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criança, em função de sua idade, e o número de anos de estudo atingido pela mesma. O número de anos
recomendado foi definido como a idade da criança menos sete anos, de tal forma que é esperado que uma criança
de oito anos já tenha um ano de estudo completo. Esta medida foi obtida
independentemente da criança estar ou não freqüentando a escola.
• Defasagem escolar média - razão entre o somatório da defasagem de todas as crianças com idade entre
10 e 14 anos e o número total de crianças neste mesmo segmento etário.
• Porcentagem de crianças com mais de um ano de defasagem escolar - percentual de crianças com idade
entre 10 e 14 anos que apresentam atraso escolar superior a um ano.
• Porcentagem de crianças que não freqüentam a escola - percentual de crianças com idade entre 7 e 14
anos que não freqüentam a escola.
• Porcentagem de crianças que trabalham - percentual de crianças com idade entre 10 e 14 anos que
exerceram alguma atividade econômica nos últimos doze meses.
1.4. Habitação
Para todos os quatro indicadores das condições de habitação considerados o
universo pesquisado abrange apenas a população dos domicílios particulares permanentes, excluindo-se,
portanto, as pessoas que vivem em domicílios coletivos e em domicílios particulares improvisados.
• Porcentagem da população que vive em domicílios com densidade acima de duas pessoas por
dormitório - no cálculo da densidade do domicílio considera-se o número de dormitórios potenciais
como sendo igual ao número total de cômodos menos dois (destinados, presumivelmente, a cozinha e
banheiro). Portanto, a densidade do domicílio, D, será dada por: , caso o número de
cômodos seja maior do que 2 (0) e infinito, caso contrário, onde N é o número de pessoas do domicílio
e C o número de cômodos do domicílio.
• Porcentagem da população que vive em domicílios duráveis - consideram-se duráveis os domicílios em
que a cobertura e as paredes são constituídos de materiais duráveis.
• Esta definição não se aplica ao censo de 1970, que não traz informações desagregadas sobre a
durabilidade da cobertura e das paredes dos domicílios. Pelos critérios deste censo são considerados
duráveis os domicílios em que pelo menos dois de três componentes da habitação - cobertura, paredes e
piso - são constituídos de materiais duráveis. Por outro lado, não foi possível realizar a comparação
direta dos indicadores dos censos de 1970 e 1991, dado que este último não traz informações sobre as
características dos pisos. Para o censo de 1980 calculou-se o indicador de domicílios duráveis dos
domicílios pelas duas definições, optando-se, contudo, por apresentá-lo apenas na versão que o torna
compatível com o censo de 1991. Neste sentido, é necessário alertar para o fato de que, em relação aos
dados de 1980 e 1991, os de 1970 podem estar ligeiramente superestimados.
• Porcentagem da população urbana que vive em domicílios com abastecimento adequado de água -
considera-se adequado o abastecimento através de rede geral com canalização interna ou através de
poço ou nascente com canalização interna.
• Porcentagem da população urbana que vive em domicílios com instalações adequadas de esgoto –
refere-se aos domicílios com instalações sanitárias não compartilhadas com outro domicílio e com
escoamento através de fossa séptica ou rede geral de esgoto.
1.5. Longevidade
Esperança de vida ao nascer (
o
e
o
) - número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do
nascimento.
• Taxa de mortalidade infantil (TMI) – probabilidade de uma criança morrer antes de completar o
primeiro ano de vida, expresso por mil crianças nascidas vivas.
Estes indicadores, ao contrário dos demais, não podem ser obtidos diretamente das informações
censitárias. Sua construção baseia-se em métodos indiretos, que necessitam de adaptações para serem aplicados
em nível municipal5.
O desenvolvimento de métodos indiretos teve origem na dificuldade de mensuração direta destes
indicadores, devido aos problemas encontrados na cobertura do registro civil, que, na maioria das vezes, se
mostra incompleto e de pouca confiabilidade. Ainda hoje, no caso do Brasil, a dificuldade de acesso aos
cartórios, o custo do registro e até mesmo a pouca utilidade destes documentos, em certas áreas, continuam
respondendo pelas falhas quantitativas e qualitativas dos registros civis.