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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA URBANA
ZULEIDE MARIA JANESCH
ANÁLISE DAS PRAÇAS CENTRAIS DA CIDADE DE ROLÂNDIA - PARA
MARINGÁ
2009
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ZULEIDE MARIA JANESCH
ANÁLISE DAS PRAÇAS CENTRAIS DA CIDADE DE ROLÂNDIA - PARA
Dissertação apresentada ao Programa de s-
Graduação em Engenharia Urbana da
Universidade Estadual de Maringá como requisito
para a obtenção do título de mestre em
engenharia urbana
Orientador: Prof. Dr. Antonio Belincanta;
Co-orientador: Prof. Dr. Bruno Luiz Domingos
De Angelis
MARINGÁ
2009
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ii
J33a Janesch, Zuleide Maria
Análise das praças centrais da cidade de
Rolândia – Paraná / Zuleide Maria Janesch. –
Maringá, 2009.
137 f.; 30 cm.
Dissertação (Mestrado) Engenharia
Urbana - Universidade Estadual de Maringá.
1. Espaços públicos urbanos. 2. Local
de lazer. I. Título.
CDD 711.55
iii
iv
Dedico esta dissertação à Valdemir
Liberati, por possibilitar que este
sonho se tornasse realidade.
AGRADECIMENTOS
À Deus, por me guiar e colocar em meu caminho pessoas especiais, que muito contribuíram
para que conseguisse concretizar este sonho, as quais rogo a Ele que continue abençoando
hoje e sempre;
Ao Professor Dr. Antonio Belincanta, meu orientador pela paciência, dedicação e pela
amizade formada durante o desenvolvimento deste trabalho;
Ao Professor Dr. Bruno Luiz Domingos De Angelis, meu co-orientador, criador do Método
utilizado neste trabalho, pelos ensinamentos transmitidos e por seu amor às Praças;
Ao Professor Dr. Generoso De Angelis Neto, por sua atenção, educação e sabedoria;
Ao Professor Dr. Paulo Fernando Soares membro da Banca de Qualificação, seus
apontamentos que muito enriqueceram este trabalho;
Aos Professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana;
Ao Professor Dr. César Miranda Mendes e Professor Dr. Edvard Elias de Souza Filho,
docentes do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de
Maringá;
zaro e Romilda Laurano pelo apoio,
Maria e Martins Liberati, pessoas sábias com as quais tive a honra de conviver e que me
ensinaram a ser mais humana;
Ao Professor José Roberto Beffa, por me dar a oportunidade de ser docente na Faculdade
Paranaense - FACCAR, por sua causa tive que buscar novos conhecimentos;
Ao Professor Msc. Luís Marcelo Martins, Coordenador do Curso de Graduação em
Administração do UniFil – Centro Universitário Filadélfia, pelo incentivo e por alocar as
minhas aulas, de forma que pudesse conciliar o trabalho com os estudos do mestrado;
Ao meu pai Pedro Conrrado Janesch;
Á Valdemir Liberati, meu companheiro que sempre incentivou os meus estudos e nunca mediu
esforços para cuidar de nossos filhos enquanto eu estudava;
Aos meus filhos André, Karina e Martins pela força que sempre deram suportando a minha
ausência ao longo destes anos, pelo trabalho e pelos estudos.
vi
RESUMO
A praça é um espaço urbano destinado a todos, isto quer dizer que não distinção de quem
dela fará uso. Por este motivo, ao projetá-la, o Poder blico deve ouvir quem vai usar este
espaço e projetá-lo de modo a satisfazer os anseios de seus usuários, tornando-o inclusive
acessível a todos. Tomando como base este prinpio, estabeleceu-se como objetivo avaliar as
praças centrais da cidade de Rolândia-PR, pela ótica de seus usuários, bem como identificar
se o Poder Público está sendo eficiente no tratamento das suas praças, principalmente das
praças centrais, no que se refere às necessidades dos seus usuários. Neste trabalho deu-se
ênfase às treze praças centrais, remanescentes da planta original de fundação, ocorrida em
1934, da Cidade de Rolândia-PR. Para que fosse atingido o objetivo principal, foi necessário
estabelecer os objetivos específicos que se traduziram nas seguintes ações: - avaliar
quantitativa e qualitativamente os equipamentos, o mobiliário e as estruturas das praças
centrais; - levantar, quantitativamente, a vegetação das pras centrais; por fim, - ouvir a
opinião dos Rolandenses sobre as praças. Foi utilizado o método desenvolvido por De
Angelis, que permite levantar, cadastrar, diagnosticar e avaliar as praças públicas, a partir de
dois enfoques: a praça enquanto estrutura física e a praça vista pela população. Este método
permitiu responder aos objetivos propostos através da realização de: um levantamento quali-
quantitativo dos equipamentos, estruturas e mobiliário; um levantamento quantitativo da
vegetação existente nestes logradouros; e uma enquete de opinião, realizada com os usuários
das praças centrais da cidade de Rolândia-PR. Identificou-se o perfil dos usuários das praças
centrais da cidade de Rolândia-PR, chegando-se às seguintes constatações: que os usuários
não freqüentam as praças porque não têm tempo; o dia em que costumam ir à praça é o
bado; o tempo de permanência nas praças tem sido de uma hora; vão à praça para
descansar; o que mais gostam das praças que freqüentam é encontrar amigos e conversar; o
que eles menos gostam é da falta de policiamento. Os resultados obtidos proporcionaram
chegar à conclusão de que as praças centrais de Rolândia-PR são capazes de oferecer
qualidade de vida aos cidadãos e contribuem para a integração da comunidade, satisfazendo,
assim, as necessidades de seus usrios. O nível de aceitabilidade das praças centrais atingiu o
percentual de 86,7%, todavia, os entrevistados solicitaram melhorias, que no seu entender, se
fazem necessárias, entre elas está à questão da segurança. Desse modo, o presente estudo e
seus resultados servem de subsídios ao Poder Público para as ações de planejamento e gestão
destes espaços destinados à população, uma vez que os mesmos provêm de uma enquete de
opinião, onde a própria população pode se manifestar em relação às suas praças.
Palavras-chave: espaços públicos urbanos, local de lazer, usuário, acessibilidade.
vii
ABSTRACT
The square is an urban space destined to all, this wants to say that it does not have distinction
of who of it will make use. For this reason, when projecting it, the Public Power must hear
who goes to use this space and to project it in order to also satisfy the yearnings of its users,
becoming it accessible all. Taking as base this principle, was established as objective to
evaluate the squares central offices of the city of Rolândia-PR, for the optics of its users, as
well as identifying if the Public Power is being efficient in the treatment of its squares, mainly
of the squares central offices, as for the necessities of its users. In this work one gave to
emphasis to the thirteen squares central offices, remainders of the original plant of foundation
occurred in 1934, of the City of Rolândia-PR. So that the main objective was reached, it was
necessary to establish the specific objectives that if had translated the following actions: - to
evaluate quantitatively and qualitatively the equipment, the furniture and the structures of the
squares central offices; - to raise, quantitatively, the vegetation of the squares central offices;
finally, - to hear the opinion of the Rolândia livers on the squares. The method developed for
De Angelis that allows to raise, to register in cadastre, to diagnosis and to evaluate the public
squares, from two approaches was used: the square while physical structure and the square
seen for the population. This method allowed to answer to the objectives considered through
the accomplishment of: a quali-quantitative survey of the equipment, structures and furniture;
a quantitative survey of the existing vegetation in these public parks; e one questionnaire of
opinion, carried through with the users of the squares central offices of the city of Rolândia-
PR. One identified to the profile of the users of the squares central offices of the city of
Rolândia-PR, arriving itself it the following constatations: that the users do not frequent the
squares because they do not have time; the day where they costumed to go to the square is
Saturday; the time of permanence in the squares has been of one hour; they go to the square to
rest; what more squares like them that they frequent are to find friends and to talk; what they
less like is of the policing lack. The gotten results had provided to arrive at the conclusion of
that the squares central offices of Rolândia-PR are capable to offer quality of life to the
citizens and contribute for the integration of the community, satisfying, thus, the necessities of
its users. The level of acceptability of the squares central offices reached the percentage of
86,7%, however, the interviewed ones had requested improvements, that in its to understand,
if make necessary, between them are to the question of the security guard. In this manner, the
present study and its results they serve of subsidies to the Public Power for the actions of
planning and management of these spaces destined to the population, a time that the same
ones come from one questionnaire of opinion, where the proper population can be disclosed in
relation to its squares.
Key-Words: urban public spaces, local of leisure, user, accessibility.
viii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................1
2 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................3
3 OBJETIVOS................................................................................................................5
3.1 GERAL......................................................................................................................5
3.2 ESPECÍFICOS .............................................................................................................5
4 REVISÃO TEÓRICA.....................................................................................................6
4.1 A PRAÇA: UM DOS ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOS......................................................6
4.2 A PRAÇA E SUA RELEVÂNCIA HISTÓRICA ..................................................................14
4.2.1 ÁGORA ...................................................................................................................14
4.2.2 FÓRUM ROMANO.....................................................................................................16
4.2.3 PRAÇAS DA IDADE MÉDIA .......................................................................................17
4.2.4 PRAÇAS NO RENASCIMENTO....................................................................................19
4.2.5 PRAÇA BARROCA....................................................................................................20
4.3 AS PRAÇAS DAS CIDADES DA AMÉRICA DO SUL COLONIZADAS POR PORTUGUESES E
ESPANHÓIS .............................................................................................................21
4.4 A PRAÇA NO BRASIL: DA COLONIZAÇÃO AOS DIAS ATUAIS........................................23
4.5 OS ELEMENTOS QUE COMPÕEM AS PRAÇAS...............................................................26
5 MATERIAL E MÉTODOS ...........................................................................................28
5.1 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO............................................................................28
5.1.1 FUNDAÇÃO DA GLEBA ROLAND...............................................................................28
5.1.2 DESENHO URBANO DO PATRIMÔNIO DA GLEBA ROLAND..........................................31
5.1.3 PRAÇAS PREVISTAS NO DESENHO ORIGINAL DO PATRIMÔNIO GLEBA ROLAND...........34
5.1.4 EMANCIPAÇÃO E CRESCIMENTO POPULACIONAL......................................................36
5.2 A CONSTITUIÇÃO DAS PRAÇAS CENTRAIS DA CIDADE DE ROLÂNDIA-PR....................38
5.2.1.1 PRAÇA DA IGREJA MATRIZ ......................................................................................41
5.2.1.2 PRAÇA CASTELO BRANCO .......................................................................................43
5.2.1.3 PRAÇA PRESIDENTE TANCREDO NEVES....................................................................46
5.2.1.4 PRAÇA ROLAND ......................................................................................................47
5.2.1.5 PRAÇA TOSHIKE UMEBARA .....................................................................................49
ix
5.2.1.6 PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES.................................................................................50
5.2.1.7 PRAÇA PIONEIRO OTTO KRELING.............................................................................51
5.2.1.8 PRAÇA PAUL HARRIS ..............................................................................................52
5.2.1.9 PRAÇA INTERVENTOR DR. HORÁCIO CABRAL ..........................................................53
5.2.1.10 PRAÇA TIO JOÃO.....................................................................................................54
5.2.1.11 PRAÇA ADULCINO JOSÉ JORDÃO..............................................................................56
5.2.1.12 PRAÇA MARTINS LIBERATTI....................................................................................57
5.2.1.13 PRAÇA CÔNEGO LUIZ GONZAGA RIBEIRO ................................................................58
5.3 FORMULÁRIOS UTILIZADOS NO LEVANTAMENTO DE DADOS DE CAMPO......................60
5.4 ESTUDO DO MOBILIÁRIO, ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS..........................................60
5.5 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DA VEGETAÇÃO DAS PRAS .................................64
5.6 ENQUETE DE OPINIÃO .............................................................................................64
6 RESULTADOS ..........................................................................................................68
6.1 DIAGNÓSTICO DAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA ...............................................68
6.1.1 RESULTADO DO LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DOS EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIOS E
ESTRUTURAS DAS PRAÇAS CENTRAIS ROLÂNDIA-PR.................................................68
6.1.2 RESULTADOS DO LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DA VEGETAÇÃO DAS PRAÇAS
CENTRAIS DE ROLÂNDIA-PR ...................................................................................79
6.1.3 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIOS E
ESTRUTURAS DAS PRAÇAS CENTRAIS DA CIDADE DE ROLÂNDIA-PR...........................83
6.1.4 RESULTADOS DA ENQUETE DE OPINIÃO ...................................................................91
7 ANÁLISE E DISCUSSÃO .......................................................................................... 122
7.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DO MOBILIÁRIO, DAS ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DAS
PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA-PR.....................................................................122
7.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA VEGETAÇÃO DAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA .........127
7.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ENQUETE DE OPINIÃO................................................... 128
8 CONCLUSÃO..........................................................................................................131
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................134
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 - RECONSTITUIÇÃO DA ÁGORA DA CIDADE DE ASSOS............................................16
FIGURA 02 - RECONSTITUIÇÃO DO FÓRUM ROMANO..............................................................17
FIGURA 03 - PRAÇA GRANDE - CIDADE DE AREZZO................................................................18
FIGURA 04 - PRAÇAS MEDIEVAIS AGRUPADAS DA CIDADE DE SIENA NA ITÁLIA......................18
FIGURA 05 - PLAZA MAYOR - CIDADE DE MADRID.................................................................19
FIGURA 06 - PRAÇA DE SS. L’ANNUNZIATA - CIDADE DE FLORENÇA......................................20
FIGURA 07 - PRAÇA NAVONA - CIDADE DE ROMA..................................................................21
FIGURA 08 - MAPA DA CIDADE DE ROLÂNDIA, NA ÉPOCA DE SUA CONSTITUIÇÃO ...................32
FIGURA 09 - INAUGURAÇÃO DO HOTEL ROLÂNDIA, EM OUTUBRO DE 1935 .............................33
FIGURA 10 - PRAÇAS DO PATRINIO GLEBA ROLAND..........................................................35
FIGURA 11 - LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE ROLÂNDIA NO ESTADO DO PARANÁ
...............................................................................................................................36
FIGURA 12 - DEMONSTRATIVO DE CRESCIMENTO DA CIDADE DE ROLÂNDIA............................37
FIGURA 13 - DISTRIBUIÇÃO DAS PRAÇAS CENTRAIS DA CIDADE DE ROLÂNDIA.......................40
FIGURA 14 - PRIMEIRA IGREJA MATRIZ DA CIDADE DE ROLÂNDIA, EM 1938...........................42
FIGURA 15 - ATUAL IGREJA MATRIZ DE SÃO JOSÉ DA CIDADE DE ROLÂNDIA, NO ANO DE 2007
...............................................................................................................................42
FIGURA 16 - VISTA ÁREA ATUAL DA PRAÇA DA IGREJA MATRIZ DE ROLÂNDIA.......................43
FIGURA 17 - PRAÇA BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO, DÉCADA DE 1960 .............................44
FIGURA 18 - VISTA AÉREA DA PRAÇA CASTELO BRANCO, ANTERIOR À INTERVENÇÃO DE 2008
...............................................................................................................................45
FIGURA 19 - DETALHES DA PRAÇA COMPARATIVOS DE ANTES E APÓS A INTERVENÇÃO DE 2008
...............................................................................................................................45
FIGURA 20 - COMPARAÇÃO DA VEGETAÇÃO ANTES E APÓS A INTERVENÇÃO DE 2008 .............46
FIGURA 21 - VISTA AÉREA DA PRAÇA PRESIDENTE TANCREDO NEVES...................................47
FIGURA 22 - PRAÇA PRESIDENTE TANCREDO NEVES..............................................................47
FIGURA 23 - VISTA AÉREA DA PRAÇA ROLAND......................................................................48
FIGURA 24 - ESTÁTUA DE ROLAND ANTES DA REFORMA........................................................48
FIGURA 25 - ESTÁTUA DE ROLAND DEPOIS DA RESTAURAÇÃO...............................................49
FIGURA 26 - VISTA AÉREA DA PRAÇA TOSHIKE UMEBARA.....................................................49
xi
FIGURA 27 - VISTA DA PRAÇA TOSHIKE UMEBARA ................................................................50
FIGURA 28 - VISTA AÉREA DA PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES ................................................50
FIGURA 29 - MONUMENTO EM HOMENAGEM AOS NEGROS.....................................................51
FIGURA 30 - VISTA AÉREA DA PRAÇA PIONEIRO OTTO KRELING............................................51
FIGURA 31 - PRAÇA PIONEIRO OTTO KRELING.......................................................................52
FIGURA 32 - VISTA AÉREA DA PRAÇA PAUL HARRIS..............................................................53
FIGURA 33 - VISTA AÉREA DA PRAÇA INTERVENTOR HORÁCIO CABRAL ................................54
FIGURA 34 - PRAÇA INTERVENTOR DR. HORÁCIO CABRAL.....................................................54
FIGURA 35 - VISTA AÉREA DA PRAÇA TIO JO ....................................................................55
FIGURA 36 - PRAÇA TIO JOÃO COM O PEDESTAL QUE HOMENAGEIA OS ALUNOS, OS TRÊS
PRIMEIROS COLOCADOS EM CADA TURMA...............................................................55
FIGURA 37 - PRAÇA TIO JOÃO COM A HOMENAGEM AO FUNDADOR DA ESCOLA ROLAND........55
FIGURA 38 - VISTA AÉREA DA PRAÇA ADULCINO JOSÉ JORDÃO .............................................56
FIGURA 39 - PRAÇA ADULCINO JOSÉ JORDÃO ........................................................................57
FIGURA 40 - VISTA AÉREA DA PRAÇA MARTINS LIBERATTI ...................................................58
FIGURA 41 - PRAÇA MARTINS LIBERATTI ..............................................................................58
FIGURA 42 - VISTA ÁREA DA PRAÇA CÔNEGO LUIZ GONZAGA RIBEIRO..................................59
FIGURA 43 - IGREJA SÃO PAULO APÓSTOLO NA PRAÇA CÔNEGO LUIZ GONZAGA RIBEIRO......60
FIGURA 44 - IDENTIFICAÇÃO DE LOGRADOURO DA PRAÇA CASTELO BRANCO ........................70
FIGURA 45 - BANCOS DA PRAÇA MARTINS LIBERATTI............................................................71
FIGURA 46 - BANCO DA PRAÇA DA IGREJA MATRIZ................................................................71
FIGURA 47 - BANCOS DA PRAÇA CÔNEGO LUIZ GONZAGA RIBEIRO........................................72
FIGURA 48 - BANCOS DA PRAÇA INTERVENTOR HORÁCIO CABRAL.........................................72
FIGURA 49 - CHAFARIZ DA PRAÇA CASTELO BRANCO............................................................75
FIGURA 50 - CHAFARIZ DA PRAÇA DA IGREJA MATRIZ ...........................................................75
FIGURA 51 - IGREJA MATRIZ DE SÃO JOSÉ.............................................................................77
FIGURA 52 - IGREJA SÃO PAULO APÓSTOLO, EDIFICADA NA PRAÇA CÔNEGO LUIZ GONZAGA
RIBEIRO..................................................................................................................77
FIGURA 53 - ZONA RESIDENCIAL...........................................................................................94
FIGURA 54 - ATIVIDADE OCUPACIONAL.................................................................................96
FIGURA 55 - EM MÉDIA, QUANTAS HORAS VOCÊ TRABALHA POR SEMANA?..............................97
FIGURA 56 - QUANTIDADE DE HORAS TRABALHADAS POR SEMANA, SEGUNDO SEXO................97
FIGURA 57 - EM MÉDIA, QUANTO TEMPO VOCÊ DEDICA AO LAZER?.........................................98
FIGURA 58 - NOS SEUS DIAS DE FOLGA, NA MAIORIA DAS VEZES SAI OU FICA EM CASA, SEGUNDO
xii
O SEXO....................................................................................................................98
FIGURA 59 - QUANDO VOCÊ FICA EM CASA NOS DIAS DE FOLGA, O QUE MAIS FAZ? ..................99
FIGURA 60 - QUAIS OS LUGARES (ATÉ 3) VOCÊ COSTUMA FREQÜENTAR NOS SEUS DE FOLGA? 100
FIGURA 61 - LUGARES QUE FREQÜENTA NOS DIAS DE FOLGA, SEGUNDO O SEXO ....................101
FIGURA 62 - VOCÊ FREQÜENTA ALGUMA PRAÇA?.................................................................101
FIGURA 63 - VOCÊ FREQÜENTA ALGUMA PRAÇA, SEGUNDO O SEXO ...................................... 102
FIGURA 64 - PRAÇAS FREQÜENTADAS .................................................................................103
FIGURA 65 - POR QUE NÃO FREQÜENTA PRAÇAS?................................................................. 104
FIGURA 66 - POR QUE NÃO FREQÜENTA PRAÇAS? SEGUNDO SEXO......................................... 104
FIGURA 67 - POR QUE NÃO FREQÜENTA PRAÇA, SEGUNDO A ESCOLARIDADE .........................105
FIGURA 68 - POR QUE NÃO FREQÜENTA PRAÇA, SEGUNDO A RENDA FAMILIAR....................... 106
FIGURA 69 - POR QUE NÃO FREQÜENTA PRAÇA, SEGUNDO A IDADE ....................................... 106
FIGURA 70 - QUAL OU QUAIS OS DIAS DA SEMANA VOCÊ VAI À PRAÇAS?...............................107
FIGURA 71 - QUAL OU QUAIS OS DIAS DA SEMANA VOCÊ VAI À PRAÇA? POR SEXO................. 107
FIGURA 72 - EM QUE PERÍODO VOCÊ VAI COM MAIS FREQÜÊNCIA A PRAÇA?..........................108
FIGURA 73 - PERÍODO QUE FREQÜENTA A PRAÇA, SEGUNDO SEXO......................................... 108
FIGURA 74 - EM MÉDIA, QUAL É O SEU TEMPO DE PERMANÊNCIA NA PRAÇA?......................... 109
FIGURA 75 - EM MÉDIA, QUAL É O SEU TEMPO DE PERMANÊNCIA NA PRAÇA? SEGUNDO SEXO.109
FIGURA 76 - QUAL, OU QUAIS, OS MOTIVOS QUE O LEVAM A UMA PRAÇA?.............................110
FIGURA 77 - QUAL, OU QUAIS, OS MOTIVOS QUE O LEVAM A UMA PRAÇA? SEGUNDO SEXO ....110
FIGURA 78 - MOTIVOS QUE LEVAM O ROLANDENSE A UMA PRAÇA, SEGUNDO A RENDA FAMILIAR
.............................................................................................................................111
FIGURA 79 - MOTIVOS QUE LEVAM O ROLANDENSE A UMA PRAÇA, SEGUNDO O NÍVEL DE
INSTRUÇÃO ...........................................................................................................112
FIGURA 80 - MOTIVOS QUE LEVAM O ROLANDENSE A UMA PRAÇA, SEGUNDO A IDADE........... 112
FIGURA 81 - O QUE VOCÊ MAIS GOSTA NAS PRAÇAS QUE FREQÜENTA?.................................. 113
FIGURA 82 - O QUE VOCÊ MAIS GOSTA NAS PRAÇAS QUE FREQÜENTA? SEGUNDO SEXO .........114
FIGURA 83 - O QUE VOCÊ MAIS GOSTA NAS PRAÇAS QUE FREQÜENTA? SEGUNDO A RENDA
FAMILIAR.............................................................................................................. 115
FIGURA 84 - O QUE VOCÊ MAIS GOSTA NAS PRAÇAS QUE FREQÜENTA? SEGUNDO O NÍVEL DE
INSTRUÇÃO ...........................................................................................................115
FIGURA 85 - O QUE VOCÊ MAIS GOSTA NAS PRAÇAS QUE FREQÜENTA? SEGUNDO A IDADE..... 116
FIGURA 86 - O QUE MENOS GOSTA NA PRAÇA QUE FREQÜENTA.............................................117
FIGURA 87 - O QUE MENOS GOSTA NA PRAÇA QUE FREQÜENTA SEGUNDO SEXO.....................117
xiii
FIGURA 88 - O QUE MENOS GOSTA NA PRAÇA QUE FREQÜENTA SEGUNDO NÍVEL DE INSTRUÇÃO
.............................................................................................................................118
FIGURA 89 - O QUE MENOS GOSTA NA PRAÇA QUE FREQÜENTA SEGUNDO A RENDA FAMILIAR 118
FIGURA 90 - O QUE MENOS GOSTA NA PRAÇA QUE FREQÜENTA SEGUNDO A IDADE.................119
xiv
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 - ESPÉCIES ARBÓREAS NÃO FRUTÍFERAS, UTILIZADAS NAS PRAÇAS CENTRAIS DE
ROLÂNDIA ..............................................................................................................79
TABELA 02 - ESPÉCIES ARBÓREAS FRUTÍFERAS OCORRENTES NAS PRAÇAS CENTRAIS DE
ROLÂNDIA ..............................................................................................................80
TABELA 03 - ESPÉCIES DE PALMÁCEAS UTILIZADAS NAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA ....80
TABELA 04 - LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS NÃO FRUTÍFERAS -
NÚMERO DE ÁRVORES POR ESPÉCIE PLANTADA E FREÊNCIA PERCENTUAL DE
PLANTIO. ................................................................................................................80
TABELA 05 - LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS FRUTÍFERAS -
NÚMERO DE ÁRVORES POR ESPÉCIE PLANTADA E FREQÜÊNCIA PERCENTUAL REAL DE
PLANTIO. ................................................................................................................81
TABELA 06 - LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DAS ESPÉCIES DAS PALMÁCEAS - NÚMERO DE
ÁRVORES POR ESPÉCIE PLANTADA (Nº) E FREQÜÊNCIA PERCENTUAL REAL DE
PLANTIO (F.R.%)....................................................................................................81
TABELA 07 - DISTRIBUIÇÃO DA VEGETAÇÃO DAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA ...............82
TABELA 08 - LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS NÃO FRUTÍFERAS,
ARBÓREAS FRUTÍFERAS E PALMÁCEAS EXISTENTES NAS TREZE PRAÇAS CENTRAIS DA
CIDADE DE ROLÂNDIA.............................................................................................83
TABELA 09 - CONCEITOS DAS ESTRUTURAS, DOS EQUIPAMENTOS E DO MOBILIÁRIO DAS PRAÇAS
...............................................................................................................................84
xv
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01- NECESSIDADES E POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS DA INSATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS..9
QUADRO 02 - FATORES DETERMINANTES NA IMPLANTAÇÃO OU REFORMA DE UMA PRAÇA.....10
QUADRO 03 EQUIPAMENTOS E/OU ESTRUTURAS DAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA .......78
QUADRO 04 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXAS ETÁRIAS DA AMOSTRA E DA POPULAÇÃO REAL DE
ROLÂNDIA ..............................................................................................................93
QUADRO 05 DISTRIBUIÇÃO PRO SEXO DA AMOSTRA E DA POPULAÇÃO REAL DOS CENSOS DE
2000 E DE 2007.......................................................................................................93
QUADRO 06 NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA AMOSTRA E DA POPULAÇÃO REAL DE ROLÂNDIA......94
QUADRO 07 RENDA FAMILIAR DA AMOSTRA E DA POPULAÇÃO REAL DE ROLÂNDIA............95
QUADRO 08 - O QUE O ROLANDENSE ACHA NECESSÁRIO MELHORAR NAS PRAÇAS QUE
FREQÜENTA........................................................................................................... 120
QUADRO 09 - QUAL A OPINIÃO DOS USUÁRIOS SOBRE AS PRAÇAS DE ROLÂNDIA ................... 121
xvi
LISTA DE ABREVIATURAS
Bd
Bebedouros
Bn
Bancos
Br
Banca de Revista
Cc
Caminhos Calçados
CD
Compact Disc
CFSPP
Companhia Ferroviária São Paulo Paraná
CMNP Companhia Melhoramentos Norte do Paraná
Ct
Coreto
CTNP
Companhia de Terras Norte do Paraná
DVD
Digital Vídeo Disc
Ec
Espelho D’água/Chafariz
Ed
Estrutura para Terceira Idade
Ef Equipamentos para Ptica de Exercícios Físicos
EFSPP
Estrada de Ferro São Paulo Paraná
Ei
Edificação Institucional
Et
Estacionamento
Ia
Iluminação Alta
Ib
Iluminação Baixa
Id
Identificação de Logradouro
Ig
Igreja
Lx
Lixeira
Mt
Monumento, Busto ou Estátua
Ong’s
Organizações Não Governamentais
Pc
Piscina
Pl
Palco
Po
Ponto de Ônibus
Pq
Parque Infantil
PR
Paraná
Pt
Ponto de Taxi
xvii
Qd
Quadra Esportiva
Qp
Quiosque de Alimentação
St
Sanitário
Tl
Telefone Público
1 INTRODUÇÃO
Local de convívio coletivo, as praças sofreram várias mudanças ase transformarem no que
o hoje. Uso, função, forma, são algumas destas mudanças ocorridas ao longo do tempo.
Mas, uma característica elas não perderam: pertencem a todos os cidadãos, como outrora
dissera o poeta “A Praça é do Povo, como o Céu é do Condor” (Castro Alves). Assim,
sabendo que a praça é um espaço destinado a todo e qualquer cidadão, indaga-se: será que o
Poder Público, ao criar esses espaços, pensa em quem vai usufruí-los e promove aos cidadãos
o acesso para que estes tenham mais qualidade de vida e satisfaçam as suas necessidades de
usuário?
É necessário saber sobre a produção deste espaço urbano, visto que os planejadores e gestores
municipais geralmente carecem de conhecimento a respeito da população que fará uso destes
locais, de forma a disponibilizar esses espaços com equipamentos, estruturas e mobiliários
que possibilitem não o acesso, mas também garantam a satisfação a um maior número de
usuários possíveis.
As praças devem desempenhar, dentre outras, duas importantes funções: a) a melhoria da
qualidade ambiental; e b) a integração da comunidade. Pode-se dizer que estas duas funções
se completam em si, pois se o Poder Público promover o maior grau de satisfação ao usuário,
conseqüentemente, mais pessoas farão uso do espo disponibilizado e, portanto, maior será a
integração.
O estudo sobre as praças públicas é interessante não pela presença marcante destas na
composição dos espos urbanos, mas, também pela sua diversidade e seu uso por parcela
significativa da população, que muitas vezes é carente. Pelo descaso do Poder Público para
com estes espos, algumas praças são relegadas ao esquecimento, tornando-se locais de
marginais e usuários de drogas ou mesmo local de vandalismo, portanto, locais destituídos de
qualquer tipo de segurança e importância.
