“claudio”
2010/3/8
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26 Curvas com Infinitos Pontos de Galois Externos Capitulo 3
Neste caso, L ´e tamb´em um valor ramificado de ^π
R
, pois se apenas RQ
fosse valor ramificado de ^π
R
, ent˜ao pelo lema 2.1(ii) ter´ıamos d = q, absurdo.
Por outro lado, na fibra ^π
−1
R
(L) existem pelo menos dois pontos (ramifica-
dos), pois caso contr´ario ^π
R
seria ramificado em um s´o ponto, mas isto n˜ao
ocorre, pois RQ ´e tamb´em um valor ramificado.
Dado um ponto P
∈ r
−1
(C ∩ L), temos que G
R
(P
) n˜ao ´e um p-grupo,
pois, caso contr´ario, pelo Lema 2.1(i), todos os pontos de ramifica¸c˜ao de ^π
R
teriam grupos estabilizadores p-Sylow. Isto n˜ao pode ocorrer. De fato, se
isto ocorresse, dado σ ∈ G
R
⊂ Aut(
^
C) ⊂ PGL(2, K), com σ = Id, tomando
um autovetor de [σ], existiria P ∈ P
1
tal que σ(P) = P. Assim, σ ∈ G
R
(P)
e, portanto, ord(σ) seria uma potˆencia de p, o que gera uma contradi¸c˜ao,
bastando para isto tomar σ ∈ G
R
com ordem um divisor de n.
Agora seja r
−1
(C ∩ L) = {P
1
, . . . , P
m
} (sabemos que m ≥ 2) e seja A =
{P
2
, . . . , P
m
}.
Tomemos τ ∈ G
R
(P
1
) tal que a sua ordem n˜ao seja uma potˆencia de p.
Ent˜ao, por um argumento semelhante ao usado na demostra¸c˜ao do Lema
2.1(ii), existe S
τ
= P
1
tal que τ(S
τ
) = S
τ
, logo S
τ
∈ A.
Seja agora R
∈ ∆
∩ L, com R
= R, e tomemos η ∈ G
R
(P
1
) tal que
sua ordem n˜ao seja uma potˆencia de p. Novamente, existe S
η
= P
1
tal que
η(S
η
) = S
η
, logo S
η
∈ A. Al´em disso, como G
R
∩ G
R
= {Id}, segue que
existem infinitos τ ∈ Aut(P
1
) tais que S
τ
∈ A. Logo existe j ∈ {2, . . . , m},
fixo, tal que S
τ
= P
j
para infinitos automorfismos τ. Supondo P
j
= P
2
, temos
que existem infinitos τ ∈ Aut(P
1
) (cujas ordens s˜ao menores ou iguais a d)
tais que τ(P
1
) = P
1
e τ(P
2
) = P
2
, contradizendo o Lem a 2.2.
Caso b) d = q.
Pelo lema 3.6(i) temos que (C
0
∩RQ)\{Q} = {Q
}, I
Q
(C, T
Q
C) = q (= d)
e G
R
= G
R
(r
−1
(Q
)) (ou seja, ^π
R
´e s´o ramificado em r
−1
(Q
)). Por outro
lado, do fato de C ser estranha e d ≥ 3, segue do Teorema de Lluis-Samuel
que C tem um ponto singular P. Como RQ = T
Q
C e I
Q
(C, RQ) = d, a
reta RQ n˜ao cont´em pontos de C al´em de Q
. Assim, P /∈ RQ. A curva
C s´o pode ter um ramo no ponto P, pois se houves se dois ramos em P,
cada um deles teria que ter multiplicidade menor do que q (= d), logo as
suas retas tangentes coincidiriam com a reta PQ, cujo ´ındice de interse¸c˜ao
com cada ramo ´e maior ou igual do que q (= d) (cf. [B-H]), mas isto n˜ao ´e
poss´ıvel. Portanto, r
−1
(P) ´e um ponto e, consequentemente, ^π
R
´e ramificada
em r
−1
(P) = r
−1
(Q
), contradi¸c˜ao.
Assim, mostramos que Q ∈ L.