reafirmando a necessidade de enfrentamento dos desafios impostos por um
processo de envelhecimento ora caracterizado por doenças e/ou condições
crônicas não-transmissíveis, porém passiveis de prevenção e controle, e por
incapacidades que podem ser evitadas ou minimizadas.
Dentre tais desafios, ressalta-se a urgência de se estruturar uma
equipe multidisciplinar qualificada com amplo conhecimento geriátrico e
gerontológico, na busca da melhoria da qualidade de vida dos idosos. Dentro
deste pensamento, a universidade pode realizar papel de agente
transformador da qualidade da saúde de idosos, por meio da colaboração na
formação dessa equipe (Saliba e col, 2007).
Muito se ouve falar em multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e
transdisciplinaridade, no entanto, se buscarmos uma compreensão mais
aprofundada deste novo discurso perceber-se-á que a idéia mais discutida e
praticada, em geral, é a multidisciplinaridade.
Segundo Tavares e col (2005), multidisciplinaridade consiste na
agregação de duas ou mais áreas do conhecimento para examinar um
mesmo tema sob pontos de vista distintos, sem que os profissionais
implicados estabeleçam entre si efetivas relações no campo técnico ou
científico. Funciona com a justaposição de disciplinas de um único nível,
sem cooperação sistemática entre os diversos campos (Tavares e col, 2005).
Já a Interdisciplinaridade ocorre quando campos marcadamente
diferentes, trocam interações reais, devido a uma certa reciprocidade no
intercâmbio, o que acaba produzindo um enriquecimento mútuo. Por
exemplo: uma abordagem sobre saúde da população pode envolver Medicina,
Nutrição, Odontologia e Enfermagem, pelo menos (Bonilha, 2009).
No caso da transdisciplinaridade, não só há interações e
enriquecimento entre as disciplinas técnico-científicas, e sim uma
abrangência total, ou seja, qualquer área pode participar, em princípio, na
empreitada, ultrapassando aquelas disciplinas técnicas e científicas,
envolvendo também arte, filosofia, ética e espiritualidade. Ou seja, a
transdisciplinaridade se processa através do sistema total. (Bonilha, 2009)
A diferença interessante em relação a esse paradigma científico, é que
o conhecimento assim produzido também pode integrar conhecimento