Download PDF
ads:
ELIEGE APARECIDA DE PAIVA OLIVEIRA
ARMAZENAMENTO DE SEMENTES TRATADAS COM
CLORETO DE MEPIQUAT NO DESENVOLVIMENTO
INICIAL DE PLANTAS DE ALGODOEIRO
LONDRINA
2010
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ELIEGE APARECIDA DE PAIVA OLIVEIRA
ARMAZENAMENTO DE SEMENTES TRATADAS COM
CLORETO DE MEPIQUAT NO DESENVOLVIMENTO
INICIAL DE PLANTAS DE ALGODOEIRO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Agronomia da Universidade
Estadual de Londrina, como parte das exigências
para obtenção do Título de Mestre em
Agronomia.
Orientador: Prof. Dr. Claudemir Zucareli
Co-Orientador: Dr. Celso Jamil Marur
LONDRINA
2010
ads:
ELIEGE APARECIDA DE PAIVA OLIVEIRA
ARMAZENAMENTO DE SEMENTES TRATADAS COM CLORETO DE
MEPIQUAT NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE
ALGODOEIRO
Dissertação apresentada ao Programa de s-
Graduação em Agronomia da Universidade
Estadual de Londrina.
Aprovada em:
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Dr. Sandremir de Carvalho FFALM
Dr. Getúlio Takashi Nagashima IAPAR
Prof. Dra Inês Cristina Batista da Fonseca UEL
Dr. Fábio Suano de Souza IAPAR
___________________________________
Prof. Dr. Claudemir Zucareli
Orientador
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 25 de fevereiro de 2010.
10
DEDICO
Ao meu filho Claudair Paiva de Oliveira, pelo incentivo, dedicação, amor
incondicional e pela compreensão de minha ausência nestes dois anos para que eu pudesse
realizar um de meus sonhos.
Aos meus pais Aparicio Antonio de Paiva e Elza Ferreira de Paiva
pelo exemplo de vida, pelo carinho e amor que dedicaram de suas vidas à
felicidade e educação de seus filhos.
OFEREÇO
Aos meus irmãos
Édio Antonio de Paiva e
Elson Demetrio de Paiva,
à minha amiga Marlene de Oliveira Fernandes e Danilo Zamuner
pelo companheirismo e infinita amizade que existe entre nós.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a DEUS.
Á Universidade Estadual de Londrina (UEL) pela oportunidade em realizar
o curso e pela infra-estrutura disponibilizada.
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes,
pela concessão da bolsa de estudo.
Ao meu Orientador, Professor Dr. Claudemir Zucareli, mais que professor
um amigo, pela confiança, pelos ensinamentos, pela dedicação, pelo exemplo de vida e pela
imensa contribuição para o meu crescimento pessoal e profissional.
Ao meu Co-orientador, Dr. Celso Jamil Marur, pela amizade, incentivo e
pela co-orientação na realização do experimento.
Ao Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) pela cessão da estrutura do
laboratório necessária para a realização e condução do experimentos.
À Coordenadora do Curso de Pós-Graduação, Drª Carmen Silva Vieira
Janeiro Neves.
A todos meus familiares, pelo incentivo, apoio e carinho dedicados em todos
os momentos.
Ao Pesquisador Ms. Alberto Sérgio Barros do Rego pela amizade, incentivo
e pelas sugestões na realização deste trabalho.
À todos os professores do Departamento de Agronomia Setor Fitotecnia
pelos ensinamentos e, em especial agradecimento a professora DInês Cristina de Batista
Fonseca pelo auxílio na estatistica deste trabalho e aos funcionários do Laboratório de
Fitotecnia da Universidade Estadual de Londrina, pela ajuda e período de convincia.
Aos funcionários do Laboratório de Sementes do Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR), em especial à Maria Catarina Perez e Maria Aparecida Dias da Silva.
À secretária do Curso de Pós-Graduação Weda Aparecida Westin.
Aos colegas dos cursos de Mestrado e de Doutorado em Agronomia da
Universidade Estadual de Londrina, pelo excelente convívio e pela troca de conhecimentos,
em especial ao meu amigo André Mateus Prando pela paciência e dedicação, ao apoiar-me em
minhas dificuldades.
Aos membros da banca examinadora, Professor Dr. Sandremir Carvalho e o
Dr. Getúlio Takashi Nagashima pela disposição e valiosas sugestões.
A todos aqueles que embora não mencionados contribuíram para a
realização deste trabalho e também estiveram comigo nesta importante etapa da minha vida.
OLIVEIRA, Eliege Aparecida de Paiva. Armazenamento de sementes tratadas com
Cloreto de Mepiquat no desenvolvimento inicial de plantas de algodoeiro. 2010. 73 fls.
Dissertação de Mestrado em Agronomia Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
2010.
RESUMO
Com a expansão da técnica de uso de reguladores de crescimento, visando à redução da altura
da planta do algodoeiro, metodologias com tratamento de sementes têm se mostrado
promissoras, tendo a vantagem de assegurar o controle do desenvolvimento da planta desde a
emergência. O objetivo do experimento foi avaliar a manutenção do efeito do Cloreto de
Mepiquat no desenvolvimento inicial das plantas de algodoeiro em função de doses e formas
de aplicação do regulador e armazenamento das sementes tratadas. O experimento foi
conduzido em casa de vegetação do Departamento de Agronomia, da Universidade Estadual
de Londrina (UEL), Londrina-PR. Foram utilizadas sementes de algodão, cultivar IPR 120,
tratadas via embebição por 12 horas em soluções com Cloreto de Mepiquat (250 g i.a L) nas
doses de 0,0; 5,0; 10,0; 15,0 e 20,0 g i.a. kg
-1
de sementes e, tratadas via aplicação direta nas
sementes, nas mesmas doses. Após o tratamento as sementes foram secas a sombra e
armazenadas. Nos tempos 0; 60; 120 e 180 dias as sementes foram semeadas em vasos e, a
cada sete dias após a emergência das plântulas foi determinada à altura e a área foliar das
plantas e, aos vinte e oito dias o diâmetro do caule e a massa de matéria seca de caules e
folhas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as dias comparadas pelo teste
de Tukey a 5%, sob o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro
repetições, em esquema fatorial de 5 x 2 (doses x formas de aplicação), independentemente
para cada período de armazenamento. As médias de doses foram submetidas a estudos de
regressão. Independente da forma de aplicação via semente, o Cloreto de Mepiquat reduz o
diâmetro do caule, a massa da matéria seca de folhas e caule, a área foliar, e a altura de plantas
de algodoeiro, com efeitos intensificados com o aumento das doses aplicadas. A forma de
aplicação via sementes e o armazenamento das sementes tratadas por até 180 dias não
interferem na ação do regulador de crescimento. A ação reguladora de crescimento do Cloreto
de Mepiquat perdura pelo menos até os 28 DAE das plantas, independente da forma de
aplicação, dose utilizada e período de armazenamento das sementes tratadas.
Palavras chave: Gossypium hirsutum L., regulador vegetal, embebição e aplicação direta.
OLIVEIRA, Eliege Aparecida de Paiva. Storage of seeds treated with Chloride Mepiquat
the early development of cotton plants. 2010. 73 fls. Master Dissertation in Agronomy
Londrina, State University, 2010.
ABSTRACT
With the expansion of the technique of using growth regulators in order to reduce the plant
height of cotton, methodologies for seed treatment have shown promising, with the advantage
of ensuring the control of plant development from emergence. The study aims to assess the
maintenance effect of chloride Mepiquat in the early development of cotton plants in terms of
doses and application methods of regulating and storing seeds. The experiment was conducted
in a greenhouse of the Department of Agronomy, State University Londrina (UEL), Londrina-
PR. Seeds of cotton cultivar IPR 120, treated by soaking for 12 hours in solutions containing
chloride Mepiquat (250 g ai L) at 0.0, 5.0, 10.0, 15.0 and 20.0 g ai kg-1 seed and treated by
direct application to the seeds, the same doses. After treatment the seeds were dried in the
shade and stored. At 0, 60, 120 and 180 seeds were sown in pots and each seven days after
seedling emergence was determined height and leaf area and the twenty-eight days the stem
diameter and mass dry stems and leaves. Data were subjected to analysis of variance and
means compared by Tukey test at 5%, under the completely randomized design with four
replications in a factorial 5 x 2 (doses and application forms), independently for each period
storage. The mean doses were subjected to regression studies. Regardless of the application
form via seed, Mepiquat Chloride reduces the diameter, the dry mass of leaves and stems, leaf
area and height of cotton plants with enhanced effects with increasing doses. The form of
application to seeds and storage of seeds treated for 180 days did not interfere with the action
of plant growth regulator. The regulatory action of growth chloride Mepiquat lasts at least
until 28 DAE plants, regardless of the application form, dose and storage period of seeds.
Keywords: Gossypium hirsutum L., plant growth regulator, imbibition and direct application.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................09
2 REVISÃO DE LITERATURA ..........................................................................................12
2.1 O Algodoeiro............. ......................................................................................................12
2.2 Importância, Produção e Mercado para a Cultura do Algodão..........................................13
2.3 Cultivares ..........................................................................................................................16
2.4 Arranjo de Plantas .............................................................................................................17
2.5 Reguladores de Crescimento.. ...........................................................................................18
2.6 Cloreto de Mepiquat...........................................................................................................20
2.7 Aplicação de Cloreto de Mepiquat .....................................................................................22
2.8 Cloreto de Mepiquat no Desenvolvimento do Algodoeiro................................................23
2.9 Cloreto de Mepiquat em Sementes de algodão..................................................................29
2.10 Armazenamento de Sementes..........................................................................................32
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................35
3 ARTIGO: DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE ALGODOEIRO
EM RESPOSTA AO ARMAZENAMENTO E TRATAMENTO DE SEMENTES
COM CLORETO DE MEPIQUAT
Resumo.....................................................................................................................................45
Abstract .....................................................................................................................................46
Introdução..................................................................................................................................47
Material e Métodos...................................................................................................................49
Resultados e Discussão..............................................................................................................53
Conclusões.................................................................................................................................68
REFERÊNCIAS......................................................................................................................69
9
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, com as novas demandas de mercado, a agricultura
passou a ter relevante importância no cenário da economia globalizada, pelo fato dos produtos
agrícolas serem a matéria prima de grande parte desse comércio. Tais demandas, atualmente,
refletem na cotonicultura mundial, um segmento importante do agronegócio.
O algodão é cultivado como cultura anual na maioria dos países produtores,
apresentando relevante importância social e econômica no Brasil e no mundo, registrando-se
entre as dez maiores fontes de riqueza no setor do agronegócio brasileiro. Segundo Richetti e
Melo Filho (2001), o aproveitamento da planta do algodão (Gossypium spp.) é um dos mais
completos haja vista a sua diversidade quando empregada como matéria prima principalmente
a semente e a fibra. na fabricação de produtos de utilidade.
Para o sucesso de qualquer atividade agrícola e, em especial, na
cotonicultura, duas rotas devem ser consideradas, a primeira é a rota genética, onde se busca a
melhoria da cultivar em relação à qualidade de fibra, incremento na porcentagem de fibra,
aumento na produtividade e resistência ampla a pragas e doenças, visando reduzir custos de
produção e os níveis de agressão ao meio ambiente. A segunda, é a rota ambiental onde se
manipulam insumos e alguns fatores de produção além de aspectos de cultura, como o
espaçamento, a densidade de semeadura, a época ideal de semeadura, os métodos de preparo
do solo, dentro outros, objetivando a máxima produtividade econômica, com sustentabilidade
global (BELTRÃO et al., 1999).
Uma mudança significativa ocorrida na cultura do algodoeiro, com a
utilização de áreas extensivas, inclusive no Brasil central, foi à operação de colheita.
Anteriormente, era realizada manualmente e parcelada, passando a ser totalmente mecanizada
em uma única operação. Com isso, alterações se fizeram necessárias à cultura e o manejo,
como por exemplo, no espaçamento, na arquitetura e na altura de plantas, na desfolha e na
abertura de frutos, visando melhorar o desempenho operacional das colhedoras e preservar a
qualidade de fibras.
Atualmente, as cultivares disponíveis no mercado apresentam porte superior
a 120 cm, dificultando os tratos culturais, principalmente a colheita mecanizada e o uso da
pulverização foliar, tanto de inseticidas e fungicidas como de reguladores de crescimento.
10
Dessa forma, faz-se necessário o desenvolvimento de técnicas de manejo que permitam a
redução do porte da planta o mais cedo possível.
Uma das alternativas é a utilização de reguladores de crescimento a qual se
constitui em uma tecnologia eficaz, que promove alterações na arquitetura das plantas,
tornando-as mais compactas, devido à redução do crescimento vegetativo excessivo, aumenta
a retenção de frutos nas primeiras posições dos ramos frutíferos, aumenta a precocidade,
melhora a eficiência da colheita e a qualidade do produto colhido (REDDY et al., 1990;
McCONNELL et al.; 1992). Entre os reguladores de crescimento, destaca-se o Cloreto de
Mepiquat, comercialmente denominado PIX HC, o qual conforme relatos de diversos autores
citados por Lamas et al. (2000) apresenta tais benefícios.
Normalmente os redutores de crescimento o aplicados via foliar durante o
desenvolvimento vegetativo da planta, contudo, com a expansão da técnica de uso de
fitorreguladores, visando à redução da altura da planta do algodoeiro, as metodologias com
tratamento de sementes têm se mostrado promissoras. Estas metodologias apresentam a
vantagem de assegurar o controle do desenvolvimento foliar da planta desde a emergência,
independente de condições adversas para a pulverização, como período de chuvas.
No entanto, são poucas as informações disponíveis relacionadas ao
tratamento de sementes de algodão com reguladores de crescimento, principalmente
abordando os efeitos do produto durante o armazenamento, as formas de aplicação e a
manutenção do efeito do produto após o armazenamento das sementes tratadas.
Sementes armazenadas após determinado período perdem o vigor, pois
passam a germinar mais lentamente do que as sementes novas, respirando mais lentamente e
se tornando mais suscetíveis às doenças, causando a morte da semente, e como decorrência da
deterioração, ocorrem várias alterações fisiológicas, bioquímicas e genéticas, tais como:
danificação cromossômica (ROBERTS, 1973), perda de enzimas (WOODSOCK, 1973),
degradação do sistema respiratório (ABDUL-BAKI e ANDERSON, 1972), diminuição da
produção de ATP (ANDERSON, 1977) e desorganização das membranas celulares
(BASAVARAJAPPA et al., 1991). Além da perda da compartimentalização celular, a
desintegração do sistema de membranas promove descontrole do metabolismo e das trocas de
água e solutos entre as células e o meio exterior, determinando a redução da viabilidade da
semente (MARCOS FILHO, 1999). Essas são algumas evidências de que os danos às
membranas celulares, que resulta em menor habilidade de reter os solutos dentro das lulas,
podem ser um dos efeitos do armazenamento prolongado.
11
Dessa forma, tratamentos com produtos químicos, previamente ao
armazenamento, podem contribuir para acelerar o processo de deterioração e, ainda, tais
produtos podem ter seu efeito anulado ou reduzido em virtude do período e condições de
armazenagem.
Diante do exposto, o objetivo do experimento foi avaliar a manutenção do
efeito do Cloreto de Mepiquat no desenvolvimento inicial das plantas de algodoeiro em
função de doses e formas de aplicação do regulador e armazenamento das sementes tratadas.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O ALGODOEIRO
As referências históricas à cultura do algodão datam de muitos séculos antes
de Cristo (MELO FILHO et al., 2001). No Brasil, quando da chegada dos portugueses, se
cultivava, fiava e tecia o algodão (CORRÊA e COUTO, 2008). No século XVIII, esta cultura
tomou grande impulso nos estados do Pará, Ceará, Pernambuco e Bahia (MATO GROSSO,
2008).
Atualmente, são cultivados no mundo dois tipos de algodão: o arbóreo e o
herbáceo. O arbóreo se assemelha a uma árvore mediana, de cultivo permanente; já a espécie
herbácea (Gossypium hirsutum L.var. latifolium Hutch) é um arbusto de cultivo anual, sendo
uma das 50 espécies classificadas e descritas do gênero Gossypium. Cerca de 90% das
fibras de algodão comercializadas no mundo são provenientes da espécie hirsutum
(ALGODÃO, 2008).
O algodoeiro herbáceo é uma planta do tipo C3, de origem tropical e
subtropical de crescimento indeterminado, com elevada taxa de fotorrespiração e alto ponto de
compensação de CO
2
, portanto, na ausência de luminosidade ocorre redução na fotossíntese
líquida das folhas (ROSOLEM, 2007).
A espécie hirsutum L. possui grande complexidade morfológica, possuindo
particularidades importantes que faz distinguir dentro do gênero Gossypium e da família
Malvaceae da qual faz parte. A principal via de propagação do algodoeiro herbáceo é a
sexuada, por meio de sementes. Como toda dicotiledônea, possui sistema radicular do tipo
pivotante, que, em condições normais, é bastante desenvolvido e vigoroso. O caule,
posicionado na vertical, na maioria das vezes cilíndrico, tendo uma gema apical e vários nós e
entrenós. As folhas são simples, o possui bainha, sendo longamente pecioladas, este com
estrutura interna parecida com a do caule, podendo ser revestidos de los ou tricomas. As
flores são isoladas e pedunculares, com brácteas codiformes, livres, onde cada ramo frutífero
produz, em média, seis a oito botões que darão origem às flores. O fruto, quando novo e em
desenvolvimento, antes de abrir, é vulgarmente chamado de “maçã” e, depois de aberto,
denomina-se capulho. A semente é coberta por línter (raça latifolium Hutch), constitda de
fibras pequenas e muito ricas em óleo (BELTRÃO e SOUZA, 1999). Para expressar seu
13
potencial produtivo à planta de algodão necessita de condições climáticas adequadas em seus
estádios de crescimento e desenvolvimento, quantidades suficientes de água e temperatura na
faixa ótima. A germinação é favorecida na faixa de 18 e 30
o
C e temperaturas do ar entre 27 e
32
o
C são ideais para o crescimento e desenvolvimento dos frutos, que requerem mais de 150
mg de açúcares por dia e por unidade. Porém, abaixo de 15
o
C e acima de 38
o
C, ocorre
elevada queda de boes florais e de frutos jovens (BELTRÃO et al., 2006).
Dentre os fatores ambientais, a temperatura é a que mais interfere no
metabolismo do algodoeiro, influenciando diretamente seu crescimento e desenvolvimento. A
fenologia, a produção de fitomassa e a partição de assimilados entre os drenos da planta, em
especial dos frutos, dependem da temperatura do ambiente, principal fator que regula a
qualidade de fibra (AMORIM NETO e BELTRÃO, 1999).
O algodoeiro é uma espécie extremamente exigente em fertilidade do solo,
necessitando de um manejo criterioso e planejado, para altas produtividades e qualidade de
fibra. Este aspecto, necessário ao cultivo do algodão, está intimamente relacionado com as
condições climáticas dos locais de produção, portanto, as práticas de manejo da fertilidade do
solo e a adubação podem influenciar no equilíbrio das fases vegetativa e reprodutiva,
refletindo na produtividade e qualidade de fibra (PETTIGREW et al., 1992).
Na ausência de condições adversas de estresse de umidade, de temperatura,
e de pragas e doenças, o ciclo de desenvolvimento do algodoeiro ocorre por meio de
sucessivas etapas: (a) compreende da semeadura à emergência, fase em que ocorre a
embebição, germinação da semente e estabelecimento dos cotilédones 4 a 10 dias, podendo
prolongar-se em condições desfavoráveis. (b) surgimento do primeiro botão floral que,
geralmente, ocorre 30 dias após a emergência (DAE); (c) aparecimento da primeira flor, que
ocorre entre os 45 e 60 DAE; (d) abertura do primeiro capulho, entre os 90 e 120 DAE; (e)
inclui as primeiras e últimas colheitas, com a completa abertura das maçãs, o que ocorre, em
dia entre os 120 e 180 DAE, dependendo da cultivar e do ambiente (BELTRÃO e SOUZA,
2001).
O ciclo de desenvolvimento também pode ser caracterizado em estádios
fenológicos e as etapas de estádio são: entre a emergência da plântula e até que a primeira
folha verdadeira tenha o comprimento de 2,5 centímetros de nervura principal, o estádio será
V
0
. A partir do limite anterior e até que a segunda folha verdadeira tenha a sua nervura
principal com comprimento de 2,5 centímetros, o estádio será V
1.
Sucessivamente, aplicando o
mesmo critério, a planta avançará para os estádios V
2,
V
3,
V
4,
V
5
etc... Nesta fase, considera-se
14
folha verdadeira expandida quando a nervura principal de seu limbo foliar for maior que 2,5
centímetros. A fase reprodutiva terá indicação B, quando o primeiro botão floral estiver
visível, o estádio passa a ser B
1.
Quando o primeiro botão floral do terceiro ramo reprodutivo
estiver visível, a planta estará no estádio
B
3
e, neste momento, estará sendo formado,
também, o segundo botão floral no primeiro ramo frutífero. Sucessivamente, à medida que o
primeiro botão floral de um novo ramo frutífero estiver visível, o estádio passará a ser B
n
.A
indicação B não será mais utilizada a partir do momento em que o primeiro botão floral do
primeiro ramo frutífero transformar-se em flor. A partir de então, o estádio de
desenvolvimento passará a estádio F
1.
O estádio de desenvolvimento será F
3
na abertura da
primeira flor do terceiro ramo frutífero
e nota-se nessa fase, também, a abertura da flor na
segunda estrutura do primeiro ramo frutífero. Sucessivamente, à medida que ocorrer a
abertura da primeira flor do ramo frutífero de número n, o estádio passará a ser F
n
. Quando da
primeira bola do primeiro ramo tranformar-se em capulho o estádio passará a C
1.
A seguir o
estádio passará a C
n ,
a medida que ocorrer a abertura do primeiro capulho do ramo frutífero
n. Em casos, onde não há observação de flores abertas, antes da abertura do primeiro capulho,
será caracterizado com FC, que significa o período entre a última flor (F) e o primeiro capulho
(C) (MARUR e RUANO, 2004).
2.2 IMPORTÂNCIA, PRODUÇÃO E MERCADO PARA A CULTURA DO ALGODÃO
O algodoeiro é a fibrosa de maior importância econômica pelo volume e
valor da produção. O aproveitamento da planta do algodão é um dos mais completos,
destacando-se a utilização da semente e da fibra, sendo a fibra de algodão a mais utilizada
pelo homem (RICHETTI e MELO FILHO, 2001).
Segundo Melo Filho et al. (2001), a razão de tal importância consiste nas
notáveis propriedades que as caracterizam: as roupas confeccionadas com algodão suportam
elevadas temperaturas na passagem a ferro, são resistentes e m a particularidade de
agasalhar o corpo no inverno, sendo, no entanto, frescas no verão, o que não ocorre com as
fibras sintéticas. As fibras mais curtas são utilizadas na preparação do algodão hidrófilo para
enfermagem, e as de baixa qualidade, na confecção de feltros, cobertores, tapetes, enchimento
de almofadas, colchões e móveis, além do emprego na fabricação de papel para escrever, de
películas fotográficas e chapas para radiografia.
15
A semente representa aproximadamente 65% do peso da produção e a fibra
35%. Sua semente possui entre 18 a 23% de óleo e contém média de 15% de protna bruta
nas cultivares atual. O óleo extraído da semente, depois de refinado, é utilizado na
alimentação humana e na fabricação de margarina e sabão. A torta, subproduto da extração do
óleo é utilizada na alimentação animal devido ao seu alto teor protéico com 40 a 45% de
protnas. O tegumento é usado para fabricar certos tipos de plásticos e de borracha sintética.
O nter, a fina penugem que fica aderida à semente depois de extrda a fibra, é usada na
indústria química de plásticos, raião e explosivos. O caroço, após a retirada da pluma, tem
grande utilidade na nutrição animal (RICHETTI e MELO FILHO, 2001).
Contudo, a produção mundial de algodão vem registrando declínio ano
a ano, segundo o Departamento de Agricultura Norte-Americano que prevê uma produção
mundial de 23,8 milhões de toneladas de algodão em pluma em 2008/09, sendo 9,1% menor
em relação ao ano anterior, e um consumo de 24,5 milhões, 9,2% abaixo do registrado na
safra 2007/08 (USDA, 2009).
A previsão para safra 2008/09 é de redução na produtividade de algodão em
caroço mundial (de 793 kg ha
-1
em 2007/08 para 762 kg ha
-1
em 2008/09), ocasionada pelo
clima desfavorável em várias regiões e, em alguns casos, por menores investimentos em
insumos, devido à baixa rentabilidade do negócio. Entre os países produtores, a redução da
produtividade na safra atual, em face à do ano anterior, é verificada na Índia, Estados Unidos e
Brasil (USDA, 2009).
A produção de algodão representa importante papel na economia brasileira,
ocupando lugar de destaque no processo de evolução agroindustrial do país (BARROS e
SANTOS, 2001; NEHEMI et al. 2004). A cultura do algodão está inserida entre as dez mais
importantes culturas agrícolas no Brasil. O cultivo do algodão no Brasil, considerado "ouro
branco" nas décadas de 1940 a 1970, tomou impulso após a crise do café, tornando-se um dos
principais produtos agrícolas já na década de 1930. O recorde de produção, contudo, foi
alcançado na safra 1984/85, quando o volume de pluma chegou a quase um milhão de
toneladas. No início da década de 70, o país era o quarto exportador mundial de algodão,
ocupando o terceiro lugar na pauta de exportações brasileiras. Entretanto, nos quinze anos
subseqüentes, o país foi perdendo não a posição de exportador, mas também a capacidade
de abastecer plenamente a indústria têxtil (CORRÊA e COUTO, 2008). Outros aspectos,
como um período de baixa nas cotões internacionais, aliado a subsídios para exportação por
parte de outros países e as condições mais atrativas de financiamento externo contribuíram
16
para a redução da produção nacional e, conseqüentemente, para o crescimento das
importações (MELO FILHO et al., 2001).
Esses não foram os únicos fatores a contribuir com a redução do cultivo do
algodão no país, a introdução e dispersão do bicudo-do-algodoeiro, na cada de 80,
contribuíram significativamente para essa redução, refletindo na migração de milhares de
trabalhadores e suas famílias para as periferias das grandes cidades. Dessa forma, a região
nordeste passou de grande produtora, com produção de 220.000 toneladas de pluma, a grande
importadora (BELTRÃO, 2003).
O reflexo da redução de produção do algodão brasileiro pode ser observado
na safra 1996/97, quando a produção foi registrada como uma das mais baixas na história, 285
mil toneladas. Entre as dificuldades sociais decorrentes da baixa produção de algodão, no
início da década de 90, mais de 600 mil trabalhadores perderam seus empregos, tanto na
agricultura como na instria (CORRÊA e COUTO, 2008).
A partir de 1999, a situação é totalmente transformada com as mudanças
ocorridas no padrão tecnológico de manejo da cotonicultura brasileira, acarretando um intenso
processo de reestruturação produtiva do setor, a mais aparente foi à transfencia geográfica
da produção, das regiões tradicionais de São Paulo e Paraná, para as novas regiões produtoras
do cerrado brasileiro: Mato Grosso, Goiás e o Oeste da Bahia (FERREIRA FILHO e ALVES,
2007), principalmente, o Estado do Mato Grosso por apresentar características edafo-
climáticas essenciais ao cultivo do algodão (FUNDO DE APOIO À CULTURA DO
ALGODÃO, 1999). As condições de alta incidência solar, regime de chuvas bem definido e
topografia plana são características que favorecem a produção da fibra de algodão de alta
qualidade tecnológica (FUNDAÇÃO MT, 2001). Desta forma o país voltou a ter elevados
ganhos de produtividade e qualidade.
Atualmente, o algodão tem como maiores produtores os municípios de: São
Desidério, Campo Verde, seguido de Sapezal situados no estado do Mato Grosso e Barreiras
na Bahia. Os seis estados, maiores produtores do País, são: Mato Grosso, Bahia, Goiás, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, cabendo ressaltar que Mato Grosso e Bahia juntos,
representam 81,6% de toda produção (IBGE, 2010).
O novo perfil da cultura é caracterizado por grandes áreas cultivadas, que se
estendem de 100 a 3.000 ha, aumento da produtividade de algodão em caroço, de 1800 kg ha
-1
para 3.728 kg ha
-1
, elevados índices de mecanização, com adubação pesada, uso de herbicidas,
fungicidas, inseticidas e reguladores de crescimento; descaroçamento feito na própria
propriedade, permitindo ao produtor a venda direta às indústrias têxteis.
17
A vantagem do beneficiamento na propriedade é agregar valor ao produto
vendido, pois o a cotação do algodão em caroço é inferior ao valor do algodão em pluma
(CORRÊA E COUTO, 2008). Conforme relatórios apresentados pelo IBGE e CONAB
(2008), o Brasil ocupa a quinta posição mundial de produção de algodão e, o Estado do Mato
Grosso, é o maior produtor nacional, além de ser detentor da maior produtividade média do
país, com 3.705 kg/ha
de algodão em caroço.
A área plantada da safra 2008/09 foi 20,6% menor que a área da safra
anterior e a produção de algodão em caroço no Brasil obtida na safra 2008/2009 foi de 2,9
milhões de toneladas, sendo 25,6% inferior ao volume produzido na safra anterior. Para a
safra 2009/2010, a previsão é de redução de 10,6 a 4,4% na área semeada com algodão no
país. O decréscimo se deve à retração da área cultivada, conseqüência do desestímulo dos
produtores devido ao alto custo de produção e à baixa cotação nos mercados internos e
externos. A área a ser semeada ficará entre 753,4 e 805,6 mil hectares (CONAB, 2009).
A cultura do algodoeiro, atualmente, também integra o Plano Nacional de
Agroenergia lançado pelo Governo Federal em 2005 e revisado em 2006, para compor o
pacote de inovações tecnológicas para a agricultura de energia visando à substituição dos
combustíveis fósseis por energias limpas e seguras (BRASIL, 2006). Dantas (2006), em
estudos sobre a produção e caracterização do biodiesel proveniente do óleo de sementes de
algodão concluiu que o mesmo apresentou características combustíveis compatíveis com a
Resolução 42 da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Beltrão et
al. (2007) afirma que o óleo extraído de sementes de algodão poderá ser uma alternativa como
fonte de matéria-prima para a produção de biodiesel.
2.3 CULTIVARES
As mudanças ocorridas no sistema de produção para extensas áreas, a
diminuição de mão de obra no meio rural, contribuíram para a utilização, em larga escala, da
mecanização do cultivo, sendo a colheita a mais importante das operações na cultura do
algodão. A colheita mecanizada permite baixo custo operacional, maior rapidez, e melhoria na
qualidade do produto final obtido, reduzindo impurezas e contaminantes (AZEVEDO et al.,
2004).
18
O melhoramento genético no Brasil tem levado pesquisadores a buscar uma
maior diversificação de cultivares de algodão, atendendo aos interesses de produtores,
beneficiadores e também da indústria têxtil. Desta forma, um dos objetivos dos programas de
melhoramento é a obtenção de cultivares com maior potencial produtivo, de ciclo precoce e
dio, adaptadas à colheita mecânica, com resistência múltipla a doenças e nematóides
(FREIRE et al., 2007). Penna et al. (2001) mencionam ainda que doenças antes tidas como
ocasionais, tornaram-se problemas no presente, trazendo grandes desafios aos melhoristas.
Com a evolução do processo de melhoramento, a arquitetura das plantas do
algodoeiro também evoluiu, passando dos tipos piramidais ou cônicos, para plantas mais
cilíndricas, apresentando porte médio, com ramos frutíferos mais curtos e com a exigência
moderada do uso de reguladores de crescimento para adequação à colheita mecânica
(ORNELLAS et al., 2001).
2.4 ARRANJO DE PLANTAS
A população ideal de uma cultura por unidade de área é um dos
componentes da produção que mais contribui no aumento da produtividade final
(HOLLIDAY, 1960). A adequação da população de plantas destaca-se por tratar de uma
técnica de baixo custo e relativamente simples. Porém, apesar de simples, pode ser
influenciada por vários fatores, dentre eles o genótipo, o ambiente e o manejo da cultura. No
algodoeiro a população ideal depende de fatores como porte da cultivar, umidade e fertilidade
do solo e da necessidade do uso de mecanização na realização dos tratos culturais. Para
cultivares de crescimento determinado, as densidades e populações de plantas devem ser
teoricamente maiores (AZEVEDO et al., 2003).
De acordo com Lamas e Staut (2001), a resposta do algodoeiro em relação à
população de plantas por área é complexa e envolve aspectos ecofisiológicos, pois, alterações
no espaçamento e na densidade induzem a uma série de modificações no crescimento e
desenvolvimento das plantas. Segundo estes autores a altura de plantas, o diâmetro da haste
principal, a altura de inserção do primeiro ramo frutífero, o número de ramos vegetativos e
reprodutivos são algumas das características morfológicas do algodoeiro significativamente
influenciadas pela população de plantas.
19
Carvalho et al., (2001) em estudos utilizando as cultivares IAC 19, IAC 20 e
CNPA Precoce 1 com espaçamentos entre linhas de 0,60 e 0,90 m e uso de regulador de
crescimento, concluíram que espaçamento reduzido (0,60 m), aumenta a produtividade, a
despeito da menor massa de capulho por planta. A aplicação de regulador de crescimento
proporcionou aumentos na produtividade, na massa de 100 sementes, além de aumentar o
comprimento, o índice micronaire e a tenacidade da fibra.
2.5 REGULADORES DE CRESCIMENTO
Os reguladores de crescimento são substâncias sintéticas que, aplicadas nas
plantas, reduzem a concentração do ácido giberélico. A ação do regulador se pela inibição
da síntese de giberelinas nas plantas hormônio que tem a função de divisão e expansão das
células. O regulador de crescimento inibe uma das enzimas que está envolvida na biossíntese
de ácido giberélico, a caureno sintase (TAIZ e ZEIGER, 2004). Com a diminuição da
concentração deste hormônio, a divisão e a expansão celular são reduzidas;
conseqüentemente, o crescimento das plantas também é reduzido, resultando em plantas mais
compactas (JOST e DOLLAR, 2004).
As giberelinas são sintetizadas através da rota de terpenóides que pode ser
dividida em três etapas, cada uma ocorrendo em um compartimento celular independente
(HEDDEN e PHILLPS, 2000). Na primeira etapa ocorrem às reações de ciclização que
convertem o GGPP em ent-caureno e são específicas para giberelinas. A produção de
precursores de terpenóides e ent-caureno ocorre nos plastídios. A unidade básica biológica de
isopreno é o isopentenil difosfato (IPP)
2
, que é usado na síntese da giberelina em tecidos
clorofilados, e sintetizado nos plastídios a partir do gliceraldeído-3-fosfato e do piruvato
(LICHTENTHALER et al., 1997).
Uma vez sintetizadas, as unidades isoprênicas IPP são adicionadas
sucessivamente para formar intermediários de 10 carbonos (geranil difosfato), de 15 carbonos
(farnesil difosfato) e de 20 carbonos (geranilgeranil difosfato, GGPP). Somente após formar o
GGPP que a rota torna-se específica para giberelinas. As duas enzimas que catalisam as
reações estão localizadas nos plastídios dos tecidos do ápice meristemático, mas, estão
ausentes nos cloroplastos maduros (AACH et al., 1997). Assim, as folhas perdem sua
20
capacidade de sintetizar giberelinas a partir de IPP, uma vez que os cloroplastos estejam
maduros.
Na segunda etapa, ocorrem as reações de oxidação do GA12 e GA53. Um
grupo metil do ent-caureno é oxidado a ácido carbolico, seguido pela contração do anel B de
um anel de seis para um de cinco carbonos, resultando em GA12-aldeído, o qual é, então,
oxidado a GA12, a primeira giberelina da rota em todos os vegetais e, portanto, o precursor de
todas as demais giberelinas. As conversões seguintes da GA12 ocorrem no retículo
endoplasmático. Na terceira etapa, ocorre a formação de outras giberelinas a partir do GA12 e
GA53 no citosol. Todas as etapas subseqüentes da rota são realizadas por um grupo de
dioxigenases no citosol. Essas enzimas necessitam de 2-9 oxoglutarato e de oxigênio
molecular como co-substratos e usam Fe
+2
e ascorbato como co-fatores (TAIZ e ZEIGER,
2004).
Vários estudos comprovam a capacidade dos reguladores de crescimento em
reduzir o porte das plantas (BARBOSA, 1983; STUART et al., 1984; BARBOSA e CASTRO
1984; LACA-BUENDIA, 1989; REDDY et al., 1990; ATHAYDE e LAMAS, 1999;
NAGASHIMA et al., 2005; SOARES, 1999; LAMAS et al., 2000; NAGASHIMA et al.,
2007).
Santos (1998) propõe que com o surgimento de novas cultivares de algodão,
a utilização de semeadura adensada e a adequação da cultura à colheita mecânica, tornaram-se
imprescindível, o uso de redutores de crescimento. Segundo o autor, o uso do regulador é
também utilizado para adequar as plantas às pulverizações para controle de pragas e doenças e
proporcionar maior precocidade ao algodoeiro. Sendo uma planta com hábito de crescimento
indeterminado, busca-se com o uso de regulador de crescimento uma limitação do crescimento
vegetativo para que ocorra maior deslocamento de metabólitos para os drenos úteis do ponto
de vista econômico. Portanto, para a obtenção de elevados níveis de produtividade, dentre
outros fatores é importante o equilíbrio entre o crescimento (vegetativo e reprodutivo) e o
desenvolvimento, que é de natureza seqüencial (BELTRÃO et al. 1997).
Yamaoka et al. (2001) relatam que na viabilização da semeadura de algodão
em espaçamento ultra-adensado, ocorre a necessidade de criação de novas cultivares com
menor porte ou a aplicação de tecnologia adequada, interagindo população de plantas com
reguladores de crescimento, adubação e eficiente aplicação de defensivos. Utilizando a
cultivar IAC 18, com e sem a aplicação de regulador de crescimento via foliar, com
densidades de semeadura de 4, 8 e 16 plantas por metro linear, Cia et al., (1984), observaram
21
que a produção foi menor na maior densidade de cultivo e que a aplicação do regulador
promoveu aumento significativo da produção.
O algodoeiro quando cultivado em condições com adequada disponibilidade
de nutrientes e de água, e em condições climáticas favoráveis, geralmente implica no
excessivo crescimento vegetativo das plantas, dificultando o uso de espaçamentos adequados
para a mecanização da colheita. Além disso, o crescimento excessivo causa sombreamento no
dossel inferior, provocando o aprodecimento de frutos e a abscisão de estruturas reprodutivas,
interferindo negativamente na produtividade de fibra (OOSTERTHUIS 2001; RITCHIE et al.,
2004). Em tais situações, o uso de regulador de crescimento torna-se indispensável (REDDY
et al., 1992 e LAMAS et al., 2000).
O uso de reguladores de crescimento na cultura de algodão também visa
substituir o método da capação, prática por vezes utilizada por agricultores em pequenas
propriedades. Esse método é feito manualmente, planta por planta, eliminando-se a gema
apical do algodoeiro, para conseguir a redução da altura da planta. Carvalho et al. (1994),
comparando o efeito de diversos reguladores de crescimento e a remoção da gema apical, em
dez experimentos, observaram que os reguladores de crescimento proporcionaram aumento de
peso de capulho e das sementes, enquanto que com a prática da capação não se verificou o
mesmo efeito.
Entre os reguladores de crescimento, destaca-se o Cloreto de Mepiquat
comercialmente denominado PIX o qual, conforme relatos de diversos autores citados por
Lamas et al. (2000), apresenta certos benefícios potenciais, tais como: redução do crescimento
vegetativo, da altura das plantas, do tamanho dos internódios e do número de nós da haste
principal, do comprimento dos ramos laterais, aumento da massa de capulho e de 100
sementes, abertura precoce dos frutos, melhor eficiência da colheita e produto de melhor
qualidade.
2.6 CLORETO DE MEPIQUAT
O Cloreto de Mepiquat é um dos inibidores específicos da primeira etapa da
biossíntese de giberelinas, sendo utilizado como redutor de crescimento (TAIZ e ZEIGER,
2004). Segundo Sachs et al. (1960), o Cloreto de Mepiquat interfere no crescimento da planta
ao alterar o metabolismo do ácido giberélico (GA), pela inibição da enzima envolvida na
22
síntese deste regulador, indicando que menor quantidade deste regulador está disponível na
planta. O GA está associado ao processo de elongação celular dos caules, folhas, raízes, frutos
e também na divisão celular e a aplicação deste regulador de crescimento pode reduzir o porte
da planta (HOLDEN et al., 2008 REDDY et al., 1992).
A movimentação do Cloreto de Mepiquat ao interior da planta é rápida, 70 a
90% penetra na planta em período inferior a oito horas após aplicação e, sendo móvel dentro
da planta, desloca-se rapidamente para área de crescimento, como folhas e ramos novos
(HOLDEN et al., 2008). Esse regulador é translocado de forma ascendente e descendente,
pelo xilema e floema, e distribuído uniformemente por todas as partes da planta do algodoeiro
(REDDY et al., 1996).
A redução do porte da planta com a aplicação de Cloreto de Mepiquat ocorre
através do encurtamento dos meritalos, resultando em plantas mais compactas, com coloração
verde mais escura que aquelas sem o uso do regulador de crescimento, com mãs localizadas
nos ramos mais baixos, com índice de área foliar menor e ciclo reduzido (McCARTY e
HEDIN, 1994).
A redução do desenvolvimento vegetativo das plantas, a melhoria na
arquitetura, o aumento da retenção de frutos nas primeiras posições dos ramos frutíferos,
elevando a precocidade de abertura dos frutos, o aumento da eficiência na colheita e na
qualidade do produto colhido, evidenciam alguns dos benefícios do uso de Cloreto de
Mepiquat (KERBY et al., 1986; COTHREN e OOSTERHUIS, 1993).
Segundo Jsmone (2008) o Cloreto de Mepiquat é um regulador sintético de
crescimento de plantas, pertencente ao grupo químico dos amônios quaternários, que inibe a
ação da ent-caureno sintase, uma das enzimas envolvidas na biossíntese do ácido giberélico, e
dentro dos bio-reguladores tem a função de interferir nos processos fisiológicos da planta do
algodoeiro.
