Teste de Criatividade e os encontros do
Programa de Construção Pedagógica tiveram continuidade durante o semestre.
85
No final do Programa de Construção Pedagógica, os professores de ambos
os grupos responderam novamente o Questionário Informativo, com cerca de 30
minutos para a realização e, posteriormente, realizaram o Teste Avaliação da
Criatividade por meio de Palavras (forma B), com a duração de 45 minutos para a
realização.
Participaram da pesquisa estudantes voluntários que estavam matriculados
em disciplinas ministradas pelos professores participantes do Grupo Controle e do
Grupo Experimental.
De cada professor participante da pesquisa foram solicitados 10
estudantes, para responder ao Questionário Informativo no início e no término do
semestre letivo. Realizaram o pré-teste, 300 estudantes, totalizando 150
estudantes para cada um dos grupos (GE e GC). A aplicação do instrumento foi
realizada de forma coletiva. Os estudantes participantes assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Vide, Anexo 9).
No final do semestre letivo, foi aplicado novamente o Questionário
Informativo aos mesmos estudantes. Não foi possível localizar a totalidade da
amostra. Alguns haviam trancado o curso e outros não quiseram responder ao
questionário novamente. Dessa forma, a média de estudantes que responderam
ao pós-teste por professor participante da pesquisa foi 7. Esse foi o mero de
exclusão da amostra, por ordem alfabética, restando 7 estudantes de cada
professor, totalizando uma amostra de 105 estudantes.
A fim de poder avaliar a criatividade verbal no pós-teste, o Teste de
Criatividade Verbal, de Torrance, Forma B, foi aplicado para um grupo de 100
estudantes universitários. O critério de correção da originalidade foi o mesmo
utilizado para a forma A, ou seja: 5%, ou mais, de freqüência, a resposta foi
classificada como zero. Este critério formulou uma lista de palavras que
fundamentou a correção do teste. Os demais indicadores foram corrigidos pelos
resultados brutos, não precisando de tabela específica.
Os efeitos do Programa de Criatividade foram avaliados da seguinte forma:
Análise quantitativa:
86
1. Efeitos sobre as características criativas verbais nos testes de
criatividade verbal. Estes efeitos serão analisados considerando as variáveis de
grupo (experimental e controle) por meio do Teste T de Student. Para
levantamento da originalidade, aplicou-se o teste de criatividade verbal (forma B)
em um total de 100 sujeitos (todos estudantes do terceiro ano de Psicologia)
verificando-se então, a freqüência de cada resposta.
2. Notas atribuídas pelos estudantes aos professores comparando os que
participaram e os que o participaram do programa de criatividade. Nestas
análises, foi utilizado o Teste T de Student.
3. Autoavaliação dos professores, comparando os que participaram e os
que não participaram do programa de criatividade. Nestas análises, foi utilizado o
Teste T de Student.
Análise qualitativa:
Foram avaliados e comparados os efeitos do programa de criatividade de
forma qualitativa, nos seguintes aspectos:
1. Análise do Questionário dos professores, comparando os que
participaram e os que não participaram do programa, quanto ao conceito de
criatividade no processo de ensino, quanto às caractesticas da aula criativa, os
efeitos da aula criativa na aprendizagem, os fatores que possibilitem o clima
criativo, as experiências de aulas criativas e as motivações para ser criativo e a
autoavaliação. Foi utilizado o teste de associação Qui-Quadrado.
2. Análise do Questionário dos estudantes dos professores que
participaram e os que não participaram do programa, comparando quanto ao
conceito de criatividade no processo de ensino, quanto às características da aula
criativa, os efeitos da aula criativa na aprendizagem, os fatores que possibilitem o
clima criativo, as experiências de aulas criativas, e a avaliação da criatividade do
professor. Foi utilizado o teste de associação Qui-Quadrado.
As respostas dos Questionários, dos professores e dos estudantes, foram
classificadas em temas elencados primeiramente pela pesquisadora.
87
A análise do conteúdo foi realizada por meio da categorização das
respostas dos participantes da pesquisa, buscando categorizar as unidades de
texto (palavras ou frases) que se repetiram, inferindo uma expressão que as
representassem.
Segundo Caregnato & Mutti (2006), a análise categorial é o tipo de análise
mais antiga e, na prática, a mais utilizada. Pode ser temática, construindo as
categorias conforme os temas que emergem do texto. Para classificar os
elementos em categorias, é preciso identificar o que eles m em comum,
permitindo seu agrupamento.
Na pesquisa, foram realizadas as etapas propostas por Bardin (1969): pré-
análise fase da organização, das leituras, hipóteses e elaboração de
indicadores que fundamentam a interpretação; exploração do material os dados
são codificados a partir das unidades de registro; tratamento dos dados
categorização, que consiste na classificação dos elementos, segundo
semelhanças ou diferenças, com posterior reagrupamento, em função das
características comuns (Vide, Anexo 10).
Após este trabalho de categorização, realizado pela pesquisadora, 4 juízes
avaliaram os temas dentro dos critérios classificados. Foi aceita uma
concordância maior ou igual a 75%. (Vide, Anexo 1).
88
FIGURA DO CASULO 2
89
4 RESULTADOS
4.1 Testes de criatividade verbal
Os resultados obtidos, na análise dos dados dos testes de criatividade,
aplicados aos sujeitos dos Grupos: Experimental e Controle, por meio do Teste T
de Student, são apresentados nas Tabelas a seguir. Nestas, constam a média e a
probabilidade; relativos às medidas de criatividade fluência, flexibilidade,
elaboração, originalidade, expressão de emoções, fantasia, perspectiva incomum,
uso de analogias e metáforas, índice criativo verbal I e índice criativo verbal II
comparando o pré-teste, o pós-teste e ambas as etapas dos grupos experimental
e controle e o pré-teste e pós-teste entre grupos.
Em relação ao pré-teste e ao pós-teste do Grupo Experimental, constata-
se, na Tabela 12, um acréscimo no geral nas medidas de criatividade, havendo
uma diferença significativa nas variáveis Originalidade e Perspectiva Incomum em
nível de p 0,05.
Tabela 12. Comparação das médias das medidas de criatividade do pré-teste e pós-teste do
Grupo Experimental.
*
p 0,05
Para melhor visualização dos dados, segue o Gráfico 1:
Grupo Experimental
Pré-teste Pós-teste
M DP M DP
P(T<t)
Fluência 63,47 46,54 74,73 55,67 0,28
Flexibilidade 25,40 11,53 29,20 11,94 0,08
Elaboração 10,93 11,53 12,00 9,67 0,44
Originalidade 25,33 26,50 44,27* 36,94 0,04
Expressão de emoção 4,87 3,56 4,47 2,56 0,68
Fantasia 1,13 1,68 3,00 4,04 0,10
Perspectiva incomum 2,20 2,27 5,00* 4,88 0,02
Analogias e metáforas 1,60 1,88 1,53 1,64 0,88
Índice verbal 1 125,13 90,12 160,20 108,16 0,09
Índice verbal 2 134,93 96,02 174,20 114,49 0,07
90
Gráfico 1. Média das medidas de criatividade no pré e pós-testes do Grupo Experimental.
A significância também pode ser observada na Tabela 13 que faz as
mesmas comparações, pom enfocando o Grupo Controle. As medidas
Flexibilidade e Perspectiva Incomum apresentaram diferenças significativas em
nível de p 0,05 na diminuição da média. Na figura 2, pode ser mais bem
visualizada a situação do pré-teste e pós-teste do Grupo Controle.
Tabela 13. Comparação das médias das medidas do pré-teste e pós-teste do Grupo Controle
Pré-teste Pós-teste
Grupo Controle
M DP M DP
P(T<t)
Fluência 54,47 29,93 50,93 29,91 0,18
Flexibilidade 27,33 11,15 24,47* 11,26 0,00
Elaboração 7,20 4,20 5,73 4,73 0,34
Originalidade 22,93 16,81 25,07 16,25 0,36
Expressão de emoção 2,80 2,37 3,47 2,47 0,23
Fantasia 2,07 2,96 0,73 1,33 0,15
Perspectiva incomum 3,07 2,46 1,67* 1,63 0,04
Analogias e metáforas 1,20 1,32 0,47 0,64 0,07
Índice verbal 1 111,93 56,38 106,20
59,86 0,27
Índice verbal 2 121,07 59,26 112,53
59,86 0,11
*
p 0,05
Para melhor visualização dos dados, segue o Gráfico 2:
91
Gráfico 2. Média das medidas de criatividade do pré e pós-teste do Grupo Controle.
Comparando o pré-teste do Grupo Experimental com o pré-teste do Grupo
Controle, nota-se, na Tabela 14, nenhuma diferença significativa (p < 0,05) nas
características. Nota-se que essas diferenças observadas entre o pré-teste dos
grupos não foram significativas, o que indica os participantes dos grupos serem
semelhantes no que diz respeito às habilidades criativas. Embora a média do
Grupo Experimental esteja acima da média do Grupo Controle, a o ser nas
medidas Perspectiva Incomum, Fantasia e Flexibilidade.
Tabela 14. Comparação das médias das medidas do pré-teste dos Grupos Experimental e
Controle
Para melhor visualização, segue o Gráfico 3:
Grupo Experimental Grupo Controle
Pré-teste
M DP M DP
P(T<t)
Fluência 63,47 46,54 54,47 29,93 0,54
Flexibilidade 25,40 11,53 27,33 11,15 0,67
Elaboração 10,93 8,47 7,20 4,20 0,17
Originalidade 25,33 26,50 22,93 16,81 0,77
Expressão de emoção 4,87 3,56 2,80 2,37 0,14
Fantasia 1,13 1,68 2,07 2,96 0,32
Perspectiva incomum 2,20 2,27 3,07 2,46 0,31
Analogias e metáforas 1,60 1,88 1,20 1,32 0,52
Índice verbal 1 125,13 90,12 111,93 56,38 0,64
Índice verbal 2 134,93 96,02 121,07 59,26 0,65
92
Gráfico 3 – Média das medidas de criatividade do pré-teste dos Grupos Experimental e Controle.
Comparando o pós-teste do Grupo Experimental com o pós-teste do Grupo
Controle, nota-se, na Tabela 15, que houve diferença significativa (p < 0,05), nas
variáveis: Elaboração, Perspectiva Incomum e Analogias e Metáforas. Esses
dados sugerem que houve ganhos para os participantes do Grupo Experimental
em relação ao Grupo Controle.
Tabela 15. Comparação das médias das medidas do pós-teste do Grupo Experimental e
Controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Pós-teste
M DP M DP
P(T<t)
Fluência 74,73 55,67 50,93 29,91
0,18
Flexibilidade 29,20 11,94 24,47 11,26
0,30
Elaboração 12,00* 9,67 5,73 4,73
0,04
Originalidade 44,27 36,94 25,07 16,25
0,09
Expressão de emoção 4,47 2,56 3,47 2,47
0,35
Fantasia 3,00 4,04 0,73 1,33
0,07
Perspectiva incomum 5,00* 4,88 1,67 1,63
0,04
Analogias e metáforas 1,53* 1,64 0,47 0,64
0,03
Índice verbal 1 160,20 108,16 106,20 56,84
0,12
Índice verbal 2 174,20 114,49 112,53 59,86
0,10
* p 0,05
93
Para melhor visualização, segue o Gráfico 4:
Gráfico 4 . Média das medidas de criatividade do pós-teste dos grupos Experimental e Controle.
4. 2 Questionários
Os resultados obtidos na análise das respostas do questionário dos
professores que participaram e dos que não participaram do programa de
criatividade; as respostas do questionário de seus respectivos estudantes; o
conceito de criatividade no processo de ensino quanto às características da aula
criativa; os fatores que possibilitam o clima criativo; as experiências de aulas
criativas e a avaliação da criatividade do professor são apresentados nas Tabelas
a seguir.
A Tabela 16 apresenta os resultados da comparação entre os pré e pós-
testes dos dois Grupos. Nota-se que no Grupo Experimental não diferenças
estatísticas significativas para um nível de significância p <
0,05. Porém, quando
as categorias são analisadas de forma individual, constata-se que houve uma
diferença significativa entre as etapas do pré-teste e pós-teste em relação à
categoria Criar ambiente motivacional (p < 0,05), observada pelos resultados do
94
teste do qui-quadrado. No Grupo Controle não foram apontadas diferenças
significativas.
Tabela 16. Distribuição sobre o conceito de criatividade dos professores dos grupos experimental
e controle.
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
Conceito de criatividade em aula
F % F %
F % F %
Adaptar o conteúdo a realidade do
estudante
4 10 3 6 0,34 1 4 1 4 0,01
Criar ambiente motivacional
14 33 31 65 4,05*
13 46 11 46 0,00
Lidar com situações problema
8 20 5 10 1,25 6 21 4 17 0,15
Usar novas estratégias para ensinar
9 22 6 13 1,17 5 18 5 21 0,05
Utilizar diversos recursos
6 15 3 6 1,53 3 11 3 12 0,03
Total
41 100 48 100 28 100
24 100
* p 0,05 Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 5:
Gráfico 5. Conceito criatividade em aula.
Comparando o pré-teste e o pós-teste do Grupo Experimental, não há
diferenças estatísticas significativas para um nível de significância p
0,05. Porém,
quando as categorias o analisadas de forma individual, constata-se que houve
uma diferença significativa entre as etapas do pré-teste e s-teste em relação à
95
categoria criar um ambiente motivacional sendo o p
0,05. No Grupo Controle,
não houve diferenças significativas.
Quanto à pergunta “se é possível ser criativo em sala de aula”, os
professores responderam que sim, antes e após o programa de desenvolvimento
da criatividade, como pode ser constatado na Tabela 17.
Tabela 17. Distribuição das respostas dos professores sobre “se é possível ser criativo em sala de
aula” por Grupo Experimental e controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
Possibilidade
de ser
criativo
F % F % F % F %
Às vezes
0 0 0 0 0 0 0 0
Não 0 0 0 0 0 0 0 0
Sim 15 100 15 100 15 100 15 100
Total 15 100 15 100 15 100 15 100
Quanto à justificativa da pergunta anterior, pode-se notar, na Tabela 18,
que no Grupo Experimental, na categoria Depende da colaboração do aluno,
houve decréscimo no percentual do pré-teste (14%) para o pós-teste (0%),
havendo, assim, diferença significativa (p < 0,05). No Grupo Controle, não houve
alteração significativa do pré-teste (5%) para o pós-teste (6%) nessa categoria.
Na categoria Depende do aluno e do professor, ocorreu um acréscimo no
percentual do pré-teste (5%) para o pós-teste (14%), resultando em diferença
estatística significativa (p < 0,05); enquanto no Grupo Controle, essa categoria se
manteve sem diferenças significativas do pré-teste (5%) para o pós-teste (6%).
Nas demais categorias, embora possam ser observados, acréscimos e
decréscimos nos percentuais das respostas, não houve diferença significativa em
quaisquer Grupos.
96
Tabela 18. Distribuição da justificativa dos professores se é possível ser criativo em sala de aula
por Grupo Experimental e controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
Possibilidade de ser criativo
F % F %
F % F %
Depende da colaboração estudante
4 14 0 0 4,92*
1 5 1 6 0,01
Depende do estudante e do
professor
1 5 8 14 4,13*
1 5 1 6 0,01
Depende do conteúdo
1 5 1 4 0,02 2 10 1 6 0,25
Depende da metodologia
5 19 8 29 0,21 7 35 8 40 0,26
Depende do professor
7 33 9 36 0 6 30 6 33 0,06
Depende dos recursos
4 10 4 14 0,08 2 10 2 11 0,02
Depende do tempo
2 10 1 4 0,57 1 5 0 0 0,95
Dificuldade em ser criativo
2 5 1 0 0,57 0 0 1 6 1,17
Total
26 100
32 100
20 100
18 100
* p 0,05 Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 6:
Gráfico 6. Possibilidade de ser criativo na visão dos professores.
Na Tabela 19, comparando-se o pré e pós-testes do Grupo Experimental,
sobre as características da aula criativa, observa-se que a categoria Ambiente
estimulador obteve 42,67% no pré-teste e 68% no s, havendo diferença
significativa entre as duas etapas, sendo
p 0,05
. No Grupo Controle, essa
categoria teve um pequeno acréscimo do percentual do pré-teste (56%) para o
pós-teste (60%), porém essa diferença não foi estatisticamente significante.
97
Comparando os Grupos, Experimental e Controle, não diferenças
estatísticas significativas para um nível de significância
p 0,05
. Porém, quando as
categorias são analisadas de forma individual, constata-se que houve uma
diferença significativa entre as etapas do pré-teste e s-teste, no Grupo
Experimental, em relação à categoria Ambiente estimulador, havendo diferença
significativa entre as duas etapas, sendo
p 0,05.
Tabela 19. Distribuição por características da aula criativa por professores dos grupos
experimental e controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós
Pré Pós
Características aula criativa
F % F %
F % F %
Ambiente estimulador 32
42,67 51
68 4,34*
42 56 45 60 0,10
Inovação 13
17,33 9 12 0,72 6 8 5 6,67 0,09
Metodologia diversificada 8 10,67 3 4 2,27 15 20 10 13,3 0,99
Planejamento/organização 16
21,33 10
13,3 1,38 9 12 13 17,3 0,72
Utilização de recursos 6 8 2 2,67 2 3 4 2 2,67 0,20
Total 75
100 75
100 75 100 75 100
* p 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 7:
Gráfico 7. Características da aula criativa na visão dos professores.
Em relação à distribuição dos fatores que possibilitam clima criativo, em
sala de aula, apresentada na Tabela 20, na categoria Relacionamento com o
98
aluno, no Grupo Experimental, houve um acréscimo no percentual das respostas
do pré-teste (31%) para o pós-teste (51%), demonstrando diferença significativa
(p < 0,05), o podendo ser observada no Grupo Controle, apesar do pequeno
decréscimo do pré-teste (38,67%) para o pós-teste (32%).
Na categoria Relacionamento com o estudante, no Grupo Experimental,
houve um acréscimo no percentual das respostas do pré-teste (31%) para o pós-
teste (51%) demonstrando uma diferença significativa de p
0,05.
Enquanto no
Grupo Controle, nessa categoria houve um pequeno decréscimo do pré-teste
(38,67%) para o pós-teste (32%), não havendo diferença significativa.
Tabela 20. Distribuição dos fatores que possibilitam clima criativo em sala de aula por Grupo
Experimental e controle dos professores
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré - GE Pós – GE
Pré - GC Pós - GC
Fatores que possibilitam
F % F %
F % F %
Motivação 19 25 17 23 0,13 20
26,67 24
32 0,36
Planejamento/organização 18 24 11 15 1,78 15
20 18
24 0,27
Recursos materiais 12 16 8 11 0,85 8 10,67 8 10,7 1,57
Relacionamento com estudante
23 31 38 51 3,92*
29
38,67 24
32 0,47
Sem resposta 3 4 1 1 1,02 3 4 1 1,33 0,99
Total 75 100
75 100
75
100 75
100
p 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 8:
Gráfico 8. Fatores que possibilitam clima criativo, segundo os professores.
99
Respondendo à pergunta, se o professor se considera um profissional
criativo, observou-se aumento do percentual, no Grupo Experimental, na opção
Às vezes”, de 53%, no pré-teste, para 60% no pós e, uma diminuição na
categoria “Sim”, de 47% para 40%. no Grupo Controle, notou-se aumento de
percentual na resposta Sim” de 33%, no pré-teste, para 40% no pós, e
diminuição, na resposta “Às vezes”, de 60% para 53%, sem diferença significativa
em ambos os grupos entre as etapas, conforme descrição na Tabela 21.
Tabela 21. Distribuição sobre considerar-se um profissional criativo por Grupo Experimental e
controle.
Grupo Experimental Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
F % F % F % F %
Às vezes 8 53 9 60 9 60 8 53
Não 0 0 0 0 5 33 6 40
Sim 7 47 6 40 1 7 1 7
Total 15 100 15 100 15 100 15 100
Para melhor visualização, segue o Gráfico 9:
Gráfico 9. Considerar-se profissional criativo.
100
Verifica-se, na Tabela 22, que se refere à justificativa do por que se
considera um profissional criativo, na categoria Possibilita um ambiente para a
criatividade, no Grupo Experimental houve um acréscimo significativo nas
respostas dos participantes do pré-teste (7%) para o pós-teste (33%), ocorrendo
uma diferença estatística significativa. No Grupo Controle, essa categoria
permaneceu com o mesmo percentual de respostas no pré-teste e no pós-teste
(7%).
Tabela 22. Distribuição da justificativa do porque se considera um profissional criativo por Grupo
Experimental e controle
Grupo experimental
Grupo Controle
Pré Pós
Pré Pós
Justificativa profissional criativo
F % F %
F % F %
Empenho pessoal 7 47 6 47 0,07 6 40 4 27 0,4
Diversidade de metodologia 2 13 1 7 0,33 2 13 2 13 0,0
Dificuldade para ser criativo 3 20 1 7 1,00 5 33 5 33 0,0
Diversidade de recursos 2 13 1 7 0,33 1 7 3 20 1,0
Possibilita um ambiente para a
criatividade
1 7 6 33 3,57*
1 7 1 7 0,0
Total 15 100 15
100 15 100 15 100
* p 0,05 Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 10:
Gráfico 10. Justificativa do porque ser um profissional criativo.
101
Quanto aos motivos, pelos quais os professores procuram ser criativos na
Tabela 23, no Grupo Experimental se destaca a categoria Buscar alternativas
para ensinar pelo acréscimo no percentual do pós-teste (32%) em relação ao pré-
teste (5%) com uma diferença estatística significativa (
p 0,05).
No Grupo
Controle, nessa categoria permaneceu o mesmo percentual nas duas etapas
(6%).
Tabela 23. Distribuição dos motivos, pelos quais o professor procura ser criativo por Grupo
Experimental e controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré - GE Pós - GE
Pré - GC Pós - GC
Motivos para ser criativo
F % F %
F % F %
Buscar alternativas para ensinar 1 5 7 32 3,68*
1 6 1 6 0,00
Estimular a participação 2 11 1 5 0,49
3 17 1 6 0,88
Facilitar a aprendizagem 6 32 5 23 0,29
8 44 7 41 0,02
Motivar o estudante 8 42 6 27 0,65
4 22 5 29 0,17
Valorização profissional 2 11 3 14 0,08
2 11 3 18 0,26
Total
19
100 22
100 18 100 17 100
* p 0,05 Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 11:
Gráfico 11. Motivos para ser criativo, segundo os professores.
102
Quanto ao conceito de autoavaliação, na Tabela 24, pode-se notar que os
participantes, do Grupo Experimental, diminuíram seu conceito da nota mais alta
de 9 a 10 de (87%) para (73%) do pré-teste para o pós - teste. No Grupo
Controle, a nota maior do pré-teste de 9 a 10 passou de (67%) para (73%) tendo
um pequeno aumento.
Tabela 24. Distribuição por conceito de autoavaliação dos professores por Grupo Experimental e
controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
Autoavaliação
F % F % F % F %
0 a 2 0 0 0 0 1 7 1 7
3 a 4 0 0 0 0 0 0 0 0
5 a 6 0 0 2 13 2 13 1 7
7 a 8 13 87 11 73 10 67 11 73
9 a 10 2 13 2 13 2 13 2 13
Total 15 100 15 100 15 100 15 100
A Tabela 25 apresenta a comparação dos conceitos de autoavaliação dos
professores do pré-teste e pós-teste para o Grupo Experimental e Grupo Controle,
observando-se que não houve diferença estatisticamente significante.
Tabela 25. Comparação dos conceitos de autoavaliação dos professores do pré-teste e pós-teste
dos Grupos Experimental e Controle
Pré-teste Pós-teste
Grupos
M DP M DP
Experimental
7,80 0,68 7,27 1,16
Controle
7,20 2,01 7,27 1,91
Para melhor visualização, segue o Gráfico 12:
Gráfico 12. Comparação da nota da autoavaliação dos professores.
103
Quanto à justificativa do conceito na autoavaliação, no Grupo Experimental
dos professores, como se pode ver na Tabela 26, no que se refere à categoria
Possibilidade pequena de ser criativo, constata-se um decréscimo no percentual
das respostas dos participantes do Grupo Experimental do pré-teste (27%) para o
pós-teste (0%), havendo uma diferença significativa.
Tabela 26. Distribuição da justificativa dos professores sobre nota atribuída na autoavaliação por
Grupo Experimental e controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré - GE Pós - GE
Pré - GC Pós - GC
Justificativa da nota
F % F %
F % F %
Dificuldade para atingir o desejável
4 27 4 27 0,00 5 33 3 20 0,5
Empenho pessoal 7 47 11
73 0,88 6 40 9 60 0,6
Possibilidade pequena de ser criativo
4 27 0 0 4,00*
3 20 2 13 0,2
Sem resposta 0 0 0 0 0,00 1 7 1 7 0,0
Total 15
100 15
100 15 100 15 100
* p 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 13:
Gráfico 13. Justificativa da nota da autoavaliação dos professores.
104
Em relação à Distribuição das experiências criativas dos professores,
observa-se, na Tabela 27, no Grupo Experimental, diferença significativa nas
categorias, Estratégias diversificadas para a aprendizagem com aumento de
percentual de 12 para 36% e Ambientes diversificados de aprendizagem, com
decréscimo de percentual de 56 para 28% entre o pré e o pós-testes. No Grupo
Controle; não foram observadas diferenças significativas.
Tabela 27. Distribuição das experiências criativas dos professores por Grupo Experimental e
controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
Experiências criativas
F % F %
F % F %
Estratégias diversificadas p/ a aprendizagem
5 12 17 36 5,00* 9 17 11 22 0,4
Clima propício p/ a aprendizagem
8 20 14 30 0,92 7 13 11 22 1,2
Dificuldade em vivenciar a criatividade
3 7 3 6 0,03 14
26 9 18 0,7
Ambientes diversificados de aprendizagem
23
56 13 28 4,30* 18
33 11 22 1,2
Recursos diversificados p/ a aprendizagem
2 5 0 0 2,00 6 11 8 16 0,5
total
41
100
47 100
54
100
50 100
* p 0,05 Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 14:
Gráfico 14. Experiências criativas dos professores.
105
Em relação às respostas dos estudantes participantes da pesquisa, na
pergunta sobre o Conceito de criatividade em aula, percebe-se que houve uma
alteração significativa na categoria Criar um ambiente motivacional, como pode
ser verificado na Tabela 28. Tais resultados foram também apontados como
significantes nas respostas dos professores (Tabela 16). No Grupo Controle, não
houve alteração no percentual das respostas entre as duas etapas,
permanecendo com 50% no pré-teste e no pós-teste.
Comparando o pré-teste e o pós-teste do Grupo Experimental, no que diz
respeito ao conceito de criatividade em sala de aula, segundo os estudantes, na
Tabela 28 constata-se que a categoria criar um ambiente motivacional foi citada
por 32% das respostas dos participantes no pré-teste; e citada 50% pelos
participantes no s-teste, havendo assim uma alteração significativa entre o pré-
teste e o pós-teste. No Grupo Controle o houve alteração no percentual das
respostas entre as duas etapas, permanecendo com 50% no pré-teste e no pós-
teste.
Tabela 28. Distribuição sobre conceito de criatividade dos estudantes por Grupo Experimental e
controle.
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
Conceito de criatividade em aula
F % F %
F % F %
Adaptar o conteúdo à realidade do
estudante
6 4 8 5 0,09
5 5 7 5 0,17
Capacidade de lidar c situações problema
27 19 25 16 0,50
19 16 16 16 0,60
Criar um ambiente motivacional
45 32 79 50 5,70*
32 50 35 50 0,00
Usar novas estratégias para ensinar
49 35 38 24 3,03
40 24 46 24 0,04
Utilizar diversos recursos
14 10 9 6 1,77
18 6 21 6 0,03
Total
141
100
159
100
114
100 125
100
Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 15:
106
Gráfico 15. Conceito de criatividade em aula.
Na Tabela 29, 70% dos estudantes no Grupo Experimental no pré-teste
respondeu que é possível ser criativo em sala de aula apresentando acréscimo no
percentual das respostas no pós-teste (78%), porém a diferença estatística foi
apontada na categoria “Às vezes”. No Grupo Controle, houve decréscimo no
percentual das respostas da categoria “Sim” e acréscimo na categoria “Às vezes,
sem diferença estatística.
Tabela 29. Distribuição das respostas dos estudantes sobre se é possível ser criativo em sala de
aula por Grupo Experimental e controle
Grupo Experimental Grupo Controle
Pré Pós Pré Pós
F % F %
F % F %
Às vezes
32 30 23 22 1,40*
37 35 43 41 0,45
Não 0 0 0 0 0,00
0 0 0 0 0,00
Sim 73 70 82 78 0,52
68 65 62 59 0,27
Total
105
100
105
100
105
100
105
100
* p 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 16:
107
Gráfico 16. Possibilidade de ser criativo para os estudantes.
Quanto à justificativa da pergunta, se é possível ser criativo em sala de
aula, por parte dos estudantes, percebe-se, na Tabela 30, que para a categoria,
Depende do professor, houve um acréscimo no percentual das respostas dos
participantes no pré-teste (19%) para o pós-teste no Grupo Experimental (34%),
havendo diferença estatística significativa (
p < 0,05)
. No Grupo Controle, ao
contrário do anterior, houve decréscimo nos percentuais de 20 para 16%, sem, no
entanto, apresentar diferença significativa.
Na categoria, Depende dos recursos, não houve alteração significativa no
Grupo Experimental, embora tenha havido decréscimo no percentual do pré-teste
(9%) para o pós-teste (5%). No Grupo Controle, houve diferença significativa, com
acréscimo de 8% das respostas dos estudantes participantes, no pré-teste, para
17% no pós-teste.
108
Tabela 30. Distribuição da justificativa se é possível ser criativo em sala de aula dos estudantes
participantes por Grupo Experimental e Controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós
Pré Pós
Possibilidade de ser criativo
F % F %
F % F %
Depende da colaboração do
estudante
7 6 7 6 0 8 7 11 8 0,20
Depende do estudante e do
professor
15 13 20 17 0,71 16 13 18 13 0,00
Depende do conteúdo
14 12 8 7 0,63 17 14 15 11 0,44
Depende da metodologia
30 26 19 16 2,46 28 23 31 23 0,00
Depende do professor
22 19 40 34 5,22*
24 20 21 16 0,66
Depende dos recursos
10 9 6 5 1,00 10 8 23 17 3,80*
Depende do tempo disponível
5 4 7 6 0,33 4 3 6 4 0,21
Dificuldade em ser criativo
4 3 5 4 0,11 7 6 5 4 0,58
Sem justificativa
6 5 2 2 2,00 3 2 4 3 0,05
Conformismo
3 3 2 2 0,20 4 3 1 1 2,14
total
116
100
116
100
121 100
135
100
* p 0,05 GL = 9 Nota: O mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 17:
Gráfico 17. Justificativa da possibilidade de ser criativo.
109
Na Tabela 31, comparando o pré e pós-testes do Grupo Experimental,
sobre as características da aula criativa, percebe-se que, a categoria Ambiente
Estimulador obteve 48% e 57%, respectivamente, apresentando diferença
significativa. No Grupo Controle, essa categoria teve um pequeno decréscimo do
percentual, no pré-teste (42%), para o s-teste (41%), não havendo diferença
significativa.
Tabela 31. Distribuição por características da aula criativa por Grupo Experimental e Grupo
Controle dos estudantes
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós
Pré Pós
Características da aula criativa
F % F %
F % F %
Ambiente estimulador 252 48 297 57 3,68*
221 42 217 41 0,03
Diversidade de recursos 7 1 7 1 1,57 5 1 2 0 1,28
Eficiência/organização/planejamento
88 17 77 15 0,73 98 19 101 19 0,04
Inovação 43 8 31 6 1,94 29 6 31 6 0,06
Metodologia diversificada 123 23 107 20 1,11 169 32 173 33 0,04
Sem resposta 12 2 6 1 2,00 3 1 1 0 0,99
total 525 100
525 100
525 100 525 100
* p 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 18:
Gráfico 18. Características da aula criativa, segundo os estudantes.
110
Como se verifica, na Tabela 32, não foram apontadas alterações
significativas, em relação aos fatores que possibilitam a aula criativa em
quaisquer categorias citadas pelos estudantes participantes. Nos acréscimos ou
decréscimos de percentuais dos dois Grupos e do pré-teste e pós-teste, também
não ocorreram diferenças significativas.
Tabela 32. Distribuição dos fatores que possibilitam a aula criativa por Grupo Experimental e
Grupo Controle dos estudantes
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré - GE Pós - GE
Pré - GC Pós - GC
Fatores possibilitam clima criativo
F % F %
F % F %
Estratégias de aprendizagem
69 13,1
61 11,60
0,49
103
19,6
124 23,6
1,94
Motivação 160
30,5
172
32,80
0,43
134
25,5
143 27,2
0,29
Planejamento/organização 36 6,86
31 5,90 0,37
49 9,33
38 7,24
1,39
Recursos utilizados 72 13,7
69 13,10
0,06
87 16,6
91 17,3
0,08
Relacionamento com o professor 181
34,5
189
36,00
0,17
147
28 121 23,1
2,52
Sem resposta 7 1,33
3 0,57 1,6 5 0,95
8 1,52
0,69
Total
525
100
525
100 525
100 525 100
Quanto às experiências criativas, vivenciadas pelos estudantes, na
categoria, Ambientes diversificados de aprendizagem, na Tabela 33 não
ocorreram diferenças significativas, embora houvesse decréscimo no percentual
do Grupo Experimental de 5%, no pré-teste, para 4%, no s-teste; e no Grupo
Controle, de 12%, no pré-teste, para 10%, no pós-teste.
Na categoria Ambiente Motivacional percebe-se um acréscimo no
percentual do pré-teste de 14% para 24% no pós-teste, levando à diferença
significativa.
111
Tabela 33. Distribuição das experiências criativas dos estudantes por Grupo Experimental e
controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós
Pré Pós
Experiências criativas
F % F %
F % F %
Ambientes diversificados p/ aprendizagem
7 5 6 4 0,14
14 12 15 10 0,14
Ambiente motivacional
18 14 33 24 3,56*
15 12 17 11 0,05
Dificuldade em vivenciar a criatividade
5 4 4 3 0,17
3 2 5 3 0,17
Estratégias diversificadas p/ aprendizagem
68 52 72 52 0,00
45 37 67 45 0,97
Recursos diversificados p/ aprendizagem
29 22 23 17 1,09
38 31 41 28 0,34
Sem resposta
3 2 0 0 3,18
6 5 4 3 0,93
total
130
100
138
100
121 100 149
100
* p 0,05 Nota: o mesmo participante pode apresentar mais de uma categoria
Para melhor visualização, segue o Gráfico 19:
Gráfico 19. Experiências criativas dos alunos.
A Tabela 34 apresenta a comparação das respostas dos estudantes à
pergunta: uma nota para a criatividade do seu professor numa escala de 1 a
10 do pré-teste e pós-teste para os Grupos Experimental e Controle. Nota-se que
para o Grupo Experimental houve diferença significante, não sendo observado, o
mesmo para o Grupo Controle.
112
Tabela 34. Comparação das respostas dos estudantes à pergunta Dê uma nota para a criatividade
do seu professor numa escala de 1 a 10 do pré-teste e pós-teste dos Grupos
Experimental e Controle
Pré-teste Pós-teste
Grupos
M DP M DP
t
p
Experimental 8,4 1,75 9,12 1,27 -6,6597* 0,000000001
Controle 8,45 1,44 8,29 1,25 1,1083 0,2709
* p < 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 20:
Gráfico 20. Média da avaliação da criatividade do professor, feita pelo estudante.
Na Tabela 35, verifica-se na comparação do pré-teste para o s-teste do
Grupo Experimental uma alteração significativa nas respostas dos estudantes ma
categoria professor melhorou a criatividade, sendo
* p < 0,05.
Nas demais categorias não houve diferença estatística significativa e no
Grupo Controle, apesar de apresentar um aumento na categoria o professor se
esforça para ser criativo, não houve diferença estatística.
113
Tabela 35. Justificativa da nota atribuída à criatividade do professor pelo estudante por Grupo
Experimental e Controle
Grupo Experimental
Grupo Controle
Pré Pós
Pré Pós
Justificativa-nota do professor
F % F % F % F %
Cria espaço para a
criatividade
52 48,15 47 41,59 0,53 49 41,53 42 37,50 0,24
Dificuldade em ser criativo 45 41,67 53 46,90 0,34 52 44,07 48 42,86 0,02
Prof. se esforça p/ ser criativo
11 10,19 5 4,42 2,53 17 14,41 22 19,64 0,93
Professor melhorou a
criatividade 0 0,00 8 7,08 7,65* 0 0,00 0 0,00 0,24
total
108 100 113 100 118 100 112 100
* p < 0,05
Para melhor visualização, segue o Gráfico 21:
Gráfico 21. Justificativa nota professor, atribuída pelo estudante.
114
5. DISCUSSÕES
O objetivo principal deste estudo foi avaliar os efeitos de um programa de
desenvolvimento da criatividade em professores do ensino superior. Buscou-se,
também, investigar se houve incremento das habilidades criativas nos
participantes, se houve efeito na perceão dos participantes a respeito do
conceito de criatividade, bem como comparar as percepções sobre o professor
criativo entre os estudantes, dos professores que participaram do programa de
desenvolvimento da criatividade e dos que não participaram do programa. Por
último, comparar as autoavaliações dos professores que participaram e dos que
não participaram, do programa de desenvolvimento da criatividade; e as
avaliações, feitas pelos estudantes, dos professores que participaram do
programa, antes e depois e dos que não participaram.
O programa foi desenvolvido em uma instituição de ensino superior, do
Estado de São Paulo. A amostra foi constituída de 240 participantes, sendo 30
professores e 210 estudantes universitários. Participaram do Programa de
Desenvolvimento da Criatividade, 15 professores; os outros 15, de um programa
de estudos acadêmicos, constituem o Grupo Controle.
Para avaliar os efeitos do Programa de Desenvolvimento da Criatividade,
foram utilizados: o Teste Pensando Criativamente com Palavras, de Torrance
(forma A e forma B) para os professores e um questionário com perguntas
abertas para professores e estudantes. Os instrumentos foram aplicados antes e
depois da realização do Programa. Na análise dos dados, foram utilizados o Teste
T de Student - para verificar a diferença entre as médias nas medidas obtidas
pelos testes de criatividade, para medir a autoavaliação dos professores, e a
avaliação dos professores feita pelos estudantes - e o Teste Qui-quadrado, para
investigar os dados dos questionários.
