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GYSELLE CYNTHIA SILVA MEIRELES
ANÁLISE COMPARATIVA DO EFEITO DOS LASERES GaAlAs DE λ=660nm
E λ=780nm NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS POR QUEIMADURA EM
DORSO DE RATOS DIABÉTICOS E NÃO-DIABÉTICOS: ESTUDO
HISTOLÓGICO.
UFPB - UFBA
PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
SALVADOR
2005
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2
GYSELLE CYNTHIA SILVA MEIRELES
ALISE COMPARATIVA DO EFEITO DOS LASERS GaAlAs DE λ=660nm E
λ=780nm NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS POR QUEIMADURA EM DORSO
DE RATOS DIABÉTICOS E NÃO-DIABÉTICOS: ESTUDO HISTOLÓGICO.
Orientador: Prof. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro, PhD.
Co-orientador: Prof. Jean Nunes dos Santos, Dr.
SALVADOR
2005
Tese apresentada ao Programa
Integrado de Pós-
Graduação em
Odontologia, da Universidade Federal
da Bahia e U
niversidade Federal da
Paraíba em cumprimento às exigências
para obtenção do título
Odontologia. Área de concentração:
Laser em Odontologia.
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GYSELLE CYNTHIA SILVA MEIRELES
ANÁLISE COMPARATIVA DO EFEITO DOS LASERS GaAlAs DE λ=660nm E
λ=780nm NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS POR QUEIMADURA EM
DORSO DE RATOS DIABÉTICOS E NÃO-DIABÉTICOS: ESTUDO
HISTOLÓGICO.
Salvador, 15/12/2005
Comissão Examinadora
Prof. Dr. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro – Orientador - UFBA
Prof. Dr. Jean Nunes dos Santos – Co-orientador - UFBA
Prof
a
. Dr
a
. Marília Gerhardt de Oliveira – PUCRS
Prof
a
. Dr
a
Jurema Freire Lisboa de Castro – UFPE
__________________________________________________________________
Prof
a
. Dr
a
. Marina Oliveira Ribas – PUCPR
4
Disseram:
Que não vencerás em teus empreendimentos;
Que atravessarás longa noite de provações;
Que não encontrarás o trabalho que mais desejas;
Que não realizarás os sonhos que acalentas;
Que o desgaste do corpo físico não mais te permitirá as realizações que tanto almejas;
Tudo isso disseram...
Entretanto, continua agindo e servindo, orando e trabalhando,
porque as opiniões de Deus são diferentes.
Emmanuel/Chico Xavier
5
DEDICATÓRIA
A DEUS,
por todas as coisas que me permitiu, dando-me sempre na
medida certa, nem tudo que pedi, mas com certeza tudo que
precisei, através de seus desígnios perfeitos.
A minha mãe Norma,
por estar sempre no seu papel defendendo a minha felicidade
fazendo o impossível na tentativa de me dar sempre o seu
melhor e o que há de melhor. Essa vitória é nossa.
Aos meus avós Edy e Lauro (in Memoriam),
por todo amor que me deram e por tudo que me ensinaram,
pelo exemplo de luta que me fez forte para ir em busca dos
meus sonhos.
A Walter,
por todo apoio que me deu em todos os momentos, por ter
com a sua companhia me feito mais forte e com o seu amor
me feito vitoriosa. Por tudo que você motivou e representa em
minha vida. Obrigado.
A minha irmã Natalie;
Minha tia Rúbia (in Memoriam);
6
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Antônio Luiz Barbosa Pinheiro, meu orientador, por todas as
etapas que me conduziu sendo sempre uma referência importante, onde
sempre enxerguei apoio e direção. Agradeço pela confiança que depositou
no meu trabalho me permitindo andar sozinha e me guiando ao mesmo
tempo.
Ao Prof. Dr. Jean Nunes dos Santos, meu co-orientador, pela
oportunidade que me foi oferecida no departamento de Propedêutica e
Clínica Integrada e pelo aprendizado que me proporcionou, além da
dedicação e empenho na leitura das lâminas.
A Faculdade de Odontologia, na pessoa do Prof. Dr. Edmar José
Borges de Santana, coordenador do Programa Integrado de Pós-
Graduação em Odontologia UFBA/UFPB e coordenador da Disciplina de
Histologia Bucal pelas oportunidades oferecidas fundamentais para o nosso
crescimento científico e docente.
A CAPES pelo apoio fundamental que oferece a pesquisa no Brasil e pela
concessão da Bolsa de pesquisa.
A Universidade Federal da Paraíba e em especial ao Prof. Dr. Lino João
da Costa, coordenador da área de Concentração de Estomatologia do
Programa Integrado de Pós Graduação em Odontologia UFBA/UFPB por
sua gentileza em todos os momentos, pela recepção agradável aos alunos
na Paraíba e pela competência em suas atividades.
A todos os professores do Programa Integrado de Pós-Graduação em
Odontologia UFBA/UFPB, minha gratidão e carinho.
Ao Prof. Dr. Roberto Paulo Correia de Araújo, coordenador da disciplina
de Bioquímica do Instituto de Ciências da Saúde pela presteza e atenção
com que sempre me atendeu e dedicação no desenvolvimento de suas
atividades científicas e administrativas.
A Professora substituta de Bioquímica do Instituto de Ciências da Saúde
Ana Rita S. Anton pela atenção dispensada, pela boa vontade com que me
recebeu e pelo auxílio valioso na execução do projeto piloto.
À Sr
a
. Vera A.Travi Coordenadora do setor Acadêmico e Sr
a
. Fátima Leal
funcionária da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação pela simpatia e
gentileza e grande auxílio que nos deram na obtenção da Bolsa de
Pesquisa.
7
A Cláudio Pereira Figueira tecnologista do laboratório de Biomorfologia
Parasitária da FIOCRUZ pela boa vontade com que nos recebeu e pela
presteza fundamental na execução da parte experimental desse trabalho.
À Dr
a
. Fabiene Petitinga de Paiva médica veterinária e coordenadora do
Biotério da FIOCRUZ pela grande colaboração que prestou auxiliando-nos
na manipulação dos animais e técnicas para obtenção do sangue, de
fundamental Importância na execução do experimento.
À Prof
a
.Dr
a
. Maria das Graças S. Pinto coordenadora do Centro de
Criação de animais da Faculdade de Medicina Veterinária da UFBA pela
satisfação com que nos recebeu, sempre disponível e solícita.
Aos alunos da Iniciação Científica do Centro de Laser Carolina Montagn
Carvalho, Rafael Carneiro, Ana Paula Cavalcante, Adriana Ribeiro,
Paulla Greicy M. Amorim, Juliana Monteiro, Elaine Muniz Santana e
principalmente a vocês Priscila Oliveira Chagas e Adriana Pedrosa
Moura pelo muito que fizeram por este nosso trabalho. Obrigada.
Aos colegas de Doutorado Darcy Almeida, Daniel Pozza, Nelson Ribeiro,
Samantha Seara, Alessandra Mattos, Maria Amália e Ana Maria Góis
pelos momentos que dividimos e que com certeza serão sempre lembrados.
Às secretárias do Doutorado e Mestrado da FOUFBA Sr
a
. Tereza Costa e
Sueli pelo desempenho das atividades e disponibilidade no auxilio aos
alunos.
À Sr
a
. Maria de Lourdes Silva Santos técnica do Laboratório de Patologia
da FOUFBA pela disponibilidade e pela dedicação na confecção das
lâminas.
A todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a
realização deste trabalho, minha sincera gratidão.
8
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
28
2. REVISÃO DE LITERATURA
30
2.1 REPARO DE QUEIMADURAS
32
2.2 DIABETES
33
2.3 LASERTERAPIA
37
3. OBJETIVOS
41
4. MATERIAL E MÉTODOS
43
4.1 RESPALDO ÉTICO DA PESQUISA
44
4.2AMOSTRA
45
4.3CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
45
4.4 GRUPOS
46
4.5 INDUÇÃO DO DIABETES MELLITUS
48
4.6 INDUÇÃO DA QUEIMADURA
49
4.7 IRRADIAÇÃO COM LASER
50
4.8 MORTE ANIMAL E PROCESSAMENTO HISTOLÓGICO
56
4.9
5. RESULTADOS
57
5.1 GRUPO CONTROLE NÃO-DIABÉTICO
58
9
5.2 GRUPO EXPERIMENTAL NÃO-DIABÉTICO LASER λ=660nm
65
5.3 GRUPO EXPERIMENTALNÃO-DIABÉTICO LASER λ= 780nm
74
5.4 GRUPO CONTROLE DIABÉTICO
83
5.5 GRUPO EXPERIMENTAL DIABÉTICO LASER λ=660nm
90
5.6 GRUPO EXPERIMENTAL DIABÉTICO LASER λ=780NM.
97
6. DISCUSSÃO
105
REFERÊNCIAS
117
ANEXOS
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Instrumental de queimadura e maçarico (UFPB/UFBA, 2005).
53
Figura 2 Aparelho Laser Beam com caneta λ 780nm, 35mW
(UFPB/UFBA, 2005).
53
Figura 3 Indução da queimadura no dorso do animal por meio da
ponta aquecida do instrumental (UFPB/UFBA, 2005).
55
Figura 4 Aspecto da queimadura imediatamente após a confecção.
Superfície seca, dura, acastanhado e indolor (UFPB/UFBA,
2005).
55
Figura 5 Os quatros pontos de irradiação coincidente com os ângulos
da queimadura (UFPB/UFBA, 2005).
55
Figura 6 Irradiação de um dos pontos da queimadura com o Laser de
λ=660nm (UFPB/UFBA, 2005).
55
Figura 7 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 3 dias,
onde pode ser visualizada derme exibindo área de necrose
de coagulação que se estende até a profundidade onde
podem ser visualizados núcleos picnóticos e manutenção
do contorno arquitetural. HE, aprox. 40X (UFPB-UFBA,
2005).
62
Figura 8 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 3 dias,
onde pode ser visualizada secção de pele mostrando a
profundidade da hipoderme exibindo folículo piloso inviável
e adjacente lulas do infiltrado inflamatório e vasos
sanguíneos congestos. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA,
2005).
62
Figura 9 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 5 dias,
onde pode ser visualizada secção de pele mostrando área
de necrose estendendo-se até a profundidade da derme,
adjacente podem ser observadas as células do infiltrado
inflamatório. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
62
Figura 10 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 7 dias,
onde pode ser visualizada secção de derme mostrando área
62
11
de necrose estendendo-se até sua porção mais profunda e
nos limites do tecido necrosado infiltrado de lulas
inflamatórias. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
Figura 11 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 14
dias, mostrando secção de tecido de granulação exibindo
infiltrado inflamatório mononuclear ao lado de neutrófilos
polimorfonucleares, fibroblastos jovens em meio a pouca
quantidade de matriz colagênica e vasos sanguíneos
neoformados. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
64
Figura 12 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 14
dias, mostrando secção de tecido de granulação exibindo
pequena deposição de fibras colágenas distribuídas
verticalmente e de forma irregular. Picrosírius, aprox. 100X
(UFPB-UFBA, 2005).
64
Figura 13 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 21
dias, mostrando secção de pele completamente substituída
por tecido de granulação recoberta por crosta de fibrina em
toda a extensão, na derme subjacente podem ser
visualizadas células do infiltrado inflamatório e deposição de
fibras colágenas em meio a vasos sanguíneos neoformados
(UFPB-UFBA, 2005).
64
Figura 14 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético, aos 21
dias, mostrando secção de pele substituída por tecido de
granulação recoberta por crosta de fibrina e deposição de
fibras colágenas paralelas à superfície e em estágio de
maturação. Picrosírius, aprox. 40X (UFPB-UFBA, 2005).
64
Figura 15 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 3 dias, onde pode ser visualizado tecido
cutâneo exibindo necrose de coagulação com presença de
núcleos picnóticos estendendo-se até a profundidade. HE,
aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
69
Figura 16 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 3 dias, mostrando a profundidade da pele,
69
12
onde podem ser visualizadas grande quantidade de
neutrófilos degenerados em meio a tecido gorduroso. HE,
aprox. 200X (UFPB-UFBA, 2005).
Figura 17 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 5 dias, mostrando a profundidade da pele
exibindo quantidade moderada de células do infiltrado
inflamatório abaixo da hipoderme. HE, aprox. 100X (UFPB-
UFBA, 2005).
69
Figura 18 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 7 dias, mostrando a profundidade da pele
necrosada onde podem ser visualizadas células do infiltrado
inflamatório agudo ao lado de adipócitos. HE, aprox. 100X
(UFPB-UFBA, 2005).
69
Figura 19 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 14 dias, onde pode ser visualizado tecido de
granulação exibindo grande quantidade de adipócitos em
meio a infiltrado inflamatório, fibroblastos e fibras colágenas.
HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
71
Figura 20 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 14 dias, onde pode ser visualizado área de
tecido de granulação exibindo moderada quantidade de
fibras colágenas depositadas e organizadas paralelas à
superfície em fase de maturação. Picrosírius, aprox. 100X
(UFPB-UFBA, 2005).
71
Figura 21 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 14 dias, onde pode ser visualizado tecido de
granulação exibindo infiltrado inflamatório
predominantemente mononuclear com presença marcante
de macrófagos e linfócitos. HE, aprox. 200X (UFPB-UFBA,
2005).
71
Figura 22 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm, aos 14 dias, mostrando tecido de granulação
exibindo infiltrado inflamatório predominantemente
71
13
mononuclear, fibroblastos e fibras colágenas. HE, aprox.
100X (UFPB-UFBA, 2005).
Figura 23 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético L
aser
λ=660nm, aos 21 dias,
onde pode ser visualizado secção de
pele substituída por tecido de granulação completamente
revestido por epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado, livre de fÂmeros cutÂneos, a derme exibe
marcante deposição de fibras colágenas com pequena
celularidade e vasos sanguíneos neoformados. HE, aprox.
40X. (UFPB-UFBA, 2005).
73
Figura 24 Fotomicrografia do grupo experimental não-
diabético laser
λ=660nm, aos 21 dias,
onde pode ser visualizado tecido de
granulação livre de células inflamatórias exibindo matriz
extracelular rica em fibras colágenas paralelas à superfície e
fibroblastos ora fusiformes ora ovalares e vasos sanguíneos
congestos. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFBA, 2005).
73
Figura 25 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético laser
λ=660nm, aos 21 dias, onde pode ser visualizado secção de
pele substituída por tecido de granulação completamente
revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, livre de fÂmeros cutâneos e de interface
plana com a derme subjacente. Nesta pode ser visualizado
tecido rico em fibras colágenas maduras e organizadas
paralelamente à superfície. Picrosírius, aprox. 100X. (UFPB-
UFBA, 2005).
73
Figura 26 Fotomicrografia do grupo experimental não-
diabético laser
λ=660nm, aos 21 dias,
onde pode ser visualizado tecido de
granulação exibindo fibras colágenas maduras e paralelas à
superfície, vasos sanguíneos e revestimento epitelial.
Picrosírius, aprox. 200X. (UFPB-UFBA, 2005).
73
Figura 27 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 3 dias, onde pode ser visualizado tecido
exibindo necrose de coagulação com algumas células com
78
14
núcleos picnóticos estendendo-se até a profundidade onde
podem ser observadas as células da hipoderme. HE, aprox.
40X. (UFPB-UFB, 2005).