Apresenta em sua composição química o Cloreto de 1,1 dimetilpiperidinio,
com fórmula molecular: C
7
H
16
NCL e peso molecular de 149,66 e, que se apresenta como
solução aquosa, incolor e inodora, com temperatura de fusão de 223°C, de baixa toxicidade,
o se mostrou irritante para olhos e para a pele de coelhos. Em cobaias o produto não
apresentou potencial sensibilizante cutâneo. Foram conduzidos testes em animais de
laboratório, e o produto Cloreto de Mepiquat (PIX HC) apresentou LD
50
aguda oral para ratos
adultos de 1490 mg kg
-
¹, LD
50
aguda dermal de 7800 mg kg
-
¹. Os resultados dos estudos
permitem concluir que o Cloreto de Mepiquat não causa mutações, aberrações ou câncer sob
condições experimentais (BASF, 2007).
23
Iqbal et al., (2004), ao conduzir experimentos em condições de campo com a
finalidade de avaliar o efeito do espaçamento entre linhas de 0,25; 0,50 e 0,75m e quatro
sistemas de aplicação de Cloreto de Mepiquat (4 x 123; 2 x 246; 4 x 246 e 4 x 370 mL ha
-1
) e
testemunha sem aplicação do regulador de crescimento, obtiveram altura de plantas maiores
em espaçamentos mais estreitos (0,25 e 0,50 m), quando comparados com 0,75 m. Segundo
esses autores, embora a aplicação de Cloreto de Mepiquat não cause um aumento da
produção, o seu uso é importante no cultivo de algodoeiro em espaçamentos ultra-estreitos,
principalmente em locais com histórico de crescimento excessivo de plantas. Nesse mesmo
trabalho foi observado que a quantidade total de Cloreto de Mepiquat aplicado foi mais
eficiente no manejo da altura de plantas de algodão quando comparado com o número de
aplicações.
Bolonhezi e Gomes (2003) ao avaliar o comportamento das cultivares IAC
24, Coodetec 405 e Deltapine 4049, em espaçamentos entre linhas de 0,45 e 0,90 m com e
sem uso de Cloreto de Mepiquat, verificaram que, independentemente do uso do regulador de
crescimento, a produtividade das três cultivares de algodão não foram afetadas em
espaçamento de 0,45 m, e as plantas apresentaram a altura reduzida.
2.7 APLICAÇÃO DE CLORETO DE MEPIQUAT
As recomendações de formas e doses de aplicação do Cloreto de Mepiquat
devem ser específicas, pois cada cultivar de algodoeiro herbáceo, intrinsecamente, dem
particularidades próprias quanto à absorção de substâncias reguladoras de crescimento vegetal
(SOUZA et al., 2005).
Segundo Aguiar et al. (1999) a utilização de reguladores de crescimento
visando reduzir o excessivo crescimento vegetativo e precocidade do algodoeiro, já é uma
prática bastante utilizada pelos cotonicultores do Mato Grosso. No entanto, o estabelecimento
de doses e melhor época de aplicação são de grande importância para a da cultura (FERRAZ e
LAMAS, 1988).
O regulador sintético de crescimento Cloreto de Mepiquat é
tradicionalmente utilizado no mundo todo para controle da altura de cereais e outras culturas
(MCCARTY e HEDIN, 1994). A utilização na cultura de algodão é para manejar o aumento
da produção e a maturidade (NICHLOS et al., 2003).
24
Para a tomada de decisão sobre a aplicação de regulador de crescimento,
deve se levar em consideração às características genéticas da cultivar, fertilidade do solo,
condições climáticas, populão de plantas e época de semeadura, sendo, evidentemente,
recomendada a aplicação somente em condições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento
das plantas. Lamas e Staut, (2001) recomendam a dose de 1,0 L ha
-1
de Cloreto de Mepiquat,
aplicada de forma parcelada. Em condições favoráveis de crescimento vegetativo e para
cultivares de porte alto pode ser necessária a aplicação de doses maiores, as quais deverão ser
definidas tendo-se como referencial o crescimento das plantas e não somente o estádio
fenológico. Assim, é indispensável o monitoramento do crescimento das mesmas.
Segundo Mondino e Peterlin (2002) diferentes critérios de decisão foram
comparados para aplicação de reguladores de crescimento e suas influencias sobre o
crescimento e rendimento do algodoeiro, considerando o momento da aplicação determinante
no uso do produto. O método de avaliação do comprimento de todos os internódios da haste
principal da planta (quando ultrapassa os 4,5 cm) produziu resultados mais equilibrados de
crescimento e melhores rendimentos devido ao aumento no número e no peso dos capulhos.
A técnica usada do comprimento médio dos últimos cinco internódios da
haste principal (ALT5), para determinar a época da aplicação de Cloreto de Mepiquat é
proposta por (LANDIVAR et al., 1996). Utiliza-se régua especial para a medição e para
predizer a altura potencial da planta no termino do crescimento vegetativo. O método tem
como base duas suposições: a) o comprimento máximo de cada internódio é alcançado no
período entre 12 e 15 dias após o inicio de seu desenvolvimento; b) o crescimento de altura de
plantas segue modelo sigmoidal. Segundo os autores o método é mais sensível para detectar
mudanças no crescimento induzido pela aplicação de Cloreto de Mepiquat no crescimento dos
internódios e, sugerem também o uso desta metodologia para quantificar o efeito do estresse
hídrico e nutricional na elongação do ramo principal.
Normalmente, a aplicação de reguladores de crescimento é realizada via
pulverizações foliares, podendo ser única ou parcelada de forma seqüencial. Para aplicação
única do Cloreto de Mepiquat, a época recomendada é o inicio da floração. Biles e Cothren
(2001) ao comparar dois reguladores de crescimento Cloreto de Mepiquat e PGR- IV
aplicados isoladamente e em combinação, com aplicação única e em aplicação seqüencial,
constataram que a aplicação desses produtos influenciou positivamente o florescimento e que
a porcentagem de sobrevivência de flores não é diferente entre os tratados e o tratados,
segundo os autores o Cloreto de Mepiquat e PGR-IV afetam a sobrevivência de flores pela
maior retenção das estruturas reprodutivas antes do florescimento e não pela sobrevincia de
25
frutos após a floração. Para a aplicação seqüencial, o uso é entre 40 e 50 dias após a
emergência (DAE), com as plantas apresentando altura média entre 0,60 e 0,65m (LAMAS,
2001; ATHAYDE e LAMAS, 1999; LACA - BUENDIA, 1989).
Segundo recomendações da Basf (2007), para aplicação única, a dosagem de
um litro do produto comercial (50 g.i.a. L
-1
), deve ser utilizada quando a lavoura apresentar de
8 a 10 flores por metro linear ou quando atingirem 60 cm de altura. A segunda aplicação
ocorrerá 10 a 15 dias após a primeira, quando houver a retomada do desenvolvimento,
evitando assim, o uso na presença de estresse de qualquer origem. Para a aplicação seqüencial,
as doses deverão ser fracionadas com base na aplicação única em duas ou quatro aplicações,
baseadas na dose única, com a primeira aplicação quando 50% das plantas estiverem no
estádio B
1
(MARUR e RUANO, 2001).
Ao analisar o efeito do uso de Cloreto de Mepiquat na mesma dose total,
mas parcelado de forma diferente, no tocante à altura de plantas, foi mais evidenciado pela
dose total aplicada e com menos evidencia para o uso do esquema de parcelamento
(ATHAYDE e LAMAS, 1999), sendo a dose de 55 g ha
-1
suficiente para que as plantas se
mantivessem com altura inferior a 1,30 m, no espaçamento entre fileira de 0,90 m. Segundo os
autores, foi verificado apenas tenncia, das plantas que receberam a menor dose na última
aplicação, de apresentarem a maior altura, indicando que quando do parcelamento, a última
aplicação deve ser feita com uma dose mínima igual às anteriores.
Utilizando diferentes doses de Cloreto de Mepiquat em duas cultivares
(IAC-23 e Delta Opal) com aplicações parceladas e com densidades diferentes de plantas por
metro linear, Carvalho et al. (2008) concluem que maiores doses de regulador tende a redução
mais acentuada no porte das plantas.
Em experimentos com plantas de algodoeiro de grande porte, a dose única
de 50g ha
-1
o
diferiu da testemunha, ao contrário do que ocorreu com a aplicação parcelada,
confirmando melhor eficiência do último método (CIA et al. 1984). Furlani Junior et al
(2003), ao confirmarem estas informações, relatam que a aplicação parcelada de Cloreto de
Mepiquat é mais eficiente que a aplicação única, em termos de limitação do crescimento do
algodoeiro, propiciando maior média de capulhos.
Nóbrega et al. (1999), ao avaliar efeitos de dosagem de Cloreto de Mepiquat
(0, 60 e 120 g ha
-1
) e época de aplicação (50, 65 e 80 DAE), destacam que não foi observada a
interferência significativa das dosagens nas variáveis alturas de planta e rendimento de
algodão em caroço; porém, relata efeito para o fator época, em que, a aplicação aos 50 dias
após a emergência (DAE) proporcionou maior redução do comprimento dos meritalos das
26
plantas e a altura de plantas foi menor com aplicações aos 50 e 65 DAE quando comparadas à
aplicação efetuada aos 80 DAE.
A redução no porte do algodoeiro está diretamente relacionada com a dose
aplicada do regulador de crescimento, sendo útil às culturas com perdas precoces de estruturas
reprodutivas (shedding), causadas por ataques de pragas ou por algum fator de estresse, e que
reduzem os drenos reprodutivos, de modo que os carboidratos são utilizados para o
crescimento vegetativo (HOLDEN et al., 2008).
Em estudos realizados por Zanqueta et al. (2004) ao avaliar formas de
aplicação de regulador de crescimento associado a diferentes densidades de plantas (6, 10 e 14
plantas m
-1
) sobre o comportamento de cultivares de algodoeiro (IAC-22 e CNPA ITA 90),
concluíram que esse depende da cultivar e da densidade de plantas utilizada, sendo que a
forma de aplicação de regulador (única ou parcelada) pode interferir na altura final das
plantas.
Ferreira et al. (2005) ao estudarem a melhor dose do regulador de
crescimento em diferentes cultivares (BRS Araçá, BRS Cedro, Deltapenta, Fibermax 966 e
BRS Buriti e a linhagem CNPA GO 2003-AE
+
) concluíram que a dose adequada de Cloreto
de Mepiquat é diretamente relacionada com as diferentes cultivares. Segundo os autores, para
a manutenção da altura da planta do algodoeiro adequada entre 1,20 e 1,30 cm, seriam
necessários 45 gramas do princípio ativo de Cloreto de Mepiquat via pulverização foliar para
a cultivar BRS Araçá e 95, 55, 27, 67 e 100 gramas para as cultivares BRS Cedro, DeltaPenta,
Fibermax 966, linhagem CNPA GO 2003-AE
+
e BRS Buriti, respectivamente.
Segundo Lamas (2001) para que se obtenha sucesso com o uso de
reguladores de crescimento, o momento da primeira aplicação é decisivo, pois a ocorrência de
atraso na primeira aplicação, a altura das plantas do algodoeiro no final do ciclo será
semelhante ao tratamento que não recebeu regulador de crescimento. Para Holden et al.
(2008), a época da primeira aplicação do produto apresenta a maior influência em seu
desempenho. A aplicação na dose de 600 mL ha
-1
do Cloreto de Mepiquat na época do
aparecimento da primeira flor tem apresentado o mesmo efeito que 1000 mL aplicados 10 dias
mais tarde, devido ao rápido crescimento da planta neste período, o que reduz o nível de
concentração do produto no interior da planta. Entretanto, segundo os mesmos autores, as
múltiplas aplicações têm o mesmo benefício em cultivos adensados, quando um excessivo
crescimento vegetativo.
27
Em cultivares de crescimento vigoroso, a primeira aplicação deve ser
realizada quando as plantas apresentarem de seis a oito nós e para as de menor porte e com
crescimento menos vigoroso, de 8 a 10 nós acima do nó cotiledonar (LAMAS, 2007).
Carvalho et al. (2005) em estudos realizados com as cultivares IAC-23 e
Delta Opal, e três densidades de plantas (6, 9 e 12 plantas por metro linear) com espaçamento
entre linhas de 45 cm, utilizando Cloreto de Mepiquat nas doses 1,0; 2,0 e 3,0 L ha
-1
em
aplicações parceladas, concluíram que doses elevadas promovem redução acentuada na altura
de plantas.
Yamaoka (1982) utilizando três formas de aplicação de Cloreto de
Mepiquat, aos 40 DAE, 60 DAE, 40 e 60 DAE (1/2 +1/2) e dose de 50 g ha
-1
verificou que a
aplicação do regulador de crescimento, independente da forma de aplicação, reduziu a altura
da planta do algodoeiro, sendo que a aplicação total aos 40 DAE foi prejudicial para a
produção de algodão em caroço. Por outro lado, com aplicações parceladas, resultou em maior
ganho de produtividade.
Os resultados obtidos com a aplicação de Cloreto de Mepiquat são
influenciados diretamente pelas condições ambientais, principalmente no Brasil, onde a
cotonicultura localiza-se em regiões com índice pluviométrico de aproximadamente 2.000 mm
anuais, e com a aplicação de regulador de crescimento nestas condições, faz com que o
produto aplicado seja lavado pela chuva antes de ser completamente absorvido pela planta.
Uma precipitação de 10 mm ocorrida 16 horas após a aplicação do regulador de crescimento é
suficiente para lavar o produto da folha, havendo a necessidade de reaplicação do regulador de
crescimento (MATEUS et al. 2004).
2.8 CLORETO DE MEPIQUAT NO DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO
Segundo Mondino e Peterlin (2002), o uso de reguladores de crescimento na
cultura do algodão além de evitar o crescimento vegetativo em excesso, diminui o número de
nós e a distância entre nós das plantas tratadas e, melhoram a distribuição da matéria seca em
óros reprodutivos.
Plantas de algodão tratadas com Cloreto de Mepiquat tiveram redução no
comprimento do quinto, timo, nono e décimo primeiro ramo, obtendo assim maior retenção
de frutos nas primeiras posições dos ramos frutíferos (ATHAYDE e LAMAS, 1999).
28
Souza et al. (2008), verificaram que com a aplicação de Cloreto de Mepiquat
aos 10 DAE não houve alteração no número de ramos frutíferos. A retenção de capulhos
aumentou nos nós inferiores, permanecendo inalterados nos nós intermediários e a retenção
foi menor nos nós superiores, esses resultados obtidos possivelmente estejam relacionados ao
aumento do suprimento de carboidratos para as maçãs, pois o Cloreto de Mepiquat reduz o
crescimento de folhas e caules desviando assim uma quantidade de energia produzida pela
planta para as estruturas produtivas (HOLDEN et al., 2008).
Estudos realizados por Athayde e Lamas (1999), demonstraram que o efeito
de Cloreto de Mepiquat sobre a produção de algodão em caroço e a porcentagem de fibras,
o foram significativos. Segundo Laca-Buendia (1989), ao analisar porcentagem de fibras,
índice micronaire, o houve diferenças significativas para os tratamentos estudados, em que
compararam a aplicação de diferentes doses de Cloreto de Mepiquat e Cloreto de
Chlormequat. O uso do Cloreto de Mepiquat não alterou as características tecnológicas da
fibra: comprimento, uniformidade, índice micronaire, maturidade (%), sendo observada em
alguns casos, uma tendência de aumento nos resultados médios apresentados (CRUZ et al.,
1982).
Segundo Hodges et al. (1991), o Cloreto de Mepiquat não é usado para
aumentar a produção, mas para obter plantas com menor porte em solos com condições
elevadas de fertilidade; o seu uso inibe a expansão de folhas e pecíolos, promovendo o
aumento de raízes secundárias (FERNÁNDEZ et al., 1991). Ao avaliar o efeito de diferentes
doses de Cloreto de Mepiquat, aplicados parceladamente na cultura de algodão, Lamas et al.
(2000) observaram redução na massa foliar, do caule e de massa seca total da parte vegetativa.
Segundo Lamas et al. (1999), ao comparar o efeito de diferentes doses de
Cloreto de Mepiquat e de Thidiazuron sobre as características fisiológicas em sementes de
algodoeiro verificaram que o aumento da dose de Cloreto de Mepiquat (90 g ha
-1
) aumenta a
massa de 100 sementes. A velocidade de emergência de plântulas originadas das sementes de
plantas tratadas aumenta de forma linear com a elevação da dose do regulador de crescimento,
o afetando a porcentagem de germinação e o comprimento do hipocótilo.
Em ensaios realizados no Mato Grosso, Lamas et al. (1995) observaram que a variável altura
de planta em um estudo de cinco doses de Cloreto de Mepiquat aplicado à cultura do
algodoeiro, apresentou resposta quadrática, com ponto de mínimo no tratamento com 100 g de
i.a.ha
-1
e altura de planta de 103 cm e na testemunha 135 cm. Não somente a altura da planta
pode ser afetada, como também outros componentes da produção, como o número de maçãs,
que segundo Athayde et al. (1995) podem decrescer linearmente com o aumento das doses de
29
Cloreto de Mepiquat.
Moraes et al. (1999) avaliando o impacto do Cloreto de Mepiquat sobre
algumas características do crescimento e da produtividade da cultivar Deltapine Acala 90
sob três diferentes densidades populacionais no município de Rio Verde - GO, verificaram
que independente da densidade populacional o uso de regulador de crescimento resultou em
menor altura das plantas e menor comprimento de ramos laterais, permitindo a obtenção de
plantas mais compactas e com maior uniformidade de maturação, atributos essenciais à
colheita mecânica, sendo também verificado que o uso do Cloreto de Mepiquat afetou de
forma positiva a produtividade quando se usou a densidade populacional de 160.000 plantas
ha
-1
.
Lamas (2001) avaliando o efeito de dois reguladores de crescimento
aplicados de forma fracionada (Cloreto de Mepiquat na dose total de 50 g ha
-1
e o Cloreto de
Chormequat, nas doses totais de 50 e 100 g ha
-1
) sobre algumas características do algodoeiro
em Chapadão do Sul - MS e Primavera do Leste - MT, verificou que os reguladores de
crescimento proporcionaram redução significativa na altura de plantas. Quando se atrasou à
primeira aplicação nos dois locais, utilizando-se o esquema de doses crescentes, a menor dose
de Cloreto de Mepiquat não reduziu significativamente a altura das plantas. Quanto à
produção de fibra e as características intrínsecas da fibra não foram significativamente afetada
pelos tratamentos.
Em plantas de algodoeiro com altura elevada e crescimento vegetativo
vigoroso, a retenção das estruturas reprodutivas é menor, com a maturação dos frutos
desuniforme, com excessiva podridão dos frutos e colheita dificultada (JOST et al., 2006). Em
cultivares que apresentam crescimento vegetativo excessivo, os efeitos com o uso de Cloreto
de Mepiquat foram benéficos. Por outro lado, nas plantas de menor porte o efeito do produto
foi menos significativo (CIA et al., 1984). Ferreira et al., 2006 também confirmam que em
cultivares de maior porte e ciclo mais longo, o efeito dos reguladores de crescimento é mais
evidente.
York (1983) durante três anos, em sete locais na Carolina do Norte (EUA),
avaliou o efeito do uso de Cloreto de Mepiquat em quatorze cultivares de algodão e constatou
que as cultivares responde diferentemente a este produto. Observaram ainda, que as mesmas
respostas ocorreram para os diferentes anos de cultivo e que não há interação entre cultivares e
regulador de crescimento na percentagem e comprimento de fibras, peso de maçãs, peso das
sementes, número de sementes por maçã, na altura das plantas ou na sua maturidade.
30
Lamas et al., (2000) ao avaliar diferentes doses de regulador de crescimento
aplicadas de forma parcelada em algodoeiro, obtiveram com o aumento da dose do regulador
de crescimento, redução na massa seca da folha, do caule e do total da parte vegetativa, do
número de nós no ramo principal, de ramos e de comprimento de ramos.
Conforme relatos de Reddy et al., (1992), o efeito do Cloreto de Mepiquat
na dose de 49 g i.a. ha
-1
no desenvolvimento do algodoeiro, sob tratamentos variáveis de
irrigação e adubação, não resultou somente na redução da altura das plantas, mas no número
de nós no ramo principal e no número de ramos secundários. Cook e Kennedy (2000)
observaram com o uso do Cloreto de Mepiquat, o aumento da retenção e da produção nos nós
da posição 2 e em ramos das posições inferiores.
Utilizando Cloreto de Mepiquat nas doses de 450 e 650 ml ha
-1
Zanon
(2002) verificou redução do comprimento dos ramos frutíferos sem interferir no número de
ramos vegetativos basais e na altura da inserção do primeiro ramo frutífero. Em função da
alteração no balanço entre os ramos vegetativos e produtivos, o emprego do regulador de
crescimento favorece o segundo, produzindo plantas mais compactas, permitindo o uso de
maiores populações (REDDY et al., 1990).
2.9 CLORETO DE MEPIQUAT EM SEMENTES DE ALGODÃO
Em trabalhos realizados nos anos de 1998 e 1999 com chuva simulada, Zhao
e Oosterhuis (2000) constataram que precipitação até oito horas após a aplicação de Cloreto
de Mepiquat via foliar reduz significativamente a eficácia do produto no controle do
crescimento vegetativo, pois a planta necessita de doze horas para absorver com eficiência o
produto aplicado via foliar.
