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4.4 Densidade relativa
Nos bosques próximos ao Terminal do Itaqui, com área correspondente a 0,2 ha, a
espécie mais densa foi Avicennia germinans, respondendo com 32,06% e com projeção de
1,6030 ind. ha¯¹. Em seguida, destacou-se Laguncularia racemosa, com densidade de
28,24% e projeção de 1,4120 ind. ha¯¹. A seguir, Avicennia schaueriana apresentou 22,14%
de densidade nessa área e 1,1070 ind. ha¯¹. Com a menor densidade, destacou-se Rhizophora
mangle, com 17,56% e projeção de 0,8780 ind. ha¯¹.
Quanto à área na Ilha dos Caranguejos, também com 0,2 ha de cobertura, a
densidade maior foi de Rhizophora mangle, com 40,85%, cuja projeção foi de 2,0425 ind.
ha¯¹. Com uma densidade de 32,39% e de 1,6195 ind. ha¯¹, Avicennia germinans veio em
seguida. Já Avicennia schaueriana respondeu com 19,72% e obteve projeção de 0,9860 ind.
ha¯¹ e, finalmente, com menor densidade destacou-se Laguncularia racemosa, com 7,04% e
0,3520 ind. ha¯¹.
Mochel et al. (1996), analisando a estrutura de mangues em bosques do litoral
maranhense, encontraram para Laguncularia racemosa uma densidade predominante de
51,5% e, para Avicennia schaueriana, uma taxa de 31,2%. A seguir, a densidade de 10,5%
ficou a cargo de Rhizophora mangle, enquanto Avicennia germinans contou com densidade
de 7%.
Analisando as duas áreas em questão, a região portuária do Itaqui apresentou
maior percentual de densidade dentre as espécies predominantes, e essa elevada densidade
pode, a princípio, indicar certo grau de perturbação. Não houve variação significativa para
Avicennia germinans, que obteve densidade nas duas áreas, com respectivamente 32,06% e
32,39%. Laguncularia racemosa apresentou maior densidade na área do Porto do Itaqui, mas
obteve menor densidade na área da Ilha dos Caranguejos, com respectivamente 28,24% e
7,04%. Também não houve significativa variação para Avicennia schaueriana, que
apresentou nas proximidades do Itaqui valor de 22,13% e na área da Ilha dos Caranguejos,
19,71%. Já Rhizophora mangle obteve maior densidade na área da Ilha dos Caranguejos, com
40,84% e menor densidade na área do Itaqui, com 17,55% (Figura 5).
Na área portuária, a maior densidade de Laguncularia racemosa demonstra a
característica pioneira de colonização dessa vegetação em área sob interferência humana,
podendo ter substituído outras espécies típicas de condições naturais e estabelecendo um
processo de recuperação da vegetação, uma vez que essa espécie tem a tendência de germinar