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obesidade em 32,7% (147), DM em 29,8% (134), DAOP em 23,8% (107),
DPOC em 12,4% (56) e IRC em 6,4% (29). Embora tenham sido observadas
diferenças entre muitas variáveis em relação ao grau de EC, tais não se
mostraram estatisticamente significativas, exceção ao achado de exame
físico: sopro carotídeo (p<0,001).
De acordo com o grau de EC (Tabela 3), 77,8% (350) dos pacientes
apresentaram estenose <50%, 11,6% (52) estenose entre 50-69%, 6,9% (31),
estenose entre 70-99% e 0,2% (um), oclusão de ACI. O exame foi normal em
3,6% (16) da amostra. Em relação ao gênero, 66,7% (56) dos pacientes com
estenose ≥50% eram homens.
O sopro carotídeo foi detectado em 34,5% (29) dos doentes com ECS
e em 11,2% (41) daqueles com EC inferior a 50%. Em relação à presença de
sopro carotídeo, a sensibilidade foi de 34,5%, especificidade de 88,8%, valor
preditivo positivo de 41,4% e negativo de 85,5%, razão de verossimilhança
positiva de 3,1% e negativa de 0,73% para EC significativa. A RC para
doentes com sopro carotídeo foi 4,24 vezes (IC 95%=2,36-8,40; p<0,0001)
maior para EC significativa.
Houve 12% (54) de mortalidade geral, sendo 35 homens e, destes,
22,6% (p=0,001) dos pacientes com EC ≥50%. A mediana de dias da
hospitalização no pós-operatório foi igual a onze (2-80). Nos pacientes com
EC≥70%, a mediana de dias de internação foi de doze, enquanto nos demais
foi de 10,5, mas não significativo. A mediana do tempo de cirurgia foi de 4
horas e 15 minutos (1:45-8:15).
Na análise univariável, a razão de chances para a ocorrência de
desfechos neurológicos e mortalidade em relação ao grau de EC
≥50%, foi de