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Para Schein (1987), culturas nacionais, organizacionais ou subculturas são
formadas por pressupostos básicos, artefatos visíveis e conjuntos simbólicos que
criam os valores sociais. Esses valores nas organizações contribuem para criar
parâmetros de como pensar, agir e sentir, e por isso desempenham papel relevante
nas empresas. Desta forma, as organizações são parte de uma sociedade, logo,
parte de sua cultura, tornando-se subculturas desta sociedade.
Chiavenato (2000) afirma que muitos aspectos da cultura organizacional
podem ser identificados, são os aspectos formais e abertos, como a estrutura
organizacional, processos e diretrizes. Os aspectos informais e ocultos são de difícil
percepção e envolvem normalmente atitudes, sentimentos, valores e percepções.
Os aspectos informais, ou ocultos, são os mais difíceis de serem
compreendidos, interpretados e, conseqüentemente, de serem modificados. Apesar
disso, Chiavenato (2000) afirma que a cultura de uma organização não é estática, e
sofre alterações com o tempo, dependendo das condições internas e externas. O
que varia é a velocidade com que esta modificação acontece. A única maneira viável
de se mudar uma organização é mudar a sua cultura.
Ao entender-se a questão do desenvolvimento sustentável como um fator
comum a todas as nações do planeta, que deve ser encarado sistemicamente, com
uma orientação para o futuro e para a manutenção das gerações futuras, para que
este desenvolvimento seja posto em prática na sua plenitude se faz necessário uma
busca de consenso sobre questões polêmicas e cruciais.
A compreensão da total interdependência entre as problemáticas econômicas,
sociais e ambientais, como o aquecimento global e emissão de poluentes, apenas
para citar alguns exemplos, se faz necessária. A busca deste consenso pressupõe
habilidades de negociação e gestão de conflitos, que busquem um entendimento
para as divergências geradas, em grande parte, pelas diferenças culturais dos
participantes do grupo.
A UNESCO (2002, p.2), na Declaração Universal pela Diversidade Cultural,
reafirma o conceito de cultura como “o conjunto dos traços distintivos espirituais e
materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo
social e que abrange [...] os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os sistemas
de valores, as tradições e as crenças”.
A entidade, através da Declaração Universal pela Diversidade Cultural,
proclamou no referido documento, 12 artigos relacionados aos seguintes eixos: