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4.5 – Elaboração do Ambiente
Como já mencionado anteriormente, o objetivo desse trabalho é apresentar um roteiro
de desenvolvimento, sendo que não faz parte de seu escopo a construção de nenhum
componente. É importante enfatizar que, até essa etapa do roteiro, a plataforma onde será
construído o Ambiente não influenciou a sua modelagem. A partir dessa fase do roteiro, deve
ser definida a plataforma em que é desenvolvida e desenhada a arquitetura física, sem,
portanto, alterar o núcleo da arquitetura definida.
De forma a manter esse Ambiente íntegro, com seus propósitos de qualidade quanto à
reusabilidade/usabilidade e facilidade de manutenção, um gerenciamento constante pelo zelo
dessas qualidades se faz necessário. Esse gerenciamento visa a não permitir que duplicidades
de funcionalidades aconteçam ou que, caso aconteçam, que sejam de forma consciente e
justificável. Também é importante que funcionalidades sejam desenvolvidas na camada
correta para que seu escopo seja claro, objetivo e simples. O desenvolvimento de
funcionalidades em local não adequado aumenta a probabilidade de um componente perder
seu objetivo e, principalmente, sua simplicidade, visto que, para fazer o que precisa no lugar
não adequado, muitas vezes acaba ganhando funções de correção/adequações que, se
estivessem em local apropriado, não seriam necessárias.
A escolha da tecnologia em que o Ambiente é construído deve ser criteriosa, de forma
a permitir a interoperabilidade de plataformas, desempenho e produtividade de
desenvolvimento. A tecnologia adotada tem que ser uma facilitadora para desenvolver essas
qualidades e não um fator limitador.
É preciso ter claro que, para o Ambiente ganhar uma estabilidade adequada, ele
precisa ter passado pelo processo de desenvolvimento de algumas aplicações. No decorrer
dessa fase de gerações das aplicações iniciais, ocorre naturalmente um refinamento do
Ambiente,
É necessário manter uma equipe permanente de desenvolvimento com recursos
humanos altamente capacitados, treinados e conhecedores da solução do Ambiente. O
desenvolvimento das aplicações pode e deve ser feito por equipe distinta da equipe do
Ambiente, uma vez que o perfil e as preocupações exigidas para cada uma delas são bem
diferentes. Enquanto a equipe do Ambiente deve estar focada em criar serviços reusáveis e
genéricos, a equipe das aplicações deve estar focada em especializar a solução, seguindo os
padrões definidos pelo Ambiente.