É importante ressaltar que a afirmação de Lubart (2008) é de grande
importância no contexto deste trabalho e é também o ponto de vista da
pesquisadora. A autora defende que a avaliação e a eficácia de um programa de
criatividade é sempre polêmica, por causa da dificuldade de encontrar consenso
em relação à definição e à medição da criatividade. Mas, em um domínio tão
necessário, todas as iniciativas que promovam a criatividade precisam ser
115
analisadas e avaliadas, nãoem relação às variáveis envolvidas, como também
à melhoria do trabalho.
Neste sentido, foram tomados, como reveladores da eficácia do programa
desenvolvido, indicadores qualitativos e quantitativos relativos à criatividade. Os
resultados obtidos neste estudo indicam ganhos por parte do Grupo Experimental
em relação ao aumento das habilidades criativas e ao comportamento que
favorece o desenvolvimento da criatividade.
Comparando os resultados das médias das medidas de criatividade obtidas
pelo Grupo Experimental antes e depois do programa, verificou-se que foram
obtidas diferenças significativas em duas entre as dez medidas de criatividade
(originalidade e perspectiva incomum). Esses dados sugerem ganhos dos
participantes do Grupo Experimental. Ao verificar esse resultado, foi possível
perceber que as atividades do programa de desenvolvimento da criatividade
focaram exercícios de perspectiva incomum, de visão do futuro e imaginação.
Dessa forma, pode-se sugerir que as atividades desenvolvidas ajudaram a
incrementar a característica de originalidade e perspectiva incomum nos
professores que participaram do programa.
De acordo com Wechsler (2004), a originalidade é uma das principais
características da pessoa criativa, porque implica em dar um salto mental, ir além
do óbvio. Para Torrance (1966), esta pontuação consiste em “novidade, quebra
de padrões habituais de pensar, capacidade para produzir ideias raras ou
incomuns; uso de situações e conceitos de modo não costumeiro, habilidade para
estabelecer conexões distantes e indiretas ou respostas incomuns dentro de um
determinado grupo de pessoas” (p.10).
Também, a perspectiva incomum é uma característica importante da
criatividade, segundo Wechsler (2004), pois, indica se a pessoa é capaz de
pensar sobre uma mesma situação, usando diferentes ângulos; desta forma, ela
representa um olhar inconformista, ver de uma maneira diferente o que sempre foi
visto de uma maneira única e certa.
É importante lembrar que, como afirma Gardner (1997), todas as pessoas
têm o potencial para serem criativas; assim, certamente, as características
116
criativas poderiam ser mais bem aproveitadas e desenvolvidas no ambiente
escolar. Pom, o perfil que o professor espera do seu aluno é um pouco diferente
dos que possuem as características criativas destacadas acima. O perfil do aluno,
que o professor quer em sua sala de aula é: honesto; inteligente e que tenha
notas altas, segundo Vidal (2000). Desta forma é necessário, então, uma
mudança em nossos conceitos sobre o aluno que desejamos e, talvez, uma
mudança em nossa valorização das características criativas como um meio de
aprendizagem e desenvolvimento do estudante.
Outro ponto que merece ser destacado foi a grande participação dos
professores nos momentos de discussão. Em vários momentos, citaram a
dificuldade em lidar com a criatividade e em fazer as atividades. Desta forma as
reflexões foram, direcionadas à motivação dos mesmos, para que se sentissem
livres e não tivessem censura diante das ideias e, que pensassem e se dessem
ao direito de pensar coisas diferentes e inusitadas.
Em relação ao conceito de criatividade em sala de aula, houve uma
valorização de ambos os grupos (professores e estudantes) que fizeram parte do
Grupo Experimental, da categoria criar um ambiente motivacional. Essa
valorização é corroborada por Alonso (2000) que a sala de aula como um
ambiente onde se cria uma oportunidade para as pessoas adquirirem
conhecimento, habilidades, atitudes e mudarem o comportamento. Também
acreditamos que, um dos fatores essenciais para o desenvolvimento da
criatividade é um ambiente que motive a participação e a construção da
aprendizagem, de uma forma dinâmica.
Dentre as respostas dos professores, sobre o conceito de criatividade em
sala de aula, destacamos:
Prover um ambiente de aprendizagem importante, divertido e
significativo.
Possibilitar várias oportunidades para a construção, criando um
ambiente de aprendizagem com o planejamento de atividades
que motivem o estudante, utilizando diferentes recursos e
linguagens.
Favorecer um ambiente propício para que o estudante
desenvolva seu potencial.
Nas respostas dos estudantes, encontram-se:
117
É uma intervenção diferenciada, onde professor e estudante são
agentes no processo de ensino para resolver problemas, criar
novas ideias, ter espaço para se expressar e participar.
É a liberdade que todo estudante tem de se expressar e
desenvolver suas capacidades cognitivas, emocionais,
imaginação...
É expor o pensamento e ideias de ambos; promovendo a vontade
de pensar e participar da aula.
Nesse sentido, Fleith (2001) afirma que, para desenvolver habilidades
criativas, é importante que o professor crie um clima de sala de aula em que a
experiência de aprendizagem seja prazerosa. Acredita-se que o ambiente
motivacional tenha sua origem aí realizar as atividades com prazer e não se
deixar vencer pelas limitações, criando oportunidades em que os estudantes
possam expor suas ideias, participar, pensar novas ideias e desenvolver seu
potencial.
Essa valorização do Grupo Experimental, referente a criar um ambiente
motivacional, pode ser atribuída à participação nas reflexões do programa sobre
criar espaço em sala de aula onde o estudante possa expressar suas ideias,
participar, sentir-se respeitado, valorizado e motivado. Interessante os
professores darem especial atenção à questão do clima de sala de aula também
valorizado pelos pesquisadores da criatividade. Estudos vêm sendo
desenvolvidos por Alencar & Fleith (2004) para investigar a percepção de
estudantes quanto ao incentivo e estímulo à criatividade que recebem por parte
de seus professores. Dentre eles, destacam-se como ambiente estimulador da
criatividade: a aceitação de ideias diferentes, o encorajamento da autoconfiança,
a possibilidade de os estudantes fazerem escolhas e o foco nos interesses e as
habilidades dos estudantes (Fleith, 2005).
Quanto à possibilidade ou não de ser criativo em sala de aula, a resposta
depende da colaboração do estudante teve um decréscimo significativo no Grupo
Experimental em relação a depende da colaboração do estudante e do professor
que aumentou significativamente no Grupo Experimental. Esse dado sugere que
os professores refletiram no papel que eles têm em relação à promoção da
criatividade em sala de aula, situação, antes vista, como responsabilidade do
estudante que deveria estar motivado para aprender e “não perder tempo”, que
118
este paga pelo estudo, como se pode notar nas respostas dos professores no pré-
teste:
Depende do interesse do estudante e das disposições que ele
traz para a realização das tarefas.
É possível ser criativo desde que o estudante contribua com o
bom andamento da aula e deixe de lado o cansaço, as distrações
e a falta de interesse. Afinal, está pagando por um serviço.
Respostas dos professores no pós-teste:
Depende da relação entre o professor e seus discentes, na
criação de espaços possíveis para o diálogo e conteúdo.
Nesse sentido, Castanho (2000) entende que, quando o professor é
criativo, terá mais condições para desenvolver a criatividade nos estudantes e,
dessa forma, ele conseguirá fazer a ponte entre teoria e prática, proporcionando
autonomia ao estudante. Realmente, a possibilidade de ser criativo em sala de
aula está relacionada ao professor e aos estudantes, embora haja outras
implicações, esses dois elementos são essenciais.
Nessa questão, no Grupo Controle, em relação às respostas dos
professores, não houve mudanças significativas, porém, houve uma alteração
significativa, salientando a resposta: dependo dos recursos, para os estudantes.
A partir das reflexões e atividades no programa de criatividade, percebeu-
se que as habilidades criativas são desenvolvidas à medida que cada um pode
participar e expor suas ideias, pensar algo de forma diferente, usar a imaginação
e respeitar o outro em suas diferenças e, não precisa, necessariamente se
desenvolver atividades ligadas à arte; dança; sica e teatro ideia esta
presente no cotidiano educacional. Interessante perceber que as possibilidades
de ser criativo em sala de aula, para os professores da pesquisa, estão
relacionadas ao querer do professor e do estudante. E para os estudantes, está
relacionado ao querer do professor.
Sabemos que outras variáveis influenciam na possibilidade de ser criativo
em sala de aula, como, por exemplo: ambiente adequado, materiais disponíveis e
tempo. Porém, destacamos aqui a importância do professor como facilitador do
desenvolvimento e expressão da criatividade em sala de aula. Inclusive em
119
estudos de Fleith (2000), a pesquisadora estuda características estimuladoras ou
inibidoras do desenvolvimento da criatividade no ambiente de sala de aula.
Verificou-se, com os resultados, que tanto os estudantes quanto os professores
acreditam que o ambiente de sala de aula, que propicia a criatividade oferece a
oportunidade de escolhas, aceita diferentes ideias e tem o foco nos interesses
dos estudantes. Nesse sentido, o resultado da pesquisa vem ao encontro com a
autora, pois a característica que se sobressai é a necessidade da colaboração
dos estudantes e professores para que haja o desenvolvimento das habilidades
criativas em sala de aula.
Confirmando a importância desse fator, a pesquisa de Cunha (1988), sobre
o perfil do bom professor, constatou que, uma das variáveis destacadas é o
aspecto valorativo; representativo da ideia socialmente construída sobre o
professor. Outro dado interessante da mesma pesquisa é que, para os próprios
professores, uma das principais influências que os caracterizam, como bons
professores, está relacionada com sua história enquanto estudantes, momentos
nos quais puderam ter uma boa relação com seus mestres.
Nesse sentido, percebe-se que, como um fator importante para possibilitar
clima criativo em sala de aula no ponto de vista dos professores do Grupo
Experimental, foi o relacionamento com os estudantes, havendo uma diferença
significativa nessa categoria. É possível perceber a valorização desse fator na fala
dos professores:
Empatia, confiança entre professor e estudante, amizade,
harmonia entre professor e estudante, respeito entre professor e
estudante, bom relacionamento, interesse do professor pelo
estudante, relacionamento saudável.
E, também, na fala dos estudantes:
Professor amigo, professor compreensível, bom relacionamento
com colegas e professor; união e respeito com os professores,
mútua aceitação do professor e estudante, amizade do professor,
ajuda do professor.
Ao destacar o relacionamento com os estudantes, como um fator que
favorece o clima criativo em sala de aula, citamos Fleith (2001), que faz referência
ao comportamento do professor - quando ele estabelece uma relação positiva
120
com os estudantes - como uma sugestão para desenvolver um clima para
criatividade em sala de aula.
Quanto a citar características da aula criativa, novamente o Grupo
Experimental, tanto professores e estudantes destacam o ambiente motivacional,
citando características que estão relacionadas ao relacionamento do professor e
estudante, ao ambiente de sala de aula e às características pessoais.
Destacamos algumas respostas:
Professores: motivadora, interessante, que chama a atenção,
dialogada, comunicativa, interativa, participativa, respeito,
valorização, liberdade, entusiasmo, prazer, gostosa, amigável,
acolhedora, feliz, dinâmica, diferente, desperta a atenção, bom
relacionamento com o estudante no centro; aceitação de novas
ideias, motivação para participar, estimulante, ambiente
agradável, ambiente facilitador, acessível, flexível, estimula a
curiosidade, espontaneidade, construtiva, afetiva, cheia de
possibilidades, cheia de descobertas, amizade, desperta o senso
criativo e crítico, harmônica, satisfatória, ambiente leve.
Estudantes: interação, participação do professor, participação do
estudante, interativa participação, interação entre estudante e
professor, colaboração do estudante, estudantes bons, igualitária,
diálogo, oportunidades ao estudante, comunicação, integrada,
argumentativa, contribuição, dividir conhecimentos, respeito,
valorização liberdade, entusiasmo, prazer, gostosa, amigável,
acolhedora, feliz, dinâmica, diferente, inovação, desperta a
atenção, bom relacionamento, com o estudante no centro,
aceitação de novas ideias, motivação para participar, estimulante,
agradável, ambiente agradável, ambiente facilitador, acessível,
flexível, estimula a curiosidade, empatia, sensibilidade, respeito,
paixão.
Nesse sentido, concordamos com Wechsler (2001), que diz ser necessário
um clima para a criatividade em sala de aula, proporcionado pelo professor, pois,
a simples aplicação de técnicas criativas de ensino, sem um clima propício para a
criatividade, não traz benefícios. Também, Amabile (2001) importância a um
ambiente social que favoreça o desenvolvimento das motivações, habilidades e
atitudes que possibilitem oportunidades de aprendizagem criativas.
Quanto a, considerar-se um profissional criativo, os professores
responderam que, às vezes, sim; e ao justificar por que se considera, a maioria
das respostas do Grupo Experimental está relacionada a possibilitar um ambiente
para a criatividade:
121
Sim. Pois tenho uma postura aberta ao novo e, sem medo,
podemos dinamizar, atrair a atenção. Aceito opiniões e estimulo a
participação, usando métodos diferenciados de aprendizagem.
Propicio um ambiente de aprendizagem em que os estudantes
possam se sentir à vontade, motivados, com recursos adaptados
à natureza da disciplina. Enfim, crio contingências para que o
estudante possa construir sua própria aprendizagem.
Na maioria das vezes, procuro trazer algo novo do habitual
relativo ao assunto e aceito e envolvo a experiência com o
estudante, valorizando sua participação.
Stenberg & Lubart (1999) já salientavam que a pessoa precisa de um
ambiente que encoraje e reconheça as ideias criativas e, segundo os autores, a
pessoa pode ter todas as condições internas necessárias para desenvolver o
potencial criativo, mas se o ambiente não a estimular, não haverá manifestação
da sua criatividade. (p.11)
Dessa forma, é de grande importância que os professores valorizem e,
compreendam seu papel de promotor da criatividade no ambiente educacional. E,
para tanto, é necessária uma formação adequada. Vejamos o depoimento de um
professor do Grupo Experimental:
Não é possível ser criativo, é vital! O ensino precisa ser
centrado no estudante, não mais no professor. Precisa ser
dinâmico. Porém, para isso, é necessária uma capacitação séria,
firme, continuada, efetiva, dos professores dentro das
instituições.
De acordo com Souza & Alencar (2006), a falta de capacitação e, incentivo
ao professor, no período de sua formação quanto à criatividade, limita a sua
atuação a uma escola conteudista e mecânica que não desafia o estudante. A
capacitação do professor promove condições que possibilitem o desenvolvimento
das habilidades criativas em seus estudantes. É possível verificar também que “o
ser um profissional criativo”, para os professores participantes da pesquisa, é uma
questão de empenho pessoal e de esforço. Nesse sentido, é necessário e urgente
pensar em uma formação dos profissionais que oriente e estimule a utilização e o
desenvolvimento de habilidades criativas, em si mesmos, e, consequentemente,
nos estudantes.
122
Para os professores do Grupo Experimental, os motivos, pelos quais
procuram ser criativos, centram-se em buscar alternativas para ensinar de modo
diversificado para que os estudantes sintam-se motivados. As estratégias de
ensino também fazem parte das características de um clima de sala de aula
favorável à criatividade, segundo Fleith (2001).
Nesse sentido, podemos inferir que, o professor busca alternativas para
ensinar porque está motivado. Moran (2007) menciona que os professores são as
chaves da mudança educacional. Para o autor, a educação não evolui com
professores que m conhecimento do conteúdo, mas não sabem gerenciar uma
classe, não sabem como motivar diferentes estudantes, que reproduzem rotinas,
modelos e esquemas, que se tornam hábitos cada vez mais enraizados. Dessa
maneira, a motivação pessoal do professor ajuda a estimular também o
estudante. Concordamos com Wechsler (2001), que o papel do professor é
essencial para o estímulo do pensamento e das atitudes criativas nos estudantes
e, também, é o possibilitador de condições ambientais que façam da sala de aula
um espaço de novas ideias.
Em relação à autoavaliação da própria criatividade em sala, os professores
(de ambos os grupos) não mudaram muito o conceito atribuído no pré-teste e no
pós-teste. Em relação à média das notas atribuídas aos professores do Grupo
Experimental pelos estudantes, houve uma alteração significativa para um
aumento na média. As notas atribuídas aos professores pelos estudantes
aumentaram o valor conceitual. Na justificativa da avaliação do professor, pelo
estudante, houve uma alteração significativa na categoria: o professor melhorou
sua criatividade. Desta forma, pode-se afirmar que houve uma melhoria na
criatividade do professor em sala de aula, a partir da participação no Programa de
Desenvolvimento de Criatividade.
Entre as respostas dos estudantes destacamos:
O professor melhorou, elaborando maneiras de dar aulas que
envolvam a todos.
As aulas são dinâmicas e bem preparadas, o professor melhorou
sua forma de trabalhar.
123
É perceptível uma melhora na aula do professor, está mais atento
ás necessidades dos alunos.
Passa a matéria de forma significativa, visto que anteriormente
não aconteci essa preocupação.
Esse dado pode ter relação com as respostas sobre proporcionar um
ambiente motivador, em sala de aula, valorizado pelos professores do Grupo
Experimental, enquanto no Grupo Controle não ocorreu essa alteração. Outro
dado interessante da autoavaliação refere-se à justificativa da nota atribuída pelo
professor a ele mesmo havendo uma diferença considerável no Grupo
Experimental na diminuição por acharem que uma possibilidade pequena de
ser criativo em sala de aula. Esse dado sugere que os professores, do Grupo
Experimental, de maneira geral, perceberam possibilidades maiores em serem
criativos na sala de aula; vendo essa perspectiva de uma forma mais positiva, da
mesma forma que, os resultados da pesquisa de Alencar (1998), indicaram
ganhos significativos nas mudanças dos professores, que participaram de um
programa de treinamento de criatividade em sua maneira de pensar, ensinar e
perceber o estudante.
Ao citar as experiências que o professor considera criativas, os professores
do Grupo Experimental salientaram as experiências de estratégias diversificadas
para a aprendizagem e houve uma diminuição das experiências em relação à
utilização de ambientes diversificados para ensinar. Parece ser contraditório, em
um primeiro momento, haver valorização dos professores do clima de sala de aula
para o desenvolvimento da criatividade e quando foi solicitado para descreveram
experiências criativas de sua prática docente sobre as estratégias utilizadas para
o ensino criativo. Porém, é importante destacar que as estratégias de ensino
também fazem parte das maneiras de cultivar a criatividade (Fleith, 2001).
Na nossa maneira de pensar o clima propício para o desenvolvimento da
criatividade, ocorre tamm com a interação de outros fatores, como, por
exemplo, as estratégias criativas e o comportamento do professor. Fleith (2001)
apresenta algumas sugestões nesse sentido. A primeira, diz respeito às
estratégias desenvolvidas em sala de aula, como, por exemplo: diversificar as
tarefas propostas, as técnicas e a avaliação; criar um espaço de divulgação dos
trabalhos dos estudantes; compartilhar experiências pessoais relacionadas com o
124
tópico estudado; orientar o estudante a buscar informações adicionais sobre os
tópicos de seu interesse e mudar o espaço físico da sala de aula de acordo com
as atividades desenvolvidas. (p. 57)
A segunda refere-se ao comportamento do professor, quando esse
estabelece uma relação positiva com os estudantes, estimula a postura
questionadora em sala de aula; valor às produções e ideias, cultiva um senso
de humor, manifesta entusiasmo pela atividade professor e, leva em
consideração, os interesses dos estudantes. E a terceira relaciona-se a
atividades que levem o estudante a produzir mais ideias, que estimulem a analisar
criticamente, motive a levantar questões e gerar diferentes hipóteses.
Nessa mesma questão, os estudantes destacaram, entre as experiências
criativas, as que puderam vivenciar em um ambiente de motivação. Kneller (1978)
valoriza, entre outros aspectos, os processos mentais (motivação, percepção,
aprendizado, pensamento e comunicação); ao tratar de criatividade. Sendo assim,
podemos deduzir que a motivação é, sem dúvida, um fator importante ao ser
destacado como experiência criativa. Eysenck (1993) cita, entre as variáveis que
influenciam em um resultado criativo, a motivação intrínseca e a confiança.
Penagos & Aluni (2000) entendem que, as pessoas criativas valorizam a
motivação - aspecto da personalidade que pode ter relação com a criatividade.
Wechsler (2002a), também inclui como característica da pessoa criativa, a
motivação, pois, a solução criativa envolve desafios e vontade.
É imprescindível levar em consideração que outras variáveis influenciam
também na vivência de experiências criativas: currículos contemplando a
criatividade, recursos disponíveis, ou o mínimo de condições para o bem-estar
dos estudantes e professores, atividades que estimulem o pensamento, tempo
para o desenvolvimento das atividades, formação do professor, comportamento
do professor e interesse do aluno pela aprendizagem.
Entre as experiências criativas dos professores, citamos:
O jornal dentro da sala de aula: debates, possibilidade de
diferentes interpretações de um assunto; variedades lingüísticas,
relação entre o texto verbal e não verbal, as características dos
diferentes gêneros textuais, produção textual, exposição oral,
125
gramática aplicada ao texto. Discussão de temas a partir de
imagens, rompendo com a forma clássica de fazer leituras. –
Criação de textos usando a imagem, o texto poético e a música. –
Produção de textos em pequenos grupos e discussão coletiva.
Abolir “notas” nas produções textuais do aluno. Quando ele tem
dificuldades, proponho a reflexão e buscamos juntos,
procedimentos para atenuá-las. O aluno reescreve o texto até
sentir que sua produção textual é de qualidade. Crio situações
que favoreçam a expressão oral do aluno, estimulando a fluência
da ideias, a desinibição, o respeito entre os pares. Acredito que
esse procedimento tem colaborado com produções textuais mais
criativas.
Com minha turma de arquitetura, na disciplina de Desenho de
Arquitetura, tenho dois “problemas” que aparecem sempre em
aula: a) muita conversa entre os alunos; b) os alunos nunca
conseguem finalizar as propostas de trabalho previstas. Na
semana passada, tinha que trabalhar o conteúdo de elementos
contextuais em projetos (colocação de pessoas, vegetais,
técnicas de expressão, de materiais de construção, etc.) e
técnicas de esboço. Montei uma apresentação de Power Point
com desenhos que deveriam ser feitos individualmente e
cronometrados, exemplo: a) Desenho 10 minutos (mais
dificuldade). b) Desenho 8 minutos... até chegar ao último
desenho com 30 segundos. Todos fizeram, a sala ficou em
silêncio, entregaram em tempo e, no final, elogiaram a aula e
julgaram que evoluíram em relação às técnicas de esboço e
inserção de elementos contextuais em projetos. Fiquei muito
satisfeita com o resultado e com a dinâmica da sala de aula.
Durante uma aula em que percebi que os alunos estavam
cansados e poucos se prepararam para o fórum, apaguei toda a
lousa, coloquei um CD, pedi que se levantassem, trocassem de
lugar e caminhassem observando os colegas. Depois fui
orientando-os sobre os diferentes pontos de vistas, ângulos,
conceitos, conclusões... e, quando tomamos conta, criativamente
estavam juntos estudando o conteúdo da aula: verdade,
formação de valores e seus paradigmas.
Entre as experiências criativas dos estudantes, citamos:
Aula prática na qual realizamos e contracenamos uma peça de
teatro infantil, tivemos aula de contadores de histórias com livros
infantis; confecção de fantoches com sucatas, e fantoches para
utilizarmos em um teatro de sombra; viagem a São Paulo ao
museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca do Estado uso das
tecnologias que dinamizam as aulas. Mas o importante no meio
de tudo isso é a confiança da professora (N) em nosso trabalho,
valorizando cada coisa que fazemos e incentivando novas ideias
e iniciativas.
Geralmente, os debates que fazemos nessa aula, após a matéria
dada; acho muito interessante porque, normalmente, as ideias
dos meus colegas são diferentes, possibilitando refletir e ver os
126
pontos de vista diferentes do meu, isso é muito bom, poder
colocar o ponto de vista diferente com liberdade.
São diversas as experiências que, vivemos em sala. Dentre elas,
destaco a que o professor é amigo dos alunos e cria espaço para
um “bate-papo” com conteúdo mais rico, facilitando a
compreensão e a participação.
Alguns resultados obtidos neste estudo são observados em estudos
anteriores, Alencar & Fleith (1987), Fleith (1992) e Dias (2004) que, também,
demonstraram efeito positivo de treinamento para o desenvolvimento de
habilidades criativas. É possível perceber esse efeito quando se listam as
categorias que os professores salientaram em suas respostas: é importante a
criação de um ambiente motivacional; para se desenvolver as habilidades
criativas é necessária a participação dos estudantes e professor; como
característica de uma aula criativa é imprescindível um ambiente motivacional; o
relacionamento entre professor e estudante é importante nesse processo e para
serem profissionais criativos usam do empenho pessoal. Assim, confirma-se o
ganho dos participantes do Programa de Desenvolvimento de Criatividade, em
relação a atitudes e conceitos referentes à criatividade e à possibilidade de
desenvolvê-la em sala de aula.
127
128
FIGURA SAINDO DO CASULO
129
6 CONCLUSÕES
Após trabalhar com a criatividade por meio de um Programa de
Desenvolvimento de Criatividade, e perceber que ela é um fenômeno de grande
importância para o desenvolvimento humano, algumas ideias principais ficaram
como conclusão deste estudo. Uma delas é que, o Programa de Desenvolvimento
da Criatividade incrementou as habilidades criativas dos participantes do
programa; apesar do pouco tempo de duração do mesmo e pelas ausências de
alguns professores por trabalhos administrativos e eventos de final de semestre
da IES, visto que alguns participantes do programa eram coordenadores de curso
(5) e, em algumas sessões, tiveram que se ausentar por causa das atividades.
Talvez, se o tempo de duração do Programa fosse maior, diferenças
maiores entre os grupos poderiam ser observadas. Desta forma, teriam a
possibilidade de realizar mais atividades, exercícios e reflexões sobre criatividade,
de uma forma mais intensa e contínua.
Outro ponto é que Programa de Desenvolvimento da Criatividade
influenciou sobre a concepção de criatividade em sala de aula, tanto nos
professores quanto nos estudantes dos mesmos. Os dados de ambos os grupos
demonstraram uma valorização em criar um ambiente motivacional onde, a
criatividade possa ser estimulada e expressa. Também houve influência na forma
de verificar de quem depende a possibilidade de ser criativo em sala de aula, no
olhar do professor, havendo uma conscientização de que essa possibilidade não
depende só do aluno, mas do professor.
Também foi possível perceber que o Programa de Desenvolvimento da
Criatividade trouxe uma percepção aos professores de que é possível, ser
criativo, diminuindo aquela de que existe no cotidiano educacional uma
possibilidade pequena de ser criativo. Houve uma desmistificação de ideias
errôneas sobre a criatividade e a possibilidade de desenvolvê-la em sala de aula.
Interessante verificar um aumento na dia da nota atribuída ao professor
por sua criatividade, em sala de aula, por parte dos estudantes, sugerindo assim,
a influência do Programa de Criatividade no trabalho do professor.
130
6.1 Implicações para o contexto educacional no ensino superior
Os resultados obtidos no estudo sugerem que:
O Programa de Desenvolvimento de Criatividade foi efetivo, na mudança
de comportamento dos professores em sala de aula em relação à criatividade.
Dessa forma, é necessária a conscientização do papel fundamental que exercem
junto aos estudantes. É importante que tenham a percepção da necessidade de
serem estimuladores do potencial criativo, proporcionando um clima adequado
para isso em sala de aula.
A maioria dos estudos realizados até o momento sobre programa
desenvolvimento de criatividade teve como amostra estudantes e professores, de
ensino fundamental e dio. A presente pesquisa mostrou a importância de se
trabalhar com os professores universitários, que têm certa experiência na
docência; porém, dificilmente ouviram falar em criatividade no ensino superior.
É possível desenvolver um trabalho sobre criatividade no ensino superior
apesar das resistências com o tema e apresentar a importância do mesmo para
os futuros profissionais.
6.2 Limitações do estudo
Diante da experiência realizada com o desenvolvimento de um programa
de criatividade, citam-se, como principais limitações do estudo, a falta de
experiência e aprofundamento da pesquisadora em relação ao tema estudado.
Com a pesquisa realizada, foi possível verificar o quanto a pesquisadora ainda
tem que amadurecer em relação à criatividade e seus desdobramentos no
contexto educacional, sobretudo no Ensino superior.
Outro aspecto frágil foi o desenvolvimento do programa para o Grupo
Experimental e Grupo Controle na mesma Instituição; ocasionando, em alguns
momentos, a necessidades de adequação do tema do Grupo Experimental pela
presença de professores convidados para trabalhar algum tema específico para o
Grupo Controle, como, por exemplo, tecnologias e dificuldades de aprendizagem
no ensino superior.
131
A variável, tempo também deve ser considerada. A curta duração do
Programa dificultou a possibilidade de um maior aprofundamento das atividades
propostas no programa e a impossibilidade de realização de algumas atividades.
Também, o tempo, em relação a alguns participantes que eram coordenadores de
curso, tornou difícil conciliar as atividades administrativas e eventos da IES com a
participação no programa.
Foi possível verificar que foram obtidas diferenças significativas nas
medidas de originalidade e perspectiva incomum, em relação ao Grupo
Experimental, no pré-teste para o pós-teste. Esses dados sugerem ganhos dos
participantes do referido grupo. Ao verificar esse resultado, percebeu-se que as
atividades do programa de desenvolvimento da criatividade focaram exercícios de
perspectiva incomum, de visão do futuro e imaginação. Dessa forma, pode-se
sugerir que, as atividades desenvolvidas ajudaram a incrementar a característica
de originalidade e perspectiva incomum nos professores que participaram do
programa. Assim, se faz necessário criar outras atividades que possam
desenvolver e trabalhar as demais habilidades criativas (fluência, flexibilidade,
elaboração, expressão de emoções, fantasia e o uso de analogias e metáforas).
Outra situação foi que alguns dados não puderam ser aprofundados pelo
fato de os estudantes terem respondido às questões no início do semestre letivo,
sem terem tido, ainda, um contato maior com o professor da disciplina; abrindo,
desta forma, a possibilidade de o professor ser melhor ou pior avaliado no final do
semestre.
132
FIGURA DA BORBOLETA
133
7 VOOS DA PESQUISADORA
Ao final deste trabalho, aliás, não sei bem se é o final ou o começo de um
trabalho; sinto-me, realmente, como a borboleta citada na apresentação, no início
destas páginas. Posso afirmar que passei por um tempo de silêncio incubador,
dentro do casulo da minha existência como pessoa e como profissional. Este
tempo de desenvolvimento da pesquisa foi um tempo kairós, de transformação,
de luta, de crescimento, de perguntas, de encontros, de construção, de expressão
de vida e autorrealização.
Como pessoa, aprendi a valorizar o que cada um trás de bom, a vontade
de dar tudo de si, de fazer e ser o melhor possível dentro do contexto em que vive
e atua. Fui telespectadora de tantos sonhos, desejos e anseios em relação a um
mundo melhor e mais humano, com mais cidadania, respeito e aceitação das
diferenças; com mais valores e ideais para poder viver por uma causa. Fui
testemunha de “olhos brilhantes”, “corações aquecidos” e “mentes iluminadas” a
cada realização de uma atividade.
Com a experiência, que vivi com os professores no programa de
desenvolvimento da criatividade, posso afirmar, neste momento, com simplicidade
e sem formalidade que ser criativo é ser feliz! É abrir espaço para o potencial que
dentro de cada ser humano, é ser livre e ter identidade própria! Como
profissional, a experiência mais forte que fiz foi a de “saborear” que a criatividade
pode ser desenvolvida por meio de estratégias específicas.
Durante esse tempo Kronós, havia lido textos, referenciais teóricos,
pesquisas e relatos de experiências sobre essa realidade, mas, interiormente, eu
me questionava se era realmente possível, pois também possuía a ideia de que,
existiam pessoas criativas por dom, talento e isso, era inato nelas. Com o
decorrer dos encontros, fui percebendo a mudança de postura dos professores,
tornando-se, mais flexíveis, abertos e participativos. Muitos deram testemunhos
pessoais de pequenas mudanças que estavam ocorrendo neles em sua prática de
professor por causa do nosso “curso”. As palavras que, de certa forma,
confidenciavam, mudanças no cotidiano de cada um, ficavam em ressonância em
meu coração e em minha mente.
134
Confesso que, durante a realização do programa, os desafios, foram
muitos. Ás vezes sentia-me exatamente igual ao momento em que a borboleta
começa a sair do casulo; não é nada fácil, a abertura é pequena demais. É
necessário um esforço grande para passar. Ouvi dizer que essa força que a
borboleta faz para sair é que consistência ao seu corpo e às suas asas, para
que ela possa voar. Um dos maiores desafios foi o tempo, pois nos encontramos
cheios de compromissos e responsabilidades; final do semestre, final do ano,
acúmulo de tarefas de eventos, de imprevistos... Outro desafio foi o próprio tema:
criatividade. Algo tão novo; tão estranho, informal, tão longe da nossa realidade
do ensino superior e tão importante e necessário. Mas superamos, vencemos
esses desafios.
A borboleta saiu! Voou! Um dos seus primeiros voos, foi a proposta que a
coordenação das licenciaturas fez nas mudanças e revisão das matrizes
curriculares da instituição, para o ano de 2010. A solicitação foi para que
houvesse a inserção da criatividade como componente curricular em todas as
matrizes.
Segundo voo é a percepção que os professores foram procurar literatura
sobre o tema na biblioteca da instituição. Quando me encontraram, fizeram
menção aos livros que haviam retirado para consultar e em alguns estava meu
nome, (eu os havia doado à biblioteca). Fiquei feliz ao perceber que estavam
interessados no tema e procurando leituras. Os que participaram dos encontros
do programa de criatividade querem continuidade e os que participaram dos
encontros pedagógicos querem participar dos encontros de criatividade.
Na semana de estudos e planejamento do corpo docente da instituição,
que acontece no início de cada ano letivo, os temas estudados para 2010 serão:
criatividade no ensino superior (estratégias de ensino) e avaliação no ensino
superior (metodologias), temas propostos pela coordenação didática da IES que é
órgão responsável pela área pedagógica.
A proposta surgiu do fato de a pessoa responsável por essa área ter ouvido
os professores mencionarem várias vezes os encontros do programa de
desenvolvimento da criatividade em reuniões de forma satisfatória e positiva.
135
Situações positivas, que ocorreram com alguns professores, ao relatarem
que mudaram de comportamento em casa, com os filhos, esposos e amesmo
com os estudantes com atitudes simples, como, por exemplo, aceitar tomar um
copo de suco de laranja no intervalo com os estudantes por causa dos encontros
do programa de criatividade. Segundo o professor, jamais aceitaria esse convite
antes. Que o programa o fez rever a vida, o tornou mais sensível.
Quis escrever estas reflexões, que fogem um pouco do quantitativo; das
estatísticas, mas não fogem da pesquisa, porque, para mim, esses resultados
qualitativos são importantes; foi o que, de certa forma, mexeu com a vida da
instituição e fez com que nascesse uma semente para ser cultivada, bem cuidada,
e multiplicada para que um dia frutos capazes de saciar tanta fome de
conhecimento e cultura.
Quanto aos voos da borboleta, ainda estão tímidos, mas com o passar do
tempo krónos e kairós, com certeza ela voará mais longe, mais firme, mais
demoradamente. Enquanto isso, eu me alegro, também, com o simples bater de
suas asas, pois sabemos de seus efeitos!
E haja o que houver, ela não vai mais parar de voar!
Porque, qualquer coisa que houver, recorreremos à criatividade:
Criatividade é sonhar sonhos impossíveis ...
E depois torná-los realidade! (Torrance, 1990)
136
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148
ANEXOS
ANEXO 1 - Crivo de correção dos juízes.
O senhor (a) está sendo convidado a ser juiz na categorização de
respostas de dois questionários da pesquisa: “Avaliação de um Programa de
Criatividade para Professores do Ensino superior” que faz parte do doutorado de
Susana de Jesus Fadel. Solicito que o senhor (a) analise as respostas das
perguntas 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 de 5 professores e as respostas das
perguntas 6, 7, 8, 9 e 10 de 10 estudantes e as de acordo com as categorias
(abaixo anotadas) e verifique em qual das categorias as respostas se encaixam.
Em cada resposta, o seu trabalho, como juiz, seo de analisar, quais são as
categorias (pode conter uma ou mais) encontradas nas respostas. Assinalando
sim (S) ou não (N).
CATEGORIAS DAS RESPOSTAS DO PROFESSORES
Questão 7 – O que é criatividade em sala de aula?
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Adaptar o conteúdo à realidade do estudante
X X X X 100
2 – Criar um ambiente estimulador *
X X X X 50
3 – Lidar com situações problema
X X X X 75
4 – Usar diversas estratégias para ensinar
X X X X 100
5 – Utilizar diversos recursos
X X X X 100
Total de concordância
95
Na categoria criar um ambiente estimulador, os juízes sugeriram adequar
para criar um ambiente motivador, pelas respostas dos participantes estarem
ligadas a motivação e as palavras: motivacional, motivador, motivar e motivação
se repetiram várias vezes. A pesquisadora acatou a sugestão ficando assim,
100% de concordância entre os juízes nessa categoria.
149
Questão 8 – É possível ser criativo em sala de aula? Justifique:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Depende da colaboração do estudante
x x x x 100
2 – Depende da colaboração do estudante e do professor
x x x x 100
3 – Depende do conteúdo
x x x x 75
4 – Depende da metodologia
x x x x 100
5 – Depende do professor
x x x x 100
6 – Depende dos recursos
x x x x 100
7 – Depende do tempo disponível
x x x x 100
8 – Dificuldade em ser criativo
x x x x 100
Total de concordância
97
Questão 9 – Cite 5 características da aula criativa:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Ambiente estimulador*
x x x x 50
2 – Inovação
x x x x 75
3 – Metodologia diversificada
x x x x 100
4 – Planejamento e organização
x x x x 75
5 – Utilização de diversos recursos
x x x x 100
Total de concordância
80
* foi alterado por ambiente motivador – sugestão dos juízes
Questão 10 – Cite 5 fatores que possibilitem o clima criativo em sala de aula:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Motivação
x x x x 100
2 – Planejamento/organização
x x x x 75
3 – Recursos materiais
x x x x 100
4 – Relacionamento com os estudantes
x x x x 100
Total de concordância
93
150
Questão 11 – Você se considera um profissional criativo? Justifique:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Empenho pessoal
x x x x 75
2 – Diversidade de metodologia
x x x x 100
3 – Dificuldade de ser criativo
x x x x 75
4 – Diversidade de recursos
x x x x 100
5 – Possibilita um ambiente para a criatividade
x x x x 100
Total de concordância
90
Questão 12 – por quais motivos você procura ser criativo?
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Buscar alternativas para ensinar
x x x x 100
2 – Estimular a participação
x x x x 100
3 – Facilitar a aprendizagem
x x x x 75
4 – Motivar o estudante
x x x x 100
5 – Valorização profissional
x x x x 75
Total de concordância
90
Questão 13 – Avalie sua criatividade em uma escala de 1 a 10. Justifique sua nota:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Dificuldade para atingir o desejável
X X X X 100
2 – Empenho pessoal
X X X X 100
3 – Possibilidade de ser criativo
X X X X 100
Total de concordância
100
Questão 14 – Descreva experiências de sua prática docente que considera criativas:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Ambiente diversificados de aprendizagem
X X X X 100
2 – Clima propício para a aprendizagem
X X X X 100
151
3 – Dificuldade em vivenciar a criatividade
X X X X 100
4 – Estratégias diversificadas para a aprendizagem
X
X X X 75
5 – Recursos diversificados para a aprendizagem
X X X X 100
Total de concordância
95
CATEGORIAS DAS RESPOSTAS DOS ESTUDANTES
Questão 5 – O que é criatividade em sala de aula?
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Adaptar o conteúdo à realidade do estudante
X X X X 100
2 – Criar um ambiente estimulador *
X X X X 50
3 – Lidar com situações problema
X X X X 100
4 – Usar diversas estratégias para ensinar
X X X 75
5 – Utilizar diversos recursos
X X X X 100
Total de concordância
85
* A categoria foi alterada para: criar um ambiente motivador - por sugestão dos juízes
Questão 6 – É possível ser criativo em sala de aula? Justifique:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Depende da colaboração do estudante
x x x x 100
2 – Depende da colaboração do estudante e do professor
x x x x 100
3 – Depende do conteúdo
x x x x 100
4 – Depende da metodologia
x x x x 100
5 – Depende do professor
x x x x 100
6 – Depende dos recursos
x x x x 100
7 – Depende do tempo disponível
x x x x 100
8 – Dificuldade em ser criativo
x x x x 75
9 – Conformismo
x x x x 100
10- Total de concordância
97
152
Questão 7 – Cite 5 características de uma aula criativa:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Ambiente estimulador *
x x x x 50
2 – Diversidade de recursos
x x x x 100
3 – Eficiência/organização/planejamento
x x x x 100
4 – Inovação
x x x x 75
5 – Metodologia diversificada
x x x x 100
Total de concordância
85
* A categoria foi alterada para: ambiente motivador - por sugestão dos juízes
Questão 8 Cite 5 fatores que favoreçam um clima criativo em sala de aula, nessa
disciplina:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Estratégias de aprendizagem
x x x x 100
2 – Motivação
x x x x 100
3 – Planejamento/organização
x x x 75
4 – Recursos materiais
x x x x 100
5 – Relacionamento com os estudantes
x x x x 100
Total de concordância
95
Questão 9 Descreva experiências vividas por você, nessa disciplina, que considera
criativas:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Ambientes diversificados para a aprendizagem
x x x x 100
2 – Ambiente estimulador *
x x x x 50
3 – Dificuldade em vivenciar a criatividade
x x x x 75
4 – Estratégias diversificadas para a aprendizagem
x x x x 100
5 – Recursos diversificados para a aprendizagem
x x x x 100
Total de concordância
85
A categoria foi alterada para: ambiente motivador - por sugestão dos juízes
153
Questão 10 Avalie a criatividade do professor dessa disciplina em uma escala de 1 a
10. Justifique sua nota:
J1 J2 J3 J4 T
Categorias /concordância S N
S N
S N
S N %
1 – Cria espaço para a criatividade
x x x x 100
2 – Dificuldade em ser criativo
x x x x 100
3 – Esforço do professor
x x x x 75
4 – Utiliza diversas estratégias
x x x x 100
5 – Utiliza diversos recursos
x x x x 100
Total de concordância
95
154
ANEXO 2 - Questionário para o professor
Prezado professor, esta é uma pesquisa sobre o tema da Criatividade. Gostaria de contar
com sua colaboração. Sua participação é muito importante.
Grata. A pesquisadora.
1. Sua idade compreende a faixa de:
( ) 20 a 24 anos ( ) 25 a 29 anos ( ) 30 a 34 anos
( ) 35 a 39 anos ( ) 40 a 44 anos ( ) 45 ou mais
2. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino
3. Há quanto tempo exerce esse trabalho?
( ) De 1 a 5 anos ( ) de 6 a 10 anos ( ) de 11 a 20 anos
( ) de 21 a 29 anos ( ) mais de 30 anos
4. Sua graduação/formação: ..........................................................................
5. Curso que atua: ..........................................................................................
6. Já participou de algum treinamento em criatividade? Se sim, comente:
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
........................................................................................................................
7. O que é criatividade em sala de aula?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
....................................................................................................................
8. É possível ser criativo em sala de aula?
( ) sim ( ) não ( ) ás vezes
Justifique:.........................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.....................................................................................................................
9. Cite 5 características de uma aula criativa:
1 - .........................................................
2 - .........................................................
3 - .........................................................
4 - .........................................................
5 - .........................................................
10. Cite 5 fatores que possibilitem um clima criativo na sala de aula:
1 - ...........................................................
2 - ...........................................................
3 - ...........................................................
4 - ...........................................................
5 - ...........................................................
155
11. Você se considera um professor criativo? ( ) sim ( ) não ( ) ás vezes
Justifique:.........................................................................................................................
.................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.................................................................................................................................
12. Por quais motivos você procura ser criativo?
.........................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.............................................................................................................................
13. Avalie sua criatividade em uma escala de 1 a 10.
( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10
Justifique sua nota:
.....................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.............................................................................................................................
14. Descreva experiências, de sua prática professor que considera criativas:
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
156
ANEXO 3 - Questionário para o estudante
Prezado estudante, esta é uma pesquisa sobre o tema da Criatividade. Gostaria de
contar com sua colaboração. Sua participação é muito importante.
Grata. A pesquisadora.
1. Sua idade compreende a faixa de:
( ) 17 a 20 ( ) 21 a 24 anos ( ) 25 a 29 anos
( ) 30 a 34 anos ( ) 35 a 39 anos ( ) 40 a 44 anos
( ) 45 ou mais
2. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino
3. Seu curso: ............................................................................................
4. Ano que está cursando ........................................................................
5. O que é criatividade em sala de aula?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.....................................................................................................................
6. É possível ser criativo em sala de aula?
( ) sim ( ) não ( ) ás vezes
Justifique:.........................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.....................................................................................................................
7. Cite 5 características de uma aula criativa:
1 - .........................................................
2 - .........................................................
3 - .........................................................
4 - .........................................................
5 - .........................................................
8. Cite 5 fatores que favoreçam um clima criativo em sala de aula, nessa disciplina:
1 - ...........................................................
2 - ...........................................................
3 - ...........................................................
4 - ...........................................................
5 - ...........................................................
157
9. Descreva experiências vividas por você, nessa disciplina, que considera criativas:
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
10. Avalie a criatividade do professor desta disciplina em uma escala de 1 a 10.
( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10
Justifique sua nota:
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
158
ANEXO 4 - Carta de autorização de dirigentes de ensino superior para a
realização da pesquisa
Magnífico Reitor,
Venho solicitar a sua colaboração no sentido de autorizar uma pesquisa na sua Instituição
de Ensino sobre criatividade no Ensino Superior. Esse trabalho tem como objetivo demonstrar a
importância da criatividade e as possibilidades para o seu desenvolvimento no contexto
universitário.
A pesquisa envolve a participação de 40 professores em um Programa de Orientação
Pedagógica e Desenvolvimento da Criatividade, com a duração de 11 semanas. Os encontros
ocorrerão uma vez por semana com 2 horas de duração. Durante o desenvolvimento do
Programa, será necessário que os professores respondam questionários, testes de avaliação da
criatividade e atividades descritivas e figurais relacionadas às características criativas, no início e
no término do programa (pré-teste e pós-teste).
Também envolve a participação de 400 estudantes dos respectivos professores, sendo
solicitado que respondam em sala de aula 2 questionários informativos, com o foco nas
concepções da criatividade e seu desenvolvimento. O questionário será aplicado no início do
semestre e no final. Com os estudantes a atividade será realizada na sala de aula, em horário
combinado previamente com os professores e coordenadores dos cursos, não havendo, portanto,
nenhum prejuízo acadêmico. Com os professores a aplicação dos instrumentos será durante o
desenvolvimento do programa.
Posteriormente, será ofertada à Instituição uma palestra para os professores sobre a
criatividade. Por se tratar de uma pesquisa, guardaremos o anonimato sobre a identidade de sua
Instituição de Ensino. Desde já, agradeço-lhe pela atenção. Solicito também que assine essa folha
de permissão de pesquisa abaixo.
Atenciosamente,
Susana de Jesus Fadel
Doutoranda em Psicologia - PUC CAMPINAS
Nome da instituição: _________________________________________________________
Endereço da instituição: ______________________________________________________
Nome do Reitor: ____________________________________________________________
Local e data: _______________________________________________________________
Assinatura do Reitor:_________________________________________________________
159
ANEXO 5 - Carta de autorização do coordenador do curso
Prezado coordenador,
Venho solicitar a sua colaboração no sentido de autorizar uma pesquisa com a
participação dos professores e estudantes do seu curso, sobre criatividade no Ensino
Superior. Esse trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da criatividade e as
possibilidades para o seu desenvolvimento no contexto universitário.
A pesquisa envolve a participação de seus professores em um Programa de
Orientação Pedagógica e Acadêmica, com a duração de 11 semanas. Os encontros
ocorrerão uma vez por semana com 2 horas de duração. Durante o desenvolvimento do
Programa, será necessário que os professores respondam a questionários, testes e
atividades descritivas e figurais, no início e no término do programa de Orientações
Pedagógicas e Acadêmicas (pré-teste e pós-teste).
Também envolve a participação dos estudantes dos respectivos professores,
sendo solicitado que respondam 2 questionários informativos, com o foco na prática
professor e seu desenvolvimento, o questionário será aplicado no início do semestre e no
final. Com os estudantes a atividade será realizada na sala de aula, com horário
combinado previamente com o professor e coordenador do curso, não havendo, portanto,
nenhum prejuízo acadêmico. Com os professores a aplicação dos instrumentos será
durante o desenvolvimento do programa.
Posteriormente será realizada uma palestra sobre os temas desenvolvidos no
programa. Por se tratar de uma pesquisa, guardaremos o anonimato sobre a identidade
de sua Instituição de Ensino. Desde já, agradeço-lhe pela atenção. Solicito também que
assine esta folha de permissão de pesquisa abaixo.
Atenciosamente,
Susana de Jesus Fadel
Doutoranda em Psicologia - PUC CAMPINAS
Nome do Curso: _______________________________________________________
Nome do coordenador: __________________________________________________
Local e data: __________________________________________________________
Assinatura do Coordenador:______________________________________________
160
ANEXO 6 - Convite para participar do programa de construção pedagógica
Prezado professor, será oferecido em nossa instituição a partir dos segundo
semestre de 2008 um Programa de Orientações Acadêmicas, com o objetivo de
buscarmos estratégias para melhorar nossa qualidade de ensino e atendimento ao
estudante. Gostaríamos de convidá-lo para participar desse programa.
Por ser um programa piloto, as vagas são limitadas. Nesta primeira experiência
serão disponibilizadas 40 vagas. Os participantes serão sorteados (10) das diferentes
áreas de conhecimento.
O Programa de Construção Pedagógica acontecerá uma vez por semana, durante
11 semanas, com duas horas de duração, devidamente remuneradas. Além do
desenvolvimento do Programa, concomitantemente ocorrerá uma pesquisa, que auxiliará
no aprofundamento sobre os temas que serão desenvolvidos.
Se quiser participar do Programa de Orientações Acadêmicas e da pesquisa
poderá fazer sua inscrição pelo e-mail: prorientaçõ[email protected] - Programa de
Orientações, até o dia 22.08.08.
Colocando os seguintes dados:
Nome - ______________________________________________________
Centro de atuação - ____________________________________________
Curso - ______________________________________________________
Contamos com sua valiosa presença e partilha da experiência profissional e de
vida que com certeza enriquecerão nossos encontros.
Atenciosamente:
Susana de Jesus Fadel
161
ANEXO 7- Termo de consentimento livre e esclarecido - (professor)
Prezado professor, comunico que estamos desenvolvendo uma pesquisa para fins
de elaboração de uma tese de doutorado em Psicologia, na Pontifícia Universidade
católica de Campinas, sobre o Ensino superior. Esse trabalho tem como objetivo
demonstrar a importância da prática pedagógica em sala de aula, especificamente no
Ensino superior. Sua participação é muito importante, pois irá colaborar com a produção
de conhecimento sobre o assunto.
Haverá dois grupos de participantes. A classificação em cada grupo será feita por
meio de sorteio. Para colaborar conosco nessa
pesquisa, será necessário que você
preencha este termo de consentimento livre e esclarecido, responda aos questionários,
aos testes e realize algumas atividades descritivas e figurais e de planejamento, em duas
etapas. As atividades e os instrumentos serão aplicados no início e no término do
programa. O Programa de Orientações Acadêmicas acontecerá uma vez por semana,
durante 11 semanas, com duas horas de duração, devidamente remuneradas.
Asseguramos que seus dados pessoais, bem como os da instituição em que está
vinculado, serão mantidos em sigilo e que não acarretará nenhum dano, caso aceite
participar da pesquisa. Destacamos que sua participação é voluntária, podendo ser
interrompida a qualquer momento, sem nenhum prejuízo pessoal ou profissional.
Agradecemos sua colaboração e nos colocamos á disposição para quaisquer
dúvidas que possam surgir pelo e-mail isfadel@gmail.com e pelo telefone (14) 2107-
7019. Caso concorde em participar da pesquisa, assine abaixo. Grata.
Doutoranda: Susana de Jesus Fadel
Comitê de ética em pesquisa com seres humanos - (19) 3343-6777
Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Declaro estar ciente dos termos da pesquisa acima citados e dou consentimento para
que as informações por mim prestadas sejam utilizadas na mesma.
Assinatura - ________________________________________________. Data: __/__/__.
162
ANEXO 8 - Programa de construção pedagógica
O Programa de Construção Pedagógica foi desenvolvido em duas formas.
Com o Grupo Experimental realizou-se um Programa de Desenvolvimento de
Criatividade, em que foi trabalhada uma parte teórica, estudando e discutindo
aspectos referentes à criatividade e uma parte prática em que foram
desenvolvidos exercícios e atividades que estimulam a criatividade.
Foram tratados os seguintes temas: histórico sobre a criatividade e as
ideias formadas a seu respeito através dos tempos; barreiras e facilidades para o
desenvolvimento da criatividade em sala de aula; ambiente facilitador da
expressão da criatividade em sala de aula; a criatividade como bem social: ser
criativo para quê? Técnicas e exercícios para estimular as habilidades criativas
como: tempestade de ideias, exercícios futuristas, exercícios de imaginação e
metáforas, resolução de problemas, leitura, escrita e desenhos criativos.
As sessões aconteceram por meio de debates entre grupos, leitura e
discussão de textos distribuídos, relatos de experiências, exercícios práticos de
resolução de problemas, exposição, músicas e atividades lúdicas.
Com o Grupo Controle, foi desenvolvido um Programa de Dúvidas
Pedagógicas em que foram tratados assuntos referentes ao cotidiano pedagógico
como: avaliação, planejamento, trabalho docente, dificuldade de aprendizagem,
educação especial, bullyng e novas tecnologias. Os temas foram trabalhados de
forma expositiva e por meio de estudo dos temas pelos participantes. O programa
foi desenvolvido durante um semestre letivo constando de 11 sessões semanais
com duração de 180 minutos, totalizando 33 horas.
163
Programa de Desenvolvimento de Criatividade
Atividades desenvolvidas com o Grupo Experimental
1ª. Sessão
1. Dinâmica de motivação - texto: A máquina de escrever.
" A Máquina de Escrever "
Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um considxrada uma sucata x dx modxlo antigo ,
funciona bxm, com xxcxção dx uma txcla.
Há 42 txclas qux funcionam, mxnos uma, x isso faz grandx difxrxnça.
Às vxzes, mx parxcx qux mxu grupo, x´ como minha máquina dx xscrxvxr, qux nxm todos os
mxmbros xstão dxsxmpxnhando suas funçõxs como dxvxriam, qux txm um mxmbro achando qux
sua ausxncia não fará falta...
Vocx dirá: " Afinal sou apxnas uma pxça sxm xxprxssão x por isso, não farxi difxrxnça x falta à
comunidadx".
Xntrxtanto, para uma organização podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participação ativa x
consxcutiva dx todos os sxus intxgrantxs.
Na próxima vxz qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx
xscrxvxr x diga a si mxsmo:
" xu sou a pxça, mais importantx do mxu grupo x os mxus amigos prxcisam dx mxus sxrviços! "
2. Socialização das reflexões do texto.
3. Aplicação do questionário da pesquisa.
164
2ª. Sessão
1. Motivação – música
O Caderno
Toquinho
Composição: Toquinho / Mutinho
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, a você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...(2x)
2. Aplicação do Teste - Pensando Criativamente com Palavras(Forma A).
3. As características criativas A pesquisadora trabalhou com o grupo as
características das pessoas criativas, tendo como fundamentação teórica o
capítulo II do Livro: Criatividade: descobrindo e encorajando. 3.ed. São Paulo:
Editora Livro Pleno de Wechsler, S. M. (2002).
3ª. Sessão
1. Concepções de criatividade e a criatividade no contexto educacional.
165
2. Técnica da tempestade de ideias com as seguintes situações-problema:
a) escrita –
1. De quantas maneiras eu posso dar uma aula sobre criatividade?
2. De que maneira posso fazer guirlandas de Natal?
3. De que maneira posso tirar a chave que ficou fechada dentro do carro?
4. De que maneira posso usar a caixa de leite vazia?
5. De que maneira posso convencer as pessoas que exercícios físicos fazem
bem à saúde?
6. De quantas maneiras posso usar um lápis?
7. De que maneira posso ensinar matemática a quem não gosta de
matemática?
8. De que maneira posso convencer os estudantes a não estudarem somente
antes das provas?
9. De que maneira posso utilizar uma lâmpada?
b) Visualização
1. Colosso é um urso polar. No inverno, ele sente muito frio. Para ajudá-lo a
se esquentar um pouco, é preciso levá-lo até o iglu do esquimó. Escreva
todas as ideias que você tiver para ajudar o Colosso a entrar no iglu.
2. Dorinha é uma menina de sete anos que gosta muito de animais. Em seu
aniversário, ganhou uma girafa que gosta muito de comer. Porém, Dorinha
tem dificuldades de alimentá-la pela sua baixa estatura. Escreva todas as
ideias que você tiver para ajudar Dorinha a dar de comer à girafa Fifi.
4ª. Sessão
1. Motivação - o homem é criativo? Apresentar um símbolo que responda
essa pergunta. (os professores tiveram 10 minutos para procurarem o símbolo
para responderem à pergunta)
2. Aula expositiva sobre A CRIATIVIDADE ESTÁ PRESENTE EM TUDO, NÃO
NO SER HUMANO - Saturnino De La Torre; CRIATIVIDADE NA NATUREZA
E A CRIATIVIDADE COMO EVOLUÇÃO - Maria Candida Moraes PUC/SP;
CRIATIVIDADE E SUBJETIVIDADE - Albertina M. Martínez UnB;
CARACTERÍSTICAS CRIATIVAS – Torrance 1965.
3. Discussão sobre o tema.
166
Criatividade para que?
Saturnino de La Torre
Natureza da criatividade sob um enfoque
em expansão
Criatividade geradora de conhecimento –
impossível deixar de lado:
a sociedade do conhecimento.
Física, geociência, medicina alternativa, tecnologia,
espiritualidade; virtualidade...
A NATUREZA É CRIATIVA?
CRIATIVIDADE NA NATUREZA
A CRIATIVIDADE COMO EVOLUÇÃO
Maria Candida Moraes – PUC/SP
A criatividade concebida de maneira mais
ampla está presente na natureza a partir dos
processos de auto-organização.
Natureza implica criatividade pela energia
capaz de gerar algo novo.
A natureza evidencia sua inteligência criadora
e produz verdadeiras obras de arte.
Existe uma inteligência criadora responsável pela
evolução da vida?
Lembremos do relâmpago, da margarida, das
folhas, dos pássaros...
A NATUREZA se constrói
sobre um padrão
que se repete;
Mas...
1. contemplação
A melodia, o ritmo da música não será decorrência de
padrões que se repetem?
À luz dessa reflexão qual a diferença entre uma colméia, um
livro, um formigueiro, uma partitura, um quadro?
A Criatividade
humana é
transformação.
A criatividade na
natureza é evolução.
Para os autores Maturana, Varela e Binnig o
homem não se separa da natureza, assim
qualquer obra de arte que produzir a mão
humana é criação da natureza.
Pensamento central
Criatividade é possibilitar o
surgimento de novas ações.
Possibilitar mais que criar.
Albertina M. Martínez - UnB
Investigar a criatividade considerando a influência de
elementos diversos. (formação, cultura, personalidade)
Criatividade como expressão da subjetividade humana. (o
que cada um é, a história pessoal)
Rompimento com idéias: a criatividade é um processo
inerente a natureza humana e a separação do individual e
social na criatividade.
167
Torrance (1965)
É o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências,
lacunas, elementos ausentes e desarmonias; identificar as
dificuldades ou elementos faltantes nas informações; formular
hipóteses, fazendo adivinhações a respeito das deficiências
encontradas; testar e retestar estas hipóteses, possivelmente
modificá-las e retes-las novamente; e finalmente comunicar
os resultados encontrados.
Fenômeno possível de ser identificado e desenvolvido em
todas as pessoas.
Torrance (1965)
Depois de 40 anos de pesquisa:
Constatou uma constelação de habilidades e características
criativas, provindas de:
-Área intelectual – cognitiva
-Personalidade
-Ambiente
-Fluência – quantidade de idéias relevantes
-Flexibilidade – diversidade nos tipos de idéias
-Originalidade – idéias incomuns
-Elaboração – detalhamento e embelezamento das idéias
-Expressão de emoção – expressão de sentimentos
-Perspectiva incomum – idéias que vão além do contexto apresentado
-Fantasia – entidades imaginárias ou ficção científica
-Analogias e metáforas – uso de comparações de forma indireta ou direta
-Índice criativo verbal 1 adição das 4 primeiras características
indicadores cognitivos
-Indice criativo verbal 2 adição de todas as características criativas –
indicadores cognitivos e emocionais.
O ato criativo passa pela
fase da interiorização e a
adversidade favorece o
silêncio interior, ao
encontro consigo mesmo
e buscar aí as energias
que nos permitem
superar a adversidade.
“ Isso é horrível, mas nos faz reconhecer a beleza da
própria transformação.” (Torre, 2003)
Despertar a consciência
Despertar a consciência
É
É
necess
necess
á
á
rio despertar a consciência, essa
rio despertar a consciência, essa
energia que se manifesta atrav
energia que se manifesta atrav
é
é
s
s
das emo
das emo
ç
ç
ões, da
ões, da
razão,
razão,
da
da
corporiedade
corporiedade
e
e
da espiritualidade.
da espiritualidade.
A explosão cósmica de milhões de anos atrás não é
maior que a explosão da consciência, da reflexão e
da criatividade humana.
Uma nova consideração em relação a essa explosão
de energia mental faz referência à consciência
coletiva.
O progresso inovador
não é fruto somente de mentes criativas,
mas sim de clima social,
de consciência coletiva.
Uma consciência coletiva que propicia a
Uma consciência coletiva que propicia a
criatividade
criatividade
é
é
aquela que promove a tolerância,
aquela que promove a tolerância,
valoriza a autonomia e independência de
valoriza a autonomia e independência de
pensamento, presta aten
pensamento, presta aten
ç
ç
ão na diversidade,
ão na diversidade,
é
é
sens
sens
í
í
vel ao problemas sociais, d
vel ao problemas sociais, d
á
á
valor a novas
valor a novas
id
id
é
é
ias.
ias.
A consciência nos faz humanos.
A consciência nos faz humanos.
Criatividade e
Criatividade e
resiliência
resiliência
“Têm muitos pontos em comum”
Quais?
Criatividade paradoxal e resiliência
PONTO DE VISTA EDUCATIVO:
PONTO DE VISTA EDUCATIVO: 3 DIMENSÕES
1. Necessidade de resistir de maneira satisfatória
2. Capacidade de transformar problemas e dificuldades
em situações de aprendizagem e crescimento pessoal
3. A ética do que é bom e valioso para si mesmo e para
a sociedade
PONTOS PR
PONTOS PR
Á
Á
TICOS
TICOS
Ajuda, descobrir o sentido, habilidades sociais, auto-
estima, humor
Questão de opção?
5. pipoca
SEGREDO:
SEGREDO:
3 princ
3 princ
í
í
pios para
pios para
transformar a adversidade
transformar a adversidade
em criatividade:
em criatividade:
Consciência
Consciência
da situa
da situa
ç
ç
ão
ão
como oportunidade.
como oportunidade.
A
A
paixão
paixão
para superar com
para superar com
o apoio dos que estão
o apoio dos que estão
conosco.
conosco.
Empenho
Empenho
em vencer os
em vencer os
obst
obst
á
á
culos e caminhar...
culos e caminhar...
6. Todo homem
168
3. Atividades de visão de futuro:
1. Desenhe sua fotografia no ano de 2050.
2. Descreva seu celular daqui há 100 anos.
3. Descreva a escola daqui há 100 anos.
4. Desenhe como será o meio de transporte daqui há 300 anos.
5. Descreva como será seu creme dental daqui há meio século.
6. Faça uma redação utilizando os objetos descritos nos itens anteriores sem usar
a palavra futuro.
7. Quais serão os problemas que teremos no futuro?
8. Quais as possibilidades que teremos para resolvê-los?
9. Quais os sonhos que teremos no futuro?
6ª. Sessão
1. Atividades com situações improváveis.
1. Foi proibido o uso do carro. Como seria o mundo sem carro?
2. A coruja passou a enxergar de dia. Escreva todas as impressões que ela teve a
partir daí.
3. O que eu faria em uma escola sem professor?
4. O que faria um elefante sem tromba?
5. Como viveriam os peixes se o mar fosse de aguardente?
6. O que comeria e como seria o leão se não comesse carne?
7. As abelhas foram picadas por um vírus que transformou o mel em vinagre. O
que você faria para ajudá-las a voltar ao normal?
8. A cascavel perdeu seu guizo e ficou muito triste. O que você faria para resolver
esse problema?
9. O que aconteceria se chovesse de baixo para cima?
10. O que aconteceria se toda fala se convertesse em dança?
7ª. Sessão
1. Os textos estudados e discutidos:
a) Alencar, E. M. L. S. (1997). O estímulo à criatividade no contexto universitário.
Psicologia Escolar e Educacional, 1, (2), 29-37.
169
b) Alencar, E. M. L. S. (2000); Alencar, E. M. L. S, & Fleit, D. S. (2004). Inventário
de práticas docentes que favorecem a criatividade no ensino superior. Psicologia
Reflexão e Crítica, 17, 105 – 110.
c) Wechsler, S. M. (2001). A educação criativa: possibilidades para descobertas.
In Castanho, M. E. L.M & Castanho S. M. Temas e textos em metodologia do
ensino superior. (pp. 231-259). Campinas: Papirus.
2 . Música –
O Caderno
Toquinho
Composição: Toquinho / Mutinho
3.Texto
O Caderno
Fábio de Mello
“Eu não sei se você se recorda do seu primeiro caderno,
eu me recordo do meu.
Com ele eu aprendi muita coisa,
foi nele que eu descobri a experiência dos erros.
Ela é tão importante quanto às experiências dos acertos!
Porque vistos de um jeito certo, os erros,
Eles nos preparam para nossas vitórias e conquistas futuras
Porque não há aprendizado na vida que não passe pelas experiências dos erros.
O caderno é uma metáfora da vida,
Quando os erros cometidos eram demais, eu me recordo,
Que a nossa professora nos sugeria que a gente virasse a página.
Era um jeito interessante de descobrir a graça que há nos recomeços.
Ao virar a página, os erros cometidos deixavam de nos incomodar e, a partir deles,
A gente seguia um pouco mais crescido.
O caderno nos ensina que erros não precisam ser fontes de castigos.
Erros podem ser fontes de virtudes!
Na vida é a mesma coisa, o erro tem que estar a serviço do aprendizado;
Ele não tem que ser fonte de culpas e vergonhas.
Nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande
sem que seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida.
Uma coisa é a gente se arrepender do que fez!
Outra coisa é a gente se sentir culpado.
Culpas nos paralisam. Arrependimentos não!
Eles nos lançam pra frente, nos ajudam a corrigir os erros cometidos.
Deus é semelhante ao caderno.
Ele nos permite os erros pra que a gente aprenda a fazer do jeito certo.
Você tem errado muito?
Não importa, aceite de Deus essa nova página de vida que tem nome de hoje!
Recorde-se das lições do seu primeiro caderno.
Quando os erros são demais, vire a página!”
8ª. Sessão
1. Continuação das atividades com metáforas.
170
a) Os passarinhos voam porque são ssaros, têm asas e podem voar! Como eu
posso voar?
b) Como seria um mundo de paz?
c) Como seria uma tarde no paraíso?
d) Desenhe o arco-íris da vida usando cores da amizade, da bondade, da tristeza,
do amor e do medo.
2. Demonstração da lousa digital.
3. Discussão sobre ser criativo sem materiais disponíveis.
9ª. Sessão
1. Dinâmica – Desafio da batata.
A dinâmica consistiu em enviar um pacote de batatas fritas para outro
país onde existe guerra. Cada equipe deverá fazer um pacote para enviar sua
batata sem nenhum dano à mesma (sem amassá-la ou quebrá-la). Todos deverão
partilhar o mesmo material. A embalagem de embrulho deverá passar por um
teste de resistência. Será sacudida e um dicionário grande cairá sobre ela a uma
altura de 30 cm do pacote. As equipes terão 20 minutos para completar o projeto.
Todos os grupos deverão partilhar o mesmo material disponível fita crepe, fita
adesiva, embalagens de ovos, um pedaço de cartolina, papéis, plástico e
barbante. Os participantes foram divididos em dois grupos. Cada grupo recebeu
um pacote de batatas fritas e o desafio foi lançado.
1. Como você se sentiria se fosse um (a):
a) celular –
b) pneu furado –
c) fogão de um restaurante chinês –
d) mesa do presidente da República –
e) seu caderno –
f) transporte coletivo –
g) barra de chocolate branco –
h) um guarda-chuva –
171
2. Escreva uma poesia sobre o significado de ser professor.
3. Um dia na vida de um cão direcionar os acontecimentos Como você se
sente sendo um cão? O que você faz para chamar a atenção? Quando não lhe
dão atenção, como se sente? Como se diverte? Como é sua noite? Como é seu
dia? Qual a maior alegria que teve? Quais são seus sonhos? Quais os seus
medos? De quem você mais gosta? Depois da fantasia, cada membro do grupo
escreve sobre sua vivência como cão.
10ª. Sessão
1. Escreva uma carta ao Presidente da República reivindicando melhorias na
atual situação do país. Porém, para sua carta ser aceita na recepção do Palácio
da Alvorada, deverá ter as seguintes características: humor, aparência (bonita,
estética), várias idéias, estilo diferente das outras cartas (original) e algumas
propostas e sugestões.
11ª. Sessão
1. Aplicação do Teste de Criatividade Verbal – forma B.
2 . Aplicação do questionário
3. Encerramento – Mensagem do Pequeno Príncipe :
(Saint Exuperi)
O pequeno príncipe
Saint Exupéry
“ E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, que olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procurar?
- Procuro os homens – disse o pequeno príncipe. – Que quer dizer “cativar?
172
- Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a
única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não disse o príncipe. – Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. – Significa “criar laços”...
- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa. -Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a
cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não
passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós
teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no
mundo...
- Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor...eu creio que ela me
cativou...
- É possível – disse a raposa. _ Vê-se tanta coisa na Terra...
-Oh! Não foi na Terra – disse o principezinho.
A raposa parece intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito – suspirou a raposa.
Mas a raposa retomou o seu raciocínio.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se
parecem e todos os homens também. E por isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas,
minha vida será como cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos
outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da
toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão.
O trigo para mim é não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é
triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo,
que é dourado fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me!- disse ela.
- Eu até gostaria - disse o principezinho,- mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e
muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. Os homens não têm mais tempo
de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de
amigos, os homens não têm mais amigos.e tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? - Perguntou o pequeno príncipe.
173
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim,
assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte
de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto...
No dia seguinte, o príncipe voltou.
- Teria sido melhor voltasses à mesma hora - disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro
da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me
sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso que
haja um ritual.
-Que é “ritual”? – perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também – disse a raposa. – É o que faz com que um dia seja
diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adotam
um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia
maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias
seriam todos iguais, e eu nunca teria férias!
Assim o pequeno príncipe cativou a raposa.
4. Avaliação do Programa
1. Como você avalia esse tipo de encontro de formação para professores do
Ensino Superior?
2. O tema "Criatividade" foi importante em nossos encontros? Por quê?
3. Quais as contribuições de nossos encontros para sua prática em sala de aula?
4. Fique à vontade para fazer quaisquer colocações, sugestões, críticas ou
contribuições.
Avaliação do Programa feita pelos participantes:
Avaliação da coordenadora
Coordenar o Programa de Construção Pedagógica foi um desafio. Um desafio
porque, na realidade, eu vivenciava os dois lados: tanto o lado de quem participava
quanto o lado de quem também estava lá para incentivar a participação do outro.
No grupo controle foi muito simples, pois os temas eram do meu conhecimento e
domínio, embora tenha considerado as atividades um tanto teóricas e nada muito
agradáveis. Apesar disso, o grupo controle afirmou meu pensamento de que, quando
falamos de formação de professores temos que falar de temas complexos, e eles vinham
preparados para um “debate profundo” sobre os temas; sempre empenhados em
participar trazendo alguma experiência de suas vivências em sala de aula, ou com textos
174
que pudessem contribuir, enfim, aquilo que é comum quando estamos tratando com
professores.
No grupo experimental, minha participação foi uma “incógnita”. Como as
atividades eram preparadas pela pesquisadora, eu apenas organizava os horários, os
materiais, digamos que a “logística” das atividades. Assim como os demais participantes,
sempre estava ansiosa por aquilo que estava por vir. O que pude perceber, em relação
aos participantes, foi que, estavam sempre animados; curiosos por saber qual era a
atividade do dia, nunca preocupados se conseguiriam discutir sobre a temática proposta;
e sim preocupados em participar, realizar a atividade, conseguir vencer mais um desafio.
Mais interessante era quando acabavam os encontros, que mesmo acabando
pontualmente, muitos ficavam conversando, trocando idéias, perguntando, e nem se
davam conta de que o horário já tinha avançado muito.
Inúmeras vezes, ao chegar à sala dos professores, dias após o encontro, lá
estavam eles, conversando sobre a atividade, contando para quem não participava o
quanto eles gostavam das atividades. Posso afirmar que nesse período, sempre que me
encontravam pediam para que eu contasse o que seria feito na próxima semana, qual
seria a atividade. Muito interessante também eram as semanas que por atividades da
universidade ou feriados não havia os encontros, pois sempre que nos encontrávamos
pelos corredores, os participantes lamentavam. O encerramento dos encontros, no final
do ano, foi muito marcante. Pude perceber, o quanto, os professores têm necessidade de
atenção, de um olhar diferenciado.
Muitos expuseram sua experiência positiva em participar e o que mais me
marcou, foram as falas de que a convivência com os pares, em experiências como essa,
tornou-os seres diferentes. Também poder refletir sobre um tema tão longe do nosso
cotidiano educacional: a criatividade. Quando nos encontramos, eles questionam a
possibilidade de os encontros retornarem, o que para mim, significa que foi realmente
enriquecedor em nossas vidas. Mais uma vez afirmo que valeu!
Participante 1
1. Avalio como algo positivo, que nos proporciona momentos importantes no trabalho
docente: oportunidades de rever práticas, reconsiderar conceitos, avaliar situações de
aprendizagem e trocar experiências com os pares.
2. Surpreendi-me com o desenvolvimento dos encontros e com o tema. Às vezes se
discute pouco, se reflete pouco sobre a criatividade e suas possibilidades, ainda mais no
Ensino Superior. De repente nos deparamos com a possibilidade de sermos criativos e
despertarmos a criatividade de forma simples e natural, de se importar com a maneira de
dar aula e dar um retorno ao aluno das construções feitas no percurso do caminho.
3. Foi importante poder “olhar” para o mundo da criatividade como um resgate de uma
sensibilidade que, aos poucos, vamos perdendo e deixando para trás... e que é
essencial, na nossa prática docente, ver o outro como um potencial a ser descoberto e
aplicado.
4. Gostaria de solicitar a continuidade de nossos encontros. Se não der para ser todas as
semanas, podemos realizá-los quinzenalmente, com um tempo maior.
175
Participante 2
1. De grande valia, pois estamos sempre abertos para novas descobertas, para o novo
ou para recriar ou reestruturar o que já sabíamos.
2. Criatividade sinônimo: Inventividade, talvez. Situações inventadas, que nos
deparávamos e que cada integrante tinha um modo próprio para resolvê-las. Seguindo
seus conhecimentos, suas experiências dessas situações.
3. Devemos sempre pinçar situações experimentadas, ancorando nossas práticas e
assim podendo ampliar nossos horizontes, buscando sempre a interação
aluno/professor/conteúdos
.
Participante 3
1. No meu ponto de vista, os encontros realizados foram como que um renovar a paixão
por ensinar. Paixão que todos carregamos em nós. Paixão distribuída nas partilhas de
cada um, no encontro de cada um e na parcela de cada um. Lembrei-me de uma
historinha (gosto muito de histórias, e a Ir. Susana nos fez recordar os velhos tempos em
que elas faziam parte da educação e das nossas vidas): “Houve uma grande festa em
uma pequena cidade. Para comemorar, o prefeito pediu que cada participante da festa
trouxesse um litro de vinho para colocar na fonte, que ficava no meio da cidade. Assim
todos tomariam do vinho na festa e não ficaria pesado para ninguém. Assim aconteceu!
