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sistema político sobre outros, conhecida como Imperialismo, e na forma de
expansão, realiza-se por meio da conquista ou anexação de territórios, pelo
estabelecimento de protetorados e, principalmente, pelo controle de mercados ou
monopólios. A política imperialista não tem como objetivo a expansão territorial e sim
a ampliação do mercado por via de uma política econômica liberal. Por sua vez,
pode-se perceber que essa política envolve sempre o uso da força e tem como
consequência a exploração econômica, em prejuízo dos Estados ou povos
subjugados. Além de exibir o Imperialismo, a história chinesa no século XIX mostra o
discurso nacionalista sendo assimilado pelos povos dominados, ou seja, pelas
nações economicamente fracas. Com a China oitocentista, pode-se perceber um
discurso atual, no qual o nacionalismo é apresentado como fundamento para
opressão, ou seja, mostra um discurso que, ao nível externo, resulta no
expansionismo, mas ao nível interno resulta em xenofobia.
A China ia, mais uma vez, aumentar o seu território: a dinastia
efêmera dos Suei foi destronada pela dos Tang, não menos ambiciosos; as
conquistas continuaram e o Império Chinês adquiriu uma nova forma de
supremacia, comparável à da época Han. Os soberanos Tang, guerreiros,
diplomatas e protetores das artes, inauguraram uma nova era de poderio
político e criador (618-907)
[...] derrotou os Turcos, que tentavam apossar-se de Chang An,
capital ocidental. As conquistas e os tratados deram-lhe o controle das
cidades dos oásis da Ásia Central, [...] onde se tornaram oficiais do exército
chinês; [...]. (UPJOHN, 1966. p. 139)
1.3 A República
Para sufocar a rebelião, organizou-se uma internacional
colonialista, uma tropa composta por 20 mil soldados (japoneses, russos,
ingleses, americanos, franceses e depois por alemães) foi enviada para
ocupar a sede imperial, onde penetrou em 14 de agosto de 1900. Os
boxers, abandonados pela imperatriz viúva Tsisi, foram cruelmente
sufocados e suas lideranças decapitadas. "Arrasem Pequim!" - que
seguissem o exemplo de Átila! essa foi a recomendação do imperador
Guilherme II da Alemanha aos oficiais que partiam para a China. Depois
dessa aberta e brutal intervenção militar, o outrora orgulhoso Império
Celestial definitivamente tornara-se a "colônia de todas as metrópoles".
Para inflamar ainda mais as autoridades do império, os colonialistas
obrigaram a que fossem chineses os carrascos que executaram as
sentenças de morte dos principais líderes da rebelião de 1900.
(SCHILLING, s/d, s/p.)