Souza e Rosolem (2007), utilizando as doses de 0, 15 e 30 g i.a. ha
-1
de
Cloreto de Mepiquat e quatro lâminas de chuva simulada de 05, 10, 20 e 40 mm e mais um
tratamento sem chuva, observaram que quanto maior a precipitação pluvial ocorrida após
aplicação do regulador de crescimento via pulverização, maior será o comprometimento da
ação do produto, interferindo no crescimento das plantas. Precipitações pluviais baixas como
5,0 mm ocorridas 90 minutos após aplicação do produto diminuíram a ação do regulador de
crescimento.
31
Entre as técnicas utilizadas na obtenção de plantas de algodão com menor
porte, a aplicação de regulador de crescimento, via embebição de sementes em soluções
contendo o fitorregulador Cloreto de Mepiquat tem sido pesquisada. A vantagem desta
metodologia, em relação à aplicação foliar, é a segurança de que a planta terá seu crescimento
controlado desde a emergência, sem riscos de perdas do produto por lavagem com ocorrência
de chuvas e perdas por deriva em pulverizações foliares (MATEUS et al. 2004;
NAGASHIMA et al., 2005).
Corbin e Frans, (1991) avaliaram o efeito dos reguladores de crescimento
Cloreto de Mepiquat e Cloreto de Chlormequat em tratamento de sementes para reduzir o
efeito negativo do herbicida Fluometuron, embeberam 1 kg de sementes em 2 L de água,
utilizando uma concentração de 1000 ppm, por 3 horas com temperatura variando entre 20 e
25°C e verificaram que o crescimento da planta em altura foi reduzido por até três semanas
após a semeadura, com recuperação do crescimento até nove semanas após o plantio.
Experimentos conduzidos por Xu e Taylor (1992) em estufas utilizando
plântulas de algodão regadas com soluções de Cloreto de Mepiquat e embebição de sementes
em soluções de diversas concentrações do regulador de crescimento por doze horas a 20°C,
demonstraram haver real possibilidade para o uso deste redutor de crescimento para modificar
os padrões de enraizamento e o aumento da resistência de plântulas ao estresse hídrico. A
embebição de sementes em solução contendo 500 mg kg
-1
de Cloreto de Mepiquat foi
significativa para modificar o desenvolvimento de raízes e aumentar a sobrevivência de
plântulas sob condições de estresse hídrico.
Estudos realizados por Duan et al. (2004), sobre os efeitos de Cloreto de
Mepiquat na iniciação e desenvolvimento de raízes laterais de plântulas de algodão utilizando
sementes embebidas em solução contendo regulador de crescimento, na concentração de 400
mg L
-1
por 12 horas em duas cultivares de algodão herbáceo cultivadas entre duas camadas de
papel filtro em placas de vidro. Constatou um aumento no número de raízes laterais,
aumentando a concentração de auxina, zeatina e zeatina ribosídeo, sendo este aumento, razão
fundamental para a indução de raízes laterais.
Becker et al., (1997), avaliaram os efeitos da aplicação de reguladores de
crescimento em sementes de algodão sobre a germinação, a emergência e o desenvolvimento
de plântulas, utilizando produtos comerciais disponíveis no mercado (Arise, Cytoplex, Early
Harvest, Maxon, PGR-IV, Pix, Ryzup, Stimulate e Triggrr) aplicados nas concentrações de
0,5; 1,0 e 2,0 vezes a dose recomendadas e cultivadas em condões de laboratório, casa de
vegetação e campo. Os autores não obtiveram resultados na germinação e emergência quando
32
comparados com o tratamento padrão. Repetindo os tratamentos em condições de campo e
casa de vegetação objetivando verificar o efeito sobre sistema radicular, Becker et al., (1998)
concluíram que os resultados obtidos no estabelecimento do “stand” e comprimento de rzes
o atingiram a expectativa com o uso de reguladores na semente.
Nagashima et al. (2005) estudando em condições de casa de vegetação, o
efeito do tratamento de sementes de algodão, via embebição, com diferentes concentrações de
Cloreto de Mepiquat e três tempos de embebição, visando controlar o crescimento da planta a
partir da emergência, constatou que as sementes tratadas resultaram em plantas com alturas
reduzidas desde a emergência até o início do florescimento, evidenciando a possibilidade de
que em condições de campo, os tratamentos possam proporcionar resultados satisfatórios
quando aplicados no adensamento da cultura.
Yeates et al. (2005), conduziram dois experimentos para avaliar em
condições de campo o efeito do tratamento de sementes com Cloreto de Mepiquat, via
embebição, por 2,5 horas, e aspersão direta do produto. Segundo os autores, o tratamento de
sementes de algodão com regulador de crescimento é útil na redução precoce do porte das
plantas. A redução e a duração são diretamente relacionadas ao aumento da concentração
utilizada e, o método da embebição causou o dobro da redução da altura quando comparado
com o método de aspersão e, ainda, o rendimento de algodão em pluma foi afetado com o uso
de doses maiores (4 g de Cloreto de Mepiquat para cada kg de sementes), ocorrendo atraso no
desenvolvimento da cultura.
Iqbal et al. (2005) com o objetivo de avaliar o efeito de sementes tratadas
com Cloreto de Mepiquat, embebidas por 12 horas em solução contendo 0, 500, 1000, 1500 e
2000 mL L
-1
e após trinta dias da semeadura, as plantas foram submetidas a estresse hídrico
por nove dias e após este período foram irrigadas novamente. Segundo os autores, a
embebição de sementes com Cloreto de Mepiquat foi efetiva para modificar o crescimento
radicular e a formação da sua massa e aumentar a resistência da plântula ao estresse hídrico,
auxiliando na sobrevivência de plântulas nestas condições.
Ao avaliar o efeito do regulador de crescimento Cloreto de Mepiquat sobre a
germinação das sementes, o crescimento das plantas e o efeito deste produto em interação com
fungicida, em diversas doses e diferentes métodos de aplicação, Lamas (2006) conclui que
esse produto aplicado via sementes, reduz a altura das plantas, desde a emergência até o início
da floração, e a mistura de regulador de crescimento, fungicida e a interação entre estes fatores
interferem negativamente na altura, na percentagem de germinação e na massa seca de plantas
do algodoeiro.
33
Com a finalidade de avaliar o efeito do tratamento de sementes no
crescimento, desenvolvimento e produção do algodoeiro, em condições de campo Nagashima
et al. (2007), utilizando sementes da cultivar IPR 120 embebidas por 12 horas em soluções
contendo Cloreto de Mepiquat, com a temperatura da água deionizada de 24°C 0,5°C, nas
concentrações de 0; 0,5; 2,5; 5,0 e 7,5% (v/v) do produto comercial contendo 50 g i.a. L
-1
,
concluiram que nas concentrações utilizadas houve uma redução do porte das plantas até 31
DAE, sendo a redução proporcional à dose utilizada. Relatam, ainda, que o tratamento de
sementes reduziu, também, a altura da inserção do nó cotiledonar, mas não influiu na altura da
inserção do primeiro ramo frutífero, no número total de ramos. Não observaram tamm
efeito sobre a produção de algodão em caroço.
2.10 ARMAZENAMENTO DE SEMENTES
O armazenamento tem por objetivo conservar as sementes, preservando suas
características sicas, fisiológicas e sanitárias, para posterior semeadura e obtenção de plantas
sadias. Os objetivos das sementes armazenadas podem ser diversos, desde a formação de
plantios comerciais, formação de estoques reguladores e até bancos de germoplasma.
Dependendo do objetivo, pode ser necessário conservá-las por períodos curtos ou longos
(FLORIANO, 2004).
O armazenamento de sementes comerciais, ou seja, aquelas cujo período de
armazenamento vai da colheita à semeadura no ano agrícola, pode ser por poucos dias ou por
períodos maiores (6 a 8 meses) e, objetiva a conservação da qualidade fisiológica das
sementes (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Segundo mez-Campo (2002), é possível
conservar sementes durante longos períodos de tempo por meio da dessecação e manutenção
em baixa temperatura.
Segundo Carvalho e Nakagawa (2000), o armazenamento de sementes sofre
a influência de diversos fatores, relacionados à qualidade inicial da semente (vigor das
plântulas ascendentes; condições climáticas durante a maturação das sementes; grau de
maturação no momento da colheita; ataque de pragas e doenças; grau de injúria mecânica) e às
características do ambiente (umidade relativa do ar ou teor de água das sementes; temperatura
do ar; ação de fungos e insetos no armazenamento; embalagem).
34
Na maioria das espécies vegetais de importância econômica, a viabilidade e
o vigor das sementes podem ser conservados pela redução do seu teor de água e pela
temperatura do ambiente (FONSECA e FREIRE, 2003), no entanto isso não é regra,
principalmente tratando-se de espécies de caráter recalcitrante.
No armazenamento de sementes, segundo Carvalho e Nakagawa (2000), a
velocidade do processo deteriorativo pode ser controlada em função da longevidade, da
qualidade inicial das sementes e das condições do ambiente. Como a longevidade é uma
característica genética inerente à espécie, somente a qualidade inicial das sementes e as
condições do ambiente de armazenamento podem ser manipuladas.
Medeiros Filho et al. (1996) observaram, durante o armazenamento de
sementes de algodoeiro em dois ambientes (câmara fria e condições não controladas), que nas
sementes armazenadas em ambiente sem controle de temperatura e umidade relativa, ocorreu
redução significativa da germinação e do vigor, durante um período de quatro meses.
Estudos conduzidos por Paolinelli e Braga (1997), avaliando alterações na
qualidade de sementes de algodoeiro durante o armazenamento, mostraram interações
altamente significativas entre veis de vigor da semente e períodos de armazenamento. Para o
lote de vigor alto, não houve diferenças entre condições de armazenamento por até cinco
meses. Após esse período, aos 10 meses, a qualidade das sementes armazenadas em condições
de ambiente decresceu drasticamente. Por outro lado, os lotes armazenados em câmara fria
foram estatisticamente superiores e mantiveram a germinação, quando comparados àqueles
mantidos em condições de ambiente. Também com sementes de algodão, Pádua e Vieira
(2001) e Pádua et al. (2002) observaram que lotes de baixo vigor apresentaram menor
tolerância ao armazenamento.
Pádua et al. (2002) armazenaram sementes de algodão com diferentes níveis
de vigor em condição ambiente e verificaram que a qualidade das sementes foi mantida até o
oitavo mês de armazenamento, sendo que a redução da qualidade foi associada ao aumento na
ocorrência de fungos nas sementes. Freitas et al. (2000) também haviam constatado
aumento da incidência de fungos no decorrer do armazenamento, observando, ainda,
decréscimo da viabilidade e do vigor das sementes de algodão.
O armazenamento das sementes deve ser iniciado na maturidade fisiológica,
e o maior desafio é conseguir que as sementes, após certo período, ainda apresentem elevada
qualidade fisiológica (PÁDUA et al., 2002).
Sementes armazenadas após determinado período perdem o vigor, pois
passam a germinar mais lentamente do que as sementes novas, respirando mais lentamente e
35
se tornando mais suscetíveis às doenças, causando a morte da semente, e com decorrência da
deterioração, ocorrem várias alterações fisiológicas, bioquímicas e genéticas, tais como:
danificação cromossômica (ROBERTS, 1973), perda de enzimas (WOODSTOCK, 1973),
degradação do sistema respiratório (ABDUL-BAKI e ANDERSON, 1972), diminuição da
produção de ATP (ANDERSON, 1977) e desorganização das membranas celulares
(BASAVARAJAPPA et al., 1991). Além da perda da compartimentalização celular, a
desintegração do sistema de membranas promove descontrole do metabolismo e das trocas de
água e solutos entre as células e o meio exterior, determinando a redução da viabilidade da
semente (MARCOS FILHO, 1999). Essas são algumas evidências de que os danos às
membranas celulares, que resulta em menor habilidade de reter os solutos dentro das lulas,
podem ser um dos efeitos do armazenamento prolongado.
As sementes de algodão devem ser armazenadas em ambientes adequados,
da colheita até a próxima semeadura, principalmente para a manutenção da sua qualidade
fisiológica, minimizando a deterioração, de maneira que haja uma quantidade de material
suficiente para suprir a demanda em épocas em que ocorre escassez de produção de sementes
(DUTRA, 1996; PATRIOTA, 1996). No entanto, tratamentos químicos, previamente ao
armazenamento, podem contribuir para acelerar o processo de deterioração e, ainda, tais
produtos podem ter seu efeito anulado ou reduzido em virtude do período e condições de
armazenagem.
36
REFERÊNCIAS
AACH, H., BODE, H., ROBINSON, D.G., GRAEBE, J.E. Ent-Kaurene synthase is loated in
proplastids of meristematic shoot tussues. Planta. v.202, p.211-219, 1997.
ABDUL-BAKI, A. A. e BAKER, J. E. Are changes in cellular organelles or membranes
related to vigor loss in seed. Seed Science Technology, v.1, p.89-125, 1972.
AGUIAR, P. H.; SIQUERI, F. V.; FARIAS F. J. C. Ensaios com reguladores de crescimento-
1998/99. In: Mato Grosso: Liderança e competividade. Campina Grande: EMBRAPA-
CNPA, 1999, p.150-156. (Fundação MT. Boletim, 3).
ALGODÃO BRASILEIRO: Informativo Eletrônico do Projeto Algodão Brasileiro.
Disponível em: <http://www.algodao.agr.br>. Acesso em 28 abr. 2008.
AMORIM NETO, M.S.; BELTRÃO, N.E.M. Zoneamento do algodão herbáceo no Nordeste.
In: BELTRÃO, N.E.M. O agronegócio do algodão no Brasil. Brasília: Embrapa
comunicação para transferência de tecnologia, 1999. v.1, p.211-230.
ANDERSON, J.N.D. Adenylate metabolism of embryonic axes from deteriorated soybean
seeds. Plant Physiology, Lancaster, v.59, p.610-614, 1977.
ATHAYDE, M.L.F.; LAMAS, M.F. Aplicação seqüencial de Cloreto de Mepiquat em
algodoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira. v.34, n.3, p.369-375, mar., 1999.
ATHAYDE, M.L.F.; LAMAS, M.F. M., FORTUNA, P. A. e BUSOLI, A. C. Aplicações de
Cloreto de Mepiquat no Algodoeiro CNPA-ITA 90: 2- Efeitos sobre as estruturas produtivas
na colheita. In: REUNIÃO NACIONAL DO ALGODÃO, 8, 1995, Londrina,
Resumos...Campina Grande: EMBRAPA-CNPA, 1995.p. 70.
AZEVEDO, D. M. P. de; BEZERRA, J. R. C.; SANTOS, J. W.; DIAS, J. M.; BRANDÃO, Z.
N. Efeito do parcelamento do Cloreto de Mepiquat em algodoeiro irrigado no nordeste
brasileiro. Revista Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, v.8, n.2/3, p.823-
830, maio-dez. 2004.
AZEVEDO, D.M.P. de; SANTOS, J.W. dos; DIAS, J. M.; JERÔNIMO, J.F. Efeito da
densidade de plantio na produção e nas características da fibra de genótipos de algodoeiro
herbáceo, no sudoeste do estado da Bahia. Revista Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas,
Campina Grande, v.7, n.1, p.665-672, 2003.
BARBOSA, L.M.; CASTRO P.R.C. Alguns efeitos de reguladores de crescimento na
morfologia do algodoeiro (Gossypium hirsutum L. cv. IAC-17). Hoehnea, v.11, p.59-65,
1984.
BARBOSA, L. M.; CASTRO P.R.C. Desenvolvimento e produtividade de algodoeiros sob
efeitos de reguladores vegetais. Anais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz. Piracicaba, v.40, n.1, p.33-86, 1983.
37
BARROS, M. A. L.; SANTOS, R. F. Conjuntura do algodão no Brasil e no mundo, no ano
agrícola 2000/2001. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 3. 2001 Campo
Grande. Anais... Campina Grande: Embrapa Algodão, 2001, p.65-66.
BASAVARAJAPPA, B.S.; SHETTY, H.S.; PRAKASH, H.S. Membrane deterioration and
other biochemical changes, associated with accelarated ageing of maize seeds. Seed Science
and Technology, Zurich, v.19, n.2, p.279-286, 1991.
BASF S.A. Instruções de uso Bula 2007.
BECKER, W. D.; HOPPER, N. W.; JIVIDEN, G.M. Evaluation of seed applied plant growth
regulators on cotton germination, emergence, and growth. In: BELTWIDE COTTON
CONFERENCE, New Orleans, 1997. Proceedings…Memphis: National Cotton council of
America, 1997, v.2, p.1459-1461.
BECKER, W.D.; HOPPER, N.W.; MCMICHAEL, B.L.; JIVIDEN, G.M. Germination,
emergence and root growth of cotton as affected by seed applied plant growth regulators. In:
Beltwide Cotton Conference, 1998, Memphis. ProceedingsMemphis: National Cotton
Council, v.2, p.1374-1376.
BELTRÃO, N. E. de M.; AZEVEDO, D. M. P. de; VIEIRA, D. J.; NÓBREGA, L. B. da.
Recomendações técnicas e condições gerais sobre o uso de herbicidas, desfolhantes e
reguladores de crescimento na cultura do algodão. Campina Grande: EMBRAPA - CPNA,
1997. 32p. (EMBRAPA-CPNA. Documentos, 48).
BELTRÃO, N. E. de M.; SOUZA, J. G. Fitologia do algodão herbáceo (sistemática
organografia e anatomia). In: BELTRÃO, N. E. M. Ed. O agronegócio do algodão no Brasil.
1ª Edição. Brasília, DF: Embrapa/Algodão, 1999, p.55-86.
BELTRÃO, N. E. M. Breve história do algodão no nordeste do Brasil. Campina Grande:
Embrapa Algodão, 2003. 17p. (Documentos, 117).
BELTRÃO, N. E. M.; SOUZA, J. G. Fisiologia e ecofisiologia do algodoeiro. In: Algodão:
Tecnologia de produção. Embrapa Agropecuária Oeste; Embrapa Algodão. Dourados:
Embrapa Agropecuária Oeste. 2001. p.54-75.
BELTRÃO, N. E. M.; VALE L. S.; XAVIER, J. F. Industrialização do caroço do algodão. In:
BELTRÃO, N.E.M. Clima regula produção e qualidade da fibra do algodoeiro. Visão
Agrícola. Piracicaba, p.76-77, v.6, 2006.
BELTRÃO, N. E. M.; VALE L. S.; XAVIER, J. F. Industrialização do caroço do algodão. In:
FREIRE, E. C. (Ed.). Algodão no Cerrado do Brasil. Brasília: Associação Brasileira dos
Produtores de Algodão, 2007. Cap.24, p.853-870.
BILES, S.P.; COTHREN, J.T. Flowering and yield of cotton to application of mepiquat
chloride and PGR-IV. Crop Science, v.41, nov./dec. 2001.
BOLONHEZI, A.C; GOMES, E. A. Avaliação de variedade de algodão herbáceo em
espaçamento estreito com Cloreto de Mepiquat. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ALGODÃO, 4, 2003, Goiânia-GO. Algodão, um mercado em evolução. Resumos. Campo
Grande: UFMS; Campina Grande: EMBRAPA-CPNA; Dourados: EMBRAPA-CPAO, 2003.
38
Disponível em: http://cnpa. embrapa.br/produtos/algodão/publicações/trabalhoscba4/120.pdf
Acesso em: 20 mar. 2008.
BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Plano Nacional de
Agroenergia. Brasília: Secretaria de Internacionais do Agronegócio, 2006. Disponível em:
http://.agricultura.gov.br. Acesso em: 28 jun. 2008.
CARVALHO, L.H.; SILVA, N.M. da; CHIAVEGATO, E.J.; CIA, E.; SABINO, N.P.;
KONDO, J.I.; FURLANI Jr., E.; GALLO, B.; PETTINELLI Jr., A. Efeito do cloreto de
mepiquat e do espaçamento em cultivares de algodoeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE ALGODÃO, 3. Campo Grande, 2001. Anais. Campina Grande: Embrapa Algodão;
Campo Grande: UFMS; Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2001. p. 84-487.
CARVALHO, E. J.; CIA, E.; KONDO, J. I.; Comportamento da IAC Delta Opal na
presença do cloreto de mepiquat em plantio adensado de algodão. Dispovel em:
<http://www.4cba.com.br/arquivos/trabalhos/fisiologiaeecofisiologia/comportamento%20IAC
%2023%ecarvalho.pdf. > Acesso em: 03 set. 2008.
CARVALHO, L. H.; SILVA, N. M.; KONDO, J.I.; CIA, E.; CHIAVEGATO, E., J.;
FURLANI JÚNIOR, E. Aplicação de Cloreto de Mepiquat em três cultivares de algodoeiro.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 5. 2005, Salvador. Resumos... Campina
Grande: Embrapa Algodão, 2005. (CD-ROM).
CARVALHO, L.H.; CHIAVEGATO, E.J.; CIA, E.; KONDO, J.I.; SABINO, J.C.; JR
PETTINELLI, A.; BORTOLETO, N.; GALLO, P.B. Fitorreguladores de crescimento e
capação na cultura algodoeira. Bragantia, Campinas, v.53, n.2, p.247-254, 1994.
