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UNI VERSIDADE ESTADUAL PAULI STA
JULIO DE MESQUI TA FI LHO
FACULDADE DE CI ÊNCI AS AGRÁRI AS E VETERI NÁRI AS
CÂM PUS DE JABOTI CABAL
RODA S COMPA CTA DORA S E A T ERRA DORA S NA
QUA LIDA DE DE A CA BA MENT O DE SEMEA DURA DIRETA
Tatiane Aparecida Soares
Engenheira Agrônoma
JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL
2009
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Livros Grátis
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Milhares de livros grátis para download.
UNI VERSIDADE ESTADUAL PAULI STA
JULIO DE MESQUI TA FI LHO
FACULDADE DE CI ÊNCI AS AGRÁRI AS E VETERI NÁRI AS
CÂM PUS DE JABOTI CABAL
RODA S COMPA CTA DORA S E A T ERRA DORA S NA
QUA LIDA DE DE A CA BA MENT O DE SEMEA DURA DIRETA
Tatiane Aparecida Soares
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani
Co-orientador: Dr. Ruy Casão Júnior
Tese apresentada à Faculdade de C iências
Agrár ias e Veterinárias Unesp, Cam pus de
Jaboticabal, com o parte das ex inc ias para a
obtenção do título de Doutora em Agronom ia
(Ciência do Solo).
JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL
2009
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Soares , Tatiane Aparecida
S676r
Rodas compactadoras e aterradoras na qualidade de
acabamento de s e meadura direta / Tatiane Aparec ida Soares . – –
Jaboticabal, 2009
xvii, 111 f. : il. ; 28 c m
Tes e (doutorado) - Univers idade Es tadual Pau lis ta, Fa culdade de
Ciências Agrár ias e Veterinár ias , 2009
Orien tador: Car los Eduardo Angeli Fur lani
Banca exa minadora: Rou vers on Pereira da Silva , An tonio Sérg io
Ferraudo, Luiz Ma lcolm Mano de Mello, Wils on Jos é Oliveira de
Souza
Bib liogra fia
1. E mergênc ia. 2. Cobertura Vegeta l. 3. Sela mento Su perfic ial. I.
Títu lo. I I. Jaboticaba l - Facu ldade de Ciênc ias Agrárias e Veter inárias .
CDU 631.531:631.543
Fic ha c atalo g ráfic a ela bo rada pe la Se ção Técnic a de A quisi ção e Tratam e nto da I nfo rm ação
Serv iço T écnic o de B ib lio teca e Do c um entaç ão - UNESP , Câm pus de Jabo t ic abal.
iii
DA DOS CURRI CULA RES DO A UTOR
Tatian e A parecida Soares - nasceu no dia 23 de j unho de 1976, nas cidade de
São Paulo, onde cursou o ens ino fundam ental e m édio. É graduada em Engenharia
Agronôm ica pela F aculdade de Ciênc ias Agrom icas de Botucatu/SP - Univers idade
Estadual Paulista "J úlio de M esquita Filho" ( 2000), Mestre em Agronom ia na Área de
Concentraç ão Energia na Agr icult ura pela mesm a Instituiç ão (2003) e Doutoranda pela
Faculdade de C iênc ias Agrárias e Veterinár ias de Jaboticabal/SP inic iado em agosto de
2005. T em ex periênc ia na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Pré-
Processam ento de Produtos Agrícolas e Arm azenam ento de grãos, atuando
principalm ente nos seguintes tem as: análise de acidez grax a, qualidade de soj a,
arm azenam ento. Atualm ente, desenvolve pesquis a na área de Engenhar ia Agrícola,
com ênfase em Máquinas e Mecanizaç ão Agrícola, atuando princ ipalm ente nos
seguintes tem as: acabam ento de sem eadura no s ist em a plant io direto e m anej o e
conservação do solo, tais tem as, estão sendo estudados durante o curs o de doutorado.
Professora Ass istente na UNIBAN desde 02/2009 - curso de Tecnólogo em Gestão
Am biental (Tecnólogo) m inis trando as disciplinas de Econom ia Am biental, Gestão de
Recursos Naturais e M onitoram ento Am biental. Em 2009 conc luiu o doutorado.
DADOS CURRICULARES
iv
Saber Esperar
Esperand o, espe rei no Senhor, e i ncli nando-se ouvi u meu clamo r.
Canto novo ele s em meus lábi os, um p oe ma em lo uvor a o Senho r.
(Sl 39,1)
Através deste s almo, o Senhor nos faz refleti r:
A pessoa espe rançosa esper a es peran do . Ela sabe, co m mui ta confi ança, q ue o Pai
tem planos para cada momento de nossas vi das e semp re est á pro nto para r ealiz á-los
na hora mai s apropri ada.
EPÍGRAFE
v
Aos meus pai s Luiz e Mari a
Ao meu na mora do e ami go André Luiz Johann
ÓRIA
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por tudo, principalmente pelas dificuldades de aprendizado e
saúde que tive que superar durante os quatro anos do curso de doutorado. Mas, Deus
me carregou em seus braços e me mostrou a força que o ser humano tem em seu
interior, força esta, capaz de transpor todos os obstáculos presentes em nossas vidas.
Ao meu orientador da FCAV UNESP - Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani e
ao meu co-orientador do IAPAR Pesquisador Dr. Ruy Casão Júnior pela orientação e
amizade.
À equipe de trabalho da Fazenda Experimental do IAPAR em Londrina/PR pela
ajuda na instalação e condução do experimento em campo e laboratório.
Sou grata aos amigos João Paulo e Cristian pelo auxílio a todas as atividades
desenvolvidas e pela amizade.
Agradeço ao Prof. Dr. Barbosa pela orientação na área estatística.
Agradeço ao Prof. Sérgio A. Ferraudo pela orientação na área estatística e pela
amizade.
Agradeço ao Prof. Dr. Jairo O. Cazetta pela orientação no período inicial da tese
e pela amizade.
vii
Agradeço aos professores, Rouverson, Ferraudo, Wilson e Malcolm, pela
participação na defesa de minha tese com críticas e sugestões para a melhor redação
da tese.
Aos funcionários da pós-graduação e biblioteca pela colaboração e amizade.
Um agradecimento geral a todos os professores que ministraram as disciplinas
de pós-graduação das quais fui aluna regular, sem a aprovação dos mesmos, não teria
concluído o curso de Doutorado.
E a todos os amigos e colegas que direta ou indiretamente colaboraram para a
realização do trabalho.
Aos meus familiares, meus pais Luiz e Maria, minha irmã Paula e minhas avós
Tereza e Yolanda que foram os amigos verdadeiros nesta etapa importante da minha
vida profissional.
Ao meu namorado e grande amigo em todos os momentos, serei sempre grata
pela dedicação e amizade.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... xi
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................... xvi
RESUMO .......................................................................................................................... 1
SUMMARY ....................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 5
2.1. Sistema Plantio Direto (SPD) ................................................................................. 5
2.2. Semeadoras de Plantio Direto ............................................................................... 6
2.3. Interação máquina-solo-planta .............................................................................. 8
2.4. Unidade de semeadura ........................................................................................ 12
2.5. Culturas semeadas .............................................................................................. 20
2.5.1. Sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) ........................................................... 20
2.5.2. Trigo (Triticum aestivum (L.)) ........................................................................ 20
2.5.3. Feijão (Phaseolos vulgaris (L.)) ..................................................................... 21
2.5.4. Soja (Glycine max (L.) Merrill) ....................................................................... 21
3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................... 22
3.1. Área experimental ................................................................................................ 22
3.1.1. Caracterização .............................................................................................. 22
3.1.2. Cobertura Vegetal ......................................................................................... 22
3.1.3. Dados Climatológicos .................................................................................... 23
3.2. Equipamentos e insumos agrícolas ..................................................................... 24
3.2.1. Equipamentos ............................................................................................... 24
3.2.2. Insumos agrícolas ......................................................................................... 26
3.3. Delineamento experimental ................................................................................. 27
3.4. Descrição dos tratamentos .................................................................................. 28
3.5. Instalação e condução dos experimentos ............................................................ 31
3.6. Atributos de caracterização do solo ..................................................................... 32
ix
3.6.1. Teor de água no solo .................................................................................... 32
3.6.2. Densidade do solo ......................................................................................... 32
3.6.3. Resistência mecânica do solo à penetração ................................................. 33
3.6.4. Área de contato das rodas compactadoras ................................................... 33
3.6.5. Massa seca da cobertura vegetal .................................................................. 34
3.7. Atributos de avaliação do desempenho das unidades de semeadura ................. 35
3.7.1. Profundidade do sulco de semeadura ........................................................... 35
3.7.2. Profundidade de semeadura ......................................................................... 35
3.7.3. Índice de sementes expostas ........................................................................ 35
3.7.4. Selamento superficial do sulco ...................................................................... 35
3.7.5. Qualidade de aterramento do sulco .............................................................. 36
3.7.6. Porcentagem da cobertura vegetal após a semeadura ................................. 36
3.7.7. Redução da porcentagem da cobertura vegetal............................................ 36
3.7.8. Emergência de plântulas ............................................................................... 37
3.8. Análise estatística dos dados .............................................................................. 37
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 38
4.1. Variáveis de avaliação do solo ............................................................................ 38
4.1.1. Umidade gravimétrica do solo ....................................................................... 38
4.1.2. Densidade do solo ......................................................................................... 39
4.1.3. Resistência mecânica do solo à penetração ................................................. 39
4.1.4. Massa seca de cobertura no solo antes da semeadura. ............................... 41
4.2. Variáveis de avaliação do desempenho das unidades de semeadura ................ 42
4.2.1. Área de contato e carga aplicada das rodas compactadoras ........................ 42
4.2.2. Profundidade do sulco ................................................................................... 43
4.2.3. Selamento superficial no sulco de semeadura .............................................. 44
4.2.3. Qualidade de aterramento do sulco .............................................................. 45
4.2.4. Porcentagem de sementes expostas ............................................................ 47
4.2.5. Cobertura com Palha após a Semeadura ..................................................... 51
4.2.6. Redução da cobertura de palha no sulco ...................................................... 54
4.2.7. Profundidade de semeadura ......................................................................... 57
x
4.2.8. Emergência das plântulas ............................................................................. 61
4.3. Análise Geral dos Dados ..................................................................................... 67
5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 71
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 72
ANEXOS ........................................................................................................................ 80
xi
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Operações agrícolas nas plantas de cobertura e culturas da soja e
feijão. .......................................................................................................... 23
Tabela 2. Dados climatológicos do local do experimento. .......................................... 23
Tabela 3. Características dimensionais de cada um dos elementos utilizados
durante os experimentos. ........................................................................... 26
Tabela 4. Constituição dos tratamentos, avaliados no estudo de oito sistemas
de acabamento de semeadura na cultura do feijão. ................................... 28
Tabela 5. Constituição dos tratamentos, avaliados no estudo de oito sistemas
de acabamento de semeadura na cultura da soja. ..................................... 30
Tabela 6. Umidade gravimétrica do solo na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005, ....................................... 38
Tabela 7. Densidade do solo (g·cm
-3
) na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005, na camada de 0 a 5
cm de profundidade. ................................................................................... 39
Tabela 8. Resistência mecânica do solo à penetração na área experimental no
momento da semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. .................. 40
Tabela 9. Características do solo na camada de 0 a 10 cm de profundidade e
massa seca da cobertura vegetal morta antes da semeadura. .................. 41
Tabela 10. Valores calculados de área de contato e valores experimentas de
carga aplicada pelas rodas compactadoras na superfície do solo, para
os tratamentos referentes as culturas do feijão e da soja. ......................... 42
Tabela 11. Profundidade do sulco na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. ....................................... 43
Tabela 12. Selamento superficial na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. ....................................... 44
Tabela 13. Qualidade de aterramento do sulco na área experimental no momento
da semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. .................................. 46
xii
Tabela 14. Sementes expostas na área experimental no momento da semeadura
das culturas, nos anos 2004 e 2005. .......................................................... 47
Tabela 15. Cobertura com palha após a semeadura na área experimental no
momento da semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. .................. 51
Tabela 16. Redução da cobertura de palha na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. ....................................... 54
Tabela 17. Profundidade de Semeadura na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. ....................................... 57
Tabela 18. Emergência das plântulas na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005. ....................................... 61
Tabela 19. Valores de média e desvio padrão do atributo de emergência nos
experimentos feitos com a cultura da soja em 2005. ................................. 62
Tabela 20. Dados do experimento com o feijão. .......................................................... 81
Tabela 21. Dados do experimento com a soja. ............................................................ 83
Tabela 22. Correlações com dos parâmetros do feijão, onde os valores em
negrito apresentam valor absoluto maior que 0,7. ..................................... 84
Tabela 23. Correlações com dos parâmetros da soja, onde os valores em negrito
apresentam valor absoluto maior que 0,7. ................................................. 85
Tabela 24. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, na
profundidade de 0 a 5cm, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F
inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente
significativa a um nível de confiança de 95%. ............................................ 86
Tabela 25. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, em %, na
profundidade de 5 a 10cm, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F
inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente
significativa a um nível de confiança de 95%. ............................................ 86
Tabela 26. Teste F para os valores de densidade do solo, em g.cm
-3
, na cultura
do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 87
Tabela 27. Teste F para os valores de resistência a penetração do solo, em kPa,
na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam
que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 87
Tabela 28. Teste F para os valores de profundidade de trabalho da haste
sulcadora, em cm, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores
a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa
a um nível de confiança de 95%. ............................................................... 87
Tabela 29. Teste F para os valores de selamento superficial no sulco de
semeadura, em %, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores
a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa
a um nível de confiança de 95%. ............................................................... 88
Tabela 30. Teste F para os valores de qualidade de aterramento do sulco de
semeadura, em %, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores
a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa
a um nível de confiança de 95%. ............................................................... 88
Tabela 31. Teste F para os valores de sementes expostas, em %, na cultura do
feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação
da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%. ........................................................................................................... 89
Tabela 32. Teste F para os valores de redução da quantidade de palha no sulco,
em %, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05
indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um
nível de confiança de 95%. ........................................................................ 89
Tabela 33. Teste F para os valores de cobertura com palha após a semeadura,
em %, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05
indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um
nível de confiança de 95%. ........................................................................ 89
Tabela 34. Teste F para os valores de profundidade de semeadura, em cm, na
cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
xiv
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 90
Tabela 35. Teste F para os valores de emergência das plântulas, em %, na
cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 90
Tabela 36. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, na
profundidade de 0 a 5cm, na cultura da soja. Os valores de Pr > F
inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente
significativa a um nível de confiança de 95%. ............................................ 91
Tabela 37. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, em %, na
profundidade de 5 a 10cm, na cultura da soja. Os valores de Pr > F
inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente
significativa a um nível de confiança de 95%. ............................................ 91
Tabela 38. Teste F para os valores de densidade do solo, em g.cm
-3
, na cultura
da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação
da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%. ........................................................................................................... 92
Tabela 39. Teste F para os valores de resistência a penetração do solo, em kPa,
na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que
a variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 92
Tabela 40. Teste F para os valores de profundidade de trabalho da haste
sulcadora, em cm, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores
a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa
a um nível de confiança de 95%. ............................................................... 93
Tabela 41. Teste F para os valores de selamento superficial no sulco de
semeadura, em %, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores
a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa
a um nível de confiança de 95%. ............................................................... 93
xv
Tabela 42. Teste F para os valores de qualidade de aterramento do sulco de
semeadura, em %, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores
a 0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa
a um nível de confiança de 95%. ............................................................... 94
Tabela 43. Teste F para os valores de sementes expostas, em %, na cultura da
soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da
fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%. ..... 94
Tabela 44. Teste F para os valores de redução da quantidade de palha no sulco,
em %, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05
indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um
nível de confiança de 95%. ........................................................................ 94
Tabela 45. Teste F para os valores de cobertura com palha após a semeadura,
em %, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05
indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um
nível de confiança de 95%. ........................................................................ 95
Tabela 46. Teste F para os valores de profundidade de semeadura, em cm, na
cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 95
Tabela 47. Teste F para os valores de emergência das plântulas, em %, na
cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de
confiança de 95%. ...................................................................................... 95
xvi
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Protótipo de unidade de semeadura composto de: 1- disco de
corte; 2- haste sulcadora; 3- disco duplo desencontrado; 4-
sistemas de controle de profundidade de sementes, aterramento e
compactação; 5- chassi; 6- rodas acionadoras; 7- contra peso; 8-
depósito de sementes. Fonte: Casão Junior & Campos, 2004. .................... 25
Figura 2. Gráfico correlacionando os valores médios entre profundidade de
semeadura e sementes expostas, na cultura do feijão. ................................ 48
Figura 3. Gráfico de Correlação dos valores médios entre profundidade de
semeadura e sementes expostas, na cultura da soja. .................................. 49
Figura 4. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a
semeadura e sementes expostas, na cultura do feijão. ................................ 50
Figura 5. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a
semeadura e sementes expostas, na cultura da soja. .................................. 50
Figura 6. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do
sulco e cobertura com palha após a semeadura, na cultura do
feijão. ............................................................................................................ 53
Figura 7. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do
sulco e cobertura com palha após a semeadura, na cultura da soja. ........... 53
Figura 8. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do
sulco e redução de palha, na cultura do feijão. ............................................ 55
Figura 9. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do
sulco e redução de palha, na cultura da soja. .............................................. 56
Figura 10. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a
semeadura e profundidade de semeadura, na cultura do feijão. .................. 58
Figura 11. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a
semeadura e profundidade de semeadura, na cultura da soja. .................... 59
Figura 12. Correlação dos valores médios entre redução de palha e
xvii
profundidade de semeadura, na cultura do feijão. ........................................ 59
Figura 13. Correlação dos valores médios entre redução de palha e
profundidade de semeadura, na cultura da soja........................................... 60
Figura 14. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do
sulco e profundidade de semeadura, na cultura do feijão. ........................... 60
Figura 15. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do
sulco e profundidade de semeadura, na cultura da soja. ............................. 61
Figura 16. Correlação dos valores médios entre dos valores médios entre
cobertura com palha após a semeadura e emergência, na cultura
do feijão. ....................................................................................................... 64
Figura 17. Correlação dos valores médios entre os parâmetros de redução de
palha e emergência, nos ensaios com a cultura do feijão. ........................... 64
Figura 18. Correlação dos valores médios entre os parâmetros de qualidade
de aterramento do sulco e emergência, nos ensaios com a cultura
do feijão. ....................................................................................................... 65
Figura 19. Correlação dos valores médios entre os parâmetros de qualidade
de Aterramento aterramento do sulco e emergência, nos ensaios
com a cultura da soja. .................................................................................. 65
Figura 20. Correlação dos valores médios entre os parâmetros de
profundidade de semeadura e emergência, nos ensaios com a
cultura do feijão. ........................................................................................... 66
Figura 21. Correlação dos valores médios entre os parâmetros de
profundidade de semeadura e emergência, nos ensaios com a
cultura da soja. ............................................................................................. 67
1
RODAS COMPACTADORAS E ATERRADORAS NA QUALIDADE DE
ACABAMENTO DE SEMEADURA DIRETA
RESUMO
O plantio direto consiste em um sistema de manejo conservacionista da
produção agrícola, que promove a melhoria das condições físicas, químicas e
biológicas do solo. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi a avaliação de
sistemas de acabamento de semeadura existentes no mercado nacional, utilizados em
semeadoras de precisão para plantio direto, assim como novas propostas, levando em
conta fatores que afetam a germinação das sementes e a emergência das plântulas no
campo. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental do Instituto Agronômico
do Paraná IAPAR, em Londrina, utilizando-se o delineamento experimental em blocos
ao acaso, com oito tratamentos e quatro repetições para a cultura do feijão e três
repetições para a cultura da soja. Os tratamentos foram constituídos de oito sistemas
de acabamento de semeadura, dotados de componentes com e sem aterramento,
sistemas de controle de profundidade de sementes e rodas compactadoras. Foram
avaliadas variáveis do solo, das sementes e parâmetros de desempenho das unidades
semeadoras. Conclui-se que os discos aterradores melhoram os resultados das
unidades de semeadura, beneficiando a operação em diferentes aspectos e
aumentando a emergência. As rodas controladoras de profundidade paralelas
melhoram os resultados dos discos aterradores, inclusive os de emergência. As rodas
compactadoras lisas não são indicadas, pois promovem problemas de selamento
superficial. As rodas compactadoras em V” apresentaram bons resultados, mas as
rodas compactadoras com garras e sulcos internos tendem a ser melhores.
Palavras-Chave: Emergência, Cobertura Vegetal, Selamento Superficial, Discos
Aterradores.
2
SOIL COVER WHEELS AND COMPACTOR WHEELS IN FINISH QUALITY IN NO-
TILL SOWING
SUMMARY
No-till is a system of conservation management of agricultural production, which
promotes the improvement of the physical, chemical and biological soil conditions. Thus,
the purpose of this study was to evaluate the systems finish seeding on the market in
Brazil, used in precision seeders for no-till planters, as well as new proposals,
considering factors that affect seed germination and emergence seedlings in the field.
The experiment was conducted at the Experimental Farm of the Agronomic Institute of
Paraná IAPAR, in Londrina, using the randomized block planning with eight treatments
and four repetitions for the cultivation of beans and three repetitions for soybean.
Treatments consist of eight systems of finish seeding that having components with and
without ground finish systems, depth of seed and compactor wheels. Was evaluated soil
variables, seeds variables and performance parameters of seeding units. It was
concluded that soil cover disks improve the seeding units performance, benefit the
operation in different aspects and increasing the emergency. Parallel depth controller
wheels improve results of soil cover discs, including the emergency. The flat compactor
wheels are not recommended, because they promote soil surface sealing problems. The
wheels in "V" had good results, but the wheels with grip and internal ridges tend to be
better.
Keywords: Final Stand, Vegetal Cover, Surface Sealing, Cover Discs.
3
1. INTRODUÇÃO
Um dos principais entraves para a melhoria da qualidade do sistema plantio
direto está no aperfeiçoamento dos componentes de ataque ao solo e de acabamento
de semeadura das semeadoras de precisão.
Como a estratégia para manter esta qualidade passa pela prática da rotação de
culturas e uso de coberturas vegetais, visando entre vários benefícios aumentar e
manter o terreno coberto com palha, as semeadoras ao implantar as culturas, devem
evitar a remoção da cobertura original.
Muitos dos fatores que afetam a germinação das sementes e a emergência das
plântulas no campo estão relacionados com o bom desempenho da semeadora,
portanto, é importante que esta esteja bem regulada e equipada com componentes que
efetuem devidamente o aterramento, a cobertura com palha e a compactação do sulco
de semeadura.
Casão Junior et al. (2003), cita que desde 1996 o IAPAR realizou estudos com
aperfeiçoamento das hastes sulcadoras e a introdução de componentes de aterramento
nas semeadoras de precisão, visando o revolvimento mínimo do solo e retorno deste e
da cobertura vegetal ao sulco de semeadura.
Representantes de indústrias de semeadoras-adubadoras de plantio direto
brasileiras reforçam que os produtores hoje objetivam mínima mobilização de solo no
sulco e que a palha permaneça sobre este após a semeadura (CASÃO JUNIOR et al.,
2008). No entanto, a realidade brasileira ainda é plantio direto com pouca palha. Mesmo
assim, Calegari (2006) cita que as plantas de cobertura são utilizadas em 6 milhões dos
24 milhões de hectares de plantio direto no Brasil, mostrando que a adoção da
cobertura morta vegetal sobre o solo é uma tendência crescente nesse sistema.
A maioria das semeadoras de precisão existentes no mercado nacional não
possuem componentes aterradores especializados, o que pode ser explicado pela
pouca quantidade de palha no sistema plantio direto. O que predomina são máquinas
com discos duplos desencontrados para a abertura do sulco e com rodas paralelas de
4
controle de profundidade para sementes, sendo as mais modernas oscilantes, seguidas
de uma roda compactadora em “V”, com possibilidade de alterar sua abertura frontal e
vertical, mas apresentam limitação para retornar a palha à superfície do sulco (CASÃO
JUNIOR et al., 2008).
Este trabalho apresenta como hipótese que o uso de rodas aterradoras
melhoram a qualidade da semeadura, uma vez que retornam o solo e a palhada
deslocada lateralmente durante o processo de abertura do sulco.
O objetivo geral desse trabalho foi a avaliação dos componentes de acabamento
de semeadura das semeadoras de precisão, identificando os melhores arranjos entre
aterradores, controladores de profundidade de sementes e rodas compactadoras. Desta
forma, objetivou também melhorar a qualidade do sistema plantio direto, uma vez que o
conhecimento de parâmetros de projeto permitirão às indústrias de máquinas agrícolas
aperfeiçoar os componentes de acabamento de semeadura.
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Sistema Plantio Direto (SPD)
O plantio direto é um sistema de manejo de produção agrícola onde a
semeadura é realizada com revolvimento mínimo do solo, preservando-se a cobertura
vegetal de culturas anteriores sobre sua superfície. Recomenda-se que o sulco seja o
menor possível, porém com tamanho suficiente para adequada cobertura, contato das
sementes com o solo e separação destas do fertilizante. É o sistema mais apropriado
para a produção agrícola em clima tropical, promovendo a melhoria das condições
físicas e químicas do solo (ARAÚJO et al., 2001).
Como a estratégia do sistema plantio direto com qualidade, passa pela prática da
rotação de culturas e uso de coberturas vegetais, visando entre vários benefícios
aumentar e manter o solo coberto com palha, as semeadoras ao implantar as culturas,
devem evitar a destruição da cobertura original e promover um adequado contato
solo/semente (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
No plantio direto a permanência de resíduos vegetais na superfície condiciona o
sistema solo-planta a uma dinâmica própria, caracterizada por processos físico-
bioquímicos que se desenvolvem sob maior umidade, menor temperatura e maiores
teores de matéria orgânica. Isso propicia aumentos na atividade biológica na superfície
e nas camadas sub-superficiais do solo sob a influência da cobertura morta (COLOZZI
FILHO et al., 1998) e impõe às semeadoras uma condição específica de trabalho.
Segundo Casão Junior & Siqueira (2006), nas regiões quentes, tropicais e
subtropicais a decomposição da palha é rápida e, para que o terreno permaneça
constantemente coberto é necessário usar plantas de cobertura que produzam grande
quantidade de massa e apresentem a característica de decomporem-se
vagarosamente. Durante o processo de implantação das culturas em plantio direto a
cobertura vegetal deve estar convenientemente manejada, para que não haja
6
problemas de embuchamento de máquinas e infestações de ervas daninhas. O manejo
inadequado pode fazer com que os herbicidas não consigam atingir as infestantes.
2.2. Semeadoras de Plantio Direto
O processo de semeadura visa à implantação de sementes no solo promovendo
condições para sua germinação, emergência, desenvolvimento sadio e produtivo das
plantas. As máquinas que efetuam esta tarefa são denominadas de semeadoras.
Existem na prática, dois tipos de semeadoras quanto ao tipo de distribuição de
sementes: as de precisão e as de fluxo contínuo. As semeadoras de precisão,
caracterizam-se por distribuir sementes espaçadas a distâncias supostamente
homogêneas no sulco de semeadura. No Brasil, as máquinas que assim trabalham,
utilizam principalmente dosadores e componentes em contato com o solo que impedem
o trabalho a espaçamentos inferiores a 40 cm. Trabalham com culturas de sementes
graúdas como milho, soja, feijão, mucuna, algodão, mas também, semeiam sementes
miúdas como o sorgo, desde que distanciadas em média a mais de 4 cm entre elas no
sulco ou linha de semeadura. Existem no mercado as multissemeadoras, ou seja,
máquinas que semeiam em precisão e fluxo contínuo, mediante a transformação de
seus dosadores e componentes em contato com o solo. São importantes para o
produtor que não deseja possuir duas máquinas (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
Representantes de indústrias de semeadoras adubadoras de plantio direto
brasileiras como Eduir Pretto do Amaral da Imasa, Carmen Galli da Semeato, Paulo
Montagner da Kuhn/Metasa, Pedro Fankhauser da Fankhauser e Marcos Lauxen da
Vence Tudo, entre outros, reforçam que os produtores hoje querem, mínima
mobilização de solo no sulco e que a palha permaneça sobre este após a passagem da
semeadora (CASÃO JUNIOR et. al., 2008). No entanto, a realidade brasileira ainda é
plantio direto com pouca palha, determinado nos principais pólos de produção de soja e
milho do país (198 municípios de 13 Estados), constatando-se que a cobertura média
com palha sobre o solo era de 28% nos estados de SP, MS, MT, GO e Norte do PR e
50% no Sul do país (BASTOS FILHO et al., 2007). Mesmo assim, Calegari (2006) cita
7
que as plantas de cobertura são utilizadas em 6 milhões dos 24 milhões de hectares de
plantio direto no Brasil, mostrando que a adoção da cobertura morta vegetal sobre o
solo é uma tendência crescente no sistema de plantio direto.
Segundo Casão Junior et al., (2003) durante a semeadura em plantio direto,
efetua-se inicialmente o corte da vegetação, abrindo um sulco com a profundidade
suficiente para a deposição do fertilizante abaixo das sementes e promovendo um
volume de solo mobilizado para permitir o inicio do estabelecimento das plantas. Em
seguida as sementes devem ser depositadas a uma profundidade adequada, serem
recobertas com solo e palha, recebendo uma compactação lateral, para que possam
absorver água pelo contato intimo com as partículas do solo. Não devem permitir que
se formem bolsões de ar e selamento superficial. Pois com a adequada cobertura de
palha, mantém a umidade e a temperatura em condições mais apropriadas para
germinação das sementes. Portanto recomenda-se que sejam utilizados componentes
aterradores para posicionar solo e palha sobre o sulco de semeadura, os quais são
importantes para que os mesmos não permaneçam abertos. Para cumprir essas
funções a semeadora deve possuir um conjunto de sistemas e componentes.
A cobertura vegetal contribui efetivamente para a proteção do solo, pois diminui a
possibilidade de impacto direto de gotas de chuva; melhora a estrutura do solo pela
adição de matéria orgânica (COELHO, 1991); reduz a velocidade de escoamento da
enxurrada e aumenta a taxa de reflexão (albedo) que resulta em menor variação
térmica do solo (SALTON e MIELNICZUK, 1995), além de favorecer o desenvolvimento
da microbiota.
A implantação de culturas de cobertura e a manutenção dos seus restos culturais
na superfície do solo vêm sendo utilizadas como alternativa para diminuir as variações
de temperatura do solo, reduzir as perdas por erosão, reter maior quantidade de água e
promover maiores rendimentos dos cultivos agrícolas, além de diminuir a evaporação
de água e o escoamento superficial, elevando a taxa de infiltração (BRAGAGNOLO &
MIELNICZUCK, 1990). A cobertura reduz a evaporação, mantendo o solo mais úmido,
com isso ocorre a redução nas oscilações de temperatura e umidade do solo.
8
É importante o entendimento dos fatores que afetam a semeadura visando-se,
obter um bom desempenho na implantação das culturas.
Em qualquer sistema, a semeadura deve possibilitar o estabelecimento rápido e
uniforme da população de plantas desejada. Para isso, a semeadora deve formar um
ambiente que possibilite a absorção de água pelas sementes, as condições de
temperatura e disponibilidade de oxigênio adequada ao processo de germinação. A
implantação das culturas deverá ocorrer o mais rápido possível para reduzir o risco de
ataque de pragas e patógenos do solo e, para isso, a semente necessita de um contato
total com o solo de modo a acelerar a absorção de água (ARAÚJO et. al., 2001).
O adequado contato solo-semente é um pré-requisito para a rápida emergência e
um bom estabelecimento da cultura (PERDOCK e KOUWENHOUVEN, 1994; BROWN,
et al., 1996), pois favorece a transferência de água do solo para a semente. A
semeadura deve ser realizada na consistência friável do solo, pelo fato de os teores de
água permitirem bom rendimento da operação e boa qualidade do trabalho realizado
(GASSEN e GASSEN, 1996). A semeadura realizada quando o solo se encontra acima
do limite de plasticidade causa compactação e, conseqüente, redução da sua
capacidade de infiltração. A semeadura realizada em solo seco resulta em menor
eficiência dos dispositivos sulcadores, que, por sua vez, ocasiona menor contato solo-
semente (KONDO e DIAS JUNIOR, 1999).
Silva (1990), Brown et al., (1996) e Silva (2008) que, no processo de semeadura
de culturas anuais, o condicionamento físico do solo ao redor das sementes reveste-se
de importância capital para o bom desenvolvimento inicial da cultura, assegurando uma
população adequada de plantas.
2.3. Interação máquina-solo-planta
A semente, quando colocada no solo, está em estado de dormência, com um
teor de umidade que varia de 7 a 13% para a maioria das espécies. Para que a
semente germine é necessário que haja disponibilidade de água no solo, para que ela a
absorva, expandindo-se e iniciando a liberação do embrião. A maioria das sementes
das plantas cultivadas inicia a germinação quando seus teores de umidade variam entre
9
30 e 60%. Portanto é importante que o solo a ser semeado esteja com um teor de
umidade adequado para que a semente consiga absorver a quantidade de água
necessária para uma boa germinação (BALASTREIRE, 1990).
Casão Junior & Siqueira (2006), afirmam que em lavouras não irrigadas os
menores riscos à semeadura o quando a consistência do solo está friável. Nesta
condição há água disponível para as sementes, os componentes das semeadoras
dificilmente provocarão compactação no solo e pela menor aderência deste nos
componentes rompedores e abridores de sulco mobilizarão menos o terreno. Assim,
quando o solo se encontra com teor de umidade acima do considerado friável, este
então se torna plástico, onde as deformações são permanentes, aumentando a
aderência de solo nos abridores de sulco das semeadoras resultando em maior
mobilização de solo no terreno. Além disso, a passagem da semeadora em solos
úmidos resulta em compactação excessiva, selamento e espelhamento deste,
dificultando significativamente à emergência das plântulas que em alguns casos, pode-
se chegar a zero.
Castiglioni et. al, (2004), afirmam que na cultura da soja, durante o subperíodo
semeadura-emergência, a semente necessita absorver no mínimo 50% de seu peso em
água para iniciar o processo de germinação. E, para que isso ocorra, é preciso que a
semente esteja em contato íntimo com as partículas do solo, absorvendo esta
quantidade de água o mais rápido possível. A deficiência de umidade do solo resulta
em emergência irregular e redução na população de plantas, o que pode diminuir o
rendimento de grãos e, em algumas situações, torna-se necessário realizar uma nova
semeadura. Também não se recomenda a semeadura de soja em solos com baixo teor
de umidade em antecipação à chuva, pois não havendo ocorrência de chuva em um
período de cinco a dez dias após a semeadura, a semente se deteriora no solo,
tornando-se incapaz de germinar e emergir quando o teor de umidade atingir o nível
adequado. Por outro lado, o excesso de umidade do solo também é prejudicial durante
o sub-período semeadura-emergência. Em um solo saturado ou próximo da saturação a
difusão de oxigênio é deficiente, prejudicando o processo respiratório da semente
durante a germinação.
10
Segundo Kochhann et al. (2000), a compactação do solo é entendida como o
aumento da sua densidade, resultante da complexa interação entre os processos
físicos, químicos e biológicos diretamente relacionados com sua massa/volume. Ela é
variável num mesmo tipo solo, alterando-se, espacial e volumetricamente, conforme a
variação da estrutura e da textura. Também, tende a aumentar com a profundidade do
perfil, sobretudo pela diminuição do teor de matéria orgânica. Desta forma, foram
relatados valores gerais desse atributo variando entre 1,40 a 1,80 kg·dm
-3
. Por outro
lado, nos solos de textura arenosa seus valores foram de 1,20 a 1,40 kg·dm
-3
, ao passo
que nos de textura argilosa, entre 1,00 a 1,25 kg·dm
-3
(KIEHL, 1979; CAMARGO &
ALLEONI, 1997; REICHARDT, 2004). Por outro lado, em relação aos níveis críticos da
densidade do solo, Bowen (1981) considerou que valores em torno de 1,55 kg·dm
-3
para solos franco-argilosos e argilosos, e de 1,85 kg·dm
-3
para solos arenosos, podem
afetar o crescimento das raízes e conseqüentemente a produtividade vegetal.
De maneira geral, pode-se afirmar que, quanto mais elevada for à densidade
global do solo, maior será sua compactação, menor será sua estruturação, menor será
sua porosidade total e conseqüentemente, maiores serão as restrições para o
crescimento e desenvolvimento das plantas (KIEHL, 1979).