Diante dos argumentos apresentados, busca-se neste trabalho, saber se as praças centrais da
Cidade de Rolândia-PR estão contribuindo para a integração da comunidade e também
contribuindo com a qualidade de vida dos cidadãos.
Para o desenvolvimento deste trabalho optou-se inicialmente por uma contextualização
histórica sobre as praças, desde a Ágora até as praças dos dias atuais.
2
Na seqüência, elaborou-se um levantamento quantitativo e qualitativo das estruturas, do
mobiliário, dos equipamentos e da vegetação existentes em treze praças remanescentes do
desenho original da Cidade de Rolândia-Pr.
Para finalizar a obtenção dos dados necessários ao desenvolvimento do presente trabalho, fez-
se uma enquete de opinião junto à população usuária da região central da cidade, buscando-se,
com isto, avaliar o papel das pras, principalmente as centrais da Cidade de Rolândia, no
tocante às necessidades de sua população.
A metodologia utilizada foi a desenvolvida por De Angelis (2000), estando esta, em seus
detalhes, contida na tese de doutorado intitulada “A Praça no Contexto das Cidades: o caso de
Maringá-PR”.
O presente trabalho intitulado: “Análise das pras centrais da cidade de Rolândia-Paraná”, no
sentido de sua apresentação, está estruturado da seguinte forma:
- Introdução, justificativas e objetivos;
- Revisão teórica;
- Métodos de trabalho;
- Levantamentos quali-quantitativos de dados de campo: tipo, quantidade e estado
das estruturas, do mobiliário, dos equipamentos e da vegetação existentes nas
praças centrais de Rolândia. Enquete de opinião da população usuária da região
central de Rolândia quanto à importância das praças desta cidade;
- Análise dos resultados e proposição para continuidade dos estudos; e
- Conclusão.
2 JUSTIFICATIVA
Em meados do mês de dezembro do ano de 2006, o Poder blico da cidade de Rolândia-PR,
após insistentes cobranças por parte da população, comou a divulgar que a Praça Castelo
Branco seria revitalizada. A revitalização desta praça, como de outras da cidade que já haviam
sido revitalizadas, tinha sido objeto de promessa da campanha do Poder Executivo em
exercício na época, e, tendo-se em vista que faltavam somente dois anos para o término do
mandato, havia necessidade de realizar tal ação, posto que esta era a única praça ainda não
revitalizada.
O projeto divulgado pela Prefeitura previa a erradicação de aproximadamente 70 árvores.
Assim, parcela significativa da população, incentivada por ONG’s ambientais, insurgiu-se no
intuito de que o projeto fosse modificado e as árvores fossem mantidas, o sendo necessário
erradicá-las. Todavia, a Prefeitura não levou em consideração os insistentes apelos da
sociedade e manteve o projeto original, que previa a impermeabilização de grandes espaços e
erradicação de boa parte da vegetação lá existente.
Desse modo, em razão da polêmica gerada pela revitalização da Praça Castelo Branco, aliado
ao fato de a autora desta pesquisa ser discente do curso de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em
Engenharia Urbana, vislumbrou-se a possibilidade de realizar um estudo sobre as praças
centrais da cidade de Rolândia-PR, no intuito de contribuir para que o Poder Público, antes de
projetar estes espaços públicos, leve em consideração as estruturas, os mobiliários,
equipamentos e a vegetação, para que possa satisfazer as necessidades dos usuários e
incentivar a comunidade a integrar-se, utilizando-se para isso das praças como local de lazer,
contemplação e descanso.
Ademais, a realização deste estudo justifica-se pelo fato de que, na atualidade, os indivíduos,
motivados pela falta de segurança e muitas vezes pela falta de estrutura, buscam espaços
alternativos de lazer como shoppings center, clubes recreativos, entre outros, deixando de
utilizar a praça como um local que pode oferecer qualidade de vida, lazer e descanso.
Todavia, a maioria da população nem sempre tem condições de freqüentar tais locais, por
isso, é necessário, através de estudos deste cunho, incentivar o Poder Público a criar e a
manter em condições de uso locais como as praças, e ao mesmo tempo, conscientizar a
população dos benefícios advindos destes espaços públicos.
Cientificamente, justifica-se a realização deste trabalho, pois, os resultados obtidos podem
servir de base comparativa a novos estudos que venham a ser realizados em praças de outras
4
cidades. Assim, sabendo que cada cidade tem uma formação histórica e um conceito na
atualidade diverso de outra, o comparativo entre o levantamento realizado em uma cidade e o
levantamento realizado em outra pode, ainda assim servir de parâmetro para que a
comunidade local reivindique melhorias nestes espos públicos, por parte do Poder Público,
o que conseqüentemente se reverterá em melhor qualidade de vida da população, cumprindo
assim a praça a sua função social.
A realização do presente estudo justifica-se também em relação ao desenvolvimento pessoal
da discente, posto que veio a acrescentar bases teóricas e práticas sobre as disposições das
praças e sua função na cidade, além de ser mais um sonho realizado.
Desse modo, a questão que se coloca nesta dissertação é: as pras centrais da Cidade de
Rolândia-PR têm conseguido satisfazer as necessidades dos seus usuários?
Na busca das respostas delinearam-se duas hipóteses: (1) as pras centrais da Cidade de
Rolândia-PR estão contribuindo para a qualidade de vida da população. (2) as praças de
Rolândia são acessíveis a todos os cidadãos.
Optou-se por fazer um estudo principalmente das praças centrais de Rolândia-PR, tendo-se
em vista a importância histórica e cultural dessas praças, remanescentes da planta original
desta cidade, implantada em 1934 pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP).
3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
Avaliar as praças centrais da Cidade de Rolândia-PR, pela ótica da satisfação de seus
usuários.
3.2 ESPECÍFICOS
- Avaliação histórica das praças centrais de Rolândia;
- Avaliar quantitativa e qualitativamente os equipamentos, o mobiliário e as
estruturas das praças centrais;
- Levantar, quantitativamente, a vegetação das praças centrais; e
- Ouvir a opinião, dos usuários da região central da cidade de Rolândia.
4 REVISÃO TRICA
Este capítulo tem por objetivo apresentar a revisão teórica que serviu de base para a
estruturação da pesquisa. Dado o objetivo que este trabalho pretende atingir, o presente
capítulo foi estruturado em: a praça: um dos espaços públicos urbanos; a pra e sua
relevância histórica; as praças das cidades da América do Sul colonizadas por portugueses e
espanhóis; a praça no Brasil: da colonização aos dias atuais e, os elementos que compõem as
praças.
4.1 A PRAÇA: UM DOS ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOS
As praças são definidas como espos livres e blicos, inseridos na malha urbana,
objetivando o uso comum da população.
“Praças são espaços livres públicos, com função de convívio social, inseridos na
malha urbana como elemento organizador da circulação e de amenização pública,
com área equivalente à da quadra, geralmente contendo expressiva cobertura
vegetal, mobiliário lúdico, canteiros e bancos” (CARNEIRO e MESQUITA, 2004,
p. 27).
Quando se fala em espaço público urbano está se referindo ao espaço destinado ao uso de
todos os cidadãos, com gestão, via de regra, do poder público. Trata-se, portanto, de um
espaço que é acessível a todos, tendo como finalidade a promoção da interação não só entre os
cidadãos, mas também destes com as outras estruturas urbanas, permitindo com isto o
exercício da cidadania.
Definidos no urbanismo como espaços abertos de uso comum, permitem que as pessoas
façam uso deles livremente. Os espaços abertos podem ser as praças, as ruas, as avenidas, os
parques, os jardins. Ao criar estes espaços o poder público precisa contemplar não somente as
relações sociais, mas, igualmente, a espacialidade e identificar a importância do espaço para o
cidadão. Para Souza (2000, p. 34)a importância da noção de desenvolvimento sócioespacial
é relevante para o planejamento e gestão urbana”.
Na Engenharia Urbana, ao se planejar um espaço público urbano, no caso a pra, é preciso
analisar a topografia do sítio, verificar a legislação, planejar e executar a infra-estrutura básica
e os elementos referentes a esta infra-estrutura, além de verificar as atividades a que se
destinam, tais como as de contemplação, de comércio, de serviço, de circulação, de recreação
7
(infantil, juvenil e de terceira idade), religiosas e/ou político-cívicas. Também devem ser
observados outros fatores que justificam a importância da praça no contexto urbano:
circulação interna, estética da praça, as ilhas verdes, a absorção de água e desenho urbano,
entre outros. o se pode esquecer, também, de se ouvir a população lindeira a neste local, no
sentido de se conhecer suas demandas para o espo em questão.
Como a praça é um espaço aberto destinado à população, precisa ser e estar acessível a esta,
pelo motivo que se não o for, não poderá receber o público que dela pode fazer uso, seja para
praticar a ociosidade ou qualquer outra atividade, inclusive a esportiva.
É possível se avaliar na forma qualitativa e quantitativa se as formas e as funções do ambiente
construído, inclusive as praças, estão sendo eficazes nas atividades a que se destinam.
Neste sentido, Lamas (2004, p. 44) identifica alguns aspectos que podem ser mensurados:
Aspectos quantitativos - todos os aspectos da realidade urbana podem ser
quantificáveis e que se referem a uma organização quantitativa são:
densidades, superfícies, fluxos, coeficientes volumétricos, dimensões perfis,
etc. todos esses dados quantificáveis são utilizados para controlar aspectos
físicos da cidade.
Aspectos de organização funcional - relacionam-se com as atividades humanas
(habitar, instruir-se, tratar-se, comerciar, trabalhar, etc.) e também com o uso
de uma área, espaço ou edifício (residencial, comercial, escolar, sanitário,
industrial, etc.), ou seja, ao tipo de uso do solo. Uso a que é destinado e uso que
dele se faz.
Aspectos qualitativos - referem-se ao tratamento dos espaços, ao <conforto> e
à <comodidade> do utilizador. Nos edifícios poderão ser a insonorização, o
isolamento térmico, a correta insolão, etc. - e, no meio urbano, poderão ser
características como o estado dos pavimentos, a adaptação ao clima (insolão,
abrigo dos ventos e chuvas), a acessibilidade, etc. Os aspectos qualitativos
podem também ser quantificáveis através de parâmetros (o nível de pressão
sonora que mede o conforto sonoro, o lux como unidade ou a iluminância).
Aspectos figurativos - os aspectos figurativos relacionam-se essencialmente
com a comunicação estética.
Os espaços livres são criados, legislados, projetados e gerenciados pelo poder público
municipal, destinados à população, tendo como objetivo satisfazer as necessidades de seus
usuários, proporcionando qualidade de vida (satisfação das necessidades) e aumentar a justiça
social (os indivíduos devem ter acesso aos equipamentos públicos urbanos). Portanto, o poder
público não só deve legislar sobre esta questão, mas, também, propiciar as condições para que
o acesso se efetive de fato e de forma independente da etnia das pessoas, e do seu estado
físico ou social. Desta maneira, os espaços públicos devem ser dotados de infra-estrutura
condizente com o local e seu usuário. Sob o aspecto social, a infra-estrutura de uma praça visa
promover adequadas condições de lazer e segurança; sob o aspecto econômico, a infra-
8
estrutura visa promover a comercialização de bens, através de feiras, quiosques, entre outros e
sob o aspecto institucional, a infra-estrutura visa a administração destes espaços públicos.
Infra-estrutura pode ser conceituada como um sistema técnico de equipamentos e
serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas, podendo estas
funções serem vistas sob o aspecto social, econômico e institucional. Sob o aspecto
social, a infra-estrutura urbana visa promover adequadas condições de moradia,
trabalho, saúde, lazer e segurança. No que se refere ao aspecto econômico, a infra-
estrutura urbana deve propiciar o desenvolvimento das atividades produtivas, isto é,
a produção e comercialização de bens e serviços. E sob o aspecto institucional,
entende-se que a infra-estrutura urbana deva propiciar os meios necessários ao
desenvolvimento das atividades potico-administrativas, entre os quais se inclui a
gerência da própria cidade (ZWITROWICZ e DE ANGELIS NETO, 1997).
Para a satisfação das necessidades dos usuários, faz-se importante que a administração pública
compreenda o papel dos espaços públicos no contexto da cidade.
O ambiente construído, além de satisfazer as necessidades básicas, deve proporcionar espaço
físico para lazer, recreação, contemplação, encontro, sociabilidade, segurança, bem-estar e
liberdade. Estas são necessidades básicas do cidadão que, se não supridas, levam à exclusão
deste. O poder público deve se atentar a estes detalhes para que o espaço público não exclua
os cidadãos e sim os inclua cada vez mais ao ambiente construído. Quando o cidadão se sente
excluído, na maioria das vezes, a manifestação se faz pelo vandalismo ou por atos de
comportamento contrários aos tidos como convencionais, sendo estes atos resultantes da
frustração individual por suas necessidades não estarem satisfeitas. Isto pode acontecer em
relação às praças.
Considera-se que a qualidade de vida dos cidadãos está condicionada à qualidade do espaço
público urbano, onde se desenvolvem suas atividades ao ar livre e onde se criam
possibilidades de encontro, de relações sociais e contato com a natureza. (LIMA, 2006, p. 34)
Maderthaner (1995, apud SOUZA, 2004, p. 77) explica que “cada uma das necessidades deve
ser satisfeita em um ou vários domínios de uso e fruição: trabalho, circulação, habitação,
diversão, lazer, consumo e eliminação de lixo/resíduos”. As informações contidas no Quadro
01, extraídas da obra acima, são especialmente úteis como um ponto de referência e como
balizamento para os estudos e debates em torno da definição de parâmetros de qualidade da
vida urbana.
9
Quadro 01- Necessidades e Possíveis Conseqüências da Insatisfação dos Usuários
NECESSIDADES ASPECTOS
PARTICULARES
POSSÍVEIS
CONSEQUENCIAS DA
NÃO-SATIFAÇÃO
1. Regeneração
Insolação, luz do dia,
espaços para atividades
corporais, locais para a
prática de esportes e
brincadeiras
Esgotamento físico
psíquico, vulnerabilidade
em face de doenças, insônia,
estresse, depressão
2. Privacidade
3. Segurança
Proteção da esfera privada,
proteção contra roubos e
assaltos
Raiva, medo, estresse,
agressão, atritos com
vizinhos
4. Funcionalidade
5. Ordem
Necessidade de espaço,
conforto, senso de
orientação
Raiva, desperdício de tempo
e dinheiro, desorientação,
insatisfação com a moradia,
vandalismo, segregação
6. Comunicação
7. Apropriação
8. Participação
Conversas, ajuda dos
vizinhos, participação e
engajamento
Conflitos sociais,
insatisfação com a moradia,
vandalismo, segregação
9. Estética
10. Criatividade
Aspectos dos prédios e
fachadas, arruamento,
presença de praças e parques
Insatisfação com a moradia,
mudança de local,
vandalismo
Fonte: Adaptado de Souza (2004)
Tomando como exemplos as necessidades relacionadas como a funcionalidade de ordem, a
comunicação, a apropriação, a participação, a estética e a criatividade, observa-se que uma
das conseqüências da não-satisfação, segundo o autor é, o vandalismo.
De Angelis (2000, p. 311-313), visando a melhoria da eficiência de um espaço público
urbano, no caso a praça, desenvolveu um roteiro a ser utilizado quando da fase de
planejamento de uma praça, seja para a implantação ou para a reforma ou recuperação deste
espaço público urbano. Este autor destaca que cada praça tem uma identidade própria”
determinada pelos fatores descritos no Quadro 02.
10
Quadro 02 - Fatores Determinantes na Implantação ou Reforma de uma Praça
Criatividade
É a mola que imprime caráter diferenciado quando se vai
planejar ou reformar uma pra
Inserção na malha urbana,
localização e distribuição
Conhecer a cidade como um todo, para que a praça possa ser
inserida em local apropriado.
Praça temática
Cuidados ao se criar este espaço para que a mesma não venha
cair no esquecimento da população. A finalidade da praça tem
de ser específico e muito bem determinado.
Anseios da população
lindeira à praça (ouvir a
população)
Enquete de opinião junto aos moradores com relação aquilo que
eles gostariam de ter na praça. Uma praça desvinculada da
realidade da população se transformará com certeza em um
espaço abandonado.
Características e aptidão
do terreno
Respeitar as condições físicas do terreno, evitando o excessivo
movimento de terra (cortes e aterros).
Equipamentos e estruturas
Os equipamentos e estruturas em uma praça devem ser
compatíveis com as áreas disponíveis e coerentes com interesse
da população.
Características do entorno
Planejar uma praça se pressupõe a crião de um ambiente que
se coadune com seu entorno e que dê maior satisfão a quem
dela fará uso
Disponibilidade de
recursos financeiros
Identificar os recursos financeiros necessários para a
implantação ou reforma e posteriormente disponibilizar recursos
para a manutenção. Parcerias com empresas ou população do
entorno minimizam gastos do poder público.
Disponibilidade de
recursos humanos
Escolher pessoal com conhecimentos técnico-científicos para a
fase de implantação ou reforma da praça, buscando-se com isto
a eficiência e o bom desempenho.
Tipologia
O estudo da tipologia do espo público pressupõe o
conhecimento de sua identidade, estrutura, significação e, por
último, a imaginabilidade.
Fonte: De Angelis (2000)
Os autores De Angelis (2000), Lamas (2004) e Maderthaner (apud SOUZA, 2004), quando
11
discutem os espaços públicos, apresentam consenso quanto à possibilidade de que os espos
construídos podem ser mensurados no tocante à identificação da satisfação das necessidades
dos seus usuários.
Nestes casos, pesquisas e enquetes populares são muito importantes, dando ao poder público
condições de projetar melhores espaços de uso comum e dotá-los de equipamentos, estruturas
e mobiliários compatíveis com as necessidades e as reivindicações da população. O mobiliário
e os equipamentos devem se integrar à infra-estrutura da praça numa forma harmoniosa,
constituindo uma paisagem agradável aos usuários.
Como o espaço público urbano tem uma finalidade em si, seu valor simbólico passa a existir
quando ele se torna uma realidade física. Quando toma forma não tem apenas a ver com as
concepções estéticas, ideológicas, culturais ou arquitetônicas iniciais, mas começam a surgir
vínculos com seus usuários, indissociáveis e fortemente referenciados a comportamento, à
apropriação e utilização do espaço e, por fim, à ppria vida comunitária dos cidadãos
(LAMAS, 2004). Desta maneira, as praças adquirem, com o tempo, uma identidade própria,
calcada na natureza urbanística, utilitária de seu mobiliário, equipamentos e infra-estrutura, e,
por fim, fortemente influenciada pela cultura local.
A quantificação e qualificação dos equipamentos e mobiliários disponibilizados aos cidadãos
e a distribuição do “layout” refletem o tratamento dado pelo poder público aos seus usuários e
estes, por sua vez, dependendo do nível de satisfação alcançado, respondem ao poder público
numa forma amistosa ou com atos de vandalismo.
No Dicionário de Urbanismo, Ferrari (2004, p. 240) define mobiliário urbano como:
Conjunto de elemento materiais localizados em logradouros públicos ou em locais
viveis desses logradouros e que complementam as funções urbanas de habitar,
trabalhar, recrear e circular: cabines telefônicas, ancios, postes, torres, hidrantes,
abrigos e pontos de parada de ônibus, bebedouros, sanitários públicos, monumentos,
chafarizes, fontes luminosas etc.
“Mobiliário urbano é a coleção de artefatos implantados no espaço público da cidade, de
natureza utilitária ou de interesse urbanístico, paisagístico, simbólico ou cultural.”
(PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 1996, p. 11)
O mobiliário urbano é o conjunto de todos os móveis e utensílios que comem, em conjunto,
a paisagem urbana: latas de lixo, bancos de praça, pontos de ônibus, placas de ruas, postes de
luz, dimeno de construção, quiosque e abrigo de transportes, entre outros (LAMAS, 2004).
12
Tais mobiliários urbanos têm papel de crescente importância na qualidade de vida urbana e
leva a forte atuação dos usuários com os espaços públicos, influenciando comportamentos
sociais e representações culturais e sendo por eles influenciados (LIMA, 2006, p. 39).
Sob o ponto de vista do mobiliário urbano como equipamento funcional e da interface com o
usuário, Mourthé (1998, p. 11-12) classifica-o em categorias distintas:
Elementos decorativos – esculturas e painéis em prédios;
Mobiliário de serviço telefones públicos, caixas de correio, lixeiras, abrigos de
ônibus, cabines policias, banheiros públicos, protetores de árvores;
Mobiliário de lazer – bancos de praça, mesas de jogos, projetos para crianças, jovens
e idosos e para atletas;
Mobiliário de comercialização bancas de jornal, quiosques, barracas de vendedor
ambulante e de flores, cadeiras de engraxates, mesas para cafés e bares em áreas
públicas;
Mobiliário de sinalização placas de logradouros, ruas, placas informativas, placas
de trânsito e sinalização semafórica;
Mobiliário de publicidade – out doors e letreiros computadorizados.
O mobiliário urbano deve ser projetado buscando responder às necessidades da população
destinatária. Deve-se levar em conta tamanho, formato e localização, evitando barreiras
físicas de forma a permitir acessibilidade integral. Quando o projetoo se adéqua aos
usuários, o mobiliário urbano é escassamente utilizado, sofrendo riscos de vandalismo. Além
disso, é preciso que o mobiliário se integre harmonicamente no ambiente (LIMA, 2006, p.
40).
Na produção de praças, os aspectos estéticos devem ser pesquisados e analisados como forma
de harmonizar todo o conjunto do local, no tocante às questões dos traçados internos e dos
estilos, da distribuão de todos os equipamentos, do mobiliário, e por fim da vegetação que
fará parte de todo o ambiente construído.
Um instrumento que pode ser adotado para o diagnóstico de praça, percorrendo desde o
levantamento de dados até a avaliação em si, é aquele que foi desenvolvido por De Angelis
(2000) em sua Tese de Doutorado. O método proposto por este autor se fundamenta em
levantamentos de natureza quali-quantitativa da parte física da praça e em enquete de opinião
pública. Associa desta maneira o espaço criado, com sua infra-estrutura, mobiliário e
equipamento com o real interesse do usuário.
A praça é um espaço destinado ao convívio público, onde acontecem as mais variadas ações
desenvolvidas pelo homem: lazer, comércio, passagem, contemplação, atividade cívica e
atividade política, entre outras. Tem sido conceituada e definida por vários doutrinadores
13
como: espaço público urbano, espo pleno, lugar, ponto de encontro, centro social, síntese da
cultura urbana e a senhora dos espos públicos.
Quando o homem deixou de ser nômade e passou a ter residência em local fixo, surgiram não
as primeiras áreas rurais, mas também as primeiras vilas rurais. Estas vilas foram
crescendo e se transformando em cidades, começando a haver distinção entre o espo rural e
o espaço urbano. Foi nesta mesma época que o homem teve a necessidade de destinar um
ambiente próprio para reunes e encontros, para troca de informações e de mercadorias;
instituiu-se, assim, a praça, com suas características de um lugar público e livre.
Segundo Krier (1982, p. 20) “a pra é a primeira criação humana de um espaço urbano”.
Pensa-se que esta foi instituída pela necessidade de se ter um local próprio, para reunião,
comercialização e também um espaço público, para socialização, a praça surgiu para suprir
estas lacunas da população.
Em todo o mundo houve esta evolução e este crescimento das cidades, tanto na parte oriental
como na parte ocidental. Como a civilização ocidental descende do legado grego, é através
deles que se tem o conceito de urbano e, por conseguinte, de praça. Conforme Segawa (1996,
p. 31), “a praça é um espo ancestral que se confunde com a própria origem do conceito
ocidental de urbano”.
Para Macedo (2003, p. 37) “as praças são áreas pertencentes ao espaço público urbano, livre
de edificações e acessíveis à população, sejam grandes ou pequenas, onde se desenvolvem
atividades relacionadas com o lazer ativo ou passivo de seus usuários”.
A praça tem um ambiente próprio, seja qual a sua função, sempre com um significado próprio
para a população que a usa ou a que pertence, ela é única e cada uma tem suas próprias
características. Conforme Mascaró (1996, p. 155), “praça é um espaço pleno de significados e
com ambiência própria”.
A praça é um local de múltiplas funções, podendo ser comercial, de passagem, de lazer ou de
política. É também o local aonde as pessoas vão para serem vistas, sendo expostas neste
ambiente que é um lugar público por excelência. Segundo Spirn (1995, p. 89) “são lugares
para ver e ser visto, para comprar e fazer negócios, para passear e fazer política”.
Sendo local destinado ao público, deve-se incentivar que este público à praça, deve-se
promover atividades e motivos para levar a população até ela, para que não perca a sua função
de aglutinadora de pessoas da comunidade. Para Harder et al (2006, p. 278) “praças são
pontos de encontro cuja principal função é a de incentivo à vida comunitária”.
14
Uma maneira de incentivar o convívio público é dotar a praça de equipamentos que
possibilitem à população dela usufruir, tais como bancos, parque infantil, quadras esportivas,
e por fim da vegetação que possa proporcionar sombreamento e amenizar o calor e os ventos.
Não se pode esquecer que a harmonização dos locais de circulação propiciará que os
pedestres possam fazê-lo de modo confortável, organizado e seguro. Toda a pra tem a sua
própria história e um motivo pelo qual foi implantada em uma área urbana, seja na formão
de uma cidade antiga, seja na planta de uma cidade planejada, seja na expansão da cidade. Por
estes motivos, sempre terá um valor histórico particular e por ser um centro social pertencente
ao tecido urbano, carece do constante incentivo à participação da população para que a praça
continue viva. Alex (2008, p. 23) menciona que “a praça não é apenas um espaço físico
aberto, mas também um centro social integrado ao tecido urbano. Sua importância refere-se a
seu valor histórico, bem como sua participação contínua na vida da cidade”.
Com relação à praça, sendo um local destinado ao lazer, ao convívio da população, os
veículos devem ser excluídos dela, uma vez que já existem as ruas e os estacionamentos para
os veículos. Outro fator importante é promover a acessibilidade a todos os cidadãos,
principalmente aos cadeirantes e às pessoas com necessidades especiais. De acordo com
Robba e Macedo (2002, p. 17), as praças são espaços livres públicos urbanos destinados ao
lazer e ao convívio da população, acessíveis aos cidadãos e livres de veículos”.
Desde a Ágora grega aos dias atuais, as praças m sido uma obra do homem e para o
homem que, apesar das transformações ao longo do tempo, permanecem sendo local público
onde é possível a realização de festa, passeio, comércio e reunião, elas permanecem na cidade
e se integram na malha urbana,
Praças: cenário de festas, passeios, reuniões, comércio, permanência, encontros e
desencontros, descanso, convulsões sociais; obra do Homem no arco do tempo que
transcende o próprio; registro vivo a perpetuar na História modismos e estilos de
cada época. Senhora dos espaços públicos desafiou séculos desde a ágora grega e,
impassível, superou o abandono e as transformações ao longo do tempo (DE
ANGELIS, 2007, p. 03).
4.2 A PRAÇA E SUA RELENCIA HISTÓRICA
4.2.1 Ágora
Como define De Angelis (2007, p. 03), “a praça é a senhora dos espaços públicos que
15
desafiou séculos desde a época da Ágora grega”, faz lembrar a época da era antiga, quando os
sofistas fizeram uso delas para ministrarem suas primeiras aulas, uma vez que eram
itinerantes e as praças se constituíam no palco dos ensinamentos. As Ágora foram palco das
primeiras escolas do mundo Ocidental, na mesma época em que crates usava estes espaços
para ensinar e expor sua filosofia, estes mesmos espaços eram utilizados para julgamento e
morte de pessoas ilustres, como o que aconteceu com o próprio Sócrates.
Embora as Ágora existissem antes mesmo destes acontecimentos históricos, referências
sempre são feitas a elas no sentido de lembrar aos ocidentais de que as praças se constituem
nas verdadeiras herdeiras do legado grego, pois a Ágora tem sido propriamente a primeira
referência sobre o que hoje se denomina praça.
Basicamente, a Ágora pode ser considerada como um dos primeiros espaços que surgiram
para manifestações as mais diversas, caracterizando-se como lugar de concentração de
pessoas, na qual ocorriam grandes e importantes atividades urbanas, permitindo às pessoas se
encontrarem e se comunicarem, comercializarem suas mercadorias e, por fim, trocarem
informações e idéias.
Portanto, a Ágora era o espaço, por excelência, onde se desenvolvia a vida social, política,
comercial e ideológica de um povo, expondo-se e desenvolvendo-se, desta maneira, a cultura
de uma cidade.
A Ágora foi o local de comércio, de encontros para conversas, para decisões cívicas, um local
sempre aberto onde os gregos se reuniam para debater assuntos políticos, para julgamentos.
Era o espaço destinado ao exercício da cidadania. Benévolo (2005) comenta sobre a
denominação da praça do mercado que era Ágora. Lamas (2004) e Cortez (2007) relatam que
a Ágora era circundada por edifícios de funções administrativas e jurídicas. De Angelis
(2007) relata que a Ágora não tinha forma definida. Na Figura 01, apresenta-se na forma
esquemática a Agora da cidade de Assos.
Munford (1991, p. 166) se refere à Ágora no gênero masculino - o Ágora - o antigo Ágora
tinha forma amorfa e irregular”, ressaltando inclusive a função da Ágora como ponto de
encontro comunal.
16
Figura 01 - Reconstituição da Ágora da cidade de Assos
Fonte: ORLANDI (1994).
A Ágora foi a matriarca, a grande referência para os espaços urbanos livres, descendendo dela
o rum Romano, a Piazza, a Place Royale, a Plaza Mayor, a Praça das Armas, Platz, entre
outros (MUNFORD, 1991, p. 166).
De acordo com Couto (2008, p. 19), “as Ágoras gregas são apontadas como “mães” das
praças. Aqueles espaços eram o centro dinâmico das cidades gregas; locais onde as pessoas se
reuniam para manifestar-se, discutir assuntos políticos e, por vezes, comercializar produtos
diversos”.
4.2.2 Fórum Romano
O Fórum Romano, também conhecido simplesmente de rum ou mesmo de mercado
comum, se constituía de um espaço aberto circundado por colunatas, sendo incluído o templo
sagrado em seu entorno, bem como se caracterizava como um local de apresentações diversas
para o povo, reunes do Império, local de comércio, de fazer o social e de fazer política
também (MUNFORD, 1982).
O Fórum Romano inspirou-se na Ágora, diferenciando-se dessa pelo fato de que, além das
atividades civis e comerciais, permitia atividades religiosas e esportivas. O Fórum Romano
possuía função semelhante à da Ágora, ou seja, era um local em que estavam presentes a
política (assembléia dos cidadãos), o mercado, a sociabilidade e o templo sagrado.
(MUNFORD, 1982).
O Fórum Romano era o centro da vida pública não da cidade como de todo o império.
“Multidões eram atrdas a fim de comprar, de fazer o culto, de trocar informações, de tomar
17
parte como espectadores ou atores em negócios públicos ou em processos privados”
(MUNFORD, 1991, p. 245). Na Figura 02, apresenta-se em forma de reconstituição o Fórum
Romano.
Figura 02 - Reconstituição do Fórum Romano
Fonte: ORLANDI (1994).
A Ágora e o Fórum Romano tinham como função principal reunir o povo para os mais
diversos fins, função que ainda perdura em parte nas praças de hoje em dia. Sobre a Ágora e o
Fórum Romano, argumenta De Angelis (2000, pag. 41), traduzem a necessidade passada,
perpetuada até hoje, de se ter um espaço onde fosse possível reunir-se, comercializar, debater
idéias, assistir a jogos e representações, ou simplesmente ocupar a ociosidade do tempo.
4.2.3 Praças da Idade Média
As cidades na Era Mediaval eram fortificadas por muralhas e as praças surgiam na forma de
um espaço aberto, muitas vezes extra muros ou dentro de um castelo, com funções
diversificadas, ora civil, ora religiosa, ora comercial.
As praças medievais eram também nominadas conforme os países onde foram edificadas
como Piazza (Itália), Plaza Maior (Espanha e países de sua colonização), Places Royales
(França) e Pra das Armas, sendo as mesmas circundadas por edificios e na maioria das
vezes com traçado irregular. Para Cardoso e Castelnou (2007, p. 152), “na Baixa Idade Média,
a praça transformou-se no “coração” da cidade, cercada por muitas casas e ruas de comércio”.
Para Lamas (2004, p. 154), as praças medievais dividem-se geralmente na praça de mercado e
na praça de igreja (adro) ou o parvis medieval, sendo suas funções diferenciadas assim como
a sua localização na estrutura urbana.
18
Zucker (apud ROBBA e MACEDO 2002, p. 21-22), analisou as funções da praça no núcleo
urbano medieval e as subdividiu em cinco grupos: praças de mercado; praças no portal da
cidade; praças como centro da cidade; adros de igrejas e pras agrupadas. Na Figura 3, na
forma de ilustração, apresenta-se uma praça de igreja (adro), enquanto que na Figura 4,
apresenta-se um exemplo de praças agrupadas, constituída neste caso de três praças centrais
próximas: a religiosa Piazza Del Duomo, a cívica e central Piazza Del Campo e a do mercado,
Piazza Del Mercato (ALEX, 2008, p. 33).
Figura 03 - Praça Grande - cidade de Arezzo
Fonte: http:/www.mediasoft.it/piazze/pages/mantova.htm
Figura 04 - Praças Medievais agrupadas da Cidade de Siena na Itália
Fonte: Alex (2008)
19
As praças medievais tinham a função de reunir as pessoas. Neste local estas se expunham,
especulavam, comercializavam. Como local de sede institucional, nelas se agrupavam os
edifícios do governo, onde se exercia a administração da justiça e ou a gestão política. Robba
e Macedo (2002, p. 15) referem-se às praças medievais européias como o “grande espaço não
oficial e polivalente de manifestação popular. Para De Angelis (2007, p. 08), “se destaca
uma dupla função: principal local de relação social e de sede institucional da comunidade,
onde o sujeito se expõe aos olhos do outro”.
Na época medieval encontra-se também a Praça Maior (Plaza Mayor), originária da Espanha e
posteriormente edificada nos países colonizados por esta, construída dentro ou fora das
cidades. Sobre a localização da Plaza Maior, comenta Segawa (1996, p. 33): “a Plaza Mayor
medieval situava-se deslocada do centro urbano, muitas vezes extramuros. Na era Medieval as
fachadas dos edifícios que circundavam a praça não tinham o mesmo estilo, a mesma altura e
disposição simétrica de volume”. Para maiores detalhes deste tipo de praça, ver Figura 05.
Figura 05 - Plaza Mayor - Cidade de Madrid
Fonte: http//www.multimadrid.com/hogar.htm
A praça das armas, pertencente também ao tempo Medieval, era utilizada para fins militares,
como treinamentos e também para a realização de festas, mercados e feiras (GOMES, 2005).
4.2.4 Praças no Renascimento
20
Com o Renascimento a praça adquire valor funcional, simbólico, artístico, político e social.
Neste período a praça passa a embelezar as cidades. A praça deixou de ser um espaço aberto,
um local isolado na cidade e passou a fazer parte dela. No Renascimento, a praça se tornou
referência de estilo de vida, de lugar, de boa arquitetura e bom desenho, como ilustrado na
Figura 06. A partir de então, passaram a fazer parte das praças os obeliscos e as colunas. Os
traçados e as praças em si passam a fazer parte da estrutura urbana. De Acordo com De
Angelis (2000), Lamas (2004) e Alex (2008) é a partir do Renascimento que a praça se insere
na estrutura urbana.
Figura 06 - Praça de SS. L’Annunziata - Cidade de Florença
Fonte: http:/www.mediasoft.it/piazze/pages/mantova.htm
4.2.5 Praça Barroca
A época barroca é aquela onde os muros foram derrubados, romperam-se as muralhas que
deram lugar aos anéis viários. Nas cidades houve a introdução do verde e com ele novos
espaços de recreio, novas práticas sociais (DE ANGELIS, 2007).
Tais espaços foram muito valorizados pela arquitetura. Suas delimitações eram por edifícios
religiosos, públicos, igrejas, filas de habitações ou palácios, como ilustrado pela Figura 07. Na
Europa muitas cidades se destacaram pelo embelezamento de seus espaços públicos com a
inclusão de áreas verdes.
21
Figura 07 - Praça Navona - Cidade de Roma
Fonte: http:/www.mediasoft.it/piazze/pages/mantova.htm
Para De Angelis (2000, pag. 42), a praça barroca, mais monumental que funcional, expulsa o
mercado e lugar aos jardins, árvores, bancos e pérgulas.
Com a introdução do verde, algumas tipologias destacam-se: o Crescent - um conjunto de
edifícios ou palácios, dispostos em semicírculo, cuja fachada se abre para um parque ou
jardim; o Circus - forma circular, com um jardim central; e o Square - não é uma praça, mas
um jardim ou pequeno parque delimitado por construções nos quatro lados. “São sistemas
complexos de construção e áreas verdes ligados à burguesia e aristocracia inglesa”, conforme
Lamas (2004, p. 198).
4.3 AS PRAÇAS DAS CIDADES DA AMÉRICA DO SUL COLONIZADAS POR PORTUGUESES E
ESPANHÓIS
A América do Sul basicamente foi colonizada pelos portugueses e espanhóis. No ano de 1573,
Felipe II instituiu a primeira legislação urbanística, conhecida por Lei das Índias. De acordo
22
com Benévolo (2005, p. 487), algumas regras constantes nesta lei, com referência às praças,
devem ser apresentadas:
O plano composto por ruas, praças e lotes deveria ser implantado a partir da praça
principal, de onde sairiam às ruas, que se prolongava até as portas e ruas exteriores;
a área da praça deveria ser proporcional e adequada ao número de habitantes,
pensando-se sempre no futuro crescimento da cidade; a praça principal, denominada
de praça maior, deveria estar sempre localizada no centro da cidade; o comprimento
da praça deveria ser maior do que sua largura, no mínimo uma vez e meia - os
colonos consideravam desta forma, a mais adequada aos festejos com cavalos e
outros; a área da praça não deveria ser inferior a duzentos pés e o comprimento não
poderia ser menor do que trezentos pés.
Em contraponto, o tamanho máximo não poderia ultrapassar a medida de quinhentos pés de
largura e oitocentos pés de comprimento; sendo que o tamanho ideal considerado, seria de
quatrocentos pés por seiscentos pés; a partir dos quatro ângulos deveriam estar direcionados
para os pontos cardeais, pois desta forma, ainda ressalta Benévolo (2005, p. 487),
As ruas que se iniciavam na praça não ficariam expostas aos quatro ventos
principais; a praça e as ruas principais que se originam nela deveriam ser ladeadas
com pórticos, porque estes são convenientes às pessoas que querem passear,
dialogar ou realizar comércio; as oito ruas que desembocam nos quatro ângulos da
praça não poderiam, de forma alguma, ser obstruídas pelos mencionados pórticos; os
pórticos deveriam terminar nos ângulos, possibilitando que as calçadas das ruas
estejam alinhadas com as da praça; os terrenos para construção, situados em volta da
praça principal, não deveriam ser cedidos à particulares, e sim à igreja, aos edifícios
reais e municipais, às lojas e às habitações de mercadores e, por último, aos colonos
mais ricos.
As primeiras cidades brasileiras surgiram no litoral e posteriormente foram se formando
outras cidades nas regiões do interior. Algumas cidades do interior do Brasil surgiram pela
mineração do ouro e da prata, pela procura de pedras preciosas ou pela necessidade de defesa
das terras. O traçado das cidades brasileiras era irregular. Segundo Marx (1980, p. 24) “é
constante a presença das ruas tortas, das esquinas em ângulo diferente, da variação da largura
nos logradouros de todo o tipo, do sobe-e-desce das ladeiras”.
No Brasil, o trado das cidades, na época da colonização, não seguiu o mesmo das cidades
colonizadas pelos espanhóis, não tendo um desenho predeterminado. Estas condições,
associadas ao desalinhamento das ruas, eram desfavoráveis à implantação dos espaços
públicos, no caso as praças (GOMES, 2005).
23
4.4 A PRAÇA NO BRASIL: DA COLONIZAÇÃO AOS DIAS ATUAIS
Quando o Brasil foi descoberto por Cabral em 1500, encontrou-se nesta terra uma população
de índios que faziam uso de espaços comuns em suas tribos. Suas ocas eram alinhadas ao
redor de um círculo que se caracterizava como uma praça, pelo fato dos índios serem
extremamente organizados, assim as dispunham. De Angelis (2007, p. 27), destaca que “os
índios construíam suas ocas alinhadas, formando um rculo, cujo centro, vazio, era o local
das reuniões, festas e ritos, então se tem aí o primeiro registro desses espaços em nosso país”.
As cidades brasileiras na fase colonial e na fase imperial geralmente surgiram e cresceram em
torno de um espaço destinado à construção de uma capela ou igreja, constituindo-se na praça
central, que com o tempo se diversificava nas funções, contemplando, portanto, a recreação, o
encontro social, o mercado, as reuniões políticas e as atividades militares.
Nas praças coloniais brasileiras, ao contrário das praças medievais européias,
realizavam-se todas as atividades no mesmo espaço, inclusive civis e militares.
Nesse contexto, as praças eram denominadas de largo, terreiro e rocio e permitiam a
interação dos vários estratos da sociedade, servindo como palco de manifestações de
costumes e hábitos da sociedade colonial (ROBBA e MACEDO, 2002, p. 22).
Ainda na época do Brasil colonial, houve a introdução do verde nos espaços urbanos.
Inicialmente, tem-se o relato do Passeio Público no Rio de Janeiro e, posteriormente, quase
todas as cidades adotaram o uso da vegetação em seus espaços, inclusive nas praças. Em
decorrência da adoção do verde nestes espos urbanos, incentivados pelos modelos europeus,
muitos projetos surgiram e o modelo de praça ajardinada passou a ser adotado como sinônimo
de qualidade destes espaços. Para Caldeira (2008, p. 19), “a partir do século XIX, as praças
brasileiras, até então espaços despidos de vegetação, adquiriram tratamento de jardim, sendo
esta uma influência oriunda da França e da Inglaterra”.
A partir do Século XX, muitas cidades brasileiras foram planejadas e as praças foram
inseridas na malha urbana com formas e funções pré-determinadas nos desenhos urbanos. No
sul do país tem-se uma série de cidades que se desenvolveram a partir da estrada de ferro e
tiveram seus traçados planificados de forma diferenciada. Marx (1980, p. 36) comenta sobre a
formação destas cidades:
À riqueza trazida pelo café deve-se a expansão maior e recente da rede urbana
brasileira. É um grupo grande de núcleos urbanos com características próprias e
diferentes das cidades brasileiras tradicionais. A vigorosa marcha dos cafezais para o
oeste promove centenas de novas fundações em o Paulo, Paraná e Minas Gerais.
As matas virgens cedem lugar a fazendas e povoados. Umas e outras vão retalhar a
24
terra roxa, tendo em vista as peculiaridades geográficas e tipo de sítio disponível,
numa paisagem muito homogênea, o trem, novo meio de transporte com suas
exigências de trajeto, e a rápida divisão e venda dos terrenos geram uma cena urbana
nova.
As cidades cresceram e muitas praças necessitaram de revitalização, sendo nos novos projetos
incluídos o verde em espaços como os adros de igrejas, que deixaram de ser secos e passaram
a serem ajardinados, no sentido de geralmente amenizar o calor provocado pela
impermeabilização.
Naturalmente, a crescente valorização do uso de vegetação na cidade, de forma a amenizar os
efeitos da urbanizão intensa dos grandes centros, fortaleceu, ao longo do Século XX, a
tipologia da praça ajardinada. São encontrados no Brasil poucos projetos de espaços livres
públicos que não fazem uso de vegetação (ROBBA e MACEDO. 2002).
Praticamente estes espaços, as praças, permaneceram inalterados até os anos de 1940, quando
surgiram alguns arquitetos paisagistas modernos que passam a conceber novas idéias
referentes aos espaços públicos das cidades brasileiras. O lazer ativo (práticas de exercícios) e
passivo (contemplação) passaram a fazer parte dos projetos, destacando-se os parques infantis
e as quadras de esporte. A praça moderna foi ratificada socialmente como elemento
necessário à vida da cidade” (ROBBA e MACEDO, 2002, p. 37).
A Praça Contemporânea, com reflexos da diversidade cultural da sociedade atual, assumiu
elementos, cores, materiais, desenhos e formas variadas. Hoje em dia, a praça, no Brasil, se
alterou em suas características, mantém a função de encontro e reunião de pessoas, mas passa
a contemplar também as atividades lúdicas, como um produto saudável do lazer. Destaca-se
também a atividade comercial, como uma tentativa de atrair para as praças um público maior.
A utilização destes espaços é bastante intensa nas cidades do interior, mas também o é nos
grandes centros onde há carência de espaços públicos.
A população urbana constantemente exige do Poder Público a revitalização das praças, o que
geralmente é feito em épocas de eleição, voltadas às intenções eleitoreiras, pois este tipo de
benfeitoria rende votos aos candidatos, principalmente no caso de reeleição (DE ANGELIS,
2000; ROBBA e MACEDO, 2002).
É muito bom quando ocorre a revitalização, mas na maioria das vezes as praças ficam
relegadas ao esquecimento, tornando-se lugares ocupados por pessoas que não querem
apreciar, descansar ou fazer alguma atividade física e sim fazer outras coisas não
convencionais, tais como assaltar, depredar equipamentos e amedrontar as pessoas. Sobre este
25
assunto, reforça Guimarães (2008), a depredação é o maior problema que atinge as praças. A
população não leva em conta o fato de o espaço ser público, ser de todos.
O que seria um lugar de lazer, descanso e quebra de tensão passa a ser território preferido da
população marginalizada, dos moradores de rua, do menor abandonado, do drogado. Desse
modo, segundo Pessoa (2004) e Mendonça (2007), o medo e a insegurança se constituem no
binômio que atualmente afasta as pessoas das praças.
Outros motivos também levam as pessoas a não ocuparem estes espaços públicos. As praças
atualmente não têm mais uma fuão específica, cada vez mais sem uso e com poucas
pessoas, muitos dizem que está relegada ao esquecimento, tornou-se local de passagem, onde
o espírito de coletividade sumiu.
O uso da praça, nos dias atuais, se faz de forma individualista: o é mais o se ver no sentido
coletivo que existia antigamente, quando as pessoas se viam como um grupo. Passou este
espaço público a ser um local próprio para o convívio de indivíduos numa forma
independente e não interativa (COUTO, 2008).
As novas tecnologias, como a televisão e o computador, são fatores que contribuem com a
reclusão das pessoas em suas residências, propiciando a evao das praças. Soma-se aos
fatores responsáveis pela evasão das praças os espaços que disponibilizam diversidades de
atividades de lazer, como são os “shoppings centers” que reúnem em um lugar cinema,
lojas, praça de alimentação, salas de jogos e ainda mais amplo local de estacionamento.
“Concorre para o esvaziamento das praças o surgimento de múltiplos rivais anômalos a ela,
tornando-se eles um novo local de encontro e reunião”, conforme explica De Angelis (2000,
p. 46). Reforça Caldera (2008, p.19), que esse fato ocasionou a fragmentação dos espaços de
convivência, o que fez com que outros locais passassem a competir com o espaço das praças.
O que os nossos pais faziam na praça da cidade os jovens fazem hoje nas praças de
alimentação dos shoppings.
Sempre haverá praça na cidade e tomara que com o passar dos tempos as mesmas sejam
revitalizadas e repletas de pessoas, pois elas são fortes e permanecem séculos como
senhora dos espaços públicos, desafiando e superando o abandono e as transformações ao
longo do tempo.
Uma das maneiras de se perpetuar uma praça é o de se manter sempre vivos os objetivos
maiores que o os de propiciar aos seus usuários à qualidade de vida e a justiça social, no
tocante a inclusão social e acessibilidade.
26
4.5 OS ELEMENTOS QUE COMPÕEM AS PRAÇAS
Para se projetar uma praça, alguns itens devem ser observados com muito cuidado, para que
esta realmente seja utilizada por um número cada vez maior de pessoas. Sendo a praça um
local de reunião, circulação, descanso, prática de esportes, comércio, enfim, usada das mais
variadas formas, deve ser construída de modo a satisfazer o maior número de cidadãos e
atender a todas as faixas etárias (DE ANGELIS, 2000).
Diferentemente dos tempos coloniais, quando as praças surgiam sem projeto e para atender
interesses das elites ou religiosos, atualmente, a produção do espaço urbano é articulada pelo
poder público. O mesmo acontece com a praça, que é um fragmento dentro da cidade,
destinada aos cidadãos, nem sempre estruturada no conjunto das vias, dos passeios e das
edificações (DE ANGELIS, 2000).
O desenho da praça deve harmonizar-se com o desenho da cidade. Para que o ambiente
construído tenha coerência com o conjunto e não caia no desuso, os projetistas devem se
atentar aos pressupostos sociais (DE ANGELIS, 2000).
Esta produção deve ser sócio-espacial, sempre respondendo às questões como: está
contribuindo para a qualidade de vida da populão? Está contribuindo com a justiça social?
Segundo Souza (2004, p. 67) “importa, de qualquer maneira, reafirmar que, se tanto a justiça
social quanto a melhoria da qualidade de vida são objetivos imprescindíveis, nenhuma das
duas é, propriamente, mais importante que a outra”. Uma vez estabelecidas estas premissas,
parte-se para o desenho da praça em si, que deverá contemplar as outras questões como a
tipologia, a inserção na malha urbana, o mobiliário e a vegetação.
De Angelis e De Angelis Neto (2000) explicam que para um diagnóstico preciso sobre um
espaço público, há necessidade de se ter o conhecimento das questões sociais decorrentes
nestes logradouros, inclusive no que se refere à cidade como um todo”
Para um estudo sobre a tipologia da praça alguns aspectos devem ser observados tais como:
identidade, estrutura, significação e a imaginabilidade.
Para a inserção na malha urbana, os aspectos que devem ser observados são aqueles
associados à estrutura das vias blicas, pois as mesmas determinam os fluxos dos
automóveis e o posicionamento adequado dos logradouros públicos. A forma da praça
também depende da disposição das vias públicas. Sitte (1992) e Krier (1982) afirmam que
três tipologias na produção dos espaços urbanos determinadas pela configuração geométrica
27
em planta: quadrada, circular e triangular.
Para o mobiliário urbano normas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT),
que devem ser obedecidas, no caso a NBR 9283/86, que define o mobiliário urbano como:
“Todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de
natureza utilitária ou não, implantada mediante autorização do poder público, em espaços
públicos ou privados”.
Para a definição da vegetação a ser integrada ao espaço público, deve-se considerar a
melhoria da qualidade ambiental local, no tocante aos benefícios na saúde física e mental dos
seus usuários, referentes à redução dos efeitos nocivos dos ruídos, insolação, elementos
particulados em suspensão na atmosfera, gases poluentes, entre outros. Praça deve ser
projetada para promover a sobrevivência das plantas dentro dela, com um programa de
manutenção apropriada a essa função, contexto e recursos dispoveis (SPIRN, 1995).
Deve-se analisar, em termos de qualidade e quantidade, a vegetação, para que haja harmonia
estética e paisagística com a estrutura da praça em si, de forma que o mobiliário e os
equipamentos a serem dispostos na praça se tornem convidativos e agradáveis.
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O município de Rolândia encontra-se localizado no Terceiro Planalto Paranaense entre as
coordenadas de latitude sul 23º16’30’’ e longitude: 51º19’45’’ WG. A elevação máxima é de
730m tomando-se por base a altitude da Estação Ferroviária de Rolândia. Tem área total de
460 (quilômetros quadrados). O município situa-se no eixo econômico Londrina-Maringá.
Além disso, a sede do município é entroncamento rodoviário da BR 369 com a PR 170/171,
com conexão direta para São Paulo, Mato Grosso e Brasília. (PREFEITURA MUNICIPAL
DE ROLÂNDIA, 2008).
O Relevo possui uma topografia levemente inclinada e ondulada, não apresentando nenhuma
elevação mais acentuada, o que favorece a mecanização das áreas agrícolas. O solo do
Município de Rolândia é de textura argilo-siltosa, sendo popularmente conhecido por”Terra
Roxa”. Sua coloração é marrom avermelhada. O perfil deste solo o apresenta variações de
cores nas diversas profundidades. São solos em geral mais profundos, podendo chegar a 20
metros de profundidade. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ROLÂNDIA, 2008).
O clima é temperado, apresentando temperaturas elevadas no verão e frescas no inverno. A
temperatura máxima é de 36º C e a nima a de 5º C. (PREFEITURA MUNICIPAL DE
ROLÂNDIA, 2008).
A cidade possui diversas praças em toda a sua extensão, entretanto, o presente trabalho terá
por objeto o estudo das treze praças centrais remanescentes da planta original da cidade de
Rolândia-PR.
5.1.1 Fundação da Gleba Roland
Em 1926, a Paraná Plantations Company, uma empresa inglesa com sede em Londres,
dirigida por Lord Lovat e pelo General Asquith, adquiriu 515 mil alqueires no Estado do
Paraná, com a intenção de explorar a cultura de algodão. Não se tornando viável para a
empresa a exploração direta destas terras, esta resolveu comercializá-las, utilizando-se para
isto de suas subsidiárias brasileiras, a Companhia de Terras Norte do Paraná e a Companhia
Ferroviária São Paulo - Paraná, que em conjunto executaram o mais audacioso plano de
colonização da região norte do Paraná. (COLONIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO
29
NORTE DO PARANÁ, 1975).
Segundo Duarte et al (2004) e Villavueva (1974), a Paraná Plantations Company, a partir de
sua constituão, fazia propaganda de suas terras em vários países da Europa. Sendo
informada da existência destas terras brasileiras, a Companhia de Estudos Além Mar, através
de seu administrador e ministro de estado Erich Koch Weser, convidou o experiente Oswald
Nixdorf para o estudo e viabilização da implantação de uma colônia ale na área da
Companhia de Terras Norte do Paraná. Nixdorf, graduado na Escola de Agricultura em
Witzenhauzen e com a experiência de trabalho de 10 anos nos empreendimentos ingleses na
Ilha de Sumatra, no Pacífico, aceitou a missão. Em 1932, Nixdorf se transferiu para Londrina,
que era a primeira cidade planejada e implantada pela Companhia de Terras Norte do Paraná
para o desenvolvimento da região, tendo como objetivo conhecer a região e encontrar um
local adequado à implantação de uma colônia alemã.
Após três meses de estudo das condições climáticas, do solo e do mercado, encontrou o local
onde deveria ser implantada a colônia, propício ao recebimento da imigração alemã, seus
conterrâneos que estavam à procura de um lugar que lhes propiciasse um futuro melhor, uma
vez que as condições sócio-econômicas na Alemanha, no s primeira guerra mundial, eram
críticas e ainda se contava com a insegurança advinda pela ascensão ao poder de Adolf Hitler
e do Nazismo.
Após a determinação do local onde seria fundada a colônia na forma inicial de uma gleba, foi
necessária a escolha de um nome que fosse significativo e coerente com o espírito dos
colonizadores. Muitas sugestões foram dadas, uma delas foi Rohes Land, que em alemão quer
dizer “terra crua” e que soa quase como Roland. Foi quando Nixdorf e seus amigos Weser e
Schauff tiveram a idéia do nome de Roland. (PRÜSER, 1957). Sendo os três, nascidos na
região de Bremen, na Alemanha, cidade onde se ergueu a mundialmente conhecida estátua do
herói europeu Roland, símbolo da liberdade, acharam conveniente se associar o nome deste
herói a gleba onde se localizaria a colônia, onde iria viver um povo à procura de liberdade.
Nixdorf consultou a Companhia de Estudos Além Mar, na Alemanha, que aceitou a proposta
e oficializou o nome de Gleba Roland à nova colônia. (VILLAVUEVA, 1974).
Os emigrantes que chegavam tinham um desejo muito forte de liberdade, uma vez que o país
de origem atravessava profundas transformões com o Nacional Socialismo (Nazismo),
onde, por ordem de Hitler, havia perseguições, especialmente contra a população de origem
judaica e também aos que não haviam se filiado ao partido nazista. É neste contexto que se
efetivou a imigração judiaco-alemã para Rolândia. (BORDINAL et al, 2004)
30
Muitos alemães de origem judaica e não-judaica e refugiados políticos começaram a
emigrar em virtude das crises econômica e política que assolavam a Alemanha. A
partir de 1933 com a ascensão de Hitler ao poder, o estado alemão começou a
tentativa de eliminar do seu meio, tudo aquilo que pudesse ser considerado impuro,
feio e inacabado, ou seja, tudo que fosse contra o modelo de homem perfeito,
refinado depois pelas Leis de Nuremberg e pela deliberação da Conferência de
Wansee. O estado alemão começou a se utilizar meios de telecomunicação como
jornais, rádios e cinema para fazer propagandas anti-semitas e desta maneira a
imagem do judeu foi desumanizada, tratando-os como se estes fossem vermes,
piolhos e vampiros, ou seja, elementos absolutamente perniciosos. (DUARTE, 2004,
p. 16).
É neste contexto que se efetivou a imigração judaico-alemã para a Gleba Roland. Os
primeiros a comprarem terras na região chegaram no período de 1932 a 1933, porém este
processo se estenderia por toda a década (DUARTE et al, 2004).
Nixdorf foi uma pessoa de extrema importância para a colonização não da Gleba Roland,
mas de toda a região. Os historiadores relatam que quando o vice-presidente da Paraná
Plantations Company, o General Asquith, veio ao Brasil, Nixdorf sugeriu ao mesmo que ao
invés de formar fazendas na região, os lotes de terra deveriam ser menores (sítios e chácaras),
pois desta maneira a produção a ser escoada pela ferrovia seria maior, ao mesmo tempo em
que maior seria a população a ocupar a região. (VILLAVUEVA, 1974).
A imigração alemã para a Gleba Roland no começo se apresentou acanhada, pois o governo
alemão não estava permitindo a saída de divisas, portanto impossibilitando a chegada dos
imigrantes à sua terra prometida. Por outro lado a Companhia Ferroviária São PauloParaná
também se apresentava carente de componentes ferroviários importados, estando a ferrovia
propriamente parada em Jataí (hoje cidade de Jataizinho). (VILLAVUEVA, 1974).
Sendo a Alemanha grande produtora de material ferroviário e nesta época de crise estando
com 6.000.000 desempregados, Nixdorf vislumbrou a possibilidade de um acordo com o
governo alemão para que se permitisse a troca de divisa do imigrante com material
ferroviário, a ser enviado à Companhia de Terras Norte do Paraná. Com a proibição dos
judeu-alemães de enviarem dinheiro para fora da Alemanha, estes adquiriram terras através de
uma triangulação da importação de ferro para a ferrovia inglesa no sul do Brasil. Recebiam,
portanto um ‘valeterras da Companhia do Norte do Paraná, abrindo caminho para seu
estabelecimento no Brasil. (CESAR et al, 2004).
O Dr. Erich Koch Weser, ex-Ministro do Reich, na época residindo na Gleba Roland, recebeu
a incumbência de ir à Alemanha e organizar o acordo, ficando o Dr. Johannes Schauff
encarregado de executá-lo. Fruto da imaginação fértil de Nixdorf, esse acordo, estimado na
31
época em dois milhões de marcos, foi benéfico a todos. Com a chegada de trilhos, vagões,
locomotiva e outros materiais, a ferrovia pode se estender muito além de Jataí
(VILLAVUEVA, 1974).
Oficialmente, Oswald Nixdorf é considerado não só o fundador da Gleba Roland como
também é considerado o fundador do que mais tarde veio a se constituir na Cidade de
Rolândia. Isto fica claro pelo que consta nos registros da Companhia de Terras Norte do
Paraná, da Paraná Plantations Company e também em documentos da Companhia de Além
Mar na Alemanha. (VILLAVUEVA, 1974).
5.1.2 Desenho Urbano do Patrimônio da Gleba Roland
Havia somente um acampamento improvisado para receber os primeiros moradores que
tinham adquirido terras. Já se fazia necessário demarcar um local para se implantar um
patrimônio para a Gleba Roland, pois o local da futura Estação Ferroviária estava definido
e as primeiras árvores começavam a ser derrubadas em nome do progresso, sendo este
privilégio dado a Karlos Strass, um funcionário da Companhia.
Desta maneira, a Companhia de Terras Norte do Paraná providenciou a locão e delimitação
do que seria o Patrimônio da Gleba Roland, entregando o serviço topográfico e confecção de
uma planta urbana ao engenheiro Karlos Rothmann, que estudou no local a melhor forma de
se aproveitar o terreno para uma planta de um patrimônio de porte médio (cidade de médio
porte). Na elaboração deste trabalho o engenheiro Karlos Rothmann contou com a preciosa
colaboração do Weser e Nixdorf. (VILLAVUEVA, 1974).
As cidades colonizadas pela Companhia de Terras Norte do Paraná, quando contempladas
pela ferrovia, foram planejadas a partir do ponto de instalão da estação ferroviária, isto é, a
partir deste ponto se desenhava a futura cidade; o mesmo aconteceu com Patrimônio da Gleba
Roland, sendo o sexto povoamento a ser colonizado, que posteriormente se transformou na
Cidade de Rolândia. (PIRES et al, 2006).
Segundo o relato de Villavueva (1974) e de Rego e Meneguetti (2006) e em conformidade
com a Figura 8, a porção abaixo da linha rrea, isto é, abaixo da avenida paralela à linha
férrea (atual Avenida Getúlio Vargas) e no sentido sudeste da mesma, constitui-se na maior
parte do patrimônio projetado, inclusive inclui o centro da futura cidade. Pelo traçado inicial e
conforme executado, a maior parte deste patrimônio encontra-se delimitado pela avenida
paralela a linha rrea e pela perimetral que se inicia e termina na própria avenida paralela, em
32
ângulo de 45
0
, tendo parte de seu traçado no formato de uma parábola.
O traçado urbano ainda contempla três avenidas radiais que partem da praça central, situada
em frente à estação ferroviária, e rumam no sentido do trecho parabólico da avenida
perimetral, isto é, no sentido sul, leste e sudeste. O centro da cidade fica delimitado pelas
avenidas radiais 1 (sentido sul) e 2 (sentido leste) e pela avenida que intercepta os dois ramos
do trecho parabólico da avenida perimetral.
Figura 08 - Mapa da Cidade de Rolândia, na época de sua Constituição
(F = Estação Ferroviária; C = Cemitério; P = Campo de Esportes).
Organizado por: Janesch (2009)
O desenho urbano de Rolândia (Figura 08) está praticamente inscrito na área
delimitada por uma parábola desenhada diante da linha férrea. Três vias radiais
caracterizam o desenho da cidade. Elas partem da estação ferroviária e vão atingir o
contorno parabólico da forma urbana, de modo que a via central, mais longa, ruma
em direção ao vértice da parábola. Diante da estação uma praça semicircular
flanqueada por outras quatro praças maiores, cujos formatos derivam das quadras
originais seccionadas pelas três avenidas radiais. Estas três vias radiais - motivo
formal recorrente nos traçados da Companhia - rumam respectivamente a leste
(conduzindo ao cemitério), a sudeste (passando pelo centro da cidade e chegando ao
rtice da parábola) e a sul (conduzindo ao campo de esportes). (REGO E
MENEGUETTI, 2006)
Além do contorno da área urbana projetada, situam-se chácaras, de áreas pequenas, que mais
tarde vieram a se transformar em parte no cinturão verde da cidade.
No plano final da área urbana denominada de Patrimônio da Gleba Roland, ficou a parte de
cima da linha férrea com 9 quadras, constando de duas ruas externas no sentido sudoeste e de
33
10 no sentido noroeste. A parte de baixo da linha férrea, que era denominada por Patrimônio
Gleba Roland, ficou com 112 quadras, algumas grandes, outras pequenas, devido ao fato de
serem cortadas diagonalmente pelas avenidas radiais 1 e 2 que se iniciam na praça da estação
e terminam na perimetral e também pela existência da própria perimetral (VILLAVUEVA,
1974).
No Patrimônio Gleba Roland, como se pode notar, a malha urbana é ortogonal, orientando-se,
basicamente, a partir da ferrovia. As 122 quadras da cidade são retangulares (tendendo ao
quadrado), excetuando-se as delimitadas pelas avenidas radiais de extremidade e também pela
avenida perimetral. As ruas têm largura de 15 m e as avenidas de 20 m (REGO e
MENEGUETTI, 2006).
No dia 29 de junho de 1934, iniciou-se a construção da primeira casa no perímetro urbano, o
Hotel Rolândia, Figura 09. Na seqüência, outras construções surgiram e, desta maneira, um
próspero patrimônio emergiu no local da mata. Nascia assim, o que mais tarde se constituiu na
Cidade de Rolândia.
Figura 09 - Inauguração do Hotel Rolândia, em outubro de 1935
Fonte: Prefeitura Municipal de Rolândia (2008)
O crescimento do Patrimônio Gleba Roland foi rápido e vertiginoso. Em 14 de março de 1938
ele foi elevado à condição de Distrito de Londrina.
34
5.1.3 Praças previstas no desenho original do Patrimônio Gleba Roland
A Planta do Patrimônio Gleba Roland contemplava 17 praças, distribuídas ao longo da área
urbana, sendo algumas para abrigar a construção de templos religiosos, como é o caso da
Praça da Igreja Matriz, no centro da cidade. Na Figura 10, apresenta-se a distribuição das
praças, no desenho original do engenheiro Karlos Rothmann, relacionadas a determinados
pontos de importância da cidade.
As pras na planta original foram desenhadas com a forma triangular em função do formato
da malha urbana, sendo quase que o aproveitamento de espaços, muitas vezes pequenos, nos
cruzamentos de ruas em esquinas triangulares. Excetua-se a isto a Praça da Igreja Matriz e a
atual Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, que são praças com forma quadrada resultante de
reserva de quadra inteira. De fronte à linha férrea, foi reservado um espaço público onde
foram desenhadas cinco praças, sendo uma em semicírculo e as outras, que a circundavam
com o formato triangular.
35
Figura 10 - Praças do Patrimônio Gleba Roland
Organizado por: Janesch (2009)
Complexo
Esportivo
Cinco
Praças da
Estação
Praça da
Matriz
Cemitério
Atual Praça Cônego
Luiz Gonzaga Ribeiro
Atual
Praça
Martins
Liberatti
36
5.1.4 Emancipação e Crescimento Populacional
Em 1942, o Patrimônio Gleba Roland, inclusive com nome momentaneamente alterado por
questões de segurança nacional, solicitou sua emancipão. A confirmação desta solicitação
ocorreu em 30/12/43 e a posse do primeiro prefeito, Sr. Ary Correa Lima, em 28/01/1944.
(VILLAVUEVA, 1974).
Em 1942, a área urbana do Patrimônio Gleba Roland possuía 800 casas e 4.000 habitantes,
conforme Villanueva (1974, p. 141). Em 1950, a Cidade de Rolândia contava com 7.959
habitantes, de acordo com Muller (2001).
No ano de 1960, a populão era composta de 44.461 habitantes e em 1968, a população era
de 74.639, conforme dados da Companhia de Terras Norte do Paraná (COLONIZAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO NORTE DO PARANÁ, 1975, p. 257). Na Figura 11, em termos
ilustrativos, apresenta-se a localização geográfica do Município de Rolândia no Estado do
Paraná.
Figura 11 - Localização geográfica do Município de Rolândia no Estado do Paraná
Fonte: Prefeitura Municipal de Rolândia (2008).
De acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007), a população de
Rolândia é de 53.437. Houve uma queda populacional motivada por movimentos emigratórios
ou, pela saída temporária de pessoas à procura de melhores condições de trabalho, pois, por
causa da queda na produção agrícola, muitas famílias se deslocaram para o Estado do Mato
Grosso e Rondônia, bem como muitos habitantes foram para outros pses. Muitos
descendentes de alemães, italianos e japoneses, cujos ascendentes se instalaram na região,
37
fizeram o processo contrário ao de seus antepassados, em busca de melhores empregos e em
busca de uma vida melhor.
Atualmente, a cidade de Rolândia conta com 1.326 estabelecimentos distribuídos entre o
comércio, a indústria e a prestação de serviços, que geram 25.431 empregos formais, segundo
os dados da Prefeitura Municipal de Rolândia. Hoje, pode-se dizer que Rolândia é uma
cidade próspera, cuja riqueza ainda é proveniente da agricultura. No começo, os cafezais é
que geravam a riqueza, na atualidade, a diversificação da agricultura se faz presente com
destaque na soja, milho, trigo, cana de açúcar e laranja. Rolândia conta ainda com uma grande
empresa frigorífica, uma cooperativa agropecuária, um setor pecuarista e parque industrial
forte.
A cidade se expandiu bastante, com mais intensidade na zona oeste, devido à instalação do
parque industrial e de conjuntos habitacionais. Na Figura 12 apresenta-se uma vista aérea da
cidade de Rolândia, onde se observa a expansão urbana em relação ao inicialmente projetado
e desenhado pelo engenheiro Karlos Rothmann, da Companhia de Terras Norte do Paraná, no
ano de 1932.
Figura 12 - Demonstrativo de crescimento da cidade de Rolândia
(Amarelo: planta original; Verde: crescimento da cidade)
Fonte: Planta da cidade (REGO E MENEGUETTI (2006) e Vista aérea (GOOGLE EARTH, 2008)
Organizado por: Janesch (2009)
38
Para o desenvolvimento do trabalho e a obtenção dos resultados, adotou-se os seguintes
procedimentos: levantamento dos mapas iniciais e da planta original do Município de
Rolândia; visita de reconhecimento preliminar das praças que fazem parte do desenho inicial
da cidade; contatos com pioneiros da cidade; coleta de material bibliográfico; e levantamentos
de dados em campo.
O método em si utilizado foi o desenvolvido por De Angelis (2000), que permite levantar,
cadastrar, diagnosticar e avaliar as praças públicas, a partir de dois enfoques: a praça enquanto
estrutura física e a praça vista pela população.
Após várias pesquisas sobre alguns métodos desenvolvidos por estudiosos no assunto, optou-
se por este todo por entender-se que contempla dois processos importantes para o
desenvolvimento deste estudo, pelo fato de avaliar as praças com suas estruturas físicas, bem
como, possibilita saber da população como o Poder Público disponibiliza estes espaços para
os seus usuários.
Desta maneira, para se atingir os objetivos propostos, fez-se necessário a obtenção de dados
em campo, o que foi feito através de levantamentos quali-quantitativos da estrutura, do
mobiliário, dos equipamentos e da vegetação existentes nas praças de interesse, além de
enquete de opinião aplicada à população usuária da região central da Cidade de Rolândia. No
levantamento de dados e de opinião em campo foram utilizados formulários apropriados,
sendo aqueles propostos por De Angelis (2000).
Os levantamentos quali-quantitativos foram realizados pela autora do trabalho em julho de
2008 e a enquete de opinião foi realizada no período de julho de 2008 a janeiro de 2009.
5.2 A CONSTITUIÇÃO DAS PRAS CENTRAIS DA CIDADE DE ROLÂNDIA-PR
A Cidade de Rolândia contempla 13 das 17 praças inicialmente projetadas na área urbana do
Patrimônio Gleba Roland, sendo esta redução resultante da incorporação de duas praças ao
Complexo Esportivo e também da remodelação das antigas praças localizadas no espaço
público de 25.000m
2
situado em frente à Estação Ferroviária. Estas treze praças,
remanescentes e tidas como praças centrais da Cidade de Rolândia, foram inseridas na planta
original, de tal forma que os habitantes da época pudessem facilmente usufruir destes espos,
39
estando os mesmos próximos das residências.
Na Figura 13, tomando como base a planta original da cidade, apresenta-se a localização das
13 praças centrais da Cidade de Rolândia, remanescentes, sendo as mesmas a seguir
relacionadas, com a sua respectiva área de ocupação.
Na figura 13, apresenta-se a localização das praças centrais da cidade de Rolândia, em
conformidade com a planta original elaborada pelo engenheiro Karlos Rothmann da
Companhia de Terras do Norte do Paraná.
1 – Praça da Igreja Matriz, com a área de 10.000m
2
;
2 - Praça Castelo Branco, com a área de 10.879m
2
;
3 - Praça Presidente Tancredo Neves com a área de 10.879m
2
;
4 – Praça Roland, com a área de 2.994m
2
;
5 – Praça Toshike Umebara, com a área de 1.122m
2
;
6 – Praça Zumbi dos Palmares, com a área de 1.147m
2
;
7 – Praça Pioneiro Otto Kreling, com a área de 6.210m
2
;
8 – Praça Paul Harris, com a área de 1.918m
2
;
9 – Praça Interventor Horácio Cabral, com a área de 1.590m
2
;
10 – Praça Tio João, com a área de 243m
2
;
11 – Praça Adulcino Jo Jordão, com a área de 1.358m
2
;
12 – Praça Martins Liberatti, com a área de 188m
2
;
13 – Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, com a área de 10.000m
2
.
40
Figura 13 - Distribuição das Praças Centrais da Cidade de Rolândia
Organizado por: Janesch (2009)
41
Apresenta-se também, na seqüência, para cada uma das praças, o resultado do levantamento
físico das estruturas, dos mobiliários e dos equipamentos existentes.
No levantamento de campo adotou-se, para fins de identificação, a nomenclatura proposta por
De Angelis (2000).
Banca de revista: Br; Bancos: Bn; Bebedouros: Bd; Caminhos calçados: Cc; Coreto: Ct;
Edificação institucional: Ei; Espelho d’água/chafariz: Ec; Estacionamento: Et; Estrutura para
terceira idade: Ed; Equipamentos para prática de exercícios físicos: Ef; Igreja: Ig;
Identificação do logradouro: Id; Iluminação alta: Ia; Iluminação baixa: Ib; Lixeira: Lx;
Monumento, busto, estátua: Mt; Palco: Pl; Parque infantil: Pq; Piscina: Pc; Ponto de ônibus:
Po; Ponto de xi: Pt; Quadra esportiva: Qd; Quiosque de alimentação: Qp; Sanitário: St;
Telefone público: Tl.
5.2.1.1 Praça da Igreja Matriz
Esta praça se localiza a sudeste da cidade, ocupando uma das três quadras inicialmente
reservada para fins institucionais, estando, portanto, em quadras contíguas a do Paço
Municipal e a de um colégio público. A Praça da Igreja Matriz ocupa a quadra central, que se
encontra no ponto mais alto do espigão, tendo em um dos lados o Paço Municipal e no outro
uma instituição de ensino. A primeira Igreja constrda no local, em 1937, foi com estrutura
de madeira (Figura 14), sendo a mesma substituída na década de 1940 por outra em alvenaria
(Figura 15). Este templo religioso, denominado de Igreja Matriz de São José, ocupa uma parte
significativa dos 10.000m
2
de área da praça e se constitui num verdadeiro referencial
paisagístico e artístico para cidade. Apresenta-se na Figura 16 uma vista aérea desta praça.
Além da Igreja Matriz, a praça comporta um coreto, uma fonte luminosa, um quiosque de
lanches, dois pontos de ônibus cobertos, dois estacionamentos, um interno e outro externo, e
áreas de descanso com jardim. A iluminação da praça é feita por super-postes encimados por
trevo, colunas de dois e três globos e refletores (baixos). Os pisos e as calçadas são em
mosaico português, nas cores pretas e brancas. Os bancos são de alvenaria e a vegetação é
bem diversificada. Dotada de infra-estrutura com quatro bueiros nas esquinas, para
escoamento das águas, calçadas com meio-fio, rampas de acesso para pessoas com
necessidades especiais, inclusive é a única praça com local reservado no estacionamento para
veículos utilizados pelos portadores de deficiência. Os equipamentos e/ou estruturas
42
existentes são Bn, Cc, Ct, Ec, Et, Ig, Id, Ia, Ib, Lx, Mt, Po, Qp.
Figura 14 - Primeira Igreja Matriz da Cidade de Rondia, em 1938
Fonte: Villanueva (1974)
.
Figura 15 - Atual Igreja Matriz de São José da Cidade de Rolândia, no ano de 2007
Fonte: Prefeitura Municipal de Rolândia (2008)
43
Figura 16 - Vista área Atual da Praça da Igreja Matriz de Rolândia
Fonte: Google Earth (2008)
5.2.1.2 Praça Castelo Branco
O espaço público reservado em frente a Estação Ferroviária, em conformidade com o desenho
do engenheiro Karlos Rothmann, com área de aproximadamente 25.000m
2
, contemplava
inicialmente cinco praças, sendo uma na forma de semicírculo e as outras quatro no formato
triangular. Na década de 1950 o espaço como um todo foi reestruturado, sendo as áreas das
respectivas praças reagrupadas e redistribuídas em uma praça central (Praça Bento Munhoz da
Rocha Neto), uma estação rodoviária e em uma área verde. Na Figura 17, apresentam-se
detalhes da Praça Bento Munhoz da Rocha Neto, com seu estilo bem acentuado e
característico da década de 1950, possuindo inclusive um coreto central, sendo, portanto, a
praça das apresentações teatrais, dos shows, da casa do Papai Noel, da feira da lua.
Em 1968, novamente este espaço foi reestruturado abrigando então três praças: Praça Castelo
Branco, Praça Roland e Praça Presidente Tancredo Neves (Estação Rodoviária). A Lei
Municipal n. 404 de 1969, que trata da reestruturação deste espaço público, não faz a
distinção das três praças, o que tem levado a população a tratar todo o espaço como uma única
praça: Praça Castelo Branco. Todavia, na Lei Municipal n. 1660 de 1985 (CÂMARA
MUNICIPAL DE ROLÂNDIA), faz a distinção dos três espaços, denominando-os
44
respectivamente de Praça Castelo Branco, Praça Presidente Tancredo Neves e Praça Roland,
já representadas anteriormente na Figura 13 pelos números 2, 3 e 4, respectivamente.
Figura 17 - Praça Bento Munhoz da Rocha Neto, Década de 1960
Fonte: Villavueva (1974)
A Praça Castelo Branco, com área de 10.879m
2
, surgiu propriamente da reestruturação em
1968 do espaço público existente em frente à Estação Ferroviária, sendo ela em si remodelada
novamente em 2008, sem alteração da área ocupada. Na Figura 18, através de uma vista aérea,
apresentam-se detalhes desta praça, existentes antes das interveões de 2008. Com relação à
infra-estrutura, foi feito o serviço de drenagem, colocados três bueiros novos e meio-fio. Foi
implantado um chafariz, os caminhos foram alargados, os pisos foram trocados e um novo
palco foi instalado. Toda a iluminação foi trocada, bancos foram reformados e novas lixeiras
foram instaladas. A Praça Castelo Branco atualmente teve sua área de calçadas aumentada em
detrimento à área verde. A inserção desta praça de formato quadrado irregular, na malha
urbana, se pela conformação de quatro vias. Ela tem se destinado a funções múltiplas,
contemplando principalmente o descanso, a contemplação, o lazer, a recreação e a circulação.
45
Figura 18 - Vista Aérea da Praça Castelo Branco, Anterior à Intervenção de 2008
Fonte: Google Earth (2008)
O nome desta praça foi dado em homenagem ao Marechal Humberto de Alencar Castelo
Branco, presidente do Brasil, falecido no Ceará, em acidente aéreo, em 18 de julho de 1967.
Os equipamentos e/ou estruturas existentes são do tipo Bn, Cc, Ct, Ec, Et, Ed, Ig, Id, Ia, Ib,
Lx, PL.
Nas figuras 19 e 20 apresentam-se detalhes da Praça Castelo Branco, em termos comparativos
antes e após a intervenção de 2008.
Figura 19 - Detalhe da Praça Castelo Branco Comparativos de Anterior e Posterior a
Intervenção de 2008
46
Fonte: Janesch (2009).
Figura 20 - Comparação da Vegetação Antes e Após a Intervenção de 2008
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.3 Praça Presidente Tancredo Neves
A Praça Presidente Tancredo Neves possui uma área de 10.879 m
2
. Abriga a Estação
Rodoviária da cidade de Rolândia, construída em 1957, conforme as figuras 21 e 22. Seu
desenho tem a forma de um quadrado irregular e é conformada por quatro vias. A Praça
Presidente Tancredo possui infra-estrutura com meio-fio, três bueiros para escoamento das
águas, calçadas e rampas de acesso para portadores de necessidades especiais. Além da
Estação Rodoviária também possui um ponto de ônibus urbano, um quiosque de alimentação
e um posto policial, além de amplo espaço arborizado. Suas funções são de contemplação,
recreação, lazer, descanso e circulação.
O nome desta praça provém de homenagem ao Presidente Tancredo Neves, eleito presidente
do Brasil em 1985 e falecido em 21 de abril do mesmo ano, sem tomar posse do cargo. Os
equipamentos e/ou estruturas existentes são do tipo: Bn, Cc, Ei, Et, Id, Ia, Ib, Lx, Po, Pt, Qp.
47
Figura 21 - Vista Aérea da Praça Presidente Tancredo Neves
Fonte: Google Earth (2008)
Figura 22 - Praça Presidente Tancredo Neves
Fonte: Janesch (2007).
5.2.1.4 Praça Roland
A Praça Roland, apresentada na Figura 23, também instalada no espaço público reservado em
frente à Estação Ferroviária, constitui-se propriamente no local da estátua de Roland, que foi
um guerreiro e herói europeu da época medieval, muito reverenciado, principalmente na
Alemanha, demonstrado na Figura 23. Esta estátua é uma réplica da que se encontra na
Bremenmarkplatz na cidade de Bremem, sendo doada por comerciantes importadores de café
daquela cidade, motivado pelo fato dos fundadores da Cidade de Rolândia terem nascido em
48
Bremen. No início do ano de 2008, no cinqüentenário da estátua, a mesma foi restaurada por
descendentes do construtor aleo, sendo esta estátua presentada nas Figuras 24 e 25. A
Praça Roland, com seus 2.994m
2
, localizada na entrada principal da cidade, constitui-se no
marco zero da Cidade de Rolândia. A infra-estrutura da praça é composta por calçadas com
meio-fio, rampas de acesso para pessoas com necessidades especiais, dois bueiros para
escoamento das águas. Suas funções são de circulação e principalmente de contemplação,
pelo fato da existência da estátua símbolo da cidade, apesar da inexistência de bancos nesta
praça.
O nome desta praça provém de homenagem ao herói medieval Roland. Os equipamentos e/ou
estruturas existentes são do tipo Cc, Id, Ia, Ib, Mt.
Figura 23 - Vista rea da Praça Roland
Fonte: Google Earth (2008)
Figura 24 - Estátua de Roland Antes da Reforma
Fonte: Janesch (2007).
49
Figura 25 - Estátua de Roland Depois da Restauração
Fonte: Janesch (2008).
5.2.1.5 Praça Toshike Umebara
A Praça Toshike Umebara é uma praça com 1.122m
2
, de formato triangular, situada a
sudoeste na planta original, com área apresentada na Figura 26. É uma praça muito bem
arborizada, com caminhos em mosaico português, nas cores pretas e brancas, cujo detalhe se
apresenta na Figura 27. Possui dois bueiros, calçadas e meio-fio. Embora pertença à planta
original, somente recebeu esta denominação em 1969, através da Lei 441/1969, sancionada
pelo Interventor Federal Dr. Horácio Cabral. Suas funções são de circulação, de
contemplação, de lazer, de recreação e de descanso.
Seu nome tem origem na homenagem feita ao agricultor e pioneiro japonês Toshike Umebara,
falecido juntamente com sua esposa e três filhos em um acidente, ocorrido em julho de 1969,
quando voltava de um dia de trabalho. Os equipamentos e/ou estruturas existentes são Bn, Cc,
Et, Ia.
Figura 26 - Vista Aérea da Praça Toshike Umebara
Fonte: Google Earth (2008)
50
Figura 27 - Vista da Praça Toshike Umebara
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.6 Praça Zumbi dos Palmares
A Praça Zumbi dos Palmares, com 1.147m
2
de área, também é de formato triangular, de
acordo com a Figura 28, situa-se ao sudeste da cidade, conformada por três vias, vegetada e
com caminhos em ladrilho hidráulico. Possui dois bueiros, calçadas e meio-fio. Esta praça
contempla um monumento dedicado aos negros, constituído em um painel de azulejos
pintados à mão. O desenho do painel em si está, até certo ponto, comprometido pela
deterioração e pela pichação, de acordo com a visualização da Figura 29. Sua denominação
deu-se através da Lei 2910/2002, sancionada pelo prefeito Eurides Moura. Suas funções são
de lazer, de recreação, de descanso, de circulação e de contemplação.
O nome provém de homenagem a Zumbi dos Palmares, um negro que lutou pela libertação
dos escravos no Brasil. Os equipamentos e/ou estruturas existentes são Bn, Cc, Et, Ia, Ib, Mt.
Figura 28 - Vista Aérea da Praça Zumbi dos Palmares
Fonte: Google Earth (2008)
51
Figura 29 - Monumento em Homenagem aos Negros
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.7 Praça Pioneiro Otto Kreling
A Praça Pioneiro Otto Kreling, com 6.210m
2
de área, abriga em seu interior dois edifícios
institucionais: a Biblioteca Pública Municipal e o Centro Cultural “Nanuk”, que podem ser
observados pela Figura 30. É uma praça que possui calçada ecológica, o que dificulta o acesso
aos cadeirantes, meio-fio e dois bueiros para o escoamento das águas. Esta praça contempla
vegetação e bancos, seus caminhos são compostos de piso em concreto alisado e com
gramíneas intercaladas, como podem ser vistas na Figura 31. Em conformidade à planta
original da cidade, situa-se a sudeste e tem por forma a triangular, sendo conformada por três
vias. Foi nominada pela lei 3068/2004, sancionada pelo prefeito Eurides Moura. Suas funções
o de lazer, de recreação, de circulação, de descanso e de contemplação.
Figura 30 - Vista Aérea da Praça Pioneiro Otto Kreling
Fonte: Google Earth (2008)
52
Seu nome provém de homenagem ao comerciante e pioneiro Otto Kreling, que em 1942 se
instalou na cidade no ramo de gráfica, falecido em agosto de 2004. Os equipamentos e/ou
estruturas existentes são Bn, Cc, Ei, Et, Ia, Ib.
Figura 31 - Praça Pioneiro Otto Kreling
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.8 Praça Paul Harris
A Praça Paul Harris, com 1.918m
2
de área, passou por uma restauração em 2006, quando
foram trocados os pisos dos caminhos e os bancos. Ela também é uma praça de forma
triangular, conformada por três vias e vegetada, de acordo com a vista área na Figura 32.
Possui dois bueiros, calçadas e meio-fio. Sua denominação deu-se em 21 de fevereiro de
1980, pela Lei 1437/1980, sancionada pelo prefeito Pedro Scomparim. Suas funções são de
circulação, de contemplação e de recreação.
Seu nome provém de homenagem a um dos fundadores do Rotary Internacional, sendo um
pedido dos rotarianos da Cidade de Rondia. Os equipamentos e/ou estruturas existentes são
Bn, Cc, Ei, Et, Ia, Ib.
53
Figura 32 - Vista Aérea da Praça Paul Harris
Fonte: Google Earth (2008)
5.2.1.9 Praça Interventor Dr. Horácio Cabral
A Praça Interventor Dr. Horácio Cabral, com 1.590m
2
de área, é de formato triangular,
conformada por três vias, vegetada, com bancos e caminhos de pedra do tipo portuguesa,
vistas nas Figuras 33 e 34. Sua infra-estrutura é composta por calçadas com meio-fio e dois
bueiros para o escoamento das águas. Sua denominação deu-se através da Lei 1437/1980,
sancionada pelo prefeito Pedro Scomparim. Suas funções são de circulação, de descanso, de
contemplação e de recreação.
Seu nome provém de homenagem ao Interventor Dr. Horácio Cabral, pelas benfeitorias feitas
em sua gestão municipal como interventor do regime militar. Os equipamentos e/ou estruturas
existentes são Bn, Cc, Et, Ia, Ib.
54
Figura 33 - Vista rea da Praça Interventor Horácio Cabral
Fonte: Google Earth (2008)
Figura 34 - Praça Interventor Dr. Horácio Cabral
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.10 Praça Tio João
A Praça Tio João, com 243m
2
de área, situa-se a leste na planta original da cidade, tendo seu
formato triangular, conformada por três vias, vegetada, sem caminhos internos e sem bancos,
com meio-fio e não possui bueiro. Possui três pedestais destinados a homenagear todo ano os
três melhores alunos da escola Roland, possui também uma placa de identificão da praça
com a frase do senhor Hans Kirchheim (Tio João), fundador da Escola Roland. Nas Figuras
35, 36 e 37 apresentam-se detalhes da praça. Os equipamentos e/ou estruturas existentes são
Br, Et, Ia, Ib.
55
Figura 35 - Vista Aérea da Praça Tio João
Fonte: Google Earth (2008)
Figura 36 - Praça Tio João com o Pedestal que Homenageia os Alunos, os Três Primeiros
Colocados em cada Turma
Fonte: Janesch (2009).
Figura 37 - Praça Tio João com a Homenagem ao Fundador da Escola Roland
Fonte: Janesch (2009).
56
5.2.1.11 Praça Adulcino José Jordão
A Praça Adulcino José Jordão, com 1.358m
2
, tem o formato triangular, conformada por três
vias, possui meio-fio, um bueiro para escoamento das águas e calçadas externas pavimentadas
com pedras portuguesas. Dotada de vegetação, um quiosque de alimentação, bancos e os
caminhos são compostos de placas de concreto, intercaladas com gramínea, o que dificulta o
acesso aos cadeirantes, situa-se a leste da planta original da cidade, vista em detalhes nas
Figuras 38 e 39. Esta praça é conhecida também como a praça dos ipês, porque a maioria das
árvores é desta espécie. Foi considerado simplesmente um espaço público até 06 de novembro
de 1969, quando recebeu a denominação atual pela lei 442/1969, sancionada pelo interventor
Dr. Horácio Cabral. Suas funções são de recreação, de lazer, de descanso, de circulação e de
contemplação.
Não consta dados biográficos do homenageado no Projeto de Lei, somente o pedido de
aprovação na Câmara Municipal para a denominação do espaço. Os equipamentos e/ou
estruturas existentes são Bn, Cc, Et, Ia, Ib, Qp.
Figura 38 - Vista Aérea da Praça Adulcino José Jordão
Fonte: Google Earth (2008)
57
Figura 39 - Praça Adulcino José Jordão
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.12 Praça Martins Liberatti
A Praça Martins Liberatti é a única da cidade de Rolândia que possui somente uma árvore e
um banco em forma circular que serve de proteção a esta e também para acomodar as pessoas.
