INTRODUÇÃO
química, mobilização e transporte de metais traço (ISHIKAWA et al.,
2009). Na extração sequencial, as formas extraíveis dos elementos traços
são determinadas. A amostra é tratada com uma sucessão de reagentes
extratores, com a intenção específica de dissolver suas diferentes frações
e assim, determinar os metais associados. De um modo geral, os
extratores parciais podem ser classificados em concentrados de eletrólitos
inertes, ácidos fracos, agentes redutores, agentes complexantes, agentes
oxidantes e ácidos minerais fortes. Cada extrator seqüencialmente
adicionado tem uma ação química mais drástica e de diferente da
anterior. A progressão tem início utilizando-se um extrator fraco, como
água, e termina com um extrator forte, como um ácido concentrado
(OLIVEIRA, 2006 apud FERREIRA, 2003).
Alguns problemas referentes aos métodos de extração sequencial,
têm sido apontados como: seletividade dos reagentes, falta de
concordância entre os resultados, principalmente para sedimentos
anóxidos, entre outros (BEVILACQUA et al., 2009 apud KERSTEN e
FORSTNER, 1986; KHEBOIAN e BAUER, 1987); porém, essa ainda é a
única forma de avaliar a distribuição dos metais entre as fases
geoquímicas do sedimento.
Outro método de extração que está sendo utilizado em estudos de
metais em sedimento é o recomendado pela norma 3050-EPA
(Environmental Protection Agency) (SARAIVA et al., 2009; COTTA, 2003).
Esse método não trata da digestão total dos elementos, mas de uma
digestão ácida capaz de solubilizar elementos que poderão ser
ambientalmente disponíveis (SARAIVA et al., 2009). Nesse método, não é
possível digerir metais que estejam fortemente ligados ao sedimento,
como aqueles que se complexam com a sílica, que precisariam de um
oxidante mais forte, por exemplo, o ácido fluorídrico. Por esse motivo, os
metais extraídos por esse método são chamados pseudototais e
representam apenas o ponto de partida dos estudos (ISHIKAWA et al.,
2009) para uma avaliação geral dos contaminantes metálicos presentes
no ambiente.
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