Os níveis críticos de resistência mecânica para o crescimento radicular das
plantas variam com o tipo de solo e com a espécie cultivada. Entretanto, quando obtida
no momento em que a umidade do solo estiver equivalendo a 2/3 da microporosidade
(solo friável/macio), a maioria dos trabalhos adota a seguinte classificação de
resistência à penetração (RP), estabelecida por Arshad et al. (1996): a) extremamente
baixa: RP < 0,01 MPa; b) muito baixa: 0,01 RP < 0,1 MPa; c) baixa: 0,1 RP < 1,0
MPa; d) moderada: 1,0 ≤ RP < 2,0 MPa; e) alta: 2,0 RP < 4,0 MPa; f) muito alta: 4,0
RP < 8,0 MPa e g) extremamente alta: RP > 8,0 MPa.
Outro fator importante está na uniformidade das sementes de uma mesma
espécie e cultivar, além de possíveis tratamentos que as mesmas podem sofrer para
que se possa evitar o ataque de patógenos e pragas do solo. Os produtos utilizados
para o tratamento das sementes, tais como inoculantes, inseticidas e fungicidas,
alteram seu coeficiente de atrito dificultando que as mesmas se alojem nos alvéolos
11
dosadores das semeadoras, alterando o fluxo das sementes causando uma
desuniformidade na semeadura. Por esse motivo, é recomendado, na maioria das
vezes, o uso de grafite como lubrificante seco (CASÃO JÚNIOR & SIQUEIRA, 2006).
A definição da dosagem de sementes depende da população de plantas
desejada e da qualidade das sementes (vigor e porcentagem de germinação), as quais
determinarão à quantidade de sementes a serem dosadas por metro (CASÃO JUNIOR
et al., 2001).
A profundidade de semeadura recomendada para as sementes depende de
vários fatores. Sementes de plantas dicotiledôneas como feijão e soja, por exemplo, ao
germinarem levam seus cotilédones para fora do solo, sendo sensíveis a semeaduras
profundas principalmente com a ocorrência de impedimentos sobre as mesmas como
torrões, pedras e crostas superficiais sobre o terreno resultando em maior gasto de
energia proveniente da semente. Isso vai resultar em uma planta de baixo vigor ou até
mesmo em alguns casos onde a quantidade de obstáculos é tão grande que a plântula
não consegue emergir (CASÃO JÚNIOR & SIQUEIRA, 2006).
As gramíneas como o milho e o sorgo, por exemplo, que são monocotiledôneas,
ao emergirem deixam a semente no solo, alongando o mesocótilo no interior do solo e
colocando o coleóptilo acima da superfície (parte verde da planta). No entanto, não
deixam de ser sensíveis à profundidade do solo e crostas superficiais. No caso de
sementes miúdas como as de sorgo, nas quais, a reserva de amido é muito pequena,
uma semeadura profunda pode impedir a emergência da plântula, pois esta consumirá
toda sua reserva de amido antes de chegar à superfície (CASÃO JÚNIOR & SIQUEIRA,
2006).
A temperatura do solo está intimamente influenciada pela sua cobertura. Se
existir uma cobertura morta no solo, este apresentará temperaturas mais amenas e
adequadas para uma boa germinação quando comparado com um solo desprotegido.
Pelo mesmo motivo, a umidade do solo também é maior, obtendo-se desta forma um
duplo efeito benéfico da cobertura morta sobre o solo, principalmente em regiões onde
a temperatura do solo tende a se elevar muito e a umidade existente é precária
(BALASTREIRE, 1990).
12
É necessário observar, também, o espaçamento e a densidade de semeadura
recomendados para cada espécie. A densidade depende da população de plantas e da
qualidade da semente (vigor e porcentagem de germinação), as quais vão determinar a
quantidade de sementes a serem dosadas por metro. Outro aspecto importante no
plantio direto, relativo ao ambiente das sementes, é evitar a ocorrência de selamento
superficial, torrões e pedras sobre o sulco de semeadura que dificultam a emergência
das plântulas (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
Um bom contato entre a semente e o solo úmido auxilia na transferência de
umidade para a semente. Se o solo estiver solto ao redor da semente, ocorrem os
chamados bolsões de ar, impedindo que a semente entre em contato íntimo com as
partículas do solo e absorva água e nutrientes podendo assim não germinar. No
entanto, se o solo for excessivamente compactado, irá prejudicar a germinação devido
à eliminação de macroporos condutores de umidade e a formação de crostas sobre as
sementes impedindo a plântula de emergir (BALASTREIRE, 1990).
Ortolani et. al., (1991) relata que os fatores físicos do solo são diretamente
influenciados pelo seu estado de compactação, sendo a compactação definida como
um incremento da densidade global do solo com redução dos espaços porosos. Estes
mesmos autores mostraram tamm que a compactação do solo na região da semente
altera a umidade, o comportamentormico, a resistência mecânica e o comportamento
das plantas.
2.4. Unidade de semeadura
São elas que possuem os componentes que atuam diretamente com o solo. Na
grande maioria das vezes o sulco de fertilizante está alinhado com o de sementes.
Somente em situações em que o solo apresenta baixa resistência à penetração
consegue-se desalinhar esses sulcos. Desta forma deve-se regular bem a profundidade
do sulco de adubo e sementes, para que não fiquem juntos. As unidades de semeadura
devem realizar todas as funções de uma semeadora excetuando-se a dosagem de
13
fertilizante e sementes, responsabilidade dos sistemas de dosagem e condução
(CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
O aterramento é essencial para dar condições de germinação às sementes. A
cobertura do sulco com palha contribui para um ambiente adequado, mantendo o teor
de água e a temperatura mais apropriados para uma melhor emergência das plantas.
Com um sistema de aterramento e cobertura adequados é possível a obtenção do
denominado “plantio direto invisível”, ou seja, que após a semeadura não se observem
indícios de revolvimento do solo, com manutenção da cobertura vegetal sobre o terreno
(CASÃO JÚNIOR & FREITAS, 2005).
Comparado a um solo coberto, o solo descoberto no sulco de semeadura é
aquecido, perde água mais rapidamente, pode ser selado na superfície, erodido e
permitir o aumento da ocorrência de plantas daninhas, entre outros problemas. Assim,
componentes aterradores, que retornem o solo e a palha anteriormente removidos
pelos sulcadores, são muito importantes (CASÃO JÚNIOR & CAMPOS, 2004).
Para a obtenção de um sistema de plantio direto com qualidade e com baixa
exposição do solo após a semeadura, diversos sistemas m sido utilizados, como
pequenas angulações nas rodas de controle de profundidade e de compactação,
visando retornar o solo e a palha que foram mobilizados pelos sulcadores (discos e
haste) (CASÃO JÚNIOR & CAMPOS, 2004).
A maioria das semeadoras de precisão existentes no mercado nacional não
possuem componentes aterradores especializados. Que pode ser explicado pela pouca
quantidade de palha no sistema plantio direto. O que predomina são máquinas com
discos duplos desencontrados para abertura de sulco e com rodas paralelas de controle
de profundidade para sementes, sendo as mais modernas oscilantes, seguidas de roda
compactadora em “V”, com possibilidade de alterar sua abertura frontal e vertical, mas
não conseguem retornar principalmente a palha de volta ao sulco (CASÃO JUNIOR et
al., 2008).
Segundo Casão Junior & Siqueira (2006), a inclinação das rodas compactadoras
em “V” não é suficiente para um bom aterramento, principalmente quanto à palha que é
lançada lateralmente ao sulco a mais de dez centímetros pelos componentes
14
rompedores de solo. Aumentando-se o diâmetro dessas rodas pode-se conseguir um
melhor aterramento, mas perde-se no efeito de compactação (CASÃO JÚNIOR &
SIQUEIRA, 2006).
Nos últimos anos têm surgido mais fabricantes preocupados com esses
componentes. Os discos aterradores para trazer o solo e palha ao sulco foram muito
usados no passado no sistema de semeadura convencional, sendo que quatro
fabricantes usam atualmente em suas máquinas. Outros seis fabricantes utilizam rodas
aterradoras de formato cônico e inclinadas, em ângulo de 20
0
a 25
0
em relação à
direção de deslocamento da máquina, as quais podem ser de ferro fundido, estampado
ou recobertas com borracha. Outros fabricantes têm o componente, mas a regulagem
de abertura não é superior a 10
°
. Em dinâmicas de máquinas promovidas pelo IAPAR
vários fabricantes manifestaram interesse em introduzir esses componentes como
alternativas para suas semeadoras (CASÃO JÚNIOR & SIQUEIRA, 2006).
Atualmente, várias indústrias adotam algum componente para retorno do solo e
da palha à superfície do sulco recém-aberto. Importante observar-se ainda que discos e
rodas aterradoras têm a eficiência grandemente diminuída com o aumento da umidade
do solo, em função da aderência de solo aos mecanismos (CASÃO JÚNIOR &
SIQUEIRA, 2006).
Casão Junior & Siqueira (2004) observou que as semeadoras-adubadoras
dotadas de haste sulcadora sem mecanismo de aterramento para acabamento de
semeadura acarretaram redução de 33% da palha após a passagem da mesma,
enquanto que as semeadoras com disco duplo removeram apenas 10%. O mesmo
autor em avaliação de 60 máquinas observou que as semeadoras que não possuíam
discos aterradores reduziram de 16% a 48% a cobertura original com palha e as que
possuíam discos aterradores reduziram de 10% a 24%. Assim, a utilização de
mecanismos aterradores são necessários visando o menor enterrio de palha.
O sistema de plantio direto permite o acúmulo de resíduos vegetais na superfície
do solo, os quais, por possuírem baixa densidade, alta susceptibilidade à deformação e
elasticidade, podem atuar como um colchão, dissipando parte das cargas aplicadas
sobre o solo. Assim, Dao (1996) e Acharya & Sharma (1994) observaram que a
15
presença de resíduos na superfície do solo reduziu a compactação superficial do solo,
em comparação com solo sem resíduos na superfície.
Contrariamente, Gupta et al. (1987) não observaram diferenças significativas na
densidade do solo, quando o mesmo foi submetido a tráfego tendo diferentes
quantidades de resíduos de milho na superfície. Entretanto, observaram que o aumento
na quantidade de palha na superfície reduziu a pressão atuante no solo, medida a 20
cm de profundidade, bem como reduziu o afundamento superficial, confirmando a
hipótese de que os resíduos superficiais podem dissipar cargas aplicadas sobre o solo.
Após o aterramento, há necessidade de se compactar o solo sobre as sementes,
para que estas absorvam água com mais facilidade. São as rodas compactadoras as
responsáveis pela compactação do solo sobre as sementes e , conseqüentemente, por
evitar que ocorram bolsões de ar e selamento superficial sobre o solo (CASÃO JÚNIOR
& SIQUEIRA, 2006).
Nas curvas, as rodas compactadoras em “V” podem deslocar-se da linha de
semeadura, compactando na posição incorreta ou até desenterrando sementes. Rodas
cônicas, revestidas com borracha lisa, podem, em solos úmidos e sem cobertura de
palha, provocar selamento superficial. Uma boa alternativa são as rodas cônicas
revestidas de borracha com um sulco interno, para não compactar sobre as sementes
mas sim ao lado, e com ressaltos, para evitar o selamento (CASÃO JÚNIOR &
SIQUEIRA, 2006).
No entanto, se o solo for excessivamente compactado irá prejudicar a
germinação devido à eliminação dos macroporos condutores de umidade e a formação
de crostas sobre a semente impedindo a plântula de emergir (CASÃO JÚNIOR &
FREITAS, 2005).
As rodas compactadoras têm a função de melhorar o contato entre o solo e a
semente por meio da aplicação de uma pressão lateral e sobre o sulco de semeadura,
provocando leve compactação e deixando o solo diretamente sobre a semente, solto o
suficiente para facilitar a emergência das plântulas (FURLANI et. al., 2004).
Segundo Balastreire (1990), em grande parte das semeadoras disponíveis no
Brasil pode-se realizar o controle da compactação sobre a semente por meio das rodas
16
compactadoras ou rodas de controle de profundidade. Este mesmo autor afirma que
algumas rodas possuem um alívio central na linha de semeadura ou apresentam rodas
duplas em “V”, para evitar a compactação excessiva sobre as sementes.
Em grande parte das semeadorasadubadoras de precisão, o controle de
profundidade, de distribuição de sementes e da compactação do solo sobre estas são
feitos pela mesma roda que, além de compactadora, passa a se chamar tamm de
roda limitadora de profundidade (BALASTREIRE, 1990).
Em solos pegajosos, existe a tendência da roda compactadora acumular o solo
úmido sobre a banda de rodagem, fato este observado quando a semeadura é
realizada com pouca quantidade de palha sobre a superfície do solo, ou
convencionalmente. Este fato exige a colocação de limpadores nas rodas
compactadoras, uma vez que o diâmetro da roda está associado à quantidade de
sementes distribuídas, pois as rodas compactadoras, via de regra, são utilizadas como
elemento de acionamento dos dosadores de sementes (BALASTREIRE, 1990).
Os limpadores, porém, aumentam o patinamento das rodas compactadoras. Por
esse motivo uma solução mais adequada é a utilização de pneus de borracha sem
câmara, adaptados nas rodas compactadoras ou em aros especiais. Como esses
pneus são flexíveis, impedem o acúmulo de solo sobre a banda de rodagem
(BALASTREIRE, 1990).
Os projetos desses pneus são os mais diversos, dependendo do fabricante.
Alguns desses pneus possuem estrias para auxiliar no acionamento dos mecanismos
dosadores de sementes, diminuindo o patinamento e, ao mesmo tempo, possibilitando
uma maior uniformidade de distribuição de sementes e a formação de crostas sobre o
sulco de semeadura. Outros possuem alívio central para evitar o excesso de
compactação sobre as sementes sensíveis a este fator. Outros, ainda, possuem
saliências para compactar diretamente sobre as sementes, quando estas exigem este
cuidado, como as sementes de beterraba (BALASTREIRE, 1990).
Vários autores têm procurado estudar a relação máquina-solo-planta em ensaios
de semeadura utilizando rodas compactadoras.
17
Ortolani et al., (1991) falam sobre a importância das rodas compactadoras por
serem agentes modificadores do meio ambiente físico do solo. Embora isso ocorra,
poucos são os trabalhos sobre a forma, tamanho e pressão de compactação que
devem apresentar as rodas compactadoras das semeadoras-adubadoras. A
compactação do solo por rodas compactadoras de semeadoras-adubadoras altera o
comportamento hídrico do solo na região de semeadura. No local onde o solo sofre
maior compactação maior quantidade de umidade armazenada que em locais onde
o solo sofreu pouca ou nenhuma compactação. Relataram que a pressão aplicada ao
solo pelas rodas compactadoras estudadas, elevou a densidade global e a resistência à
penetração no plano vertical da linha de semeadura no sistema de plantio convencional.
Furlani et al. (2001), combinando três profundidades de semeadura da cultura do
milho com quatro níveis de compactação do solo sobre as sementes, não encontraram
influência desses fatores sobre o número médio de dias para emergência das plântulas.
Por outro lado, conforme observado por HANNA et al. (2008), em um ensaio
conduzido com milho em Ames, Iowa, EUA, para solos com umidade em torno de 21%
cargas mais leves nas rodas controladoras de profundidade resultaram em uma
emergência mais rápida.
Em trabalho conduzido com diferentes tipos de rodas compactadoras na
semeadura da soja, Hummel et al., (1981) afirmaram que o desempenho da roda
compactadora teve considerável influência sobre o meio ambiente do solo em torno da
semente. Relataram, ainda, que a compactação aplicada sobre o solo através de rodas
compactadoras pode ou não ser benéfica à germinação das sementes e emergência
das plântulas, dependendo do nível de compactação, do desenho da roda, do teor de
água do solo e das condições climáticas entre o período de semeadura e emergência.
Silva et al. (1991), verificaram a influência de quatro modelos de rodas
compactadoras sobre o condicionamento físico do solo, utilizando-se três níveis de
compactação condizentes com o processo de semeadura, e afirmaram que as mesmas
alteram o comportamento hídrico do solo na região de semeadura, além de elevar a
densidade e a resistência à penetração no plano vertical da linha de semeadura. A
velocidade de emergência e emergência total das plantas de feijoeiro foram afetadas
18
pelas pressões de compactação. À medida que, a compactação aumentou, as plântulas
tiveram sua emergência retardada e diminuída para todas as rodas testadas.
Coan et al. (1986), trabalhando com a cultura do feijão, verificaram que
aumentando a profundidade de semeadura houve uma diminuição e retardamento na
emergência de plântulas. Coan (1996), estudando o efeito da profundidade de
semeadura e da compactação do solo sobre a semente e no comportamento da aveia
preta, verificou que a emergência, o desenvolvimento e a produção de matéria seca
acumulada na parte aérea das plantas foram maiores para a combinação da
profundidade de 3 cm e aplicação de carga de 100 N, enquanto que a semeadura na
profundidade de 1 cm sem compactação prejudicou o estande e o crescimento inicial
das plantas. Por outro lado, a carga de 150 N foi prejudicial às plantas, alterando o
comportamento físico do solo avaliado por meio da densidade do solo e do índice de
cone.
No trabalho desenvolvido por Morrison Jr. (1988), conduzido em Temple, região
central do Texas, EUA, com culturas de trigo, sorgo e algodão, observa-se que a
elevação da umidade eleva a emergência. Neste trabalho, tamm se observou que
maiores temperaturas também elevam a emergência, diferente do que se esperaria em
experimentos conduzidos no Brasil. Essa diferença pode ser explicada devido aos
ensaios ocorrerem com plantio realizado no início da primavera, sucedendo o rigoroso
inferno típico de um país com clima temperado, como os EUA.
No trabalho de Du, et al.(2004), conduzido em Temple, região central do Texas,
EUA, com culturas de trigo e sorgo, em solo com palhada de milho, observou-se que
para a cultura do sorgo, a elevação na profundidade de semeadura resultou em uma
pequena, mas significativa, elevação na altura da plantas após 28 dias da semeadura.
Fernandes & Ortolani (1988), estudando a emergência e desenvolvimento do
sorgo sacarino não verificaram influência das profundidades de semeadura, tanto na
ausência como na presença de compactação da linha de semeadura. Entretanto, os
tratamentos que não receberam compactação apresentaram valores superiores aos
compactados quanto a altura das plantas, velocidade de emergência das panículas e
produção.
19
Abrecht (1989) estudou o efeito da profundidade de semeadura e pressão da
roda compactadora no estabelecimento de algumas culturas, em sistema de semeadura
direta no norte da Austrália, não encontrando nenhum efeito da pressão da roda sobre
a taxa de emergência, população de plantas ou no crescimento das plântulas. Tamm
Coelho (1979), não encontrou diferenças significativas ao verificar a influência da
profundidade de semeadura e da compressão do solo sobre as sementes, na
emergência e desenvolvimento inicial da cultura de soja. Por outro lado, Justino (1982),
verificou a influência da profundidade de semeadura e intensidade de compactação do
solo sobre as sementes, na emergência e crescimento inicial das plantas de amendoim.
Seus resultados evidenciaram a interação entre profundidade e compactação no peso
de matéria seca das partes aéreas das plantas.
A pressão no solo sobre as sementes pode ser benéfica devido ao bom contato
solo-semente proporcionado e restauração da capilaridade, permitindo o movimento
ascendente de água até a semente em condições ideais do teor de água do solo (Flake
& Brinkman, 1979, 1980, citados por Wurr & Fellows, 1985). Estes autores afirmam que
as semeadoras comerciais possuem rodas compactadoras que influem na uniformidade
e a porcentagem de emergência. Eles consideram importante examinar o efeito sobre a
germinação, emergência e crescimento de plântulas, da profundidade de semeadura,
sob diferentes condições ambientais, utilizando diferentes cargas sobre as rodas
compactadoras de semeadoras.
Stefanutti (1979), trabalhando com um único modelo de roda, mudando apenas
as cargas de compactação, constatou a alteração de valores para densidade e
temperatura do solo em relação à profundidade, comprovando que a modificação do
comportamento físico proporcionado a semente e plântulas é provocada apenas pela
regulagem de carga da roda compactadora sobre o solo.
Segundo dos Reis et al. (2004) observaram que os tratamentos estudados não
interferiram no índice de velocidade de emergência; que o mecanismo de abertura do
sulco tipo disco duplo proporcionou maiores valores de profundidade de plantio, nos
maiores teores de água e menor percentagem de emergência, e o uso do elemento
compactador de borracha proporcionou maior profundidade de plantio, sendo que,
20
mesmo apresentando maior peso aplicado sobre o solo, causou menor pressão
aplicada sobre a semente, em virtude de possuir maior área de contato com o solo.
2.5. Culturas semeadas
2.5.1. Sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench)
Gramínea rústica de rápido crescimento, que suporta seca prolongada, opção
forrageira com vários rebrotes (2 ou mais), podendo ainda ser usada como planta e
cobertura na entressafra (agosto a outubro; fevereiro a abril). Pode ser semeada
usando-se 8 a 10 kg.ha
-1
e produzir de 20 a 60 t.ha
-1
(1 corte) de massa verde e 4 a 10
t.ha
-1
de massa seca. Pode ser empregado em pastejo direto ou corte para forragem,
em 2 a 3 cortes. Para manejo e posterior implantação de cultivos de renda recomenda-
se dessecar com herbicidas. Produz resíduos de elevado teor de celulose e lignina, o
que contribui com uma palhada de difícil decomposição na superfície do solo
(CALEGARI, 2006).
2.5.2. Trigo (Triticum aestivum (L.))
A cultivar de trigo BRS 220 se destaca por apresentar palha forte e excelente
resistência ao acamamento. É de ciclo médio. No Paraná, apresentou média de 69 dias
da emergência ao espigamento e 122 dias até a maturação. É resistente à ferrugem da
folha, moderadamente resistente ao vírus do mosaico, ao oídio e às manchas foliares e
suscetível ao vírus do nanismo amarelo da cevada. É moderadamente tolerante ao
alumínio tóxico e suscetível à germinação p-colheita. Tem apresentado melhor
desempenho em ambientes de temperaturas amenas e de boa fertilidade. Em sistema
de rotação de culturas apresenta excelente rendimento com reduzida aplicação de
fungicidas. No Paraná, em cinco anos de ensaios, apresentou produtividade média de
4.050 kg·ha
-1
(CNPTIA, 2009).
21
2.5.3. Feijão (Phaseolos vulgaris (L.))
As características da cultivar de feijão IAPAR 81 são: cultivar do grupo carioca,
de porte ereto, hábito de crescimento indeterminado, guias curtas a médias, com
possibilidade de colheita mecânica direta. O tempo médio até o florescimento é de 43
dias, o ciclo médio é de 92 dias da emergência a colheita. Em 15 ensaios conduzidos
em diversas regiões do Paraná, apresentou rendimento médio 6% superior ao da
cultivar Carioca. Em avaliações efetuadas no campo apresentou-se como
moderadamente tolerante ao déficit hídrico e alta temperatura ocorridos durante a fase
reprodutiva. As sementes possuem tegumento bege claro com listras marrom claras,
teor médio de proteína de 22% e tempo médio de cozimento de 28 minutos. O peso
médio de mil sementes é de 251g. É adaptada ao sistema orgânico de cultivo (CIRINO
et. al., 2000).
2.5.4. Soja (Glycine max (L.) Merrill)
As características da cultivar de soja BRS 184 são: cultivar do grupo de
maturação precoce, hábito de crescimento determinado, a cor da flor é roxa, a cor da
pubescência é marron, altura média das plantas de 83 cm, altura média de inserção de
vagens de 12 cm sendo tolerante ao acamamento (CNPSO, 2009).
22
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área experimental
3.1.1. Caracterização
O estudo foi realizado na cidade de Londrina, PR, na Estação Experimental do
Instituto Agronômico do Para(IAPAR), cujas coordenadas geográficas são: latitude
23º 22’ S, longitude 51º 10’ W e altitude 585 m. O clima na região segundo a
classificação de Koeppen é subtropical, constantemente úmido, macrotérmico (cfa),
com precipitação média anual de 1610 mm e temperatura média anual de 21º C.
As áreas demarcadas para os ensaios corresponderam a dois talhões da
fazenda experimental que se encontravam em sistema plantio direto à vinte e dois
anos.
O solo da área experimental foi classificado segundo Embrapa (1999), como
Latossolo Vermelho distroférrico com mais de 70% de teor de argila.
3.1.2. Cobertura Vegetal
A cobertura vegetal que antecedeu o trabalho foi o trigo (Triticum aestivum (L.)),
para a cultura do feijão, e o sorgo forrageiro (Sorghum bicolor (L.) Moench), para a
cultura da soja.
Feita a semeadura das coberturas vegetais, e passado o período de 3 meses
para o desenvolvimento das mesmas, estas foram então dessecadas e manejadas com
rolo-faca, deixando as áreas preparadas para a semeadura na ocasião de cada cultura
do experimento. Na Tabela 1 o apresentados os períodos em que ocorreram cada
um destes eventos, tanto nos experimentos com o feijão, quanto nos com a soja.
23
Tabela 1. Operações agrícolas nas plantas de cobertura e culturas da soja e feijão.
Operação
Feijão
Soja
Semeadura do Trigo
Fev/2003
-
Dessecação do Trigo
Maio/2003
-
Semeadura do Sorgo
-
Nov/2004
Dessecação do Sorgo
-
Fev/2005
Manejo com rolo-faca
2ª quinzena Mai/2003
1ª quinzena Mar/2005
Semeadura cultura
1ª quinzena Jun/2003
2ª quinzena Mar/2005
Tempo de condução
30 dias
30 dias
3.1.3. Dados Climatológicos
O dados meteorológicos de precipitação pluvial, umidade relativa e temperatura
do ar foram obtidos na Estação Meteorológica Convencional do IAPAR fiscalizada pela
OMM (Organização Mundial de Meteorologia). Tais informações são monitoradas nos
horários das 09:00, 15:00 e 21:00 horas diariamente.
Na Tabela 2 são apresentados os valores de temperatura do ar, precipitação
pluvial e umidade relativa do ar, nos períodos dos experimentos do feijão e da soja.
Tabela 2. Dados climatológicos do local do experimento.
Mês
Tmax
Tmin
Tmed
UR
Precipitação
(ºc)
(ºc)
(ºc)
(%)
(mm)
Feijão (2003)
Abril
32,5
9,6
22,3
67,5
122,5
Maio
29,9
6,9
17,9
67,7
54,2
Junho
28,2
11,0
19,3
73,2
29,5
Julho
29,4
5,3
18,0
69,6
83,8
Agosto
31,3
5,3
16,6
59,4
48,2
Setembro
36,0
5,2
20,2
60,5
70,0
Soja (2004/2005)
Novembro
34,2
13,2
22,9
65,8
127,0
Dezembro
33,2
14,2
23,2
70,6
128,9
Janeiro
32,5
17,4
23,7
83,6
408,6
Fevereiro
36,0
14,8
24,5
64,8
26,5
Março
37,0
15,6
24,8
63,9
69,5
Abril
33,6
11,2
23,6
66,8
72,6
24
3.2. Equipamentos e insumos agrícolas
3.2.1. Equipamentos
- Rolo faca construído pelo IAPAR, montado ao engate de três pontos do
sistema hidráulico do trator, possuindo dois metros de largura de trabalho, 0,6
m de diâmetro do rolo, lastrado com 70% de água nos pneus traseiros, 11
facas com 0,1 m de altura cada em relação a superfície do rolo, trabalhando
em nível com as facas cruzando a linha de deslocamento da semeadora, como
é realizado nas propriedades rurais com uso de terraceamento;
- Pulverizador marca Jacto, modelo Condor M12, tanque com capacidade para
600 L de calda, barra com 12 m de comprimento, 24 pontas de pulverização
tipo leque, espaçadas de 0,5 m, com a pressão do manômetro de 275,79 kPa,
para dessecação da vegetação existente na área experimental no momento da
semeadura das culturas de feijão e soja e para dessecação das coberturas
vegetais no final de seu ciclo;
- Protótipo constituído de oito modelos de sistema de acabamento de
semeadura, sendo um da semeadora de plantio direto PST
2
D44, da
Marchesan, ano 1996. Os demais foram propostas de alteração deste,
introduzindo-se mudanças no sistema de controle de profundidade de
sementes e também nos componentes de aterramento e compactação. A
unidade de semeadura é composta de um disco de corte de 17” (431,8 mm) de
diâmetro, uma haste sulcadora desenvolvida pelo IAPAR, apresentando
ponteira com 20 mm de espessura da ponteira, ângulo de ataque de 20º e
formato parabólico, e disco duplo desencontrado de 381 mm para deposição
das sementes.
25
Figura 1. Protótipo de unidade de semeadura composto de: 1- disco de corte; 2- haste
sulcadora; 3- disco duplo desencontrado; 4- sistemas de controle de profundidade de
sementes, aterramento e compactação; 5- chassi; 6- rodas acionadoras; 7- contra
peso; 8- depósito de sementes. Fonte: Casão Junior & Campos, 2004.
Os oito modelos de sistema de acabamento de semeadura foram utilizados nas
operações de semeaduras, as quais foram executadas no sistema plantio direto. Os
modelos foram regulados para distribuição de sementes de acordo com as
características (vigor e poder germinativo) e recomendações da cultivar implantada, na
profundidade recomendada.
Cada roda compactadora foi regulada no campo na posição de trabalho e
regulagem final, levantando-se com o gancho ligado a uma balança de tração
eletrônica, marca DIGI-TRON, modelo UL 200, capacidade máxima de 200 kgf e
mínima de 1 kgf, sendo o erro de 0,005 kgf, na iminência de levantar do solo, para não
dar mais pressão nas molas. Nos tratamentos em que não existiam rodas de controle
de profundidade na unidade semeadora, o procedimento foi realizado da mesma forma.
Nestes a roda compactadora ficou bem mais pesada pois não sofreu somente a ação
da mola e sim do peso do conjunto que tem o disco duplo e se articula à frente. Os
valores obtidos, de carga aplicada pelas rodas compactadoras, encontram-se no
capítulo de resultados
26
As características dimensionais de cada componente utilizado nos ensaios,
foram levantadas e registradas conforme está apresentado na Tabela 3.
Tabela 3. Características dimensionais de cada um dos elementos utilizados durante os
experimentos.
Elemento
Dimensões
Disco de corte
Ø 482mm
Disco duplo
Ø 381mm
Disco aterrador
Ø 280mm
Rodas de controle de profundidade
paralelas
Ø 356mm x largura 90mm
Roda aterradora / controladora de
profundidade cônica
Øext 340mm x Øint 340mm x largura
67mm
Roda compactadora em “ V”
Ø 305mm x largura 25mm
Roda compactadora lisa média larga
Ø 330mm x largura 180mm
Roda compactadora média larga
Ø 330mm x largura 180mm x sulco 30mm
Roda compactadora grande larga
Ø 533mm x largura 70 mm x sulco 30mm
Roda compactadora lisa pequena
Ø 241mm x largura 95mm
Roda compactadora pequena com
sulco
Ø 267mm x largura 70mm x sulco 25mm
3.2.2. Insumos agrícolas
Para a implantação do experimento utilizaram-se sementes de sorgo forrageiro,
trigo, feijão e soja com as seguintes características e quantidades:
- 25 kg·ha
-1
de sementes de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench);
- 150 kg·ha
-1
de sementes de trigo (Triticum aestivum (L.))
- Sementes de feijão (Phaseolos vulgaris (L.)), cuja cultivar utilizada foi a IAPAR
81 com poder germinativo de 94% e vigor de 65%. Objetivando-se obter uma
população final de 240.000 plantas de feijão por hectare, em espaçamento de
45 cm entre linhas. Os protótipos foram regulados de acordo com as
27
possibilidades de combinações de engrenagens, para distribuir 11,5 sementes
por metro, a uma profundidade de 4 cm em relação à superfície do terreno.
- Sementes de soja (Glycine max (L.) Merrill), cuja cultivar utilizada foi a BRS
184 com poder germinativo de 96% e vigor de 85%. Objetivando-se obter uma
população final de 390.000 plantas.ha
-1
, em espaçamento de 45 cm entre
linhas. Os protótipos foram regulados de acordo com as possibilidades de
combinações de engrenagens, para distribuir 18,3 sementes por metro, a uma
profundidade de 6 cm em relação à superfície do terreno.
3.3. Delineamento experimental
O trabalho foi conduzido em delineamento experimental em blocos ao acaso,
com oito tratamentos e quatro repetições para a cultura do feijão e três repetições para
a cultura da soja, sendo que, cada tratamento constituiu-se de um sistema de
acabamento de semeadura.
28
3.4. Descrição dos tratamentos
Tabela 4. Constituição dos tratamentos, avaliados no estudo de oito sistemas de acabamento
de semeadura na cultura do feijão.
Tratamento: 1F (Testemunha)
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade paralelas
Rodas compactadoras em “V”
Tratamento: 2F
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade
inclinadas 10°
Rodas compactadoras em “V”
Tratamento: 3F
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade cônicas e
paralelas
Roda compactadora estreita e lisa
Tratamento: 4F
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade cônicas e
paralelas
Roda compactadora estreita com sulco
interno
29
Tratamento: 5F
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Roda compactadora larga e lisa
Tratamento: 6F
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Roda compactadora larga com garras e
sulco interno
Tratamento: 7F
Rodas de controle de profundidade paralelas
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Roda compactadora estreita e lisa
Tratamento 8F
Rodas de controle de profundidade paralelas
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Roda compactadora estreita com sulco
interno
30
Tabela 5. Constituição dos tratamentos, avaliados no estudo de oito sistemas de acabamento
de semeadura na cultura da soja.
Tratamento: 1S (Testemunha)
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade paralelas
Rodas compactadoras em “V”
Tratamento: 2S
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade
inclinadas 10°
Rodas compactadoras em “V”
Tratamento: 3S
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade cônicas e
inclinadas 20°
Roda compactadora estreita e lisa
Tratamento: 4S
Discos duplos desencontrados
Rodas de controle de profundidade cônicas e
inclinadas 20°
Rodas compactadoras em “V”
Tratamento: 5S
Discos duplos desencontrados
Discos Aterradores
Roda compactadora larga e lisa
31
Tratamento: 6S
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Roda compactadora larga com garras e
sulco interno
Tratamento: 7S
Rodas de controle de profundidade paralelas
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Rodas compactadoras em “V”
Tratamento: 8S
Rodas de controle de profundidade paralelas
Discos duplos desencontrados
Discos aterradores
Roda compactadora larga com garras e
sulco interno
3.5. Instalação e condução dos experimentos
Os blocos estavam dispostos no campo, um seguido do outro, com espaço de
sete metros entre eles para permitir as manobras necessárias com o trator.
As parcelas experimentais correspondiam a uma passada da unidade de
semeadura em um percurso de vinte metros em linha reta, semeando feijão e soja.
Estas estavam distanciadas três metros uma da outra, dentro do bloco, para que o
trator pudesse trafegar entre as mesmas evitando assim que a roda passasse sobre
uma linha semeada, e tamm, em casos de perda de parcelas causadas pelo não
funcionamento de algum componente da máquina, para que o procedimento pudesse
ser repetido no mesmo local, sem a ocorrência de amassamento, garantindo a
confiabilidade do ensaio.
32
3.6. Atributos de caracterização do solo
3.6.1. Teor de água no solo
Para determinar o teor de água no solo, foi utilizado o método gravimétrico
padrão, baseado na massa de solo seco em estufa à temperatura de 105ºC (+/- 2ºC)
até massa constante, conforme EMBRAPA (1997a).
O solo foi coletado com uso de trado nas camadas entre 0 a 5 cm e 5 a 10 cm
sendo colocado em cápsulas de alumínio com tampas, e obtendo-se a massa em uma
balança digital de precisão de 0,0001 g.
Após atingir massa constante em estufa a 105ºC, as cápsulas com as amostras
foram resfriadas a temperatura ambiente obtendo-se a massa novamente. A amostra de
solo foi descartada e, após a limpeza e obtenção da tara do recipiente para determinar
sua massa, foi calculada a percentagem da massa de solo correspondente à água.
O teor de água no solo foi determinado pela equação 1:
100
TMs
MsMu
Ta
, (1)
Em que:
Ta
Teor de água no solo (%)
Mu
Massa úmida (g)
Ms
Massa seca (g)
T
Tara da cápsula (g)
3.6.2. Densidade do solo
A densidade do solo, foi determinada na camada de 0 a 10 cm de profundidade,
utilizando-se o método do anel volumétrico, descrito em EMBRAPA (1997a).
O método consiste na introdução de um cilindro no solo (cilindro de Uhland) que
possui um volume V, depois da retirado do solo, corta-se o excesso de solo nas
extremidades a fim de se ter certeza de que o solo ocupa o volume V, leva-se o
conjunto a uma estufa a 105ºC, por 48h até massa constante, determina-se a massa de
33
material sólido (m
s
) e calcula-se a densidade. A densidade obtida é a densidade
aparente do solo.
A densidade do solo foi determinada pela equação 2:
Vc
TMc
Ds
, (2)
Em que:
Ds
Densidade do solo (g.cm
-3
);
Mc
Massa do cilindro com a amostra sólida de solo (g);
T
Tara do cilindro (g);
Vc
Volume do cilindro, que correspondia a 93,954 cm
3
.
3.6.3. Resistência mecânica do solo à penetração
Na determinação da resistência do solo à penetração, utilizou-se um
penetrômetro, marca Soilcontrol, com haste de cone padronizado pela ASAE (1996),
com ângulo de 30º, área basal de 130 mm
2
, profundidade máxima de 600 mm,
resistência máxima admissível de 76 MPa e cartões padronizados para registrar os
dados.
Determinou-se a resistência mecânica do solo à penetração no dia da
semeadura das culturas do feijão e soja. As medições foram realizadas até 40 cm de
profundidade, na linha de semeadura, sendo os valores máximos observados
registrados na unidade de kPa. Foram realizadas aleatoriamente quatro amostragens
em cada parcela experimental.
3.6.4. Área de contato das rodas compactadoras
O cálculo da área de contato pneu-solo exercida pelas rodas compactadoras, em
condições de deslocamento, ocorreu a partir da Equação 3, descrita por MIALHE
(1980).
34
brS 005,1
, (3)
Em que:
S
Área de contato pneu-solo (m
2
);
r
raio da roda (m);
b
largura da roda, descontado o sulco interno, quando houver (m).
A largura da roda considerada, para efeito de cálculo, éo somente a que tocou
a superfície do solo. Nas rodas dotadas de sulco interno, a largura deste foi descontada
da largura total da roda.
Os dados de raio e largura da roda são apresentados na Tabela 3. Os valores de
área de contato calculados são apresentados na Tabela 4 e Tabela 5.
3.6.5. Massa seca da cobertura vegetal
Para avaliação da matéria seca da cobertura vegetal, coletou-se com um
gabarito de madeira medindo 50 cm de lado, duas amostras em cada parcela da massa
vegetal da cultura do sorgo presente na superfície do solo, no momento da semeadura
das culturas do feijão e soja.
Para coletar as amostras, a moldura foi lançada aleatoriamente e foi retirada toda
a matéria seca da cobertura vegetal contida dentro da área do gabarito; posteriormente,
o material colhido na área foi colocado em sacos de papel, foi feita a secagem até
atingir massa constante em estufa com circulação forçada de ar a temperatura de 60ºC
(+/- 1ºC). Após a secagem, o material foi colocado em balança digital de precisão de
0,01 g, cujos valores foram transformados em kg·ha
-1
conforme metodologia descrita
por Chaila (1986).
5
2
10
L
Mmp
Ms
,
Em que:
Ms
Massa seca (kg·ha
-1
);
35
Mmp
Massa de material seco pesado (g);
L
Lado do gabarito = 50 cm.
3.7. Atributos de avaliação do desempenho das unidades de semeadura
3.7.1. Profundidade do sulco de semeadura
Coletaram-se aleatoriamente 10 plantas por linha realizando-se a média para
cada tratamento.
A profundidade foi medida por um bastão de ferro auxiliado por um gabarito de
madeira na forma de “T”, que quando colocado de forma invertida no solo torna
possível efetuar a medida em relação à superfície do terreno. O bastão foi colocado
dentro do sulco até atingir a profundidade em que o solo não foi mobilizado,
registrando-se a profundidade com precisão de 0,5 cm.
3.7.2. Profundidade de semeadura
Determinada pela medida do hipocótilo que se encontrava dentro do solo, após a
emergência das plântulas. Foram retiradas e medidas plântulas em dez posições na
parcela, realizando-se a média de cada tratamento.
3.7.3. Índice de sementes expostas
Esse parâmetro foi obtido mediante a contagem das sementes que ficaram
expostas na superfície do solo, ao longo de toda a parcela experimental, logo após a
semeadura. O índice de sementes expostas por hectare foi determinado pela relação
percentual entre o número de sementes expostas e o mero total de sementes
distribuídas na operação de semeadura.
3.7.4. Selamento superficial do sulco
Baseando-se na metodologia descrita por Laflen et al. (1981), foi utilizada uma
corda com demarcações distanciadas a 15 cm uma da outra, onde cada marcação da
36
corda coincidente com trechos de selamento foi considerada como ponto percentual de
selamento do sulco.
3.7.5. Qualidade de aterramento do sulco
Com o auxílio da mesma corda, foi determinada a porcentagem de sulcos
aterrados, onde cada marcação coincidente com trechos aterrados foi considerada
como ponto percentual para sulco aterrado.
3.7.6. Porcentagem da cobertura vegetal após a semeadura
Com o auxílio da mesma corda, foi determinada a porcentagem da área coberta
com a cobertura vegetal, onde cada marcação coincidente com trechos cobertos com
palha foi considerada como ponto percentual para indicar a quantidade da cobertura
vegetal após a semeadura.
3.7.7. Redução da porcentagem da cobertura vegetal
Com o auxílio da mesma corda, foi determinada a porcentagem da redução da
cobertura vegetal, calculada pela diferença entre duas linhas feitas antes e após a
semeadura. Estas linhas o posicionadas cruzando o sulco em diagonal em “x”
realizando-se duas leituras antes e duas após. As marcações das cordas coincidentes
com pontos com cobertura vegetal foram consideradas como pontos percentuais da
cobertura vegetal.
A porcentagem de redução da cobertura foi determinada pela equação:
100
A
DA
P
P
PP
R
, (4)
Em que,
P
R
Redução de Palha devido a ação da semeadora;
A
P
Percentual de palha antes da ação da semeadora;
D
P
Percentual de palha depois da ação da semeadora.
37
3.7.8. Emergência de plântulas
A emergência de plântulas foi determinada pela contagem do número de
plântulas nos dez metros centrais de cada parcela experimental, ou seja, cada linha de
semeadura. A contagem das plântulas emergidas foi realizada diariamente até que o
número se apresentasse constante.
Os resultados do total de plântulas emergidas foram expressos em percentual.
3.8. Análise estatística dos dados
Os resultados obtidos dos atributos de avaliação do desempenho das unidades
de acabamento de semeadura foram submetidos à análise de variância, aplicando-se o
Teste F (Fischer). As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey.
Ambos os testes foram realizados com nível de significância de 5% e 1% de
probabilidade, conforme proposto por ZIMMERMANN (2004), utilizando-se o software
SAS.
Foi elaborada uma matriz de correlação. Nesta matriz cada célula contém o valor
calculado da correlação entre o atributo correspondente a sua linha e o atributo
correspondente a sua colunas. Deste modo, tem-se a correlação entre todos os
atributos avaliados, par a par. A matriz de correlação encontra-se nos Anexos. Os pares
de atributos cujos valores absolutos de correção foram superiores a 0,7 foram
mostrados na forma de gráficos. Os gráficos de correlação obtidos foram distribuídos ao
longo do capítulo de resultados, dentro dos capítulos dos respectivos parâmetros
descridos pelo eixo das abscissas, ou eixo “y”. O valor 0,7 foi obtido empiricamente, por
meio de observações nas quais constatou-se que apenas casos onde as correlações
estavam acima destes valores a distribuição dos pontos nos gráficos começavam a
apresentar tendência.
Nos casos onde os atributos apresentaram correlação superior a 0,7 apenas em
uma das culturas, tamm foram obtidos e analisados os gráficos, dos mesmos
atributos, para a outra cultura. Quando estes gráficos apresentaram alguma tendência
coerente, mesmo que pequena, os mesmos foram inseridos dentro dos capítulos da
tese, conjuntamente com os gráficos da outra cultura.
38
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Variáveis de avaliação do solo
4.1.1. Umidade gravimétrica do solo
Na Tabela 6 são apresentadas as umidades gravimétricas obtidas nas análises
de solo dos experimentos.
Tabela 6. Umidade gravimétrica do solo na área experimental no momento da semeadura das
culturas, nos anos 2004 e 2005,
Feijão
Soja
Tratamento
Umidade 0 a 5 cm (%)
Tratamento
Umidade 5 a 10 cm (%)
4F
29,32
3S
25,27
8F
27,49
8S
25,20
2F
27,45
5S
25,13
3F
27,24
1S
25,03
6F
27,03
2S
24,90
5F
26,75
4S
24,90
7F
26,52
6S
24,80
1F
26,01
7S
24,80
Média
27,23
Média
25,00
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
1,12
NS
Tratamentos
0,43
NS
Blocos
1,28
NS
Blocos
4,71
*
C.V. (%)
6,82
C.V. (%)
1,91
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
No dia da semeadura do feijão, a umidade gravimétrica média do solo na
profundidade de 0 a 5 cm foi de 27,23%, sendo esta considerada ideal para a
semeadura do mesmo. O fato de não apresentar variação significativa mostra que as
condições do solo estavam homogêneas por ocasião da implantação da cultura e o
interferiu nos tratamentos.
No dia da semeadura da soja, a umidade gravimétrica média do solo na
profundidade na profundidade de 5 a 10 cm foi de 25,0%.
39
4.1.2. Densidade do solo
Na Tabela 7 são apresentados os valores de densidade do solo obtidos nas
análises de solo dos experimentos.
Tabela 7. Densidade do solo na área experimental no momento da semeadura das culturas,
nos anos 2004 e 2005, na camada de 0 a 5 cm de profundidade.
Feijão
Soja
Tratamento
Densidade (g·cm
-3
)
Tratamento
Densidade (g·cm
-3
)
6F
1,24
3S
1,29
8F
1,25
8S
1,32
5F
1,25
5S
1,33
4F
1,26
1S
1,33
2F
1,27
4S
1,33
7F
1,27
7S
1,33
1F
1,28
2S
1,35
3F
1,30
6S
1,35
Média
1,27
Média
1,33
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
1,21
NS
Tratamentos
0,26
NS
Bloco
7,52
**
Bloco
2,35
*
C.V. (%)
2,55
C.V. (%)
5,09
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Não foram observadas diferenças significativas de densidade do solo entre
tratamentos, apresentando condições homogêneas por ocasião da implantação das
culturas.
Na cultura do feijão a densidade média do solo na profundidade de 0 a 5 cm foi
de 1,27 g·cm
-3
, e na cultura da soja a densidade média do solo na mesma profundidade
foi de 1,33 cm
-3
, o caracterizando solos compactados, conforme dados de Bowen
(1981).
4.1.3. Resistência mecânica do solo à penetração
Na Tabela 8 é apresentada a resistência mecânica do solo à penetração
(RMSP).
40
Tabela 8. Resistência mecânica do solo à penetração na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Resistência à Penetração
(kPa)
Tratamento
Resistência à Penetração
(kPa)
7F
2.589
7S
1.373
2F
2.600
1S
1.506
1F
2.667
2S
1.537
8F
2.689
5S
1.561
3F
2.722
6S
1.578
6F
2.756
4S
1.594
4F
2.764
3S
1.602
5F
2.908
8S
1.700
Média
2.712
Média
1.557
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
0,26
NS
Tratamentos
0,79
NS
Bloco
0,26
NS
Bloco
5,10
*
C.V. (%)
14,77
C.V. (%)
11,67
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Na cultura do feijão, com base na classificação de Arshad et al. (1996), o valor
médio de resistência à penetração de 2,7 MPa caracteriza uma resistência mecânica do
solo à penetação alta. No entanto, não é de se esperar que comprometa a emergência
das plântulas, visto que nesta fase de desenvolvimento inicial seu sistema radicular
ainda não está definido, permanecendo dentro da faixa de solo mobilizada, não atingido
o solo mais compactado.
Na cultura da soja, com base na classificação Arshad et al. (1996), o valor médio
de resistência à penetração de 1,6 MPa não caracteriza uma faixa em que o
desenvolvimento radicular da cultura pudesse ser comprometido (moderada: 1,0 RP <
2,0 MPa).
Em ambas as culturas, os valores dos atributos analisados não apresentaram
nenhuma diferença significativa entre os tratamentos. Tal situação é desejável, pois
dessa forma, as características do solo não interferem nas avaliações que determinam
o desempenho das unidades de semeadura. A importância de uma área homogênea se
também no campo de uma forma geral, pois cada planta terá os mesmos recursos
para seu desenvolvimento, contribuindo assim para uma lavoura uniforme.
41
4.1.4. Massa seca de cobertura no solo antes da semeadura.
Na Tabela 9 segue os valores de massa seca da cobertura do solo coletadas
durante as avaliações.
Tabela 9. Massa seca da cobertura vegetal na camada de 0 a 10 cm de profundidade.
Característica
Feijão
Soja
Massa seca de trigo (kg·ha
-1
)
6589
-
Massa seca de sorgo (kg·ha
-1
)
-
6455
42
4.2. Variáveis de avaliação do desempenho das unidades de semeadura
4.2.1. Área de contato e carga aplicada das rodas compactadoras
Na Tabela 10 são apresentados os resultados da profundidade dos sulcos para
as culturas de feijão e soja.
Os valores de carga aplicada mais elevados, observados nos tratamentos 5F,
6F, 5S e 6S, devem-se a ausência de roda controladora de profundidade do sulco de
semeadura. Nesta situação o controle da profundidade de semeadura passa a ser feito
pelas rodas compactadoras, o que resulta na transferência de uma maior fração do
peso da unidade semeadora para as mesmas.
Tabela 10. Valores calculados de área de contato e valores experimentas de carga aplicada
pelas rodas compactadoras na superfície do solo, para os tratamentos referentes as
culturas do feijão e da soja.
Tratamento
Área de Contato
Carga Aplicada
(cm
2
)
(N)
1F
153
147
2F
153
147
3F
230
137
4F
121
127
5F
910
412
6F
750
412
7F
230
137
8F
121
127
1S
153
147
2S
153
147
3S
230
137
4S
153
147
5S
911
284
6S
750
284
7S
153
147
8S
750
196
43
4.2.2. Profundidade do sulco
Na Tabela 11 são apresentados os resultados da profundidade dos sulcos para
as culturas de feijão e soja.
Tabela 11. Profundidade do sulco na área experimental no momento da semeadura das
culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Profundidade do Sulco
(cm)
Tratamento
Profundidade do Sulco (cm)
5F
10,6
6S
14,0
3F
10,3
4S
13,4
4F
10,3
5S
12,9
6F
10,3
2S
12,7
7F
10,1
7S
12,7
8F
10,1
8S
12,6
2F
9,8
3S
12,6
1F
9,7
1S
12,5
Média
10,1
Média
12,9
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
1,23
NS
Tratamentos
2,00
NS
Bloco
1,56
NS
Bloco
0,38
NS
C.V. (%)
5,29
C.V. (%)
4,90
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Em ambos os casos, não foram observados diferenças significativas entre blocos
e tratamentos. Esta característica demonstra que as condições operacionais para
comparação das unidades de semeadura foram satisfatórias, pois não se desejava
alterações na profundidade dos sulcos. Este fato é importante, pois, segundo Casão
Junior & Siqueira (2006), a homogeneidade de profundidade do sulco deve ser
cuidadosamente controlada durante a implantação da cultura no campo. Neste sulco é
depositado o fertilizante, que, estando em profundidades variáveis, pode levar a
desuniformidade de absorção deste pelas plantas, provocando a variabilidade na
produtividade da cultura.
44
4.2.3. Selamento superficial no sulco de semeadura
Na Tabela 12 são apresentados valores de selamento superficial no sulco de
semeadura para as culturas de feijão e soja.
Tabela 12. Selamento superficial na área experimental no momento da semeadura das
culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Selamento Superficial (%)
Tratamento
Selamento Superficial (%)
1F
0,0
a
1S
0,0
a
2F
0,0
a
2S
0,0
a
6F
0,0
a
4S
0,0
a
8F
0,0
a
7S
0,0
a
7F
13,8
b
8S
1,7
a
4F
16,3
b
6S
8,0
a
3F
28,8
c
3S
35,0
b
5F
90,0
d
5S
36,7
b
Média
18,6
Média
10,2
DMS
12,5
DMS
20,5
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
137,10
**
Tratamentos
15,27
**
Bloco
0,33
NS
Bloco
0,65
NS
C.V. (%)
28,24
C.V. (%)
70,10
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Na cultura do Feijão, o tratamento 5, constituído de roda compactadora larga e
lisa, apresentou o maior percentual de selamento superficial (90%), seguido pelo
tratamento 3, constituído de roda compactadora estreita e lisa (28,75%). O tratamento 7
que também é constituído de roda compactadora estreita e lisa, apresentou selamento
médio de 16,3%. no tratamento 4F, apesar da roda compactadora possuir sulco
interno, esta ainda assim apresenta uma superfície lisa relativamente grande em
relação ao referido sulco, se comparada com a roda compactadora com garras e sulco
interno. Esta, por sua vez, tamm apresentou selamento, sendo este com valor médio
de 13,75%. Essa característica associada à maior redução de palha devido à não
existência de discos aterradores acabou promovendo o selamento. Os tratamentos 1F,
2F, 6F e 8F não apresentaram selamento superficial no sulco de semeadura, sendo os
tratamentos 1F e 2F constituídos pelo tipo de roda compactadora em “V” e, os
45
tratamentos 6F e 8F constituídos pelo tipo de roda compactadora com ressaltos e sulco
interno.
O elevado percentual de selamento superficial, observado no tratamento 5F,
pode ser explicado pelo do uso de roda compactadora lisa, associada aos valores de
carga aplicada e área de contato da roda compactadora, que são os maiores entre os
tratamentos.
Na cultura da soja, observa-se que os tratamentos 1S, 2S, 4S e 7S, constituídos
por rodas compactadoras emV”, apresentaram selamento superficial zero, seguido dos
tratamentos 8S e 6S. Os tratamentos 3S e 5S, constituídos de rodas compactadoras
lisas, apresentaram os maiores valores de selamento.
As rodas compactadoras lisas, ao agirem no solo, deixam sua camada superficial
com selamento, o que pode prejudicar a emergência das plântulas, pois dependendo da
espessura da camada compactada, as plântulas não conseguem atravessá-la e chegar
à superfície. a roda compactadora, que possui garras e sulco interno, bem como as
rodas compactadoras em “V”, deixam o solo compactado ao redor da semente e
mobilizado acima, facilitando assim a emergência das plântulas.
4.2.3. Qualidade de aterramento do sulco
Na Tabela 13 são apresentados os dados de qualidade de aterramento do sulco
de semeadura para as culturas de feijão e soja.