Figura 28 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 3 dias, exibindo a profundidade do tecido
cutâneo necrosado e o infiltrado de células inflamatórias na
intimidade do tecido adiposo. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB,
2005).
78
Figura 29 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 5 dias, mostrando células da inflamação
aguda infiltrando o tecido adiposo. HE, aprox. 100X. (UFPB-
UFB, 2005).
78
Figura 30 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 7 dias, mostrando infiltrado de células
inflamatórias em meio a fibroblastos e hemácias
extravasadas na profundidade do tecido adiposo. HE,
aprox. 200X. (UFPB-UFB, 2005).
78
Figura 31 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 14 dias, mostrando quantidade marcante de
tecido de granulação deposto e numerosas células
armazenadoras de gordura na parte mais superficial do
reparo cutâneo. No canto superior direito pode ser
visualizado tecido epitelial estratificado. HE, aprox. 100X.
(UFPB-UFB, 2005).
80
Figura 32 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 14 dias, mostrando reepitelização da pele e
algumas células de gordura superficiais em meio a tecido de
granulação deposto. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
80
Figura 33 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 14 dias, mostrando fibras colágenas em
variados graus de maturação em meio a células adiposas
que estão em grande quantidade na parte mais superficial
do reparo. Picrosirius, aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
80
15
Figura 34 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 14 dias, mostrando repavimentação epitelial
no canto superior direito e subjacente fibras colágenas em
estágio avançado de maturação organizadas paralelamente
à superfície. Picrosirius, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
80
Figura 35 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 21 dias, mostrando tecido de reparo
completamente revestido por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado livre de fâmeros cutâneos de
interface plana com o conjuntivo subjacente. Neste podem
ser visualizados marcante quantidade de tecido de
granulação maduro. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
82
Figura 36 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 21 dias, mostrando tecido de granulação
maduro e raras células inflamatórias, vasos sanguíneos
neoformados e fibroblastos ora fusiformes ora
arredondados. HE, aprox. 200X. (UFPB-UFB, 2005).
82
Figura 37 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 21 dias, mostrando tecido de granulação
maduro revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado cuja interface apresenta-se plana com o
conjuntivo subjacente. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
82
Figura 38 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm, aos 21 dias, mostrando marcante quantidade de
fibras colágenas maduras organizadas paralelamente entre
si e à superfície que se encontra completamente revestida
por epitélio estratificado. Picrosirius, aprox. 100X. (UFPB-
UFB, 2005).
82
Figura 39 Fotomicrografia do grupo controle diabético, aos 3 dias,
onde pode ser visualizada derme exibindo área de necrose
de coagulação exibindo núcleos picnóticos e manutenção
do contorno arquitetural. HE, aprox. 40X (UFPB-UFBA,
2005).
87
16
Figura 40 Fotomicrografia do grupo controle diabético, aos 3 dias,
onde pode ser visualizada área de necrose de coagulação
estendendo-se até a profundidade atingindo tecido
muscular, onde podem ser vistos cleos picnóticos e
manutenção do contorno arquitetural. HE, aprox. 100X
(UFPB-UFBA, 2005).
87
Figura 41 Fotomicrografia do grupo controle, aos 5 dias, onde pode
ser visualizada secção de pele mostrando área de necrose
estendendo-se até a profundidade da derme, vasos
sanguíneos com hemácias inviáveis em meio a tecido
adiposo. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
87
Figura 42 Fotomicrografia do grupo controle diabético, aos 7 dias,
onde pode ser visualizada secção de derme mostrando área
de necrose estendendo-se até sua porção mais profunda e
nos limites do tecido necrosado infiltrado de lulas
inflamatórias. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
87
Figura 43 Fotomicrografia do grupo controle diabético, aos 14 dias,
mostrando a profundidade do tecido onde pode ser
visualizado tecido de granulação abaixo de áreas de
necrose e imerso neste, células do infiltrado inflamatório,
vasos sanguíneos, fibroblastos e fibras colágenas depostas.
HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
89
Figura 44 Fotomicrografia do grupo controle diabético, aos 14 dias,
mostrando a profundidade do tecido subcutâneo onde pode
ser visualizado deposição irregular de fibras colágenas
imaturas. Picrosírius, aprox. 200X (UFPB-UFBA, 2005).
89
Figura 45 Fotomicrografia do grupo controle diabético, aos 21 dias,
mostrando secção de pele completamente substituída por
tecido de granulação recoberta por crosta de fibrina, início
de repavimentação epitelial, na derme subjacente podem
ser visualizadas células do infiltrado inflamatório e pequena
deposição de fibras colágenas. HE, aprox. 40X (UFPB-
UFBA, 2005).
89
17
Figura 46 Fotomicrografia do grupo controle, aos 21 dias, mostrando
secção de pele substituída por tecido de granulação
recoberta por crosta de fibrina, início de repavimentação
epitelial e deposição de pequena quantidade de fibras
colágenas imaturas ao lado de tecido conjuntivo normal.
Picrosírius, aprox. 40X (UFPB-UFBA, 2005).
89
Figura 47 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=660nm, aos 3 dias, onde pode ser visualizado tecido
cutâneo exibindo necrose de coagulação com presença de
núcleos picnóticos estendendo-se até a profundidade. HE,
aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
94
Figura 48 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=660nm, aos 3 dias, mostrando a profundidade da pele,
onde podem ser visualizado tecido necrosado abaixo da
hipoderme. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
94
Figura 49 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=660nm, aos 5 dias, mostrando tecido cutâneo exibindo
necrose de coagulação com presença de núcleos picnóticos
e manutenção do contorno arquitetural. HE, aprox. 100X
(UFPB-UFBA, 2005).
94
Figura 50
Fotomicrografia do grupo experimental diabético
Laser
λ=660nm, aos 7 dias,
mostrando a profundidade da pele
necrosada onde podem ser visualizadas células do infiltrado
inflamatório agudo ao lado de adipócitos
e células
musculares. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
94
Figura 51 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=660nm, aos 14 dias, mostrando área mais superficial da
derme onde podem ser visualizados tecido de granulação
contendo marcante quantidade de células do infiltrado
inflamatório misto, alguns adipócitos e vasos sanguíneos
congestos. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
96
Figura 52 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser 96
18
λ=660nm, aos 21 dias, mostrando tecido de reparo
completamente revestido por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado livre de fâmeros cutâneos, Na
derme subjacente podem ser visualizados marcante
quantidade de tecido de granulação maduro. HE, aprox.
40X. (UFPB-UFB, 2005).
Figura 53 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=660nm, aos 21 dias, mostrando tecido de reparo
revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, Na derme subjacente podem ser visualizados
grande quantidade de matriz extracelular rica em colágeno
e poucas células inflamatórias mononucleares. HE, aprox.
100X. (UFPB-UFB, 2005).
96
Figura 54 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=660nm, aos 21 dias,
mostrando tecido de reparo
revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, Na derme subjacente podem ser visualizados
grande quantidade de matriz extracelular rica em fibras
colágenas maduras organizadas paralelamente à superfície.
Picrosírius, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
96
Figura 55
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 3 dias, onde pode ser visualizado tecido
exibindo necrose de coagulação com algumas células com
núcleos picnóticos estendendo-se até a profundidade onde
podem ser observadas as células da hipoderme. HE, aprox.
40X. (UFPB-UFB, 2005).
102
Figura 56
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 3 dias, exibindo a profundidade do tecido
cutâneo necrosado e o infiltrado de células inflamatórias
subjacente aos feixes musculares inviáveis. HE, aprox.
100X. (UFPB-UFB, 2005).
102
Figura 57
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 5 dias, mostrando células da inflamação
102
19
infiltrando o tecido muscular bem como hemácia
extravasadas e subjacente discreta deposição de tecido de
granulação. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
Figura 58
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 7 dias, mostrando a profundidade da
hipoderme necrosada, e infiltrado de células inflamatórias
na intimidade do tecido muscular inviável. HE, aprox. 100X.
(UFPB-UFB, 2005).
102
Figura 59
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 14 dias, mostrando secção mais superficial
da derme exibindo marcante deposição de tecido de
granulação rico em vasos sanguíneos neoformados e
infiltrado inflamatório misto. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA,
2005).
104
Figura 60
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 14 dias, mostrando fibras colágenas
depostas organizadas paralelamente entre si e em estágio
de maturação. Picrosírius, aprox. 100X (UFPB-UFBA,
2005).
104
Figura 61
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 21 dias, mostrando tecido de reparo
parcialmente revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado livre de fâmeros cutâneos e crosta de fibrina .
Subjacente podem ser visualizados marcante quantidade de
tecido de granulação com quantidade moderada de matriz
extracelular composta por fibras colágenas e infiltrado
inflamatório. HE, aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
104
Figura 62
Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser
λ=780nm, aos 21 dias, mostrando moderada quantidade de
fibras colágenas em maturação organizadas paralelamente
entre si e à superfície, células de gordura superficiais e
epitélio em processo de repavimentação. Picrosirius, aprox.
40X. (UFPB-UFB, 2005).
104
20
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Classificação das queimaduras segundo a
profundidade de acordo com VALE, 2005.
32
Quadro 2 Distribuição dos Grupos Não-diabéticos.
46
Quadro 3 Distribuição dos Grupos Diabéticos.
47
Quadro 4 Grupo Controle Não-diabético.
60
Quadro 5 Grupo Não-diabético Laser λ=660nm. 67
Quadro 6 Grupo Não-diabético Laser λ=780nm. 76
Quadro 7 Grupo Controle Diabético. 85
Quadro 8 Grupo Diabético Laser λ=660nm.
92
Quadro 9 Grupo Diabético Laser λ=780nm. 100
21
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
GaAlAs Gallium Alluminium Arsenide
HE Hematoxilina / Eosina
Nm Nanômetro
λ Comprimento de onda
Cm
2
Centímetro quadrado
mg Miligrama
Kg Quilograma
J/cm
2
Joule por centímetro quadrado
Laser Light Amplification by stimuleted emission of radiation
HeNe Helio-Neônio
AsGa GALLIUM ARSENIDE
g Grama
mW Miliwatt
C Controle
s segundo
M Molar
pH Potencial hidrogeniônico
°C Grau Célcius
IL-2 Interleucina dois
EDTA-K3 Ethylenediamine Tetraacetic Acid Tripotassium
CITVET Centro de imunologia veterinária
ml Mililitro
Cm Centímetro
Mm Micrômetro
HE Hematoxilina-Eosina
Φ Spot
® Marca registrada
ATP Adenosina Trifosfato
ADP Adenosina difosfato
% Por cento
22
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi comparar, por meio da microscopia de luz, o
efeito dos Laseres de GaAlAs de λ=660nm e λ=780nm no reparo de
queimaduras de terceiro grau em dorso de ratos diabéticos e o-
diabéticos. Para tanto, 110 animais foram aleatoriamente distribuídos em
dois grupos, cada um com 55 animais. Em um dos grupos foi induzido
diabetes mellitus através da administração intraperitoneal de
estreptozotocina (60mg/Kg). As queimaduras de terceiro grau padronizadas
com instrumental apropriado em 1,5 X 1,5 cm
foram criadas no dorso dos
animais, que posteriormente foram divididos em subgrupos experimentais
de acordo com o tratamento com laserterapia (λ=660nm ou λ=780nm,
35mW, Φ 2mm, 20J/cm
2
) cada grupo com 40 animais, e dois subgrupos
controle cada um com 15 animais, sendo um diabético e o outro não-
diabético. O tratamento para os grupos experimentais foi iniciado
imediatamente após a queimadura e a cada 24hs em quatro pontos
eqüidistantes ao redor da queimadura (cada um com 5J/cm
2
) até o dia
anterior à morte animal que se deu em 3, 5, 7, 14 e 21 dias com overdose
de anestésico intraperitoneal. Os espécimes removidos foram processados,
corados com HE e Picrosírius e analisados sob microscopia de luz. Os
resultados mostraram maior deposição de fibras colágenas, tecido de
granulação, maior repavimentação epitelial e maior quantidade de vasos
sanguíneos em todos os grupos irradiados, principalmente quando foi
utilizado o comprimento de onda de λ=780nm, para os animais não
diabéticos; e, ao final do período, o comprimento de λ=660nm, para os
animais diabéticos. Diante dos resultados, foi possível concluir que o Laser
de GaAlAs nos comprimentos de onda de λ=660nm e de λ=780nm,
utilizados diariamente, foi eficaz em estimular o reparo de queimaduras de
terceiro grau em dorso de ratos diabéticos e não-diabéticos.
Descritores
1
: Laserterapia, Diabetes Mellitus, Queimaduras, Reparo Tecidual.
1
BIREME Centro Latino Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde.
DeCS: Descritores em Ciências da Saúde. São Paulo. BIREME/OPAS, 2004. Dispinível em:
http:decsv.bvs.br. Acesso em 10 nov. 2005.
23
ABSTRACT
The aim of this investigation was to compare by light microscopy the effects of
GaAlAs lasers of λ=660nm and λ=780nm on third degree burns on diabetic and
non-diabetic wistar rats. One hundred and ten animals were randomly
distributed into two main groups (n=55). In one of the groups, diabetes mellitus
was induced by streptozotocin (60mg/kg). A third degree burn measuring 1.5 X
1.5cm
2
was created in the dorsum of each animal. The animals were distributed
into two subgroups which were treated of not with Lasertherapy (λ660nm or
λ780nm, 35mW, Φ 2mm, 20J/cm
2
). The treatment when indicated was started
immediately after burning in four points around the burn (5J/cm
2
) and repeated
at 24h intervals during 21 days. The animals were humanely killed after 3,
5,7,14 and 21 days by an overdose of intraperitonial GA. The Specimens were
routinely cut and stained and analyzed by light microscopy. The results showed
higher deposition of collagen fibers, larger amounts of granulation tissue, less
edema, better inflammatory reaction and revascularization on laser-treated
subjects. These was more evident when the 780nm laser light was used on
non-diabetic animals and at the end of the experimental period when the 660nm
laser was used on diabetic subjects. It is concluded that both wavelengths were
capable of improving the healing of third degree burns on both diabetic and
non-diabetic rats.
Key Words:
2
Lasertherapy
, Diabetes Mellitus, Burns, Tissue Repair.
2
BIREME – Centro Latino Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde.
DeCS: Descritores em Ciências da Saúde. São Paulo. BIREME/OPAS, 2004. Dispinível em:
http:decsv.bvs.br. Acesso em 10 nov. 2005.
24
1. INTRODUÇÃO
A cicatrização das feridas é uma resposta biológica complexa e
organizada à lesão dos tecidos com perda de integridade. Nas feridas abertas,
que cicatrizarão por segunda intenção, como as queimaduras, vários fatores
como extensão, localização, vascularização, diabetes entre outros entram em
ação contribuindo invariavelmente para prolongar a cura das lesões, resultando
quase sempre em inflamação, edema e cicatrizes hipertróficas e antiestéticas
(MEDEIROS et al., 1999).
A queimadura está entre os traumas mais graves, pois além dos
problemas físicos tais como perda de líquidos corporais, destruição de tecidos,
infecção, dor intensa e choque que podem levar o paciente à morte, pode
acarretar repercussões de ordem social e psicológica (ARTZ; MONCRIEF;
PRUITT, 1980; DUGGAN, 1995).
No Brasil existem poucos dados disponíveis para orientar programas de
tratamento e prevenção de queimaduras. Contudo, esses dados são de
importância fundamental para se compreender a magnitude do problema. Em
decorrência disso, os pacientes vítimas de queimadura contam com poucos
centros especializados e acabam por ser internados em hospitais que não
estão equipados para atendê-los (ROSSI et al., 1998).