CARVALHO, N. M; NAKAGAWA, J. Sementes. Ciência, tecnologia e produção. 4.ªed.
Jaboticabal: FUNEP; 2000.
CIA, E. CARVALHO, L. H.; KONDO, J. I.; FUZATTO, M. G.; BORTOLETO, N.; GALLO,
P. B.; CRUZ, L. S. P.; SABINO, N. P.PETTINELLI JR, A.; MARTINS, A. I. M.; SILVEIRA,
J.C.O. Efeito de cloreto de clorocolina e cloreto de mepiquat na cultura do algodão
(Gossypium hirsutum L.). Planta Daninha, Campinas, v.2, n.7, p.23-36, 1984.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Informativo eletrônico de
abastecimento. Disponível em: <http://www.conab.gov.br >. Acesso em: 08 set. 2009.
COOK, D. R.; KENNEDY, C. W. Early flower bud loss and mepiquat chloride effects on
cotton yield distribution. Crop Science, v.40, p.1678-1684, nov. /dec. 2000.
CORBIN, JR. B. R.; FRANS, R. E. Protecting cotton (Gossypium hirsutum) from
Fluometuron injury with seed protestants. Weed Science, v.39, n.4 p.408-411, jul./set.1991.
CORRÊA, S.T.; COUTO, E. P. A história do algodão no Brasil e seu desenvolvimento no
estado de Mato Grosso, o atual maior produtor do país. Uberlândia: Universidade Federal
de Uberlândia. Instituto de Economia.
Disponível em: <http://www.propp.ufu.br/revistaeletronica/humana2003a/a historia.pdf >.
Acesso em: 5 jun. 2008.30p.
39
COTHREN, J. T.; OOSTERHUIS, D. M. Physiological impact of plant growth regulators in
cotton. In: BELTWIDE COTTON PRODUCTION RESEARCH CONFERENCES, 1993,
Dallas, Texas. Proceedings... Memphis, National Cotton Council, 1993, p.128-132.
CRUZ, L. S. P.; SABINO, N. P.; TOLEDO, N. M. P. Efeitos do cloreto de mepiquat
empregado como fitorregulador sobre o algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L. IAC
16). Planta Daninha, Campinas, v.1, p.15-22, 1982.
DANTAS, H. J. Estudo termoanalítico cinético e reológico de biodiesel derivado do óleo
de algodão (Gossypium hirsutum). 2006, 86 p. Dissertação (Mestrado em Química
Analítica).
DUAN. L.; TIAN, X.; ZHANG, Y.; TANG, Z.; ZHAI, Z.; HE, Z. Effects of Mepiquat
Chloride on Lateral Roots Initiation of Cotton Seedling and Its Mechanism. International
Crop Science Congress, 4, 2004. Dispovel em:
http://www.cropscience.org.au/icsc2004/poster/1/3/1/719_duan.htm. Acesso em: 30 abr. 2008.
DUTRA, A. S. Qualidade da semente de algodão herbáceo, em função do teor de
umidade, condições de armazenamento e da embalagem na sua conservação. 1996. 111 p.
Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Mossoró.
FERNANDEZ, C. J.; COTHREN, J.T.; McINNES, K.J. Partitioning of biomass in well-
watered and water-stressed cotton plants treated with mepiquat chloride. Crop Science, v.31,
p.1224-1228, sep. /oct. 1991.
FERRAZ, C. T.; LAMAS, F. M. Diretrizes técnicas para o cultivo do algodoeiro em Mato
Grosso do Sul. Campo Grande, EMPAER, 1988. 94p. (EMPAER, Circular Técnica, 4).
FERREIRA FILHO, J. B. S.; ALVES, L. R. A. Aspectos econômicos do algodão no Cerrado.
In: FREIRE, E. C. (Ed.). Algodão no Cerrado do Brasil. Brasília: Associação Brasileira dos
Produtores de Algodão, 2007. Cap. 2, p.53-90.
FERREIRA, A. C. B.; LAMAS, F. M. Uso de reguladores de crescimento, desfolhantes,
dessecantes e maturadores na cultura do algodoeiro. Campina Grande: Embrapa - CNPA,
2006, 8 p. (Embrapa-CPNA. Documentos, 95).
Disponível em: <www.Cnpa.Embrapa.br/publicações/2006/CIRTEC95.pdf>. Acesso: em 15
abr. 2008.
FERREIRA, A. C. B.; LAMAS, F. M.; BARBOSA, K. A. Resposta de genótipos de
algodoeiro a doses de regulador de crescimento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ALGODÃO, 5, 2005, Salvador. Algodão, uma fibra natural Anais... Campina Grande:
Embrapa Algodão, 2005.
FLORIANO, E. P. Armazenamento de sementes florestais. Caderno didático 1, ed.
Santa Rosa, 2004.
FONSECA, S. C. L.; FREIRE, H. B. Sementes recalcitrantes: problemas na pós-colheita.
Bragantia, v.62, n.2, p.297-303, 2003.
FREIRE, E. C.; SUINAGA, F. A.; SILVA FILHO, A. J. Resultados obtidos nos ensaios
regionais do Cerrado conduzidos no Mato Grosso durante a safra 2003/2004. In:
40
CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 6., 2007, Uberlândia. Anais... Campina
Grande: Embrapa-CNPA, 2007. 1 CD-ROM.
FREITAS, R. A.; DIAS, D. C. F. S.; CECON, P. R. REIS, M. S. Qualidade fisiológica e
sanitária de sementes de algodão durante o armazenamento. Revista Brasileira de Sementes.
Brasília, v.22, n.2, p.94-101, 2000.
FUNDAÇÃO MT. Boletim de pesquisa de Algodão. Rondonópolis: Fundação MT, 2001.
238p.
FUNDO DE APOIO À CULTURA DO ALGODÃO. Manual do Cotonicultor. Cuiabá:
FACUAL, 1999. 92p.
FURLANI JUNIOR, E.; DA SILVA, N. M.; CARVALHO, L. H.; BORTOLETTO, N.;
SABINO, J.C.; BOLONHEZI, D. Modos de aplicação de regulador vegetal no algodoeiro,
cultivar IAC-22, em diferentes densidades populacionais e níveis de nitrogênio em cobertura.
Bragantia, Campinas, v.62, n.2, p.227-233, 2003.
GÓMEZ-CAMPO, C. Conservación de semillas a largo plazo: teoa y práctica. In: XI
Reunión Latinoamericana de Fisiología Vegetal / XXIV Reunión Argentina de Fisiología
Vegetal / I Congreso Uruguayo de Fisiología Vegetal. 22-25 de outubro de 2002. República
Oriental Del Uruguay. Ediciones Del Copista. Actas... P.20. 2002.
HEDDEN, P., PHILLIPS, A.L. Gibberellin metabolism: New insights revealed by the genes.
Trends Plant Science. v.5, p.523-530, 2000.
HODGES, H. F.; REDDY, V. R.; REDDY, K. R. Mepiquat chloride and temperature effects
on photosynthesis and respiration of fruiting cotton. Crop Science, v.31, n.5, p.1302-1308,
sep./oct. 1991.
HOLDEN, J.; CONSTABLE, G.; KERBY, T.; HAKE, K. The use of Pix as a cotton
management tool. Australian Cotton CRC. Disponível em: http: <//www.cotton.
Crc.org/au/publicat/agro/pix.htm>. Acesso em: 25 abr. 2008.
HOLLIDAY, R. Plant population and crop yield: part I. Field Crop Abstracts, v.13. p.159-
167, 1960.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. 2008.
Informativo eletrônico. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 04 jun. 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. 2010.
Informativo eletrônico. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 03 jun. 2010.
IQBAL, M.; IQBAL, M. Z.; KHAN, R. S. A.; HAYAT. K.; CHANG, M. A. Response of
new cotton variety MNH-700 to mepiquat chloride under varying plant population. Pakistan
Journal of Biological Sciences, v.7, n.11, p.1898-1902, 2004.
IQBAL, M.; NISAR, N.; KHAN, R. S. A.; HAYAT. K., J.J. Contribution of Mepiquat
Chloride in Drought Tolerance in Cotton Seedlings. Asian Journal of plant Science,
Monticello, v.4, n.5, p.530-532, 2005.
41
JOST, P.; DOLLAR, M. Comparison of mepiquat pentaborate and mepiquat chloride effects
on DP 555BR. In: BELTWIDE COTTON CONFERENCE, 2004, San Antonio.
Proceedings... Memphis: National Cotton Council: The Cotton Foundation, 2004. p. 2204-
2206. Disponível em:
<http://www.cotton.org/beltwide/proceedings/2004/abstracts/1065.cfm>. Acesso em: 01 jun.
2008.
JOST. P.; WHITAKER, J.; BROWN, S. M.; BEDNARDZ, C. Use of plant growth
regulators as a management tool in cotton. [S.I.]: Universty of Georgia, College of
Agricultural and Environmental Sciencies, 2006. (College of Agricultural and Environmental
Sciencies, 1305). Disponível em: <http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B1305.htm>.
Acesso em: 20 abr. 2008.
JSMONE. Mepiquat chloride Summary of product. Disponível em:
<http://www.jsmone.com/englich/mepiquat.htm>. Acesso em: 25 abr. 2008.
KERBY, T.A.; HAKE, K.; KEELEY, M. Cotton fruiting modification with mepiquat chloride.
Agronomy Journal, Madson. v.78, n.5, p.907-912, 1986.
LACA-BUENDIA, J.P. Efeito de doses de regulador de crescimento no algodoeiro
(Gossypium hirsutum L.). Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal. v.1, n.1, p.109-113,
1989.
LAMAS, F. M. Cloreto de mepiquat na cultura do algodoeiro via sementes. Dourados:
Embrapa Agropecuária Oeste, 2006. 19 p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 33).
Disponível em: <http://www.cpao.embrapa.br/publicacoes/ ficha.php?tipo=BP&num=33
&ano=2006>. Acesso em: 30 de abr. 2008.
LAMAS, F. M. Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadores. In: FREIRE, E. C.
Algodão no cerrado do Brasil. Brasília, ABRAPA, 2007. p.689-703.
LAMAS, F. M.; ATHAYDE, M. L.; BANZATTO, D. A. Reações do algodoeiro CNPA-ITA
90 ao Cloreto de Mepiquat. Pesquisa Agropecuária Brasileira. v.35, n.5, p.507-516, mar.,
2000.
LAMAS, F.M. ATHAYDE, M. L. F.; BANZATTO, D. A. Efeito do Cloreto de Mepiquat e do
thidiazuron sobre algumas características das sementes do algodoeiro. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.34, n.11, p.2015-2019, nov. 1999.
LAMAS, F.M. Estudo comparativo entre Cloreto de mepiquat e cloreto de chlormequat
aplicados no algodoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.36, n.2, p.265-
272, fev. 2001.
LAMAS, F.M.; ATHAYDE, M. L. F.; FORTUNA, P.A. BANZATTO, D. A.; Aplicações de
Cloreto de Mepiquat no Algodoeiro CNPA-ITA 90: 1-EFEITOS SOBRE A BIOMASSA. In:
REUNIÃO NACIONAL DO ALGODÃO, 8, 1995. Londrina. Resumos... Instituto
Agronômico do Paraná. p.62.
LAMAS, F.M.; STAUT, L.A. Espaçamento e densidade. In: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Algodão: Tecnologia de Produção. Dourados: Embrapa Agropecuária do
Oeste, 2001. p.135-139.
42
LANDIVAR, J. A.; COTHREN, J. T.; LIVINGSTON, S. Development and evaluation of the
average five internode length technique to determine time of mepiquat chloride application.
In: BELTWIDE COTTON CONFERENCE, Nashiville, 1996. ProceedingsMemphis:
National Cotton Council of America, 1996, p.1153-1156.
LICHTENTHALER, H. K.; ROHMER, M.; SCHEWENDER, J. Two independent
biochemical pathways for isopentenyl diphosphate and isoprenoid biosynthesis in higher
plants. Physiology Plantarum. v.101, p.643-652, 1997.
MARCOS FILHO, J. Teste de envelhecimento acelerado. In: KRZYZANOWSKI, F. C.;
VIEIRA, R. D. & FRANÇA NETO, J. B. (ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes.
Londrina: ABRATES. 1999. cap.3, p.1-24.
MARUR, C.J.; RUANO, O. A reference system for determination of developmental stages of
upland cotton. Revista de Oleaginosas e Fibrosas, v.5, n.2 p.313-317, 2001.
MARUR, J. M.; RUANO, O. Escala do algodão - um método para determinação de estádios
de desenvolvimento do algodoeiro herbáceo. Informações Agronômicas, Piracicaba, n. 105, p.
3-4, mar. 2004.
MATEUS, G. P.; LIMA, E. V.; ROSOLEM, C. A. Perdas de Cloreto de Mepiquat no
algodoeiro por chuva simulada. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.39, n. 7,
p. 631-636, 2004.
MATO GROSSO. INSTITUTO DE DEFESA AGROPECUÁRIA (INDEA). Programa de
prevenção e controle do bicudo-do-algodoeiro no estado de Mato Grosso. Disponível em:
<http://www.indea.mt.gov.br>. Acesso em: 15 jun. 2008.
McCARTY JR, J. C. ; HEDIN, P. A. Efeccts of 1,1 dimethylpiperidiniun chloride on the
yields, agronomic traits, and allelochemicals of cotton (Gossypium hirsutum L.), a nine year
study. Journal of Agricultural and Food Chemisttry, Washington, v.42, n.10, p.2302-2304,
1994.
McCONNELL, J. S.; BAKER, W. H.; FRIZEELL, B.S.;VARVIL, J.J. Response of cotton to
nitrogen fertilization and early multiple applications of mepiquat chloride. Journal of Plant
Nutrition, Monticello, v.15, n. 4, p.457-468, 1992.
MEDEIROS FILHO, S.; FRAGA, A. C.; QUEIROGA, V. P. SOUZA, L. C. F. Efeito do
armazenamento sobre a qualidade fisiológica de sementes deslintadas de algodão. Ciência e
Agrotecnologia, Lavras, v.20, n.3, p.284-292, 1996.
MELO FILHO, G. A.; RICHETTI, A.; VIEIRA, R. C. M.; OLIVEIRA, A. J.; LOPES, M. R.
Cadeia produtiva do algodão: eficiência econômica e competitividade no centro-oeste.
VIEIRA, R. C. M. T.; TEIXEIRA FILHO, A. R.; OLIVEIRA, A. J.; LOPES, M. R. (Ed.).
Cadeias produtivas no Brasil. Análise da competitividade. Brasília: Embrapa Comunicação
para Transferência de Tecnologia: Embrapa. Secretaria de Administração Estratégica, 2001.
469p. Cap. 4, p.77-108.
43
MONDINO, M. H.; PETERLIN, O. A. Diferentes critérios de decisión para la aplicacion de
reguladores de crescimiento y su influencia sobre el rendimiento y el crecimiento del algodón
(Gossypium hirsutum L.) Revista de Investigaciones Agropecuárias (RIA), v.31, n.2, p.
117-126, ago. 2002.
MORAES, J. R.C.V.; PAZZETTI, G. A.; MARTELLETTO, L. O.; MOURA, E. Impacto do
Cloreto de Mepiquat (PIX) sobre o algodoeiro "CV" Deltapine - Acala 90 sob três densidades
populacionais diferentes. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO. 2. 1999.
Ribeirão Preto. Anais... Capina Grande: EMBRAPA - CNPA, 1999. p.80-2.
NAGASHIMA, G. T.; MARUR, C. L.; YAMAOKA, R. S.; MIGLIORANZA, É.
Desenvolvimento de plantas de algodão provenientes de sementes embebidas em Cloreto de
Mepiquat. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.40, n.9, p.943-946, 2005.
NAGASHIMA, G. T.; MIGLIORANZA, É.; MARUR, C. L.; YAMAOKA, R. S.; GOMES, J.
C. Embebição de sementes e aplicação foliar com Cloreto de Mepiquat no crescimento e
produção do algodoeiro. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.31, n.4 p.1027-1034, 2007.
NAGASHIMA, G. T.; MIGLIORANZA, É.; MARUR, C. L.; YAMAOKA, R. S.; GOMES,
SILVA, J. G. R. Desenvolvimento do algodoeiro em resposta a modo de aplicação e doses de
cloreto de mepiquat via sementes. Ciência Rural, Santa Maria, v.40, n.1 p.inicial, 2010.
NEHEMI, I. M. D.; FERRAZ, J.V.; NEHEMI Filho, V. A.; SILVA da, M. L. M. Agrianual
2005. o Paulo: Oeste Gráfica, 2004. 545p.
NICHOLS, S. P.; C.E.; JONES, M. Evaluation of row spacing and mepiquat chloride in
cotton. Journal of Cotton Science, v.7, p.148-155, 2003.
NÓBREGA, B.N. da; VIEIRA, D.J.; BELTRÃO, N.E.M.; AZEVEDO, D.M.P. de.
Hormônios e reguladores de crescimento e desenvolvimento. In: BELTRÃO, N.E.M. O
Agronegócio do algodão no Brasil. Brasília: Embrapa Comunicações para Transferência de
Tecnologia, 1999. v.2, p.587-602.
OOSTERTHUIS, D. M. Physiology and nutrition of high yielding cotton in the USA.
Informações Agronômicas. Piracicaba, n.95, p.18-24, set. 2001. (Encarte Técnico).
ORNELLAS, A.P.; HIROMOTO, D.M.; YUYAMA, M.M.; CAMARGO, T.V. (Ed.).
Boletim de Pesquisa de Algodão. Rondonópolis: Fundação MT, 2001. p.147-160. (Fundação
MT. Boletim, 04).
PÁDUA, G. P.; VIEIRA, R.D. BARBOSA, J.C. Desempenho de sementes de algodão tratadas
quimicamente e armazenadas. Revista Brasileira de Sementes. Brasília, v.24, n.1, p.212-219,
2002.
PÁDUA, G. P.; VIEIRA, R.D. Deterioração de sementes de algodão durante o
armazenamento. Revista Brasileira de Sementes. Brasília, v.23, n. 2, p.255-262, 2001.
PAOLINELLI, G.P.; BRAGA, S.J. Alterações da qualidade de sementes de algodão
armazenadas com dois níveis de vigor. In: Congresso Brasileiro de Sementes, 10, 1997, Foz
do Iguaçu. Resumos. Brasília: Abrates, 1997.
44
PATRIOTA, T. R. A. Avaliação da qualidade fisiológica das sementes de algodão
(Gossypium hirtsutum r. Latifolium, L) armazenadas em função de diferentes
tratamentos e teores de umidade. 1996. 75p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal
da Paraíba, Campina Grande.
PENNA, J. C. V; MESQUITA, D; FREIRE, E.C.; BELOT. J.L.; LANDIR, J.; LANZA, M.A.;
FUZZATO, M.AGUIAR, P.A.; CANCI, P.C.et al. Mesa redonda: sugestão de cultivares. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 3.,Campo Grande, 2001. Livro de palestras.
Campina Grande: EMBRAPA Algodão; Campo Grande: UFMS; Dourados: EMBRAPA
Agropecuária Oeste, p.140-145. 2001.
PETTIGREW, W.T.; HEITHOLT, J. J.; MEREDITH, W.R. Early season floral bud removal
and cotton growth, yield, and fiber quality. Agronomy Journal, Madison, v.84, p.209-214,
1992.
REDDY, A.R.; REDDY K. R.; HODGES, H.F. Mepiquat chloride (PIX) induced changes in
photosynthesis and growth of cotton. Plant Growth Regulation, v.20, p.179-183, 1996.
REDDY, V. R; BAKER, D.N.; HODGES, H. F. Temperature and mepiquat chloride on cotton
canopy architecture. Agronomy Journal, Madson, 82, n.2, p.190-195, 1990.
REDDY, V.R.; TRENT, A.; ACOCK, B. Mepiquat chloride and irrigation versus cotton
growth and development. Agronomy Journal, v.84, p.930-933, nov./dec.1992.
RICHETTI, A.; MELO FILHO, G. A. de. Aspectos socioeconômicos do algodoeiro. In:
algodão: tecnologia de produção/Embrapa Algodão. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste,
p.13-34, 2001.
RITCHIE, G.L.; BEDNARZ, C. W.; JOST, P.H.; BROWN, S.M. Cotton growth and
development. [S.l.]: University of Georgia, College of Agricultural and Environmental
Sciences, 2004. 14p. (Cooperative Extension Service. Bulletin, 1252). Disponível em:
http://pubs.caes.uga.edu/caespubs/pubcd/B1252.htm. Acesso em: 28 jun.2008.
ROBERTS, E.H. Inviability of seeds. Ed. E. H. ROBERTS. Champman and Hall, London,
p.253-306, 1973.
ROSOLEM, C. A. Fatores fisiológicos que afetam a produtividade do algodoeiro. In: FARIAS
F. J. C. et al. (Ed.). Tecnologia para o algodoeiro no cerrado do Mato Grosso. Campina
Grande: Embrapa Algodão, 2007. Cap.1, p.15-23.
SACHS, R. M.; LNG, A.; BRETZ, C. F.; ROACH, J. Shoot histogenesis: subapical
meristematic activity in a caulescent plant and the action of giberellic acid and AMO-1618.
American Journal of Botany, v.47, p.260-266, apr. 1960.
SANTOS, W. J. dos. Planejamento e manejo integrado de pragas do algodoeiro. In
ENCONTRO SOBRE A CULTURA DO ALGODOEIRO, 1. Anais. Jaboticabal: FUNEP,
1998. p.27-64.
45
SOARES, J.J. Fitoreguladores e remoção da gema apical no desenvolvimento do algodoeiro.
Scientia Agrícola. v.56, n.3, p.627-630. jul./set., 1999.
SOUZA, F. S.; ROSOLEM, C. A. Rainfall intensity and mepiquat chloride persistence in
cotton. Scientia Agricola, Piracicaba, v.64, n.2, p.125-130, 2007.
SOUZA, J. G.; BELTRÃO. N. E. M.; SANTOS, J. W.; CARDOSO, G. D. Aplicações
hiperprecoces de cloreto de mepiquat no algodão herbáceo, cultivar BRS 187 8H, em
condições de casa de vegetação. II. Efeitos na produção e nos componentes da produção.
Disponível em:
<http://4cba.com.br/arquivos/trabalhos/FISIOLOGIAEECOFISIOLOGIA/Aplicação/.20hiper
precoce520pixII.Souza.pdf-Resultado>. Acesso em 24 abr.2008.
SOUZA, R. N.; PEREIRA, J. R. LIMA, S. V.; ALVES, J.C.M.; ALENCAR, S. B.;
BEZERRA, J. R. C.; SANTOS, J. W. Modos de aplicação do cloreto de mepiquat em duas
variedades de algodoeiro herbáceo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 5.,
2005, Salvador. Resumos... Campina Grande: EMBRAPA Algodão, 2005, (CD-ROM).
STUART, B.L.; ISBELL, V.R.; WENDT, C.W.; ABERNATHY, J.R. Modification of cotton
water relations and growth with mepiquat chloride. Agronomy Journal, v.76, p.651-655.
jul./aug., 1984.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Giberilinas: reguladores da altura dos vegetais. In: TAIZ, L.; ZEIGER,
E. Fisiologia Vegetal. 3ª Edição, Porto Alegre, Artmed, 2004, p.485- 516.
USDA (United States Departament of Agriculture). Cotton area, yield and production.
Disponível em: <www. fas.usda.gov>. Acesso em: 19 set. 2009.
WOODSTOCK, L.W. Physiological and biochemical tests for seed vigor. Seed Science and
Technology, Zurich, v.1, n.1, p.127-157, 1973.
XU, X.; TAYLOR, H. M. Increase in drought resistance of cotton seedlings treated with
mepiquat chloride. Agronomy Journal, v.84, p.569-547, jul./aug.1992.
YAMAOKA, R. S. Estudo da época e parcelamento de aplicação de fitohormônio em
diferentes populações de plantas. Reunião Nacional do Algodão, 2. 1982. Salvador.
Resumos... Campina Grande: EMBRAPA-CNPA, 1982, p.110.
YAMAOKA, R. S.; ALMEIDA, W. P.; PIRES, J. R.; MARUR, C. J.; NAGASHIMA, G. T.;
SILVA, A. V. Comportamento de cultivares IPR 95 e Coodetec 401 ao adensamento de
plantio do algodoeiro no estado do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO,
3, 2001, Campo Grande. Resumos. Campo Grande: UFMS; Campina Grande: EMBRAPA-
CNPA; Dourados: EMBRAPA-CPAO, 2001, v.1. p.609-611.
YEATS, S. J.; CONSTABLE, G. A.; McCUMSTIE, T. Cottton growth and yield after seed
treatment with mepiquat chloride in tropical winter season. Field Crops Research, v.93, n.2-3
p.122-131, 2005.
YORK, A.C. Cotton cultivar response to mepiquat chloride. Agronomy Journal, v.75, p.
663-667, jul./aug. 1983.
46
ZANON, G.D. Manejo de cultivares de algodoeiro em densidade populacional variável
com o uso de regulador de crescimento. 2002. Dissertação. (Mestrado em Ciências
Agrárias) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo,
Piracicaba, 2002.
ZANQUETA, R.; FURLANI JÚNIOR, E.; PANTANO, A. C. SOUZA, R. A. R. Modos de
aplicação de regulador de crescimento com diferentes densidades de plantas em cultivares de
algodão herbáceo (Gossypium hirtsutum L. Latifolium Hutch.) Acta Scientiarum Agronomy,
Maringá, v.26, n.1, p.97-105, 2004.
ZHAO, D.; OOSTERHUIS, D. M.; DANIEL, T. Two-year study on the efficacy of PIX
TM
when foliar application is followed by precipitation. In: BELTWIDE COTTON
PRODUCTION RESEARCH CONFERENCES, 2000, Proceedings...Memphis: National
Cotton Council of America, Memphis, 2000, v.1, p.681-684.
47
3 ARTIGO
DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE ALGODOEIRO EM RESPOSTA
AO ARMAZENAMENTO E TRATAMENTO DE SEMENTES COM CLORETO DE
MEPIQUAT
RESUMO
Com a expansão da técnica de uso de reguladores de crescimento, visando à redução da altura
da planta do algodoeiro, metodologias com tratamento de sementes têm se mostrado
promissoras, tendo a vantagem de assegurar o controle do desenvolvimento da planta desde a
emergência. O objetivo do experimento foi avaliar a manutenção do efeito do Cloreto de
Mepiquat no desenvolvimento inicial das plantas de algodoeiro em função de doses e formas
de aplicação do regulador e armazenamento das sementes tratadas. O experimento foi
conduzido em casa de vegetação do Departamento de Agronomia, da Universidade Estadual
de Londrina (UEL), Londrina-PR. Foram utilizadas sementes de algodão, cultivar IPR 120,
tratadas via embebição por 12 horas em soluções com Cloreto de Mepiquat (250 g i.a L) nas
doses de 0,0; 5,0; 10,0; 15,0 e 20,0 g i.a. kg
-1
de sementes e, tratadas via aplicação direta nas
sementes, nas mesmas doses. Após o tratamento as sementes foram secas a sombra e
armazenadas. Nos tempos 0; 60; 120 e 180 dias as sementes foram semeadas em vasos e, a
cada sete dias após a emergência das plântulas foi determinada à altura e a área foliar das
plantas e, aos vinte e oito dias o diâmetro do caule e a massa de matéria seca de caules e
folhas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste
de Tukey a 5%, sob o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro
repetições, em esquema fatorial de 5 x 2 (doses x formas de aplicação), independentemente
para cada período de armazenamento. As médias de doses foram submetidas a estudos de
regressão. Independente da forma de aplicação via semente, o Cloreto de Mepiquat reduz o
diâmetro do caule, a massa da matéria seca de folhas e caule, a área foliar, e a altura de plantas
de algodoeiro, com efeitos intensificados com o aumento das doses aplicadas. A forma de
aplicação via sementes e o armazenamento das sementes tratadas por até 180 dias o
interferem na ação do regulador de crescimento. A ação reguladora de crescimento do Cloreto
de Mepiquat perdura pelo menos até os 28 DAE das plantas, independente da forma de
aplicação, dose utilizada e período de armazenamento das sementes tratadas.
Palavras chave: Gossypium hirsutum L., regulador vegetal, embebição e aplicação direta.
48
INITIAL DEVELOPMENT OF COTTON PLANTS IN RESPONSE TO THE
STORAGE AND TREATMENT OF SEEDS WITH CHLORIDE MEPIQUAT
ABSTRACT
With the expansion of the technique of using growth regulators in order to reduce the plant
height of cotton, methodologies for seed treatment have shown promising, with the advantage
of ensuring the control of plant development from emergence. The study aims to assess the
maintenance effect of chloride Mepiquat in the early development of cotton plants in terms of
doses and application methods of regulating and storing seeds. The experiment was conducted
in a greenhouse of the Department of Agronomy, State University Londrina (UEL), Londrina-
PR. Seeds of cotton cultivar IPR 120, treated by soaking for 12 hours in solutions containing
chloride Mepiquat (250 g ai L) at 0.0, 5.0, 10.0, 15.0 and 20.0 g ai kg-1 seed and treated by
direct application to the seeds, the same doses. After treatment the seeds were dried in the
shade and stored. At 0, 60, 120 and 180 seeds were sown in pots and each seven days after
seedling emergence was determined height and leaf area and the twenty-eight days the stem
diameter and mass dry stems and leaves. Data were subjected to analysis of variance and
means compared by Tukey test at 5%, under the completely randomized design with four
replications in a factorial 5 x 2 (doses and application forms), independently for each period
storage. The mean doses were subjected to regression studies. Regardless of the application
form via seed, Mepiquat Chloride reduces the diameter, the dry mass of leaves and stems, leaf
area and height of cotton plants with enhanced effects with increasing doses. The form of
application to seeds and storage of seeds treated for 180 days did not interfere with the action
of plant growth regulator. The regulatory action of growth chloride Mepiquat lasts at least
until 28 DAE plants, regardless of the application form, dose and storage period of seeds.
Keywords: Gossypium hirsutum L., plant growth regulator, imbibition and direct application.
49
INTRODUÇÃO
O algodoeiro é uma planta complexa e de crescimento indeterminado, com
necessidade em algumas situações de cultivo limitar o crescimento dos órgãos vegetativos,
fazendo com que haja partição de metabólitos favorável aos drenos úteis do ponto de vista
econômico; os botões florais, flores e maçãs. O crescimento e o desenvolvimento do
algodoeiro são antagônicos, ou seja, fatores do meio que promovem maior crescimento
vegetativo, como condições de fertilidade e umidade do solo podem interferir na
produtividade (BELTRÃO et al., 1997).
O uso de regulador de crescimento se constitui em uma técnica eficaz no
estabelecimento de culturas mais lucrativas, pois ao promover alterações na arquitetura das
plantas, tornando-as mais compactas, permite o aumento da população de plantas por área,
uma maior eficiência da pulverização de produtos químicos e favorece a penetração da luz,
contribuindo para uma abertura mais rápida e uniforme dos frutos (ZANQUETA et al., 2004).
Os efeitos dos reguladores de crescimento dependem, no entanto de rios
fatores, como: temperatura, população de plantas, época de semeadura, cultivar, época e
formas de aplicação e dose utilizada (YORK, 1983; REDDY et al., 1990; REDDY et al.,
1992; WALLACE et al., 1993 e CARVALHO et al., 1994).
Usualmente o regulador de crescimento é aplicado via foliar, sendo que
neste caso, ocorre à desvantagem de que, a eficiência do produto seja afetada por condições
adversas para a pulverização, como longos períodos de chuvas. Mateus et al. (2004) e Souza e
Rosolem (2007) relatam que, uma chuva de 10 mm até 16 horas após a aplicação será
suficiente para lavar o produto aplicado e reduzir a sua eficiência.
Normalmente, a aplicação de reguladores de crescimento em plantas de
algodão é realizada via pulverizações foliares, podendo ser única ou parcelada de forma
seqüencial. Utilizando diferentes doses de Cloreto de Mepiquat em duas cultivares (IAC-23 e
Delta Opal) com aplicações parceladas e com densidades diferentes de plantas por metro
linear, Carvalho et al. (2004) concluiram que maiores doses de regulador tende a redução mais
acentuada no porte das plantas.
50
A redução no porte do algodoeiro está diretamente relacionada com a dose
aplicada do regulador de crescimento, sendo útil às culturas com perdas precoces de estruturas
reprodutivas (shedding), causadas por ataques de pragas ou por algum fator de estresse, e que
reduzem os drenos reprodutivos, de modo que os carboidratos são utilizados para o
crescimento vegetativo (HOLDEN et al., 2008).
Entre as técnicas utilizadas na obtenção de plantas de algodão com menor
porte a aplicação de regulador de crescimento via tratamento de sementes, em soluções
contendo Cloreto de Mepiquat, tem sido recentemente pesquisada e, com resultados
promissores. A vantagem desta metodologia, em relão à aplicação foliar, é de que a planta
terá seu crescimento controlado desde a emergência, sem riscos de perdas do produto por
lavagem após ocorrência de chuvas e perdas por deriva em pulverizações foliares (MATEUS
et al., 2004; NAGASHIMA et al., 2005).
Ao avaliar o efeito do regulador Cloreto de Mepiquat sobre a germinação
das sementes, o crescimento das plantas e o efeito deste produto em interação com fungicida,
em diversas doses e diferentes métodos de aplicação, Lamas (2006) conclui que quando
aplicado via sementes o regulador reduz a altura das plantas, desde a emergência até o início
da floração. A mistura de regulador de crescimento, fungicida e a interação entre estes fatores
interferem negativamente na altura, na percentagem de germinação e na massa seca de plantas
do algodoeiro.
Com a finalidade de avaliar o efeito do tratamento de sementes no
crescimento, desenvolvimento e produção do algodoeiro, em condições de campo Nagashima
et al., (2007), utilizando sementes da cultivar IPR 120 embebidas por 12 horas em soluções
contendo Cloreto de Mepiquat, com a temperatura da água deionizada de 24 °C 0,5 °C, nas
concentrações de 0; 0,5; 2,5; 5,0 e 7,5% (v/v) do produto comercial contendo 50 g i.a. L
-1
,
concluíram que nas concentrações utilizadas houve uma redução do porte das plantas até 31
DAE, sendo a redução proporcional à dose utilizada. Relatam, ainda que, o tratamento de
sementes reduziu, também, a altura da inserção do nó cotiledonar, mas não influiu na altura da
inserção do primeiro ramo frutífero e, no número total de ramos. Não foi observado efeito
negativo sobre a produção de algodão em caroço.
Corbin e Frans (1991) avaliaram o efeito dos reguladores de crescimento
Cloreto de Mepiquat e Cloreto de Chlormequat em tratamento de sementes para reduzir o
efeito negativo do herbicida Fluometuron, embeberam 1 kg de sementes em 2 L de água,
utilizando uma concentração de 1000 ppm, por 3 horas com temperatura variando entre 20 e
51
25 °C e verificaram que o crescimento da planta em altura foi reduzido por atrês semanas
após a semeadura, com recuperação do crescimento até nove semanas após o plantio.
Yates et al. (2005), compararam os tratamentos de sementes de algodão com
regulador de crescimento via embebição e aplicação direta na semente, em condições de
campo, e observaram que ambas as formas de aplicação do regulador reduziram precocemente
o porte das plantas. Segundo os autores a redução e a duração do efeito redutor foram
proporcionais à concentração utilizada.
Nagashima et al., 2010, ao conduzir experimento em casa de vegetação
utilizando sementes da linhagem PR 02-307 sem tratamento e com aplicação direta de Cloreto
de Mepiquat nas concentrações de 3,75 e 7,5g i.a. kgsobre as sementes e embebidas em
solução com as mesmas concentrações do regulador, observaram que o Cloreto de Mepiquat
pode ser usado no tratamento de sementes, tanto por embebição quanto por aplicação direta e,
independente da concentração utilizada, os efeitos são semelhantes na redução da arquitetura
da planta de algodoeiro, com efeito, mais acentuado com o aumento das doses utilizadas.
Por ser uma técnica relativamente recente, são escassas as informações
relacionadas ao tratamento de sementes de algodão com reguladores de crescimento, em
função de doses e formas de aplicação do regulador e, principalmente no que se refere à
manutenção do efeito regulador do produto após o armazenamento das sementes já tratadas.
Sementes armazenadas após determinado período perdem o vigor, pois
passam a germinar mais lentamente do que as sementes novas, respirando mais lentamente e
se tornando mais suscetíveis às doenças podendo causar a morte da semente, e com
decorrência da deterioração, ocorrem rias alterações fisiológicas, bioquímicas e geticas,
tais como: danificação cromossômica (ROBERTS, 1973), perda de enzimas (WOODSTOCK,
1973), degradação do sistema respiratório (ABDUL-BAKI e ANDERSON, 1972), diminuição
da produção de ATP (ANDERSON, 1977) e desorganização das membranas celulares
(BASAVARAJAPPA et al. 1991). Além da perda da compartimentalização celular, a
desintegração do sistema de membranas promove descontrole do metabolismo e das trocas de
água e solutos entre as células e o meio exterior, determinando a redução da viabilidade da
semente (MARCOS FILHO, 1999). Essas são algumas evidências de que os danos às
membranas celulares, que resulta em menor habilidade de reter os solutos dentro das lulas,
podem ser um dos efeitos do armazenamento prolongado.
Dessa forma, tratamentos de sementes com produtos químicos, previamente
ao armazenamento, podem contribuir para acelerar o processo de deterioração e, ainda o
52
produto poderá ter seu efeito anulado ou reduzido em virtude do período e condições de
armazenagem.
Neste contexto o objetivo do experimento foi avaliar a ação reguladora do
Cloreto de Mepiquat no desenvolvimento inicial das plantas de algodoeiro, provenientes de
sementes tratadas previamente com diferentes formas e doses do regulador de crescimento e,
armazenadas em condições ambientais não controladas.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, nas instalações do
Departamento de Agronomia, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR,
(23°2941,4”S e 51°12’5,5”W), durante o período de dezembro de 2008 a julho de 2009. O
delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 2,
correspondente a cinco doses de Cloreto de Mepiquat e duas formas de aplicação (embebição
e aplicação direta), totalizando 10 tratamentos, com quatro repetições.
Foram utilizadas sementes de algodão deslintadas quimicamente com ácido
sulfúrico da cultivar IPR 120 desenvolvida pelo IAPAR, considerada de crescimento
moderado e com ciclo variando entre 132 a 175 dias até a colheita. As sementes foram
embebidas em solução de Cloreto de Mepiquat (250 g i.a. L
-1
) nas doses de 0,0; 5,0; 10,0; 15,0
e 20,0 g i.a. kg
-1
de sementes, por um período de 12 horas a 20 ºC, sendo utilizados 400 mL de
solução por kg de sementes. Para o tratamento via aplicação direta, foram utilizadas as
mesmas doses do regulador de crescimento, contudo, com aplicação externa a semente. As
sementes foram acondicionadas em saco plástico para agitação até distribuição uniforme,
utilizando 100 mL de solução por kg de sementes.
As a aplicação do regulador, as sementes foram secas a sombra em local
ventilado e, acondicionadas em sacos de papel tipo Kraft e armazenadas por 180 dias, em
condições ambientais não controladas. Os dados de temperatura e umidade relativa (máxima e
mínima) do ar durante o período de armazenamento, obtidos com aparelho termohigografo
modelo R-704, estão apresentados na figura 1.
53
0
5
10
15
20
25
30
35
05/01 a 11/01
19/01 a 25/01
02/02 a 08/02
16/02 a 22/02
02/03 a 08/03
16/03 a 22/03
30/03 a 05/04
13/04 a 19/04
27/04 a 03/05
11/05 a 17/05
25/05 a 31/05
08/06 a 14/06
23/06 a 29/06
07/07 a 13/07
21/07 a 27/07
0
20
40
60
80
100
120
TEMPERATURA MIN TEMPERATURA MÁX
UMIDADE RELATIVA MIN UMIDADE RELATIVA MÁX
Umidade Relativa (%)
Figura 4.1 Dados de temperatura C) e umidade relativa do ar (%) durante o período do
armazenamento das sementes de algodão sob condições ambientais não controladas.
Para verificar a manutenção do efeito do regulador de crescimento, foi
avaliado o desenvolvimento das plantas em casa de vegetação, logo após o tratamento e a cada
sessenta dias após o inicio do armazenamento. Para tanto, foram semeadas cinco sementes, em
vasos com capacidade de 2,5 L, preenchidos com mistura contendo 40% de solo, 30% de
palha de arroz carbonizada e 30% de areia e adubada com 5,0 g de NPK 8-28-16 para cada
vaso. O desbaste foi realizado sete dias após a emergência das plântulas, deixando apenas uma
planta por vaso.
A cada sete dias após a emergência das plântulas, até os 28 dias, foram
avaliadas a altura e a área foliar das plantas. Aos 28 dias, no final do experimento, foram
ainda determinados: o diâmetro do caule, a altura de inserção do nó cotiledonar e a massa de
matéria seca de caules e folhas, conforme metodologias descritas a seguir:
a) Altura de Planta: Para esta determinação foi tomado o comprimento
das plantas, em centímetros, da distância entre o nível do solo ao ápice da planta, com o
auxílio de régua graduada.
b) Área Foliar Estimada: foi utilizada a equação Y = 0, 8529X (R
2
=
0,98), em que Y é a área estimada e X o produto do comprimento e largura de cada folha.
Para as folhas cotiledonares e primeiras folhas verdadeiras cordiformes, foram consideradas as
larguras e comprimentos máximos; nas folhas subseqüentes, lobadas, a largura será obtida na
posição final da nervura dos lobos basais, e o comprimento avaliado desde a inserção da folha
54
no pecíolo até o ápice da folha, de acordo com a metodologia descrita por Nagashima et al.
(2005).
c) Diâmetro do Caule: Determinado com o auxílio de paquímetro, a um
centímetro da superfície do solo.
d) Massa de Matéria Seca: Para determinação da massa de matéria seca
(mg) de folhas e caules, os materiais foram acondicionados em sacos de papel e levados a
estufa de circulação de ar forçada 65 ±5 ºC até a obtenção da massa constante. Em seguida,
foram pesadas em balança com precisão de 0,01 g.
Procedimento Estatístico: Os dados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, sob o
delineamento experimental inteiramente casualizados com quatro repetições, em esquema
fatorial 5 x 2 (doses x formas de aplicação), independentemente para cada período de
armazenamento. As médias de doses foram submetidas a estudos de regressão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quanto à forma de aplicação do regulador Cloreto de Mepiquat as formas
de aplicação não diferiram com relação à redução na altura de plantas nos períodos de 0, 60 e
120 DAA (Tabela 4.1), sendo os efeitos concordantes com os resultados obtidos por
Nagashima et al., 2010, ao conduzir experimento constitdo por cinco tratamentos: sementes
sem tratamento; aplicação direta sobre as sementes com Cloreto de Mepiquat a 3,75 e 7,5g i.a.
kg-¹ de sementes e embebidas em solão de Cloreto de Mepiquat a 3,75 e 7,5g i.a. kg-¹ de
sementes.
No entanto, aos 180 dias de armazenamento (DAA) observou-se diferença
significativa entre as formas de aplicação nas avaliações realizadas aos 07 e 14 dias após a
emergência das plântulas, com menores valores de altura de plantas no tratamento via
aplicação direta (AP. D) em relação à embebição (EMB.). Esses resultados diferem do obtido
por Yeates et al. (2005), que ao conduzirem dois experimentos para avaliar em condições de
campo o efeito do tratamento de sementes com Cloreto de Mepiquat, via embebição, por 2,5
horas, e aplicação direta do produto, verificaram que o método da embebição causou o dobro
da redução da altura quando comparado com o método da aplicação direta.
55
Tabela 4.1 - Altura média (AP/cm) avaliada aos 07; 14; 21 e 28 dias após emergência (DAE) em plantas de
algodoeiro, da cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat
em função de doses em diferentes períodos de armazenamento.
Variáveis
FORMAS
DOSES (g i.a. kg-¹)
EMB.
AP.D.
0
5
10
15
20
Equações de Regressão
R
2
P. Máx.
P. Mín.
CV%
0 DIA APÓS O ARMAZENAMENTO
AP07d
5,74 a
5,89 a
7,74
6,15
5,25
5,73
4,24
Y=7,305-0,149x
83,23
-
-
19,01
AP14d
10,08 a
10,05 a
14,99
10,61
8,41
9,44
6,89
Y=14,525-0,740x-0, 020
88,91
-
18,50
25,99
AP21d
14,48 a
14,65 a
21,01
15,99
11,49
14,35
10,01
Y=19,298-0,473x
75,67
-
-
27,12
AP28d
18,83 a
19,23 a
25,88
21,65
14,63
19,44
13,58
Y=24,395-0,536x
69,77
-
-
29,08
60 DIAS AS O ARMAZENAMENTO
AP14d
11,89 a
11,25 a
16,01
12,55
10,91
11,01
10,78
Y = 0.023x² - 0.708x + 15.823
97,37
-
15,39
16,03
AP21d
16,49 a
16,53 a
23,45
16,78
13,10
13,29
12,98
Y = 0.047- 1.436x + 23.17
98,01
-
15,27
17,76
AP28d
19,97 a
19,23 a
26,10
24,14
19,49
18,94
18,61
Y= 0,021x²-0,824x+26,543
94,75
-
19,61
17,15
120 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AP14d
9,84 a
9,89 a
13,39
12,93
12,23
11,88
12,59
Y=0,007x²-0,206x+13,518
87,81
-
14,71
15,44
AP21d
11,26 a
10,98 a
15,10
13,76
13,34
13,88
14,01
Y=0,011x²-0,264x+14,987
88,04
-
12,00
16,50
AP28d
12,26 a
12,33 a
17,76
15,85
14,06
14,79
14,68
Y=-0.017x²-0.494x+17,746
93,30
-
15,52
15,45
180 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AP07d
2,10 a
1,38 b
2,89
2,08
1,69
0,91
1,14
Y=2,673-0,093x
87,67
-
-
59,10
AP14d
4,03 a
3,38 b
7,03
3,61
3,10
2,43
2,39
Y=6,744-0,586x+0, 019x²
95,09
-
15,42
22,91
AP21d
5,19 a
4,68 a
10,44
4,69
3,45
3,06
3,05
Y=9,978-1,032x+0,035
95,31
-
14,74
28,98
AP28d
7,17 a
6,23 a
15,46
5,96
4,04
4,10
3,96
Y=14,636-1,681x+0,059
93,71
-
14,24
34,64
Médias seguidas de mesma letra na linha, para efeito de formas de aplicação, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Para altura de planta em função das doses, independentemente da formas de
tratamento utilizado, foram observadas redução de porte em todos os tratamentos com
aplicação de Cloreto de Mepiquat em relação à testemunha (dose 0), desde a emergência até
os 28 DAE, quando foram finalizadas as avaliações, para todos os tempos de armazenamento.
Quanto maior a concentração do regulador de crescimento aplicado, maior foi à redução na
altura da planta (Tabela 4.1). Neste aspecto, Yeates et al. (2005) corroboram com os
resultados obtidos neste estudo ao relatarem que o tratamento de sementes de algodão com
regulador de crescimento, independentemente da forma, é útil na redução precoce do porte das
plantas. Nagashima et al., (2009), ao conduzir experimento em condições de campo,
utilizando sementes de algodão embebidas por 12 h em soluções contendo Cloreto de
56
Mepiquat nas doses 0,0; 3,75; 7,5 e 15 g i.a. kg-¹de sementes, também constataram redução na
altura de plantas de algodoeiro, com efeito visível até os 80 dias após a emergência, sendo o
efeito relacionando com o aumento da dose utilizada.
A altura da planta (Tabelas 4.1), aos 07 DAE, já demonstrou efeito de doses
do regulador, ajustando-se a uma equação linear decrescente com o incremento das doses ao 0
e 180 DAA, (Figuras 4.2A e 4.5A). Aos 14 DAE, o ajuste foi quadrático em função do
aumento das doses para todos os períodos de armazenamento analisados, com pontos de
mínima resposta de 18,50 g i.a. kg-¹ ao 0 DAA (Figura 4.2B), de 15,39 aos 60 DAA (Figura
4.3A) e, aos 120 DAA 14,71 (Figura 4.4A) e de 15,42 aos 180 DAA, (Figura 4.5B).
Aos 21 DAE a altura de plantas ajustou-se a uma equação quadrática em
função do aumento das doses para a maioria dos períodos analisados, com pontos de mínima
em 15,27 g i.a. kg-¹ aos 60 DAA (Figura 4.3B), 12,00 aos 120 DAA (Figura 4.4B) e de 14,74
aos 180 DAA (Figura 4.5C), com exceção do período de 0 DAA (Figura 4.2C) onde, o ajuste
foi linear decrescente.
A altura de plantas aos 28 DAE, ao 0 DAA, ajustou-se a uma equação linear
decrescente (Figura 4.2D). Nos demais períodos de armazenamento ajustou-se a uma equação
quadrática com elevação das doses do regulador de crescimento com ponto de nima de
19,61 g i.a. kg-¹ aos 60 DAA (Figura 4.3C) 15,52 aos 120 DAS (Figura 4.4C) e 14,24 g i.a.
kg-¹ aos 180 DAA (Figura 4.5D). Resultados semelhantes a estes também foram constatados
por Nagashima et al. (2005) onde, em estudos avaliados até 49 DAE, verificaram que a altura
da planta de algodoeiro diminui com o aumento da concentração do princípio ativo na solução
aplicada. Corbin e Frans (1991) avaliaram o potencial de 1000 ppm de Cloreto de Mepiquat e
Cloreto de Chlomerquat no tratamento de sementes para reduzir o efeito negativo do uso do
herbicida Fluometuron e constataram haver redução na altura das plantas até três semanas
após a semeadura, com recuperação do crescimento até nove semanas após. Lamas et al.,
(2006) ao utilizar a aspersão direta nas sementes, constataram que o efeito da ação do
regulador foi mantido até o início do florescimento.
57
Figura 4.2. Alturadia (AP) avaliada aos 07(A); 14(B); 21(C) e 28 DAE (D) em plantas de
algodoeiro, da cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat
em função de doses, ao 00 dia de armazenamento.
Figura 4.3 Altura média (AP) avaliada aos 14(A); 21(B) e 28 DAE (C) em plantas de algodoeiro, da
cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em função e
doses, aos 60 dias de armazenamento.
A
0
3
6
9
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
B
0
3
6
9
12
15
18
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
C
0
5
10
15
20
25
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
D
0
10
20
30
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
AP (cm)
A
0
3
6
9
12
15
18
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
C
0
5
10
15
20
25
30
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
B
0
5
10
15
20
25
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
58
Figura 4.4 Altura dia (AP) avaliada aos 14 (A); 21(B) e 28 DAE (C) em plantas de algodoeiro, da
cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em função de
doses, aos 120 dias de armazenamento.
Figura 4.5 Altura média (AP) avaliada aos 07 (A); 14 (B); 21(C) e 28 DAE (D) em plantas de
algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat
em função de doses, aos 180 dias de armazenamento.
A
5
7
9
11
13
15
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
B
10
11
12
13
14
15
16
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
C
10
12
14
16
18
20
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
A
0
1
2
3
4
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
C
0
3
6
9
12
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
B
0
2
4
6
8
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
D
0
4
8
12
16
20
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AP (cm)
59
Para a variável altura de planta (AP/cm) aos 07 DAE com 60 dias de
armazenamento das sementes tratadas (Tabela 4.2), foram constatadas interação entre os
fatores formas de aplicação e doses de Cloreto de Mepiquat. Observou-se diferença
significativa entre as formas de aplicação do regulador apenas na dose de 15g i.a. kg
-1
, com
menor altura de plantas para o tratamento via aplicação direta, quando comparado com o
tratamento via embebição. Nas demais doses avaliadas não ocorreram diferenças entre as
formas de aplicação. Com relação às doses, a resposta da planta em relação à altura ajustou-se
em uma equação quadrática para ambos os tratamentos, com ponto de nimo de 15,82 g i.a.
kg-¹ para o tratamento via embebição e, 15,95 g i.a. kg-¹ para o tratamento via aplicação direta
(Figura 4.6A). Resultados estes que, assemelham aos obtidos por Nagashima et al. (2005,
2007 e 2009) que, em experimentos em casa de vegetação e campo utilizando sementes
embebidas em soluções com Cloreto de Mepiquat, observaram plantas com menor estatura,
com efeito, persistindo até 31 (2007) e 80 DAE (2009), em condições de campo, sendo a
redução relacionada com o aumento da concentração utilizada. Yeates et al. (2005), Carvalho
et al. (2004), Holden et al., 2004 e Lamas et al. (2000) também relatam que maiores doses de
regulador tende a redução mais acentuada no porte das plantas do algodoeiro, contudo,
utilizando o Cloreto de Mepiquat via pulverização foliar.
Tabela 4.2 - Interação entre formas (FA) e doses para médias de altura (AP/cm) avaliadas aos 07
DAE em plantas de algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com
Cloreto de Mepiquat aos 60 e 120 dias de armazenamento.
60 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AP 07 d DOSES (g i.a. kg-¹)
FA
0
5
10
15
20
Equações de Regressão
R
2
P. Máx.
P.Mín.
Embebição
8.70 a
6.96 a
5.93 a
6.43 a
5.94 a
Y= 0,014x²-0,443x+8.822
99,23
-
15,82
Ap. direta
8.78 a
7.03 a
5.98 a
5.33 b
5.98 a
Y= 0,011x²-0,351+8,577
91,43
-
15,95
120 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AP 07 d
Embebição
7.,98 a
7.75 a
7.55 a
7.46 a
7.33 a
Y= -0,031x+7,932
96,89
-
-
Ap. direta
7,94 a
7,53 a
7,43 a
7,45 a
6,02 b
Y= -0,078x+8,058
71,91
-
-
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
Na Tabela 4.2 são apresentados os dados de altura de plantas avaliados aos
07 DAE, com 120 DAA, onde foi observada, para a forma de aplicação, diferença
significativa entre os tratamentos utilizados na dose de 20 g i.a. kg-¹, sendo que no tratamento
via embebição ocorreu maior valor em relação ao tratamento via aplicação direta. Para o fator
60
doses obteve-se ajuste a uma equação de natureza linear para ambas as formas de aplicação
(Figura 4.6B).
Figura 4.6 Altura dia aos 07 DAE em plantas de algodoeiro, da cultivar IPR 120, tratadas com
Cloreto de Mepiquat via embebição (♦) e via aplicão direta (▲) aos 60 (A) e 120
DAA (B).
Na Tabela 4.3 são apresentados os resultados da área foliar estimada onde,
o se constatou diferenças significativas quanto à forma de aplicação (aplicação direta e
embebição) em todos os períodos de armazenamento avaliados. Nagashima et al. 2010,
observou que plantas provenientes de sementes tratadas tanto via embebição, quanto via
aplicação direta nas doses de 3,75 e 7,5 g i.a. kg-¹, aos 14 DAE apresentavam área foliar
reduzida, e que esta redução foi menos acentuada com o decorrer do tempo. Esses autores
relatam que aos 35 DAE os tratamentos não apresentaram diferença de área foliar em relação
à testemunha e, aos 90 DAE, não foram detectadas diferenças estatísticas, demonstrando que o
efeito produto já era nulo.
Com relação ao efeito de doses, ao 0 dia de armazenamento as mesmas não
alteraram a área foliar estimada avaliada aos 07 DAE das plantas. Aos 14 DAE o ajuste foi de
natureza linear decrescente em função do incremento das doses aplicadas (Figura 4.7A). Aos
21 DAE (Figura 4.7B) e aos 28 DAA (Figura 4.7C) foi verificado ajuste quadrático em função
do aumento das doses, com ponto de mínima de 14,98 e 15,10 g i.a. kg-¹, respectivamente.
Para 120 DAA, aos 07 DAE das plantas obteve-se ajuste de natureza linear
decrescente para a área foliar em função de doses (Figura 4.8A). Aos 14 DAE o ajuste foi
quadrático com ponto de nima de 15,18 (Figura 4.8B). aos 21 DAE (Figura 4.8C) o
ajuste obtido com o incremento das doses foi de natureza linear e aos 28 DAE, a área foliar
ajustou-se a uma equação quadrática com ponto de mínima de 15,14 (Figura 4.8D).
A
0
2
4
6
8
10
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
B
0
2
4
6
8
10
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
AP (cm)
AP (cm)
61
Tabela 4.3 Área foliar estimada (AFE/cm²) avaliada aos 07; 14; 21 e 28 DAE em plantas de
algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat
em função de doses de aplicação em diferentes períodos de armazenamento.
Variáveis
FORMAS
DOSE S (g i.a. kg-¹)
EMB.
AP.D.
0
5
10
15
20
Equações de Regressão
R
2
P. Máx.
P. Mín.
CV%
0 DIA APÓS O ARMAZENAMENTO
AFE 07d
15,47 a
14,40 a
15,91
14,95
14,82
14,22
13,78
ns
-
-
-
63,49
AFE 14d
17,01 a
15,35 a
21,21
17,57
16,47
15,06
12,11
Y=20,223-0,454x
93,40
-
-
33,10
AFE 21d
31,78 a
24,03 a
50,85
30,32
19,83
19,93
19,21
Y=49,994-4,407x+0,147x²
98,07
-
14,98
47,52
AFE 28d
59,19 a
44,94 a
114,08
51,00
33,88
33,98
27,53
Y=108,77-11,265x+0,373x²
94,64
-
15,10
52,53
120 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AFE 07d
11,52 a
11,26 a
13,95
11,68
10,28
11,00
10,08
Y=13,079-0,168x
72,77
-
-
20,04
AFE 14d
14,48 a
14,03 a
17,87
14,56
12,51
13,70
12,63
Y=17,629-0,668x-0, 022
89,39
15,18
-
19,69
AFE 21d
17,30 a
15,96 a
23,26
17,25
15,26
15,45
13,95
Y=21,518-0,488x
85,79
-
-
25,24
AFE 28 d
20,69 a
20,56 a
30,24
20,38
17,70
18,14
16,68
Y=29,349-1,726x-0, 057
93,27
15,14
-
30,26
180 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AFE14d
10,96 a
11,30 a
12,71
11,97
9,84
10,97
10,19
ns
-
-
-
21,14
AFE21d
12,90 a
13,08 a
15,88
14,44
10,48
12,61
11,58
Y=15,085-0,209x
57,59
-
-
25,34
AFE28d
18,84 a
21,14 a
27,24
23,25
15,62
18,04
15,80
Y=25,609-0,562x
76,12
-
-
40,43
Médias seguidas de mesma letra na linha, para efeito de formas de aplicação, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
ns = não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Não houve ajuste em função de doses aos 180 DAA na avaliação realizada
aos 14 DAE. aos 21 e 28 DAE o ajuste obtido com o incremento das doses foi de natureza
linear decrescente (Figuras 4.9A e 4.9B). Os efeitos do Cloreto de Mepiquat na redução da
área foliar estimada, também foram observados por Nagashima et al. (2005), utilizando
sementes embebidas nas concentrações 0,0; 0,5; 2,5; 5,0 e 7,5 (v/v) do produto comercial com
50 g i.a. L, com três tempos de imersão (3, 6 e 12 horas), onde verificaram que independente
da dose utilizada ocorreu redução da àrea foliar, em relação ao tratamento controle. Utilizando
regulador de crescimento via aplicação foliar entre o estádio de botão floral e florescimento,
Stuart et al. (1984) constataram redução no índice de área foliar pelo menor número de folhas
e tamanho da folha. Segundo Fernández et al. (1991), o Cloreto de Mepiquat inibe a expansão
de folhas e pecíolos, promovendo a redução da altura da planta. A obtenção de plantas mais
compactas e com menor índice de área foliar devido à ação do Cloreto de Mepiquat também é
relatada por McCarty e Hedin (1994).
62
Figura 4.7. Área foliar estimada (AFE) avaliada aos 14 (A); 21(B) e 28 DAE (C) em plantas de
algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em
função de formas e doses de aplicação, com 0 dia de armazenamento.
Figura 4.8 Área foliar estimada (AFE) avaliada aos 07 (A); 14(B); 21(C) e 28(D) DAE em plantas de
algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em
função de formas e doses de aplicação, com 120 dias de armazenamento.
A
0
5
10
15
20
25
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
AFE (cm)
B
0
10
20
30
40
50
60
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
AFE (cm²)
C
0
20
40
60
80
100
120
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
AFE (cm²)
A
0
4
8
12
16
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
B
0
5
10
15
20
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
0
10
20
30
40
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
D
0
10
20
30
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
C
63
Figura 4.9 Área foliar estimada (AFE) avaliada aos 21(B) e 28 DAE (C) em plantas de algodoeiro da
cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em função de
formas e doses de aplicação, com 180 dias de armazenamento.
Na tabela 4.4 estão apresentados os resultados de interação de formas de
aplicação e doses de Cloreto de Mepiquat para as médias de área foliar estimada aos 07; 14;
21 e 28 DAE após 60 dias de armazenamento e 07 DAE após 180 DAA. As diferenças foram
significativas entre as formas de aplicação na dose de 15 g i.a. kg
-1
aos 60 DAA, com maior
redução da área foliar estimada quando foi utilizada aplicação direta, em todas as avaliações
realizadas.
Com relação à área foliar estimada em resposta a dose aplicada aos 07 DAE,
o houve efeito significativo para o tratamento via embebição e, para o tratamento via
aplicação direta, os valores se ajustaram a uma equação quadrática com ponto de mínima de
13,00 g i.a. kg-¹ (Figura 4.10A). A área foliar estimada aos 14 DAE (Figura 4.10B), tanto no
tratamento via embebição quanto no via aplicação direta, decresceu linearmente em resposta
as doses utilizadas. Aos 21 DAE (Figura 4.10C) os resultados obtidos para área foliar
estimada se ajustaram tanto para o tratamento via embebição, quanto para o via aplicação
direta a uma equação quadrática, com ponto de mínima de 16,09 e 13, 68 g i.a. kg-¹,
respectivamente. Aos 28 DAE (Figura 4.10D), o ajuste foi quadrático para o tratamento via
embebição, com ponto de mínima de 15,68 e, não significativo para o tratamento via aplicação
direta.
O resultado obtido em função de doses no tratamento via embebição para a
variável área foliar estimada aos 07 DAE, o foram significativos aos 180 DAA, (Tabela
4.4). Para o tratamento via aplicação direta obteve-se ajuste linear decrescente em função do
aumento das doses (Figura 4.10E). Tais dados estão de acordo com os verificados por
Nagashima et al. (2005), que ao utilizarem sementes tratadas via embebição nas doses 0,0;
0,5; 2,5; 5,0 e 7,5 (v/v) do produto comercial com 50 g i.a. L observaram que independente da
0
3
6
9
12
15
18
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
A
10
14
18
22
26
30
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
B
64
dose utilizada do regulador, ocorreu redução da área foliar por planta e por folha. Efeito este
também relatado por Fernández et al. (1991), que afirmam que o uso do Cloreto de Mepiquat
inibe a expansão das folhas e pecíolos e promove o crescimento de raízes secundárias.