Na cultura do feijão, os maiores percentuais de sulcos bem aterrados foram
observados nos tratamentos 5F, 6F, e 8F, seguidos do tratamento 7F, os quais
apresentam em sua constituição discos aterradores quando comparados aos
tratamentos 1F, 2F, 3F e 4F que não apresentam discos aterradores. No entanto,
mesmo os tratamentos sem discos aterradores apresentaram bons resultados,
evidenciando uma condição favorável de solo, máquina e ambiente para essa
característica da semeadura.
Na cultura da soja, o foram observadas diferenças significativas de qualidade
de aterramento do sulco entre blocos, pelo teste F, e tratamentos, pelo teste de Tukey,
46
todos os valores encontram-se acima de 96%, demonstrando alta qualidade de
aterramento, mesmo nos tratamentos sem discos aterradores.
Tabela 13. Qualidade de aterramento do sulco na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Qualidade de Aterramento
do Sulco (%)
Tratamento
Qualidade de Aterramento do
Sulco (%)
5F
100,0
a
3S
100,0
a
6F
100,0
a
5S
100,0
a
8F
100,0
a
6S
100,0
a
7F
91,3
a
b
8S
100,0
a
2F
85,0
c
b
7S
99,7
a
3F
85,0
c
b
1S
98,7
a
4F
80,0
c
b
4S
97,0
a
1F
77,5
c
2S
96,7
a
Média
89,8
Média
99,0
DMS
12,4
DMS
3,7
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
12,73
**
Tratamentos
3,69
*
Bloco
2,09
*
Bloco
1,00
NS
C.V. (%)
5,81
C.V. (%)
1,29
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Sulcos bem aterrados facilitam a germinação das sementes, pois estas estarão
em íntimo contato com o solo, protegidas da ação de raios solares, podendo absorver
água e nutrientes o mais rápido possível (CASÃO JUNIOR & SIQUEIRA, 2006).
Observando-se os resultados, mesmo em condições ótimas, onde todos os tratamentos
apresentaram bons valores de aterramento, ainda sim é possível verificar que os discos
aterradores conseguiram resultados ainda melhores, atingindo percentuais mais
elevados, sendo em muitos casos de 100%.
47
4.2.4. Porcentagem de sementes expostas
Na Tabela 14 são apresentados os dados da porcentagem de sementes
expostas na semeadura para as culturas de feijão e soja.
Tabela 14. Sementes expostas na área experimental no momento da semeadura das culturas,
nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Sementes Expostas (%)
Tratamento
Sementes Expostas (%)
3F
0,0
a
6S
0,1
5F
0,0
a
7S
0,1
6F
0,0
a
5S
0,2
7F
0,0
a
1S
0,3
8F
0,0
a
8S
0,3
2F
0,2
a
b
2S
0,4
4F
0,2
a
b
4S
0,4
1F
0,8
b
3S
0,5
Média
0,1
Média
0,3
DMS
0,8
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
2,89
*
Tratamentos
0,89
NS
Bloco
1,09
NS
Bloco
1,60
NS
C.V. (%)
232,39
C.V. (%)
93,62
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Na cultura do feijão, as sementes foram depositadas a uma profundidade média
de 3,4 cm em relação à superfície do terreno. Esta profundidade média está dentro da
recomendação considerada ideal para a cultura que corresponde a 4,0 cm.
Observou-se que o tratamento 1F apresentou o maior número de sementes
expostas, seguido dos tratamentos 2F e 4F, pelo teste de Tukey ao nível de confiança
de 95%. Estes tratamentos tamm apresentaram as menores profundidades de
semeadura, com valores entre 3,0 e 3,1 cm.
Estatisticamente os tratamentos 1F, 2F e 4F o diferem entre si, apresentando
um percentual superior a zero. Os tratamentos 2F, 3F, 4F, 5F, 6F, 7F e 8F, são
estatisticamente iguais entre si, e estes não apresentaram sementes expostas ou,
apresentaram valores muito pequenos, ao longo das parcelas experimentais.
48
A porcentagem de sementes expostas apresentou um valor coerente com a
qualidade de aterramento do sulco, onde 3 dos 4 tratamentos sem discos aterradores
em sua constituição apresentaram percentual de sementes expostas diferente de zero.
Na cultura da soja, as sementes foram depositadas a uma profundidade média
de 5,3 cm em relação à superfície do terreno. Esta profundidade média está dentro da
recomendação considerada ideal para a cultura que corresponde a 6,0 cm. Não foram
observadas diferenças significativas de porcentagem de sementes expostas entre
blocos e tratamentos. Apesar de muito baixo, em todos os tratamentos os percentuais
de sementes expostas foi superior à zero, o que seria de se esperar em uma
semeadura de soja. Nesta semeadura o alto valor de distribuição de sementes (19
sementes m
-1
), associado à velocidade da operação, 5,0 km·h
-1
resulta em um fluxo de
aproximadamente 26 sementes·s
-1
que deixam o distribuidor de sementes. Nestas
condições é inevitável à ocorrência de um percentual, mesmo que mínimo, de sementes
expostas.
Nas Figura 2 e Figura 3 pode-se observar as correlações que existem entre a
profundidade de semeadura e sementes ex-postas nas culturas do feijão e da soja.
PS X SE
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4
Profundidade de Semeadura (cm)
Sementes Expostas (%)
Figura 2. Gráfico correlacionando os valores dios entre profundidade de semeadura e
sementes expostas, na cultura do feijão.
49
Na cultura da soja observou-se um percentual de sementes expostas diferente
de zero em todos os tratamentos, e portanto, em todas as profundidades. Nota-se que a
redução na profundidade de semeadura também influencia o percentual de sementes
expostas, fazendo com que este aumente. Contudo, todos valores de sementes
expostas observados foram inferiores a 1%.
PS X SE
y = -0,3811x + 2,3211
R
2
= 0,641
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Profundidade de Semeadura (cm)
Sementes Expostas (%)
Figura 3. Gráfico de Correlação dos valores médios entre profundidade de semeadura e
sementes expostas, na cultura da soja.
Na Figura 4 e Figura 5 pode-se observar as correlações que existem entre a
profundidade de semeadura e sementes expostas nas culturas do feijão e da soja.
Na cultura do feijão, pode-se observar que a redução no percentual de cobertura
com palha influencia o percentual de sementes expostas fazendo com que este
aumente.
Na cultura da soja, não se observa tal influência. As correlações entre os
atributos descrevem pontos dispersos e a linha de tendência não consegue explicá-los
bem. Isto pode ser observado no coeficiente de determinação R
2
, que possui um valor
baixo.
50
PD X SE
y = -0,0234x + 1,4618
R
2
= 0,5496
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
40 45 50 55 60 65 70
Cobertura com Palha após a Semeadura (%)
Sementes Expostas (%)
Figura 4. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a semeadura e
sementes expostas, na cultura do feijão.
SE X UG0
y = -0,01x + 1,0777
R
2
= 0,3202
0,0
0,1
0,1
0,2
0,2
0,3
0,3
0,4
0,4
0,5
0,5
65 70 75 80 85 90 95
% Cobertura com Palha Após a Semeadura
Sementes Expostas (%)
Figura 5. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a semeadura e
sementes expostas, na cultura da soja.
51
4.2.5. Cobertura com Palha após a Semeadura
Na Tabela 15 é apresentada a cobertura com palha após a semeadura para as
culturas de feijão e soja.
Tabela 15. Cobertura com palha após a semeadura na área experimental no momento da
semeadura das culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Cobertura com Palha Após
Semeadura (%)
Tratamento
Cobertura com Palha Após
Semeadura (%)
7F
67,9
a
8S
84,3
a
6F
64,3
a
7S
83,3
a
8F
62,1
a
b
6S
79,3
a
b
5F
61,5
a
b
5S
78,7
a
b
2F
54,3
a
b
3S
73,3
a
b
4F
49,0
a
b
4S
69,3
a
b
3F
48,4
a
b
2S
65,3
b
1F
41,1
b
1S
65,3
b
Média
56,1
Média
74,9
DMS
21,7
DMS
17,2
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
2,48
**
Tratamentos
4,96
**
Bloco
3,07
NS
Bloco
4,47
*
C.V. (%)
16,31
C.V. (%)
7,95
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Na cultura do feijão, os maiores percentuais de cobertura com palha após a
semeadura foram observados nos tratamentos 6F e 7F, os quais apresentavam discos
aterradores em sua constituição. o tratamento 1F, o qual não possui discos
aterradores em sua constituição, apresentou o menor resultado quanto a presença de
palha no sulco de semeadura após a passagem da semeadora.
Os tratamentos 5F e 8F, que tamm apresentavam discos aterradores em sua
constituição, tendem a apresentar maiores percentuais de cobertura com palha após a
semeadura, se comparados aos tratamentos 1F, 2F, 3F e 4F, apesar da ausência de
diferença significativa.
Na cultura da soja, os maiores percentuais foram observados nos tratamentos 7S
e 8S, os quais apresentavam discos aterradores em sua constituição. Já os tratamentos
1S e 2S, que não possuem discos aterradores, apresentaram os menores percentuais
de cobertura com palha após a passagem da semeadora. Dentre os tratamentos sem
52
discos aterradores, ou seja, de 1S a 4S, observa-se um ligeiro aumento na cobertura no
tratamento 3S. Este difere dos tratamentos 1S, 2S e 4S quando ao tipo de roda
compactadora, possuindo uma roda compactadora estreita e lisa. Tal aumento indica
uma tendência deste tipo de roda apresentar um resultado melhor em relação as rodas
compactadoras em “V”, apesar da ausência de diferença significativa.
Os tratamentos 7F, 7S e 8S apresentaram os maiores percentuais de palha após
a semeadura, logo nota-se que a associação do uso de discos aterradores com rodas
controladoras de profundidade paralelas contribui para um percentual de palha após a
semeadura superior ao já obtido com a inclusão dos discos aterradores.
No ensaio com a soja, nota-se que a associação do conjunto composto por rodas
controladoras de profundidade paralelas e discos aterradores, com a roda
compactadora com garras e sulco interno, avaliada no tratamento 8S, tende a
apresentar melhores resultados em relação ao mesmo conjunto associado as rodas
compactadoras em “V”, avaliado no tratamento 7S.
Esta característica é considerada importante, pois se existir uma cobertura
vegetal sobre o solo, este apresentará temperaturas mais amenas e adequadas para
uma boa germinação quando comparado com um solo desprotegido. Além de redução
no CORRIGIR PARA na temperatura, a umidade do solo também é maior. Logo, tem-se
na temperatura um efeito benéfico da cobertura morta sobre o solo, principalmente em
regiões onde a temperatura do solo tende a se elevar muito e a umidade existente é
precária (BALASTREIRE, 1990).
Na Figura 6 e Figura 7 pode-se observar as correlações que existem entre a
qualidade de aterramento do sulco e a cobertura com palha após a semeadura nas
culturas do feijão e da soja. Em ambos os casos pode-se observar que uma maior
qualidade de aterramento do sulco, também eleva a cobertura com palha após a
semeadura.
53
AT X PD
y = 0,85x - 20,306
R
2
= 0,7217
40
45
50
55
60
65
70
75 80 85 90 95 100
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Cobertura com Palha após a Semeadura (%)
Figura 6. Correlação dos valores dios entre qualidade de aterramento do sulco e cobertura
com palha após a semeadura, na cultura do feijão.
AT X PD
y = 4,7603x - 392,48
R
2
= 0,648
60
65
70
75
80
85
90
95
96,5 97,0 97,5 98,0 98,5 99,0 99,5 100,0
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Cobertura com Palha após Semeadura (%)
Figura 7. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do sulco e cobertura
com palha após a semeadura, na cultura da soja.
54
4.2.6. Redução da cobertura de palha no sulco
Na Tabela 16 é apresentada a redução da cobertura de palha no sulco para as
culturas de feijão e soja.
Tabela 16. Redução da cobertura de palha na área experimental no momento da semeadura
das culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Redução da Cobertura de
Palha no Sulco (%)
Tratamento
Redução da Cobertura de
Palha no Sulco(%)
7F
19,3
a
8S
9,6
a
6F
26,7
a
b
7S
13,9
a
b
8F
29,7
a
b
6S
15,7
a
b
5F
31,8
a
b
5S
17,4
a
b
3F
42,6
c
b
3S
22,0
a
b
2F
43,1
c
b
4S
28,3
a
b
4F
46,7
c
b
1S
31,1
b
1F
54,8
c
2S
31,6
b
Média
36,9
Média
21,2
DMS
22,0
DMS
19,2
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
6,54
**
Tratamentos
4,71
**
Bloco
1,36
NS
Bloco
3,97
*
C.V. (%)
25,12
C.V. (%)
31,48
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Na cultura do feijão, o maior percentual de redução de palha foi observado no
tratamento 1F, o qual não apresentava discos aterradores em sua composição. o
tratamento 7F, constituído de discos aterradores, apresentou o melhor resultado quanto
a manutenção da palha no sulco de semeadura após a passagem da semeadora.
Os tratamentos 4F, 2F e 3F, os quais tamm não apresentavam discos
aterradores em sua constituição seguem o tratamento 1F com os maiores valores.
Apesar destes três não apresentarem diferenças significativas entre si e entre os
tratamentos 5F, 6F e 8F, eles tendem a apresentar uma redução de palha maior em
relação aos tratamentos com discos aterradores. Observa-se então, que a redução da
quantidade de palha no sulco está intimamente ligada à operação de aterramento
promovida pela unidade de semeadura.
Na cultura da soja, os maiores percentuais de redução de palha foram
observados nos tratamentos 1S e 2S, os quais não apresentavam discos aterradores
55
em sua constituição. o tratamento 8S constituído de discos aterradores apresentou
os melhores resultados quanto a manutenção da palha no sulco de semeadura após a
passagem da semeadora.
Da mesma forma que observado na cultura do feijão, os tratamentos que
apresentam discos aterradores em sua constituição mostram uma menor redução de
palha. Essa menor redução pode ser observada nos tratamentos 5S, 6S e 7S, que
apesar de não apresentarem diferença significativa, apresentaram médias menores.
Portanto, observa-se uma tendência de apresentarem menores valores de redução de
palha, assim com o tratamento 8S.
Na Figura 8 e Figura 9 pode-se observar as correlações que existem entre a
qualidade de aterramento do sulco e a cobertura com palha após a semeadura nas
culturas do feijão e da soja.
Em ambos os casos, nota-se que quando a qualidade de aterramento foi
elevada, a redução de palha foi menor. Tal ocorrência demonstra que, quando o sulco
foi bem aterrado, o retorno da palha para cima do sulco tamm foi maior.
AT X RP
y = -1,0346x + 129,8
R
2
= 0,6638
0
10
20
30
40
50
60
75 80 85 90 95 100
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Redução de Palha (%)
Figura 8. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do sulco e redução de
palha, na cultura do feijão.
56
AT X RP
y = -4,7603x + 492,48
R
2
= 0,648
0
5
10
15
20
25
30
35
96,5 97,0 97,5 98,0 98,5 99,0 99,5 100,0
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Redução de Palha (%)
Figura 9. Correlação dos valores médios entre qualidade de aterramento do sulco e redução de
palha, na cultura da soja.
57
4.2.7. Profundidade de semeadura
Na Tabela 17 é apresentada a profundidade de semeadura para as culturas de
feijão e soja.
Tabela 17. Profundidade de Semeadura na área experimental no momento da semeadura das
culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Profundidade de Semeadura
(cm)
Tratamento
Profundidade de Semeadura
(cm)
5F
4,2
a
6S
5,8
6F
3,8
a
b
8S
5,6
8F
3,8
a
b
5S
5,5
7F
3,5
a
b
7S
5,5
3F
3,3
a
b
1S
5,2
2F
3,1
b
3S
5,1
4F
3,0
b
2S
5,1
1F
3,0
b
4S
4,9
Média
3,4
Média
5,3
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
4,29
**
Tratamentos
1,35
NS
Blocos
0,80
NS
Blocos
11,15
**
C.V. (%)
12,61
C.V. (%)
8,68
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
A semeadora foi regulada para depositar a semente do feijão a uma
profundidade de 4,0 cm, em relação à superfície do terreno. No entanto, em função dos
sistemas de aterramento, compactação e controle de profundidade, o teste apresentou
diferenças significativas de profundidade de sementes.
Na cultura do feijão, a maior profundidade de semeadura foi observada no
tratamento 5F, constituído de discos aterradores. A menor profundidade foi observada
nos tratamentos 1F e 2F, que não possuem discos aterradores em sua constituição. Os
valores das médias dos tratamentos apontam a tendência de um maior aterramento
para os tratamentos que possuem rodas aterradoras e, consequentemente, um maior
volume de solo sobre a semente, fazendo com que a diferença entre a semente e a
superfície do solo fossem maiores.
Na cultura da soja, as sementes foram depositadas a uma profundidade média
de 5,3 cm, mesmo assim, essa variação manteve-se estável entre os tratamentos,
58
consequentemente, o teste não apresentou diferenças significativas de profundidade de
sementes.
Da Figura 10 a Figura 15 apresentam-se as correlações do atributo de
profundidade de semeadura com outros atributos, nos experimentos com o feijão e com
a soja.
As tendências aqui apresentadas seguem como resultado das relações
observadas anteriormente. Uma vez que a qualidade de aterramento do sulco traz
consigo um maior percentual de cobertura com palha e menor redução de palha,
variações estas desejáveis para uma boa operação de semeadura, a profundidade de
semeadura, que eleva a qualidade de aterramento do sulco quando aumenta, também
traz consigo um maior percentual de cobertura com palha e menor redução de palha.
PD X PS
y = 0,0371x + 1,3609
R
2
= 0,5917
2,5
2,7
2,9
3,1
3,3
3,5
3,7
3,9
4,1
4,3
40 45 50 55 60 65 70
Cobertura com Palha após a Semeadura (%)
Profundidade de Semeadura (cm)
Figura 10. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a semeadura e
profundidade de semeadura, na cultura do feijão.
59
PD X PS
y = 0,03x + 2,9692
R
2
= 0,6513
4,8
5,0
5,2
5,4
5,6
5,8
6,0
65 70 75 80 85 90 95
Cobertura com Palha após Semeadura (%)
Profundidade de Semeadura (cm)
Figura 11. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a semeadura e
profundidade de semeadura, na cultura da soja.
RP X PS
y = -0,0283x + 4,4809
R
2
= 0,5543
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Redução de Palha (%)
Profundidade de Semeadura (cm)
Figura 12. Correlação dos valores médios entre redão de palha e profundidade de
semeadura, na cultura do feijão.