Sua infra-estrutura é dotada de calçada com meio-fio e não possui bueiro. É uma praça de
forma triangular, conformada por três vias, também é ponto de ônibus, embora não tenha
nenhum indicativo, trata-se de um ponto de ônibus intermunicipal, sendo o que antecede ao da
estação rodoviária. Pode ser visualizada em detalhes nas Figuras 40 e 41. Foi solicitado por
um vereador que se colocasse uma estrutura coberta para proteção dos usuários, mas até agora
não foi instalada. A Praça Martins Liberatti é a menor da cidade, com 188m
2
. Embora esta
seja a menor praça da cidade é bem freqüentada, pelo fato de se situar em frente a uma
lanchonete, que promove shows ao vivo e os usuários desta lanchonete estendem o espo
para a praça, ficando totalmente ocupada pelo público. Pode-se enquadrar esta praça como
sendo de circulação e de recreação. Sua denominação deu-se em 11 de setembro de 1996,
através da Lei 2554/1996, sancionada pelo prefeito Leonardo Casado.
Homenageia-se o Sr. Martins Liberatti, nascido na cidade de Jaú, Estado de São Paulo, em 17
de março de 1903. Pioneiro e agricultor, veio para Rolândia com a família em 1938, adquiriu
um sítio no Patrimônio Bartira e posteriormente trouxe seus irmãos. A família Liberatti, na
cidade de Rolândia, possui aproximadamente 400 integrantes. Martins Liberatti morou nas
imediações desta praça desde o ano de 1962 até o seu falecimento no dia 21 de julho de 1988.
Os equipamentos e/ou estruturas existentes são Bn, Cc, Et, Ia, Pó.
58
Figura 40 - Vista rea da Praça Martins Liberatti
Fonte: Google Earth (2008)
Figura 41 - Praça Martins Liberatti
Fonte: Janesch (2009).
5.2.1.13 Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro
A Pra Luiz Gonzaga Ribeiro situa-se na Vila Operária, no sentido nordeste da cidade, de
acordo com a planta original de Rolândia. Com área de 10.000m
2
, comporta a Igreja São
Paulo, que ocupa uma parte significativa da pra. Através das Figuras 42 e 43 o
apresentados detalhes desta praça. Sua infra-estrutura é de calçadas com meio-fio e quatro
bueiros, um em cada esquina. Comporta também um salão comunitário, uma quadra
esportiva, uma cancha de bocha, um parque infantil, dois estacionamentos, um interno e um
externo, área ajardinada e um ponto de ônibus coberto. É uma praça que se apresenta com
estrutura para o lazer e a recreação, sendo assiduamente freqüentada pelas crianças, jovens e
59
idosos. Passou por trabalhos de restauração recentemente, motivados pela constante
reivindicação da população das proximidades, ansiosa por equipamentos de lazer em
condições de uso.
Figura 42 - Vista área da Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro
Fonte: Google Earth (2008)
A iluminação da praça é feita por super-postes do tipo trevo, por postes do tipo coluna de dois
e três globos, refletores altos e baixos. Os pisos são de concreto desempenado e os bancos são
de alvenaria. Esta praça contempla uma vegetação densa. Os equipamentos e/ou estruturas
existentes são Bn, Cc, Ei, Et, Ed, Ig, Ia; Ib, Lx, Pq, Pó, Qd, St.
A inserção na trama urbana é conformada por quatro vias, observada pela vista aérea da
Figura 42. As funções desta praça são múltiplas, sendo pra de igreja, de descanso, de
contemplação, de lazer, de recreação e de circulação.
Seu nome provém de homenagem ao Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, em conformidade com a
lei 2423/1994. Esta praça continua sendo conhecida pela população como Praça da Igreja da
Vila Operária. O nego Luiz Gonzaga Ribeiro era pároco da Igreja quando faleceu no ano
de 1993.
60
Figura 43 - Igreja São Paulo Apóstolo na Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro
Fonte: Janesch (2007).
5.3 FORMULÁRIOS UTILIZADOS NO LEVANTAMENTO DE DADOS DE CAMPO
No levantamento de dados em campo, em conformidade com a proposta de De Angelis
(2000), foram utilizados formulários próprios para este fim, sendo:
- Para o levantamento de dados de forma quantitativa e qualitativa nas praças de
interesse, referentes à estrutura, mobiliário e equipamentos, foram utilizados
respectivamente o Formulário 1 e Formulário 2;
- Para o levantamento de dados na forma quantitativa da vegetação, utilizou-se o
Formulário 3;
- Para a enquete de opinião, utilizou-se o Formulário 4.
5.4 ESTUDO DO MOBILIÁRIO, ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
No estudo do mobiliário, dos equipamentos e estruturas foi necessário fazer o inventário dos
mesmos, levando-se em consideração o que de mais comum se encontra nas praças. Neste
caso foram dois os formulários utilizados: o Formulário 1 para o levantamento quantitativo e
o Formulário 2 para o levantamento qualitativo.
61
O Formulário 1 começa com as informações que identificam a praça: o número da praça; o
nome; a localização; o bairro e a zona a que pertence; a forma geométrica e a área da praça; a
data da avaliação e o nome de quem efetuou o levantamento.
No levantamento quantitativo foram inventariados os itens constantes no respectivo
formulário.
Formulário 1 - Levantamento quantitativo do mobiliário, equipamentos e estruturas
existentes nas praças.
________________________________
PRAÇA Nº:
NOME DA PRAÇA:
LOCALIZAÇÃO:
BAIRRO:
ZONA:
FORMA GEOMÉTRICA
( ) Quadrangular ( ) Circular ( ) Retangular ( ) Triangular ( ) Outras
ÁREA:
DATA DA AVALIAÇÃO: _____/______/______
LEVANTAMENTO ELABORADO POR:
EQUIPAMENTOS/ESTRUTURAS SIM O QUANTIDADE
1. Bancos - material
2. Iluminação: alta ( )
-
Baixa ( )
)
3. Lixeiras
4. Sanitários
5. Telefone blico
6. Bebedouros
7. Caminhos - material
8. Palco/coreto
9. Obra de arte - qual:
10. Espelho d’água/chafariz
11. Estacionamento
12. Ponto de ônibus
13. Ponto de táxi
14. Quadra esportiva
15. Para prática de exercícios físicos
16. Para terceira idade
17. Parque infantil
18. Banca de revista
19. Quiosque de alimentação e/ou similar
20. Identificação
21. Edificação institucional
22. Templo religioso
23. Outros
Fonte: De Angelis (2000)
O Formulário 2 é apropriado para o levantamento qualitativo, com o objetivo de se avaliar o
estado de conservação do mobiliário, das estruturas e dos equipamentos existentes. Todos os
mobiliários, os equipamentos e as estruturas existentes foram avaliados pelos conceitos de
péssimo, regular, bom e ótimo, correspondendo às notas que variam numa escala de 0,0 (zero)
62
a 4,0 (quatro), conforme explicitado a seguir:
péssimo 0,01,0;
regular 1,0 — 2,0;
bom 2,0 3,0;
ótimo 3,0 4,0.
Os critérios de avaliação, segundo De Angelis (2000) são:
- Bancos: estado de conservação; material empregado em sua confecção; conforto;
locação ao longo dos caminhos: se recuados ou não; distribuição espacial: se em
áreas sombreadas ou não; design; quantidade;
- Iluminação: alta ou baixa, em função da copa das árvores; tipo: poste, super-
poste, baliza, holofote; localização; conservação; atendimento ao objetivo
precípuo;
- Lixeiras: tipo; quantidade; condões de uso; conservação;
- Piso: material empregado; funcionalidade e segurança; conservação;
- Traçado dos caminhos: funcionalidade; largura; manutenção; desenho;
- Palco/coreto: funcionalidade; conservação; design; uso - freqüente, espodico,
sem uso; se compatível com o desenho da praça;
- Monumento/estátua/busto: significância da obra de arte; conservação; inserção
no conjunto da praça;
- Espelho de água/chafariz: em funcionamento; se inserido ou não no contexto da
praça; conservação;
- Estacionamento: conservação; sombreamento; segurança;
- Ponto de ônibus e de táxi: se na praça, próximo ou distante de presença ou não
de abrigo; conservação;
- Quadra esportiva: quantidade; conservação; material empregado; com
iluminação; cercada;
- Equipamento para prática de exercícios físicos: tipo e quantidade; material
empregado; conservação;
63
- Estrutura para terceira idade: estruturas existentes; conservação;
- Parque infantil: brinquedos que o compõem; material empregado e cor; se em
área reservada e protegida; conservação;
- Banca de revista: localização - periférica ou central, em evidência ou não;
material empregado em sua construção; design; estética - se compavel com a
praça;
- Quiosque para alimentação e/ou similar: tipo - trailer, carrinho, construção em
alvenaria, higiene; estética; localização;
- Segurança: em função da localização, freqüência de pessoas, policiamento e
conservação;
- Conservação: estado geral da praça - equipamentos, estruturas, varrição,
limpeza;
- Localização: se próximo ou distante de centros habitados; facilidade de acesso.
- Vegetação: estado geral; manutenção;
- Paisagismo: escolha e locação das diferentes espécies; criatividade; inserção do
“verde” no conjunto;
- Conforto ambiental: no presente item inseriu-se conjuntamente o conforto
acústico, o conforto térmico, o conforto visual e a condição de tranilidade. Os
quesitos analisados foram: presença de agentes causadores de poluição sonora;
localização; trânsito de veículos; relação entre área sombreada e não;
impermeabilização da área da pra e seu entorno; e caracterização visual da
praça e seu entorno.
Formulário 2 - Avaliação qualitativa dos equipamentos e estruturas existentes nas praças
ESTRUTURAS AVALIADAS
NOTA AUSÊNCIA
01. Bancos
02. Iluminação alta
03. Iluminação baixa
04. Lixeiras
05. Sanitários
06. Telefone público
07. Bebedouros
08. Piso
09. Traçado dos caminhos
64
10. Palco/coreto
11. Monumento
12. Espelho d’água/chafariz
13. Estacionamento
14. Ponto de ônibus
15. Ponto de táxi
16. Quadra esportiva
17. Equipamentos para exercícios físicos
18. Estrutura para terceira idade
19. Parque infantil
20. Banca de revista
21. Quiosque para alimentação e/ou similar
22. Vegetão
23. Paisagismo
24. Localização:
25. Conservação/limpeza
26. Segurança
27. Conforto ambiental
Fonte: De Angelis (2000).
5.5 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DA VEGETAÇÃO DAS PRAÇAS
Levantamento quantitativo da vegetação das praças feito mediante a contagem individual das
espécies arbóreas não frutíferas, arbóreas frutíferas e de palmáceas. Os diferentes grupos
vegetais foram classificados de acordo com o gênero e espécie a que pertence, assim como a
família botânica. Os dados coletados foram transferidos para o formulário 3.
Formulário 3 - Levantamento quantitativo da vegetação das praças: arbóreo não frutífero,
arbóreo frutífero e palmáceo
NOME
CIENTÍFICO
NOME VULGAR Nº DE
INDIVÍDUOS
FREQUENCIA
RELATIVA (%)
Fonte: Adaptado de De Angelis (2000),
5.6 ENQUETE DE OPINO
Ouvir a opinião da população local com relação às praças é de fundamental importância, visto
que nestes espaços ocorrem, de forma ordenada, determinadas atividades que visam o lazer da
população nas suas diversas manifestações. Têm-se ainda que a dinâmica do local é dada
pelas relações que se estabelecem entre os freqüentadores e o local/equipamento em si. A
enquete de opinião foi realizada através da aplicação do questionário integrante do Formulário
4.
65
Formulário 4 - Questionário da Enquete de Opinião
1. IDADE: ________________________ SEXO ( ) M ( ) F
2. ENDEREÇO RESIDENCIAL: _______________________________________________
3. NÍVEL DE INSTRUÇÃO: __________________________________________________
4. RENDA FAMILIAR EM SALÁRIOS MÍNIMOS:_______________________________
5. ATIVIDADE OCUPACIONAL
( ) TRABALHADOR (ATIVIDADE)
( ) ESTUDANTE ( ) DONA DE CASA
( ) APOSENTADO ( ) DESEMPREGADO
6. EM MÉDIA, QUANTAS HORAS VOCÊ TRABALHA POR SEMANA?
R:_________________________________________________________________________
7. EM MÉDIA, QUANTO TEMPO VOCÊ DEDICA AO LAZER?
R: ________________________________________________________________________
8. NOS SEUS DIAS DE FOLGA, NA MAIOR PARTE DAS VEZES, VOCÊ:
( ) FICA EM CASA ( ) SAI
9. QUANDO VOCÊ FICA EM CASA NOS DIAS DE FOLGA, O QUE MAIS FAZ (ATÉ 3
OPÇÕES)?
( ) VÊ TV ( ) OUVE MÚSICA ( ) LÊ ( ) DESCANSA APENAS
( ) AFAZERES DOMÉSTICOS
( ) ATIVIDADES LIGADAS AO TRABALHO OU ESTUDO ( ) OUTROS
lO. QUAIS LUGARES (ATÉ 3) VOCÊ COSTUMA FREQUENTAR NOS SEUS DIAS DE
FOLGA?
( ) CAMPO ( ) CINEMA
( ) CLUBE ( ) PARQUE
( ) PRAÇA ( ) SHOPPING
( ) PRAIA ( ) CASA DE PARENTES E/OU AMIGOS
( ) OUTROS
11. VOCÊ FREQUENTA ALGUMA PRAÇA?
( ) SIM - QUAL (OU QUAIS)?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
( ) NÃO - PORQUÊ?
66
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SE A RESPOSTA À PERGUNTA ACIMA FOR NEGATIVA, PASSE DIRETAMENTE
PARA A DE N.º 18.
12. QUA OU QUAIS DIAS DA SEMANA VOCÊ VAI À PRAÇA?
( ) DURANTE A SEMANA ( ) SÁBADO
( ) DOMINGO ( ) FERIADOS
13. EM QUE PERÍODO VOCÊ VAI COM MAIS FREQUÊNCIA À PRAÇA?
( ) MANHÃ ( ) TARDE ( ) NOITE
14. EM MÉDIA, QUAL É O SEU TEMPO DE PERMANÊNCIA NA PRAÇA?
R: ________________________________________________________________________
15. QUAL, OU QUAIS, OS MOTIVOS QUE O LEVAM A UMA PRAÇA?
( ) TOMAR SOL ( ) DESCANSAR
( ) CAMINHAR ( ) PRATICAR ESPORTES
( ) LER ( ) OUTROS
( ) LEVAR CRIANÇA/FILHO PARA BRINCAR
16. O QUE VOCÊ MAIS GOSTA E O QUE MENOS GOSTA NA(S) PRAÇA(S) QUE
VOCÊ FREQUENTA?
R: _________________________________________________________________________
17. O QUE VOCÊ ACHA NECESSÁRIO MELHORAR NAS PRAÇAS QUE
FREQUENTA?
R: _________________________________________________________________________
18. QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE AS PRAÇAS DE SUA CIDADE?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Fonte: De Angelis (2000)
Para se obter o tamanho da amostra a ser utilizada na enquete de opinião, levando-se em
consideração um nível de 5% de significância, empregou-se determinado método estatístico
de uso corrente, constante em Barbetta (1999). Considerando a população de Rolândia, que
atinge o montante de 53.437 indivíduos, o tipo de formulário da enquete e o nível de 5% de
67
significância, o tamanho da amostra resultante dos cálculos foi de 397 pessoas. Assim, foi
adotada neste trabalho uma amostra de 400 pessoas usuárias da região central da Cidade de
Rolândia.
O formulário para enquete, proposto por De Angelis (2000) e anteriormente apresentado
como Formulário 4, com 18 questões abertas e de múltipla escolha, constitui-se de 3 blocos.
As perguntas de número 1 e 2 compreendem o primeiro bloco, e diz respeito à identificação
do entrevistado, ressalta-se que a idade mínima do respondente era de 15 anos para mais; o
segundo bloco, composto pelas perguntas de 3 a 10, compreende a caracterização
socioeconômica; e as perguntas de 11 a 18, que formam o último bloco, procuram identificar
os hábitos da população rolandense, com relação às suas praças, e traçar um perfil de seus
usuários.
68
6 RESULTADOS
6.1 DIAGNÓSTICO DAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA
Como o objetivo deste trabalho é o estudo das praças centrais da cidade de Rolândia, o
enfoque é em quem faz uso delas. Para compor este estudo foi feito um levantamento quali-
quantitativo, utilizando o método desenvolvimento por De Angelis, no ano 2000 em sua Tese
de Doutorado, quando realizou um estudo sobre as 99 praças da cidade de Maringá-Pr,
intitulado: “A praça no contexto das cidades: o caso de Maringá-Pr”.
O presente trabalho foi estruturado, para fins de diagnóstico, em quatro itens:
1. levantamento quantitativo dos equipamentos, mobiliários e estruturas;
2. levantamento quantitativo da vegetação;
3. avaliação qualitativa dos equipamentos, mobiliários e estruturas; e,
4. enquete de opino.
As praças estudadas foram: Praça da Igreja Matriz; Praça Castelo Branco; Praça Presidente
Tancredo Neves; Praça Roland; Praça Toshike Umebara; Praça Zumbi dos Palmares; Praça
Pioneiro Otto Kreling; Praça Paul Harris; Praça Interventor Horácio Cabral; Praça Tio João;
Praça Adulcino Jo Jordão; Praça Martins Liberatti e Praça Cônego Luis Gonzaga Ribeiro.
6.1.1 Resultado do Levantamento Quantitativo dos equipamentos, mobiliários e
estruturas das praças centrais Rolândia-PR
O levantamento quantitativo foi realizado através do formulário dos equipamentos, mobiliário
e estruturas existentes nas praças centrais da cidade de Rolândia, desenvolvido por De
Angelis (2000), no qual constam 22 itens, que possibilita conhecer a situação de uma praça
(Formulário 1). Este levantamento foi realizado no mês de julho de 2008.
A seguir, apresentam-se dados provenientes do levantamento quantitativo dos equipamentos,
do mobiliário e/ou das estruturas existentes, a saber: Bancos; iluminação; lixeiras; sanitários;
telefone blico; bebedouros; caminhos; palco/coreto; monumento; espelho de água e/ou
69
chafariz; estacionamento; ponto de ônibus; ponto de táxis; quadra esportiva; equipamentos
para prática de exercícios físicos; estruturas para terceira idade; parque infantil; banca de
revistas; quiosque de alimentação e similar; identificação do logradouro; edifício institucional
e templo religioso.
Área ocupada pelas praças centrais de Rolândia.
As praças centrais de Rolândia ocupam, em sua totalidade, a área de aproximadamente
58.529,4 m
2
, assim distribuídos: Praça da Igreja Matriz: 10.000,0m
2
; Praça Castelo Branco:
10.879,0 m
2
; Praça Tancredo Neves: 10.879,0 m
2
; Praça Roland: 2.994,0 m
2
; Praça Toshi
Umebara: 1.122,3 m
2
; Praça Zumbi dos Palmares: 1.146,8 m
2
; Praça Pioneiro Otto Kreling:
6.210,7 m
2
; Praça Paul Harris: 1.918,1m
2
; Pra Interventor Horácio Cabral: 1.590,0 m
2
;
Praça Tio João: 243,2 m
2
; Praça Adulcino José Jordão: 1.358,1 m
2
; Praça Martins Liberatti:
188,2 m
2
; e por fim Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro: 10.000,0 m
2
.
Forma geométrica
As 13 praças centrais, quanto à forma e em termos de porcentagem, se distribuem em: duas
praças do tipo quadrangular irregular (Praças Castelo Branco e a Praça Presidente Tancredo
Neves), perfazendo, portanto, 15,4% das praças; duas do tipo quadrangular regular (Praças da
Igreja Matriz e a Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro), portanto, perfazendo também 15,4%
das praças; e por fim nove do tipo triangular (Praça Roland, Toshike Umebara, Zumbi dos
Palmares, Pioneiro Otto Kreling, Paul Harris, Interventor Horácio Cabral, Tio João; Adulcino
José Jordão e Martins Liberatti), perfazendo 69,2% do total das praças.
Identificação do logradouro
Somente possuem identificação junto das vias públicas que as circundam três das treze praças
(23,1%), que são as Praças Castelo Branco, conforme a Figura 44, da Igreja Matriz, e Cônego
Luiz Gonzaga Ribeiro.
70
Figura 44 - Identificação de Logradouro da Praça Castelo Branco
Fonte: Janesch (2009).
Bancos
Os bancos das praças da Zona Central de Rolândia são todos do mesmo modelo, sem encosto
e feitos de concreto, podendo ser para dois, três, quatro ou mais lugares, identificados através
das Figuras 46, 47 e 48. Somente duas pras da Zona Central não possuem bancos, que são a
Praça Roland e a Praça Tio João. Na Praça Martins Liberatti o banco é redondo, contornando
a única árvore existente nesta praça, demonstrado através da Figura 45. Este banco possui
dupla função, a de proteção à única árvore existente no local e a de descanso. Neste sentido,
onze das treze praças existentes, perfazendo um montante de 84,6% das praças, possuem
bancos, cujo levantamento físico tem apontado para o total geral de 109 bancos.
71
Figura 45 - Bancos da Praça Martins Liberatti
Fonte: Janesch (2009).
Figura 46 - Banco da Praça da Igreja Matriz
Fonte: Janesch (2009).
72
Figura 47 - Bancos da Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro
Fonte: Janesch (2009).
Figura 48 - Bancos da Praça Interventor Horácio Cabral
Fonte: Janesch (2009).
Lixeiras
Somente as praças da Igreja Matriz, Castelo Branco, Presidente Tancredo Neves e Cônego
Luiz Gonzaga Ribeiro contemplam a instalação de lixeiras, num montante de 24 unidades.
73
Portanto, na Cidade de Rolândia, com referência às praças centrais, somente 30,7% das praças
possuem lixeiras instaladas.
Pisos e caminhos
Somente a Praça Tio João não contempla caminhos internos, possuindo cobertura feita com
gramíneas. As demais praças, perfazendo o total de 92,3%, possuem caminhos revestidos. Os
revestimentos utilizados são de diversos tipos, destacando-se o mosaico português, concreto
desempenado, pedra portuguesa, lajota hidráulica e, por fim, calçadas ecológicas constituídas
de placas de concreto intercaladas com gramíneas.
Banca de Revista
Não banca de revista nas praças centrais de Rolândia, pelo motivo de haver lojas que
comercializam CD’s, DVD’S e também revistas e jornais na área comercial do centro da
cidade.
Bebedouros e telefones públicos
As pras públicas centrais da Cidade Rolândia não possuem a instalação de bebedouros e de
telefones públicos.
Parque infantil e quadra esportiva
Somente a Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro dispõe de parque infantil e quadra esportiva.
O parque infantil dispõe de balanços individuais e coletivos, escorregadores, gangorra e
girador, enquanto que a quadra esportiva dispõe de trave para jogos de futebol de campo e
salão, trave para jogos de basquete e redes para jogos de vôlei.
Equipamentos para prática de exercícios físicos
As praças públicas centrais da Cidade Rolândia não contemplam a instalação de
equipamentos destinados à prática de exercícios físicos.
74
Estruturas para a terceira idade
As estruturas para a terceira idade nas praças da Cidade de Rolândia se constituem em mesas
para jogos diversos e cancha de bocha. Somente duas das treze praças contemplam este tipo
de estrutura para a terceira idade, sendo que na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro encontra-
se uma cancha de bocha coberta e 4 mesas para jogos diversos (jogo de damas, xadrez e
cartas), e na Praça Castelo Branco 10 mesas para jogos diversos.
Iluminação
Nas praças centrais da cidade de Rolândia são encontrados vários tipos de iluminação: postes
altos com três ou quatro lâmpadas, luminárias baixas com pontos de iluminação, variando de
um a quatro pontos, refletores baixos ou altos.
Sanitário público
Somente a Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro dise de sanitário Público, sendo dois na
área de recreação e dois na área de circulação.
Obras-de-arte
Três das treze praças centrais, perfazendo um total de 23,1%, possuem monumento instalado,
sendo que na Praça da Igreja Matriz uma Imagem do Sagrado Coração de Jesus, na Praça
Roland uma estátua do lendário guerreiro medieval Roland, e na Praça Zumbi dos
Palmares há um painel de azulejos pintados exaltando a Raça Negra.
Palco/coreto
A Praça Castelo Branco e a Praça da Igreja Matriz são contempladas com coreto.
Espelho de água/chafariz
75
Chafariz com espelho de água encontra-se presente na Praça Castelo Branco e na Praça da
Igreja Matriz, demonstrados nas Figuras 49 e 50.
Figura 49 - Chafariz da Praça Castelo Branco
Fonte: Janesch (2009).
Figura 50 - Chafariz da Praça da Igreja Matriz
Fonte: Janesch (2009).
Quiosque de alimentação e similar
76
Somente em três praças centrais (23,1% das praças) há quiosque de alimentação, sendo um na
Praça Presidente Tancredo Neves, um na Praça Adulcino José Jordão e um na Praça da Igreja
Matriz.
Edificação institucional
Somente três praças se encontram com edificação institucional (23,1% das praças), sendo na
Praça Pioneiro Otto Kreling, a Biblioteca Pública Municipal e o Centro Cultural Nanuk, na
Praça Presidente Tancredo Neves, a Estação Rodoviária e um Posto Policial e na Praça
Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, um Centro Comunitário.
Templo religioso
Duas Praças possuem templo religioso (15,4% das praças), sendo um na Praça da Igreja
Matriz e outro na Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro, de acordo com as Figuras 51 e 52.
Desde os tempos da colonização, um dos primeiros espos públicos destinados à edificação
era aquele onde seria implantado o templo religioso. Em Rolândia, foram reservados espaços
para implantação de templos religiosos, sendo dois para templos católicos e um para o
luterano. Os dois templos católicos se mantiveram como espaço público na forma de praça
pública, constituindo-se na Praça da Igreja Matriz e na Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro,
enquanto que o espaço destinado ao templo luterano foi subdividido para a edificação também
de um clube social, perdendo com isto as características de pra pública.
77
Figura 51 - Igreja Matriz de São José
Fonte: Janesch (2007).
Figura 52 - Igreja São Paulo Apóstolo, Edificada na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro
Fonte: Janesch (2007).
Ponto de ônibus
ponto de ônibus em quatro das treze praças (30,8% das praças), sendo pontos com
cobertura nas praças da Igreja Matriz, nego Luiz Gonzaga Ribeiro e Presidente Tancredo
78
Neves, e sem cobertura e sem identificação de parada de ônibus na Praça Martins Liberati.
Estacionamento
Somente as Praças Presidente Tancredo Neves, da Igreja Matriz e Cônego Luiz Gonzaga
Ribeiro possuem estacionamentos externo e interno (23,1% das praças), as demais praças,
num total de nove, possuem somente estacionamento externo (69,2%) enquanto que uma das
praças não possui nem um tipo de estacionamento (7,7%).
Para melhor visualização, os dados referentes à quantidade de equipamentos, mobiliário e/ou
estruturas existentes nas praças centrais são agrupados e apresentados no Quadro 03.
Quadro 03 – Equipamentos e/ou Estruturas das Praças Centrais de Rolândia
Praça
EQUIPAMENTOS
ESTRUTURAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
TOTAL
1 - Bancos
24 24 5 - 5 10 5 10 6 5 1 14 109
2 - Iluminação
29 33 22 18 1 3 12 5 4 1 5 1 18 152
3 - Lixeiras
8 10 2 4 24
4 - Sanitários
4 4
5 - Telefone Público
0
6 - Bebedouros
0
7 - Caminhos
1 1 1 1 1 1 1 1 1 - 1 1 1 12
8 - Palco/coreto
1 1
2
9 - Obra de arte*
1 1 1
3
10 - Espelho de água chafariz
1 1
2
11 - Estacionamento
2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 15
12 - Ponto de Ônibus
1
1 2
13 - Ponto de Taxi
1
1
14 - Quadra esportiva
1 1
15 - Exerc.físicos
0
16 - Para 3ª idade
1
2 3
17 - Parque infantil
1 1
18 - Banca de revista
0
19 - Quiosque similar
1 1
1
3
20 - Identificação
4 4
4 12
21 - Edif. Institucional
2
2
1 5
22 -Templo Religioso
1 1 2
79
6.1.2 Resultados do Levantamento Quantitativo da Vegetação das Praças Centrais de
Rolândia-PR
O levantamento quantitativo da vegetação, em termos de espécies, foi feito com a
identificão das arbóreas não frutíferas, arbóreas frutíferas e palmáceas, existentes nas praças
centrais de Rolândia. O método utilizado foi o desenvolvido por De Angelis (2000), sendo,
portanto, as espécies vegetais identificadas pelo seu nome mais usual da região, trabalho de
campo executado pela pesquisadora, a nomenclatura científica e a família botânica a que
pertencem, foram identificadas por De Angelis, em conformidade com as Tabela 01, 02 e 03.
Tabela 01 - Espécies Arbóreas não Frutíferas, Utilizadas nas Praças Centrais de Rondia
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR FAMÍLIA
1
Araucaria angustifólia Pinheiro-do-Paraná araucariceae
2
Araucária excelsa Pinheiro-de-Natal araucariceae
3
Aspidosperma polyneuron Peroba Apocynaceae
4
Bauhinia forficata Pata-de-vaca Leguminosae/Caesalpinoideae
5
Cabrea canjerana Canjarana Meliaceae
6
Caesalpinia echinata Pau-brasil Leguminosae/Caesalpinoideae
7
Caesalpinia férrea var.
leiostachya
Pau-ferro Leguminosae/Caesalpinoideae
8 Caesalpina peltophoroides
Sibipiruna Leguminosae/Caesalpinoideae
9
Cedrela fissilis Cedro Meliaceae
10
Cereus jamacaru Cacto mandacaru Euphorbiaceae
11
Chorisia speciosa Paineira Bombaceae
12
Delonix regia Flamboiant Leguminosae/Caesalpinoideae
13
Fícus elástica Falsa seringueira Moraceae
14
Fícus lyrata Figueira violino Moraceae
15
Grevílea robusta Grevílea Proteaceae
16
Litharae brasiliens Santa Barbara Anacardiaceae
17
Michelia champaca Magnólia-amarela Magnoliaceae
18
Nectandra megapotamica Canelinha Lauraceae
19
Parapiptadenia rigida Angico Leguminosea/Mimosoideae
20
Prumus serlata Cerejeira Rosaceae
21
Tabebuia avellanedae Ipê roxo Bignoniaceae
22
Tibouchina granulosa Quaresmeira Melastomaceae
23 Tipuana tipu
Tipuana Leguminosae/Faboideae
24
Pinus elliottii
Pinus Pinaceae
80
Tabela 02 - Espécies Arbóreas Frutíferas, existentes’ nas Praças Centrais de Rondia
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR FAMILIA
1 Eugenia jamboana Jambolão Myrtaceae
2 Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae
3 Mangifera indica Mangueira Anacardiaceae
4 Myrciaria spp. Jabuticabeira Myrtaceae
Tabela 03 - Espécies de Palmáceas , Utilizadas nas Praças Centrais de Rolândia
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR
1 Arecastrum romanzofianum Jerivá
2 Livistonia chinensis Palmeira-leque
3 Phoenix dactylifera Tamareira
4 Caryota mitis Palmeira rabo-de-peixe
5 Roystonea spp. Palmeira-imperial/real
6 Euterpe edulis Palmito-doce
De acordo com o levantamento efetuado nas treze praças centrais, foram identificadas 24
espécies arbóreas, sendo os resultados em porcentagem apresentados na Tabela 04. A
predominância das espécies arbóreas não frutíferas foi o ipê-roxo (Tabebuia avellanedae)
com 58 unidades, na porcentagem de (24,9%), seguida da sibipiruna (Caesalpina
peltophoroides) com 44 unidades, na porcentagem de 18,9% e da pata de vaca (Bauhinia
forficata) com 24 unidades, na porcentagem de 10,3%, conforme o contido na Tabela 04
Tabela 04 - Levantamento Quantitativo das Espécies Arbóreas não frutíferas - Número de
Árvores por Espécie Plantada e Freqüência Percentual de Plantio.