Tabela 4.4 - Interação de formas (FA) e doses para médias da área foliar estimada (AFE/cm),
avaliadas aos 07, 14, 21 e 28 DAE, em plantas de algodoeiro, cultivar IPR 120,
originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat, aos 60 e 180 dias as
armazenamento.
60 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AF 07d
DOSES
FA
0
5
10
15
20
Equação de Regressão
P. Máx.
P. Mín.
Embebição
24,47 a
20,19 a
16,36 a
23,80 a
20,20 a
ns
-
-
-
Ap. direta
21,40 a
19,58 a
20.25 a
14,97 b
20,92 a
Y= 23,334-1,430x+0,056x²
26,38
-
13,00
AF 14 d
Embebição
90,05 a
54,24 a
39,44 a
67,70 a
36,42 a
Y= 76,328-1,876x
45,25
-
-
Ap. direta
72,93 a
55,36 a
48,56 a
42,34 b
38,70 a
Y= 67,869-2,229x
61,99
-
-
AF 21 d
Embebição
206,57 a
90,44 a
67,91 a
133,89 a
57,62 a
Y= 189,805-14,181x+0,440x²
62,02
-
16,09
Ap. direta
199,20 a
112,30 a
78,72 a
108,98 b
93,26 a
Y= 150,700-13,772x+0,503x²
69,82
-
13,68
AF 28 d
Embebição
411,28 a
207,84 a
114,55 a
277,28 a
110,04 a
Y= 377,721-29,427x+0,938x²
57,20
-
15,68
Ap. direta
391,40 a
254,45 a
153,39 a
131,65 b
183,14 a
ns
-
-
-
180 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
AF 07d
Embebição
8,86 a
8,90 a
7,16 a
7,89 a
7,44 a
ns
-
-
-
Ap. direta
9,59 a
7,68 a
7,10 a
9,53 a
4,05 b
Y= 9,432-0,184x
41,44
-
-
Médias seguidas de mesma letra na linha não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
ns = não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
65
Figura 4.10 Área foliar estimada (AFE) aos 07 (A), 14 (B) 21(C) e 28 (D) DAE, em plantas de
algodoeiro, da cultivar IPR 120, tratadas com Cloreto de Mepiquat via embebição (♦) e
via aplicação direta (▲) para 60 DAA e, aos 7 DAE para 180 DAA (E).
Na tabela 4.5 constam os resultados das avaliações do diâmetro do caule, da
massa de matéria seca de caule e de folhas aos 28 DAE para os períodos de 0, 60, 120 e 180
dias de armazenamento. Foram verificados efeitos significativos quanto à forma de aplicação
do Cloreto de Mepiquat apenas para o diâmetro do caule aos 120 e 180 DAA, com valores
inferiores para o tratamento via aplicação direta em relação à embebição.
Ao 0 e 60 dias de armazenamento não houve efeito de doses para o diâmetro do caule.
Contudo, aos 120 e 180 DAA, os ajustes para o diâmetro foram quadráticos em função do
A
10
20
30
40
50
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
B
0
30
60
90
120
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
C
0
100
200
300
0
5
10
15
20
Doses (g. i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
D
0
200
400
600
0
5
10
15
20
Doses (g. i. a. kg-¹)
AFE (cm²)
AFE (cm²)
E
0
4
8
12
0
5
10
15
20
Doses
(
g
.
i
.
a
.
kg
-
¹
)
AFE (cm²)
66
aumento das doses, com ponto de máxima de 10,12 e 4,0 g i.a. kg-¹, respectivamente (Figura
4.13 e 4.14).
O uso do regulador de crescimento proporcionou menor massa de matéria
seca de caules em todas as doses utilizadas, independentes do período de armazenamento,
quando comparadas à testemunha (Tabela 4.5). Para o período de 0 DAA, a massa de matéria
seca de caule ajustou-se em uma equação quadrática em função do aumento das doses (Figura
4.11A), com ponto de mínima de 14,10 g i.a. kg-¹. Aos 60 DAA, os valores se ajustaram a
uma equação linear decrescente (Figura 4.12), e aos 120 e 180 DAA não houve efeito de dose.
Tabela 4.5 Diâmetro do caule (DC), massa de matéria seca de caules (MSC) e de folhas (MSF),
avaliados aos 28 DAE em plantas de algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes
tratadas com Cloreto de Mepiquat em função de formas e doses em diferentes períodos de
armazenamento.
Variáveis
FORMAS
DOSES (g i.a. kg
-1
)
EMB.
AP. D.
0
5
10 15
20
Equações de Regressão
R
2
P. Máx.
P. Mín.
CV%
0 DIA APÓS O ARMAZENAMENTO
DC (mm)
2,65 a
2,45 a
2,81 2,59 2,54 2,24 2,58 ns - - - 30,29
-
-
-
30,29
30,29
MSC (g)
0,70a
0,55 a
0,138
0,066
0,043
0,038
0,041
Y=0,1334- 0.0141x+0.0005x²
97,81
-
14,10
47,52
MSF (g)
59,19 a
44,94 a
114,08
51,00
43,88
33,88
27,53
Y=0,2488+0,0066
81,52
-
-
52,53
60 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
DC (mm)
3,72 a
3,57 a
3,76
3,74
3,43
3,85
3,45
ns
-
-
-
17,39
MSC (g)
0,580 a
0,510 a
0,808
0,579
0,393
0,624
0,344
Y=0,726-0,018x
55,66
-
-
48,19
120 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
DC (mm)
2,64 a
2,31 b
2,35
2,60
2,59
2,73
2,14
Y=2,322+0,081x-0, 004
79,53
10,12
-
16,93
MSC (g)
0,050 a
0,040 a
0,051
0,055
0,043
0,040
0,048
ns
-
-
-
28,06
(MSF g)
0,110 a
0,120 a
0,154
0,118
0,113
0,110
0,106
Y=0,140-0,002x
-
-
-
32,52
180 DIAS APÓS O ARMAZENAMENTO
DC (mm)
2,09 a
2,06 b
2,08
2,05
2,03
2,10
2,13
Y=2,073-0,008x+0, 001x²
83,19
-
4,00
1,95
MSC (g)
0,030 a
0,020 a
0,030
0,034
0,021
0,023
0,026
ns
-
-
-
55,76
MSF (g)
0,090 a
0,080 a
0,133
0,098
0,065
0,061
0,084
ns
-
-
-
43,05
Médias seguidas de mesma letra na linha, para efeito de formas de aplicação, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
ns = não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Com relação à massa de matéria seca de folhas ao 0 e 120 DAA (Tabela
4.5), observou-se efeito de doses com ajuste linear decrescente em resposta ao aumento das
mesmas (Figura 4.11B) e aos 180 DAA não verificou-se diferea significativa. Os resultados
estão de acordo com os obtidos por Nagashima et al. (2005), que avaliaram o efeito do
tratamento de sementes de algodão, via embebição com o Cloreto de Mepiquat, visando o
67
controle do crescimento da planta desde a emergência e, também com os resultados
observados por Zao e Oosterhuis (2000) ao utilizarem o mesmo regulador de crescimento via
aplicação foliar.
Figura 4.11 Massa de matéria seca de caules (MSC/g) e massa de matéria seca de folhas (MSF/g)
avaliada aos 28 DAE em plantas de algodoeiro da cultivar IPR 120, originadas de sementes
tratadas com Cloreto de Mepiquat em função de doses, com 0 dia de armazenamento.
Figura 4.12 Massa de matéria seca de caules (MSC/g) avaliada aos 28 DAE em plantas de algodoeiro
da cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em função
doses, com 60 dias de armazenamento.
Figura 4.13 Diâmetro caule (DC/mm) avaliado aos 28 DAE em plantas de algodoeiro da cultivar IPR
120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em fuão de doses, com
120 dias de armazenamento.
0.00
1.00
2.00
3.00
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
DC (cm)
A
0.000
0.030
0.060
0.090
0.120
0.150
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
MSC (g)
B
0.000
0.060
0.120
0.180
0.240
0.300
0
5
10
15
20
Doses (g i.a. kg-¹)
MSF (g)
0.000
0.300
0.600
0.900
0
5
10
15
20
Doses (g i. a. kg-¹)
MSC (g)
A
68
Figura 4.14 Diâmetro caule (DC/mm) avaliado aos 28 DAE em plantas de algodoeiro da cultivar IPR
120, originadas de sementes tratadas com Cloreto de Mepiquat em função de doses, com
180 dias de armazenamento.
Aos 120 e 180 dias após tratamento de sementes, quando comparados aos
demais períodos de armazenamento, foram obtidas plantas com valores inferiores em todas as
características avaliadas, inclusive para o tratamento testemunha onde não houve aplicação de
regulador de crescimento (Tabela 4.5). Estes resultados estão relacionados ao período de
baixas temperaturas em que foi conduzido o experimento, uma vez que as avaliações foram
iniciadas em dezembro, período do ano com temperaturas médias elevadas, e, com o decorrer
do armazenamento as últimas avaliações foram conduzidas em julho, período de temperaturas
mais amenas para a região. Segundo Beltrão (2006) a planta de algodoeiro, necessita de
temperaturas entre 27 e 32 °C, para se ter um bom desenvolvimento e, a temperatura na casa
de vegetação neste período foi de 11,5 a 16 °C. No entanto, mesmo no período de
temperaturas mais amenas a diferença entre doses permaneceu evidente, seguindo
comportamento semelhante ao observado nos primeiros períodos de armazenamento, quando
relacionadas com a testemunha. Reddy et al. (1990), verificaram que o maior efeito do
produto no crescimento do algodoeiro ocorria quando a temperatura diurna foi de 30 ºC, com
noites de 20 ºC e, em temperaturas maiores ou menores que estas o efeito do produto era nulo
ou se tornava menos pronunciado.
Quanto aos resultados de interação de formas de aplicação e doses de
Cloreto de Mepiquat para a massa de matéria seca de folhas (MSF/g) aos 60 DAA das
sementes foram verificadas diferenças significativas quanto à forma de aplicação com valores
inferiores para o tratamento via aplicação direta em relação à embebição quando utilizado a
dose 15 g i.a. kg
-
¹ (Tabela 4.6). Para o tratamento via embebição os resultados se ajustaram a
uma equação linear decrescente com o incremento das doses e, para o tratamento via aspersão
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
0
5
10
15
20
Doses (g. i. a. kg-¹)
DC (mm)
69
o houve efeito de doses aplicadas (Figura 4.15). Os resultados obtidos corroboram aos
relatados por Lamas et al (2000) que, confirmam a redução de massa de matéria seca de
folhas, por meio de pulverizações foliares parceladas e, com Nagashima et al. (2005), que ao
utilizar sementes tratadas via embebição, observaram que o uso de Cloreto de Mepiquat em
doses acima de 2,5%, reduz a área foliar e a massa de matéria seca da parte aérea, observadas
aos 49 DAE e, também, o número de ramos e estruturas reprodutivas.
As formas de aplicação utilizadas (aplicação direta e embebição)
demonstraram resultados semelhantes e positivos com relação à redução do porte da planta, da
área foliar e da massa de matéria seca de caules e folhas. O uso de redutores de crescimento na
cultura do algodoeiro é crescente em virtude dos sistemas de produção utilizado na cultura
atualmente e, a obtenção de plantas com menor porte é fundamental, principalmente, para o
sucesso do sistema adensado de cultivo. Tradicionalmente, a aplicação do regulador de
crescimento é realizada via aplicação foliar, contudo, esse método apresenta vários
inconvenientes como à perda do produto, caso ocorra chuvas após a aplicação e, a necessidade
de várias aplicações para um controle efetivo da altura das plantas, onerando assim os custos
de produção. Dessa forma, os resultados obtidos confirmam a possibilidade de uso do
tratamento de sementes como forma de aplicação do Cloreto de Mepiquat, assegurando um
controle do crescimento desde o início do desenvolvimento da planta. Dentre as formas de
aplicação via sementes, embora o tenha ocorrido diferença nos resultados proporcionados
pelas mesmas, à aspersão apresenta a vantagem de ser de mais rápida execução e, devido ao
menor volume de solução utilizado, facilita o processo de secagem após o tratamento. Embora
ainda careça de estudos, o método da aplicação direta oferece, ainda, a possibilidade de poder
ser conciliado com o tratamento de sementes com fungicida, normalmente realizado
previamente a semeadura ou ao armazenamento das sementes de algodão. Como constatado, o
tratamento com o regulador pode ser realizado antes do armazenamento das sementes,
independente da dose, sem que haja perda da sua ação reguladora, facilitando a
comercialização e a operação de semeadura.
70
Tabela 4.6 Interação de formas (FA) e doses para médias de massa de matéria seca de folhas (MSF)
aos 60 DAA de plantas de algodoeiro, cultivar IPR 120, originadas de sementes tratadas
com Cloreto de Mepiquat.
60 DIAS DE APÓS O ARMAZENAMENTO
MSF/g
FA
0
5
10
15
20
Equação de Regressão
R
2
P. Máx.
P.Mín.
Embebição
1,540 a
0,973 a
0,808 a
0,598 b
0,540 a
Y= 1,286-0,032x
34,85
-
-
Ap. direta
1,445 a
0,975 a
0,710 a
0,720 a
0,75 0a
ns
-
-
-
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
ns = não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Figura 4.15. Massa de matéria seca de folhas aos 60 DAA originadas de plantas de algodoeiro da
cultivar IPR 120 tratadas com Cloreto de Mepiquat via embebição (♦) e via aplicação
direta (▲) em função de doses.
CONCLUSÕES
Independente da forma de aplicação via semente, o Cloreto de Mepiquat
reduz o diâmetro do caule, a massa seca de folhas e caule, a área foliar, e a altura de plantas de
algodoeiro, com efeitos intensificados com o aumento das doses aplicadas.
A forma de aplicação via sementes e o armazenamento das sementes
tratadas por até 180 dias não interferem na ação do regulador de crescimento.
A ação reguladora de crescimento do Cloreto de Mepiquat perdura pelo
menos até os 28 DAE das plantas, independente da forma de aplicação, dose utilizada e
período de armazenamento das sementes tratadas.
0
0.5
1
1.5
2
0
5
10
15
20
Doses
(
g
.
i
.
a kg
-
¹
)
MSF (g)
71
REFERÊNCIAS
ABDUL-BAKI, A. A. e BAKER, J. E. Are changes in cellular organelles or membranes
related to vigor loss in seed. Seed Science Technology, v.1, p. 89-125, 1972.
ANDERSON, J.D. Adenylate metabolism of embryonic axes from deteriorated soybean seeds.
Plant Physiology, Lancaster, v.59, p.610-614, 1977.
BASAVARAJAPPA, B.S.; SHETTY, H.S.; PRAKASH, H.S. Membrane deterioration and
other biochemical changes, associated with accelarated ageing of maize seeds. Seed Science
and Technology, Zurich, v.19, n.2, p.279-286, 1991.
BELTRÃO, N. E. de M.; AZEVEDO, D. M. P. de; VIEIRA, D. J.; NÓBREGA, L. B. da.
Recomendações técnicas e condições gerais sobre o uso de herbicidas, desfolhantes e
reguladores de crescimento na cultura do algodão. Campina Grande: EMBRAPA- CPNA,
1997. 32p. (EMBRAPA-CPNA. Documentos, 48).
BELTRÃO, N.E.M. Clima regula produção e qualidade da fibra do algodoeiro. Visão
Agrícola. Piracicaba, p.76-77, v.6, 2006.
CARVALHO, L.H.; CHIAVEGATO, E.J.; CIA, E.; KONDO, J.I.; SABINO, J.C.; JR
PETTINELLI, A.; BORTOLETO, N.; GALLO, P.B. Fitorreguladores de crescimento e
capação na cultura algodoeira. Bragantia, Campinas, v.53, n.2, p.247-254, 1994.
CARVALHO, E. J.; CIA, E.; KONDO, J. I.; Comportamento da IAC Delta Opal na
presença do cloreto de mepiquat em plantio adensado de algodão. Dispovel em:
<http://www.4cba.com.br/arquivos/trabalhos/fisiologiaeecofisiologia/comportamento%20IAC
%2023%ecarvalho.pdf. > Acesso em: 03 set. 2008.
CORBIN, JR. B. R.; FRANS, R. E. Protecting cotton (Gossypium hirsutum) from
Fluometuron injury with seed protectants. Weed Science, v.39, n.4 p.408-411, jul./set.1991.
FERNANDEZ, C. J.; COTHREN, J.T.; McINNES, K.J. Partitioning of biomass in well-
watered and water-stressed cotton plants treated with mepiquat chloride. Crop Science, v.31,
p.1224-1228, sep. /oct. 1991.
HOLDEN, J.; CONSTABLE, G.; KERBY, T.; HAKE, K. The use of Pix as a cotton
management tool. Australian Cotton CRC. Disponível em: <http://www.cotton.
Crc.org/au/publicat/agro/pix.htm>. Acesso em: 25 abr. 2008.
LAMAS, F. M.; ATHAYDE, M. L.; BANZATTO, D. A. Reações do algodoeiro CNPA-ITA
90 ao cloreto de mepiquat. Pesquisa Agropecuária Brasileira. v.35, n.5, p.507-516, mar.,
2000.
LAMAS, F. M. Cloreto de mepiquat na cultura do algodoeiro via sementes. Dourados:
Embrapa Agropecuária Oeste, 2006. 19 p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 33).
Disponível em: <http://www.cpao.embrapa.br/publicacoes/ ficha.php?tipo=BP&num=33
&ano=2006>. Acesso em: 30 de abr. 2008.
72
McCARTY JR, J. C. ; HEDIN, P. A. Efeccts of 1,1 dimethylpiperidiniun chloride on the
yields, agronomic traits, and allelochemicals of cotton (Gossypium hirsutum L.), a nine year
study. Journal of Agricultural and Food Chemisttry, Washington, v.42, n.10, p.2302-2304,
1994.
MARCOS FILHO, J. Teste de envelhecimento acelerado. In: KRZYZANOWSKI, F. C.;
VIEIRA, R. D. & FRANÇA NETO, J. B. (ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes.
Londrina: ABRATES.1999. cap.3, p.1-24.
MATEUS, G. P.; LIMA, E. V.; ROSOLEM, C. A. Perdas de cloreto de mepiquat no
algodoeiro por chuva simulada. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.39, n.7, p.
631-636, 2004.
NAGASHIMA, G. T.; MIGLIORANZA, É. MARUR, C. L.; YAMAOKA, R. S.; GOMES,
SILVA, J. G. R. Desenvolvimento do algodoeiro em resposta a modo de aplicação e doses de
cloreto de mepiquat via sementes. Ciência Rural, Santa Maria, v.40, n.1 p.inicial, 2010.
NAGASHIMA, G. T.; MIGLIORANZA, É.; MARUR, C. L. YAMAOKA, R. S.; GOMES, J.
C. Embebição de sementes e aplicação foliar com cloreto de mepiquat no crescimento e
produção do algodoeiro. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.31, n.4 p.1027-1034, 2007.
NAGASHIMA, G. T.; MARUR, C. L.YAMAOKA, R. S.; MIGLIORANZA, É.
Desenvolvimento de plantas de algodão provenientes de sementes embebidas em cloreto de
mepiquat. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.40, n.9, p.943-946, 2005.
REDDY, V. R; BAKER, D.N.; HODGES, H. F. Temperature and mepiquat chloride on cotton
canopy architecture. Agronomy Journal, Madson.v.82, n.2, p.190-195, 1990.
REDDY, V.R.; TRENT, A.; ACOCK, B. Mepiquat chloride and irrigation versus cotton
growth and development. Agronomy Journal, v.84, p.930-933, nov./dec.1992.
ROBERTS, E.H. Inviability of seeds. Ed. E. H. ROBERTS. Champman and Hall, London,
p.253-306, 1973.
SOUZA, F. S.; ROSOLEM, C. A. Rainfall intensity and mepiquat chloride persistence in
cotton. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 64, n. 2, p.125-130, 2007.
STUART, B.L.; ISBELL, V.R.; WENDT, C.W.; ABERNATHY, J.R. Modification of cotton
water relations and growth with mepiquat chloride. Agronomy Journal, v.76, p.651-655.
jul./aug., 1984.
YEATS, S. J.; CONSTABLE, G. A.; McCUMSTIE, T. Cottton growth and yield after seed
treatment with mepiquat chloride in tropical winter season. Field Crops Research, v.93, n.2-3
p.122-131, 2005.
YORK, A.C. Cotton cultivar response to mepiquat chloride. Agronomy Journal, v.75, p.
663-667, jul./aug., 1983.
73
WALLACE, T.P.; SNIPES, C.E.; WHITE, B.W. Effects of single-multiple applications of
mepiquat chloride on Mississipi cotton. Research Reports-Mississipi Agricultural Foresty
Experiment Station, Mississipi, v.18, n.5, p.5, 1993.
WOODSTOCK, L.W. Physiological and biochemical tests for seed vigor. Seed Science and
Technology, Zurich, v.1, n.1, p.127-157, 1973.
ZANQUETA, R.; FURLANI JÚNIOR, E.; PANTANO, A. C. SOUZA, R. A. R. Modos de
aplicação de regulador de crescimento com diferentes densidades de plantas em cultivares de
algodão herbáceo (Gossypium hirtisutum L. Latifolium Hutch.) Acta Scientiarum
Agronomy, Maringá, v.26, n. 1, p. 97-105, 2004.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo