39
ambiente mecânico: a consolidação das fraturas é a reação do ambiente biológico
aos movimentos, desde que preservada a viabilidade óssea (ROZBRUCH, et al.,
1998; WOLF, et al., 2001; PERREN, 2003; EGOL, et al., 2004).
Observações tanto da pratica clínica (SARMIENTO, et al., 1977;
KENWRIGHT, et al., 1991; NOORDEEN, et al., 1995; SCHATZKER, 1995;
GARDNER, et al., 1997; KENWRIGHT; GARDNER, 1998; ROZBRUCH, et al.,
1998), como de métodos experimentais (LAURENCE; FREEMAN; SWANSON,
1969; GOODSHIP; KENWRIGHT, 1985; CARTER et al., 1987; CARTER;
BLENMAN; BEAUPRE, 1988; ARO; CHAO, 1993; AUGAT, et al., 1996; GOODSHIP;
CUNNHINGHAM; KENWRIGHT, 1998; CLAES, et al., 1998) demonstraram que com
as construções menos rígida, enquanto mecanicamente forte, a mobilidade entre os
fragmentos são reduzidos, mas não eliminados, e geram movimentos
interfragmentários controlados que são benéficos para consolidação (SANDERS, et
al. 2002; STOFFEL, et al., 2004).
Os movimentos destas construções com intencional flexibilidade, são
transferidos entre os fragmentos ósseos (se houver contato) e/ou espaço
interfragmentar, estimulando mais rapidamente a formação de calo (MCKIBBINS,
1978; GOODSHIP; KENWRIGHT, 1985; SARMIENTO, 1989; ROZBRUCH, et al.,
1998; CLAES, et al., 1998; STOFFEL, et al., 2004). Estudos comparativos da
consolidação em diferentes construções de osteossíntese observaram, que a
quantidade de calo periosteal formado era inversamente proporcional à rigidez da
fixação (FÜCHTMEIER, et al., 1999; SANDERS, et al. 2002; HENTE, et al., 2004).
Entretanto, uma produção abundante de calo com acentuados movimentos,
pode não ser um critério do curso mais eficiente da consolidação, considerando que
volumes menores e mais rápidos, podem ser suficientes para a estabilização da