Uma queimadura pode se tornar um problema ainda mais delicado se o
paciente, vítima de injúria térmica, for portador de patologia sistêmica que
contribui para prolongar o seu processo de reparo, como é o caso dos
portadores de diabetes mellitus.
25
O diabetes melitus é uma doença metabólica caracterizada por
hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina, é
considerada entre os fatores sistêmicos que se associam clinicamente e
experimentalmente a um processo cicatricial mais demorado (ALMEIDA;
FERREIRA; BOSCOLO, 2002). Caracteriza-se como um dos problemas
mundiais de saúde mais importantes da atualidade, por ser uma doença com
elevada morbidade e mortalidade. Apresenta cerca de 50% dos portadores que
desconhecem o diagnóstico (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2001),
sendo que a maioria dos portadores é tratada de forma inadequada ou mesmo
ficam sem tratamento (ROCHA et al., 2002).
O reparo de úlceras em diabéticos está bem documentada na literatura,
bem como as formas atualmente disponíveis que procuram acelerar a
cicatrização de feridas nestes pacientes. Em contrapartida, o estudo do reparo
de queimaduras em diabéticos é escasso, principalmente no que se refere a
tratamento de queimadura com uso de fototerapia.
A terapia com luz Laser vem sendo estudada no reparo de feridas tanto
em tecido mole como em tecido duro com grandes vantagens para a
recuperação do paciente. Estudos de cicatrização de feridas cirúrgicas
excisionais em ratos diabéticos vem mostrando a eficácia do tratamento com
esta modalidade de luz de forma bem sucedida, onde protocolos racionais
conseguem efeitos bioestimulatórios sobre o reparo dos tecidos no quais atua
(MAIYA; KUMAR; RAO, 2005).
A luz Laser de baixa potência empregada no alívio e cura de tecidos
lesados constitui a Laserterapia, e tem sido considerado por um número cada
vez maior de pesquisadores sendo provado sua eficácia na analgesia e na
26
estimulação da cicatrização (BORTOLLETO, 2000; GENOVESE, 2000;
PINHEIRO et al., 1998).
Baseado nos relatos da literatura a respeito da ação benéfica do Laser
propõe-se avaliar comparativamente a eficácia do Laser de GaAlAs de
λ=660nm e λ=780nm na cicatrização de úlceras por queimadura em dorso de
ratos diabéticos e não-diabéticos.
27
2. REVISTA DE LITERATURA
O reparo tecidual normal é uma integração de processos interativos
dinâmicos que envolvem mediadores solúveis; elementos figurados do sangue;
produção de matriz extracelular; e células parenquimatosas (KUMAR; ABBAS;
FAUSTO, 2005).
Fundamental para o entendimento da biologia da cicatrização de feridas
é o entendimento dos sinais que engatilham linhagens celulares sedentárias
para a margem da ferida para proliferação, para tornar-se invasivo, e então
direcionar nova matriz na abertura da ferida. A cicatrização de feridas na pele
requer ainda colaboração de muitos diferentes tecidos e linhagens celulares. O
comportamento de cada tipo de célula contribuindo durante a fase de
proliferação, migração, síntese de matriz e contração, tais como o fator de
crescimento e sinal da presença de matriz na localização da ferida, são agora
melhor compreendidos (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).
Entende-se por queimadura o quadro resultante da ação direta ou
indireta do calor sobre o organismo humano. As queimaduras ainda configuram
importante causa de mortalidade (SHERIDAN et al., 2000) e considerável
morbidade pelo desenvolvimento de seqüelas, estando entre as mais graves a
incapacidade funcional, especialmente quando atinge as mãos (BARILLO;
PAULSEN, 2003), as deformidades inestéticas, sobretudo da face, e também
aquelas de ordem psicossocial. As queimaduras, dependendo da localização,
podem ainda causar complicações neurológicas, oftalmológicas e
28
geniturinárias. Decorre daí o fato de a correta abordagem inicial do queimado
ser essencial para o prognóstico a curto e longo prazo (WASSERMAN, 2002).
Segundo VALE (2005), na avaliação de uma queimadura devem ser
analisados principalmente a profundidade, a localização e a extensão além da
idade da vítima, a existência de doenças prévias bem como a concomitância
de condições agravantes. Com relação à profundidade, fator determinante do
resultado estético e funcional, deve-se levar em consideração o agente térmico
e o tempo de contato.
Quadro 1
Classificação das queimaduras segundo a profundidade.
Primeiro Grau Segundo Grau Terceiro Grau
Compromete apenas a epiderme. Compromete totalmente a epiderme e
parcialmente a derme.
Destrói todas as camadas da pele, atingindo
até o subcutâneo podendo atingir tendões,
ligamentos, músculos e ossos.
Apresenta eritema, calor e dor. Apresenta dor, eritema, edema, bolhas,
erosão e ulceração.
Causa lesão branca ou marrom, seca, dura,
inelástica.
Não há formação de bolhas. Há regeneração espontânea. É indolor.
Evolui com descamação em
poucos dias.
Ocorre reepitelização a partir dos anexos
cutâneos (folículos pilosos e glândulas).
Não há regeneração espontânea,
necessitando de enxertia.
Regride sem deixar cicatrizes. Cicatrização mais lenta (2 a 4 semanas).
Eventualmente pode cicatrizar, porém com
retração das bordas.
Repercussão sistêmica desprezível.
Pode deixar seqüelas: discromia
(superficial); cicatriz (profunda).
Não é considerada na avaliação da
área atingida.
Fonte: (VALE, 2005)
2.1 REPARO DE QUEIMADURAS
É notável que os estudos histológicos revelam que não há nenhum
mecanismo diferente entre o reparo de queimaduras e de feridas cutâneas
(BAYAT et al., 2005). Os macrófagos ajudam fagocitando o tecido necrosado,
liberando os agentes quimiotáticos que atraem fibroblastos e células
endoteliais e estimulando estas células a se proliferarem, secretam fatores que
29
estimulam a síntese de colágeno por parte dos fibroblastos. Enquanto isso,
durante a fase proliferativa do reparo os fibroblastos no tecido de granulação
podem se diferenciar em miofibroblastos que são os responsáveis pela enorme
contração observada nas cicatrizes de queimaduras. Na superfície as células
epiteliais migram para repavimentar e separar o meio interno do meio externo,
sendo esse evento de suma importância para controlar a perda de água do
tecido, proteção contra possível contaminação e manutenção de um ambiente
interno diferente, auxiliados pelas características físicas da proteína queratina
(KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).
2.2 DIABETES
O diabetes mellitus é um dos problemas mundiais de saúde mais
importantes da atualidade, por ser uma doença com elevada morbidade e
mortalidade. É uma síndrome de etiologia heterogênea resultante da interação
de fatores genéticos e ambientais, caracterizado por um conjunto de moléstias
metabólicas associadas tanto à deficiência absoluta ou relativa de insulina
como a falta de atividade do hormônio. A expressão clínica completa do
diabetes mellitus é caracterizada por hiperglicemia, glicosúria, polifagia,
polidipsia, poliúria, perda de peso corporal, cetose e acidose, distúrbios esses
decorrentes de profunda alterações no metabolismo intermediários de
carboidratos, lípides, proteínas, acompanhadas de perturbações
hidroeletrolíticas e do equilíbrio ácido-base (CORREA, 1988).
Segundo a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (2005) não seria
nenhum exagero descrever o diabetes como a principal causa de mortalidade
prematura em todo o mundo. Sendo uma epidemia silenciosa, sem uma ação
30
eficaz, conseguiu debilitar os serviços de saúde em toda a parte e
especialmente nos países pobres nos últimos anos.
Em todo o mundo aproximadamente 3,2 milhões de mortes foram
atribuídas ao diabetes, similar ao número de mortes por HIV/AIDS. Assim,
aproximadamente uma em cada vinte de todas as mortes foi atribuída ao
diabetes. No último ano, no grupo de idade entre 35 a 64 anos, de cada dez
mortes, em algumas populações, uma foi por diabetes e as previsões indicam
que, até 2030, o número de pacientes de países pobres que serão portadores
desta doença aumentará cerca de 150% (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE, 2005).
O diabetes mellitus tipo 1 é uma desordem heterogênea com ampla
expressão clínica, variando desde início abrupto, com cetoacidose, até
deficiência insulínica lentamente progressiva. A maioria dos pacientes com
diabetes mellitus tipo 1 é diagnosticada na infância e início da puberdade. Este
tipo de diabetes é um fenômeno auto-imune, e a maioria dos pacientes possui
anticorpos circulantes para a população de células endócrinas das ilhotas do
pâncreas, incluindo anticorpos contra as células secretoras de insulina. Este é
portanto um exemplo de doença auto-imune órgão-específica (SILVA et al.,
2003).
A morbidez associada com diabetes de longa duração resulta de certas
complicações, tais como microangiopatia, retinopatia, nefropatia e neuropatia.
Conseqüentemente, a base dessas complicações crônicas a longo prazo é
assunto de muita pesquisa (SILVA et al., 2003).
No paciente diabético, a patologia vascular é encontrada em 50% dos
casos. Os capilares apresentam espessamento homogêneo à custa de
31
acúmulo de material que constitui a membrana ou lâmina basal. Este
espessamento da lâmina basal é mais pronunciado nos capilares das partes de
declive do corpo e em maior grau, nos vasos das partes mais distais dos
membros inferiores (MELLO, 1998). O aumento normal do fluxo sanguíneo
necessário para a cicatrização pode não ocorrer por causa de doença vascular
(WILSON; FOSTER, 1988).
O diabetes mellitus tem sido associado clinicamente e
experimentalmente a um processo cicatricial mais demorado. Estudos
realizados apóiam as evidências de disfunção dos leucócitos
polimorfonucleares, macrófagos e fibroblastos, com uma fase inflamatória
prolongada, decréscimo na biossíntese de colágeno e Glicosaminoglicanas,
resultando no retardo da formação do tecido de granulação (ALMEIDA;
FERREIRA; BOSCOLO, 2002).
BÉLTRAN et al. (2001) relataram que as feridas agudas sofrem
processo de coagulação e inflamação com presença marcada de plaquetas,
neutrófilos e mediadores inflamatórios, seguido rapidamente de uma fase de
granulação proliferativa de matriz, vasos, tecido conjuntivo e epitélio em que
predominam macrófagos, fibroblastos e células endoteliais em um meio rico em
fatores de crescimento, para terminar em uma fase de epitelização e
remodelação que determina uma cicatrização com menos fibrose e máxima
recuperação funcional. Ao contrário, nas feridas crônicas, exemplos clássicos
das úlceras diabéticas, as fases não se sucedem de forma harmônica e o
processo se prolonga em sua fase inflamatória proliferativa. O trauma repetido
e a infecção persistente, entre outros, leva a uma atividade proteolítica
32
mantida, ao que se agregam glicosilação das proteínas da matriz e defeitos
funcionais dos fibroblastos e neutrófilos próprios do diabetes.
Além das alterações circulatórias determinadas pela microangiopatia e
por arteriosclerose, é conhecida a função leucocitária defeituosa do diabético;
os leucócitos diminuem a quimiotaxia e a capacidade para a fagocitose, há
alteração dos sistemas antioxidantes e menor produção de interleucinas (IL-2),
pontos-chave no processo inflamatório necessário a uma resposta imunológica
eficaz, o sistema imune celular apresenta uma resposta ineficiente e retardada
aos agentes nocivos (ROCHA et al., 2002).
A alteração do mecanismo é desconhecida, provavelmente está
relacionado com o distúrbio do metabolismo dos carboidratos ao nível celular
na área da ferida. Foi estudado o efeito da administração de insulina em
animais normais (hiperinsulinismo), porém os relatos o incertos quanto à
influência sobre a cicatrização. No entanto, estudos em cultura de tecidos
mostraram estimulação da proliferação fibroblástica quando a insulina era
adicionada ao meio de cultura (SHAFER et al., 1985).
O defeito na cicatrização é revertido pelo tratamento imediato com
insulina, porém, se esta for introduzida após 10 dias, esse fenômeno não
ocorre. Isso sugere realmente defeito na fase inflamatória da cicatrização. A
Insulina também pode atuar como fator de crescimento para fibroblastos,
independentemente de sua ação no metabolismo da Glicose (CORSI e CORSI,
1995).
33
2.3 LASERTERAPIA
As propriedades terapêuticas dos Lasers vem sendo estudadas desde a
sua descoberta e a sua ação analgésica é observada sobre as dores crônicas
de diversas etiopatogenias, obedecendo a um esquema lógico, desde os
receptores periféricos até o estímulo no sistema nervoso central. As ações
antiinflamatórias e antiedematosas o exercidas mediante a aceleração da
microcirculação, originando alterações na pressão hidrostática capilar, com
reabsorção de edema e eliminação de acúmulo de catabólitos intermediários
(BORTOLLETO, 2000).
Os mecanismos biomoleculares de atuação do Laser de baixa potência
estão relacionados a sua absorção por moléculas do tecido alvo que são
chamadas de cromóforos. Os citocromos são enzimas da cadeia respiratória e
estão presentes na mitocôndria das células, sendo responsáveis por converter
ADP em ATP, que fornece energia para as células e dirige o seu metabolismo
(síntese de proteínas, replicação, motilidade celular, manutenção do potencial
da membrana), como os citocromos são sensíveis, a energia do Laser é
absorvida e convertida em energia para a célula (MISERENDINO; PICK, 1995;
WILDEN; KERTHEIN, 1998).
A ação dos Laseres em baixa intensidade nos tecidos ocorre dentro de
um espectro limitado de luz de comprimentos de onda de 600 a 900 nm os
quais possuem níveis de absorção relevantes para a cadeia respiratória
(MISERENDINO; PICK, 1995).
Com relação aos efeitos bioquímicos do Laser, a interferência na síntese
de prostaglandina embasa seu efeito antiinflamatório (VEÇOSO, 1993). A
terapia do Laser de baixa intensidade pode acarretar a diminuição da dor e até
34
produzir analgesia, com ação inibitória sobre a ão da enzima cicloxigenase,
interrompendo a conversão de ácido araquidônico em prostaglandina. A
resposta para a terapia por Laser de baixa intensidade depende do organismo
que recebe a irradiação e da natureza da lesão. Existem sintomatologias que
cedem de forma rápida desde a primeira sessão, outras decrescem de forma
proporcional ao número de sessões (GENOVESE, 2000).
Além desses efeitos, foram comprovados experimentalmente
transformação de fibroblastos em miofibroblastos, proliferação de
queratinócitos in vitro, em animais de laboratório, a bioestimulação no processo
de reparo de feridas cutâneas incluindo estimulação na proliferação de
fibroblastos, repavimentação epitelial mais rápida, maior quantidade de
colágeno sintetizado no tecido de granulação, fechamento acelerado da ferida,
força tênsil aumentada e mais rápida cicatrização de queimaduras (LANGE et
al., 2003).
NASCIMENTO et al. (2004) concluíram em estudo com reparo de feridas
cutâneas que os efeitos positivo da laserterapia na cicatrização de feridas é o
resultado de um relacionamento inversamente proporcional entre o
comprimento de onda da luz empregada e a intensidade da mesma. Logo, para
estes autores o tratamento mais eficaz deve combinar uma intensidade mais
elevada com o comprimento de onda curto ou uma intensidade mais baixa com
o comprimento de onda mais elevado.