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR F.R.%
Tabebuia avellanedae Ipê-roxo 58 24,9
Caesalpina peltophoroides Sibipiruna 44 18,9
Bauhinia forficata Pata-de-vaca 24 10,3
Tipuana tipu
Tipuana 11 4,7
Parapiptadenia rigida Angico 10 4,3
Delonix regia Flamboiant 10 4,3
Prumus serrlata Cerejeira 10 4,3
Araucária excelsa Pinheiro-de-Natal 9 3,9
Cereus jamacaru Cacto mandacaru 9 3,9
81
Nectandra megapotamica Canelinha 9 3,9
Caesalpinia férrea var. leiostachya Pau-ferro 7 3,0
Cabrea canjerana Canjarana 5 2,1
Tibouchina granulosa Quaresmeira 5 2,1
Pinus elliottii
Pinus 5 2,1
Chorisia speciosa Paineira 4 1,7
Grevílea robusta Grevílea 3 1,3
Fícus elástica Falsa-seringueira 2 0,9
Caesalpinia echinata Pau-brasil 2 0,9
Michelia champaca Magnólia 2 0,9
Litharae brasiliens Santa-Bárbara 1 0,4
Araucaria angustifólia Pinheiro-do-Paraná 1 0,4
Aspidosperma polyneuron Peroba 1 0,4
Fícus lyrata Figueira-violino 1 0,4
TOTAL 233 100,0
São poucas as árvores frutíferas plantadas nas praças centrais de Rolândia. Foram encontradas
somente quatro espécies de frutíferas, sendo a pitangueira (Eugenia uniflora), a mangueira
(Mangifera indica) e a jabuticabeira (Myrciaria spp), com 2 unidades cada, e o jambolão
(Eugenia Jamboana) com uma unidade. O resultado do levantamento, inclusive em termos de
porcentagem, encontra-se em detalhe na Tabela 05.
Tabela 05 - Levantamento Quantitativo das Espécies Arbóreas Frutíferas - Número de Árvores
por Espécie Plantada e Freqüência Percentual Real de Plantio.
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR F.R.%
Eugenia uniflora Pitangueira 2 28,6
Mangifera indica Mangueira 2 28,6
Myrciaria spp. Jabuticabeira 2 28,6
Eugenia jamboana Jamboo 1 14,2
Total 7 100,0
De acordo com o levantamento efetuado nas treze praças centrais, cujo resultado consta na
Tabela 06, foram identificados 88 exemplares de palmáceas. A predomincia nas espécies
das palmáceas plantadas foi o Jerivá (Arecastrum romanzofianum) com 51 unidades, na
porcentagem de 58%, seguida da palmeira-imperial/real (Roystone spp) com 18 unidades, na
porcentagem de 20,5%, e da palmeira-leque (Livistonia chinensis) com 11 unidades, na
porcentagem de 12,5%.
Tabela 06 - Levantamento Quantitativo das Espécies das Palmáceas -mero de Árvores por
82
Espécie Plantada (Nº) e Freqüência Percentual Real de Plantio (F.R.%)
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR F.R.%
Arecastrum romanzofianum Jerivá 51 58,0
Roystonea spp. Palmeira-imperial/real 18 20,5
Livistonia chinensis Palmeira-leque 11 12,5
Caryota mitis Palmeira rabo-de-peixe 4 4,5
Phoenix dactylifera Tamareira 4 4,5
Total 88 100,0
O conjunto da vegetação que está presente nas três praças centrais é diversificado, constituído
de 328 indivíduos, sendo 240 indivíduos de espécies arbóreas (73,2% do total), onde 71,1% se
constituem de árvores não frutíferas e 2,1% de árvores frutíferas, e 88 indivíduos de
palmáceas (26,8% do total).
As espécies arbóreas frutíferas não são muitas, com suas sete unidades, concentrando-se, em
sua maioria absoluta, na Praça Castelo Branco (seis das sete unidades existentes),
representando somente 2,1% do total das árvores e palmeiras existentes nas praças.
Pelos dados contidos nas Tabelas 07 e 08, nota-se que as praças com maior número de árvores
o a Praça Castelo Branco (63 unidades) e a Praça da Igreja Matriz (57 unidades). Em termos
das palmáceas, as pras mais contempladas são a Praça da Igreja Matriz (22 unidades), a
Praça Roland (17 unidades), a Praça Castelo Branco (15 unidades), e a Praça Presidente
Tancredo Neves (11 unidades), perfazendo um total de 65 palmeiras das 88 existentes nas
praças centrais de Rolândia, portanto em termos de porcentagem o montante de 73,9%.
Tabela 07 - Distribuição da Vegetação das Praças Centrais de Rolândia
Fonte: Janesch (2009)
Número de árvores (indivíduos)
praça
arbóreas
não
frutíferas
arbóreas
frutíferas
palmácea
s
Total de
árvores
% em
relação
ao total
1- Praça da Igreja Matriz 35 0 22 57 17,4
2 - Praça Castelo Branco 42 6 15 63 19,2
3 - Pça Pres.Tancredo Neves 20 0 11 31 9,5
4 - Praça Roland 6 0 17 23 7,0
83
5 - Praça Toshike Umebara 18 0 4 22 6,7
6 - Pça Zumbi dos Palmares 21 0 0 21 6,4
7 - Pça Pioneiro Otto Kreling 15 0 1 16 4,9
8 - Praça Paul Harris 15 0 2 17 5,2
9 - Pça Int. Dr.Horácio Cabral 19 0 2 21 6,4
10 - Praça Tio João 2 0 2 4 1,2
11 - Praça Adulcino J. Jordão 13 0 5 18 5,5
12 - Praça Martins Liberatti 1 0 0 1 0,3
13 - Pça Cônego L.G. Ribeiro 26 1 7 34 10,3
TOTAL 233 7 88 328 100,0
Porcentagem % 71,1 2,1 26,8 100,0 -
Tabela 08 - Levantamento Quantitativo das Espécies Arbóreas não Frutíferas, Arbóreas
Frutíferas e Palmáceas Existentes nas Treze Praças Centrais da Cidade de Rolândia
Fonte: Janesch (2009)
ESPÉCIES QUANTIDADES FREQUENCIA (%)
Arbóreas 233 71,0
Arbóreas Frutíferas 7 2,2
Palmáceas 88 26,8
TOTAL 328 100,0
6.1.3 Resultados da Avaliação Qualitativa dos equipamentos, mobiliários e estruturas
das praças centrais da cidade de Rolândia-PR
A avaliação qualitativa dos equipamentos, estruturas e mobiliários das praças foram feitos
tomando como base o conceito de péssimo, regular, bom e ótimo, correspondentes às
seguintes notas propostas por De Angelis (2000).
√ péssimo 0,0 1,0;
regular 1,0 2,0;
√ bom 2,0 3,0;
√ ótimo 3,0 4,0.
84
A Tabela 09 contém o resultado final desta avaliação correspondente a vinte e cinco itens,
sendo nestes itens inclusos o conforto ambiental, a conservação, a limpeza e o paisagismo. A
avaliação qualitativa tem em si certa subjetividade, portanto, os resultados são dependentes do
avaliador.
Tabela 09 - Conceitos das Estruturas, dos Equipamentos e do mobiliário das Praças
Fonte: De Angelis (2009)
Organizado por: Janesch (2009)
Equipamentos e/ou estruturas Nota Conceito
Bancos 1,5 Regular
Lixeiras 1,5 Regular
Sanitários 2,5 Bom
Bebedouro - Ausente
Iluminação 2,0 Regular/Bom
Telefone Público - Ausente
Piso 3,0 Bom/Ótimo
Traçado dos caminhos 3,0 Bom/Ótimo
Segurança 1,5 Regular
Conforto ambiental 2,2 Bom
Conservação e limpeza 2,5 Bom
Localização 2,8 Bom
Estacionamento 3,0 Bom/Ótimo
Palco/coreto 1,5 Regular
Quiosque de alimentação 3,5 Ótimo
Banca de revista - Ausente
Quadra Poliesportiva 3,5 Ótimo
Equipamentos para prática de exercícios físicos - Ausente
Estrutura para terceira idade 3,5 Ótimo
Parque infantil 2,5 Bom
Espelho d´água/chafariz 4,0 Ótimo
Obra de arte 2,5 Bom
Ponto de ônibus 2,5 Bom
Vegetação 2,5 Bom
85
Paisagismo 2,8 Bom
Na seqüência serão feitas algumas considerações sobre os resultados contidos na Tabela 2, de
item a item avaliado.
Bancos
Os bancos das praças centrais são todos de mesmo modelo e necessitam de reparos. Na
avaliação receberam o conceito de regular, correspondente a nota um e meio (1,5). Nas praças
em que eles existem (84,6% das praças) estão com boa distribuição espacial, sendo dispostos
tanto em área de sombreamento quanto em área com insolação, possibilitando ao usrio a
livre escolha.
Lixeiras
Somente 30,8% das praças contêm lixeiras. Na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro as
lixeiras, além de poucas unidades instaladas pelo tamanho da praça, o de chapa vazada,
sendo consideradas não apropriadas, pois os resíduos podem vazar e com isto não manter o
local limpo. Já na Praça da Igreja Matriz há a necessidade de mais lixeiras e trocar as
existentes por novas, pois as mesmas não se encontram em condição de uso. Nas praças
Castelo Branco e Presidente Tancredo Neves também se encontram lixeiras em número
insuficiente. Na avalião, nas praças em que existem lixeiras, as mesmas receberam o
conceito de regular, correspondente à nota um e meio (1,5).
Sanitários
Dos quatro sanitários existentes na Praça Luiz Gonzaga Ribeiro, dois são novos (instalados na
área de recreação) e os outros dois (instalados na área de circulação) necessitam de reparos.
Um dos sanirios instalados na área de circulação está no momento sendo utilizado para
guardar materiais de limpeza, estando inclusive com os vidros quebrados e com as paredes
pichadas. Os três banheiros que se encontram em uso são diariamente limpos e higienizados.
Para os banheiros existentes nesta única praça (7,7% das praças), se atribuiu o conceito bom,
86
correspondente à nota dois e meio (2,5).
Bebedouro e telefone público
Não há bebedouro nem telefone público nas praças centrais de Rolândia.
Iluminação
Somente na Praça Castelo Branco a iluminação se encontra em perfeito estado de
conservação, em função dos trabalhos de recuperação da praça como um todo, realizados em
2008. Na Pra Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro necessidade de troca de lâmpadas nos
super-postes, enquanto que na Praça da Igreja Matriz a necessidade de manutenção e
recuperação nas luminárias baixas. Nas demais praças o sistema rebaixado de iluminação tem
se mostrado mais eficiente do que os outros sistemas, mas, com a existência generalizada de
lâmpadas queimadas. Na avaliação da iluminação das praças centrais de Rolândia se atribuiu
o conceito de regular a bom, correspondente à nota dois (2,0).
Piso
Os pisos das praças se encontram em bom estado, excetuando-se os da Praça nego Luiz
Gonzaga Ribeiro que necessitam de alguns reparos. Ressalta-se a necessidade de
rebaixamento do meio fio para permitir o acesso de cadeirante na maioria das praças. Somente
na Praça da Igreja Matriz local específico para o acesso de pessoas com necessidades
especiais. Para os pisos das praças centrais de Rolândia tem-se atribuído o conceito de bom a
ótimo, correspondente à nota três (3,0).
Traçado dos caminhos
Nas praças, os traçados dos caminhos são sinuosos e de largura variada. Em 10 praças os
caminhos o impermeabilizados, enquanto que em duas praças são pela intercalação de
grama parcialmente permeáveis. Os caminhos contornam as obras de arte, chafariz e coreto, e
os bancos são colocados na lateral, rentes ao meio-fio, permitindo, com isto, sempre a boa
circulação dos transeuntes. Somente as praças Tio João e a Roland o possuem caminhos
87
internos. Atribui-se aos caminhos das praças de Rolândia a nota três (3,0), correspondendo,
portanto, ao conceito de bom a ótimo.
Seguraa
A segurança nas praças centrais, pela falta de vigilância, tem sido constantemente
questionada. Na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro há um fluxo grande de crianças, jovens,
adultos e idosos. Trata-se de uma praça instalada em área residencial. Como não são feitos
sistematicamente os reparos nas luminárias, a iluminação precária, associada com a não
existência de vigilância noturna, faz com que a segurança na Praça Cônego Luiz Gonzaga
Ribeiro seja insatisfaria. Na Praça da Igreja Matriz, os jovens, nos sábados e domingos, se
reúnem para conversar e ouvir sica em seus carros. Em determinados horários surgem
também os jovens da periferia, que o denominados de “manos”, fazendo algazarra e
promovendo brigas no local, forçando, com isto, a retirada do tradicional usuário desta praça.
Raramente se faz presente o policiamento no interior da Praça da Igreja Matriz, a não ser na
forma emergencial, isto é, quando de solicitação de usuário. Nas demais praças também não
há policiamento, portanto, até certo ponto são inseguras em determinados horários. Excetua-
se a Praça Presidente Tancredo Neves, onde há um posto policial, que funciona no horário
comercial, inibindo, com isto, inclusive, incidentes também nas praças Castelo Branco e
Roland, pelo fato de serem contíguas a esta. Atribui-se ao item segurança nas praças centrais a
nota um e meio (1,5), correspondendo, portanto, ao conceito regular.
Conforto ambiental
O conforto ambiental tem sido avaliado nos aspectos do conforto acústico, térmico, visual e
da tranqüilidade. No quesito tranilidade, a Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro é mais
tranqüila, pois naquela região o tráfego de veículos é pouco intenso. Na Praça da Igreja
Matriz, o conforto acústico recebe a interferência do tráfego e do som dos automóveis dos
jovens que estacionam os carros perto do correto para ouvirem sica nos finais de tarde e à
noite. Nas Praças Castelo Branco, Presidente Tancredo Neves e Roland, o fluxo de veículos é
intenso. A Praça Castelo Branco passou por uma reforma em 2008, sendo erradicada diversas
árvores, fato que a deixou pouco arborizada, intensificando com isto o desconforto acústico e
também o térmico. Nas demais praças a vegetação é mais bem distribda, contribuindo pelo
88
menos com a melhoria do conforto térmico. Quanto ao conforto visual, o mesmo tem sido
prejudicado pela deposição de lixo em determinados pontos das praças, retirando, com isto, a
beleza e salientando a falta de civilidade de quem o faz. Atribui-se a este item a nota dois e
dois (2,2) correspondendo, portanto, ao conceito bom.
Conservação e limpeza
Nem todos os locais das praças podem ser considerados limpos e conservados, resultante de
uso inadequado dos espaços públicos e também pelo hábito de alguns usuários de não se
utilizar das lixeiras. Para a limpeza tem-se atribuído a nota dois e meio (2.5), portanto bom
para o conceito.
Localização
De Angelis (2000, pag. 90) considera ideal um raio de distância ximo de 400 metros entre
uma praça e uma área habitacional. Pode-se dizer que a distância das praças situa-se dentro
dos parâmetros estabelecidos por De Angelis, visto que entre estas outras áreas públicas
disponibilizas à população para práticas de esportes, lazer e recreação. Para o item localização
tem-se atribuído a nota dois e oito (2.8), portanto bom para o conceito.
Estacionamento
Três das 13 praças possuem estacionamentos internos e externos, sendo os mesmos
compatíveis com a demanda dos usuários. O estacionamento interno da Praça nego Luiz
Gonzaga Ribeiro, cujo pavimentado é de concreto, necessita de reparos ou de sua substituição
por um pavimento mais adequado como é o de asfalto. Nas demais praças os estacionamentos
externos estão em bom estado de conservação e são todos asfaltados. Para este item tem-se
atribuído a nota três (3.0), portanto para o conceito de bom a ótimo.
Palco/coreto
O coreto da Praça da Igreja Matriz, construído com tijolos à vista e com as paredes tomadas
pela pichação, tem seu visual comprometido, necessitando, portanto, de uma nova pintura. O
89
palco da Praça Castelo Branco é novo, encontrando-se em perfeito estado, bem pintado, limpo
e, portanto, perfazendo um excelente visual. Para este item tem-se atribuído a nota um e meio
(1.5), portanto regular para o conceito.
Quiosque de alimentação
Somente três praças possuem quiosque de alimentação, a Praça da Igreja Matriz, a Praça
Tancredo Neves e a Praça Adulcino José Jordão, todos em bom estado de conservão no que
se refere à pintura e à limpeza. Para este item tem-se atribuído a nota dois e meio (2.5),
portanto bom para o conceito.
Quadra esportiva
Instalada em março de 2008 na Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro, a quadra esportiva
encontra-se em estado novo e bem conservada, inclusive no que se refere à iluminação. Tem-
se atribuído a nota três e meio (3.5), portanto, ótimo para o conceito.
Equipamentos para prática de exercícios físicos
Não há equipamentos para prática de exercícios físicos nas pras centrais de Rolândia.
Estrutura para terceira idade
Somente na Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro e na Praça Castelo Branco há equipamentos
para terceira idade. Embora disponibilizados mais para os homens, a cancha de bocha e as
mesinhas para jogos de dama, de xadrez e de cartas encontram-se presentes nestas duas praças
em áreas reservadas e específicas e em ótimo estado de conservação. Tem-se atribuído a nota
três e meio (3.5), portanto ótimo em termos de conceito.
Parque infantil
Somente na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro se tem parque infantil, implantado em 2008
90
e em ótimo estado de conservação. O local o dispõe de bancos, necessários ao conforto dos
acompanhantes das crianças. Tem-se atribuído a nota dois e meio (2.5), portanto bom em
termos de conceito.
Espelho de água/chafariz
Na Praça da Igreja Matriz um chafariz, muito bem cuidado, iluminado e em harmonia com
o ambiente, o mesmo acontecendo com a Praça Castelo Branco onde foi instalado um em
2008. Tem-se atribuído a nota quatro (4.0), portanto ótimo em termos de conceito.
Obra de arte
As obras de arte do tipo estátua instaladas na Praça da Igreja Matriz (estátua do Sagrado
Coração de Jesus) e na Praça Roland (estátua de Roland) encontram-se muito bem cuidadas e
conservadas. A estátua de Roland foi recentemente restaurada por alemães de Bremen que
vieram especialmente para este fim, uma vez que esta foi construída e doada por aquela
cidade. Exceção faz-se à Praça Zumbi dos Palmares onde o painel de azulejos pintados à mão,
em virtude de pichação, encontra-se irreconhecível. Tem-se como resultado da avaliação a
nota três (3,0), portanto, de bom a ótimo para o conceito.
Ponto de ônibus
Somente um ponto de ônibus necessita de pintura, que é o da Praça da Igreja Matriz, os
demais estão em bom estado de conservação e de manutenção. Somente na Praça Martins
Liberatti o ponto de ônibus não possui cobertura e não dispõe de indicação de ponto de
ônibus, a população faz uso deste espaço pelo costume. Vale ressaltar que foi solicitado, por
um vereador, a instalação de um equipamento com cobertura para este local, no entanto ainda
não foi instalado. Para este item tem-se atribuído a nota dois e meio (2.5), portanto bom para
o conceito.
Vegetação
Em todas as praças constatou-se a diversidade de espécies, embora precisem de alguns
cuidados como podas, adubação, mas isto não tem interferido no conjunto. Todas as praças da
91
zona central são arborizadas. Na Pra Castelo Branco foram retiradas 70 árvores por ocasião
da reforma de 2008, apesar dos protestos da população, pois, segundo os contestadores havia
condição de readequação de projeto e, portanto, a permanência das árvores. Para este item
tem-se atribuído a nota dois e meio (2.5), portanto, bom para o conceito.
Paisagismo
A paisagem das pras centrais de Rolândia tem sido considerada harmoniosa e de visual
agradável. A Praça Castelo Branco, reformada recentemente, apresenta-se com harmonia
ambiental, constituindo-se em uma bela paisagem. Como cada praça é única, ao se analisar
em conjunto o paisagismo das praças centrais de Rolândia, pode-se dizer que o mesmo tem
sido condizente em cada praça. Para este item tem-se atribuído a nota dois e oito (2.8),
portanto bom para o conceito.
6.1.4 Resultados da Enquete de Opinião
Com a intenção de saber se as praças centrais da cidade de Rolândia satisfazem as
necessidades dos usuários, buscou-se na população citadina a resposta, utilizando-se para isto
a aplicação de um questionário. Desta maneira foi levado até o público alvo um questionário
com 18 questões, no período de julho de 2008 a janeiro de 2009, em um cruzamento de ruas
na zona central da cidade, em horários diversificados. Optou-se por este cruzamento pelo
motivo de ser um local onde a população da cidade como um todo circula, tanto da zona
central como da periferia, pois é a área central do comércio e das instituições bancárias.
Naturalmente, este local tem conduzido a respostas que envolvem não somente as praças
centrais de Rolândia, mas também as praças implantadas na expansão da cidade, consideradas
neste estudo como praças da periferia.
Nesta entrevista de rua buscou-se não só identificar e relacionar a história e a importância das
praças para a população, mas também verificar se a população realmente faz uso destes
espaços públicos, previamente destinados a ela e que vai se perpetuar para as gerações
futuras.
Ao longo dos 74 anos da Cidade de Rolândia, a administração pública introduziu mudanças
nas praças, no que se refere à estrutura, ao mobiliário, aos equipamentos e à vegetação, bem
como também permitiu a implantação de quiosques de alimentação em algumas praças.
Portanto tornam-se oportunas as perguntas: Como a população usa estes espaços? Estes
92
espaços proporcionam qualidade de vida e satisfazem às necessidades dos usuários? São
acessíveis a todas as camadas da população?
Quem tem as condições de responder a estas inquietações em sua total plenitude é o próprio
cidadão, ao identificar os motivos que o levam a usar ou não estes espos públicos, bem
como o que espera destes espaços para que os mesmos lhe sejam úteis.
Para a aplicação do instrumento da pesquisa, foi utilizado o modelo de enquete desenvolvido
por De Angelis (2000), que foi testado e adaptado em muitos trabalhos de campo anteriores,
mas, mesmo assim, foi testado para a presente pesquisa com 15 pessoas para verificar o
entendimento ou dificuldade dos entrevistados. No que se refere às perguntas elaboradas, os
entrevistados não apresentaram nenhum tipo de rejeição ou dificuldade que pudesse
influenciar no seu entendimento ou nas suas respostas.
Comprovada a inexistência de problemas estruturais capazes de comprometer os resultados da
pesquisa, concluiu-se que as questões do Formurio 4 de entrevista, estavam adequados e
com linguagem acessível, satisfazendo, portanto, integralmente aos objetivos pretendidos.
de se ressaltar ainda, que para melhor planejar os trabalhos de campo, o tempo despedido em
cada entrevista foi cronometrado. Com isto constatou-se que a duração média de cada
entrevista seria de 15 minutos, variando para mais ou para menos, de acordo com a facilidade
entendimento de o entrevistado responder.
Concluída teste-piloto, partiu-se então para a segunda fase que envolveu a coleta de dados.
Como o foi detectada a necessidade de realinhamento, aplicou-se o de De Angelis sem
alterações. Nesta fase os rolandenses foram abordados para responderem o Formulário 4.
Os resultados foram feitos na forma como as questões foram estruturadas, da primeira à
décima oitava, considerando-se o tamanho da amostra (n=400) e o perfil da população de
Rolândia, levantado pelo censo demográfico de 2000, do IBGE e quando de interesse o
levantamento do IBGE de 2007.
Segundo a idade
Na distribuição por faixas etárias da amostra da enquete, apresentada no Quadro 04, observa-
se na comparação com o censo demográfico de 2000 a diferença de 4,3 pontos percentuais
para menos na faixa etária de 15 a 19 anos; de 3,2 % para mais na faixa etária de 20 a 29 anos;
e por fim 3,4% para mais na faixa etária de acima de 70 anos. No entanto, se considerado a
93
faixa etária de 15 a 29 anos, de 30 a 49 anos e acima de 50 anos, nota-se que a distribuão
etária da amostra utilizada e a do censo demográfico IBGE 2000 o relativamente
semelhantes.
Quadro 04 – Distribuição por Faixas Etárias da Amostra e da População Real de Rolândia
FAIXA ETÁRIA AMOSTRA (%) POPULAÇÃO REAL (%)
IBGE 2000
15 a 19 anos 8,4 12,7
20 a 29 anos 26,9 23,7
30 a 39 anos 22,5 21,9
40 a 49 anos 16,1 16,8
50 a 59 anos 10,4 11,8
60 a 69 anos 7,2 8,0
mais de 70 anos 8,5 5,1
Fonte: Censo Demográfico IBGE 2000.
Organizado por: Janesch (2009)
Segundo o sexo
Os entrevistados do sexo masculino totalizaram 47,8%, enquanto os do sexo feminino, 52,2%.
A população rolandense é composta por 48,9% de homens e 51,1% de mulheres, conforme
levantamento do IBGE de 2007. Observa-se, portanto, uma variação da ordem de 1,2% entre
o dado da amostra e o da população real (2007). Estes comparativos constam em maiores
detalhes no Quadro 05.
Quadro 05 – Distribuição pro Sexo da Amostra e da População Real dos Censos de 2000 e de
2007
SEXO AMOSTRA POPULAÇÃO REAL
IBGE 2000
POPULAÇÃO REAL
IBGE 2007
Feminino 52,25% 50,65% 51,08%
Masculino 47,75% 49,34% 48,92%
Fonte: IBGE (2000), IBGE (2007)
Organizado por: Janesch (2009)
Segundo o local de moradia
Com relação ao endereço residencial das 400 pessoas entrevistadas, 146 (36,5%) residem no
centro, enquanto 254 (63,5%) residem na periferia. Em termos de divisão por zona tem-se:
94
centro 146; zona leste 26, zona norte 20, zona sul 36 e zona oeste 172. Considerando-se na
distribuição também o sexo tem-se: centro, 79 do sexo masculino e 67 do sexo feminino; zona
norte, 6 do sexo masculino e 14 do sexo feminino; zona leste, 9 do sexo masculino e 17 do
sexo feminino; zona oeste: 111 do sexo masculino e 61 do sexo feminino e zona sul, 27 do
sexo masculino e 9 do sexo feminino, conforme a Figura 53.
Oeste; 172;
43,0%
Sul; 36; 9,0%
Centro; 146;
36,5%
Leste; 26; 6,5%
Norte; 20; 5,0%
Figura 53 - Zona Residencial
Fonte: Janesch (2009).
Segundo o grau de instrução
No Quadro 06, apresentam-se os dados da amostra utilizada na enquete, com referência ao
nível de instrução. Foram adotadas as seguintes faixas de instrução: de 1 a 7 anos de estudos,
de 8 a 10 anos, de 11 a 14 anos e de pessoas com 15 ou mais anos de estudos. Na mesma
tabela, para efeito de comparação, encontram-se dados de referência retirados do censo
demográfico IBGE 2000, lidos para a Cidade de Rolândia e para pessoas acima de 10 anos
da idade. Percebe-se que diferenças significativas no perfil da amostra utilizada para com o
da população de Rolândia. Enquanto que pelo censo demográfico IBGE 2000, a população de
Rolândia se caracteriza pela escolaridade equivalente ao primeiro grau (40,5% das pessoas
possuem de 1 a 7 anos de estudos), as pessoas integrantes da amostra se caracterizam por um
nível de escolaridade mais elevado, pois somente 12% das pessoas integrantes da amostra
possuem escolaridade de 1 a 7 anos de estudo
Quadro 06 – Nível de Instrução da Amostra e da População Real de Rondia
NÍVEL DE INSTRUÇÃO
(tempo de estudo)
PERFIL DA AMOSTRA (%) POPULAÇÂO REAL (%)
IBGE 2000
De 1 a 7 anos 12,0 40,7
De 8 a 10 anos
28,4 35,3
95
De 11 a 14 anos
43,6 13,8
Acima de 15 anos
16,0 10,2
Fonte: IBGE (2000)
Organizado por: Janesch (2009)
Segundo a renda familiar
No Quadro 07, com referência à renda familiar, apresentam-se os dados para comparação do
perfil da amostra utilizada na enquete com o perfil da população da cidade obtida no censo
demográfico do IBGE 2000. O perfil da amostra é constituído de 67,5% de pessoas com renda
familiar de até 3 salários mínimos, enquanto que para a população, segundo o IBGE 2000,
esta porcentagem é de 70%, resultando portanto uma diferença de 2,5 pontos percentuais para
menos. As diferenças maiores ficaram nas faixas de 2,1 a 3,0 salários mínimos, com uma
diferença de 22,7% pontos percentuais para mais, de 1,1 a 2,0 salários nimos, com uma
diferença de 14,7% pontos percentuais para menos e, por fim, até 1,0 salário mínimo, com a
diferença de 10,5% pontos percentuais para menos também.
Quadro 07 – Renda Familiar da Amostra e da População Real de Rolândia
RENDA FAMILIAR PERFIL DA AMOSTRA (%) POPULAÇÃO REAL* (%)
Até 1 s.m.
*
10,6 21,0
De 1,1 s.m. até 2 s.m. 20,3 34,7
De 2,1 s.m. até 3 s.m. 37,6 14,3
De 3,1 até 5 s.m. 16,5 12,7
De 5,1 s.m. até 10 s.m. 12,2 10,4
De 10,1 s.m. até 20,0 s.m. 0,5 4,9
Acima de 20,1 s.m. 2,0 1,9
Fonte: IBGE (2000).
Organizado por: Janesch (2009).
Principal ocupação ou atividade
Na caracterização da amostra, no tocante à ocupação ou atividade, dividiu-se em 5 grupos:
trabalhador, estudante, desempregado, aposentado e dona-de-casa, demonstrado na Figura 54.
O grupo de trabalhadores é o maior com 72,5%, seguido por aposentados com 10,0%,
estudantes com 7,8%, donas-de-casa com 7,0% e desempregados com 2,7%. O grupo de
*
Valor do salário mínimo em janeiro de 2009: R$ 415,00.
96
trabalhadores nesta amostra de 400 pessoas se constitui de 290 pessoas, sendo 173 do sexo
masculino e 117 do sexo feminino.
Aposentado;
40; 10,0%
Dona-De-
Casa; 28;
7,0%
Estudante;
31; 7,8%
Desemprega
do; 11; 3%
Trabalhador;
290; 72,5%
Figura 54 - Atividade Ocupacional
Fonte: Janesch (2009).
Horas trabalhadas por semana
Dos 400 entrevistados, em conformidade com a Figura 55, 27,5% se constitui de aposentados,
estudantes, desempregados e donas de casa, 11,3% trabalham 20 horas semanais, 34,1%
trabalham 44 horas semanais, 23,8% trabalham 48 horas semanais e 3,3%, 56 horas semanais.
Os homens ocupam a maioria dos trabalhos que demandam mais de 20 horas semanais,
enquanto que as mulheres ocupam a maioria dos trabalhos de 20 horas semanais, como se
pode identificar na Figura 56.
97
56 Horas
13
3,3%
48 Horas
95
23,8%
44 Horas
136
34,0%
20 Horas
46
11,5%
Zero Horas
110
27,5%
Figura 55 - Em média, quantas horas você trabalha por semana?
Fonte: Janesch (2009).
58
11
86
65
11
52
35
50
30
2
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Zero horas
20 horas
44 horas
48 horas
56 horas
Masculino Feminino
Figura 56 - Quantidade de horas trabalhadas por semana, segundo sexo
Fonte: Janesch (2009).
Horas dedicadas ao lazer
No que se refere ao tempo de lazer diário, segundo os dados contidos na Figura 57, 6,5% dos
entrevistados dedicam uma hora diária ao lazer, enquanto que 42,8% dedicam duas horas ao
lazer, 28,3% dedicam três horas, 12,8% dedicam quatro horas, 7,5% dedicam seis horas, 2,0%
dedicam oito horas e somente e por fim 0,3% dedicam dez horas. Nota-se também, por estes
dados contidos na Figura 58, que 77,5% dos 400 entrevistados (148 pessoas do sexo
masculino e 162 do sexo feminino) dedicam até 3 horas diárias de lazer. Outro dado
importante revelado nesta pesquisa de rua é que 43,7% das pessoas, em dia de folga, preferem
98
ficar em casa, sendo este fato liderado pelo sexo feminino (67,1% das mulheres preferem ficar
em casa nos dias de folga).
8 horas; 8;
2,0%
10 horas; 1;
0,3%
6 horas; 30;
7,5%
4 horas; 51;
12,8%
1 hora; 26;
6,5%
3 horas; 113;
28,3%
2 horas; 171;
42,8%
Figura 57 - Em média, quanto tempo você dedica ao lazer?
Fonte: Janesch (2009).
34
141
156
69
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Masculino
Feminino
Fica em casa Sai
Figura 58 - Nos seus dias de folga, na maioria das vezes sai ou fica em casa, segundo o sexo
Fonte: Janesch (2009).
O que as pessoas fazem nos dias de folga quando ficam em casa
Cada uma das 400 pessoas entrevistadas nesta enquete assinalava, em ordem decrescente de
importância, três opções de atividades realizadas em casa, em dia de folga. Desconsiderando a
ordem de importância de cada opção assinalada pelo entrevistado, segundo ainda os dados
apresentados na Figura 59, tem-se que em dia de folga, entre outros afazeres, 91% dos
entrevistados vêem televisão, 54,9% descansam, 42,9% lêem, 31,8% realizam atividades
relacionadas ao estudo ou ao trabalho, 23,7% ouvem música, e 48,3% das pessoas dedicam
também este tempo a atividades domésticas e 7,5% tem outros afazeres.
99
Ouve música;
23,7%
Lê; 43%
Afazeres
domésticos;
48,3%
Descansa
apenas; 54,9%
Vê TV; 91%
Outros; 7,5%
Atividades
ligadas ao
trabalho e/ou
estudos; 31,8%
Figura 59 - Quando você fica em casa nos dias de folga, o que mais faz?
Fonte: Janesch (2009).
Quais os lugares que freqüenta nos dias de folga.
As 400 pessoas entrevistadas, que têm o hábito de sair de casa em dia de folga, assinalaram
individualmente, em ordem decrescente de importância, três opções de locais que costumam
freqüentar neste tipo de dia. Desconsiderando a ordem de importância de cada opção
assinalada pelo entrevistado, segundo ainda os dados apresentados na Figura 60, tem-se que
nos afazeres das pessoas em seu dia de folga estão contemplados visita a parentes (85,8% dos
entrevistados costumam visitar parentes e/ou amigos), ir ao campo (68,0% costumam ir ao
campo), ir a shopping (35,5% costumam ir a shopping), ir ao cinema (18,0% vão a cinema), ir
à praia (17,5% costumam ir à praia), ir às praças (13,2% costumam ir às praças); ir ao clube
(12,3% vão ao clube); ir ao parque (0,8% vão a parque) e por fim 49,0% vão costumeiramente
também a outros locais não especificados.
100
Shopping;
35,5%
Parque; 0,8%
Cinema ; 18%
Praia; 17,5%
Praças; 13,2%
Outros; 49%
Clube; 12,3%
Campo; 68%
Casa de
parentes; 85,8%
Figura 60 - Quais os lugares (até 3) você costuma freqüentar nos seus de folga?
Fonte: Janesch (2009).
Locais mais freqüentados, segundo o sexo
Na análise das preferências de locais de utilização, pelo público que costuma sair de casa em
dia de folga, constata-se, pelos dados contidos na Figura 61, que as pessoas de sexo feminino,
em termos de preferência, costumam visitar os parentes e/ou amigos (das 343 respostas
obtidas na amostra de 400 pessoas entrevistadas, 198 pessoas pertencem ao sexo feminino,
portanto perfazendo 57,7% das respostas), ir ao shopping (das 142 respostas afirmativas, 106
pertencem ao sexo feminino, portanto perfazendo 74.6% das respostas), ir ao clube (49
respostas afirmativas, 29 respostas pertencentes ao sexo feminino, portanto perfazendo 59,2%
das respostas), e ir ao cinema (das 72 respostas afirmativas, 58,3% pertencem ao sexo
feminino). O sexo masculino lidera na preferência de ir à praia (das 70 respostas, 58,3%
pertencem ao sexo masculino), ir à pra (das 53 respostas positivas, 52,8% pertencem ao
sexo masculino), ir ao campo (das 172 respostas afirmativas, 59,9% pertencem ao sexo
masculino), ir ao parque (três respostas positivas, sendo todas do sexo masculino) e por fim o
sexo masculino também lidera na preferência de outros lugares (das 196 respostas positivas,
53,6% provém de pessoas do sexo masculino).
101
163
30
20
3
28
36
43
145
105
109
42
29
0
25
106
27
198
91
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Campo
Cinema
Clube
Parque
Praça
Shopping
Praia
Casa de parentes e/ou amigos
Outros
Masculino Feminino
Figura 61 - Lugares que freqüenta nos dias de folga, segundo o sexo
Fonte: Janesch (2009).
Freqüenta alguma praça
Das 400 pessoas entrevistadas, conforme dados apresentados na Figura 62, destas 253
freqüentam as praças, perfazendo a porcentagem de 63,3%, sendo liderado em termos de
preferência pelo sexo feminino (136 pessoas, portanto, constituindo-se em 53,8% das
respostas afirmativas) enquanto que o sexo masculino corresponde a 117 respostas afirmativas
(46,2% das respostas). Conforme constantes na Figura 63. Deve-se salientar que, pelos
resultados anteriores, a freqüência às pras não sena forma intensiva em dias de folga das
pessoas, somente 13,3% das pessoas (53 pessoas entrevistadas) afirmaram que se utilizam das
praças em dias de folga, conforme dados constantes na Figura 61.
o; 147;
36,8%
Sim; 253;
63,3%
Figura 62 - Você freqüenta alguma praça?
Fonte: A autora (2009).
102
117
136
74
73
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Masculino
Feminino
Sim Não
Figura 63 - Você freqüenta alguma praça, segundo o sexo
Fonte: Janesch (2009).
Praças que freqüenta
As praças de Rolândia, em termos de preferência e considerados os 400 entrevistados, em
conformidade com o contido na Figuras 64, ficam distribuídas da seguinte forma: a praça
mais freqüentada é a da Igreja Matriz com 12,7%, seguida das praças Cônego Luiz Gonzaga
Ribeiro com 11,8%, Santo Agostinho com 10,0%, Castelo Branco com 8,8%, Bovis com
3,8%; Martins Liberatti com 3,3% Adulcino Jo Jordão com 3,0%; Presidente Tancredo
Neves com 2,8%, Pioneiro Otto Kreling com 2,0%, Paul Harris com 1,3%, Zumbi dos
Palmares com 0,8%. Oito praças foram citadas uma só vez, portanto constituindo-se na
preferência de 2,0% da população rolandense, sendo as seguintes pras: Curitiba, Toshike
Umebara, Antonio José Raio, Leonora Armstrong, Manoel Flores Segura, Johannes Schauff,
Fátima de Almeida, Interventor Horácio Cabral e João Batista de Oliveira.
Do público que freqüenta praça, 75,6% se utiliza das pras centrais de Rolândia e somente
24,4% se utilizam das praças localizadas na periferia, portanto, praças localizadas fora do
perímetro delimitado na planta do engenheiro Karlos Rothmann.
Com relação às pras da zona central, que fazem parte da planta original, nota-se que a Praça
Roland não foi citada por nenhum entrevistado, apesar de sua importância no contexto
histórico da cidade.
Das praças citadas, quatro contemplam igreja, sendo duas da zona central: Praça da Igreja
Matriz e Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, ambas totalizando 24,5% da preferência da
população e duas da periferia: Praça Santo Agostinho e Praça Bovis, ambas localizadas na
103
Zona Oeste da cidade, com 13,8% da preferência do público. Pôde-se constatar, durante as
entrevistas, que os freqüentadores da Praça da Igreja Matriz provêm de todos os setores da
cidade.
Praça Paul
Harris; 1,3%
Praça Pioneiro
Otto Kreling; 2%
Pra Adulcino
José Jordão; 3%
Praça
Presidente
Tancredo Neves;
2,8%
Pra Zumbi
dos Palmares;
0,8%
Praças com 1
voto; 2%
Praças Martins
Liberatti; 3,3%
Praça Bóvis;
3,8%
Praça Castelo
Branco; 8,8%
Pra Santo
Agostinho; 10%
Praça Cônego
Luiz Gonzaga
Ribeiro; 11,8%
Praça de Igreja
Matriz; 12,7%
Figura 64 - Praças Freqüentadas
Fonte: Janesch (2009).
Por que determinados rolandenses não freqüentam as suas praças?
As pessoas que não freqüentam as praças se justificam pelos motivos a seguir relacionados,
apresentados na forma de porcentagem, inclusive na Figura 65: não têm tempo (26,5% das
citações), não têm costume (21,8%), não é um local seguro (15,0%), não têm atrativos
(12,9%), não tem praça perto de casa (10,2%), trabalha no período noturno (5,4%), por causa
dos mendigos e manos (4,8%) e não gosta deste espaço (3,4%).
Na Figura 66, o apresentados os resultados em função do sexo. Pode-se notar pelos dados
apresentados nesta figura que as pessoas de sexo feminino se afastam das praças por motivo
de falta de segurança, associado à inexistência de praça próxima da residência e também por
ser um lugar freqüentado por mendigos e manos.
104
Por causa dos
mendigos e
manos
7
4,8%
Trabalha no
perído noturno
8
5,4%
Não gosta
deste espaço
5
3,4%
Não praça
perto perto de
casa
15
10,2%
Não tem
atravivos
19
12,9%
Não é local
seguro
22
15,0%
Não tem
costume
32
21,8%
Não tem tempo
39
26,5%
Figura 65 - Por que não freqüenta praças?
Fonte: Janesch (2009).
24
22
8
12
4
4
0
0
15
10
14
7
11
4
7
5
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Não tem tempo
Não tem costume
Não é local seguro
Não tem atravivos
Não praça perto
perto de casa
Trabalha no perído
noturno
Por causa dos
mendigos e manos
Não gosta deste
espaço
Masculino Feminino
Figura 66 - Por que não freqüenta praças? Segundo sexo
Fonte: Janesch (2009).
105
Os motivos pelos quais as pessoas não vão às praças são apresentados nas Figuras 67, 68 e 69,
respectivamente em função da escolaridade, da renda familiar e idade das pessoas
entrevistadas.
9
2
5
8
6
4
2
3
5
1
3
2
1
4
1
2
5
1
3
2
2
0
2
0
4
3
3
1
3
0
1
0
7
2
3
0
1
0
1
0
8
6
5
6
2
0
0
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Não tem tempo
o tem costume
o é um local seguro
o tem atrativos
o tem praça perto de casa
Trabalha no periodo noturno
Por causa dos mendogos e manos
o gosta deste espaço
Fundamental incompleto Fundamental completo
Ensino médio incompleto Ensino médio completo
Superior incompleto Superior completo
Figura 67 - Por que não freqüenta praça, segundo a escolaridade
Fonte: Janesch (2009).
106
3
4
5
2
4
4
1
1
6
6
3
3
1
4
1
1
15
12
2
3
2
0
1
1
3
2
4
4
2
0
1
1
2
3
1
2
1
0
1
1
2
2
1
2
2
0
1
0
8
3
6
3
3
0
1
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Não tem tempo
Não tem costume
Não é um local
seguro
Não tem atrativos
Não tem praça
perto de casa
Trabalha no
período noturno
Por causa dos
mendigos e manos
Não gosta deste
espaço
Até 1 s.m. De 1,1 s.m. até 2 s.m. De 2,1 s.m. até 3 s.m.
De 3,1 s.m. a 5 s.m. De 5 s.m. até 10,0 s.m. De 10,1 s.m. a 20 s.m.
Acima de 20,1 s.m.
Figura 68 - Por que não freqüenta praça, segundo a renda familiar
Fonte: Janesch (2009).
4
10
7
8
8
2
0
0
2
3
3
4
4
8
6
2
4
7
2
1
2
3
3
0
1
4
5
1
6
2
0
0
1
1
5
4
2
2
0
0
0
2
2
2
2
0
0
0
2
2
1
1
1
0
0
0
0
0
0
0
0
2
2
1
0% 20% 40% 60% 80% 100%
De 15 a 20 anos
De21 a 30 anos
De31 a 40 anos
De 41 a 50 anos
De 51 a 60 anos
De 61 a 70 anos
De 71 a 80 anos
De 81 a 90 anos
Não tem tempo Não tem costume
Não é um local seguro o tem atrativos
Não tem pra perto de casa Trabalha no período noturno
Por causa dos mendigos e manos Não gosta deste espaço
Figura 69 - Por que não freqüenta praça, segundo a idade
Fonte: Janesch (2009).
107
Qual ou quais dias da semana o rolandense vai a praça?
Em conformidade com os dados apresentados na Figura 70, o dia em que o rolandense mais
vai a praça é o sábado com a presença de 39,9% de seus habituais freqüentadores, seguido do
domingo com 26,9%, durante a semana 23,3% e aos feriados com 9,9%. Aos sábados a
presença masculina (72,3%) se sobrepõe à feminina (27,7%), enquanto que nos outros dias a
preferência às praças tem sido das pessoas de sexo feminino, segundo os dados constantes na
Figura 71.
Feriados
25
9,9%
Domingo
68
26,9%
Sábado
101
39,9%
Durante a
semana
59
23,3%
Figura 70 - Qual ou quais os dias da semana você vai à praças?
Fonte: Janesch (2009).
18
73
15
11
41
28
53
14
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Durante a semana
Sábado
Domingo
Feriados
Masculino Feminino
Figura 71 - Qual ou quais os dias da semana você vai à praça? Por sexo
Fonte: Janesch (2009).
108
Em que período o rolandense vai à praça com mais freqüência?
O período em que as praças são mais freqüentadas é o da noite, em que 53,0% das pessoas
que habitualmente vão às praças (253 respondentes), o fazem. O período da manhã, com
29,6% da preferência, toma o segundo lugar, enquanto que o período da tarde é o menos
preferido (17,4%), conforme demonstrado na Figura 72.
Man
75
29,6%
Tarde
44
17,4%
Noite
134
53,0%
Figura 72 - Em que período você vai com mais freqüência a praça?
Fonte: Janesch (2009).
O perfil da freqüência segundo o sexo, conforme dados da Figura 73, se caracteriza pela
presença marcante do sexo masculino à noite, enquanto que o sexo feminino tem preferência
de ir à pra no período da manhã.
12
23
82
63
21
52
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Manhã
Tarde
Noite
Masculino Feminino
Figura 73 - Período que freqüenta a praça, segundo sexo
Fonte: Janesch (2009).
109
O tempo de permanência na praça
Dos 253 respondentes que freqüentam as praças, a maioria tem por bito permanecer neste
local pelo tempo de uma hora (54,6% dos usuários têm este hábito), enquanto 28,5% dos
usuários têm por hábito a permanência de 2 horas e 9,1% têm o hábito de 3 horas. O restante
dos usuários (7,9%) tem por bito a permanência de pouco tempo nas praças (meia hora de
permancia), ou de muito tempo, como por exemplo, 4 horas. O hábito de permanência de
até 2 horas nas praças é marcante nas pessoas de sexo feminino, enquanto que as do sexo
masculino têm por hábito a permanência de tempos maiores nas praças. Maiores detalhes
podem se observados nas Figuras 74 e 75
4 horas
8
3,2%
1/2 hora
12
4,7%
3 horas
23
9,1%
2 horas
72
28,5%
1 hora
138
54,5%
Figura 74 - Em média, qual é o seu tempo de permanência na praça?
Fonte: Janesch (2009).
4
15
24
23
8
8
123
48
0
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
1/2 hora
1 hora
2 horas
3 horas
4 horas
Masculino Feminino
Figura 75 - Em média, qual é o seu tempo de permanência na praça? Segundo sexo.
Fonte: Janesch (2009).
110
Motivos que levam o rolandense a uma praça
Os motivos pelos quais os rolandenses são levados a se utilizar das praças, apresentados na
Figura 76, em ordem decrescente e tomando como referência o usuário habitual das praças
(253 respondentes), são: descansar 37,1%; caminhar 21,8%; outros motivos não especificados
17,4%; levar criança/filho para brincar 12,3%; e, por fim, praticar esportes 11,4%. As
questões ler e tomar sol o foram assinalados, portanto, estes motivos não levam os
rolandenses às praças. Segundo o sexo, nota-se na Figura 77, que os motivos que levam o
sexo masculino às praças são o de acompanhar os filhos, descansar e praticar esportes,
enquanto que para o sexo feminino os motivos que puderam ser identificados nesta pesquisa
se resumem em caminhar e também, em menor prioridade, descansar.
Caminhar ;
55; 21,7%
Levar
criança/filho
para
brincar; 31;
12,3%
Praticar
esportes ;
29; 11,5%
Outros; 44;
17,4%
Descansar;
94; 37,2%
Figura 76 - Qual, ou quais, os motivos que o levam a uma praça?
Fonte: Janesch (2009).
78
3
29
31
6
16
52
0
0
38
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Descansar
Caminhar
Praticar esoprte
Levar criança/filho para brincar
Outros
Masculino Feminino
Figura 77 - Qual, ou quais, os motivos que o levam a uma praça? Segundo sexo
111
Fonte: Janesch (2009).
Os motivos que levam os rolandenses às praças o apresentados em maiores detalhes nas
Figuras 78, 79 e 80 respectivamente, em função da renda familiar, da escolaridade e da idade
dos entrevistados. Destacam-se nos dados contidos na Figura 78, com referência a 246
respostas, que ir à praça para descansar tem sido o hábito preferido pelas pessoas de renda
familiar inferior a de três salários mínimos, enquanto que o hábito de caminhar tem sido a
preferência das pessoas com renda familiar superior a de três salários mínimos.
6
10
36
20
10
1
0
11
5
8
13
15
0
3
5
10
10
2
6
0
0
2
13
4
8
4
0
0
1
10
26
5
2
0
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Até 1 s.m.
De 1,1 s.m. até 2 s.m.
De 2,1 s.m. até 3,0 s.m.
De 3,1 s.m. até 5 s.m.
De 5,1 s.m. a 10,0 s.m.
De 10,1 a 20,0 s.m.
Acima de 20,1 s.m.
Descansar Caminhar
Praticar esportes Levar criança/filho para brincar
Outros
Figura 78 - Motivos que levam o rolandense a uma praça, segundo a renda familiar
Fonte: Janesch (2009).
Os dados contidos na Figura 79 evidenciam que as pessoas que possuem nível de instrução
igual ou superior ao ensino médio completo têm preferência de ir à praça para descansar e
caminhar, enquanto que para as pessoas de vel de instrução inferior ao mencionado, a
preferência se dá no sentido da prática de esporte e do acompanhamento às crianças.
112
4
4
2
63
4
17
1
2
4
50
2
13
1
19
8
0
1
0
1
21
4
2
1
3
2
13
3
19
3
4
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fundamental
incompleto
Fundamental
completo
Ensino médio
incompleto
Ensino médio
completo
Superior
incompleto
Superior completo
Descansar Caminhar
Praticar esportes Levar criança/filho para brincar
outros
Figura 79 - Motivos que levam o rolandense a uma praça, segundo o nível de instrução
Fonte: Janesch (2009).
Pelos dados contidos na Figura 80, destaca-se que ir à praça para descansar tem sido o hábito
preferido pelas pessoas com idade superior a 70 anos, enquanto que caminhar tem sido um
hábito preferido das pessoas com idade inferior a 70 anos.
6
26
15
15
3
3
11
2
9
16
12
14
7
5
3
0
2
12
6
8
5
1
2
0
0
14
12
5
0
0
0
0
3
12
21
2
2
1
2
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
de 15 a 19 anos
de 20 a 29 anos
30 a 39 anos
de 40 a 49 anos
de50 a 59 anos
de 60 a 69 anso
de 70 a 79 anos
de 80 e mais
Descansar Caminhar
Praticar esportes Levar criança/filho para brincar
Outros
Figura 80 - Motivos que levam o rolandense a uma praça, segundo a idade
Fonte: Janesch (2009).
113
O que os rolandenses mais gostam nas praças que freqüentam
O que os rolandenses mais gostam em sua praça, tomando como referência o total de 242
repostas é: de encontrar amigos e conversar, com 26,4% da preferência dos usuários das
praças; da arborização 19%; de chafariz 12%; da quadra esportiva 8%, dos bancos, árvores e
pássaros 7%; da cancha de bocha 6%; das áreas de lazer e recreação 5%; do estacionamento
5%; da igreja 4%; do parque infantil 4% e por fim das mesas de jogos 3%, de acordo com o
demonstrado na figura 81.
Da igreja
10
4,1%
Do
estacionamen
to
12
5,0%
Área de lazer
e recreação
13
5,4%
Do parque
infantil
10
4,1%
das mesas de
jogos
7
2,9%
Cancha de
bocha
15
6,2%
Bancos,
árvores e
ssaros
18
7,4%
Da quadra
esportiva
19
7,9%
Chafariz
28
11,6%
Arborização
46
19,0%
Encontrar
amigos e
conversar
64
26,4%
Figura 81 - O que você mais gosta nas praças que freqüenta?
Fonte: Janesch (2009).
É importante ressaltar que, como se pode notar na Figura 82, apenas três dos doze itens
contemplam entrevistados tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino, a saber,
encontrar amigos e conversar, arborização e por fim ir à igreja. Nos demais itens as respostas
coincidentemente ora provêm somente de pessoas do sexo feminino, ora somente de pessoas
do sexo masculino. Os itens em que as respostas provêm somente de pessoas do sexo
114
masculino são quadra esportiva, cancha de bocha, estacionamento e mesas de jogos, enquanto
que as provenientes somente de pessoas do sexo feminino são chafariz, bancos, árvores e
pássaros, área de lazer e de recreação, paisagem e, por fim, parque infantil.
39
24
0
19
0
15
0
12
0
1
0
7
25
22
28
0
18
0
11
0
11
9
10
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Encontrar amigos e conversar
Arborização
Chafariz
Da quadra esportiva
Bancos, árvores e pássaros
Cancha de bocha
Área de Lazer e recreação
Do estacionamento
Da paisagem
Da igreja
Do parque infantil
Das mesas de jogos
Masculino Feminino
Figura 82 - O que você mais gosta nas praças que freqüenta? Segundo sexo
Fonte: Janesch (2009).
O que os rolandenses mais gostam em suas praças é apresentado em maiores detalhes nas
Figuras 83, 84 e 85, respectivamente, em função da renda familiar, da escolaridade e da idade
dos entrevistados.
115
1
1
0
1
0
2
1
1
1
3
0
1
1 0
9
5
5
5
6
2
2
1
2
2
3
2 1
1 7
8
7
4
5
4
6
1
2
4
3
15
8
1 1
2
6
1
3
1
2
1
2
0
1 7
1 1
4
4
3
1
2
1
2
1
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
2
1
0
0
0% 20 % 4 0 % 6 0 % 8 0% 10 0 %
E nc o n tra r a m ig os e c o n vers ar
A rb o riz aç ã o
C ha fariz
D a q ua dra e s p o rtiva
B a nc o s , á rvore s e p ás s a ro s
C an c h a d e b o c h a
Á rea de L a z e r e re c re aç ão
D o e s ta c ion am e n to
D a p a is ag em
D a igre ja
D o p a rq u e infa n t il
D as m e s a s d e jog o s
A té 1 s . m . d e 1 ,1 s .m . a 2 ,0 s .m . d e 2 ,1 s . m . a 3, 0 s .m .
3,1 s .m . a 5 ,0 s .m . d e 5 ,1 s .m . a 1 0 ,0 d e 1 0 ,1 s .m .a 2 0 ,0 s .m .
A c im a de 20 ,1 s .m .
Figura 83 - O que você mais gosta nas praças que freqüenta? Segundo a renda familiar
Fonte: Janesch (2009).
3
2
1
4
8
2
1
0
1
2
1
2
15
8
5
3
3
5
4
2
3
2
1
3
5
2
2
3
3
1
2
2
1
2
2
0
28
18
10
3
1
5
3
5
3
1
3
1
5
6
4
3
1
1
1
1
1
1
1
1
8
10
6
3
2
1
2
2
2
2
2
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Encontrar amigos e conversar
Arborização
Chafariz
Da quadra esportiva
Bancos, árvores e ssaros
Cancha de bocha
Área de Lazer e recreação
Do estacionamento
Da paisagem
Da igreja
Do parque infantil
Das mesas de jogos
Fundamental incompleto Fundamental completo
Ensino médio incompleto Ensino médio completo
Superior incompleto Superior completo
Figura 84 - O que você mais gosta nas praças que freqüenta? Segundo o nível de instrução
Fonte: Janesch (2009).
116
6
8
6
3
2
0
2
0
2
0
1
0
19
15
8
5
5
0
4
3
2
0
3
0
15
8
3
3
4
0
2
2
1
0
3
0
9
8
3
5
3
1
2
1
1
0
3
0
8
2
5
2
1
1
1
2
1
4
0
2
4
3
2
3
1
4
1
2
2
4
0
3
3
2
1
0
2
6
1
2
2
4
0
2
0
0
0
0
0
3
0
0
0
2
0
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Encontrar amigos e conversar
Arborização
Chafariz
Da quadra esportiva
Bancos, árvores e pássaros
Cancha de bocha
Área de Lazer e recreação
Do estacionamento
Da paisagem
Da igreja
Do parque infantil
Das mesas de jogos
15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos
50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 80 anos 80 anos e mais
Figura 85 - O que você mais gosta nas praças que freqüenta? Segundo a idade
Fonte: Janesch (2009).
O que os rolandenses menos gostam nas praças que freqüentam
Foram descritos oito itens que fazem parte do que os rolandenses menos gostam nas praças
que freqüentam, tomando como referencial 253 dos entrevistados, sendo os mesmos listados a
seguir em ordem decrescente de indicação: da falta de policiamento 29%; dos bancos sem
encosto 18%; da deposição de lixo na Praça 18%; da pouca iluminação 13%; da presença de
mendigos e manos 9%; do barulho 6%; da falta de manutenção 4%; e por fim das pichações
3,0%, conforme demonstrado na Figura 86.
117
Dos bancos
sem encosto;
45; 17,8%
Quando es
sem
manutenção;
10; 4,0%
Pouca
iluminação; 33;
13,0%
Dos mendigos
e manos; 22;
8,7%
Da falta de
policiamento;
73; 28,9%
Quando
depositam lixo
na praça; 46;
18,2%
Do barulho; 16;
6,3%
Das pichações;
8; 3,2%
Figura 86 - O que menos gosta na praça que freqüenta
Fonte: Janesch (2009).
Nota-se, pelos dados constantes na Figura 87, que as pessoas de sexo feminino têm liderado
na reprovação dos itens falta de segurança, presença de mendigos e manos, deposição de lixo,
entre outros.
34
10
16
4
26
20
3
39
12
17
6
19
26
4
5
16
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Da falta de policiamento
Dos mendigos e manos
Pouca iluminação
Quando está sem manutenção
Dos bancos sem encosto
Quando depositam lixo na praça
Do barulho
Da pichações
Masculino Feminino
Figura 87 - O que menos gosta na praça que freqüenta segundo sexo
Fonte: Janesch (2009).
118
O que os rolandenses menos gostam de suas praças é apresentado em maiores detalhes nas
Figuras 88, 89 e 90, respectivamente em função da renda familiar, da escolaridade e da idade
dos entrevistados.
6
4
3
2
6
3
2
2
11
3
3
1
6
11
4
4
12
6
7
0
4
3
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0
22
7
7
4
17
13
5
2
13
2
7
1
5
9
2
0
9
4
6
2
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2
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Da falta de policiamento
Dos mendigos e manos
Da pouca iluminação
Quando está sem manutenção
Dos bancos sem encosto
Quando depositam lixo na praça
Do barulho
Das pichações
Fundamental incompleto Fundamental completo
Ensino médio incompleto Ensino médio completo
Superior incompleto Superior completo
Figura 88 - O que menos gosta na praça que freqüenta segundo nível de instrução
Fonte: Janesch (2009).
3
3
3
2
3
1
1
1
15
6
9
2
13
7
2
1
26
6
11
2
14
28
6
2
9
3
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2
6
8
3
1
17
2
3
2
9
2
4
1
1
0
0
0
0
0
0
1
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0
0
0
0
0
1
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Da falta de policiamento
Dos mendigos e manos
Da pouca iluminação
Quando está sem manuteão
Dos bancos sem encosto
Quando depositam lixo na praça
Do barulho
Das pichações
até 1,0 s.m. de 1,1 a 2,0 s.m. de2,1 s.m. a 3 s.m.
de 3,1 s.m. a 5 s.m. de 5,1 s.m. a 10,0 s.m. de 10,1 s.m. a 20,1 s.m.
Acima de 20,1 s.m.
Figura 89 - O que menos gosta na praça que freqüenta segundo a renda familiar
Fonte: Janesch (2009).
119
5
25
16
9
10
9
0
0
3
10
6
1
1
1
0
0
2
9
3
5
4
4
2
4
1
2
2
1
2
2
0
0
2
10
13
6
5
9
0
0
3
12
16
9
3
2
0
1
1
2
1
4
3
6
0
0
3
0
1
1
2
1
0
0
0% 20% 40% 60% 80% 100%
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70a 79 anos
80 e mais
Da falta de policiamento Dos mendigos e manos
Da pouca iluminação Quando está sem manutenção
Dos bancos sem encosto Quando depositam lixo na praça
Do barulho Das pichações
Figura 90 - O que menos gosta na praça que freqüenta segundo a idade
Fonte: Janesch (2009).
O que o rolandense acha necessário melhorar nas praças que freqüenta?
Considera-se esta questão uma das mais importantes de toda a entrevista, pois é desta forma
que os anseios da população podem ser transmitidos ao Poder Publico. Responderam a esta
questão 395 pessoas, portanto 98,8% das 400 pessoas entrevistadas. Os rolandenses
relacionaram 16 melhorias, que são elencadas no Quadro 08, a seguir, por ordem decrescente
de indicação: precisa de policiamento constante (14,5%), mais iluminação (10,3%), construir
banheiros (8,3%), colocar equipamentos para exercícios físicos (7, 0%), promover atividades
de lazer e recreação (6,0%), colocar mais canteiros com flores (5,5%); construir mesinhas de
jogos de damas e baralho (5,3%); colocar bebedouros (5,0%), colocar lixeiras (5,0%),
promover shows nas praças (4,7%), construir cancha de bocha (4,7%), limpeza e manutenção
diária (4,5%), colocar bancos com encosto (4,3%), fazer feiras noturnas nas pras (4,3%) e
por fim construir quadra esportiva (3,5%) e, por fim, não opinaram (1,3%).
120
Quadro 08 - O que o rolandense acha necessário melhorar nas praças que freqüenta
Necessidade de melhorias Quantidade
de
respondentes
Freq. (%)
Precisa de policiamento constante 58 14,5%
Precisa mais iluminação 41 10,2%
Construir banheiros 33 8,2%
Colocar equipamentos para exercícios físicos 28 7,0%
Promover atividades de lazer e recreação 24 6,0%
Promover atividades para idosos 24 6,0%
Colocar mais canteiros com flores 22 5,5%
Construir mesinhas para jogos de damas e baralho 21 5,2%
Colocar bebedouros 20 5,0%
Colocar lixeiras 20 5,0%
Construir cancha de bocha 19 4,7%
Promover shows nas praças 19 4,7%
Precisa de limpeza e manutenção dria 18 4,5%
Colocar bancos com encosto 17 4,2%
Feira noturna do produtor (Feira da Lua) 17 4,2%
Construir quadra esportiva 14 3,5%
Não opinaram 5 1,3%
Fonte: Janesch (2009).
Qual a opinião sobre as praças de Rolândia?
Das 400 pessoas entrevistadas, 395 pessoas opinaram sobre as praças da Cidade de Rolândia,
conforme o Quadro 09, perfazendo um montante de 98,8% da amostra. Onze itens foram
listados pelos entrevistados, sendo que somente dois itens foram descritos de forma negativa,
a saber, 8,8% disseram que a praça tem manos e 4,5% que não são locais seguros. Os
demais itens foram respondidos de forma positiva, onde os entrevistados deixam claro que de
um modo geral as praças são bem cuidadas e belas, com 86,7% das opiniões, no entanto
muitas destas opiniões se fizeram acompanhadas de ressalvas. Seguem, em ordem
decrescente, as respostas com referência a cada item e na forma de porcentagem: são bonitas,
mas precisam de policiamento (17,0%), atualmente são bem cuidadas (12,2%), são bonitas
(10,5%), são bem cuidadas, mas faltam banheiros e bebedouros (9,5%); tem manos nas
praças (8.8%), são bem cuidadas (8,7%), gosto das praças de Rolândia (8,0%), são bem
cuidadas, mas faltam atrações (7,3%), são bem cuidadas, mas as pessoas depositam lixo
(6,2%); são bem cuidadas, mas faltam bancos com encosto (6,0%), não são locais seguros
(4,5%) e, por fim, não opinaram (1,3%).
121
Quadro 09 - Qual a opinião dos usuários sobre as praças de Rolândia
Opinião sobre as praças
Número
de
entrevista
dos
Freq. (%)
São bonitas, mas precisam de policiamento 68 17,0%
Atualmente são bem cuidadas 49 12,3%
São bonitas 42 10,5%
São bem cuidadas, mas faltam banheiros e bebedouros 38 9,5%
Só tem manos nas praças 35 8,8%
São bem cuidadas 35 8,8%
Gosto das praças de Rolândia 32 8,0%
São bem cuidadas, mas faltam atrações 29 7,3%
São bem cuidadas, mas as pessoas depositam lixo 25 6,2%
São bem cuidadas, mas faltam bancos com encosto 24 6,0%
Não são locais seguros 18 4,5%
Não opinaram 5 1,3%
Fonte: Janesch (2009).
7 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Pelo levantamento quantitativo dos equipamentos, estruturas e mobiliário, existente nas
praças centrais da Cidade de Rolândia observa-se a deficiência nos seguintes itens: lixeiras,
sanitários, iluminação alta e baixa, piso e caminhos para pessoas com necessidades especiais,
identificão de logradouro, parque infantil e ponto de ônibus.
Na seqüência, com referência à qualidade, quantidade e tipo do mobiliário, das estruturas e
dos equipamentos, serão feitas considerações e observações pertinentes.
7.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DO MOBILIÁRIO, DAS ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DAS
PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA-PR
Bancos
Os bancos existentes nas praças centrais de Rolândia em termos de qualidade foram avaliados
como regulares, pois necessitam de reparos assim como também há necessidade de se
implantar bancos com encosto, para melhor conforto ergonômico, principalmente para
pessoas da terceira idade e pessoas que pretendem permanecer na praça por um tempo maior,
destinado ao descanso e contemplação da paisagem. A implantação de bancos com encosto,
por ser um modelo distinto dos existentes, quebraria até certo ponto a monotonia deixada pela
existência de um único modelo.
Lixeiras
Conforme mencionado anteriormente, somente quatro praças centrais da cidade de Rolândia
possuem lixeiras implantadas, sendo que estas são inadequadas, não se encontrando em
condições de uso, e insuficientes. Portanto, as existentes precisam ser substituídas e novas
lixeiras precisam ser acrescidas para se adequar à demanda. Faz-se necessário a implantação
deste equipamento nas 09 praças da área central que não as possuem, devendo esta
implantação se dar em quantidade adequada a demanda dos usuários.
123
Sanitários
Os sanitários estão presentes somente na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, sendo que dos
quatro sanitários existentes, um necessita de restauração. Faz-se necessário a implantação de
banheiros em pelo menos mais três praças que são a Praça Castelo Branco, a Praça da Igreja
Matriz e a Praça Paul Harris.
Iluminação
A Praça Castelo Branco, devido sua recente restauração, é a única que está com a iluminação
em perfeito estado de conservação. As demais praças estão com problema de iluminão, seja
pela falta de reposição de lâmpadas ou pela falta de manutenção e reparos em geral.
Pisos
A qualidade dos pisos das praças centrais é boa, apesar da necessidade de alguns reparos na
Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro.
Traçado dos Caminhos
O traçado dos caminhos das praças centrais de modo geral é de boa qualidade, possibilitando
deslocamento cil das pessoas, portanto, permitindo boa circulação para a maioria dos
transeuntes. A Praça Adulcino José Jordão não dispõe de rampa de acesso para pessoas com
necessidades especiais, dificultando com isto o acesso de parte dos cidadãos entre eles os
idosos e os cadeirantes. A Praça da Igreja Matriz é a única que dispõe, em seu
estacionamento, de um espaço reservado para o embarque e desembarque de pessoas
portadoras de necessidades especiais. Excetuando-se a Pra Castelo Branco, as demais
praças centrais da Cidade de Rolândia carecem de melhoria nos dispositivos de acesso às
pessoas portadoras de necessidades especiais.
Seguraa
As pras centrais da cidade Rolândia não o policiadas permanentemente, motivo este que
associado a problemas de iluminação as torna inseguras em determinados horários.
124
Conforto ambiental
O conforto acústico não se faz presente em todas as praças, como é o caso das praças da Igreja
Matriz, Castelo Branco, Presidente Tancredo Neves e Roland, onde o ruído proveniente do
tráfego de automóvel é intenso. Conforto térmico é bom em quase todas as praças, com
exceção da Praça da Igreja Matriz que está localizada no alto do espigão, portanto recebe
influência de vento em todas as épocas, tornado-se agradável no verão e fria no inverno. A
Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro possui uma área grande de estacionamento interno
pavimentada, tornando-se, no verão, um local quente e desconfortável. A Praça Castelo
Branco também é uma praça que sofre com a falta de qualidade térmica, pelo fato de grande
parte das árvores terem sido erradicadas quando de sua restauração em 2008, ampliando-se
com isto a área impermeabilizada, portanto, tornando-a mais quente no verão. Nas demais
praças, pode se considerar que é bom o conforto térmico, devido a grande presença de árvores
em seu interior. Praças da área central que podem ser consideradas agradáveis quanto ao
conforto ambiental são a Toshike Umebara, Zumbi dos Palmares, Paul Harris, Interventor
Horácio Cabral, Adulcino José Jordão, e a Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, ao contrário das
praças Castelo Branco, Roland, Presidente Tancredo Neves, da Igreja Matriz, Martins
Liberatti, onde é intensa a interferência proveniente da circulação tanto de veículos nas ruas
quanto de pedestre no interior das mesmas. Quanto ao quesito visual, todas as praças
proporcionam um belo visual ao usuário, cada qual com suas particularidades.
Conservação e limpeza
O Poder Público em Rolândia vem realizando, a contento, a limpeza das praças, inclusive a
conservação das árvores, realizando periodicamente as podas destas. Apesar das praças
centrais serem consideradas limpas e conservadas, não se pode ignorar o hábito de alguns
usuários de não se utilizar das lixeiras ou mesmo usar determinados locais da praça para
deposição de lixos diversos.
Localização
A localização das praças centrais da cidade de Rolândia pode ser considerada como boa, pois
atende o somente aos habitantes da área central como também os habitantes de outras áreas
da cidade. As Praças Presidente Tancredo Neves, da Igreja Matriz e Martins Liberatti estão
125
localizadas em pontos estratégicos para passagem e circulação de usuários, pois, nelas estão
implantados pontos de ônibus. As demais praças da área central estão inseridas em pontos que
permitem aos usuários o descanso, a descontração, a recreação, algumas se localizando
inclusive em áreas residenciais.
Estacionamento
Todos os estacionamentos externos e internos das praças estão em bom estado de
conservação. A única praça em que o estacionamento interno necessita de reparos é a Praça
Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro. Ressalta-se que somente o estacionamento interno da Praça da
Igreja Matriz possui local específico de embarque e desembarque de pessoas com
necessidades especiais.
Palco/Coreto
O palco da Praça Castelo Branco está em ótimo estado de conservação, tendo sido implantado
e restaurado recentemente. O coreto da Praça da Igreja Matriz encontra-se todo pichado,
portanto, necessitando de pintura.
Quiosque de Alimentação
Somente ts praças onde estão localizados os quiosques de alimentação: Praça Adulcino
José Jordão, Pra Presidente Tancredo Neves e Praça da Igreja Matriz. Todos os três
quiosques estão em bom estado de conservação, sendo pintados e bem edificados.
Quadra esportiva
Somente quadra esportiva na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro, sendo recentemente
restaurada e equipada, portanto, estando suas estruturas em ótimo estado para a utilização.
Estrutura para terceira idade
Duas praças contemplam este tipo de estrutura, a Praça nego Luiz Gonzaga Ribeiro e a
Praça Castelo Branco, sendo que nesta última há tão somente as tradicionais mesas de jogos
126
de damas, xadrez e baralho, em perfeito estado de conservação. Recentemente foi restaurada,
inclusive, com colocação de cobertura, a cancha de bocha da Praça nego Luiz Gonzaga
Ribeiro, portanto, em plena condição de uso. As praças centrais de Rolândia carecem de
implantação de outros tipos de equipamentos para a terceira idade, tais como os de academia
ao ar livre.
Parque Infantil
Este tipo de equipamento se faz presente somente na Praça Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro,
inclusive, com novos brinquedos disponibilizados após a recente restauração. Encontra-se em
perfeito estado de conservação e de uso, no entanto, segundo reclame dos usuários, carece da
instalação de pelo menos dois bancos de descanso, destinados ao uso de acompanhantes.
Espelho de água/chafariz
A Praça da Igreja Matriz e a Praça Castelo Branco são contempladas com chafariz, muito bem
cuidado, iluminado e em harmonia com o ambiente, portanto, em perfeito estado de
conservação.
Obras de arte
As obras de arte, na forma de estátua e de painel, se fazem presentes em três praças da área
central, sendo as mesmas detalhadas a seguir. A estátua da Praça da Igreja Matriz é uma
imagem do Sagrado Coração de Jesus, bem conservada, obra de grande beleza e em perfeito
estado de conservação. A estátua da Praça Roland constitui-se no lendário guerreiro medieval
Roland, 50 anos doada à cidade, encontra-se restaurada e em perfeito estado de
conservação, tornando-se, pelo uso de refletores à noite, um magnífico visual.
Lamentavelmente, a terceira obra de arte, um painel em homenagem à raça negra, instalada na
Praça Zumbi dos Palmares, está irreconhecível, pois, se encontra desfigurada pela pichação.
Ponto de ônibus
O ponto de ônibus urbano da Praça Presidente Tancredo Neves está em ótimo estado de
conservação, pois, foi recentemente instalado, advindo da Praça Castelo Branco. Na Praça da
127
Igreja Matriz, um dos pontos de ônibus necessita de reparos ou mesmo de substituição, dado o
seu estado de deterioração. Faz-se necessário a instalação de um ponto de ônibus na Praça
Martins Liberatti, pois, estabelecido pelo uso e costume, o ponto lá existente é sem cobertura,
não havendo sequer no local placa indicativa de ponto de ônibus.
Vegetação
Todas as praças da área central de Rolândia são arborizadas, em quase todas as praças
árvores de grande porte, proporcionando sombreamento e amenizando a temperatura em dias
quentes. A cobertura vegetal dos canteiros, diversificada no uso de espécimes, é bem
conservada e harmoniosa em seu conjunto.
Paisagismo
O paisagismo é condizente com cada praça, harmônico no conjunto e agradável no visual,
podendo-se qualificar como bom. As duas praças que merecem destaque são a da Igreja
Matriz, pelo conjunto harmonioso proporcionado pelo porte da igreja e a vegetação existente,
destacando-se, inclusive, pela presença das palmeiras imperiais disponibilizadas na frente da
igreja e, por fim, a Praça Castelo Branco que, após a sua restauração, é de notável beleza
implementada pelo chafariz, pelo conjunto da vegetação e pela iluminação cênica, que destaca
o ambiente como um todo, principalmente à noite. Mesmo durante o diaharmonia entre os
elementos que comem a Praça Castelo Branco, constituindo-se num ambiente de visão
agradável.
7.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA VEGETAÇÃO DAS PRAÇAS CENTRAIS DE ROLÂNDIA
Foram identificadas 24 espécies arbóreas o frutíferas, sendo a mais presente o ipê roxo
(Tabebuia avellanedae) da família das Bignoniaceae, com 58 unidades nas praças centrais,
perfazendo um total 24,9% das árvores existentes. Foram identificadas também 4 espécies de
frutíferas, percentualmente insignificativo no conjunto, perfazendo 2,1% do total de árvores
existentes nas praças centrais de Rolândia, sendo em sua maioria plantadas na Praça Castelo
Branco.
Foram identificados 88 indivíduos de palmáceas. A predominância nas espécies das
128
palmáceas foi o Jerivá (Arecastrum romanzofianum), com 51 unidades perfazendo 58% de
todas as palmáceas existentes nas praças centrais de Rolândia. A Pra da Igreja Matriz é a
que individualmente mais possui palmáceas, sendo um total de 22 unidades (25% do total),
mas, no entanto, as três praças instaladas em frente da antiga estação ferroviária, em seu
conjunto, possuem 43 palmeiras das 88 existentes (48,9% do total).
7.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ENQUETE DE OPINIÃO
Através deste trabalho a população expressou sua opinião a respeito das praças,
principalmente as centrais da cidade Rolândia, trazendo informações de suma importância e
que se constituem em verdadeiros subsídios para os planejadores urbanos, necessários à
gestão das praças nesta cidade. É importante conhecer como os usuários das praças de
Rolândia recebem e usufruem destes espaços urbanos, disponibilizados ao convívio social da
população. A obtenção destas informações se fez através da aplicação de enquete de opinião,
utilizando-se para isto uma amostra representativa da população como um todo. A primeira
parte do questionário aplicado na enquete se constituiu de perguntas voltadas à caracterização
da amostra utilizada. Pelos dados obtidos constatou-se que as características da amostra
utilizada se assemelham às da população identificada pelo censo IBGE/2000 ou mesmo pelo
levantamento IBGE/2007, no tocante à idade das pessoas. Esta semelhança também se
manifesta em relação à renda familiar, quando se consideram na comparação duas faixas de
renda: a de até três salários nimos e a acima deste valor. Diferença significativa entre a
amostra utilizada e a população IBGE/2000 se dá no nível de instrução, sendo o nível de
escolaridade das pessoas integrantes da amostra superior ao da população de 2000. Segundo o
local de moradia, das 400 pessoas entrevistadas 146 (36,5%) residem na região central da
cidade enquanto que 254 (63,5%) residem na periferia. Em termos de ocupação 72,5% dos
entrevistados são trabalhadores convencionais e o restante é constituído de aposentados
(10%), de estudantes (7,8%), donas de casa (7%) e de desempregados (2,7%), sendo o grupo
de trabalhadores em sua maioria formada por pessoas do sexo masculino. A maioria dos
trabalhadores labora em jornada semanal de no mínimo 44 horas e dedicam de 1 a 3 horas
diárias ao lazer.
Em dias de folga, quando as pessoas ficam em casa, entre outros afazeres e em ordem de
preferência, as mesmas vêem televisão, descansam, lêem e realizam atividades relacionadas
com o trabalho. Em dia de folga, 56,3% das pessoas entrevistadas costuma sair de casa, sendo
129
este hábito liderado pelas pessoas de sexo masculino. A preferência dos entrevistados em
ordem decrescente de interesse é a de visitar parentes e amigos (85,8%), ir ao campo (68%), ir
ao shopping (36,5%), ir ao cinema (18%), ir à praia (17,5%), ir à praça (13,3%), ir ao clube
(12,3%) e por fim ir a outros lugares (49%).
Somente 13,3% dos entrevistados costumam ir às praças em dia de folga, no entanto, se
considerados os outros dias, esta porcentagem sobe para 63,3%, sendo, inclusive, este hábito
liderado pelo sexo feminino.
Em termos de preferência dos entrevistados, as praças centrais de Rolândia são as mais
utilizadas, tanto pelos moradores da região central da cidade, quanto pelos da periferia, sendo
as praças mais visitadas aquelas de igreja, como é o caso das praças da Igreja Matriz e a
Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro no centro, com 24,4% da preferência, e as praças Santo
Agostinho e Bovis na periferia, com 13,8% da preferência.
Na questão relacionada a não freqüência às praças, os motivos apresentados em ordem
decrescente de importância se relacionam em não dispor de tempo, não ter costume, o ser
local seguro, o ter atrativo, distância da praça, trabalhar à noite, existência de mendigos e
manos e por fim não gostar das praças. Quando considerado a influência do sexo na resposta,
nota-se que as pessoas de sexo feminino dão muita importância ao item segurança.
Os dias em que os entrevistados costumam ir à praça são o sábado e o domingo, sendo o
bado preferido pelas pessoas de sexo masculino. Com referência ao período, os
entrevistados apontam no sentido da preferência de ir à praça à noite, à tarde e por fim de
manhã, sendo este último período liderado na preferência pelas pessoas do sexo feminino.
O tempo de permanência nas praças tem sido de uma e de duas horas, sendo que o sexo
feminino dá preferência à permancia de até duas horas enquanto que o sexo masculino tem
o hábito de permanecer na praça por tempo mais longo.
Os principais motivos que levam os entrevistados à praça o, para o sexo masculino,
acompanhar os filhos, descansar e praticar esportes, enquanto que para o sexo feminino os
motivos principais são o caminhar e o descansar. Para as pessoas com 70 anos de idade ou
mais a praça se resume no descansar e eventualmente no caminhar, todavia para as pessoas
com idade inferior aos 70 anos, caminhar e o descansar na praça têm sido dois itens
importantes nos motivos que as levam às praças.
O que os entrevistados mais gostam das praças que freqüentam, em ordem decrescente de
importância, é encontrar amigos e conversar, da arborização, do chafariz, da quadra esportiva,
130
da contemplação, da cancha de bocha, das áreas de lazer, do estacionamento, das igrejas, do
parque infantil e por fim das mesas de jogos. O que eles menos gostam, também em ordem
decrescente de importância, é da falta de policiamento, dos bancos sem encosto, da deposição
de lixo, da iluminação deficiente, da presença de mendigos e manos, do barulho, da falta de
manutenção e, por fim, das pichações.
Das entrevistas surgiram diversas propostas que contemplam melhorias em diversos itens,
relacionando-se ao policiamento, iluminação, construção de banheiros, instalação de
equipamentos para a realização de exercícios, promoção de lazer e recreação, implantação de
canteiros com flores, de mesas de jogos, cancha de bocha e de quadra esportiva, instalação de
bebedouros e lixeiras, estabelecimento da limpeza diária e manutenção periódica nas praças,
instalação de bancos com encosto e por fim a realização de feiras noturnas.
Os rolandenses vêem suas praças com um olhar positivo e de aprovação, naturalmente
respeitando-se as diversas melhorias propostas, que no seu entender se fazem necessárias. A
rejeição às praças, neste caso, tem sido até certo ponto baixa com seus 13,3%, quando
comparada com o nível de aceitação apontado pelos entrevistados de 86,7%.
8 CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como foco principal a análise das treze praças centrais originais da
planta da cidade de Rolândia, vista pela satisfação do público usuário da região central da
cidade, manifestada através das respostas à enquete realizada com uma amostra de 400
pessoas. Pela enquete constatou-se que: o maior número de entrevistados era do sexo
feminino; a idade dos entrevistados que prevaleceu na pesquisa foi entre 20 e 29 anos; com
relação à caracterização socioeconômica, a maioria dos respondentes possa renda de 2,1
salários mínimos a 3,0 salários mínimos; nível de instrução é o ensino médio completo; o
trabalhadores, com jornada de 44 horas por semana e dedicam de 2 horas diárias ao lazer; em
dias de folga, quando ficam em casa, vêem televisão; quando saem de casa, visitam parentes e
amigos; os que mais vão às praças em dia de folga são do sexo feminino; e com relação ao
perfil do entrevistado, freqüentam mais a Praça da Igreja Matriz; não freqüentam as praças
porque não tem tempo; o dia em que costumam ir à praça é sábado; o tempo de permanência
nas praças tem sido de uma hora; vão à praça para descansar; o que mais gostam das praças
que freqüentam é encontrar amigos e conversar; o que eles menos gostam é da falta de
policiamento.
Os resultados confirmaram as hipóteses delineadas no início da realização do trabalho, tendo-
se em vista que os usuários da região central da Cidade de Rolândia estão satisfeitos com as
suas praças, principalmente as centrais, mas apontam melhorias que no seu entender se fazem
necessárias. Cabe ao Poder Público, na busca de ganho na satisfação do usuário, implementar
estas melhorias sugeridas pelos entrevistados.
Todavia, em relação à acessibilidade, esta restou prejudicada pelo fato de que na Praça
Adulcino JoJordão não rampas de acesso e na Praça Pioneiro Otto Kreling, devido ao
fato do piso ser ecológico, fica prejudicado a circulação de cadeirantes pelo local.
Identificou-se que as pras da cidade de Rolândia, principalmente as centrais, pelo nível de
aceitabilidade apontada pelos entrevistados de 86,7%, vêm contribuindo de certa forma não
com a integração das pessoas entre si e no ambiente urbano, mas também vêm contribuindo
com certeza na qualidade de vida das pessoas, sendo isto resultante não pela satisfação
manifestada pelos usuários, mas também pela área verde em que se constituem.
Quanto à avaliação quantitativa dos equipamentos e estruturas nas praças centrais, percebeu-
se que alguns não estão disponibilizados em número suficiente enquanto que outros pela sua
inexisncia precisam ser implantados em determinadas praças, no entanto apesar disto e de
132
um modo geral os usuários estão satisfeitos com o que lhes é disponibilizado nas praças.
De acordo com o levantamento quantitativo da vegetação percebeu-se que as praças são
arborizadas. É habitual lamentar toda vez que há a erradicação de árvores, como foi no caso
da Praça Castelo Branco em que a erradicação se fez em nome do embelezamento e da
modernização, onde houve ganho da área de impermeabilização e, portanto, na promoção na
ilha de calor e na redução provável do número de pássaros. Com relação à enquete de opinião,
vale ressaltar que a arborização das pras centrais foi um dos itens de preferência dos
rolandenses, tanto de pessoas do sexo feminino quanto do sexo masculino, sobre os motivos
que os levam as praças, justificando o protesto pela erradicação das árvores.
Um dos motivos que tolhe a liberdade dos freqüentadores das pras é a falta de policiamento
constante, tornando o local deficitário em termos de segurança, principalmente no horário
noturno. A deficiência no policiamento permite a presença de pessoas indesejáveis nas praças,
tendo como resultado o conflito e por fim o afastamento do verdadeiro usuário a quem este
local público se destina.
necessidade de melhoria no ambiente construído e nas condições de conforto do usuário,
através da instalação de bancos com encosto, canteiros com flores, manutenção periódica das
luminárias e nos equipamentos disponibilizados, instalação de banheiros, bebedouros e de
lixeiras em quantidade necessária à demanda. Segundo Lima (2006, p. 34), os profissionais
responsáveis por projetos que envolvem espaços públicos urbanos devem recorrer a enfoques
ergonômicos para melhorar a qualidade de vida do usuário e possibilitar que este exerça sua
cidadania.
necessidade de implantação de equipamento voltado para exercícios físicos principalmente
para a terceira idade (instalação de academia ao ar livre), inclusive implantação adicional de
quadras esportivas e de canchas de bocha.
necessidade de se implementar atividades de lazer e recreação, podendo a Secretaria de
Cultura e a Secretaria do Desporto, através de projetos, realizar atividades de recreação, feiras
artesanais, feiras gastronômicas, dentre outras sugestões, no intuito de trazer a população para
a praça. Também as escolas, municipais e estaduais, o grupo escoteiro da cidade e
organizações o governamentais podem e devem utilizar o espaço das praças como local de
reuniões e/ou de execução de suas atividades. Não se pode olvidar que a praça também possui
uma função ecológica, e que levando as crianças para este espaço público estar-se-á
contribuindo, a nível educacional, para a conscientização de que a preservação do meio
133
ambiente favorece a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade, criando no educando o
hábito da convivência coletiva.
necessidade de se estabelecer um sistema de limpeza diária das praças, posto que, segundo
os usuários, as pessoas acabam por depositar lixo nas praças, tornando o ambiente menos
atrativo para a utilização pela população. Assim, é necessário que estes espaços sejam limpos
todos os dias, que haja manutenção nas lixeiras, a retirada de entulhos deixados pelos
habitantes, e, principalmente, realizar campanhas de conscientização, através de mensagens
dirigidas aos munícipes para que respeitem e mantenham limpas as pras da cidade.
necessidade de melhoria no acesso de pessoas portadoras de deficiência, pela instalação de
dispositivos adequados a este fim, como rampas de acesso, piso tátil e outros meios de
acessibilidade de acordo com a Lei n. 10.098 de 18 de dezembro de 2000 Lei de
Acessibilidade.
É importante ressaltar que este estudo não esgota o tema, mas pode contribuir para que o
Poder Público do Município de Rolândia-Pr conheça o nível de satisfação dos usuários das
praças e saiba quais ações devem ser realizadas objetivando a melhoria da estrutura,
mobiliário e equipamentos destes espaços públicos. Fica aqui a sugestão para continuidade
dos trabalhos a realização de pesquisa através de entrevistas na região de cada praça, onde o
formulário de enquete, com alterações pertinentes, será, provavelmente, respondido, inclusive,
por usuários, em potencial, sendo assim possível se detectar as reais necessidades dos
usuários e da população lindeira.
Isto reforça a proposição de De Angelis de ouvir a população lindeira, para que opine sobre o
que gostaria de ter em sua praça, posto que, “uma praça desvinculada da realidade da
população, se transformará com certeza em um espaço abandonado”.
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