60
RP X PS
y = -0,03x + 5,9642
R
2
= 0,6513
4,8
5,0
5,2
5,4
5,6
5,8
6,0
5 10 15 20 25 30 35
Redução de Palha (%)
Profundidade de Semeadura (cm)
Figura 13. Correlação dos valores médios entre redução de palha e profundidade de
semeadura, na cultura da soja.
AT X PS
y = 0,0464x - 0,7337
R
2
= 0,9278
2,5
2,7
2,9
3,1
3,3
3,5
3,7
3,9
4,1
4,3
75 80 85 90 95 100
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Profundidade de Semeadura (cm)
Figura 14. Correlação dos valores dios entre qualidade de aterramento do sulco e
profundidade de semeadura, na cultura do feijão.
61
AT X PS
y = 0,1698x - 11,485
R
2
= 0,5989
4,8
5,0
5,2
5,4
5,6
5,8
6,0
96,5 97,0 97,5 98,0 98,5 99,0 99,5 100,0
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Profundidade de Semeadura (cm)
Figura 15. Correlação dos valores dios entre qualidade de aterramento do sulco e
profundidade de semeadura, na cultura da soja.
4.2.8. Emergência das plântulas
Na Tabela 18 são apresentados os dados dos percentuais de emergência das
plântulas para as culturas de feijão e soja.
Tabela 18. Emergência das plântulas na área experimental no momento da semeadura das
culturas, nos anos 2004 e 2005.
Feijão
Soja
Tratamento
Emergência (%)
Tratamento
Emergência (%)
8F
96,3
a
7S
86,5
7F
95,3
a
5S
83,2
6F
88,2
a
8S
82,9
5F
77,0
a
b
6S
78,9
2F
53,6
c
b
3S
78,1
4F
46,5
c
b
2S
75,4
3F
44,2
c
b
1S
75,2
1F
35,0
c
4S
58,5
Média
67,0
Média
77,3
DMS
33,6
TESTE F
TESTE F
Tratamentos
12,40
**
Tratamentos
1,08
NS
Bloco
0,76
NS
Bloco
5,23
*
C.V. (%)
21,14
C.V. (%)
18,47
NS: não significativo; *: significativo (P<0,05); **: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
62
Na cultura do feijão, os maiores percentuais de emergência foram observados
nos tratamentos 6F, 7F e 8F constituídos de discos aterradores. os menores
percentuais foram observados no tratamento 1F, seguido dos tratamentos 3F, 4F e 2F,
os quais não apresentavam discos aterradores em sua constituição.
Apesar do teste de Tukey indicar que não diferença estatisticamente
significativa do tratamento 5F em relação aos tratamentos 2F, 3F e 4F, o mesmo teste
tamm indicou que não diferença significativa entre o tratamento 5F e os
tratamentos 6F, 7F e 8F. Assim como os tratamentos 6F, 7F e 8F, o tratamento 5F
tamm apresenta discos aterradores em sua composição. O alto valor de selamento
observado neste tratamento prejudicou o seu desempenho na emergência, mesmo
assim, o seu valor de emergência é o quarto maior em valor absoluto. Logo, podemos
considerar que o tratamento 5F junta-se aos tratamentos 6F, 7F e 8F, e evidencia que
os tratamentos constituídos por discos aterradores foram aqueles que apresentaram
maiores percentuais de emergência, em função dos melhores resultados de
aterramento dos sulcos de semeadura e manutenção da cobertura vegetal.
Na cultura da soja, o foram observadas diferenças estatisticamente
significativas na emergência das plântulas entre as médias dos tratamentos. Isso se
deve a maior variabilidade dos dados do ensaio o que acabou por tornar não
significativas as diferenças entre os tratamentos.
Tabela 19. Valores de média e desvio padrão do atributo de emergência no experimento com a
cultura da soja em 2005.
Tratamento
Média
Desvio Padrão
8S
82,9
3,0
6S
78,9
8,9
4S
58,5
14,5
3S
78,1
16,7
5S
83,2
17,2
2S
75,4
18,0
7S
86,5
19,1
1S
75,2
30,6
63
Na Tabela 19 podemos observar os valores médios de emergência
acompanhados de seus respectivos desvios padrão. Os tratamentos estão ordenados
em função dos valores de desvio padrão. Se encararmos a variabilidade entre os blocos
em cada um dos tratamentos não como um erro, mas sim como uma informação,
vemos que nos tratamentos 6 e 8, isto é, aqueles constituídos pela combinação de
discos aterradores e roda compactadora média com ressaltos e sulco interno, ocorrem
os menores desvios padrão, o que pode caracterizar uma maior regularidade na
operação destes tratamentos.
Os gráficos da Figura 16 a Figura 21 correlacionam o parâmetro da emergência
com outros parâmetros, nos experimentos com o feijão e com a soja.
Na Figura 16 observa-se a correlação entre a cobertura com palha após a
semeadura e a emergência. Nota-se que o aumento da cobertura com palha eleva os
valores de emergência. O valor do R
2
de 0,92 demonstra a função, obtida com a
regressão linear, ajusta bem os pontos experimentais, comprovando uma relação direta
entre a cobertura com palha e a emergência.
Na Figura 17 observa-se a correlação que existe entre a redução de palha e a
emergência. Nota-se que o aumento da redução de palha reduz a emergência do feijão.
O valor de 0,9 para o coeficiente de determinação R
2
indica que a linha de tendência
ajusta bem os pontos experimentais, mostrando uma boa relação entre os atributos.
Na Figura 18 e Figura 19 observa-se a correlação entre a qualidade de
aterramento do sulco e a emergência, nas culturas do feijão e da soja. Nota-se valores
dos R
2
mais baixos, descritas pelos valores de 0,7 e 0,5 na cultura do feijão e da soja
respectivamente, mas ainda sim fica evidenciado que o aumento na qualidade de
aterramento do sulco influencia positivamente a emergência.
64
PD X E
y = 2,5687x - 77,002
R
2
= 0,9218
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
40 45 50 55 60 65 70
Cobertura com Palha após a Semeadura (%)
Emergência (%)
Figura 16. Correlação dos valores médios entre cobertura com palha após a semeadura e
emergência, na cultura do feijão.
RP X E
y = -2,0058x + 140,92
R
2
= 0,9053
0
20
40
60
80
100
120
0 10 20 30 40 50 60
Redução de Palha (%)
Emergência (%)
Figura 17. Correlação dos valores médios entre a redução de palha e emergência, nos ensaios
com a cultura do feijão.
65
AT X E
y = 2,3476x - 143,91
R
2
= 0,7691
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
75 80 85 90 95 100
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Emergência (%)
Figura 18. Correlação dos valores médios entre a qualidade de aterramento do sulco e
emergência, nos ensaios com a cultura do feijão.
AT X E
y = 4,4762x - 365,81
R
2
= 0,5442
50
55
60
65
70
75
80
85
90
96,5 97,0 97,5 98,0 98,5 99,0 99,5 100,0
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Emergência (%)
Figura 19. Correlação dos valores médios entre a qualidade de aterramento do sulco e
emergência, nos ensaios com a cultura da soja.
66
Na Figura 20 e Figura 21 observam-se a correlação entre a profundidade de
semeadura e a emergência, nas culturas do feijão e da soja. Nota-se que as regressões
dos pontos apresentam um ponto ótimo para a profundidade, onde ocorre a influência
mais positiva na emergência. Esse ponto demonstra uma profundidade ótima de 3,8 cm
na cultura do feijão e 5,5 cm na cultura da soja.
Os valores de R
2
de 0,8 na cultura do feijão e 0,93 na cultua da soja, mostram
que o ajuste quadrático proposto para estes pontos descreve bem os dados dos
ensaios e que existe uma boa relação entre os atributos.
PS X E
y = -75,307x
2
+ 571,69x - 995,1
R
2
= 0,8079
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2
Profundidade de Semeadura (cm)
Emergência (%)
Profundidade Ótima
Figura 20. Correlação dos valores médios entre a profundidade de semeadura e emergência,
nos ensaios com a cultura do feijão.
67
PS X E
y = -62,778x
2
+ 689,88x - 1811
R
2
= 0,9373
50
55
60
65
70
75
80
85
90
4,8 4,9 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 5,7 5,8
Profundidade de Semeadura (cm)
Emergência (%)
Profundidade Ótima
Figura 21. Correlação dos valores médios entre a profundidade de semeadura e emergência,
nos ensaios com a cultura da soja.
4.3. Análise Geral dos Dados
A grande variabilidade estatística nos ensaios, fez com que o teste de Tukey não
apontasse muitas diferenças significativas nas tabelas com os resultados obtidos. No
entanto, os valores médios apontaram resultados coerentes permitindo-se que estes
pudessem ser levados em consideração durante as análises.
Não foram observadas correlações significativas que demonstrassem a
existência de uma tendência entre os parâmetros de cargas aplicadas pelas rodas
compactadoras no solo, em relação aos demais parâmetros estudados.
A densidade do solo em ambas as culturas não influenciaram negativamente os
resultados. Da mesma forma, devido a faixa de solo utilizada na fase de
desenvolvimento inicial estar mobilizada, o índice de cone observado nas culturas
tamm não prejudicou o desenvolvimento das mesmas.
Em ambas as culturas, foi observada a ocorrência de selamento superficial nos
tratamentos constituídos por rodas compactadoras lisas, mesmo nos casos em que
estas apresentavam sulco interno.
68
A qualidade de aterramento do sulco apresentou variabilidade em ambas as
culturas. Na cultura do feijão pode-se observar que os maiores percentuais encontram-
se nos tratamentos constituídos por discos aterradores. Na cultura da soja, os valores
encontram-se mais próximos uns dos outros, mas pode-se observar que os maiores
percentuais tamm concentram-se nos tratamentos constituídos por discos
aterradores.
Observou-se que o percentual de sementes expostas, na cultura do feijão, foi
diferente de zero em 3 dos 4 tratamentos sem discos aterradores em sua composição,
sendo zero em todos os tratamentos com discos aterradores. Na cultura da soja, foram
observadas sementes expostas em todos os tratamentos, o que pode ser explicado
pela própria condição de semeadura, com uma taxa de sementes por metro muito alta,
resultando em uma elevada taxa de sementes por segundo. Na correlação dos
parâmetros percebe-se que as menores profundidades de semeadura estão associadas
a presença de sementes expostas, assim como os maiores percentuais de palha após a
semeadura também relacionam-se com os menores percentuais de sementes expostas.
Da mesma forma, nota-se a maior profundidade de semeadura, bem como o maior
percentual de palha após a semeadura, nos tratamentos compostos por discos
aterradores, relaciona a presença dos mesmos a um menor, ou nulo, percentual de
sementes expostas.
Conforme observado, os discos aterradores associam-se a maiores
percentuais de cobertura com palha, sendo os maiores resultados encontrados na
presença destes juntamente com as rodas controladoras de profundidade paralelas. Na
correlação dos parâmetros nota-se que a elevação na qualidade de aterramento do
sulco tamm eleva a cobertura com palha após a semeadura, isso pois a operação de
aterramento tamm contribuir no retorno da palha para o sulco de semeadura. E neste
sentido, os discos aterradores promovem elevação em ambos os atributos.
O atributo de redução de palha está intimamente ligado ao parâmetro de
cobertura com palha após a semeadura. No caso deste experimento, os resultados de
desempenho de cada um dos tratamentos mostraram-se similares, porém não
totalmente iguais, o que pode se explicado em virtude de algumas variações que devem
69
ter ocorrido na cobertura com palha anterior a operação de semeadura. No entanto, o
parâmetro de redução de palha também apresenta os tratamentos compostos por
discos aterradores com os menores, e melhores resultados. No caso da soja, tamm
pode-se notar melhores resultados nos tratamentos que associam os discos aterradores
às rodas controladoras de profundidade paralelas.
A emergência apresentou o mesmo padrão observado para os atributos
anteriores, no caso da cultura do feijão, onde os tratamentos com discos aterradores
apresentaram melhores resultados, com destaque aos tratamentos 7F e 8F, como
tamm rodas controladoras de profundidade paralelas, com tendência de serem os
melhores resultados, visto que o teste de Tukey não distingue os tratamentos 5F a 8F.
Os valores de emergência, no caso da cultura da soja, não apresentaram valores
estatisticamente diferentes, mas os valores médios mais elevados tamm podem ser
observados nos tratamentos que possuem discos aterradores. Além disso, foi
mostrado que a variabilidade entre as repetições dos ensaios, é menor nos tratamentos
com discos aterradores, com destaque no tratamento 8S, que apresentou o menor
desvio entre as suas repetições. Nas correlações dos parâmetros nota-se que a
cobertura com palha e a qualidade de aterramento do sulco influenciam diretamente no
resultado da emergência, enquanto que a redução de palha influencia inversamente.
Conforme observado por Silva, et. al. (2008), nas maiores profundidades de
semeadura têm-se um aumento na umidade e uma diminuição na temperatura do solo,
que até um certo ponto são condições favoráveis para a emergência das plântulas, o
que pode ser confirmado com os resultados experimentais. No trabalho de Morrison Jr.
(1988), também observa-se a elevação da umidade elevam a emergência. Nos atributos
de emergência os tratamentos com discos aterradores, que tamm possuíam maior
profundidade de semeadura, apresentaram os melhores resultados.
Casão Junior & Siqueira (2006) comentam que a elevada profundidade acaba
por consumir mais energia da semente para emergir, resultando na redução do seu
vigor e consequentemente, da emergência. A semeadura profunda atrasa a emergência
das plantas, devido às temperaturas mais baixas nas camadas mais profundas.
70
Na Figura 20 e Figura 21 observou-se um ponto ótimo de emergência em função
da profundidade da semeadura, sendo de 3,8 cm na cultura do feijão e de 5,5 cm na
cultura da soja. Logo, uma tendência de ocorrerem melhores resultados de
emergência a estas profundidades, onde a faixa de temperatura e umidade do solo é
mais favorável. Como seria de se esperar, estes valores aproximam-se dos valores de
profundidade recomendados para os respectivos cultivares de cada cultura.
71
5. CONCLUSÕES
A cultura do feijão, associada a cobertura vegetal com trigo, foi mais sensível a
variação dos mecanismos de acabamento de semeadura em relação a cultura da soja,
associada a cobertura vegetal com sorgo.
Os discos aterradores melhoram os resultados das unidades de semeadura,
elevando a qualidade de aterramento do sulco e a cobertura com palha após a
semeadura, reduzindo a porcentagem de sementes expostas e a redução de palha no
sulco, e elevando a emergência da plântulas.
As rodas controladoras de profundidade paralelas melhoram os resultados dos
discos aterradores, inclusive de emergência.
As rodas compactadoras lisas não são indicadas, pois promovem problemas de
selamento superficial, mesmo com cargas aplicadas menores, e podendo se intensificar
com cargas aplicadas maiores.
As rodas compactadoras em V” apresentaram bons resultados, mas as rodas
compactadoras com garras e sulcos internos tendem a ser melhores.
72
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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80
ANEXOS
81
Tabela 20. Dados do experimento com o feijão.
Bloco
Tratamento
Sementes Expostas (%)
Redução de Palha (%)
Resistência a Penetração (kPa)
Selamento Superficia (%)l
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Profundidade do Sulco (cm)
Cobertura com Palha as a Semeadura (%)
Umidade Gravimétrica de 0 a 5cm (%)
Umidade Gravimétrica de 5 a 10cm (%)
Densidade do Solo (g·cm
-3
)
Profundidade de Semeadura (cm)
Emergência (%)
1
1
0,00
73,83
2122
0
75
9,7
25,5
28,3
29,8
1,30
3,10
43
1
2
0,00
42,33
1922
0
85
10,2
54,5
26,2
28,9
1,32
3,50
56
1
3
0,00
42,47
2733
20
80
10,6
43
28,4
30,7
1,41
2,55
42
1
4
0,68
51,00
3211
30
70
10,6
45
29,8
31,9
1,31
3,05
25
1
5
0,00
31,36
3100
80
100
10,9
64,5
27,1
27,9
1,31
3,85
59
1
6
0,00
26,20
2900
0
100
10
69
32,0
27,8
1,27
3,55
79
1
7
0,00
22,64
2989
20
80
9,8
57
26,9
29,9
1,33
3,35
93
1
8
0,00
22,04
2600
0
100
9,9
69
27,3
28,8
1,24
4,10
93
2
1
0,68
54,68
2689
0
80
10,1
36,5
25,1
28,4
1,26
3,05
50
2
2
0,00
61,79
2400
0
90
10
35,5
27,7
29,1
1,27
3,30
71
2
3
0,00
52,22
2756
30
80
9,7
43
25,4
29,0
1,28
3,30
28
2
4
0,00
46,44
2644
10
85
9,7
49
30,9
30,9
1,26
2,55
38
2
5
0,00
31,88
3011
90
100
10,6
62
26,3
28,2
1,24
4,45
73
2
6
0,00
21,47
2456
0
100
9,5
67,5
24,7
29,0
1,21
3,30
86
2
7
0,00
22,94
2911
10
100
9,3
67
25,3
28,9
1,24
3,70
108
2
8
0,00
34,20
2222
0
100
9,3
63,5
26,9
29,1
1,22
3,65
96
3
1
0,68
55,39
2800
0
75
9,5
41,5
24,4
27,8
1,25
2,70
28
3
2
0,00
36,55
3233
0
90
9,7
62,5
28,8
30,0
1,25
2,75
52
3
3
0,00
44,67
2733
30
90
10,7
44,5
25,8
30,5
1,25
4,45
48
3
4
0,00
40,75
2611
10
80
10,7
54,5
28,1
30,3
1,28
2,90
40
3
5
0,00
26,21
2889
95
100
11,2
62
25,5
28,4
1,21
4,35
91
3
6
0,00
37,75
2944
0
100
10,2
57
25,7
31,0
1,22
4,45
85
3
7
0,00
21,79
2656
10
100
10,3
70
29,7
31,1
1,25
3,60
90
82
3
8
0,00
22,31
2611
0
100
10,2
66
27,0
31,8
1,26
3,90
97
4
1
2,05
35,44
3056
0
80
9,4
61
26,3
28,6
1,31
2,95
19
4
2
0,68
31,75
2844
0
75
9,3
64,5
27,1
29,5
1,24
2,80
35
4
3
0,00
31,15
2667
35
90
10
63
29,3
29,5
1,25
2,70
58
4
4
0,00
48,64
2589
15
85
10
47,5
28,5
31,2
1,21
3,35
82
4
5
0,00
37,87
2633
95
100
9,8
57,5
28,1
29,0
1,26
3,95
84
4
6
0,00
21,57
2722
0
100
11,3
63,5
25,7
29,9
1,27
4,00
103
4
7
0,00
9,88
1800
15
85
10,8
77,5
24,1
30,9
1,26
3,30
91
4
8
0,00
40,08
3322
0
100
10,8
50
28,7
29,9
1,27
3,55
100
83
Tabela 21. Dados do experimento com a soja.
Bloco
Tratamento
Sementes Expostas (%)
Redução de Palha (%)
Resistência a Penetração (kPa)
Selamento Superficial (%)
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Profundidade do Sulco (cm)
Cobertura com Palha após Semeadura (%)
Umidade Gravimétrica de 0 a 5cm (%)
Umidade Gravimétrica de 5 a 10cm (%)
Densidade do Solo (g·cm
-3
)
Profundidade de Semeadura (cm)
Emergência (%)
1
1
0,24
35,40
1373
0
100,0
12,80
64,6
25,80
25,40
1,40
4,60
98,29
1
2
0,24
38,50
1349
0
96,0
12,80
61,5
25,10
25,30
1,35
4,50
91,43
1
3
0,24
31,90
1349
46
100,0
12,40
68,1
25,60
26,10
1,33
4,50
97,14
1
4
0,48
23,20
1594
0
94,0
12,60
76,8
24,80
25,20
1,33
4,70
74,86
1
7
0,72
22,40
1472
21
100,0
12,30
77,6
25,20
25,30
1,38
4,70
65,71
1
5
0,24
24,50
1570
7
100,0
14,90
75,5
25,70
25,30
1,38
5,70
79,43
1
6
0,24
28,40
883
0
99,0
12,50
71,6
29,10
25,90
1,39
4,50
103,43
1
8
0,48
7,90
1545
0
100,0
12,40
92,1
23,90
24,90
1,34
4,60
86,29
2
1
0,72
22,60
1427
0
100,0
12,40
77,4
25,00
25,10
1,14
5,80
86,86
2
2
0,72
22,60
1692
0
97,0
12,70
77,4
24,90
24,60
1,38
5,00
78,86
2
3
0,48
19,40
1741
29
100,0
12,70
80,6
24,60
24,80
1,27
5,00
71,43
2
4
0,72
26,50
1766
0
99,0
14,60
73,5
24,20
24,40
1,37
5,20
47,43
2
7
0,00
14,90
1422
35
100,0
12,90
85,1
25,60
25,60
1,23
6,50
100,00
2
5
0,00
14,10
1472
4
100,0
13,70
85,9
24,80
24,50
1,31
6,20
87,43
2
6
0,00
8,20
1668
0
100,0
12,20
91,8
24,50
24,00
1,30
6,30
90,29
2
8
0,24
12,60
1717
2
100,0
13,30
87,4
25,40
25,70
1,32
6,30
80,57
3
1
0,00
35,40
1717
0
96,0
12,30
64,6
24,90
24,60
1,45
5,20
40,57
3
2
0,24
33,70
1570
0
97,0
12,50
66,3
24,70
24,80
1,33
5,70
56,00
3
3
0,72
14,70
1717
30
100,0
12,60
85,3
24,10
24,90
1,27
5,90
65,71
3
4
0,00
35,10
1422
0
98,0
13,00
64,9
24,80
25,10
1,29
4,70
53,14
3
7
0,00
14,90
1790
54
100,0
13,40
85,1
24,90
24,50
1,37
5,30
84,00
3
5
0,00
8,60
1692
13
100,0
13,30
91,4
24,80
24,60
1,37
5,50
69,71
3
6
0,00
5,10
1570
0
100,0
13,30
94,9
24,40
24,50
1,30
5,70
65,71
3
8
0,24
8,30
1839
3
100,0
12,10
91,7
25,00
25,00
1,30
5,80
81,71
84
Tabela 22. Correlações com dos parâmetros do feijão, onde os valores em negrito apresentam valor absoluto maior que 0,7.
Sementes Expostas (%)
Redução de Palha (%)
Resistência a Penetração (kPa)
Selamento Superficial (%)
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Profundidade do Sulco (cm)
Cobertura Palha após Semeadura (%)
Umidade Gravimétrica de 0 a 5cm (%)
Umidade Gravimétrica de 5 a 10cm (%)
Densidade do Solo (g·cm
-3
)
Profundidade de Semeadura (cm)
Emergência (%)
Carga Aplicada na Roda (N)
Sementes Expostas (%)
1
0,74
-0,23
-0,31
-0,68
-0,67
-0,74
-0,32
-0,35
0,34
-0,60
-0,64
-0,28
Redução de Palha (%)
0,74
1
-0,01
-0,14
-0,81
-0,41
-0,98
0,19
-0,10
0,51
-0,74
-0,95
-0,37
Resistência a Penetração (kPa)
-0,23
-0,01
1
0,78
0,38
0,84
0,04
0,17
-0,29
-0,32
0,55
0,02
0,70
Selamento Superficial (%)
-0,31
-0,14
0,78
1
0,32
0,79
0,16
-0,08
-0,38
-0,02
0,53
0,06
0,52
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
-0,68
-0,81
0,38
0,32
1
0,56
0,85
-0,18
-0,23
-0,72
0,96
0,88
0,65
Profundidade do Sulco (cm)
-0,67
-0,41
0,84
0,79
0,56
1
0,41
0,25
0,02
-0,29
0,67
0,32
0,63
Cobertura Palha após Semeadura (%)
-0,74
-0,98
0,04
0,16
0,85
0,41
1
-0,13
0,05
-0,64
0,77
0,96
0,43
Umidade Gravimétrica de 0 a 5cm (%)
-0,32
0,19
0,17
-0,08
-0,18
0,25
-0,13
1
0,76
-0,16
-0,27
-0,17
-0,25
Umidade Gravimétrica de 5 a 10cm (%)
-0,35
-0,10
-0,29
-0,38
-0,23
0,02
0,05
0,76
1
0,07
-0,37
0,04
-0,54
Densidade do Solo (g·cm
-3
)
0,34
0,51
-0,32
-0,02
-0,72
-0,29
-0,64
-0,16
0,07
1
-0,64
-0,69
-0,55
Profundidade de Semeadura (cm)
-0,60
-0,74
0,55
0,53
0,96
0,67
0,77
-0,27
-0,37
-0,64
1
0,79
0,73
Emergência (%)
-0,64
-0,95
0,02
0,06
0,88
0,32
0,96
-0,17
0,04
-0,69
0,79
1
0,36
Carga Aplicada na Roda (N)
-0,28
-0,37
0,70
0,52
0,65
0,63
0,43
-0,25
-0,54
-0,55
0,73
0,36
1
85
Tabela 23. Correlações com dos parâmetros da soja, onde os valores em negrito apresentam valor absoluto maior que 0,7.
Sementes Expostas (%)
Redução de Palha (%)
Resistência a Penetração (kPa)
Selamento Superficial (%)
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
Profundidade do Sulco (cm)
Cobertura Palha após Semeadura (%)
Umidade Gravimétrica de 0 a 5cm (%)
Umidade Gravimétrica de 5 a 10cm (%)
Densidade do Solo (g·cm
-3
)
Profundidade de Semeadura (cm)
Emergência (%)
Carga Aplicada na Roda (N)
Sementes Expostas (%)
1
0,57
0,49
0,19
-0,46
-0,43
-0,57
-0,75
0,60
-0,49
-0,80
-0,52
-0,55
Redução de Palha (%)
0,57
1
-0,16
-0,19
-0,80
-0,12
-1,00
-0,30
-0,14
0,18
-0,81
-0,67
-0,50
Resistência a Penetração (kPa)
0,49
-0,16
1
0,21
0,09
0,15
0,16
-0,87
0,59
-0,25
0,00
-0,24
0,25
Selamento Superficial (%)
0,19
-0,19
0,21
1
0,51
-0,09
0,19
-0,11
0,62
-0,57
0,10
0,27
0,38
Qualidade de Aterramento do Sulco (%)
-0,46
-0,80
0,09
0,51
1
-0,02
0,80
0,34
0,38
-0,43
0,77
0,74
0,50
Profundidade do Sulco (cm)
-0,43
-0,12
0,15
-0,09
-0,02
1
0,12
-0,16
-0,55
0,50
0,30
-0,35
0,57
Cobertura Palha após Semeadura (%)
-0,57
-1,00
0,16
0,19
0,80
0,12
1
0,30
0,14
-0,18
0,81
0,67
0,50
Umidade Gravimétrica de 0 a 5cm (%)
-0,75
-0,30
-0,87
-0,11
0,34
-0,16
0,30
1
-0,43
0,19
0,45
0,62
0,07
Umidade Gravimétrica de 5 a 10cm (%)
0,60
-0,14
0,59
0,62
0,38
-0,55
0,14
-0,43
1
-0,79
-0,11
0,18
-0,04
Densidade do Solo (g·cm
-3
)
-0,49
0,18
-0,25
-0,57
-0,43
0,50
-0,18
0,19
-0,79
1
0,22
-0,10
0,33
Profundidade de Semeadura (cm)
-0,80
-0,81
0,00
0,10
0,77
0,30
0,81
0,45
-0,11
0,22
1
0,75
0,74
Emergência (%)
-0,52
-0,67
-0,24
0,27
0,74
-0,35
0,67
0,62
0,18
-0,10
0,75
1
0,34
Carga Aplicada na Roda (N)
-0,55
-0,50
0,25
0,38
0,50
0,57
0,50
0,07
-0,04
0,33
0,74
0,34
1
86
Dados estatísticos
Variáveis da área experimental na cultura do feijão.
Tabela 24. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, na profundidade de
0 a 5cm, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que
a variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
27.07231175
3.86747311
1.12
0.3862
Bloco
3
13.19684169
4.39894723
1.28
0.3081
Modelo
10
40.2691534
4.0269153
1.17
0.3633
Erro
21
72.3531806
3.4453896
Total Corrigido
31
112.6223341
Tabela 25. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, em %, na
profundidade de 5 a 10cm, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a
0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível
de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
20.87713436
2.98244777
3.96
0.0066
Bloco
3
4.96332961
1.65444320
2.19
0.1188
Modelo
10
25.84046396
2.58404640
3.43
0.0084
Erro
21
15.83396006
0.75399810
Total Corrigido
31
41.67442402
87
Tabela 26. Teste F para os valores de densidade do solo, em g.cm
-3
, na cultura do feijão.
Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
0.00878793
0.00125542
1.21
0.3415
Bloco
3
0.02345910
0.00781970
7.52
0.0013
Modelo
10
0.03224703
0.00322470
3.10
0.0138
Erro
21
0.02182888
0.00103947
Total Corrigido
31
0.05407591
Tabela 27. Teste F para os valores de resistência a penetração do solo, em kPa, na
cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação
da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
294120.3704
42017.1958
0.26
0.9621
Bloco
3
124706.7901
41568.9300
0.26
0.8540
Modelo
10
418827.160
41882.716
0.26
0.9835
Erro
21
3368564.815
160407.848
Total Corrigido
31
3787391.975
Tabela 28. Teste F para os valores de profundidade de trabalho da haste sulcadora, em
cm, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
2.46375000
0.35196429
1.23
0.3321
Bloco
3
1.34125000
0.44708333
1.56
0.2291
Modelo
10
3.80500000
0.38050000
1.33
0.2796
Erro
21
6.02375000
0.28684524
Total Corrigido
31
9.82875000
88
Tabela 29. Teste F para os valores de selamento superficial no sulco de semeadura, em
%, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
26455.46875
3779.35268
137.10
<.0001
Bloco
3
27.34375
9.11458
0.33
0.8033
Modelo
10
26482.81250
2648.28125
96.07
<.0001
Erro
21
578.90625
27.56696
Total Corrigido
31
27061.71875
Tabela 30. Teste F para os valores de qualidade de aterramento do sulco de semeadura,
em %, na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
2430.468750
347.209821
12.73
<.0001
Bloco
3
171.093750
57.031250
2.09
0.1319
Modelo
10
2601.562500
260.156250
9.54
<.0001
Erro
21
572.656250
27.269345
Total Corrigido
31
3174.218750
89
Tabela 31. Teste F para os valores de sementes expostas, em %, na cultura do feijão. Os
valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr>F
Trat
7
2.42719688
0.34674241
2.89
0.0280
Bloco
3
0.39398437
0.13132812
1.09
0.3733
Modelo
10
2.82118125
0.11999479
2.35
0.0475
Erro
21
2.51989062
Total Corrigido
31
5.34107188
Tabela 32. Teste F para os valores de redução da quantidade de palha no sulco, em %,
na cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
3919.348254
559.906893
6.54
0.0004
Bloco
3
350.760470
116.920157
1.36
0.2808
Modelo
10
4270.108724
427.010872
4.98
0.0010
Erro
21
1799.098256
85.671346
Total Corrigido
31
6069.206980
Tabela 33. Teste F para os valores de cobertura com palha após a semeadura, em %, na
cultura do feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação
da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
2433,13
347,5893
4,16
0,0051
Bloco
3
303,4375
101,1458333
1,21
0,3308
Modelo
10
2736,56
273,6563
3,27
0,0106
Erro
21
1756,31
83,63393
Total Corrigido
31
4492,88
90
Tabela 34. Teste F para os valores de profundidade de semeadura, em cm, na cultura do
feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
5.65054688
0.80722098
4.29
0.0044
Bloco
3
0.45148438
0.15049479
0.80
0.5079
Modelo
10
6.10203125
0.61020313
3.24
0.0111
Erro
21
3.95164063
0.18817336
Total Corrigido
31
10.05367188
Tabela 35. Teste F para os valores de emergência das plântulas, em %, na cultura do
feijão. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
17416.52975
2488.07568
12.40
<.0001
Bloco
3
456.09760
152.03253
0.76
0.5303
Modelo
10
17872.62734
1787.26273
8.91
<.0001
Erro
21
4213.06210
200.62200
Total Corrigido
31
22085.68945
91
Variáveis da área experimental na cultura da soja.
Tabela 36. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, na profundidade de
0 a 5cm, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que
a variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
4.05833333
0.57976190
0.57
0.7704
Bloco
2
4.09000000
2.04500000
2.00
0.1718
Modelo
9
8.14833333
0.90537037
0.89
0.5595
Erro
14
14.29666667
1.02119048
Total Corrigido
23
22.44500000
Tabela 37. Teste F para os valores de umidade gravimétrica do solo, em %, na
profundidade de 5 a 10cm, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a
0.05 indicam que a variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível
de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
0.68958333
0.09851190
0.43
0.8673
Bloco
2
2.15583333
1.07791667
4.71
0.0273
Modelo
9
2.84541667
0.31615741
1.38
0.2835
Erro
14
3.20416667
0.22886905
Total Corrigido
23
6.04958333
92
Tabela 38. Teste F para os valores de densidade do solo, em g.cm
-3
, na cultura da soja.
Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
0.00838333
0.00119762
0.26
0.9590
Bloco
2
0.02143333
0.01071667
2.35
0.1323
Modelo
9
0.02981667
0.00331296
0.73
0.6805
Erro
14
0.06396667
0.00456905
Total Corrigido
23
0.09378333
Tabela 39. Teste F para os valores de resistência a penetração do solo, em kPa, na
cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da
fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
183522.2427
26217.4632
0.79
0.6040
Bloco
2
336226.8793
168113.4396
5.10
0.0217
Modelo
9
519749.1220
57749.9024
1.75
0.1676
Erro
14
461746.8226
32981.9159
Total Corrigido
23
981495.9446
93
Tabela 40. Teste F para os valores de profundidade de trabalho da haste sulcadora, em
cm, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
5.57625000
0.79660714
2.00
0.1286
Bloco
2
0.30333333
0.15166667
0.38
0.6908
Modelo
9
5.87958333
0.65328704
1.64
0.1972
Erro
14
5.59000000
0.39928571
Total Corrigido
23
11.46958333
Tabela 41. Teste F para os valores de selamento superficial no sulco de semeadura, em
%, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
5428.000000
775.428571
15.27
<.0001
Bloco
2
66.333333
33.166667
0.65
0.5356
Modelo
9
5494.333333
610.481481
12.02
<.0001
Erro
14
711.000000
50.785714
Total Corrigido
23
6205.333333
94
Tabela 42. Teste F para os valores de qualidade de aterramento do sulco de semeadura,
em %, na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a
variação da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de
95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
42.00000000
6.00000000
3.69
0.0180
Bloco
2
3.25000000
1.62500000
1.00
0.3927
Modelo
9
45.25000000
5.02777778
3.09
0.0287
Erro
14
22.75000000
1.62500000
Total Corrigido
23
68.00000000
Tabela 43. Teste F para os valores de sementes expostas, em %, na cultura da soja. Os
valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
0.45840000
0.06548571
0.89
0.5404
Bloco
2
0.23520000
0.11760000
1.60
0.2376
Modelo
9
0.69360000
0.07706667
1.05
0.4537
Erro
14
1.03200000
0.07371429
Total Corrigido
23
1.72560000
Tabela 44. Teste F para os valores de redução da quantidade de palha no sulco, em %,
na cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação
da fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
1468.749583
209.821369
4.71
0.0067
Bloco
2
353.610833
176.805417
3.97
0.0431
Modelo
9
1822.360417
202.484491
4.54
0.0059
Erro
14
623.849167
44.560655
Total Corrigido
23
2446.209583
95
Tabela 45. Teste F para os valores de cobertura com palha após a semeadura, em %, na
cultura da soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da
fonte é estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
1231,29
175,90
4,96
0,0053
Bloco
2
316,75
158,38
4,47
0,0316
Modelo
9
1548,04
172,00
4,85
0,0044
Erro
14
496,58
35,47
Total Corrigido
23
2044,63
Tabela 46. Teste F para os valores de profundidade de semeadura, em cm, na cultura da
soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
2.02291667
0.28898810
1.35
0.2987
Bloco
2
4.77083333
2.38541667
11.15
0.0013
Modelo
9
6.79375000
0.75486111
3.53
0.0173
Erro
14
2.99583333
0.21398810
Total Corrigido
23
9.78958333
Tabela 47. Teste F para os valores de emergência das plântulas, em %, na cultura da
soja. Os valores de Pr > F inferiores a 0.05 indicam que a variação da fonte é
estatisticamente significativa a um nível de confiança de 95%.
Fonte
G Liberdade
Sum Quad
Quad Medio
Valor F
Pr > F
Trat
7
1546.448980
220.921283
1.08
0.4233
Bloco
2
2134.721088
1067.360544
5.23
0.0201
Modelo
9
3681.170068
409.018896
2.01
0.1173
Erro
14
2855.102041
203.935860
Total Corrigido
23
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