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coisa que nos davam, eu estava sempre interessado [...] sempre ia fazendo tudo que
me pediam; eu procurava não fazer só aquilo, mas também algo mais... E eu fui
caminhando dessa forma. Aí a minha gerente via que eu me interessava, via que eu
queria aquilo pra mim, porque eu via a folha de pagamento deles e eu queria aquilo
pra mim, daí ela me perguntou se eu não queria ir pro caixa e eu aceitei. E desde
então eu sempre fui caixa, apesar de que eu conhecia bem do trabalho dos outros
setores também. [...] porque eu não me limito a só ficar no caixa, eu procuro fazer
algo mais, entendeu? E ir para os outros setores, [...] cobrança, contabilidade, todas
as áreas eu estive [...] sempre procurei fazer de tudo um pouco quando precisava. Eu
até já cheguei a estar no cargo de gerente, disposto a servir em outros setores do
banco. mas eu nunca fui nomeado, mas tive sim experiências além do caixa. Eu
estou completando, agora, aí, daqui um mês, 25 anos de banco, e tenho 24 anos de
caixa. [...] Então acho que a minha experiência foi decisiva pra minha permanência
no banco X, sim. [...] Os gestores do banco X, hoje nossos gerentes operacionais e
os nossos gerentes de agência, têm esse trabalho de analisar o operador, o
funcionário. [...] Eles veem como os funcionários estão fazendo as coisas... [...]
Então, provavelmente, eles viram que eu ia tentando, participando, aprendendo,
lendo, me esforçando... [...] e eu sempre tive essa facilidade, graças a Deus... em
aprender! [...] Então acho que isso foi suficiente pra que permanecesse.”
F4: “Ah, sim, porque no banco Y nós tínhamos muito contato com professores, com
pessoas aposentadas, idosas, então eu aprendi a conviver com essas pessoas, a
conversar [...] Eu acho que nós do banco Y éramos mais social (sic), até as pessoas
gostavam de mim pra conversar, contar histórias, [...] Então eu acho que a gente
pega uma carga assim de mais proximidade com os clientes! [...] Acho que isso
contou muito... [...] Porque eu gosto mesmo do que eu faço. Gosto de ser caixa, eu
quero o cliente, menina! Eu adoro o caixa! De estar ali com a pessoa! É o perfil,
cada um tem seu jeito de ser. E acho que foi válido isso, por isso a gente ficou.”
F5: “Ah, sim, porque todo background é um background. Porque todo o
aprendizado, [...] todo o conhecimento mesmo [...] eu acho que ele não morre, não
esmorece. [...] E também, eu trabalhei em escritório de contabilidade, e isso aí me
deu um background pro banco também, porque eu tenho noção de fundo de garantia,
de PIS, IPI, ICM, todos esses tributos.
[...] E isso me dá um respaldo muito grande pro meu trabalho aqui. [...] E eu adoro
pessoas, eu adoro gente! E pra você trabalhar no banco você tem que gostar de
gente, você tem que ter esse perfil! [...] E eu pensei que eu deveria é confiar no meu
potencial, porque aqui ou outro lugar eu sabia que emprego eu ia ter! [...] Então,
acho que como eu tava (sic) muito tranquila, na minha, isso contou um ponto pra
mim, porque pra mim tanto fazia sair ou permanecer no banco!
[...] Ahn, é lógico que todos desejavam ficar, e eu não era diferente... Porque, afinal
de contas, eu tinha um vínculo empregatício de quantos anos? Era de [...] vinte e
dois anos! E você não joga nada assim pro alto... [...] E também, eu me identifiquei
muito com o banco X porque a filosofia dele é muito igual aos meus valores. No
banco X é tudo certinho, [...] A gente não faz nada se não estiver dentro da lei,
dentro das normas... E isso vai de encontro ao que eu aprendi. [...] Que a gente deve
fazer tudo o que é dentro da lei, tudo o que é certinho, não enganar ninguém... [...]
Sempre esclarecer tudo, deixar tudo transparente. [...] E isso eu acho que ajudou
também que eu ficasse aqui, esse meu jeito de ser.
[...] eu acho que o ambiente de trabalho é você que faz! Eu adoro trabalhar e... Não
sei se eu tenho poder de adaptação muito grande, mas em todo e qualquer local eu
me dou bem! Eu posso estar lá na China que eu não me aperto não! Lá na França,
por exemplo, eu era babá, faxineira, garçonete, e tava bem feliz da vida! Ganhava
bem e gastava bem. [...]
[...] O pessoal do banco X que ficava com a gente pra nos auxiliar e nos ensinar
sempre foram (sic) muito amáveis, nunca tive problema não. Não sei se também é
porque eu tenho poder de assimilação muito rápido, ensinou uma vez é um abraço...
Então não tem estresse comigo. E aí você vai aprendendo, e eu odeio depender das
pessoas, certo?! Eu sou muito independente, então eu não vou lá perguntar pra