AL-WATBAN e DELGADO (2005) testaram variadas programações do
aparelho de Laser e dosimetrias para determinar um protocolo que fosse o
melhor para o tratamento de queimaduras em dorso de ratos. Esses autores
usoram um Laser diodo por cinco semanas em três sessões semanais e
35
observaram que os animais mais jovens apresentaram efeito benéfico no
reparo quando eram empregadas doses de 1 a 5J/cm2 e concluíram que
variações no protocolo podem interferir no reparo de queimaduras.
AL-WATBAN e ANDRES (2003) trataram queimaduras no dorso de ratos
diabéticos e não-diabéticos com light emition diode (LED) que emite fotos em
vários comprimentos de onda. Eles experimentaram comprimentos de onda
desde 510nm até 879nm, com potência de 272mW, nas doses de 5, 10, 20 e
30J/cm
2
. O tratamento de deu imediatamente após a queimadura e repetidas
em três sessões semanais. Esses autores concluíram que sobre a queimadura
nos animais não diabéticos os efeitos foram insignificantes ao passo que nos
animais diabéticos houve efeito biomodulatório positivo.
BYRNES et al. (2004) trataram feridas cutâneas em dorso de ratos
portadores de diabetes mellitus tipo II. Em seu protocolo utilizaram o Laser de
HeNe de 632,8nm, 4J/cm
2
, 16mW durante quatro dias consecutivos e
encontraram efeito positivo no reparo tecidual e sugeriram a possibilidade do
emprego com bons resultados no tratamento de úlceras crônicas cutâneas em
diabéticos.
BAYAT et al. (2005) trabalhando com Laserterapia sobre queimaduras
de segundo grau não encontraram nenhuma aceleração no reparo nas
densidades de energia de 1,2 ou 2,4 J/cm
2
.
LANGE et al. (2003) avaliaram a resposta ao tratamento através do
Laser diodo em ratos com queimaduras de terceiro grau com cinco sessões
semanais usando 4J/cm
2
na forma de varredura durando dez minutos cada
sessão e concluíram que o laser contribuiu para acelerar e melhorar a
qualidade do tecido neoformado.
36
ENWEMEKA et al. (2004) através de Meta-análise concluíram que a
terapia com laser é uma modalidade altamente efetiva para o reparo tecidual, e
controle da dor e que o comprimento de onda pode influenciar o resultado do
tratamento.
37
3. OBJETIVOS
Avaliar a eficácia do Laser de GaAlAs de λ=660nm e λ=780nm de
20J/cm
2
, 35mW por sessão, no reparo de queimaduras de terceiro grau, em
dorso de ratos diabéticos e não-diabéticos.
Comparar a eficácia do Laser de GaAlAs de λ=780nm e λ=660nm,
20J/cm2, 35mW por sessão, no reparo de queimaduras de terceiro grau, em
dorso de ratos diabéticos e não-diabéticos.
38
4. METODOLOGIA
4.1 Respaldo Ético da Pesquisa
Nesta pesquisa foram respeitados os princípios éticos na
experimentação animal, bem como as normas para a prática didático-científica
da vivissecção dos mesmos, de acordo com a Lei 6.638/79 (GOLDIM, 1995).
O protocolo de pesquisa foi submetido primeiramente à avaliação pela
Comissão interna do Laboratório de Experimentação Animal da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal da Bahia, tendo parecer favorável.
4.2 Amostra
Constou de 110 ratos albinos da espécie Ratthus norvegicus, classe
Mammalia, ordem Roedentia, da linhagem Wistar, adultos jovens, machos,
com idade aproximada de 2 meses, pesando entre 200 e 250 gramas cada um,
obtidos do Centro de Criação de animais da Faculdade de Medicina Veterinária
da Universidade Federal da Bahia. Os animais foram mantidos no Biotério da
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia em gaiolas
individuais forradas com maravalhas autoclavadas trocadas diariamente, a
temperatura controlada de 22°C e luminosidade ambiente. Foram alimentados
com a ração Labina
®
(Purina, São Paulo, Brasil) e água ad libitum.
4.3 Critérios de Inclusão
Para que os animais fossem incluídos nos experimentos foi necessário:
serem da raça proposta;
os animais diabético-induzidos deveriam apresentar glicemia igual ou
superior a 350mg de glicose/ 100ml de sangue;
39
não apresentarem problemas de saúde adicionais que trouxessem
desconforto ao animal durante o período de realização do experimento.
4.4 Grupos
Os animais foram divididos aleatoriamente da seguinte forma:
Quadro 02. DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS NÃO-DIABÉTICOS
Nome do subgrupo
Controle
Descrição Quantidade.
C - 3 Controle com a morte animal em 3 dias 03
C - 5 Controle com a morte animal em 5 dias 03
C - 7 Controle com a morte animal em 7 dias 03
C-14 Controle com a morte animal em 14 dias 03
C-21 Controle com a morte animal em 21 dias 03
Nome do
subgrupo Laser
λ660nm
Descrição Quantidade.
LI - 3
Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 3 dias.
04
LI - 5
Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 5 dias.
04
LI - 7
Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 7 dias.
04
LI – 14
Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 14 dias.
04
LI - 21
Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 21 dias.
04
Nome do
subgrupo Laser
λ780nm
Descrição Quantidade.
LII - 3
Laser λ780nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 3 dias.
04
LII - 5
Laser λ780nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 5 dias.
04
LII - 7
Laser λ780nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 7 dias.
04
LII – 14
Laser λ780nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 14 dias.
04
LII - 21
Laser λ780nm; 35mW; 20J/cm2 com a morte
animal em 21 dias.
04
Fonte: Dados da Pesquisa (UFPB-UFBA, 2005).
40
Quadro 3. DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS DIABÉTICOS.
Nome do subgrupo
Controle Diabético
Descrição Quantidade
CD - 3 Controle Diabético com a morte animal em 3 dias 03
CD - 5 Controle Diabético com a morte animal em 5 dias 03
CD - 7 Controle Diabético com a morte animal em 7 dias
03
CD – 14 Controle Diabético com a morte animal em 14 dias
03
CD - 21 Controle Diabético para sacrifício em 21 dias 03
Nome do subgrupo
Diabético + Laser
λ660nm
Descrição Quantidade
LDI - 3
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 3 dias.
04
LDI - 5
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 5 dias.
04
LDI - 7
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 7 dias.
04
LDI – 14
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 14 dias.
04
LDI - 21
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 21 dias.
04
Nome do subgrupo
Diabético + Laser
λ780nm
Descrição Quantidade
LDII - 3
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 3 dias.
04
LDII - 5
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 5 dias.
04
LDII - 7
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 7 dias.
04
LDII – 14
Diabético-Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 14 dias.
04
LDII - 21
Diabético- Laser λ660nm; 35mW; 20J/cm2 com a
morte animal em 21 dias
04
Fonte: Dados da Pesquisa (UFPB-UFBA, 2005).
Total: 110 animais
4.5 Indução do Diabetes Mellitus
Para induzir o diabetes, os animais foram mantidos em jejum durante 15
horas, sendo então injetado, via intraperitonial, estreptozotocina
1
, dissolvida em
tampão citrato 0,1M pH 4,5 - 60mg/kg de peso corporal (ALMEIDA; FERREIRA;
41
BÓSCOLO, 2002). A solução tampão foi manipulada no laboratório de
Microscopia Eletrônica da Fundação Oswaldo Cruz. Quarenta e oito horas após
a indução, o sangue dos animais foi coletado através de secção da veia da
cauda. Para este procedimento, os animais foram anestesiados por inalação de
éter etílico; na cauda, realizou-se anti-sepsia com Povidine seguida de
aquecimento com vapor de água a 100º C para que houvesse dilatação da veia
e aumento da circulação local; a secção foi feita com lâmina de bisturi número
20. Um mililitro de sangue foi coletado e acondicionado em tubo de plástico
VACCUETE
® 2
contendo fluoreto de Sódio, substância que inibe a glicólise por
um período de até uma hora, desde que o sangue total fluoretado seja mantido
refrigerado; e como anticoagulante o EDTA-K3, substância que se liga ao Cálcio
e impede que se inicie a cascata de coagulação. O sangue foi mantido resfriado
e conduzido ao Laboratório de Imunologia Veterinária (CITVET) para medida da
glicemia. Para esta medição, foi usado método automatizado e reagente
enzimático (glicose oxidase). A cauda do animal foi posteriormente cauterizada,
utilizando um cilindro metálico de aquecimento elétrico para estancar o
sangramento e evitar solução de continuidade, porta de entrada para possíveis
infecções. Somente aqueles ratos que apresentaram glicemia igual ou acima de
350mg de glicose /100ml de sangue foram utilizados (ALMEIDA; FERREIRA;
BÓSCOLO, 2002). A realização de exames para novas determinações
glicêmicas foi dispensada uma vez que o método atual de indução é
considerado permanente e irreversível (LERCO
et al., 2003).
42
4.6 Indução da Queimadura
A indução da queimadura foi realizada no dorso de todos os animais,
sendo que para os animais diabéticos a queimadura se deu quinze dias após a
administração da estreptozotocina, permitindo assim que houvesse tempo para
desenvolvimento do quadro diabético. Para indução da queimadura os animais
foram anestesiado com injeção intraperitoneal de solução de cloridrato de
Quetamina (Ketalar
) e Xylazina (Virbaxil
). O cloridrato de quetamina foi
administrado na posologia de 0,10 ml/100g, enquanto a Xylazina foi diluída em
soro na proporção de 1:9 e administrada na posologia de 0,25 ml / 100 mg. Após
anestesia foi realizada tricotomia manual na região média do dorso e anti-sepsia
com Povidine. Um instrumental com ponta ativa chata e plana de diâmetro 1,5 X
1,5cm em bronze, previamente confeccionado segundo metodologia empregada
por MEYER e SILVA (1999) modificada, foi aquecido com um maçarico até que
ficasse rubro. O aquecimento se deu pela chama azul do fogo do maçarico em
contato direto com o bronze por um período de 40 segundos. Quando atingiu
este estado, o instrumental foi encostado no dorso do animal (FIG. 3),
permanecendo por 20 segundos, queimando a pele (FIG. 4).
4.7 Irradiação com Laser
A Laserterapia foi empregada de acordo com os grupos experimentais, sendo
que dois grupos, um diabético (GLDI com n= 20)e o outro não diabéticos (GLI
com n=20) foram irradiados com Laser de λ=660nm; dose de 20J/cm
2
; 35mW;
Φ=2mm e outros dois grupos experimentais sendo também, um diabético (GLDII
com n= 20)e o outro não diabéticos (GLII com n=20) foram irradiados com Laser
43
de λ=780nm; dose de 20J/cm
2
; 35mW; Φ=2mm. O protocolo constou de uma
irradiação imediatamente após a indução da queimadura seguida de nova
irradiação a cada vinte e quatro horas até um dia antes da morte dos animais
que se deu de acordo com os subgrupos em 3, 5, 7,14 e 21 dias. A irradiação foi
aplicada de forma pontual em quatro pontos coincidentes com os ângulos da
ferida (FIG.5) e em cada ponto foi depositada a quantidade de 5J/cm
2
totalizando
20J/cm
2
por sessão de Laserterapia (FIG. 6).
PRANCHA 1
FIG. 1
Instrumental de queimadura e maçarico (UFPB/UFBA, 2005).
Fig. 2 Aparelho Laser Beam com caneta λ 780nm, 35mW (UFPB/UFBA, 2005).
45
PRANCHA 1
FIG. 1 FIG. 2
46
PRANCHA 2
FIG. 3 Indução da queimadura no dorso do animal por meio da ponta aquecida do instrumental
(UFPB/UFBA, 2005).
FIG. 4 Aspecto da queimadura imediatamente após a confecção. Superfície seca, dura,
acastanhada e indolor (UFPB/UFBA, 2005).
FIG. 5 Os quatros pontos de irradiação coincidente com os ângulos da queimadura
(UFPB/UFBA, 2005).
FIG. 6 Irradiação de um dos pontos da queimadura com o Laser de λ=660nm (UFPB/UFBA,
2005).
47
PRANCHA 2
FIG. 3 FIG. 4
FIG. 5 FIG. 6
4.8 Morte animal e Processamento Histológico
Terminado o período experimental para cada subgrupo definido em 3, 5, 7,14
ou 21 dias os animais foram então submetidos à nova administração de
anestésico em quantidade três vezes maior àquela utilizada para anestesia e
depois de constatada a morte do animal através da cessação dos sinais vitais e
opacificação da córnea foi realizada a remoção do espécime. Utilizando um
bisturi montado em cabo Bad Parker a ferida foi excisada com margem de
tecido ao redor da queimadura de 0,5cm e acondicionada em frasco plástico
contendo formol a 10% com volume aproximadamente igual a 5 vezes o
volume da peça, onde permaneceu por um período igual a 24horas. Após
período de fixação a peça foi processada seguindo os métodos rotineiros para
coloração com Hematoxilina-Eosina (HE) e Picrosírius, método este específico
para coloração de fibras colágenas. As lâminas foram observadas através de
microscopia de luz, onde foram analisadas de forma subjetiva a formação de
crosta, reepitelização, características da inflamação aguda e crônica, tecido de
granulação depositado, organização e quantidade de fibras colágenas,
presença de fibroblastos e neoangiogênese.
4.9 Método de Avaliação Histológica
Escala histológica para graduação da evolução de reepitelização.
Reepitelização Ausente
Reepitelização recobrindo menos da metade da ferida
Reepitelização recobrindo mais da metade da ferida
Reepitelização que cobre a ferida inteira, com espessura irregular.
Reepitelização que cobre a ferida inteira, com espessura regular.
49
Escala histológica para graduação da evolução da inflamação
AGUDA: PRESENÇA DE NEUTRÓFILOS
DISCRETA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de máxima concentração de células inflamatórias, presença de
neutrófilos em quantidade inferior a 25% dos tipos celulares existentes.
MODERADA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de máxima concentração de células inflamatórias, presença de
Neutrófilos em quantidade de 25% a 50% dos tipos existentes.
MARCANTE: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de máxima concentração de células inflamatórias, presença de
Neutrófilos em quantidade superior a 50% dos tipos celulares existentes.
CRÔNICA: PRESENÇA DE MACRÓFAGOS, LINFÓCITOS E PLASMÓCITOS
DISCRETA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de máxima concentração de células inflamatórias, presença de
células da inflamação crônica em quantidade inferior a 25% dos tipos celulares
existentes.
MODERADA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de máxima concentração de células inflamatórias, presença de
células da inflamação crônica em quantidade de 25% a 50% dos tipos
celulares existentes.
MARCANTE: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de máxima concentração de células inflamatórias, presença de
50
células da inflamação crônica em quantidade superior a 50% dos tipos
celulares existentes.
Escala histológica para graduação da quantidade de fibroblastos no tecido
DISCRETA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de maior concentração de células, a presença de até 25% de
tipos celulares jovens, pouco diferenciados, em meio aos outros tipos celulares
do tecido.
MODERADA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de maior concentração de células, a presença de células jovens
e células diferenciadas predominantemente fusiformes, variando de 25% a
50% em meio a quantidade equivalente de outros tipos célulares.
MARCANTE: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, no foco de maior concentração de células, a presença superior a 50%
de células jovens e células diferenciadas fusiformes e ovalares, em meio a
menor quantidade de outros tipos celulares.
Escala histológica para graduação da quantidade de fibras colágenas no tecido
DISCRETA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, na marcação pelo Picrosírius, o tom do contra-corante predomina, sendo
a cor do corante menos intensa do que o tecido sadio adjacente.
MODERADA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, na marcação pelo Picrosírius, da reação de granulação, predomina a
coloração do corante sobre o contra-corante, sendo a cor do corante próxima à
do tecido sadio adjacente.
51
MARCANTE: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, na marcação pelo Picrosírius, da reação de granulação, a cor do corante
é igual ao do tecido adjacente ou mais intenso que este.
Escala histológica para graduação da quantidade de novos vasos sanguíneos
no tecido
DISCRETA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, quantidade de vasos inferior ao tecido sadio adjacente.
MODERADO: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, quantidade de vasos equivalente ao do tecido sadio adjacente.
MARCANTE: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, quantidade de vasos superior ao do tecido sadio adjacente.
Escala histológica para graduação da quantidade de tecido de granulação
DISCRETA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, a presença discreta de fibroblastos, fibras colágenas e células
inflamatórias.
MODERADA: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, presença moderada de fibroblastos, fibras colágenas e células
inflamatórias.
MARCANTE: Quando observado no tecido de granulação, com aumento de
400X, a presença marcante de fibroblastos, fibras colágenas e células
inflamatórias.
52
5. RESULTADOS
5.1 GRUPO CONTROLE NÃO-DIABÉTICO
Aos três dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo necrose
epidérmica estendendo-se até o músculo (Fig.7), restos celulares necróticos e na
profundidade numerosos adipócitos (Fig.8). A inflamação aguda foi considera
discreta, para um espécime, e moderada, em outro. Em dois casos, houve
presença discreta de células da inflamação crônica e, para o outro animal, a
presença destas células era moderada. O tecido de granulação foi visualizado
em um caso, de forma discreta, bem como o colágeno e a neoangiogênese.
Aos cinco dias, foi visualizado tecido necrosado estendendo-se até a
hipoderme com restos nucleares picnóticos. A inflamação aguda esteve discreta
em um dos casos e, nos outros dois, de forma moderada. A inflamação crônica
foi discreta, em um animal, e moderada, em outro animal (Fig.9). A presença de
fibroblastos foi observada de forma discreta, em dois casos. O tecido de
granulação se formou em um único espécime e a formação de colágeno foi
percebida em dois animais, ao passo que apenas em um começou a formar
novos vasos.
Aos sete dias, a necrose epidérmica se estendia até a hipoderme, local
onde era possível visualizar adipócitos junto a tecido de granulação. Houve
formação de crosta em um animal e a inflamação aguda variou de discreta, em
um caso, a moderada, em outro caso. As células da inflamação crônica foram
percebidas em todos os casos de forma moderada (Fig.10), bem como presença
discreta de colágeno e neoangiogênese.
53
Aos catorze dias, os espécimes mostraram secções de pele com
ulceração apresentando edema intersticial discreto, em dois dos casos,
formação de crosta, em dois animais. A inflamação aguda variou; foi discreta, em
um animal, moderada, em outro, e marcante para o outro animal. A inflamação
crônica foi considerada discreta em dois casos e moderada no outro caso. Em
todos os casos houve presença moderada de fibroblastos e disposição marcante
do tecido de granulação (Fig.11). Fibras colágenas delicadas e imaturas
dispostas de forma discreta conforme a coloração por Picrosírius foram
observadas também em todos os espécimes (Fig.12) e a neoangiogênese foi
considerada moderada, para dois animais, e marcante, no terceiro animal.
Aos vinte e um dias, os espécimes desse grupo mostraram ferida exibindo
ulceração extensa recoberta por crosta delgada, em dois espécimes. Na derme,
foi evidenciado tecido de granulação marcante em todos os espécimes, este
tecido estava composto por moderada quantidade de fibroblastos jovens e
paralelos à superfície, marcante quantidade de neocapilares, por vezes
congestos, e infiltrado inflamatório misto, de forma moderada a marcante,
também pôde ser visualizado (Fig.13). Esses elementos celulares encontravam-
se distribuídos por entre moderada quantidade de fibras colágenas (Fig.14) e a
nova formação vascular foi marcante, em todos os espécimes.
QUADRO 4. GRUPO CONTROLE NÃO-DIABÉTICO
VARIÁVEIS 3DIAS 5 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 21 DIAS
CROSTA AUSENTE AUSENTE 1 ESPÉCIME 2 ESPÉCIMES 2 ESPÉCIMES
INF. AGUDA DISCRETA (N= 1)
MODERADO(N=1)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
INF. CRÔNICA DISCRETA (N=2)
MODERADO(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=1)
MODERADO(N=3)
DISCRETA (N=2)
MODERADO(N=1)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
REEPITELIZAÇÃO AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE MENOS DA
METADE DA
FERIDA (3)
FIBROBLASTOS DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=3) MODERADO(N=3)
MODERADO(N=3)
TECIDO DE
GRANULAÇÃO
DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=3) MARCANTE(N=3) MARCANTE(N=3)
COLÁGENO. DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=3) MODERADO(N=3
NEOANGIOGÊNESE DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=3) MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
MARCANTE(N=3)
PRANCHA 3
FIG. 7 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 3 dias onde pode ser
visualizada derme exibindo área de necrose de coagulação que se estende até a
profundidade onde podem ser visualizados núcleos picnóticos e manutenção do
contorno arquitetural. HE, aprox. 40X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 8 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 3 dias onde pode ser
visualizada secção de pele mostrando a profundidade da hipoderme exibindo folículo
piloso inviável e adjacente células do infiltrado inflamatório e vasos sanguíneos
congestos. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 9 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 5 dias onde pode ser
visualizada secção de pele mostrando área de necrose estendendo-se até a
profundidade da derme, adjacente podem ser observadas as células do infiltrado
inflamatório. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 10 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 7 dias onde pode ser
visualizada secção de derme mostrando área de necrose estendendo-se a sua
porção mais profunda e nos limites do tecido necrosado infiltrado de células
inflamatórias. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
56
PRANCHA 3
FIG. 7 FIG. 8
FIG. 9 FIG. 10
57
PRANCHA 4
FIG. 11 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 14 dias mostrando secção
de tecido de granulação exibindo infiltrado inflamatório mononuclear ao lado de
neutrófilos polimorfonucleares, fibroblastos jovens em meio a pouca quantidade de
matriz colagênica e vasos sanguíneos neoformados. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA,
2005).
FIG. 12 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 14 dias mostrando secção
de tecido de granulação exibindo pequena deposição de fibras colágenas distribuídas
verticalmente e de forma irregular. Picrosírius, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 13 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 21 dias mostrando secção
de pele completamente substituída por tecido de granulação recoberta por crosta de
fibrina em toda a extensão, na derme subjacente podem ser visualizadas células do
infiltrado inflamatório e deposição de fibras colágenas em meio a vasos sanguíneos
neoformados (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 14 Fotomicrografia do grupo controle não-diabético aos 21 dias mostrando secção
de pele substituída por reação de granulação recoberta por crosta de fibrina e
deposição de fibras colágenas paralelas à superfície e em estágio de maturação.
Picrosírius, aprox. 40X (UFPB-UFBA, 2005).
58
PRANCHA 4
FIG. 11 FIG. 12
FIG. 13 FIG. 14
5.2 GRUPO EXPERIMENTAL NÃO DIABÉTICO LASER λ=660nm.
Aos três dias, as secções mostraram necrose epidérmica prolongando-se
até a hipoderme evidenciando restos celulares picnóticos (Fig.15). Houve
formação de crosta, em todos os casos. A inflamação aguda variou, foi
considerada moderada, em dois casos e marcante em outros dois (Fig.16). A
inflamação crônica foi visualizada, de forma discreta, em um caso e moderada
nos demais. Todos os casos apresentaram presença discreta de fibroblastos em
meio a discreta quantidade de tecido de granulação. Houve leve deposição de
colágeno bem como discreta neoformação vascular.
Aos cinco dias as secções mostraram epiderme necrosada em todos os
espécimes estendendo-se até a hipoderme. Na derme, verificava-se restos
nucleares picnóticos. Foi visualizada formação de crosta, em todos os casos. A
inflamação aguda com presença de neutrófilos foi discreta, em três espécimes,
e, no quarto espécime, foi moderada. A inflamação crônica variou; em dois dos
espécimes, foi moderada e nos outros dois, foi marcante (Fig. 17). A presença
discreta de fibroblastos e moderada formação de tecido de granulação, bem
como presença discreta de colágeno deposto e presença de novos vasos
sanguíneos, na forma discreta, foram observados, em todos os casos.
Aos sete dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo
necrose epidérmica prolongando-se até a hipoderme. A crosta de fibrina se
formou em um caso. Puderam ser visualizadas tanto células da inflamação
aguda como células da inflamação crônica; em ambos os casos, essa ocorrência
foi de forma moderada para três espécimes (Fig.18). Discreta quantidade de
fibroblastos pôde ser vista migrando para o local e também deposição moderada
60
de tecido de reparação, em todos os casos. Foram vistas discreta quantidade de
fibras colágenas e discreta neoangiogênese, em todos os espécimes
observados.
Aos catorze dias, as secções mostraram ferida ulcerada, formação de
crosta delgada, em um dos casos, e espessa em outro caso. Moderado
infiltrado inflamatório, predominantemente contendo neutrófilos, em dois dos
casos, e marcante, em outro caso, células da inflamação crônica de forma
discreta, em dois espécimes, e moderada em outro. Fibroblastos jovens e, às
vezes, paralelos entre si foram observados, de forma moderada em três dos
casos e deposição marcante de tecido de granulação, em todos os espécimes
(Fig.19). As fibras colágenas delicadas e imaturas foram observadas de forma
moderada, em dois dos casos, e, de forma discreta em outro caso (Fig.20).
Neocapilares, por vezes congestos e tortuosos, foram visualizados de forma
marcante, em dois espécimes, e, de forma moderada, em outro (Fig.21) (Fig.22).
Aos vinte e um dias, os espécimes deste grupo mostraram ferida exibindo
ulceração extensa recoberta por discreta quantidade de crosta de espessura
variável, em um caso, e moderada quantidade, em outros três. Sob a crosta, foi
visto ampla faixa de tecido contendo discrtea quantidade de neutrófilos, em dois
dos casos, e marcante, em outro caso. Pôde ser notada uma faixa moderada de
tecido de granulação, em dois dos espécimes, e marcante, em outro espécime
(Fig.23). Dispersos, neste tecido, uma quantidade variável de fibras colágenas,
de espessura variável (Fig.24), sendo que, em um caso, era discreta; em outro,
era moderada e, em outros dois, era marcante (Fig.25). Em dois espécimes, a
61
neoangiogênese estava moderada e, nos outros dois estava marcante e, em um
espécime, a pavimentação epitelial foi completa com espessura regular (Fig.26).
QUADRO. 5 GRUPO EXPERIMENTAL NÃO DIABÉTICO LASER λ=660NM
VARIÁVEIS 3DIAS 5 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 21 DIAS
CROSTA 4 ESPÉCIMES 4 ESPÉCIMES 1 ESPÉCIME 2 ESPÉCIMES 4 ESPÉCIMES
INF. AGUDA MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=2)
DISCRETA (N=3)
MODERADO(N=1)
MODERADO(N=3)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=2)
DISCRETA (N=2)
MARCANTE(N=1)
INF. CRÔNICA DISCRETA(N=2)
MODERADO(N=3)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=2)
MODERADO(N=3)
DISCRETA (N=2)
MODERADO(N=1)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
REEPITELIZAÇÃO AUSENTE AUSENTE AUSENTE PARCIAL(3)
MAIOR QUE A
METADE(N=3)
COMPLETA E
REGULAR(N=1)
FIBROBLASTOS DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=3) MODERADO(N=3)
MODERADO(N=3)
TECIDO DE
GRANULAÇÃO
DISCRETA (N=4) MODERADO(N=4)
MODERADO(N=4)
MARCANTE(N=4) MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
COLÁGENO DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=1)
MARCANTE(N=2)
NEOANGIOGÊNESE DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) MODERADO(N=1)
MARCANTE(N=2)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
63
PRANCHA 5
FIG. 15 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 3 dias onde pode ser visualizado tecido cutâneo
exibindo necrose de coagulação com presença de núcleos picnóticos
estendendo-se até a profundidade. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA,
2005).
FIG. 16 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 3 dias mostrando a profundidade da pele, onde podem
ser visualizadas grande quantidade de neutrófilos degenerados em
meio a tecido gorduroso. HE, aprox. 200X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 17 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 5 dias mostrando a profundidade da pele exibindo
quantidade moderada de células do infiltrado inflamatório abaixo da
hipoderme. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 18 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 7 dias mostrando a profundidade da pele necrosada
onde podem ser visualizadas células do infiltrado inflamatório agudo
ao lado de adipócitos. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
64
PRANCHA 5
FIG. 15 FIG. 16
FIG. 17 FIG. 18
PRANCHA 6
FIG. 19 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 14 dias onde pode ser visualizado tecido de granulação
exibindo grande quantidade de adipócitos em meio a infiltrado
inflamatório, fibroblastos e fibras colágenas. HE, aprox. 100X (UFPB-
UFBA, 2005).
FIG. 20 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 14 dias onde pode ser visualizado área de tecido de
granulação exibindo moderada quantidade de fibras colágenas
depositadas e organizadas paralelas à superfície em fase de
maturação. Picrosírius, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 21 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 14 dias onde pode ser visualizado tecido de granulação
exibindo infiltrado inflamatório predominantemente mononuclear com
presença marcante de macrófagos e linfócitos. HE, aprox. 200X
(UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 22 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=660nm aos 14 dias mostrando tecido de granulação exibindo
infiltrado inflamatório predominantemente mononuclear, fibroblastos e
fibras colágenas. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
66
PRANCHA 6
FIG. 19 FIG. 20
FIG. 21 FIG. 22
67
PRANCHA 7
FIG. 23Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético laser λ=660nm aos 21 dias onde
pode ser visualizado secção de pele substituída por tecido de granulação completamente
revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, livre de fâmeros cutâneos, a
derme exibe marcante deposição de fibras colágenas com pequena celularidade e vasos
sanguíneos neoformados. HE, aprox. 40X. (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 24Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético laser λ=660nm aos 21 dias onde
pode ser visualizado tecido de granulação com células inflamatórias exibindo matriz extracelular
rica em fibras colágenas paralelas à superfície e fibroblastos ora fusiformes ora ovalares e vasos
sanguíneos congestos. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 25 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético laser λ=660nm aos 21 dias onde
pode ser visualizado secção de pele substituída por tecido de granulação completamente
revestido por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, livre de anexos cutâneos e de
interface plana com a derme subjacente. Nesta pode ser visualizado tecido rico em fibras
colágenas maduras e organizadas paralelamente à superfície. Picrosírius, aprox. 100X. (UFPB-
UFBA, 2005).
FIG. 26 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético laser λ=660nm aos 21 dias onde
pode ser visualizado tecido de granulação exibindo fibras colágenas maduras e paralelas à
superfície, vasos sanguíneos e revestimento epitelial. Picrosírius, aprox. 200X. (UFPB-UFBA,
2005).
68
PRANCHA 7
FIG. 23 FIG. 24
FIG. 25 FIG. 26
5.3 GRUPO EXPERIMENTAL NÃO DIABÉTICO LASER λ= 780nm
Aos três dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo
necrose epidérmica que se prolonga até a hipoderme. Na derme,
evidenciavam-se restos nucleares picnóticos (Fig.27). A inflamação aguda
variou; foi discreta em um caso e moderada em outro (Fig.28). Houve presença
de discreta quantidade de células da inflamação crônica em todos os casos,
bem como leve presença de fibroblastos, de tecido de granulação em três dos
casos, discreta deposição de fibras colágenas e de nova formação vascular em
três espécimes.
Aos cinco dias as secções, também mostraram fragmentos de pele
exibindo necrose prolongando-se até a hipoderme. Apenas em um caso foi
visualizado formação de crosta. A inflamação aguda variou de discreta, para
dois animais, a moderada, para os outros dois, ao passo que a inflamação
crônica foi discreta, em um animal, moderada, em dois animais, e marcante,
para o quarto animal (Fig.29). Foi percebida a presença discreta de
fibroblastos e depósito de discreta quantidade de fibras colágenas, em leve
quantidade de tecido de granulação e de neoformação vascular.
Aos sete dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo
necrose que se prolongava até a hipoderme onde se encontravam células da
inflamação (Fig.30). A crosta se formou em um único espécime. Foi notada a
presença moderada de fibroblastos, em três dos casos, e, no quarto caso,
essa presença era marcante. Houve deposição marcante de tecido de
granulação. A deposição de colágeno foi perceptível, na sua forma discreta,
70
em dois dos casos, e, na sua forma moderada, nos outros dois. Em todos os
casos houve discreta neoformação de vasos sanguíneos.
Os espécimes desse grupo, aos catorze dias mostraram ferida
apresentando ulceração extensa recoberta por crosta, em três dos casos.
Adjacente verificava-se ampla faixa de tecido de granulação marcante, em dois
dos casos, e moderada, em outro caso (Fig.31) (Fig.32), composto por
marcante quantidade de neocapilares, muitas vezes tortuosos e congestos, em
três dos espécimes. Quantidade moderada de fibroblastos jovens foram
observados, em três dos espécimes, e quantidade moderada de células da
inflamação aguda esteve presente, em três casos, e de forma marcante, em
outro caso. As células da inflamação crônica estavam presentes de forma
discreta, em todos os casos. Os elementos celulares distendiam a hipoderme e
estavam dispersos por moderada quantidade de feixes de fibras colágenas em
três dos espécimes (Fig.33). À medida que este feixes de fibras colágenas
permeavam a hipoderme ficavam mais espessos e maduros (Fig.34).
Aos vinte e um dias, os espécimes deste grupo mostraram ferida exibindo
ulceração recoberta por crosta, em três dos espécimes, bem como a
observação de repavimentação epitelial completa e regular, em um espécime
(Fig.35). Na derme, foi evidenciado tecido de granulação marcante, em todos
os espécimes (Fig.36), composto por moderada quantidade de fibroblastos
paralelos à superfície em todos os espécimes, marcante quantidade de
neocapilares congestos e infiltrado inflamatório misto, moderado a marcante.
Esses elementos encontram-se distribuídos por entre moderada quantidade de
71
fibras colágenas, em todos os espécimes observados (Fig.37) (Fig.38). A nova
formação vascular foi marcante para todos os espécimes.
QUADRO. 6 GRUPO EXPERIMENTAL NÃO-DIABÉTICO LASER λ=780NM
VARIÁVEIS 3DIAS 5 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 21 DIAS
CROSTA AUSENTE 1 ESPÉCIME 1 ESPÉCIME 3 ESPÉCIMES 3 ESPÉCIMES
INF. AGUDA DISCRETA(N=1)
MODERADO(N=1)
DISCRETA (N=2)
MODERADO(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
MODERADO(N=3)
MARCANTE(N=1)
MODERADO(N=4)
INF. CRÔNICA DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=2)
DISCRETA (N=4) MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=2)
REEPITELIZAÇÃO AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE
MAIOR QUE A
METADE(N=3)
COMPLETA E
REGULAR(N=1)
FIBROBLASTOS DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=3) MODERADO(N=3)
MARCANTE(N=1)
MODERADO(N=3)
MODERADO(N=4)
TECIDO DE
GRANULAÇÃO
DISCRETA (N=3) MARCANTE(N=1) MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
MARCANTE(N=4)
MARCANTE(N=4)
COLÁGENO DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=2)
MODERADO(N=2)
MODERADO(N=3)
MODERADO(N=4)
NEOANGIOGÊNESE DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=4) MARCANTE(N=3)
MARCANTE(N=4)
73
PRANCHA 8
FIG. 27 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm aos 3 dias onde pode ser visualizado tecido exibindo
necrose de coagulação com algumas células com núcleos picnóticos
estendendo-se até a profundidade onde podem ser observadas as
células da hipoderme. HE, aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 28 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm aos 3 dias exibindo a profundidade do tecido cutâneo
necrosado e o infiltrado de células inflamatórias na intimidade do
tecido adiposo. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 29 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm aos 5 dias mostrando células da inflamação aguda
infiltrando o tecido adiposo. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 30 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser
λ=780nm aos 7 dias mostrando infiltrado de células inflamatórias em
meio a fibroblastos e hemácias extravasadas na profundidade do
tecido adiposo. HE, aprox. 200X. (UFPB-UFB, 2005).
PRANCHA 8
74
FIG. 27 FIG. 28
FIG. 29 FIG. 30
75
PRANCHA 9
FIG. 31 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm
aos 14 dias mostrando quantidade marcante de tecido de granulação deposto e
numerosas células armazenadoras de gordura na parte mais superficial do
reparo cutâneo. No canto superior direito pode ser visualizado tecido epitelial
estratificado. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
Fig. 32 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm
aos 14 dias mostrando reepitelização da pele e algumas células de gordura
superficiais em meio a tecido de granulação deposto. HE, aprox. 100X. (UFPB-
UFB, 2005).
FIG. 33 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm
aos 14 dias mostrando fibras colágenas em variados graus de maturação em
meio a células adiposas que estão em grande quantidade na parte mais
superficial do reparo. Picrosirius, aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 34 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm
aos 14 dias mostrando repavimentação epitelial no canto superior direito e
subjacente fibras colágenas em estágio avançado de maturação organizadas
paralelamente à superfície. Picrosirius, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
76
PRANCHA 9
FIG. 31 FIG. 32
FIG. 33 FIG. 34
77
PRANCHA 10
FIG. 35 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm aos 21
dias mostrando tecido de reparo completamente revestido por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado livre de fâmeros cutâneos de interface plana com o
conjuntivo subjacente. Neste podem ser visualizados marcante quantidade de tecido
de granulação maduro. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 36 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm aos 21
dias mostrando tecido de granulação maduro e raras células inflamatórias, vasos
sanguíneos neoformados e fibroblastos ora fusiformes ora arredondados. HE, aprox.
200X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 37 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm aos 21
dias mostrando tecido de granulação maduro revestido por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado cuja interface apresenta-se plana com o conjuntivo
subjacente. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 38 Fotomicrografia do grupo experimental não-diabético Laser λ=780nm aos 21
dias mostrando marcante quantidade de fibras colágenas maduras organizadas
paralelamente entre si e à superfície que se encontra completamente revestida por
epitélio estratificado. Picrosirius, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
78
PRANCHA 10
FIG. 35 FIG. 36
FIG. 37 FIG. 38
5.4 GRUPO CONTROLE DIABÉTICO
As secções, aos três dias, mostraram fragmentos de pele exibindo ulceração
extensa onde puderam ser reconhecidas áreas apresentando necrose de
coagulação (Fig.39); (Fig.40). Apenas um espécime formou crosta delgada. A
inflamação aguda mostrou-se marcante, em dois casos, e, em outro caso, estava
discreta.
Aos cinco dias, as secções mostraram fragmentos de pele cujo revestimento
encontrava-se substituído por necrose de coagulação que se estendia até a derme
profunda (Fig.41), na qual observa-se elementos celulares picnóticos. A
inflamação aguda esteve moderada, em dois dos casos, e, no outro, esteve
marcante. A inflamação crônica se apresentou moderada, em dois dos casos, e,
no outro caso, esteve marcante. Foi observada discreta presença de células tipo
fibroblastos, em dois dos casos, e, no outro caso, de forma marcante. Houve
discreta deposição de tecido de granulação, em dois dos casos, e, no terceiro
caso, a deposição foi moderada. Em todos os casos, houve discreta presença de
fibras colágenas depostas sendo que, em dois dos casos, a formação de novos
vasos sanguíneos foi discreta.
Aos sete dias, as secções mostraram fragmentos de pele cujo revestimento
encontra-se substituído por necrose de coagulação que se estendia até a
hipoderme. A inflamação aguda apresentou moderada presença de neutrófilos,
em um caso, e, nos outros dois esteve marcante. As células da inflamação crônica
estiveram presentes na forma discreta, em todos os casos (Fig.42). Os
fibroblastos foram visualizados, em um caso, na forma discreta, e em outro, na
80
forma moderada. O tecido de granulação se formou discretamente, em um caso,
e, em outro, na forma moderada. O colágeno se depositou de forma discreta, em
dois dos casos, e a neoangiogênese se processou, também, de forma discreta,
em dois dos casos.
Aos catorze dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo
necrose epidérmica se estendendo até a derme a qual mostra raros núcleos
picnóticos. A necrose atinge a hipoderme e, abaixo, nota-se tecido muscular
infiltrado por células da inflamação predominantemente polimorfonucleares.
Subjacente, vê-se tecido conjuntivo composto por moderada quantidade de vasos
sanguíneos congestos, em todos os casos (Fig.43); numerosos fibroblastos, ora
fusiformes ora ovalares, em meio à matriz colagênica (Fig.44) e células do
infiltrado inflamatório, predominantemente mononuclear.
Aos vinte e um dias, os espécimes deste grupo mostraram úlcera na derme
completamente livre de abscesso com apenas um caso de crosta delgada,
discreta quantidade de células da inflamação aguda, em dois dos casos, e células
da inflamação crônica, de forma moderada, em dois casos, e discreta, em outro
caso. A repavimentação epitelial esteve parcialmente completa, em todos os
casos (Fig.45). Foi observado quantidade marcante de fibroblastos, em um dos
casos, e moderada, nos demais. O tecido de granulação foi considerado
moderado, para dois casos, e discreta, para outro caso. Em todos os casos, houve
deposição de moderada quantidade de fibras colágenas (Fig.46) e a
neoangiogênese foi marcante, em todos os casos.
QUADRO 7. GRUPO CONTROLE DIABÉTICO
VARIÁVEIS 3DIAS 5 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 21 DIAS
CROSTA 1 CASO AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE
INF. AGUDA DISCRETA(N=1)
MARCANTE(N=2)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
MODERADO(N=1)
MARCANTE(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=2)
DISCRETA (N=2)
INF. CRÔNICA AUSENTE MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
REEPITELIZAÇÃO AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE MENOS QUE A
METADE(N=3)
FIBROBLASTOS AUSENTE DISCRETA (N=2)
MARCANTE(N=1)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=1)
MODERADA(N=2)
MARCANTE(N=1)
MODERADO(N=2)
MARCANTE(N=1)
TECIDO DE
GRANULAÇÃO
AUSENTE DISCRETA (N=2)
MODERADO(N=1)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=1)
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADO(N=2)
COLÁGENO AUSENTE DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=2) MODERADA(N=2)
MARCANTE(N=1)
MODERADO(N=3)
NEOANGIOGÊNESE AUSENTE DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=2) MODERADA(N=3)
MARCANTE(N=3)
82
PRANCHA 11
Fig. 39 Fotomicrografia do grupo controle diabético aos 3 dias onde pode
ser visualizada derme exibindo área de necrose de coagulação exibindo
núcleos picnóticos e manutenção do contorno arquitetural. HE, aprox. 40X
(UFPB-UFBA, 2005).
Fig. 40 Fotomicrografia do grupo controle diabético aos 3 dias onde pode
ser visualizada área de necrose de coagulação estendendo-se até a
profundidade atingindo tecido muscular, onde podem ser vistos núcleos
picnóticos e manutenção do contorno arquitetural. HE, aprox. 100X (UFPB-
UFBA, 2005).
Fig. 41 Fotomicrografia do grupo controle aos 5 dias onde pode ser
visualizada secção de pele mostrando área de necrose estendendo-se até
a profundidade da derme, vasos sanguíneos com hemácias inviáveis em
meio a tecido adiposo. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
Fig. 42 Fotomicrografia do grupo controle diabético aos 7 dias onde pode
ser visualizada secção de derme mostrando área de necrose estendendo-
se até sua porção mais profunda e nos limites do tecido necrosado
infiltrado de células inflamatórias. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
83
PRANCHA 11
FIG. 39 FIG. 40
FIG. 41 FIG. 42
84
PRANCHA 12
FIG. 43 Fotomicrografia do grupo controle diabético aos 14 dias mostrando a profundidade
do tecido onde pode ser visualizado tecido de granulação abaixo de áreas de necrose e
imerso neste, células do infiltrado inflamatório, vasos sanguíneos, fibroblastos e fibras
colágenas depostas. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 44 Fotomicrografia do grupo controle diabético aos 14 dias mostrando a profundidade
do tecido subcutâneo onde pode ser visualizado deposição irregular de fibras colágenas
imaturas. Picrosírius, aprox. 200X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 45 Fotomicrografia do grupo controle diabético aos 21 dias mostrando secção de pele
completamente substituída por tecido de granulação recoberta por crosta de fibrina, início
de repavimentação epitelial, na derme subjacente podem ser visualizadas células do
infiltrado inflamatório e pequena deposição de fibras colágenas. HE, aprox. 40X (UFPB-
UFBA, 2005).
FIG. 46 Fotomicrografia do grupo controle aos 21 dias mostrando secção de pele
substituída por tecido de granulação recoberta por crosta de fibrina, início de
repavimentação epitelial e deposição de pequena quantidade de fibras colágenas imaturas
ao lado de tecido conjuntivo normal. Picrosírius, aprox. 40X (UFPB-UFBA, 2005).
85
PRANCHA 12
FIG. 43 FIG. 44
FIG. 45 FIG. 46
5.5 GRUPO EXPERIMENTAL DIABÉTICO LASER λ=660nm
As secções aos três dias, mostraram fragmentos de pele exibindo
necrose epidérmica extensa em meio a restos nucleares picnóticos que se
estendiam até a derme profunda (Fig.47); (Fig.48). A inflamação aguda foi
moderada, para três espécimes, e, discreta para o quarto espécime. As células
da inflamação crônica puderam ser vistas, de forma discreta, em três dos casos,
e, no quarto caso, de forma moderada. Em 100% dos casos foram vistos,
discreta quantidade de fibroblastos migrando para o local do reparo, bem como,
discreta deposição de tecido de granulação, para dois dos espécimes, e
moderada deposição, para um terceiro espécime. Houve deposição discreta de
fibras colágenas, em todos os animais e a neoangiogênese foi discreta, para três
deles.
As cinco dias, nos espécimes deste grupo foram visualizados
fragmentos de pele exibindo necrose epidérmica extensa com restos nucleares
necróticos estendendo até a derme profunda (Fig.49). de ser identificada, em
dois dos casos, formação moderada de abscesso, e, em um caso, formação
marcante. A crosta pôde ser identificada em três dos animais. A inflamação
aguda foi considerada marcante para a maioria, três espécimes, e discreta, em
um único caso, ao passo que a inflamação crônica foi discreta, na metade dos
casos, e moderada para um caso. Em dois casos, foi vista discreta quantidade
de tecido de granulação.
Aos sete dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo necrose
epidérmica que se estendia até a hipoderme. De permeio notava-se elementos
87
nucleares picnóticos, leve formação de crosta, para a metade deles, e um caso,
de formação marcante da crosta. A inflamação aguda foi considerada moderada,
para todos os espécimes e a inflamação crônica foi considerada discreta, em
dois dos casos, e moderada em outro caso (Fig.50). Células tipo fibroblastos
foram vistas, em três dos casos de forma discreta, bem como as fibras
colágenas, que estavam levemente depostas, em três casos e a
neoangiogênese, que foi discreta, em dois dos animais.
Aos catorze dias, os espécimes mostraram secções de pele exibindo
ulceração extensa recoberta por crosta, em quatro casos, seguida por tecido
conjuntivo composto por moderada quantidade de fibroblastos fusiformes e
ovalares, em quatro casos, e discreta em um caso (FIg.51), moderada
quantidade de vasos sanguíneos congestos e tortuosos, em todos os casos,
discreta quantidade fibras colágenas paralelas à superfície, em dois casos, e
moderada, em outros dois casos. Em áreas focais foram visualizados eventuais
espaços de gordura. O infiltrado inflamatório agudo esteve discreta, em todos os
casos, e o crônico foi considerado moderado, em dois casos, e marcante em
outros dois.
Aos vinte e um dias, os espécimes mostraram úlcera apresentando
migração epitelial que esteve completa e regular, em um caso, e recobrindo
mais que a metade da ferida, nos demais três casos (Fig.52). Todos os casos
apresentaram-se livre de abscesso e com presença de crosta em apenas um
caso. A inflamação aguda foi considerada discreta, para a maioria, três casos
(Fig.53), ao passo que a inflamação crônica variou de discreta, em um caso, a
marcante, em outro caso, porém na maior parte, dois dos casos, estava
88
moderada. A presença de fibroblastos era moderada, em três dos casos, e
marcante, para um caso. O tecido de granulação foi considerado moderado, em
três dos casos, bem como a deposição de fibras colágenas, que também foi
considerada moderada, para a maioria, dois casos, estando discreta, em um
caso, e marcante em outro caso (Fig.54). A neoangiogênese foi considerada
marcante, em três dos casos.
QUADRO. 8 GRUPO DIABÉTICO LASER λ=660NM
VARIÁVEIS 3DIAS 5 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 21 DIAS
CROSTA AUSENTE AUSENTE 2 ESPÉCIMES 4 ESPÉCIMES 1 ESPÉCIMES
INF. AGUDA DISCRETA(N=1)
MODERADA(N=2)
DISCRETA (N=1)
MARCANTE(N=2)
MODERADA(N=3) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=3)
INF. CRÔNICA DISCRETA (N=2)
MODERADA(N=1)
MARCANTE(N=1) DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=1)
MODERADA(N=2)
MARCANTE(N=2)
DISCRETA (N=1)
REEPITELIZAÇÃO AUSENTE AUSENTE AUSENTE DISCRETA (N=4)
MAIOR QUE A
METADE(N=2)
COMPLETA E
REGULAR (N=1)
FIBROBLASTOS DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=2)
MARCANTE(N=1)
MODERADA(N=3)
MARCANTE(N=1)
TECIDO DE
GRANULAÇÃO
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=1)
MARCANTE(N=1) DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=2)
MODERADA(N=1)
MARCANTE(N=1)
MODERADA(N=3)
COLÁGENO DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=2)
MODERADA(N=2)
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=2)
MARCANTE(N=1)
NEOANGIOGÊNESE DISCRETA (N=3) DISCRETA (N=1) DISCRETA (N=1) MODERADA(N=4)
DISCRETA (N=2)
MARCANTE(N=2)
90
PRANCHA 13
FIG. 47 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm
aos 3 dias onde pode ser visualizado tecido cutâneo exibindo necrose de
coagulação com presença de núcleos picnóticos estendendo-se até a
profundidade. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
Fig. 48 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm
aos 3 dias mostrando a profundidade da pele, onde podem ser visualizado
tecido necrosado abaixo da hipoderme. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA,
2005).
Fig. 49 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm
aos 5 dias mostrando tecido cutâneo exibindo necrose de coagulação com
presença de núcleos picnóticos e manutenção do contorno arquitetural.
HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
Fig. 50 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm
aos 7 dias mostrando a profundidade da pele necrosada onde podem ser
visualizadas células do infiltrado inflamatório agudo ao lado de adipócitos e
células musculares. HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
91
PRANCHA 13
FIG. 47 FIG. 48
FIG. 49 FIG. 50
92
PRANCHA 14
FIG. 51 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm aos 14
dias mostrando área mais superficial da derme onde podem ser visualizados tecido
de granulação contendo marcante quantidade de células do infiltrado inflamatório
misto, alguns adipócitos e vasos sanguíneos congestos. HE, aprox. 100X (UFPB-
UFBA, 2005).
FIG. 52 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm aos 21
dias mostrando tecido de reparo completamente revestido por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado livre de fâmeros cutâneos, Na derme subjacente podem
ser visualizados marcante quantidade de tecido de granulação maduro. HE, aprox.
40X. (UFPB-UFB, 2005).
Fig. 53 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm aos 21 dias
mostrando tecido de reparo revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, Na derme subjacente podem ser visualizados grande quantidade de
matriz extracelular rica em colágeno e poucas células inflamatórias mononucleares.
HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
Fig. 54 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=660nm aos 21 dias
mostrando tecido de reparo revestido por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado, Na derme subjacente podem ser visualizados grande quantidade de
matriz extracelular rica em fibras colágenas maduras organizadas paralelamente à
superfície. Picrosírius, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
93
PRANCHA 14
FIG. 51 FIG. 52
FIG. 53 FIG. 54
5.6 GRUPO EXPERIMENTAL DIABÉTICO LASER λ=780NM.
Aos três dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo necrose
epidérmica extensa que se estendia até a derme profunda (Fig.55). Houve
formação de crosta em um único caso; a inflamação aguda se processou de
forma discreta, em dois dos casos, e, em outro, sua presença foi marcante
(Fig.56). Houve leve presença de células da inflamação aguda, para dois caso,
e, em um caso, a inflamação aguda foi marcante. As células da inflamação
crônica, linfócitos na sua maioria, e plasmócitos, tiveram presença moderada,
em dois dos espécimes, e em um deles, esta inflamação foi discreta. Os
fibroblastos estavam presentes na forma discreta, em dois dos casos. Houve
discreta deposição de fibras colágenas, em dois dos casos.
Aos cinco dias, as secções mostram fragmentos de pele exibindo extensa
necrose epidérmica que se estendia até a derme profunda. De permeio notava-
se restos celulares picnóticos. A crosta se formou em dois casos. A inflamação
aguda discreta se processou, em três dos casos, e em outro, foi considerada
marcante. As células da inflamação crônica estavam presentes na forma
discreta, em dois dos casos, e na forma marcante, em outro caso. Os
fibroblastos estavam discretamente presentes em três dos casos, e em outro
caso na forma moderada. A deposição de discreta quantidade de tecido de
granulação foi observado, em dois dos casos, e a deposição de colágeno
também de forma discreta, em todos os casos (Fig.57). Houve neoformação
vascular discreta, em dois dos casos.
Aos sete dias, as secções mostraram fragmentos de pele exibindo necrose
epidérmica que se estendia até a derme, deixando restos nucleares picnóticos.
95
Alguns folículos pilosos viáveis. Houve, em dois dos casos, formação de crosta,
e as células das inflamação aguda estiveram presentes, em um espécime, de
forma discreta, dois deles, de forma moderada, e em outro, de forma marcante.
Em três dos casos, foi observado presença de células da inflamação crônica de
forma discreta (Fig.58). Os fibroblastos estavam presentes, em três dos casos,
de forma discreta, ajudando na formação do tecido de granulação, que esteve
discretamente presente, em um caso, e moderadamente, em outro caso. O
colágeno se depositou, em três dos casos, de forma discreta, e em dois dos
casos, houve neovascularização.
Aos catorze dias, as secções mostraram pele com ulceração extensa
recoberta por crosta de fibrina irregular em um caso seguida por tecido
edemaciado permeado por numerosos neutrófilos ao lado de macrófagos.
Subjacente, vê-se tecido de granulação composto por fibroblastos organizados
paralelos à superfície, vasos sanguíneos tortuosos e infiltrado inflamatório em
meio a matriz colagênica (Fig.59). Com a coloração de Picrosírius, vê-se fibras
colágenas em maturação, muitas vezes delgadas e outras vezes fragmentadas
(Fig.60).
Aos vinte e um dias, as secções mostraram úlcera completamente livre de
abscesso, com um caso apenas de crosta. A inflamação aguda foi considerada
discreta, para o maior número de casos (três), porém, para um deles, essa
inflamação esteve marcante. A presença de células da inflamação crônica foi
considerada moderada e a repavimentação epitelial foi menor que a metade da
ferida, em três casos e maior que a metade, em um caso. Os fibroblastos
estavam presentes, de forma moderada, assim como o tecido de granulação,
96
que também se apresentou moderado, na maioria dos casos (três), e marcante,
em outro (Fig.61). Houve moderada deposição de fibras colágenas, para a
maioria (três casos), e discreta, para outro caso (Fig.62) e a neoangiogênese foi
marcante, para a maioria dos casos (três), e moderada, para outro caso,
enquanto a pavimentação epitelial esteve adiantada, para um espécime.
QUADRO. 9 GRUPO DIABÉTICO LASER λ=780NM
VARIÁVEIS 3DIAS 5 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 21 DIAS
CROSTA 1 ESPÉCIME 2 ESPÉCIMES 2 ESPÉCIMES 1 ESPÉCIME 1 ESPÉCIME
INF. AGUDA DISCRETA(N=2)
MARCANTE(N=1)
DISCRETA (N=3)
MARCANTE(N=1)
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=2)
MARCANTE(N=1)
DISCRETA (N=3)
MODERADA(N=1)
DISCRETA (N=2)
MARCANTE(N=1)
INF. CRÔNICA DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=2)
DISCRETA (N=2)
MARCANTE(N=1)
DISCRETA (N=3)
MODERADA(N=3)
MARCANTE(N=1)
MODERADA(N=4)
REEPITELIZAÇÃO AUSENTE AUSENTE AUSENTE
DISCRETA (N=1)
MENOR QUE A
METADE(N=3)
MAIOR QUE A
METADE(N=1)
FIBROBLASTOS DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=3)
MODERADA(N=1)
DISCRETA (N=3)
DISCRETA (N=2)
MODERADA(N=2)
MODERADA(N=4)
TECIDO DE
GRANULAÇÃO
AUSENTE DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=3)
MODERADA(N=4)
MODERADA(N=3)
MARCANTE(N=1)
COLÁGENO DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=4) DISCRETA (N=3)
DISCRETA (N=2)
MODERADA(N=4)
DISCRETA (N=1)
MODERADA(N=3)
NEOANGIOGÊNESE AUSENTE DISCRETA (N=2) DISCRETA (N=2)
MODERADA(N=4)
MODERADA(N=1)
MARCANTE(N=3)
PRANCHA 15
FIG. 55 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos
3 dias onde pode ser visualizado tecido exibindo necrose de coagulação
com algumas células com núcleos picnóticos estendendo-se até a
profundidade onde podem ser observadas as células da hipoderme. HE,
aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 56 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos
3 dias exibindo a profundidade do tecido cutâneo necrosado e o infiltrado de
células inflamatórias subjacente aos feixes musculares inviáveis. HE, aprox.
100X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 57 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos
5 dias mostrando células da inflamação infiltrando o tecido muscular bem
como hemácia extravasadas e subjacente discreta deposição de tecido de
granulação. HE, aprox. 100X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 58 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos
7 dias mostrando a profundidade da hipoderme necrosada, e infiltrado de
células inflamatórias na intimidade do tecido muscular inviável. HE, aprox.
100X. (UFPB-UFB, 2005).
99
PRANCHA 15
FIG. 55 FIG. 56
FIG. 57 FIG. 58
100
PRANCHA 16
FIG. 59 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos 14 dias
mostrando secção mais superficial da derme exibindo marcante deposição de tecido
de granulação rico em vasos sanguíneos neoformados e infiltrado inflamatório misto.
HE, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 60 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos 14 dias
mostrando fibras colágenas depostas organizadas paralelamente entre si e em
estágio de maturação. Picrosírius, aprox. 100X (UFPB-UFBA, 2005).
FIG. 61 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos 21 dias
mostrando tecido de reparo parcialmente revestido por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado livre de fâmeros cutâneos e crosta de fibrina . Subjacente
podem ser visualizados marcante quantidade de tecido de granulação com
quantidade moderada de matriz extracelular composta por fibras colágenas e
infiltrado inflamatório. HE, aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
FIG. 62 Fotomicrografia do grupo experimental diabético Laser λ=780nm aos 21 dias
mostrando moderada quantidade de fibras colágenas em maturação organizadas
paralelamente entre si e à superfície, células de gordura superficiais e epitélio em
processo de repavimentação. Picrosirius, aprox. 40X. (UFPB-UFB, 2005).
101
PRANCHA 16
FIG. 59 FIG. 60
FIG. 61 FIG. 62
6. DISCUSSÃO
No presente estudo, utilizamos ratos (Rattus novergicus) como animais de
experimentação, por apresentarem inúmeras vantagens em relação a outros
animais de maior porte, incluindo as semelhanças clínicas, laboratoriais e
histopatológicas com o diabetes humano, os modelos experimentais de diabetes
induzidos no rato têm sido amplamente utilizados por pesquisadores em todo o
mundo (JUNOD et. al., 1969; ORLOFF et. al., 1975; SPADELLA,
1989;
SCHELLINI, 1992).
A determinação da glicemia, a partir do plasma, através de métodos
enzimáticos oferece maior segurança, pois combina a especificidade da ação das
enzimas com a simplicidade operacional. No método em questão, a glicose da
amostra sofre a ação da glicose oxidase, em presença de oxigênio, produzindo
peróxido de hidrogênio. Este, em presença de fenol e de 4-aminoantipirina, sofre a
ação da peroxidase, produzindo um composto róseo-avermelhado (quinonimina)
com máximo de absorção em 505nm.
Os animais sofreram indução de diabetes do tipo 1 (insulino-dependente),
porém, no período experimental, os animais não receberam insulina; este fato
levou a um quadro de glicemia descompensada proposital, uma vez que
objetivávamos simular o reparo da queimadura naquela parcela de pacientes que
não tem acesso a tratamento, seja por motivos financeiros ou por
desconhecimento da patologia ou ainda pacientes portadores de diabetes a longo
103
tempo e que desenvolveram complicações adicionais associadas a este
distúrbio endócrino.
