(infantil, juvenil e de terceira idade), religiosas e/ou político-cívicas. Também devem ser
observados outros fatores que justificam a importância da praça no contexto urbano:
circulação interna, estética da praça, as ilhas verdes, a absorção de água e desenho urbano,
entre outros. Não se pode esquecer, também, de se ouvir a população lindeira a neste local, no
sentido de se conhecer suas demandas para o espaço em questão.
Como a praça é um espaço aberto destinado à população, precisa ser e estar acessível a esta,
pelo motivo que se não o for, não poderá receber o público que dela pode fazer uso, seja para
praticar a ociosidade ou qualquer outra atividade, inclusive a esportiva.
É possível se avaliar na forma qualitativa e quantitativa se as formas e as funções do ambiente
construído, inclusive as praças, estão sendo eficazes nas atividades a que se destinam.
Neste sentido, Lamas (2004, p. 44) identifica alguns aspectos que podem ser mensurados:
Aspectos quantitativos - todos os aspectos da realidade urbana podem ser
quantificáveis e que se referem a uma organização quantitativa são:
densidades, superfícies, fluxos, coeficientes volumétricos, dimensões perfis,
etc. todos esses dados quantificáveis são utilizados para controlar aspectos
físicos da cidade.
Aspectos de organização funcional - relacionam-se com as atividades humanas
(habitar, instruir-se, tratar-se, comerciar, trabalhar, etc.) e também com o uso
de uma área, espaço ou edifício (residencial, comercial, escolar, sanitário,
industrial, etc.), ou seja, ao tipo de uso do solo. Uso a que é destinado e uso que
dele se faz.
Aspectos qualitativos - referem-se ao tratamento dos espaços, ao <conforto> e
à <comodidade> do utilizador. Nos edifícios poderão ser a insonorização, o
isolamento térmico, a correta insolação, etc. - e, no meio urbano, poderão ser
características como o estado dos pavimentos, a adaptação ao clima (insolação,
abrigo dos ventos e chuvas), a acessibilidade, etc. Os aspectos qualitativos
podem também ser quantificáveis através de parâmetros (o nível de pressão
sonora que mede o conforto sonoro, o lux como unidade ou a iluminância).
Aspectos figurativos - os aspectos figurativos relacionam-se essencialmente
com a comunicação estética.
Os espaços livres são criados, legislados, projetados e gerenciados pelo poder público
municipal, destinados à população, tendo como objetivo satisfazer as necessidades de seus
usuários, proporcionando qualidade de vida (satisfação das necessidades) e aumentar a justiça
social (os indivíduos devem ter acesso aos equipamentos públicos urbanos). Portanto, o poder
público não só deve legislar sobre esta questão, mas, também, propiciar as condições para que
o acesso se efetive de fato e de forma independente da etnia das pessoas, e do seu estado
físico ou social. Desta maneira, os espaços públicos devem ser dotados de infra-estrutura
condizente com o local e seu usuário. Sob o aspecto social, a infra-estrutura de uma praça visa
promover adequadas condições de lazer e segurança; sob o aspecto econômico, a infra-