Cada participante trouxe um litro de vinho e colocava na fonte. Chegou o momento de
beber o vinho e o prefeito foi o primeiro a experimentar! Hum! Quando pegou a taça e
tomou o primeiro gole! Que surpresa! Na fonte jorrava água pura! Cada um pensou que
seu litro de vinho não ia fazer a diferença no final”.Criatividade para mim é assim! Fazer
diferente, eticamente, verdadeiramente, com a alma e com paixão o que todo mundo faz!
Nos nossos encontros, pude saborear o vinho saboroso da experiência de cada colega e
isso valeu a pena! Espero poder continuar com nossos encontros, nossas dinâmicas,
leituras, troca de experiências; os exercícios e a presença alegre de todos!
Participante 4
1. Eu avalio da forma mais positiva possível. É sempre importante nos relacionarmos. É
fundamental podermos trocar experiências e fazer reflexões. Isso é muito enriquecedor e,
necessário.
2. O tema Criatividade é importante para expandirmos as nossas potencialidades. Uma aula
criativa é mais dinâmica e passa muito mais rápido, além do que, os alunos apreciam bastante.
Gostei, também, do jeito que o tema foi abordado, deixando-nos muito livres e, ao mesmo tempo,
dando-nos consciência de onde éramos mais limitados.
3. A contribuição foi nítida. Eu me empenho ao máximo para mesclar momentos criativos e fora
do comum nas minhas aulas. Dessa forma, os nossos encontros foram decisivos para o
fortalecimento de aulas criativas.
4. Acredito que seria ainda mais frutífero nos encontrarmos após um ano da experiência de
nossos encontros. Para mim, foi muito legal (sei que a palavra é batida, mas expressa bem o que
senti!), porque eu pude conhecer melhor muitos professores queridos e, também, fiquei mais
segura como aquela pessoa que fica lá na frente, como professora!
176
Participante 5
1. No primeiro momento, confesso que achei um pouco estranho o teste; as surpresas, as
atividades, as dinâmicas; mas no decorrer dos encontros foi despertando em mim o
interesse e a atenção, de tal forma que eu já aguardava para saber o que ia acontecer no
próximo encontro; sem contar que foram momentos divertidos, alegres, gostosos. E ao
mesmo tempo, momentos de reflexão, discussões sérias e bastante pertinentes. As
provocações da pesquisadora, sobre criatividade também surtiram efeito. Ainda mais
que, no curso de Gastronomia, temos mil possibilidades de sermos criativos e expressar
idéias e criar pratos, belezas, enfeites, eventos! Foi válido poder repensar a criatividade e
seu o papel em nossos trabalhos e também em nosso dia a dia.
Participante 6
1. Todo encontro possibilita a traça de experiências, mesmo sendo com professores de
áreas diferentes. Isso nos possibilita refletir sobre como anda a nossa experiência
docente: os problemas vivenciados no dia a dia etc...
2. Acredito que se tivéssemos um feedback do que apresentamos, poderíamos fazer uma
apreciação um pouco melhor. Entretanto, por aquilo que buscamos resolver, dos
problemas que nos foram apresentados, podemos ter uma noção do nosso desempenho.
Portanto, o tema criatividade permitiu-nos refletir sobre os problemas vivenciados na
docência e se somos capazes de responder, prontamente, a eles ou não.
3. Como afirmei acima, esses encontros tendem a acrescentar na nossa prática por
causa da troca de experiências vivenciadas nesses momentos.
Participante 7
1. Excelente!
2. Porque, quando crianças, não éramos trabalhados no desenvolvimento de nossa
criatividade.
3. Deixar florescer mais a criança que está dentro de nós e assim, com certeza; repercutir
em nossas aulas. Mais espontaneidade... Atenção aos pequenos gestos e às atitudes
dos alunos.
4. Eu só posso agradecer muito essa grande oportunidade!
Um grande abraço,
Participante 8
Sobre o Programa de Construção Pedagógica, afirmo que:
Acredito que faz parte da formação contínua do docente universitário o tema e o tipo de
reflexão que nos foi proporcionado durante o Programa de Construção Pedagógica.
Foram encontros bastante proveitosos, nos quais o tema central “criatividade”, que tão
subjetivamente costumamos conceituar com base em resoluções de determinados
contextos, problemas do nosso cotidiano profissional, foi tanto colocado em discussão
quanto instigado para que o expressássemos de forma prática, através de dinâmicas de
177
grupo e de atividades individuais. Acredito que, para o grupo, o debate, a reflexão e as
práticas centradas no tema “criatividade” foram muito importantes, pois mostraram que
essa faculdade todos os seus integrantes possuem, variando apenas a maneira como a
expressam em situações idênticas. A riqueza da variedade criativa foi para mim, o mais
importante.
Exemplos (de resoluções criativas no contexto ensino-aprendizagem): é a palavra-chave
para definir as contribuições para melhorar nossa atuação docente. O intercâmbio de
ideias, as discussões sobre situações que requerem alto nível de criatividade para uma
resolução eficiente, partiram de exemplos, tanto de nossas práticas docentes, como das
idealizadas nos encontros do Programa de Construção Pedagógica. Isso tudo foi
enriquecedor.
Como considerações finais, exponho:
O Programa de Construção Pedagógica proporcionou também um contato de
conhecimento de companheiros docentes, de maneira que nunca tinha tido a
oportunidade de estabelecer antes, pelo menos, no meu caso.
Valeu a pena participar desses encontros e gostaria que houvesse outros desse tipo, pois
proporcionaram momentos de importantes reflexões acadêmicas e também de
importantes reflexões pessoais.
Participante 9
1 e 2. Parabenizo a iniciativa de criar um espaço para discutir e vivenciar esse tema da
criatividade na escola. É a primeira vez que presencio isso em tantos anos de docência.
Posso dizer que despertou em mim um interesse pelo tema. Talvez a criatividade seja a
chave de uma educação de qualidade e de diferencial.
3. Falando de prática docente, posso afirmar que os encontros serviram, sobretudo para
buscar novas formas de interação com os alunos e valorizar o potencial que cada um
tem. Acredito que com o caráter humanizador que nossa instituição possui isso é possível
de ser concretizado, pois na massificação, isso seria mais difícil.
4. Só uma solicitação: desejamos continuidade.
Participante 10
Nossos encontros foram muito produtivos. Vamos lá para as respostas:
1. Importante; necessário e fundamental para uma Universidade que busca ser
diferenciada e ter qualidade no ensino.
2. Para promover a mudança no modo de ministrar aulas. Leva a uma reflexão sobre os
métodos convencionais de aula, e por consequência, a um amadurecimento sobre sua
postura em sala de aula.
3. A fortalecer as práticas não convencionais na atividade de ensino que aplicava e
estimular a criatividade nos conteúdos mais teóricos e que ministrava de modo mais
tradicional.
4. Gostaria de agradecer a oportunidade e espero desfrutar de outros momentos como os
que nos proporcionaram nesse curso. Com certeza, a tese da Ir. Susana será bem
178
sucedida, não pela seriedade e perseverança dela (que consegue além de dirigir
academicamente nossa instituição, ainda se dedicar a um doutorado) como pela
interessante pesquisa.
Abraços à professora.
Participante 11
1. Com a correria do dia a dia, muitas vezes, não temos a oportunidade de compartilhar
com os colegas nossas experiências e ouvir as deles. E vou além, muitas vezes nem
conhecemos esses colegas ou suas áreas de atuação. No máximo um bom dia, boa
tarde ou boa noite na sala dos professores.
Encontros, como os que ocorreram, são oportunidades excelentes para nos avaliarmos e
nos conhecermos melhor. A troca de experncias é salutar, e como o aprendizado é algo
constante não podemos separar a união (troca de experiências) dos processos de
liderança que, por sua vez, são facilitadores do processo criativo.
2. No Brasil, principalmente na área de comunicação, existe o clichê de que nada se
cria, tudo se copia”, mas, mesmo assim, é necessária muita criatividade porque cada
cidade, cada região tem sua individualidade e suas preferências. A criatividade foi
importante em nossos encontros porque, no meu caso, sabia da sua importância e a
atribuía a uma responsabilidade dos publicitários, cientistas da computação e expertises
da área tecnológica; mas aprendi que não é assim. A criatividade é considerada, hoje,
condição sine qua non (indispensável) para a evolução de qualquer processo e até para
nossa própria evolução, pois como se refere a psicóloga e especialista em Administração
de Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento do Potencial Criativo pela
Universidade de Educação de Santiago de Compostela Espanha, Maria Inês Felippe:
“... Cada vez mais temos que ser criativos, no mundo de transformação, devemos buscar
novas formas de aumentar nossa renda, garantir e conquistar a empregabilidade, tentar
solucionar de problemas do dia a dia, criar e desenvolver novos produtos, apostar em
formas diferentes de atender clientes. A criatividade possibilita contribuir socialmente
neste mundo de transformações, criando novos produtos, serviços, gerando empregos.
As empresas devem buscar não somente e sobrevivência, mas também sua expansão.
Sendo, assim, a Criatividade é fundamental e para tal o ambiente de trabalho e a
liderança deverá ser favorável para a criação...” Participar dos encontros me despertou
para o tema como objeto de pesquisa e para valorizar, ainda mais, sua importância como
diferencial na educação e formação de pessoas. O mercado, seja ele na área do trabalho
ou da pesquisa, tem como uma de suas principais exigências a criatividade. Nossos
encontros me despertaram para o tema e para aprender a valorizá-lo e a cobrá-lo como
diferencial de aprendizagem. Também fez repensar minha postura enquanto educadora,
pois, hoje, somente o giz e quadro não bastam: é preciso inovar.
Com a evolução da tecnologia, os jovens de hoje passaram a ter mais informação
e como informação aplicada gera conhecimento, os alunos se tornaram mais criativos e
atuantes e é preciso ser e estar motivado para aceitá-los, acompanhá-los e incentivá-los;
para não perder o foco dos cidadãos que queremos formar, ou seja, criativo, atuante,
empreendedor, crítico, consciente de seu papel na sociedade, responsável e
independente.
Participante 12
1. Só o fato de termos um momento de encontro, de diálogo, de troca de experiências,
foi algo muito importante; mas a possibilidade de estarmos juntos de uma forma diferente,
179
com atividades diferentes, com liberdade, com momentos divertidos, com músicas,
dinâmicas, desafios, questionamentos, situações-problemas, usar a imaginação (como foi
difícil! Ufa!) Me encantou!
2. Esforço-me para dar aulas que motivem os alunos, que eles participem, com algo
diferente; mas às vezes a gente “perde o gás”, esse encontro trouxe um novo gás! É bom
ouvir que as minhas dificuldades e os meus desafios são os mesmos que os dos meus
colegas e que têm saída.
3. Até a minha forma de relacionar com os alunos mudou! De repente me vi aceitando
suco de laranja de um aluno no intervalo (algo que jamais me permitiria fazer), mas fiz e
me senti mais feliz. E foi por causa dos nossos encontros, por me esforçar para me sentir
livre, sem me prender a padrões e a situações que trazemos de muito tempo.
Participante 13
1. Avalio esse tipo de encontro como algo essencial para a prática do ensino superior. Foi
muito positivo no sentido de reciclar os conceitos que até então aplicamos em sala de
aula.
2. Vejo esse tema como importante, no sentido de parar para refletir no que é possível e,
necessário fazer em sala de aula. Ás vezes; caímos no básico e cotidiano e não
praticamos o diferente.
3. Os encontros tiveram um papel especial no sentido de motivar-me e de renovar o
sentimento de criar, buscar o novo, extrair o diferente. É dar novo sentido ao igual, ao
dia-a-dia, ao simples.
Outra contribuição que me trouxe participar dos encontros foi a de aproximação.
Aproximação dos colegas, da direção, das aulas, dos alunos, da instituição e, acima de
tudo da minha pessoa enquanto professora, estive mais próxima de mim.
Participante 14
1. Para mim foi de grande importância participar do encontro de formação, veio, ao
encontro das expectativas de como trabalhar com os alunos superando alguns desafios
que se apresentam em sala, especialmente a falta de motivação pelo cansaço de muitos
que trabalham o dia todo.
2. Quanto ao tema da criatividade foi uma surpresa, parece que esse tema está um
pouco distante da nossa realidade do Ensino Superior e soa até como uma utopia pensar
em incluí-la nesse contexto. Mas foi salutar o contato com o tema, despertou a vontade
de novos trabalhos e novas pesquisas.
3. Gostei muito quando tratamos da criatividade como um bem social, ser criativo para
quê? Despertar a criatividade para quê? Na Teologia, tem tudo a ver! Quando se fala em
criatividade, em criar, vai até a essência do ser humano, da natureza e na presença do
Absoluto que é Criador por excelência.
Obrigada por fazer brotar tantas reflexões e possíveis iniciativas.
180
Participante 15
A participação no Programa de Construção Pedagógica foi muito boa e
interessante porque nos propiciou momentos de reflexão, descontração e aprendizado
que, na rotina, são negligenciados. Conviver com os colegas, de outras áreas, foi
enriquecedor por demais e eu amei essa experiência.
O fato de trabalharmos Criatividade me fez repensar sobre minha prática docente
e sobre o quanto podemos inovar, com atitudes até simples, nossas aulas e saber utilizar
o potencial que nossos alunos nos oferecem.
Espero que possamos continuar com outros programas de construção
pedagógica, o mais breve. Acho que estamos precisando nos encontrar mais e, a forma
como foram conduzidos os encontros foi muito acolhedora e estimulante e me fez sentir
valorizada como docente.
Programa de Orientação Pedagógica
Atividades desenvolvidas com o Grupo controle
1ª. Sessão
1. Apresentação do grupo e dos objetivos do Programa
2. Motivação – entrosamento – texto: Máquina de escrever
" A Máquina de Escrever "
Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um considxrada uma sucata x dx modxlo antigo ,
funciona bxm, com xxcxção dx uma txcla.
Há 42 txclas qux funcionam, mxnos uma, x isso faz grandx difxrxnça.
Às vxzes, mx parxcx qux mxu grupo, x´ como minha máquina dx xscrxvxr, qux nxm todos os
mxmbros xstão dxsxmpxnhando suas funçõxs como dxvxriam, qux txm um mxmbro achando qux
sua ausxncia não fará falta...
Vocx dirá: " Afinal sou apxnas uma pxça sxm xxprxssão x por isso, não farxi difxrxnça x falta à
comunidadx".
Xntrxtanto, para uma organização podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participação ativa x
consxcutiva dx todos os sxus intxgrantxs.
Na próxima vxz qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx
xscrxvxr x diga a si mxsmo:
" xu sou a pxça, mais importantx do mxu grupo x os mxus amigos prxcisam dx mxus sxrviços! "
181
3. Aplicação do Teste de Criatividade Verbal – Forma A
2ª Sessão
1. Aplicação do questionário
2. Estudo sobre – Competências e Habilidades
COMPETÊNCIAS e HABILIDADES
“a faculdade concedida por lei a um funcionário, juiz ou tribunal
para apreciar e julgar certos pleitos ou questões”... a qualidade
de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer
determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade,
desempenho”. Aurélio, 2004
Do latim competentia, o termo pertencia, no fim da Idade Média, à
linguagem jurídica. Definida, muitas vezes, como um “estoque” de conhecimentos
e habilidades. DEFFUME e DEPRESBITERIS (2002, p.50-51) apresentam
sinteticamente, algumas das várias definições de competência:
a) Competência é a capacidade de uma pessoa para desenvolver atividades de
maneira autônoma, planejando-as, implementando-as e avaliando-as.
b) Competência profissional é a capacidade de utilizar seu conhecimento para
alcançar um propósito.
c) Competência é a capacidade para usar habilidades, conhecimentos, atitudes e
experiências adquiridas para desempenhar bem os papéis sociais.
d) Competência é a capacidade para aplicar habilidades, conhecimentos e
atitudes em tarefas ou combinações de tarefas operacionais.
e) Competência ocupacional é a habilidade para desempenhar atividades no
trabalho, dentro de padrões de qualidade esperados.
Habilidade:
Termo mecanicista que, no aspecto educacional, é vinculado a idéias como
agilidade, destreza, habilidade manual. Segundo Manfredi (1998, p. 32), é “o
poder para executar o que se designa de ato responsável. Este poder pode ser
potencial, real, inato ou adquirido”. É ligada à preocupação com o “saber fazer”, a
dimensão técnica, do que podemos compreender como competência. Nos
contextos educacionais, é relacionada não com o “saber fazer”, mas também,
182
com o “saber” (conhecimento), com o “saber ser” (atitude) e o “saber agir”
(prática).
Para habilidade ser verdadeiramente sinônimo de competência,
precisaríamos de mais uma dimensão, a que a chamaremos de política, o “saber
fazer bem”, que é imprescindível em decorrência das inovações tecnológicas e
das novas formas de organização do trabalho.
O “saber fazer bem”, não somente no sentido prático, mas também no
ideológico, epistemogico e principalmente no sentido de transformação social, e
não apenas de transformação individual.
O educador competente terá de ser exigente. Quero usar aqui a
idéia de exigência associada à de necessidade. Certas
circunstâncias exigem de nós determinadas posturas, e não
podemos nos recusar a assumi-las, por que se impõem como
necessárias. O educador exigente não se contentará com pouco,
não procurará o fácil; sua formação deverá ser a formação de um
intelectual atuante no processo de transformação de um sistema
autoritário e repressivo; o rigor será uma exigência para sua
prática, contra um laissez-faire que se identifica com o
espontaneísmo, contra o qual se insurgia Gramsci, em sua
reflexão sobre a práxis educativa. (RIOS 2003, p.69)
Se pensarmos em exigência, devemos reconhecer o perigo que corremos
em confundir competência como meio de desenvolvimento do “saber fazer bem”
para poder sobreviver num mundo de trabalho complexo, com “competição” no
sentido de rivalidade. O sentido da competência não seria o de competir, mas o
de participação, de colaboração, de construção, enfim, do conviver, e isto não se
imita, não se reproduz, não se copia.
Philippe Perrenoud, Sociólogo suíço, nascido em 1944, doutor em
Sociologia e Antropologia define competência como:
“Uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo
de situação, apoiada em conhecimentos mas sem se limitar a
eles”.
Para ele, é a capacidade requerida, para enfrentar problemas e buscar
soluções; são os conhecimentos, as habilidades, necessários para alcançar
183
determinados resultados; é o agir eficazmente em um determinado tipo de
situação, com apoio em conhecimentos, mas sem se limitar a eles.
Para Perrenoud (1999), a explicação para o fato da noção de competência
estar sendo utilizada com grande ênfase no meio educacional é:
Como o mundo do trabalho apropriou-se da noção de
competência, a escola estaria seguindo seus passos, sob o
pretexto de modernizar-se e de inserir-se na corrente dos valores
da economia de mercado, como gestão dos recursos humanos,
busca da qualidade total, valorização da excelência, exigência de
uma maior mobilidade dos trabalhadores e da organização do
trabalho. (p.12)
Philippe Perrenoud (2000, p. 82) explicita ainda a relevância de se
desenvolverem competências, a partir de reflexões sobre a própria atuação
docente, a fim de que possam ser ferramentas úteis a um melhor desempenho do
professor. Isso porque, muito mais do que as preocupações exclusivas em
desenvolver a competência nos alunos é necessário começar por um trabalho de
mudanças no próprio professor.
Sugestões de referências sobre o tema:
DEFFUNE, Deisi; DEPRESBITERIS, Lea. Competências, Habilidades e
Currículos de educação profissional: crônicas e reflexões. 2.ed. São Paulo:
Editora Senac, 2002.
HIRATA, Helena. Da polarização das qualificações ao modelo de competência. In:
FERRETTI, Celso e outros. Novas tecnologias, trabalho e educação: um
debate multidisciplinar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994, p. 124-138.
MANFREDI, Silvia Maria. Trabalho, qualificação e competência profissional das
dimensões conceituais e políticas. Educação & Sociedade. Campinas, SP,
v.19, n.64, p. 13 – 49, 1998.
MARKERT, Werner. Trabalho e comunicação: reflexões sobre um conceito
dialético de competência. Educação & Sociedade. Campinas, SP, v.23, n.79,
p. 189-211, 2002.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto
Alegre, RS: Artes Médicas Sul, 1999b.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre,
RS: Artes Médicas Sul, 2000a.
184
PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto
Alegre, RS: Artes Médicas Sul, 2001a.
PERRENOUD, Philippe. et al. As competências para ensinar no século XXI: a
formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre, RS: Artes
Médicas Sul, 2002.
PERRENOUD, Philippe. et al. Formando professores profissionais: quais
estratégias? Quais competências? Porto Alegre, RS: Artes Médicas Sul,
2001b.
RAMOS, Marise Nogueira. A Pedagogia das competências: autonomia ou
adaptação? São Paulo: Cortez, 2001.
RIOS, Terezinha Azeredo. Ética e competência. 13.ed. São Paulo: Cortez, 2003.
(Questões de nossa época, v.16)
TANGUY, Lucie. Competências e integração social na empresa. In: ROPÉ,
Françoise., TANGUY, Lucie (orgs). Saberes e competências: o uso de tais
noções na escola e na empresa. 3.ed. Campinas, SP: Papirus, 2002.
3ª. Sessão
Palestra sobre Antropologia e Sustentabilidade. (Evento da IES)
4ª. Sessão
O que é planejamento?
Atividade tipicamente humana, presente nos mais variados momentos.
Projetar, traçar, tencionar.
Analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes,
prevendo formas alternativas de ação para superar as dificuldades ou alcançar
os objetivos desejados.
Processo mental que envolve análise, reflexão e previsão.
Prever e decidir sobre:
o o que pretendemos realizar
o o que vamos fazer
o como vamos fazer
o que e como devemos analisar a situação, a fim de verificar se o que
pretendemos foi atingido.
185
Plano:
Resultado, culminância do processo mental de um planejamento.
Esboço das conclusões resultantes do processo mental de planejar.
Pode ou não assumir uma forma escrita.
Conjunto de métodos e medidas, para a execução de determinado
empreendimento.
Evita o improviso, o imediatismo, a ausência de perspectiva, é um norte, um
referencial.
Apresentação sistematizada e justificada das decisões relacionadas à ação
que se pretende realizar: O quê? Quando? De que maneira? Por quem? Para
quê?
Planejamento e Plano estão estreitamente relacionados, mas não são
sinônimos. O primeiro representa o processo e o segundo o produto.
D
IMENSÕES DA ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO
:
Finalidade: estado futuro das coisas, direção para transformar o que é, naquilo
que deve ser.
Realidade: dominar o movimento do real tendo em vista nele entrar seja no
sentido de usufruir ou de transformar.
Mediação: previsão das ações; do movimento, da sequência de operações a
serem realizadas.
Análise da realidade
Finalidade
Formas de Mediação
Conhecimento da
Realidade
Objetivo
(para quê)
Conteúdo
(O que)
Sujeitos
(quem, para quem)
Objetos
(o quê/ projeto)
Contexto
(onde, quando)
Necessidade (por que)
Geral
Específico
Metodologia
(como, onde, quando)
Recursos
(com o que)
186
5ª. Sessão
Avaliação da Aprendizagem
Por que avaliar?
Verificar se os resultados foram alcançados.
Perceber se houve progresso, considerando-se os objetivos.
Descobrir quais os aspectos positivos, negativos ou as omissões, com vistas à
melhoria da programação.
Trocar experiências a fim de evitar que outros cometam os mesmos erros ou
propiciar incentivo aos demais.
Aumentar a eficácia do plano.
Propiciar um replanejamento de acordo com a realidade.
Quando realizar a avaliação?
Durante o processo.
Após o processo.
“Avaliar é necessário e que a avaliação significativa se faz no
próprio processo, como parte dele, enquanto se desenvolve, sem
que para isso se deva, sempre, realizar uma parada forma”
(GANDIN,1991).
Tipos de Avaliação:
Podemos abordar três tipos de avaliação: qualitativa, quantitativa e diagnóstica.
Qualitativa ou Formativa:
Qualidade do que está sendo avaliado, incluindo a participação e o envolvimento
das pessoas com seu pensar e seu agir, incluindo o aspecto político nessa
avaliação. “Político, como o espaço de atuação do homem, onde ele forma a si
mesmo e molda as circunstâncias objetivas que o cercam”. Demo (1987)
Quantitativa:
Quantidade do que está sendo avaliado; valores, notas, números.
187
Diagnóstica:
Perspectiva de futuro, comparar a realidade com o ideal projetado; é a avaliação
de processo, enfoca o aspecto de como a ação está sendo realizada e como se
desenvolvem e se alcançam os grandes objetivos da utopia.
P
RINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO
:
Estabelecer com clareza o que vai ser avaliado.
Selecionar técnicas adequadas.
Utilizar uma variedade de técnicas.
Ter consciência das possibilidades e limitações das técnicas.
É um meio e nunca um fim.
E
TAPAS DA AVALIAÇÃO
:
Determinar o que vai ser avaliado.
Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação.
Selecionar os instrumentos.
Realizar a aferição dos resultados.
Principais características das técnicas avaliativas:
Permitir ao professor e ao aluno obter as informações necessárias.
Motivar para correção ou progresso sugerindo novos dados.
Permitir um diálogo com o professor e com os colegas, re-encaminhando para
a aprendizagem.
Permitir o registro de informações obtidas.
Variar de acordo com os objetivos e favorecendo.
6ª. Sessão
Continuação do tema da avaliação
188
Algumas alternativas para a metodologia de avaliação
a) Mudança de prática:
Novas idéias abrem possibilidades de mudanças, mas não mudam. O que muda a
realidade é a prática.
As idéias se enraízam a partir da tentativa de colocá-las em prática. Vai-se
ganhando clareza à medida que se vai tentando mudar e, refletindo sobre isso,
coletiva e criticamente.
b) Abrir o do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta, lhe
autoriza:
Ruptura prática – romper o círculo de perversão, de resistência.
c) Rever a metodologia de trabalho em sala de aula:
Alterar a metodologia de trabalho na sala de aula: conteúdo mais significativo,
metodologia mais participativa.
Sentido para o conhecimento: estudar para aprender e não para passar.
Agir para conhecer: processo ativo.
Direito à dúvida: medo de perguntar?
d) Redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma,
como do conteúdo):
Não adianta mudar o conteúdo e a forma se, não mudar a finalidade da
avaliação.
Avaliação no processo: para ajudar o aluno a construir o seu conhecimento.
Aprender X Tirar nota.
Práticas concretas para essas mudanças:
o Não mudar o ritual.
o Avaliar o aluno em diferentes oportunidades.
o Diversificar as formas: atividades por escrito; dramatização, pesquisa,
avaliação oral, experimentação, desenhos, maquetes.
189
o Diversificar os tipos de questões: testes objetivos, V ou F; palavras
cruzadas, completar, enumerar, associar, lembrando-se da necessidade da
avaliação dissertativa.
o Contextualizar as questões.
o Colocar questões extras dando oportunidade de escolha.
o Dimensionar o tempo da avaliação, evitando a ansiedade e, não fazer
pressão.
o Deixar claro os critérios de avaliação.
o Não incentivar a competição entre os alunos.
o Realizar autoavaliação.
e) Alterar a postura diante dos resultados da avaliação:
Importância do erro.
Analisar os resultados, colher sugestões.
Evitar profecias “Esse aluno é assim mesmo”. O correto é “Ele, está assim
mesmo...”.
REPROVA
Após discussão dos tópicos, escutamos e analisamos a música a seguir:
Pé de Nabo - Sandra Peres/Luiz Tatit
(Palavra cantada)
Ser assim é uma delícia
Desse jeito como eu sou
De outro jeito dá preguiça
Sou assim, pronto e acabou
A comida de costume
Como bem e não regulo
Mas tem sempre alguns legumes
Que eu não sei como eu engulo
Brincadeira, choradeira
Pra quem vive uma vida inteira
Mentirinha, falsidade
Pra quem vive só pela metade (BIS)
Quando alguém me desaponta
Paro tudo e dou um tempo
Dali a pouco eu me dou conta
Que ninguém é cem por cento
Seja um príncipe ou um sapo
Seja um bicho ou uma pessoa
Até mesmo um pé de nabo
Tem alguma coisa boa
Tem alguma coisa boa
190
Brincadeira, choradeira
Pra quem vive uma vida inteira
Mentirinha, falsidade
Pra quem vive só pela metade (BIS)
7ª. Sessão
Dificuldades de aprendizagem no Ensino Superior
Professor convidado.
8ª. Sessão
Educação especial no ensino superior: desafios e perspectivas
Deficiência: perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica;
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade,
dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
Educação especial: Modalidade de educação escolar, assegurando um conjunto
de recursos e serviços educacionais especiais; organizados, institucionalmente,
para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento
das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais
especiais, em todos os níveis, as etapas e modalidades da educação.
Inclusão escolar: Processo de inclusão no ambiente escolar e cultural dos
sujeitos anteriormente excluídos desses ambientes sociais. É mais que, a simples
integração física do sujeito em sala de aula, pois supõe uma mudança de atitude
e mentalidade frente às diferenças e diversidades de toda ordem: física, étnica,
cultural, econômica etc. A inclusão (escolar e social), portanto, é um procedimento
político/ideológico mais amplo que a simples integração escolar; e corresponde à
"mudança de mentalidade".
A integração escolar é um procedimento administrativo e corresponde tão
somente a uma "mudança de atitude”.
191
Necessidades Especiais:
De ordem física: paraplégicos, tetraplégicos, mutilados.
De ordem sensorial: deficientes visuais, deficientes auditivos.
De ordem mental: situações mais frequentes: portadores de Síndrome de Down,
autismo, paralisia cerebral.
Outros: o superdotado, o portador de TDAH (portador do transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade).
Distúrbio: Situação, geralmente transitória, em que a pessoa apresenta
deficiência ou incapacidade de ordem física (expressão), sensorial ou mental.
Geralmente reversíveis quando sujeitas a terapias especializadas (médicas,
pedagógicas, psicológicas, psicopedagógicas, fonoaudiológicas, entre outras).
Distúrbios de aprendizagem: dislexia, disgrafia, gagueira e baixo nível de
cognição.
Dislexia: Distúrbio da aprendizagem, específico da linguagem, caracterizada por
dificuldade na decodificação de palavras. Mostra insuficiência no processo
fonológico. Apresenta sintomas variados. É hereditária e não acompanha, em
absoluto, o comprometimento da inteligência. Não visto como doença e não
apresenta comprometimento neurológico.
Disgrafia: Distúrbio de aprendizagem semelhante à Dislexia, ocasionando
dificuldades no desenvolvimento da escrita manual. Os portadores, desse
distúrbio podem escrever perfeitamente bem com máquinas de escrever ou
teclados de computador.
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Caracteriza os alunos
denominados "hiperativos". Eles não conseguem concentrar a atenção na
situação de aula, ao mesmo tempo em que, apresentam uma atividade corporal
192
acima do considerado normal. É passível de tratamento através de medicamentos
antidepressivos e terapia psicológica.
Transtorno de Déficit de Atenção: Caracteriza os alunos que, não conseguem
manter a atenção voltada para as situações de aula. São confundidos, muitas
vezes, com os sujeitos dotados de baixa capacidade cognitiva, apresentam um
quadro de melhora se submetidos a tratamento com medicamentos espeficos.
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
Decreto nº 3.298, de 20 de Dezembro de 1999
Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as
normas de proteção e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 7.853, de 24
de outubro de 1989, decreta:
[...]
Art. 27. As instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de
provas e os apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de
deficiência, inclusive tempo adicional para realização das provas, conforme as
características da deficiência.
§ 1o As disposições deste artigo aplicam-se, também, ao sistema geral do
processo seletivo para ingresso em cursos universitários de instituições de ensino
superior.
§ 2o O Ministério da Educação, no âmbito da sua competência, expedirá
instruções para que os programas de educação superior incluam nos seus
currículos conteúdos, itens ou disciplinas relacionados à pessoa portadora de
deficiência.
Art. 28. O aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino
fundamental ou médio, de instituições públicas ou privadas, terá acesso à
educação profissional, a fim de obter habilitação profissional que lhe proporcione
oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.
193
§ 1o A educação profissional para a pessoa portadora de deficiência será
oferecida nos níveis básico, técnico e tecnológico, em escola regular, em
instituições especializadas e nos ambientes de trabalho.
§ 2o As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional
deverão, obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nível básico à pessoa
portadora de deficiência, condicionando a matrícula à sua capacidade de
aproveitamento e não a seu nível de escolaridade.
§ 3o Entende-se por habilitação profissional o processo destinado a propiciar à
pessoa portadora de deficiência, em nível formal e sistematizado, aquisição de
conhecimentos e habilidades especificamente associados à determinada
profissão ou ocupação.
§ 4o Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional expedidos por
instituição credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente terão
validade em todo o território nacional.
A atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei 9.394, de
20/12/1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação Especial. Define-
a por modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para pessoas com necessidades educacionais especiais.
Assim, ela perpassa todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil ao
Ensino Superior.
ACESSIBILIDADE
NIDB
9ª. Sessão
Lousa digital
Professores Convidados
10ª Sessão
O que é Bullying?
O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas,
intencionais e repetidas, que ocorrem, sem motivação evidente, adotadas por um
194
ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro
de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais
(estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que
tornam possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na ngua portuguesa capaz de expressar todas
as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas
ações que, podem estar presentes:
E onde ocorre?
BULLYING é um problema mundial; sendo encontrado em toda e, qualquer
escola, não estando restrito a nenhum tipo espefico de instituição. Pode-se
afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre seus
alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.
De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying?
Seja qual for, a atuação de cada aluno, algumas características podem ser
destacadas, como relacionadas aos papéis que venham a representar:
- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;
- alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam
BULLYING;
- autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;
Colocar apelidos
Ofender
Zoar
Gozar
Encarnar
Sacanear
Humilhar
Fazer sofrer
Discriminar
Excluir
Isolar
Ignorar
Intimidar
Perseguir
Assediar
Aterrorizar
Amedrontar
Tiranizar
Dominar
Agredir
Bater
Chutar
Empurrar
Ferir
Roubar
Quebrar pertences
195
- testemunhas de Bullying - o os alunos que não sofrem nem praticam
Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
§ Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia.
Frequentemente pertencem a famílias desestruturadas, nas quais pouco
relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão
pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o
comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o
BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com
comportamentos antisocial e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes
delinquentes ou criminosas.
§ Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as
consequências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos,
status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São
geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de
solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se
adequarem ao grupo. A baixa autoestima é agravada por intervenções críticas ou
pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns creem ser merecedores
do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e, não reagem,
efetivamente, aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo
desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a
simular doenças. Trocam de colégio com frequência, ou abandonam os estudos.
Há jovens que estrema depreso acabam tentando ou cometendo o suicídio.
§ As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com
a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas".
Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem se sentir
incomodadas com o que veem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem,
negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente
seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre
sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.
196
E o Bullying envolve muita gente?
A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada na Grã-Bretanha,
registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10%, do segundo grau admitem
ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana.
O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875
estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de
Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente
envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9%
alvos/autores e 12,7% autores de Bullying.
Os meninos, com uma frequência muito maior estão mais envolvidos com o
Bullying, tanto como autores quanto, como alvos. entre as meninas, embora
com menor frequência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza,
principalmente, como prática de exclusão ou difamação.
Quais são as consequências do Bullying sobre o ambiente escolar?
Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente
escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são
afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e
medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando
percebem que o comportamento agressivo não traz nenhuma conseqüência, a
quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.
Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de
Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos
entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente,
retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque
algumas reflexões sobre isso:
- Depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como, instrumento de
"superação” do poder, que os subjugava.
197
- Seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os
agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da
escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.
As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem
aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão, positivamente,
para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
Quais são as consequências possíveis para os alvos?
As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas características
individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as
famílias, podeo não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na
escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa
autoestima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento.
Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir
a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING). Em casos
extremos alguns deles poderão tentar ou cometer suicídio.
E para os autores?
Aqueles que praticam Bullying contra seus colegas poderão levar, para a
vida adulta, o mesmo comportamento antisocial, adotando atitudes agressivas no
seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Estudos realizados em diversos países sinalizam para a possibilidade de que
autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em
atos de delinquência ou criminosos.
E quanto às testemunhas?
As testemunhas também se veem afetadas por esse ambiente de tensão,
tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas
vítimas.
Fonte: http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm
198
11ª. Sessão
1. Aplicação do Teste de Criatividade Verbal – Forma B.
2. Aplicação do questionário.
3. Avaliação do encontro.
a) Aspectos Positivos do Programa:
b) Aspectos Negativos do Programa:
c) Sugestões:
Participante 1
a) O espaço que tivemos para nos encontrar e discutir situações que ocorrem em
nosso dia-a-dia docente foi de grande importância. Nesse espaço pedagógico
pudemos colocar nossos desafios, nossas preocupações, indagações e saber
que, nossos pares também têm as mesmas dificuldades e desafios que achamos
que só nós temos. Por isso, valeu a pena, poder partilhar e trocar experiências.
b) Poderíamos ter momentos de mais prática em nossas discussões.
c) Sugiro continuidade dos encontros, acrescentando uma parte prática relacionada
aos desafios que encontramos em sala.
Participante 2
a) Em relação aos encontros, só tenho que agradecer a oportunidade e salientar que
muito me agradou os temas desenvolvidos. Achei os temas atuais e necessários,
especialmente sobre a avaliação que é sempre algo difícil de mensurar e de
quantificar. Também o tema do planejamento foi bem interessante, me motivou a
buscar meios de planejar de uma forma mais sistemática e prática. Essas
reflexões sempre trazem coisas novas e aprendizados frutuosos.
b) Não tenho nada a declarar.
c) Continuidade do grupo, com novos temas, como, por exemplo, as tecnologias da
informação, como mediação do ensino.
Participante 3
a) A oportunidade de parar e socializar as experiências, foi muito valiosa para mim.
Além da troca, do conhecimento melhor do outro, foi um momento de reflexão da
prática pedagógica e de avaliação do trabalho docente. Acredito que foi um
aprendizado, mas especialmente para mim que sou da área das exatas e esses
momentos de refletir sobre a didática e a área pedagógica, às vezes, são raros
199
em nosso meio. Fiquei feliz com o convite e me coloco à disposição para
participar de outras iniciativas.
b) Poucas pessoas participando do grupo.
c) Convidar e motivar mais professores para participar do grupo.
Participante 4
a) Destaco como pontos positivos os temas discutidos no Programa: ajudaram muito
com reflexões pertinentes e como ponto de partida para novas iniciativas e
enfoques a serem trabalhados e vivenciados. A partir do tema dificuldades de
aprendizagem no ensino superior, abriu-se um leque de possibilidades que eu não
havia pensado: até em como esse jovem chega ao ensino superior e que isso
representa uma ruptura muito forte em questões sociais, pessoais e até de
identidade. Para mim, valeu a pena!
b) ----
c) Como sugestão fica a possibilidade de continuar a reflexão do grupo com mais
temas intrigantes e atuais.