Com relação à queimadura produzida, de acordo com suas características,
superfície seca, acastanhada, indolor e com profundidade se estendendo a
hipoderme e tecidos musculares, pôde ser classificada como sendo de terceiro
grau. A despeito do Laser empregado, utilizamos o Laser Beam (
KONDORTECK, São Carlos, São Paulo, Brasil), de baixa potência (35mW), em
dois comprimentos de onda, com λ=660m (laser vermelho) e com λ=780nm (infra-
vermelho próximo), que apresentam mecanismos diferentes de interação com as
estruturas e organelas celulares. Intencionalmente, avaliamos, por meio desta
comparação, se uma das duas formas de atuação seria ou não mais benéfica ao
processo de reparo então estudado. Esta variável foi considerada isoladamente
uma vez que utilizamos um aparelho, com duas canetas, cada uma emitindo
um comprimento de onda, sendo mantida a mesma dosagem, a mesma distância,
entre a caneta e a superfície irradiada (sob contato), e os mesmos quatro pontos
de irradiação, sendo entregue em cada ponto 5J/cm
2
, num total de 20J/cm
2
em
cada sessão, iniciando sempre imediatamente após a queimadura, e a cada 24
horas, até um dia anterior à morte animal que se deu após 3, 5, 7, 14 e 21 dias
pós-queimadura.
No que se refere ao reparo tecidual, em portadores de diabetes, não existe
menção na literatura a respeito da ação da luz Laser de baixa potência sobre
queimadura, nestes pacientes, nos parâmetros aqui empregados, embora AL-
WATBAN e ANDRES (2005) tenham avaliado o tratamento de queimaduras em
104
ratos diabéticos com LED (Light emission diode) policromático e encontrado um
estímulo positivo, no processo de reparo para alguns comprimentos de onda.
Logo, os parâmetros definidos para este estudo se baseiam na ação benéfica que
foram observados, em trabalhos com animais portadores de comprometimentos
sistêmicos, tal como desnutrição realizados por PINHEIRO e colaboradores,
(2004) que fizeram utilização diária desta fototerapia e obtiveram um reparo de
ferida cirúrgicas de melhor qualidade e em menor tempo que os controles
utilizados.
Com relação aos resultados obtidos neste trabalho, foi possível identificar
um processo de reparo mais adiantado, nos controles não diabéticos, em relação
aos diabéticos, fato este que se relaciona aos distúrbios no metabolismo de
carboidratos. Segundo HENESSEY et al. (1990), a glicosilação extracelular das
proteínas nos diabéticos pode contribuir para as dificuldades no processo
cicatricial. Segundo esses autores, a atividade de enzimas voltadas para a
degradação do colágeno aumentam a sua ão, em cerca de 14%, e a
glicosilação das fibras em formação aumenta, em torno de 48%, ao passo que
ligações importantes no processo de síntese do colágeno, como a hidroxilação da
prolina, tem sua atividade reduzida em cerca de 39%. Além disso, a relação entre
o aumento da colagenase e de outras proteases, bem como a diminuição de fibras
colágenas no reparo, está diretamente relacionada ao aumento da glicemia.
GUPTA e RAGHUBIR (2005) estudaram atividades de enzimas-chave no
processo energético de formação do tecido de granulação (hexoquinases,
fosfofrutoquinases, lactato desidrogenase, citrato sintase e glicose-6-
105
fosfatodesidrogenase) e observaram que ocorre alterações significativas desta
enzimas no tecido diabético podendo afetar a disponibilidade de energia para a
atividade celular contribuindo assim pra a dificuldade do processo de reparo.
Associado a esses fatores, as complicações de longo prazo associadas ao
distúrbio endócrino da insulina como, por exemplo, as microangiopatias tem
implicações diretas com o processo inflamatório. A dificuldade na reologia
sanguínea gerada pelo espessamento da membrana basal da parede dos
capilares e, conseqüente, diminuição da luz capilar retarda a chegada dos
leucócitos polimorfonucleares bem como prolongam o período de permanência
destas células, gerando uma lise tecidual exacerbada e complicando a resolução
da inflamação. KOMESU et al. (2004) acreditam que relacionados aos fatores
supracitados, além dos distúrbios provocados pelo diabetes a longo prazo; o
diabetes agudo pode estar associado a alterações subclínicas que também seriam
responsáveis pelas deficiências no processo de reparo tecidual.
Baseados no que a literatura afirma sobre a ão da luz Laser de baixa
potência, a Laserterapia, no aumento da microcirculação sanguínea, sua atividade
antiinflamatória, antiedematosa, antiálgica e de bioestimulação, incrementando a
energia para a ntese da matriz e do colágeno e também com a organização do
mesmo (PINHEIRO, 2004; GENOVESE, 2000; VEÇOSO, 1993), utilizamos esta
forma de emissão de energia para o tratamento de queimaduras de terceiro grau
em animais diabéticos e não diabéticos por ser este tipo de dano de natureza
grave, que atinge estratos mais profundos da pele, dificultando o seu tratamento e
tornando crítica a situação do paciente.
106
O Laser de GaAlAs de λ=660nm, ao ser empregado na queimadura dos
animais não diabéticos, diariamente, de forma pontual, na dose de 20J/cm
2
,
divididos em quatro pontos permitiu aos 3 e 5 dias formação da crosta de fibrina,
em todos os casos, ao passo que nos animais do grupo controle não se formou
crosta. A crosta atua como barreira mecânica entre o meio externo e o tecido
conjuntivo, protegendo o mesmo e permitindo melhores condições para o reparo
deste, além de se constituir numa rede que permite a migração das células no
interior do tecido. Neste período, também atraiu maior quantidade de células da
inflamação, tanto aguda quanto crônica, permitindo uma antecipação da resolução
da mesma, além de ter efeito benéfico sobre a deposição do tecido de granulação,
fibroblastos, deposição de fibras colágenas e neoangiogênese.
Esse resultado, observado aos 3 e 5 dias, reflete a forma de atuação do
Laser vermelho que permite obtenção de energia direta atuando sobre os
citocromos, enzimas da cadeia respiratória, que estão presentes na mitocôndria
das células, sendo responsáveis por converter ADP em ATP. As células utilizam
esta energia para dirigir o seu metabolismo através da síntese de proteínas,
replicação, motilidade celular e manutenção do potencial da membrana como
descreveram MISERENDINO e PICK (1995) e WILDEN e KERTHEIN (1998).
Além disso, foi observado que a irradiação contínua, até os 14 e 21 dias, foi
benéfica para a repavimentação epitelial e para a deposição de fibras colágenas.
Aos 14 dias, havia início de repavimentação, no grupo irradiado, ao passo que,
no controle, esse evento não havia se iniciado e, aos 21 dias um caso do grupo
irradiado estava completamente repavimentado. A repavimentação epitelial tem
107
importância na devolução de uma superfície íntegra; as proteínas do epitélio
tornam esse tecido menos permeável e mais protegido de possíveis infecções.
AL-WATBAN e DELGADO (2005) testaram variadas programações e
dosimetrias para determinar um protocolo que atuasse melhor em queimaduras no
dorso de ratos. Obteve efeitos benéficos com Laser diodo, utilizando a irradiação 3
vezes na semana, durante 5 semanas. Concluiu ainda que o Laser diodo de
670nm apresentou efeito estimulador, nas doses de 1 a 5J/cm
2
, e efeito inibidor
em doses acima de 38J/cm
2
.
O Laser de λ=780nm aos 3, 5 e 7 dias teve efeito positivo sobre a
deposição de tecido de granulação, fibras colágenas, fibroblastos e
neoangiogênese. Apresentou efeito antiinflamatório, aos 5 e 7 dias, e, no final do
período, apresentou efeitos sobre a repavimentação epitelial, onde um caso
apresentou repavimentação completa, bem como sobre o tecido de granulação e
seus componentes, fibras colágenas, fibroblastos e neoangiogênese. A irradiação
com esse Laser que se situa na faixa do infravermelho próximo, apresentou ação
eficaz e tornou o tecido de granulação maduro, aos 21 dias.
O mecanismo de atuação deste Laser com ação sobre a membrana, de
forma a oferecer energia através de um mecanismo indireto, capacita organismos
saudáveis a aproveitá-la de forma favorável. A maior penetrabilidade deste
comprimento de onda permitiu uma ação, já nos primeiros momentos, sobre o
tecido mais profundo e a permanência dessa atuação em todo o período. Ao final
108
do experimento, o tecido de reparo apresentava aspecto semelhante à derme
usual.
Um evento freqüente observado neste estudo foi a presença de células
armazenadoras de gordura, nas partes mais superficiais do reparo dos animais
irradiados tanto, no comprimento de onda de λ=660nm como o de λ=780nm, fato
que o se repetiu nos animais do grupo controle. Um dos mecanismos através
dos quais a irradiação com Laser poderia contribuir para aumentar a quantidade
de fibroblastos no tecido de granulação e conseqüentemente a deposição de
fibras colágenas seria através do fenômeno de transdiferenciação. Através deste
mecanismo, os adipócitos seriam induzidos a se transformar em fibroblastos.
Segundo ALBERTS et al., (1994), as células tais como miofibroblastos,
fibroblastos, osteoblastos, condrócitos e adipócitos por ter uma origem comum
compartilham da capacidade de poderem se diferenciar em um outro tipo celular
de mesma origem. ANDRADE et al., (1998) observaram, em um estudo com dano
agudo ao tecido adiposo subcutâneo, que os adipócitos são células que
apresentam plasticidade e sofreram alterações estruturais, tornando-se células
semelhantes a fibroblastos. THOLPADY et al., (2005) cultivaram adipócitos e
fibroblastos em meios de cultura apropriados e conseguiram observar a perda de
lipídeos gradual nos adipócitos obtendo, no final do experimento, células
semelhantes a fibroblastos, ao passo que os fibroblastos se tornaram células
sintetizadoras e armazenadoras de lipídeos transformando-se, ao final do
experimento, em adipócitos.
109
Com o aporte aumentado de energia, sinais podem ser engatilhados, no
local do reparo, estimulando células armazenadoras de lipídio a se transformem
em células sintetizadoras de fibras e de substância fundamental elementos da
matriz extracelular auxiliando sobremaneira a formação de um reparo mais
consistente e de melhor qualidade.
O efeito da Laserterapia de λ=660nm sobre o reparo de queimadura nos
animais diabéticos se deu principalmente aos 3 dias, atuando favoravelmente no
processo inflamatório, atraindo, neste período, maior quantidade de células
mononucleares, e sobre o tecido de granulação e seus elementos, fibroblastos,
fibras colágenas e neoangiogênese. O efeito antiinflamatório manteve-se, durante
todo o período experimental, auxiliado pelo maior aporte sanguíneo estimulado
pelo Laser.
Porém, quando todo o tecido necrosado havia sido removido pelas
células fagocitárias é que o Laser de λ=660nm pode atuar de forma mais eficaz. A
menor penetrabilidade desse comprimento de onda associado ao seu mecanismo
de ação permitiu que o tecido comprometido metabolicamente pudesse aproveitar
a energia depositada. Houve atuação antiinflamatória no sentido de diminuir os
leucócitos polimorfonucleares e aumentar o número de linfócitos que são as
células da resposta tardia. A reepitelização também foi favorecida com um caso
de fechamento completo da pele, além da ação sobre o tecido de granulação,
estimulação de fibroblastos, deposição e organização de fibras colágenas bem
como incrementação da microcirculação local.
110
BYRNES et al. (2004) estudaram o efeito do Laser de HeNe de 632nm no
reparo de feridas em animais com diabetes tipo II e encontraram uma taxa
aumentada no fechamento das feridas quando irradiou o tecido lesado com a dose
de 4J/cm
2
e 16mW de potência durante 4 dias consecutivos e sugeriu que o Laser
pode ser efetivo também no tratamento de úlceras crônicas em pacientes
diabéticos.
Ao utilizar o Laser de λ=780nm foi observado que sua ação foi menos
efetiva que o Laser de λ=660nm. Aos 3 dias, teve influência positiva sobre as
células da inflamação crônica atraindo maior quantidade de células
mononucleares; atuou também sobre o tecido de granulação e sobre fibroblastos
e fibras colágenas. E no final do período, seu efeito mais significativo foi sobre o
tecido de granulação. O mecanismo de ação desse Laser atuando sobre a
membrana celular, não permite que o tecido comprometido metabolicamente
possa captar de forma satisfatória a energia entregue.
Diante das observações de ambos os grupos tratados, diabéticos e não
diabéticos, foi possível notar que o tecido saudável, ou seja, não diabético, teve
maior capacidade de reação frente a agressão e pôde captar favoravelmente a
energia entregue por ambos os comprimentos de onda λ=660nm e λ=780nm.
Ficou evidente, também, que o Laser de λ=660nm por sua próprias características
teve melhor desempenho, no início do período, entre 3 e 5 dias, ao passo que o
Laser de λ=780nm, nos parâmetros em que atuou, foi favorável, durante todo o
período experimental, conferindo maturidade semelhante ao da derme usual, no
final do período experimental.
111
Para os grupos diabéticos tratados, foi também possível notar a melhor
atuação do Laser de λ=660nm, tanto no início do período experimental, quanto no
final, quando o tecido necrosado havia sido removido, enquanto que o Laser de
λ=780nm, apesar de favorável em alguns parâmetros, em linhas gerais, não
apresentou atuação satisfatória sobre o reparo de feridas por queimadura de
terceiro grau em dorso de ratos diabéticos.
112
7. CONCLUSÕES
O Laser de GaAlAs de λ=660nm 20J/cm
2
, 35mW por sessão, apresentou
efetivo efeito bioestimulatório sobre o reparo de queimaduras de terceiro graus em
dorso de ratos não diabéticos aos 5 dias; aos 21 dias acelerou a repavimentação
epitelial e a deposição de colágeno. Nos animais diabéticos seu efeito foi
predominantemente bioestimulatório aos 3 dias e no período entre 14 e 21 dias foi
efetivo como bioestimulatório, na aceleração da repavimentação epitelial e no
aumento da neoangiogênese.
O Laser de GaAlAs de λ=780nm 20J/cm
2
, 35mW por sessão, nos animais
não diabéticos, apresentou efeito bioestimulatório durante todo o período; atuou
como antiinflamatório aos 5 e 7 dias, aos 14 e 21 dias, acelerou a repavimentação
epitelial e aumentou a neoangiogênese. Em relação aos animais diabéticos, sua
ação aumentou a quantidade e organização das fibras colágenas aos 7 dias e
acelerou a repavimentação epitelial aos 21 dias.
Sobre o reparo de queimaduras em animais não-diabéticos o laser de
λ=660nm apresentou efeitos positivos principalmente aos 5 dias, ao passo que, o
laser de λ=780nm apresentou efeito positivos em todo o período. Em relação aos
animais não diabéticos, os efeitos do laser de λ=660nm foram positivos, aos 3 dias
e no final do experimento aos 14 e 21 dias, ao passo que, o laser de λ=780nm
apresentou pequeno efeito durante todo o período.
113
8. REFERÊNCIAS
ALBERTS, B; ZURRO, D.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WATSON, J. D.
Biology Cellular and Molecular. 3a. Ed. New York: Garland Publishers, p.1179-1181.
1994.
ALMEIDA, S.M. de; FERREIRA, R.I.; BOSCOLO, F.N. Influência da irradiação sobre o
conteúdo de colágeno, durante a cicatrização, em ratos diabéticos. Pesqui. Odontol.
Brás, v.16, n.4, p.293-298, dez. 2002.
AL-WATBAN, F. A. H.; DELGADO, G. D. Burn Healing with a Diode Laser: 670nm at
different Doses as compared to a Placebo group. Photomedicine and Laser Surgery,
v. 23, n. 3, p. 245-250, 2005.
AL-WATBAN F.A.; ANDRES B. L. Terapia com LED Polychromatico em cura de
queimadura de ratos não-diabéticos e diabéticos. J Clin Laser Med Surg, v. 21, n. 5, p.
249-58, Outubro, 2003.
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