Participante 5
Os encontros foram bons e interessantes. Esse espaço para falar com os pares e
trocar experiências é sempre positivo. Precisamos intensificar essas atividades, apesar
da correria. Como sugestão, fica a continuidade com novos temas a serem abordados.
Participante 6
Achei interessante a experiência de refletir sobre o conhecimento e a prática
pedagógica de uma forma que possibilitou unir a pesquisa e a extensão com ensino,
tripés importantes para a Universidade. Outro tema importante foi perceber as
transformações internas do trabalho docente, buscando alternativas para a melhoria.
Como sugestão fica a discussão mais aprofundada da interdisciplinaridade como
algo polissêmico, como fase de evolução do conhecimento para podermos olhar para a
sala de aula com um olhar diferenciado. Desta forma estamos buscando o para quê
fazer algo, aí está a beleza e a riqueza do trabalho pedagógico.
A partir dos nossos encontros poderíamos repetir a experiência, mas agora com o
tema da criatividade (como o outro grupo) e registrarmos as contribuições relevantes,
200
para propormos situações e práticas para o ensino superior que ajudassem no trabalho
docente.
Participante 7
Em face à nova era do saber, das novidades, das mudanças e da realidade da
universidade nesse tempo histórico, penso ser pertinente a continuação das nossas
reflexões sobre as novas formas de produzir conhecimento. Gostei muito da
apresentação a manuseio da lousa digital, creio que é por ai o caminho de atualização
tão necessário. Utilizar as novas tecnologias, a internet, os recursos tão diversos e
dinâmicos que temos à disposição. Dessa maneira estaremos preparados para dar boas
aulas e interagir com nossos alunos e pares.
Gostaria de sugerir para a continuidade do nosso grupo temas como: didática no
ensino superior, metodologias de investigação e pedagogias diferenciadas. Agradeço a
oportunidade e aproveito para solicitar novos encontros, novos cursos.
Participante 8
Particularmente vejo os encontros do grupo como algo positivo que veio a
acrescentar a experiência de cada um. A troca, o encontro e a socialização são, sempre,
fatores, importantes e salutares, na prática docente. Importante também foi poder
verificar que as dificuldades e desafios encontrados pelos colegas são os mesmos, e isso
certo alívio e uma segurança maior. Poderíamos aproveitar de nossas reflexões para
escrever algum artigo, algum manual didático para orientações. Talvez pudesse ser de
grande utilidade para outros professores e nós mesmos. Agradeço o curso e espero que
o mesmo continue.
Participante 9
Destaco como pontos positivos do curso: troca de experiências com os colegas,
temas atuais e interessantes, do cotidiano, foco nas tecnologias, foco na avaliação, e as
dificuldades de aprendizagem focadas no aluno universitário.
Como ponto negativo: a duração do curso, pois a meu ver poderia ser maior,
ainda há muitos temas para serem abordados e estudados.
Sugestão: continuidade do curso e acrescentar uma parte mais prática de
metodologias para a sala de aula, às vezes, com o tempo, esquecemos de algumas
201
técnicas e possibilidades. Também poderia ser visto algum tema sobre conceitos
atitudinais.
Participante 10
Gostei muito do curso, foi de grande proveito para mim enquanto educadora.
Gostaria que continuasse acontecendo, com mais temas para discutirmos. Também
gostaria que fosse incluído algo sobre a criatividade. Achei o tema interessante e gostaria
de aprofundar. Destaco a palestra do Professor X que foi muito útil para minha prática em
sala de aula. Alguns exemplos colocados por ele, vieram de encontro ás minhas
necessidades e me ajudaram a resolver situações e buscar outras alternativas para lidar
com determinados acontecimentos.
No mais, gostei da dinâmica dos encontros e dos temas. A única sugestão é a
continuação se possível do mesmo para o próximo ano.
Participante 11
Apenas quero salientar a importância desses encontros para o nosso trabalho
com os alunos e sugerir que sejam incluídos nos próximos cursos (que, desejo que
continue) os temas: transdiciplinaridade, organização curricular e portfolio. Obrigada.
202
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259
260
261
262
263
ANEXO 9 - Termo de consentimento livre e esclarecido - (estudante)
Prezado estudante, comunico que estamos desenvolvendo uma pesquisa para
fins de elaboração de uma tese de doutorado em Psicologia, na Pontifícia Universidade
Católica de Campinas, sobre a criatividade. Esse trabalho tem como objetivo demonstrar
a importância da criatividade em sala de aula, especificamente no Ensino superior. Sua
participação é muito importante, pois irá colaborar com a produção de conhecimento
sobre o assunto.
Para tanto, será necessário que você preencha este termo de consentimento livre
e esclarecido e responda aos questionários no início e no final do semestre. Para o
preenchimento dos documentos de pesquisa estão previstos cerca de 30 minutos.
Asseguramos que seus dados pessoais, bem como os da instituição em que está
vinculado, serão mantidos em sigilo e que não acarretará nenhum dano, caso aceite
participar da pesquisa.
Destacamos que sua participação é voluntária, podendo ser interrompida a
qualquer momento, sem nenhum prejuízo pessoal ou acadêmico. Agradecemos sua
colaboração e nos colocamos à disposição para quaisquer dúvidas que possam surgir
pelo e-mail isfadel@gmail.com e pelo telefone (14) 2107-7019. Caso concorde em
participar da pesquisa, assine abaixo. Grata.
Doutoranda: Susana de Jesus Fadel
Comitê de ética em pesquisa com seres humanos. (19)3343 6777
Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Declaro estar ciente dos termos da pesquisa acima citados e dou consentimento para
que as informações por mim prestadas sejam utilizadas na mesma.
Assinatura - ________________________________________________. Data: __/__/__.
264
ANEXO 10 - Respostas dos professores e estudantes classificadas em subcategorias:
(PROFESSORES)
Questão 7 - O que é criatividade em sala de aula?
Categorias
Gerais
Grupos Categorias Específicas
Pré–teste: valorização da experiência do aluno; adaptar o
conteúdo à realidade do aluno; aproveitar a experiência que
o aluno traz; adaptar o conteúdo à realidade do aluno.
Grupo
Experimental
Pós–teste: levar em consideração a realidade do aluno;
aplicar conteúdo à prática; trazer o cotidiano para a sala de
aula; lembrar que o aluno não é uma tábua rasa, mas que
tem contribuições a fazer.
Pré–teste: adaptar o conteúdo à realidade do aluno
1. Adaptar o
conteúdo à
realidade do
aluno
Grupo
Controle
Pós-teste: acolher a realidade que o aluno traz e aproveitá-la
Pré-teste: Criar um ambiente de aprendizagem; motivar o
aluno; promoção de ideias que facilitem a compreensão e o
diálogo; troca de experiências; ser dinâmico; despertar
interesse nos alunos; abertura ás mudanças; flexibilidade;
despertar a imaginação do aluno; ser original, ser dinâmico;
ter muitas ideias e partilhá-las; ter disposições para
mudanças; fomentar reflexão e pesquisa de forma gostosa;
prover um espaço de troca de ideias e experiências.
2. Criar um
ambiente
motivacional
Grupo
Experimental
Pós-teste: possibilidade de participar com liberdade; um
ambiente de amizade; um local gostoso; bem preparado
amistoso; bom relacionamento entre alunos e professores;
clima bom de trabalhar; criar espaço para o diálogo e a troca;
criar ambiente onde livre expressão das ideias; respeito
às diferenças; aceitação das ideias e, saber trabalhá-las;
liberdade em expor as ideias e perguntas; despertar a
motivação e a curiosidade; criar autonomia; despertar o
interesse nos alunos; capacidade de prender a atenção na
aula; promoção de ambiente onde a participação é
fundamental para a aprendizagem; despertar um ambiente
de aprendizagem; fazer com que o aluno sinta que suas
ideias e sugestões são importantes; provocar a participação
de uma forma que todos possam se expressar e assim
crescer nas habilidades; quando confiança no trabalho de
ambas as partes; é encantar pelo conteúdo, pela aula, pela
forma de se relacionar; é ser flexível e acolher propostas e
sugestões mesmo que seja algo, diferente, do que você
propõe; para haver criatividade em sala de aula, é necessário
um “feedback” construtivo e a participação do aluno; é prover
um ambiente de aprendizagem que seja possível a partilha
dos interesses e ideias que motive os alunos; despertar o
interesse e a vontade de estudar e aprender; é criar coisas
interessante para motivar a aula, interagir com os alunos e
ter um retorno positivo; é trabalhar com paixão e gosto pelo
que faz, despertando um pouco de tudo isso em cada um
dos alunos que fazem parte do nosso processo educacional;
é despertar o senso crítico e o criativo, oferecendo condições
para exposição de criações e trabalhos inéditos; é convidar e
motivar o aluno para que ele participe das atividades
preparadas com inteireza e vontade; é valorizar as
produções coletivas ou individuais dos alunos, sabendo
acrescentar conhecimento na dosagem certa; favorecer
momentos em que possam expressar suas opiniões a cerca
de temas e formas que a aula se desenvolve.
265
Pré-teste
incentivo à participação; é surpreender (2)
proporcionar a interação e comunicação entre as partes; tem
um pouco a ver com a realização do professor, sua maneira
de ensinar; ambiente de respeito; abertura ás mudanças
necessárias; ser responsável sem perder a flexibilidade; criar
motivação; criar ambiente de aprendizagem; é ser amigo dos
alunos; aproximar-se deles para que sintam confiança no
trabalho e assim aprender mais; despertar a curiosidade, a
pesquisa e o interesse em aprender; valorizar os dons do
outro.
Grupo
Controle
Pós-teste despertar a curiosidade e o senso de
investigação; despertar a busca de novas experiências;
respeito ás diversidades; criar ambiente para a
aprendizagem; respeito (2); possibilitar troca de experiências;
aceitar sugestões e ideias que acrescentem valor; propiciar a
participação; dar espaço para expressão de ideias; aceitar
críticas e sugestões.
Pré-teste: saber lidar com situações inesperadas; aproveitar
as oportunidades inclusive as inusitadas; aproveitar as
situações que aparecerem na aula; aproveitar das situações
não planejadas; é ter a ousadia em propor situações
problema a serem resolvidos e enigmas a serem decifrados
para melhores resultados; possibilitar várias oportunidades
para a construção; aproveitar de tudo que tem na sala;
adequar condições e situações.
Grupo
Experimental
Pós-teste: saber improvisar; saber adequar quando algo não
sai como queremos; aproveitar as oportunidades nas
situações; capacidade de aproveitar de cada momento;
transformar situações problema em situações de
aprendizagem; saber o momento certo para mudar.
Pré-teste: saber improvisar e adaptar; transformar a aula
planejada de acordo com as necessidades; capacidade de
inventar saídas para resolver situações; saber lidar com
situações surpresa; saber criar soluções em situações
difíceis; aproveitar as oportunidades que surgem em sala.
3. Lidar com
situações
problema
Grupo
Controle
Pós-teste: ousar na forma de trabalhar; proporcionar
expansão na formação; aproveitar do momento para ensinar;
criar possibilidades para que o aluno aprenda.
Pré-teste: utilizar novas metodologias de ensino; utilizar
vários caminhos para ensinar; usar metodologias diversas;
usar novos métodos; usar novas estratégias para ensinar;
utilização de diversas maneiras de ensinar; optar em
trabalhar com diversos todos para atingir vários tipos de
estudantes; procurar estabelecer metodologia que seja
possível de adequação; buscar metodologias e caminhos
pedagógicos diferenciados para atingir os objetivos.
Grupo
Experimental
Pós-teste: modificar a forma de ensinar; mudar de métodos
quando necessário; utilização de dinâmicas e jogos em sala;
usar e abusar das técnicas de aprendizagem; utilização de
formas alternativas para ensinar; buscar métodos
diferenciados para o processo de ensino-aprendizagem.
Pré-teste: usar diferentes meios para a aprendizagem; usar
diferentes metodologias; usar novas formas de ensinar;
utilizar meios para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem; diversificar nos métodos e ações, didático-
pedagógicas.
4. Usar
diferentes
estratégias para
ensinar
Grupo
Controle
Pós-teste: utilização de diversas metodologias; usar meios
para facilitar o aprender; usar métodos diversificados para
ensinar; ensinar de várias maneiras; utilizar vários tipos de
abordagens metodológicas.
266
Pré-teste utilizar recursos de maneira diversificada;
utilização de materiais disponíveis; trocar de materiais;
diversificar os recursos; utilizar recursos disponíveis
variados, utilizar a tecnologia; diversificar nos materiais
utilizados para não cansar.
Grupo
Experimental
Pós-teste usar materiais áudio visuais; saber aproveitar
dos recursos da melhor maneira possível; utilização dos
recursos disponíveis é sempre salutar.
Pré-teste utilizar diversos recursos pedagógicos e
tecnológicos; usar recursos de forma diversificada; utilizar
vários recursos.
5. Utilizar
diversos
recursos
Grupo
Controle
Pós-teste utilização de vários recursos para variar as
aulas; diversificar materiais quando possível; utilizar diversos
recursos; diversificar nos materiais utilizados.
Questão 8 – É possível ser criativo em sala de aula?Justificativa:
Categorias
Gerais
Grupos Categorias Específicas
Pré–teste: depende da aceitação do aluno; necessário o
aluno construir seu próprio conhecimento; depende da
motivação do aluno; quando o aluno colabora com as
atividades.
Grupo
Experimental
Pós–teste: 0
Pré–teste: depende das disposições do aluno.
1. Depende da
colaboração do
aluno
Grupo
Controle
Pós-teste: se o aluno colaborar é possível.
Pré-teste: criar um clima amistoso para a aprendizagem com
a turma e o professor.
Grupo
Experimental
Pós-teste: um processo de esforço contínuo voltado para a
consciência e o respeito entre professor e aluno; sentindo o
clima da classe e se necessário mudando o ambiente da sala
para que alunos e professor aproveitem; quando há
inquietação pelos desafios da sala de aula e se constrói o
conhecimento juntos; depende da colaboração dos alunos e
professor; cabe ao professor programar suas aulas de forma
que contemple as expectativas dos alunos e aos alunos cabe
corresponder às expectativas do professor; é possível desde
que exista pré-disposição para isso, bem como capacidade
para abrir mão dos esquemasconstruídos previamente por
parte do professor e também do aluno; quando interação
entre professor e aluno; é possível desde que os alunos
colaborem e o professor faça propostas que possibilitem essa
prática.
Pré-teste: a possibilidade de ser criativo está atrelada à
vontade do professor e do aluno.
2. Depende do
aluno e do
professor
Grupo
Controle
Pós-teste: é necessária a colaboração dos alunos e
professores para fluir a criatividade.
Pré-teste: uma das dificuldades em ser criativo é a
necessidade de se trabalhar o conteúdo e nem sempre é
possível uma abordagem criativa.
Grupo
Experimental
Pós-teste: o conteúdo ás vezes é pesado e denso,
dificultando a possibilidade de criatividade.
Pré-teste: dependendo do conteúdo a ser trabalhado é
possível ou não ser criativo; o conteúdo a ser trabalhado por
vezes dificulta a criatividade.
3. Depende do
conteúdo
Grupo
Controle
Pós-teste: depende um pouco do conteúdo
267
Pré-teste: desenvolver atividades diferentes usando a
metodologias diferentes; utilizando metodologias
diversificadas; depende da metodologia utilizada em sala;
depende muito do tipo de aula e das construções que o
feitas; acredito que as formas de ensinar e de passar
conhecimentos favorecem ser criativo ou não.
Grupo
Experimental
Pós-teste: em relação a ser criativo, tem a ver com a
possibilidade de diversificar a maneira de se ensinar;
depende muito da metodologia utilizada em sala; ser criativo
está relacionado a diversificar a maneira de dar aula; mudar a
forma de passar o conhecimento; é necessário preparar as
aulas com antecedência; usar metodologias diferentes e sair
da rotina; qualquer metodologia que favoreça a
aprendizagem é digna de consideração; a metodologia
utilizada é imprescindível para que haja lugar para o ser
criativo.
Pré-teste: utilizando várias formas de ensinar; aceitar
mudanças na formas de ver o mundo e como passar isso
para os alunos; o jeito de dar aula vai estabelecer se a
possibilidade ser criativo; usando diversas metodologias;
diversificando a metodologia; depende das estratégias
adotadas; é necessária sempre uma revisão da forma de
ensinar e passar conteúdo facilita a criatividade.
4. Depende da
metodologia
Grupo
Controle
Pós-teste: diversificando a didática; revendo a prática
pedagógica e as formas de ensinar; aprimorando a maneira
de dar aula; depende da metodologia adotada; usando várias
maneiras de aplicar o conteúdo; mudando a forma de
ensinar, para não deixar cair na mesmice; aprimorando as
formas de ensinar e renovando os métodos; diversificando a
metodologia (2).
Pré-teste: depende da motivação do professor; é necessário
como professores valorizar a criatividade com um meio para
a aprendizagem; quando o professor o retorno aos alunos
do seu crescimento e estimular a aprender mais é criativo na
prática; sendo amigos dos alunos; depende da forma como o
professor utiliza para ensinar; a partir da metodologia e
recursos utilizados pelo professor pode-se trabalhar
criativamente; Desde que nós incomodemos e inquietamos
com os desafios diários da sala de aula; ser criativo depende
do professor, pois o processo ensino-aprendizagem exige
uma constante renovação e sintonia com o trabalho docente.
Grupo
Experimental
Pós-teste: capacidade de abrir mão de esquemas montados
e ideias pré-estabelecidas por parte do professor; depende
do jeito do professor; depende de como o professor da a
aula; depende da forma como se ensina, variando as
metodologias e usando estratégias adequadas; o professor
pode colaborar por meio de várias atividades, usando
métodos diferentes, saindo da rotina de trabalho; o professor
pode articular os conteúdos e relacioná-los criativamente;
quando o professor tem paixão pelo que faz é possível ser
criativo; depende da vontade do professor; Desde que nós
incomodemos e inquietamos com os desafios diários da sala
de aula; ser criativo depende do professor, pois o processo
ensino-aprendizagem exige uma constante renovação e
sintonia com o trabalho docente.
5. Depende do
professor
Grupo
Controle
Pré-teste: depende da vontade do professor; é possível
quando nós, professores nos esforçamos para criar essa
possibilidade; quando o professor possibilita a criação; se o
professor acreditar sim; apostando na formação de
professores; depende da ação do professor.
268
Pós-teste: a vontade do professor é muito importante; se o
professor estiver motivado sim; se o professor permitir sim;
depende de como o professor gerencia sua aula; o professor
tem que escolher ser criativo; é possível se o professor
comprar essa ideia.
Pré-teste: depende dos recursos disponíveis; se tiver
recursos diversos, é possível; quando há recursos visuais
disponíveis ser criativo fica mais fácil; é necessária uma
estrutura de ambiente físico adequado.
Grupo
Experimental
Pós-teste: depende da estrutura de suporte; é necessário
recurso moderno, os recursos são fundamentais, recursos
disponíveis e dos materiais que podemos utilizar; essa
possibilidade aumenta com recursos e materiais à
disposição; com a utilização de multimídias e outros recursos
o trabalho docente criativo é mais eficaz.
Pré-teste: temos facilidade de recursos, assim é possível;
utilizando os recursos disponíveis.
6. Depende dos
recursos
Grupo
Controle
Pós-teste: usando diversos recursos; trocando ideias e
trabalhando com o material disponível.
Pré-teste: falta tempo para se trabalhar mais criativamente; o
tempo é um fator que dificulta o uso de criatividade com mais
freqüência.
Grupo
Experimental
Pós-teste: é necessário dar conta do conteúdo a ser
trabalhado e isso dificulta o uso da criatividade pela falta de
tempo disponível.
Pré-teste: falta tempo para preparar aulas mais criativas.
7. Depende do
tempo
Grupo
Controle
Pós-teste: 0
Pré-teste: é difícil ser criativo sempre, às vezes dá para
propor algo novo e atrativo; é complicado aplicar a
criatividade, pois, muitas variáveis que atropelam e
influenciam o processo.
Grupo
Experimental
Pós-teste: dificuldade em ser criativo pelos desafios que
temos em sala de aula e pelo despreparo dos alunos.
Pré-teste: 0
8. Dificuldade
em ser criativo
Grupo
Controle
Pós-teste: apesar do esforço, não é possível ser criativo
todas às vezes, há algumas falhas no meio do caminho.
Questão 9 – Cite 5 características da aula criativa:
Categorias
Gerais
Grupos Categorias Específicas
Pré–teste: clima amistoso, leve, prazer em aprender,
agradável, descontração, acessível, respeito, confiança,
alegria, ouvir os alunos, acolhida, acreditar no aluno,
ambiente gostoso, respeito às diferenças, espontaneidade,
empatia, ambiente arrumado, sensibilidade, respeito às
novas ideias, focada no aluno e marcar positivamente, aula
interessante, motivadora, participativa, confiança,
possibilidade de dialogar, ambiente agradável, interessante,
agradável, livre expressão, participar, amizade.
269
Grupo
Experimental
Pós–teste: motivadora, interessante, que chama a atenção;
dialogada, comunicativa, interativa, participativa, respeito,
valorização, liberdade, entusiasmo, prazer, gostosa,
amigável, acolhedora; feliz, dinâmica, diferente, inovação,
desperta a atenção, bom relacionamento, com o aluno no
centro, aceitação de novas ideias, motivação para participar,
estimulante, agradável, ambiente agradável, ambiente
facilitador, acessível, flexível, estimula a curiosidade,
espontaneidade, construtiva, afetiva, cheia de possibilidades,
cheia de descobertas, desperta a pesquisa, desperta o senso
criativo e crítico; harmônica, satisfatória, participação de
todos, ambiente leve, diversidade, descontração, animação,
motivação, interação, participação, diálogo, comunicação e
cooperação.
Pré–teste: respeito; ambiente agradável; inovação (4);
chama a atenção; diferente (3); dinâmica; divertida;
participativa (2); interação; comunicação; amor; paixão;
interessante (3); desperta a vontade; desperta o interesse;
agradável; ambiente motivadora; salutar; gostosa; cheia de
aspirações; alegre; interativa; harmônica; entusiasmo;
dedicação; flexível; legal; boa; animada; estimulante;
acessibilidade (2); cheia de novidade; envolvente.
1. Ambiente
motivador
Grupo
Controle
Pós-teste: diálogo (3); respeito (2); inovação (3);
comunicação; interação (3); diferente; gostosa; divertida;
desperta o interesse (4); original; harmonia; disposição;
alegria; entusiasmo (2); agradável; empatia; atraente;
flexibilidade; interessante (2); desperta a atenção;
participativa; boa; legal; novidade; prazer; descontração;
amigável; motivação (2); entusiasmo; envolvente; atrativa.
Pré-teste: criar algo novo, novidade, aceitar o novo e as
novas ideias, abertura ao novo, quebra de limite, recriar,
capacidade de inovar, criar novidade, buscar novidade,
inovação, inovar, querer novidade.
Grupo
Experimental
Pós-teste: novidade, criar algo novo, espaço para inovar,
inventar, aceitação da novidade, inovação, inovando sempre,
inovar, criar inovação.
Pré-teste: inovar, inovação, aberta ao novo, traz novidade,
criar o novo, inovadora.
2. Inovação
Grupo
Controle
Pós-teste: inovação, inovar, inovadora, criação do novo,
resgate do novo.
Pré-teste: utilização de filmes e debates; novas
metodologias; estratégias diversificadas; sem rotina na
metodologia; metodologias diferentes; uso de dinâmicas; usar
metodologias diversas; usar estudos de caso.
Grupo
Experimental
Pós-teste: usar diversidade de metodologias; diversas
estratégias; discussões em sala.
Pré-teste: deixar a forma tradicional de ensinar; mudar o
método; discussões de temas; debates; músicas; teatro;
filmes; flexibilidade nos métodos; metodologia diversa;
seminários; trabalhos em grupo; novas metodologias;
métodos diversificados; didática diversificada; prática
pedagógica diferenciada.
3. Metodologia
diversificada
Grupo
Controle
Pós-teste: metodologia diversificada; utilizar fóruns para
discutir temas; usar diversos métodos; mudar a forma de
ensinar; usas músicas, poemas e teatro; diversificar na
metodologia; usar diversas formas de ensinar; mudar a
metodologia; usar debates para as discussões; métodos
diferentes.
270
Pré-teste: sistematização; conteúdo bem elaborado;
preparação prévia; planejamento; organização; disciplina;
objetivos claros; eficiência; estudo; pesquisa; clareza nos
objetivos; ser fiel ao plano de aula; elaboração da aula;
planejada; bem elaborada; orientação.
Grupo
Experimental
Pós-teste: organização, eficiência, objetivos alcançados,
observação, aplicação, comprometimento com a
aprendizagem, metas, preparação, atualização, estudar
muito, conteúdo bem fundamentado.
Pré-teste: planejamento, elaboração do conteúdo; objetivos
e metas alcançados; preparação; dedicação; disciplina;
organização; orientação; assimilação do conteúdo.
4.
Planejamento/
organização
Grupo
Controle
Pós-teste: organização; metas; estudo; disciplina;
concentração; preparação; compromisso com o estudo;
cumprimento das metas; cumprimento dos objetivos;
organização no trabalho; planejamento; acompanhamento;
esquemas preparados.
Pré-teste: que possui recursos criativos; que possui recursos
disponíveis; recursos audiovisuais; ambiente físico adequado;
estrutura física adequada; uso de diversos recursos.
Grupo
Experimental
Pós-teste: utiliza diversos recursos e materiais; recursos
alternativos.
Pré-teste: instalações físicas; recursos tecnológicos;
ambiente arejado.
5. Utilização de
recursos
Grupo
Controle
Pós-teste: diversidade de material; recursos tecnológicos.
Questão 10 – Cite 5 fatores que possibilitam um clima criativo em sala de aula:
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: motivação do aluno e do professor; vontade de
aprender; vontade de ensinar; interesse dos alunos (6);
despertar o interesse; bem estar em ensinar; gosto pelo que
faz; motivação do professor (3); boas disposições; despertar
a curiosidade; motivação em aprender; despertar gosto pela
leitura.
Grupo
Experimental
Pós–teste: prazer em ensinar; prazer em ser educador;
paixão pelo magistério; desejo de aprender; boas disposições
e motivar o interesse; motivação do aluno (2) motivação do
docente; motivar a curiosidade; interesse dos alunos (3);
motivar para a profissão; paixão pelo ensino; participação (3).
Pré–teste: motivação (5); interesse do aluno (6); interesse do
professor (3); aumento do interesse do aluno; vontade para
estudar; vontade de aprender; gostar de ser professor;
realização pessoal; participação.
1. Motivação
Grupo
Controle
Pós-teste: despertar a curiosidade, vontade de estudar (3),
gosto pelo estudo, dedicação aos estudos; motivação (6);
interesse (4); gosto pelo estudo; atenção do aluno; despertar
o interesse pela aula; surpresas; espírito de investigação;
despertar a pesquisa (2); vontade do aluno em aprender e do
professor em ensinar.
Grupo
Experimental
Pré-teste: capacidade para organização do trabalho em
grupo; dinâmicas organizadas; objetivos comuns; saber o que
ser quer; estar preparado para a aula (3) pesquisa; empenho
na preparação da aula; trabalhar com projetos; habilidade
técnica; apresentar várias possibilidades para o trabalho;
organização (2); objetivos alcançados (2); planejar (2).
271
Pós-teste: resultados obtidos; respeito ao plano de aula;
competência; domínio do conteúdo; pesquisa; bibliografia
adequada; preparação prévia; responsabilidade; atualização
do professor; uso adequado do material; preparação do
material.
Pré-teste: conhecimento do professor (2); acompanhamento
constante; trabalho com os pares; apoio da coordenação
didática; busca de novos modelos e tempo para a preparação
da aula; objetivos alcançados; planejamento (3); organização
do trabalho; disciplina (2); competência; sistematização.
2. Planejamento
e organização
Grupo
Controle
Pós-teste: organização do material previamente; ter
objetivos claros e atingíveis; resultados (3); assimilação;
organização (2); planejamento (2); uso correto das posturas e
materiais; saber pesquisar; empenho; dedicação ao trabalho;
organização (3); competência.
Pré-teste: estrutura física; equipamento disponível (3);
recursos de laboratório; recursos criativos; recursos
disponíveis; recursos áudio visuais; ambiente adequado;
classes pequenas; sala de aula adequada; móveis
adequados.
Grupo
Experimental
Pós-teste: recursos audiovisuais; materiais diversificados;
recursos disponíveis (2); condições físicas; boa biblioteca;
uso das tecnologias; ambiente adequado.
Pré-teste: Instalações físicas; uso de diversos materiais;
recursos (2); ambiente arejado; recursos disponíveis;
recursos tecnológicos; estrutura física adequada.
3. Recursos
materiais
Grupo
Controle
Pós-teste: diversos materiais; material adequado; ambiente
iluminado e arejado; equipamentos disponíveis (2); recursos
alternativos; tecnologia disponível; estrutura adequada.
Pré-teste: bom relacionamento entre as partes envolvidas;
diálogo (3); clima amigável; respeito à individualidade (2);
apreço; dar espaço para expor ideias; atitudes boas; acolhida
dos alunos; colaboração entre as partes; liberdade em ser o
que se é; espontaneidade; abertura; relação de cumplicidade;
valorização do outro; empatia (2); simpatia; confiança (2);
tolerância.
Grupo
Experimental
Pós-teste: confiança (2); harmonia; empatia (3); bom
relacionamento entre professor e aluno; amizade (2);
cumplicidade; abertura (2); liberdade de expressão;
receptividade entre professor e aluno; humor (3); acolher
bem; valorização da opinião; atmosfera amigável; pedir
sugestões; dar espaço para o aluno; dar espaço para a
criatividade fluir; atitude positiva; bem estar (4); receptividade
da atividade do aluno; liberdade para expor as ideias (2);
respeito pela individualidade (2); colaboração mútua respeito
e não criticar o erro; diálogo (3).
Pré-teste: atitude de escuta; liberdade (3); diálogo (2); se
importar com o outro; respeito (4); acolher as ideias;
acompanhar o crescimento do aluno; bem estar (2); amizade
(3); boas relações (3); empatia (2); confiança; reciprocidade;
bem querer; união; companheirismo; proximidade.
4.
Relacionamento
com o aluno
Grupo
Controle
Pós-teste: união; descontração; diálogo (3); respeito (3); dar
espaço para o aluno; atitudes positivas; harmonia; empatia
(2); colaboração mútua; intercomunicação; valorização da
experiência do aluno; saber ouvir; simpatia; afeto mútuo;
compartilhar com o aluno; amizade; boas relações (4).
272
Questão 11 – Você se considera um profissional criativo?
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: Sim. Esforço-me para ser criativo em minhas
atividades e em tudo o que faço, inclusive na vida pessoal e
nos relacionamentos; busco ter atitudes de alguém criativo,
me dedicando ao máximo naquilo que faço; as vezes, o é
possível ser criativo sempre, mas me empenho para isso;
sim, no meu dia a dia faço um esforço para atingir a
criatividade e ser mais dinâmico; ás vezes, dificuldades
para ser criativo 100% mas um esforço para conseguir
isso, um dia eu chego ; às vezes sou criativo, outras não,
mas na maior parte do tempo procuro ser, pois vejo isso com
um diferencial, algo bom; faço um grande esforço para ser
mais criativo e assim fazer com que os alunos prestem
atenção e participem mais nas atividades em sala.
Grupo
Experimental
Pós–teste: no dia a dia procuro ser criativo, buscando outras
maneiras de ensinar; procuro ser competente e me empenhar
nos trabalhos e também em relação à criatividade; sei que
ainda preciso melhorar muito no que diz respeito à
criatividade em sala de aula, mas um empenho grande;
empenho para isso não falta, ainda mais que me sinto meio
tradicional e rigoroso com algumas coisas; sim, sou
esforçado e busco atualização e outras maneiras de dar aula
e me especializar; sim, dou tudo de mim para que meus
alunos aprendam de fato e não façam de conta que
aprenderam e eu faço de conta de ensino, esforçando-me em
ser criativo a cada dia.
Pré–teste: percebo que há um esforço em relação a ser mais
criativo em sala de aula, apesar que nem sempre dá; tento
criar um espaço para a criatividade e para que meus alunos
sejam criativos; ás vezes, pois há alguma situações difíceis,
mas com certeza um esforço em dar aulas criativas; sim,
procuro ser criativo sempre que possível; ás vezes, mas me
esforço bastante para ser criativo e passar para meus alunos
a vontade de fazer as coisas melhor possível e ser original,
diferente, inovador; sim, fazendo o melhor que posso em
relação ao criar e apreciar os trabalhos criativos.
1. Empenho
pessoal
Grupo Controle
Pós-teste: sim, gosto muito de ser diferente, de apoiar
iniciativas criativas e valorizar esses momentos tão
importantes de sala de aula; sim, com certeza muito
espaço para ser criativo e procuro usá-lo bem no cotidiano;
ás vezes, mas quando é possível me esforço em estabelecer
esse espaço criativo o salutar; sim, me esforçando a cada
dia para chegar lá! Sei que chegarei, não vou desanimar.
Pré-teste: Sim, pois sempre que possível utilizo
metodologias diferenciadas, estratégias que encaixam no
tema a ser estudado e abordado; às vezes, mas tento
diversificar as formas de ensinar e passar o conteúdo, para
não ficar maçante.
Grupo
Experimental
Pós-teste: sim, diversificando a maneira de ensinar e
aprender.
Pré-teste: sim, na medida do possível usando diferentes
métodos para atingir o objetivo proposto; às vezes, quando
diversifico o método a ser utilizado em sala.
2. Diversidade
de metodologia
Grupo Controle
Pós-teste: sim, quando utilizo diversas formas de ensinar,
fazendo uso das inúmeras metodologias que são aplicáveis;
ás vezes quando uso outros métodos.
273
Pré-teste: Embora haja a intenção de ser mais criativo,
algumas situações dificultam essa experiência. Por exemplo,
a falta de tempo para uma boa preparação do material, a falta
de interesse do aluno que em algumas ocasiões querem
apenas o diploma e não estão a fim de uma aula interessante
ou mais dinamizada; é difícil exercitar a criatividade em sala
de aula pelo programa que tem que ser seguido, pela falta de
tempo de verificar todo o conteúdo necessário; tenho que me
familiarizar melhor com a criatividade, pois parece ser um
desafio muito grande ser criativo no ensino superior sabendo
que temos que dar conta de muitas exigências, como a prova
do ENADE, por exemplo.
Grupo
Experimental
Pós-teste: é impossível ser criativo o tempo todo,
algumas dificuldades para isso, tempo, material, turmas
grandes, planejamento com antecedência e a vontade dos
alunos.
Pré-teste: o é possível ser criativo todos os dias. Tem
momentos que não há inspiração, outros, falta participação
necessária dos alunos e é necessário corresponder às
exigências de conteúdo a ser aplicado; é difícil ser criativo;
falta tempo para uma dedicação maior; quanto a ser criativo
em sala de aula, existem outras situações que interferem, o
ambiente adequado, o aluno cansado, a burocracia do
sistema; prefiro o método tradicional de ensino, acho que dá
bons resultados, disciplina, firmeza e exigência; gostaria
muito de ser mais criativo, porém, as dificuldades existem. Os
alunos têm uma defasagem muito grande, você tem que ficar
recuperando a lacuna do ensino médio, não sobra muito
tempo para criar outras coisas.
3. Dificuldade
para ser criativo
Grupo Controle
Pós-teste: apesar de me considerar um profissional criativo;
penso que é difícil alcançar o desejável, é uma espécie de
utopia; ser criativo não é fácil, pois tem que abrir para
críticas, sugestões, outras ideias e isso não é simples de se
fazer; para ser criativo é necessário mais tempo, mais
flexibilidade, mais empenho do aluno e apoio da instituição; é
um desafio ser criativo em sala de aula, pois é preciso dar
conta do conteúdo, da programação, das avaliações, fica
complicado casar tudo isso; não é fácil ser criativo, primeiro
tem que se entender o que é isso e para que isso, segundo é
preciso uma mudança de paradigma e de visão de educação.
Pré-teste: sou criativo porque utilizo diversos recursos em
sala de aula e isso dinamiza a turma; utilizo recursos e
materiais disponíveis para variar e tornar a sala de aula mais
atrativa e dinâmica.
Grupo
Experimental
Pós-teste: uso e abuso dos recursos para tornar a aula mais
atrativa e dinâmica.
Pré-teste: procuro inovar nos recursos utilizados.
4. Diversidade
de recursos
Grupo Controle
Pós-teste: utilizo muitos recursos e crio outros para que a
explicação do conteúdo seja mais fácil de entender com
imagens, por exemplo; procuro variar nos recursos e
materiais disponíveis, isso faz a diferença para mim; uso
recursos diversos sempre que tenho a possibilidade.
Pré-teste: Considero-me criativo porque possibilito um
espaço para o aluno criar.
274
Grupo
Experimental
Pós-teste: Considero-me criativo porque possibilito um
ambiente para a criatividade. Proporciono um espaço onde
os alunos podem participar, expor suas ideias e sugestões
sem receio, podem criar trabalhos diferentes, de acordo com
sua criatividade, desde que esteja no tema; deixo que os
alunos participem e façam seus trabalhos de forma livre e
aberta; crio um espaço de bom relacionamento e respeito
para com os alunos, dialogando e ouvindo opiniões; em
minha sala de aula percebo que os alunos se sentem livres
em expressar suas ideias e sugestões, isso é importante nos
dias de hoje; o respeito, a amizade, o diálogo, a interação
e a participação de todos; ao meu ver, possibilito um
ambiente para a criatividade, sendo humano, amigo,
respeitoso e ao mesmo tempo exigindo os objetivos.
Pré-teste: dou espaço necessário para os alunos criarem e
se manifestarem.
5. possibilita um
ambiente para a
criatividade
Grupo Controle
Pós-teste: em minha aula os alunos podem dar sugestões e
opiniões sobre os temas e a metodologia de ensino.
Questão 12 – Por quais motivos você procura ser criativo?
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: para buscar novas formas de ensinar e assim a
aprendizagem ser significativa.
Grupo
Experimental
Pós–teste: para ter alternativas para ensinar ao aluno; para
diversificar as formas de ensinar e não só passar o conteúdo,
mas sim, construir com os alunos a melhor maneira de
aprender; para não ficar na rotina e diversificar as
metodologias de ensino, assim, talvez possa haver melhores
resultados; para ensinar de um jeito diferente e novo; para
mudar o jeito de ensinar e aprender, quem sabe transformar
o ambiente da sala de aula em ensinagem; buscar
alternativas para um ensino mais eficaz (2).
Pré-teste: criar outras maneiras de ensinar e passar o que
sei.
1. Buscar
alternativas para
ensinar
Grupo Controle
Pós-teste: para ter diferentes alternativas para ensinar.
Pré-teste: para estimular a participação do aluno e saber
suas opiniões, ter um retorno do trabalho realizado; para que
o aluno participe apesar do cansaço e assim haja uma aula
mais dinâmica.
Grupo
Experimental
Pós-teste: para envolver o aluno e assim ele participe com
sua valiosa contribuição.
Pré-teste: para possibilitar a participação do aluno e
conseqüentemente haja uma aprendizagem melhor; para que
o aluno participe mais e aprenda mais; para uma melhor
participação do aluno como sujeito ativo e não passivo de
sua aprendizagem.
2. Estimular a
participação
Grupo Controle
Pós-teste: para uma maior participação do estudante na aula
e nos trabalhos.
275
Pré-teste: acredito que sendo criativo facilitarei a
aprendizagem dos alunos, pois, o que é marcante não
esquecemos mais; vejo a criatividade como um meio de
facilitar a aprendizagem; é um meio de o aluno apreender
mais o conteúdo e desenvolver seu lado criativo também;
para mim é uma das muitas formas de aprender de maneira
diferente e valorizar isso para a vida; busco ser criativo para
facilitar a aprendizagem dos meus alunos; é uma forma de
tornar mais fácil o aprender, pois o lúdico sempre transforma
os meios e dá mais sabor.
Grupo
Experimental
Pós-teste: para facilitar o caminho de aprendizagem, quando
elementos diversos não esquecemos do que foi ensinado;
com o objetivo de facilitar o processo de ensino
aprendizagem; para facilitar o entendimento do conteúdo,
desta maneira fica mais didático; tentar tornar mais fácil o
aprender e ensinar; para que a aprendizagem tenha
significado e seja mais simples.
Pré-teste: penso que valorizar a criatividade é uma forma de
facilitar a aprendizagem e tornar o caminho a ser percorrido
mais fácil; para facilitar a aprendizagem (3); para transformar
o processo ensino-aprendizagem mais fácil no sentido de se
aproximar do aluno e sua realidade; para tornar o ambiente
mais gostoso e assim facilitar a aprendizagem, para ter mais
resultados positivos facilitando a aprendizagem; tornar o
caminho do aprendiz mais fácil e simples, na construção do
ensino.
3. Facilitar a
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: para mim é um meio de transformar a atividade e
aula mais acessível e facilitar essa relação; para facilitar a
aprendizagem (3); é interessante poder viabilizar uma
aprendizagem menos tradicional e cristalizada, facilitando-a;
para fazer com que os meios para se aprender sejam mais
eficazes e fáceis; para tornar os momentos em sala de aula
mais significativos e fáceis de apreender.
Pré-teste: para motivar o aluno e desta forma ele tenha
vontade de aprender; para que a aula não fique monótona e
o aluno sinta interesse no conteúdo; para motivar o estudo,
os trabalhos e a aprendizagem do aluno; para que o aluno se
sinta interessado e motivado nas leituras e na aprendizagem;
como meio de motivação do aluno; para motivar e despertar
o interesse dos alunos pelos assuntos; para motivar a
aprendizagem; como motivação e para despertar o interesse
do aluno na pesquisa; também para motivar o aluno e tornar
a aula interessante.
Grupo
Experimental
Pós-teste: para tentar fazer da aula um momento prazeroso
e não chato; para que os alunos gostem da aula e assim
aprendam mais; para fazer com que a aula seja interessante
e chame a atenção; para dinamizar a aula e esse momento
seja inesquecível e cheio de vontade de continuar; para
motivar o aluno e despertar o interesse; para motivar os
estudantes.
Pré-teste: com o intuito de motivar o aluno (2); para que a
aula seja um lugar que desperte o interesse e a vontade de
estudar; para que haja o interesse pela pesquisa e pelo
ensino.
4. Motivar o
aluno
Grupo
Controle
Pós-teste: para motivar o aluno (2); para que os alunos se
sintam motivados a aprender sempre mais; para que consiga
motivar e entusiasmar o aluno; para que o aluno seja
motivado e interessado pelo assunto.
Pré-teste: penso que ser criativo é valorizar a mim mesmo e
a própria profissão; é uma questão de valorização pessoal.
276
Grupo
Experimental
Pós-teste: ser criativo é valorizar a si mesmo e o trabalho
que realiza, pois é uma questão de paixão pelo que faz;
procuro ser criativo porque me valorizo como pessoa e como
profissional; valorização do trabalho e dos resultados que
possam ser adquiridos.
Pré-teste: é uma questão de honra e valorização; valorizo
meu potencial e capacidades, por isso procuro ser criativo.
5. Valorização
profissional
Grupo
Controle
Pós-teste: pela valorização profissional que vem atrelada a
isso; por valorizar-me profissionalmente e pessoalmente; por
valorização da profissão.
Questão 13 – Justificativa da auto-avaliação da criatividade – atribuição de nota de1 a 10.
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: falta um pouco de tempo para ser melhor; como
me julgo criativa às vezes, prefiro 5; talvez seja criativa, mas é
difícil se auto avaliar; acredito que ainda tenho muito a evoluir,
tenho tentado ter uma postura criativa e penso que vou
conseguir galgar os degraus da criatividade! Pensamento
positivo! Considero-me muito convencional e por falta de
experiência não me sinto à vontade para usar outras
estratégias, mas eu chego lá.
Grupo
Experimental
Pós–teste: ás vezes, a aula não acontece da forma que se
quer e torna-se desgastada; apesar de ser uma boa nota,
ainda não consigo explorar 100% da forma criativa; nem
sempre é fácil fugir da rotina que estabelecemos em nossos
procedimentos pedagógicos, mas é possível algo; desejo, em
ser criativa tenho; mas no cotidiano escolar é complexo dar
conta disso por inúmeras causas.
Pré–teste: ás vezes ministro aulas exatamente iguais aos
meus professores; é necessário vencer o comodismo e a
preguiça para alcançar novas práticas; o sou plenamente
criativa em todos os momentos; ainda é necessário melhorar
essa prática; porque a criatividade é um processo que deve
ser constantemente desenvolvido e aprimorado, é difícil
chegar ao máximo da criatividade.
1. Dificuldade
em atingir o
desejável
Grupo
Controle
Pós-teste: tenho dificuldade com o cumprimento do
programa, mas me esforço em ser criativa; apesar de ter
melhorado ainda é preciso mais; ainda falta um pouco de
interesse para entender os benefícios da criatividade.
2. Empenho
pessoal
Grupo
Experimental
Pré-teste: tenho buscado ser criativa, é um processo
contínuo e inacabado; estou sempre buscando aula
diferenciada e criativa, como depende da receptividade da
sala nem sempre é possível, mas é minha meta; busco fazer
a coisas de maneira diferente, mas às vezes, sinto dificuldade
em romper limites; tenho tentado ser criativa, busco ser
criativa e propiciar participação dos alunos na aula; me
esforço para ser criativo, pois, acho importante é possível
melhorar e chegar no dez; busco ser criativa ouvindo meus
alunos e aceitando opiniões e ideias diferentes; empenho-me
em ser criativa; o esforço e o envolvimento com o assunto
permitem dar asas à imaginação e aprofundar o conteúdo é
fundamental, proporciona segurança.
277
Pós-teste: penso que melhorei muito, mas ainda preciso
melhorar, sou uma pessoa crítica e procuro sempre a
melhoria do que faço, é preciso buscar novas formas de dar
aula, usar outras atividades, uso recursos atrativos; porque
busco sempre, mesmo que não tenha êxito em todas as
tentativas, mas não desisto capacidade de liderar, coordenar
mudanças e surpresas, usar com critérios as dinâmicas e
outros, ser flexível, capaz de propiciar a participação dos
alunos; porque a criatividade é um processo que deve ser
constantemente desenvolvido e aprimorado; a criatividade é
possível com a abertura do professor as manifestações do
aluno, procuro estar aberta; sei que nada sei. Tenho muito
que aprender ainda; procuro manter o nível 8, mas busco
atingir mais, e a criatividade tem que ser estimulada para se
querer mais, na acomodação perde-se a força de querer; é
um trabalho contínuo, pois a cada semestre procuro planejar
levando em conta as sugestões dos alunos e procuro aplicá-
las; procuro ser flexível e criar um ambiente propício para a
participação e construção coletiva, ainda preciso melhorar
muito; considero algumas aulas criativas e tenho me
empenhado para que todas sejam assim; pela minha prática
na busca de diversificar a didática da aula; no dia-a-dia da
sala de aula empenho-me em ser criativa, fazendo o possível
para melhorar os recursos que utilizo e a forma de aplicar o
conteúdo.
Pré-teste: estou numa atitude aberta para novas
aprendizagens, ouvindo os alunos e procurando conhecer
melhor as características de cada um; continuo ousando em
alguns modelos, no entanto devo aliar metodologia-conteúdo-
sonhos; o envolvimento com o assunto permite dar asas à
imaginação e o conhecimento é fundamental, proporcionar
segurança; sou uma docente pesquisadora e estou buscando
formas de aprimoramento nesse sentido; sei que sempre é
possível melhorar e reconhecer isso, é um bom começo;
pela busca de mudar as formas de ensinar, as metodologias;
tenho ousado novas formas de ensinar.
Grupo
Controle
Pós-teste: não tenho muita criatividade, sou racional, mas eu
ainda consigo chegar ; 10 seria muita pretensão pois estou
iniciando minha carreira acadêmica, contudo busco me
aperfeiçoar, nota 8 é justa; preocupação constante com o
quesito ensino aprendizagem; ainda existem temas os quais
estou dedicando grande parte do tempo para pesquisar
formas mais adequadas de abordagem criativa e procuro
melhorar minha prática; apesar da busca constante de
instrumentos criativos nem sempre conseguimos tempo,
recursos que facilitem procedimentos; penso que melhorei
muito, mas ainda preciso melhorar; me esforço para ser
criativo pois acho importante, procurando dar uma boa aula,
com recursos e novidades; tento me inovar e buscar coisas
diferentes para os meus alunos; com esforço, dedicação e
força de vontade é possível utilizar a criatividade.
3. Possibilidade
pequena de ser
criativo
Grupo
Experimental
Pré-teste: por diversos motivos; em algumas situões, seja
por falta de recursos, por tempo, etc, sinto que a criatividade
poderia ser melhor; ás vezes por conta da correria do dia a
dia fica complicado organizar um material diferenciado para
cada aula; procuro ser criativa, mas às vezes é cansativo,
pela aula ser no campo de estágio e ficarmos em o tempo
todo e andando sem parar; poderia se tivesse mais tempo,
mais infra-estrutura e leituras sobre o tema, eu seria e meus
alunos seriam.
278
Pós-teste: 0
Pré-teste: no ensino superior é desafiador ser criativo, pois a
correria e os compromissos são grandes; Às vezes faltam
recursos e falta tempo para trabalhar criativamente e vamos
deixando para outro dia, falta tempo e recursos para ser
criativo, algumas circunstâncias atrapalham a criatividade, por
exemplo, a necessidade de dar conta do conteúdo; é
desafiador, falta tempo, e, dificuldades para ser criativo, os
alunos do noturno chegam cansados do trabalho, pouca
motivação.
Grupo
Controle
Pós-teste: não uma identificação natural com a prática da
docência o que endurece o processo criativo; não há espaço
para usar a criatividade, é necessário dar conta do conteúdo
que o aluno vai precisar para sua profissão e para a prova do
ENADE.
Questão 14 – Descreva experiências de sua prática que, considera criativas:
Categorias
Gerais
Grupos Categorias Específicas
Pré–teste: Uma experiência criativa é a visita técnica (3);
promover aulas em outros lugares que não sejam sala de
aula (2).
Grupo
Experimental
Pós–teste: Pesquisar em campo (entrevistas, relatos de
experiências, etc.); “Sair” do espaço da sala de aula. Vincular
trabalhos com apresentações em seminários ou congressos;
usar não o espaço de sala de aula, mas explorar outros
ambientes de maneira que os alunos estejam despertados ao
que será trabalhado; exploração do ambiente escolar,
levando os alunos à observação externa de pontos
levantados em sala de aula; promover atividades fora da sala
de aula (2); propor atividades complementares que podem
enriquecer o conhecimento e aproveitar outros tipos de
aprendizagem que não seja só a que acontece na aula;
visitas técnicas (2); proporcionar atividades extraclasse;
utilizar espaços alternados para ensinar; diversificar o
ambiente que é utilizado para a aprendizagem; variar no
ambiente da aula, mudando de lugar em alguns momentos;
propondo ambientes novos para a aprendizagem e não só a
sala de aula; visitas de estudo para enriquecimento curricular
e cultural; quando trabalhamos com pesquisas fora da sala
de aula, no campo de atuação dos alun0s, estágios ou
extensão; utilizo o máximo que der; um ambiente
diversificado para a aula, aproveitando os espaços que a
universidade oferece.
Pré–teste; utilizando ambientes diversificados para ensinar e
aprender (3); ás vezes que planejamos e combinamos
atividades extraclasse que tem ligação com os conteúdos; no
desenvolvimento de atividades diversas em diferentes locais;
todas as vezes que diversifico ambientes para a
aprendizagem e desta forma motivo os alunos; as visitas
técnicas (2); diversificando o local de aprendizagem.
1. Ambiente
diversificado de
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: as visitas técnicas são um momento de grande
aprendizagem, fora do ambiente da sala de aula, são
proveitosas e as vejo como possibilidade de ser mias criativa;
visitas técnicas realizadas (3); com atividades extraclasse (2);
quando proporciono momentos fora da aula de aula para
estudos e pesquisas; diversificando os ambientes para a
aprendizagem (3).
279
Pré-teste: a aula inicial com apresentação dos alunos e seus
desejos em relação a disciplina. Possibilidade de criação de
“diálogo” entre docente e discente; possibilito os alunos a
serem agentes ativos abrindo espaço para participação;
aceito novas ideias, direções, soluções, sugestões, e
soluções para determinados problemas; procuro ter paciência
e muito amor; proponho atividades em que os alunos
possam participar; nas aulas preparo momentos em que os
alunos possam expor suas ideias; propicio liberdade para se
expressarem pois o jornalismo mexe com eles; incentivo o
máximo para criarem e produzirem ideias.
Grupo
Experimental
Pós-teste: realizo com as turmas, uma dinâmica que faz com
que, os alunos se desvencilhem de preconceitos, medos e
traumas e sem censura exponham seus sentimentos,
desejos, ideais. Essa experiência aproxima os alunos e
docentes, criando um ambiente de confiança e respeito,
abrindo espaço para um aprendizado dinâmico e criativo;
quando o aluno tem dificuldades, proponho a reflexão e
buscamos juntos, procedimentos para atenuá-las - o aluno
reescreve o texto até sentir que sua produção textual é de
qualidade; crio situações que favoreçam a expressão oral do
aluno, estimulando a fluência da ideias, a desinibição, o
respeito entre os pares. Acredito que esse procedimento tem
colaborado com produções textuais mais criativas; planejo
todas as minhas aulas, pesquisando informações atualizadas
sobre os temas. Durante a aula, estimulo a participação dos
alunos solicitando que perguntem, discordem, critiquem,
enfim, façam intervenções sobre o que sendo discutido; no
inicio dos semestres exponho que não quero ser uma “mestra
explicadora” (Ranceire), que não quero aulas “monologas”,
solicitando que tragam as demandas da turma; criando
situações para que o aluno tenha liberdade de escolha - o
aluno se sente motivado, quando consegue produzir um texto
bem estruturado sem perder a sua individualidade; faço
dinâmicas em que o aluno tem a oportunidade de expor suas
ideias; realizo atividades visando a interação com os alunos,
incentivo a pesquisa, e a curiosidade; respeitando a
individualidade do aluno e saber ouvi-
lo, pois ele tem
experiência; estabelecer um bom relacionamento e a
valorização da opinião dos alunos quando estes sugerem
novas abordagens, para tanto estes precisam ser
estimulados.
Pré-teste: quando proporciono aos alunos atividades que
permitem participação e expressão das ideias; por meio de
dinâmicas, onde o aluno possa expressar suas opiniões (2);
tratando bem os alunos e criando uma relação de parceria;
sou flexível no dia a dia da sala de aula; procuro respeitar a
individualidade e isso é uma postura criativa.
2. Clima
propício para a
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: deixando momentos de liberdade e participação
para que os alunos expressem suas ideias; preparando
atividades que permitam interação e comunicação mais
eficiente e produtiva; ouvindo a preferência da turma sobre a
forma de se trabalhar ou abordar um conteúdo; abrindo
espaço para o respeito e o diálogo; sou flexível no dia a dia
da sala de aula; procuro respeitar a individualidade;
possibilito os alunos a serem agentes ativos dando a voz
para participarem em todos os momentos; criando um
ambiente de respeito e amizade; valorizo a produção dos
alunos; fazendo com que participem (2).
280
Pré-teste: preparei uma aula para equipamento multimídia,
mas o equipamento não funcionou. Dei aula sem o
equipamento e os alunos gostaram da aula, mas é difícil
improvisar e ser criativo; no campo de estágio é difícil ser
criativo no hospital; sinto muito, mas acho que minha
“criatividade” tem a ver apenas com o fato de que tento
dirigir-me aos alunos usando a linguagem deles, sem muita
formalidade. Contudo, percebo que eles mesmos não se
sentem à vontade com isso, pois foram bem treinados” a
esperar pela tradicional e formal aula expositiva. Ainda estou
estudando/ digerindo formas criativas de lecionar. E reitero:
logo, logo as coisas vão mudar nesse sentido. D sim,
poderei falar de criatividade.
Grupo
Experimental
Pós-teste: no campo de estágio é difícil ser criativo no
hospital; com minha turma de arquitetura na disciplina de
Desenho de Arquitetura tenho dois problemas” que
aparecem sempre em aula: a) muita conversa entre os
alunos; b) os alunos nunca conseguem finalizar as propostas
de trabalho previstas; o cotidiano do ensino superior é um
espaço de trabalho desafiador que por vezes não permite
fazer experiências criativas.
Grupo
Controle
Pré-teste: o é nada fácil recuperar o aluno que entra hoje
no ensino superior com uma defasagem enorme, ainda mais
trabalhar a criatividade; é um desafio aplicar a língua latina,
maior desafio é trabalhar criativamente; não muito espaço
para se desenvolver experiências criativas (3); apesar de
tudo consigo tirar bons resultados de alunos cansados do
noturno; sem resposta (2); na prática é difícil ser criativo; é
difícil responder essa pergunta porque depende do que é
experiência criativa para mim e para você; há uma dificuldade
de fazer experiências criativas por muitos motivos, um deles
é falta de tempo para tal, outra é o interesse dom aluno que é
pouco, ele gosta do corriqueiro; o aluno quer aprender a levar
o diploma. Não está muito interessado em criatividade, fica
uma espécie de perda de tempo; nem sempre a aula saí
como queremos; apesar da dificuldade tento planejar coisas
diferentes.
3. Dificuldade
em vivenciar a
criatividade
Pós-teste: o aluno chega cansado do trabalho e não quer
saber de muitas coisas diferentes; é necessário antes das
experiências criativas, trabalhar com a falta de preparo
básico do estudante universitário de hoje; é difícil tempo para
vivenciar experiências criativas (2); é necessária uma
formação melhor para que seja possível planejar e executar
experiências criativas em sala; é urgente recuperar o aluno
da defasagem do ensino médio; minha experiência criativa é
conseguir tirar bons resultados de alunos cansados do
noturno; é urgente a superação de alguns paradigmas da
profissão docente antes de realizar experiências criativas.
Pré-teste: utilizo o jornal dentro da sala de aula: debates,
possibilidade de diferentes interpretações de um assunto,
variedades lingüísticas, relação entre o texto verbal e não
verbal, as características dos diferentes gêneros textuais,
produção textual, exposição oral, gramática aplicada ao texto;
faço discussões de temas a partir de imagens, rompendo
com a forma clássica de fazer leituras; utilizo a criação de
textos usando a imagem, o texto poético e a música; realizo
281
4. Estratégias
diversificadas
para a
aprendizagem
Grupo
Experimental
produção de textos em pequenos grupos e discussão
coletiva; Abolir “notas” nas produções textuais do aluno;
organizo as aulas inserindo não apenas textos, mas também
vídeos e imagens que enriqueçam o assunto discutido; todas
as aulas trago textos diferentes e interessantes para ser
debatidos e atualizados no contato; por exemplo: nas aulas
de produção textual, criar situações que possibilitem ao aluno
produzir textos a partir da leitura de bons autores; partindo de
modelos com boa estruturação lingüística, criando situações
para que o aluno tenha liberdade de escolha; trabalhar com
filmes. (Fazer a leitura do filme.) – Fazer a leitura da imagem.
Trabalhos em grupos. Dinâmicas em que o aluno tem a
oportunidade de expor suas ideias. –Entende-se por
“leitura”as seguintes etapas: decodificar, compreender,
interpretar, criticar; avaliações progressivas, após explicação
dos assuntos, onde os alunos discutem a temática através de
problematizações feitas pela professora e depois socializado.
A livre escolha de temas, para trabalhos em grupos, feita
pelos alunos e apresentadas por eles, com a orientação da
professora; avaliar, através da elaboração de “mapas
conceituais, os alunos gostam muito. Avaliar dando prazo
de uma semana para a pesquisa sobre os assuntos
envolvidos na avaliação; utilização de dinâmicas, músicas, a
pesquisa, utilização de vídeos, atividades práticas, utilizando
resolução de problemas, reflexões sobre questões do dia a
dia, dentre outras; montei uma apresentação de Power Point
com desenhos que deveriam ser feitos individualmente e
cronometrados; exemplo: a) Desenho 10 minutos (mais
dificuldade). b) Desenho 8 minutos... até chegar no ultimo
desenho com 30 segundos. Todos fizeram, a sala ficou em
silêncio, todos entregaram em tempo e no final elogiaram a
aula e julgaram que evoluíram em relação as técnicas de
esboço e inserção de elementos contextuais em projetos.
Fiquei muito satisfeita com o resultado e com a dinâmica da
sala de aula; durante uma aula em que percebi que os alunos
estavam cansados e poucos se prepararam para o fórum.
Apaguei toda a lousa, coloquei um CD, pedi que se
levantassem, trocassem de lugar e caminhassem observando
os colegas. Depois fui orientando-os sobre os diferentes
pontos de vistas, ângulos, conceitos, conclusões e quando
tomamos conta, criativamente estavam juntos estudando o
conteúdo da aula: verdade, formação de valores e seus
paradigmas; aulas com dinâmicas, organização da matéria,
seminários com os alunos; trazendo exemplos do dia a dia
para a sala de aula; diversidade nas dinâmicas; situações
que promovam o aluno a pensar como agir durante uma
dificuldade; adequação quando algo dá errado ou não dá
certo. Ter uma carta, na manga. Criação de jornais; utilização
de modelos macroscópicos do dia a dia para explicar o
mundo microscópico da química. Preposição e realização de
práticas laboratoriais; Utilização de jogos matemáticos e
atividades lúdicas (mais desenvolvimento de um tema
específico).
282
Pós-teste: dramatização dos alunos das situações de riscos,
em estudos de casos clínicos; fazendo uso de relatos
pessoais de experiências na área química (trabalho e
estudo); utilização de dinâmicas de grupo, oficinas, levar
materiais para que os alunos construam a aula; trabalho com
montagem de revistas em quadrinhos, para aperfeiçoar a
língua espanhola; abordar temas do dia a dia como meio de
explicar o conteúdo; explorar materiais próprios do curso
como meio; desenvolvimento pelos alunos de materiais
próprios para tratar determinado assunto; avaliação das aulas
pelos alunos também é um fator de grande contribuição para
se trabalhar mais a criatividade; utilizo o jornal dentro da sala
de aula; debates, possibilidade de diferentes interpretações
de um assunto, produção textual, exposição oral; faço
discussões de temas a partir de imagens; utilizo a criação de
textos usando a imagem, o texto poético e a música; realizo
trabalhos em pequenos grupos e discussão coletiva.
Pré-teste: falo sobre experiências profissionais; modifico o
conteúdo da aula, faço adaptações; utilizo jogos, dinâmicas,
vídeos; procuro trazer exemplos da vida, do dia a dia; utilizo
blogs e situações problemas referentes ao comportamento do
mercado; utilizo reflexões com imagens e músicas; utilização
de dinâmicas (4); planejo atividades práticas com a resolução
de problemas; confecção de materiais para a prática; utilizo
trabalhos em grupo e abordo temas atuais; trabalho com a
execução de projetos; utilizo cruzadas, mapas, códigos;
utilizo oficinas de leitura; montagem e execução de uma peça
teatral com os alunos; trabalho a produção de texto com
imagens.
Grupo
Controle
Pós-teste: debatemos temas atuais e que os alunos tenham
interesse; utilizo várias imagens e jornais para a elaboração
de textos e reflexões; utilizo filmes, cine, fóruns, trabalho em
grupo e debates; diversifico com dinâmicas (3); incentivo a
pesquisa; trago os exemplos do cotidiano, da atualidade para
a sala de aula; faço atividades práticas utilizando a resolução
de problemas; uso peça de teatro; trago os problemas atuais
para a sala de aula para a resolução.
Pré-teste: Usar simultaneamente materiais de multimídia e
escrever no quadro aspectos relevantes sobre a temática que
está sendo desenvolvida; usar materiais diferentes,
diversificando a maneira de ensinar.
Grupo
Experimental
Pós-teste: 0
Pré-teste: utilizo a tecnologia de modo adequado; diversifico
os recursos utilizados em aula (3); utilização das tecnologias
da informação e comunicação (aulas em laboratório de
informática); procuro diversificar os recursos e materiais
utilizados na aula para não ficar monótono.
5. Recursos
diversificados
para a
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: utilizo sempre que possível os recursos
disponíveis para motivar os alunos; saber distinguir a
necessidade de utilização da tecnologia; diversifico os
recursos utilizados (2) minha proposta para experiências
criativas é sempre ter materiais disponibilizados, pois hoje em
dia há muitas facilidades e recursos maravilhosos; utilização
das tecnologias da informação e comunicação (aulas em
laboratório de informática); crio experiências diversificadas
utilizando os recursos existentes e disponíveis; aproveito dos
283
recursos para favorecer experiências diferentes, atuais e
facilitadas.
(ESTUDANTES)
Questão 5 – O que é criatividade em sala de aula?
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: unir o que se está aprendendo com fatos e
exemplos cotidianos; é adaptar a aula ao jeito da turma; é a
diversidade de métodos utilizados pelo professore a relação
que ele faz com a vida; é buscar construir conceitos e
aprimoramentos de conhecimento que sirvam para fazer
relações com o dia a dia; ter ideias novas do que é feito e
saber adaptá-las à realidade dos alunos; quando se leva o
conhecimento além da sala de aula.
Grupo
Experimental
Pós–teste: é você saber o que está estudando e o porquê
está estudando; capacidade de ter ideias; desenvolvê-las em
sala e, usá-las no dia a dia; fazer comparações deixando os
assuntos mais claros e discuti-los para chegar a resoluções;
é ter a capacidade de colocar em prática e teoria na realidade
que nos cerca; processo de elaboração de ideias e práticas
para o desenvolvimento da atividade ligadas ao dia a dia do
aluno; uma interação maior do conteúdo e o cotidiano;
quando se leva o conhecimento além da sala de aula; é levar
em consideração a bagagem que o aluno já tem de suas
fases da vida e estudo.
Pré–teste: diz respeito a ser claro com os objetivos, mas
aceitar a realidade do aluno como contribuição; é ter a
capacidade de colocar em prática e teoria, respeitando o
conhecimento prévio do aluno; ter atividades práticas com
resolução de problemas envolvendo a realidade do aluno;
aula com maior rendimento, mais pesquisa, mas levando em
consideração a realidade do aluno; adaptar o conteúdo à
nossa realidade.
1. Adaptar o
conteúdo a
realidade do
aluno
Grupo
Controle
Pós-teste: fazer todos participarem aceitando a realidade do
aluno, fazendo uma adaptação se for necessário; dedicação
com desejo de adquirir conhecimento, sem ter medo de errar,
acolhendo e aproveitando o que o aluno tem de bom; é atingir
os objetivos com diferentes metodologias, fazendo com que
todos entendam, sem descartar a realidade do aluno;
adaptando o conteúdo à realidade do aluno; respeitar o
conhecimento que o aluno traz de experiências vividas e até
adaptá-las aos conteúdos; adaptação do conteúdo e da aula
ao contexto do aluno; é ensinar e ao mesmo tempo ter a
capacidade de aproveitar o que o aluno traz.
2. Capacidade
de lidar com
situações
problemas
Grupo
Experimental
Pré-teste: é a capacidade de resolver problemas (3);
desenvolver novos processos para a propagação do
conhecimento a fim de resolver problemas; é encontrar novos
caminhos para a resolução de problemas; criar algo de um
assunto falado em sala de aula, que contribua para resolver
questões complexas; é saber falar e agir na hora certa para
resolver dificuldades; é tudo que complementa o assunto de
maneira mais dinâmica, problematizando, interagindo com
outros colegas; é usar a capacidade criadora, desenvolver
ideias e processos para lidar com problemas; saber
improvisar (3); é saber aproveitar cada objeto da sala para a
aula para resolução de problemas (3); investir na resolução
de problemas; quando o professor utiliza a matéria para
ensinar a resolver problemas; é a capacidade de resolver
situações difíceis sem perder o rebolado; possibilidade de ser
assertivo; propor matérias e conteúdos por meio de situações
284
problemas quando se oferece a oportunidade de resolver
situações complexas; tratar os conteúdos com a técnica de
resolução de problemas (2); despertar a capacidade de
resolver problemas que todo ser humano tem; saber lidar
com situações difíceis e complicadas na sala de aula (2);
desenvolver atividades com a resolução de problemas e
jogos interessantes.
Pós-teste: é uma intervenção diferenciada, onde professor e
aluno são agentes no processo de ensino para resolver
problemas; adaptar-se a situações problema que nos
apresentam e saber lidar com elas aproveitando para ensinar
(3); é o ato de pensar situações novas e resolver problemas;
é saber improvisar se for necessário; é ter a capacidade de
colocar em prática e teoria na resolução de problemas; ter
atividades práticas com resolução de problemas (2); saber
conciliar conhecimento e incitações para o estudo, sair da
rotina e resolver problemas; problematizar o tema fazendo
outras considerações; estar preparado para todos os
imprevistos que possam acontecer a resolvê-los da melhor
forma (2); é a capacidade que o aluno e o professor tem de
lidar juntos com situações problema, proporcionando
aprendizagem com situações complexas; conseguir
desenvolver determinado tema com as informações acerca
do mesmo e problematizá-lo; é lidar com situações problema
(3); propor alternativas com exercícios complexos de
resolução desafiadora; saber conciliar teoria e situações
problema (2); ter habilidade para lidar com imprevistos (3);
problematizar e resolver temas e exercícios.
Grupo
Controle
Pré-teste: é saber lidar com situações problema (5); resolver
questões difíceis e complexas; lidar com situações
inesperadas (4); saber lidar com conflitos e diferenças; saber
resolver problemas e motivar para essa aprendizagem;
educar para a resolução de problemas (3); saber usar de
acontecimentos inesperados e fazer disso uma ótima aula;
usar da aprendizagem por meio da resolução de problemas;
desenvolver uma didática com a resolução de problemas;
lidar com situações conflitantes e saber tirar disso proveito
para a aula.
Pós-teste: é saber lidar com situações problema (6); propor
alternativas quando situações problema; saber aproveitar
das situações inesperadas (4); ter atividades que
contemplem a resolução de problemas (2); saber usar do
improvável, do impossível, dos problemas para dar uma boa
aula; resolver problemas sem estresse; saber lidar com
situações de risco.
3. Criar um
ambiente
motivacional
Pré-teste: é sair do ritmo padrão e se basear em aulas que
chamem a atenção; quando se busca maneiras de tornar a
aula mais interessante; é uma forma de inovar, criar algo
novo, inventar para chamar nossa atenção; é uma aula com a
participação dos alunos; quando minha sugestão é aceita;
possibilidade e liberdade de criação individual a partir do
método didático do professor; utilização de eventos atuais
para ilustrar as explicações e assim ficar mais atrativo; mudar
o tipo de aula e tentar prender o aluno de formas diferentes e
interessantes; é desenvolver descontração e entretenimento
entre os alunos; é estar em sintonia com a sala, fazendo com
que as aulas não se tornem monótonas ter sempre ideias
285
Grupo
Experimental
inovadoras para que os al
unos estejam motivados; ter
dinamismo tanto no professor quanto nos alunos de forma
que a aula fique menos cansativa; capacidade de passar
informação de uma forma dinâmica, não de forma maçante; é
algo interessante que chama a atenção do aluno sem anular
o objetivo da aula; é fazer uma aula prazerosa e alegre; é
tornar uma aula especial para que o aluno aprenda e tenha
vontade de caminhar; é quando se detêm a atenção dos
alunos; é ir além das expectativas do dia a dia e ensinar de
uma forma mais descontraída; é um jeito de ensinar de um
modo não corriqueiro e o trivial; é manter a aula interativa,
interessante e divertida; criar materiais diferentes e atrativos
para tratar dos conteúdos, mais divertidos pata atrair a
atenção; despertar o interesse dos alunos; quando a aula
surpreende o aluno; é prender a atenção do aluno; ensinar
de uma maneira descontraída; maneiras de tornar o curso e
o dia a dia mais interessante; uma aula com interação entre
os alunos e professores; é minha idéia e resposta às
perguntas do professor; é montar a aula de diferentes
maneiras, bem preparada, bem montada, ser carismático; é
deixarem os alunos interessados; ter ideias únicas e mostrar
através de participação e discussão em aula; possibilidade
de criar novos sentidos, para o que se aprende a partir do
interesse; é despertar o interesse no aluno; é não ser
monótono e fazer com que o aluno aprenda; é não entediar o
aluno com a maneira de ensinar; é saber motivar o aluno,
mas talvez precise sair do ambiente universitário; transmitir o
conteúdo de forma totalmente diferente e atraindo a atenção
dos alunos; tornar a aula mais atrativa e interessante por
meio de recursos tecnológicos e pedagógicos; o prof.
Conseguir uma boa relação com os alunos e passar o
conteúdo de modo alternativo; é ser original; quando você
expressa suas vontades, desejos e coloca tudo no trabalho,
fazendo o que gosta; quando o professor prepara a aulas e
tem a atenção dos alunos; é quando o professor consegue
chamar a atenção; saber fazer com que aula seja atrativa e
interativa;uma boa relação entre professor e aluno,
propiciando o aprender com gosto.
Pós-teste: tudo o que torna a aula mais divertida, mais
participativa, sair da rotina; quando o professor incentiva o
aluno ao questionamento e a participação; e a prática livre de
expressar ideias e valorizar a criatividade; desenvolver uma
aula dinâmica com a interação do professor e aluno; tornar a
aula interessante, dinâmica e proveitosa; transformar as
atitudes convencionais em dinâmicas, capaz de entreter e
ensinar; é desenvolver a aula de uma maneira interessante e
diferente, que desperta a vontade de aprender; é dar uma
aula em que o aluno se interesse em aprender, atrativa; é
expor o pensamento e ideias de ambos; promovendo
vontade de pensar e participar da aula; propiciar
oportunidade de participação e interação; aceitar as ideias
dos alunos e sua experiência; é a interação produtiva entre
professor e aluno; fazer com que o aluno goste e se interesse
pelo assunto dado em sala (3); utilizando formas de tornar o
conteúdo mais atrativo aos alunos; é tornar a aula mais
dinâmica, interessante e construtiva para que o aluno
entenda o conteúdo; é fazer com que aula seja dinâmica e
286
participativa; é o professor ser dinâmico, realizado e feliz e
deixar que nós alunos participemos com nossas opiniões e
ideias; abordar conteúdos de forma dinâmica e favorecer a
participação dos alunos; é uma forma mais atraente e
interessante, com qualidade usada pelo professor para
ensinar; é uma forma de participar e opinar nos diversos
temas e estimulo para conhecer o mundo que nos cerca; é
permitir que aluno participe dando sua opinião e estimular a
curiosidade dos alunos; buscar novidade, mudar o ambiente,
interagir com os alunos; é quando o professor tem a
capacidade de envolver o aluno pelo interesse criando
novos métodos de aula; é tentar fazer com que todos
participem da aula de alguma maneira; É quando a aula
possibilita a interação do aluno (3); é deixar expor as ideias;
é transmitir o conteúdo de forma dinâmica, prendendo a
atenção e fugindo dos métodos tradicionais; o professor
passar o conteúdo estimulando o interesse; é lecionar com
alegria sempre buscando a atenção do aluno; não deixar a
aula cair na rotina; fazendo com que o aluno se interesse;
ambiente amigável.
Grupo
Controle
Pré-teste: aulas com interação entre professor e aluno (3); é
ser motivador; onde o aluno pode expressar suas emoções;
o professor produzir a sala com emoção; o professor
conduzir a sala com motivação; é ter entusiasmos pelo que
faz; é a que prende a atenção do aluno; é a que foge do
corriqueiro; usa artifícios que deixam a aula mais
interessante; é saber entreter os alunos com dinâmicas
interessantes; é interagir; é criar novos meios de interação e
participação; desenvolver atividades de forma interessante e
inovadora; é a interação entre professor e aluno de forma
descontraída e informal; professor permitindo a participação
do aluno (3); é uma aula dinâmica e interessante; é segurar
a atenção dos alunos; é cativar o aluno e incentiva-lo a
desenvolver interesse pelo assunto; quando o professor
prende a atenção; é ser participativo e transmitir o conteúdo
de uma maneira divertida, amigável e dialogada; tornar o
assunto dinâmico e interessante; é o professor deixar o
ambiente interessante e inovar; usar meios para chamar a
atenção do aluno fugindo dos métodos tradicionais;
estimulando a participação; quando participação dos
alunos na aulas (6); é a liberdade que todo aluno tem de se
expressar e desenvolver suas capacidades cognitivas,
imaginação, originalidade...; saber prender a atenção do
aluno, cativá-lo, enfim, fazer com que o ensino se torne algo
atrativo; é deixar o aluno expor suas ideias e opiniões e
construírem o conhecimento juntos; quando o professor
ensina de forma divertida que prenda a atenção dos alunos;
quando a aula é dinâmica e participativa; aulas que
estimulem os alunos a participarem com entusiasmo; é
inovar a forma que faça com que os alunos se interessem
pela aula e prestem atenção; é estabelecer dinâmica e
interação com os alunos; é um espaço onde ele pode
expressar ideias e inovar; uma forma de deixar a aula
diferente mais proveitosa e mais rendimento; uma aula em
que o professor é mediador, não tem tudo pronto, constrói
287
com os alunos; é fazer com que aula seja interativa, capaz
de prender atenção dos alunos; propor algo chamativo que
desperte a atenção e o interesse; aulas participativas; é o
diálogo e a comunicação produtiva entre professor e aluno;
fazer com que o aluno goste e se interesse pelo conteúdo; é
tornar a aula mais dinâmica, interessante e construtiva para
que o aluno entenda o conteúdo; é o dinamismo do professor
e a interação de ambas as partes; é fazer com que aula seja
participativa; é tornar o conteúdo a ser apresentado algo
interessante; é saber abrir a cabeça, dividir conhecimentos,
ser dinâmico, saber brincar sem magoar, fazer todos
participarem; tudo que é feito para tornar a aula mais
interessante, facilitar o entendimento e prender a atenção do
aluno; saber inventar, estimular, criar, e ao mesmo tempo
transmitir conhecimento de um jeito agradável; é fazer algo
que não seja convencional; ter dinamismo capaz atrair a
atenção dos alunos (4); dar aula diferente, que cative o
aluno, que encante, que motive; ter espaço para a
participação de todos e troca de ideias mesmo que estas
sejam diferentes; é uma jeito que desperta a atenção dos
alunos; é comunicação, participação, mais dedicação com
desejo de adquirir conhecimento, sem ter medo de errar,
interagirem; é criar um ambiente amistoso onde professor e
aluno possam criar juntos situações de aprendizagem;
capacidade de mostrar o algo atrativo do estudo; é uma aula
dinâmica e diferente; deixar que o aluno participe; quando se
aceita ideias, sugestões, palpites para tornar a aula mais
agradável; quando tem lugar para perguntas,
questionamentos e dúvidas; quando há um jeito de interagir e
propor ideias; quando o professor respeita as opiniões dos
alunos; é um lugar de liberdade e participação.
Pós-teste: É tornar a aula mais interessante; sair do
convencional; tornar a aula mais interessante e produtiva;
mudar a rotina da aula para que não seja cansativa e se
tornem interessante; é fazer o aluno prestar atenção de
modo dinâmico; é contribuir com a participação gerando uma
dinâmica sobre o assunto; tornar a aula dinâmica com
sentido para a vida; é saber entreter os ouvintes; é chamar a
atenção contextualizando o assunto; despertar o interesse
nos alunos (4); estimular a curiosidade do querer aprender;
permitir a liberdade de expressão de cada um; interação e
troca de conhecimento; é uma aula interativa (3); é fazer com
que aula seja envolvente; promover a interação e
participação; é trazer atividades que estimulem o aluno a
aprender; passar o conteúdo de forma dinâmica, prática e
interessante; passar o conteúdo de forma que prenda a
atenção do aluno; e uma aula envolvente em seu conteúdo e
contexto; entrosamento entre professor e aluno; preparação
em conjunto do conteúdo de forma dinâmica para despertar o
interesse; despertar a motivação nos alunos (3); é ter
dinamismo e entusiasmo; aceitação da opinião do aluno;
levar métodos diferentes e interessante para a sala de aula;
é quando o professor tem bom humor e sabe brincar.
288
4. Usar novas
estratégias
para ensinar
Grupo
Experimental
Pré-teste: usar um método descontraído e divertido; é sair
da mesmice e usar outras metodologias; quando se utiliza
filmes, oficinas, dinâmicas para a melhoria do ensino; é
fazer com que o aluno aprenda de uma maneira diferente;
fazer atividades diferentes do habitual; onde buscamos
diversas técnicas para o desenvolvimento profissional; é ter
meios alternativos que auxilie o processo ensino
aprendizagem; é a diversidade de métodos utilizados pelo
professor; é uma aula dinâmica em grupo; é a maneira que
o professor se comporta e leciona o conteúdo; na minha
opinião é a utilização de métodos diferentes dos habituais; é
usar várias formas para passar o conteúdo; é mudar a forma
de dar aula, fazer diferente variar na metodologia; trabalhar
de diferentes maneiras; é estar inovando os métodos
utilizados, para apresentar o conteúdo; é uma forma
diferente tanto na forma da elaboração da aula como na
atividade do aluno; é o aprimoramento na didática de ensino
onde foge do padrão; trabalhar seminários e com temas
modernos; é inovar e realizar atividades diferentes; é dar
aula de forma dinâmica e inovadora, diversificando o
método; intertextualidade; ter aulas diferentes, com novos
métodos; diversificar na metodologia (4); debater com o
professor e assim ter ideias para novas atividades; é ter
meios alternativos que auxilie o processo ensino
aprendizagem; é uma forma de inovar, criar algo novo para
ensinar; é ensinar de uma maneira simples e diferente; ter
capacidade de inovar em sala com o jeito de dar aula; é
diversificar a metodologia apresentada; usar mais trabalhos
em grupo, dinâmicas, diálogos; adquirir novas formas de
aulas com novas técnicas, novas experiências para prender
a atenção; é inovar formas de aprender e ensinar; é inovar a
forma de passar o conteúdo para os alunos; buscar novas
formas de aprendizagem (3); é elaborar conteúdos de uma
forma inovadora envolvendo tanto professor como alunos; é
não usar slides; é saber expor o conteúdo em prática de
forma clara e objetiva; utilizar novas estratégias para
ensinar; usar técnicas diferenciadas para ensinar; utilizar de
dinâmicas, filmes, teatros, músicas e jogos na sala de aula;
diversificar na maneira de dar aula, utilizando novas formas
de abordar o conteúdo; buscar maneiras diferentes de
explicar a matéria que seja didática e acessível; construir
diferentes tipos de aula para conseguir os objetivos; utilizar
metodologias diferenciadas e atuais na prática de sala de
aula; utilização de debates, músicas e filmes; usar
estratégias diversificadas para sair da monotonia; é usar o
diferencial de novas maneiras de ensinar; é apresentar o
conteúdo de maneiras novas e legais; diversificando no
método e no jeito de ensinar.
289
Pós-teste: expor o conteúdo de forma inovadora e
diferente; usar novas metodologias (6); utilizar métodos
diferentes para facilitar o entendimento do aluno; é passar
o conteúdo de forma diferente; realizar dinâmicas e sair do
convencional, professor fala, aluno escuta e apresenta
resultados; quando o professor se desprende dos métodos
tradicionais e usa outros meios para ensinar; é inovar, sair
da rotina, ir além das expectativas dos alunos, com a
prática; é realizar a aula de uma forma alternativa,
utilizando meios que consiga atingir o aprendizado; são
abordagens alternativas para potencializar a aprendizagem
do aluno; nova perspectiva de apresentação do conteúdo
com modelos que fogem do tradicional; é fazer novas
descobertas, desenvolver algo novo, ensinar de maneira
original, única; diversidade de atividades, usar o lúdico;
incentivar trabalhos e discussões em grupo sobre temas
atuais; uma forma inovadora de apresentação do
conteúdo; utilização de aulas temáticas; quando o
professor consegue transmitir o conteúdo de forma
dinâmica e diferente; utilizar métodos diferentes para
facilitar a aprendizagem do aluno (4); é ensinar de forma
diferente utilizando meios diversificados para que seja
interessante aos alunos; utilização de métodos diferentes
dos tradicionais para a transmissão do conhecimento;
dinamizar ideias e práticas em favor dos alunos; é sair da
metodologia rotineira e usufluir de ideias para melhor
aprendizagem; onde o professor implementa técnicas que
permitem aos alunos participarem e colaborarem; inovar,
encontrar novas maneiras de se fazer coisas e ensinar; é
não ser teórico, é trazer novas ideias e práticas; é trabalhar
com metodologias diferenciadas que sejam dinamizadas e
capaz de abranger os conteúdos; é atingir os objetivos
com diferentes metodologias, fazendo com que todos
participem e entendam; é utilizar diferentes formas para
ensinar de um jeito dinâmico (3); buscar novas alternativas
na forma de ensinar para despertar o interesse; é a
oportunidade de criar através dos trabalhos e exercícios.
Grupo
Controle
Pré-teste: usar métodos não convencionais; criar,
organizar e transmitir conteúdos de formas diferentes; usar
novas metodologias (7); ser dinâmico e inventar novas
práticas pedagógicas; é desenvolver métodos e
habilidades desconhecidas; usar dinâmicas para facilitar o
aprendizado; é possibilitar novos meios de aprendizado;
métodos diferentes; é o modo diferenciado de como o
professor transmite o conteúdo; usar todos os meios para
proporcionar o aprendizado; debater temas atuais;
desenvolver a aula de um jeito diferente (4); transmitir os
conteúdos de maneira diferente facilitando o aprendizado;
é criar situações, contextualizações e interdisciplinaridade;
é a transmissão do conteúdo de forma didática;
diversidade de métodos e atividades (3); usar
metodologias que facilitem o entendimento dadisciplina:
usar formas diferentes de atuar; ter ideias de como ensinar
o conteúdo; é o uso de uma didática diferente; usar formas
290
Pós-teste: É questionar o conteúdo e ir além com as formas
de explicá-lo; é trazer para a sala de aula meios diferentes de
abordar o conteúdo; é a construção de um conhecimento
diferente remetendo a uma nova visão por meio do método
de ensino; aulas expositivas e dinâmicas; buscar outros
métodos de ensino tornado o conteúdo mais simples e de
fácil entendimento; aulas diferenciadas fazendo o aluno
pensar e criar; trazer novas atividades; trazer novos métodos;
é o uso de diversas metodologias (5); sair da rotina, levar os
alunos na biblioteca, usar músicas, passeios; tudo que fuja
de uma metodologia tradicional; passar o conteúdo de uma
forma contextualizada; sair da resposta comum e tradicional
e ir além na metodologia; é transmitir conhecimento de forma
diversificada nas aulas; diversificar a forma de dar aula (3);
utilizar novos métodos como por exemplo: seminários, teatro,
músicas e poesias; mudar a rotina, criando meio alternativo e
novos de ensinar; é ser ativo nas estratégias de ensino;
qualquer ação na prática que não seja convencional; saber
criar alguma coisa e saber passar esse conhecimento de
diversas maneiras; é saber adequar os meios para ensinar
de modo diferente e atual; maneiras diferentes de passar o
conteúdo; é quando o professor prepara sua aula com
diversos momentos; é diversificar nas atividades (4); é buscar
novos meios para explicar e tirar dúvidas; é organizar e
preparar os conteúdos de uma maneira dinâmica; é usar
músicas e outras atividades interessantes; é reinventar a
própria prática; é desenvolver estratégias diferentes (2); é
aplicar formas não costumeiras de ensino, mas aplicar uma
didática nova e envolvente; modo diferenciado que o
professor ensina (3); debater temas propostos com exemplos
do dia a dia; proporcionar momentos de discussão de temas
que sejam atuais; estar aberto a novos métodos de ensino;
inovações em métodos de aprendizagem.
5. Utilizar
diversos
recursos
Grupo
Experimental
Pré-teste: é uma aula onde se que utiliza diversos recursos;
uma aula com diversos materiais; é usar outros recursos para
dar aulas e não só giz, lousa e livro; trabalhar com materiais
disponíveis; trabalhar com diferentes materiais; é a utilização
de materiais didáticos alternativos que prendam a atenção;
passar o conteúdo com diversos recursos para não ficar
monótono; usar diferentes recursos; usar e abusar dos
recursos; é inovação fugindo da mesmice, utilizando recursos
tecnológicos e humanos; é o professor envolver o aluno no
assunto, usando recursos didáticos diferentes; são recursos
que facilitam a aprendizagem; utilização de diversos recursos
e materiais para que o aluno preste atenção; diversificar nos
materiais e recursos.
291
Questão 6 – É possível ser criativo em sala de aula - justificativa
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: é necessário que o aluno esteja envolvido no
assunto e tenha interesse pessoal; depende da colaboração
do aluno (4); quando o aluno tem a possibilidade de propor
ideias para as aulas; os alunos estão acostumados com aulas
tradicionais, eles mesmos não gostam muito de mudanças ou
coisas diferentes.
Grupo
Experimental
Pós–teste: o próprio aluno se costuma com o corriqueiro e
não se importa com a criatividade; depende da participação e
motivação do aluno; se o aluno interagir e participar na aula
fica mais dinâmica; depende da colaboração do aluno (3);
tudo vai depender das disposições e aceitação do aluno.
Pré–teste: é preciso que o aluno se interesse; quando o
professor traz algo diferente é primordial que os alunos se
interessem e valorizem; dependa da participação dos alunos
(2); o envolvimento do aluno é importante; depende da
colaboração do aluno (3).
Pós-teste: utilizar materiais diferentes para facilitar o
entendimento do aluno; é fazer-se e utilizar-se de recursos
para tornar a aula mais atrativa e passar o conteúdo
necessário; usar recursos disponíveis para melhorar a aula; é
ser claro e usar recursos diversos; utilizar materiais diferentes
para facilitar a aprendizagem do aluno; é o uso de diversos
artifícios para tornar o ambiente mais atrativo e instigante; é
usar imagens e recursos; utilizar materiais diferentes para
facilitar o entendimento do aluno; quando o professor outros
recursos para ensinar; é utilizar recursos para transformar
uma aula de forma agradável de aprendizado; trabalhar de
forma dinâmica qualquer conteúdo por meio de diversos
materiais.
Grupo
Controle
Pré-teste: é o professor sempre inovando com materiais;
utilização de novos recursos; é usar recursos para a rápida
apreensão do conteúdo; utilização de recursos variados (5); é
inovar utilizando recursos tecnológicos; transmitir conteúdo
de forma didática usando recursos; para uma aula criativa a
diversidade de materiais é importante; usar recursos para
chamar a atenção do aluno; utilizar dos recursos disponíveis
para passar o conteúdo; fazer uso dos recursos além dos que
são oferecidos pela instituição, despertando a curiosidade do
aluno; qualquer uso de instrumentos não convencionais;
saber utilizar bem os materiais para ensinar; utilização
diferenciada de recursos nas aulas.
Pós-teste: é utilizar diversos materiais para deixar a aula
mais atrativa; saber usar das novas tecnologias para criar
algo novo; usar dos recursos disponíveis para dar uma aula
didática; diversidade de recursos (7); saber utilizar recursos
para melhorar o desempenho na aula; quando variedade
na utilização dos recursos; usar recursos didáticos; usar e
abusar dos recursos; aproveitar os materiais e recursos; a
utilização de tecnológicos (3); adoção de recursos e materiais
diferentes nas aulas; a variedade de recursos nas aulas pode
ser uma alternativa para ser criativo; utilizar recursos
criativos.
292
Grupo
Controle
Pós-teste: é possível desde que o aluno se sinta vontade
para isso; depende muito da colaboração do aluno (3); é
possível se o aluno estiver disposto a colaborar e participar
da aula e das atividades; o aluno não aceita muito essa
questão da criatividade, ele acha que é tempo perdido; no
meu ponto de vista a criatividade acontece sempre que o
aluno se predispõe a participar com ânimo das atividades
preparadas, ás vezes o professor prepara sua aula e o aluno
não es nem aí, isso dificulta a vontade do professor ser
criativo; o nosso aluno é trabalhador, ele não quer saber de
criatividade, ele quer nota a diploma; 2 depende do valor que
o aluno dá para atividades diferenciadas; se o aluno participar
é possível, pois tudo gira em torno do aluno, nosso cliente.
Pré-teste: tanto o professor quanto o aluno podem tornar a
aula criativa com suas experncias de vida; a partir do
momento que você participa com pesquisas e suas
experiências e o professor aceita; quando interação com o
professor e alunos; muitas vezes o interesse pelo curso
e muito menos criatividade por parte dos alunos e dos
professores também; com o interesse do professor e a
colaboração do aluno sim (3); desde que haja cooperação
dos alunos e vontade do professor (2); depende da
colaboração do aluno e da aula do professor; infelizmente
ainda temos professores antiquados dando aula e alunos
desinteressados; quando a turma e o professor permitem;
está relacionada a colaboração do aluno e a vontade do
professor;quando fazemos perguntas diferentes e originais e
o professor prende a atenção dos alunos com as respostas.
2. Depende do
aluno e do
professor
Grupo
Experimental
Pós-teste: basta que o professor e alunos estejam motivados
e cheguem a um consenso; acredito que é impossível ser
criativos 100 % mas em alguns casos isso não é impossível, o
professor e alunos devem ser abertos; depende da
disponibilidade do docente e dos discentes; é necessário
vontade do professor e aceitação do aluno; quando
motivação e interesse de ambas as partes; quando há
interação entre aluno e professor (3); depende do interesse
do professor em ensinar e dos alunos de aprender; quando o
professor tenta envolver o aluno e esse se deixa envolver;
depende muito da aula, do professor, do aluno; depende dos
alunos e do professor (4); só ter um bom relacionamento
entre os alunos e professores (3); quando o professor se
dispõe e os alunos também é possível; ser criativo fica ligado
a ser dinâmico e propor algo diferente por parte do professor
e estar motivado e corresponder a aula por parte do aluno.
293
Pré-teste: é possível, porém nem sempre acontece, para isso
é necessário a motivação do aluno e do professor; sabendo
aproveitar cada situação criada tanto pelo professor quanto
pelo aluno; as vezes, quando o professor diversifica e o aluno
colabora; ás vezes, pois matérias complicadas de ensinar,
pois são complexas; depende da motivação do aluno e do
professor (3); é possível quando um acordo entre
professor e aluno de fazer as coisas da melhor maneira
possível, cada qual fazendo sua parte; depende muito das
disposições dos estudantes e dos professores; o ponto chave
de tudo isso são o professor e o aluno; tudo é possível, basta
vontade, esforço, entusiasmo e cada um assumir a parte que
lhe cabe; é necessário que o professor queira e o aluno
colabore; depende muito da colaboração do aluno e do
professor (2); sim, se o aluno for interessado e o professor
animado, motivado; deve haver uma interação das partes
envolvidas no processo de ensino: professor e aluno com
objetivos comuns.
Grupo
Controle
Pós-teste: é possível quando professor e aluno se sentem
responsáveis pela aprendizagem e crescimento mútuo;
depende da colaboração do aluno e do professor (3); é difícil
acontecer essa possibilidade de criatividade, pois depende da
vontade e tempo do professor e da vontade e motivação dos
alunos; o ser criativo em sala de aula tem a ver com a postura
do professor e do aluno; vai depender da valorização que o
aluno e o professor dão para essa temática; é possível se o
professor tiver consciência da importância da criatividade em
sala e o aluno comprar essa idéia; penso que é importante
destacar neste contexto a contribuição do professor e do
aluno para que essa possibilidade seja de fato alcançada;
depende do aluno e do professor (2); é possível sim, basta
vontade do professor e do aluno em serem criativos; sim,
claro, se o professor e o aluno quiserem, não tem tempo ruim;
basta que a galera aceite e assuma isso como prioridade e o
profe também; vai depende um pouco das condições,
sobretudo do perfil do professor e da aceitação do aluno;
creio que professor e aluno são importantes para que isso
aconteça; sim, basta que o professor queira e os alunos
queiram colaborar com as atividades.
3. Depende do
conteúdo
Grupo
Experimental
Pré-teste: Certos assuntos e temas exigem certa seriedade;
existem conteúdos difíceis de ser trabalhados de uma forma
dinâmica; alguns assuntos devem ser tratados de forma
sistemática; alguns temas é necessário mais teoria que
criatividade; nem todos os conteúdos permitem o uso da
criatividade; para apresentar de muitas formas a
criatividade; quando se tem o domínio do assunto pode se
ensinar de qualquer forma; cada tema possibilita o uso da
criatividade, pois são temas diferentes;todo conteúdo dá a
oportunidade de motivar a foram de apresentação, saindo dos
padrões; é possível, porém tem conteúdos que não para
trabalhar de forma criativa; desde que existe conteúdo
relevante; nem sempre é possível devido ao conteúdo da
matéria que o permite liberdade; nem sempre é possível
depende da matéria; é buscar novidades em um
determinado assunto.
294
Pós-teste: quando o tema que estamos estudando esteja
ajudando no desenvolvimento da aula; utilizando temas e
assuntos do cotidiano; na aula de cálculos fica difícil; ás
vezes o conteúdo e muito teórico e não como fazê-lo de
uma forma diferente; fazendo uma relação com os conteúdos
sim; dependendo do assunto não dá; chamar a atenção do
aluno com o tema a ser tratado é importante; devido a
tecnicidade de algumas disciplinas, nem sempre é possível
apresentar assuntos de modos diferenciados.
Pré-teste: nem sempre é possível, dependendo do assunto;
utilizar vídeos, músicas e outros materiais didáticos
interagindo como aluno para que ele sinta-se motivado, nem
sempre ajuda a dar conta do conteúdo; as vezes, pois nem
todos os conteúdos aceitam modos diferentes e explicação;
depende do assunto (4); tem conteúdos muito sérios não
para usar a criatividade; depende muito do conteúdo, ás
vezes é pesado; alguns conteúdos são muito técnicos
dificultando o uso da criatividade; dependendo do conteúdo
não (3); há conteúdos difíceis que exigem muito, penso
que não seja possível sair muito da rotina; tem temas legais
de trabalhar mas tem outros que são complicados, para esses
não para se distrair com técnicas criativas; os professores
dão um duro danado para dar conta do conteúdo, se tiver
que ser criativo já era; é difícil ser criativo, por causa de
alguns conteúdos.
Grupo
Controle
Pós-teste: dependendo do conteúdo não é possível (3);
como respondi tem assuntos muito técnicos não para
ser criativo; para ser criativo quando o conteúdo é mais
ligth; tem conteúdos que não para tentar mudar muito o
esquema; para mim depende muito do conteúdo a ser
abordado; depende do momento e do assunto; depende do
assunto (2); tem muitas coisas que influenciam essa
possibilidade,uma delas é o conteúdo a ser abordado;
depende muito do tema a ser discutido; vai depender do olhar
de quem está a frente se é possível lidar com conteúdos
complexos de maneira criativa; depende do assunto, tema,
conteúdo e tempo; depende da tecnicidade e complexidade
do conteúdo.
295
Pré-teste: através da metodologia de trabalho em sala de
aula; é sempre possível buscar alternativas para uma aula
criativa; é possível realizar uma didática diferente em cada
tema estudado; não ficando apenas em leitura, mas em
atividades que complementem o estudo; desde que passe a
vivencia, a prática; desde que aja uma preparação e novas
formas de metodologia abordada; as vezes o conteúdo é
muito teórico e não como fa-lo de forma diferente;
fazendo uma aula especial que o aluno aprenda com
dinâmicas; criando aulas estimulantes, dinâmicas e
interessantes, diversificadas; elaborar estratégias criativas
para trabalhar o conteúdo; usando dinâmicas fazendo com
que os alunos interajam entre si, proporcionando uma aula
agradável; buscando fontes e meios diferenciados de
aprendizagem; usando técnicas e métodos diferentes;
evitando monotonia em sala e criando um ambiente
agradável; utilizando uma didática o convencional e
atraindo a atenção do aluno; utilizando dinâmicas durante a
aula (3); a matéria pode ser dada em forma de debates,
filmes, trabalhos em grupo; quando o tipo de aula permite; é
possível criar qualquer coisa em qualquer lugar; usando
estratégias e recursos se atualizando e explicando na sala; a
criatividade está presente em todos os lugares, a sala de aula
é local rico para se desenvolver a criatividade, utilizando
várias metodologias; quando se passa a entender como usar
a criatividade fica fácil mudar a forma de dar aula; usar a
capacidade de interação e criação de novos modelos para
ensinar; usando várias técnicas (3); utilizando debates,
vídeos, teatro, textos; trabalhando o conteúdo de diversas
maneiras.
Grupo
Experimental
Pós-teste: sendo dinâmico e tendo objetivos claros sobre o
conteúdo; o modelo de aula pode ser realizado de muitas
maneiras; preparando a aula antes tem a possibilidade de
buscar coisas novas; diversificar e interagir com materiais;
diversificando a didática de cada aula (2); utilizando várias
formas de relacionar os temas e a aprendizagem; com as
explicações vai se construindo o senso crítico e lógico; basta
sair da rotina e explorar novas formas de passar o que você
sabe; fazer dinâmica durante a aula, sobre os temas
abordados; procurando dar uma aula dinâmica (3); é possível
ser criativo em sala, mas não em todos os momentos, pois o
tradicional sempre fica; é possível desenvolver em cada aula
conceitos novos e novas formas de ensinar; desenvolver
atividade diferentes é sempre possível; é na sala de aula que
se deve ser criativo, onde se concretiza a criatividade.
4. Depende da
metodologia
Grupo
Controle
Pré-teste: é possível, sem fugir do tema, usando mídias,
músicas tornando a aula dinâmica; é possível utilizando
meios interativos; sim, usando diversas metodologias (7);
quando se faz uso de diversas formas de ensinar (4); quando
se preparam as aulas de uma maneira dinâmica; sim, toda
vez que utilizam-se métodos diferentes para ensinar; quando
se utiliza maneiras criativas de ensinar; quando
diversidade na maneira de ensinar (3); diversificando a
didática na sala de aula; quando se relaciona o tem com
situações do cotidiano; é possível desenvolver novas formas
de ensinar; é sim possível ensinar de formas diferentes, basta
querer; todas as vezes que mudança na maneira de
ensinar acontece a criatividade; sempre que é possível mudar
o jeito de ensinar e discutir a matéria; depende da
metodologia utilizada (3).
296
Pós-teste: depende da metodologia utilizada (5); é possível e
bom diversificar as formas de ensinar e passar conteúdo;
quando o professor utiliza muitas metodologias e tenta
diferenciar seu trabalho; quando o método utilizado faz com
que todos prestem atenção na aula; mudando de vez em
quando a dinâmica de sala de aula; sendo diferente no jeito
de expor a matéria; utilizando diferentes maneiras de ensinar
(3); possibilidade quando existe diversidade de métodos;
quando se utiliza diversas estratégias (4); sempre é possível
criar novas formas de passar o conteúdo e sair da rotina; vai
depender muito de como se aula; depende de como se
valorizam as formas atuais de se ensinar e estabelecer um
diálogo pedagógico; também depende do jeito que se planeja
a aula e se atualiza nos métodos; mudando o jeito de dar
aula; procurando diversificar na didática e nos conceitos;
sendo versátil nas metodologias e práticas de ensino;
depende do jeitão, do jeito ou jeitinho de dar aula; quando se
facilita muitas maneiras de dar aula; quando se propõe
estratégias diferentes; quando se tem a capacidade de mudar
o jeito de ensinar e explicar; toda vez que se muda os
paradigmas educacionais tradicionais; quando se adapta ás
diferentes formas de ensinar.
5. Depende do
professor
Grupo
Experimental
Pré-teste: tudo que escolhemos como profissão é possível
ser criativo, ainda mais o professor que tem liberdade no seu
trabalho; basta pré-disposição do professor; a partir das
explicações é possível ser criativo; quando existe
comprometimento do docente com a educação já existe o uso
da criatividade; quando o professor aceita as ideias dos
alunos nas aulas; quando o professor consegue ligar os
temas com os demais fatos e faz o aluno participar; é
necessário que o professor conheça as características e as
preferências da sala; deve vir especialmente do professor
para que o aluno participe; depende da liberdade que o
professor para que os alunos se expressem; depende de
como se coloca as ideias em sala; desde que o professor
espaço para a participação do aluno; preparando a aula antes
o professor tem possibilidade buscar coisas novas e ser
criativo;todo professor deveria ser criativo para prender a
atenção dos alunos; desde que os professores estejam
dispostos, mas para isso é preciso amar o que faz; é possível
quando o professor tem vontade e satisfação em dar aula;
depende do professor (3); desde que o professor prepare
aulas dinâmicas e se coloque no lugar do professor; se o
professor dominar o conteúdo e usar o mutualismo; quando o
professor abre espaço para o aluno criar.
297
Pós-teste: sempre é possível, o professor pode transformar a
simples aula em ambiente estimulador e prazeroso; depende
do professor usar e expressar sua criatividade; no dia-a-dia
se esforçando para prender a atenção do aluno e deixando
que ele participe (2); usar a capacidade de interação e a
criação de novos métodos para ensinar; deixando o aluno
também expor suas ideias (2); o professor precisa ser criativo
para que as aulas sejam interessantes; os professores
fazem isso; depende do professor (4); se atualizando e
explicando bem na sala; quando nos sentimos bem acolhidos;
basta que o professor valorize cada um; desde que o
professor esteja disposto a despertar o interesse nos alunos;
abrindo espaço para a participação e o diálogo; sempre que o
professor souber lidar com situações de improviso (3);
mostrando ao aluno novas perspectivas sobre um fato
conhecido; quando o professor es bem preparado
dominando o conteúdo; motivando os alunos e mostrando
interesse pela aula; desde que o professor esteja preparado
para dar soluções nos imprevistos; se interessando pelo
aluno e criando forma diferentes para ensinar; sempre é
possível abordar assuntos de forma inovadora; é só o
professor saber equilibrar aula tradicional e aula tecnológica;
despertando o interesse nos alunos (4); despertando o bom
humor, o interesse e a vontade de estudar; quando o
professor usa uma didática não convencional e atrai a
atenção do aluno; desde que aula seja preparada com
antecedência pelo professor (2); se o professor tiver o dom de
cativar o aluno; quando o professor dá a possibilidade do
aluno criar aumenta seu desempenho; depende da abertura
do professor a da chance que ele dá para os alunos
despertarem a criatividade; é preciso que o professor estimule
a curiosidade e a criatividade dando espaço para novas
criações; quando o professor é capaz de buscar novas
opções e faz disso o melhor da sua aula; para o professor
realmente envolvido em sua prática pedagógica é possível.
Grupo
Controle
Pré-teste: esligada a vontade do professor em quebrar a
rotina da sala de aula; o professor deve inovar sempre
trazendo coisas novas em sala de aula; basta ter força de
vontade, avaliar o próprio trabalho e mudar o que não está
satisfatório; pois a aula ministrada pelo professor ajuda;
buscando maneiras de interagir com o aluno; pois só
conseguimos ser criativos se houver uma abertura por parte
do professor; se o professor aceitar ser criativo o restante é
conseqüência; depende do professor (5); o professor deve
estar seguro para ser criativo, se não, se perde; quando o
professor ama o que faz, é impossível não ser criativo; sim,
quando o professor sente paixão em lecionar; primeiro o
professor deve acreditar na criatividade como um meio de
tornar o ensino melhor e mais agradável; é o professor
comprar essa idéia e vender para nós; se o professor estiver
aberto á aulas criativas, fica mais fácil os alunos se
despertarem para a criatividade; 100% o professor tem que
querer ser criativo; a criatividade está relacionada ao
interesse do professor e sua disposição em utilizá-la; quando
o professor é criativo ele arrasta a turma e envolve em tudo,
ele é o carro chefe; acho que o professor deve estar motivado
a criar, assim também os alunos estarão motivados; quando o
professor aceita os alunos e seus trabalhos; se o professor
aceitar as ideias, expressões pessoais e jeito de cada um se
expor.
298
Pós-teste: para ser criativo em sala de aula depende da
vontade do professor; quando o professor se esforça em
preparar coisas diferentes acontece a criatividade; depende
do professor (6); o segredo da criatividade está nas mãos do
professor; se os professores forem criativos nós seremos; ser
criativo é uma questão de escolha do professor; quando o
professor realmente gosta do que faz, é criativo e contagia;
está ligada a vontade do professor; basta o professor colocá-
la em prática; quando o professor busca maneiras do aluno
participar e se sentir importante; quando interesse do
professor pelo tema; se o professor quiser é simples; tem que
ter disposições do professor para querer dar um show; se o
professor valorizar o potencial criativo, já é meio caminho
andado; depende da motivação do professor para criar e
fazer criar; depende da atualização do professor e sua
vontade de inovar.
Pré-teste: é possível, pois a tecnologia ajuda nisso; utilizando
vários recursos (4); desde que existem alguns fatores como
ambiente adequado e recursos; trabalhando com diversos
recursos e materiais; hoje temos facilidade de recursos;
fazendo uso de outros recursos; por meio de várias
ferramentas e recursos.
Grupo
Experimental
Pós-teste: trabalhando com o material disponível; utilizando
materiais diversos; principalmente com as tecnologias
disponíveis nos dia de hoje; utilizando diversos recursos (3).
Pré-teste: hoje existem inúmeras ferramentas disponíveis
para ser criativo; utilizando materiais que possam chamar a
atenção do aluno;depende dos recursos utilizados (4);
depende dos materiais disponíveis; utilizando recursos
diversificados e atuais; desde que existam recursos
adequados; desde que haja estrutura adequada, iluminada e
ventilada.
6. Depende dos
recursos
Grupo
Controle
Pós-teste: depende dos recursos utilizados (10); depende da
tecnologia disponível; depende muito dos materiais utilizados
e disponíveis; se diversidade de recursos fica muito mais
fácil ser criativo; usando e abusando dos recursos; é preciso
saber utilizar os recursos a favor da criatividade; no meu
ponto de vista tem relação com o tipo de material utilizado;
tem muito a ver com os recursos disponíveis para serem
usados de maneira a melhorar a aula; embora existem muitos
motivos para se possibilitar a criatividade, saliento os
recursos; os recursos facilitam muito a aula criativa; grande
parte dos acertos se devem aos recursos disponibilizados;
penso que os recursos fazem toda a diferença; poder utilizar
recursos diferentes é um bom começo; talvez mudar sempre
que possível os recursos utilizados.
Pré-teste: ás vezes, falta tempo para o professor preparar
melhor as aulas; falta tempo (3); o tempo da aula é curto para
fazer coisas diferenciadas.
7. Depende do
tempo
disponível
Grupo
Experimental
Pós-teste: penso que a questão de ser mais ou menos
criativo está ligada a ter tempo para usar a criatividade; o
professor não tem tempo para se dedicar mais pela jornada
de trabalho em vários lugares; falta tempo disponível (3) o
fator tempo pesa bastante nessa possibilidade; ser
tivéssemos mais tempo talvez fossemos mais criativos.
299
Pré-teste: a aprendizagem é atingida pelo método
massificador e nem sempre o professor tem tempo para ser
criativo; esporadicamente é possível, pois tem que cumprir o
cronograma estipulado pela IES; o tempo é um fator
determinante na produção criativa; para nascerem novas
ideias e novos projetos é necessário um tempo razoável.
Grupo
Controle
Pós-teste: sem sombra de dúvida é preciso tempo para
construir criativamente uma aula; o tempo disponível é
imprescindível para o processo criativo desabrochar; depende
do tempo disponível (3); a variável, tempo é importante para
que se possa despertar ideias criativas.
Pré-teste: pode se confundir criatividade com brincadeiras e
isso o dá certo; não é possível ser criativo sempre; nosso
ensino é tradicional, em massa, fica difícil ser criativo; a
tecnicidade dificulta a criatividade.
Grupo
Experimental
Pós-teste: as exigências da IES dificultam a criatividade; é
possível ter criatividade em atividades extra-classe; é difícil
ser criativo na faculdade; somos tentados a copiar e
reproduzir, é mais fácil; ser criativo pode ser mal interpretado
é complicado.
Pré-teste: às vezes é necessário seguir uma norma para
manter um padrão de disciplina fugindo um pouco da
criatividade; o mais importante é aprender a matéria que será
cobrada um dia e o perder tempo com criatividade; é difícil
ser criativo em sala de aula, pois existem o cronograma a ser
cumprido e a carga horária da disciplina nem sempre atende;
muita dificuldade para ser criativo (2); não é nada fácil ser
criativo, exige muito fosfato; ser criativo exige dedicação extra
e nem sempre é possível.
8. Dificuldade
em ser criativo
Grupo
Controle
Pós-teste: percebo que é muito difícil encontrar um espaço
para ser criativo no meio da roda viva do nosso dia a dia;
muita dificuldade em ser criativo (3) ser criativo exige uma
postura se sair do conformismo e é mais fácil ficar assim.
Pré-teste: está tudo bem, todo mundo é criativo; é
interessante perceber a necessidade da criatividade na aula;
a criatividade é um conceito importante para se ver.
Grupo
Experimental
Pós-teste: quando é possível ela é usada; ser criativo é a
coisa mais fácil que tem, em qualquer lugar e em qualquer
momento.
Pré-teste:4 ser criativo é uma questão de escolha; ser criativo
é chique; quem não é criativo hoje em dia ta fora; quero saber
a resposta dessa pergunta.
9. Conformismo
Grupo
Controle
Pós-teste: isso depende de como a pessoa está se sentindo.
300
Questão 7 – Cite 5 características da aula criativa:
Categorias
Gerais
Grupos Categorias Específicas
Pré–teste: interação (8); participação do professor (5);
participação do aluno (7); interativa (5); participação (8);
interação entre aluno e professor (6); colaboração do aluno
(9); rapidez; alunos bons (2); igualitária (2); diálogo (14);
envolvimento do grupo (2); oportunidades ao aluno (4); aluno
não ouvinte (2); participativa (12); comunicação (8); integrada
(4); argumentativa (2); contribuição (2) dividir conhecimentos
(2); respeito (12); valorização (8) liberdade (6); entusiasmo;
(10) prazer (5); gostosa; amigável (4); acolhedora, feliz,
dinâmica (9); diferente (4); inovação(2); desperta a atenção,
bom relacionamento, com o aluno no centro, aceitação de
novas ideias (18); motivação para participar (8); estimulante,
agradável (3); ambiente agradável, ambiente facilitador (4);
acessível, flexível (14); estimula a curiosidade, empatia (4);
ambiente arrumado, sensibilidade, respeito às novas ideias
(4); focada no aluno, aula interessante (8); motivadora (2);
confiança (6); livre expressão (4).
1. Ambiente
motivador
Grupo
Experimental
Pós–teste: motivadora (14); dinâmica (40); interessante (34);
única; gostosa (4) sem estresse; excitante; descontraída (5);
alegre (7); clima bom (3); diferente (2) atrativa (6);
receptividade a ideias (2); ambiente agradável (2); agradável
(3); respeito as diferenças; aprender com prazer (2);
espontaneidade (2); propor diferentes caminhos (2); envolver
os alunos (2); provocadora (2); estimular a imaginação (2);
descobertas conjuntas (2); novidades (2); professor animado
(2); divertida (4); ambiente adequado (2); gostar das aulas (2);
expressiva; chamar a atenção (4); interesse em aprender (2);
clima de liberdade (2); liberdade (5); expressão (7); busca;
clima favorável (2); questionamento (2); interesse do aluno
(2); curiosidade (2); prazer (5); imaginação (2); a; encantadora
(2); bom humor (2); ambiente gostoso (2); estímulo a
participar (2); envolvimento (3); pida (2); amizade (2);
participativa (2); ambiente livre; paio pelo que faz; paciência
(2); felicidade (2); compreensão (2); colocar os pontos de
vista (2); estimulante (2); silêncio; confiança no professor (2);
cheia de descobertas (2); desperta curiosidade (2);
irreverência (2); rica (2); bom relacionamento (2); harmonia
(2); novidades da área (2); exploração dos sentidos (2);
originalidade (2); troca de conhecimento (2); contribui com o
crescimento (2); aberta (2); novas ideias (4); renovada (2);
rende mais o assunto (2); mudanças (2); estímulo (2); mais
fácil (2); oportuniza a criação do aluno (2); espaço para criar
(2); instigante (2); diferencial (3); capacidade; surpreendente
(2); aberta a opinião (2); inesperada (2); ligeiramente
engraçada (2); causa expectativa (2); facilita a aprendizagem
(2); ânimo (2); respeito (2); linguagem simples (2); entusiasmo
(3); emocionante (2); amor (2); diálogo; atenção (2);
inovadora; leve; lúdica.
301
Pré–teste: respeito (19); alegre (9); diferente (8); dinâmica
(31); interessante (23); amizade (6); divertida (3); diálogo (17);
participativa (8); comunicação (4); integrada (2); contribuição
(3); valor (5) liberdade (3); gostosa (4); amigável (2); diferente
(16); inovação (12); aceitação de novas ideias (9); motivação
para participar (11); entusiasta (3); animada (6); desperta a
atenção (4); aberta a novas ideias (10); desperta interesse
(5); estimulante (3); surpresas (4); originalidade (3); livre;
cheia de coisas boas; renovadora (3); clima gostoso (3);
flexível (5); imaginação (3); curiosidade (2); questionadora (2).
Grupo
Controle
Pós-teste: respeito pelo diferente (16); respeito (9); com
diversidade (4); amigável (5); participativa (12); inovadora (7);
entusiasmo (11); dinâmica (9); interessante (14); confiança;
imaginação; interação; amor; felicidade; liberdade (6);
diferenças aceitas; ideias novas; busca; clima favorável (3);
curiosidade (2); prazer (5); bom humor; ambiente gostoso;
estímulo a participar (2); envolvimento; amizade (2); ambiente
de liberdade (3); paciência; compreensão (2); estimulante
(13); irreverência (2); harmoniosa (4); novidades (6);
exploratória (2); flexibilidade (2); comunicativa; espontânea;
motivação (8); acessível (3); sensibilidade; paixão (2); cria
expectativa; comunicativa (6); diversidade (4); novidade (2);
clima bom; clima de diálogo; ambiente saudável; gostosa (3);
não o tempo passar (4); desperta interesse (9); aceita o
limite do outro; pode errar (3); interessante (6); agradável (5);
diferente (5); carismática (3); despojada de preconceitos.
Pré-teste: diversos recursos; boas condições materiais;
recursos audiovisuais; usar novas ferramentas; recheada de
recursos; vários materiais; recursos tecnológicos; material de
apoio.
Grupo
Experimental
Pós-teste: 7 diversos materiais; recursos audiovisuais;
recursos disponíveis; diferentes recursos; material apropriado;
recursos diversos; multimídia.
Pré-teste: uso da tecnologia; material diversificado e
apropriado; diversidade de recursos; materiais diversos;
material de apoio.
2. diversidade
de recursos
Grupo
Controle
Pós-teste: uso das tecnologias; diversidade de recursos.
Pré-teste: planejada (21); organizada (12); eficiente (17);
bons resultados (4); compromisso com o trabalho; disciplina
(3); conhecimento (2); fixação do conteúdo; bem preparada
(5); empenho (2); competência; com metas (3); atualizada (4);
lógica; produtiva (3); rendimento (2); assunto atualizado;
exigência; eficaz; bom aproveitamento; objetiva; assimilação.
Grupo
Experimental
Pós-teste: 77, bem preparada (4) organização (17); eficiente
(12); fixadora (4); compromisso com o ensino; disciplina (3);
planejada (19); objetiva (2); eficiente (3); resultados
aplicáveis; conhecimento; disciplina (2); empenho (4);
assiduidade (2); bom rendimento (3).
3. Planejamento/
organização/
eficiência
Pré-teste: ter objetivos (3); conteúdo (3); preparação da aula
(2); atualização (2); adequada (3); objetivos claros (2);
objetiva (4); produtiva (2); dedicação do professor (2);
planejamento (3); foca no assunto da aula (2); resultados (2);
assimilação (4); preparação das aulas (3); atualização do
assunto (4); plano de aula adequado (2); aproveitamento (5);
conhecimento (2); eficaz (5); utilizar raciocínio (2); coerência
com objetivos (3); organização (4); compromisso (6);
disciplina (2); fixadora (2); informativa (3); tempo (2);
educativa (2); meta atingida (2); importante (4); assiduidade
(2); empenho (3); controle (3); bem elaborada (2); planejada
(3).
302
Grupo Controle
Pós-teste: 101 planejada (9); organizada (14); eficiente (8);
bons resultados (4); compromisso com o trabalho; disciplina
(6); conhecimento (2); fixação do conteúdo; bem preparada
(3); empenho (2); competência; com metas (4); atualizada;
objetivos (6); conteúdo (4); atualização (3); adequada (3);
objetiva (4); produtiva (2); resultados esperados (2);
assimilação (5); plano de aula adequado (4); aproveitamento
(3); conhecimento (4); eficaz (5); coerência com objetivos (3);
compromisso (6); disciplina (2); fixadora; competência; bem
preparada (2).
Pré-teste: inovação (25); criar algo novo; inovar (12);
inovadora (5).
Grupo
Experimental
Pós-teste: inovação (18); novidade (4); inovar (6); inovadora
(3).
Pré-teste: inovação (11); inovar (13); inovadora (5).
4. Inovação
Grupo
Controle
Pós-teste: inovação (13); inovadora (9); inovar (6); novidade
(3).
Pré-teste: diversas atividades (2); passeios (2); expositiva (2);
vídeos (3); seminários (2); reportagens (2); teatros /pesquisa
(3); práticas elaboradas (2); avaliar criticamente (2);
metodologias diferentes (5); dinâmicas (2); mediação (2);
didática (2); força de vontade (2); filmes (2); atividades do
cotidiano (2); prática (5); aula campal; usar imagens (2); aulas
teatrais (2); usar simulações (2); projeção (2); discussões em
grupo (2); novas técnicas (2); multidisciplinaridade (2);
interpretativa (2); atividades diversificadas (2); debates (2);
palestras (2); exposição pelos alunos (2); novas metodologias
(2); estudo de caso (2); trabalhos práticos (2); temática (2);
trabalho em equipe (2); abordagem diferente (2); músicas
(10); teatro (5); brincadeiras (2); debates (12); discussão
sobre a matéria (2); método espontâneo (2); seminários (3);
exemplos (5); textos (2); diversidade de metodologia (7);
prática (6); diferenciada (2); demonstrações (2); melhor
aplicação (2) .
5. Metodologia
diversificada
Grupo
Experimental
Pós-teste: trabalhos (3); redações (2); discussões em grupo
(2); apresentação dos alunos (2); palestras (2); muitas
atividades (3); treinos (2); variedade (2); demonstrativa (2);
aula fora da sala (3); aulas com convidados (2); grupos de
estudos (2); diferentes métodos (3); gincanas (2); atividades
(2); visitas técnicas (4); pesquisas (3); trabalhos em grupo (9);
exercícios diferentes (2); leitura (2); atividades extra-classe
(2); trabalhos práticos (2); práticas em sala (4); menos teoria
(2); novas metodologias (2); mensagens (2); jogos (5);
poesias (2); dança (3); intextualidade (2); exposição das
atividades (3); simulação da realidade (2); exploração do
conteúdo (2); inteligência (2); improvisação (2); explicação do
assunto (2); relatar fatos importantes (2); matéria aprofundada
(2); boa explicação (2); reflexão (2); aulas ao ar livre (3);
questionários (2); praticidade (2).
303
Pré-teste: slides (8); filmes (13); dinâmicas (11); mesa
redonda (2); discussão sobre o assunto (11); didática (2);
métodos de ensinar (2); exposição de atividade (4); valores
éticos (2); contatos com hospitais (2); diversificada (2); jornais
(4); revistas (2); metodologia atual (2); estudo de caso (5);
prova em grupo (2); aulas em circulo (6); temática (2);
trabalhos manuais (2); uso de imagens (9); teórica e prática
(2); exposição pelos alunos (5); trabalhos em sala (8);
habilidade em problemas (2); diversidade de metodologia
(21); seminários (8); visitas técnicas (4); discussões em
grupo (3); debates (12); apresentação do trabalho; uso de
jornais (3); teatros (2); cine fóruns (2); entrevistas (3).
Grupo
Controle
Pós-teste: 173 diversidade de metodologias (12); métodos
diferenciados (18) metodologias novas (9); didática
atualizada; trabalhos em grupo (5); seminários (7); projetos
(3); uso de imagens (5); debates (15); estudo de caso (3);
exposição (3); concursos (3); festivais (4); revistas (6); filmes
(12); diferentes métodos (5); jogos (3); trabalho em equipe (4);
jornais (3); dinâmicas (14); resolução de problemas (2); visitas
técnicas (6); teatros (3); aulas em circulo (4); slides (5);
discussão sobre o assunto (7); trabalhos em sala (3); aulas
fora da sala de aula (2); confecção de material didático (3);
pesquisas; entrevistas.
Questão 8 – Cite 5 fatores que favoreçam um clima criativo nessa disciplina:
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: estratégias diferentes (9); métodos para ensinar
(4); estratégias de aprendizagem (13); teatro (6); vídeos (6);
debates (9); novas formas de ensinar (7); novos métodos (4);
seminários (3); dinâmicas (5); músicas (3).
Grupo
Experimental
Pós–teste: estratégias diferenciadas (8); métodos
diversificados (6); debates (11); dinâmicas (7) vídeos (4);
atividades extra-classe (3); músicas (4); apresentações em
sala (3); trabalhos em grupo (6); uso de jornais (3); uso de
imagens (2); seminários (4).
Pré–teste: novas estratégias (12); práticas diferentes (7);
métodos diversos (4); novo jeito de ensinar (3); novas
maneiras de dar aula (8); debates (13); seminários (6);
dinâmicas (11); visitas técnicas (2); uso de jornais (5); uso de
revistas (2); apresentação em sala (4); teatro (8); sica (3);
dança; fóruns (2); leituras; viagens de estudos (5); aulas
práticas (3); pesquisa (2); poesias.
1. Estratégias de
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: novas formas de ensinar (22); estratégias de
ensino (12); estratégias atraentes; métodos diversos (7);
revistas (8); jornais (5); debates (18); seminários (9);
atividades extra-classe (3); visitas técnicas (2); viagens de
estudo (3); dinâmicas (14); música (5); fóruns (3); aulas
práticas (4); teatro (2); novas técnicas (3); confecção de
materiais; parábolas; poesias; concursos.
304
Pré-teste: motivação (33); motivador (21); motivacional (4);
interessante (9); desperta o interesse (9); abertura (7);
entusiasmo (8); desperta a curiosidade (4); sabe motivar (6);
ânimo (11); dinamismo (13); estímulo (5); desperta a vontade
de estudar (3); dedicação (2); gosto pelo estudo (3); atenção;
desperta o interesse pelo assunto; surpresas (3); espírito de
investigação (5); despertar a pesquisa (2); vontade de ensinar
(3); vontade de aprender (3); querer aprender (2); paixão;
ideal; realização pessoal.
Grupo
Experimental
Pós-teste:motivação (37); ambiente motivador (19);
interessante (14); abertura ao novo (5); novidade (3); desperta
interesse (15); desperta curiosidade (6); dinamismo (12);
desperta senso crítico (3); desperta a vontade de estudar
(16); paixão (2); expectativa (3); surpresas (4); gostar;
desperta pesquisa (3); clima legal; clima que motiva (3);
estímulo (8); interesse da turma (3); alegria; motivação do
professor (3); vontade de aprender (4); motiva as leituras (2);
encanto; atividades motivadoras (3); ideal.
Pré-teste: motivação (42); interessante (23); chama a
atenção (3); desperta a curiosidade (5); ânimo (17); sempre
tem coisas novas (8); motiva para o estudo (5); abertura da
sala; gosto; alegria; motiva a participação (9); perguntas;
vontade de criar; valorização do novo; novidades (4); desperta
o interesse (12).
2. Motivação
Grupo
Controle
Pós-teste: motivação (39); interessante (27); chama a
atenção (5); desperta curiosidade (3); ânimo (21); novidades
(12); motiva para estudar (9); vontade de estudar (4); feliz (2);
motiva o gosto pelo estudo; motiva a criação; aceita as ideias;
estímulo (11); desperta o interesse (7).
Pré-teste: aula planejada (3); planejamento (12); organização
(7); disciplina (4); eficiência (2); competência; empenho;
atualização; estudo (2); objetivos claros; metas definidas;
pontualidade.
Grupo
Experimental
Pós-teste: planejamento (12); organização (9); eficiente (3);
disciplina; ordem; educação; objetivos; metas; propostas
consistentes; temas atuais.
Pré-teste: planejamento (18); aula planejada (3); organização
(11); orientação (3); silêncio; disciplina (2); bom senso;
currículo atualizado; competência; eficácia (2); objetivos
coerentes; conteúdos aplicados; assimilação do conteúdo (3);
boa explicação.
3. planejamento/
organização
Grupo
Controle
Pós-teste: planejamento (11); aula planejada (4);
organização (7); disciplina (3); eficiência (4); objetivos (2);
fixação da matéria (2); boa aula; preparação da aula (3);
conteúdos bem definidos.
Pré-teste: recursos utilizados (39); diversidade de recursos
(14); utilização dos materiais disponíveis (4); diversificar os
recursos (8); usar e abusar dos recursos; utilização de
recursos disponíveis (5).
Grupo
Experimental
Pós-teste: recursos utilizados (42); diversidade de recursos
(11); materiais diversos (9); diversificar os recursos (4);
utilização de recursos diferentes (3).
Pré-teste: recursos utilizados (51); utilização de diversos
recursos (16); materiais disponíveis (18); utilização de muitos
recursos; utilização de multimídia.
4. Recursos
utilizados
Grupo
Controle
Pós-teste: recursos utilizados (56); utilização de diversos
recursos (19); materiais diversos (13); multimeios; materiais
utilizados (3).
305
Pré-teste: relacionamento com o professor (34); confiança
(5); harmonia; empatia (3); bom relacionamento entre
professor e aluno (23); amizade (16); cumplicidade; abertura
(4); liberdade de expressão; receptividade entre professor e
aluno; humor (3); acolher bem; valorização da opinião;
atmosfera amigável; dar espaço para a criatividade fluir;
atitude positiva; bem estar (9); liberdade para expor as ideias
(12); respeito pela individualidade (8); diálogo (7); diálogo (4);
união; descontração; respeito entre professor e aluno (5);
atitudes positivas (4) harmonia (6); empatia (9); colaboração
mútua (5); saber ouvir; boas relações com o professor (14);
sentir-se valorizado (3); atitude de escuta; liberdade (4).
Grupo
Experimental
Pós-teste: relacionamento com o professor (41); diálogo (12);
se importar com o outro (5); respeito (14); acolher ideias (3);
bem estar (12); amizade (13); boas relações (19); empatia (5);
confiança; reciprocidade (6); bem querer; união;
companheirismo (4); proximidade; empatia (3); liberdade (7);
sentir-se valorizado (4); humor (6); aceitar brincadeiras;
valorização do professor; relacionamento entre professor e
aluno (4); postura de acolhida; retorno do professor para os
alunos; confiança; relacionamento amigável; interação entre
professor e os alunos (7); sentir-se bem; respeito pelo erro
(3); respeito entre ambas as partes; união com a turma e com
o professor; feedback do professor(2); colaboração mútua (6).
Pré-teste: relacionamento com o professor (49); diálogo (25);
amizade (19); liberdade em ser a gente mesmo; sentir-se bem
(4); professor companheiro; respeito do professor (3); troca de
figuras com o professor; professor bem próximo; confiança;
valorização dos trabalhos de cada um; união (7);
descontração (3); abertura com professor (4); empatia (5);
cumplicidade; clima amistoso; ambiente satisfatório; professor
agradável; colaboração de ambas as partes; colaboração
mútua (4); valores éticos; relacionamento humanizado por
parte do professor; liberdade (7); prazer em estar aqui;
professor compreensível (3).
5.
Relacionamento
com o professor
Grupo
Controle
Pós-teste: relacionamento com o professor (34); diálogo (18)
amizade (31); respeito por parte do professor (5); empatia (6);
clima gostoso (4); sentir-se bem (6); união (4); professor legal
(2); descontração (3); bom relacionamento com o professor
(2); abertura (3); confiança (2); liberdade.
Questão 9 – Descreva experiências, vividas por você, nesta disciplina, que considera
criativas:
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
Pré–teste: descrevo como experiência criativa todas as
visitas técnicas que fizemos (3); as atividades extra-classe
(2); visita ao museu das letras; aulas fora da sala de aula.
Grupo
Experimental
Pós–teste: aulas no jardim da Universidade; aulas nos
laboratórios diversos; visitas técnicas (2); viagens de estudo;
atividades extraclasse.
Pré–teste: visitas técnicas (5); atividades –extra classe (3);
ambiente diferentes; onde tivemos as aula fora da sala de
aula; aulas em usinas (2); aulas práticas em diversos lugares;
aula no setor vivência.
1. Ambientes
diversificados
para a
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: visitas técnicas (4); atividades extra-classe (5);
aulas em ambiente diferentes (3); aulas utilizando os
laboratórios (4).
306
Pré-teste: sem dúvida nenhuma quando podemos participar
(4); todas as vezes que me senti realizada após apresentar
um trabalho do meu jeito, com minha ideias; uma vez fiquei
com medo de apresentar um seminário e minha professora foi
tão boa comigo e tão paciente que superei essa dificuldade e
percebi o meu potencial; usando várias maneiras de se
comunicar; todas as vezes que o professor me motivou para
ser mais; ao perceber um espaço aberto para minhas
colocações (até meio fora); quando consigo interagir e
participar; quando um ambiente de motivação (5); quando
aprendemos e podemos transmitir isso aos outros; quando o
professor é bonito também ajuda a ser criativa, motiva; a
motivação é essencial para se experimentar a aula criativa.
Grupo
Experimental
Pós-teste: a experiência criativa que tive nessa aula foram
todas as vezes que pude participar e dar minha opinião;
quando o professor abriu espaço para participação e
interação (8); a maior experiência foi poder dar contribuições
na maneira de ensinar e aprender; quando o ambiente é bom;
quando me senti importante e a aula interessante; todas as
vezes que o ambiente é motivador e desperta o interesse
(11); quando o professor soube valorizar nossa experiência e
até mesmo os erros; nas experiências de troca de saberes;
quando posso participar; quando sinto-me valorizada seja por
qualquer motivo; um ambiente amigável e acolhedor sempre
deixa um lugar reservado para que a criatividade floresça;
quando posso dar minha parcela de contribuição e saber que
assim também aprendo; quando acreditam em nosso
potencial; aula prática ao qual realizamos e contracenamos
uma peça de teatro infantil, tivemos aula de contadores de
histórias com livros infantis; confecção de fantoches com
sucatas, e fantoches para utilizarmos em um teatro de
sombra; viagem á São Paulo ao museu da Língua Portuguesa
e Pinacoteca do Estado uso das tecnologias que dinamizam
as aulas, mas o importante no meio de tudo isso é a
confiança da prof (N) em nosso trabalho, valorizando cada
coisa que fazemos e incentivando novas ideias e iniciativas;
geralmente, os debates que fazemos nessa aula, após a
matéria dada, eu acho muito interessante porque geralmente
as ideias dos meus colegas são diferentes, possibilitando
refletir e ver os pontos de vista diferentes do meu, isso é
muito bom, poder colocar o ponto de vista diferentes com
liberdade; são diversas as experiências que vivemos em sala,
entre elas destaco a que o professor é amigo dos alunos e
cria espaço para um “bate-papo” com conteúdo mais rico,
facilitando a compreensão e a participação.
Pré-teste: as vivências criativas que saliento foram as que
possibilitaram um ambiente gostoso (6); destaco os
momentos de interação; para mim foi a possibilidade de
participar (2); poder dar minhas idéias e sugestões; poder
dividir e somar experiências pessoais; poder dar um pitaco
em vários momentos; a amizade e a compreensão do
professor; quando o professor acredita em mim, apesar das
gafes.
2. Ambiente
motivacional
Grupo
Controle
Pós-teste: as que propõem um ambiente gostoso (4); as que
podemos dar opinião (5); quando me sinto valorizado pelo
professor; todas as oportunidades de criar e expor as ideias;
nos momentos que podemos participar sem receio (4); nas
apresentações que fazemos e que não o tão boas assim e
o professor valoriza e aceita; sempre que respeito pela
maneira de pensar e criar de cada um.
307
Pré-teste: Não percebi muitas experiências criativas na aula;
não experiências criativas; dificuldade para vivenciar a
criatividade (3).
Grupo
Experimental
Pós-teste: dificuldade para se vivenciar a criatividade (2); não
participei de experiências criativas; não houve muito esses
momentos criativos.
Pré-teste: há uma dificuldade imensa em vivenciar a
criatividade (3).
3. Dificuldade
em vivenciar a
criatividade
Grupo
Controle
Pós-teste: é difícil vivenciar criatividade do ensino superior;
houve dificuldade para vivências criativas (4).
Pré-teste: seminários (9); vídeos (4); músicas (3); teatros (4);
fantoches; poemas; jornais e revistas (8); uso de imagens;
debates (17); fóruns (3); festivais; parábolas (5) dinâmicas
(11).
Grupo
Experimental
Pós-teste: seminários (11); filmes (6); músicas (2); teatros
(3); jornais e revistas (6); uso de imagens (3); debates (21);
fóruns (2); parábolas (5); dinâmicas (13).
Pré-teste: seminários (7); filmes (4); teatros (2); jornais e
revistas (9); debates (12); dinâmicas (11).
4. Estratégias
diversificadas
para a
aprendizagem
Grupo
Controle
Pós-teste: 67 seminários (12); filmes (8); teatros; jornais e
revistas (7); debates (19); dinâmicas (16); músicas (5).
Pré-teste: utilização de diversos materiais em sala (14); uso
de tecnologia (3); uso de multimídia (4); quando houve a
utilização de muitos recursos para chamar a atenção; uso de
computadores e plataforma Moodle; uso de materiais
diversificados como a tv; todas aulas que tiveram recursos
atuais e diferentes; quando houve diferenciação da aula por
causa dos recursos utilizados; com a utilização de materiais
pedagógicos; utilização dos diversos recursos disponíveis.
Grupo
Experimental
Pós-teste: na utilização de recursos variados (16); usando a
tecnologia disponível (5); fizemos uso de recursos de
plaquetas para desenho; usamos os laboratórios de
computação para criar um blog educacional.
Pré-teste: 38 utilização de recursos diversos (26); usando e
abusando da tecnologia; utilizando a tecnologia (5);
diversidade de recursos ajuda na criatividade e
entusiasmo; utilização variada de recursos confeccionados
por nós e outros não; matérias confeccionadas por nós (3); o
professor trouxe muitos materiais interessantes de cada
cultura (2).
5. Recursos
diversificados
para a
aprendizagem
Grupo Controle
Pós-teste: 41 uso dos materiais da tv e da rádio; diversidade
de recursos em sala de aula (32); utilizando da tecnologia
disponível (4); utilizando materiais confeccionados pelos
alunos (3); utilização de materiais diferentes e atuais.
308
Questão 10 – Avalie a criatividade do professor dessa disciplina em uma escala de 1 a 10.
Justifique:
Categorias
Gerais
Grupos Categoria Específica
1. Professor cria
espaço para a
criatividade
Grupo
Experimental
Pré–teste: temos possibilidade de participar da aula, a
professora abre espaço para que os alunos falem suas ideias;
a professora trás novidades e transforma temas chatos em
interessantes; a professora tem bom humor, sempre nos
conta fatos interessantes e incentiva a pesquisa; considero o
professor competente criativo dentro do seu histórico; utiliza
muitos recursos e estimula o interesse(2);uso de materiais
diversos, discussões, vários tipos de avaliação e de trabalhar
conteúdos; estimula o desenvolvimento dos alunos; utiliza
meios para fazer com que participamos das aulas; é um
professor atencioso, tira todas as nossas dúvidas, deixa que
participemos com nossas ideias; é um professor que
consegue fazer com que a sala se interesse pelo assunto é
criativo e educado; pelo valor pessoal que o professor da a
cada aluno, assim fico tranqüilo por minha capacidade criativa
em sala de aula; os professores se mostram empenhados em
ser criativos, especialmente X; gosto da aula da professora,
embora, não seja 100% criativa e nem tem como ser; ele é
super interessado na aprendizagem dos alunos; achei
criativo; não querendo puxar o saco, a aula da X é a mais
animada, ela é 10 mesmo; ultrapassa o método expositivo e
utiliza diversos recursos; pelos resultados em minha vida,
superação e caráter; sempre proporciona a melhor maneira
de ensinar e tornar a aula atrativa; aprendi a matéria mesmo
sendo difícil por causa da professora ser boa a criativa; a
professora busca entender a opinião dos alunos e ouvir; cada
aula é apresentada de uma maneira diferente; a professora é
criativa e sua aula é prazerosa, até aprendi e usei suas
dinâmicas; professor usa e abusa da criatividade utilizando
muitos recursos; consegue nos tirar do estado de inércia e
nos estimula a participação; o professor é criativo e existe um
clima de aprendizagem (3); a professora é bem dedicada e
atinge o conteúdo de forma agradável e criativa; ela se
desdobra para nos ensinar e nos surpreende a cada dia;
utiliza diversos recursos e isso nos faz aprender sempre mais;
em todas as aulas tem algo novo, estimula a participação de
todos; apresenta a aula interessante e prática, tem uma
dinâmica que consegue mexer com todos; o professor é
bastante dinâmico e trás sempre novidades de acordo com a
matéria; ela deixa a aula bem leve e nos prende a atenção,
trazendo algo novo para a sala de aula; usa metodologias
diferenciadas, grande interação entre os alunos e podemos
nos expressar, sabe ouvir e orientar; sempre há espaço para
ideias e debates sobre os assuntos e amigável; é criativa,
desenvolve dinâmicas, permite reflexões e diálogo (4);
excelente profissional, sua capacidade e boa vontade
309
em buscar coisas novas, é ótima; é carismática, sempre
disposta a ajudar a fazer os alunos compreenderem e
entenderem a matéria; a aula da professora é interessante,
dinâmica e alegre; a professora sempre traz temas novos e
de forma diferente e permite nossa participação; excelente
profissional, dedicada, sua aula, é muito criativa, usa jornais,
revistas, músicas; professor abre espaço para a criatividade
(3).
Pós–teste: o professor tem experiência de vida, assim fica
mais fácil ser criativo e ter segurança; faz de tudo para mudar
e não ficar na mesmice; ela fala a nossa língua; respeita
nossos limites; a professora é bem atenciosa; de maneira
geral a professora é criativa; foram realizadas atividades
diferentes onde pudemos expor nossas ideais (5); temos
espaço para criar; o professor tem boa vontade e está sempre
disposto a ajudar os alunos; ela respeita nossa forma de
pensar; cria momentos diferentes; usa várias dinâmicas (6);
usa métodos diferenciados, a gente não cansa; proporciona
participação com atividades diferentes; tonifica a aula
possibilitando materiais de apoio adequados ao assunto
intensificando a aprendizagem; cada aula tem algo prático e
isso é estímulo para aprender; é muito criativa, sempre trás
coisas diferentes (6); o professor abre espaço para a
criatividade (4); o professor quebra as barreiras entre os
alunos e ele e cria uma amizade saudável; a aula é criativa,
com dinâmicas e atividades diferentes (3); a professora
partilha as experiências; o professor usa diversos recursos
(5); sempre oferece algo prático que possibilita aprender
mais; tem ideias ótimas e cheias de originalidade; estimula a
participação e a criação de coisas novas.
Pré–teste: o professor cria espaço para a criatividade (7);
cada aula tem algo novo (3); cada aula tem algo diferente; ela
tem idéias muito boas e criativas; porque ela é uma
professora super legal, aberta e amiga; ela transmite paixão
pelo que faz e isso contagia; o professor sempre dá tempo
para perguntas e colocações; o conteúdo é explicado sempre
de forma diferente; o professor tem conhecimento vasto, isso
ajuda a ser criativo; é possível ter aulas boas e interessantes
mesmo que expositivas; as aulas de teologia sempre deixam
um espaço melhor para se expressar e colocar o
posicionamento; é criativo, inventa coisas novas que fixam a
matéria; é agradável no seu relacionamento e isso ajuda
muito na sala de aula; usa dinâmicas para ensinar (4); tem
aulas interativas e atrativas (3); suas aulas são interessante
(5); a professora tem sensibilidade, fala exatamente o que
precisamos ouvir; é criativo (2); debates e filmes
interessantes; é criativa, procura diversificar em aula;
contribui para o bom andamento da aula; é organizada e isso
faz com que consigamos aprender e criar outras situações
para aprimorar o que aprendemos; a professora é muito
próxima e sabe entender nossas necessidades; a
dinamização da aula é grande a podemos participar; os temas
são atuais e há interação (4); as relações feitas pelo professor
são inesquecíveis; esse professor me marcou, então
considero ótimo; gostei muito dessa disciplina Teologia, não
sou católico, mas a professora é ótima.
Grupo
Controle
Pós-teste: 42
310
Pré-teste: não adianta criatividade se não aprendemos o
conteúdo, é melhor como está; não trabalha a criatividade e
está limitado á normas; é tradicional, faz as aulas como a
maioria dos professores, não é criativo; faltou motivação na
aula, criar um ambiente e ter mais práticas; utiliza métodos
tradicionais; deveria ter mais iniciativa; do jeito que es
qualquer forma de dinamismo é válido; o professor não usa
coisas diferentes; falta ainda um pouco de criatividade, pode
ser melhor; o professor fica no cumprimento das metas e do
conteúdo e se esquece da criatividade; falta liberdade em
expressar as idéias durante a aula; usa muito multmídia e faz
avaliação tradicional; não proporciona um ambiente para a
promoção de novas ideias; apesar dos trabalhos alternativos
o conteúdo não permite muita criatividade (4); as aulas são
chatas, deveria ser mais criativo, mas ele se esforça, é que
não é seu estilo; poderia inovar um pouco mais (3); fica muito
na teoria e esquece a prática; as aulas são cansativas; a
matéria não possibilita a criatividade pois o assunto é
gramática e deve ser dirigido; o professor tem dificuldade em
ser criativo (5); não muita criatividade, nem interesse para tal;
apesar de usar dinâmicas a aula fica cansativa; a criatividade
aparece algumas vezes timidamente; criatividade fica em
último plano, primeiro vem as normas e o conteúdo; nem
sempre é possível ser criativo, o tempo é curto e o conteúdo
atrapalha um pouco (4); falta recursos para o professor ser
criativo (2); a matéria não possibilita a criatividade; o
professor tem um ótimo conhecimento, mas a aulas são
paradas; tem dificuldade para ser criativo, mas é perceptível a
vontade; não tem facilidade para ser criativo, isso requer
dons especiais; não é muito criativo, porém, ensina bem; a
aula fica um pouco cansativa e demora para dar a matéria.
2. Professor tem
dificuldade para
ser criativo
Grupo
Experimental
Pós-teste: o conteúdo é explicado do mesmo jeito; não é
possível ser criativo o tempo todo (7); falta tempo para a
criatividade (5); fica muito voltado para a teoria e esquece a
prática (9); parece que sabe levar bem o conteúdo, mas sem
criatividade; a criatividade aparece algumas vezes, por acaso;
ás vezes o professor prefere o tradicional á criatividade;
embora seja difícil usar recursos diferentes, pode usar de
outras formas para ser mais criativa; o professor domina o
conteúdo e dá ótimas aulas, mas não peça para ser criativo;
prepara a aula sempre do mesmo jeito (3); é muito tranqüilo e
apesar de ser paciente, é monótono; pode melhorar mais a
criatividade, às vezes é cansativo (6); apesar de trazer
atualidades não é muito criativo; falta ainda criatividade (5);
apesar de ser uma ótima profissional poderia trazer mais
novidades; ás vezes a criatividade fica a desejar (3); poderia
preparar melhor as aulas para ser mais criativa; a professora
é ótima, mas não tem recursos e os alunos não colaboram;
acredito que quando é possível usar a criatividade ela usa; as
aulas são um pouco repetitivas; a criatividade se limita ao uso
do power point; é dinâmica, mas ainda pode melhorar.
311
Pré-teste: o professor tem dificuldade em ser criativo (12);
ainda falta melhorar um pouco a criatividade; a aula é
tradicional e focada na transmissão de conteúdo; falta prática
na aula do professor; a criatividade nem sempre é bem vinda;
o professor tem dificuldade em ser mais criativo por falta de
recursos (15); o professor não é mais criativo por falta de
tempo (8); o professor domina o conteúdo, mas de
criatividade não entende muito; não há muito espaço para ser
criativo pois tem que dar conta do conteúdo; não tem
preparação prévia; o professor não se preocupa muito com a
criatividade; o importante é passar a matéria e o que temos
que aprender e não a usara criatividade; prepara a aula, mas
deixa a desejar a parte da criatividade; criatividade é ser der
tempo, para brincar um pouco e se desestressar; é teórica e
não muito espaço para participação; não é muito animada,
nem tem entusiasmos; o professor pensa que não seja
necessário a criatividade, o que conta é, se aprendemos ou
não, é difícil ser criativo, principalmente se uma
programação a seguir; a professora pode melhorar sua
criatividade (2).
Grupo
Controle
Pós-teste: o professor tem dificuldade em ser criativo (10); as
aulas ainda são tradicionais e não levam em consideração a
opinião do aluno; acredito que o professor pode ainda
melhorar (4); acredito que é possível ser mais criativo, com
todos os recursos que temos disponível hoje; não prepara a
aula de forma diferente, é a mesma coisa; a professora é
ótima, mas ainda falta um pouco de criatividade; criatividade
não existe; pode melhorar a criatividade, a aula é cansativa
(3); o professor domina o conteúdo, mas de criatividade
quase nada; a professora ainda é tradicional e não consegue
sair do esquema; o professor domina o conteúdo muito bem,
dessa forma a criatividade fica em segunda plano; em muitos
momentos a criatividade fica a desejar; o professor se
preocupa com nossa aprendizagem, mas não tem perfil
criativo; há uma correia, assim a criatividade fica de lado;
devido ao tempo reduzido não é possível fazer muita coisa,
mas creio que é possível melhorar a criatividade; é difícil ser
criativo, é um desafio grande no ensino superior; falta um
pouco de motivação; falta estímulo; o professor fica no
cumprimento do dever e esquece da criatividade (4); os
recursos e o tempo do professor são escassos; os alunos não
colaboram muito e isso dificulta a criatividade do professor;
depende de muitas coisas, mas apesar disso, sempre é bom
se empenhar para ser mais criativo; apesar de trabalhos
diferentes, o conteúdo não facilita a criatividade; a avaliação é
tradicional (3); é difícil para o professor ser criativo sempre;
poderia dar um outro tipo de avaliação, diversificar, mudar,
inovar e não ficar só na prova; a criatividade é vista como algo
que não é prioridade, primeiro vem a matéria, o programa, a
nota e depois se der um tempo, daí se pensa em algo a mais.
3. Professor se
esforça para ser
criativo
Grupo
Experimental
Pré-teste: apesar de todo o esforço o professor ainda segue
o padrão e não muda; ás vezes não é possível ser criativo por
vários motivos, um deles é a falta de material (3); apesar de
se esforçar ela poderia usar mais a criatividade, usando
vídeos para estimular a aulas; nem sempre tem condições
suficientes; não ultrapassa o método tradicional, fica no
mesmo; a criatividade ainda é pouca mesmo que se esforce;
embora se esforce, suas aulas são tradicionais e
conservadoras; a aula é ótima, mas falta interesse dos alunos
(2).
312
Pós-teste: interesse em ser criativo na forma de ensinar,
mas falta ainda um pouco; é difícil ser criativo, mas o
professor se esforça; a tecnicidade da matéria não deixa ser
muito criativo; embora seja uma matéria básica há o interesse
pela qualidade e diferencial; ela se esforça em ser criativa,
mas é difícil; deveria avaliar o aluno de outras maneiras sem
ser pela prova.
Pré-teste: o professor se esforça para ser criativo (5); apesar
do empenho do professor ainda fica um pouco a desejar; o
professor busca fazer coisas novas, mas ás vezes a turma
não colabora; interesse do professor em inovar e ser
criativo, mas falta um pouco de segurança em relação a isso;
ás vezes a professora desiste logo por causa da falta de
interesse de alguns alunos; ele merece essa nota pelo
esforço que faz em trazer materiais e atualidades para a sala
de aula; ele é bem dinâmico e oferece opções para o estudo,
se esforça em ser criativo; percebe-se a dedicação da
professora; a falta de tempo dificulta o professor a ser mais
criativo; o professor está na média; foram realizadas algumas
atividades diferentes; ninguém consegue ministrar uma aula
perfeita; a matéria em si é complicada, mas a explicação é
muito boa.
Grupo
Controle
Pós-teste: a turma é muito grande e não tem como dar
atenção a todos os alunos; falta tempo para ser mais criativo
(5); tem facilidade em ser criativa é dinâmica, mas a turma
não colabora; pode ser melhor, apesar de se esforçar;
prepara a aula sempre de maneira diferente; possibilita a
participação dos alunos; a professora se esforça bastante
para se r criativa, mas nem sempre é possível; a média é boa,
mas pode melhorar; ainda usa bastante a lousa, mas ouve a
opinião dos alunos; 9.
Pré-teste: 0
Grupo
Experimental
Pós-teste:
o professor melhorou, elaborando maneiras de dar
aulas que envolvam a todos; as aulas são dinâmicas e bem
preparadas, o professor melhorou sua forma de trabalhar; é
perceptível uma melhora na aula do professor, es mais
atento ás necessidades dos alunos; passa a matéria de forma
significativa, visto que anteriormente não acontecia essa
preocupação; parece que o professor melhorou sua maneira
de dar aula, dando mais espaço para a participação de todos;
o professor está mais dinâmico a flexível; o professor
melhorou sua criatividade (2)
Pré-teste: 0
4. Professor
melhorou na
criatividade
Grupo
Controle
Pós-teste: 0
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